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PREFEITURA MUNICIPAL DE BOA VISTA CONTROLADORIA GERAL DO MUNICÍPIO Manual de Normas e Procedimentos 2013

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PREFEITURA MUNICIPAL DE BOA VISTA CONTROLADORIA GERAL DO MUNICÍPIO

Manual de Normas e Procedimentos

2013

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CONTROLADORIA GERAL DO MUNICÍPIO

Manual de Normas e Procedimentos 2

APRESENTAÇÃO

O presente Manual de Normas e Procedimentos é um conjunto de

normas e documentos, com as instruções escritas de forma objetiva, que

estabelece orientações sequenciais de procedimentos rotineiros e específicos

executados na Administração Municipal.

A elaboração deste Manual realizada pela Controladoria Geral do

Município visa à padronização de procedimentos, que devem ser obedecidos

pelos gestores e servidores.

Registre-se, por oportuno, que as orientações aqui apresentadas não

têm a pretensão de esgotar os assuntos passíveis de análise pelas Unidades

Operacionais, responsável por tal tarefa, devendo, quando for o caso, ser

adaptada à realidade de cada Secretaria, a fim de que se incorporem a

legislação específica e as peculiaridades de cada órgão.

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Manual de Normas e Procedimentos 3

CONTROLADORIA GERAL DO MUNICÍPIO – CGM

MANUAL DE NORMAS E PROCEDIMENTOS

BOA VISTA – RR 2013

GESTÃO

MARIA TERESA SAENZ SURITA JUCÁ PREFEITA DO MUNICÍPIO DE BOA VISTA

LARISSA FERNANDES SOEIRO CONTROLADORA GERAL DO MUNICIPIO

ELABORAÇÃO/REVISÃO

JOICIRENE TRAJANO RODRIGUES SUPERINTENDENTE DE PROGRAMAÇÃO DE AUDITORIA

FABÍOLA DE NAZARETH DE LIMA FIGUEIREDO

COORDENADORA DE AUDITORIA

APOIO TÉCNICO Maria Irenice Silva Alves Wilker Vieira da Costa

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Manual de Normas e Procedimentos 4

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO.......................................................................................................................02

ORIENTAÇÃO TÉCNICA CGM Nº 01/2013................................................................................05

1. ORIENTAÇÃO REFERENTE À TRAMITAÇÃO DOS PROCESSOS LICITATÓRIOS...........05

ORIENTAÇÃO TÉCNICA CGM Nº 02/2013................................................................................11

2. REGULAMENTAÇÃO DE CONCESSÃO DE DIÁRIAS AOS SERVIDORES PÚBLICOS......11

ORIENTAÇÃO TÉCNICA CGM Nº 03/2013................................................................................16

3. REFERENTE À CONCESSÃO DE PASSAGENS AÉREAS PARA SERVIDORES

(EFETIVOS, COMISSIONADOS E OUTROS), BEM COMO CONVIDADOS DA

PREFEITURA MUNICIPAL DE BOA VISTA..........................................................................16

ORIENTAÇÃO TÉCNICA CGM Nº 04/2013................................................................................19

4. ORIENTAÇÃO ACERCA DA PESQUISA DE PREÇO PARA AQUISIÇÃO DE MATERIAIS

PARA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA MUNICIPAL..................................................................19

ORIENTAÇÃO TÉCNICA CGM Nº 05/2013................................................................................22

5. ORIENTAÇÕES SOBRE O TERMO ADITIVO CONTRATUAL..............................................22

ORIENTAÇÃO TÉCNICA CGM Nº 06/2013................................................................................30

6. ORIENTAÇÕES PARA UTILIZAÇÃO DO CARTÃO CORPORATIVO DA ADMINISTRAÇÃO

MUNICIPAL PARA AQUISIÇÃO DE PASSAGENS AÉREAS ...................................................30

ORIENTAÇÃO TÉCNICA CGM Nº 07/2013................................................................................37

7. INDENIZAÇÃO........................................................................................................................37

ORIENTAÇÃO TÉCNICA CGM Nº 08/2013................................................................................46

8. RECEBIMENTO DE MATERIAL.............................................................................................46

ORIENTAÇÃO TÉCNICA CGM Nº 09/2013................................................................................50

9. INDENIZAÇÃO........................................................................................................................50

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Manual de Normas e Procedimentos 5

Altera a Instrução Normativa CGM Nº 005/2009 e a Orientação Técnica CGM Nº 02/2012.

ORIENTAÇÃO TÉCNICA CGM Nº 01/2013

1. ORIENTAÇÃO REFERENTE À TRAMITAÇÃO DOS PROCESSOS LICITATÓRIOS

CONSIDERANDO os dispositivos constantes no Decreto Nº 069/E, de 30 de Abril de 2013, que definem o processamento das despesas no âmbito da Administração Municipal;

A Controladoria Geral do Município, como forma de melhor subsidiar as Unidades Gestoras orienta:

O QUE? QUEM? AÇÃO

Solicitação

Unidade Gestora

Preencher o formulário de Solicitação de Autorização de Despesa em todos os campos, com valor estimado, dentro da Dotação Orçamentária fornecida pela Secretaria de Economia, Planejamento de Finanças (SEPF);

Colocar o Nº do Código do Programa e da Ação referente ao PPA correspondente;

Quando se tratar de equipamentos e acessórios da área de informática, deve-se, antes do preenchimento do formulário de Solicitação de Autorização de Despesa, encaminhar Ofício à Superintendência de Tecnologia da Informação - STI/SEPF, destacando os recursos disponíveis e solicitando especificação dos equipamentos. A referida Superintendência especificará o pedido, elaborará o Projeto Básico e encaminhará à U.G. A partir daí, segue-se o trâmite normal.

Autorização

Prefeito e/ou Comitê

Gestor

Autorizar no campo próprio do formulário de

Solicitação.

Ordenador de Despesa

Quando se tratar de despesas referentes à: Suprimento de Fundo, Folha de Pagamento, Diárias, Devolução de Convênio, Obrigação Tributária, Contributiva ou Previdenciária, Tarifas Bancárias, Publicação em Imprensa Oficial e Concessão de Serviços Públicos.

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Manual de Normas e Procedimentos 6

Verificação e Garantia da

Disponibilidade Orçamentária

Unidade Gestora

Emitir a Declaração, ou documento similar, que assegure a disponibilidade de saldo orçamentário.

Autuação dos Processos

Unidade Gestora

Abrir Processo (pasta padrão); Numerar conforme códigos adotados (a U.G.

deverá adotar dois controles de processos: um para os processos internos e outro para os processos licitatórios, neste colocando,; após o número, a sigla PL (Processo Licitatório), de modo que os processos que forem encaminhados para licitação tenham sequência numérica a partir de 001);

Anexar Projeto Básico ou Termo de Referência, em conformidade com as exigências legais, juntamente com SAD e documentação necessária. Os preços deverão estar atualizados e cotados no mercado local;

Observação 1: referindo-se a Convênios, anexar: - cópia autenticada do plano de trabalho; - cópia do Convênio, ou publicação; - ofício de autorização de licitação, nos casos de contratos analisados pela CEF (o documento é disponibilizado pela SEPF); - encaminhamento à Superintendência de Gestão Financeira - SGF/SEPF.

Encaminhar o processo à CPL, para os procedimentos licitatórios.

Observação 2: quando se tratar de Dispensa de Licitação, a Comissão Permanente de Licitação – CPL fará a triagem e devolverá o processo para a Unidade Gestora solicitante; quando exigir procedimentos licitatórios a CPL, dará o devido prosseguimento em cumprimento à Lei n° 8.666/93; - o processo devolvido à Unidade Gestora solicitante deverá ser instruído, em sua totalidade, conforme as solicitações da CPL; - atendidas as formalidades legais, o processo será encaminhado à PGM, que após análise e parecer quanto à legalidade da Dispensa e/ou Inexigibilidade o enviará à CPL.

Procedimentos Licitatórios

CPL

Realizar os procedimentos licitatórios; Encaminhar o processo à CGM, para análise e

aprovação dos procedimentos adotados.

Verificar a legalidade e regularidade do processo licitatório e emitir Parecer;

Se estiver em conformidade, encaminhar à CPL que providenciará a emissão da Certidão de Dispensa e/ou Inexigibilidade e demais

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Manual de Normas e Procedimentos 7

Análise do Processo

CGM

providências; Se não estiver em conformidade, não emitirá

parecer e devolverá a CPL para as devidas correções.

Publicação

CPL

Após emissão da Certidão, encaminhar o processo à Unidade Gestora (autoridade competente) para ratificação do ato.

Depois de homologado e adjudicado pela UG, a CPL providenciará a publicação dos atos nos termos do art. 26 da Lei Federal n°. 8.666/93.

Após publicado o extrato encaminhará para UG; É de competência da CPL, definir qual

modalidade aplicar-se-á aos processos (conforme Lei nº 8.666/93).

Homologação/ Adjudicação

Unidade Gestora

Providenciar homologação e adjudicação; Cumpridas as exigências o processo deverá ser

encaminhado à SEPF para que seja emitida a NE, e após a emissão, a Secretaria o devolverá a U.G.

Havendo indisponibilidade de atendimento das solicitações da CPL, a UG deve apresentar justificativa devidamente fundamentada pelo o não atendimento da mesma.

Observação-1: referente aos Fundos Municipais, esses possuem autonomia para execução de todas as fases da despesa pública, quais sejam: empenho, liquidação e pagamento. Logo, compete aos Fundos Municipais emitir Nota de Empenho, realizar a liquidação e o respectivo pagamento. Observação 2: recomenda-se ao Gestor fazer as devidas verificações no processo, antes da homologação/adjudicação.

