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Manual de Metodologia de Pesquisa Licenciatura em Economia e Gestão UCM-FEG Pág. 1

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Manual de Metodologia de Pesquisa Licenciatura em Economia e Gestão

UCM-FEG Pág. 1

Manual de Metodologia de Pesquisa Licenciatura em Economia e Gestão

UCM-FEG Pág. 2

Introdução

O presente manual, foi elaborado com o objectivo de dar aos estudantes do

Programa de Licenciatura em Economia e Gestão, ferramentas importantes na

elaboração da sua dissertação.

O manual esta estruturado basicamente em três grupos, nomeadamente: Projecto

de Dissertação, Estrutura da Dissertação e finalmente Citações e Referencias

Bibliográficas.

O curso de Metodologia de Pesquisa tem como objectivo principal capacitar os

estudantes com ferramentas e técnicas de pesquisa, que possibilite a elaboração da

Dissertação segundo os padrões definidos pela faculdade de Economia e Gestão da

UCM.

No entanto, será providenciado material adicional durante o curso, relacionado

particularmente com técnicas de elaboração do questionário e análise estatísticas de

dados.

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UCM-FEG Pág. 3

ÍNDICE

CAPÍTULO 1: METODOLOGIA E TÉCNICAS DE PESQUISA .............................. 5

1.1 Objectivos da Pesquisa.............................................................................5

1.2 Por que se faz pesquisa? ..........................................................................6

1.3 Qualidades pessoais do pesquisador ..........................................................6

1.4 Procedimentos Didácticos .........................................................................7

1.5 Defeitos a serem evitados ........................................................................8

1.6 Procedimentos Metodológico .....................................................................9

1.7 Tipo de pesquisa .....................................................................................9

1.8 Método.................................................................................................11

CAPÍTULO 2: PROJECTO DE PESQUISA........................................................14

2.1 Introdução............................................................................................14

2.2 Pressupostos Básicos .............................................................................14

2.3 Estrutura..............................................................................................14

2.4 Qual é o primeiro passo de um projecto de pesquisa? ................................14

2.5 O processo de compilação de um projecto de pesquisa...............................16

2.6 Elementos Pré-Textuais: ........................................................................19

2.7 Elementos textuais ................................................................................21

2.8 Elementos Pós-Textuais .........................................................................30

2.9 Como Melhorar o Seu Texto....................................................................31

CAPÍTULO 3: DISSERTAÇÃO ........................................................................32

3.1 Introdução............................................................................................32

3.2 Redacção e Linguagem...........................................................................32

3.3 Formato ...............................................................................................32

3.4 Termos Estrangeiros ..............................................................................32

3.5 Numerais .............................................................................................32

3.6 Tipos e Corpos ......................................................................................33

3.7 Margens ...............................................................................................33

3.8 Espaçamento ........................................................................................34

3.9 Indicativos de Secção ............................................................................34

3.10 Paginação...........................................................................................34

3.11 Abreviaturas e Siglas ...........................................................................34

3.12 Ilustrações..........................................................................................35

3.13 Título .................................................................................................36

3.14 Elementos Pré-Textuais ........................................................................37

3.15 Elementos Textuais..............................................................................46

3.16 Elementos Pós-Textuais........................................................................53

3.17 Ordem dos Elementos ..........................................................................54

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CAPÍTULO 4: CITAÇÕES...............................................................................55

4.1 Introdução............................................................................................55

4.2. Plágio .................................................................................................55

4.3 Citação de Referência no texto................................................................57

4.4 Localização...........................................................................................57

4.5 Componentes de uma citação .................................................................57

4.6 Tipos de Citações ..................................................................................58

4.7 Sistema de Chamada .............................................................................60

4.8 Citação de material escrito .....................................................................61

4.9 Citação de uma comunicação directa .......................................................66

4.10 Citação de material da Internet (ou WWW - World Wide Web)...................66

CAPÍTULO 5: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................70

5.1 Introdução............................................................................................70

5.2 Elementos de uma Referência .................................................................70

5.3 Categorias de diferentes tipos de fontes ...................................................71

5.4 Autoria.................................................................................................72

5.5 Autor Pessoal........................................................................................73

5.6 Autor Entidade ......................................................................................74

5.7. Título..................................................................................................76

5.8 Edição..................................................................................................77

5.9 Local....................................................................................................77

5.10 Editora ...............................................................................................77

5.11 Número de página ...............................................................................78

5.12 Data ..................................................................................................79

5.13 Livros, Relatórios etc. considerados no todo............................................79

5.14 Capítulos de livros, Relatórios, etc. ........................................................80

5.15 Trabalhos apresentados em eventos científicos........................................81

5.16 Dissertações e Teses............................................................................81

5.17 Publicações periódicas, jornais ou revistas. .............................................81

5.18 Referências legislativas ........................................................................82

5.19 Publicações ou Documentos retirados da Internet ....................................83

5.20 Apresentação das Referências ...............................................................85

5.21 Notas de Rodapé .................................................................................87

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CAPÍTULO 1: METODOLOGIA E TÉCNICAS DE PESQUISA

O QUE É?

A pesquisa é um processo de construção do conhecimento que tem como metas

principais gerar novo conhecimento e/ou corroborar ou refutar algum conhecimento

preexistente. É basicamente um processo de aprendizagem tanto do indivíduo que a

realiza quanto da sociedade na qual esta se desenvolve.

Para poder ser chamada de científica, a pesquisa deve obedecer aos rigores que

impõe o método científico.

A definição de pesquisa varia de acordo com os autores:

a) A pesquisa é um trabalho capaz de avançar o conhecimento (GOLDENBERG,

1993).

b) Descobrir algo que ainda não foi dito (ECO,1989).

c) A realização concreta de uma investigação planejada, desenvolvida e redigida

de acordo com as normas da metodologia consagradas pela ciência.

(VASCONCELOS, G. & SOUSA, 1998)

1.1 Objectivos da Pesquisa

Como ferramenta para adquirir conhecimento, a pesquisa pode ter os seguintes

objectivos: resolver problemas específicos, gerar teorias ou avaliar teorias

existentes.

a) Pesquisas para resolver problemas

É geralmente dirigido para resolver problemas práticos. Por exemplo, uma industria

pretende saber o efeito da música na produtividade dos trabalhadores, no campo da

educação pesquisas dirigidas para detectar a eficiência de diversos métodos de

ensino, entre outros.

A maior parte dessas pesquisas, o pesquisador está interessado em descobrir a

resposta para um problema ou descrever um fenómeno da melhor forma possível.

b) Pesquisa para formular teorias

O desenvolvimento das Ciências Sociais é recente, portanto existe uma quantidade

de pesquisas de natureza exploratória. Em muitos casos, os pesquisadores estudam

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UCM-FEG Pág. 6

um problema cujos pressupostos teóricos não estão claros ou são difíceis de

encontrar. Por exemplo que tipo de relação existe entre Desemprego e Inflação.

c) Pesquisa para testar teorias

Quando as teorias estiverem claramente formuladas, serão testadas e confirmadas

repetidas vezes, dispondo assim de informação empírica consistente. Exemplo:

estudo empírico de algumas teorias Económicas com modelos econométricos.

1.2 Por que se faz pesquisa?

Há muitas razões que determinam a realização de uma pesquisa. Estas, podem no

entanto, ser classificadas em dois grandes grupos:

Razões de ordem intelectual (puras): decorrem do desejo de conhecer pela

própria satisfação de conhecer.

Razões de ordem prática (aplicadas): decorrem do desejo de conhecer com

vista a fazer algo de maneira mais eficiente.

Esses dois tipos de pesquisas não podem ser tratadas como se fossem mutuamente

exclusivas. Pois, uma pesquisa sobre problemas práticos pode conduzir à descoberta

de princípios científicos. Da mesma forma, uma pesquisa pura pode fornecer

conhecimentos passíveis de aplicação prática imediata.

1.3 Qualidades pessoais do pesquisador

O êxito de uma pesquisa depende de certas qualidades intelectuais e sociais do

pesquisador, dentre as quais estão:

conhecimento do assunto a ser pesquisado;

curiosidade;

criatividade.

integridade intelectual;

atitude auto-correctiva;

sensibilidade social;

imaginação disciplinada;

perseverança e paciência;

ética;

confiança na experiência.

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Qualquer empreendimento de pesquisa, para ser bem-sucedido, deverá levar em

consideração o problema dos recursos disponíveis. O pesquisador deve ter a noção

de tempo a ser utilizado na pesquisa e valoriza-lo. Deve prover-se de equipamentos

e materiais necessários ao desenvolvimento da pesquisa. Deve estar atento aos

gastos decorrentes da remuneração dos serviços prestados por outras pessoas. Em

outras palavras, o pesquisador precisa elaborar um Projecto de Pesquisa.

1.4 Procedimentos Didácticos

Na elaboração da pesquisa é necessário ter em consideração os seguintes

procedimentos:

1. Leitura

Ler significa conhecer, interpretar, decifrar. A maior parte dos conhecimentos

é obtida através da leitura, que possibilita não só a ampliação, como também

o aprofundamento do saber em determinado campo cultural ou científico.

2. Importância da Leitura

A leitura constitui-se em um dos factores decisivos do estudo e imprescindível

em qualquer tipo de investigação científica. Favorece a obtenção de

informações e propicia a ampliação de conhecimentos.

3. O que se Deve Ler

O primeiro passo na busca de material para leitura, comum a todos os

leitores, consiste na identificação do texto que se tem pela frente. Deve-se

ler:

a. O título pois ele estabelece o assunto;

b. A data da publicação - para certificar da sua actualização ou aceitação;

c. O índice ou sumário - para se ter uma ideia da divisão e tópicos

abordados;

d. A introdução ou prefácio - procurando encontrar indícios de

metodologia e os objectivos do autor;

e. A bibliografia - tendo em vista as obras consultadas.

Em geral esta abordagem aplica-se não só aos livros, mas como também a

relatórios e trabalhos de pesquisas encontrados na internet.

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4. Como se deve Ler

Para que a leitura tenha um resultado satisfatório, algumas considerações

devem ser levadas em conta:

a. Atenção – aplicação cuidadosa da mente ou espírito em determinado

objectivo;

b. Intenção – interesse ou propósito;

c. Reflexão – consideração e ponderação sobre o que lê, observando todos os

ângulos, tentando descobrir novos pontos de vista, novas perspectivas e

relações;

d. Espirito Crítico – implica julgamento, comparação, aprovação ou não,

aceitação ou refutamento das colocações e pontos de vistas;

e. Análise – divisão do tema no maior número de partes possível, suas relações

e sua organização;

f. Síntese – resumo dos aspectos essenciais, deixando de lado o secundário,

mas dentro de uma sequência lógica;

g. Velocidade – certo grau de velocidade, mas com eficiência, uma vez que os

estudantes devem ler uma quantidade razoável de obras e documentos.

1.5 Defeitos a serem evitados

Além de se observarem os requisitos necessários para que a leitura se torne

proveitosa, deve-se também procurar evitar algumas atitudes. Entre elas estão:

a. Dispersão de Espirito – falta de concentração, deixando a imaginação

divagar de um lado para outro;

b. Inconstância – Trabalho intelectual sem devida perseverança;

c. Passividade – leitura passiva , sem trabalho da mente, sem reflexão,

discussão, etc

d. Excessivo espirito Crítico – preocupação exagerada em censurar, criticar

ou refutar.

e. Preguiça – sem a compreensão da terminologia específica, nem sempre se

pode entender.

f. Deslealdade – distorção do pensamento do autor. Quando há má fé ou se

falsificam as ideias contidas no texto.

