acréscimo de potência instalada em 2001 tipo total

61
34 1.6 - Abastecimento de Energia Elétrica – Principais Resultados Neste item estão descritos os principais compromissos e resultados alcançados no programa de Abastecimento de Energia Elétrica, decorrentes de ações de inventários, concessão e autorização de novos aproveitamentos de energia elétrica, importação de energia elétrica e a concessão dos serviços públicos de transmissão e distribuição. Cumpre observar que a realização das metas do programa de abastecimento de energia depende, não só da ANEEL, mas também de diversos órgãos federais, estaduais e municipais, especialmente no que tange ao atendimento de requisitos como planejamento, financiamento e licenciamento dos empreendimentos, de tal sorte que o mérito da avaliação de desempenho do programa de abastecimento de energia, tanto do ponto de vista quantitativo como qualitativo, deve-se à solidariedade das ações e das responsabilidades assumidas por todas as entidades, públicas e privadas, envolvidas. Indicador de Desempenho do Programa O indicador de desempenho do programa de Abastecimento de Energia Elétrica é a evolução da capacidade instalada, medida em MW. O incremento anual da capacidade instalada do parque gerador nacional é fruto da realização de obras planejadas, autorizadas ou concedidas normalmente em anos anteriores ao ciclo deste programa. A concretização dos compromissos assumidos para o exercício de 2001 somente se verificará ao longo dos próximos anos, posto que o tempo para as instalações entrarem em operação varia, em condições normais, de dois a oito anos para usinas hidrelétricas, de dois a três anos para linhas de transmissão de extra-alta tensão, usinas termoelétricas e eólicas. No ano de 2001, a fiscalização dos serviços de geração da ANEEL registrou um acréscimo de 2.494,9 MW de capacidade em operação comercial agregada ao sistema elétrico nacional, cujo detalhamento apresenta-se no quadro abaixo: Acréscimo de Potência Instalada em 2001 TIPO Novas Usinas Repotenciação, reativação e ampliação Total % Quant. Pot. (MW) Quant. Pot. (MW) Quant. Pot. (MW) UHE 4 1.395,5 0 0,0 4 1.395,5 55,93% UTE 10 958,4 2 73,0 12 1.031,4 41,34% PCH 6 48,2 8 17,4 14 65,6 2,63% EOL 1 2,4 0 0,0 1 2,4 0,10% UTN 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0,00% TOTAL 21 2.404,5 10 90,43 31 2.494,9 100,00% Fonte: ANEEL / Superintendência de Fiscalização dos Serviços de Geração - SFG

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1.6 - Abastecimento de Energia Elétrica – Principais Resultados Neste item estão descritos os principais compromissos e resultados alcançados no programa de Abastecimento de Energia Elétrica, decorrentes de ações de inventários, concessão e autorização de novos aproveitamentos de energia elétrica, importação de energia elétrica e a concessão dos serviços públicos de transmissão e distribuição. Cumpre observar que a realização das metas do programa de abastecimento de energia depende, não só da ANEEL, mas também de diversos órgãos federais, estaduais e municipais, especialmente no que tange ao atendimento de requisitos como planejamento, financiamento e licenciamento dos empreendimentos, de tal sorte que o mérito da avaliação de desempenho do programa de abastecimento de energia, tanto do ponto de vista quantitativo como qualitativo, deve-se à solidariedade das ações e das responsabilidades assumidas por todas as entidades, públicas e privadas, envolvidas.

Indicador de Desempenho do Programa O indicador de desempenho do programa de Abastecimento de Energia Elétrica é a evolução da capacidade instalada, medida em MW. O incremento anual da capacidade instalada do parque gerador nacional é fruto da realização de obras planejadas, autorizadas ou concedidas normalmente em anos anteriores ao ciclo deste programa. A concretização dos compromissos assumidos para o exercício de 2001 somente se verificará ao longo dos próximos anos, posto que o tempo para as instalações entrarem em operação varia, em condições normais, de dois a oito anos para usinas hidrelétricas, de dois a três anos para linhas de transmissão de extra-alta tensão, usinas termoelétricas e eólicas. No ano de 2001, a fiscalização dos serviços de geração da ANEEL registrou um acréscimo de 2.494,9 MW de capacidade em operação comercial agregada ao sistema elétrico nacional, cujo detalhamento apresenta-se no quadro abaixo:

Acréscimo de Potência Instalada em 2001

TIPO Novas Usinas Repotenciação,

reativação e ampliação

Total %

Quant. Pot. (MW) Quant. Pot. (MW) Quant. Pot.

(MW) UHE 4 1.395,5 0 0,0 4 1.395,5 55,93% UTE 10 958,4 2 73,0 12 1.031,4 41,34% PCH 6 48,2 8 17,4 14 65,6 2,63% EOL 1 2,4 0 0,0 1 2,4 0,10% UTN 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0,00%

TOTAL 21 2.404,5 10 90,43 31 2.494,9 100,00%Fonte: ANEEL / Superintendência de Fiscalização dos Serviços de Geração - SFG

35

A capacidade instalada do país, em 2001, com 74.876 MW, foi obtida considerando:

• incremento de novas unidades geradoras e/ou usinas; • regularização de usinas em operação (Ex.: registro de usinas já existentes,

especialmente as de cogeração); • repotenciação de usinas em operação (Ex.: UHE Porto Primavera obteve um

acréscimo de aproximadamente 10 MW por unidade geradora); • desativação de usinas (Ex.: desativação de unidades geradoras e/ou usinas

termelétricas do sistema isolado).

Fonte: ANEEL / Superintendência de Fiscalização dos Serviços de Geração - SFG OBS: Não estão incluídas as importações de energia

Em 2001, após consolidação da base de dados de geração da ANEEL, houve uma alteração significativa na quantidade de PCH´s (decréscimo) e UHE´s (acréscimo) relativas ao ano de 2000, devido a reclassificação de algumas PCH´s como UHE´s, outorgadas anteriormente à Lei no 9.648, de 27 de maio de 1998.

Acréscimo de Potência Instalada em 2001 (%)

Fonte: ANEEL / Superintendência de Fiscalização dos Serviços de Geração - SFG O compromisso do programa de abastecimento, no ciclo 2000 / 2003, é atingir, ao final do período, a meta de 82.237 MW de potência instalada. O gráfico a seguir, mostra a tendência para

Capacidade Instalada Nacional até 31/12/2001

TIPO

Quantidade de instalações

Potência Acumulada (MW)

Participação %

UHE 133 61.554 82,20 UTE 600 10.480 14,00 PCH 303 855 1,14 UTN 2 1.966 2,63 EOL 7 21 0,03

TOTAL 1045 74.876 100

UHE 1.395,5 MW 55,93%

UTE 1.031,4 MW 41,34%

Eólica 2,4 MW 0,10%

PCH 65,6 MW 2,63%

36

se atingir esse objetivo, em função do acompanhamento permanente do cronograma de implantação das obras, que leva em conta os fatores de atrasos.

Fonte: ANEEL / Superintendência de Fiscalização dos Serviços de Geração - SFG

Vê-se, das projeções constantes dos gráficos acima apresentados, que a meta prevista para 2003 deve ser superada, mantidas as expectativas de implementação dos empreendimentos já outorgados.

1.6.1 - Autorização de Construção de Pequenas Centrais Hidrelétricas Por suas características, usinas com potência instalada de até 30 MW e com um reservatório com área igual ou inferior a 3 km2 , possibilitam, normalmente, com pequeno impacto ambiental e baixo custo, um melhor atendimento às necessidades de carga de pequenos centros urbanos e regiões rurais afastadas, uma vez que pode substituir economicamente o fornecimento realizado pelo sistema interligado. Para estimular a construção de novas PCHs, foram criadas condições legais de incentivo aos empreendedores, destacando-se entre elas:

• autorização não onerosa para explorar o potencial hidráulico. • descontos superiores a 50% nos encargos de uso dos sistemas de transmissão e distribuição. • livre comercialização de energia aos consumidores de carga igual ou superior a 500

kW. • isenção relativa à compensação financeira pela utilização de recursos hídricos. • participação no rateio da Conta de Consumo de Combustível (CCC), quando substituir geração

térmica a óleo diesel, nos sistemas isolados das regiões Norte e Centro-Oeste. 1.6.1.1 - Resultados

Previsão de Capacidade Instalada no Brasil

102.487,1

89.518,987.803,986.168,074.793,7 78.624,8

84.156,6

99.364,295.100,6

81.228,3

92.444,4

-

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

2001 2002 2003 2004 2005 2006

Ano

Prev

isão

de

acré

scim

o de

Pot

ênci

a In

stal

ada

(MW

)

Previsão Conservadora Previsão Otimista

37

No exercício 2001, a ANEEL outorgou 43 autorizações para implantação de Pequenas Centrais Hidrelétricas – PCHs, cuja potência total equivale a 622,66 MW. Além disso, foram registrados, por intermédio de despacho, 23 aproveitamentos hidrelétricos de potência menor ou igual a 1 MW, perfazendo 12,41 MW, bem como a ampliação de oito PCH´s, perfazendo 88,81 MW, que totalizam uma potencia autorizada de 723,88 MW, no exercício. Assim, entre os anos de 1998 e 2001, a ANEEL autorizou a construção de 215 PCHs em todo o Brasil, o que representa um potencial de 1.603,12 MW, conforme mostra o gráfico a seguir.

Fonte: ANEEL / Superintendência de Concessões e Autorizações de Geração – SCG Obs - O gráfico acima não considera as ampliações autorizadas no valor de 88,81 MW. Este valor acrescido ao de novas usinas totaliza os 723,88 MW autorizados no exercício de 2001.

Os gráficos abaixo demonstram a previsão de acréscimo e a expectativa de crescimento da capacidade instalada de PCH no período de 2001 a 2006.

Autorizações concedidas Pequenas Centrais Hidrelétricas - PCH s

0

500

1.000

1.500

2.000

Po

tên

cia

Au

tori

zad

a M

W

0

50

100

150

200

250

mer

o d

e em

pre

end

imen

tos

au

tori

zad

os/

ano

Número deempreendimentos

26 60 63 66 215

Potência AutorizadaMW

27 358 582 635 1.603

1998 1999 2000 2001 Total

PCH – Previsão de Acréscimo

- - - -65,6

160,5 186,788,0

153,0290,6

947,5

-

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1.000

2001 2002 2003 2004 2005 2006Ano

Prev

isão

de

acré

scim

o de

Pot

ênci

a In

stal

ada

(MW

)

Previsão Conservadora Previsão Otimista

38

Fonte: ANEEL / Superintendência de Fiscalização dos Serviços de Geração - SFG

Fonte: ANEEL / Superintendência de Fiscalização dos Serviços de Geração - SFG

O detalhamento dos empreendimentos autorizados é apresentado no Anexo VI deste Relatório de Gestão.

1.6.2 - Autorização de Instalação de Usinas Termelétricas As usinas termelétricas passaram a ganhar força no País, principalmente em virtude da evolução tecnológica, do crescimento da malha de gasodutos e da maior facilidade em se adquirir o gás natural. Desde 1998, o Governo Federal vem incentivando o surgimento de novas termelétricas, tendo a ANEEL autorizado a construção de 380 novas usinas, o que representará um aumento de 27.300,59 MW de potência na oferta de energia elétrica no país. 1.6.2.1 - Resultados Em 2001, a ANEEL outorgou 79 autorizações para implantação de usinas termelétricas perfazendo uma potência de 14.545,38 MW e registrou, por intermédio de despacho, 98 centrais geradoras termelétricas perfazendo uma potência de 286,42 MW, totalizando 14.831,8 MW. Foi autorizada ainda a ampliação de 15 UTEs perfazendo um acréscimo de potência de 1.312,24 MW, totalizando 16.144,05 MW autorizados no exercício.

PCH – Previsão para Capacidade Instalada

1.897,8 1.897,8 1.897,8

2.941,7 3.029,7 3.029,7

1.897,81.711,11.550,6

2.788,7

1.841,2

-

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

2001 2002 2003 2004 2005 2006

Ano

Prev

isão

de

Cap

acid

ade

Inst

alad

a (M

W)

Previsão Conservadora Previsão Otimista

39

Fonte: ANEEL / Superintendência de Concessões e Autorizações de Geração – SCG Obs - O gráfico acima não considera as ampliações autorizadas no valor de 1.312,24 MW. Este valor acrescido ao de novas usinas totaliza os 16.144,05 MW autorizados no exercício de 2001.

Os gráficos abaixo demonstram a previsão de acréscimo e a expectativa de crescimento da capacidade instalada de UTE no período de 2001 a 2006. Fonte: ANEEL / Superintendência de Fiscalização dos Serviços de Geração – SFG

Usinas Termelétricas Autorizadas

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

Val

ore

s em

MW

0

50

100

150

200

250

300

350

400

Núm

ero

de E

mpr

eend

imen

tos

PotênciaAutorizada MW 2.156,7 1.958,9 8.353,2 14.831,8 27.300,6

Nº de empreendimentos 73 47 83 177 380

1998 1999 2000 2001 Total

UTE – Previsão para Capacidade Instalada

24.688,1 25.816,9 26.316,9

17.086,817.086,817.086,816.589,3

13.300,810.695,4

21.554,1

14.607,5

-

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

2001 2002 2003 2004 2005 2006

Ano

Prev

isão

de

Capa

cida

de In

stal

ada

(MW

)

Previsão Conservadora Previsão Otimista

40

Fonte: ANEEL / Superintendência de Fiscalização dos Serviços de Geração - SFG O detalhamento dos empreendimentos autorizados é apresentado no Anexo VI deste Relatório de Gestão. Autorização de Usinas Eólicas A ANEEL outorgou autorização para implantação desse tipo de usina, criando assim a oportunidade para o crescimento da oferta de energia advinda desta fonte. Em 2001, foram outorgados 38 autorizações para implantação de usinas eólicas cuja potência total é de 3.337,65 MW e foram registrados, por intermédio de despacho, 01 central geradora eólica cuja potência total é de 2,4 MW, totalizando 3.340,05 MW de novos projetos de geração. Assim, entre os anos de 1998 e 2001, a ANEEL emitiu 45 atos de autorização de centrais eólicas, perfazendo um total de 3.358,91 MW. Todos os empreendimentos autorizados são acompanhados pela ANEEL, com vistas a assegurar o cumprimento dos cronogramas de entrada em operação das unidades geradoras.

UTE – Acréscimo de Potência Instalada

0,0 21,5

1.031,4

2.466,3

640,4

260,4363,0

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001

Ano

Acré

scim

o de

Pot

ênci

a In

stal

ada

(MW

)

41

Fonte: ANEEL / Superintendência de Concessões e Autorizações de Geração – SCG 1.6.3 - Autorização de Transmissão de Energia Elétrica

Tendo como referência o Programa Determinativo de Expansão da Transmissão - PDET, elaborado pelo Comitê Coordenador do Planejamento da Expansão dos Sistemas Elétricos - CCPE e o Plano de Ampliações e Reforços na Rede Básica elaborado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS - Obras Consolidadas - período 2001 a 2004, a ANEEL recebeu solicitações das empresas transmissoras para obtenção de autorizações e incrementos de receita permitida pela disponibilidade de instalações que visam ampliações, melhoria e reforços na malha básica do sistema elétrico interligado e na rede complementar, para atendimento do mercado de energia elétrica, segundo os critérios de qualidade vigentes. 1.6.3.1 – Resultados A ANEEL outorgou 12 autorizações para expansão e ampliação do sistema elétrico interligado no montante de 1.967,4 km de linhas de transmissão nas tensões de 230, 345 e 500 kV e 12.007 MVA referentes à implantação e ampliação de subestações. A tabela a seguir, ilustra a quantidade de agentes autorizados e o montante de investimentos previstos para serem desembolsados pelas autorizações concedidas pela ANEEL.

Outorga de AutorizaçãoUsinas Eólicas

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

4.000P

otên

cia

Aut

oriz

ada

MW

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

Núm

ero

de e

mpr

eend

imen

tos

aut

oriz

ados

/ano

Número de empreendimentos 2 2 2 39 45

Potência Autorizada MW 15 2,58 1,28 3.340 3.359

1998 1999 2000 2001 Total

42

Empresa Investimento (R$) LT (km) MVA

CHESF 224.126.623,70 210 1.295

EPTE/SP 22.247.640,00 26,5 0

ELETRONORTE 152.192.599,11 480 1.423

FURNAS 541.700.398,83 527 3.385

ESCELSA 3.130.000,00 11 0

ELETROSUL 254.189.500,00 306 3.588

COPEL 52.815.594,74 213,1 600

CEMIG 64.984.958,00 14,2 600

COELBA 15.420.831,64 118 300

CTEEP 20.662.000,00 0 250

CEEE 56.839.150,00 61,6 366

LIGHT 4.714.500,00 0 200

TOTAL 1.413.023.796,02 1967,4 12.007 Fonte: ANEEL / Superintendência de Concessões e Autorizações de Transmissão e Distribuição - SCT

Com as autorizações das ampliações e reforços necessários garantiu-se também a continuidade, qualidade e confiabilidade da malha básica do sistema elétrico interligado, visando o atendimento do mercado de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional. O gráfico a seguir identifica o incremento de km de linhas de transmissão autorizadas e licitadas, bem como as unidades de transformação autorizadas e licitadas para os anos de 2001, 2002 e 2003.

Previsão de OperaçãoLinhas de Transmissão / MVA de transformação

Autorizadas

-

1.000,0

2.000,0

3.000,0

4.000,0

5.000,0

6.000,0

7.000,0

8.000,0

9.000,0

LT Km 1.076,4 1.451,8 336,7

Potência (MVA) 5.104,2 8.377,4 1.672,0

2001 2002 2003

43

Fonte: ANEEL / Superintendência de Concessões e Autorizações de Transmissão e Distribuição - SCT Atos de autorização para importação de energia elétrica A Atividade de comercialização de energia elétrica compreende a compra e venda de energia elétrica no mercado de livre negociação. Dentre as formas de comercialização, destaca-se a importação de energia elétrica, como fonte alternativa para ampliar a oferta de energia no sistema elétrico brasileiro. Até o presente momento foi autorizada a importação de 6.858 MW de energia elétrica de países vizinhos, conforme o quadro abaixo:

Fonte: ANEEL / Superintendência de Concessões e Autorizações de Transmissão e Distribuição - SCT * - Empreendimento com cronograma a ser ajustado. ** - Intercâmbio

Do conjunto de autorizações, a importação de energia elétrica da Argentina é a mais expressiva e responde por 95% do total já autorizado.

