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Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Nov/2011 - Fascículo 45 CT 1 Manual de Procedimentos Legislação Trabalhista e Previdenciária Boletim j a Décimo Terceiro Salário Considerações sobre o 13 o salário SUMÁRIO 1. Introdução 2. Primeira parcela 3. Faltas - Apuração 4. Segunda parcela 5. Salário variável - Diferença - Ajuste - Prazo de pagamento - Incidências legais 6. Admissão no curso do ano 7. Constituição Federal - Base de cálculo 8. Faltas - Afastamentos - Desconto 9. Salário-maternidade - Décimo terceiro salário proporcional - Pagamento 10. Encargos sociais 11. Justa causa 12. Morte do empregado 13. Penalidades 14. Prescrição 15. Jurisprudência 16. Modelos de formulários 1. INTRODUÇÃO A gratificação natalina, devida a todos os empregados urbanos, rurais e domésticos, é paga em duas parcelas: a primeira, entre os meses de fevereiro e novembro de cada ano, e a segunda, até 20 de dezembro. Seu valor corresponde a 1/12 da remuneração devida em dezembro, por mês de serviço no ano correspondente, considerando-se mês integral a fração igual ou superior a 15 dias de trabalho no mês civil. Notas (1) Ocorrendo extinção do contrato de trabalho, salvo na hipótese de rescisão com justa causa, o empregado recebe o 13 o salário proporcional ao tempo de serviço, calculado sobre a remuneração do mês da rescisão (Decreto n o 57.155/1965, art. 7 o ). (2) Ocorrendo a rescisão contratual por culpa recíproca, o empregado terá direito a 50% do valor do 13 o salário (Súmula TST n o 14). (3) As normas relativas ao pagamento do 13 o salário, tratadas neste texto, são aplicáveis aos empregados abrangidos pelo regime de trabalho de tempo parcial, previsto na Medida Provisória n o 2.164-41/2001. 1.1 Trabalhadores avulsos Os trabalhadores avulsos, assim entendidos os que prestam serviço por intermédio do Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO), ou de sindicatos, tais como arrumadores, amarradores e estivadores, entre outros, também têm direito ao 13 o salário. O pagamento, entretanto, segue normas próprias oriundas de negociação entre as entidades representativas dos trabalhadores portuários avulsos e dos operadores portuários. O operador portuário deve recolher ao OGMO os valores de 13 o salário, entre outros, devidos ao trabalhador portuário avulso (Lei n o 8.630/1993 e Lei n o 9.719/1998). 2. PRIMEIRA PARCELA 2.1 Pagamento - Prazo O pagamento da 1 a parcela do 13 o salário deve ser efetuado até o dia 30 de novembro, salvo se o empregado já o recebeu por ocasião das férias. O adiantamento é efetuado no ensejo das férias se requerido pelo empregado no mês de janeiro do correspondente ano. 2.2 Valor 2.2.1 Admissão até 17 de janeiro, inclusive a) mensalistas, horistas e diaristas: recebem metade do salário contratual percebido no mês anterior; O 13 o salário, devido a todos os empregados urbanos, rurais e domésticos, é pago em duas parcelas: a primeira, entre os meses de fevereiro e novembro de cada ano, e a segunda, até o dia 20 de dezembro

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Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Nov/2011 - Fascículo 45 CT 1

Manual de ProcedimentosLegislação Trabalhista e Previdenciária

Boletimj

a Décimo Terceiro Salário

Considerações sobre o 13o salário SUMÁRIO 1. Introdução 2. Primeira parcela 3. Faltas - Apuração 4. Segunda parcela 5. Salário variável - Diferença - Ajuste - Prazo de

pagamento - Incidências legais 6. Admissão no curso do ano 7. Constituição Federal - Base de cálculo 8. Faltas - Afastamentos - Desconto 9. Salário-maternidade - Décimo terceiro salário

proporcional - Pagamento 10. Encargos sociais 11. Justa causa 12. Morte do empregado 13. Penalidades 14. Prescrição 15. Jurisprudência 16. Modelos de formulários

1. IntroDução

A gratificação natalina, devida a todos os empregados urbanos, rurais e domésticos, é paga em duas parcelas: a primeira, entre os meses de fevereiro e novembro de cada ano, e a segunda, até 20 de dezembro. Seu valor corresponde a 1/12 da remuneração devida em dezembro, por mês de serviço no ano correspondente, considerando-se mês integral a fração igual ou superior a 15 dias de trabalho no mês civil.

Notas

(1) Ocorrendo extinção do contrato de trabalho, salvo na hipótese de rescisão com justa causa, o empregado recebe o 13o salário proporcional ao tempo de serviço, calculado sobre a remuneração do mês da rescisão (Decreto no 57.155/1965, art. 7o).

(2) Ocorrendo a rescisão contratual por culpa recíproca, o empregado terá direito a 50% do valor do 13o salário (Súmula TST no 14).

(3) As normas relativas ao pagamento do 13o salário, tratadas neste texto, são aplicáveis aos empregados abrangidos pelo regime de trabalho de tempo parcial, previsto na Medida Provisória no 2.164-41/2001.

1.1 trabalhadores avulsos

Os trabalhadores avulsos, assim entendidos os que prestam serviço por intermédio do Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO), ou de sindicatos, tais como arrumadores, amarradores e estivadores, entre outros, também têm direito ao 13o salário. O pagamento, entretanto, segue normas próprias oriundas de negociação entre as entidades representativas dos trabalhadores portuários avulsos e dos operadores portuários. O operador portuário deve recolher ao OGMO os valores de 13o

salário, entre outros, devidos ao trabalhador portuário avulso (Lei no 8.630/1993 e

Lei no 9.719/1998).

2. PrIMEIrA PArCElA

2.1 Pagamento - Prazo

O pagamento da 1a parcela do 13o salário deve ser efetuado

até o dia 30 de novembro, salvo se o empregado já o recebeu por ocasião das férias.

O adiantamento é efetuado no ensejo das férias se requerido pelo empregado no mês de janeiro do correspondente ano.

2.2 Valor

2.2.1 Admissão até 17 de janeiro, inclusivea) mensalistas, horistas e diaristas: recebem

metade do salário contratual percebido no mês anterior;

O 13o salário, devido

a todos os empregados urbanos, rurais e domésticos, é

pago em duas parcelas: a primeira, entre os meses de fevereiro e novembro de cada ano, e a

segunda, até o dia 20 de dezembro

2 CT Manual de Procedimentos - Nov/2011 - Fascículo 45 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

Legislação Trabalhista e Previdenciária

WExemplosD

Mensalista

Empregado mensalista com salário de R$ 1.760,00 percebe R$ 880,00, ou seja:

R$ 1.760,00 = R$ 880,002

Diarista

Empregado diarista com salário de R$ 165,00 recebe metade de 30 diárias:

R$ 165,00 x 30 = R$ 2.475,002

Horista

Empregado horista com salário de R$ 16,50 (contratado à base de 220 horas mensais) faz jus à metade de 220 horas:

R$ 16,50 x 220 = R$ 1.815,002

b) salário variável: paga-se metade da média mensal até o mês de outubro aos que percebem salário variável (comissionistas, tarefeiros, contratistas e empregados de modalidade semelhante).

No caso de salário variável sem parte fixa, somam-se as parcelas percebidas mensalmente e divide-se o total pelo número de meses trabalhados, encontrando-se a média mensal. A 1a parcela do 13o salário corresponde à metade dessa média mensal.

WExemplosD

Comissionista

Empregado comissionista puro (sem parte fixa) recebe, de janeiro a outubro/2011:

2011 Comissões auferidas (R$)Janeiro 3.300,00

Fevereiro 2.750,00Março 1.650,00Abril 1.200,00Maio 2.200,00

Junho 1.760,00Julho 1.980,00

Agosto 1.970,00Setembro 1.650,00Outubro 1.870,00

Total 20.330,00

Média mensalR$ 20.330,00 ÷ 10 = R$ 2.033,00Cálculo da 1a parcela do 13o salário:R$ 2.033,00 ÷ 2 = R$ 1.016,50

Nota

Convém verificar se há cláusula de acordo, convenção coletiva de trabalho da respectiva categoria profissional ou sentença normativa que estabeleça critério de cálculo mais vantajoso, como período reduzido (meses) de comissões auferidas para apuração da média e/ou indexador de atualização.

Tarefeiro (pecista)Empregado tarefeiro produz 9.000 peças de janeiro a outubro, com a média mensal de produção de 900 peças.Supondo-se que o salário/peça seja de R$ 11,00 em outubro/2011, temos:=> 900 x R$ 11,00 = R$ 9.900,00 =>=> R$ 9.900,00 ÷ 2 = R$ 4.950,00 (1a parcela).

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Nov/2011 - Fascículo 45 CT 3

Manual de Procedimentos

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Salário misto

No caso de salário misto (fixo + variável), apura-se a média mensal da parte variável e adiciona-se o salário fixo contratual vigente no mês anterior ao do pagamento. Logo, para um fixo de R$ 880,00 e comissões, de janeiro a outubro, no montante de R$ 33.000,00, temos:

=> R$ 33.000,00 ÷ 10 = R$ 3.300,00 =>=> R$ 3.300,00 + R$ 880,00 = R$ 4.180,00 =>=> R$ 4.180,00 ÷ 2 = R$ 2.090,00 (1a parcela).Deve ser considerado o salário ou a parte fixa dos salários mistos do mês anterior ao do pagamento, e não

a média de janeiro a outubro. A média só é utilizada para apuração da parte variável ou da produção.

Importante

Nos exemplos mencionados, em que o salário é variável, já está incluída a integração dos repousos semanais remunerados (RSR).

2.2.2 Admissão após 17 de janeiro

O salário mensal é estabelecido na forma dos exemplos anteriores. Computa-se, todavia, o período posterior à admissão do empregado, atribuindo-se metade de 1/12 da remuneração mensal percebida ou apurada por mês de serviço ou por fração igual ou superior a 15 dias (Decreto no 57.155/1965, art. 3o, § 4o).

WExemplosD

Mensalista

Empregado admitido em 11 de abril com salário de R$ 3.000,00, mantido em outubro, recebe a 1a parcela de R$ 875,00. Isso porque:

=> R$ 3.000,00 ÷ 12 = R$ 250,00 (valor de 1/12) =>=> 250,00 x 7 (no de meses de serviço até outubro) = R$ 1.750,00 =>=> R$ 1.750,00 ÷ 2 = R$ 875,00

Comissionista (sem parte fixa)

Exemplo de empregado admitido em 15 de agosto:

Comissões pagas:- agosto ....................................... R$ 2.850,00- setembro ................................... R$ 2.950,00 +- outubro ...................................... R$ 3.200,00- total ........................................... R$ 9.000,00

Média das comissões: R$ 9.000,00 ÷ 3 (no de meses até outubro) = R$ 3.000,00

Cálculo de 1/12: R$ 3.000,00 ÷ 12 = R$ 250,00

Cálculo da 1a parcela:R$ 250,00 x 3 (no de meses até outubro) = R$ 375,00

2

Na hipótese de fixo e variável, apura-se a média mensal da parte variável, que se adiciona ao salário fixo do mês anterior ao do pagamento.

Pecista (tarefeiro)

Empregado admitido em 08 de agosto produz um total de 3.000 peças nos meses de agosto, setembro e outubro. O salário/peça em outubro é de R$ 6,00.

4 CT Manual de Procedimentos - Nov/2011 - Fascículo 45 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Nota

Há os que consideram o mês de novembro na contagem proporcional do tempo de serviço, para pagamento da 1a parcela do 13o salário aos admitidos após 17 de janeiro e com menos de 1 ano na empresa. Assim, o adiantamento seria calculado computando-se os avos proporcionais de tempo de serviço até novembro, desde que o empregado já tivesse trabalhado, no mínimo, 15 dias naquele mês. Entretanto, como a Lei no 4.749/1965, no art. 2o, determina o adiantamento do 13o salário na importância correspondente à metade do salário do mês anterior ao do pagamento (base de cálculo), entende-se que a contagem dos avos proporcionais também deve estender-se até aquele mês. Portanto, nos exemplos deste subitem, tal contagem deve ir até outubro.

2.2.3 Encargos sociais

Relativamente à 1a parcela do 13o salário, con-siderem-se os seguintes encargos sociais:

a) INSS - sobre a 1a parcela do 13o salário não há incidência da contribuição previdenciária (Regu-lamento da Previdência Social - RPS, aprovado pelo Decreto no 3.048/1999, art. 214, §§ 6o e 7o);

b) IRRF - sobre a referida parcela não incide Im-posto de Renda Retido na Fonte (IRRF);

c) FGTS - o depósito é efetuado até o dia 7 do mês seguinte àquele em que for paga ou devida a 1a parcela do 13o salário (Lei no 8.036/1990, art. 15, caput); não sendo dia útil, deve-se antecipar o recolhimento.

3. FAltAs - APurAção

Para efeito de pagamento e cálculo do valor da gratificação de natal, é necessário apurar, mês a mês, as faltas não justificadas pelo empregado, a fim de se veri-ficar o cumprimento de pelo menos 15 dias de trabalho.

Assim, para cada mês, restando um saldo de, no mínimo, 15 dias após o desconto das faltas injustifica-das nos respectivos meses, assegura-se ao empre-gado o recebimento de 1/12 de 13o salário por mês.

Ressalte-se que as faltas legais e justificadas ao serviço não são computadas para esse efeito.

Recorde-se que, nos termos do Regulamento do Repouso Semanal Remunerado (RRSR), aprovado pelo Decreto no 27.048/1949, art. 11, está previsto que

perderá a remuneração do dia de repouso o empregado que, sem motivo justificado ou em virtude de punição disciplinar, não tiver trabalhado durante toda a semana cumprindo integralmente o seu horário de trabalho.

Assim, os dias de repouso que eventualmente não tiverem sido pagos ao empregado durante o ano, em decorrência de falta injustificada durante a semana ou punição disciplinar, conforme tratado no parágrafo anterior, não poderão ser computados para efeito da contagem dos 15 dias trabalhados no mês para o empregado fazer jus a 1/12 de 13o salário proporcional por mês de serviço; ou seja, tais dias de repouso não pagos não diminuirão a contagem da pro-porcionalidade a que o empregado tiver direito. Esse critério é adotado para não ocorrer dupla penalidade ao empregado, ou seja, uma penalidade por ocasião do desconto dos repousos durante o ano e outra para fins de diminuição da contagem da proporcionalidade de 13o salário.

4. sEGunDA PArCElA

4.1 Pagamento - Prazo

O pagamento da 2a parcela do 13o salário deve ser efetuado até o dia 20 de dezembro, deduzindo-se, após o desconto dos encargos legais incidentes, o valor pago referente à 1a parcela (ver item 10 deste texto).

4.2 Valor (*)

(*) Importante

Nos exemplos deste subitem não foram calculados os descontos legais da contribuição previdenciária e do IRRF, os quais deverão ser apurados pela empresa (ver neste texto item 10 e seus subitens).

A 2a parcela, que totaliza o 13o salário, corresponde a:

a) um salário mensal de dezembro para os mensalistas, horistas e diaristas admitidos até 17 de janeiro;

Média salarial:

3.000 x R$ 6,00 = R$ 6.000,003

Cálculo de 1/12: R$ 6.000,00 ÷ 12 = R$ 500,00

Cálculo da 1a parcela:

R$ 500,00 x 3 (no de meses até outubro) = R$ 750,002

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Nov/2011 - Fascículo 45 CT 5

Manual de Procedimentos

Legislação Trabalhista e Previdenciária

WExemplosD

Mensalista

Empregado mensalista, com salário de R$ 1.100,00 em outubro, recebe a 1a parcela do 13o salário em novem-bro. Qual é o valor da 2a parcela, sabendo-se que o salário vigente em dezembro foi mantido em R$ 1.100,00?

- remuneração em dezembro = R$ 1.100,00

- 13o salário integral = R$ 1.100,00

- 1a parcela percebida = R$ 550,00

- 2a parcela a receber:=> R$ 1.100,00 - R$ 550,00 = R$ 550,00

Horista (base: 220 horas mensais)

Empregado horista recebe a 1a parcela do 13o salário em maio, por ocasião de suas férias, com salário/hora de R$ 7,50 em abril. Qual é o valor da 2a parcela, considerando-se que o salário/hora em dezembro é de R$ 9,00?

1a Parcela

- salário/hora em abril = R$ 7,50

- remuneração/base (R$ 7,50 x 220) = R$ 1.650,00

- 1a parcela em abril => R$ 7,50 x 220 = R$ 825,002

2a Parcela

- salário/hora em dezembro = R$ 9,00

- 13o salário integral (R$ 9,00 x 220) = R$ 1.980,00

- 2a parcela [R$ 1.980,00 - R$ 825,00 (1a parcela)] = R$ 1.155,00

Diarista

Empregado diarista recebe a 1a parcela do 13o salário por ocasião das férias em abril, à razão da remune-ração de R$ 100,00 diários vigentes em março. Em dezembro, essa remuneração passa a R$ 120,00 diários. Qual é o valor da 2a parcela?

1a Parcela

- salário/dia em março = R$ 100,00

- 1a parcela em abril => R$ 100,00 x 30 = R$ 1.500,002

2a Parcela

- salário/dia em dezembro = R$ 120,00

- 13o salário integral (R$ 120,00 x 30) = R$ 3.600,00

- 2a parcela [R$ 3.600,00 - R$ 1.500,00 (1a parcela)] = R$ 2.100,00

b) média mensal das importâncias percebidas de janeiro a novembro para os que percebem salário essencialmente variável (comissões, tarefas etc.);

c) média da parte variável percebida de janeiro a novembro, adicionada ao fixo vigente no mês de dezembro, para os que percebem salário misto.

Em resumo, para apurar a remuneração integral mensal com vistas ao pagamento da 2a parcela, em todos os casos, usa-se critério idêntico ao utilizado na apuração da remuneração integral mensal para pagamento da 1a parcela: soma-se o salário fixo de dezembro à média da parte variável de janeiro a novembro ou da admissão a novembro.

6 CT Manual de Procedimentos - Nov/2011 - Fascículo 45 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

Legislação Trabalhista e Previdenciária

WExemplosD

ComissionistaI) Empregado percebe comissões de janeiro a novembro à média mensal de R$ 2.500,00 (já incluído o va-

lor da integração dos RSR). A parte fixa é de R$ 1.200,00, e o 13o salário, de R$ 3.700,00 (R$ 1.200,00 + R$ 2.500,00) menos a quantia eventualmente recebida como 1a parcela e sujeita a acerto até 10 de janeiro do ano seguinte (ver item 5 deste texto) em decorrência das comissões percebidas em dezembro.

II) Empregado comissionista recebe comissões de janeiro a junho no valor de R$ 7.800,00. O salário fixo na época era de R$ 1.100,00. Recebe a 1a parcela do 13o salário, por ocasião das férias, em julho.

Nesse caso, temos:

1a Parcela- total das comissões de janeiro a junho = R$ 7.800,00

- média mensal das comissões (R$ 7.800,00 ÷ 6) = R$ 1.300,00

- 1a parcela => R$ 1.100,00 + R$ 1.300,00 = R$ 1.200,002

2a ParcelaSabendo-se que de julho a novembro o empregado recebe mais R$ 10.900,00 de comissões e um fixo

de R$ 1.250,00, tem-se:

- total das comissões de janeiro a novembro =>

=> R$ 7.800,00 + R$ 10.900,00 = R$ 18.700,00

- média mensal (R$ 18.700,00 ÷ 11) = R$ 1.700,00

- 2a parcela [R$ 1.700,00 + R$ 1.250,00 - R$ 1.200,00 (1a parcela)] = R$ 1.750,00

Em dezembro o empregado recebe R$ 4.100,00 de comissões, mantendo-se o fixo em R$ 1.250,00. Refaz-se o cálculo da seguinte forma:

- total das comissões de janeiro a dezembro =>

=> R$ 7.800,00 + R$ 10.900,00 + R$ 4.100,00 = R$ 22.800,00

- média mensal (R$ 22.800,00 ÷ 12) = R$ 1.900,00

- 13o salário integral (R$ 1.900,00 + R$ 1.250,00) = R$ 3.150,00

- 1a + 2a parcelas (R$ 1.200,00 + R$ 1.750,00) = R$ 2.950,00

- valor a favor do empregado (R$ 3.150,00 - R$ 2.950,00) = R$ 200,00 (*)

(*) Acerto até 10 de janeiro do ano seguinte (veja item 5 deste texto)

Empregados com menos de 1 ano de serviço

Empregado admitido em 11 de julho recebe a 1a parcela do 13o salário em novembro, baseada na remu-neração de R$ 3.000,00 mensais (salário de outubro). Em dezembro, passa a R$ 3.300,00 mensais.

