manual de projeto de intersecoes (dnit) 2005

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  • 8/12/2019 Manual de Projeto de Intersecoes (Dnit) 2005

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    MANUAL DEPROJETO DE INTERSEES

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    REVISO

    Engesur Consultoria e Estudos Tcnicos Ltda

    EQUIPE TCNICA:

    Eng Albino Pereira Martins(Responsvel Tcnico)

    Eng Francisco Jos Robalinho de Barros(Responsvel Tcnico)

    Eng Jos Luis Mattos de Britto Pereira(Coordenador)

    Eng Zomar Antonio Trinta(Supervisor)

    Eng Amarilio Carvalho de Oliveira(Consultor)

    Eng Annibal Espnola R. Coelho(Consultor)

    Tc. Marcus Vincius de Azevedo Lima(Tcnico em Informtica)

    Tc. Alexandre Martins Ramos(Tcnico em Informtica)

    Tc. Clia de Lima Moraes Rosa(Tcnico em Informtica)

    COMISSO DE SUPERVISO:

    Eng Gabriel de Lucena Stuckert(DNIT / DPP / IPR)

    Eng Mirandir Dias da Silva(DNIT / DPP / IPR)

    Eng Jos Carlos Martins Barbosa(DNIT / DPP / IPR)

    Eng Elias Salomo Nigri(DNIT / DPP / IPR)

    COLABORADORES:

    Eng Carlos Henrique Noronha

    Eng Hugo Nicodemo Guida

    Eng Peter John Jaunzems

    Eng Hugo Sternick(Coordenador-Geral de Desesenvolvimentoe Projetos/DPP/DNIT)

    Eng Eduardo de Souza Costa(Coordenador de Projetos/DPP/DNIT)

    Eng Marly Iwamoto(SISCON)

    Primeira edio Rio de Janeiro, 1969MT - DNER - INSTITUTO DE PESQUISAS RODOVIRIAS

    EQUIPE TCNICA:

    Eng Ivan Paes Leme Eng Amarilio Carvalho de Oliveira(DNER / DEP) (Coordenador)

    Eng Maria do Carmo Abreu Jorge Eng Francisco Mattos de Britto Pereira(DNER / DEP) (DNER / DEP)

    Est. Jos Sandoval Bello Pereira Eng Moacir Berman(DNER / Seo de Estatstica) (DNER / 7 Distrito)

    Eng Cyro de Oliveira e Silva(DNER / DEP)

    Impresso no Brasil / Printed in Brazil

    Brasil. Departamento Nacional de Infra-Estrutura deTransportes. Diretoria de Planejamento e Pesquisa.

    Coordenao Geral de Estudos e Pesquisa.Instituto de Pesquisas Rodovirias.Manual de projeto de intersees. 2.ed. - Rio de

    Janeiro, 2005.528p. (IPR. Publ., 718 ).

    1. Rodovias - Intersees - Manuais. I. Srie. II. Ttulo.

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    MINISTRIO DOS TRANSPORTESDEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES

    DIRETORIA DE PLANEJAMENTO E PESQUISACOORDENAO GERAL DE ESTUDOS E PESQUISA

    INSTITUTO DE PESQUISAS RODOVIRIAS

    Publicao IPR - 718

    MANUAL DE PROJETO DE INTERSEES

    2 Edio

    Rio de Janeiro2005

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    MINISTRIO DOS TRANSPORTES

    DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES

    DIRETORIA DE PLANEJAMENTO E PESQUISA

    COORDENAO GERAL DE ESTUDOS E PESQUISA

    INSTITUTO DE PESQUISAS RODOVIRIAS

    Rodovia Presidente Dutra, Km 163 Vigrio Geral

    Cep.: 21240-000 Rio de Janeiro RJTel /Fax.: (21) 3371-5888

    e-mail.: [email protected]

    TTULO: MANUAL DE PROJETO DE INTERSEES

    Primeira Edio: 1969

    Reviso: DNIT / Engesur

    Contrato: DNIT / Engesur PG 157/2001-00

    Aprovado pela Diretoria Colegiada do DNIT em 19/12/2005

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    MANUAL DE PROJETO DE INTERSEES 3

    MT/DNIT/DPP/IPR

    APRESENTAO

    O Instituto de Pesquisas Rodovirias (IPR), do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de

    Transportes (DNIT), dando prosseguimento ao Programa de Reviso e Atualizao de Normas e

    Manuais Tcnicos, vem oferecer comunidade rodoviria brasileira o seu Manual de Projeto de

    Intersees, fruto da reviso e atualizao do Manual homnimo do DNER, datado de 1969.

    A presente edio do Manual de Projeto de Intersees tem por objetivo estabelecer conceitos,

    critrios, mtodos de anlise e instrues especficas, bem como assegurar um tratamento

    uniforme dos elementos geomtricos do projeto segundo as tcnicas mais avanadas da

    engenharia rodoviria, reunindo as informaes necessrias para a execuo de projetos de

    intersees de rodovias.

    Com base na experincia dos consultores em estudos e projetos de intersees de rodovias

    rurais e urbanas, procedeu-se padronizao dos valores e critrios ora estabelecidos,

    consultando as metodologias, sugestes e recomendaes das mais recentes monografias sobre

    o assunto, especialmente as que constam da publicao A Policy on Geometric Design of

    Highways and Streets da American Association of State Highway and Transportation Officials

    AASHTO 2001. Da extensa consulta bibliografia existente destacam-se diversas publicaes

    do Institute of Transportation Engineers ITE, do Transportation Research Board TRB,particularmente as recomendaes do Highway Capacity Manual HCM 2000 e, tambm,

    tpicos especficos das Richtlinien fr die Anlage von Strassen RAS 1988/1996 (Normas

    Alems) e Vgutformning 94 2002 (Normas Suecas).

    Como os valores e critrios apresentados atualizam, expandem e complementam os manuais

    anteriores, o IPR, apreciaria receber quaisquer tipo de comentrios, observaes, sugestes e

    crticas que possam vir e contribuir para o aperfeioamento da tcnica e do estudo da arte dos

    projetos de intersees rodoviria.

    Eng Chequer Jabour ChequerCoordenador do Instituto de Pesquisas Rodovirias

    Endereo para correspondncia:Instituto de Pesquisas RodoviriasA/C Diviso de Capacitao TecnolgicaRodovia Presidente Dutra, Km 163, Centro Rodovirio, Vigrio Geral, Rio de Janeiro CEP 21240-000, RJTel/Fax: (21) 3371-5888 e-mail: [email protected]

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    MANUAL DE PROJETO DE INTERSEES 5

    MT/DNIT/DPP/IPR

    LISTA DE ILUSTRAES

    Figura 1 Modelo de fluxograma de trfego em UCP................................................ 42Figura 2 Volume horrio de trfego ......................................................................... 46

    Figura 3 Velocidade dos pedestres em funo da declividade da via ..................... 55

    Figura 4 Relao entre densidade e velocidade de pedestres ................................ 55

    Figura 5 Fluxos que justificam a implantao de passarelas................................... 57

    Figura 6 Foras que atuam sobre um veculo em movimento ................................. 60

    Figura 7 Foras atuantes sobre um veculo em curva horizontal............................. 62

    Figura 8 Tempo transcorrido e distncia percorrida para um veculo parado atingirvelocidade indicada ................................................................................... 66

    Figura 9 Distncia percorrida para passar com acelerao normal develocidade inicial para velocidade alcanada (condies em nvel) .......... 69

    Figura 10 Comprimentos de desacelerao para veculos de passeioaproximando de intersees...................................................................... 69

    Figura 11 Veculo de projeto VP................................................................................ 81

    Figura 12 Veculo de projeto CO ............................................................................... 81

    Figura 13 Veculo de projeto O.................................................................................. 82

    Figura 14 Veculo de projeto SR................................................................................ 83

    Figura 15 Veculo de projeto RE................................................................................ 84

    Figura 16 Interseo tipo gota ................................................................................... 90

    Figura 17 Interseo canalizada I.............................................................................. 90

    Figura 18 Interseo canalizada II............................................................................. 91

    Figura 19 Interseo com sinalizao semafrica..................................................... 91

    Figura 20 Rtula ....................................................................................................... 92

    Figura 21 Rtula vazada............................................................................................ 92

    Figura 22 Trombeta ................................................................................................... 94

    Figura 23 Diamante ................................................................................................... 94

    Figura 24 Trevo completo.......................................................................................... 95

    Figura 25 Trevo parcial.............................................................................................. 95

    Figura 26 Direcional I................................................................................................. 96

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    MANUAL DE PROJETO DE INTERSEES 6

    MT/DNIT/DPP/IPR

    Figura 27 Direcional II................................................................................................ 96

    Figura 28 Semidirecional em laos............................................................................ 97

    Figura 29 Giratrio..................................................................................................... 97

    Figura 30 Interseo tipo A........................................................................................ 102

    Figura 31 Interseo tipo B (Gota)............................................................................. 103

    Figura 32 Interseo tipo C (Canalizada) .................................................................. 103

    Figura 33 Interseot Tipo G (Rtula Urbana)........................................................... 104

    Figura 34 Intersees deslocadas............................................................................. 104

    Figura 35 Distncia mnima em intersees deslocadas........................................... 105