1.6.4 - Concessão de Distribuição de Energia Elétrica De acordo com o art. 1o da Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, "as concessões de serviços públicos e de obras públicas e as permissões de serviços públicos reger-se-ão pelos termos do art. 175 da Constituição Federal, por esta Lei, pelas normas legais pertinentes e pelas cláusulas dos indispensáveis contratos”. Com os contratos de concessão celebrados, as concessionárias passam a ter compromissos de universalização e metas de melhoria na qualidade do serviço prestado. O contrato de concessão é um acordo administrativo no qual o Poder Concedente transfere a execução de serviços, por delegação ao concessionário, mediante regras claras e bem determinadas. O contrato define ainda o objeto da concessão, seu prazo, as prerrogativas, as obrigações, as penalidades aplicáveis, bem como as tarifas envolvidas e os critérios de reajustes e revisão. O Poder Concedente ao delegar a prestação de serviços apoiado na regulamentação setorial, visa garantir benefícios à sociedade mediante a transferência ao consumidor de parte de eventuais ganhos de produtividade da Concessionária, e o equilíbrio econômico-financeiro da concessão garantindo a remuneração da prestação do serviço mediante tarifas reguladas, com regras e

Importação de energia – Autorizações ANEEL Ano da Autorização País de Origem Potência

(MW) Data de Entrada em Operação

1994 Argentina/ELETROBRÁS 50 Junho de 1994** Paraguai/COPEL 50 Julho de 1999** Argentina/CIEN 1.100 Maio de 2000

550 MW até maio de 2002 1998

Argentina/CIEN 1.100 550 MW até agosto de 2002

Uruguai/ELETROBRÁS 70 Janeiro de 2001** 660 MW até dezembro de 2002 1.200 MW até março de 2003

2.400 MW até dezembro de 2003 2000

Argentina/TRADENER 3.000

3.000 MW até dezembro de 2003 400 MW até janeiro de 2002*

Argentina/EDS 1.200 1.200 MW até julho de 2003*

Venezuela/ELETRONORTE 200 Julho de 2001 2001

Bolívia/DUKE 88 Setembro de 2002 Total 6.858

44

prazos de reajustes e ainda critérios de revisão. Para a sociedade o contrato representa a possibilidade do conhecimento das condições da prestação do serviço, das obrigações e dos limites impostos à Concessionária, bem como de seus direitos como consumidores. A contratação de serviço público mediante alienação do controle societário das empresas concessionárias de distribuição de energia elétrica, passa pelas seguintes etapas:

• Análise e aprovação da proposta de reagrupamento das concessões; • Elaboração da minuta de contrato de concessão; • Elaboração da planilha de tarifas da concessionária; • Elaboração de parâmetros de qualidade do serviço; • Anuência ao processo de privatização e de aprovação da modelagem proposta pelo

acionista controlador; • Habilitação dos proponentes; • Celebração do contrato de concessão.

1.6.4.1 - Resultados Em seus quatro anos de atividade, a ANEEL já firmou novos contratos de concessão com a maioria das 65 empresas que atuam no segmento de distribuição de energia elétrica no Brasil. O quadro abaixo apresenta os contratos assinados no exercício de 2001, considerados no cumprimento da meta prevista.

Contratos de Distribuição

Número Concessionária UF

1 107/2001 Usina Hidroelétrica Nova Palma Ltda. RS 2 021/2001 Boa Vista Energia S/A - Boa Vista RR 3 020/2001 Manaus Energia S/A. - MANAUS

ENERGIA AM

4 019/2001 S/A de Eletrificação da Paraíba - SAELPA PB 5 007/2001 Cia Energética de Alagoas - CEAL AL 6 006/2001 Cia de Eletricidade do Acre -

ELETROACRE AC

7 005/2001 Centrais Elétricas de Rondônia S/A - CERON RO

8 004/2001 Cia Energética do Piauí - CEPISA PI Fonte: ANEEL / Superintendência de Concessões e Autorizações de Transmissão e Distribuição - SCT

Do universo de 65 concessionárias de serviço público de distribuição de energia elétrica atuando no país, 60 estão com os serviços contratados. Esse universo de concessionárias de distribuidoras de energia elétrica hoje é constituído por 45 empresas privadas, 5 municipais, 9 estaduais e 6 federais, conforme demonstrado abaixo:

Controle Societário das Concessionárias de Distribuição

69%9%

14%8%

PrivadasPúblicas FederaisPúblicas EstaduaisPúblicas Municipais

5 45

9 6

45

,Fonte: ANEEL / Superintendência de Concessões e Autorizações de Transmissão e Distribuição - SCT

1.6.5 - Concessão de Potenciais de Energia Hidráulica

Cabe à ANEEL o relevante papel de conduzir o programa de licitações até a formalização do respectivo contrato de concessão, mediante o desenvolvimento da ação de concessão de potenciais de energia hidráulica, prevista no Programa de Abastecimento de Energia Elétrica.

Nos últimos anos, a geração hidrelétrica, enquanto alternativa de expansão do sistema elétrico brasileiro, vem apresentando expansão inferior às necessidades do mercado consumidor de energia elétrica. Os projetos hidrelétricos caracterizam-se por utilizar capital intensivo, impactar o meio ambiente, apresentar prazos de conclusão que variam de cinco a oito anos, além da presença do risco hidrológico, aspectos que representam um obstáculo adicional à expansão do sistema hidrelétrico. Contudo, a hidroeletricidade é uma fonte competitiva entre as modalidades de geração de energia, sendo a sua tecnologia de concepção, construção e operação dominada pelas empresas nacionais. 1.6.5.1 – Resultados No exercício de 2001 foram realizados dois leilões, um em 28/06/2001 e outro em 30/11/2001. No primeiro leilão foram leiloadas oito usinas que somaram 2.289,6 MW e no segundo onze usinas que somaram 2.666,7 MW. A adjudicação do segundo leilão foi publicada em 07/12/2001. No total, foram licitadas em 2001, 19 usinas que totalizaram 4.956,30 MW.

46

Programa Indicativo de Licitação de Geração 2001 / 2002

Fonte: ANEEL / Superintendência de Concessões e Autorizações de Geração - SCG

Foram também autorizadas as ampliações da UHE Salto Santiago, com potência de 710 MW e da UHE Porto Primavera, com potência de 165,60 MW. Dessa forma, entre ampliações e leilões, em 2001 a potência total outorgada foi de 5.831,90 MW.

1 Fundão 119,0 131.600.000,00 Rio Jordão, Municípios de Foz do Jordão e Pinhão - PR 2 Santa Clara 119,0 155.200.000,00 Rio Jordão, Municípios de Candói e Pinhão - PR - Complexo 238,0 286.800.000,00 -

3 Corumbá III 93,6 187.700.000,00 Rio Corumbá, Município de Luziânia - GO 4 São Jerônimo 331,0 392.100.000,00 Rio Tibagi, Municípios de Londrina e São Jerônimo da

Serra - PR 5 Bau I 110,0 139.900.000,00 Rio Doce, Municípios de Rio Doce e Santa Cruz

do Escalvado - MG 6 Foz do

Chapecó 855,0 1.055.200.000,00 Rio Uruguai, Municípios de Alpestre - RS e Aguas do

Chapecó - SC 7 Serra do

Facão 210,0 321.300.000,00 Rio São Marcos, Municípios de Catalão e Davinópolis -

GO 8 Peixe Angical 452,0 1.081.600.000,00 Rio Tocantins, Municípios de Peixe e São Salvador -

TO 2.289,6 3.464.600.000,0

9 Simplício 323,7 783.840.000,00 Rio Paraíba do Sul, Municípios de Chiador - MG e Sapucaia- RJ

10 Salto Pilão 181,0 302.810.000,00 Rio Itajaí-açu, Municípios de Lontras e Ibirama - SC

11 São João

60,0 107.690.000,00 Rio Chopim, Municípios de Honorário Serpa e Clevelândia - PR

12 Cachoeirinha 45,0 88.950.000,00 Rio Chopim, Municípios de Honorário Serpa, Pato Branco e Clevelândia - PR

- Complexo 105,0 196.640.000,00 13 São Salvador 241,0 479.580.000,00 Rio Tocantins, Municípios de São Salvador e Paranã -

TO 14 Monjolinho 67,0 168.060.000,00 Rio Passo Fundo, Municípios de Faxinalzinho e Nonoai -

RS 15 Pedra do

Cavalo 160,0 176.890.000,00 Rio Paraguaçu, Municípios de São Felix e Cachoeira -

BA 16 Traira II 60,0 97.395.300,00 Rio Suaçuí-

Grande, Municípios de Peçanha e São Pedro de

Suaçuí - MG 17 Pai Querê 292,0 582.830.000,00 Rio Pelotas, Municípios de Bom Jesus RS e Lajes -

SC 18 Couto Magalhães 150,0 245.170.000,00 Rio Araguaia, Municípios de Sta. Rita do Araguaia - GO e

Alto Araguaia - MT 19 Santa

Isabel 1.087,0 1.865.550.000,00 Rio Araguaia, Municípios de São Geraldo do Araguaia - PA

e Ananás - TO 2.666,7 4.898.765.300,0

4.956,3 8.363.365.300,0 20 Sacos 50,0 75.000.000,0 Rio Formoso, Municípios de Jaborandi e Coribe -

BA 21 Olhos dágua 37,0 55.500.000,0 Rio Corrente, Municípios de Itajá e Itarumã - GO 22 Estreito 1.050,0 1.575.000.000,0 Rio Tocantins, Municípios de Avinópolis - TO e Estreito -

MA 23 São Domingos 68,0 102.000.000,0 Rio Verde, Município de Ribas do Rio Pardo -

MS 24 Serra

Quebrada 1.328,0 1.992.000.000,0 Rio Tocantins, Municípios de Gov. Edson Lobão - TO e

Itaguatins - MA 25 Itaguaçu 151,0 226.500.000,0 Rio Claro, Municípios de Cachoeira Alta e São Simão -

GO 26 Salto 117,0 175.500.000,0 Rio Verde, Municípios de Caçu e Itarumã -

GO 27 Salto do Rio Verdinho 122,0 183.000.000,0 Rio Verde, Municípios de Caçu e Itarumã - GO

28 Serra dos Cavalinhos

45,0 67.500.000,0 Rio das Antas, Municípios de Monte Alegre e São Franciscode Paula - RS 29 Tupiratins 820,0 1.230.000.000,0 Rio Tocantins, Municípios de Tupiratins e Itapiratins - TO

30 Bocaina 150,0 225.000.000,0 Rio Paranaíba,

Municípios de Davinópolis -GO e Abadia dos Dourados - MG

3.938,0 5.907.000.000,0

8.894,3 14.270.365.300,0 TOTAL (2001/2002)

Licitado_1o sem/2001

Licitado_2o sem/2001 Licitado_2001

A Licitar _ 2002

No. Usina Pot. (MW) Localização Investimentos (R$)

47

O gráfico abaixo demonstra a expectativa de crescimento da capacidade instalada de UHE no período de 2001 a 2006.

Fonte: ANEEL / Superintendência de Fiscalização dos Serviços de Geração - SFG Contratos Assinados Em 2001, foram assinados 14 contratos de concessão de geração, que totalizam 3.894,60MW, compreendendo as usinas licitadas no 2º semestre de 2000 (com exceção de São Jerônimo que aguarda Decreto Legislativo) e aquelas licitadas no 1º semestre de 2001. As usinas licitadas no 2º semestre de 2001 devem ter seus contratos assinados em março/2002.

UHE – Previsão para Capacidade Instalada

71.021,3 71.527,869.812,868.176,9

66.663,064.606,461.554,0

74.134,068.992,4

67.405,064.961,4

-

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

80.000

2001 2002 2003 2004 2005 2006

Prev

isão

de

Capa

cida

de In

stal

ada

(MW

)

Previsão Conservadora Previsão Otimista

48

Contratos de Concessão Assinados em 2001

Fonte: ANEEL / Superintendência de Concessões e Autorizações de Transmissão e Distribuição - SCT

O mapa a seguir mostra a localização das usinas constante do Programa Indicativo de Licitações de 2001/2002:

Concessionária Usina Potência (MW)Data de

assinatura

UHE 14 de Julho 100,00UHE Castro Alves 130,00UHE Monte Claro 130,00

Cia. Paraibuna de Metais=99%; Paraibuna de Energia Ltda=1%, integrantes do Consórcio Paraibuna

UHE Picada 50,00 15/03/2001

Murta Energética S/A UHE Murta 120,00 15/03/2001CAT-LEO Energia S/A UHE Barra do Braúna 39,00 15/03/2001

15/03/200113/09/2001

Fuad Rassi Engª, Ind. e Comércio Ltda. UHE Espora 32,00 15/03/2001VBC ENERGIA S/A (44,7399%), ALCOA ALUMÍNIO S/A (31,5791%), VALESUL ALUMÍNIO S/A (10,5307%), DME ENERGÉTICA Ltda. (7,8902%) e CAMARGO CORRÊA CIMENTOS S/A (5,2601% - AP)

UHE Barra Grande 690,00 14/05/2001

CEMIG Capim Branco S.A. (20,0%), Comercial e Agrícola Paineiras Ltda (17,0%), Companhia Vale do Rio Doce (46,0%), Companhia Mineira de Metais (12%) e Camargo Corrêa Cimentos S.A. (5,0%)

AHE´s Capim Branco I e Capim Branco II

450,00 29/08/2001

Centrais Elétricas do Rio Jordão SA - ELEJOR

AHE´s Fundão e Santa Clara 238,00 25/10/2001

Energética Corumbá III S.A. AHE Corumbá III 93,60 07/11/2001CAT-LEO Energia S/A AHE Baú I 110,00 07/11/2001Companhia Vale do Rio Doce (40%) e Foz do Chapecó Energia S.A. (60%) AHE Foz do Chapecó 855,00 07/11/2001

Alcoa Alumínio S.A. (50,4386%), Companhia Brasileira de Alumínio (16,9737% - AP), DME Energética Ltda. (10,0877%) e Votorantim Cimentos Ltda. (22,5000%)

AHE Serra do Facão 210,00 07/11/2001

ENERPAULO – Energia Paulista Ltda. (93%), REDE PEIXE ENERGIA S.A. (5%) e ENERPEIXE S.A. (2%)

AHE Peixe Angical 452,00 07/11/2001

Total = 14 contratos 3.894,60

15/03/2001Cia. Energética Rio das Antas - CERAN

Light Sinergias Ltda. UHE Itaocara 195,00

49

Fonte: ANEEL / Superintendência de Concessões e Autorizações de Geração - SCG

1.6.6 - Concessão de Transmissão de Energia Elétrica De forma pioneira, a partir de julho de 1999, a ANEEL iniciou processos licitatórios para a outorga de concessão de serviço público à iniciativa privada de novos empreendimentos de transmissão da Rede Básica do Sistema Elétrico Brasileiro, em cumprimento a Lei no 9.074, de 7 de julho de 1995. Essa nova estratégia para a ampliação do sistema interligado nacional, com recursos financeiros do setor privado, tem frutificado de forma que no ano de 2001 foram licitados 3.047,1 km de novas linhas de transmissão e 3.100 MVA de transformação, com investimentos previstos de R$ 1.751.842.000,00, com horizonte de entrada em operação até 2003. A tabela contendo o detalhamento dos empreendimentos de transmissão consta do Anexo VI deste Relatório de Gestão.

50

As licitações de transmissão realizadas têm assegurado a expansão da rede de transmissão. Em 2000 e 2001, foram licitados 6.714,1 km de novas linhas de transmissão, estando previsto para 2002 o leilão de novos empreendimentos, conforme mostrado no gráfico adiante.

Fonte: ANEEL / Superintendência de Concessões e Autorizações de Transmissão e Distribuição – SCT

O processo de outorga de concessão de transmissão compreendeu os seguintes eventos: Em 14 de fevereiro de 2001, foi realizado o Leilão no 004/2000- ANEEL para Outorga de Concessão de Serviço Público de Transmissão de Energia Elétrica para Construção, Operação e Manutenção de Instalações de Transmissão da Rede Básica do Sistema Elétrico Interligado, compreendendo as seguintes instalações:

• Grupo A - Expansão da Interligação Sul - Sudeste • Grupo B - LT Tucuruí - Vila do Conde C2 • Grupo C - Expansão da Interligação Norte - Nordeste

Em 13 de junho de 2001 foi realizado o Leilão no 001/2001- ANEEL para Outorga de Concessão de Serviço Público de Transmissão de Energia Elétrica para Construção, Operação e Manutenção de Instalações de Transmissão da Rede Básica do Sistema Elétrico Interligado, compreendendo as seguintes instalações:

• LOTE A: Linha de Transmissão Bateias - Jaguariaíva, em 230 kV, com extensão aproximada de 137,1 km.

• LOTE B: Linha de Transmissão Ouro Preto 2 - Vitória, em 345 kV, com extensão estimada de 370 km. (não houve oferta)

• LOTE C: Linha de Transmissão Itumbiara - Marimbondo, em 500kV, com extensão estimada de 212km.

Em 28 de setembro de 2001, realizado o Leilão no 003/2001- ANEEL para Outorga de Concessão de Serviço Público de Transmissão de Energia Elétrica para Construção, Operação e Manutenção de Instalações de Transmissão da Rede Básica do Sistema Elétrico Interligado,

Linhas de Transmissão licitadas e a licitar e investimentos

1000

2000

3000

4000

5000

6000

Lin

has

de

Tra

nsm

issã

o k

m

1000

501000

1001000

1501000

2001000

2501000

3001000

Inve

stim

ento

s

Extensão total km 3.667 3.047 5.619

Investimentos (R$milhões)

1.851.780,00 1.751.842,00 2.571.600,00

2000 2001 2002 (Previsão)

51

correspondendo a 753 km de linhas de transmissão e uma Subestação com 1200MVA de transformação, compreendendo as seguintes instalações:

• Lote A : LT Goianinha - Mussuré - C3 - 230 kV • Lote B : LT Chavantes - Botucatu - 230 kV • Lote C : LT Vila do Conde - Santa Maria - 230 kV (não houve oferta) • Lote D : LT Xingó - Angelim - 500kV ; LT Angelim - Campina - Grande - 230 kV e SE

Angelim - Transformação 500/230-13,8 kV O gráfico a seguir apresenta a programação anual de entrada em operação das linhas de transmissão licitadas em 2000 e 2001, nas tensões de 230, 440 e 500 kV, e das subestações licitadas, com contratos de concessão assinados até 2001. O principal bloco de linha de transmissão, com extensão de 5.189,1 km, está previsto para entrar em operação no 2o trimestre de 2003, sendo constituído pelas grandes interligações regionais, entre os sistemas Sudeste e Nordeste e, Norte e Sul.