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1.6 Procedimentos Metodológico

Os procedimentos metodológicos respondem: Como? Com quê? Onde?

A metodologia da pesquisa num planejamento deve ser entendida como o conjunto

detalhado e sequencial de métodos e técnicas científicas a serem executados ao

longo da pesquisa, de tal modo que se consiga atingir os objectivos inicialmente

propostos e, ao mesmo tempo, atender aos critérios de menor custo, maior rapidez,

maior eficácia e mais confiabilidade de informação (BARRETO; HONORATO, 1998).

Segundo VENTURA (2002, p.76-77), são incontáveis e absolutamente diversas as

classificações da metodologia que se pode encontrar na literatura especializada.

1.7 Tipo de pesquisa

1.7.1 Quanto aos objectivos

Segundo GIL (2002), uma pesquisa, tendo em vista seus objectivos, pode ser

classificada da seguinte forma:

a) Pesquisa exploratória: Esta pesquisa tem como objectivo

proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais

explícito. Pode envolver levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas

experientes no problema pesquisado. Geralmente, assume a forma de pesquisa

bibliográfica e estudo de caso.

b) Pesquisa descritiva: Tem como objectivo primordial a descrição das

características de determinadas populações ou fenómenos. Uma de suas

características está na utilização de técnicas padronizadas de colecta de dados, tais

como o questionário e a observação sistemática.

Destacam-se também na pesquisa descritiva aquelas que visam descrever

características de grupos (idade, sexo, procedência etc.), como também a descrição

de um processo numa organização, o estudo do nível de atendimento de entidades,

levantamento de opiniões, atitudes e crenças de uma população, etc.

Também são pesquisas descritivas aqueles que visam descobrir a existência de

associações entre variáveis, como, por exemplo, as pesquisas eleitorais que indicam

a relação entre o candidato e a escolaridade dos eleitores.

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c) Pesquisa explicativa: A preocupação central é identificar os factores

que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenómenos. É o tipo que

mais aprofunda o conhecimento da realidade, porque explica a razão, o porquê das

coisas. Por isso, é o tipo mais complexo e delicado.

1.7.2 Quanto aos procedimentos técnicos

Segundo GIL (2002), uma pesquisa, quanto aos seus procedimentos técnicos, pode

ser classificada da seguinte forma:

a) Pesquisa bibliográfica: é desenvolvida com base em material já

elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos e textos retirados

da Internet.

b) Pesquisa documental: É muito parecida com a bibliográfica. A

diferença está na natureza das fontes, pois esta forma vale-se de materiais que não

receberam ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser re-elaborados de

acordo com os objectos da pesquisa. Além de analisar os documentos de “primeira

mão” (documentos de arquivos, igrejas, sindicatos, instituições etc.), existem

também aqueles que já foram processados, mas podem receber outras

interpretações, como relatórios de empresas, tabelas etc.

c) Pesquisa experimental: quando se determina um objecto de estudo,

selecciona-se as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, define-se as formas

de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objecto.

d) Levantamento: é a interrogação directa das pessoas cujo

comportamento se deseja conhecer. Procede-se à solicitação de informações a um

grupo significativo de pessoas acerca do problema estudado para, em seguida,

mediante análise quantitativa, obterem-se as conclusões correspondentes aos dados

colectados.

Quando o levantamento recolhe informações de todos os integrantes do universo

pesquisado, tem-se um censo.

e) Estudo de campo: procura o aprofundamento de uma realidade

específica. É basicamente realizada por meio da observação directa das actividades

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do grupo estudado e de entrevistas com informantes para captar as explicações e

interpretações do ocorre naquela realidade.

Para VENTURA (2002, p. 79), a pesquisa de campo deve merecer grande atenção,

pois devem ser indicados os critérios de escolha da amostragem (das pessoas que

serão escolhidas como exemplares de certa situação), a forma pela qual serão

colectados os dados e os critérios de análise dos dados obtidos.

f) Estudo de caso: consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou

poucos objectos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento.

Caracterizado por ser um estudo intensivo. É levada em consideração,

principalmente, a compreensão, como um todo, do assunto investigado. Todos os

aspectos do caso são investigados. Quando o estudo é intensivo podem até aparecer

relações que de outra forma não seriam descobertas (FACHIN, 2001, p. 42).

g) Pesquisa- acção: um tipo de pesquisa com base empírica que é

concebida e realizada em estreita associação com uma acção ou com a resolução de

um problema colectivo e no qual os pesquisadores e participantes representativos da

situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo

(THIOLLENT, 1986, p.14).

1.8 Método

O método, segundo GARCIA (1998, p.44), representa um procedimento racional e

ordenado (forma de pensar), constituído por instrumentos básicos, que implica

utilizar a reflexão e a experimentação, para proceder ao longo do caminho

(significado etimológico de método) e alcançar os objectivos preestabelecidos no

planejamento da pesquisa (projecto).

Segundo LAKATOS e MARCONI (1995, p. 106), os métodos podem ser subdivididos

em métodos de abordagem e métodos de procedimentos.

1.8.1 Método de abordagem

a) Dedutivo: Parte de teorias e leis mais gerais para a ocorrência de

fenómenos particulares.

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b) Indutivo: O estudo ou abordagem dos fenómenos caminha para

planos cada vez mais abrangentes, indo das constatações mais particulares às leis e

teorias mais gerais.

c) Hipotético-dedutivo: que se inicia pela percepção de uma lacuna nos

conhecimentos acerca da qual formula hipóteses e, pelo processo dedutivo, testa a

ocorrência de fenómenos abrangidos pela hipótese.

d) Dialéctico: que penetra o mundo dos fenómenos através de sua

acção recíproca, da contradição inerente ao fenómeno e da mudança dialéctica que

ocorre na natureza e na sociedade.

1.8.2 Método de procedimento

a) Histórico: Parte do princípio de que as actuais formas de vida e de

agir na vida social, as instituições e os costumes têm origem no passado, por isso é

importante pesquisar suas raízes para compreender sua natureza e função.

b) Monográfico: Para LAKATOS e MARCONI (1996, p. 151) é “[...] um

estudo sobre um tema específico ou particular de suficiente valor representativo e

que obedece a rigorosa metodologia. Investiga determinado assunto não só em

profundidade, mas em todos os seus ângulos e aspectos, dependendo dos fins a que

se destina”.

c) Comparativo: Consiste em investigar coisas ou factos e explicá-los

segundo suas semelhanças e suas diferenças. Geralmente o método comparativo

aborda duas séries de natureza análoga tomadas de meios sociais ou de outra área

do saber, a fim de detectar o que é comum a ambos.

Este método é de grande valia e sua aplicação se presta nas diversas áreas das

ciências, principalmente nas ciências sociais. Esta utilização deve-se pela

possibilidade que o estudo oferece de trabalhar com grandes grupamentos humanos

em universos populacionais diferentes e até distanciados pelo espaço geográfico.

(FACHIN, 2001, p.37).

d) Etnográfico: Estudo e descrição de um povo, sua língua, raça,

religião, cultura...

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e) Estatístico: Método que implica em números, percentuais, análises

estatísticas, probabilidades. Quase sempre associado à pesquisa quantitativa.

Para FACHIN (2001, p. 46), este método se fundamenta nos conjuntos de

procedimentos apoiados na teoria da amostragem e, como tal, é indispensável no

estudo de certos aspectos da realidade social em que se pretenda medir o grau de

correlação entre dois ou mais fenómenos. Para o emprego desse método,

necessariamente o pesquisador deve ter conhecimentos das noções básicas de

estatística e saber como aplicá-las.

O método estatístico se relaciona com dois termos principais: população e amostra.

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CAPÍTULO 2: PROJECTO DE PESQUISA

2.1 Introdução

O projecto de pesquisa é um plano de trabalho que se pretende realizar e nele

procuramos responder a uma série de perguntas, tais como: o que iremos fazer,

como, quando, onde, dentre outras perguntas. São as respostas a perguntas como

essas que constituem os “ingredientes” básicos de um projecto de pesquisa. É

importante ter em mente que os ingredientes e a forma como são ordenados, variam

conforme as características de cada projecto.

2.2 Pressupostos Básicos

O primeiro passo para escrever uma dissertação é a compilação e submissão do

projecto de pesquisa no qual o estudante propõe as bases para a sua pesquisa. O

objectivo de escrever um projecto de pesquisa é de ajudar aos estudantes a focalizar

e definir planos para a sua pesquisa. Estes planos não são estáticos e podem sofrer

alterações ao longo da pesquisa. Para além de constituir um dos requisitos

necessários para aprovação e prosseguimento da dissertação.

2.3 Estrutura

O projecto de pesquisa é um texto geralmente de 10 a 20 páginas1 em que o tema

é apresentado e justificado. Todos os projectos consistem nos mesmos elementos,

independentemente do tipo ou do tema. Uma proposta deve conter o que será

investigado (o tema), introdução ao tópico, os objectivos (gerais e específicos),

(definição) a formulação do problema, porquê especificamente este tema

(justificação), literatura básica (justificação e contexto do estudo), as hipóteses de

pesquisa e como ela será implementada (metodologia). O projecto deve ter uma

estrutura lógica para que seja facilmente percebida pelos leitores e também deve ser

clara e convincente.

2.4 Qual é o primeiro passo de um projecto de pesquisa?

O primeiro passo é sem dúvida a escolha do tema. Em seguida é necessário escrever

as secções sobre objectivos, justificação (“historial”) e quadro teórico (“delimitação

teórica”). Os objectivos e a teoria indicam as suas prioridades e limitam a sua

investigação.

1 Contando com a capa, índice e referencia bibliográfica.

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Baseado nos objectivos, a justificação e a teoria, é possível formular a definição do

problema. É necessário que a definição do problema seja bem feita pois a secção

seguinte que contém as hipóteses, deverá seguir logicamente os seus objectivos e a

definição do problema.

O resto da proposta de tese é dedicada a operacionalização das hipóteses de modo a

indicar que métodos serão usados para responder às perguntas gerais e específicas.

O último passo consiste em apresentar um plano de actividades. Para finalizar o

projecto, faz-se a referência bibliografia listando a literatura citada no texto.

Embora possam haver diferenças entre os elementos que constituem o projecto de

pesquisa entre as universidades, pois cada uma delas tenta estabelecer um padrão a

ser seguido2.Pode-se afirmar que a essência básica é sempre mantida, havendo

apenas pequenas diferenças entre um projecto e outro. Para o nosso curso de

licenciatura a seguinte proposta será considerada como padrão:

Elementos Pré-Textuais

1. Capa;

2. Índice;

Elementos Textuais

Capítulo 1:Introdução

1.1Justificativa;

1.2Definição do Problema;

1.3Objectivo do Estudo;

1.4Hipóteses;

1.5Resultados Esperados;

1.6Organização da Tese.

Capítulo 2: Revisão da Literatura

Revisão da literatura teórica e empírica

Capítulo 3: Metodologia

Metodologia (desenho da pesquisa).

2 Pois geralmente varia de acordo com a área da ciência.

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Elementos Pós Textuais

Plano de Actividades;

Referências.

2.5 O processo de compilação de um projecto de pesquisa

2.5.1 Introdução

Tendo já abordado de uma forma superficial os elementos que constituem um

projecto de pesquisa, há uma necessidade de aprofundar como poderemos tratar

cada um dos elementos descritos no projecto de pesquisa.

Geralmente, o processo de compilação do projecto de pesquisa consiste em três (3)

passos. O primeiro consiste na procura de informação (onde o autor deverá ler,

reflectir e discutir sobre o assunto como também formular perguntas a cerca do

tópico). O segundo passo deve ser a formulação da estrutura e os diferentes

componentes que deverão ser contidos na proposta. O último passo consiste na

revisão e edição do projecto de pesquisa.