    Figura 36 Intersees tipo D (Rtula) ........................................................................ 106

    Figura 37 Interseo tipo F (Interconexo)................................................................ 107

    Figura 38 Mtodo de escolha em funo dos volumes de trfego em rearural ........................................................................................................... 116

    Figura 39 Mtodo de escolha em funo da segurana do trnsito em rearural ........................................................................................................... 119

    Figura 40 Escolha do tipo de interseo interseo de trs ramos(Velocidade Diretriz de 70 km/h)................................................................ 124

    Figura 41 Escolha do tipo de interseo interseo de trs ramos(velocidade diretriz de 90 km/h)................................................................. 125

    Figura 42 Escolha do tipo de interseo interseo de quatro ramos(velocidade diretriz de 70 km/h)................................................................. 126

    Figura 43 Escolha do tipo de interseo interseo de quatro ramos(velocidade diretriz de 90 km/h)................................................................. 127

    Figura 44 Grfico indicativo do tipo de interseo em reas urbanas ....................... 132

    Figura 45 Escolha do tipo de interconexo em funo dos locais em que sesituam........................................................................................................ 135

    Figura 46 Trombeta ................................................................................................... 138

    Figura 47 Diamante simples ...................................................................................... 139

    Figura 48 Diamante desdobrado ............................................................................... 140

    Figura 49 Diamante desdobrado com um sentido de circulao ............................... 141

    Figura 50 Trevo completo (Quatro folhas) ................................................................. 142

    Figura 51 Trevo completo com vias coletoras - Distribuidoras .................................. 143

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    MANUAL DE PROJETO DE INTERSEES 7

    MT/DNIT/DPP/IPR

    Figura 52 Trevo parcial (Dois quadrantes)................................................................. 144

    Figura 53 Trevo parcial (Quatro quadrantes)............................................................. 145

    Figura 54 Semidirecional ........................................................................................... 146

    Figura 55 Giratrio..................................................................................................... 147

    Figura 56 Variveis de trfego na rea de influncia dos terminais .......................... 149

    Figura 57 Manobras de entrecruzamento.................................................................. 155

    Figura 58 Sees de entrecruzamento...................................................................... 156

    Figura 59 Tipos bsicos de movimento ..................................................................... 163

    Figura 60 Tipos de conflitos nas intersees............................................................. 164

    Figura 61 Intersees de trs ramos (T).................................................................... 166

    Figura 62 Intersees de trs ramos (T).................................................................... 167

    Figura 63 Intersees de trs ramos (T).................................................................... 168

    Figura 64 Intersees de quatro ramos .................................................................... 172

    Figura 65 Intersees de quatro ramos .................................................................... 173

    Figura 66 Intersees de quatro ramos .................................................................... 174

    Figura 67 Intersees de quatro ramos (Controle por semforos) ......................... 175

    Figura 68 Intersees de quatro ramos (Controle por semforos) ......................... 176

    Figura 69 Intersees de ramos mltiplos ................................................................. 177

    Figura 70 Pontos de conflito na interseo de quatro ramos e na rtula comuma faixa de trfego.................................................................................. 179

    Figura 71 Elementos de projeto de uma rtula moderna........................................... 184

    Figura 72 Rtula com deflexo do trfego garantida pela ilha central ....................... 186

    Figura 73 Tipos de rtula moderna............................................................................ 187

    Figura 74 Curvas sucessivas nas aproximaes das rtulas em vias ruraisde alta velocidade...................................................................................... 191

    Figura 75 Fluxos de trfego em uma rtula moderna ................................................ 193

    Figura 76 Capacidade das entradas na rtula ........................................................... 196

    Figura 77 Fator de reduo (fi) para considerar a influncia da travessiade pedestres de uma entrada com uma faixa de trfego a umartula com uma faixa de trfego ................................................................ 197

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    MANUAL DE PROJETO DE INTERSEES 8

    MT/DNIT/DPP/IPR

    Figura 78 Fator de reduo (fi) para considerar a influncia da travessiade pedestres de uma entrada com duas faixas de trfego a umartula com duas faixas de trfego.............................................................. 197

    Figura 79 Tempo mdio de espera............................................................................ 199

    Figura 80 Mtodos de realinhamento ........................................................................ 205

    Figura 81 Efeito dos alinhamentos das aproximaes nos ndices de acidentes ...... 208

    Figura 82 Ajuste no perfil para prover informao visual antecipada da interseo.. 209

    Figura 83 Alargamento de pista para canalizao..................................................... 209

    Figura 84 Tringulo de visibilidade para o trfego em movimento............................. 211

    Figura 85 Tringulo de visibilidade para o trfego parado......................................... 211

    Figura 86 Tringulo de visibilidade em intersees esconsas................................... 230

    Figura 87 Projeto mnimo para veculos do tipo CO (Converso de 90) .................. 237

    Figura 88 Projeto de curvas de trs centros para veculos do tipo SR ...................... 238

    Figura 89 Condies mnimas de projeto para pistas de converso (Converso 90) ......................................................................................................... 241

    Figura 90 Relao entre a velocidade e o coeficiente de atrito nas curvas dasintersees ................................................................................................ 243

    Figura 91 Raios mnimos para curvas em intersees .............................................. 245

    Figura 92 Emprego de curvas simples, compostas e de transio nas pistasde converso............................................................................................. 248

    Figura 93 Transferncia das trajetrias de giro do gabarito do veculo deprojeto para a planta.................................................................................. 252

    Figura 94 Desenvolvimento da canalizao para ajustes s trajetriasde giro........................................................................................................ 253

    Figura 95 Faixas de mudanas de velocidade........................................................... 256

    Figura 96 Tipos de faixa de mudana de velocidade................................................. 258

    Figura 97 Desenvolvimento das faixas de mudana de velocidade dotipo taper nas terminais em curva.............................................................. 264

    Figura 98 Desenvolvimento das faixas de mudana de velocidade dotipo paralelo nos terminais em curva ......................................................... 265

    Figura 99 Grficos indicativos dos volumes de trfego que tornam necessriaa adoo de faixa de giro esquerda nas intersees nosemaforizadas em rodovias de quatro faixas ........................................... 271

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    MANUAL DE PROJETO DE INTERSEES 9

    MT/DNIT/DPP/IPR

    Figura 100 Exemplo de obstruo de visibilidade causada por veculos girando esquerda (Faixas de giro esquerda convencionais) ............................ 273

    Figura 101 Faixas de giro esquerda deslocadas ...................................................... 274Figura 102 Projeto de taper para faixas de giro esquerda

    (Condies mnimas)................................................................................. 278

    Figura 103 Extremidades dos canteiros separadores adjacentes s faixas degiro esquerda.......................................................................................... 282

    Figura 104 Medidas da diferena algbrica mxima ................................................... 286

    Figura 105 Desenvolvimento da superelevao nos terminais de converso(Curva de sada em um trecho em tangente) ............................................ 290

    Figura 106 Desenvolvimento da superelevao nos terminais de converso(Rodovia e pista de sada com o mesmo sentido da curvatura) ................ 291

    Figura 107 Desenvolvimento da superelevao nos terminais de converso(Curva de sentidos opostos na rodovia e na pista de sada) ..................... 292

    Figura 108 Desenvolvimento da superelevao nos terminais de converso(Projeto com faixa de desacelerao do tipo paralelo) .............................. 293

    Figura 109 Comprimentos das curvas verticais convexas (Condies mnimas) ........ 299

    Figura 110 Comprimentos das curvas verticais convexas(Condies desejveis) ............................................................................. 300

    Figura 111 Comprimentos das curvas verticais convexas (Condies mnimas) ....... 301

    Figura 112 Comprimentos das curvas verticais cncavas(Condies desejveis) ............................................................................. 302

    Figura 113 Elementos da curva vertical composta convexa........................................ 304

    Figura 114 Elementos da curva vertical composta cncava........................................ 311

    Figura 115 Distncia de visibilidade com recuo do observador em relaodo PCV ...................................................................................................... 313

    Figura 116 Hipteses considerando o posicionamento do observador e doobjeto (Curvas compostas cncavas)........................................................ 314

    Figura 117 Limitao dos pontos de conflito............................................................... 332

    Figura 118 Eliminao da complexidade de conflitos .................................................. 333

    Figura 119 Limitao da freqncia de conflitos.......................................................... 334

    Figura 120 Limitao de severidade de conflitos......................................................... 335

    Figura 121 Movimentos indesejveis ou incorretos devem ser desencorajados ou

    proibidos por meio de canalizao ............................................................ 338

  • 8/12/2019 Manual de Projeto de Intersecoes (Dnit) 2005

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    MANUAL DE PROJETO DE INTERSEES 10

    MT/DNIT/DPP/IPR

    Figura 122 Trajetrias adequadas devem ser definidas claramente peloselementos de canalizao ......................................................................... 340

    Figura 123 Velocidades adequadas e seguras devem ser encorajadas naelaborao no projeto da interseo.......................................................... 342

    Figura 124 O projeto da interseo, sempre que possvel, deve separar os pontos deconflito ....................................................................................................... 344

    Figura 125 As correntes de trfego devem cruzar os ngulos prximos de 90graus e devem se incorporar com ngulos pequenos ............................... 346