Previsão de operação Linhas de Transmissão / Subestações

505 582

5189,1

0

1272

4500

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

Extensão (km) 505 582 5189,1

Potência (MVA) 0 1272 4500

2001 2002 2003

Fonte: ANEEL / Superintendência de Concessões e Autorizações de Transmissão e Distribuição - SCT 1.6.6.1 - Resultados O programa de licitação de concessão de transmissão de energia elétrica de 2001 concluiu com a contratação de 2.286,1 km de linhas de transmissão e 2.700 MVA de transformação importando em investimento da ordem de R$ 1.451.906.000,00, conforme tabela abaixo:

52

Empreendimentos UF Tensão

(kV) Contrato assinado

Previsão de operação

Extensão (km) Potência de

transformação MVA

Expansão da Interligação Sul-Sudeste – Transformação em Ibiúna

SP/PR 500 09/05/2001 Mar/2003 328 1500 MVA

LT Tucuruí – Vila do Conde PA 500 12/06/2001 Ago/2002 323

Expansão da Interligação Norte-Nordeste PA/MA 500 12/06/2001 Abr/2003 924

LT Bateias – Jaguariaíva PR 230 17/08/2001 Mar/2003 137,1

LT Goianinha – Mussuré PE/PB 230 21/01/2002 Dez/2003 51

LT Chavantes – Botucatu SP 230 21/12/2001 Jul/2003 137

LT Xingó – Angelim LT Angelim – Campina Grande SE Angelim – Transformação 500/230-13,8 kV

500 230

500/230 21/01/2002

Fev/2004 Fev/2004 Fev/2004

200 186

1.200 MVA

Extensão Total de Linhas de Transmissão 2.286,1

Total de Potência (MVA)

2.700 MVA Fonte: ANEEL / Superintendência de Concessões e Autorizações de Transmissão e Distribuição – SCT Como resultado das licitações realizadas, foram assinados os seguintes Contratos de Concessão de Transmissão em 2001:

1. Assinado, em 9 de maio de 2001, o Contrato de Concessão no 34/2001 - ANEEL de Serviço Público de Transmissão de Energia Elétrica, pelo prazo de 30 anos, com Furnas - Centrais Elétricas S.A. para construção, operação e manutenção da Expansão da Interligação Sul - Sudeste compreendendo a linha de transmissão, em 500kV, circuito duplo, entre as Subestações de Bateias e Ibiúna , extensão estimada em 328 km e 1.500 MVA de Transformação de 525/345 kV, com duas unidades de potência de 750 MVA cada uma na Subestação de Ibiúna.

2. Assinado, em 12 de junho de 2001, o Contrato de Concessão no 43/2001 – ANEEL de

Serviço Público de Transmissão de Energia Elétrica, pelo prazo de 30 anos, com a empresa Paraense De Transmissão de Energia S.A. - EPTE, para construção, operação e manutenção da Linha de Transmissão Tucuruí - Vila do Conde, em 500KV, 2º circuito, entre as SE’s Tucuruí e Vila do Conde, extensão estimada em 323 km.

3. Assinado, em 12 de junho de 2001, o Contrato de Concessão no 42/2001 - ANEEL de

Serviço Público de Transmissão de Energia Elétrica, pelo prazo de 30 anos, com a Empresa Amazonense de Transmissão de Energia S.A., para construção, operação e manutenção da Expansão da Interligação Norte - Nordeste - compreendendo as linhas de transmissão 500 kV entre as Subestações Secionadora Tucuruí (ampliação), Marabá, Açailândia, Imperatriz e Presidente Dutra, extensão estimada em 924 km, e a construção da Subestação de Açailândia.

4. Assinado, em 17 de agosto de 2001, o Contrato de Concessão no 075/2001-ANEEL de

Serviço Público de Transmissão de Energia Elétrica, pelo prazo de 30 anos, com a COPEL – Companhia Paranaense de Energia, para construção, operação e manutenção da Linha de Transmissão Bateias – Jaguariaíva – 230 kV, circuito simples, com extensão aproximadamente de 137,1 km.

53

5. Assinado, em 21 de dezembro de 2001, o Contrato de Concessão no 143/2001-ANEEL de Serviço Público de Transmissão de Energia Elétrica, pelo prazo de 30 anos, com a CTEEP – Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista, para construção, operação e manutenção da Linha de Transmissão Chavantes – Botucatu em 230 kV, circuito simples, com extensão aproximada de 137 km.

6. Contrato de Concessão de Serviço Público de Transmissão de Energia Elétrica, pelo prazo de 30 anos, com a Empresa Goiana Transmissora de Energia S.A. – GTESA, para construção, operação e manutenção da Linha de Transmissão Goianinha – Mussuré, em 230 kV C3, extensão estimada em 51 km.

7. Contrato de Concessão de Serviço Público de Transmissão de Energia Elétrica, pelo

prazo de 30 anos, com a Inabensa Brasil Ltda., para construção, operação e manutenção da Linha de Transmissão 500 kV, circuito simples, com extensão aproximada de 200 km, com origem na Subestação de Xingó, localizada no Estado de Alagoas e término na Subestação de Angelim, localizada no Estado de Pernambuco; Linha de Transmissão 230 kV, circuito simples, com extensão aproximada de 186 km, com origem na Subestação de Angelim, e término na Subestação de Campina Grande, localizada no Estado da Paraíba, Transformação 500/230-13,8 kV – 1.200 MVA na Subestação de Angelim.

Ressalta-se que os contratos dos itens 6 e 7, embora tenham sido assinados em janeiro de 2002, toda a negociação transcorreu no exercício de 2001. 1.6.7 - Horário de Verão O Horário de Verão consiste no adiantamento artificial dos ponteiros do relógio em 1 (uma) hora, de forma a criar uma defasagem em relação ao horário normal. Tal procedimento permite um melhor aproveitamento da luz natural, ao se tirar partido do fato que, em certas épocas do ano e em determinadas regiões do País, os dias são mais longos que as noites e o alvorecer acontece muito cedo. O objetivo básico da implantação do horário de verão é a redução da demanda máxima durante o período de ponta de carga dos sistemas elétricos afetados pela medida, tendo como conseqüência o deslocamento do horário de ocorrência dessa carga máxima, bem como a diminuição do consumo de energia elétrica ao longo do dia. Esse fato leva a um menor carregamento de energia nas linhas de transmissão, nas subestações, nos sistemas de distribuição, bem como nas unidades geradoras de energia, com a conseqüente redução do risco de falhas no fornecimento de energia elétrica, em uma época do ano (verão) em que o sistema é submetido às mais severas condições operacionais. Adicionalmente aos objetivos acima descritos, para este ano a motivação maior foi a possibilidade de redução do consumo de energia na região abrangida pelo “Horário de Verão”, que contribuiria para a recuperação dos reservatórios das hidrelétricas, notadamente deplecionados, de forma a proporcionara redução dos impactos de um eventual racionamento de energia elétrica. A ANEEL participa da ação de implantação do “Horário de Verão”, fornecendo subsídios ao Governo Federal para a expedição de Decreto Presidencial estabelecendo os locais de aplicação e respectivo período de vigência anual, observadas as características dos sistemas elétricos envolvidos, bem como o acompanhamento da coleta dos dados relacionados à redução de consumo, realizados pelo Operador Nacional dos Sistemas Elétricos - ONS. 1.6.7.1 - Resultados

54

A meta para essa ação foi reduzir em 2.200 MW a demanda na ponta de carga para o período de implantação. O resultado efetivo da redução de ponta e energia, no exercício de 2001 foi de 2.260 MW, equivalente à geração de 3 (três) máquinas da usina hidrelétrica de Itaipu, cada uma com 700 MW, ou ainda, 1,5 vezes a geração da usina de Jupiá, 1.400 MW. 1.6.8 - Estudos de Inventário dos Potenciais de Energia Hidráulica e outras Fontes Alternativas de Energia Segundo o manual de inventário editado pela ELETROBRÁS em 1984 e revisado no período de 1996/97, o Estudo de Inventário Hidrelétrico “é a etapa em que se determina o potencial hidrelétrico de uma bacia hidrográfica e se estabelece a melhor divisão de queda, mediante a identificação do conjunto de aproveitamentos que propiciam um máximo de energia ao menor custo, aliado a um mínimo de efeitos negativos sobre o meio ambiente”. Esses estudos, constituem-se em elemento de apoio aos estudos de viabilidade dos empreendimentos identificados na bacia, propiciando uma base de informações associadas, fundamentalmente, aos benefícios energéticos decorrentes da implantação do empreendimento, custos de construção e operação, uso múltiplo da água e nos efeitos sobre o meio ambiente na bacia como um todo. Assim, a edição da Lei 9.074/95, definindo o aproveitamento ótimo para as bacias hidrográficas, levou a maiores exigências que identificam a necessidade de um tratamento holístico em estudos dessa natureza, aumentando-se a responsabilidade quanto à precisão dos dados e resultados obtidos e co-participação e co-responsabilidade dos vários órgãos licenciadores e outorgantes envolvidos na sua determinação. É dentro dessa linha de ação que a ANEEL vem buscando orientar a realização dos inventários, em sintonia com as áreas ambientais. Dessa forma, a ANEEL, em consonância com a Política Nacional de Recursos Hídricos, editou a Resolução nº. 393/98, de 04/12/98, que estabelece que os aproveitamentos ótimos devem ser definidos ainda na fase de inventário (Anexo V). O aumento da oferta de energia elétrica, via centrais hidrelétricas, depende basicamente de estudos hidrológicos minuciosos a respeito das bacias dos rios brasileiros e da viabilidade econômica, social e ambiental dos aproveitamentos. Para tanto, é necessário começar por atualizar e manter o banco de dados hidrológicos das bacias hidrográficas brasileiras, obtido por meio de extensa rede hidrométrica, cuja administração, passou em 2001 a ser de responsabilidade da Agência Nacional de Águas – ANA. Com a transferência da Administração da Rede Hidrométrica para a ANA, a ANEEL vem tomando todas as providências no sentido de que o fluxo das informações hidrológicas necessárias às atividades da Agência não sofra solução de continuidade. Para alcançar esse propósito, a ANEEL vem implementando, desde o exercício de 2001, medidas fundamentais que deverão propiciar os meios adequados que assegurem, permanentemente, a parceria entre as duas Agências, quanto ao intercâmbio de dados e de estudos hidrológicos, quais sejam: I - Criação do Grupo de Trabalho para o Planejamento da Rede Hidrometeorológica Nacional – GTRH, por intermédio da Portaria Interministerial n.º 002 (MMA/MME), de 07/06/2001, que tem a participação do Ministério do Meio Ambiente – MMA, através da Secretaria de Recursos Hídricos – SRH, Ministério das Minas e Energia, através da Secretaria de Energia – SNE, Agência Nacional de Águas - ANA e Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL. O Fórum tem a incumbência de estabelecer a política de planejamento e expansão da Rede Hidrométrica.

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II – Negociações com vistas à celebração do “Acordo de Cooperação Técnica” entre as duas Agências (ANEEL e ANA) que tem como objetivo a execução de ações conjuntas relacionadas à gestão e administração da Hidrologia em geral, das informações hidrológicas georreferenciadas, dos potenciais de energia hidráulica e da articulação entre as Agências, visando aplicar os mecanismos de obtenção prévia da declaração de reserva de disponibilidade hídrica a ser expedida pela ANA, nas águas de domínio federal. III – Entendimentos com vistas à criação do “Grupo de Controle de Alterações – GCA Hidro”, com o objetivo de analisar, priorizar, verificar e divulgar, de forma controlada, todas as alterações realizadas no Sistema Hidro que dá suporte às atividades de Hidrologia da ANEEL e ANA. IV – Desenvolvimento, com vistas à futura implantação do “link” de conexão “on line” entre os Bancos de dados da ANA e ANEEL. Assim, no tocante aos estudos hidrológicos desenvolvidos em 2001, os trabalhos estiveram associados principalmente a Regionalização Hidrológica de Vazões e aos Estudos de Eventos Extremos, necessários para avaliação dos potenciais hidráulicos e dos inventários hidrelétricos que objetivam estabelecer nas bacias hidrográficas o aproveitamento ótimo definido na Lei 9.074/95. Tais trabalhos constituem um conjunto de projetos que propiciam maior consistência e sustentação na análise dos projetos hidroelétricos em tramitação na Agência, com implicação direta na ampliação da oferta de energia elétrica. Nesse sentido, em consonância com o Programa Abastecimento de Energia Elétrica do PPA, analisou-se em 2001, estudos hidrológicos relacionados a Inventários, Viabilidade, Projeto Básico e Prorrogação de Concessões, todos no campo da hidroeletricidade, correspondentes a um total de cerca de 8.400 MW, contribuindo significativamente com os esforços da Agência para a ampliação da capacidade instalada do parque gerador brasileiro, que passou de 72.299 MW em 2000 para 74.876 em 2001, com evidentes benefícios para toda a sociedade uma vez que boa parte da ampliação dessa capacidade é oriunda de fonte hídrica. Outra ação bem sucedida foi a disponibilização de novos Estudos de Viabilidade para efeito de licitação das outorgas de concessão. Para garantir tal meta, fez-se intensas articulações junto aos órgãos ambientais, Ministério Público, FUNAI, IBAMA, Prefeituras e organizações não governamentais, objetivando estabelecer uma agenda mínima de consenso capaz de dar legitimidade ao processo licitatório. Estudos de Inventário dos Potenciais de Energia Alternativa Em relação às energias alternativas os projetos desenvolvidos pela ANEEL tiveram como objetivo oferecer suporte às ações de regulação, autorização e fiscalização. Desta forma, ampliaram-se as condições para o cumprimento da missão da ANEEL, especialmente diante da crescente participação das fontes alternativas na geração de energia elétrica. Destaque-se a grande perspectiva para o crescimento da participação da geração a partir da fonte eólica, demandando da Agência o estabelecimento de critérios para a sua inserção no sistema interligado. Paralelamente a essas ações, buscou-se contribuir na identificação de possibilidades reais para a geração a partir de diversas fontes alternativas em várias regiões do país, através do apoio à realização de inventários sobre a potencialidade das mesmas. Um dos impactos positivos dessa

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ação está relacionado ao oferecimento de melhores condições para a entrada de novos empreendedores, promovendo o aumento da competitividade nessa área. Adicionalmente, essas informações contribuem para a implementação das políticas governamentais relacionadas à diversificação da matriz energética nacional. Os produtos obtidos ou em fase de conclusão tais como o Atlas Eólico Brasileiro, Atlas Brasileiro de Biomassa, Atlas de Energia Elétrica do Brasil, Levantamento de Potencial Real de Excedentes no Setor Sucroalcooleiro, Inventário de Potencial Eólico na Região Sudeste do Brasil, proporcionaram, ou proporcionarão, à Agência a incorporação de uma base de dados e informações consistentes sobre fontes de energia alternativa. Ressalta-se, sobretudo, os benefícios que trabalhos dessa natureza aportam aos Sistemas Elétricos Isolados, abrindo inúmeras possibilidades para boa parte de comunidades que hoje são atendidas em condições precárias sob o ponto de vista social e econômico. Em vista disso, atenção especial foi dada a esses sistemas, mediante a implementação dos projetos: “Geração de Energia Elétrica em Local Isolado da Região Norte do Brasil com Sistema Híbrido Solar/Fotovoltaico” e do “Projeto de Referência para Geração Híbrida de Energia Elétrica com Uso Sustentado da Biomassa e Valorização da Biodiversidade Nativa, em duas Áreas de Preservação da Floresta Amazônica” especialmente dirigidos para fontes alternativas renováveis, a partir de recursos locais, fazendo o uso sustentado de óleos vegetais e de painéis fotovoltaicos para geração de energia elétrica, com a conseqüente valorização da biodiversidade nativa em áreas de preservação da região amazônica. Bacias Inventariadas em 2001 Com a finalidade de facilitar o processo de consulta e torná-lo mais transparente para a sociedade, a ANEEL mantém, no centro de documentação técnica, um cadastro com originais em papel e em meio magnético, de todos os estudos aprovados válidos e superados de inventários de potenciais hidráulicos. Em 31 de dezembro de 2001, o estoque dos estudos, considerados a partir de 1990, atingiu cerca de 29.000 MW de potenciais hidrelétricos, disponíveis para consulta. Os dados do cadastro são atualizados permanentemente, assim que um estudo é aprovado e disponibilizados na página da ANEEL, na internet.

Num primeiro momento, face ao declínio da carteira de inventários disponíveis, mormente no que tange aos aproveitamentos de pequeno porte, a reação natural do mercado foi a de restabelecer o equilíbrio objetivando criar novas oportunidades por meio de solicitação de registros. 1.6.8.1 - Resultados Em relação à meta prevista para 2001 de aprovação de 9.600 MW/ano de estudos de inventário, o percentual aprovado foi 107,29%, ultrapassando em 7,29% ao valor fixado, perfazendo um total de 10.300,18 MW.

No triênio 1999, 2000 e 2001 foram aprovados 314 estudos de inventário, viabilidade e projeto básico, correspondendo a uma potência de 31.361,92 MW conforme quadro a seguir.