É importante ter em conta que compilar um projecto de pesquisa é um processo

muito interactivo. Muitas vezes será necessário começar de novo e incluir novas

discussões com colegas e supervisores, novas literaturas e por fim reformular e

reorganizar o texto. Neste processo os parágrafos podem ser rescritos várias vezes.

2.5.2 Tentativa de Formulação do Tema da Dissertação

Esta é provavelmente, uma das questões mais difíceis para um pesquisador iniciante.

Um bom começo, portanto, é conhecer o que outros já fizeram, visitando bibliotecas

onde seja possível encontrar monografias de conclusão de curso, dissertações de

mestrado e teses de doutorado. Tais trabalhos podem servir como fonte de

inspiração, além de familiarizar o aluno com os aspectos formais, teóricos e

metodológicos do trabalho científico.

Geralmente os estudantes têm uma ideia vaga daquilo que gostariam de pesquisar.

O processo de compilação começa com uma ideia geral, um problema, pergunta

vaga ou um tema vasto. A questão é o que fazer para concretizar este

problema ou ideia?

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É importante notar que a formulação do tema da dissertação começa com o seu

interesse em determinado assunto possivelmente relacionado à situações ou

fenómenos reais da vida.

Após escolher o tema procure verificar se ele contempla os seguintes critérios:

O tema deve ser do seu interesse, proporcionando-lhe uma experiência

gratificante, além, é claro de contribuir para a literatura na área estudada;

O tema deve ser adequado, tanto à sua formação, quanto ao tempo, recursos

e energia que você poderá dedicar a essa pesquisa;

O tema deve ser suficientemente documentado. Isto é, o material

bibliográfico pertinente deve ser suficiente, facilmente identificável, disponível

e, sobretudo, deve permitir uma rápida “varredura”.

Depois de ter desenvolvido algumas ideias a cerca do tema, é muito importante

descobrir factores relacionados ao tópico em causa. Neste caso o investigador deverá

ter o cuidado de delimitar a área em estudo. Se não houver literatura cientifica capaz

de sustentar as questões relativas ao tema em estudo, então este não é o mais

recomendado.

Depois de anotar este tema ou ideia geral em palavras chaves, o estudante pode

anotar tudo que necessita saber a cerca do tema. Escreve um texto tipo chuva de

ideias3 sobre o que acha interessante do problema, que dimensão poderá o tema

assumir, que objectivos pretende alcançar com a pesquisa e onde gostaria de

executar a pesquisa. Depois de ter tudo anotado em forma de chuvas de ideias,

tente formular o seu interesse sob forma duma pergunta principal. Este exercício

poderá ajudar aos estudantes a decidir melhor sobre o provável tema da tese.

Esta é sem dúvida a primeira tarefa de um pesquisador, pois com a escolha do tema

já é meio caminho andado.

3 Esta metodologia é também conhecida como Brain Storming

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UCM-FEG Pág. 18

Figura 1: A Chuva de Ideias

Faça perguntas como: Onde, Como, Quando, etc. Depois da discussão sobre o texto

com o supervisor, alguma literatura deve ser consultada para melhorar a formulação

do tema da tese.

Se o trabalho for empírico então a existência de dados é muito importante para o

sucesso do mesmo. Se o pesquisador primeiro desenvolve a ideia e depois começa a

procurar os dados, é provável que não existam dados apropriados, ou que muitas

suposições são necessárias para relacionar a teoria aos dados. Então, logo que o

pesquisador souber em que direcção está caminhando com o tópico, tem que obter

informação a cerca das fontes de dados existentes (ou maneiras de obter os dados).

Em seguida apresentamos um conjunto de perguntas que podem ajudar a definir a

escolha do tema da pesquisa:

Tenho a necessária competência para planejar e executar um estudo

desse tipo? (Exequibilidade do projecto)

Os dados, que a pesquisa exige, podem ser realmente obtidos?

Há recursos financeiros disponíveis para a realização da pesquisa?

Terei tempo de terminar o projecto?

O tema é relevante?

Definir oProblema

Examinar asTendências

Explorar asEvidências Identificar as

Hipóteses

EfectuarPerguntas

EfectuarPesquisas

Chuva de ideias

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UCM-FEG Pág. 19

Serei persistente?

2.6 Elementos Pré-Textuais:

2.6.1 Capa

Os elementos que devem constar da capa de uma projecto de pesquisa são os

seguintes:

Nome da instituição que autorizou fazer este trabalho;

Nome da Faculdade;

Nome do estudante (autor da proposta de tese);

Tema (título) da proposta de tese;

O estatuto do documento (exemplo, primeiro DRAFT);

Mês e ano em que a proposta foi compilada.

Exemplo:

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2.6.2 Índice

Esta secção apresenta a enumeração dos elementos que constituem os capítulos,

incluindo a bibliografia, anexo e o Apêndice de forma a facilitar a sua localização.

A paginação em algarismos arábico começa a contar a partir dos elementos textuais,

o que quer dizer que a paginação dos elementos pré-textuais é feita em numeração

romana e capa não é enumerada. Deve ser usada hierarquia para títulos e subtítulos

e as páginas em que se encontram, usando o sistema numérico para o índice, como

por exemplo (1 , 1.1, 1.1.1, etc).

Lembrando que ainda a elaboração do índice deve ser feita através da opção do

índice automático do Microsoft Word.

Exemplo:

Nota: Não use mais do que 3 níveis de hierarquia.

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UCM-FEG Pág. 21

2.7 Elementos textuais

2.7.1 Justificativa

Nesta secção deverá mostrar ao leitor porquê o seu trabalho é importante. Qual a

relevância do problema ou do tema com a qual você está trabalhando? Existem

outros projectos semelhantes sendo desenvolvidos nessa região ou na área temática

escolhida? Qual o alcance do projecto diante do problema que será abordado? As

respostas a estas perguntas constituem a justificativa. Que elementos da sua vida o

motivaram na escolha do tema? Que autores você leu e que o despertaram para o

problema da pesquisa?

A pergunta chave deste capítulo é "por que esta pesquisa deve ser realizada?"

Ao escrever a justificativa deverá considerar os seguintes elementos:

a. Actualidade do tema: inserção do tema no contexto atual.

b. Ineditismo do trabalho: proporcionará mais importância ao assunto.

c. Interesse do autor: vínculo do autor com o tema.

d. Relevância do tema: importância social, jurídica, política,económica

etc.

e. Pertinência do tema: contribuição do tema para a área pesquisada

2.7.2 Definição do Problema

Trata-se de uma secção do projecto de pesquisa muito curta mas também uma das

mais importante, pois é a questão central que será focalizada pela tese. Nesta

secção deve ser indicada exactamente o que será investigado. De modo que o

pesquisador explica e define o problema da pesquisa assim como delimita as

fronteiras do tema. É dado um resumo baseado nas secções de teoria e a justificação

daquilo que o investigador já sabe sobre o assunto (o tema). Baseado neste resumo

e os objectivos da investigação, a definição do problema será formulado. A definição

do problema indica o que é que o investigador quer saber depois de feita a pesquisa.

A definição do problema deve ser feita da maneira directa possível e em próprias

palavras do autor, não havendo necessidades de incluir fontes secundárias excepto

dados estatísticos que ajudam a enfatizar o problema em mão.

Manual de Metodologia de Pesquisa Licenciatura em Economia e Gestão

UCM-FEG Pág. 22

Uma definição correcta do problema permite o pesquisador a se explicar

exactamente o que ele pretende estudar. Algumas perguntas chaves podem ajudar

na formulação do problema:

Este problema pode realmente ser resolvido pelo processo de pesquisa

científica?

O problema é suficientemente relevante a ponto de justificar que a

pesquisa seja feita (se não é tão relevante, existe, com certeza, outros

problemas mais importantes que estão esperando pesquisa par serem

resolvidos)?

Trata-se realmente de um problema original?

Ainda que seja ‘bom’ o problema é adequado para mi?

Pode-se chegar a uma conclusão valiosa?

2.7.3 Objectivo do Estudo:

Objectivos gerais

Relaciona-se com a visão global do tema e com os procedimentos práticos. Indicam

o que se pretende conhecer, ou medir, ou provar no decorrer da pesquisa, ou seja,

as metas que se deseja alcançar. Atende a pergunta PARA QUEM?

Esta secção deve começar de forma directa, anunciando para o leitor/avaliador quais

são os objectivos da pesquisa. Podem ser usadas expressões como: "O objectivo

desta pesquisa é..."; "Pretende-se ao longo da pesquisa verificar a relação existente

entre..."; "Este trabalho enfocará..."; são algumas das formas às quais é possível

recorrer.

Exemplo:

Influenciar os fazedores das políticas públicas educacionais do país, para a

necessidade do uso de currículos resultantes da base, que é a comunidade para onde

este mesmo currículo se destina.

Manual de Metodologia de Pesquisa Licenciatura em Economia e Gestão

UCM-FEG Pág. 23

Objectivos específicos

São as definições operacionais para cada situação específica na aplicação do

objectivo geral, ou seja, tenta-se fazer uma aplicação do objectivo geral para

situações particulares, específicas;

A escolha dos objectivos deve estar coerente com o tema escolhido, o problema de

pesquisa e a justificativa.

Na formulação dos objectivos utilizar, preferencialmente, verbos no infinitivo, que

indique a acção esperada (conhecer, propor, analisar, buscar, provar, demonstrar,

estabelecer, comparar, avaliar, sugerir, ressaltar, descobrir, identificar, caracterizar,

confirmar, argumentar, justificar, enumerar, afirmar).

Exemplo:

a) Explorar a riqueza cultural e considerada a-científica existente dentro das

comunidades, mediante um trabalho de campo de natureza etnográfica;

b) Confrontar esta riqueza cultural e a-científica com a escola ( Professor Primário

do Primeiro Grau) por formas a se estudarem mecanismos da sua introdução no

currículo oficial;

c) Criar subsídios para que, na formação de professores do Ensino Primário do

Primeiro Grau, se privilegiem os ambientes de aprendizagem (dentro e fora da

sala de aula), de tal modo que a escola se aproprie desta riqueza cultural e a-

científica.

Os objectivos devem ser claros e precisos, não é necessário definir muitos objectivos

mas também não têm que ser muito poucos de modo a deixar algumas perguntas

sem respostas. É importante ter em consideração que o autor não deve prometer

mais do que consegue resolver, porque senão será contabilizado no final.

2.7.4 Hipóteses

Uma resposta provisória a este problema científico é o que chamamos de hipótese. A

hipótese é um ensaio, tentativa de resposta imediata ao problema identificado, é o

enfoque a ser definido, discutido ou explicitado (GIOVANNI,2001,p. 52)

E é por isso que se diz que elas funcionam como uma verdadeira bússola para o seu

trabalho. Seu desafio, durante a execução da pesquisa será o de verificar a validade

Manual de Metodologia de Pesquisa Licenciatura em Economia e Gestão

UCM-FEG Pág. 24

das suas “respostas provisórias”, seja para confirmá-las ou para refutá-las. A(s)

hipótese(s) deve(m) ser formulada(s) de forma afirmativa.

Exemplo:

Hipótese Geral

A Escola adquire máxima e verdadeira importância histórica e cultural quando

incorpora nos conteúdos e métodos de suas actividades, isto é, em seu currículo, os

saberes locais da(s) comunidade(s) de que ela e seus alunos fazem parte.