    Figura 126 O projeto de interseo deve priorizar os movimentos das correntesprincipais de trfego .................................................................................. 348

    Figura 127 O projeto de interseo deve facilitar o funcionamento do sistema

    de controle de trfego................................................................................ 350

    Figura 128 Veculos em processo de desacelerao, lentos ou parados, devemficar fora das faixas de trfego de alta velocidade..................................... 352

    Figura 129 Detalhes de projeto das ilhas com meios-fios (reas urbanas)................. 356

    Figura 130 Detalhes de projeto das ilhas com meios-fios (reas rurais)..................... 357

    Figura 131 Tipos gerais de ilhas divisrias.................................................................. 358

    Figura 132 Detalhes de projeto de ilhas divisrias ...................................................... 360

    Figura 133 Dimenses mnimas de aberturas do canteiro central para veculosdo tipo CO (raio de controle de 15m)......................................................... 367

    Figura 134 Dimenses tpicas de aberturas do canteiro central com bordos emforma de ogiva........................................................................................... 369

    Figura 135 Interseo de quatro ramos com faixas de acelerao no canteirocentral........................................................................................................ 371

    Figura 136 Nmero mdio de acidentes por ano relacionado com o volume detrfego de intersees em rodovias de pista dupla.................................... 374

    Figura 137 Nmero de acidentes por ano em funo da largura do canteirocentral para intersees rurais de quatro ramos ....................................... 375

    Figura 138 Dimenses mnimas do canteiro central para retornos em U.................. 381

    Figura 139 Tipos especiais de retorno para canteiros centrais estreitos ..................... 385

    Figura 140 Greide mximo no cruzamento rodoferrovirio.......................................... 389

    Figura 141 Veculo que se move para atravessar a ferrovia em segurana ouparar a tempo antes da travessia (Caso A) ............................................... 391

    Figura 142 Veculo que se move da posio parado para atravessar a ferrovia

    (Caso B) .................................................................................................... 393

  • 8/12/2019 Manual de Projeto de Intersecoes (Dnit) 2005

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    MANUAL DE PROJETO DE INTERSEES 11

    MT/DNIT/DPP/IPR

    Figura 143 Cruzamentos ferrovirios prximos s intersees ................................... 395

    Figura 144 Faixas de espera no cruzamento rodoferrovirio ...................................... 398

    Figura 145 Distncias mnimas laterais para passagens inferiores de viasimportantes................................................................................................ 410

    Figura 146 Tipos de interconexes.............................................................................. 414

    Figura 147 Tipos de ramos.......................................................................................... 416

    Figura 148 Interconexes em T e Y........................................................................ 418

    Figura 149 Interconexes em T e Y com mltiplas obras-de-arte........................... 419

    Figura 150 Diamante convencional ............................................................................. 420

    Figura 151 Diamante desdobrado ............................................................................... 421Figura 152 Diamante em ramos cruzados................................................................... 422

    Figura 153 Diamante em trs nveis ............................................................................ 423

    Figura 154 Tipos de trevo completo ............................................................................ 426

    Figura 155 Tipos de trevo parcial ................................................................................ 428

    Figura 156 Tipos de interconexes direcionais............................................................ 430

    Figura 157 Tipos de interconexes semidirecionais .................................................... 431

    Figura 158 Tipos de giratrios ..................................................................................... 433

    Figura 159 Arranjos de sadas entre interconexes sucessivas.................................. 435

    Figura 160 Rodovia secundria funcionando como coletora distribuidora darodovia principal......................................................................................... 436

    Figura 161 Exemplos de obedincia e desobedincia ao princpio decontinuidade de rotas ................................................................................ 438

    Figura 162 Exemplos de balanceamento de faixas ..................................................... 441

    Figura 163 Coordenao entre balanceamento de faixas e nmero bsico defaixas ......................................................................................................... 442

    Figura 164 Reduo tpica de faia nos ramos de sada............................................... 444

    Figura 165 Mtodos alternativos de eliminao de faixas auxiliares ........................... 445

    Figura 166 Trechos de entrecruzamentos ................................................................... 446

    Figura 167 Caractersticas de sadas simples e duplas............................................... 449

    Figura 168 Distncias mnimas recomendadas entre terminais sucessivos (m).......... 451

    Figura 169 Formas especficas dos ramos.................................................................. 454

  • 8/12/2019 Manual de Projeto de Intersecoes (Dnit) 2005

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    MANUAL DE PROJETO DE INTERSEES 12

    MT/DNIT/DPP/IPR

    Figura 170 Distncia de visibilidade exigvel para interconexes em diamanteno sinalizadas.......................................................................................... 460

    Figura 171 Afastamento lateral de obstculo em curvas (Distncia mnima devisibilidade de parada)............................................................................... 465

    Figura 172 Afastamento lateral de obstculo em curavas (Distncia mnimade visibilidade de parada).......................................................................... 466

    Figura 173 Afastamento lateral de obstculo em curvas (Distncia devisibilidade de parada desejvel)............................................................... 467

    Figura 174 Detalhe do terminal de entrada ................................................................. 469

    Figura 175 Detalhes dos terminais de sada................................................................ 471

    Figura 176 Terminais de entrada com uma faixa......................................................... 473Figura 177 Terminais de sada com uma faixa............................................................ 476

    Figura 178 Terminais de entrada com duas faixas ...................................................... 481

    Figura 179 Terminais de sada com duas faixas ......................................................... 482

    Figura 180 Tipo de ilhas divisrias .............................................................................. 485

    Figura 181 Giros simultneos dos veculos junto s gotas.......................................... 486

    Figura 182 Visibilidade das gotas ................................................................................ 487

    Figura 183 Posicionamento das gotas em curva......................................................... 488

    Figura 184 Projeto de gota em local de greide acentuado .......................................... 489

    Figura 185 Intersees com ngulos de = 70 a 110 .............................................. 490

    Figura 186 Intersees com ngulos < 70 .............................................................. 491

    Figura 187 Intersees com ngulos < 110 ............................................................ 492

    Figura 188 Intersees com ngulos = 70 a 110 ................................................... 494

    Figura 189 Distncia paralela ao eixo da rodovia secundria .................................. 495

    Figura 190 Raio do bordo interno para os giros esquerda........................................ 495

    Figura 191 Intersees com ngulos < 70 .............................................................. 497

    Figura 192 Intersees com ngulos > 110 ............................................................ 499

    Figura 193 Exemplos da integrao dos greides das vias secundrias e reasrurais.......................................................................................................... 501

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    LISTA DE TABELAS

    Tabela 1 Valores relativos das passagens de pedestres (%) ................................... 56Tabela 2 Critrios para sinalizao semafrica de travessias de

    pedestres................................................................................................... 59

    Tabela 3 Evoluo da frota de veculos (103veculos)............................................. 75

    Tabela 4 Distribuio dos automveis e veculos comerciais leves ( ano 2002 ) ..... 76

    Tabela 5 Evoluo da frota de caminhes por tipo de veculo ................................. 77

    Tabela 6 Principais dimenses bsicas dos veculos de projeto (em metros).......... 80

    Tabela 7 Parmetros para interseo com trs ramos............................................. 105

    Tabela 8 Parmetros para interseo com quatro ramos......................................... 110

    Tabela 9 Mdia de reduo de acidentes passando do tipo A para os tipos Be C............................................................................................................. 113

    Tabela 10 Reduo de acidentes com a interseo de quatro ramos deslocada....... 113

    Tabela 11 Capacidade aproximada dos ramos .......................................................... 150

    Tabela 12 Valores de capacidade nas reas de convergncia .................................. 152

    Tabela 13 Valores da capacidade nas reas de divergncia ..................................... 154

    Tabela 14 Velocidades de projeto das rtulas convencionais .................................... 180

    Tabela 15 Comprimentos mnimos dos trechos de entrecruzamento das rtulasconvencionais............................................................................................ 181

    Tabela 16 Diferena algbrica mxima para as inclinaes transversais nas196rtulas convencionais ................................................................................ 182

    Tabela 17 Matriz de origem origem/destino................................................................ 193

    Tabela 18 Fatores de equivalncia em unidades de carros de passeio (UCP) .......... 194

    Tabela 19 Nveis de servio em funo dos tempos de espera ................................. 200

    Tabela 20 Determinao dos nveis de servio de uma rtula moderna .................... 202

    Tabela 21 Distncias no tringulo de visibilidade Caso A Interseessem controle .............................................................................................. 213

    Tabela 22 Fatores de ajustamento para as distncias de visibilidade em funodo greide da aproximao ......................................................................... 214

    Tabela 23 Intervalos de tempo aceitos para giros esquerda ................................... 215

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    Tabela 24 Distncias de visibilidade em intersees controladas pelasinalizao Parada Obrigatria Caso B1 Giro esquerda a partirda rodovia secundria ............................................................................... 216

    Tabela 25 Intervalos aceitos para giros direita e travessias ................................... 217

    Tabela 26 Distncias de visibilidade (b) em intersees controladas pelasinalizao Parada Obrigatria Casos B2 e B3 Giro direitaou travessia a partir da rodovia secundria ............................................... 218

    Tabela 27 Distncias percorridas ao longo da rodovia secundria emintersees controladas pela sinalizao D a Preferncia Caso C1 Travessia a partir da rodovia secundria................................................... 220