1a Parcela- salário mensal em outubro = R$ 3.000,00- 1a parcela (4/12 de R$ 3.000,00) =>

=> R$ 3.000,00 x 4 = R$ 1.000,0012

=>

=> (R$ 1.000,00 ÷ 2) = R$ 500,00

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Nov/2011 - Fascículo 45 CT 7

Manual de Procedimentos

Legislação Trabalhista e Previdenciária

2a Parcela

- salário mensal em dezembro = R$ 3.300,00- 2a parcela (6/12 de R$ 3.300,00) =>

=> R$ 3.300,00 x 6 = R$ 1.650,0012

=>

=> (R$ 1.650,00 - R$ 500,00) = R$ 1.150,00Empregado admitido em 19 de setembro recebe a 1a parcela do 13o salário em novembro, com salário/hora

de R$ 24,00 em outubro, que em dezembro passa a R$ 25,00.1a Parcela

- salário/hora em outubro = R$ 24,00- remuneração/base (R$ 24,00 x 220) = R$ 5.280,00- 1a parcela (1/12 de R$ 5.280,00) =>

=> R$ 5.280,00 x 1 = R$ 440,00 12

=>

=> (R$ 440,00 ÷ 2) = R$ 220,002a Parcela

- salário/hora = R$ 25,00- remuneração/base em dezembro (R$ 25,00 x 220) = R$ 5.500,00- 2a parcela (3/12 de R$ 5.500,00) =>

=> R$ 5.500,00 x 3 = R$ 1.375,0012

=> (R$ 1.375,00 - R$ 220,00) = R$ 1.155,00Empregado admitido em 8 de agosto produz 990 tarefas até outubro. A tarefa vigente em outubro, por

ocasião do pagamento da 1a parcela, tem valor fixado em R$ 21,00, passando a R$ 24,00 em dezembro.1a Parcela

- produção de agosto a outubro = 990- média mensal (990 ÷ 3) = 330- remuneração/base (330 x R$ 21,00) = R$ 6.930,00- 1a parcela (3/12 de R$ 6.930,00) =>

=> R$ 6.930,00 x 3 = R$ 1.732,5012

=> (R$ 1.732,50 ÷ 2) = R$ 866,252a Parcela

Admitindo-se que em novembro o empregado produza 410 tarefas, o pagamento da 2a parcela deve observar:- produção de agosto a novembro (990 + 410) = 1.400- média mensal (1.400 ÷ 4) = 350- remuneração/base (350 x R$ 24,00) = R$ 8.400,00- 2a parcela (5/12 de R$ 8.400,00) =>

=> R$ 8.400,00 x 5 = R$ 3.500,0012

=> (R$ 3.500,00 - R$ 866,25) = R$ 2.633,75

8 CT Manual de Procedimentos - Nov/2011 - Fascículo 45 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Considerando-se que em dezembro o empregado produza 150 tarefas, observamos:- produção de agosto a dezembro (990 + 410 + 150) = 1.550- média mensal (1.550 ÷ 5) = 310- remuneração/base em dezembro (310 x R$ 24,00) = R$ 7.440,00- 13o salário proporcional (5/12 de R$ 7.440,00) =>

=> R$ 7.440,00 x 5 = R$ 3.100,00 12

=>

- 1a + 2a parcelas(R$ 866,25 + R$ 2.633,75) = R$ 3.500,00- valor a favor da empresa(R$ 3.500,00 - R$ 3.100,00) = R$ 400,00 (*)(*) Por ocasião do acerto até 10 de janeiro do ano seguinte (ver item 5 deste texto), cabe à empresa o desconto de R$ 400,00.

Empregado comissionista admitido em 12 de julho recebe a 1a parcela do 13o salário em novembro, obtendo as seguintes comissões:

2011 Comissões auferidas (R$)Julho 3.100,00

Agosto 3.000,00Setembro 2.700,00Outubro 3.200,00

Total 12.000,001a Parcela- média mensal (R$ 12.000,00 ÷ 4) = R$ 3.000,00- 1a parcela (4/12 de R$ 3.000,00) =>

=> R$ 3.000,00 x 4 = R$ 1.000,0012

=>

=> (R$ 1.000,00 ÷ 2) = R$ 500,00

2a ParcelaAdmitindo-se que em novembro o empregado receba R$ 4.200,00 de comissões, cabe observar:- total das comissões de julho a novembro =>=> (R$ 12.000,00 + R$ 4.200,00) = R$ 16.200,00- média mensal (R$ 16.200,00 ÷ 5) = R$ 3.240,00- 2a parcela (6/12 de R$ 3.240,00) =>

=> R$ 3.240,00 x 6 = R$ 1.620,0012

=>

=> (R$ 1.620,00 - R$ 500,00) = R$ 1.120,00Considerando-se que o empregado receba R$ 5.400,00 de comissões em dezembro, o acerto observará:- total das comissões de julho a dezembro =>=> (R$ 12.000,00 + R$ 4.200,00 + R$ 5.400,00) = R$ 21.600,00- média mensal (R$ 21.600,00 ÷ 6) = R$ 3.600,00- 13o salário proporcional(6/12 de R$ 3.600,00)

=> R$ 3.600,00 x 6 = R$ 1.800,00 12

=>

- 1a + 2a parcelas(R$ 500,00 + R$ 1.120,00) = R$ 1.620,00- valor a favor do empregado(R$ 1.800,00 - R$ 1.620,00) = R$ 180,00 (*)(*) Acerto até 10 de janeiro do ano seguinte (veja item 5 deste texto).

ImportanteNos exemplos anteriormente mencionados em que o salário é variável, já está incluída a integração dos RSR.

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Nov/2011 - Fascículo 45 CT 9

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5. sAlárIo VArIáVEl - DIFErEnçA - AjustE - PrAzo DE PAGAMEnto - InCIDênCIAs lEGAIs

Até 20 de dezembro, nem sempre é possível saber quanto ganharão, nesse mês, os empregados que trabalham por tarefa, produção, comissão ou outra modalidade semelhante de salário variável.

Nesse caso, computada a parcela variável do mês de dezembro, o cálculo da gratificação deve ser revisto, acertando-se a diferença, se houver. O resul-tado pode ser a favor do empregado ou da empresa. Havendo diferença favorável ao empregado, o prazo para o seu pagamento, conforme previsto no Decreto no 57.155/1965, art. 2o, parágrafo único, é até 10 de janeiro do ano seguinte.

Todavia, vale lembrar que nos termos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), art. 459, § 1o, o pagamento do salário mensal deve ser efetuado, o mais tardar, até o 5o dia útil do mês subsequente ao vencido. Para a contagem dos dias úteis, inclui-se o

sábado e excluem-se o domingo e o feriado, inclusive o municipal (Instrução Normativa SRT no 1/1989). Assim, com base na citada CLT, também no art. 459, há quem entenda que o pagamento da diferença do 13o salário deve ser efetuado até o 5o dia útil e não até 10 de janeiro do ano seguinte.

Não obstante as considerações anteriormente des-critas, depreende-se que, caso a empresa tenha, efe-tiva e comprovadamente, o conhecimento antecipado do total da parte variável (comissões, por exemplo) a que o empregado fará jus até o dia 31 de dezembro (último dia do ano), poderá, então, apurar e pagar a ele o respectivo 13o salário integral devido no próprio ano. Nessa hipótese, portanto, uma vez quitada inte-gralmente a gratificação a que o empregado tenha direito no mesmo ano, não haverá qualquer acerto de diferença a ser efetuado em janeiro do ano seguinte.

Levando-se em consideração os comentários an-teriores, os exemplos a seguir demonstram o critério de cálculo para apuração de eventuais diferenças.

WExemplosD

1a Hipótese: de janeiro a novembro, a parte variável somou R$ 17.600,00, acusando uma média mensal

de R$ 1.600,00 (R$ 17.600,00 ÷ 11), que, somada ao fixo de R$ 1.200,00, perfez o total de R$ 2.800,00 (valor

do 13o salário a ser pago até 20 de dezembro).

No mês de dezembro, o fixo permaneceu em R$ 1.200,00, mas as comissões totalizaram R$ 3.400,00.

Para acertar a diferença, o processo é o seguinte:

- total das comissões de janeiro a novembro + comissões de dezembro ÷ 12 + salário fixo de dezembro

- quantia paga até 20 de dezembro, ou seja:

=> R$ 17.600,00 + R$ 3.400,0012

+ R$ 1.200,00 = R$ 2.950,00 =>

=> R$ 2.950,00 - R$ 2.800,00 = R$ 150,00,

Nessa hipótese, o empregado recebe uma diferença de R$ 150,00.

2a Hipótese: admitindo que o empregado, em dezembro, ganhe R$ 1.000,00 de comissões e não

R$ 3.400,00, temos:

=> R$ 17.600,00 + R$ 1.000,0012

+ R$ 1.200,00 = R$ 2.750,00 =>

=> R$ 2.750,00 - R$ 2.800,00 = - R$ 50,00

O empregado recebeu R$ 2.800,00, mas a média mensal final encontrada, incluídos o fixo e as comissões

de dezembro, foi de R$ 2.750,00. A diferença de R$ 50,00, recebida a mais, poderá ser descontada em janeiro.

10 CT Manual de Procedimentos - Nov/2011 - Fascículo 45 - Boletim IOB

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7. ConstItuIção FEDErAl - BAsE DE CálCulo

Os trabalhadores urbanos, rurais e domésticos fazem jus ao 13o salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria (Constituição Federal de 1988 - CF/1988, art. 7o, VIII e parágrafo único).

Compreendem-se na remuneração do empre-gado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber. Ao salário integram-se: importância fixa estipulada, comissões, percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagem excedentes a 50% do salário percebido pelo empregado e abonos pagos pelo empregador (CLT, art. 457). Os adicionais por trabalho insalubre e perigoso, bem como o salário-utilidade, também o integram para esse efeito.

No que tange às gorjetas, a Súmula TST no 354 prevê:

Gorjetas. Natureza jurídica. Repercussões.

As gorjetas, cobradas pelo empregador na nota de serviço ou oferecidas espontaneamente pelos clientes, integram a remuneração do empregado, não servindo de base de cálculo para as parcelas de aviso prévio, adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado.

Ressalte-se que, quando a remuneração do empregado for composta de parte em dinheiro e de parte em utilidades como, por exemplo, alimentação, habitação etc., o valor da quantia correspondente a estas deve ser computado para determinação do res-pectivo valor do 13o salário (Decreto no 57.155/1965, art. 5o).

A jurisprudência predominante do TST orienta, por meio das súmulas adiante transcritas de nos 45, 291 e 347, respectivamente, a integração de horas extras habitualmente prestadas e, por meio da Súmula TST no 60, a integração do adicional noturno habitual.

A legislação trabalhista não prevê expressamente a integração desses adicionais no cálculo do 13o salário. Contudo, tendo em vista que a CF/1988, art. 7o, inciso VIII, determina que o 13o salário deve ser calculado com base na remuneração integral, a inclusão de adicionais ou vantagens percebidos pelo empregado de forma habitual passou a ser uma garantia constitucional, a contar de 05.10.1988, data de promulgação da Carta Magna.

Ressalte-se, ainda, que a inclusão desses adi-cionais, quando habitual, surgida na jurisprudência trabalhista, cujas súmulas constam adiante, carece de orientação quanto à forma de cálculo.

6. ADMIssão no Curso Do Ano

Aos admitidos após 17 de janeiro, paga-se o 13o salário proporcionalmente a tantos 1/12 quantos forem os meses trabalhados, contados da data da admissão até 31 de dezembro, considerado mês completo a fração igual ou superior a 15 dias no mês civil, deduzido o valor correspondente à 1a parcela.

WExemplosDa) Admissão de empregado em 18 de abril, com salário por hora de R$ 13,00:

Salário em dezembro: R$ 18,00 por hora

Tempo de serviço de 18 de abril a 31 de dezembro = 8/12

Cálculo:

=> 220 x R$ 18,00 = R$ 3.960,00 (equivalente ao salário mensal) =>

=> R$ 3.960,00 ÷ 12 = R$ 330,00 (valor de 1/12) =>

=> R$ 330,00 x 8 = R$ 2.640,00 (13o salário proporcional)

b) Admissão de empregado em 09 de maio, com salário mensal de R$ 3.000,00:

Salário em dezembro: R$ 3.000,00

Tempo de serviço de 09 de maio a 31 de dezembro = 8/12

Cálculo:

=> R$ 3.000,00 ÷ 12 = R$ 250,00 (valor de 1/12) =>

=> R$ 250,00 x 8 = R$ 2.000,00 (13o salário proporcional)

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Nov/2011 - Fascículo 45 CT 11

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Contudo, as empresas podem obter a média da quantidade de horas extras ou noturnas habitualmente prestadas durante o ano multiplicando o número médio obtido pelo salário/hora, vigente na ocasião do pagamento, acrescido do adicional extraordinário ou do valor do adicional noturno, conforme o caso, também vigente na ocasião do pagamento.

Súmulas TST

Hora extra

No 45 - A remuneração do serviço suplementar, habitual-mente prestado, integra o cálculo da gratificação natalina prevista na Lei no 4.090, de 13.07.1962.

No 291 - A supressão total ou parcial, pelo empregador, de serviço suplementar prestado com habitualidade, durante pelo menos 1 (um) ano, assegura ao empregado o direito à indenização correspondente ao valor de 1 (um) mês das

horas suprimidas, total ou parcialmente, para cada ano ou fração igual ou superior a seis meses de prestação de serviço acima da jornada normal. O cálculo observará a média das horas suplementares nos últimos 12 (doze) meses anteriores à mudança, multiplicada pelo valor da hora extra do dia da supressão.

No 347 - O cálculo do valor das horas extras habituais, para efeito de reflexos em verbas trabalhistas, observará o número de horas efetivamente prestadas e a ele aplica-se o valor do salário-hora da época do pagamento daquelas verbas.

Adicional noturno

No 60 - I - O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do empregado para todos os efeitos. (ex--Súmula no 60 - RA 105/1974, DJ 24.10.1974); II - Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é também o adicional quanto às horas pror-rogadas. Exegese do art. 73, § 5o, da CLT. (ex-OJ no 06 - Inserida em 25.11.1996)

WExemploD

Empregado com salário-hora de R$ 9,00 ganha em dezembro R$ 13,50 por hora extra (R$ 9,00 x 1,50). Trabalha, em horário extraordinário de 550 horas, de janeiro a novembro - portanto, em média 50 horas por mês (550 ÷ 11). Ao 13o salário deve-se acrescentar R$ 675,00 (50 x R$ 13,50). Na impossibilidade desse acréscimo, à média, das horas extras de dezembro, deve-se fazer o acerto em janeiro do ano seguinte.

Ainda no exemplo, se o empregado tivesse trabalhado apenas 10 meses (vigência contratual), a média seria de 55 horas (550 ÷ 10). Obtém-se a média dividindo o total das horas extras pelo número de meses trabalhados.

Nota

Há quem entenda que a média, para cálculo de horas extras, é sempre duodecimal (divisor 12), não importando quantos meses no ano o emprega-do tenha efetuado horas extras. Todavia, a empresa deve, por medida pre-ventiva, verificar se há cláusula em acordo, convenção coletiva de trabalho da respectiva categoria profissional ou sentença normativa que estabeleça critério de cálculo mais vantajoso aos empregados.

8. FAltAs - AFAstAMEntos - DEsConto

8.1 Faltas legais e justificadas

Não se consideram faltas ao serviço para fins de apuração do 13o salário as seguintes ausências relacionadas:

I) de até 2 dias consecutivos, em caso de falecimento de cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), viva sob sua dependência econômica (CLT, art. 473, I);

Nota

Desde 29.04.1995, data de publicação no DOU da Lei no 9.032/1995, não é mais possível designar pessoa, na condição de dependente do segurado, caracterizada como menor de 21 anos ou maior de 60 anos ou inválida (Lei no 9.032/1995, art. 8o). Assim,

ficou revogado o inciso IV do art. 16 da Lei no 8.213/1991, que dispunha sobre essa hipótese de designação de dependente do segurado.

II) de até 3 dias consecutivos, em virtude de casamento (CLT, art. 473, II);

III) por 5 dias, enquanto não for fixado outro prazo em lei, como licença-paternidade (CLT, art. 473, III, observada a modificação introduzida pela CF/1988, art. 7o, XIX, c/c o Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), art. 10, § 1o);

Nota

Segundo entendimento predominante, a licença-paternidade tem duração de 5 dias corridos. Todavia, o Secretário de Relações de Trabalho (por meio da Instrução Normativa SRT no 1/1988), ao dispor que a referida licença deve ser entendida como ampliação da falta legal por motivo de nascimento de filho, de 1 para 5 dias (CLT, art. 473, III), está se referindo a dias úteis.

Ressaltamos que a empresa deve consultar o documento coletivo de trabalho da respectiva categoria profissional a fim de certificar-se quanto à existência ou não de cláusula específica sobre o assunto.

IV) por 1 dia, em cada 12 meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue devidamente comprovada (CLT, art. 473, IV);

12 CT Manual de Procedimentos - Nov/2011 - Fascículo 45 - Boletim IOB

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V) de até 2 dias, consecutivos ou não, para fins de alistamento eleitoral, nos termos da lei res-pectiva (CLT, art. 473, V);

VI) no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar referidas na Lei no 4.375/1964, art. 65, “c” (Lei do Serviço Militar), conforme dispõe a CLT, art. 473, VI;

VII) nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para in-gresso em estabelecimento de ensino superior (CLT, art. 473, VII);

VIII) pelo tempo que se fizer necessário, quando ti-ver de comparecer a juízo (CLT, art. 473, VIII);

IX) pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de representante de entidade sindical, estiver participando de reunião oficial de organismo internacional do qual o Brasil seja membro (CLT, art. 473, IX);

X) durante o licenciamento compulsório de empre-gada por motivo de maternidade ou aborto não criminoso e de adoção ou guarda judicial de criança, observados os requisitos da legislação previdenciária para percepção do benefício de salário-maternidade (CLT, arts. 392 e 392-A; Lei no 8.213/1991, arts. 71 e 71-A; RPS, aprovado pelo Decreto no 3.048/1999, arts. 93, 93-A e 96, e Emenda Constitucional no 20/1998);

XI) ausência justificada pela empresa, assim en-tendida a que não tiver determinado o descon-to do correspondente salário (CLT, art. 131, IV);

XII) durante a suspensão preventiva para respon-der a inquérito administrativo ou durante a pri-são preventiva, quando for impronunciado ou absolvido (CLT, art. 131, V);

Nota

Entendemos que esta hipótese é aplicável apenas nos casos de inquérito para apuração de falta grave e nas situações que envolvam delitos penais vinculados ao contrato de trabalho entre a empresa e seu empregado.

XIII) em razão de comparecimento para depor como testemunha, quando devidamente arro-lado ou convocado (CLT, art. 822; Código de Processo Civil, art. 419, parágrafo único, e Có-digo de Processo Penal, art. 459 c/c art. 441);

XIV) para comparecimento como parte à Justiça do Tra-balho (Súmula TST no 155 - ex-prejulgado no 30);

XV) para servir como jurado no Tribunal do Júri (Có-digo de Processo Penal, art. 441, c/c art. 436);

XVI) de afastamento por doença ou acidente do trabalho, nos 15 primeiros dias pagos pela empresa mediante comprovação, observada a legislação previdenciária (Lei no 8.213/1991, art. 60, e RPS/1999, art. 75);

XVII) em razão de convocação para serviço elei-toral (Lei no 4.737/1965, art. 365, e Lei no 9.504/1997, art. 98);

XVIII) por motivo de greve, desde que tenha havido acordo, convenção, laudo arbitral ou decisão da Justiça do Trabalho dispondo sobre a manuten-ção dos direitos trabalhistas aos grevistas durante a paralisação das atividades (Lei no 7.783/1989);

XIX) para cumprir período de frequência em curso de aprendizagem (Decreto no 5.598/2005);

XX) para o(a) professor(a), por 9 dias, em conse-quência de casamento ou falecimento de côn-juge, pai, mãe ou filho (CLT, art. 320, § 3o);

XXI) as ausências ao trabalho dos representantes dos trabalhadores em atividade, decorrentes das atuações do Conselho Nacional de Pre-vidência Social (CNPS), as quais são compu-tadas como jornada efetivamente trabalha-da para todos os fins e efeitos legais (Lei no 8.213/1991, art. 3o, § 6o);

XXII) de período de férias, o qual, inclusive, é com-putado para todos os efeitos como tempo de serviço (CLT, arts. 129 e 130, § 2o, e Súmula TST no 89);

XXIII) as ausências ao trabalho dos representantes dos trabalhadores no Conselho Curador do FGTS, decorrentes das atividades desse órgão, que serão abonadas computando-se como jor-nada efetivamente trabalhada para todos os fins e efeitos legais (Lei no 8.036/1990, art. 3o, § 7o);

XXIV) o período de afastamento do representante dos empregados, quando convocado para atuar como conciliador nas Comissões de Conciliação Prévia, computando-se como tempo de trabalho efetivo aquele despendido nessa atividade (CLT, arts. 625-A e 625-B, § 2o, acrescidos pela Lei no 9.958/2000);

XXV) as ausências ao trabalho dos que exercerem as funções de membro do Conselho Nacional do Desenvolvimento Urbano (CNDU) e dos Comitês Técnicos, que serão abonadas com-putando-se como jornada efetivamente tra-balhada para todos os efeitos legais (Medida Provisória no 2.220/2001, art. 14);

XXVI) os atrasos decorrentes de acidentes de trans-porte, comprovados mediante atestado da empresa concessionária (RRSR, aprovado pelo Decreto no 27.048/1949, art. 12, § 3o);

XXVII) a dispensa do horário de trabalho pelo tempo ne-cessário para a realização de, no mínimo, 6 con-sultas médicas e demais exames complementa-res durante a gravidez (CLT, art. 392, § 4o, II);

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Nov/2011 - Fascículo 45 CT 13

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XXVIII) por outros motivos previstos em acordo, em convenção coletiva de trabalho da entidade sindical representativa da categoria profissio-nal ou em sentença normativa.