REGISTRADOS, ANALISADOS, APROVADOS

1999 2000 2001 TOTAL ESTUDOS E PROJETOS

Quant MW Quant MW Quant MW Quant MW ESTUDOS DE INVENTÁRIO 29 3.511 33 7.136,83 79 10.300,18 141 20.948,01 ESTUDOS DE VIABILIDADE 4 949 10 1.323,00 25 6.435,10 39 8.707,10

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PROJETOS BÁSICOS - PCH's 58 645 44 687,41 32 374,40 134 1.706,81 TOTAL 91 5.105 87 9.147,24 136 17.109,68 314 31.361,92 Fonte: ANEEL / Superintendência de Gestão dos Potenciais Hidráulicos - SPH Dos 141 Estudos de Inventários realizados, 65 com uma potência total de 4.644 MW, referem-se a PCH’s. Estes números espelham uma reação evidentemente positiva do mercado, haja vista o incremento de novos Projetos Básicos de pequenas usinas protocolados nesta Agência. A ANEEL contratou, num primeiro momento, via fundações educacionais, os inventários dos rios Aripuanã, Doce e Paraíba do Sul, que foram aprovados, totalizando uma motorização de 1.894 MW. Os inventários dos rios Contas, Pardo, Palmas e Paraná serão concluídos no primeiro trimestre de 2002, ampliando a margem de geração a ser ofertada ao mercado. No tocante à participação dos agentes na realização de inventários, ressalta-se a conclusão dos estudos da bacia hidrográfica do Rio do Sangue (897MW), incluindo seus afluentes denominados Ponte da Pedra e Cravari. Esta ação foi um passo importante dado com o intuito de atender ao suprimento do estado de Mato Grosso, haja vista que sua taxa de crescimento tem se mantido num patamar de 10% ao ano. Ainda em 2001, em outra ação de porte da Agência foi realizada a licitação para a elaboração de mais nove inventários distribuídos nas bacias dos rios Taquari, Pardo, São Francisco, Arinos, Alto Tocantins, Paranaíba, Mearim e demais afluentes do Amazonas e do Atlântico, numa ação de diversificação de oportunidades nas diversas regiões do país. Os estudos realizados sobre o “Potencial de Co-geração no Setor Sucroalcooleiro” identificaram potencial de 3.852 MW em 51% de 163 Usinas de açúcar e álcool identificadas no Brasil até setembro de 2001. Ressalte-se que apenas 132 MW foram comercializados (Fonte: Relatório CENBIO/OMM/ANEEL). No tocante à energia, eólica levantamentos e estudos realizados pelo Centro Brasileiro de Energia Eólica (CBEE), mediante contrato de prestação de serviços com a ANEEL/PNUD, indicam um potencial eólico nacional da ordem de 70.000MW. Ressalte-se que esse trabalho está em fase de conclusão, de forma que o referido valor é uma estimativa baseada em resultados preliminares. 1.6.9 - Uso racional de recursos naturais

A realização da “Campanha de Uso Racional de Recursos Naturais” objetiva disseminar a postura da Aneel em relação ao uso eficiente de energia elétrica, apoiar aos projetos de P & D, articular com os órgãos estaduais de meio ambiente, gerenciamento de recursos hídricos, dentre outros, com vistas à divulgação de suas ações, como promotora do uso racional de recursos naturais.

Nesse sentido, a ANEEL se fez representar em uma série de eventos com temática essencialmente voltada à promoção dos seguintes tópicos: hidrologia, combate à cultura do desperdício de energia elétrica, geoprocessamento aplicado a recursos hídricos e energéticos, divulgação do banco de dados hidrológicos, disseminação do Sistema de Informações Hidrometeorológicas, compensação financeira pela utilização de recursos hídricos, monitoramento hidrológico de reservatórios, fontes alternativas com energias renováveis, preservação do meio ambiente, dentre outros.

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Para dar suporte a todas essas atividades a ANEEL procedeu à elaboração, produção e distribuição de material promocional, incluindo folders, banners, cartazes, cartilhas, publicações técnicas específicas, multi-mídia (CD-ROMs, vídeos e site da ANEEL).

Cabe destacar que algumas das atividades planejadas no âmbito desta Campanha tiveram seu desenvolvimento razoavelmente comprometido, uma vez que a partir de junho de 2001, foi determinado pela Câmara de Gestão da Crise de Energia – GCE a execução da 2ª Fase da Campanha Educativa de Direitos e Deveres do Consumidor, contendo esclarecimentos à sociedade quanto à crise de racionamento de energia elétrica vivenciada no País em 2001. 1.6.9.1 - Resultados No cumprimento da meta desta ação a Agência promoveu e/ou participou dos seguintes eventos:

§ “2° Encontro de Órgãos Ambientais com Empreendedores do Setor Elétrico"; § "Exposição Espanhola sobre Obras Hidráulicas", promovida pela ANEEL em

colaboração com a Embaixada Espanhola, compreendendo exposição itinerante nas Agências Estaduais da Bahia, São Paulo e Rio Grande do Sul;

§ “Reunião sobre Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos”; § “Campanha Interna do Meio Ambiente”; § “IV Diálogo Interamericano de Gerenciamento de Águas”, realizado em Foz do

Iguaçu de 02 a 06/09/2001. O evento é um resultado da Agenda 21, estabelecida durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento no Rio de Janeiro em 1992, e constituiu-se em um veículo para discussão e intercâmbio de experiências sobre gerenciamento de recursos hídricos nas Américas. A ANEEL participou com um estande de 18m², onde apresentou: Resolução nº 396 (Anexo V), que estabelece as condições básicas de monitoramento hidrológico dos reservatórios hidrelétricos brasileiros. Esta Resolução gera informações para o Sistema de Monitoramento Hidrológico de Reservatórios Hidrelétricos. Produtos apresentados: Site HIDROWEB; Clickinforme ANEEL; distribuição de publicações técnicas e CDs, tais como: Dendroenergia: fundamentos e aplicações; Guia de práticas sedimentométricas; Guia de avaliação de assoreamento de reservatórios; Legislação básica do setor elétrico; CD Série Água; Eficiência Energética - integrando usos e reduzindo desperdícios;·O fluxo de sedimentos em suspensão nos rios da bacia amazônica; Recursos Hídricos: conceitos, desafios e capacitação; CD Série Energia.

§ Celebração do “Acordo de Cooperação Técnico-Científica ANEEL e Exército” com vistas à realização de diversos estudos cartográficos. A parceria entre técnicos da ANEEL e do Exército é voltada para elaboração de mapas de interesse estratégico para o setor elétrico - um suporte às atividades de regulação da Agência. O acordo, sob a coordenação da SIH, aperfeiçoará a base de dados cartográfica da ANEEL, concentrada na SIH; a quantidade e qualidade dos dados georreferenciados ao banco de informações. A ANEEL, como agente regulador, necessita de informações concisas e que sejam facilmente acionadas no momento de tomar decisões em relação aos empreendimentos em processo de aprovação ou em operação. Há três anos, o núcleo de geoprocessamento da SIH desenvolve projetos que agilizam a consulta de dados sobre o comportamento do setor elétrico.

§ “1º CITENEL – Congresso de Inovação Tecnológica em Energia Elétrica”, em Brasília, de 6 a 7 de novembro de 2001”, com vistas a difundir as experiências obtidas com os Programas de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico, previstos nos contratos de concessão das empresas do setor elétrico. Foi promovido pela ANEEL, o MCT e o CNPq e mostrou ao setor um panorama integral do que está sendo realizado

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em Pesquisa e Desenvolvimento e Inovação Tecnológica (P&D&IT), bem como o grau de inovação tecnológica setorial; o estreitamento do contato entre o corpo técnico e a gestão de P&D&IT das concessionárias com os pesquisadores da área; a troca de experiências e informações entre esses corpos gerenciais e técnicos e os pesquisadores; a discussão sobre os projetos e os métodos de pesquisa; a transparência dos critérios utilizados na avaliação dos projetos e dos programas de P&D das concessionárias. Apresentou também os resultados obtidos nos projetos realizados dentro dos programas de P&D, dos ciclos de 1998/1999 e de 1999/2000, utilizando os recursos previstos nos contratos de concessão que hoje estão estabelecidos pela Lei nº 9.991, de 24 de julho de 2000, ao corpo gerencial e técnico das concessionárias, aos técnicos e pesquisadores atuantes no setor elétrico, e aos órgãos públicos interessados.

§ “II Workshop Programas Anuais de Combate ao Desperdício de Energia Elétrica”, em Brasília – DF, visando avaliar os resultados obtidos nos ciclos 88/99 e 99/00. Por força da Lei nº 9.991, as concessionárias de serviços de distribuição de energia elétrica estão obrigadas a aplicar 1% de suas receitas anuais em programas de combate ao desperdício. A modalidade de contrato que prevê o retorno do investimento vinculado ao benefício esperado foi outro tema dos debates, com a participação de representantes das concessionárias, das agências reguladoras estaduais e técnicos da ANEEL.

No âmbito desta campanha também foram editadas as publicações técnico–institucionais abaixo relacionadas:

§ "Introdução ao Gerenciamento de Recursos Hídricos", editado em parceria com a

Agência Nacional de Águas – ANA; § ”Manual dos Programas de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Setor

Elétrico Brasileiro” - Edição de 1.000 exemplares, impressos e em CD-ROM. Conteúdo: Definições Básicas; Programa para Elaboração de Programas de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Setor Elétrico; Critérios de Avaliação de Projetos; Implementação; Contabilização e Controle dos Gastos; Agentes Participantes; Direitos de Propriedade Intelectual; Linhas de Pesquisa; Benefícios de Projetos P&D. A referida publicação foi amplamente distribuída no 1º CITENEL.

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1.7 – Programa de Qualidade dos Serviços de Energia Elétrica – Principais Resultados

Introdução

A ANEEL, com a propósito de contribuir para consolidar o atual modelo setorial, tem priorizado algumas atividades, com destaque para a concepção e implementação de regulamentação adequada ao funcionamento do mercado de energia elétrica, a viabilização do aumento da oferta de energia, via estímulo aos novos investimentos, a fiscalização e regularização dos serviços concedidos e a firme defesa dos direitos dos consumidores. Para viabilizá-las busca-se a participação da sociedade e de outras instituições ligadas ao setor elétrico, utilizando entre outros instrumentos o expediente da Audiência Pública, que permite dar transparência e participação ao processo de decisão. Por intermédio do Programa de Qualidade dos Serviços de Energia Elétrica, a ANEEL, busca assegurar qualidade nos serviços, compatível com as exigências e requisitos do mercado, e por conseqüência, a satisfação dos consumidores de energia elétrica. Adicionalmente, este programa, por intermédio das ações de fiscalização dos concessionários, está também alinhado com a diretriz de reforçar a regulação e a fiscalização da atuação dos agentes governamentais e privados no setor elétrico. O índice de satisfação dos consumidores é o principal indicador de avaliação do desempenho do Programa de Qualidade dos Serviços de Energia Elétrica. Destaca-se que a partir do Decreto Presidencial nº 3.507/2000, que dispõe sobre o estabelecimento de padrões de qualidade do atendimento prestado aos cidadãos pelos órgãos e pelas entidades da Administração Pública Federal direta, indireta e fundacional, a Agência desenvolveu o projeto Padrões de Qualidade do atendimento ao Cidadão, que tem impacto direto nas demais ações deste Programa.

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Indicador de Desempenho de Programa

A existência do indicador de satisfação dos consumidores com a prestação do serviço de energia elétrica passou a constituir um importante instrumento adicional, que combinado com os indicadores técnicos existentes, deverá orientar o trabalho de fiscalização da ANEEL. No ano 2000, a ANEEL coordenou o desenvolvimento de metodologia apropriada para o cálculo do índice do programa, com periodicidade anual e abrangência nacional, de forma a aferir a qualidade do serviço de energia elétrica em todas as regiões do país. Assim, em 2000, foi realizada a primeira Pesquisa Nacional de Satisfação dos Consumidores de Energia Elétrica, com o grau de satisfação dos consumidores residenciais em relação às concessionárias de distribuição que prestam o serviço de fornecimento de energia em todo o país. Entre os principais objetivos da pesquisa, vale destacar: • avaliar o grau de satisfação com as concessionárias de distribuição de energia elétrica, a partir da

percepção dos usuários residenciais; • gerar um indicador único de satisfação do consumidor que indique a percepção global do

setor; • gerar indicadores que permitam a comparação das empresas por seu porte e por região

geográfica; • dotar às áreas de fiscalização e regulação de indicadores que permitam avaliar o desempenho

das empresas sob o ponto de vista dos consumidores; • constituir um banco de informações dos consumidores, com vistas ao acompanhamento da

evolução dos índices de satisfação dos usuários; • divulgar as informações coletadas, de modo a permitir que a população possa avaliar a sua

concessionária e, oportunamente, exercer seu direito de escolha de outro fornecedor de eletricidade.

A relevância da pesquisa pode ser avaliada em função dos recursos de análise que ela coloca à disposição da ANEEL, do setor elétrico e da sociedade. Além de apresentar o ranking nacional, com o índice obtido por todas as concessionárias, o levantamento apresentou quadros por grupos similares, como região, porte das empresas e áreas de atuação. Os resultados permitem ao consumidor conhecer os índices de sua concessionária e compará-los com os de outras empresas. Essa avaliação ganha importância em razão do cenário futuro no qual o consumidor poderá escolher livremente o seu fornecedor de energia a partir de 2006. Da mesma forma, os números da pesquisa oferecem subsídios para as áreas de fiscalização e de regulação da ANEEL, que passam a contar com indicadores que permitem avaliar o desempenho das concessionárias sob a ótica do consumidor. Com periodicidade anual, a pesquisa permitirá verificar ainda em que medida a atuação da ANEEL tem gerado mudanças nas atividades das empresas, com reflexo na qualidade dos serviços prestados à sociedade. O Índice ANEEL de satisfação do consumidor residencial foi obtido ponderando-se os indicadores de cada concessionária pelo seu número de consumidores. Este procedimento foi adotado para se ter uma avaliação da realidade brasileira, considerando o porte de cada empresa.

Pesquisa Nacional de Satisfação dos Consumidores

As percepções que a sociedade vem tendo sobre o trabalho regulatório que a ANEEL desenvolve, são acompanhadas por meio de pesquisa anual de satisfação dos consumidores. A

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situação atípica resultante da crise de energia elétrica, que imprimiu ao cidadão novos hábitos de comportamento e restrição no consumo de energia elétrica, redundando na redução da sua qualidade de vida, torna-se elemento de extrema importância na avaliação da evolução da satisfação dos consumidores de energia elétrica e fundamental para a produção de indicadores e avaliação de desempenho, para o período considerado.

Fiscalização Econômica e Financeira

Considerando que a fiscalização econômico-financeira se aplica a todos os concessionários de Serviços Públicos de Energia Elétrica nos segmento de geração, distribuição e transmissão, além de outros agentes previstos em legislação específica, conforme relação constante do Anexo VI deste Relatório de Gestão, relata-se a seguir o desenvolvimento desta atividade, consolidando os resultados apresentados em cada uma das ações de fiscalização previstas no Plano Plurianual. Assim é que a Fiscalização Econômica e Financeira dentro da filosofia da fiscalização como instrumento de educação e orientação dos agentes de setor elétrico brasileiro, tendo como objetivos a verificação do cumprimento de normas regulamentares e contratuais emanadas do poder concedente, a eficiência e eficácia dos controles internos, as ações preventivas e corretivas que em última instância procuram preservar os interesses da concessão. Para a consecução desta filosofia a ANEEL contratou 7 empresas de Auditoria Independente e Consultoria, dentre aquelas de maior experiência e projeção no mercado brasileiro, que sob a coordenação direta dos técnicos da ANEEL, planejaram, programaram e executaram as fiscalizações econômico-financeiras previstas para o exercício de 2001, consubstanciando o resultado de tais ações em relatórios detalhados dos trabalhos executados com as não conformidades, determinações e recomendações pertinentes, voltadas à correção de eventuais desvios, incorreções ou não cumprimento de obrigações oriundas dos contratos de concessão, normas e legislação aplicável. Para a realização do citado trabalho de fiscalização, a ANEEL contou ainda com a participação da Comissão de Serviços Públicos de Energia de São Paulo - CSPE, que atuou em 8 concessionárias que atuam no Estado de São Paulo. Juntamente com as ações de fiscalização "in loco", a ANEEL, dentro do processo de acompanhamento/fiscalização da atuação dos agentes, procedeu ao monitoramento de 100% das concessionárias, através dos relatórios periódicos de informação da gestão econômica e financeira das empresas, representados pelo Balancete Mensal Padronizado - BMP, Relatório de Informações Trimestrais - RIT e da Prestação Anual de Contas - PAC. Como decorrência da implantação das medidas relativas ao Programa Emergencial de Redução do Consumo de Energia Elétrica, coordenado pela Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica - GCE, a ANEEL, ficou responsável pela fiscalização econômica e financeira mensal junto a 40 concessionárias de distribuição de energia elétrica, com vistas a atestar os valores relativos ao faturamento com acréscimo à tarifa, bem como aos "bônus" concedidos, cuja diferença poderia resultar no aporte financeiro de recursos transferidos às empresas, por intermédio do Tesouro Nacional. Cabe ainda destaque à fiscalização realizada na Administradora de Serviços do Mercado Atacadista de Energia - ASMAE, que mercê das constatações graves detectadas na gestão do seu negócio, redundou na intervenção imediata da ANEEL na direção do organismo, que culminou posteriormente na sua reformulação, incluindo a estrutura organizacional e procedimentos, voltados ao adequado desempenho do seu papel no mercado de energia elétrica.

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Além das atividades de fiscalização econômica e financeira acima citada, desenvolvidas pela Agência, no decorrer de 2001, outra atividade de grande relevância foi a revisão integral do Plano de Contas do Serviço Público de Energia Elétrica que sob a nova designação de “Manual de Contabilidade do Serviço Público de Energia Elétrica” agrega uma série de mudanças ocorridas na legislação do setor elétrico brasileiro, além de apresentar uma nova formatação que permite maior facilidade no registro das operações contábeis e maior transparência na divulgação dos dados e informações das concessionárias e permissionárias para utilização por parte do órgão regulador, acionistas, instituições financeiras, investidores, credores e público em geral. Cabe destacar ainda, os trabalhos de avaliação e aprovação dos processos de Cisão, Fusão e Incorporação de empresas, com propostas complexas e diversificadas, envolvendo empresas de porte, requerendo um aprofundado exame com vistas a preservar o equilíbrio econômico e financeiro das empresas envolvidas e por conseqüência, das próprias concessões. Dentre as atividades de rotina podemos arrolar a análise e parecer nos processos de anuência às transferências de controle societário, aprovação das quotas de Reserva Global de Reversão - RGR, aprovações de alterações de Estatutos Sociais, e fiscalização e aprovação dos custos de Estudos e Projetos a serem contemplados em processos licitatórios de concessões de geração e transmissão, bem como a aprovação das respectivas prestações anuais de contas das concessionárias do serviço público de energia elétrica. 1.7.1 – Fiscalização das Centrais Geradoras de Energia Elétrica A Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, a exemplo dos exercícios anteriores, no que se refere à fiscalização da produção de energia elétrica, manteve como objetivo fiscalizar 100% das suas usinas geradoras de origem hidrelétrica e termelétrica. Esse trabalho iniciado em 1998, apenas com as empresas concessionárias de serviço público, foi ampliado para as usinas geradoras dos autoprodutores e dos produtores independentes de energia elétrica, abrangendo assim, a quase totalidade dos agentes desse segmento do setor. A ação de fiscalização da ANEEL incorpora às suas atividades a importante função de acompanhamento mensal das obras de novas usinas geradoras. O principal objetivo dessa nova função é monitorar o andamento dos cronogramas de construções e prevenir a ocorrência de atrasos, que poderão afetar os prazos de incorporação de potência ao sistema elétrico nacional e comprometer a meta de Governo prevista até o ano 2004. A fiscalização da ANEEL alcançou obras de usinas geradoras hidrelétricas, termelétricas e pequenas centrais hidrelétricas – PCHs. Ênfase especial deve ser dada à edição de relatórios específicos para cada tipo de empreendimento, possibilitando aos diversos órgãos governamentais, setoriais, financeiros, imprensa e sociedade em geral, além de organismos internacionais, uma visão clara e transparente de toda a evolução da implantação de novos empreendimentos e de sua agregação ao parque gerador nacional. Também a Programação Mensal de Operação – PMO, elaborada pelo ONS, tem por referência os citados relatórios, o que propicia uma uniformização dos dados utilizados por todos os agentes atuantes no setor elétrico.