Celebração do Contrato

Unidade Gestora

Assinar Nota de Empenho; Analisar o processo e a minuta do contrato e

solicitar, quando for o caso, ajustes ou inclusões que não divirjam com o Edital;

Quando necessária a celebração de contratos ou convênios, encaminhar o processo à PGM, Procuradoria de Licitações e Contratos – PLC.

PLC

Elaborar Contrato de acordo o projeto básico, edital e minuta do contrato;

Encaminhar o processo à U.G. para providenciar as devidas assinaturas e a devolução do processo para publicação.

Anexar a publicação do Extrato do Contrato ao processo;

Entregar uma via do Contrato e da NE ao Credor;

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Ordenamento

Unidade Gestora

Designar, por meio de Portaria, o Fiscal do Contrato (art. 67 da Lei Nº 8.666/93) A Portaria deve ser publicada no Diário Oficial do Município – D.O.M., e ser acostada ao processo correspondente;

Encaminhar o processo, conforme o caso: - em se tratando de obra, para a SMOU; - em se tratando de aquisição de material, para a SAPS/SMAG; - em se tratando de serviços, o processo permanece na Unidade Gestora de origem e segue o trâmite normal.

Execução

SMOU

Entregar uma via da NE e do Contrato ao credor, sob protocolo;

Emitir Ordem de Serviço; Providenciar medição, conforme o caso; Anexar Nota Fiscal; Encaminhar o processo à CGM.

Recebimento de Obras e Serviços

SMOU

Receber provisoriamente pelo responsável por seu acompanhamento e fiscalização;

Definitivamente pelo fiscal ou comissão designada, conforme art.74, inciso I, da Lei nº 8.888/93.

Estando em conformidade Atestará a Nota Fiscal;

Recebimentos de Materiais

SAPS/SMAG

Receber o material, provisório ou definitivo, o responsável pela SAPS/SMAG, realizará as devidas conferências, com a participação do Fiscal e/ou Comissão da UG;

Se estiver conforme o solicitado, atestar a Nota Fiscal e encaminhar o processo à Unidade Gestora;

Se não estiver em conformidade, comunicar a UG e tomar providências junto à empresa. Caso não seja resolvido, encaminhar o processo à PGM para as providências legais.

Acompanhar os prazos no Contrato e, em caso de atraso na entrega, comunicar a Secretaria de origem, imediatamente;

Depois de atendidas as exigências legais, seguir a tramitação de rotina.

Unidade Gestora

Participar do recebimento do material (ver art. 15, §8º da Lei Nº 8.666/93);

Atestar a Nota Fiscal (o fiscal do contrato e/ou comissão designada deverá atestar a NF);

Encaminhar o processo à CGM para a análise que precede o Registro de Liquidação;

Em caso de atraso: - manter contato com a empresa, que poderá solicitar prorrogação formal do prazo. A

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concessão de prazo deverá ser dada, se for o caso, formalmente; - persistindo o atraso, deverá fazer Notificação à empresa. Caso não seja entregue, tomar providências (ver art. Orientações dadas pela CGM, na Orientação Técnica CGM Nº 05/2012)

Verificação

CGM

Analisar o processo e emitir Parecer. - se regular, encaminhar à SEPF ou aos Fundos Municipais para o Registro de Liquidação – RL. - se apresentar irregularidades, devolver à Unidade Gestora, para as devidas correções.

Registro de Liquidação

SEPF/ Fundos

Municipais

Calcular as retenções; Emitir NL; Encaminhar para pagamento.

Pagamento

SEPF

Providenciar o pagamento, conforme o Cronograma de Desembolso Financeiro;

Efetuar os lançamentos contábeis; Elaborar Termo de Encerramento do processo; Quando se tratar de:

- entrega parcelada de materiais, a Unidade Gestora encaminhará o processo à SAPS/SMAG para novo recebimento; - processos contínuos, encaminhar à Unidade Gestora para aguardar novo faturamento; - processos referentes a Convênios, quando executado, encaminhar à Superintendência de Gestão de Convênios SGC/SEPF, para a elaboração de prestação de contas e, posteriormente a encaminhará a UG solicitante.

Prorrogação de Prazo e/ou

Acréscimo de Valor Contratual

Unidade Gestora

Encaminha o processo à PGM, para emissão de termo aditivo; ou

à SEPF para emissão de NE, quando o caso requerer.

Abertura de Volume

Unidade onde se

encontra o processo

O limite de folhas dentro de um processo não deverá ultrapassar 200 (duzentas) folhas;

A responsabilidade pela formação de um novo volume de processo é da Unidade onde o processo estiver no momento em que a juntada de folhas de informações e documentos ultrapassarem o estipulado;

Não é permitido desmembrar documento, e se ocorrer inclusão de um documento que exceda as 200 folhas, esse documento abrirá um novo volume;

No momento em que o processo for dividido, os volumes deverão ser numerados na capa do processo com a seguinte inscrição: Volume 1, Volume 2 etc;

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No volume anterior, após a última folha do processo, incluir-se-á “TERMO DE ENCERRAMENTO DE VOLUME”, devidamente numerado;

No novo volume, logo após a capa, incluir-se-á “TERMO DE ABERTURA DE VOLUME” e, ainda, as cópias do extrato do Contrato e do Termo Aditivo, se houver, bem como da publicação da Portaria de designação do fiscal, também devidamente numerados.

OBS: se o responsável pela Unidade que estiver recebendo o processo verificar que a quantidade de folhas está em desacordo com esta orientação, deverá devolvê-lo à Unidade remetente para que seja providenciada a divisão do processo em volumes de forma adequada.

Boa Vista-RR, 18 de maio de 2013.

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Altera a Instrução Normativa CGM Nº 003/2009 e a Orientação Técnica CGM Nº 06/2012.

ORIENTAÇÃO TÉCNICA CGM Nº 02/2013

2. REGULAMENTAÇÃO DE CONCESSÃO DE DIÁRIAS AOS SERVIDORES PÚBLICOS

CONSIDERANDO os dispositivos constantes no Decreto Nº 83/E, de

17 de Maio de 2013, que regulamenta a concessão de diárias aos servidores

públicos que, a serviço se afastar, em caráter eventual ou transitório;

A Controladoria Geral do Município orienta:

2.1. A solicitação de diárias deverá ocorrer com antecedência mínima

de 3 (três) dias da data do deslocamento, devidamente formalizada através de

processo.

2.2. A diária será concedida por dia de afastamento para cobrir as

despesas com pousada, alimentação e locomoção urbana, observados os

valores consignados na tabela, constante no Anexo I, do Decreto Nº 83/E, de

17/05/13.

2.3. O servidor fará jus somente à metade do valor da diária, quando o

afastamento não exigir pernoite fora do Município e no dia do retorno ao

Município.

2.4. Quando da participação de servidores em eventos diversos, fora

do Estado de Roraima, é imprescindível a apresentação do Certificado e a

elaboração do Relatório, em duas vias, contendo os seguintes dados:

2.4.1. O nome, cargo ou função do proponente;

2.4.2. O nome e o cargo do servidor beneficiado;

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Manual de Normas e Procedimentos 12

2.4.3. A descrição objetiva do serviço/evento a ser executado ou

realizado;

2.4.4. A indicação do local onde o serviço/evento será executado

ou realizado;

2.4.5. O período provável do afastamento;

2.4.6. O valor unitário, a quantidade de diárias e a importância a

ser paga;

2.4.7. Autorização de pagamento pelos Ordenadores de Despesas.

2.5. Os dados acima mencionados deverão ser informados mediante

formulário padronizado, conforme Anexos I e II, desta Orientação Técnica.

2.6. O Relatório e o Certificado devem ser anexados:

2.6.1. Nos processos de diárias, quando da participação de

servidores em Cursos, Seminários, ou Eventos similares, em

que a Prefeitura Municipal de Boa Vista não for parte

Contratante;

2.6.2. Nos respectivos processos de Contratação, quando da

participação de servidores em Cursos, Seminários ou

Eventos similares, em que a Prefeitura Municipal de Boa

Vista for parte Contratante.

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Manual de Normas e Procedimentos 13

2.7. Quando da retenção de incidências tributárias:

2.7.1. Nos casos em que as despesas com diárias para viagens

não exceder a 50% (cinqüenta por cento) da remuneração

mensal do servidor, não incidirá Imposto de Renda na fonte

e INSS, conforme disposto no art. 6º, inc. II da Lei Federal nº

7.713/88 e art. 28, § 9º, alínea “h” da Lei Federal nº

8.212/91.

2.7.2. Nos casos em que as despesas com diárias para viagens for

superior a 50% (cinqüenta por cento) da remuneração

mensal do servidor, os tributos acima mencionados serão

retidos, atendendo o art. 28, § 8º, alínea “a” da Lei Federal

nº 8.212/91 e Parecer Normativo CST 10/92.

RECOMENDAMOS que, sejam indicados para participar de eventos

de capacitação, servidores que atuam na área em questão.

Boa Vista-RR, 28 de Maio de 2013.