    Tabela 28 Tempos de percurso na rodovia secundria e tempos de travessia da

    rodovia principal em intersees controladas pela sinalizao Da Preferncia - Caso C1 - Travessia a partir da rodovia secundria ....... 221

    Tabela 29 Distncias de visibilidade ao longo da na rodovia principal em interseescontroladas pela sinalizao Da Preferncia - Caso C1 - Travessia a partir da rodovia secundriapara carros de passeio (VP) ...................................................................... 222

    Tabela 30 Distncias de visibilidade ao longo da rodovia principal em interseescontroladas pela sinalizao Da Preferncia - Caso C1 - Travessia a partir da rodovia secundriapara caminhes e nibus (CO).................................................................. 223

    Tabela 31 Distncias de visibilidade ao longo da rodovia principal em interseescontroladas pela sinalizao Da Preferncia - Caso C1 - Travessia a partir da rodovia secundriapara nibus longos (O) .............................................................................. 224

    Tabela 32 Distncias de visibilidade ao longo da rodovia principal em interseescontroladas pela sinalizao Da Preferncia - Caso C1 - Travessia a partir da rodovia secundriapara semi-reboques (SR) .......................................................................... 225

    Tabela 33 Distncias de visibilidade ao longo da rodovia principal em interseescontroladas pela sinalizao Da Preferncia - Caso C1 - Travessia a partir da rodovia secundriapara semi-reboques (RE) .......................................................................... 226

    Tabela 34 Intervalos aceitos para giros direita e esquerda .................................. 227

    Tabela 35 Distncias de visibilidade ao longo da rodovia principal em interseescontroladas pela sinalizao Da Preferncia - Caso C2 Giro esquerda ou direita a partir darodovia secundria .................................................................................... 227

    Tabela 36 Intervalos aceitos para giros esquerda da rodovia principal ................... 228

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    Tabela 37 Distncias de visibilidade ao longo da rodovia principal emintersees controladas pela sinalizao Parada Obrigatria _ CasoE Giros esquerda a partir da rodovia principal..................................... 229

    Tabela 38 Distncia de visibilidade de parada (m) ..................................................... 232

    Tabela 39 Raios mnimos para bordos de pistas de converso ................................. 236

    Tabela 40 Condies mnimas de projeto para pistas de converso ......................... 240

    Tabela 41 Raios mnimos para curvas em intersees .............................................. 244

    Tabela 42 Comprimento mnimo das espirais nas curvas de converso.................... 246

    Tabela 43 Comprimentos mnimos dos arcos circulares para curvas compostas,quando o primeiro raio o dobro do segundo........................................... 247

    Tabela 44 Condies de trfego para determinao de largura de pista ................... 250

    Tabela 45 Largura das pistas de converso (m) ........................................................ 251

    Tabela 46 Largura do acostamento ou espao lateral equivalente ............................ 254

    Tabela 47 Comprimentos do taper nas faixas de mudana de velocidade ................ 259

    Tabela 48 Comprimentos das faixas de mudana de velocidade............................... 262

    Tabela 49 Fatores de ajustamento para as faixas de mudanas de velocidadeem funo do greide.................................................................................. 263

    Tabela 50 Reduo de acidentes nas intersees com faixas de giro esquerda .... 268

    Tabela 51 Orientao para adoo de faixas de giro esquerda em rodovias depistas simples ............................................................................................ 270

    Tabela 52 Comprimentos mnimos de desacelerao para faixas de giro esquerda.................................................................................................... 279

    Tabela 53 Comprimentos das faixas de armazenamento .......................................... 280

    Tabela 54 Taxas de superelevao para curvas em intersees (%) ........................ 284

    Tabela 55 Variao mxima da superelevao em 20m nas curvas dasintersees ............................................................................................... 285

    Tabela 56 Diferena algbrica mxima para as inclinaes transversais emintersees ................................................................................................ 287

    Tabela 57 Valores de K segundo acelerao centrfuga admissvel (m).................... 295

    Tabela 58 Valores de K segundo distncia de visibilidade parada............................. 298

    Tabela 59 Distncia de visibilidade noturna (Curvas cncavas)................................. 318

    Tabela 60 Distncia de visibilidade diurna (Curvas convexas)................................... 322

    Tabela 61 Distncia de visibilidade noturna (Curvas convexas)................................. 326

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    Tabela 62 Raios mnimos de controle para veculos de projeto ................................. 364

    Tabela 63 Dimenses das aberturas dos canteiros centrais ...................................... 366

    Tabela 64 Larguras recomendadas para o canteiro central ....................................... 377

    Tabela 65 Dimenses mnimas para retornos em U ................................................ 383

    Tabela 66 Curvas compostas tricentradas para projeto de retornos .......................... 383

    Tabela 67 Distncias para variao de 0,30m na elevao no bordo externo darodovia em relao ao bordo interno ........................................................ 388

    Tabela 68 Distncia de visibilidade nos cruzamentos rodoferrovirios ...................... 394

    Tabela 69 Comprimentos dos trechos de chegada das faixas de espera (Ld) ........... 399

    Tabela 70 Comprimentos dos trechos de sada das faixas de espera (La)................ 399Tabela 71 Velocidade de projeto para ramos de interconexes................................. 453

    Tabela 72 Valores dos raios mnimos para ramos de interconexes (m)................... 456

    Tabela 73 Rampas mximas para ramos (Critrio geral) ........................................... 458

    Tabela 74 Afastamentos mnimos dos obstculos fixos em trechos em tangente...... 464

    Tabela 75 Gabarito vertical......................................................................................... 468

    Tabela 76 Comprimento mnimo do taper de transio ............................................. 470

    Tabela 77 Comprimento do trecho efetivo de acelerao La (m) ............................ 478

    Tabela 78 Comprimento do percurso aguardando intervalo no fluxo (Lg).................. 478

    Tabela 79 Comprimento do trecho efetivo de desacelerao La (m) ...................... 478

    Tabela 80 Eqivalncia em carros de passeio (UCP) ................................................ 512

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    SUMRIO

    APRESENTAO .............................................................................................................03

    LISTA DE ILUSTRAES.................................................................................................05

    Capitulo 1.INTRODUO..................................................................................................21

    Capitulo 2.DEFINIES ...................................................................................................25

    Capitulo 3.PROCEDIMENTOS BSICOS PARA O PROJETO DE INTERSEES ........37

    3.1 Conceitos Bsicos..............................................................................39

    3.2 Consideraes Gerais de Projeto ......................................................39

    3.3 Dados Bsicos ...................................................................................40

    3.4 Volume Horrio de Projeto (VHP) ......................................................45

    Capitulo 4. CARACTERSTICAS DOS MOTORISTAS,PEDESTRES E VECULOS............................................................................49

    4.1 Motoristas ..........................................................................................51

    4.2 Pedestres...........................................................................................53

    4.3 Veculos .............................................................................................59

    Capitulo 5. VECULOS DE PROJETO..............................................................................71

    5.1 Influncia nos Elementos do Projeto..................................................73

    5.2 Frota Circulante .................................................................................74

    5.3 Caractersticas dos Veculos e Tendncias .......................................78

    5.4 Legislao Relativa s Dimenses e Peso de Veculos.....................78

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    5.5 Veculos Tipo .....................................................................................79

    5.6 Escolha do Veculo de Projeto ...........................................................85

    Captulo 6. CLASSIFICAO DAS INTERSEES ........................................................87

    6.1 Intersees em Nvel..........................................................................89

    6.2 Intersees em Nveis Diferentes.......................................................93

    Capitulo 7. CRITRIOS PARA DETERMINAO DO TIPO DE INTERSEO.......... 99

    7.1 Critrios para Enquadramento nos Tipos Bsicos ....................... 101

    7.2 Critrios para Seleo do Tipo de Interconexo ............................. 133

    7.3 Critrios Comparativos de Seleo................................................. 136

    7.4 Anlise da Capacidade Operacional do Projeto.............................. 148

    Capitulo 8. INTERSEES EM NVEL ......................................................................... 159

    8.1 Consideraes Gerais..................................................................... 161

    8.2 Tipos de Movimentos...................................................................... 162

    8.3 Tipos de Intersees em Nvel........................................................ 165

    8.4 Alinhamentos .................................................................................. 203

    8.5 Elementos do Projeto...................................................................... 210

    8.6 Canalizao .................................................................................... 330

    8.7 Ilhas ............................................................................................... 353

    8.8 Canteiro Central ............................................................................. 362

    8.9 Retornos ......................................................................................... 378

    8.10 Cruzamento Rodoferrovirio ........................................................... 387

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    Capitulo 9. INTERSEES EM NVEIS DIFERENTES ................................................ 401

    9.1 Consideraes Gerais..................................................................... 403

    9.2 Estruturas de Separao dos Greides ........................................... 407

    9.3 Tipos de Interconexes................................................................... 413

    9.4 Controles Gerais de Projeto............................................................ 434

    9.5 Elementos do Projeto...................................................................... 452

    APNDICE ..................................................................................................................... 483

    Apndice A. Projetos de Gotas em Rodovias Secundrias ........................................ 485

    Apndice B. Programas de Distncia de Visibilidade na ConcordnciaVertical..................................................................................................... 503

    Apndice C. Determinao do Nvel de Servio de uma Rtula Moderna................... 506

    Apndice D. Comparao entre os Mtodos Novos e Antigos das Normas Suecas paraDeterminao dos Tipos de Intersees ................................................. 508

    BIBLIOGRAFIA............................................................................................................... 521

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    MT/DNIT/DPP/IPR

    1 INTRODUO

    O presente Manual de Projeto de Intersees tem por objetivo estabelecer conceitos, critrios,mtodos de anlise e instrues especficas, bem como assegurar um tratamento uniforme dos

    elementos geomtricos do projeto segundo as tcnicas mais avanadas da engenharia rodoviria,

    reunindo as informaes necessrias para a execuo de projetos de intersees de rodovias

    rurais.