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1.7.1.1 - Resultados

Buscando sempre o aprimoramento e a otimização do trabalho de fiscalização do serviço de geração de energia elétrica e em atendimento à evolução do modelo do Setor Elétrico, foram planejadas e desenvolvidas as seguintes atividades:

• Acompanhamento do desempenho por meio de monitoramento à distância de 100% das usinas geradoras integrantes do Sistema Interligado Nacional – SIN utilizando-se indicadores do ONS, destinadas ao serviço público, autoprodução e produção independente, nos aspectos técnico e legal;

• Inspeção, por meio de visitas técnicas de, pelo menos, 35% das usinas geradoras destinadas ao serviço público, autoprodução e produção independente, nos aspectos técnicos e legal;

• Acompanhamento do andamento das obras de novas usinas geradoras e ampliações, bem como a realização de inspeções técnicas das instalações;

• Acompanhamento e instrução dos processos de fiscalização, via cronogramas e outras informações solicitadas aos agentes detentores de concessões e autorizações, formalizadas por atos legais da ANEEL;

• Desenvolvimento e implantação de um sistema de gerenciamento das usinas em construção;

• Desenvolvimento do sistema de banco de dados corporativo para acompanhamento dos processos de fiscalização da ANEEL;

• Realização de estudos, incluindo visitas técnicas a duas usinas hidrelétricas e uma pequena central hidrelétrica para fins de subsídios ao desenvolvimento de metodologia para a certificação da operação comercial de usinas;

• Avaliação do consumo específico de combustível das usinas termelétricas do sistema isolado;

• Articulação junto aos órgãos ambientais para viabilização da assinatura de convênios de cooperação técnica e financeira e verificação da situação do licenciamento das usinas já autorizadas ou concedidas;

• Coordenação e acompanhamento das atividades de fiscalização descentralizadas, junto as Agências Estaduais; e

• Participação no processo de análise dos Procedimentos de Rede elaborados pelo ONS, com vistas à aprovação.

Em 2001, foram fiscalizadas 1.068 usinas geradoras de energia elétrica, correspondendo a 101,7% da meta estabelecida para o período. Deste total, foram realizadas inspeções diretas em 455 usinas em operação e em construção, superando a previsão inicial de 367 visitas “in-loco”, equivalentes ao mínimo de 35% das centrais geradoras existentes. Esse trabalho resultou na constatação de 2003 não-conformidades, que culminaram em 1.956 Determinações, 19 Recomendações, 130 Termos de Notificação, 16 Autos de Infração e 04 Extinções de Concessão/Autorização. O diagrama a seguir apresenta um balanço dos resultados das inspeções, por meio de visitas técnicas, realizadas no período 1998-2001.

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Fiscalização dos Serviços de Geração - 1998-2001

1

100

10000

Inspeções realizadas 660 397 620 455

Determinações 3017 1354 396 1956

Recomendações 776 439 381 19

Termos de Notificações 183 130

1998 1999 2000 2001

Fonte: ANEEL / Superintendência de Fiscalização dos Serviços de Geração - SFG Quanto ao aspecto econômico-financeiro, do universo dos agentes de geração de serviço público de energia elétrica, 100% foram monitorados e 80% fiscalizados “in loco”. O quadro abaixo apresenta os resultados obtidos nesta atividade.

Fiscalização Econômica e Financeira Tipo

Agente Monitoramen

to ANEEL Fiscalização

ANEEL Monitoramen

to CSPE Fiscalização

CSPE Monitoramen

to Total Fiscalizaçã

o Total Geração 35 30 5 2 40 32

Fonte: ANEEL / Superintendência de Fiscalização Econômica e Financeira - SFF 1.7.2 - Fiscalização das Concessionárias de Distribuição Objetivando assegurar a prestação do serviço adequado, com uma visão calcada na educação e orientação dos agentes do setor, bem como na prevenção de condutas violadoras da lei e dos contratos, as áreas de fiscalização da ANEEL atuaram em todas as concessionárias de distribuição do País. As ações se realizaram dentro de uma vasta gama de enfoques. Desde vistorias para verificação de providências tomadas pelas empresas diante de ocorrências de interrupção de fornecimento, que afetam quantidade significativa de consumidores/cargas, até a verificação do cumprimento de recomendações e determinações da ANEEL em vistorias anteriores ou a auditagem completa da prestação de serviços públicos de energia elétrica (condições técnicas de fornecimento, de comercialização e de atendimento ao consumidor). Entretanto, a maioria dos esforços concentrou-se nas questões relativas ao racionamento de energia elétrica, em face da situação hidrológica crítica ocorrida neste exercício, e as conseqüentes demandas oriundas da Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica – GCE, com o objetivo de propor e implementar medidas de natureza emergencial para compatibilizar a demanda e a oferta de energia elétrica. Dentro da filosofia de que a fiscalização é uma ação permanente, sempre que possível, com visão prospectiva e de caráter preventivo, foi disponibilizado um sistema automatizado, por meio do qual,

66

mensalmente, as empresas enviam dados relativos à qualidade do fornecimento de energia elétrica (indicadores de tempo e freqüência de interrupção de fornecimento de energia elétrica). Estes dados sofrem uma primeira crítica do próprio sistema e, em seguida, são analisados por técnicos. O uso desta importante ferramenta visa a melhoria do controle e confiabilidade do envio desses indicadores de continuidade do fornecimento de energia elétrica à ANEEL e do acompanhamento e fiscalização do desempenho e da qualidade dos serviços prestados pelas distribuidoras, tendo sido implantado no ano de 2000, denominando-se Projeto GESTTOR. Este projeto, que tem como função básica facilitar a coleta de informações, a apuração de resultados e a análise do comportamento de indicadores. Em 2001 foi aperfeiçoado, com a ampliação de indicadores, mudança de referenciais, incorporação da possibilidade de recebimento de dados relativos a interrupções de fornecimento na presente situação de racionamento.

Desta forma, os serviços prestados, por todas as concessionárias do País, são continuamente monitorados. Em função de eventuais transgressões a limites estabelecidos legal e/ou contratualmente são desencadeadas ações junto às empresas, exigindo que tomem providências para sanar, imediatamente, as causas dos problemas verificados.

1.7.2.1 - Resultados Em virtude do racionamento, toda programação anual foi ajustada para o atendimento à crise de energia elétrica. Assim, tanto a ANEEL, quanto as agências descentralizadas, reduziram a abrangência das fiscalizações periódicas e sistemáticas, que em anos anteriores tiveram maior duração e avaliação minuciosa dos aspectos da organização, métodos, processos, recursos humanos e condução das áreas técnicas e comerciais. Neste ano, houve predomínio de ações voltadas para verificação de aspectos do racionamento, e além destas aconteceram fiscalizações eventuais e emergenciais, motivadas por ocorrências ou pela necessidade de verificação de aspectos específicos da qualidade do produto e de sua comercialização. Em função das Resoluções editadas pela GCE e da competência legal atribuída à ANEEL de fiscalizar a produção, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica, foram agregadas, ao processo de fiscalização desta Agência, atividades adicionais relativas ao acompanhamento “in loco” da aplicação das medidas vinculadas ao plano de racionamento de energia elétrica. Todas as concessionárias abrangidas pelo racionamento foram visitadas pelo menos 2 (duas) vezes, principalmente com os objetivos descritos a seguir: § Auditagem dos processos de coleta e envio de dados relativos ao sistema de acompanhamento e

controle do racionamento de energia elétrica. § Verificação do cumprimento de todas as resoluções editadas pela GCE.

Além das ações “in loco”, fez parte da rotina diária, o acompanhamento, a análise e a crítica de destes dados enviados pelas concessionárias, relativos, dentre outros, aos seguintes aspectos: § Consumo global. § Metas por classe de consumo. § Distribuição porcentual diária do consumo semanal. § Geração própria não despachada pelo ONS adicionada às compras dos autoprodutores.

67

§ Somatório dos intercâmbios entre distribuidoras não monitorados pelo ONS. § Resumo quantitativo do faturamento. § Consumo de unidades consumidoras com demanda superior a 2,5 MW. § Geração hidráulica própria despachada pelo ONS. § Consumo dos pontos de conexão à Rede Básica. § Somatório dos intercâmbios entre distribuidoras

Ocorreram também muitas visitas a consumidores, particularmente àqueles que, por fabricarem equipamentos para expansão do setor elétrico ou para melhoria da eficiência no uso de energia, foram objeto de medidas específicas baixadas pela GCE, Todas as 65 concessionárias distribuidoras estiveram sob permanente ação de fiscalização da ANEEL, quer seja por meio de vistorias “in loco” ou de monitoramento á distância mediante controle rigoroso da qualidade do fornecimento, obtido pela análise dos citados indicadores.

Fiscalizações de distribuidoras Tipo SFE CSPE AGERG

S AGERB

A ARSE

P ARCE ARCON Total %

Monitoramento

39 14 8 1 1 1 1 65 100%

Vistoria “In loco”

23 14 8 1 1 1 1 49 75%

Fonte: ANEEL / Superintendência de Fiscalização dos Serviços de Eletricidade – SFE Além de utilizar a descentralização de atividades por meio das agências estaduais, em 2001, a Agência contou com empresas de consultoria na prestação de serviços especializados de apoio ao processo de fiscalização. Isto ocorreu, particularmente, na verificação do cumprimento das resoluções da GCE, relativas ao racionamento. Inicialmente, com pessoal próprio, foi realizada uma rodada de vistorias em todas as concessionárias submetidas ao racionamento. Em seguida, aconteceu outra rodada de fiscalizações, em conjunto com profissionais das empresas Gouvêa da Costa Consultoria e Projetos de Engenharia S/C Ltda e SEEN – Sociedade de Estudos Eletroenergéticos Ltda. Nos anos anteriores foram desenvolvidas ferramentas de apoio ao trabalho de fiscalização, tendo sido implantado um sistema automatizado de gestão denominado SIGEFIS, que, em breve futuro, poderá ser também utilizado pelas agências descentralizadas. Neste ano, esta ferramenta foi aprimorada, possibilitando o cadastro, a consulta e a emissão automatizada de todos os documentos referentes ao processo de fiscalização: planejamento e programação da vistoria e do relatório, registro do objeto da fiscalização, de todas as suas demais características (metodologia, abrangência natureza, categoria etc), constatações, conclusões, recomendações, determinações. Além da emissão do próprio relatório, do termo de notificação, das manifestações dos agentes envolvidos, e, quando é o caso, da emissão do auto de infração, do termo de arquivamento da notificação e do termo de encerramento do processo punitivo. Por meio do SIGEFIS, pode-se ter um perfeito controle das datas limites para manifestação das concessionárias, para cumprimento de determinações ou para regularização de não-conformidades. O sistema está disponibilizado para todas as áreas da ANEEL que necessitarem fazer consultas sobre todos os dados de fiscalização, bem como o andamento das etapas subseqüentes. Quanto ao aspecto econômico-financeiro, do universo dos agentes de distribuição de serviço público de energia elétrica, 100% foram monitorados e 78% fiscalizados “in loco”. O quadro abaixo apresenta os resultados obtidos nesta atividade.

Fiscalização Econômica e Financeira

68

Tipo Agente Monitoramento ANEEL

Fiscalização ANEEL

Monitoramento CSPE

Fiscalização CSPE

Monitoramento Total

Fiscalização Total

Distribuição 51 43 14 8 65 51 Fonte: ANEEL / Superintendência de Fiscalização Econômica e Financeira - SFF 1.7.3 - Fiscalização das Concessionárias de Transmissão A prestação dos serviços de transmissão de energia elétrica, realizada por 23 (vinte e três) concessionárias de transmissão (que possuem equipamentos na Rede Básica) e o Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS estão sujeitas à fiscalização. Em função do racionamento de energia, as ações de fiscalização, tanto de monitoramento à distância, como de vistoria “in loco”, foram ampliadas abrangendo, também, aspectos relacionados ao acompanhamento e controle do cumprimento de medidas emanadas da GCE. Dentro do processo de monitoramento à distância, optou-se pela fiscalização documental de todas as obras, em paralelo às solicitações formais de dados periódicos sobre o andamento de empreendimentos de transmissão (construção de linhas de transmissão e subestações, reforços e adaptações etc). Para as obras que apresentavam problemas específicos ou tem importância estratégica, foi realizada visita “in loco”. Isto ocorreu, em especial, com empreendimentos que compõe o Programa Estratégico Emergencial de Energia Elétrica (Resolução GCE nº 32/2001). Além disso, foram efetuadas ações de fiscalização em concessionárias, motivadas pela ocorrência de interrupções de suprimento de energia elétrica. Das subestações que fazem parte da rede básica de transmissão, 70 haviam sido vistoriadas em 2000, as restantes foram fiscalizadas em 2001. Assim, 238 subestações, com tensão igual ou superior a 230 kV, de todas as concessionárias de transmissão, situadas em todas as Regiões do Brasil, foram objeto de vistoria. Desta ação resultou a emissão de termos de notificação, indicando as irregularidades encontradas. Além de um consultor independente, 5 (cinco) empresas de consultoria apoiaram a realização destas atividades: Geitran Consultoria e Planejamento, Projectus Consultoria Ltda, LT’s e SE’s Linhas de Transmissão e Subestações Energizadas Ltda, BBL Bureau Brasileiro S/C Ltda e Spektro Engenharia Elétrica S/C. 1.7.3.1 - Resultados Sob o aspecto técnico da prestação dos serviços de eletricidade, dos 20 agentes de transmissão de energia elétrica atuantes no exercício de 2001, 100% foram fiscalizados por meio de monitoramento e 45% (9 agentes) por intermédio de vistorias “in loco”. Demonstramos abaixo o rol dos agentes vistoriados:

REGIÃO CONCESSIONÁRIA SIGLA NORTE Centrais Elétricas do Norte do Brasil S/A. ELETRONORTE

NORDESTE Companhia Hidro Elétrica do São Francisco. CHESF Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista S/A (fundiu-se com a Empresa Paulista de Transm. De Energia Elétrica)

CTEEP (e EPTE) SUDESTE

Furnas Centrais Elétricas S/A FURNAS

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Empresa de Transmissão de Energia Elétrica do Oeste ETEO Light – Serviços de Eletricidade LIGHT Empresa Transmissora de Energia Elétrica do Sul do Brasil S/A ELETROSUL Empresa Catarinense de Transmissão de Energia Elétrica S/A ECTE

SUL

Companhia Estadual de Energia Elétrica CEEE Fonte: ANEEL / Superintendência de Fiscalização dos Serviços de Eletricidade – SFE Quanto ao aspecto econômico-financeiro, do universo dos agentes de transmissão de serviço público de energia elétrica, 100% foram monitorados e 73% fiscalizados “in loco”. O quadro abaixo apresenta os resultados obtidos nesta atividade.

Fiscalização Econômica e Financeira

Tipo Agente Monitoramento

ANEEL Fiscalização

ANEEL Monitoramento

CSPE Fiscalização

CSPE Monitoramento

Total Fiscalização

Total Transmissão 14 11 1 0 15 11

Fonte: ANEEL / Superintendência de Fiscalização Econômica e Financeira - SFF 1.7.4 - Regulamentação Relativa à Qualidade dos Serviços

Dentro do novo cenário do setor elétrico é imprescindível que se estabeleça uma regulamentação adequada sobre a qualidade dos serviços de energia elétrica como mecanismo primordial para o novo modelo e de proteção aos consumidores, conferindo suporte às atividades descentralizadas das agências estaduais e a necessária monitoração por parte da ANEEL.

Para assegurar a qualidade do fornecimento oferecido pelas concessionárias em todo o território nacional, a ANEEL buscou aperfeiçoar os sistemas de aferição da qualidade dos serviços, a fim de estabelecer as metas de continuidade que cada concessionária passou a cumprir a partir de 2001, proporcionando melhor atendimento ao mercado.

Desde a criação da ANEEL, os indicadores tradicionais de medição da qualidade do fornecimento de energia elétrica vêm apresentando expressiva tendência de queda, resultado do trabalho de fiscalização desenvolvido nas concessionárias que atuam no segmento de distribuição no Brasil.

Indicadores de Qualidade Comercial

Outro aspecto relacionado à qualidade dos serviços de energia elétrica refere-se ao desenvolvimento de indicadores de qualidade comercial, que no exercício de 2001, teve como objetivo:

• Definição de indicadores que permitam avaliação individual e a comparação do

desempenho comercial das concessionárias do serviço público de energia elétrica;

• Estabelecimento de padrões de qualidade para procedimentos comerciais não

contemplados no contrato de concessão e/ou regulamentação vigente;

• Estabelecimento de penalidades individuais e coletivas a serem

aplicadas nos casos de descumprimento dos procedimentos previstos

no contrato de concessão e/ou regulamentação vigente;

70

Assim, dentre as atividades realizadas no ano de 2001 foi desenvolvida uma metodologia para avaliação do desempenho das centrais de atendimento telefônico das concessionárias, tendo sido conduzidos testes para a definição de um “benchmark” a partir do qual serão estabelecidos limites a serem observados pelas concessionárias.

Indicadores de Qualidade Técnica

Sobre o aspecto técnico, as normas e os parâmetros mínimos de qualidade de fornecimento de energia elétrica, ainda que levem em conta as particularidades regionais ou as características dos sistemas elétricos das concessionárias, devem observar a certos princípios gerais que atendam aos aspectos de segurança, modicidade de custos, padronização com equipamentos e dispositivos disponíveis no mercado, além da compatibilização com os regulamentos já emitidos pelo Poder Concedente. Durante o ano de 2001 foram analisadas as normas técnicas de fornecimento utilizadas pelas empresas distribuidoras de energia elétrica e definidos critérios mínimos que darão subsídio à concepção de regulamentação específica as quais deverão se submeter todas as concessionárias de distribuição na prestação dos serviços.