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Manual de Normas e Procedimentos 14

ANEXO I

RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Relatório Circunstanciado contendo as seguintes informações:

1. Nome(s) do(s) participante(s): ____________________________________ 2. Nome do curso/evento: _________________________________________ 3. Período do curso/evento: _______________________________________ 4. Local: _______________________________________________________ 5. Data e horário do curso/evento: __________________________________ 6. Promoção (quem está promovendo o evento): _______________________ 7. Objetivo: ____________________________________________________ 8. Conteúdo programático: ________________________________________ 9. Conclusão (avaliação geral do curso/evento e abordar assuntos que podem

ser utilizados para melhoria da gestão administrativa, financeira ou atividade específica, junto à PMBV)

10. Assinatura do(s) participante(s), com o ciente do Gestor da Unidade a qual pertence o(s) servidor (es)

Boa Vista/RR, ___ de ____________ de 20__

__________________

Servidor Beneficiário

APROVAÇÃO

___/__/__

___________________

Secretário

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ANEXO II

PROPOSTA E CONCESSÃO DE DIÁRIAS

Nome: Cargo/Função:

LOCALIDADE(S) Nº DIAS VLR UNITÁRIO (R$) TOTAL (R$)

_________________________________________________________

Assinatura do Proponente

EM: ___/___/____

_________________________________________________________

Assinatura do Ordenador

Recebi a importância de R$_________________(____________________________________________) Pelo cheque nº _________________de____/____/____, ou através da ordem bancária nº______de ___/___/___

______________________________________

Assinatura do Proposto ou do Responsável pelo Setor Financeiro

PROPOSTA E CONCESSÃO DE DIÁRIAS

PROPONENTE

LOCAL, SERVIÇO A SER EXECUTADO E PERÍODO DE AFASTAMENTO

CONCESSÃO

REQUISITE-SE PASSAGENS CONCEDIDO AS DIÁRIAS

SETOR FINANCEIRO

RECEBIMENTO/PAGAMENTO

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Altera a Instrução Normativa CGM Nº 007/2009 e a Orientação Técnica CGM Nº 08/2012.

ORIENTAÇÃO TÉCNICA CGM Nº 03/2013

3. REFERENTE À CONCESSÃO DE PASSAGENS AÉREAS PARA SERVIDORES (EFETIVOS, COMISSIONADOS E OUTROS), BEM COMO CONVIDADOS DA PREFEITURA MUNICIPAL DE BOA VISTA.

CONSIDERANDO a necessidade de maior acompanhamento da

concessão e utilização de passagens aéreas, de acordo com os ditames legais;

A Controladoria Geral do Município orienta:

3.1. Quando forem solicitadas passagens para servidores, bem como

convidados para participarem e/ou ministrarem em Congressos, Cursos,

Eventos similares ou para desenvolverem trabalhos de interesse da Prefeitura

Municipal de Boa Vista, a solicitação de autorização à/ao Chefe do Executivo,

deverá ser feita imediatamente à decisão da viagem, ou seja, com o máximo de

antecedência possível;

3.2. A solicitação com a definição das datas (ida e volta) deverá ser

acompanhada de pesquisa de preços, para a data requerida, obtida via internet

– nos sites da Azul, Gol e/ou TAM. Quando se tratar de aquisição de passagem

área internacional, abrir-se-á uma exceção para outras empresas;

3.3. A Companhia Aérea selecionada deverá ser a que ofertar o menor

preço, exceto quando oprimidos pelo horário de se estar no local do evento ou

outros;

3.4. Tão logo seja feita a autorização pelo(a) Excelentíssimo(a)

Prefeito(a), o Departamento de Apoio Logístico do Gabinete do(a) Prefeito(a),

ou outro setor responsável nas Secretarias que mantêm seus próprios

processos, deverão tomar providências junto à empresa contratada, para

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Manual de Normas e Procedimentos 17

efetivar a compra pelo menor preço oferecido. (Sabe-se que o preço pode estar

à maior ou menor daquele obtido na data da solicitação de autorização, mas

sendo tomadas providências imediatas, ainda poderá obter os descontos

respectivos);

3.5. A Unidade Gestora é responsável pelo acompanhamento dos

preços praticados nas passagens e aqueles oferecidos pela empresa;

3.6. O canhoto do cartão de embarque deverá ser entregue no

DAL/GPRE, ou outro setor responsável nas Secretarias que mantêm seus

próprios processos, para ser anexado ao respectivo processo;

3.7. A não entrega acarretará na apresentação de Nota de

Esclarecimento sobre o fato;

3.8. Para facilitar, o servidor e/ou convidado que for utilizar a

passagem deverá ser informado, previamente, ou seja, quando receber a

passagem, sobre a devolução do canhoto do cartão de embarque;

3.9. As passagens serão entregues pelo DAL/GPRE ou outro setor

responsável nas Secretarias que mantêm seus próprios processos, para o

beneficiado, ou alguém por ele indicado, quando assinará o documento de

recebimento do bilhete;

3.10. As alterações de valores referentes às mudanças de dia e horário,

só poderão ser pagas pelo Município quando ocorrerem por motivo de trabalho.

Se o motivo for pessoal, os custos correrão por conta do próprio servidor e/ou

convidado;

3.11. Na oportunidade, lembramos que o Relatório Circunstanciado

previsto no Anexo I da Orientação Técnica CGM Nº 06/2013, deverá ser

apresentado.

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Manual de Normas e Procedimentos 18

3.12. Informamos que não serão autorizadas passagens para

contratados regidos através de processos Licitatórios, salvo se a Prefeitura de

Boa Vista necessitar deste, para acompanhar o servidor do município em

viagem para fora do Estado de Roraima;

3.13. As recomendações elencadas nesta Orientação Técnica versarão

também sobre a aquisição de passagens aéreas através do Cartão

Corporativo.

3.14. ALERTAMOS que, quando se tratar de participação em Cursos,

Congressos ou Eventos similares, deverão ser anexados ao processo de

diárias, o Certificado, bem como o Relatório de participação.

O servidor e/ou convidado que não apresentarem os documentos

acima elencados serão penalizados com o valor do custo da passagem.

Boa Vista-RR, 05 de junho de 2013.

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ORIENTAÇÃO TÉCNICA CGM Nº 04/2013

4. ORIENTAÇÃO ACERCA DA PESQUISA DE PREÇOS PARA AQUISIÇÃO DE MATERIAIS PARA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA MUNICIPAL

CONSIDERANDO que o gestor público tem o dever de demonstrar no processo a legalidade e a regularidade dos atos que pratica, conforme preconiza o art. 113, da Lei Nº 8.666/93;

CONSIDERANDO que tal demonstração deve ser transparente e pautar-se no Princípio da Isonomia, bem como no Princípio da Economicidade ante a aquisição de materiais;

CONSIDERANDO que a cotação de preços é um dos passos principais para o planejamento de uma contratação pública e, embora, sua aplicação seja uma mera formalidade, seu objetivo é encontrar o preço médio praticado no mercado para um determinado objeto;

A Controladoria Geral do Município orienta:

4.1. DA CONSULTA NO MERCADO LOCAL

4.1.1. As compras para os órgãos da Administração Pública devem ser precedidas de pesquisa de preços, em pelo menos 03 (três) estabelecimentos distintos, cadastrados ou não, que comercializam os bens objeto da licitação.

4.1.2. A Administração Pública deve preocupar-se com a homogeneidade da amostra obtida no mercado.

4.1.3. Os gestores devem atentar para as discrepâncias significativas dos valores da pesquisa, tendo a liberdade de expurgar os preços que destoam, respeitando o exercício da livre concorrência e, se for o caso, aumentar a quantidade de pesquisas no mercado, como forma de encontrar o preço médio que mais se aproxima da realidade.

4.1.4. Os resultados da pesquisa servirão como base para a estimativa de custo a ser elaborada pela Unidade Gestora.

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4.1.5. Quando se tratar de elaboração de orçamento referente a obras e serviços de engenharia, seguir-se-á o que dispõe o Decreto Nº 7.983/13, em especial, os artigos 3º e 4º, senão vejamos:

Art. 3º. O custo global de referência, exceto os serviços e obras de infraestrutura de transporte, será obtido a partir das composições dos custos unitários previstas no projeto que integra o edital de licitação, menores ou iguais à mediana de seus correspondentes nos custos unitários de referência do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil – SINAPI, excetuados os itens caracterizados como montagem industrial ou que não possam ser considerados como de construção civil.

Art. 4º. O custo global de referência dos serviços e obras de infraestrutura de transportes será obtido a partir das composições dos custos unitários previstas no projeto que integra o edital de licitação, menores ou iguais aos seus correspondentes nos custos unitários de referência do Sistema de Custos Referenciais e Obras – SICRO, cuja manutenção e divulgação caberá ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT, excetuados os itens caracterizados como montagem industrial ou que não possam ser considerados como de infraestrutura de transportes.

4.1.6. Nos casos em que houver a possibilidade de pesquisa no mercado local, referente a obras e serviços de engenharia, esta fundamentar-se-á nas recomendações referidas nesta Orientação, assim como no Decreto acima mencionado.

4.2. DA CONSULTA VIA INTERNET

4.2.1. Quando se tratar de materiais não disponíveis no mercado local, a cotação de preços poderá acontecer através da internet.

4.2.2. As empresas contactadas deverão enviar suas propostas por e-mail, cabendo, à empresa vencedora, o envio dos documentos originais, ou cópia autenticada em cartório, constando o CNPJ, permanecendo as demais orientações acima mencionadas.

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4.2.3. A falta dos documentos originais ou autenticados, não é causa impeditiva para o prosseguimento do processo, devendo a empresa enviá-lo o mais breve possível.

4.2.4. Cabe à empresa vencedora arcar com os dispêndios de envio dos documentos originais e despesas com frete, além dos encargos que possam vir a surgir.

Boa Vista/RR, 10 de Junho de 2013.