Hipóteses Específicas

a. Há uma grande riqueza cultural e a-científica dentro das comunidades,

especialmente no caso da Beira e do Dondo, Província de Sofala,

Moçambique;

b. A escola (no caso, o E.P1, na disciplina de Ciências Naturais), não se apropria

desta riqueza;

c. Esta não-apropriação da riqueza cultural e a-científica acontece porque os

currículos actuais são burocratizados e não reconhecem (pelo menos na

prática, uma vez que no discurso há este esforço) essa riqueza existente nas

comunidades;

d. Esta não-apropriação da riqueza cultural e a-científica dentro da escola

também é devida ao facto de, na formação de professores primários do

primeiro grau, não se contemplar esta componente.

2.7.5 Resultados Esperados

Esta secção prevê a significância do estudo e resultados esperados no final da

investigação. Nesta secção o autor deverá dar o seu parecer dos possíveis

resultados que serão atingidos no final do trabalho. Esta secção será suprimida no

acto da escrita da dissertação.

2.7.6 Revisão da Literatura

Este é possivelmente o primeiro passo em todas as pesquisas e envolve busca de

informação em publicações e textos escritos. Esta secção ajuda o pesquisador a

adquirir mais conhecimento a cerca da área em estudo.

Para SILVA e MENEZES (2001, p.30), nesta fase o pesquisador deverá responder às

seguintes questões: quem já escreveu e o que já foi publicado sobre o

Manual de Metodologia de Pesquisa Licenciatura em Economia e Gestão

UCM-FEG Pág. 25

assunto? Que aspectos já foram abordados? Quais as lacunas existentes na

literatura?

A revisão da literatura consiste em dois componentes distintos: teórico e empírico.

A literatura teórica discute essencialmente questões teóricas a cerca do tópico em

estudo enquanto que literatura empírica discute pesquisas relacionadas com o tema

que já foram estudadas. A revisão da literatura também ajuda a descobrir

alternativas de acção a cerca do estudo. Na altura de compilar esta secção lembre-

se do seguinte:

Seleccione apenas os estudos que estão relacionados com o propósito do

seu projecto de pesquisa;

Seleccionar os trabalhos que estão aproximadamente ligados aos

objectivos da pesquisa e indique como eles estão relacionados aos seus

objectivos;

Escolher a literatura mais recente tanto no contexto como na

metodologia;

Analisar os estudos seleccionados suficientemente de modo que os leitores

não-especialistas no assunto possam entender o seu trabalho;

Brevemente explicar como os estudos revisados contribuem para a sua

proposta de tese e como seu trabalho difere com o que já foi previamente

feito. Se quiser incluir estudos que ainda estejam a ser feitos poderá faze-

lo somente com a autorização dos autores.

Importância da revisão da literatura:

Descobrir as investigações similares a sua e como o autor tratou o

problema em pesquisa;

Sugere um método ou técnica de como proceder com o estudo e os

problemas a serem descobertos;

Consultar literatura previamente revista por outros autores no passado

pode revelar fontes de informação desconhecida pelo investigador;

Dá uma relação histórica entre seu estudo e outros estudos realizados

anteriormente;

Revela novas ideias ou factores ao pesquisador que não tenham ocorridos

antes;

Manual de Metodologia de Pesquisa Licenciatura em Economia e Gestão

UCM-FEG Pág. 26

Ajuda a avaliar o seu esforço no trabalho em estudo comparando com de

outros pesquisadores..

Fontes de informação

Outros materiais a consultar incluem sumário executivos de estudos realizados,

jornais locais e estrangeiros e outras publicações que podem ser encontrados em

livrarias e bibliotecas assim como em sua própria selecção de livros.

No mundo globalizado de hoje , a Internet torna-se uma grande fonte de informação,

mas há que ter cuidados em relação a credibilidade da informação encontrada, por

isso pesquisa-se em sites reconhecidos, geralmente os que terminam com .org e

sites de universidades bem como de jornais e revistas especializadas.

Deve-se ter o cuidado de escrever somente as palavras chaves em pesquisas na

Internet. Adicionalmente, os artigos de jornal também podem ter o problema de

credibilidade e por isso aconselha-se a não se basear muito em jornais para a

definição do problema em estudo.

Outras fontes de informação inclui revistas, livros, dicionários, dissertações. É

importante nesta fase escrever detalhes de citação completa de toda a literatura que

o investigador consultou para o caso de ter que incluir nas referências.

Como escrever a secção de revisão da literatura

Esta secção deve ser sistemática e lógica de modo a mostrar como diferentes tipos

de informações podem estar relacionados com a sua pesquisa. Lembre-se que esta

secção também poderá ser chamada “revisão da literatura relacionada” então é

importante demonstrar como a informação está relacionada com a sua pesquisa e

como irão contribuir para o desenvolvimento do problema em pesquisa. Em

situações em que o investigador descobrir que um estudo não se relaciona bem com

o problema, a melhor opção é não incluir estes estudos.

Algumas sugestões importantes:

Apresenta sua própria discussão;

Divide as informações em parágrafos e seja coerente – usa suas próprias

palavras para explicar o que outros autores dizem;

Manual de Metodologia de Pesquisa Licenciatura em Economia e Gestão

UCM-FEG Pág. 27

Sumarize (faz uma leitura e brevemente descreve em resumo o que os

outros autores dizem em suas próprias palavras);

Escreve o problema da pesquisa numa folha e assim poderá sempre estar

em contacto com ele;

Enumere as várias partes do problema por exemplo causas, efeitos,

possíveis soluções, etc.

Divide a página em secções de modo que permita ao leitor, de ser capaz

de associar cada estudo com uma parte particular do problema;

Analisa estes diferentes estudos em relação ao problema, olhando para os

pontos convergentes e divergentes;

No final da revisão bibliográfica o pesquisador precisa de sublinhar em

resumo como o seu estudo será igual ou diferente dos outros estudos

realizados.

Não se esqueça nunca de fazer a referida citação da referencia caso use

ideias, informação e/ou dados de outrem.

Organização da informação

Ao organizar as informações, os pesquisadores deverão fazer-se as seguintes

perguntas:

Fiz o registo de informação contida nas citações para usar na minha

referência?

Minhas fontes de informação são credíveis? Algumas fontes não são

credíveis porque são muito antigas e não exactas pois não são

actualizadas conforme o desenvolvimento e mudanças que ocorrem.

Algumas vezes os autores apresentam o estudo de uma forma irracional e

emocional. Por último, devemos ter cuidado de verificar favoritismo,

injustiça e análise inadequada do problema.

É possível categorizar as fontes de informação em livros, revistas,

panfletos, jornais, etc.?

O que eu aprendi com a revisão da literatura? Existe ainda alguma brecha

que precisa ser preenchida e se existe alguma coisa útil que se pode

utilizar para fechar esta brecha?

Que factores interessantes ou importantes descobri referente ao tópico?

Porquê as pessoas devem estar interessadas em ler minha pesquisa?

Manual de Metodologia de Pesquisa Licenciatura em Economia e Gestão

UCM-FEG Pág. 28

Quem será a audiência da minha pesquisa? Lembra-se que o pesquisador

deve sempre tentar ter um maior número de audiência depois do

supervisor ou professor.

Diferentes tipos de literatura podem ser consultados para definir o seu

tópico/problema. Normalmente, deve começar a consultar literatura que fornece

mais informações sobre o tema de interesse. Estas informações aumentam aquilo

que os estudantes já sabem e dá pistas sobre a direcção da sua investigação. O

importante não é consultar muitas literaturas mas sim aquelas que estão ligadas ao

tópico em pesquisa.

2.7.7 Metodologia

A pergunta chave que deve ser respondida aqui é "como será realizada a

pesquisa?"

Esta secção providencia os procedimentos usados para elaboração do trabalho. É

aqui onde o pesquisador desenvolve seu contexto teórico e analítico baseado em

literaturas previamente analisadas. Refere o método para colecta de

dados/informações, instrumentos para análises, etc. O que o pesquisador precisa de

modo a responder o problema e atingir os objectivos da pesquisa?. Quer dizer, que

métodos de investigação devem ser listados e também o material necessário. Um

dos objectivos de fazer busca em literatura sobre o tema em estudo, é para ajudar

o investigador a obter instrumentos em como pode prosseguir com seu estudo,

dado o que outros investigadores fizeram antes.

Métodos de pesquisa deve ser visto como todos os métodos/técnicas usadas para

conduzir uma pesquisa, isto é, métodos que o investigador emprega para conduzir

uma investigação de tese. Metodologia de pesquisa é mais ampla pois considera a

lógica por detrás dos métodos que os investigadores empregam e dá justificação

para cada um dos métodos/técnicas e isto é feito de maneira que a pesquisa possa

ser avaliada pelo próprio autor ou outros. Quando os pesquisadores respondem as

questões como, porquê é que a pesquisa está a ser efectuada, como foi

definido o problema em estudo, que dados foram usados, que métodos

foram adoptados, porquê esta técnica particular para análise dos dados foi

usada, etc. estão a discutir todo o tema referente a esta secção.

Manual de Metodologia de Pesquisa Licenciatura em Economia e Gestão

UCM-FEG Pág. 29

Em pesquisas económicas e sociais, a metodologia geralmente entra em detalhes a

cerca de todas as questões referentes em como a pesquisa ou estudo é conduzido e

isto inclui uma análise ou descrição detalhada do Modelo Econométrico que será

usado para análise dos dados, se algum modelo for usado.

A secção sobre metodologia de pesquisa consiste em quatro partes, em que será

descrito o tipo de investigação (que será necessário para atingir os objectivos da

investigação), os métodos de investigação, a operacionalização das perguntas

específicas e a maneira de gerir os dados colhidos.

A seguir, uma indicação e elaboração dos diferentes tipos de métodos (entrevistas,

observações, etc.) a serem usados devem ser mencionadas. A teoria a ser usada na

investigação traz implicações para os métodos de investigação a serem

seleccionados. A teoria ajuda a identificar os dados que precisam ser colhidos e

como estes dados podem ser colhidos.

Resumidamente:

Amostra da população;

Métodos para colecta de dados;

Tamanho da Amostra

Colecta de dados primários;

Colecta de dados secundários;

Métodos para análise de dados.

Instrumento de pesquisa

Chama-se de “instrumento de pesquisa” o que é utilizado para a colecta de dados.

Em nossos estudos, vamos considerar, o questionário e a entrevista. Estes dois

instrumentos têm, de comum, o facto de serem constituídos por uma lista de

indagações que, respondidas, dão ao pesquisador as informações que ele pretende

atingir. E a diferença entre um e outro, é ser o questionário feito de perguntas,

entregues por escrito ao informante e às quais ele também responde por escrito,

enquanto que, na entrevista, as perguntas são feitas oralmente, quer a um indivíduo

em particular quer a um grupo, e as respostas são registradas, geralmente pelo

próprio entrevistador.

Manual de Metodologia de Pesquisa Licenciatura em Economia e Gestão

UCM-FEG Pág. 30

2.8 Elementos Pós-Textuais

2.8.1 Plano de actividades

No cronograma o pesquisador deverá fazer um planejamento das actividades ao

longo do tempo que dispõe para a pesquisa. Ela é uma excelente ferramenta para

controlar o tempo de trabalho e o ritmo de produção. Ao mesmo tempo, servirá para

o orientador ou a agência financiadora acompanhar o andamento da pesquisa.

Também aqui há uma pergunta chave: "quando as diferentes etapas da

pesquisa serão levadas a cabo?"

Esta secção trata-se do planeamento das actividades de investigação. A melhor

maneira de apresentar um plano de actividades é sob forma de tabela (similar ao

Gant chart) em que cada actividade é planeada e descrita. Também pode-se usar

gráficos, linhas de tempo, etc.

No plano de actividades, três períodos podem ser distinguidos:

A fase inicial em que a proposta é compilada;

A fase de implementação;

A fase final em que os dados serão analisados e apresentados por escrito

ou verbalmente.