Os padrões técnicos de continuidade do fornecimento de energia elétrica tornaram-se incompatíveis frente ao processo de reestruturação do setor elétrico, ao avanço tecnológico dos equipamentos e dos processos de produção e às novas exigências dos consumidores. Para suprir esta lacuna, a ANEEL editou, ainda em 2000, a Resolução n.º 24, de 27 de janeiro de 2000 (Anexo V), criando novos indicadores para aferição da qualidade, para os quais estabelece padrões e metas a serem cumpridas pelas concessionárias e multas pelo não cumprimento dos padrões, além de várias outras obrigações.

Na esfera das inovações, a partir de 2001, os indicadores de qualidade tradicionais passaram a constar das contas de energia elétrica. Todos os consumidores conheceram seus indicadores Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora - DEC e Freqüência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora – FEC, relativos ao mês imediatamente anterior. Os gráficos a seguir mostram a evolução dos indicadores de continuidade do fornecimento de energia elétrica no período de 1996 a 2001: Brasil – Anual

71

Conformidade dos níveis de tensão

Para dar prosseguimento à regulamentação do quesito qualidade dos serviços de distribuição, foi publicada em 26 de novembro de 2001 a Resolução no 505, que estabelece de forma atualizada e consolidada as disposições relativas à conformidade dos níveis de tensão de energia elétrica em regime permanente (Anexo V). Esta Resolução foi resultado de revisão da antiga Portaria DNAEE no 047, que datava de 17 de abril de 1978. Passados cerca de 23 anos de vigência da Portaria no 047, os padrões técnicos e os procedimentos de medição de tensão nas unidades consumidoras estabelecidos como referenciais para a qualidade dos serviços de energia elétrica, ficaram incompatíveis com o processo de reestruturação do setor elétrico, com as novas exigências dos próprios consumidores e, com o avanço tecnológico dos equipamentos e dos processos de produção. Destacam-se abaixo os principais fatores que motivaram a revisão da Portaria no 047:

• critérios e procedimentos para medição de tensão desatualizados; • ausência de critérios de aviso e prazo para a regularização dos níveis de tensão; • não definição do período de tempo para a realização da medição de tensão na unidade

consumidora; • não definição das características mínimas dos equipamentos de medição de tensão, sendo

de livre escolha da concessionária o equipamento a ser utilizado; • não definição de indicadores de controle dos níveis de tensão; • não estabelecimento de sanções aos agentes responsáveis no caso de descumprimento dos

limites de variação de tensão admissíveis, não garantindo, dessa forma, a efetiva proteção ao consumidor pela prestação de um serviço adequado; e

• não estabelecimento da obrigatoriedade às concessionárias de realizarem medições de tensão periódicas em suas unidades consumidoras.

A nova Resolução no 505, no entanto, visando preencher lacunas do regulamento anterior apresenta profundas modificações que irão proporcionar um melhor acompanhamento do serviço prestado ao consumidor final, conforme pode ser observado nos itens abaixo:

• avaliação dos níveis de tensão por meio de indicadores individuais e coletivo nos seguintes pontos: conexão à rede básica, conexão entre concessionárias e ponto de entrega de energia às unidades consumidoras;

72

• realização de medições periódicas através de metodologia amostral, visando avaliar o perfil de tensão de atendimento na área de concessão;

• utilização de equipamentos de medição digitais e com memória de massa; • possibilidade do consumidor acompanhar a realização da medição de tensão; • o período mínimo de coleta dos dados da medição deverá ser de 168 horas consecutivas;

e • restituição ao agente submetido ao serviço inadequado, caso as providências de

regularização não sejam feitas dentro de prazos pré-estabelecidos.

1.7.4.1 - Resultados Esta ação tem como indicador de desempenho o número de normas publicadas no exercício, tendo sido estabelecido para 2001 o quantitativo de 2 (duas) normas. Com a publicação da Resolução n.º 505, de 26/11/2001, que estabelece de forma atualizada e consolidada as disposições relativas à conformidade dos níveis de tensão de energia elétrica, em regime permanente, conforme acima mencionado, cumpre-se 50% da meta estabelecida para 2001. A complementação da meta trata da expedição de norma relativa aos procedimentos de registro das ocorrências emergenciais. Uma resolução sobre este assunto foi aprovada na Diretoria da ANEEL e encontra-se, atualmente, à disposição da sociedade para contribuições, estando marcado para março de 2002 a realização de Audiência Pública para a conclusão deste processo, conforme abordado no item relativo à análise dos desvios. 1.7.5 - Campanha de divulgação do sistema de ouvidoria As ações desenvolvidas no âmbito desta campanha encontram-se em conformidade com o Plano de Comunicação Social da ANEEL para 2001, compreendendo a realização de eventos, elaboração e divulgação de peças promocionais e institucionais e aperfeiçoamento do “site” da Agência. O resultado esperado com a realização de todas as ações descritas no PPA está voltado para o reforço da atuação do Sistema de Ouvidoria da ANEEL junto aos consumidores do setor elétrico. Com a crise de energia elétrica verificou-se a necessidade de ampliação da Central de Teleatendimento – CTA, para resposta aos questionamentos da sociedade brasileira quanto aos problemas decorrentes do racionamento de energia, com ampla divulgação do 0800 na mídia de massa. Para o reforço do “Call Center” do racionamento foram destinados recursos adicionais, via crédito extraordinário, por meio da Medida Provisória nº 2.154, de 13/06/20011. A CTA ANEEL tem capacidade para atender 400.000 ligações/mês, contando com uma infra-estrutura para a operacionalização a cargo de uma empresa especializada, com 90 postos de atendimento disponíveis. Após a realização de campanhas publicitárias nos meios de comunicação e a implantação pelo Governo Federal do racionamento de energia elétrica nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, houve um aumento substancial no número de ligações para a Central de Teleatendimento em julho de 2001.

1 Vide anexo IV – Justificativas do Crédito Extraordinário.

73

Assim, a média de ligações no primeiro trimestre que era de 156.000, passou para 263.200 ligações no segundo trimestre, e para 277.000 ligações no terceiro trimestre. No quarto trimestre, a média estabilizou-se em 187.734 ligações. Para manter o nível da qualidade do serviço, com o atendimento mínimo de 95% do total das ligações em até 10 segundos, foi necessário redimensionar o número de postos de atendimento para suprir o aumento da demanda. O gráfico a seguir apresenta a evolução do numero de ligações atendidas na CTA ao longo do exercício de 2001:

Média de Ligações por Trimestre

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

Primeiro Trimestre Segundo Trimestre Terceiro Trimestre Quarto Trimestre

Fonte: ANEEL / Superintendência de Mediação Administrativa Setorial – SMA 1.7.5.1 - Resultados

O indicador de desempenho desta ação é o número de campanhas realizadas no exercício, que para 2001 foi estabelecido em 1 (uma) campanha.

A Campanha de Divulgação do Sistema de Ouvidoria, contou com a participação e promoção da ANEEL nos seguintes eventos no exercício de 2001:

• "Fórum de Comunicação com o Cidadão: a ANEEL e os Agentes Regulados", promovido pela ANEEL, em Brasília-DF, em fevereiro de 2001;

• Exposição "A Imagem que Estamos Construindo", realizada pela ANEEL, em Brasília - DF, de fevereiro a março de 2001;

• “6° Congresso Brasileiro de Municípios", em Brasília - DF, março de 2001, onde a ANEEL se fez representar por intermédio de palestras proferidas pela Diretoria e estande na exposição paralela;

• "II Seminário Nacional de Gestão da Informação e do Conhecimento do Setor de Energia Elétrica" - promovido pela ANEEL, em Brasília-DF, em março de 2001, com estande em exposição paralela;

• "Workshop sobre Defesa da Concorrência", realizado pela ANEEL, em Brasília - DF - março de 2001.

• ”Fórum de Comunicação Institucional e Relações Públicas” – promovido pelo IESB, em Brasília – DF, em maio de 2001, com realização de palestra pela SCS, abordando inclusive sobre o Sistema de Ouvidoria da ANEEL e de sua Central de Teleatendimento – CTA;

• “Semana Comemorativa dos 4 (quatro) anos da AGERGS”, em Porto Alegre-RS, de 2 a 6/7/2001;

• Produção e lançamento da Cartilha "A sua Conta de Luz por sua Conta" - Tiragem: 20.000 exemplares.

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1.7.6 - Campanha Educativa sobre Direitos e Deveres dos Consumidores de Energia

Elétrica

As ações desenvolvidas no âmbito desta campanha encontram-se, igualmente, de acordo com o Plano de Comunicação Social da ANEEL para 2001, compreendendo a realização de eventos; assinatura de contratos de concessão, audiências públicas; elaboração e divulgação de peças promocionais, técnico-institucionais e educativos de interesse da sociedade; e apoio à realização dos Encontros Anuais dos Conselhos de Consumidores.

Audiências Públicas

O mecanismo das Audiências Públicas tem como objetivo principal o recebimento de sugestões e comentários sobre questões técnicas e normativas em fase de elaboração, sendo sua divulgação parte integrante desta campanha.

Conselhos de Consumidores

Os Conselhos de Consumidores são instituições de caráter consultivo direcionadas à orientação, análise e avaliação de questões ligadas ao fornecimento de energia elétrica, tarifas e qualidade dos serviços, e que, por dispositivo legal, devem constar da estrutura de todas as 65 (sessenta e cinco) concessionárias de distribuição de energia elétrica hoje existentes no país. Os conselhos tiveram sua importância ressaltada a partir de 11/05/2000, quando a ANEEL publicou resolução que regulamenta o seu funcionamento e operacionalização. São constituídos por representantes das diferentes classes de consumo de energia e de órgãos de defesa do consumidor. A divulgação das ações relativas ao Encontro Anual dos Conselhos de Consumidores também é parte integrante desta campanha. 1.7.6.1 - Resultados O indicador de desempenho desta ação é o número de campanhas realizadas no exercício, que para 2001 foi estabelecido em 1 (uma) campanha. Abaixo segue o detalhamento de alguns eventos desenvolvidos:

• “6° Congresso Brasileiro de Municípios”,em Brasília - DF, março de 2001, onde a ANEEL se fez representar por intermédio de palestras proferidas pela Diretoria e estande na exposição paralela.

• “II Seminário Nacional de Gestão da Informação e do Conhecimento do Setor de Energia Elétrica” - promovido pela ANEEL, em Brasília-DF, em março de 2001, com estande em exposição paralela.

• “Fórum de Comunicação com o Cidadão: a ANEEL e os Agentes Regulados”, promovido pela ANEEL, em Brasília-DF, em fevereiro de 2001.

• Exposição “A Imagem que Estamos Construindo”, realizada pela ANEEL, em Brasília - DF, de fevereiro a março de 2001.

• “Workshop sobre Defesa da Concorrência”, realizado pela ANEEL, em Brasília - DF - março de 2001.

• “INFRA GTD 2001“ - promovido pela ABDIB, em abril de 2001 - São Paulo - SP, com participação da Agência em palestras do Seminário assim como com estande na exposição paralela.

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• “Oportunidades de Negócios em Investimentos em Hidrelétricas“, em Curitiba- PR- maio de 2001, com apresentação de palestras e estande em exposição paralela.

• “1º Workshop sobre Revisão do Plano de Contas” – SFF de 11 a 13/06/01, na ANEEL. • “Workshop sobre Fiscalização Financeira” , promovido pela ANEEL-SFF, em Brasília-

DF. • Assinatura de Acordo de Cooperação entre a ANEEL e Secretaria Nacional Anti-Drogas

- Senad, no dia 20/06/2001. • Campanha Interna “Energia é...”promovida pela CIRC-ANEEL(SMA/SRC/SGI/SAF),

no período de 17/09/01 a 05/10/2001, com vistas a buscar soluções criativas, factíveis e econômicas para se economizar energia elétrica, realizada pela SCS.

• Leilão ANEEL 003/01 - Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, em 28/09/01 para construção, operação e manutenção de instalações de transmissão da rede básica do sistema elétrico interligado, com a participação de 8 empresas brasileiras, 4 espanholas e 1 argentina disputaram, individualmente ou em consórcio, quatro novas linhas de transmissão. Os empreendimentos proporcionarão a criação de aproximados 2.300 empregos, beneficiando 35 municípios de PE, 17 municípios da PA, 9 do PA, 8 municípios de AL e 7 municípios de São Paulo. Foram distribuídas 180 pastas institucionais contendo a Legislação Básica do Setor Elétrico, Notas Técnicas à Imprensa, folder institucional, dentre outras publicações de interesse para o investidor.

• Leilão ANEEL de UHEs nº 004/01 - Individualmente ou em consórcios, 35 empresas disputaram em 30/11/01 as concessões para construção e operação de 11 hidrelétricas, em leilão promovido pela ANEEL na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. As UHEs serão construídas em 10 estados: RJ, MG, SC, PA, TO, GO, RS, BA, MT e PA. Vão ampliar a capacidade de geração do País em 2.666,7 MW, beneficiando uma população de cerca de 19 milhões de habitantes. As obras deverão gerar cerca de 28 mil empregos. Foram distribuídas 460 sacolas com a logo da ANEEL (“ANEEL – 4 anos: a energia de um país que se moderniza”, contendo 460 exemplares Legislação Básica do SEB (versão impressa e em CD-ROM)), “press kits”, kit institucional da ANEEL, “Manual do Empreendedor de Energia Elétrica”, Aproveitamentos Hidrelétrico – sumário do Edital do Leilão no. 004/2001.

No decorrer do exercício de 2001, a ANEEL realizou 06 Audiências Públicas, visando dar total transparência às suas ações e oportunidade ampla de participação da sociedade nas suas decisões. Estas audiências trataram dos seguintes temas: i) Metodologia do Uso de Cálculo das Tarifas de Uso do Sistema de Distribuição; ii) Encargos por Perda Útil devido a Sobrecarga de Equipamentos; iii) Procedimentos para Solicitação de Realização de Reajuste de Tarifas; iv) Universalização dos Serviços de Energia Elétrica; v) Revisão Tarifária Periódica da Escelsa; vi) obter subsídios para o aprimoramento do ato regulamentar que estabelece de forma atualizada e consolidada as disposições relativas à conformidade dos níveis de tensão de energia elétrica.

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Adicionalmente, foram elaboradas, confeccionadas e divulgadas e/ou veiculadas peças promocionais e técnico-institucionais, educativas de interesse da sociedade:

• Legislação Básica do Setor Elétrico Brasileiro - 2 volumes - (Impresso e gravado em CD-ROM);

• Catálogo de Publicações - ANEEL: A Imagem que Estamos Construindo; Boletim Interno Nossa ANEEL;

• Jornal Mural - periodicidade semanal; • Kit de Lâminas sobre Oportunidades de Investimentos no Setor Elétrico; Documento

Oportunidades de Negócios em Usinas Hidrelétricas; • Boletim Interno Nossa ANEEL; • Cartilha “A sua Conta de Luz por Sua Conta”; • Elaboração, edição e divulgação de 3.000 exemplares do “Kit Institucional da ANEEL”,

contendo livretos sobre a reestruturação do SEB, os direitos e deveres do consumidor, a busca da qualidade, a expansão da oferta de energia, os caminhos da transmissão, os agentes da distribuição e esclarecimentos sobre tarifas. Contém um vídeo institucional e um CD-ROM com toda a legislação do SEB;

• Elaboração, edição e divulgação de 5.000 exemplares do “Manual do Empreendedor de Energia Elétrica”, indicando as oportunidades de investimentos e negócios no que se refere a aproveitamentos hidrelétricos, PCHs, UTEs, energia eólica e solar, co-geração e transmissão;

• Elaboração, edição e divulgação de 10.000 pastas institucionais, contendo o kit institucional da ANEEL.

Foi contratada Agência de Publicidade, em caráter emergencial, visando à execução das ações de divulgação e de acompanhamento do Programa Emergencial de Redução do Consumo de Energia Elétrica e do Programa Estratégico Emergencial de Energia Elétrica, compreendendo o estudo, a concepção, a execução, a distribuição, a veiculação, a criação e o planejamento de campanhas educativas e de peças publicitárias; a realização de pesquisas de opinião pública qualitativa e quantitativa; o monitoramento do processo de compreensão e assimilação da crise pela sociedade e o desenvolvimento e a execução de projetos voltados para o gerenciamento da crise de energia elétrica, incluindo todas as ações necessárias ao relacionamento com a mídia.

Para o êxito desses programas, fez-se necessária a implantação de campanhas informativas e de orientação para esclarecimento da população quanto à necessidade de adoção das medidas propostas e das metas a serem perseguidas, visando à imediata redução do consumo de energia, bem como garantir a compreensão das ações empreendidas para o enfrentamento da crise de energia elétrica. Foram divulgadas as ações de racionamento, os resultados das medidas e do monitoramento da opinião pública.

Em 5 dias de campanha, os “banners” foram vistos cerca de 2,4 milhões de vezes. A taxa de clique nos “banners” foi de 1,23%, contra uma taxa média de clique em “banners” da Internet brasileira de 0,3%, conforme aponta o IBOPE.

Outro resultado expressivo desta campanha diz respeito ao número de “download” do programa protetor de tela que economiza energia elétrica, que em apenas 5 dias, foi realizado por 11.500 usuários.

Foram realizadas pesquisas de opinião pública sobre a ANEEL e o Racionamento. Ressalvadas as especificidades de cada pesquisa, elas convergem na identificação - pelos entrevistados - de 3 principais fatores aos quais são atribuídos a crise de energia, mantendo, inclusive a mesma

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ordem no ranking de responsabilidades: a conduta governamental, a falta de chuvas e o desperdício dos usuários.