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ORIENTAÇÃO TÉCNICA CGM Nº 05/2013

5. ORIENTAÇÕES SOBRE O TERMO ADITIVO CONTRATUAL

CONSIDERANDO que o Contrato Administrativo é o ajuste que a

Administração Pública, agindo nessa qualidade, firma com o particular ou com

outra entidade administrativa, para consecução de objetivos de interesse

público, nas condições desejadas pela própria Administração, conforme

preceitua o art. 54 da Lei Federal Nº 8.666/93;

CONSIDERANDO que a contratação deve ser formalizada,

obrigatoriamente, por meio de termo de contrato, nos termos explicitados no

art. 62, caput, da Lei Federal Nº 8.666/93;

CONSIDERANDO que o Termo Aditivo é o instrumento utilizado

para formalizar as modificações nos contratos administrativos, previstas em

Lei, tais como acréscimos ou supressões no objeto, prorrogações de prazos,

prorrogação do contrato, além de outras;

A Controladoria Geral do Município assim orienta:

5.1. DO PROCEDIMENTO

Inicialmente, é vedada a contratação pública por prazo

indeterminado (art. 57, §3º, da Lei Federal Nº 8.666/93).

A regra, é que a duração dos contratos regidos pela Lei Federal Nº

8.666/93 ficam adstritos à vigência dos respectivos créditos orçamentários,

cabendo exceções (art. 57, caput).

Nos casos em que houver a pretensão de modificação do Contrato,

o órgão ou entidade interessada, por meio de ato formal interno, identificará a

necessidade administrativa e apresentará razões de interesse público que

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justificam o aditamento pretendido, apontando explicitamente a finalidade

pública a ser alcançada.

Considerando que o aditamento denota tempo, o termo aditivo

deverá ser celebrado previamente à expiração do prazo contratual, de modo a

evitar execução sem cobertura contratual.

A responsabilidade pela adoção das providências necessárias ao

regular aditamento do contrato cabe ao Gestor do Contrato, identificado no

instrumento contratual.

Saliente-se que, sem que haja indicação de dotação orçamentária,

nenhuma despesa poderá ser efetuada.

Compete à Procuradoria Geral do Município – PGM a execução das

atividades de consultoria jurídica e de assessoramento jurídico ao Chefe do

Poder Executivo e aos órgãos da Administração Direta.

Após a devida análise jurídica do aditamento pela PGM, o órgão ou

entidade responsável pelo processamento do aditamento convocará o

contratado para assinar o termo aditivo que, em seguida, será publicado no

Diário Oficial do Município como condição indispensável para que o negócio

jurídico produza efeitos. Posteriormente, o ordenador de despesas do órgão ou

entidade interessada autorizará a emissão do empenho.

5.2 DAS FORMAS

Quanto à forma, a celebração de Termos Aditivos Contratuais pode

ser por prorrogação de vigência, alteração do objeto contratual, equilíbrio

econômico-financeiro e reajuste de preços.

Vejamos, pois, cada um, detalhadamente:

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5.2.1. PRORROGAÇÃO DA VIGÊNCIA DO CONTRATO

Caberá ao órgão ou entidade interessada comprovar a

vantajosidade da prorrogação contratual mediante a autuação de, pelo menos,

3 (três) orçamentos que, necessariamente, contenham, em relação às

empresas consultadas, indicação de nome e nº da inscrição no Cadastro

Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ, endereço e telefone comerciais, nome e

assinatura da pessoa responsável pelo conteúdo da proposta e validade da

proposta.

Na hipótese de prorrogação da vigência de contrato de serviços

contínuos que utilize planilhas de composição de custo, apenas será

considerado válido o conjunto de orçamento (consulta de mercado) que tenham

como base o mesmo piso salarial profissional da categoria, previsto na

Convenção Coletiva de Trabalho vigente.

O órgão ou entidade interessada deverá elaborar e autuar planilha

que consolide a consulta de mercado realizada e reflita a divisão do objeto a

ser contratado (preço global, por lotes ou por itens), assinada pelo Servidor

Público responsável.

No caso de prorrogação do prazo de execução de obras e serviços

de engenharia, será dispensada a consulta de mercado para a estimativa

prévia do valor de mercado, sendo utilizados os preços unitários constantes da

Planilha anexada ao contrato.

Na hipótese em que o contrato não puder ser prorrogado em virtude

de expiração do prazo limite de vigência, deverá ser elaborado Projeto Básico

visando à elaboração de novo procedimento licitatório.

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DAS EXCEÇÕES:

Os incisos do art. 57 da Lei Federal Nº 8.666/93 explicitam os casos

em que os prazos não ficam adstritos à vigência dos respectivos créditos

orçamentários, senão vejamos:

Art. 57. ...

I – aos projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no

Plano Plurianual, os quais poderão ser prorrogados se houver interesse da

Administração e desde que isso tenha sido previsto no ato convocatório;

II – a prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão

ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas a

obtenção de preços e condições mais vantajosas para a Administração, limitada a

sessenta meses;

III – vetado

IV – ao aluguel de equipamentos e à utilização de programas de informática,

podendo a duração estender-se pelo prazo de até 48 (quarenta e oito) meses

após o início da vigência do contrato.

5.2.2. ALTERAÇÃO DO OBJETO CONTRATUAL

Neste caso, o órgão ou entidade interessada procederá a

elaboração do Projeto Básico ou Termo de Referência pertinente ao

aditamento da forma mais detalhada possível.

Quando se tratar de alteração do objeto de contratos de obras e

serviços de engenharia, o órgão ou entidade interessada elaborará Planilha

Orçamentária com a indicação dos preços unitários e totais estimados (sem

qualquer acréscimo a título de despesas indiretas ou lucro); do percentual

estimado para o Benefícios e Despesas Indiretas - BDI/ Lucros e Despesas

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Indiretas - LDI das obras e serviços e do preço global máximo estimado para a

contratação. Também elaborará e autuará detalhamento da composição do

BDI/LDI estimado para as obras e serviços e indicará a fonte ou as fontes

oficiais de consulta utilizadas para a identificação dos preços unitários,

inseridos na Planilha Orçamentária (SINAPI, SICRO), conforme disposto nos

artigos 13 e 15 do Decreto Federal Nº 7.983/13.

A diferença percentual entre o valor global do contrato e o preço

global de referência não poderá ser reduzida em favor do contratado em

decorrência de aditamentos que modifiquem a planilha orçamentária (art. 14 do

Decreto Federal Nº 7.983/13).

Projeto Básico ou termo de Referência é documento que, de

forma a propiciar a avaliação dos custos pela Administração,

diante do orçamento detalhado e considerando os preços

praticados no mercado, deve indicar, de forma clara, concisa e

objetiva, a necessidade do órgão, objeto a ser contratado,

critérios de aceitação do objeto, definição de métodos, estratégia

de suprimento, cronograma físico-financeiro (se for o caso),

deveres do contratado e do contratante, procedimentos de

fiscalização e gerenciamento do aditamento, prazo de execução e

de garantia (se for o caso), sanções por inadimplemento,

conforme o caso.

No caso de alteração quantitativa do objeto contratual, a

legislação licitatória estipula o limite de 25% (vinte e cinco por

cento) do valor inicial atualizado para obras, serviços e compras e

de 50% (cinquenta por cento) do valor inicial atualizado para

reforma de edifício ou equipamento, conforme previsão legal no

art. 65, §1º da Lei Federal Nº 8.666/93.

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O valor contratual, em razão de acréscimo, não poderá extrapolar

o limite relativo à modalidade licitatória adotada (art. 65, §2º, da

Lei Federal Nº 8.666/93).

No caso de alteração qualitativa do objeto contratual, a qual

decorre de modificação do projeto ou de especificações, exigem-

se, para a sua efetivação, os seguintes requisitos mínimos: a)

existência de fato superveniente, ou pelo menos de conhecimento

superveniente, capaz de ensejá-la; b) justificativa técnica

adequada e suficiente; e c) não transmutação ou desnaturação do

objeto.

De acordo com a Lei Federal Nº 8666/93, o contratado é obrigado a

aceitar, nas mesmas condições do contrato original, acréscimos ou

supressões, respeitados os limites admitidos.

A proposta comercial será autuada pelo órgão ou entidade

interessada e, obrigatoriamente, os documentos de habilitação jurídica e

regularidade fiscal do contratado. Os documentos de qualificação técnica e

qualificação econômico-financeira serão autuados quando o caso concreto

assim o exigir.

5.2.3. EQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO (art. 65, inc. II, alínea “d”)

O equilíbrio econômico-financeiro consiste na manutenção das

condições de pagamento inicialmente estabelecidas no contrato, a fim de que

se mantenha estável a relação entre as obrigações do contratado e a

retribuição da Administração, para a justa remuneração da obra, serviço ou

fornecimento.

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O reequilíbrio econômico-financeiro do contrato se justifica nas

seguintes ocorrências:

5.2.3.1. Fato imprevisível, ou previsível, porém de

conseqüências incalculáveis, retardadores ou

impeditivos da execução do que foi contratado;

5.2.3.2. Caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe,

configurando álea econômica (probabilidade de perda

concomitante à probabilidade de lucro) extraordinária e

extracontratual.

Para que possa ser autorizado e concedido o reequilíbrio

econômico-financeiro do contrato, normalmente pedido pelo contratado, deverá

ser verificado:

A compatibilidade dos custos dos itens constantes da proposta

contratada com a planilha de custos que acompanha o pedido do

reequilíbrio;

A demonstração de que os itens da planilha de custos estão

economicamente defasados, inclusive com a taxa de

administração, e que estão ocasionando o desequilíbrio do

contrato.

O restabelecimento do equilíbrio econômico-financeiro não está

vinculado a qualquer índice, ocorre quando for necessário o restabelecimento

da relação econômica que as partes pactuaram inicialmente.

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5.2.4. REAJUSTE DE PREÇOS

Por meio de ato formal interno, o órgão ou entidade interessada

apreciará o pedido de reajuste apresentado pela contratada quanto à sua

pertinência, verificando, através de manifestação expressa e detalhada: a

previsão da possibilidade de reajuste no edital ou contrato original e o decurso

de, pelo menos 12 (doze) meses desde a última pactuação, entendendo-se

como pactuação a data da proposta comercial ou do orçamento (Convenção

Coletiva de Trabalho) que a tenha embasado (art. 40, inc. XI).