8.2 Auxílio-doença não decorrente de acidente do trabalho

Trata-se de afastamento por motivo de doença ou outra incapacidade não decorrente de acidente do tra-balho, cujo tratamento se estende por mais de 15 dias, com suspensão contratual automática a partir do 16o dia.

Durante os primeiros 15 dias de afastamento do trabalho, cabe à empresa pagar ao segurado o res-pectivo salário.

À empresa com serviço médico próprio ou em convênio cabe o exame médico e o abono das fal-tas correspondentes ao período de afastamento do empregado por motivo de doença ou acidente do

trabalho, encaminhando o segurado à perícia médica da Previdência Social quando a incapacidade ultra-passar 15 dias (Lei no 8.213/1991, art. 60, §§ 3o e 4o, e Súmula TST no 282).

O empregado que está ou esteve em gozo desse benefício recebe da empresa o 13o salário proporcional relativo ao período de efetivo trabalho, assim consi-derados os 15 primeiros dias de ausência e o tempo anterior e posterior ao afastamento. A Previdência Social assume o período relativo ao afastamento, isto é, do 16o dia até o retorno ao trabalho, computando-o para fins de pagamento do abono anual.

Lembra-se, ainda, que o documento coletivo de trabalho da respectiva categoria profissional deverá ser consultado a fim de a empresa certificar-se se há disposição expressa que trate dos critérios a serem observados quando o empregado estiver afastado por auxílio-doença.

WExemploD

Empregado admitido em 08.02.2000 ficou afastado do trabalho por motivo de auxílio-doença não decor-rente de acidente do trabalho, no ano de 2011, de 1o de abril (16o dia de afastamento da atividade) até 24 de maio. Nesse caso, a empresa deverá calcular e quitar o 13o salário desse empregado proporcionalmente aos períodos tidos como efetivamente trabalhados, antes e depois do lapso de tempo em que esteve afastado percebendo benefício previdenciário.

Assim, no caso, a empresa deverá computar 10/12 relativos ao 13o proporcional em 2011, dos quais:

a) 3/12 correspondem ao período de 1o.01 a 31.03.2011 (anterior ao início do benefício previdenciário); e

b) 7/12 relacionam-se ao período de 25.05 a 31.12.2011 (posterior ao afastamento).

8.2.1 Abono anual a cargo da Previdência social

O abono anual é pago pela Previdência Social aos segurados e dependentes que, durante o ano, tenham recebido aposentadoria, salário-maternidade, pensão por morte, auxílios acidente, doença ou reclusão. É apurado, no que couber, da mesma forma que a gratificação de Natal dos trabalhadores, com base no valor da renda mensal do benefício do mês de dezembro de cada ano (Lei no 8.213/1991, art. 40).

8.3 Auxílio-doença decorrente de acidente do trabalho

O entendimento da Justiça do Trabalho é de que as faltas ou ausências decorrentes de acidentes do trabalho não são consideradas para efeito de cálculo

da gratificação natalina (Súmula TST no 46). Portanto, as ausências ao serviço por esse motivo não reduzem o cálculo e o consequente pagamento do 13o salário.

Nesse caso, tendo em vista que o empregado rece-berá o abono anual da Previdência Social, entende-se que a empresa deve apenas complementar o valor do 13o salário, calculando-o como se o contrato de trabalho não tivesse sido interrompido pelo acidente. Assim, o valor do abono anual pago pela Previdência Social somado ao complemento a cargo da empresa deve corresponder ao valor integral do 13o salário do referido empregado.

Nesse sentido, cumpre notar que já existem cláusulas estabelecidas em acordos, convenções

14 CT Manual de Procedimentos - Nov/2011 - Fascículo 45 - Boletim IOB

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coletivas de trabalho ou sentenças normativas, as quais deverão ser sempre consultadas pela empresa a fim de que esta se certifique quanto à existência de algum procedimento a ser adotado por ocasião do afastamento do empregado por motivo de acidente do trabalho.

WExemploD

Empregado admitido em 10.05.2000 ficou afastado do trabalho em razão de auxílio-doença decorrente de acidente do trabalho, no período de 22.06 (16o dia seguinte ao do afastamento do trabalho) a 19.10.2011. Nesta hipótese, a empresa deverá calcular e pagar o 13o salário/2011 desse empregado proporcionalmente aos períodos tidos como efetivamente trabalhados, antes e depois do lapso de tempo em que esteve afastado por acidente do trabalho, bem como pagar a diferença entre o efetivo valor do 13o salário no período de afastamento e o valor do abono anual pago pela Previdência Social.

De acordo com o exemplo em comento, a empresa deverá pagar o 13o salário/2011 de acordo com os seguintes critérios:

a) 6/12 correspondentes ao período de 1o.01 a 21.06.2011 (anterior ao afastamento);b) 2/12 relativos ao período de 20.10 a 31.12.2011 (posterior ao afastamento); ec) 4/12 referentes ao período de afastamento de 22.06 a 19.10.2011, deduzido o valor do abono anual

pago pela Previdência Social relativo a esse período de afastamento.

8.4 serviço militar

No caso de convocação para prestação do serviço militar obrigatório, o empregado não faz jus ao 13o salário correspondente ao período de afastamento. O período referente à ausência só é computado para fins de indenização e estabilidade, não gerando qualquer outro direito (CLT, art. 4o, parágrafo único).

Observe-se que o cargo anterior fica à disposição do empregado afastado para cumprir as exigências do serviço militar. No entanto, para o exercício desse direito, ele deve apresentar-se à empresa dentro do prazo de 30 dias contados da baixa no serviço militar (Decreto no 57.654/1966, art. 195).

WExemploD

Empregado admitido em 10.03.2009 ficou afastado do trabalho em 2011 para cumprimento das exigên-cias do serviço militar obrigatório no período de 09.03 a 07.12.2011 e retornou em 08.12.2011 às atividades normais na mesma empresa em que fora admitido. Nessa hipótese, a empresa deverá calcular e pagar o 13o salário/2011 desse empregado proporcionalmente aos períodos tidos como efetivamente trabalhados, antes e depois do lapso de tempo em que esteve afastado para cumprimento do serviço militar.

De acordo com o exemplo em questão, a empresa deverá computar somente 3/12 relativos ao 13o propor-cional em 2011, dos quais:

a) 2/12 correspondem ao período de 1o.01 a 08.03.2011 (anterior ao afastamento); e

b) 1/12 relaciona-se ao período de 08 a 31.12.2011 (posterior ao afastamento).

9. sAlárIo-MAtErnIDADE - DÉCIMo tErCEIro sAlárIo ProPorCIonAl - PAGAMEnto

Cabe à empresa pagar o salário-maternidade devido à sua empregada gestante, o qual será compensado quando do recolhimento das con-tribuições incidentes sobre a folha de salários e

sobre os demais rendimentos pagos ou creditados, a qualquer título, a pessoa física que lhe preste serviço.

O INSS, entretanto, é responsável pelo pagamento do benefício de salário-maternidade, diretamente à segurada, quando se tratar de:

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Nov/2011 - Fascículo 45 CT 15

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a) adoção ou obtenção de guarda judicial para fins de adoção;

b) empregada doméstica;c) empregada do microempreendedor individual

de que trata o art. 18-A da Lei Complementar no 123/2006;

d) contribuinte individual (autônoma e empresá-ria);

e) trabalhadora avulsa;f) segurada especial;g) segurada facultativa.

9.1 Décimo terceiro salário proporcional - Pagamento pela empresa

Observado o disposto nas letras “a” a “g” do item 9 deste texto, cabe à empresa pagar à sua empregada, em virtude de licença por parto ou aborto não crimi-noso, o valor correspondente ao salário-maternidade, inclusive a parcela do 13o salário correspondente

ao período da licença, podendo tais valores serem deduzidos por ocasião do pagamento das contribui-ções sociais previdenciárias devidas, exceto aquelas destinadas a outras entidades e fundos (terceiros).

Para apuração do valor a deduzir a título de 13o salário correspondente ao período da licença, deverá a empresa observar os seguintes cálculos:

a) a remuneração correspondente ao 13o salário deve ser dividida por 30;

b) o resultado da operação mencionada na letra “a” deve ser dividido pelo número de meses considerados no cálculo da remuneração do 13o salário;

c) o valor apurado na forma da letra “b” deve ser multiplicado pelo número de dias de gozo de licença-maternidade no ano, cujo resultado fi-nal corresponde ao valor da parcela referen-te ao 13o salário proporcional ao período da licença-maternidade.

WExemploD

Empregada ficou afastada do trabalho por motivo de licença-maternidade durante 120 dias, no período de 07.02 a 06.06.2011. Nesta hipótese, a Previdência Social arcou com o pagamento do abono anual de 4/12 correspondente ao período de afastamento por licença-maternidade, e a empresa calculou e pagou o 13o salário/2011 dessa empregada proporcionalmente aos períodos tidos como efetivamente trabalhados, antes e depois do lapso de tempo em que esteve afastada, bem como quitou eventual diferença entre o efetivo valor do 13o salário no período de afastamento e o valor do abono anual pago pelo INSS, ou seja:

a) 1/12 correspondente ao período de 1o.01 a 06.02.2011 (anterior ao afastamento);b) 7/12 relativos ao período de 07.06 a 31.12.2011 (posterior ao afastamento);c) 4/12 alusivos ao período de afastamento de 07.02 a 06.06.2011, deduzido o valor do abono anual pago

pela Previdência Social relativo a esse período de afastamento.

9.2 Abono anual pago pelo Inss

O INSS efetuará o pagamento do salário-mater-nidade e o respectivo abono anual às empregadas mencionadas nas letras “a” a “g” do item 9 deste texto, correspondente ao período de duração desse salário, em cada exercício, juntamente com a última parcela do benefício nele devida.

Não obstante o anteriormente exposto, por força do Decreto no 7.533/2011, no ano de 2011, o paga-mento do abono anual será feito em duas parcelas, sendo:

a) a 1a, equivalente a até 50% do valor do bene-fício correspondente ao mês de agosto, paga juntamente com o benefício correspondente a esse mês;

b) a 2a correspondente à diferença entre o valor total do abono anual e o valor da parcela an-tecipada.

10. EnCArGos soCIAIs

10.1 Contribuição previdenciária

Por ocasião do pagamento do 13o salário em dezembro, o valor total, sem compensação dos adian-tamentos pagos, sofrerá a incidência da contribuição previdenciária, tanto da parte da empresa como da parte do empregado, sendo que para este último a incidência se dará mediante aplicação, em separado, da tabela de desconto previdenciário do empregado do mês de dezembro ou da rescisão, conforme o caso (RPS/1999, art. 214, §§ 6o e 7o). Sobre o salário normal do mês de dezembro ou da rescisão, o empregado

16 CT Manual de Procedimentos - Nov/2011 - Fascículo 45 - Boletim IOB

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Legislação Trabalhista e Previdenciária

também contribui de acordo com o salário-de-contri-buição, independentemente da gratificação.

10.2 Imposto de renda retido na Fonte

Incide o IRRF, no mês de dezembro ou da resci-são contratual, conforme o caso, sobre o valor total do 13o salário (1a e 2a parcelas), separadamente dos demais rendimentos pagos, mediante a utilização da respectiva tabela progressiva vigente no mês de dezembro ou da rescisão, podendo ser feitas no rendimento bruto todas as deduções permitidas para fins de determinação da base de cálculo do imposto (RIR/1999, art. 638).

10.3 FGts - Depósito

O depósito do FGTS é devido com base na remuneração paga ou devida no mês anterior, nela incluída, além de outras parcelas, a gratificação de Natal. Idêntico procedimento também se aplica por ocasião do pagamento da 2a parcela do 13o salário ou nos casos de rescisão contratual.

Vale dizer que o depósito é devido tanto na 1a como na 2a parcela, inclusive na rescisão do contrato de trabalho.

11. justA CAusA

Na hipótese de rescisão contratual por justa causa (CLT, art. 482), motivada pelo empregado, há o desconto relativo às 1a e 2a parcelas, conforme o caso, das verbas trabalhistas pagas na rescisão.

Logo, não assiste ao empregador o direito de cobrar as citadas parcelas do 13o salário caso o empregado não apresente créditos trabalhistas sufi-cientes para a respectiva compensação.

Quanto ao depósito do FGTS efetuado em conta vinculada correspondente à 1a parcela, cabe à empresa optar por um dos seguintes procedimentos:

a) descontar os 8% do FGTS relativos à parcela das verbas rescisórias; ou

b) solicitar à Caixa Econômica Federal (Caixa) a devolução do depósito indevido, observados os procedimentos estabelecidos pela Circular Caixa no 462/2009, na versão 1.03, conforme dispõe a Circular Caixa no 500/2009.

Tratando-se de rescisão contratual por culpa recí-proca, devidamente comprovada, o empregado tem direito a 50% do valor do 13o salário (Súmula TST no 14).

12. MortE Do EMPrEGADo

A morte do empregado extingue automaticamente a relação empregatícia.

Para fins de pagamento de verbas trabalhistas, a morte do empregado equivale a pedido de demissão, sem obrigatoriedade do aviso-prévio. Em consequên-cia, o 13o salário é devido, proporcionalmente, à data do evento. O empregado só não faz jus a essa verba na hipótese de justa causa (Lei no 4.090/1962, art. 3o, e Decreto no 57.155/1965, art. 7o).

13. PEnAlIDADEs

Nos termos da Portaria MTb no 290/1997, os infra-tores dos dispositivos concernentes ao 13o salário (Lei no 4.090/1962) são punidos com multa de 160 Unidades Fiscais de Referência (Ufir) (*), por empre-gado prejudicado, dobrada no caso de reincidência.

Assim, as infrações relativas, por exemplo, a pra-zos para pagamento da 1a e da 2a parcelas (até 30 de novembro e até 20 de dezembro, respectivamente), acarretarão a aplicação de multa administrativa de 160 Ufir por trabalhador prejudicado, dobrada no caso de reincidência.

(*) Importante

A Ufir, instituída pela Lei no 8.383/1991, art. 1o, foi extinta nos termos da Lei no 10.522/2002, art. 29, § 3o.

No que concerne às implicações da extinção da Ufir na legislação trabalhista, informamos que não há, até o presente momento, qualquer manifestação oficial por parte do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Assim, tendo em vista que as multas por infração à legislação trabalhista estão representadas em quantidade de Ufir, conforme cada tipo de infração, nos termos da supracitada Portaria MTb no 290/1997, aguarda-se que o MTE venha se manifestar sobre os critérios a serem adotados para fins de aplicação das multas trabalhistas após a extinção da referida unidade.

Não obstante os comentários anteriores, vale lem-brar que por meio da Lei no 10.192/2001, em seu art. 6o, parágrafo único, foi estabelecida a reconversão para real dos valores expressos em Ufir, com base no valor dessa unidade para o exercício de 2000, ou seja, R$ 1,0641 (conforme Portaria MF no 488/1999).

14. PrEsCrIçãoO direito de ação, quanto aos créditos resultantes

das relações de trabalho, segundo a CF/1988, art. 7o,

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Nov/2011 - Fascículo 45 CT 17

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XXIX, na redação dada pela Emenda Constitucional no 28/2000, tem prazo prescricional de 5 anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de 2 anos após a extinção do contrato.

Assim, se o empregado ingressar com ação dentro de 2 anos a contar da data da cessação do contrato de trabalho, poderá reclamar os últimos 5 anos.

No que concerne aos empregados menores de 18 anos, há previsão expressa de que contra eles não corre prazo prescricional (CLT, art. 440). Isto quer dizer que somente quando o empregado completar 18 anos de idade é que o prazo prescricional começará a fluir, de acordo com o disposto neste item.

15. jurIsPruDênCIA

15.1 súmulas do supremo tribunal Federal - Súmula STF no 207

As gratificações habituais, inclusive a de Natal, consideram-se tacitamente convencionadas, integrando o salário.

- Súmula STF no 688

É legítima a incidência da contribuição previdenciária sobre o 13o salário.

15.2 súmulas do tribunal superior do trabalho - Súmula TST no 14

Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do contrato de trabalho (art. 484 da CLT), o empregado tem direito a 50% (cin-qüenta por cento) do valor do aviso prévio, do décimo terceiro salário e das férias proporcionais.

- Súmula TST no 45

A remuneração do serviço suplementar, habitualmente pres-tado, integra o cálculo da gratificação natalina prevista na Lei no 4.090, de 13.07.1962.

- Súmula TST no 46

As faltas ou ausências decorrentes de acidente do trabalho não são consideradas para os efeitos de duração de férias e cálculo da gratificação natalina.

- Súmula TST no 50

A gratificação natalina, instituída pela Lei no 4.090, de 13.07.1962, é devida pela empresa cessionária ao servidor público cedido enquanto durar a cessão.

- Súmula TST no 60

I - O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salá-rio do empregado para todos os efeitos. (ex-Súmula no 60 - RA 105/1974, DJ 24.10.1974)

II - Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é também o adicional quanto às horas prorrogadas. Exegese do art. 73, § 5o, da CLT. (ex-OJ no 06 - Inserida em 25.11.1996)

- Súmula TST no 148

É computável a gratificação de Natal para efeito de cálculo de indenização. Ex-prejulgado no 20.

- Súmula TST no 157

A gratificação instituída pela Lei no 4.090, de 13.07.1962 é devida na resilição contratual de iniciativa do empregado. Ex--prejulgado no 32.

- Súmula TST no 202

Existindo, ao mesmo tempo, gratificação por tempo de ser-viço outorgada pelo empregador e outra da mesma natureza prevista em acordo coletivo, convenção coletiva ou sentença normativa, o empregado tem direito a receber, exclusivamente, a que lhe seja mais benéfica.

- Súmula TST no 203

A gratificação por tempo de serviço integra o salário para todos os efeitos legais.

- Súmula TST no 253

A gratificação semestral não repercute no cálculo das horas extras, das férias e do aviso prévio, ainda que indenizados. Repercute, contudo, pelo seu duodécimo na indenização por antigüidade e na gratificação natalina.

- Súmula TST no 291

A supressão total ou parcial, pelo empregador, de serviço suplementar prestado com habitualidade, durante pelo menos 1 (um) ano, assegura ao empregado o direito à indenização correspondente ao valor de 1 (um) mês das horas suprimidas, total ou parcialmente, para cada ano ou fração igual ou supe-rior a seis meses de prestação de serviço acima da jornada normal. O cálculo observará a média das horas suplementares nos últimos 12 (doze) meses anteriores à mudança, multipli-cada pelo valor da hora extra do dia da supressão.

- Súmula TST no 314

Se ocorrer a rescisão contratual no período de 30 (trinta) dias que antecede à data-base, observado o Enunciado no 182 do TST, o pagamento das verbas rescisórias com o salário já cor-rigido não afasta o direito à indenização adicional prevista nas Leis nos 6.708, de 30.10.1979 e 7.238, de 28.10.1984.

- Súmula TST no 330

A quitação passada pelo empregado, com assistência de entidade sindical de sua categoria, ao empregador, com observância dos requisitos exigidos nos parágrafos do art. 477 da CLT, tem eficácia liberatória em relação às parcelas expres-samente consignadas no recibo, salvo se oposta ressalva expressa e especificada ao valor dado à parcela ou parcelas impugnadas.

I - A quitação não abrange parcelas não consignadas no recibo de quitação e, conseqüentemente, seus reflexos em outras parcelas, ainda que estas constem desse recibo.

II - Quanto a direitos que deveriam ter sido satisfeitos durante a vigência do contrato de trabalho, a quitação é válida em relação ao período expressamente consignado no recibo de quitação.

- Súmula TST no 347

O cálculo do valor das horas extras habituais, para efeito de reflexos em verbas trabalhistas, observará o número de horas efetivamente prestadas e a ele aplica-se o valor do salário--hora da época do pagamento daquelas verbas.

- Súmula TST no 354

As gorjetas, cobradas pelo empregador na nota de serviço ou oferecidas espontaneamente pelos clientes, integram a remu-neração do empregado, não servindo de base de cálculo para as parcelas de aviso-prévio, adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado.