Foi amplamente majoritária a percepção pela qual a crise se desenvolveu de forma mais suave do que o esperado, mesmo considerando as restrições de comparabilidade decorrentes das diferenças entre os instrumentos de pesquisa, que convergem e situam este contingente entre 72% e 86 %. No âmbito da Campanha de Direitos e Deveres dos Consumidores de Energia Elétrica, foi ainda desenvolvido o Programa ANEEL de Padrões de Qualidade de Atendimento ao Cidadão, permitindo à população o conhecimento prévio dos compromissos assumidos pela Agência na prestação dos serviços à sociedade. Tempo de espera, prazos para cumprimento dos serviços, mecanismos de comunicação, procedimentos na resposta às consultas e reclamações são prioridades já estabelecidas. O programa acompanha o Decreto nº 3.507/2000, que dispõe sobre a definição de padrões de qualidade no atendimento prestado aos cidadãos pelos órgãos da administração pública federal. Os padrões da ANEEL definem a qualidade do atendimento na recepção da Agência, no Centro de Documentação – CEDOC, no “Data Room”, no Protocolo Geral e na Ouvidoria. Depois de ser atendido nesses serviços, o usuário poderá manifestar sua satisfação sobre a qualidade do tratamento, usando um totem - uma espécie de urna - colocado á disposição dos usuários no local da prestação dos serviços. Os padrões podem ser conferidos no “site” da Agência, acessando o link Padrões de Qualidade. As regras estão sendo disseminadas por meio de “folders” distribuídos aos cidadãos em todos os pontos de atendimento. Desde 1998, a ANEEL organiza o Encontro Nacional dos Conselhos de Consumidores de Energia Elétrica. O 4º encontro foi realizado nos dias 21 e 22/11/2001, em Brasília/DF, com 257 participantes, tendo como objetivo principal a divulgação aos Conselheiros das formas de atuação das diversas entidades representativas na defesa dos consumidores, bem como os mecanismos pelos quais o Conselho possa participar das decisões das Concessionárias. 1.7.7 - Implantação de Registradores para Medição da Qualidade do Serviço

Os equipamentos de medição automática compõem um sistema, denominado

ARGOS, que têm como função básica a obtenção de informações sobre interrupções

do fornecimento de energia elétrica e dos indicadores de continuidade e qualidade

dos serviços prestados pelas concessionárias: Duração Individual da Interrupção por

Unidade Consumidora – DIC, Freqüência Individual da Interrupção por Unidade

Consumidora – FIC, Duração Equivalente da Interrupção por Unidade Consumidora –

DEC e Freqüência Equivalente da Interrupção por Unidade Consumidora – FEC.

Conectados aos medidores de energia, estes dispositivos detectam e registram, em tempo real, a freqüência e a duração das interrupções do fornecimento de determinada unidade consumidora, e

78

enviam, por meio de linha telefônica, à Central de Monitoramento da ANEEL, 24 horas por dia, dados relativos a queda e retorno da energia elétrica, aumentando muito o grau de confiabilidade dos indicadores de qualidade do serviço prestado pelas distribuidoras.

Atualmente, as concessionárias enviam todos os dados relacionados aos indicadores DEC e FEC, relativos a conjuntos de consumidores, que são determinados de acordo com os critérios definidos no artigo 8º da Resolução ANEEL n º24, 27 de janeiro de 2000 (Anexo V). Com base nos dados apurados em tempo real pelos registradores, a ANEEL poderá acionar com mais freqüência as concessionárias, exigindo a melhoria dos serviços prestados aos consumidores.

Contando com a parceria do Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento – LACTEC, o sistema, que exigiu investimento de R$ 4,6 milhões, não traz qualquer custo adicional para o consumidor, uma vez que os custos de sua operação e manutenção são arcados pela Agência. 1.7.7.1 - Resultados Por meio de levantamento estatístico foram definidas as unidades consumidoras onde devem ser instalados os equipamentos. A implantação dos equipamentos, iniciada em 1999, como projeto piloto, teve sua concepção alterada em decorrência de evoluções tecnológicas no período. Paro o exercício de 2001, foi inicialmente prevista a instalação de 200 unidades. Entretanto verificou-se que quantidade de equipamentos era insuficiente para subsidiar adequadamente o cálculo do DEC e FEC das concessionárias participantes do projeto. Assim, a ANEEL ampliou seu escopo promovendo a instalação de cerca de 600 unidades por concessionária, nos estados do Rio Grande do Sul, São Paulo, Bahia, Pará e Rio de Janeiro, atingindo um montante de 5.200 unidades instaladas, representando 2.600 % de acréscimo em relação a meta estabelecida. Tão logo a ANEEL analise os primeiros resultados, o trabalho será estendido às demais distribuidoras, devendo atingir 30.000 unidades implantadas até 2003. 1.7.8 - Aferição do Projeto Nacional de Medidores de Energia Elétrica Esta ação, iniciada no exercício de 2000, com a assinatura de convênio com o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – Inmetro, no valor de 2,5 milhões de reais, tem como objetivo a inspeção amostral dos medidores de energia elétrica em todas as concessionárias distribuidoras, em todo o País, visando garantir aos consumidores, que as faturas emitidas correspondam ao consumo real de suas unidades consumidoras. Para tanto, foram importados equipamentos específicos de aferição, treinados técnicos para verificar os medidores, realizar aferições nos locais previamente selecionados e elaborar relatórios com os dados coletados. 1.7.8.1 - Resultados O indicador de desempenho desta ação é o percentual de desenvolvimento do projeto no exercício. Para 2001, a meta foi fixada em 60%. Foram desenvolvidos os trabalhos de campo, tendo sido examinados cerca de 27 mil medidores de energia elétrica, estando em fase final a emissão dos relatórios consolidados com as conclusões finais. A inspeção foi feita avaliando as condições físicas dos lacres, testes de campo e aferição com uso de carga padrão, em alguns casos os medidores foram submetidos a outros testes em laboratório. Com estas atividades considera-se atingida a meta, face as etapas definidas no projeto.

79

1.7.9 - Implantação do Sistema de Ouvidoria Entre os aspectos relevantes e inovadores, que enfatizam o foco e a prioridade da ANEEL ao consumidor, cabe destacar a criação da função de Ouvidor, cuja incumbência é receber, apurar e solucionar as reclamações dos usuários e a mediação de conflitos, voltada para dirimir divergências entre concessionárias, permissionárias, autorizadas, produtores independentes e autoprodutores, bem como entre esses agentes e seus consumidores. Para que isso ocorra de forma eficiente, a ANEEL tem procurado reforçar o seu sistema de ouvidoria com vistas a ampliar os instrumentos de informação à sociedade. A Central de Teleatendimento - CTA (0800.612010) foi implementada em março de 2000, com o objetivo de disponibilizar informações, esclarecimentos e orientações a todos os cidadãos, de qualquer lugar do País e, ao mesmo tempo, registrar as reclamações dos consumidores sobre a prestação dos serviços de energia elétrica pelas concessionárias. Este canal de comunicação com a sociedade, além de eficiente, permitiu maior transparência nas ações da ANEEL. 1.7.9.1 - Resultados A conclusão da implantação do Sistema de Ouvidoria permitiu à Agência atender a um grande número de solicitações a este serviço, o que comprova a adequacidade da estrutura montada para atendimento aos agentes e particularmente aos consumidores. Os números apresentados a seguir demonstram o resultado deste trabalho, ou seja, as mediações e os atendimentos realizados com a estrutura, agora integralmente implantada, do Sistema de Ouvidoria. Salienta-se, por oportuno, que sem a adequada estruturação realizada previamente não seria possível atender à demanda crescente que se verificou ao longo do exercício, especialmente com a crise de energia elétrica. A ANEEL acompanha diariamente as solicitações de consumidores recebidas através da Central de Teleatendimento (serviço 0800), e-mail, Internet, carta e fax, providenciando o encaminhamento de respostas, que atendam as questões apresentadas pelos consumidores. Com a implantação do racionamento do uso de energia elétrica a partir de junho/01, a Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica – GCE delegou à ANEEL a atribuição de esclarecer aos consumidores divergências na interpretação das determinações daquele órgão. A maior divulgação do serviço 0800 resultou em um aumento substancial no número de ligações à Central de Teleatendimento. A média mensal de ligações no 1° trimestre que era de 156.000, no 2° passou para 263.000 ligações, no 3° trimestre para 277.000 ligações e caindo, no 4° trimestre, para 187.734 ligações. Das 2.650.732 ligações recebidas no período de janeiro a dezembro/01, 46,2% foram realizadas pelo atendimento humano na CTA. Destas ligações 12,7% foram registradas como Solicitações de Ouvidoria e enviadas aos grupos de apoio operacional e técnico da ANEEL. As 1.069.321 solicitações restantes, correspondendo a 87,3% do total, foram finalizadas no ato do atendimento ou se tratavam de pedidos de informações sobre o andamento de solicitações pendentes.

Número de ligações recebidas na CTA – 2001 Atendimento URA 1.425.219 53,7% Atendimento Humano (ATH) 1.225.513 46,3% Total 2.650.732 100,0%

80

Fonte: ANEEL / Superintendência de Mediação Administrativa Setorial - SMA

Solicitações registradas na CTA (ATH) Encerradas no ato 1.069.321 87,6% Encerradas pelo GAO 132.091 10,4% Encerradas pelo GAT 9.587 0,8% Saldo Aberto (Pendente) 14.514 1,2% Total 1.225.513 100,0%

Fonte: ANEEL / Superintendência de Mediação Administrativa Setorial - SMA

No primeiro semestre foram encaminhadas para analise do pessoal técnico da ANEEL, em média, 6.560 solicitações de ouvidoria/mês e, a partir do segundo semestre, a média passou para 18.624 solicitações/mês. O quadro a seguir mostra os quantitativos de solicitações recebidas, tratadas e em andamento até 31/12/2001:

Solicitações de Ouvidoria Recebidas Mês / 2001 Saldo Anterior Entrada Encerradas Em andamento

Janeiro 5.096 6.455 5.231 6.320 Fevereiro 6.320 5.763 4.182 7.901 Março 7.901 5.327 2.451 10.777 Abril 10.777 4.350 3.165 11.962 Maio 11.962 6.497 5.754 12.705 Junho 12.705 10.960 7.917 15.748 Julho 15.748 21.191 19.481 17.458 Agosto 17.458 27.560 27.838 17.180 Setembro 17.180 22.004 24.218 14.966 Outubro 14.966 21.937 20.610 16.293 Novembro 16.293 6.581 8.341 14.533 Dezembro 14.533 12.471 12.490 14.514 Total --- 151.096 141.678 14.514

Fonte: ANEEL / Superintendência de Mediação Administrativa Setorial - SMA

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Solicitações de Ouvidoria Recebidas

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

EntradaEncerradasEm andamento

Fonte: ANEEL / Superintendência de Mediação Administrativa Setorial - SMA

Outra iniciativa da ANEEL refere-se a mudanças nas faturas de energia elétrica que, a partir de setembro de 2001, passaram a mostrar, em local de fácil visualização, os telefones de atendimento 0800 das mesmas, das agências estaduais e também da ANEEL. Esta medida facilitou o acesso a todas as centrais de teleatendimento para o encaminhamento de sugestões, reclamações e esclarecimento de dúvidas. Ainda sob a coordenação da ANEEL, às concessionárias adotaram, a partir de junho de 2001, modelo padrão de retorno às solicitações de ouvidoria, procedimento que reduziu prazos, melhorando a qualidade das respostas as solicitações dos consumidores.

Ações de mediação

Das questões encaminhadas à ANEEL, expressivo percentual revela controvérsias e conflitos entre consumidores e concessionárias de energia elétrica ou entre agentes do setor.

Parte destas questões e solicitações não obtêm solução técnica-administrativa imediata, devido a vários fatores, entre eles, interpretação incorreta da regulação do setor elétrico, dificuldades na obtenção de dados comprobatórios sobre as posições desta ou daquela parte, por se tratar de assunto não regulado ou em razão de lacunas na legislação do setor elétrico.

Nestes casos, as solicitações são encaminhadas para tratamento dentro de uma estratégia de resolução alternativa de disputas, aqui definida como processo de mediação. Este processo está estruturado nas seguintes etapas: § Completo esclarecimento da questão; § Conciliação entre as partes; § Estabelecimento de um ambiente adequado à negociação e, § Na hipótese de ainda persistir o conflito, a realização da mediação.

82

O procedimento do processo de mediação foi estabelecido em 2001, com a padronização das várias etapas desta atividade, da perfeita identificação da questão litigiosa até a sua solução, buscando a satisfação das partes e o acordo formal entre as mesmas. O grande número de conflitos registrados na SMA, durante 2001, foi sobre ressarcimentos de danos, causados pelo sistema elétrico aos consumidores, correspondendo na sua quase totalidade, a queima de equipamentos e eletrodomésticos. Para resolver estas questões foi desenvolvido um grande trabalho junto às concessionárias, sobretudo com aquelas de maior quantidade de ocorrências. Foram tratados, aproximadamente, 600 (seiscentos) casos de ressarcimento entre os quais, a metade correspondia a questões com as seguintes concessionárias: Cemig, Light, CEB, CERJ, Escelsa e Copel. No fechamento de 2001 ainda encontravam-se pendentes de entendimento e solução final 154 (cento e cinqüenta e quatro) casos de ressarcimento. As questões mais complexas que mereceram o estabelecimento do Processo de Mediação foram em número de 40 (quarenta). Destas, 16 (dezesseis) foram encerradas com o acordo entre as partes e 23 (vinte e três) continuam em curso. Apenas uma foi considerada como “impasse”, devendo ser encaminhada para decisão da Diretoria. Este caso refere-se ao conflito surgido entre a Companhia Energética do Piauí e a Prefeitura Municipal de Teresina, envolvendo valores cobrados em um acordo entre o Estado do Piauí e a Federação a respeito de iluminação pública.

83

1.8 - Resultados Esperados versus Execução 1.8.1 - Execução Orçamentária Por ocasião da aprovação do orçamento de 2001, havia a expectativa de que os gastos autorizados seriam consumidos de acordo com os agregados apresentados na figura abaixo.

EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA POR PROGRAMA - 2001

45%

9%

44%

1% 1%0100 - ASSISTÊNCIA AOTRABALHADOR

0272 - QUALIDADE DO SERV. DEENERGIA ELÉTRICA

0274- ABASTECIMENTO DEENERGIA ELÉTRICA

0750 - APOIO ADMINISTRATIVO

0791 - VALORIZAÇÃO DOSERVIDOR PÚBLICO

Fonte: ANEEL / Superintendência de Administração e Finanças - SAF 1.8.1.1 - Resultados A execução orçamentária global da ANEEL, no exercício de 2001, ficou em 71,11% do orçamento de despesas autorizado, conforme apresentado no quadro a seguir. A título de esclarecimento considera-se neste quadro, como executado, o valor de destaques orçamentários relativos a convênios, em um montante de R$ 3.658.578,92. (três milhões seiscentos e cinqüenta e oito mil, quinhentos e setenta e oito reais e noventa e dois centavos), totalizando assim, a execução de R$ 139.929.485,91 (cento e trinta e nove milhões, novecentos e vinte e nove mil, quatrocentos e oitenta e cinco reais e noventa e um centavos).

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FUNÇÃO PROGRAMA PROJETO/ATIVIDADE LOA CRÉDITO EXECUTADO %

EXECUTADO RESTOS A PAGAR

NÃO EXECUTADO % NÃO

EXECUTADO

25 - ENERGIA 161.182,01 35.598,19 139.929,49 71,11 25.410,23 56.850,71 28,89 0100 - ASSISTÊNCIA AO TRABALHADOR 975,00 0,00 975,00 100,00 453,47 0,00 0,00 2004 - ASSISTÊNCIA MÉDICA E ODONTOLÓGICA 499,20 0,00 499,20 100,00 259,84 0,00 0,00 2010 - ASSISTÊNCIA PRÉ-ESCOLAR 57,00 0,00 57,00 100,00 46,13 0,00 0,001000 2011 - AUXÍLIO TRANSPORTE 32,70 0,00 32,70 100,00 11,11 0,00 0,00

2012 - AUXÍLIO ALIMENTAÇÃO 386,10 0,00 386,10 100,00 136,40 0,00 0,00 0272 - QUALIDADE DO SERV. DE ENERGIA ELÉTRICA 53.407,36 30.469,69 64.199,58 76,54 8.475,91 19.677,47 23,46 1382 - IMPLANTAÇÃO DE REGISTRADORES AUTOMÁTICOS 2.050,00 2.555,69 4.605,69 100,00 20,78 0,00 0,00 1383 - IMPLANTAÇÃO DE PROJ. NAC DE AF. DE MEDIDORES 2.000,00 0,00 1.892,78 94,64 0,00 107,22 5,36 1437 - CAMPANHA EDUCATIVA SOBRE DIREITOS E DEV. DOS CONS 5.000,00 24.000,00 26.294,49 90,67 3.850,44 2.705,51 9,33 1902 - IMPLANTAÇÃO DO SISTMEA DE OUVIDORIA 5.700,00 0,00 4.720,69 82,82 670,87 979,31 17,18 1903 - CAMPANHA DE DIVULGAÇÃO DO SISTEMA DE OUVIDORIA 4.069,69 0,00 2.308,13 56,72 897,56 1.761,57 43,28 2403 - FISCALIZAÇAO DAS CENTRAIS GERADORAS 3.000,00 2.500,00 2.325,88 42,29 61,67 3.174,12 57,71 2404 - FISCALIZAÇÃO DAS CONCESSIONÁRIAS DE DISTRIBUIÇÃO 23.987,19 0,00 19.229,49 80,17 2.615,69 4.757,70 19,83 2405 - FISCALIZAÇÃO DAS CONCESSIONÁRIAS DE TRANSMISSÃO 3.300,00 1.414,00 1.896,81 40,24 205,77 2.817,19 59,76 2410 - REGULAMENTAÇÃO RELATIVA A QUALIDADE 4.300,49 0,00 925,63 21,52 153,12 3.374,86 78,48 0274- ABASTECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA 30.844,00 5.128,50 12.379,70 34,41 4.210,89 23.592,80 65,59 1386 - CAMPANHA DE USO RACIONAL DE RECURSOS NATURAIS 6.500,00 0,00 725,00 11,15 635,24 5.775,00 88,85 2406 - AUTORIZAÇÃO DE INSTALAÇÃO DE USINA TERMOELÉTRICA 195,00 0,00 128,00 65,64 128,00 67,00 34,36 2407 - INVENTÁRIO DOS POTENCIAS DE ENERGIA. HIDRALICA. 16.320,00 3.823,50 10.557,79 52,41 2.783,12 9.585,71 47,59 2408 - CONCESSÃO DE POTENCIAIS DE ENERGIA HIDRÁULICA 3.524,00 0,00 511,08 14,50 412,57 3.012,92 85,50 2409 - AUTORIZAÇÃO DE CONSTRUÇÃO DE PCH 230,00 0,00 160,00 69,57 151,96 70,00 30,43 2411 - CONCESSÃO DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA 1.000,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1.000,00 100,00 2412 - CONCESSÃO DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA 2.300,00 0,00 118,00 5,13 100,00 2.182,00 94,87 2413 - AUTORIZAÇÃO DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA 195,00 1.305,00 0,00 0,00 0,00 1.500,00 100,00 2414 - IMPLANTAÇÃO DO HORÁRIO DE VERÃO 580,00 0,00 179,84 31,01 0,00 400,16 68,99 0750 - APOIO ADMINISTRATIVO 74.555,64 0,00 61.392,23 82,34 12.046,39 13.163,42 17,66 2000 - MANUTENÇÃO DE SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS 48.955,43 0,00 39.257,79 80,19 7.131,61 9.697,64 19,81 2001 - MANUTENÇÃO DE SERVIÇOS DE TRANSPORTES 330,00 0,00 330,00 100,00 31,03 0,00 0,00 2002 - MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO DE BENS IMÓVEIS 2.756,90 0,00 754,62 27,37 105,96 2.002,28 72,63 2003 - AÇÕES DE INFORMÁTICA 9.525,00 0,00 9.165,90 96,23 147,13 359,10 3,77 2025 - REMUNERAÇÃO DE PESSOAL ATIV0 E ENCARGOS 12.988,32 0,00 11.883,92 91,50 4.630,66 1.104,39 8,50 0791 - VALORIZAÇÃO DO SERVIDOR PÚBLICO 1.400,00 0,00 982,98 70,21 223,57 417,02 29,79 4572 - CAPACITAÇÃO DE SERVIDORES PUBLICOS FEDERAIS 1.400,00 0,00 982,98 70,21 223,57 417,02 29,79