O órgão ou entidade interessada apresentará memória de cálculo do

reajuste de preços requerido pela contratada e indicará o valor contratual

mensal e global reajustado.

No caso de reajuste de preços de contrato de prestação de serviços

envolvendo a cessão de mão-de-obra, o órgão ou entidade interessada

observará, na elaboração do cálculo, que o teor da Convenção Coletiva de

Trabalho incida apenas sobre o piso salarial da categoria e suas repercussões

legais.

A contratada apresentará manifestação expressa de anuência com o

valor reajustado, nos termos da memória de cálculo apresentado pelo órgão ou

entidade interessada, e de sua manutenção pelos próximos 12 (doze) meses.

Boa Vista-RR, 14 de Junho de 2013.

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Altera a Instrução Normativa CGM Nº 009/2009 e a Orientação Técnica CGM Nº 07/2012.

ORIENTAÇÃO TÉCNICA CGM Nº 06/2013

6. ORIENTAÇÕES PARA A UTILIZAÇÃO DO CARTÃO CORPORATIVO DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL PARA AQUISIÇÃO DE PASSAGENS AÉREAS

CONSIDERANDO o disposto no art. 9º do Decreto Nº 191/E, de 22

de Outubro de 2009, que dispõe sobre a aquisição de passagens aéreas

mediante a utilização do Cartão Corporativo;

CONSIDERANDO a necessidade de padronização e orientação

sistemática do processo de utilização do Cartão Corporativo;

A Controladoria Geral do Município orienta:

6.1. DAS DEFINIÇÕES

Para fins desta Orientação Técnica, adotam-se as seguintes

definições:

6.1.1. Cartão Corporativo da Administração Municipal: é o

instrumento de pagamento para aquisição de passagens

aéreas, emitido em nome da Unidade Gestora – Chefia de

Gabinete do Prefeito – e operacionalizado através do Banco

do Brasil S/A – Instituição Financeira contratada;

6.1.2. Portador: servidor autorizado pelo Ordenador de Despesas

à utilização do Cartão Corporativo;

6.1.3. Afiliado: companhia aérea integrante da rede a que estiver

associada à BBCARTÕES, onde podem ser efetivadas

transações com o Cartão Corporativo;

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6.1.4. Transação: operação comercial realizada entre o portador e

o afiliado, com o pagamento por meio do Cartão Corporativo;

6.1.5. Companhias Aéreas: empresas em que o Portador irá

buscar a melhor oferta de preços para prestação de serviços

relativos à reserva, emissão e venda de bilhetes de

passagens aéreas;

6.1.6. Limite de Crédito: valor máximo estabelecido pelo

Ordenador de Despesas junto à BBCARTÕES, para a

utilização do Cartão Corporativo;

6.1.7. Limite Geral Mensal: é o limite máximo que o Portador

pode gastar;

6.1.8. Demonstrativo Geral Mensal: documento emitido pela

BBCARTÕES, contendo a relação das transações efetuadas

pelos portadores da respectiva Unidade Gestora Titular,

lançadas na fatura do mês, para efeito de conferência e

atesto.

6.2. DA ABERTURA DO PROCESSO ADMINISTRATIVO

A abertura do processo administrativo ocorrerá por ocasião da

adesão ao ajuste firmado entre o Município e a Instituição Financeira

contratada para movimentação do Cartão Corporativo, o qual deverá conter:

6.2.1. Cópia do contrato firmado entre o Município e a Instituição

Financeira contratada;

6.2.2. Cópia da Carteira de Identidade do Portador do Cartão

Corporativo da Administração Municipal;

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6.2.3. Cópia do CPF do Portador;

6.2.4. Cópia do Comprovante de residência do Portador;

6.2.5. Cópia do Decreto de Nomeação do Servidor;

6.2.6. Cópia do Decreto que “dispõe sobre a aquisição de

passagens aéreas mediante a utilização do Cartão

Corporativo da Administração e dá outras providências”;

6.2.7. Cópia da Portaria de Nomeação do Portador e de seu

eventual substituto legal;

6.2.8. Cópia do Documento do Banco do Brasil, constando os

dados do Portador;

6.2.9. Solicitação da Nota de Empenho;

6.2.10. Nota de Empenho;

6.2.11. Documentos que geraram a solicitação das passagens

aéreas;

6.2.12. Comprovante de oferta de preços, obtidos nas

Companhias Aéreas;

6.2.13. Comprovante de compra assinado pelo Portador do

Cartão;

6.2.14. Cópia dos bilhetes de passagens;

6.2.15. Canhoto do Cartão de Embarque;

6.2.16. Demonstrativo mensal e fatura emitida pelo Banco do

Brasil e atestado pelo Portador do Cartão.

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Manual de Normas e Procedimentos 33

6.3. DA APLICAÇÃO

6.3.1. O uso do Cartão Corporativo do Município fica restrito às

transações realizadas para aquisição de passagens

aéreas, sem prejuízo das demais formas de pagamento

previstas na legislação;

6.3.2. A aquisição de passagens aéreas será realizada com a

prévia autorização do Chefe do Poder Executivo;

6.3.3. Para o pagamento das despesas com aquisição de

passagens aéreas mediante a utilização do Cartão

Corporativo é necessário que haja recurso disponível na

conta corrente específica;

6.3.4. Caberá ao Ordenador de Despesa definir o limite de

utilização e o valor para cada Portador do Cartão, alterar o

limite de utilização e de valor e expedir a ordem para

disponibilização dos limites, junto ao estabelecimento

bancário;

6.3.5. Para as despesas com aquisição de passagens aéreas

através do Cartão Corporativo, observar-se-á, o valor

máximo por transação, conforme especificação contida em

documento do Banco do Brasil;

6.3.6. O Cartão Corporativo da Administração Municipal e a

respectiva senha são de uso pessoal e intransferível ao

Portador nele identificado, indicado em ato próprio pela

autoridade competente, sendo o mesmo responsável pela

sua guarda e uso, não podendo ser utilizado para outros

fins;

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6.3.7. O Portador do Cartão Corporativo que utilizá-lo para outros

fins que não o de aquisição de passagens aéreas, na forma

desta Instrução, deverá efetuar o ressarcimento dos

respectivos valores, até a data estipulada pela

Administração, mediante depósito identificado na conta

corrente da Prefeitura Municipal de Boa Vista, sem

prejuízos das sanções administrativas cabíveis;

6.3.8. O Portador que não efetuar o ressarcimento acima

mencionado será, também, responsabilizado penal e

civilmente, na forma da lei;

6.3.9. Toda a transação deverá ser efetivada na data da compra,

mediante assinatura do respectivo comprovante no valor da

operação;

6.3.10. Nos casos inesperados, urgentes ou emergenciais e

ainda, por força de trabalho, devidamente justificado, a

aquisição dos bilhetes de passagens aéreas poderá ser

adquirida com tarifas maiores, desde que não seja possível

viajar no horário da companhia aérea que está ofertando o

menor preço, para que não haja comprometimento dos

objetivos e metas da Administração Pública Municipal.

6.4. DA SOLICITAÇÃO E DA COMPROVAÇÃO DAS DESPESAS

A solicitação para aquisição de passagens aéreas deverá ser feita

com a maior antecedência possível, de modo a assegurar tempo suficiente

para a obtenção de menores preços.

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Manual de Normas e Procedimentos 35

O ofício de solicitação deverá ser encaminhado ao/à Excelentíssimo

(a) Prefeito (a), contendo os seguintes dados:

6.4.1. O motivo da viagem, justificando a sua necessidade

premente, data da saída e de retorno, trecho, nome do

beneficiado, CPF, cargo/função, matrícula e data de

nascimento;

6.4.2. Obrigatoriamente, deverá ser anexado o convite, prospecto

ou outro documento que comprove o motivo da viagem;

6.4.3. O beneficiado deverá, ao voltar da viagem, apresentar à

Chefia do Gabinete, o canhoto ou similar do cartão de

embarque, em até no máximo 5 (cinco) dias após o retorno;

6.4.4. Quando se tratar de participação em Cursos, Seminários

ou Eventos similares deverão ser apresentados o

Certificado, bem como o Relatório, em duas vias, sendo

que uma ficará na pasta própria da Chefia do Gabinete,

para fiscalização, quando necessário, e a outro no

processo de diárias quando concedidas;

6.4.5. Quando se tratar de participação em reuniões, bem como

em outros eventos similares, deve-se seguir as orientações

descritas no item 7.4.4, quanto à apresentação de relatório.

6.4.6. Qualquer mudança de valor de passagem, decorrente de

alteração da data que não seja amparada pelo Município,

correrá por conta do beneficiado, que deverá apresentar à

Chefia de Gabinete do Prefeito o comprovante de

ressarcimento para ser anexado aos autos;

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6.4.7. O Portador do Cartão deverá anexar no processo, a Fatura

Mensal emitida pela BBCARTÕES, contendo a relação das

transações efetuadas, para efeito de conferência.

6.5. DO CONTROLE

6.5.1. O processo do Cartão Corporativo, devidamente

formalizado, deverá ser submetido à análise da

Controladoria Geral do Município até o quinto dia de cada

mês, ou dia útil subsequente, para comprovação da

legalidade dos atos;

6.5.2. Em seguida, deverá ser encaminhado à Secretaria

Municipal de Economia, Planejamento e Finanças para

serem anexados os respectivos comprovantes de

pagamento, bem como, efetuar a contabilização das

despesas de acordo com as Normas Brasileiras de

Contabilidade aplicadas no Setor Público – NBCP;

6.5.3. Cumpridas as formalidades constantes nos subitens 7.5.1 e

7.5.2, o processo deverá ser enviado ao Ordenador de

Despesa para dar continuidade ao ciclo operacional.