15.3 Acórdãos- Doméstico - Pagamento devido - Termo inicial

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Empregado doméstico - gratificação natalina. A Lei no 5.859/72 que disciplina a profissão dos empregados domésticos não prevê o pagamento de gratificação natalina. Somente com a edição da atual Constituição Federal tal direito foi criado. Por-tanto, os empregados domésticos fazem jus à gratificação nata-lina somente após a promulgação da Constituição de 1988. (Ac. un. da 2a T. do TST - RR 161.160/95.8-4a R. - Rel. Min. Ângelo Mário - j. 27.03.1996 - DJU 1 07.06.1996, pág. 20.184)

- Compensação com a gratificação semestral - Impossibi-lidade

Compensação. É da origem desse instituto a possibilidade única de serem compensados créditos da mesma natureza. Inviabilidade de ser efetuada entre a gratificação semestral e o 13o salário, porque não preenchem esse pressuposto. O espírito do legislador, ao instituir a gratificação natalina, foi proporcionar aos empregados mais facilidade para enfrentar os gastos advindos com os festejos de fim de ano. Por seu turno, a semestral tem como natureza e finalidade o incentivo ao trabalhador pelo lucro obtido. Embargos conhecidos e acolhidos. (Ac. Un. do TST - Pleno - ERR 1.274/84 - Rel. Min. Marcelo Pimentel - DJU 06.05.1988, pág. 10.735)

Gratificação semestral - reflexo no cálculo do 13o salário - Ao extrair-se o duodécimo da gratificação semestral para cálculo do 13o salário, deve-se considerar seu valor atualizado, e não seu valor nominal, especialmente quando a primeira parcela é paga em junho. Se assim não se fizer, não se estará obser-vando a atualização recomendada pelo disposto no § 1o do art. 1o da Lei no 4.090/62, de que ‘a gratificação corresponderá a 1/12 avos da remuneração devida em dezembro, por mês de serviços, do ano correspondente’. Recurso de revista pro-vido em parte. (Ac. un. da 3a T. do TST - RR 129.380/94.1-3a R. - Rel. Min. Manuel Mendes de Freitas - j 10.05.95 - DJU 1 30.06.1995, pág. 20.724)

- Pagamento em dobro - CLT, art. 467 - Divergências

Insurge-se o recorrente contra o indeferimento da dobra do 13o salário - Recurso provido, unanimemente. A gratificação natalina possui natureza salarial para todos os efeitos legais. Aplicável ao caso o art. 467 da CLT. (Ac. TRT-4a R. - 1a T. - Proc. RO 1.048/84 - Rel. Juiz Antônio José M. Widholzer, proferido em 11.07.1984)

A legislação trabalhista vigente não contempla a possibilidade de ser deferido o pagamento em dobro da gratificação nata-lina. Por tratar de sanção, deve o art. 467 da CLT ser interpre-tado restritivamente, aplicando-se apenas aos salários stricto sensu. (Ac. un. da 1a T. do TRT da 6a R. - RO 6491/92 - Rel. Juiz Ivanildo Andrade - j. 03.05.1993 - DJ PE 1o.06.1993, pág. 42)

- Prestação de serviço no mês - Condição ao recebimento

Gratificação natalina. O direito à gratificação natalina subor-dina-se à prestação de serviços no mês, considerando-se o trabalho mensal e não os dias trabalhados nos diferentes meses. Revista parcialmente conhecida e desprovida. (Ac. un. da 3a T. do TST - RR 8.116/85.1 - Rel. Min. Mendes Cavaleiro - DJU 18.09.1987, pág. 19.800)

- Compensação - Verbas rescisórias - Legitimidade

Compensação - Décimo Terceiro Salário. É legítima a compen-sação procedida em relação às verbas rescisórias, incluído o décimo terceiro salário. Revista provida. (Ac. da 1a T. do TST - mv, no mérito - RR 6310/90.7-2a R. - Rel. Min. Afonso Celso - j. 11.12.1992 - DJU I 12.02.1993, pág. 1.566)

- Faltas justificadas - Não dedução

A alusão feita no § 2o do art. 1o a dias trabalhados deve ser sopesada com a necessária reserva, lançando-se mão do critério lato sensu. Assim o é, porquanto, a interpretação siste-mática dos vários dispositivos da Lei no 4.090, de 1962, bem como do Decreto que a regulamentou - Decreto no 57.155, de 1965, levam ao convencimento da impossibilidade de des-

contar-se do período os dias correspondentes ao repouso e feriados. Tanto é assim que o art. 6o revela que as faltas legais e as justificadas ao serviço não serão deduzidas para os fins previstos no art. 2o do citado Decreto. Considera-se o espaço de tempo em que o contrato esteve em vigor, subtraindo-se, somente, as ausências injustificadas. (Ac. un. do TST - 1a T. - RR 4.152/86.3 - Rel. Min. Marco Aurélio Mendes de Farias Mello - DJ 19.12.1986)

- Auxílio-doença - Implicação

Recorre a reclamada da parte da sentença que a condenou a pagar à reclamante 3/12 da gratificação natalina. Alega que, sus-penso o contrato de trabalho, pela concessão de auxílio-doença por prazo superior a 15 dias, não é devido à empregada o 13o salário proporcional - Recurso provido. Estando o empregado em gozo de auxílio-doença por prazo superior a quinze dias, não é do empregador a obrigação do pagamento do 13o salário proporcional. O afastamento por motivo de doença, embora considerado falta legal e, portanto, justificada, não autoriza a condenação do empregador a pagar a gratificação de Natal proporcional, porque a eficácia da relação contratual fica sus-pensa. (Ac. un. do TRT da 4a R. - 2a T. - Proc. RO 2.214/84 - Rel. Juiz Ermes Pedro Pedrassani, proferido em 08.06.1984)

A teor do disposto no art. 2o da Lei no 4.090/62 e do art. 6o do Decreto no 57.155/65, as faltas legais e justificadas ao serviço não serão deduzidas para os fins de cálculo da gratificação natalina. Frente ao disposto no art. 131, III, da Consolidação das Leis do Trabalho, quanto à inexistência de perda do direito às férias quando o auxílio-doença fica restrito ao período máximo de seis meses, forçoso é concluir que idêntico fato não prejudica o cálculo da gratificação natalina. A ausência é tida como enquadrável no gênero legal, devendo ser adotada interpretação que, compatibilizando os preceitos, afaste ver-dadeiro paradoxo - mesmo sem prestar serviços, o empregado não perde o direito ao descanso anual, mas tem diminuído o valor pertinente à gratificação natalina, recebendo os avos expungido o período de afastamento. (Ac. do TST - Pleno - mv - ERR 4.008/85.9 - Rel. designado Min. Marco Aurélio - DJU 25.09.1987, pág. 20.498)

- Horas extras - Integração - Média física

Horas extras - Média física - A jurisprudência desta Corte vem firmando entendimento de que a integração das horas extras em 13o salários e férias deve ser feita pela média física das mesmas. Este entendimento visa coibir a diminuição do valor aquisitivo provocada pela espiral inflacionária, acarretando manifesto prejuízo ao obreiro. Revista parcialmente conhecida e desprovida. (Ac. un. da 2a T. do TST - RR 70.210/93.8-4a R. - Rel. Min. José Francisco da Silva - j. 19.05.1994 - DJU 1 1o.07.1994, pág. 17.760)

Horas extras. Reflexos no décimo terceiro salário. Critério de cálculo. Para o cálculo do reflexo das horas extraordinárias no décimo-terceiro salário, deve-se tomar a média física corres-pondente aos meses trabalhados. Decisão unânime. (Ac. un. do TRT da 24a R. - AP 0198/2000 - Rel. Juiz Júlio César Bebber - j. 11.09.2000 - DJ MS 14.11.2000, pág. 47)

- Adicional de insalubridade - Repercussão

Adicional de insalubridade. Integração. O adicional de insalu-bridade integra o salário do trabalhador para todos os efeitos legais, devendo ser computado para o cálculo das férias, 13o salário e FGTS. Embargos parcialmente conhecidos e despro-vidos. (Ac. un. da SDI do TST - ERR 47.842/92.1-4a R. - Rel. Min. Ney Doyle - j. 24.05.1994 - DJU 1 05.08.1994, pág. 19.471)

Adicional de insalubridade. Natureza jurídica. Integração. O adicional de insalubridade, pago em caráter permanente, tem natureza salarial. Portanto, enquanto persistir o trabalho em ambiente insalubre, integra a remuneração para o cálculo de 13o salário, férias e FGTS. Embargos conhecidos em parte e desprovidos. (Ac. un. da SBDI-1 do TST - ERR 84.717/93.1-

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3a R. - Rel. Min. Francisco Fausto Paula de Medeiros - j. 28.04.1997 - DJU 1 06.06.1997, pág. 25.172)

- Antecipação - Dedução

A lei determina que o valor do 13o salário é igual ao valor do salário recebido pelo empregado no mês de dezembro. Havendo antecipação de parcela do 13o salário, ela é dedu-zida do valor a ser pago como mera antecipação, sem se cogitar de percentual antecipado. (Ac. un. do TRT-9a R. - 1a T. - RO 908/86 - Rel. Juiz Vicente Silva - DJ 10.09.1986)

Antecipação do 13o salário - Ao ser pago o 13o salário no mês de dezembro, deve o empregador descontar o adiantamento da gratificação feita ao empregado. Dessa forma, se o empre-gador paga ao obreiro antecipadamente a metade do salário deste entre os meses de fevereiro e novembro de cada ano, em dezembro, deve ao mesmo empregado apenas a outra metade, a qual deve ser efetuada com base na conversão da moeda na data do efetivo pagamento, levando em considera-ção os valores em número de URV’s e não o valor convertido. (Ac. un. da 4a T. do TST - RR 305.424/96.8-10a R. - Rel. Min. Galba Velloso - j. 14.04.1999 - DJU 1 14.05.1999, pág. 179)

Dedução da primeira parcela antecipada do 13o salário - Lei no 8.880/94. O pagamento da segunda parcela do 13o salário do ano de 1994 deve ser efetuado em conformidade com o dis-posto no art. 24 da Lei no 8.880/94, correspondendo à metade da remuneração mensal atribuída aos meses de janeiro e fevereiro de 1994, convertida para o equivalente em URVs do dia do pagamento a contar de 1o de março, ocasião em que os empregados tinham apenas expectativa de direito de serem contemplados com a segunda parcela da gratificação natalina sem atualização monetária em dezembro do mesmo ano. Recurso de Revista conhecido e provido. (Ac. un. da 5a T. do TST - RR 565.222/99.2-7a R. - Rel. Min. Armando de Brito - j. 22.09.1999 - DJU 1 15.10.1999, pág. 382)

- Nulidade

Gratificação natalina. Pagamento embutido no salário men-sal. Nulidade. A alegação da empresa de que o empregado foi avisado no início da contratualidade que a remuneração mensal trazia embutido o valor referente ao 13o salário, mesmo se confirmada pelo obreiro, não a isenta da condenação ao pagamento da gratificação natalina. Segundo o disposto no Enunciado no 91 do c. TST, ‘nula é a cláusula contratual que fixa determinada importância ou percentagem para atender englobadamente vários direitos legais ou contratuais do traba-lhador.’ (Ac. un. da 1a T. do TRT da 12a R. - RO 8.020/97 - Rel. Juiz Osvaldo Sousa Olinger - j. 05.05.1998 - DJ SC 20.05.1998, pág. 202)

- Trabalhador temporário - Direito

Trabalho temporário. Direito ao 13o salário. Os direitos do traba-lhador temporário, inseridos no artigo 12 da Lei 6.019/74, são exemplificativos e nunca Numerus Clausus. Daí que, em face da Lei 4.090/62 e do artigo 7o/Carta Política de 1988, é devida a gratificação natalina aos trabalhadores temporários, aditando-se que toda discriminação é odiosa e a própria Lei Maior a reprime no seu artigo 5o. A meu sentir, forte na Lei 4.090/62, antes mesmo da Constituição Federal, já era devida a gratificação natalina, pois na expressão ‘todo empregado’ se inclui, iniludivelmente, o tem-porário. (Ac. da 4a T. do TRT da 3a R. - mv, no mérito - RO 6.477/90 - Red. Juiz Dárcio Guimarães de Andrade - j. 07.05.1991 - “Minas Gerais” II 24.05.1991, pág. 109)

13o salário. Trabalhador temporário. A Constituição Federal de 1988, quando quis limitar os denominados direitos sociais, fez com enumeração expressa dos direitos assegurados, como no caso dos trabalhadores domésticos (art. 7o, parágrafo único). Pode-se extrair, em assim sendo, que o trabalhador temporário tem direito, também, ao 13o salário, não bastasse a amplitude do disposto no art. 12, ‘a’, da Lei no 6.019, de 03 de janeiro de 1974, interpretado à luz do contido nos arts. 457, § 1o, e 461,

da CLT. Recurso de revista desprovido. (Ac. un. da 3a T do TST - RR 33.109/91.0-3a R. - Rel. Min. Manoel Mendes de Freitas - j. 10.08.1992 - DJU 1 11.09.1992, pág. 14.832)

- Pagamento in natura - Critério

Gratificação natalina - Pagamento in natura - Em princípio o pagamento da gratificação natalina deve ser feito in pecunia, mas se o empregado recebê-la integralmente in natura pelo menos 30% do seu valor deve ser paga em dinheiro, a exemplo do que ocorre com o salário pela aplicação analógica do pará-grafo único do art. 82 da CLT. Não é possível a conversão total do valor in pecunia sem que em contrapartida o empregado devolva as mercadorias recebidas do empregador, sob pena de propiciarmos o enriquecimento sem causa do primeiro. (Ac. un. da 3a T. do TRT da 9a R. - RO 16.121/94 - Rel. Juíza Fátima T. L. Ledra Machado - j. 29.11.1995 - DJ PR 08.03.1996, pág. 358)

- Comissionista - Recomposição da média

Comissões - Média - Recomposição - A recomposição da média comissionada pelos índices inflacionários, para paga-mento de férias, 13o e rescisórias, é um imperativo de bom--senso, sob pena de irremediável prejuízo ao empregado comissionista. (Ac. un. da TRT da 9a R. - Pleno - ED I 0035/90 - Rel. Juiz Ricardo Sampaio - j. 17.12.1990 - DJ PR 1o.02.1991, pág. 234)

- Aposentados e pensionistas - CF/1988 - Base de cálculo - Autoaplicabilidade

Constitucional - Previdenciário - Valor mínimo do benefício - Fonte de custeio - CF, art. 195, § 5o - Aplicabilidade imediata da norma inscrita no art. 201, §§ 5o e 6o, da Carta Política - Pre-cedentes - Agravo Regimental improvido. - A jurisprudência de ambas as Turmas do Supremo Tribunal Federal firmou-se, de modo unânime e uniforme, no sentido da auto-aplicabilidade das normas inscritas no art. 201, §§ 5o e 6o, da Constituição da República. - A garantia jurídico-previdenciária outorgada pelo art. 201, §§ 5o e 6o, da Carta Federal deriva de norma provida de eficácia plena e revestida de aplicabilidade direta, imediata e integral. Esse preceito da Lei Fundamental qualifica-se como estrutura jurídica dotada de suficiente densidade normativa, a tornar prescindível qualquer mediação legislativa concreti-zadora do comando nele positivado. Essa norma constitucio-nal - por não reclamar a interpositio legislatoris - opera, em plenitude, no plano jurídico, todas as suas consequências e virtualidades eficaciais. - A exigência inscrita no art. 195, § 5o, da Carta Política traduz comando que tem, por destinatário exclusivo, o próprio legislador, no que se refere à criação, majoração ou extensão de outros benefícios ou serviços da seguridade social. A aplicabilidade do conteúdo normativo do art. 201, §§ 5o e 6o, da Constituição, por revelar-se plena, ime-diata e integral, não depende, por isso mesmo, da indicação de qualquer específica fonte de custeio. (Ac. un. da 1a T. do STF - AgRg em Ag 154.156-4 SP - Rel. Min. Celso de Mello - j. 03.08.1993 - DJU I 27.08.1993, pág. 17.026)

- Morte do empregado - Força maior - Verbas rescisórias

Rescisão contratual - Força maior: A rescisão contratual por morte do empregado não constitui justa causa, mas motivo de força maior, sendo devidos na hipótese, 13o salário proporcional e férias proporcionais acrescidas do 1/3 constitucional. (Ac. un. da 8a T. do TRT da 2a R. - RO 02930319148 - Rel. Juiz Sergio Prado de Mello - j. 13.03.1995 - DJ SP 23.03.1995, pág. 150)

- Substituição de empregado - Aviso-prévio, férias e gratifi-cação natalina - Não repercussão

Salário - substituição - O substituto tem direito ao salário do subs-tituído em férias, mas tal remuneração não reflete em aviso prévio ou férias ou 13o salário à falta de fundamento legal. (Ac. da 1a T. do TRT da 3a R. - mv, no mérito - RO 9.988/96 - Rel. Juiz Santiago Ballesteros Filho - j. 11.11.1996 - DJ MG 29.11.1996, pág. 07)

20 CT Manual de Procedimentos - Nov/2011 - Fascículo 45 - Boletim IOB

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Legislação Trabalhista e Previdenciária

16. MoDElos DE ForMulárIos

Seguem modelos de formulários que podem ser utilizados para fins de 13o salário.

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Nov/2011 - Fascículo 45 CT 21

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(Lei no 4.090/1962; Lei no 4.749/1965; Decreto no 57.155/1965; Decreto no 7.533/2011; Instrução Normativa INSS no 45/2010, art. 345; Circular Caixa no 462/2009, com as alterações introduzidas pela Circular Caixa no 500/2009; Instrução Normativa RFB no 971/2009, arts. 85, 86, 94 e 95)

N

a IOB SetorialNegócIOS ImOBIlIáRIOS

Corretor de imóveis - Estágio

1. IntroDução

O Conselho Federal de Corretores de Imó-veis (Cofeci), considerando a necessidade de complementação educacional e aperfeiçoamento dos conhecimentos de estudantes dos cursos de Técnico em Transações ou Serviços Imobiliários e superior de Ciências Imobiliárias ou Gestão de Negócios Imobiliários por meio da prática profis-sional, regulamentou por intermédio da Resolução nº 1.127/2009 o registro de estágio nos Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis (Creci), con-forme os itens a seguir.

2. EstáGIo

Os Creci promoverão o registro de estágio obrigatório e de estágio profissionalizante opcional de estudantes regularmente matriculados e com frequência efetiva nos cursos de técnico em Transa-ções ou Serviços Imobiliários e superior de Ciências Imobiliárias ou de Gestão de Negócios Imobiliários, homologados pelo Cofeci, desde que o concedente do estágio seja um corretor de imóveis, pessoa física ou jurídica, inscrito regularmente e sem débitos junto ao Creci, e se responsabilize pelos atos praticados pelo estudante no exercício do estágio.

2.1 Estágio obrigatório

Estágio obrigatório é aquele definido no projeto do curso de formação profissional, cuja carga horária

22 CT Manual de Procedimentos - Nov/2011 - Fascículo 45 - Boletim IOB

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é requisito para aprovação e obtenção do diploma, no qual o estudante apenas observa e acompanha a prática dos atos profissionais realizados pelo conce-dente do estágio.

2.2 Estágio opcional

Estágio profissionalizante opcional é aquele desenvolvido com o objetivo de aperfeiçoar os conhe-cimentos do estudante e de introduzi-lo no mercado de trabalho, no qual o estudante pode não apenas observar e acompanhar, como também colaborar no atendimento ao público e na prática de atos privativos da profissão, sempre sob a supervisão do concedente.

2.3 Duração

A duração do estágio, em qualquer dos casos, não poderá exceder 2 anos, exceto quando se tratar de estagiário portador de deficiência.

Em nenhuma circunstância o estágio poderá sub-sistir após a conclusão do curso ou se o estudante deixar de frequentá-lo.

2.4 registro - Validade

O registro de estágio no Creci tem validade limite de 1 ano, podendo ser revalidado por menor ou igual período, em função do tempo de duração do curso, mediante pagamento, pelo concedente do estágio, de nova taxa de registro.

O sócio-gerente ou diretor será denominado “res-ponsável técnico”.

2.5 Cédula de identidade de estagiário

O porte da cédula de identidade de estagiário é obrigatório ao estudante no exercício do estágio, para fins de apresentação ao fiscal do Creci, quando solicitada, sob pena de autuação:

a) por exercício ilegal da profissão, contra o estu-dante;

b) por acobertamento ao exercício profissional, contra o:b.1) concedente do estágio;b.2) responsável técnico do concedente, se

pessoa jurídica;b.3) supervisor do estágio, se houver.

Nota

A emissão de 2ª via, com esta designação, da cédula de identidade do estudante estagiário será possível mediante pagamento dos correspondentes emolumentos.

2.6 registro - Deferimento

O registro de estágio será deferido mediante requerimento firmado pelo concedente, dirigido ao pre-sidente do Creci, contendo as seguintes informações:

a) nome, número de inscrição no Creci e endere-ço do concedente do estágio e de seu respon-sável técnico, se pessoa jurídica;

b) nome, número de inscrição no Creci e endere-ço do supervisor do estágio, se houver;

c) local onde o estudante desenvolverá as ativi-dades do estágio;

d) qualificação completa do estudante estagiário.