Cada período deve conter as actividades específicas a serem feitas. Quer dizer, se

deve indicar as actividades, quanto tempo será gasto em cada actividade (duração) e

o período.

1ºmês

2ºmês

3ºmês

4ºmês

5ºmês

6ºmês

Capítulo 1 e 2

Capítulo 3- Aplicação dequestionários

Processamento dos dado

Capítulo 4

Capítulo 5

Redacção da Dissertação

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UCM-FEG Pág. 31

2.8.2 Referências

Para esta secção o favor de consultar o capítulo 5. Deverá seguir estritamente as normas

estabelecidas quanto as referencias bibliográficas quer na sua escrita, quer nos aspectos

gráficos.

2.9 Como Melhorar o Seu Texto

Antes de apresentar seu projecto é importante fazer uma edição final do texto. Você

poderá encontrar pequenos erros, pontos esquecidos. Esse trabalho é dividido em

duas partes: estilo e clareza.

Na primeira metade você deve se concentrar, no plano microscópico, na mecânica e

no estilo. Você revisou duas vezes a ortografia de qualquer palavra sobre a qual se

sente inseguro? Alguma de suas frases é muito longa ou complicada? Você pôs aspas

nos lugares correctos? Cada uma das frases tem sentido? Alguém que ignore o tema

pode compreender o que você tenta dizer?

Uma vez que tenha solucionado os problemas de estilo, é importante analisar seu

texto a partir de uma perspectiva telescópica. A segunda parte de sua lista de

controle deve destacar temas de estrutura, clareza e fluxo da escrita.

Sua escrita tem um ponto convincente? Chega a uma conclusão coerente? Você

oferece ao leitor exemplos específicos ou memoráveis para respaldar seus pontos de

vista? As transições entre as secções do seu texto são suaves e lógicas? Sua escrita

conta com um ritmo adequado de maneira que dá confiança ao leitor do começo ao

fim? Passando por esse pente-fino, a revisão do texto de seu projecto está finalizada.

Manual de Metodologia de Pesquisa Licenciatura em Economia e Gestão

UCM-FEG Pág. 32

CAPÍTULO 3: DISSERTAÇÃO

3.1 Introdução

O conhecimento científico e seu bom resultado na divulgação científica, requerem um

modelo de padronização, e é através desta exigência que a normalização de

documentos se torna um importante processo na comunicação científica. Esta secção

tem por finalidade disciplinar a apresentação de trabalhos científicos (licenciatura em

Economia e Gestão), produzidos na FEG da UCM, visando a sua uniformização.

3.2 Redacção e Linguagem

A apresentação de um trabalho científico supõe o domínio, por parte do autor, o

idioma que utiliza para transmitir seus conhecimentos. Torna-se, entretanto,

indispensável conhecer certas normas especiais relativas à linguagem científica.

Linguagem científica: todo trabalho tem carácter impessoal. Redija-se na terceira

pessoa, evitando-se fazer referências pessoais como “meu trabalho”, “meus

estudos”, minha tese”. Utilize, em tais casos, expressões como: “o presente

trabalho”, “o presente estudo”.

Objectividade: o carácter objectivo e impessoal da linguagem deve afastar do

campo científico os pontos de vista pessoais. Expressões como “eu penso”, “parece

ser”, entre outras, violam o carácter objectivo, indicando raciocínio subjectivo.

3.3 Formato

A dissertação deve ser apresentada em papel branco, formato A4 (21,0 cm x 29,7

cm), utilizando-se fonte Times New Roman.

3.4 Termos Estrangeiros

Termos estrangeiros (ex. do Inglês), devem ser escritos em itálico.

3.5 Numerais

Os números de zero a nove são escritos em extenso e acima de nove são escritos

por algarismos arábicos.

A separação de classes faz-se com o uso de pontos, exemplo: 1.457 indivíduos.

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UCM-FEG Pág. 33

A separação das classes decimais faz-se sempre por meio de uma vírgula (ex. 0,51 e

nunca 0.51) 4.

Percentagens: indicam-se sempre por algarismos, sucedidos do próprio símbolo

(ex. 45,4%).

3.6 Tipos e Corpos

Para a digitação, utiliza-se fonte tamanho 12 para o texto e 10 para citações longas

e notas de rodapé.

3.7 Margens

Margem superior - 3 cm

Margem inferior - 2 cm

Margem esquerda - 3 cm

Margem direita - 2 cm

Exemplo:

4 É preciso anotar aqui a particularidade de publicações em outros idiomas. O autor deverá consultar oeditor .

3 cm

2 cm

3 cm2 cm

Folha A4

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UCM-FEG Pág. 34

3.8 Espaçamento

Todo texto deve ser digitado com espaçamento 1,5 de entrelinhas. As citações

longas (mais de 3 linhas) e notas de rodapé deverão ser digitados em espaço

simples.

O espaçamento entre os parágrafos deverá ser de 6pt antes e 6pt depois ou saltar

uma linha por parágrafo.

3.9 Indicativos de Secção

O indicativo numérico de uma secção precede seu título com alinhamento esquerdo,

separado por um espaço de caractere. Os títulos, sem indicativo numérico (sumário,

resumo, referências e outros elementos pré-textuais), devem ser centralizados.

3.10 Paginação

Todas as páginas dos elementos pré-textuais, a partir da folha de Declaração, devem

ser paginadas sequencialmente em numeração Romana (ex. I, II, III, IV, ...).

Enquanto que a paginação dos elementos textuais e pós-textuais é feita em

algarismos arábicos (ex. 1, 2, 3,...), no canto inferior direito da folha. Os apêndices e

anexos devem ter suas folhas numeradas de maneira contínua, seguindo a

paginação do texto principal.

Lembrando que a paginação dos elementos textuais e começa com a página número

1, e para os elementos pós-textuais a paginação será uma continuação das páginas

já enumeradas dos elementos pós-textuais.

3.11 Abreviaturas e Siglas

Devem ser usadas na forma padronizada da língua do texto da publicação. Quando

aparece pela primeira vez no texto, deve-se escrever por extenso e entre parênteses

a abreviatura ou sigla.

Para abreviaturas em outras línguas deverá ser mantida, na sua língua original. Não

é necessário que fazer a tradução.

Exemplo:

Instituto Nacional de Estatística (INE).

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UCM-FEG Pág. 35

3.12 Ilustrações

3.12.1 Tabelas

As tabelas são elementos demonstrativos de síntese que apresentam informações

tratadas estatisticamente constituindo, assim, uma unidade autónoma.

Em sua apresentação deverá ter:

A numeração independente e consecutiva;

O título é obrigatório e deve ser colocado na parte superior da tabela,

precedido da palavra Tabela e de seu número de ordem em algarismos

arábicos;

a(s) fonte(s) devem ser colocadas em seu rodapé e em itálico;

Todas as palavras do título devem começar por letras maiúsculas, excepto

para vogais, conjunções, etc;

O titulo, incluindo a tabela nº, deve estar escrito em negrito.

Exemplo:

Tabela 1: Taxa de Crescimento do Produto Interno Bruto na Óptica da

Despesa de 1998 à 2002

Tipo de Despesas 1998 1999 2000 2001 2002*

Procura Global 11.6 15.3 -1.5 5.5 10.1

Procura interna 11.7 17.0 -4.4 0.4 9.7

Consumo Total 7.2 5.2 -0.5 4.1 17.2

Consumo Privado 5.9 4.6 -1.8 2.3 17.6

Consumo Público 20.9 10.0 11.0 17.9 14.7

Formação Bruta de Capital Fixo 32.6 61.4 -14.1 -10.0 -15.1

Exportações de Bens e Serviços 10.5 -1.5 33.2 50.1 12.3

Importações de Bens e Serviços 8.4 40.4 -9.0 -14.9 16.6

PRODUTO INTERNO BRUTO (pm) 12.6 7.5 1.5 13.0 8.3

Fonte: Banco de Moçambique, 2005

3.12.2 Figuras5

Os gráficos, organogramas, fotos, esquemas, desenhos, mapas entre outros,

constituem unidade autónoma e explicam ou complementam visualmente o texto.

O tratamento a seguir nos gráficos é o mesmo que os da tabela.

Em sua apresentação deverá ter:

5 Embora que algumas normalizações sugerem a separação dos gráficos dos restantes elementos como,organogramas, fotos, etc. Para o nosso caso incluiremos no mesmo grupo uma vez que a ocorrência dosoutros elementos é relativamente menor em relação aos gráficos.

Manual de Metodologia de Pesquisa Licenciatura em Economia e Gestão

UCM-FEG Pág. 36

a numeração independente e consecutiva;

o título é obrigatório e deve ser colocado na parte superior da figura,

precedido da palavra Figura e de seu número de ordem em algarismos

arábicos;

a(s) fonte(s) devem ser colocadas em seu rodapé e em itálico;

Todas as palavras do título devem começar por letras maiúsculas, excepto

para vogais, conjunções, etc;

O titulo incluindo a Figura nº, deve estar escrito em negrito.

Exemplo:

Figura 1: Fontes de Financiamento ao Orçamento Geral do Estado 2005

Fonte: Banco de Moçambique, 2005

Nota: Para as tabelas e Figuras (como gráficos) gerados pelo autor a partir dos

dados primários (no caso das entrevistas) a fonte a colocar será “o autor”. Para

casos em que o autor fizer uma adaptação de tabelas ou figuras a partir de uma ou

mais fontes deverá colocar “Adaptado pelo autor a partir de: colocar a(s)

respectiva(s) fontes”.

3.13 Título

Deve ser destacado usando-se, racionalmente, os recursos de negrito e caixa alta.

Deve ser adoptado o seguinte padrão:

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UCM-FEG Pág. 37

Título de capítulos: impressos em letra maiúscula, negrito, fonte

tamanho 12, utilizando-se algarismos arábicos a esquerda do título.

Todos os capítulos devem ser iniciados em páginas próprias, ainda que

haja espaço útil na folha.

Os itens (partes secundárias): devem ser impressos com a primeira letra

das palavras principais em maiúscula, negrito, fonte tamanho 12 e à

esquerda.

A partir do 3º nível, devem ser impressos com a primeira letra maiúscula

e demais minúsculas.

3.14 Elementos Pré-Textuais

Os elementos pré-textuais são aqueles que antecedem o texto com informações que

contribuem para a identificação e utilização do trabalho.

3.14.1 Capa

A capa, que identifica o trabalho, deve conter as informações na ordem estabelecida

e todos eles devem estar centralizados. Nome da instituição: em Letras

maiúsculas, fonte 14 e em negrito. O titulo da tese: as palavras começam em

letras maiúsculas, fonte 12. Nome do aluno: letras maiúsculas, fonte 12 e em

negrito.

Local e ano: nas duas últimas linhas da folha, em letras maiúsculas, fonte 12.

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UCM-FEG Pág. 38

Exemplo de capa institucionalizada

3.14.2 Folha de Declaração

A folha de declaração destina-se a certificação da autoria do trabalho, na qual o

autor responsabiliza-se pela originalidade do tema e do conteúdo, excepto para as

citações que foram referenciadas no trabalho. Este comprometimento é reforçado

pela assinatura do supervisor.

Essa folha é encabeçada pela palavra DECLARAÇÃO, em letras maiúsculas,

centralizada, fonte tamanho 12, em negrito.

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UCM-FEG Pág. 39

Exemplo de Modelo de Folha de Declaração

3.14.3 Dedicatória

Essa é a folha em que o autor dedica o trabalho e/ou faz uma citação ou ainda,

presta uma homenagem. É um elemento opcional. O texto é impresso em fonte 12,

centralizado, em letras maiúsculas, em negrito. recomenda-se que o texto figure à

direita, na parte inferior da respectiva folha, encabeçado pela palavra DEDICATÓRIA.