A referida Orientação Técnica CGM Nº 07/2013 deverá, em sua

aplicação, ser interpretada de acordo com o Ordenamento Jurídico aplicado à

Administração Pública, ficando a cargo desta Controladoria as atualizações que

se fizerem necessárias após a publicação e entrada em vigor deste

Instrumento.

Boa Vista-RR, 18 de Junho de 2013.

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Manual de Normas e Procedimentos 37

Altera a Instrução Normativa CGM e PGMU Nº 001/2010 e a Orientação Técnica CGM Nº 09/2012.

ORIENTAÇÃO TÉCNICA CGM Nº 07/2013

7. INDENIZAÇÃO

CONSIDERANDO as diversas solicitações de indenizações para

pagamento de serviços e materiais utilizados antes de procedimentos

licitatórios e consequente emissão de Notas de Empenho e, ainda, processo

em execução sem a respectiva N.E, no caso de aditamentos de prorrogações

de prazos;

CONSIDERANDO as disposições legais que transcrevemos abaixo:

1 – Lei Federal Nº 8.666/93:

Art. 2º. As obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações,

concessões, permissões e locações da Administração Pública, quando

contratadas com terceiros, serão necessariamente precedidas de licitação, ressalvadas as hipóteses previstas nesta Lei. (destaque nosso)

Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se contrato todo e

qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da Administração Pública e

particulares, em que haja um acordo de vontades para a formação de

vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a

denominação utilizada.

Art. 3º. A licitação destina-se a garantir a observância do princípio

constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a

Administração e será processada e julgadas em estrita conformidade com

os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade,

da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos

que lhes são correlatos. (destaque nosso)

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Manual de Normas e Procedimentos 38

(...)

Corrobora ainda:

Art. 59. A declaração de nulidade do contrato administrativo opera

retroativamente impedindo os efeitos jurídicos que ele, ordinariamente,

deveria produzir, além de desconstituir os já produzidos. (destaque nosso).

Parágrafo único. A nulidade não exonera a Administração do dever de indenizar o contratado pelo que este houver executado até a data em

que ela for declarada e por outros prejuízos regularmente comprovados,

contanto que não lhe seja imputável, promovendo-se a responsabilidade de quem lhe deu causa. (destaque nosso)

No mesmo sentido a doutrina do prof. Carlos Pinto Coelho Motta, in

obra Eficácia nas Licitações e Contratos, pág. 298/599, Ed. Del Rey, ensina:

O art. 59 da LNL reforça a antecedência necessária de licitação ao

contrato administrativo. Se aquela for falha ou contiver ilegalidade, o contrato

como consequência, deve ser desfeito.

O art. 59 deve ser interpretado em conexão com o art. 49. “O ato

ilegal (portanto nulo) leva o desfazimento do contrato, operando-se o efeito

retroativamente.”

Os Contratos feitos de forma verbal podem ser firmados com a

Administração Pública, desde que o valor não exceda 5% (cinco por cento) do

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Manual de Normas e Procedimentos 39

estabelecido no art. 23, inc. II, alínea “a” da Lei Federal Nº 8.666/93, conforme

art. 60 e seu parágrafo único.

Art. 23. As modalidades de licitação a que se referem os incisos I a III do

artigo anterior serão determinadas em função dos seguintes limites, tendo

em vista o valor estimado da contratação:

I – (...)

II – para compras e serviços não referidos no inciso anterior: (redação

dada pela Lei Nº 9.648, de 1998).

a) Convite – até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais); (redação dada pela Lei

Nº 9.648, de 1998).

Art. 60. Os contratos e seus aditamentos serão lavrados nas repartições

interessadas, as quais manterão arquivo cronológico dos seus autógrafos

e registro sistemático do seu extrato, salvo os relativos a direitos reais

sobre imóveis, que se formalizarem por instrumento lavrado em cartório de

notas, de tudo juntando-se cópia no processo que lhe deu origem.

Parágrafo único. É nulo e de efeito o contrato verbal com a

Administração, salvo o de pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido no art.23, inc. II, alínea “a” desta Lei,

feitas em regime de aditamento. (destaque nosso)

Com relação aos valores superiores do exposto no art. 60 da

referida Lei, as partes contratadas verbalmente deverão buscar o judiciário,

haja vista não haver respaldo legal que ampare essa forma de contratação.

(destaque nosso)

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2 – Lei Nº 4.320/64

Art. 60. É vedada a realização de despesa sem o prévio empenho.

“O conceito de empenho pressupõe continuidade. O empenho é ex-ante”.

(Heraldo da Costa Reis – Comentários – 30ª ed. Pág. 139”.

3 – O Tribunal de Contas de São Paulo explicita:

“A essencialidade do serviço não pode ser utilizada como desculpa

para a ausência prévia e imprescindível viabilização, pela

Administração, do respaldo orçamentário (prévio empenho) e

contratual”. (TCM – São Paulo – Processo 72.000.815.08*56)

4 – Tribunal de Contas da União

“(...) a nossa Constituição determina que, para a utilização de

serviço e aquisição de materiais, haja, previamente, o competente

processo licitatório... pois, para a realização de despesa, é

necessário o prévio empenho, que, por sua vez, exige um contrato,

que deve ser formalizado com a abertura de um processo, mesmo

que seja de dispensa de licitação”.

(...)

“As irregularidades verificadas nestas questões (...) são de alta

monta, pois, além de desrespeitarem uma Lei Ordinária Federal

afrontam a Carta Magna do nosso País. Fazer com que a

Administração Pública realize despesas com obras, serviços e

compra de materiais, sem o devido contrato, é um ato ilegal.

Depois, transformar, em nome do princípio do enriquecimento

ilícito sem causa, esse ato em uma condição para indenização (art.

59, parágrafo único, da Lei Nº 8.666/93), com a finalidade de corrigir

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a irregularidade, é afrontar o estado de direito que reza nossa

Constituição. Situações que requerem indenização pelo Poder

Público estão previstas por Lei e, dentre elas, não está a condição

de que se permita a prestação de um serviço, que obrigatoriamente

deve ser contratado.” (grifo nosso) )Acórdão 645/2007 – Plenário)

5 – STJ também entende que:

“(...) o contrato administrativo verbal de prestação de serviços ... não

precedido de licitação e prévio empenho é nulo, pois vai de encontro

às regras e princípios constitucionais, notadamente a legalidade, a

moralidade, a impessoalidade, a publicidade, além de macular a

finalidade da licitação, deixando de concretizar, em última análise, o

interesse público.”

“No Regime Jurídico dos contratos administrativos nulos, a

declaração de nulidade opera eficácia ex-tunc, ou seja, não

exonerando, porém, a Administração do dever de indenizar o

contratado, o que, todavia deve ser buscado na via judicial

adequada.” (Recurso Especial Promovido – RESP Nº 545.471/PR,

em 23.08.2005 – DJ de 19.09.05) (destaque nosso)

6 – Da Responsabilidade

“A Administração tem o dever de responder por todos os atos que

pratica, inclusive (e especialmente) aqueles viciados.” (Comentários

de Licitações e Contratos Administrativos – Maçal Justem Filho, 13ª

ed. Pág. 724)

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“As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado

prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus

agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o

direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou

culpa.” (art. 37, §6º, CF)

“O novo Código Civil, por meio de seu art. 927, ao refletir tendência

de proteção de indivíduos em situação de elevada vulnerabilidade,

em função de risco expressivo imposto por certa atividade, alargou

as hipóteses de responsabilização objetiva, ao estabelecer que ela

se aplica não só aos casos descritos nesta Lei, mas também a

situações em que se verifica que “a atividade normalmente

desenvolvida pelo autor do dano implica, por sua natureza, risco

para os direitos de outrem”. (Benjamin Zymler – Direito

Administrativo e Controle, 2ª ed. Pág. 238)

Benjamin Zymler, quando trata dos princípios do processo

administrativo, cita Marcelo Caetano, ao “discriminar, à luz da teoria geral” sem

aludir a nenhum sistema jurídico específico... a saber:

“1. Na instrução e na decisão do processo mantém-se sempre o

direito de iniciativa da Administração;

2. O processo administrativo gracioso não está, em regra, sujeito a

formalismo rígido na instrução;

3. O processo administrativo é, via de regra, escrito;

4. Sempre que seja formulada uma acusação a alguém, deve ser

garantido ao acusado amplo direito e defesa;

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Manual de Normas e Procedimentos 43

5. Sempre que a Administração tenha de resolver questões que

afetem interesses alheios, a sua decisão deve ser precedida, em

princípio, da audiência de todos os interessados;

6. Para que os interessados possam ser ouvidos no processo é

necessário que sejam informados da sua existência e conteúdo;

7. A decisão do processo deve ser fundamentada; e

8. As decisões dos processos, como em geral os atos da

Administração com eficiência externa, devem ser publicadas em

órgão oficial, quer resumidamente ou por sumário.” (idem, pág. 276)

Assim vejamos o que expõe o art. 143 da Lei Municipal Nº 458/98:

Art. 143. A autoridade do órgão de ocorrência que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante sindicância administrativa. (negritei)

Desta feita, a Controladoria Geral do Município e a Procuradoria

Geral do Município recomendam:

7.1. Nos contratos de prestação continuada, atentar para a data

de finalização dos contratos em vigor, antecipar as medidas necessárias à

prorrogação ou realização de novas contratações e, com isso, evitar a

ocorrência e prestação de serviços sem cobertura contratual. Tal ocorrência

significa falta de planejamento e ineficiência na execução, passível de multa e

devolução de valores pagos indevidos aos cofres públicos municipais.