O requerimento será instruído com os seguintes documentos:

a) certidão de regularidade expedida pelo Creci do concedente e do seu responsável técnico, se pessoa jurídica, e do supervisor do estágio, se houver;

b) prova de quitação da taxa de registro do es-tágio, paga pelo concedente, no valor corres-pondente a 30% do valor da anuidade da pes-soa física na data do pagamento;

c) prova de endereço ou declaração de próprio punho do estudante estagiário, sob as penas da lei;

d) declaração fornecida pela instituição de ensi-no de que o estudante se encontra matricula-do e frequentando regularmente o curso, com a data prevista para sua conclusão;

e) declaração de responsabilidade assinada pelo concedente e pelo supervisor do estágio, se houver, conforme modelo a ser instituído pela presidência do Cofeci por meio de instru-ção normativa.

Os documentos exigidos para arquivo poderão ser fotocópias dos originais, autenticadas pela secre-taria do Creci.

Competem exclusivamente à diretoria do conse-lho regional a análise e a aprovação do pedido de registro de estágio.

Deferido esse registro, o estudante receberá uma cédula de identidade de estagiário.

O número de registro do estágio é imutável e será concedido pela ordem cronológica de deferimento, precedido da letra “E” e de um traço separador; exemplo: E-123.

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Nov/2011 - Fascículo 45 CT 23

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2.7 Estudante - Proibições

Ao estudante estagiário fica proibido anunciar, intermediar interesses ou abrir escritório em seu pró-prio nome para realização de negócios imobiliários.

2.8 Concedente - Comunicação

O concedente do estágio deverá comunicar ao conselho regional:

a) no prazo de até 30 dias, qualquer alteração nos dados mencionados no subitem 2.6;

b) imediatamente, a interrupção do estágio ou da concessão, por qualquer que seja o motivo.

O não atendimento a essas determinações enseja autuação com fundamento no art. 20, inciso VIII, da Lei nº 6.530/1978.

2.9 obrigatoriedade de observância da lei do Estágio

O registro do estágio no Creci não desobriga o concedente do cumprimento das disposições conti-das na Lei nº 11.788/2008 (que dispõe sobre o estágio de estudantes), no que lhe for aplicável.

2.10 responsabilidade solidária

O concedente do estágio, assim como seu res-ponsável técnico, se pessoa jurídica, e o supervisor do estágio, se houver, respondem solidariamente, nos termos da lei e do Código de Ética dos corretores de imóveis, por qualquer infração praticada pelo estu-dante estagiário, no exercício do estágio.

O concedente, se pessoa física, é naturalmente o supervisor do estágio, mas nada o impede de nomear supervisores para seus estudantes estagiários.

Cada supervisor de estágio poderá responsabili-zar-se pela orientação de até 10 estudantes.

O supervisor poderá ser substituído a qualquer momento, desde que o substituto atenda às exigên-cias legais.

2.11 registro - Cancelamento

O registro do estágio poderá ser cancelado a requerimento do concedente ou ex officio pelo presi-dente do conselho regional:

a) na ocorrência de impedimento do concedente para o exercício profissional;

b) no término do prazo de duração do estágio.

2.12 Impedimento ao registro

A manutenção de estagiários em desconformi-dade com o mencionado no item 2 e em seus subitens ou com a Lei nº 11.788/2008 implica impedimento de registro de estágio, pelo concedente, pelo prazo de 3 anos contados da constatação do fato.

2.13 relação de estagiários

Os concedentes de estágio, pessoas físicas ou jurí-dicas, fornecerão ao Creci, quando solicitado, a relação dos estagiários sob sua supervisão e responsabilidade.

(Resolução Cofeci nº 1.127/2009)N

Décimo terceiro salário - Pagamento parcelado

1) O 13o salário pode ser pago em mais de duas parcelas durante o ano?

O 13o salário deve ser pago em duas parcelas, sendo o pagamento da 1a efetuado entre os meses de fevereiro e novembro de cada ano, a título de adiantamento.

Esse pagamento será efetuado no ensejo das férias do empregado, sempre que este o requerer no mês de janeiro do correspondente ano, desde que as férias sejam gozadas entre os meses de fevereiro e novembro.

A 2a parcela do 13o salário será paga até o dia 20 de dezembro de cada ano. Inexiste a previsibilidade

a IOB Perguntas e Respostas

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legal de o 13o salário ser pago em mais de duas par-celas; entretanto, nada obsta que o empregador, em caso de reajuste salarial ocorrido após o pagamento da 1a parcela, por exemplo, efetue a complementa-ção do valor correspondente até o dia 30.11, posto que o complemento em questão não caracteriza o pagamento de mais uma parcela, e sim mera comple-mentação da 1a.

Observe-se que os empregados que recebem salário variável (comissionistas, por exemplo) fazem jus à diferença apurada, se for o caso, relativa ao mês integral de dezembro, a qual será paga em janeiro do ano seguinte, a título de complementação legal do 13o salário. Tal diferença também não é caracterizada como mais uma parcela de 13o salário, mas, sim, como uma complementação.

(Lei no 4.749/1965, arts. 1o e 2o; Decreto no 57.155/1965, art. 2o)

Décimo terceiro salário - Primeira parcela - Contribuição previdenciária

2) O valor relativo à 1ª parcela do 13º salário está sujeito a incidência de contribuição previdenciária?

Não. Embora o 13º salário seja considerado como salário-de-contribuição, não haverá incidência de contribuição previdenciária sobre o valor relativo à 1ª parcela. Referida contribuição será devida quando do pagamento ou do crédito da última (2ª) parcela, ou na rescisão do contrato de trabalho.

(Lei nº 8.212/1991, art. 28, § 7º; Regulamento da Previdên-cia Social, aprovado pelo Decreto nº 3.048/1999, art. 214, § 6º)

Décimo terceiro salário - Parcelas salariais variáveis - Cálculo

3) Qual é o critério para apuração de médias no cálculo de 13º salário caso o empregado tenha mais de 1 ano de registro e receba salário ou parcelas sala-riais variáveis?

Para os empregados que recebam salários ou partes salariais variáveis (comissionistas, tarefeiros, pecistas etc.), caberá ao empregador realizar a média salarial do ano civil para obter o valor da remuneração devida para fins de 13º salário.

Dessa forma, para o pagamento da 1ª parcela, o empregador deve somar todas as partes variáveis de janeiro até outubro e dividir o resultado por 10. Sobre o valor encontrado, deve pagar a metade (50%) até o dia 30 de novembro.

Para a 2ª parcela, se a empresa ainda não tiver como apurar a parte variável do mês de dezembro, deve somar todos os meses novamente de janeiro até novembro e dividir o resultado por 11. Desse valor, deve descontar o que já foi pago em novembro, pagando o restante até o dia 20 de dezembro.

Para o acerto final do 13º a quem tenha salário va-riável, é necessário refazer, mais uma vez, as contas a fim de incluir o mês de dezembro.

Assim, soma-se o salário de janeiro a dezembro e divide-se o resultado por 12. Do valor encontrado desconta-se o que já foi pago ao empregado e paga-se somente a diferença ou, ainda, desconta--se a diferença, caso o empregador tenha quitado valores superiores na 1ª e na 2ª parcelas em com-paração a esse último cálculo (janeiro a dezembro), já que o valor obtido do recálculo final é o realmente devido.

Tal diferença pode ser paga ou descontada até o dia 10 de janeiro (art. 2º do Decreto 57.155/1965). Observe-se que, nos termos do art. 459, § 1º, da CLT, o pagamento do salário mensal deve ser efetuado, o mais tardar, até o 5º dia útil do mês subsequente ao vencido.

Assim, há quem entenda que o pagamento da diferença do 13º salário deve ser realizado até o 5º dia útil e não até 10 de janeiro do ano seguinte.

Por meio de acordo individual ou coletivo, con-venção coletiva ou sentença normativa, é possível estabelecer quantidade de meses menor para apura-ção de salário variável no cálculo do 13º salário. Neste caso, deverá ser garantido ao empregado, sempre, o que lhe for mais favorável.

Décimo terceiro salário - Faltas injustificadas - Cômputo

4) As faltas injustificadas do empregado ao traba-lho acarretam algum prejuízo no cálculo do seu 13º salário?

A gratificação natalina (13º salário), devida a todos os empregados urbanos, rurais e domésticos, corresponde a 1/12 da remuneração devida em dezembro, por mês de serviço do ano correspon-dente, considerando-se mês integral a fração igual ou superior a 15 dias trabalhados no mês civil.

Para efeito de cálculo e pagamento do seu valor, apuram-se as faltas injustificadas mês a mês, com

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a finalidade de verificar se o empregado trabalhou durante, pelo menos, 15 dias, do início ao fim de cada período (mês civil).

Assim, para cada mês, restando um saldo de, no mínimo, 15 dias trabalhados após o desconto das faltas injustificadas nos respectivos meses, assegura--se ao empregado o recebimento de 1/12 de seu 13º salário.

As faltas legais e justificadas ao serviço não são computadas para esse fim. Observe-se que, para

esse efeito, somente podem ser consideradas faltas injustificadas aquelas de período integral, não sendo possível, portanto, computar os atrasos e as saídas antecipadas.

Da mesma forma, não podem ser considerados os descontos efetuados a título de repousos semanais em virtude de faltas injustificadas.

(Leis nºs 605/1949, 4.090/1962 e 4.749/1965; Decretos nºs 27.048/1949 e 57.155/1965)

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Informativo Eletrônico IOB

Informativo - Nov/2011 - No 45 CT 1

IOB Atualiza

AtuAlizAção MensAl

Instruções e exemplos de recolhimento no vencimento e em atraso das contribuições previdenciárias em novembro/20111. TABELA PRÁTICA DE ACRÉSCIMOS LEGAIS (*)

“Tabela Prática a ser aplicada nas contribuições em atraso - vigência: 11/2011

Compet Coefic. Ufir Juros%jan/1980 0,00194635 768,13fev/1980 0,00194635 767,13mar/1980 0,00177425 766,13abr/1980 0,00177425 765,13

maio/1980 0,00177425 764,13jun/1980 0,00177425 763,13jul/1980 0,00177425 762,13

ago/1980 0,00177425 761,13set/1980 0,00177425 760,13out/1980 0,00177425 759,13nov/1980 0,00177425 758,13dez/1980 0,00168975 757,13jan/1981 0,00158663 756,13fev/1981 0,00149259 755,13mar/1981 0,00140811 754,13abr/1981 0,00132840 753,13

maio/1981 0,00125321 752,13jun/1981 0,00118228 751,13jul/1981 0,00111747 750,13

ago/1981 0,00105720 749,13set/1981 0,00100019 748,13out/1981 0,00094805 747,13nov/1981 0,00090118 746,13dez/1981 0,00085827 745,13jan/1982 0,00081740 744,13fev/1982 0,00077848 743,13mar/1982 0,00073789 742,13abr/1982 0,00069943 741,13

maio/1982 0,00066296 740,13jun/1982 0,00062544 739,13jul/1982 0,00058452 738,13

ago/1982 0,00054628 737,13set/1982 0,00051054 736,13out/1982 0,00047938 735,13nov/1982 0,00045013 734,13dez/1982 0,00042465 733,13jan/1983 0,00039798 732,13fev/1983 0,00036512 731,13mar/1983 0,00033497 730,13abr/1983 0,00031016 729,13

maio/1983 0,00028772 728,13jun/1983 0,00026396 727,13jul/1983 0,00024328 726,13

ago/1983 0,00022218 725,13set/1983 0,00020253 724,13out/1983 0,00018684 723,13nov/1983 0,00017364 722,13dez/1983 0,00015814 721,13jan/1984 0,00014082 720,13fev/1984 0,00012802 719,13mar/1984 0,00011756 718,13abr/1984 0,00010795 717,13

maio/1984 0,00009885 716,13jun/1984 0,00008962 715,13jul/1984 0,00008103 714,13

ago/1984 0,00007334 713,13

Compet Coefic. Ufir Juros%set/1984 0,00006513 712,13out/1984 0,00005926 711,13nov/1984 0,00005363 710,13dez/1984 0,00004763 709,13jan/1985 0,00004322 708,13fev/1985 0,00003835 707,13mar/1985 0,00003429 706,13abr/1985 0,00003117 705,13

maio/1985 0,00002855 704,13jun/1985 0,00002653 703,13jul/1985 0,00002452 702,13

ago/1985 0,00002247 701,13set/1985 0,00002062 700,13out/1985 0,00001856 699,13nov/1985 0,00001637 698,13dez/1985 0,00001408 697,13jan/1986 0,00001231 696,13fev/1986 0,00001233 695,13mar/1986 0,01223316 694,13abr/1986 0,01206421 693,13

maio/1986 0,01191284 692,13jun/1986 0,01177263 691,13jul/1986 0,01157811 690,13

ago/1986 0,01138196 689,13set/1986 0,01117046 688,13out/1986 0,01081460 687,13nov/1986 0,01008153 686,13dez/1986 0,00863059 685,13jan/1987 0,00721490 684,13fev/1987 0,00630045 683,13mar/1987 0,00520873 682,13abr/1987 0,00421959 681,13

maio/1987 0,00357530 680,13jun/1987 0,00346950 679,13jul/1987 0,00326203 678,13

ago/1987 0,00308669 677,13set/1987 0,00282715 676,13out/1987 0,00250546 675,13nov/1987 0,00219509 674,13dez/1987 0,00188403 673,13jan/1988 0,00159719 672,13fev/1988 0,00137677 671,13mar/1988 0,00115424 670,13abr/1988 0,00098002 669,13

maio/1988 0,00081990 668,13jun/1988 0,00066103 667,13jul/1988 0,00054787 666,13

ago/1988 0,00044182 665,13set/1988 0,00034723 664,13out/1988 0,00027359 663,13nov/1988 0,00021233 662,13dez/1988 0,00021233 661,13jan/1989 0,21232724 660,13fev/1989 0,20498241 659,13mar/1989 0,19318896 658,13abr/1989 0,18004271 657,13

Compet Coefic. Ufir Juros%maio/1989 0,16376126 656,13jun/1989 0,13118799 655,13jul/1989 0,10187871 654,13

ago/1989 0,07877165 653,13set/1989 0,05466369 652,13out/1989 0,03951094 651,13nov/1989 0,02726627 650,13dez/1989 0,01797005 649,13jan/1990 0,01084363 648,13fev/1990 0,00635213 647,13mar/1990 0,00509111 646,13abr/1990 0,00509111 645,13

maio/1990 0,00483117 644,13jun/1990 0,00440760 643,13jul/1990 0,00397833 642,13

ago/1990 0,00359780 641,13set/1990 0,00318812 640,13out/1990 0,00280374 639,13nov/1990 0,00240361 638,13dez/1990 0,00201337 637,13jan/1991 0,00167487 631,17fev/1991 0,00167487 599,00mar/1991 0,00167487 568,97abr/1991 0,00167487 539,45

maio/1991 0,00167487 511,03jun/1991 0,00167487 483,61jul/1991 0,00167487 456,69

ago/1991 0,00167487 428,33set/1991 0,00167487 396,96out/1991 0,00167487 361,75nov/1991 0,00167487 322,80dez/1991 0,00167487 301,61jan/1992 0,00133349 300,61fev/1992 0,00105748 299,61mar/1992 0,00086658 298,61abr/1992 0,00072318 297,61

maio/1992 0,00058581 296,61jun/1992 0,00047522 295,61jul/1992 0,00039271 294,61

ago/1992 0,00031892 293,61set/1992 0,00025859 292,61out/1992 0,00020608 291,61nov/1992 0,00016660 290,61dez/1992 0,00013491 289,61jan/1993 0,00010420 288,61fev/1993 0,00008223 287,61mar/1993 0,00006528 286,61abr/1993 0,00005126 285,61

maio/1993 0,00003980 284,61jun/1993 0,00003053 283,61jul/1993 0,02336995 282,61

ago/1993 0,01770538 281,61set/1993 0,01317523 280,61out/1993 0,00974754 279,61nov/1993 0,00727961 278,61dez/1993 0,00532566 277,61

(continua)

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Informativo Eletrônico IOB

2 CT Informativo - Nov/2011 - No 45

Compet Coefic. Ufir Juros%jan/1994 0,00382673 276,61fev/1994 0,00273928 275,61mar/1994 0,00190716 274,61abr/1994 0,00135020 273,61

maio/1994 0,00093628 272,61jun/1994 0,00064727 271,61jul/1994 1,69176112 270,61

ago/1994 1,61108426 269,61set/1994 1,58528852 268,61out/1994 1,55569384 267,61nov/1994 1,51103052 266,61dez/1994 1,47775972 265,61jan/1995 - 302,16fev/1995 - 299,56mar/1995 - 295,30abr/1995 - 291,05

maio/1995 - 287,01jun/1995 - 282,99jul/1995 - 279,15

ago/1995 - 275,83set/1995 - 272,74out/1995 - 269,86nov/1995 - 267,08dez/1995 - 264,50jan/1996 - 262,15fev/1996 - 259,93mar/1996 - 257,86abr/1996 - 255,85

maio/1996 - 253,87jun/1996 - 251,94jul/1996 - 249,97

ago/1996 - 248,07set/1996 - 246,21out/1996 - 244,41nov/1996 - 242,61dez/1996 - 240,88jan/1997 - 239,21fev/1997 - 237,57mar/1997 - 235,91abr/1997 - 234,33

maio/1997 - 232,72jun/1997 - 231,12jul/1997 - 229,53

ago/1997 - 227,94set/1997 - 226,27out/1997 - 223,23nov/1997 - 220,26dez/1997 - 217,59jan/1998 - 215,46fev/1998 - 213,26mar/1998 - 211,55abr/1998 - 209,92

maio/1998 - 208,32jun/1998 - 206,62jul/1998 - 205,14

ago/1998 - 202,65set/1998 - 199,71out/1998 - 197,08nov/1998 - 194,68dez/1998 - 192,50jan/1999 - 190,12fev/1999 - 186,79mar/1999 - 184,44abr/1999 - 182,42

maio/1999 - 180,75jun/1999 - 179,09jul/1999 - 177,52

ago/1999 - 176,03ser/1999 - 174,65out/1999 - 173,26nov/1999 - 171,66dez/1999 - 170,20

Compet Coefic. Ufir Juros%jan/2000 - 168,75fev/2000 - 167,30mar/2000 - 166,00abr/2000 - 164,51

maio/2000 - 163,12jun/2000 - 161,81jul/2000 - 160,40

ago/2000 - 159,18set/2000 - 157,89out/2000 - 156,67nov/2000 - 155,47dez/2000 - 154,20jan/2001 - 153,18fev/2001 - 151,92mar/2001 - 150,73abr/2001 - 149,39

maio/2001 - 148,12jun/2001 - 146,62jul/2001 - 145,02

ago/2001 - 143,70set/2001 - 142,17out/2001 - 140,78nov/2001 - 139,39dez/2001 - 137,86jan/2002 - 136,61fev/2002 - 135,24mar/2002 - 133,76abr/2002 - 132,35

maio/2002 - 131,02jun/2002 - 129,48jul/2002 - 128,04

ago/2002 - 126,66set/2002 - 125,01out/2002 - 123,47nov/2002 - 121,73dez/2002 - 119,76jan/2003 - 117,93fev/2003 - 116,15mar/2003 - 114,28abr/2003 - 112,31

maio/2003 - 110,45jun/2003 - 108,37jul/2003 - 106,60

ago/2003 - 104,92set/2003 - 103,28out/2003 - 101,94nov/2003 - 100,57dez/2003 - 99,30jan/2004 - 98,22fev/2004 - 96,84mar/2004 - 95,66abr/2004 - 94,43

maio/2004 - 93,20jun/2004 - 91,91jul/2004 - 90,62

ago/2004 - 89,37set/2004 - 88,16out/2004 - 86,91nov/2004 - 85,43dez/2004 - 84,05jan/2005 - 82,83fev/2005 - 81,30mar/2005 - 79,89abr/2005 - 78,39

maio/2005 - 76,80jun/2005 - 75,29jul/2005 - 73,63

ago/2005 - 72,13set/2005 - 70,72out/2005 - 69,34nov/2005 - 67,87dez/2005 - 66,44

Compet Coefic. Ufir Juros%jan/2006 - 65,29fev/2006 - 63,87mar/2006 - 62,79abr/2006 - 61,51

maio/2006 - 60,33jun/2006 - 59,16jul/2006 - 57,90

ago/2006 - 56,84set/2006 - 55,75out/2006 - 54,73nov/2006 - 53,73dez/2006 - 52,65jan/2007 - 51,65fev/2007 - 50,60mar/2007 - 49,60abr/2007 - 48,57

maio/2007 - 47,57jun/2007 - 46,57jul/2007 - 45,57

ago/2007 - 44,57set/2007 - 43,64out/2007 - 42,80nov/2007 - 41,96dez/2007 - 41,03jan/2008 - 40,23fev/2008 - 39,39mar/2008 - 38,49abr/2008 - 37,61

maio/2008 - 36,65jun/2008 - 35,58jul/2008 - 34,56

ago/2008 - 33,46set/2008 - 32,28out/2008 - 31,26nov/2008 - 30,14dez/2008 - 28,09jan/2009 - 27,23fev/2009 - 26,26mar/2009 - 25,42abr/2009 - 24,65

maio/2009 - 23,89jun/2009 - 23,10jul/2009 - 22,41

ago/2009 - 21,72set/2009 - 21,03out/2009 - 20,37nov/2009 - 19,64dez/2009 - 18,98jan/2010 - 18,39fev/2010 - 17,63mar/2010 - 16,96abr/2010 - 16,21

maio/2010 - 15,42jun/2010 - 14,56jul/2010 - 13,67

ago/2010 - 12,82set/2010 - 12,01out/2010 - 11,20nov/2010 - 10,27dez/2010 - 9,41jan/2011 - 8,57fev/2011 - 7,65mar/2011 - 6,81abr/2011 - 5,82

maio/2011 - 4,86jun/2011 - 3,89jul/2011 - 2,82

ago/2011 - 1,88set/2011 - 1,00out/2011 - 0,00nov/2011 - 0,00

Importante

(*) Nos termos do § 3o do art. 29 da Lei no 10.522/2002, está extinta a Unidade Fiscal de Referência (Ufir), insti-tuída pelo art. 1o da Lei no 8.383/1991.