TOTAL 161.182,01 35.598,19 139.929,49 71,11 25.410,23 56.850,71 28,89

Fonte: SIAFI GERENCIAL/2001

R$ 1000

85

A dotação autorizada contempla os valores dos créditos suplementares ocorridos no exercício de 2001 nas atividades: Implantação de registradores automáticos para medição da qualidade dos serviços (R$ 2.555.686,00); Campanha educativa sobre direitos e deveres dos consumidores (R$ 24.000.000,00); Fiscalização das centrais geradoras (R$ 2.500.000,00); Fiscalização das concessionárias de transmissão (R$ 1.414.000,00); Inventário dos potenciais de energia hidráulica (R$ 3.823.500,00) e Autorização de transmissão de energia elétrica (R$ 1.305.000,00). 1.8.1.2 - Análise da Execução Financeira por Programa No Programa de Abastecimento de Energia Elétrica havia a previsão de uso de consultoria externa para o desenvolvimento das ações de Concessão de Distribuição de Energia Elétrica e Autorização de Transmissão de Energia Elétrica, o que acabou não ocorrendo, sem prejuízo do alcance das metas físicas, pois as atividades foram desenvolvidas com recursos próprios. Adicionalmente, a realização dos inventários de potencial de energia hidráulica e a campanha de uso racional de recursos naturais apresentaram execução orçamentária inferior ao inicialmente previsto, 52,41% e 11,15%, respectivamente, face às dificuldades encontradas nos processo de contratação. Em conseqüência, como estas ações correspondem a 74% das despesas previstas no Programa, para exercício de 2001, a execução financeira do mesmo atingiu 34,41%. No programa de Qualidade do Serviço de Energia Elétrica todas as atividades apresentaram razoável grau de execução, cabendo lembrar que o nível de gastos em algumas atividades ficou prejudicado devido ao racionamento de energia elétrica, verificado no ano de 2001, inibindo algumas iniciativas de contratação, resultando, portanto, em uma execução de 76,54%. O diagrama a seguir apresenta a execução financeira por programa:

Execução por Programa

-

40.000.000

80.000.000

120.000.000

160.000.000

200.000.000

240.000.000

Val

ores

em

R$

Previsto 1.400.000,00 975.000,00 74.555.644,00 83.877.050,00 35.972.500,00 196.780.194,00

Executado 982.975,08 975.000,00 61.392.228,73 64.199.577,23 12.379.704,87 139.929.485,91

% 70,21% 100% 82,34% 76,54% 34,41% 71,11%

Valorização do Servidor Público

Assitência ao Trabalhador

Apoio Administrativo

Qualidade do Serviço de

Energia Elétrica

Abastecimento de Energia

ElétricaTotal

Fonte: ANEEL / Superintendência de Planejamento da Gestão – SPG

86

Superintendência de Administração e Finanças - SAF

1.8.2 - Programa de Abastecimento de Energia Elétrica 1.8.2.1 - Análise da execução física em 2001 A análise da execução física das ações que integram o Programa de Abastecimento de Energia Elétrica deve ser realizada sob dois aspectos: um anterior e outro posterior à crise de abastecimento energia elétrica. Isto porque, os objetivos e metas planejados para cada ação foram pactuados em um cenário que posteriormente evoluiu em função da crise instalada, alterando ao longo do exercício os compromissos inicialmente assumidos, de modo a adequar as ações do órgão às reais necessidades da sociedade e às orientações governamentais. Ressalte-se que a natureza das ações não mudou, apenas se intensificou ou se reduziu em função de uma situação emergencial que se instalou. Esta constatação é facilmente observável, por exemplo, na ação de Autorização de Instalação de Usinas Termelétricas, onde se previa uma realização de 1000 MW e, se realizou 16.144,05 MW, face à necessidade de ampliação da oferta de energia, em um curto intervalo de tempo, característica básica da termoeletricidade. Os quadros abaixo apresentam os resultados obtidos em cada uma das ações do programa, onde se verifica que somente duas ações atingiram resultado inferior ao previamente estipulado.

Programa de Abastecimento - Execução Física

02.0004.0006.0008.000

10.00012.00014.00016.00018.000

Val

ore

s em

MW

Previsto 590 1.000 2.000 2.200 9.600

Realizado 723,9 16.144 5.831,9 2.260 10.300

Ação 1 Ação 2 Ação 5 Ação 7 Ação 8

Fonte: ANEEL / Superintendência de Planejamento da Gestão - SPG

87

Programa de Abastecimento - Execução Física

0

2

4

6

8

10

12

14U

nid

ade

Previsto 13 5 8 1

Realizado 12 7 8 1

Ação 3 Ação 4 Ação 6 Ação 9

Fonte: ANEEL / Superintendência de Planejamento da Gestão - SPG 1.8.2.2 – Análise dos desvios Autorização de Construção de Pequena Central Hidrelétrica A ANEEL outorgou, no ano de 2001, 43 autorizações para a implementação de Pequenas Centrais Hidrelétricas totalizando a potência de 622,66 MW, foram registrados por intermédio de despacho 23 aproveitamentos hidrelétricos totalizando a potência de 12,41 MW, e autorizada a ampliação de 8 PCH´s acrescendo 88,81 MW, sendo disponibilizado um total de 723,88 MW de potência ao sistema, beneficiando o equivalente a 5,3 milhões de habitantes e gerando investimentos de R$ 1,158 bilhão. A meta prevista de 590MW foi superada em 23% em função de ações tomadas pela ANEEL para estimular a construção de novas PCHs, criando condições de incentivo aos empreendedores, como: i) autorização não onerosa para explorar o potencial hidráulico; ii) descontos superiores a 50% nos encargos de uso dos sistemas de transmissão e distribuição; iii) livre comercialização de energia aos consumidores de carga igual ou superior a 500 kW; iv) isenção relativa à compensação financeira pela utilização de recursos hídricos e v) participação no rateio da Conta de Consumo de Combustível (CCC), quando substituir geração térmica a óleo diesel, nos sistemas isolados das regiões Norte e Centro-Oeste.

Autorização de Instalação de Usina Termelétrica

As usinas termelétricas passaram a ganhar força no País, principalmente em virtude da evolução tecnológica, do crescimento da malha de gasodutos e da maior facilidade em se adquirir o gás natural, combustível principal desse tipo de unidade geradora. Trabalha-se com a meta de alteração da matriz energética nacional, a partir de um patamar de 12% de participação em 1999, para 20% da utilização desta fonte, nos próximos anos. Só no exercício de 2001 foram outorgados, entre autorizações, registros e ampliações, um total de 192 empreendimentos, totalizando 16.144,05 MW, superando em muito a meta inicialmente prevista de 1000MW. Esta superação ocorreu em vista do crescente aumento de interesse dos agentes setoriais na implantação de novos empreendimentos, estimulados pelo Programa Emergencial do Governo Federal colocado em prática a partir do risco de não abastecimento do mercado de energia

88

elétrica. O programa vai receber investimentos da iniciativa privada da ordem de R$ 5 bilhões, o que representa 56% do total de investimentos previstos.

oncessão de Distribuição de Energia Elétrica

As negociações junto às concessionárias de distribuição foram, num primeiro momento, realizadas individualmente, diretamente com seus acionistas majoritários, no caso os Estado da Federação. Com a federalização dessas empresas as negociações se concentraram na ELETROBRAS, o que facilitou a padronização das condições contratuais para todos os agentes na mesma condição. Esta condição propiciou a formalização de 08 contratos de concessão no exercício, superando a meta de 05 contratos.

Concessão de Potenciais de Energia Hidráulica

Dentro do relevante papel de conduzir o programa de licitações até a formalização do respectivo contrato de concessão, mediante o desenvolvimento da ação de concessão de potenciais de energia hidráulica, foram licitadas, em 2001, 19 usinas que totalizaram 4.956,30 MW. Foram também autorizadas as ampliações da UHE Salto Santiago (710 MW) e da UHE Porto Primavera (165,60 MW). Dessa forma, entre autorizações de ampliações e leilões, em 2001 a potência total outorgada foi de 5.831,90 MW, superando a meta de 2.000 MW. Este resultado representa uma execução superior à meta em 191,6%, que se justifica frente à conclusão e disponibilização de diversos estudos de viabilidade de empreendimentos hidrelétricos para licitação, além das oportunidades de investimento na expansão da oferta de energia elétrica face à restrição de atendimento ao mercado surgida no exercício. Concessão de Transmissão de Energia Elétrica Dada a necessidade de expansão da malha de transmissão para redução das restrições técnicas no transporte de energia elétrica entre as regiões do País e o número de empreendimentos colocados em licitação no exercício de 2001, a expectativa era de superação da meta estabelecida. No entanto, a Linha de Transmissão Ouro Preto – Vitória e a Linha de Transmissão Vila do Conde - Santa Maria não lograram êxito nos leilões por ausência de investidores interessados. Adicionalmente o proponente vencedor do leilão para a instalação da Linha de Transmissão Itumbiara – Marimbondo, integrante do lote C, do Leilão 01/2001, realizado em 13/06/2001, não assinou o respectivo contrato de concessão. Dessa forma, foram outorgadas 07 concessões das 08 previstas. 1.8.2.3 - Execução Física e Financeira Consolidada O quadro a seguir apresenta o resultado consolidado da execução física e financeira para todas as ações constantes do Programa de Abastecimento de Energia Elétrica.

89

Plano Plurianual 2000-2003 Programa 0274: Abastecimento de Energia Elétrica - 2001

Orçamento 2001 Valores em R$

Fonte: ANEEL / Superintendência de Planejamento da Gestão - SPG e Superintendência de Administração e Finanças - SAF

Descrição da Ação Produto Unidade de Medida

Físico Previsto

(A)

Físico Realizado

(B)

Realizado %

(B/A)

Orçamento (LOA + Créditos)

(C)

Orçamento Realizado

(D)

Realizado %

(D/C)

1 AUTORIZAÇÃO DE CONSTRUÇÃO DE PEQUENA CENTRAL HIDROELÉTRICA (PCH)

Potência outorgada

MW 590 723,88 122,7 230.000,00 160.000,00 69,57

2 A U T O RIZAÇÃO DE INSTALAÇÃO DE USINA TERMOELÉTRICA

Potência outorgada

MW 1.000 16.144,05 1.614,4 195.000,00 128.000,00 65,64

3 AUTORIZAÇÃO DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

Autorização outorgada

Unidade 13

12 92,3 1.500.000,00 0,00 0,00

4 CONCESSÃO DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

Concessão outorgada

Unidade 05 08 160 1.000.000,00 0,00 0,00

5 CONCESSÃO DE POTENCIAIS DE ENERGIA HIDRÁULICA

Potência outorgada

MW 2.000 5.831,90 291,6 3.524.000,00 511.078,49 14,50

6 CONCESSÃO DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

Concessão outorgada

Unidade 08 07 87,5 2.300.000,00 118.000,00 5,13

7 IMPLANTAÇÃO DO HORÁRIO DE VERÃO Potencia de ponta economizada

MW 2.200 2.260 102,7 580.000,00 179.841,00 31,01

8 INVENTÁRIO DOS POTENCIAIS DE ENERGIA HIDRÁULICA

Potencial inventariado

MW 9.600 10.300,18 107,3 20.143.500,00 10.557.785,38 52,41

9 CAMPANHA DE USO RACIONAL DE RECURSOS NATURAIS

Campanha realizada

Unidade 01 01 100 6.500.000,00 725.000,00 11,15

TOTAL 35.972.500,00 12.379.704,87 34,41

90

1.8.3 - Programa de Qualidade do Serviço de Energia Elétrica 1.8.3.1 - Análise da Execução Física em 2001 A análise da execução física das ações que integram o Programa de Qualidade do Serviço de Energia Elétrica deve igualmente considerar o ambiente pré e pós-crise de abastecimento de energia elétrica. Destaca-se que as ações de fiscalização tiveram o escopo de suas atividades ampliadas de forma significativa no que se refere ao acompanhamento da implementação pelos agentes setoriais, das determinações e recomendações emanadas da Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica - GCE. Outro aspecto a destacar é o resultado obtido com a ação de Implantação dos Registradores Automáticos para a Medição da Qualidade dos Serviços que pela necessidade de melhoria do acompanhamento dos indicadores de desempenho dos agentes no contexto da crise e da necessidade de adequação da estratégia de implantação do projeto, pós-encerramento de sua fase piloto, atingiu 5.200 unidades instaladas. Os quadros abaixo apresentam os resultados obtidos em cada uma das ações do programa, onde se verifica que somente uma atingiu resultado inferior ao previamente estipulado.

Programa de Qualidade - Execução Física

0100200300400500600700800900

1.000

Uni

dade

s

Previsto 1.050 65 24 200

Realizado 1.068 65 24 5.200

Ação 1 Ação 2 Ação 3 Ação 7

Fonte: ANEEL / Superintendência de Planejamento da Gestão - SPG

91

Programa de Qualidade - Execução Física

0%

50%

100%

150%

200%

250%

300%

Uni

dade

s

Previsto % 100% 100% 100% 60% 30%

Realizado % 50% 100% 100% 60% 30%

Ação 4 Ação 5 Ação 6 Ação 8 Ação 9

Fonte: ANEEL / Superintendência de Planejamento da Gestão - SPG 1.8.3.2 – Análise dos desvios Regulamentação Relativa à Qualidade dos Serviços de Energia Elétrica Para o exercício de 2001, foi prevista a edição de duas resoluções no âmbito desta ação. A primeira, Resolução nº 505, de 26 de novembro de 2001, estabelece de forma atualizada e consolidada, as disposições relativas à conformidade dos níveis de tensão de energia elétrica em regime permanente. A segunda estabelece os procedimentos relativos ao registro das ocorrências emergenciais. Esta foi aprovada pela Diretoria da ANEEL para ser disponibilizada em consulta pública, estando marcada a Audiência Pública para março de 2002. O atingimento da meta ficou prejudicado em função do aumento das atividades relacionadas ao racionamento de energia elétrica que coincidiram com as atividades de rotina da área responsável pela meta.

Implantação de Registradores Automáticos para Medição da Qualidade dos

Serviços

A necessidade de melhoria do acompanhamento dos indicadores de desempenho dos agentes no contexto da crise e da necessidade de adequação da estratégia de implantação do projeto, pós encerramento de sua fase piloto, atingiu 5.200 unidades instaladas. Verificou-se que a quantidade de equipamentos previstos, inicialmente, para serem instalados no exercício 2001 era insuficiente para subsidiar o cálculo do DEF e FEC com precisão adequada. Assim, a ANEEL ampliou o projeto inicialmente previsto de instalação de 200 registradores para implantação de até 600 unidades em cada concessionária selecionada, totalizando a implantação de 5.200 unidades. 1.8.3.3 – Execução física e financeira consolidada O quadro a seguir apresenta o resultado consolidado da execução física e financeira para todas as ações constantes do Programa de Qualidade.

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PLANO PLURIANUAL 2000-2003 PROGRAMA 0272: QUALIDADE DO SERVIÇO DE ENERGIA ELÉTRICA - 2001

Orçamento 2001

Valores em R$

Fonte: ANEEL / Superintendência de Planejamento da Gestão - SPG e Superintendência de Administração e Finanças - SAF

Descrição da Ação Produto Unidade de Medida

Físico Previsto

(A)

Físico Realizado

(B)

Realizado %

(B/A)

Orçamento (LOA + Créditos)

(C)

Orçamento Realizado

(D)

Realizado %

(D/C) 1 FISCALIZAÇÃO DAS CENTRAIS GERADORAS DE

ENERGIA ELÉTRICA Central

fiscalizada Unidade 1.050 1.068 101,7 5.500.000,00 2.325.883,89 42,29

2 FISCALIZAÇÃO DAS CONCESSIONÁRIAS DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

Empresa fiscalizada

Unidade 65 65 100 23.987.185,00 19.229.486,80 80,17

3 FISCALIZAÇÃO DAS CONCESSIONÁRIAS DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

Empresa fiscalizada

Unidade 24 24 100 4.714.000,00 1.896.806,85 40,24

4 REGULAMENTAÇÃO RELATIVA À QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE ENERGIA ELÉTRICA

Norma publicada Unidade 02 01 50 4.300.487,00 925.625,80 21,52

5 CAMPANHA DE DIV ULGAÇÃO DO SISTEMA DE OUVIDORIA

Campanha realizada

Unidade 01 01 100 4.069.692,00 2.308.126,64 56,72

6 CAMPANHA EDUCATIVA SOBRE DIREITOS E DEVERES DOS CONSUMIDORES DE ENERGIA ELÉTRICA

Campanha realizada

Unidade 01 01 100 29.000.000,00 26.294.491,39 90,67

7 IMPLANTAÇÃO DE REGISTRADORES AUTOMÁTICOS PARA MEDIÇÃO DA QUALIDADE DOS SERVIÇOS

Registrador implantado

Unidade 200 5.200 2.600 4.605.568,00 4.605.686,00 100,00

8 IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE AFERIÇÃO DE MEDIDORES DE ENERGIA ELÉTRICA

Projeto implantado

% de execução

física

60 60 100 2.000.000,00 1.892.777,72 94,64

9 IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE OUVIDORIA Sistema de ouvidoria

implantado

% de execução

física

30 30 100 5.700.000,00 4.720.692,14 82,82

TOTAL 83.877.050,00 64.199.577,23 76,54

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