    Os valores e critrios bsicos apresentados atualizam, expandem e complementam os manuais

    anteriores feitos pelo Instituto de Pesquisas Rodovirias IPR/DNER: o Manual de Projeto de

    Intersees, elaborado h mais de trs dcadas (1969) e o Manual de Projeto de Engenharia

    Rodoviria, de 1974, cujo captulo dedicado especificamente ao projeto de intersees trata o

    assunto de forma mais completa, constituindo uma reviso, atualizao e ampliao do manual

    anterior.

    Com base na experincia dos consultores em estudos e projetos de intersees de rodovias

    rurais e urbanas, procedeu-se padronizao dos valores e critrios ora estabelecidos,

    consultando as metodologias, sugestes e recomendaes das mais recentes monografias sobre

    o assunto, especialmente as que constam da publicao A Policy on Geometric Design of

    Highways and Streets da American Association of State Highway and Transportation Officials

    AASHTO 2001. Da extensa consulta bibliografia existente destacam-se diversas publicaes

    do Institute of Transportation Engineers ITE, do Transportation Research Board TRB,

    particularmente as recomendaes do Highway Capacity Manual HCM 2000 e, tambm,

    tpicos especficos das Richtlinien fr die Anlage von Strassen RAS 1988/1996 (Normas

    Alems) e Vgutformning 94 2002 (Normas Suecas).

    Cumpre ressaltar que apesar deste Manual ser bastante abrangente e detalhado, estar

    fundamentado em elementos bsicos nacionais para fixao de caractersticas tcnicas, e nosconceitos e recomendaes de rgos rodovirios internacionais dos mais respeitados, ressente-

    se da necessidade de estudos de campo, levantamentos estatsticos e trabalhos de pesquisa,

    para obteno de parmetros locais que reflitam melhor as condies brasileiras.

    O trabalho foi dividido nos seguintes captulos:

    Introduo

    Definies

    Procedimentos Bsicos para o Projeto de Intersees

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    MT/DNIT/DPP/IPR

    Caractersticas dos Motoristas, Pedestres e Veculos

    Veculos de Projeto

    Classificao das Intersees

    Critrios para Determinao do Tipo de Interseo

    Intersees em Nvel

    Intersees em Nveis Diferentes

    O Captulo 1 constitudo pela presente Introduo. O Captulo 2contm definies dos principais

    termos e expresses empregados nos projetos de intersees. O Captulo 3apresenta conceitos

    e consideraes gerais de projeto e dados bsicos necessrios. O Captulo 4 trata das

    caractersticas fundamentais dos motoristas, pedestres e veculos. O Captulo 5 define e detalha

    os Veculos Tipo a considerar no projeto, funo da frota em circulao e suas tendncias e da

    legislao relativa s dimenses e pesos dos veculos. O Captulo 6 procede classificao das

    intersees em dois grandes grupos: intersees em nvel e em mais de um nvel, e relaciona os

    tipos usuais de solues. O Captulo 7fornece critrios para determinao do tipo de interseo, a

    partir do enquadramento nos tipos bsicos. Inclui tambm orientao para anlise da capacidade

    operacional do projeto. O Captulo 8 trata das Intersees em Nvel, compreendendo a anlise

    dos movimentos e conflitos, tipos de solues, caractersticas dos alinhamentos horizontal e

    vertical, elementos do projeto, canalizao, ilhas, canteiro central, retornos e cruzamentosrodoferrovirios. O Captulo 9trata das Intersees em Nveis Diferentes, analisando as estruturas

    de separao de greides, os tipos de interconexes, os controles e elementos do projeto.

    Por ter carter fundamentalmente didtico, o Manual inclui tambm um apndice com quatro

    anexos contendo: projetos-tipo de gotas com os detalhes necessrios sua execuo; orientao

    para uso de programas referentes a distncia de visibilidade nas curvas de concordncia vertical;

    clculo da capacidade de rtulas modernas; observaes relativas aplicao dos mtodos novos

    e antigos das Normas Suecas para determinao dos tipos de intersees. Os programas so

    includos em CD-ROM que acompanha o Manual.

    A bibliografia consultada apresentada ao final do trabalho.

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    MT/DNIT/DPP/IPR

    2 DEFINIES

    Algumas expresses empregadas em projetos de intersees carecem de uma definio uniformeou precisa de conceito. Com o objetivo de uniformizar a terminologia existente sobre a matria,

    so fornecidos alguns conceitos gerais, relativos ao projeto dos diversos elementos das

    intersees. As definies foram elaboradas apenas para os principais termos ou expresses de

    significado particular mencionadas no presente Manuale no pretendem constituir um glossrio

    completo. Em alguns casos, para algumas expresses com conceituao mais ampla, foi

    apresentado apenas o conceito de interesse para o projeto geomtrico de intersees. Em outros,

    a explanao dos conceitos encontra-se no prprio texto. Terminologia e definies adicionais

    constam das publicaes: Glossrio de Termos Tcnicos Rodovirios DNER Diretoria deDesenvolvimento Tecnolgico 1997 e Manual de Projeto Geomtrico de Rodovias Rurais

    DNER Diretoria de Desenvolvimento Tecnolgico 1999.

    Acesso interseo de uma rodovia com uma via de ligao a propriedades marginais, de uso

    particular ou pblico.

    Acostamento rea da plataforma adjacente pista de rolamento destinada a: estacionamento

    provisrio de veculos, servir de faixa extra de rolamento para emergncias, contribuir para

    proteo da estrutura do pavimento e dos efeitos da eroso. Em rodovias de pista dupla, os

    acostamentos direita do sentido de trfego so denominados externos e aqueles esquerda,

    internos.

    Agulha ramo bifurcando da via principal segundo um pequeno ngulo, ligando-a geralmente a

    uma pista lateral ou via marginal paralela.

    Alinhamento horizontal projeo do eixo no plano horizontal, definindo-o geometricamente.

    Determina o traado em planta.

    Alinhamento vertical greide da rodovia, com suas caractersticas altimtricas.

    rea do nariz rea compreendida entre os bordos adjacentes das pistas de duas vias ou ramos

    que se bifurcam ou se juntam, e a curva (ou vrtice) limitadora do nariz.

    Barreira estrutura rgida, indeformvel, geralmente de concreto, disposta longitudinalmente

    pista com o objetivo de impedir que veculos desgovernados saiam da plataforma, choquem-se

    com objetos fixos ou invadam outras pistas adjacentes, e, ainda, desejavelmente, de reorientar o

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    MT/DNIT/DPP/IPR

    veculo para a trajetria correta com o mnimo de danos para o motorista e passageiros. Tambm

    denominado separador fsico rgido.

    Bordos (Bordas) da pista limites laterais da pista de rolamento. Em rodovias de pista dupla, o

    limite direita do sentido de trfego denominado bordo externo e aquele esquerda, bordo

    interno.

    Canteiro central espao compreendido entre os bordos internos de pistas de rolamento, com

    trfego geralmente em sentidos opostos, objetivando separ-las fsica, operacional, psicolgica e

    esteticamente. Por definio, inclui os acostamentos internos, faixas de segurana ou faixa de

    espera e converso esquerda.

    Capacidade nmero mximo de veculos que poder passar por um determinado trecho de uma

    faixa ou pista durante um perodo de tempo determinado, sob as condies reais predominantes

    na via e no trfego.

    Comprimento de transio da superelevao extenso ao longo da qual se processa o giro da

    pista em torno do eixo de rotao para dot-la de superelevao a ser mantida no trecho circular.

    Seu incio situa-se, por definio, no ponto onde a pista (ou parte dela) tem sua seo no plano

    horizontal. Seu trmino coincide com o ponto onde atingida a superelevao a ser mantida no

    trecho circular. No caso de pistas cuja seo transversal em tangente tem caimento simples no

    mesmo sentido da superelevao a ser alcanada, o comprimento de transio da superelevao

    engloba a extenso que teria sido necessria para girar a pista desde uma situao fictcia com

    declividade transversal nula at a situao em tangente.

    Comprimento de transio da tangente extenso ao longo da qual, nos casos em que

    necessrio, se processa o giro da pista (ou parte dela), para eliminar a declividade transversal em

    sentido contrrio ao da superelevao a ser alcanada. Seu trmino coincide com o incio do

    comprimento de transio da superelevao.

    Converso movimento de giro de um veculo, ao passar de uma para outra via.