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7.2. Ressalvado o disposto em legislação específica, não

realizar despesas sem a prévia emissão da Nota de Empenho e assinatura do

Contrato e Aditamentos;

7.3. A responsabilidade pela inobservância da legislação

pertinente, smj, será do Gestor da Pasta e, subsidiariamente, de seu(s)

subordinado(s) que tiver lhe dado causa, devendo, pois, ser apurada a

responsabilidade;

7.4. A PGM solicitará, previamente, Processo de Apuração de

Responsabilidade a quem tiver dado causa, sobretudo quando se referir a

realização de despesas sem o prévio empenho ou cobertura contratual;

7.5. Os resultados de apuração de responsabilidade deverão

ser enviados à PGM e à CGM;

7.6. Para a devida apuração de responsabilidade deverá,

através de Portaria, ser nomeada Comissão, com os servidores estatutários

e/ou comissionados;

7.7. Quando da solicitação da indenização, instruir o processo,

incluindo a seguinte documentação, nas suas diversas fases:

a) Solicitação do interessado;

b) Documentos comprobatórios;

c) Justificativa detalhada e embasada do Gestor da Pasta;

d) Declaração de Disponibilidade Orçamentária;

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Manual de Normas e Procedimentos 45

e) Cálculo de valores, com as devidas correções, quando for o

caso;

f) Os processos instruídos deverão ser encaminhados

inicialmente à PGM, para Parecer Jurídico e, posteriormente, à

CGM, para análise e Parecer Técnico

g) Se os Pareceres Técnicos e Jurídicos forem positivos, anexar

ao processo o documento de autorização de despesa, e dar

prosseguimento, conforme as normas da CGM;

h) Se os Pareceres forem negativos, informar, por escrito, ao

interessado, adotar outras medidas pertinentes ou arquivar o

presente feito.

7.8. O processo, mesmo devidamente instruído, só poderá ser

encaminhado para análise da CGM, acompanhado do Processo de Apuração

de Responsabilidade, com o respectivo resultado;

7.9. Nos casos especiais de emergência comprovada (art. 24,

inc. IV da Lei Nº 8.666/93), imediatamente formalizar e instruir o processo,

enviando-o à Comissão Permanente de Licitação; e

7.10. As Unidades Orçamentárias deverão, por meio de seus

Gestores e Servidores, proceder na forma descrita nesta Orientação Técnica,

sob pena de abertura de Processo Administrativo.

Boa Vista-RR, 21 de Junho de 2013.

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Manual de Normas e Procedimentos 46

Altera a Instrução Normativa CGM Nº 001/2009 e Orientação Técnica CGM Nº 04/2012.

ORIENTAÇÃO TÉCNICA CGM Nº 08/2013

8. ORIENTAÇÕES PARA RECEBIMENTO DE MATERIAIS

CONSIDERANDO as dificuldades da Unidade Gestora (UG) em

administrar processos referentes à aquisição de materiais, sobretudo no

recebimento;

CONSIDERANDO os equívocos que vêm sendo cometidos com

relação a prazos e suas prorrogações;

A Controladoria Geral do Município orienta:

8.1.O processo será encaminhado à SAPS/SMAG, somente quando

do mesmo constar:

8.1.1. Homologação;

8.1.2. Empenho;

8.1.3. Contrato;

8.1.4. Cópia da Portaria de Nomeação do(s) servidor(es) como

fiscal(is) do Contrato, publicado no Diário Oficial do Município; e

8.1.5. Cópia da Orientação Técnica CGM Nº 03/2012, que dispõe

sobre as Atribuições e Responsabilidades do Fiscal na Execução de

Contratos de Compras e Serviços, com a devida ciência do(s)

fiscal(is) do Contrato.

8.2. O fiscal do processo, junto com o setor financeiro da U.G,

deverá estar atento para os prazos estabelecidos no contrato, mantendo,

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Manual de Normas e Procedimentos 47

inclusive, contato com o fornecedor, quando da proximidade da expiração do

prazo contratual, assim como do prazo de entrega dos materiais.

8.3. Quando o fornecedor não conseguir entregar os materiais

no prazo oficialmente previsto, deverá solicitar antecipada e formalmente a sua

prorrogação à Secretaria solicitante, observando a cláusula pertinente no

contrato. A solicitação deverá constar no processo.

8.4. A Secretaria solicitante, se acatar o pedido, deverá

comunicar, por escrito, ao fornecedor, enviando uma via no processo e,

posteriormente, encaminhar os autos à Procuradoria Geral do Município,

solicitando a respectiva prorrogação, devidamente justificada e no tempo

devido.

8.5. Nos casos de o Gestor não acatar o pedido de prorrogação

da entrega dos materiais, ou até mesmo nos casos em que o fornecedor

simplesmente não entregar os materiais contratados, o órgão solicitante deverá

notificar a empresa e seguir as orientações contidas na Orientação Técnica

CGM Nº 05/2012, sobre as providências requeridas, no que se refere às

penalidades a serem aplicadas à empresa fornecedora.

8.5.1. Os Núcleos de Apoio Jurídico existente na U.G deverá

acompanhar sistematicamente todos os procedimentos,

observando rigorosamente todos os prazos pactuados, de

modo a evitar solicitação de prorrogações após o tempo

oportuno.

8.6. Já nos casos de prorrogação de vigência contratual,

quando essa não for aceita, o fornecedor deverá comunicar oficialmente ao

gestor, devendo ser anexada uma via no processo. Posteriormente, o processo

deve ser encerrado, fazendo constar os esclarecimentos devidos, e serem

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Manual de Normas e Procedimentos 48

realizados os procedimentos necessários para a abertura de um novo processo

e o devido certame licitatório.

8.7. O fiscal e a SAPS/SMAG deverão observar a data de

validade dos materiais perecíveis, impedindo, assim, o recebimento de

materiais com prazo próximo do vencimento, ou já vencido.

8.8. As comissões de recebimento deverão, impreterivelmente,

contar com membros que possuam conhecimento na área de utilização do

material que está sendo entregue.

8.9. Nenhum material poderá ser recebido sem o controle da

SAPS/SMAG.

8.9.1. De acordo com o tipo de material, aquele que não puder

ser entregue diretamente na SAPS/SMAG, deverá ser

recebido no local adequado, por comissão formada pelo

SAPS/SMAG, UG solicitante e técnico com conhecimento na

área de utilização do material.

8.9.2. O processo ou documento comprovando a devida entrega,

com a ciência dos responsáveis, deverá ser encaminhado à

SAPS/SMAG para registro e aposição de carimbo com a

devida assinatura, sem o qual não será dado

prosseguimento para pagamento.

8.10. Quando se tratar de entrega parcelada de material, a UG

encaminhará o processo a SAPS/SMAG para novo recebimento.

8.11. As Notas Fiscais deverão ser encaminhadas à

SAPS/SMAG para prosseguimento dos procedimentos já estabelecidos.

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Manual de Normas e Procedimentos 49

8.11.1. Ao receber as Notas Fiscais, atentar para a validade das

CND(s), INSS e FGTS.

8.12. As Notas Fiscais de aquisição de materiais e execução de

serviços deverão ser emitidas em nome do “Município de Boa

Vista/Prefeitura Municipal” (conforme Decreto Nº 129/E, de 22.07.09,

publicado no D.O.M. Nº 2500, de 24.07.09).

8.13. A presente ORIENTAÇÃO TÉCNICA deverá ser

mencionada nos respectivos Projetos Básico ou Termos de Referência.

8.14. O não cumprimento ao estabelecido acarretará em

responsabilidade do fiscal e de quem lhe der causa.

Boa Vista-RR, 25 de junho de 2013.

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Altera a Instrução Normativa CGM e PGMU Nº 001/2010, Orientações Técnicas CGM Nº 09/2012 e Nº 07/2013.

ORIENTAÇÃO TÉCNICA CGM Nº 09/2013

9.INDENIZAÇÃO

CONSIDERANDO as diversas solicitações de indenizações para

pagamento de serviços e materiais utilizados antes de procedimentos

licitatórios e consequente emissão de Notas de Empenho e, ainda, processo

em execução sem a respectiva N.E, no caso de aditamentos de prorrogações

de prazos;

CONSIDERANDO as disposições legais que transcrevemos abaixo:

1 – Lei Federal Nº 8.666/93:

Art. 2º. As obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações,

concessões, permissões e locações da Administração Pública, quando

contratadas com terceiros, serão necessariamente precedidas de licitação, ressalvadas as hipóteses previstas nesta Lei. (destaque nosso)

Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se contrato todo e

qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da Administração Pública e

particulares, em que haja um acordo de vontades para a formação de

vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a

denominação utilizada.

Art. 3º. A licitação destina-se a garantir a observância do princípio

constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a

Administração e será processada e julgadas em estrita conformidade com

os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade,

da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos

que lhes são correlatos. (destaque nosso)

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(...)

Corrobora ainda:

Art. 59. A declaração de nulidade do contrato administrativo opera

retroativamente impedindo os efeitos jurídicos que ele, ordinariamente,

deveria produzir, além de desconstituir os já produzidos. (destaque nosso).

Parágrafo único. A nulidade não exonera a Administração do dever de indenizar o contratado pelo que este houver executado até a data em

que ela for declarada e por outros prejuízos regularmente comprovados,

contanto que não lhe seja imputável, promovendo-se a responsabilidade de quem lhe deu causa. (destaque nosso)

No mesmo sentido a doutrina do prof. Carlos Pinto Coelho Motta, in

obra Eficácia nas Licitações e Contratos, pág. 298/599, Ed. Del Rey, ensina:

O art. 59 da LNL reforça a antecedência necessária de licitação ao

contrato administrativo. Se aquela for falha ou contiver ilegalidade, o contrato

como consequência, deve ser desfeito.