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UCM-FEG Pág. 40

Exemplo de Modelo de Folha de Dedicatória

3.14.4 Agradecimentos

Essa folha é opcional também. Quando utilizada, deve privilegiar àqueles que

merecem destaque por sua contribuição ao trabalho. Desse modo, agradecimentos e

contribuições rotineiras não são, em geral, destacados. Essa folha é encabeçada pela

palavra AGRADECIMENTO, em letras maiúsculas, centralizada, fonte tamanho 12, em

negrito. Em geral inclui agradecimentos ao coordenador e/ou orientador,

professores, instituições, empresas, funcionários e/ou pessoas que colaboraram de

forma especial na elaboração do trabalho. O texto é composto utilizando-se a fonte

tamanho12.

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UCM-FEG Pág. 41

Exemplo de Modelo de Folha de Agradecimento

3.14.5 Sumário Executivo

Elemento obrigatório, é uma síntese do trabalho, enfatizando-se seus principais

pontos. Deve ser redigido na terceira pessoa do singular e do verbo na voz activa e

apresentando de forma clara, concisa e directa e dever conter a informação referente

aos objectivos, problema, metodologia, resultados e conclusões do trabalho. O título

SUMÁRIO EXECUTIVO6 deve estar centralizado, letras maiúsculas, fonte 12, em

negrito. O texto é apresentado três espaços abaixo do título, em espaço simples

entrelinhas, sem espaços entre parágrafo e centralizado.

Recomenda-se que os sumários executivos tenham até 250 palavras.

É necessário também acrescentar palavras-chave, de no mínimo, 3 palavras.

6 Também usa-se o termo resumo. Em algumas normalizações sugerem o uso do resumo em línguaestrangeira, para o nosso caso seria um resumo em inglês, para além do abstracto em português.

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UCM-FEG Pág. 42

3.14.6 Índice

É um elemento obrigatório, constituído pela enumeração das principais divisões,

secções e outras partes do trabalho, na mesma ordem em que aparecem no seu

desenvolvimento. Ou seja, deve conter, exactamente, os mesmos títulos, subtítulos

que constam no trabalho e as respectivas páginas em que aparecem. O título ÍNDICE

deve estar em letras maiúsculas, fonte 12, centralizado e em negrito. No sumário

deverá incluir não mais de três níveis de título (por exemplo, 1, 1.1, 1.1.1).Pode-se

utilizar os índices automáticos do Microsoft Word para maior facilidade.

Exemplo de Índice

3.14.7 Lista de Figuras

Destina-se a identificar os elementos gráficos, organogramas, fotos, esquemas,

desenhos, mapas entre outros na ordem em que aparecem no texto, indicando seu

Manual de Metodologia de Pesquisa Licenciatura em Economia e Gestão

UCM-FEG Pág. 43

título e o número da página em que estão inseridos. O título deverá estar

centralizado, em letras maiúsculas, fonte 12, negrito. Por exemplo: LISTA DE

FIGURAS. Pode-se utilizar as Lista de figuras automáticas do Microsoft Word para

maior facilidade.

Exemplo de Lista de Figuras

3.14.8 Lista de Tabelas

Deve ser elaborado de acordo com a ordem apresentada no texto, com cada item

designado por seu nome específico, seguido do número da página. Pode-se utilizar

as Lista de figuras automáticas do Microsoft Word para maior facilidade.

Manual de Metodologia de Pesquisa Licenciatura em Economia e Gestão

UCM-FEG Pág. 44

Exemplo de Lista de Tabelas

3.14.9 Lista de Abreviaturas

Nesta secção faz-se a listagem de todas as abreviaturas usadas no trabalho com a

respectiva designação. Esta listagem de abreviaturas devem ser organizadas em

ordem alfabética. O título do elemento deverá estar centralizado, em letras

maiúsculas, fonte 12, negrito. Por exemplo: LISTA DE ABREVIATURAS.

Lembrando ainda que quando aparece pela primeira vez no texto, deve-se colocar

seu nome por extenso e entre parênteses a abreviatura.

Para o caso de abreviaturas em línguas estrangeiras não se deve fazer a tradução,

mantém-se sempre na língua original.

Manual de Metodologia de Pesquisa Licenciatura em Economia e Gestão

UCM-FEG Pág. 45

Exemplo de Lista de Abreviaturas

3.14.10 Glossário

Deverá ser empregue sempre que for necessário relacionar (em ordem alfabética) as

palavras de uso específico (termos técnicos da área), devidamente acompanhadas de

suas definições, de modo a garantir a compreensão exacta da sua utilização no

texto.

O título do elemento deverá estar centralizado, em letras maiúsculas, fonte 12,

negrito. Por exemplo: GLOSSÁRIO.

Exemplo de Glossário

Manual de Metodologia de Pesquisa Licenciatura em Economia e Gestão

UCM-FEG Pág. 46

Lembrando ainda que para os elementos pré-textuais, o texto terá um espaçamento

entre linhas de 1,5 e o parágrafo justificado, excepto para a Dedicatória e Sumário

Executivo. A paginação a seguir dos elementos pré-textuais é feita em algarismos

arábicos e inicia com a página 1.

3.15 Elementos Textuais

São considerados elementos textuais os conteúdos do trabalho em que se apresenta

o assunto. Todo trabalho científico há de comportar três partes: Introdução>

desenvolvimento> conclusão.

Capítulo 1:Introdução

1.1 Introdução

1.2 Objectivo do Estudo

1.3 Justificativa

1.4 Definição do Problema

1.5 Hipóteses

1.6 Delimitação do Estudo

1.7 Limitações do Estudo

Capítulo 2: Revisão da Literatura

2.1 Introdução

2.2 Revisão da Literatura Teórica

2.3 Literatura Empírica

2.4 Revisão de Literatura Focalizada

Capítulo 3: Metodologia da Pesquisa

3.1 Introdução

3.2 Desenho da Pesquisa

3.3 População em Estudo

3.4 Processo de Amostragem

3.5 Tamanho da Amostra

3.6 Métodos de Colecta de Dados

3.7 Colecta de Dados Primários

3.8 Colecta de Dados Secundários

3.9 Duração do Inquérito

Manual de Metodologia de Pesquisa Licenciatura em Economia e Gestão

UCM-FEG Pág. 47

Capítulo 4: Análise e Interpretação dos Dados

4.1 Introdução

(Outros segundo a analise do autor )

Capítulo 5: Conclusões e Recomendações da Pesquisa

5.1Conclusões da Pesquisa

5.2Recomendações da Pesquisa

3.15.1 Capítulo 1: INTRODUÇÃO

Introdução

Ela descreve o problema e fornece outras informações que ajudam a dar contexto às

questões da pesquisa. A introdução serve para inserir o leitor ao tópico da pesquisa e

as informações que vêm no resto do trabalho. Serve para motivar o leitor de que a

sua pesquisa é importante e válida. Então, ela deve ser apresentada de uma forma

atraente, clara e informativa. Depois de ler a introdução, o leitor deve ser capaz de

ter conhecimento sobre do que a pesquisa trata, qual é o problema a ser respondido

e qual é a importância do trabalho.

Uma técnica útil é conter os seguintes elementos numa introdução: a situação em

que a investigação será implementada, o problema a ser investigado, a pergunta

sobre este problema e finalmente a ideia para responder esta pergunta.

Por fim, a introdução deverá terminar com um parágrafo que apresenta a estrutura

do resto do documento. Resultado disso é que o leitor fica a saber o que vai

encontrar no resto do documento.

Em resumo, os pontos seguintes deverão estar contidos:

Referir o contexto da sua proposta de tese e deverá chamar a atenção dos

leitores;

Explicar o conhecimento/experiência do seu estudo começando de uma

forma mais alargada até chegar as suas perguntas de pesquisa;

Rever tudo o que é conhecido a cerca do tópico em estudo, desde que

seja relevante;

Citar referências relevantes;

Manual de Metodologia de Pesquisa Licenciatura em Economia e Gestão

UCM-FEG Pág. 48

A introdução deve ser fácil de ser percebida pelos leitores com experiência

geral em ciências.

Objectivo do Estudo

O mesmo que foi dito no projecto de pesquisa, mas é preciso ter o cuidado de usar o

verbo no passado, uma vez que no projecto de pesquisa o autor diz aquilo que irá

fazer.

Justificativa

O mesmo que foi dito no projecto de pesquisa, mas é preciso ter o cuidado de usar o

verbo no passado, uma vez que no projecto de pesquisa o autor diz aquilo que irá

fazer.

Definição do Problema

O mesmo que foi dito no projecto de pesquisa, mas é preciso ter o cuidado de usar o

verbo no passado, uma vez que no projecto de pesquisa o autor diz aquilo que irá

fazer.

Hipóteses

O mesmo que foi dito no projecto de pesquisa, mas é preciso ter o cuidado de usar o

verbo no passado, uma vez que no projecto de pesquisa o autor diz aquilo que irá

fazer.

Delimitação do Estudo

Aqui o autor vai delimitar no tempo e no espaço a sua pesquisa, embora que

tenhamos já algumas evidencias no tema e na justificativa. Mas é necessário dar

uma melhor clareza da delimitação do estudo realizado.

Limitações do Estudo.

São consideradas como limitações do estudo, todos os factores que contribuem para

o não comprimento das metas preestabelecidas de colecta de dados. Como por

exemplo, os custos para efectuação do inquérito7, dificuldades de acesso a dados em

algumas instituições, e por ai em diante. Não se descarta qualquer outro factor que

na opinião do autor seja considerada como uma limitação.

7 Custos como viagens, cópias, entrevistadores, etc

Manual de Metodologia de Pesquisa Licenciatura em Economia e Gestão

UCM-FEG Pág. 49

3.15.2 Capítulo 2: Revisão da Literatura

Introdução

Aqui deverá fazer uma breve introdução da importância da revisão de literatura no

contexto do tema em questão, dando a estrutura de como será feita.

Revisão da Literatura Teórica

Deverá fazer o levantamento de toda teoria existente em relação ao tema escolhido,

de modo que o leitor compreenda o seu enquadramento teórico.

Esta secção poderá ser dividida em sub-capítulos, de acordo com a abrangência do

tema, permitindo deste modo uma melhor compreensão. Lembrando que na integra

cada secção deverá seguir o critério de introdução, desenvolvimento e conclusão. O

que muitas vezes não acontece, o autor cria os sub-capítulos deixando o trabalho de

relacionar a importância de cada uma delas ao leitor.

Ao redigir esta secção deverá ter em mente, o problema da pesquisa e como esta ou

aquela literatura poderá ajudar a responder o problema.

Literatura Empírica

Deverá fazer o levantamento de todos os estudos empíricos realizados em outros

países sobre o tema a ser pesquisado. Geralmente são trabalhos de defesa ou

relatórios de organizações que contribuem directa ou indirectamente a responder o

problema da pesquisa.

Esta secção poderá ser dividida em sub-capítulos, de acordo com a abrangência do

tema, permitindo deste modo uma melhor compreensão. Lembrando que na integra

cada secção deverá seguir o critério de introdução, desenvolvimento e conclusão. O

que muitas vezes não acontece, o autor cria os sub-capítulos deixando o trabalho de

relacionar a importância de cada uma delas ao leitor.

Ao redigir esta secção deverá ter em mente, o problema da pesquisa e como esta ou

aquela literatura poderá ajudar a responder o problema.