    Cruzamento em nveis diferentes sem ramos interseo em que no h trocas de fluxos de

    trfego entre as vias que se interceptam, ou seja, o cruzamento em desnvel no tem ramos de

    conexo. Denomina-se Passagem superiorquando a via principal passa sobre a via secundria e

    Passagem inferior quando passa sob a via secundria.

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    MANUAL DE PROJETO DE INTERSEES 29

    MT/DNIT/DPP/IPR

    Defensa estrutura no rgida, com elevado ou reduzido grau de deformabilidade, disposta

    longitudinalmente pista com o objetivo de impedir que veculos desgovernados saiam da

    plataforma, choquem-se com objetos ou obstculos fixos ou invadam outras pistas adjacentes, e,ainda, desejavelmente, de reorientar o veculo para a trajetria correta, com o mnimo de danos

    para o motorista e passageiros.

    Distncia de visibilidade de parada extenso da via frente que o motorista deve poder

    enxergar para que, aps ver um obstculo que o obrigue parada, possa imobilizar o veculo sem

    atingi-lo.

    Distncia de visibilidade de ultrapassagem extenso da via frente que o motorista deve poder

    enxergar antes da iniciar uma ultrapassagem em uma via de duas faixas e mo dupla, para

    assegurar a bem sucedida concluso da manobra e a no interferncia com veculos se

    aproximando em sentido oposto.

    Eixo linha de referncia, cujo alinhamento seqencial projetado no plano horizontal define o

    traado em planta, ou seja, a ele so referidos os elementos planimtricos da via.

    Eixo de rotao da pista linha fictcia longitudinal pista, mantendo constante em cada trecho

    seu afastamento horizontal e vertical do eixo; em torno dele a pista gira, desde a situao bsica

    em tangente at a situao superelevada. Em muitos casos, coincide com o eixo da via. A ele se

    refere o greide da rodovia nos casos em que eixo de rotao e eixo da rodovia no coincidem.

    Entrecruzamento (Entrelaamento) consiste dos cruzamentos das correntes de trfego na

    mesma direo geral, que ocorrem mediante a sucessiva confluncia e divergncia de filas de

    veculos segundo pequenos ngulos.

    Faixa de acelerao faixa adicional destinada mudana de velocidade, cujos objetivos so:

    a) permitir que um veculo, ao entrar em uma via principal, aumente sua velocidade at um

    valor tal que possa penetrar na corrente principal de trfego direto com razovel

    segurana e um mnimo de interferncia com os demais veculos;

    b) proporcionar aos veculos em trfego na via principal tempo e distncia suficientes para

    proceder aos reajustes operacionais necessrios para permitir a entrada dos novos

    veculos.

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    MANUAL DE PROJETO DE INTERSEES 30

    MT/DNIT/DPP/IPR

    Faixa auxiliar faixa de uma via contgua a uma faixa de trfego direto com mltiplas funes, que

    podem incluir: estacionamento de veculos, mudana de velocidade, entrelaamento, acomodao

    de veculos lentos e outros propsitos complementares ao fluxo principal.

    Faixa da direita faixa mais direita de um conjunto de faixas de rolamento de mesmo sentido.

    Nas rodovias rurais por vezes designada por faixa externa.

    Faixa da esquerda faixa mais esquerda de um conjunto de faixas de rolamento de mesmo

    sentido. Nas rodovias rurais por vezes designada por faixa interna.

    Faixa de desacelerao faixa adicional destinada mudana de velocidade, cujo objetivo

    permitir a um veculo que sai da via principal a diminuio de sua velocidade para uma velocidadesegura compatvel com as caractersticas do ramo ou da via de conexo que se segue, sem

    interferir com o veculo imediatamente atrs.

    Faixa de domnio rea compreendendo a rodovia e suas instalaes correlatas e faixas

    adjacentes legalmente delimitadas, de propriedade ou sob domnio ou posse do rgo rodovirio e

    sobre a qual se estende sua jurisdio. Deve ser prevista com largura suficiente para conter as

    instalaes necessrias aos servios de controle da operao da rodovia e permitir sua

    conservao, proteo e sua futura expanso.

    Faixa de estacionamento faixa adjacente pista de rolamento para abrigar veculos

    estacionados.

    Faixa de giro direita faixa auxiliar destinada aos veculos que desejam executar manobras de

    converso direita.

    Faixa de giro esquerda faixa auxiliar destinada aos veculos que desejam executar manobras

    de converso esquerda.

    Faixa de mudana de velocidade faixa auxiliar destinada acelerao ou desacelerao dos

    veculos que entram ou saem de uma via.

    Faixa de segurana faixa longitudinal da pista destinada a reduzir a sensao de confinamento

    provocada por dispositivos muito prximos ao seu bordo e que constituem obstculos ou

    depresses aparentes para os condutores dos veculos (barreiras rgidas, sarjetas, meios-fios

    elevados, etc). Tambm tem a funo de aumentar a segurana na travessia de pontes, viadutos

    e trechos contnuos sem acostamento.

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    MANUAL DE PROJETO DE INTERSEES 31

    MT/DNIT/DPP/IPR

    Faixa de trfego faixa longitudinal da pista, destinada ao deslocamento de uma nica fila de

    veculos.

    Faixa exclusiva de nibus faixa de trfego reservada aos nibus.

    Faixa ou faixas reversveis faixa ou faixas de trfego onde a circulao se d num sentido

    durante um determinado perodo e, no sentido inverso, durante outro perodo.

    Fluxo conjunto de veculos que circulam no mesmo sentido em uma ou mais faixas de trfego.

    Gabarito horizontal distncia livre mnima dos obstculos fixos (afastamento horizontal

    necessrio entre a linha de viso do motorista e um obstculo lateral fixo).

    Gabarito vertical altura livre mnima permitida em uma via (distncia da superfcie da pista a um

    obstculo superior mais prximo).

    Gota tipo de ilha divisria utilizado freqentemente em intersees, com formato que lembra

    uma gota dgua.

    Greide perfil do eixo de uma via, complementado com os elementos que o definem (estacas e

    cotas de PCVs, PIVs, PTVs, etc). adotado como eixo de rotao da pista para desenvolvimento

    da superelevao. Em vias pavimentadas refere-se superfcie acabada do pavimento. Neste

    caso, tambm especificado como greide de pavimentao. Quando o perfil do eixo de rotao

    for referido plataforma terraplenada, especificado como greide de terraplenagem.

    Interconexo interseo onde ocorrem cruzamentos de correntes de trfego em nveis diferentes

    e ramos de conexo entre vias. denominada tambm de interseo em desnvel ou em vrios

    nveis.

    Interseo confluncia, entroncamento ou cruzamento de duas ou mais vias.

    Interseo em nvel interseo onde os cruzamentos de correntes de trfego ocorrem no mesmo

    nvel.

    Meio-fio construo longitudinal em degrau disposta no bordo da pista de rolamento,

    acostamento ou faixa de segurana, com o objetivo de delimitar fisicamente a pista, proteger o

    trnsito de pedestres, conduzir guas pluviais, conter o pavimento, delimitar reas no

    pavimentadas e, especialmente, realar para o motorista, mediante um obstculo intencional ao

    deslocamento transversal do veculo, as trajetrias possveis. Tambm denominado guia.

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    MANUAL DE PROJETO DE INTERSEES 32

    MT/DNIT/DPP/IPR

    Meio-fio transponvel meio-fio cuja conformao permite sua transposio por veculos a baixas

    velocidades, sem causar-lhes maiores danos.

    Meio-fio intransponvel meio-fio cuja conformao pretende impedir sua transposio pelos

    veculos.

    Nariz real ou fsico primeiro obstculo (meio-fio, defensa, balizador, etc) encontrado ao longo da

    rea do nariz, nos casos de bifurcao de ramos, aps o qual os traados das duas vias so

    completamente independentes. Conceito anlogo e simtrico cabe nos casos de juno de pistas.

    Nariz terico vrtice da bifurcao (ou juno) de duas vias (uma delas geralmente um ramo);

    local onde os bordos mais prximos das duas pistas adjacentes iniciam (ou terminam) aseparao.

    Passeio parte da via destinada ao uso de pedestres, incluindo as caladas.

    Perfil linha que representa de forma contnua a situao altimtrica de um alinhamento sobre

    uma superfcie. Decorre da interseo dessa superfcie com a superfcie vertical definida pelo

    referido alinhamento.

    Perfil do terreno perfil de uma linha disposta sobre a superfcie terrestre (por exemplo, eixo oubordo de pista).

    Pista parte da via que projetada para uso de veculos.

    Pista com caimento simples pista com declividade transversal em um nico sentido entre os

    bordos.

    Pista com caimento duplo pista cuja seo tem declividade transversal em dois sentidos, seja

    sob forma de dois planos cuja interseo forma a crista da seo, seja sob forma continuamentearredondada (abaulada). Neste ltimo caso, o lugar geomtrico dos pontos da seo de maior

    cota tambm denominado crista.

    Pista de rolamento parte da via que projetada para deslocamento dos veculos, podendo

    conter uma ou mais faixas de trfego.

    Plataforma parte da rodovia compreendida entre os limites externos dos passeios ou entre os

    ps de corte e cristas de aterro, incluindo os dispositivos necessrios drenagem da pista.

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    MANUAL DE PROJETO DE INTERSEES 33

    MT/DNIT/DPP/IPR

    Projeto geomtrico conjunto dos elementos necessrios e suficientes para definio da forma

    geomtrica de uma via.