No que concerne às implicações da extinção da Ufir na legislação previdenciária, como é o caso do

emprego da “Tabela Prática a ser aplicada nas con-tribuições em atraso”, cujo encargo de atualização monetária para as competências anteriores a 01/1995 está expresso em “Coef. Ufir”, informamos que a Receita Federal do Brasil (RFB) disciplinou os critérios de recolhimento em atraso nos arts. 399 a 404 da Instrução Normativa RFB no 971/2009.

(continuação)

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Informativo Eletrônico IOB

Informativo - Nov/2011 - No 45 CT 3

Observar que existem instruções da RFB de que a conversão em Reais (R$) da Ufir é feita, desde 04/2001, pelo valor desta vigente em 1o.01.1997, ou seja, por R$ 0,9108 (Lei no 10.522/2002, art. 29). Contudo, vale lembrar que, por meio da Lei no 10.192/2001, em seu art. 6o, parágrafo único, ficou estabelecido que a reconversão para Real dos valores expressos em Ufir, extinta em 27.10.2000, será efetuada com base no valor dessa unidade fixado para o exercício de 2000, ou seja, R$ 1,0641 (Portaria MF no 488/1999).

Portanto, antes da efetiva utilização da citada tabela de encargos legais da RFB, para fins de reco-lhimento em atraso das contribuições previdenciárias, convém como medida preventiva que o interessado consulte o órgão local de arrecadação previdenciária da Secretaria da Receita Federal do Brasil, principal-mente quando o recolhimento se referir às competên-cias até 12/1994, inclusive.

Alertamos, ainda, para o fato de que a tabela de acréscimos legais anteriormente transcrita foi obtida mediante consulta realizada às 12h19 do dia1o.11.2011 no site da Previdência Social, www.mps.gov.br, especi-ficamente no endereço http://www2.dataprev.gov.br/pls/sal/pr_sal2_emite_planilha. Portanto, antes da efetiva utilização da tabela que transcrevemos neste texto, recomendamos que os percentuais de encargos legais sejam confirmados na tabela inserida no referido site e, na dúvida, o interessado entre em contato com a RFB.

1.1 MultaReproduzimos adiante o “Texto Explicativo sobre

Aplicação de Multas”, o qual foi obtido mediante consulta realizada às 12h23 do dia 1o.11.2011 no site da Previdência Social, www.mps.gov.br, especifica-mente no endereço http://www.mpas.gov.br/arquivos/office/3_081217-141534-150.pdf. Portanto, antes da efetiva utilização do mencionado texto explicativo que transcrevemos a seguir, recomendamos que os per-centuais de multa sejam confirmados no referido site e, na dúvida, o interessado entre em contato com a RFB.

“MINISTÉRIO DA FAZENDASecretaria da Receita Federal do Brasil

Texto Explicativo sobre Aplicação de Multas

O recolhimento em atraso das contribuições previdenciá-rias urbanas e rurais acarreta multa de mora variável, cor-respondente àquela estabelecida pela legislação vigente à época de ocorrência do fato gerador da contribuição, aplicável sobre o valor atualizado monetariamente, quando for o caso (a atualização monetária foi extinta a partir de janeiro de 1995), até a data do efetivo recolhimento.

Contribuições Urbanas

Multas vigentes por competência:1) Competências até agosto de 1989 (Decreto no 90.817, de 1985).

I - 50% (cinqüenta por cento) em todos os casos.

2) Competências de setembro de 1989 até julho de 1991 (Lei no 7.787, de 1989).

I - 10% (dez por cento), se o devedor recolher ou depositar o valor de uma só vez, espontaneamente, antes da notifi-cação de débito;

II - 20% (vinte por cento), se o recolhimento for efetuado dentro do prazo de 15 (quinze) dias, contados da data da notificação de débito, ou se, no mesmo prazo, for feito depósito à disposição da Previdência Social, para apresen-tação de defesa;

III - 30% (trinta por cento), se houver acordo para parce-lamento;

IV - 60% (sessenta por cento) nos demais casos.

3) Competências de agosto a novembro de 1991 (Lei no 8.218, de 1991).

I - 40% (quarenta por cento).

4) Competências de dezembro de 1991 até março de 1997 (Leis no 8.383, de 1991 e 8.620, de 1993).

I - 10% (dez por cento) sobre os valores das contribuições em atraso que até a data do pagamento não tenham sido incluí das em notificação de débito;

II - 20% (vinte por cento) sobre os valores pagos dentro do prazo de 15 (quinze) dias, contados da data do recebi-mento da correspondente notificação de débito;

III - 30% (trinta por cento) sobre os valores pagos me-diante parcelamento, desde que requerido no prazo de 15 (quinze) dias, contados da data do recebimento da corres-pondente notificação de débito;

IV - 30% (trinta por cento) sobre os valores não incluídos em notificação de débito e que sejam objeto de parcelamento.

V - 60% (sessenta por cento) sobre os valores pagos em quaisquer outros casos, inclusive por falta de cumprimento de acordo para parcelamento e reparcelamento.

4.1) É facultada a realização de depósito, à disposição da Seguridade Social, sujeito ao mesmo percentual do item II, desde que dentro do prazo legal para apresentação de defesa.

5) Competências de abril de 1997 até outubro de 1999.

I) para pagamento após o vencimento de obrigação não incluída em notificação fiscal de lançamento:

a) 4% (quatro por cento) dentro do mês de vencimento da obrigação;

b) 7% (sete por cento) no mês seguinte;

c) 10% (dez por cento) a partir do segundo mês seguinte ao do vencimento da obrigação;

II) para pagamento de débitos incluídos em notificação fiscal de lançamento:

a) 12% (doze por cento) se o pagamento for realizado em até quinze dias do recebimento da notificação;

b) 15% (quinze por cento) após o 15o dia do recebimento da notificação;

c) 20% (vinte por cento), após apresentação de recurso desde que antecedido de defesa, sendo ambos tempesti-vos, até quinze dias da ciência da decisão do Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS);

d) 25% (vinte e cinco por cento) se o pagamento for reali-zado após o 15o dia da ciência da decisão do Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS), enquanto não o débito não for inscrito em Dívida Ativa;

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Informativo Eletrônico IOB

4 CT Informativo - Nov/2011 - No 45

III) para pagamento de débito inscrito em Dívida Ativa:

a) 30% (trinta por cento) quando não tenha sido objeto de parcelamento;

b) 35% (trinta e cinco por cento) se houve parcelamento;

c) 40% (quarenta por cento) após o ajuizamento da exe-cução fiscal, mesmo que o devedor ainda não tenha sido citado, se o débito não foi objeto de parcelamento;

d) 50% (cinqüenta por cento) após o ajuizamento da exe-cução fiscal, mesmo que o devedor ainda não tenha sido citado, se o débito foi objeto de parcelamento.

6) A partir da competência novembro de 1999 (Lei no 9.876, de 1999).

I - Contribuição devida, declarada na GFIP, aplicar o pre-visto no item 05.

II - Contribuição devida, não declarada na GFIP, aplicar o previsto no item 05, em dobro.

ATENÇÃO

7) A partir da competência dezembro de 2008 (Medida Pro-visória n. 449 de 03 de dezembro de 2008)

I - Os débitos para com a União serão acrescidos de multa de mora, calculada à taxa de trinta e três centésimos por cento, por dia de atraso.

a) A multa de que trata este artigo será calculada a partir do primeiro dia subseqüente ao do vencimento do prazo previsto para o pagamento do tributo ou da contribuição até o dia em que ocorrer o seu pagamento.

b) O percentual de multa a ser aplicado fica limitado a vinte por cento.

Produto Rural

8) Até a competência julho de 1991, aplicar multa de 10% (dez por cento), por semestre ou fração, sobre as contribui-ções dos produtos rurais.

9) A partir da competência agosto de 1991, aplicar multa de acordo com procedimento da contribuição urbana.

Observações:

1) Com a utilização do Coeficiente UFIR, constante da Tabela Prática de Acréscimos Legais, a multa a ser apli-cada respeita o critério de regência.

2) Não utilizar esta tabela para calcular contribuições em atraso de Segurados Empresário, Autônomo e Equiparado e Empregador Rural, para fatos geradores ocorridos até a competência Abril de1995.

3) Fato Gerador ocorrido até outubro de 1999 com paga-mento a partir de 29/11/99, aplicar a multa mais favorável ao contribuinte.”

Importante

(1) Não obstante a transcrição anterior do “Texto Explicativo sobre Aplicação de Multas” tal qual foi publicado pela RFB, informamos que atualmente a Medida Provisória no 449/2008 mencionada no item 7 do citado texto explicativo foi convertida com altera-ções na Lei no 11.941/2009.

Tendo em vista que a referida Lei revoga os inci-sos I, II e III que existiam no caput do art. 35 e os §§ 1o a 4o do mesmo artigo, da Lei no 8.212/1991, solici-

tamos que o contribuinte confirme antecipadamente, na RFB, a aplicação dos citados percentuais de multa ora estampados.

O art. 35 da Lei no 8.212/1991 continha a seguinte redação antes da edição da MP no 449/2008:

“Art. 35 - Sobre as contribuições sociais em atraso, arreca-dadas pelo INSS, incidirá multa de mora, que não poderá ser relevada, nos seguintes termos:

I - para pagamento, após o vencimento de obrigação não incluída em notificação fiscal de lançamento:

a) oito por cento, dentro do mês de vencimento da obri-gação;

b) quatorze por cento, no mês seguinte;

c) vinte por cento, a partir do segundo mês seguinte ao do vencimento da obrigação;

II - para pagamento de créditos incluídos em notificação fiscal de lançamento:

a) vinte e quatro por cento, em até quinze dias do recebi-mento da notificação;

b) trinta por cento, após o décimo quinto dia do recebi-mento da notificação;

c) quarenta por cento, após apresentação de recurso desde que antecedido de defesa, sendo ambos tempesti-vos, até quinze dias da ciência da decisão do Conselho de Recursos da Previdência Social - CRPS;

d) cinqüenta por cento, após o décimo quinto dia da ciên-cia da decisão do Conselho de Recursos da Previdência Social - CRPS, enquanto não inscrito em Dívida Ativa;

III - para pagamento do crédito inscrito em Dívida Ativa:

a) sessenta por cento, quando não tenha sido objeto de parcelamento;

b) setenta por cento, se houve parcelamento;

c) oitenta por cento, após o ajuizamento da execução fis-cal, mesmo que o devedor ainda não tenha sido citado, se o crédito não foi objeto de parcelamento;

d) cem por cento, após o ajuizamento da execução fiscal, mesmo que o devedor ainda não tenha sido citado, se o crédito foi objeto de parcelamento.

§ 1o - Na hipótese de parcelamento ou reparcelamento, incidirá um acréscimo de vinte por cento sobre a multa de mora a que se refere o caput e seus incisos.

§ 2o - Se houver pagamento antecipado à vista, no todo ou em parte, do saldo devedor, o acréscimo previsto no pará-grafo anterior não incidirá sobre a multa correspondente à parte do pagamento que se efetuar.

§ 3o - O valor do pagamento parcial, antecipado, do saldo devedor de parcelamento ou do reparcelamento somente poderá ser utilizado para quitação de parcelas na ordem inversa do vencimento, sem prejuízo da que for devida no mês de competência em curso e sobre a qual incidirá sempre o acréscimo a que se refere o § 1o deste artigo.

§ 4o - Na hipótese de as contribuições terem sido decla-radas no documento a que se refere o inciso IV do art. 32, ou quando se tratar de empregador doméstico ou de empresa ou segurado dispensados de apresentar o citado documento, a multa de mora a que se refere o caput e seus incisos será reduzida em cinqüenta por cento.”

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Informativo - Nov/2011 - No 45 CT 5

A contar da Lei no 11.941/2009, o citado art. 35 da Lei no 8.212/1991 tem a seguinte redação atualizada:

“Art. 35 - Os débitos com a União decorrentes das contribuições sociais previstas nas alíneas a, b e c do parágrafo único do art. 11 desta Lei, das contribuições instituídas a título de substituição e das contribuições devidas a terceiros, assim entendidas outras entidades e fundos, não pagos nos prazos previstos em legis-lação, serão acrescidos de multa de mora e juros de mora, nos termos do art. 61 da Lei no 9.430, de 27 de dezembro de 1996.

I - (revogado):

a) (revogada);

b) (revogada);

c) (revogada);

II - (revogado):

a) (revogada);

b) (revogada);

c) (revogada);

d) (revogada);

III - (revogado):

a) (revogada);

b) (revogada);

c) (revogada);

d) (revogada).

§ 1o (Revogado)

§ 2o (Revogado)

§ 3o (Revogado)

§ 4o (Revogado).”

O art. 61 da Lei no 9.430/1996, mencionado no caput do art. 35 anteriormente citado, estabelece:

“Art. 61 - Os débitos para com a União, decorrentes de tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal, cujos fatos geradores ocorrerem a partir de 1o de janeiro de 1997, não pagos nos prazos previs-tos na legislação específica, serão acrescidos de multa de mora, calculada à taxa de trinta e três centésimos por cento, por dia de atraso.

§ 1o - A multa de que trata este artigo será calculada a par-tir do primeiro dia subseqüente ao do vencimento do prazo previsto para o pagamento do tributo ou da contribuição até o dia em que ocorrer o seu pagamento.

§ 2o - O percentual de multa a ser aplicado fica limitado a vinte por cento.

§ 3o - Sobre os débitos a que se refere este artigo incidirão juros de mora calculados à taxa a que se refere o § 3o do art. 5o, a partir do primeiro dia do mês subseqüente ao vencimento do prazo até o mês anterior ao do pagamento e de um por cento no mês de pagamento.”

O § 3o do art. 5o da Lei no 9.430/1996, citado no § 3o anteriormente descrito, dispõe:

“Art. 5o - ...............................................................................

..............................................................................................

§ 3o - As quotas do imposto serão acrescidas de juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia - SELIC, para títulos federais, acu-

mulada mensalmente, calculados a partir do primeiro dia do segundo mês subseqüente ao do encerramento do período de apuração até o último dia do mês anterior ao do pagamento e de um por cento no mês do pagamento.

............................................................................................”

Cumpre notar, ainda, que a Lei no 11.941/2009 acresceu o art. 35-A à Lei no 8.212/1991, com a seguinte redação:

“Art. 35-A - Nos casos de lançamento de ofício relativos às contribuições referidas no art. 35 desta Lei, aplica-se o dis-posto no art. 44 da Lei no 9.430, de 27 de dezembro de 1996.”

O art. 44 da Lei no 9.430/1996, anteriormente citado, estabelece:

“Art. 44 - Nos casos de lançamento de ofício, serão aplica-das as seguintes multas:

I - de 75% (setenta e cinco por cento) sobre a totalidade ou diferença de imposto ou contribuição nos casos de falta de pagamento ou recolhimento, de falta de declaração e nos de declaração inexata;

II - de 50% (cinqüenta por cento), exigida isoladamente, sobre o valor do pagamento mensal:

a) na forma do art. 8o da Lei no 7.713, de 22 de dezembro de 1988, que deixar de ser efetuado, ainda que não tenha sido apurado imposto a pagar na declaração de ajuste, no caso de pessoa física;

b) na forma do art. 2o desta Lei, que deixar de ser efetuado, ainda que tenha sido apurado prejuízo fiscal ou base de cálculo negativa para a contribuição social sobre o lucro líquido, no ano-calendário correspondente, no caso de pessoa jurídica.

§ 1o - O percentual de multa de que trata o inciso I do caput deste artigo será duplicado nos casos previstos nos arts. 71, 72 e 73 da Lei no 4.502, de 30 de novembro de 1964, independentemente de outras penalidades administrativas ou criminais cabíveis.

I - (revogado);

II - (revogado);

III - (revogado);

IV - (revogado);

V - (revogado).

§ 2o - Os percentuais de multa a que se referem o inciso I do caput e o § 1o deste artigo serão aumentados de metade, nos casos de não atendimento pelo sujeito passivo, no prazo marcado, de intimação para:

I - prestar esclarecimentos;

II - apresentar os arquivos ou sistemas de que tratam os arts. 11 a 13 da Lei no 8.218, de 29 de agosto de 1991;

III - apresentar a documentação técnica de que trata o art. 38 desta Lei.

§ 3o - Aplicam-se às multas de que trata este artigo as redu-ções previstas no art. 6o da Lei no 8.218, de 29 de agosto de 1991, e no art. 60 da Lei no 8.383, de 30 de dezembro de 1991.

§ 4o - As disposições deste artigo aplicam-se, inclusive, aos contribuintes que derem causa a ressarcimento inde-vido de tributo ou contribuição decorrente de qualquer incentivo ou benefício fiscal.

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6 CT Informativo - Nov/2011 - No 45

§ 5o - Aplica-se também, no caso de que seja comprova-damente constatado dolo ou má-fé do contribuinte, a multa de que trata o inciso I do caput sobre:

I - a parcela do imposto a restituir informado pelo contri-buinte pessoa física, na Declaração de Ajuste Anual, que deixar de ser restituída por infração à legislação tributária; e

II - (VETADO).”

Observar, também, que a Lei no 11.941/2009 deu a seguinte redação ao art. 37 da Lei no 8.212/1991:

“Art. 37 - Constatado o não-recolhimento total ou parcial das contribuições tratadas nesta Lei, não declaradas na forma do art. 32 desta Lei, a falta de pagamento de be-nefício reembolsado ou o descumprimento de obrigação acessória, será lavrado auto de infração ou notificação de lançamento.

§ 1o - (Revogado).

§ 2o - (Revogado).”

Finalmente, lembramos que nos termos do art. 476-A da Instrução Normativa RFB no 971/2009, incluído pela Instrução Normativa RFB no 1.027/2010, ficou estabele-cido que:

“Art. 476-A - No caso de lançamento de oficio relativo a fatos geradores ocorridos:

I - até 30 de novembro de 2008, deverá ser aplicada a penali-dade mais benéfica conforme disposto na alínea “c” do inciso II do art. 106 da Lei no 5.172, de 1966 (CTN), cuja análise será realizada pela comparação entre os seguintes valores:

a) somatório das multas aplicadas por descumprimento de obrigação principal, nos moldes do art. 35 da Lei no 8.212, de 1991, em sua redação anterior à Lei no 11.941, de 2009, e das aplicadas pelo descumprimento de obrigações acessórias, nos moldes dos §§ 4o, 5o e 6o do art. 32 da Lei no 8.212, de 1991, em sua redação anterior à Lei no 11.941, de 2009; e

b) multa aplicada de ofício nos termos do art. 35-A da Lei no 8.212, de 1991, acrescido pela Lei no 11.941, de 2009.

II - a partir de 1o de dezembro de 2008, aplicam-se as mul-tas previstas no art. 44 da Lei no 9.430, de 1996.

§ 1o Caso as multas previstas nos §§ 4o, 5o e 6o do art. 32 da Lei no 8.212, de 1991, em sua redação anterior à dada pela Lei no 11.941, de 2009, tenham sido aplicadas isoladamente, sem a imposição de penalidade pecuniária pelo descumprimento de obrigação principal, deverão ser comparadas com as penalidades previstas no art. 32-A da Lei no 8.212, de 1991, com a redação dada pela Lei no 11.941, de 2009.

§ 2o A comparação de que trata este artigo não será feita no caso de entrega de GFIP com atraso, por se tratar de conduta para a qual não havia antes penalidade prevista.”

(2) A multa de mora incidente sobre débitos de tributos e contribuições administrados pela RFB, inclusive o recolhimento unificado devido pelas microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional, não pagos nos prazos estabelecidos na legisla-ção específica, será calculada à taxa de 0,33% por dia de atraso, limitada ao máximo de 20%, observado o seguinte:

a) a contagem dos dias de atraso inicia-se no primeiro dia útil imediatamente subsequente ao do vencimento do débito e termina no dia do efetivo pagamento (Boletim Central da Receita Federal no 16, de 23.01.1997);

b) esse critério de cálculo da multa de mora aplica--se independentemente da época de ocorrência do fato gerador do débito (Ato Declaratório Normativo Cosit no 1/1997).