Revisão de Literatura Focalizada

Deverá fazer o levantamento de todos os estudos realizados no País em que efectuou

a pesquisa. Não só, como também deverá incluir, dependendo do tema, alguns sub-

Manual de Metodologia de Pesquisa Licenciatura em Economia e Gestão

UCM-FEG Pág. 50

tópicos relativos a factos, regulamentos, etc, que ajudem a entender a realidade da

população a ser pesquisada.

Esta secção poderá ser dividida em sub-capítulos, de acordo com a abrangência do

tema, permitindo deste modo uma melhor compreensão. Lembrando que na integra

cada secção deverá seguir o critério de introdução, desenvolvimento e conclusão. O

que muitas vezes não acontece, o autor cria os sub-capítulos deixando o trabalho de

relacionar a importância de cada uma delas ao leitor.

Ao redigir esta secção deverá ter em mente, o problema da pesquisa e como esta ou

aquela literatura poderá ajudar a responder o problema.

3.15.3 Capítulo 3: Metodologia da Pesquisa

Introdução

Deverá fazer uma breve introdução da metodologia escolhida para pesquisa, a sua

importância e o objectivo.

Desenho da Pesquisa

Deverá esclarecer como os objectivo e as hipóteses do estudo serão alcançadas com

a realização do inquérito. Uma breve descrição dos elementos a serem pesquisados e

dos possíveis indicadores que ajudaram a responder o problema do estudo.

População em Estudo

Deverá definir claramente qual ou quais são as populações em estudo e a sua

respectiva delimitação no tempo e no espaço. A definição deverá ainda englobar o

número dos elementos que constituem a população.

Processo de Amostragem

Embora que mais adiante falaremos dos tipos de amostragem, deverá incluir nesta

secção o tipo ou os tipos de amostragem que seguirá para a obtenção da amostra.

Pois, a representatividade da amostra dependerá profundamente do processo de

amostragem escolhido.

Tamanho da Amostra

Uma vez escolhido o tipo de amostragem, é chegado a vez de saber qual o tamanho

da amostra ou número de elementos a serem seleccionados da população.

Manual de Metodologia de Pesquisa Licenciatura em Economia e Gestão

UCM-FEG Pág. 51

Dependendo do tamanho da população existem várias formulas de calcular o

tamanho da amostra.

Falaremos mais adiante de algumas formulas de como calcular o tamanho da

amostra.

Métodos de Colecta de Dados

Dependendo do tema, os métodos de colecta de dados podem ser primários ou

secundários. A escolha dependerá da disponibilidade da informação dos dados

secundários.

Deverá indicar qual ou quais os métodos que usou para a colecta de dados se foi o

primário ou secundário ou ambos.

Dados Primários – são todos os dados que são obtidos directamente da população

estudada. Podem ser obtidos através de questionários, entrevistas ou observação

directa.

Dados Secundários – são aqueles que são obtidos através de uma fonte credível,

como por exemplo: instituto Nacional de Estatística, Banco de Moçambique, etc.

Colecta de Dados Primários

Deverá indicar a estrutura do(s) questionário(s), indicando os objectivos gerais e

específicos de acordo com as partes constituintes do questionário. Deverá ainda

indicar se fez ou não o teste piloto e quais foram as principais constatações.

Também poderá incluir alguns sub-cápitulos em relação a maneira de como conduziu

o inquérito no terreno, o tratamento dos questionários em relação ao lançamento

dos dados no computador, o tratamento que deu as perguntas não respondidas ou

mal preenchidas.

Colecta de Dados Secundários

Deverá indicar se usou e quais foram as fontes dos dados secundários, lembrando

que os dados devem ser obtidos de uma fonte credível, indicando ainda a finalidade

desses dados.

Duração do Inquérito

Deverá mencionar o tempo que levou desde de a elaboração do questionário a

compilação dos dados no computador. Deverá ser estruturado de forma que o leitor

entenda todo o processo do início ao fim.

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UCM-FEG Pág. 52

3.15.4 Capítulo 4: Análise e Interpretação dos Dados

Introdução

Nesta secção deverá indicar resumidamente os principais objectivos a atingir e como

será estruturada a análise.

As outras sub-secções deveram ser criadas pelo autor, tomando em consideração os

objectivos determinados no questionário e do problema em estudo. Devendo lembrar

ainda que não se deve limitar em análises descritivas respondendo cada uma das

perguntas. Também não é necessário colocar todos os gráficos ou tabelas nesta

secção, o autor deverá colocar os principais outputs e os restantes no apêndices.

As análises com as respectivas interpretações deveram ser interligadas e relacionas

com o problema em estudo de modo a dar respostas ao problema colocado e não

limitar em análise isoladas deixando a tarefa para o leitor.

Lembrando mais uma vez que o processo da escrita deverá ter uma introdução,

desenvolvimento e conclusão.

3.15.5 Capítulo 5: Conclusões e Recomendações da Pesquisa

Conclusões da Pesquisa

Algumas considerações que poderão ajudar nesta secção:

As conclusões não podem ser mágicas, ou seja, no capítulo anterior

deverá dar indicações dos resultados, de modo que estejam relacionados

com as conclusões;

Deve-se evitar fazer conclusões muito genéricas;

Após o termino da conclusão deverá certificar se rejeitará ou não a

hipótese;

Deverá ainda certificar se os objectivos traçados foram atingidos.

Recomendações da Pesquisa

Algumas considerações que poderão ajudar nesta secção:

As recomendações devem ser sustentadas pelas conclusões do trabalho;

Evitar recomendações muito genéricas;

Manual de Metodologia de Pesquisa Licenciatura em Economia e Gestão

UCM-FEG Pág. 53

Deverá certificar da materialização das recomendações no tempo e o

respectivo custo, evitando deste modo recomendações não práticas.

3.16 Elementos Pós-Textuais

Os elementos pós-textuais são aqueles que complementam o trabalho e referenciam

sua produção.

3.16.1 Referências

O título REFERÊNCIAS, que devem ser grafadas em letras maiúsculas, fonte 12,

centralizado e em negrito. Quanto a formatação do texto, por favor veja o capítulo 5,

secção 5.20.

3.16.2 Apêndice

Elemento que consiste em um texto ou documento elaborado pelo autor, com o

intuito de complementar sua argumentação, sem prejuízo do trabalho. O título

APÊNDICE, em letras maiúsculas, fonte 12, centralizado e em negrito. Os apêndices

devem ser enumerados, identificados e referenciados no texto.

Exemplo:

APÊNDICE A – Questionário aplicado ao consumidor.

3.16.3 Anexos

São elementos opcionais, não elaborados pelo autor, que documentam, esclarecem,

provam ou confirmam as ideias expressas no texto. Os anexos são identificados por

letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos. Devem ser

enumerados, identificados e referenciados no texto.

Exemplo:

ANEXO A OU ANEXO I – PARPA II

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UCM-FEG Pág. 54

3.17 Ordem dos Elementos

Pós-Textuais

Pré- Textuais

Textuais

Anexos

Apêndice

Referências

Capítulo 5

Capítulo 4

Capítulo 3

Capítulo 2

Capítulo 1

Glossário

Lista de Abreviaturas

Lista de Tabelas

Lista de Figuras

Índice

Sumário Executivo

Agradecimentos

Dedicatória

Declaração

Capa

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UCM-FEG Pág. 55

CAPÍTULO 4: CITAÇÕES

4.1 Introdução

O estilo de citação e referencia adoptado para a elaboração da dissertação para a

obtenção do grau de licenciatura em Economia e Gestão é baseado nos padrões

internacionalmente reconhecidos e adoptados, estabelecidos pela APA - American

Psicology Association (Associação Americana de Psicólogos).

De acordo NBR 6023:2002, referências são “um conjunto padronizado de elementos

descritivos, retirados de um documento, que permite a sua identificação individual”.

Se for citar uma fonte de acordo com os standards da APA - American Psicology

Association (Associação Americana de Psicólogos), terá de introduzir duas

componentes importantes no Trabalho: A citação da referência no texto e a

respectiva nota de referência no final do trabalho, na secção reservada as

referências.

Entende-se por referências bibliográficas a relação de todas as fontes bibliográficas

utilizadas pelo autor, no trabalho. Não devem ser referenciadas fontes bibliográficas,

que não foram citadas no trabalho.

Caso haja conveniência de referenciar material sem alusão ao texto, isto dever ser

feito sem sequência às referências bibliográficas, sob o título: Bibliografia

recomendada. Esta é a diferença entre referencia e bibliografia.

4.2. Plágio

Plágio é o reportar deliberado e intencional de factos, opiniões, ideias, etc., como se

elas fossem suas (ou de sua autoria), isto é, assinar ou apresentar como seu (obra

artística ou científica de outrem). A origem etimológica da palavra, ilustra o conceito

que ela carrega: Plágio provém do grego (através do latim) 'plágios', que significa

'trapaceiro'. O plágio é um crime académico grave que pode resultar em

consequências sérias. Para além de ser ilegal, o plágio revela desonestidade

intelectual.

Quando alguém inventa algo, ou descobre um facto novo, ele registra tal invenção

ou facto sob uma patente ou o direito de autor (copyright). Musicas, logotipos,

invenções comerciais, marcas podem ser registradas como propriedade intelectual do

autor. Caso estes direitos sejam infringidos, o proprietário ou detentor do direito

Manual de Metodologia de Pesquisa Licenciatura em Economia e Gestão

UCM-FEG Pág. 56

poderá intentar uma acção judicial contra o infractor. Os mesmos princípios aplicam-

se a factos, ideias ou opiniões académicas.

Embora o conhecimento académico esteja gratuitamente disponível, é necessário

que se dê o devido credito a fonte deste conhecimento. Ao faze-lo, estará

automaticamente cumprindo requisitos que fazem com que o seu trabalho seja

considerado académico.

4.2.1. Razões que conduzem ao plágio:

Existem três razões básicas a serem destacadas que muitas vezes fazem com que as

pessoas recorram ao plágio:

Primeiro, este acto pode ser praticado de forma não intencional, isto é

involuntariamente. Você poderá ter esquecido a fonte de onde tenha extraído uma

informação, provavelmente por ter lido muito. Para evitar tal situação, você deve

tomar nota das fontes de informação que utilizou no seu trabalho. Outra fonte da

não intencionalidade do plagio poderá dar-se caso se tenha uma ideia errada do

significado de escrever um trabalho académico ou cientifico. Escrever um trabalho

deste género, não significa simplesmente a compilação de factos e ideias de varias

fontes, restringindo o seu trabalho em apenas agrupar tais factos e ideias. Esta

seria sim uma colecta de notas.

Em segundo lugar, o plágio poderá ser praticado partindo do simples facto de você

achar-se incapaz de redigir redacções correctas e coerentes. Embora o recurso a

trabalhos de outras pessoas (autores) possa ser benéfico para aprender a redigir

trabalhos, o plágio por si não será de grande ajuda. O que você precisa é de

aprender a expressar as ideias de outrem por suas próprias palavras, aplicando uma

estrutura diferente, entendendo o que o autor pretende dizer e pôr em suas próprias

palavras.

A Terceira razão, é a considerada a mais séria e grave, pois esta é deliberada. Nasce

de casos em que por estar sob forte pressão, ou possuir outras prioridades, você

decide copiar extractos de textos em fontes que você tenha lido, e coloca-los no seu

trabalho. Esta é com certeza algo muito fácil de fazer através de fontes electrónicas

Manual de Metodologia de Pesquisa Licenciatura em Economia e Gestão

UCM-FEG Pág. 57

por exemplo. O problema reside no facto de também ser muito fácil de detectar: O

estilo da escrita do texto muda, a referência não aparece no texto como deveria, e

erros gramaticais e de interpretação são simplesmente repetidos no seu trabalho. O

pior, é que isto não o ajudará a ter uma boa percepção e compreensão da fonte,

nem o ajudará a desenvolver o seu próprio estilo de escrita.