    Ramos de interseo pistas que conectam vias que se interceptam ou as ligam a outras vias ou

    ramos.

    Ramo direcional ramo cujo traado acompanha o percurso mais espontneo e intuitivo.

    Tratando-se de converses esquerda, com grande capacidade e alta velocidade, o traado ser

    fluente, com sada pelo lado esquerdo das vias principais e ser designado por direcional

    esquerda. No caso de converses direita, ser designado por direcional direita.

    Ramo em lao ramo que proporciona converso esquerda ( direita) mediante giro contnuo direita ( esquerda), com ngulo central da ordem de 270o.

    Ramo semidirecional ramo incluindo uma curva em S , desviando parcialmente do percurso

    mais direto para minimizar interferncias com outros ramos do projeto. utilizado principalmente

    para converses esquerda. Geralmente, tanto a sada como a entrada so feitas pelo lado

    direito das vias que se interceptam.

    Rampa declividade longitudinal do greide da pista ou plataforma. Seu valor normalmente dado

    pela tangente do ngulo formado com o plano horizontal, podendo tambm ser dada em

    percentagem.

    Rampa de superelevao diferena de greides entre o bordo da pista (ou acostamento) e o eixo

    de rotao, ou seja, rampa relativa do bordo da pista (ou acostamento) em relao ao eixo de

    rotao. Ocorre ao longo dos comprimentos de transio da superelevao e da

    tangente/abaulamento.

    Retorno dispositivo de uma rodovia que permite a veculos de uma corrente de trfego a

    transferncia para a corrente de sentido contrrio.

    Rtula (rotatria) interseo na qual o trfego circula num s sentido ao redor de uma ilha

    central.

    Seo transversal (do terreno) perfil do terreno em direo normal ao eixo de uma via.

    Seo transversal (da via) para fins do projeto geomtrico, representa o alinhamento superficial

    transversal via, incluindo a pista de rolamento, faixas de segurana, acostamentos, plataforma,

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    MANUAL DE PROJETO DE INTERSEES 34

    MT/DNIT/DPP/IPR

    sarjetas, valetas e taludes, entre as intersees com o terreno natural. Resulta da interseo de

    um plano vertical perpendicular ao eixo com a superfcie do corpo estradal contido entre os limites

    da terraplenagem.

    Seo transversal tipo seo transversal constante empregada repetitivamente em trechos

    contnuos de rodovias ou ramos.

    Superelevao declividade transversal da pista em um nico sentido, nos trechos em curva

    horizontal, com caimento orientado para o centro da curva (lado interno), com o objetivo de

    contrabalanar a atuao da acelerao centrfuga.

    Superelevao negativa declividade transversal da pista com caimento no sentido do ladoexterno da curva (oposto ao centro), reforando a atuao da acelerao centrfuga.

    Superlargura acrscimo total de largura proporcionado s pistas em curvas, de forma a

    considerar as exigncias operacionais ento decorrentes, crescentes com a curvatura, e

    assegurar um padro adequado de segurana e conforto de dirigir.

    Talude para fins do projeto geomtrico, a face do corpo estradal que se estende alm do

    bordo da plataforma. Sua inclinao sobre a horizontal, denominada inclinao de talude,

    expressa sob a forma de frao ordinria de numerador unitrio, cujo denominador representa a

    distncia horizontal correspondente a 1m de diferena de nvel.

    Taper (Teiper) faixa de trnsito de largura varivel, utilizada como transio para deslocamento

    lateral para uma faixa paralela. Normalmente usada no incio de uma faixa de desacelerao, no

    fim de uma faixa de acelerao, e no incio e no fim das terceiras faixas.

    Taxa de superelevao valor que mede a superelevao em uma seo, geralmente expresso

    pela tangente do ngulo formado pela interseo do plano vertical que passa pela seo com oplano horizontal.

    Terminal de ramo rea onde um ramo de interseo se une com a pista destinada ao trfego

    direto. Define-se por terminal de entrada a rea em que o trfego chega via principal e por

    terminal de sada a rea onde o trfego a abandona.

    Veculo de projeto veculo terico de uma certa categoria, cujas caractersticas fsicas e

    operacionais representam uma envoltria das caractersticas da maioria dos veculos existentes

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    MANUAL DE PROJETO DE INTERSEES 35

    MT/DNIT/DPP/IPR

    nessa categoria. A predominncia de uma certa categoria de veculos define o veculo de projeto a

    ser escolhido para condicionar as caractersticas da via.

    Velocidade diretriz ou velocidade de projeto a maior velocidade com que um trecho virio pode

    ser percorrido com segurana, quando o veculo estiver submetido apenas s limitaes impostas

    pelas caractersticas geomtricas. a velocidade selecionada para fins de projeto, da qual se

    derivam os valores mnimos de determinadas caractersticas fsicas diretamente vinculadas

    operao e ao movimento dos veculos e s caractersticas dos motoristas.

    Via faixa de terreno, convenientemente preparada para o trnsito de qualquer natureza.

    Via coletora - distribuidora via de mo nica de carter auxiliar, com extenso limitada, paralela via principal, objetivando: absorver o trfego que exceda a capacidade da via principal; servir de

    local para transferncia de movimentos conflitantes com o trfego direto em intersees;

    concentrar em um s local a sada ou entrada de veculos nas faixas de trfego direto, etc.

    Geralmente no proporciona acesso s propriedades adjacentes.

    Via marginal via(s) paralela(s) (s) pista(s) principal(ais) de uma rodovia, de um ou ambos os

    lados, com o objetivo de atender ao trfego local, longitudinal rodovia e pertinente rea

    urbanizada adjacente, e permitir o disciplinamento dos locais de ingresso e egresso da rodovia.

    Volume Horrio de Projeto (VHP) fluxo de veculos (nmero de veculos por hora) que deve ser

    atendido em condies adequadas de segurana e conforto pelo projeto da via em questo.

    Volume Mdio Dirio (VMD) nmero mdio de veculos que percorre uma seo ou trecho de

    uma rodovia, por dia, durante um certo perodo de tempo. Quando no se especifica o perodo

    considerado, pressupe-se que se trata de um ano.

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    3 PROCEDIMENTOS BSICOS PARA O PROJETO DE INTERSEES

    3.1 CONCEITOS BSICOS

    Define-se interseo como a rea em que duas ou mais vias se unem ou se cruzam, abrangendo

    todo o espao destinado a facilitar os movimentos dos veculos que por ela circulam. As

    intersees so classificadas em duas categorias gerais, conforme os planos em que se realizam

    os movimentos: intersees em nvele intersees em nveis diferentes.

    As intersees constituem elementos de descontinuidade em qualquer rede viria e representam

    situaes crticas que devem ser tratadas de forma especial. O projeto de intersees dever

    assegurar circulao ordenada dos veculos e manter o nvel de servio da rodovia, garantindo a

    segurana nas reas em que as suas correntes de trfego sofrem a interferncia de outras

    correntes, internas ou externas.

    Tradicionalmente, para fins de projeto, adotam-se as seguintes definies:

    Interseo: confluncia, entroncamento ou cruzamento de duas ou mais vias.

    Acesso: interseo de uma rodovia com uma via de ligao a propriedades marginais, de

    uso particular ou pblico.

    Retorno: dispositivo de uma rodovia que permite a veculos de uma corrente de trfego a

    transferncia para a corrente de sentido contrrio.

    Designa-se por rea funcional de uma interseo, acesso ou retorno a rea que contm todos os

    dispositivos destinados a ordenar os diversos movimentos do trfego, incluindo canalizaes e

    faixas auxiliares.

    3.2 CONSIDERAES GERAIS DE PROJETO

    Tomando como base as necessidades locais e disponibilidade de recursos, deve-se estabelecer

    os objetivos que se pretende alcanar com o projeto das intersees, geralmente relacionados

    com a capacidade, a segurana e os custos de implantao.

    O projeto dos elementos geomtricos que constituem uma interseo baseia-se, em geral, nos

    mesmos princpios que governam o projeto geomtrico dos demais componentes da rodovia.

    Algumas diferenas importantes na forma em que so conduzidos os veculos ao se aproximarem

    destas reas, permitem ao projetista a utilizao de especificaes menos exigentes do que nos

    trechos contnuos da rodovia.

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    Assim, os motoristas aceitam redues na sua velocidade e toleram condies menos cmodas

    produzidas pelas foras laterais que atuam sobre o veculo e seus ocupantes, ao executarem

    giros nas curvas de raios menores que os adotados na rodovia. Por outro lado, a sinalizaopreventiva, o aumento de iluminao e outros fatores semelhantes servem para aumentar a

    ateno dos motoristas que atravessam uma interseo. Aspecto importante tambm a maior

    variao do trfego, com seus reflexos na aptido do motorista em alcanar uma velocidade

    desejada.

    Os valores recomendados neste Manual representam os padres desejveis e mnimos

    aceitveis, os quais, porm, no devero ser encarados com rigidez absoluta. Padres mais

    elevados podero ser utilizados, desde que seja possvel manter o custo do projeto dentro de

    limites admissveis ou ainda que no decorram condies indesejveis devido a um

    superdimensionamento.