O art. 59 deve ser interpretado em conexão com o art. 49. “O ato

ilegal (portanto nulo) leva o desfazimento do contrato, operando-se o efeito

retroativamente.”

Os Contratos feitos de forma verbal podem ser firmados com a

Administração Pública, desde que o valor não exceda 5% (cinco por cento) do

estabelecido no art. 23, inc. II, alínea “a” da Lei Federal Nº 8.666/93, conforme

art. 60 e seu parágrafo único.

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Manual de Normas e Procedimentos 52

Art. 23. As modalidades de licitação a que se referem os incisos I a III do

artigo anterior serão determinadas em função dos seguintes limites, tendo

em vista o valor estimado da contratação:

I – (...)

II – para compras e serviços não referidos no inciso anterior: (redação

dada pela Lei Nº 9.648, de 1998).

a) Convite – até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais);

Art. 60. Os contratos e seus aditamentos serão lavrados nas repartições

interessadas, as quais manterão arquivo cronológico dos seus autógrafos

e registro sistemático do seu extrato, salvo os relativos a direitos reais

sobre imóveis, que se formalizarem por instrumento lavrado em cartório de

notas, de tudo juntando-se cópia no processo que lhe deu origem.

Parágrafo único. É nulo e de efeito o contrato verbal com a

Administração, salvo o de pequenas compras de pronto pagamento,

assim entendidas aquelas de valor não superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido no art.23, inc. II, alínea “a” desta Lei, feitas em regime de aditamento. (destaque nosso)

Com relação aos valores superiores do exposto no art. 60 da

referida Lei, as partes contratadas verbalmente deverão buscar o judiciário,

haja vista não haver respaldo legal que ampare essa forma de contratação.

(destaque nosso)

2 – Lei Nº 4.320/64

Art. 60. É vedada a realização de despesa sem o prévio empenho.

“O conceito de empenho pressupõe continuidade. O empenho é ex-ante”.

(Heraldo da Costa Reis – Comentários – 30ª ed. Pág. 139”.

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Manual de Normas e Procedimentos 53

3 – O Tribunal de Contas de São Paulo explicita:

“A essencialidade do serviço não pode ser utilizada como desculpa

para a ausência prévia e imprescindível viabilização, pela

Administração, do respaldo orçamentário (prévio empenho) e

contratual”. (TCM – São Paulo – Processo 72.000.815.08*56)

4 – Tribunal de Contas da União

“(...) a nossa Constituição determina que, para a utilização de

serviço e aquisição de materiais, haja, previamente, o competente

processo licitatório... pois, para a realização de despesa, é

necessário o prévio empenho, que, por sua vez, exige um contrato,

que deve ser formalizado com a abertura de um processo, mesmo

que seja de dispensa de licitação”.

(...)

“As irregularidades verificadas nestas questões (...) são de alta

monta, pois, além de desrespeitarem uma Lei Ordinária Federal

afrontam a Carta Magna do nosso País. Fazer com que a

Administração Pública realize despesas com obras, serviços e

compra de materiais, sem o devido contrato, é um ato ilegal.

Depois, transformar, em nome do princípio do enriquecimento

ilícito sem causa, esse ato em uma condição para indenização (art.

59, parágrafo único, da Lei Nº 8.666/93), com a finalidade de corrigir

a irregularidade, é afrontar o estado de direito que reza nossa

Constituição. Situações que requerem indenização pelo Poder

Público estão previstas por Lei e, dentre elas, não está a condição

de que se permita a prestação de um serviço, que obrigatoriamente

deve ser contratado.” (grifo nosso) )Acórdão 645/2007 – Plenário)

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Manual de Normas e Procedimentos 54

5 – STJ também entende que:

“(...) o contrato administrativo verbal de prestação de serviços ... não

precedido de licitação e prévio empenho é nulo, pois vai de encontro

às regras e princípios constitucionais, notadamente a legalidade, a

moralidade, a impessoalidade, a publicidade, além de macular a

finalidade da licitação, deixando de concretizar, em última análise, o

interesse público.”

“No Regime Jurídico dos contratos administrativos nulos, a

declaração de nulidade opera eficácia ex-tunc, ou seja, não

exonerando, porém, a Administração do dever de indenizar o

contratado, o que, todavia deve ser buscado na via judicial

adequada.” (Recurso Especial Provido – RESP Nº 545.471/PR, em

23.08.2005 – DJ de 19.09.05) (destaque nosso)

6 – Da Responsabilidade

“A Administração tem o dever de responder por todos os atos que

pratica, inclusive (e especialmente) aqueles viciados.” (Comentários

de Licitações e Contratos Administrativos – Maçal Justem Filho, 13ª

ed. Pág. 724)

“As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado

prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus

agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o

direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou

culpa.” (art. 37, §6º, CF)

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“O novo Código Civil, por meio de seu art. 927, ao refletir tendência

de proteção de indivíduos em situação de elevada vulnerabilidade,

em função de risco expressivo imposto por certa atividade, alargou

as hipóteses de responsabilização objetiva, ao estabelecer que ela

se aplica não só aos casos descritos nesta Lei, mas também a

situações em que se verifica que “a atividade normalmente

desenvolvida pelo autor do dano implica, por sua natureza, risco

para os direitos de outrem”. (Benjamin Zymler – Direito

Administrativo e Controle, 2ª ed. Pág. 238)

Benjamin Zymler, quando trata dos princípios do processo

administrativo, cita Marcelo Caetano, ao “discriminar, à luz da teoria geral” sem

aludir a nenhum sistema jurídico específico, a saber:

“1. Na instrução e na decisão do processo mantém-se sempre o

direito de iniciativa da Administração;

2. O processo administrativo gracioso não está, em regra, sujeito a

formalismo rígido na instrução;

3. O processo administrativo é, via de regra, escrito;

4. Sempre que seja formulada uma acusação a alguém, deve ser

garantido ao acusado amplo direito e defesa;

5. Sempre que a Administração tenha de resolver questões que

afetem interesses alheios, a sua decisão deve ser precedida, em

princípio, da audiência de todos os interessados;

6. Para que os interessados possam ser ouvidos no processo é

necessário que sejam informados da sua existência e conteúdo;

7. A decisão do processo deve ser fundamentada; e

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8. As decisões dos processos, como em geral os atos da

Administração com eficiência externa, devem ser publicadas em

órgão oficial, quer resumidamente ou por sumário.” (idem, pág. 276)

Assim vejamos o que expõe o art. 136 da Lei Complementar

Municipal Nº 003/12:

Art. 136. A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço

público é obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante

sindicância ou processo administrativo disciplinar, assegurado ao acusado

o direito ao contraditório e a ampla defesa. (destaque nosso)

Desta feita, a Controladoria Geral do Município e a Procuradoria

Geral do Município recomendam:

9.1 Nos contratos de prestação continuada, atentar para a data de

finalização dos contratos em vigor, antecipar as medidas necessárias à

prorrogação ou realização de novas contratações e, com isso, evitar a

ocorrência e prestação de serviços sem cobertura contratual. Tal ocorrência

significa falta de planejamento e ineficiência na execução, passível de multa e

devolução de valores pagos indevidos aos cofres públicos municipais.

9.2 Ressalvado o disposto em legislação específica, não realizar

despesas sem a prévia emissão da Nota de Empenho e assinatura do

Contrato e Aditamentos;

9.3 A PGM solicitará, abertura de Processo de Apuração de

Responsabilidade a quem tiver dado causa, sobretudo quando se referir a

realização de despesas sem o prévio empenho ou cobertura contratual;

9.4 Os resultados de apuração de responsabilidade deverão ser

enviados à PGM e à CGM;

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9.5 Para a devida apuração de responsabilidade deverá, através de

Portaria, ser nomeada Comissão, com os servidores estatutários e/ou

comissionados;

9.6 Quando da solicitação da indenização, instruir o processo,

incluindo a seguinte documentação, nas suas diversas fases:

a) Solicitação do interessado;

b) Documentos comprobatórios;

c) Justificativa detalhada e embasada do Gestor da Pasta;

d) Declaração de Disponibilidade Orçamentária;

e) Cálculo de valores, com as devidas correções, quando for o

caso;

f) Os processos instruídos deverão ser encaminhados

inicialmente à PGM, para Parecer Jurídico e, posteriormente, à

CGM, para análise e Parecer Técnico

g) Se os Pareceres Técnicos e Jurídicos forem positivos, anexar

ao processo o documento de autorização de despesa, e dar

prosseguimento, conforme as normas da CGM;

h) Se os Pareceres forem negativos, informar, por escrito, ao

interessado, adotar outras medidas pertinentes ou arquivar o

presente feito.

9.7 O processo, mesmo devidamente instruído, só poderá ser

encaminhado para análise da CGM, acompanhado de cópia da abertura do

Processo de Apuração de Responsabilidade;

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9.8 Nos casos especiais de emergência comprovada (art. 24, inc. IV

da Lei Nº 8.666/93), imediatamente formalizar e instruir o processo, enviando-o

à Comissão Permanente de Licitação; e

9.9 As Unidades Orçamentárias deverão, por meio de seus Gestores

e Servidores, proceder na forma descrita nesta Orientação Técnica, sob pena

de abertura de Processo Administrativo.

Boa Vista-RR, 05 de setembro de 2013.

LARISSA FERNANDES SOEIRO Controladora Geral do Município