2. EXEMPLOS - GUIA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL (GPS) - MODELO PREENCHIDO PARCIALMENTEOs exemplos a seguir foram elaborados por nosso

Editorial, utilizando-se a tabela de acréscimos legais e o texto explicativo sobre os percentuais de multa, divulgados pela RFB, mediante consulta que reali-zamos em 1o.11.2011 no site da Previdência Social - www.mps.gov.br - para os casos de pagamento à vista após o vencimento de obrigação não incluída em notifi-cação fiscal de lançamento e de contribuições devida-mente declaradas na Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social (GFIP), conforme o caso. Recomendamos que, antes da utilização dos critérios de cálculo que ora exemplificamos, a RFB seja consultada a fim de se confirmarem os cálculos apresentados.

2.1 Recolhimento espontâneo de contribuições previdenciárias por empresas urbanas

Lembramos que, nos exemplos adiante transcri-tos, os débitos originais relativos aos valores devidos à RFB e a outras entidades (Terceiros) foram escolhi-dos aleato riamente.

a) recolhimento em atraso por empresa hipotetica-mente vinculada ao Código de Pagamento 2100 no campo 3 da GPS, relativo à competência 03/2007, a ser pago em 25.11.2011, cujo valor ori-ginal é de R$ 11.750,00, dos quais R$ 520,00 são relativos ao valor de outras entidades (Terceiros):

- vencimento: 10.04.2007;

- atualização monetária: não há (desde a com-petência 01/1995);

- valor original devido à RFB: R$ 11.750,00 - R$ 520,00 = R$ 11.230,00;

- multa de mora sobre o débito atualizado: 10,00% de R$ 11.750,00 = R$ 1.175,00;

- juros de mora sobre o débito atualizado: 49,60% (Tabela RFB) de R$ 11.750,00 = R$ 5.828,00;

- total de atualização monetária, multa e ju-ros: R$ 0,00 + R$ 1.175,00 + R$ 5.828,00 = R$ 7.003,00;

- total a recolher (valores originais + atualiza-ção monetária/multa/juros): R$ 11.750,00 + R$ 7.003,00 = R$ 18.753,00.

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Informativo - Nov/2011 - No 45 CT 7

(preenchimento parcial)

b) recolhimento em atraso por empresa hipoteti-camente vinculada ao Código de Pagamento 2100 no campo 3 da GPS, relativo à competên-cia 10/2011, a ser pago em 28.11.2011, cujo valor original é de R$ 9.180,00, dos quais R$ 310,00 são relativos ao valor devido a outras entidades (Terceiros):

- vencimento: 18.11.2011;

- atualização monetária: não há (desde a com-petência 01/1995);

- valor original devido à RFB: R$ 9.180,00 - R$ 310,00 = R$ 8.870,00;

- multa de mora sobre o débito: 8 dias de 21 a 28.11.2011 (0,33 x 8 = 2,64% - veja tabela de multa adiante) de R$ 9.180,00 = R$ 242,35;

- juros de mora sobre o débito: nesse caso, não há;

- total de atualização monetária, multa e juros: R$ 0,00 + R$ 242,35 + R$ 0,00 = R$ 242,35;

- total a recolher (valores originais + atualiza-ção monetária/multa/juros): R$ 9.180,00 + R$ 242,35 = R$ 9.422,35.

3 - CÓDIGO DE PAGAMENTO 2100

4 - COMPETÊNCIA 10/2011

5 - IDENTIFICADOR

6 - VALOR DO INSS 8.870,00

7 -

8 -

9 - VALOR DE OUTRAS ENTIDADES 310,00

10 - ATM/MULTA E JUROS 242,35

11 - TOTAL 9.422,35

12 - AUTENTICAÇÃO BANCÁRIA

Neste exemplo “b”, se o recolhimento ocorresse em 18.11.2011 - vencimento, não haveria incidência de quaisquer encargos legais, ou seja, a referida com-petência 10/2011 poderia ser recolhida pelo seu valor original (R$ 9.180,00), observando-se o respectivo preenchimento de parte do modelo da GPS adiante reproduzido.

6 - VALOR DO INSS 8.870,00

7 -

8 -

9 - VALOR DE OUTRAS ENTIDADES 310,00

10 - ATM/MULTA E JUROS

11 - TOTAL 9.180,00

12 - AUTENTICAÇÃO BANCÁRIA

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8 CT Informativo - Nov/2011 - No 45

TABELA DE MULTA DE MORA – COMPETÊNCIAS DEZEMBRO/2008 EM DIANTE

Dias de atraso Multa (%) Dias de atraso Multa (%)01 0,33 32 10,5602 0,66 33 10,8903 0,99 34 11,2204 1.32 35 11,5505 1,65 36 11,8806 1,98 37 12,2107 2,31 38 12,5408 2,64 39 12,8709 2,97 40 13,2010 3,30 41 13,5311 3,63 42 13,8612 3,96 43 14,1913 4,29 44 14,5214 4,62 45 14,8515 4,95 46 15,1816 5,28 47 15,5117 5,61 48 15,8418 5,94 49 16,1719 6,27 50 16,5020 6,60 51 16,8321 6,93 52 17,1622 7,26 53 17,4923 7,59 54 17,8224 7,92 55 18,1525 8,25 56 18,4826 8,58 57 18,8127 8,91 58 19,1428 9,24 59 19,4729 9,57 60 19,8030 9,90 61 ou mais Limite de 20,0031 10,23

Exemplos de aplicação prática (contribuições empresariais):

a) competência dezembro/2009 paga em 05.04.2010 - Vencimento 20.01.2010 - Atraso de 75 dias - Multa aplicada limitada em 20,00%, pois o atraso excedeu a 61 dias;

b) competência janeiro/2010 paga em 06.04.2010 - Vencimento 19.02.2010 - Atraso de 44 dias - Multa aplicada de 14,52%;

c) competência fevereiro/2010 paga em 09.04.2010 - Vencimento 19.03.2010 - Atraso de 19 dias - Multa aplicada de 6,27%;

d) competência março/2010 paga em 30.04.2010 - Vencimento 20.04.2010 - Atraso de 9 dias - Multa aplicada de 2,97%.

2.2 Recolhimento espontâneo de contribuições pelos contribuintes individuais e facultativos

• Recolhimento em atraso pelo segurado contri-buinte individual (supondo-se um trabalhador autô-nomo que preste serviço à pessoa física), relativo à competência 08/2008, a ser pago em 29.11.2011, cujo valor original é de R$ 470,00 (20% de R$ 2.350,00):

- vencimento: 15.09.2008;- débito original: R$ 470,00;

- atualização monetária: não há (desde a com-petência 01/1995);

- multa de mora sobre o débito: 10,00% de R$ 470,00 = R$ 47,00;

- juros de mora sobre o débito: 33,46% (Tabela RFB) de R$ 470,00 = R$ 157,26;

- total de atualização monetária, multa e juros: R$ 0,00 + R$ 47,00 + R$ 157,26 = R$ 204,26;

- total a recolher (valor original + atualiza-ção monetária/multa/juros): R$ 470,00 + R$ 204,26 = R$ 674,26.

3 - CÓDIGO DE PAGAMENTO 10074 - COMPETÊNCIA 08/20085 - IDENTIFICADOR6 - VALOR DO INSS 470,007 - 8 - 9 - VALOR DE OUTRAS ENTIDADES10 - ATM/MULTA E JUROS 204,2611 - TOTAL 674,2612 - AUTENTICAÇÃO BANCÁRIA

2.3 Recolhimento espontâneo de contribuições pelo empregador/empregado doméstico

• Recolhimento em atraso pelo empregador/empregado doméstico, relativo à competência 10/2008, a ser pago em 30.11.2011, cujo valor ori-ginal é de R$ 174,00 (20% de R$ 870,00):

- vencimento: 17.11.2008; - atualização monetária: não há (desde a com-

petência 01/1995);- multa de mora sobre o débito: 10,00% de R$

174,00 = R$ 17,40;- juros de mora sobre o débito: 31,26% (Tabela

RFB) de R$ 174,00 = R$ 54,39;- total de atualização monetária, multa e juros:

R$ 0,00 + R$ 17,40 + R$ 54,39 = R$ 71,79;- total a recolher (valor original + atualização

monetária/multa/juros): R$ 174,00 + R$ 71,79 = R$ 245,79.

3 - CÓDIGO DE PAGAMENTO 16004 - COMPETÊNCIA 10/20085 - IDENTIFICADOR6 - VALOR DO INSS 174,007 - 8 - 9 - VALOR DE OUTRAS ENTIDADES10 - ATM/MULTA E JUROS 71,7911 - TOTAL 245,7912 - AUTENTICAÇÃO BANCÁRIA

(“Tabela Prática a ser aplicada nas contribuições em atraso - vi-gência 11/2011”, expedida pela Secretaria da Receita Federal do Bra-sil - não publicada no DOU e disponibilizada no site www.mps.gov.br)

n

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Informativo - Nov/2011 - No 45 CT 9

PReViDÊnCiA soCiAl

Contribuição previdenciária e parcela de débitos objeto de parcelamento - Prazo para recolhimento - Prorrogação - Contribuintes de vários municípios de Santa Catarina

Por intermédio da Portaria no 494/2011 do Ministro de Estado da Fazenda, em vigor desde 1o.11.2011, foram prorrogadas para o ultimo dia útil dos meses de março, abril e maio de 2012 as datas de vencimento de tributos federais administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) - antes previstas, respectivamente, para setembro, outubro e novembro de 2011 - para os sujeitos passivos domiciliados nos Municípios de Agronômica, Aurora, Brusque, Itupo-ranga, Laurentino, Lontras, Presidente Getúlio, Rio do Oeste, Rio do Sul e Taió do Estado de Santa Catarina.

O disposto no parágrafo anterior aplica-se tam-bém às datas de vencimento das parcelas de débitos objeto de parcelamento concedido pela Procuradoria--Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e pela RFB.

A prorrogação de que trata este texto não implica direito à restituição de quantias eventualmente já recolhidas.

A Portaria em referência mantém suspenso, até 30.03.2012, o prazo para a prática de atos processuais no âmbito da RFB e da PGFN pelos sujeitos passivos domi-ciliados nos referidos municípios, observando-se que essa suspensão teve como termo inicial o dia 1o.09.2011.

(Portaria no 494, de 28.10.2011, do Ministro de Estado da Fazenda - DOU 1 de 1o.11.2011)

Para visualizar a íntegra do(s) ato(s) citado(s), acesse o conteúdo da Biblioteca Legislativa IOB, pelo link disponível no Site do Cliente.

n

PReViDÊnCiA soCiAl

Obrigações previdenciárias acessórias - Cumprimento - Prazo - Prorrogação - Contribuintes de vários municípios de Santa Catarina

Por intermédio da Portaria no 1.025/2011, da Secretária da Receita Federal do Brasil, em vigor desde 1o.11.2011, foram prorrogados para 30.03.2012 os prazos para o

cumprimento de obrigações acessórias, antes exigíveis para os meses de setembro, outubro e novembro de 2011, concernentes aos tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, para os sujeitos passivos domi-ciliados nos Municípios de Agronômica, Aurora, Brusque, Ituporanga, Laurentino, Lontras, Presidente Getúlio, Rio do Oeste, Rio do Sul e Taió, todos do Estado de Santa Catarina.

Assim, ficam canceladas as multas, aplicadas aos sujeitos passivos domiciliados nos referidos muni-cípios, pelo atraso na apresentação de declarações, demonstrativos e documentos com entrega prevista para os meses de setembro, outubro ou novembro de 2011, desde que transmitidos até 30.03.2012.

(Instrução Normativa no 1.025, de 31.10.2011, da Secretá-ria da Receita Federal do Brasil - DOU 1 de 1o.11.2011)

Para visualizar a íntegra do(s) ato(s) citado(s), acesse o conteúdo da Biblioteca Legislativa IOB, pelo link disponível no Site do Cliente.

n

PReViDÊnCiA soCiAl

Salário-de-contribuição - Valor da bolsa de estudo - Lei no 8.212/1991 - Alteração

A Lei no 12.513/2011, em vigor desde 27.10.2011, entre outras providências, alterou a alínea “t” do § 9o, art. 28, da Lei no 8.212/1991, para estabelecer que não integra o salário-de-contribuição o valor relativo a plano educacional, ou bolsa de estudo, que vise à educação básica de empregados e seus dependentes e, desde que vinculada às atividades desenvolvidas pela empresa, à educação profissional e tecnológica de empregados, nos termos da Lei no 9.394/1996, contanto que:

a) não seja utilizado em substituição de parcela salarial;

b) o valor mensal do plano educacional ou bolsa de estudo, considerado individualmente, não ultrapasse 5% da remuneração do segurado a que se destina ou o valor correspondente a uma vez e meia o valor do limite mínimo men-sal do salário-de-contribuição, o que for maior.

Nota

A Lei no 9.394/1996 estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.

(Lei no 12.513, de 26.10.2011 - DOU 1 de 27.10.2011)

Para visualizar a íntegra do(s) ato(s) citado(s), acesse o conteúdo da Biblioteca Legislativa IOB, pelo link disponível no Site do Cliente.

n

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Informativo Eletrônico IOB

10 CT Informativo - Nov/2011 - No 45

seGuRAnçA e sAÚDe no tRABAlHo

Fiscalização e penalidades - NR 28 - Anexo II - Alteração - Portaria SIT no 277/2011 - Retificação

Em face da retificação da Portaria SIT no 277/2011, a qual altera o Anexo II da Norma Regulamentadora (NR) 28, que trata da fiscalização e das penalidades a serem observadas no cumprimento das disposições legais e/ou regulamentares sobre segurança e saúde do trabalhador, no tocante às seguintes normas regulamentadoras, queiram proceder às retificações a seguir indicadas na matéria sob o título acima, publicada no Informativo no 42 da 3a semana de outu-bro/2011:

a) item 6 - NR 12 - Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos

- onde se lê:

“[...] NR 12 (Segurança no Trabalho em Máquinas e Equi-pamentos)

[...]

NR-12 (Anexo XI)

[...]

1.2.1.7.2 212.801-2 0

- leia-se:

“[...] NR 12 - Segurança no Trabalho em Máquinas e Equi-pamentos - (212.000-3)

[...]

NR-12 (Anexo IX)

[...]

1.2.1.7.2 212.801-2 4

b) item 8 - NR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção

- onde se lê:

“[...]

14.14.2 218.900-3 3

[...]

8.37.7.1 218.935-6 4

[...]”

- leia-se:

“[...]

18.14.2 218.900-3 3

[...]

18.37.7.1 218.935-6 4

[...]”

c) item 9 - NR 19 - Explosivos

- onde se lê:

“[...]

19.4.2 1 119.255-8 4

- leia-se:

“[...]

19.4.2. ‘1’ 119.255-8 4

d) item 12 - NR 25 - Resíduos Industriais

- onde se lê:

25.5 125.011-6 325.2 125.004-3 4

[...]”

- leia-se:

25.2 125.004-3 4

[...]”

e) item 16 - NR 34 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Re-paração Naval

- onde se lê:

34.2.1. ‘a’ 134.002-6 3

[...]”

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Informativo Eletrônico IOB

Informativo - Nov/2011 - No 45 CT 11

- leia-se:

“NR-34 (134.000-0)

34.2.1. ‘a’ 134.002-6 3

[...]”

Solicitamos que seja efetuada a referida retifica-ção naquele texto, a fim de mantê-lo atualizado.

(Portaria no 277, de 06.10.2011, da Secretária de Inspe-ção do Trabalho - DOU 1 de 10.10.2011 -, retificada no de 1o.11.2011)

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Conselhos profissionais - Anuidades - Valor máximo fixado por lei

A Lei no 12.514/2011, em vigor desde 31.10.2011, objeto de conversão com emendas da Medida Provi-sória no 536/2011, entre outras providências, determi-nou que, quando não houver disposição a respeito em lei específica ou quando esta existir e não especificar valores, mas, sim, delegar a fixação destes ao próprio conselho profissional, as anuidades cobradas obser-varão os seguintes limites máximos:

a) para profissionais de nível superior: até R$ 500,00;

b) para profissionais de nível técnico: até R$ 250,00; e

c) os seguintes valores máximos para pessoas jurídicas cujo capital social seja:c.1) de até R$ 50.000,00: R$ 500,00;c.2) acima de R$ 50.000,00 e até

R$ 200.000,00: R$ 1.000,00;c.3) acima de R$ 200.000,00 e até

R$ 500.000,00: R$ 1.500,00;c.4) acima de R$ 500.000,00 e até

R$ 1.000.000,00: R$ 2.000,00;c.5) acima de R$ 1.000.000,00 e até

R$ 2.000.000,00: R$ 2.500,00;c.6) acima de R$ 2.000.000,00 e até

R$ 10.000.000,00: R$ 3.000,00;c.7) acima de R$ 10.000.000,00: R$ 4.000,00.

Nota

Os conselhos poderão deixar de promover a cobrança ju-dicial de valores inferiores a 10 vezes o valor de que trata a letra “a” anterior.

Os conselhos cobrarão:

a) multas por violação da ética, conforme dispos-to na legislação;

b) anuidades; e

c) outras obrigações definidas em lei especial.

O fato gerador das anuidades é a existência de inscrição no conselho, ainda que por tempo limitado, ao longo do exercício.

Os valores das anuidades serão reajustados de acordo com a variação integral do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), calculado pela Fun-dação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ou por índice oficial que venha a substituí-lo.

O valor exato da anuidade, o desconto para profissionais recém-inscritos, os critérios de isenção, as regras de recuperação de créditos, as regras de parcelamento, garantido o mínimo de 5 vezes, e a concessão de descontos para pagamento anteci-pado ou à vista serão estabelecidos pelos respectivos conselhos federais.

Além do que mencionamos na nota anterior, os conselhos não executarão judicialmente dívidas refe-rentes a anuidades inferiores a 4 vezes o valor cobrado anualmente da pessoa física ou jurídica inadimplente.

O disposto no parágrafo anterior não limitará a realização de medidas administrativas de cobrança, a aplicação de sanções por violação da ética ou a suspensão do exercício profissional.

Do mesmo modo, a existência de valores em atraso não obsta o cancelamento ou a suspensão do registro a pedido.

Observa-se que o percentual da arrecadação destinado ao conselho regional e ao conselho federal respectivo é aquele que consta da legislação espe-cífica.

(Lei no 12.514, de 28.10.2011 - DOU 1 de 31.10.2011)

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Legislação Trabalhista e Previdenciária

Informativo Eletrônico IOB

12 CT Informativo - Nov/2011 - No 45

tRABAlHisMo

Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) - Lei no 10.260/2001 - Alterações

A Lei no 12.513/2011, em vigor desde 27.10.2011, entre outras providências, alterou os arts. 1o a 6o da Lei no 12.260/2011, que dispõe sobre o Fundo de Finan-ciamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies).

O dispositivo, ora alterado, passa a vigorar com a seguinte redação:

Art. 1o É instituído, nos termos desta Lei, o Fundo de Finan-ciamento Estudantil (Fies), de natureza contábil, destinado à concessão de financiamento a estudantes regularmente matriculados em cursos superiores não gratuitos e com avaliação positiva nos processos conduzidos pelo Ministé-rio da Educação, de acordo com regulamentação própria.

§ 1o O financiamento de que trata o caput poderá bene-ficiar estudantes matriculados em cursos da educação profissional e tecnológica, bem como em programas de mestrado e doutorado com avaliação positiva, desde que haja disponibilidade de recursos.

[...]

§ 7o A avaliação das unidades de ensino de educação pro-fissional e tecnológica para fins de adesão ao Fies dar-se-á de acordo com critérios de qualidade e requisitos fixados pelo Ministério da Educação. (NR)

[...]

Art. 6o [...]

§ 1o Recebida a ação de execução e antes de receber os embargos, o juiz designará audiência preliminar de con-ciliação, a realizar-se no prazo de 15 (quinze) dias, para a qual serão as partes intimadas a comparecer, podendo fazer-se representar por procurador ou preposto, com poderes para transigir.

§ 2o Obtida a conciliação, será reduzida a termo e homolo-gada por sentença.

§ 3o Não efetuada a conciliação, terá prosseguimento o processo de execução.

A Lei no 12.513/2011, objeto deste texto, acres-centou à Lei no 10.260/2001 os arts. 5o-B, 6o-C, 6o-D e 6o-E, os quais estabelecem:

Art. 5o-B O financiamento da educação profissional e tec-nológica poderá ser contratado pelo estudante, em caráter individual, ou por empresa, para custeio da formação pro-fissional e tecnológica de trabalhadores.

§ 1o Na modalidade denominada Fies-Empresa, a empresa figurará como tomadora do financiamento, responsabili-zando-se integralmente pelos pagamentos perante o Fies,

inclusive os juros incidentes, até o limite do valor contra-tado.