    O estabelecimento de padres mnimos atender a necessidade de evitar valores incompatveis

    com a qualidade aceitvel do projeto, embora se reconhea que padres inferiores aos mnimos

    absolutos podero eventualmente ser necessrios luz das circunstncias locais. Essa deciso,

    bem como os valores a adotar, devero ser cuidadosamente ponderados, objetivando encontrar a

    soluo tima de compromisso entre as exigncias de projeto e as restries fsicas, econmicas

    e ambientais.

    Deve-se ressaltar que muitos dos elementos de projeto que sero aqui apresentados,

    especialmente aqueles concernentes a acomodao dos movimentos de converso, so comuns

    e aplicveis aos dois grupos gerais de intersees (em nvel e em nveis diferentes).

    3.3 DADOS BSICOS

    No estudo e projeto de uma interseo, deve-se levar em considerao uma srie de

    condicionantes, dentre as quais os elementos de trfego, fatores fsicos, econmicos e

    ambientais. A adoo de um tipo de interseo depender principalmente da correlao existente

    entre a topografia do terreno, os volumes de trfego e sua composio, a capacidade das vias, a

    segurana e os custos de implantao e de operao. Por estarem intimamente ligados aos

    elementos de projeto, esses fatores e sua interdependncia devero ser conhecidos antes da

    elaborao do mesmo.

    So discriminados a seguir, os dados bsicos que devem ser considerados para o projeto de uma

    interseo.

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    3.3.1 Dados Funcionais

    O primeiro fator a ser considerado a classificao funcional das vias que se interceptam, j que

    o projeto deve ser coerente com suas caractersticas funcionais: classificao em umadeterminada rede, tipo de controle de seus acessos, velocidades especficas e prioridades de

    passagem.

    3.3.2 Dados Fsicos

    A representao, em escala conveniente, da topografia da rea afetada pelo projeto essencial

    para a sua elaborao. Esses dados sero obtidos mediante aerofotogrametria, levantamentos

    topogrficos clssicos, com ou sem apoio dos modernos equipamentos eletrnicos e sistemas de

    processamento de dados.

    Nas plantas devem ser includos todos os dados que possam afetar ou limitar as solues a

    estudar, tais como: edificaes, acidentes geogrficos, servios existentes (adutoras, linhas de

    transmisso, etc) e outros. A escala mais usual de 1/500, embora para intersees em dois

    nveis possa ser conveniente escala de 1/1000. Em intersees urbanas pode ser necessria

    escala de 1/200.

    3.3.3 Dados de Trfego

    3.3.3.1 Trfego de veculos

    A definio da soluo a adotar para uma determinada interseo e o dimensionamento de seus

    ramos dependem necessariamente do volume e das caractersticas do trfego que circular no

    ano de projeto.

    O ano de projeto geralmente considerado como o dcimo ano aps a concluso das obras

    programadas (ver item 3.4). Para esse ano deve ser projetado o trfego obtido nos levantamentos

    efetuados. No caso de rodovias exploradas por regime de Concesso, pode haver convenincia

    em executar a projeo tambm para o seu final.

    Os dados de trfego devero incluir os Volumes Mdios Dirios (VMD) e os Volumes Horrios de

    Projeto (VHP). Devero ser representados em fluxogramas indicativos das diversas correntes de

    veculos, classificados de acordo com as finalidades do estudo, pelo menos em carros de passeio,

    nibus e veculos de carga, mais comumente designados como automveis ou carros, nibus e

    caminhes. Os fluxogramas sero preparados para o ano de projeto e, eventualmente, para uma

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    MT/DNIT/DPP/IPR

    interseo a ser implantada por etapas, para o ano da abertura ao trfego e os de ampliao.

    Recomenda-se sempre que possvel, que o Volume Horrio de Projeto (VHP) seja expresso

    tambm em unidades de carro de passeio por hora (UCP/hora). A Figura 1 fornece um modelo defluxograma com as referidas indicaes.

    Figura 1 Modelo de fluxograma de trfego em UCP

    Para obteno dos dados necessrios elaborao dos fluxogramas devero ser feitas contagens

    de trfego nas intersees de acordo com a seguinte orientao.

    a) Determinao preliminar dos perodos de pico de trfego, atravs do exame de contagens de

    trfego eventualmente existentes ou de observao especfica do local, complementada com

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    MANUAL DE PROJETO DE INTERSEES 43

    MT/DNIT/DPP/IPR

    consultas a autoridades locais em condies de prestar informaes confiveis. Nessa

    pesquisa se procurar identificar os dias de semana e perodos horrios em que ocorrem os

    picos de trfego.

    b) Identificao das caractersticas dos veculos de maiores dimenses que ocorrem

    normalmente na interseo.

    c) Execuo de contagens nos perodos de pico, pelo menos durante trs dias, escolhidos de

    forma a incluir o(s) provvel(veis) pico(s) semanal(ais), com totalizao a cada 15 (quinze)

    minutos. Nessas contagens sero determinados separadamente os volumes dos diversos

    tipos de veculos, de acordo com a classificao adotada. Para o caso de intersees e

    acessos com volume horrio da via principal inferior a 300 UCP ou da via secundria inferior a

    50 UCP a contagem dever ser feita pelo menos durante um dia da semana em que se tenha

    na rodovia principal maior movimento.

    d) Identificao de elementos existentes que permitam determinar fatores de sazonalidade para

    ajustamento dos resultados das contagens ao perodo do ano de maior fluxo de trfego, tais

    como:

    postos de contagens permanentes ou que levantem informaes de diversas pocas do

    ano.

    contagens existentes em perodos especficos do ano, conhecidos como de maior volume

    de trfego no local.

    outros indicadores da flutuao sazonal do trfego.

    e) Identificao de elementos existentes que permitam determinar os fatores de expanso

    necessrios determinao do Volume Mdio Dirio (VMD) das diversas correntes da

    interseo.

    f) Levantamento de valores de taxas de crescimento a aplicar aos volumes determinados nas

    contagens, obtidos de estudos scioeconmicos ou estudos de trfego existentes.

    Para os casos de no existir uma interseo no local onde se pretende implant-la, ou houver a

    possibilidade de desvios significativos de fluxos com a nova interseo, devero ser realizadas

    pesquisas de origem e destino, complementadas por contagens de volume. Os locais dos postos

    de pesquisa sero identificados na malha existente, de modo a cobrir as alternativas atuais de

    acesso das correntes da interseo futura.

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    3.3.3.2 Trfego de pedestres

    Nas intersees onde a influncia dos pedestres pode contribuir para causar problemas de

    capacidade e segurana, seus movimentos devem ser registrados, visando uma anlise posteriorda necessidade da construo de passarelas ou, eventualmente, da implantao de uma fase

    especial para pedestres no ciclo dos semforos. A localizao dos pontos crticos ou perigosos

    ser estabelecida a partir de informaes das autoridades locais e de observaes feitas durante

    as inspees de campo.

    Em geral, as contagens de pedestres devero ser realizadas durante as horas de pico da

    interseo. Devero ser identificadas tanto as travessias nos locais adequados, como as

    incorretas, e anotados os volumes de pedestres em intervalos de 15 (quinze) minutos.

    3.3.4 Dados de Acidentes

    No caso de melhorias de intersees existentes, so de grande importncia os relatrios de

    acidentes contendo registros completos e anlises das suas causas. Na ausncia desses

    relatrios, dever ser procedida uma pesquisa das condies operacionais da interseo, para a

    determinao das causas dos acidentes.

    Um mtodo sugerido observar no local os conflitos de trfego em potencial e estabelecer umjulgamento quanto existncia ou no de segurana adequada nos cruzamentos indicados como

    pontos crticos nas discusses preliminares com as autoridades locais. Nesses pontos de conflito

    os motoristas executam aes evasivas para evitar colises: frenagens abruptas, desvios bruscos

    e mesmo desobedincia sinalizao. O mtodo implica na observao sistemtica das

    condies operacionais de cada interseo. A informao resultante bastante elucidativa e

    muitas vezes as causas originais, no reveladas nos registros oficiais, podem vir a ser

    determinadas.

    A publicao Guia de Reduo de Acidentes com Base em Medidas de Engenharia de Baixo

    Custo DNER 1998, inclui detalhada orientao quanto ao levantamento de dados de

    acidentes.

    3.3.5 Dados Econmicos

    Outro aspecto importante o fator econmico, representado pelo custo de implantao da

    interseo: desapropriao mais construo.

  • 8/12/2019 Manual de Projeto de Intersecoes (Dnit) 2005

    47/529

    MANUAL DE PROJETO DE INTERSEES 45

    MT/DNIT/DPP/IPR

    O custo da construo varia muito com o tipo da soluo a adotar: em um nvel (simples ou

    canalizada), em nveis diferentes (semidirecional, direcional, etc). A insuficincia da faixa de

    domnio disponvel, o alto custo dos terrenos e construes adjacentes s vias, por vezesimplicam em severas restries implantao de um projeto. As vrias alternativas tecnicamente

    viveis do projeto devero levar em conta o conjunto desses fatores.

    3.4 VOLUME HORRIO DE PROJETO (VHP)

    Projetar uma rodovia em condies ideais consiste em planej-la com caractersticas para atender

    mxima demanda horria prevista para o