§ 2o No Fies-Empresa, poderão ser pagos com recursos do Fies exclusivamente cursos de formação inicial e conti-nuada e de educação profissional técnica de nível médio.

§ 3o A empresa tomadora do financiamento poderá ser garantida por fundo de garantia de operações, nos termos do inciso I do caput do art. 7o da Lei no 12.087, de 11 de novembro de 2009.

§ 4o Regulamento disporá sobre os requisitos, condições e demais normas para contratação do financiamento de que trata este artigo.

[...]

Art. 6o-C No prazo para embargos, reconhecendo o crédito do exequente e comprovando o depósito de 10% (dez por cento) do valor em execução, inclusive custas e honorá-rios de advogado, poderá o executado requerer que lhe seja admitido pagar o restante em até 12 (doze) parcelas mensais.

§ 1o O valor de cada prestação mensal, por ocasião do pagamento, será acrescido de juros equivalentes à taxa re-ferencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) para títulos federais acumulada mensalmente, cal-culados a partir do mês subsequente ao da consolidação até o mês anterior ao do pagamento, e de 1% (um por cento) relativamente ao mês em que o pagamento estiver sendo efetuado.

§ 2o Sendo a proposta deferida pelo juiz, o exequente levantará a quantia depositada e serão suspensos os atos executivos; caso indeferida, seguir-se-ão os atos executi-vos, mantido o depósito.

§ 3o O inadimplemento de qualquer das prestações impli-cará, de pleno direito, o vencimento das subseqüentes e o prosseguimento do processo, com o imediato início dos atos executivos, imposta ao executado multa de 10% (dez por cento) sobre o valor das prestações não pagas e vedada a oposição de embargos.

[...]

Art. 6o-D Nos casos de falecimento ou invalidez perma-nente do estudante tomador do financiamento, devida-mente comprovados, na forma da legislação pertinente, o saldo devedor será absorvido conjuntamente pelo Fies e pela instituição de ensino.

Art. 6o-E O percentual do saldo devedor de que tratam o caput do art. 6o e o art. 6o-D, a ser absorvido pela insti-tuição de ensino, será equivalente ao percentual do risco de financiamento assumido na forma do inciso VI do caput do art. 5o, cabendo ao Fies a absorção do valor restante.

(Lei no 12.513, de 26.10.2011 - DOU 1 de 27.10.2011)

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Legislação Trabalhista e Previdenciária

Informativo Eletrônico IOB

Informativo - Nov/2011 - No 45 CT 13

tRABAlHisMo

Médico-residente - Bolsa em regime especial de treinamento - Lei no 6.932/1981 - Alteração - Medida Provisória no 536/2011 - Conversão em lei, com emendas

A Lei no 12.514/2011, em vigor desde 31.10.2011, objeto de conversão, com emendas, da Medida Pro-visória no 536/2011, entre outras providências, alterou o art. 4o da Lei no 6.932/1981 para assegurar bolsa no valor de R$ 2.384,82 ao médico-residente sob regime especial de treinamento em serviço de 60 horas semanais, observadas as seguintes condições:

a) o médico-residente é filiado ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS) como contri-buinte individual;

b) o(a) médico(a)-residente tem direito, conforme o caso, à licença-paternidade de 5 dias ou à licença-maternidade de 120 dias;

c) a instituição de saúde responsável por pro-gramas de residência médica pode prorrogar, nos termos da Lei no 11.770/2008, quando re-querido pela médica-residente, o período de licença-maternidade em até 60 dias;

d) o tempo de residência médica será prorroga-do por prazo equivalente à duração do afas-tamento do médico-residente por motivo de saúde ou nas hipóteses das letras “b” e “c”;

e) a instituição de saúde responsável por pro-gramas de residência médica oferecerá, ao médico-residente, durante todo o período de residência:e.1) condições adequadas para repouso e hi-

giene pessoal durante os plantões;e.2) alimentação; ee.3) moradia, se, nos termos do regulamento,

for comprovada essa necessidade;f) o valor da bolsa do médico-residente poderá

ser objeto de revisão anual.

Recordamos que a Lei no 11.770/2008 criou o Programa Empresa Cidadã, destinado à prorrogação da licença--maternidade mediante concessão de incentivo fiscal, e alterou a Lei no 8.212/1991, que, entre outras providências, dispõe sobre a organização da Seguridade Social.

A Lei no 12.514/2011, objeto deste texto, acrescen-tou o parágrafo único ao art. 26 da Lei no 9.250/1995

para estabelecer que não caracterizam contrapresta-ção de serviços nem vantagem ao doador, para efeito da isenção do Imposto sobre a Renda, as bolsas de estudo recebidas pelos médicos-residentes.

(Lei no 12.514, de 28.10.2011 - DOU 1 de 31.10.2011)

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Programa de bolsas para a educação pelo trabalho - Instituição - Lei no 11.129/2005 - Alterações

A Lei no 12.513/2011, em vigor desde 27.10.2011, entre outras providências, alterou os arts. 15 e 16 da Lei no 11.129/2005, que institui o Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem). Além disso, criou o Conselho Nacional da Juventude (CNJ) e a Secre-taria Nacional de Juventude.

O dispositivo, ora alterado, passa a vigorar com a seguinte redação:

Art. 15. É instituído o Programa de Bolsas para a Educação pelo Trabalho, destinado aos estudantes de educação supe-rior, prioritariamente com idade inferior a 29 (vinte e nove) anos, e aos trabalhadores da área da saúde, visando à vivência, ao estágio da área da saúde, à educação profissional técnica de nível médio, ao aperfeiçoamento e à especialização em área profissional, como estratégias para o provimento e a fixação de profissionais em programas, projetos, ações e atividades e em regiões prioritárias para o Sistema Único de Saúde.

[...]

Art. 16. [...]

[...]

V - Orientador de Serviço; e

VI - Trabalhador-Estudante.

[...]

§ 4o As bolsas relativas à modalidade referida no inciso VI terão seus valores fixados pelo Ministério da Saúde, respei-tados os níveis de escolaridade mínima requerida.

(Lei no 12.513, de 26.10.2011 - DOU de 27.10.2011)

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Legislação Trabalhista e Previdenciária

Informativo Eletrônico IOB

14 CT Informativo - Nov/2011 - No 45

tRABAlHisMo

Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) - Instituição

A Lei no 12.513/2011, em vigor desde 27.10.2011, entre outras providências, instituiu o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), a ser executado pela União, com a finali-dade de ampliar a oferta de educação profissional e tecnológica, por meio de programas, projetos e ações de assistência técnica e financeira.

São objetivos do Pronatec:

a) expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos de educação profissional técnica de nível médio, presencial e a distância, e de cursos e programas de formação inicial e con-tinuada ou qualificação profissional;

b) fomentar e apoiar a expansão da rede física de atendimento da educação profissional e tecnológica;

c) contribuir para a melhoria da qualidade do en-sino médio público, por meio da articulação com a educação profissional;

d) ampliar as oportunidades educacionais dos trabalhadores, por meio do incremento da for-mação e qualificação profissional;

e) estimular a difusão de recursos pedagógicos para apoiar a oferta de cursos de educação profissional e tecnológica.

O Pronatec atenderá prioritariamente:

a) estudantes do ensino médio da rede pública, inclusive da educação de jovens e adultos;

b) trabalhadores, inclusive os agricultores fami-liares, silvicultores, aquicultores, extrativistas e pescadores;

c) beneficiários dos programas federais de trans-ferência de renda; e

d) estudante que tenha cursado o ensino médio completo em escola da rede pública ou em instituições privadas na condição de bolsista integral, nos termos do regulamento.

Será estimulada a participação das pessoas com deficiência nas ações de educação profissional e tecnológica desenvolvidas no âmbito do Pronatec, observadas as condições de acessibilidade e parti-cipação plena no ambiente educacional, tais como

adequação de equipamentos, de materiais pedagó-gicos, de currículos e de estrutura física.

As ações desenvolvidas no âmbito do Pronatec contemplarão a participação de povos indígenas, comunidades quilombolas e adolescentes e jovens em cumprimento de medidas socioeducativas.

O Pronatec cumprirá suas finalidades e objetivos em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, com a participação voluntária dos serviços nacionais de aprendizagem e instituições de educação profissional e tecnológica habilitadas nos termos da Lei em fundamento.

Os serviços nacionais sociais poderão participar do Pronatec por meio de ações de apoio à educação profissional e tecnológica.

O programa será desenvolvido por meio das seguintes ações, sem prejuízo de outras:

a) ampliação de vagas e expansão da rede fede-ral de educação profissional e tecnológica;

b) fomento à ampliação de vagas e à expansão das redes estaduais de educação profissional;

c) incentivo à ampliação de vagas e à expansão da rede física de atendimento dos serviços na-cionais de aprendizagem;

d) oferta de bolsa-formação, nas modalidades:d.1) Bolsa-Formação Estudante; ed.2) Bolsa-Formação Trabalhador;

e) financiamento da educação profissional e tec-nológica;

f) fomento à expansão da oferta de educação profissional técnica de nível médio na modali-dade de educação a distância;

g) apoio técnico voltado à execução das ações desenvolvidas no âmbito do programa;

h) estímulo à expansão de oferta de vagas para as pessoas com deficiência, inclusive com a articulação dos institutos públicos federais, estaduais e municipais de educação; e

i) articulação com o Sistema Nacional de Emprego.

A Bolsa-Formação Estudante será destinada ao estu-dante regularmente matriculado no ensino médio público propedêutico, para cursos de formação profissional técnica de nível médio, na modalidade concomitante.

A Bolsa-Formação Trabalhador será destinada ao trabalhador e aos beneficiários dos programas fede-

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Informativo Eletrônico IOB

Informativo - Nov/2011 - No 45 CT 15

rais de transferência de renda, para cursos de forma-ção inicial e continuada ou qualificação profissional.

O Poder Executivo definirá os requisitos e critérios de priorização para concessão das bolsas-formação, considerando-se capacidade de oferta, identificação da demanda, nível de escolaridade, faixa etária, existência de deficiência, entre outros, observados os objetivos do programa.

O financiamento mencionado na letra “e” poderá ser contratado pelo estudante, em caráter individual, ou por empresa, para custeio da formação de traba-lhadores nos termos da Lei no 10.260/2001, nas ins-tituições habilitadas na forma da Lei no 12.513/2011, em comento.

Para os fins da Lei objeto deste trabalho, são considerados modalidades de educação profissional e tecnológica os cursos:

a) de formação inicial e continuada ou qualifica-ção profissional; e

b) de educação profissional técnica de nível mé-dio.

Os cursos referidos na letra “a” serão relaciona-dos pelo Ministério da Educação, devendo contar com carga horária mínima de 160 horas.

Os cursos aludidos na letra “b” submetem-se às diretrizes curriculares nacionais definidas pelo Con-selho Nacional de Educação, bem como às demais condições estabelecidas na legislação aplicável, devendo constar do Catálogo Nacional de Cursos Técnicos organizado pelo Ministério da Educação.

Para cumprir os objetivos do Pronatec, a União é autorizada a transferir recursos financeiros, às ins-tituições de educação profissional e tecnológica das redes públicas estaduais e municipais ou dos serviços nacionais de aprendizagem, correspondentes aos valores das bolsas-formação.

Essas transferências dispensam a realização de convênio, acordo, contrato, ajuste ou instrumento congênere, observada a obrigatoriedade de presta-ção de contas da aplicação dos recursos.

Do total dos recursos financeiros, um mínimo de 30% deverá ser destinado às Regiões Norte e Nordeste com a finalidade de ampliar a oferta de educação profissional e tecnológica.

O montante dos recursos a ser repassado cor-responderá ao número de alunos atendidos em cada instituição, computadas exclusivamente as matrículas informadas em sistema eletrônico de informações da educação profissional mantido pelo Ministério da Educação.

Para os efeitos da Lei no 12.513/2011, objeto deste texto, bolsa-formação refere-se ao custo total do curso por estudante, incluídas as mensalidades e demais encargos educacionais, bem como o eventual custeio de transporte e alimentação ao beneficiário, vedada a cobrança direta aos estudantes de taxas de matrícula, custeio de material didático ou qualquer outro valor pela prestação do serviço.

O Poder Executivo disporá:

a) sobre o valor de cada bolsa-formação, consi-derando-se, entre outros, os eixos tecnológi-cos, a modalidade do curso, a carga horária e a complexidade da infraestrutura necessária para a oferta dos cursos;

b) sobre normas relativas a atendimento ao alu-no, transferências e prestação de contas dos recursos repassados no âmbito do Pronatec.

Qualquer pessoa, física ou jurídica, poderá denun-ciar ao Ministério da Educação, ao Tribunal de Contas da União e aos órgãos de controle interno do Poder Executivo irregularidades identificadas na aplicação dos recursos destinados à execução do Pronatec.

O Ministério da Educação, diretamente ou por meio de suas entidades vinculadas, disponibilizará recursos às instituições de educação profissional e tecnológica da rede pública federal para permitir o atendimento aos alunos matriculados em cada insti-tuição no âmbito do Pronatec.

Nota

Esses recursos serão disponibilizados, no que couberem, na conformi-dade dos §§ 1o ao 7o do art. 6o da Lei no 12.513/2011.

O Pronatec poderá ainda ser executado com a participação de entidades privadas sem fins lucrati-vos, devidamente habilitadas, mediante celebração de convênio ou contrato, observada a obrigatoriedade de prestação de contas da aplicação dos recursos nos termos da legislação vigente.

O Poder Executivo definirá critérios mínimos de qualidade para que as entidades privadas possam receber recursos financeiros do Pronatec.

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Informativo Eletrônico IOB

16 CT Informativo - Nov/2011 - No 45

Na rede pública, as instituições de educação profissional e tecnológica são autorizadas a conceder bolsas aos profissionais envolvidos nas atividades do Pronatec.

Os servidores das redes públicas de educação profissional, científica e tecnológica poderão receber bolsas pela participação nas atividades do Pronatec, desde que não haja prejuízo ao cumprimento de sua carga horária regular e ao atendimento do plano de metas de cada instituição pactuado com seu mante-nedor, se for o caso.

Nota

Os valores e os critérios para concessão e manutenção das bolsas se-rão fixados pelo Poder Executivo.

As atividades exercidas pelos profissionais no âmbito do Pronatec não caracterizam vínculo empre-gatício, e os valores recebidos a título de bolsa não se incorporam, para qualquer efeito, ao vencimento, salário, remuneração ou provento recebido.

O Ministério da Educação poderá conceder bolsas de intercâmbio a profissionais, vinculados a empresas de setores considerados estratégicos pelo Governo brasileiro, que colaborem em pesquisas desenvolvidas no âmbito de instituições públicas de educação profissional e tecnológica, na forma do regulamento.

As unidades de ensino privadas, inclusive as dos serviços nacionais de aprendizagem, ofertantes de cursos de formação inicial e continuada ou qualifi-cação profissional e de cursos de educação profis-sional técnica de nível médio que desejarem aderir ao Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies), de que trata a Lei no 10.260/2001, deverão cadastrar-se em sistema eletrônico de informações da educação profissional e tecnológica, mantido pelo Ministério da Educação, e solicitar sua habilitação.

A habilitação da unidade de ensino é feita de acordo com critérios fixados pelo Ministério da Edu-cação e não dispensa a necessária regulação pelos órgãos competentes dos respectivos sistemas de ensino.

(Lei no 12.513, de 26.10.2011 - DOU 1 de 27.10.2011)

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Registrador Eletrônico de Ponto (REP) - Regulamento Técnico da Qualidade - Consulta pública

A Portaria no 415/2011 do Presidente do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), em vigor desde 31.10.2011, disponibilizou, no site www.inmetro.gov.br, a proposta de texto da Portaria Definitiva e a do Regulamento Técnico da Qualidade para Registrador Eletrônico de Ponto (REP).

Referida Portaria declarou aberto, a contar de 31.10.2011, o prazo de 30 dias para que sejam apre-sentadas sugestões e críticas relativas aos textos pro-postos. Findo este prazo, o Inmetro se articulará com as entidades que tiverem manifestado interesse na matéria para que indiquem representantes nas discussões pos-teriores, visando à consolidação do texto final.

As críticas e sugestões deverão ser encaminha-das para os seguintes endereços:

- InmetroDiretoria da Qualidade (Dqual)Divisão de Programas de Avaliação da Confor-

midade (Dipac)Rua da Estrela no 67 - 2o andar - Rio CompridoCEP 20.251-900 - Rio de Janeiro - RJ, ou

- E-mail: [email protected]

(Portaria no 415, de 28.10.2011, do Presidente do Instituto Na-cional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia - DOU 1 de 31.10.2011)

Para visualizar a íntegra do(s) ato(s) citado(s), acesse o conteúdo da Biblioteca Legislativa IOB, pelo link disponível no Site do Cliente.

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Registrador Eletrônico de Ponto (REP) - Requisitos de Avaliação da Conformidade - Consulta pública

A Portaria no 416/2011 do Presidente do Instituto Na-cional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), em vigor desde 31.10.2011, disponibilizou, no site www.inmetro.gov.br, a proposta de texto da Portaria Definitiva

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Informativo Eletrônico IOB

Informativo - Nov/2011 - No 45 CT 17

e a dos Requisitos de Avaliação da Conformidade para Registrador Eletrônico de Ponto (REP).

Referida Portaria declarou aberto, a contar de 31.10.2011, o prazo de 30 dias para que sejam apresentadas sugestões e críticas relativas aos textos propostos. Findo este prazo, o Inmetro se articulará com as entidades que tiverem manifestado interesse na matéria “Requisitos de avaliação da conformidade para o Registrador Eletrônico de Ponto” para que indiquem representantes nas discussões posteriores, visando à consolidação do texto final.

As críticas e sugestões deverão ser encaminha-das para os seguintes endereços:

- InmetroDiretoria da Qualidade (Dqual)Divisão de Programas de Avaliação da Confor-

midade (Dipac)Rua da Estrela no 67 - 2o andar - Rio CompridoCEP 20.251-900 - Rio de Janeiro - RJ, ou

- E-mail: [email protected]

(Portaria no 416, de 28.10.2011, do Presidente do Instituto Na-cional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia - DOU 1 de 31.10.2011)

Para visualizar a íntegra do(s) ato(s) citado(s), acesse o conteúdo da Biblioteca Legislativa IOB, pelo link disponível no Site do Cliente.

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Seguro-desemprego - Recebimento condicionado à frequência do trabalhador em curso de formação ou qualificação profissional - Lei no 7.998/1990 - Alterações

A Lei no 12.513/2011, em vigor desde 27.10.2011, entre outras providências, alterou os arts. 3o, 8o e 10 da Lei no 7.998/1990, que dispõe sobre o seguro--desemprego.

O dispositivo, ora alterado, passa a vigorar com a seguinte redação:

Art. 3o [...]

[...]

§ 1o A União poderá condicionar o recebimento da assis-tência financeira do Programa de Seguro-Desemprego à

comprovação da matrícula e da freqüência do trabalhador segurado em curso de formação inicial e continuada ou qualificação profissional, com carga horária mínima de 160 (cento e sessenta) horas.

§ 2o O Poder Executivo regulamentará os critérios e requisitos para a concessão da assistência financeira do Programa de Seguro-Desemprego nos casos previstos no § 1o, considerando a disponibilidade de bolsas--formação no âmbito do Pronatec ou de vagas gratuitas na rede de educação profissional e tecnológica para o cumprimento da condicionalidade pelos respectivos beneficiários.

§ 3o A oferta de bolsa para formação dos trabalhadores de que trata este artigo considerará, entre outros critérios, a capacidade de oferta, a reincidência no recebimento do benefício, o nível de escolaridade e a faixa etária do trabalhador.

[...]

Art. 8o O benefício do seguro-desemprego será cancelado:

I - pela recusa por parte do trabalhador desempregado de outro emprego condizente com sua qualificação registrada ou declarada e com sua remuneração anterior;

II - por comprovação de falsidade na prestação das infor-mações necessárias à habilitação;

III - por comprovação de fraude visando à percepção inde-vida do benefício do seguro-desemprego; ou

IV - por morte do segurado.

§ 1o Nos casos previstos nos incisos I a III deste artigo, será suspenso por um período de 2 (dois) anos, ressalvado o prazo de carência, o direito do trabalhador à percepção do seguro-desemprego, dobrando-se este período em caso de reincidência.

§ 2o O benefício poderá ser cancelado na hipótese de o beneficiário deixar de cumprir a condicionalidade de que trata o § 1o do art. 3o desta Lei, na forma do regu-lamento.

[...]

Art. 10. É instituído o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), vinculado ao Ministério do Trabalho e Emprego, des-tinado ao custeio do Programa de Seguro-Desemprego, ao pagamento do abono salarial e ao financiamento de programas de educação profissional e tecnológica e de desenvolvimento econômico.

[...]

(Lei no 12.513, de 26.10.2011 - DOU 1 de 27.10.2011)

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Legislação Trabalhista e Previdenciária

Informativo Eletrônico IOB

18 CT Informativo - Nov/2011 - No 45

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