Associado a isto, esta também o plágio à outros estudantes. Você poderá não pensar

nesta acção como sendo um plágio, considerando-o somente como cópia de um

texto sem direito de autor. Poderá pensar que o trabalho de outro estudante não

seja propriedade intelectual, o que não representa a verdade, pois é propriedade de

outrem. Este tipo de actividade poderá leva-lo a exclusão da comunidade académica,

e isto, poderá destruir a sua potencial carreira académica.

Os factos acima descritos mostram claramente, que embora o plágio possa ser visto

como uma opção economicamente viável a curto prazo, no final das contas não o

ajudará em nada; pois as consequências para a sua carreira académica, assim como

seu carácter pessoal serão lastimáveis.

4.3 Citação de Referência no texto

Ao escrever um artigo, uma monografia, uma dissertação ou tese, o autor utiliza

partes de um texto original, extraído de outra fonte, reproduzindo, literalmente, para

dar subsídio à sua fala no texto ( NBR – 10520:2002).

4.4 Localização

As citações podem aparecer:

a) no texto;

b) em notas de rodapé.

Mas por uma questão de uniformidade, vamos apenas usar citações no texto.

4.5 Componentes de uma citação

Geralmente temos três elementos que constituem uma citação: autor, data e página

Os três elementos são separados por virgulas. O apelido do autor sempre escreve-se

em letra maiúscula. Veremos mais adiante em mais detalhes, como iremos aplicar

cada caso.

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UCM-FEG Pág. 58

4.6 Tipos de Citações

Existe três tipos de citações

a. CITAÇÃO DIRECTA, LITERAIS OU TEXTUAIS

b. CITAÇÕES INDIRECTAS OU LIVRES

c. CITAÇÃO DE CITAÇÃO

4.6.1 Citação Directa, Literais ou Textuais

Respeitam-se todas as características formais: redacção; ortografia; e pontuação

original.

Parte do texto pode ser extraído, e, para tal, usam-se reticências entre colchetes,

devendo-se, ao final do trecho, indicar a fonte.

As citações com mais de três linhas devem ser destacadas com recuo de 4 cm da

margem esquerda, com letra do tamanho 10 que a do texto utilizado e sem as

aspas.

Exemplo: Nome inteiro do autor da obra e data aparecem no texto, ficando na

citação o sobrenome, data e página.

Citações de até três linhas devem estar contidas entre aspas duplas. As aspas

simples são utilizadas para indicar citação no interior da citação.

Manual de Metodologia de Pesquisa Licenciatura em Economia e Gestão

UCM-FEG Pág. 59

Exemplo:

4.6.2 Citações indirectas ou livre

São reproduções de ideias de outrem sem que haja transcrição das palavras

utilizadas. Apesar de livres, devem ser fiéis ao sentido do texto original, não

necessitando de aspas (MENDES, 2002, p. 16).

Nas citações indirectas, ou livres, as indicações de páginas são opcionais.

Exemplo:

4.6.3 Citação de Citação

“É aquela em que o autor do texto não tem acesso directo à obra citada, valendo-se

de citação constante em outra obra. Pode ser reproduzida literalmente, ou

interpretada, resumida ou traduzida” (MENDES, 2002, p. 20).

Usa-se a expressão latina “apud”, para dizer que um autor esta citando outro autor.

Exemplo: TORRES que cita MORAIS.

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UCM-FEG Pág. 60

4.7 Sistema de Chamada

As citações devem ser indicadas no texto por um sistema de chamada: numérico ou

autor-data.

Os standards da APA para citação da referência no texto aplica o método autor-

data, isto é, o apelido do autor e a data da publicação são inseridos no texto, em

lugar apropriado:

4.7.1 Sistema Autor-Data

“Neste sistema a indicação da fonte é feita pelo apelido de cada autor(es)

pessoal(ais) ou pelo nome de cada entidade responsável(eis) até o primeiro sinal de

pontuação, em letras maiúsculas, seguido de vírgula, da data de publicação e da(s)

páginas(s) de citação (ou outra forma de localização), no caso de citação directa,

separados por vírgula e entre parênteses, após a citação” (MENDES, 2002, p.29).

Frequentemente, precisa-se da autorização do proprietário do direito de autor para

uma citação directa. Se a permissão for dada, é necessário criar uma nota de rodapé

de agradecimento pela permissão. Note que esta nota de rodapé não substitui a

presença da nota de referências no final do trabalho, como será discutido na próxima

secção.

Exemplo:

Estas notas denotam agradecimentos à fonte de citação directa no texto

1 Fonte: On competition (p. 100), por M. Porter, 1999, Boston: Harvard Business School Publishing.

Direito do Autor 1999 por Harvard Business School Publishing. Reprodução com permissão.

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UCM-FEG Pág. 61

Agora, ambos os itens autor e data serão discutidos em detalhes. Nas subsecções

abaixo três diferentes tipos de fontes serão distinguidas: (1) Material Escrito, (2)

Comunicação Directa, e Informação da Internet (WWW - World Wide Web).

4.8 Citação de material escrito

Lembrando que no início dividimos as citações em três tipos. Todas elas devem

conter o elemento página, excepto para as citações indirectas que apresentam um

caracter opcional. Pois nas citações indirectas não fazemos a transcrição directa a

partir do documento original, é uma espécie de resumo por nossas palavras das

ideias de outrem. Deste modo ela pode ser feita a partir de uma ou várias páginas

do documento original.

Apesar do caracter opcional, é sempre aconselhável incluir sempre que possível. Por

isso nos exemplos que não encontrarem o número da página, já pode-se explicar o

porque?

4.8.1 Uma fonte com muitos autores

Uma fonte com um autor

Quando um trabalho tem um autor, cite sempre o sobrenome do autor (isto é,

dentro do mesmo parágrafo, e, nos subsequentes); nas citações subsequentes

dentro do mesmo parágrafo, o ano e a página são excluídos. Nos parágrafos

subsequentes a primeira citação inclui outra vez o ano e a página e novamente,

dentro do mesmo parágrafo, a citação exclui o ano e a página.

ROGERS (1994, p. 8) Descobriu… > Primeira citação no textoROGERS (1994, p. 8) Descobriu …> subsequentes citações por parágrafoROGERS Descobriu … > Omitir o ano a partir das subsequentes

citações depois da primeira, dentro do mesmoparágrafo

(ROGERS, 1994, p. 8) >No final do parágrafo.

Uma fonte com dois autores

Quando um trabalho tem dois autores, cite sempre ambos os sobrenomes (isto é,

dentro do mesmo parágrafo, e, nos subsequentes); A ordem de citação é a da

publicação da obra em causa. Nas citações subsequentes dentro do mesmo

parágrafo, o ano e a página são excluídas. Nos parágrafos subsequentes a primeira

citação inclui outra vez o ano e a página e novamente, dentro do mesmo parágrafo,

Manual de Metodologia de Pesquisa Licenciatura em Economia e Gestão

UCM-FEG Pág. 62

a citação exclui o ano e a página. Se a citação for feita no final do parágrafo, coloca-

se entre parênteses e os nomes são separados pelo símbolo &.

ROGERS e ZOE (1994) Descobriram… > Primeira citação no textoROGERS e ZOE (1994) Descobriram … > subsequentes citações por parágrafoROGERS e ZOE Descobriram … > Omitir o ano a partir das subsequentes

citações depois da primeira, dentro do mesmoparágrafo

(ROGERS & ZOE, 1994) >No final do parágrafo.

Uma fonte com mais de dois autores

Quando um trabalho tem três, quatro, cinco ou mais autores. Indica-se o sobrenome

do primeiro autor, seguido do termo latino et al, este deve ser seguido sempre de

ponto (no texto) e de ponto, seguido de uma vírgula antes do ano no final do

parágrafo.

Nos parágrafos seguintes, a primeira citação inclui apenas o apelido do primeiro

autor, seguido de et al , e, o respectivo ano e página; Em seguida no mesmo

parágrafo a citação inclui somente o apelido do primeiro autor, seguido de et al, sem

mencionar o ano e página.

ROGERS et al.(1994) Descobriram … > Primeira citação no textoROGERS et al. (1994) Descobriram … > Subsequentes citações por parágrafoROGERS et al. Descobriram … > Omitir o ano a partir das subsequentes

citações, depois da primeira, dentro domesmo parágrafo

(ROGERS et al., 1994) >No final do parágrafo.

Autor Entidade

Por vezes o nome de um grupo pode servir como autor (ex: empresas, associações,

governo). Este é chamado autor grupal.

Num estudo nas Telecomunicações (TDM, 2001, p. 54)…

Uma Fonte sem Autor

Quando um trabalho não tem autor, cite no texto as primeiras poucas palavras da

referida referência bibliográfica (geralmente, o título), e, o ano.

Num relatório antigo da CIA (O ficheiro Z, 1967, p. 32)…

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UCM-FEG Pág. 63

Autor AnónimoQuando o autor de um trabalho é designado como “Anónimo” cita-se a palavra

Anónimo. Veja que não se pode colocar anónimo no caso de não haver o nome do

autor, só se coloca anónimo se o autor do trabalho é designado por anónimo.

Num outro relatório da CIA (ANÓNIMO, 1969, p. 12)…

Uma fonte sem data

Quando um trabalho não tem data da publicação, cita-se, no texto o nome do autor,

seguido de uma virgule e s/d.

JANSSEN e SCHRODER (s/d) Descobriram … > Primeira citação no textoJANSSEN e SCHRODER (s/d) Descobriram … > Subsequentes citações porparágrafoJANSSEN e SCHRODER Descobriram … > Omitir o ano a partir das

subsequentes citações, depois daprimeira, dentro do mesmo parágrafo

(JANSSEN & SCHRODER, s/d.) >No final do parágrafo

4.8.2 Distinções de duas ou mais citações

Distinção de duas ou mais fontes do mesmo autor

Quando se citam duas fontes do mesmo autor com diferentes anos de publicação,

não existe problema em distingui-los:

BAATEN (1994) Descobriu…BAATEN (1999) Descobriu …

Quando se citam duas fontes do mesmo autor com o mesmo ano de publicação,

colocam-se letras minúsculas depois do ano de publicação, para as poder distinguir:

BAATEN (1994a) Descobriu …BAATEN (1994b) Descobriu …

Distinção de duas ou mais fontes do mesmo ou de dois ou mais autores, namesma ordem

Quando se citarem duas fontes de dois ou mais autores, na mesma ordem com

diferentes anos de publicação, não existem problemas em distingui-los:

BAATEN et al. (1994) Descobriu … Mais de dois autoresBAATEN et al., (1999) Descobriu …

Manual de Metodologia de Pesquisa Licenciatura em Economia e Gestão

UCM-FEG Pág. 64

BAATEN e JANSEN (1994) Descobriu … Dois autoresBAATEN e JANSEN (1999) Descobriu …

Quando se citarem três fontes de dois ou mais autores, na mesma ordem com o

mesmo ano de publicação, colocam-se letras minúsculas depois do ano da

publicação, para os poder distinguir:

BAATEN et al. (1994a) Descobriu …BAATEN et al. (1994b) Descobriu …BAATEN et al. (1994c) Descobriu …

Distinção entre duas ou mais fontes de diferentes autores

Quando se citarem duas fontes com autores diferentes e diferentes anos de

publicação, não se enfrentarão problemas para os distinguir; o mesmo se aplica para

diferentes autores com o mesmo ano de publicação:

BAATEN (1994, p. 7) Descobriu …KlAASSEN (1999, p. 32) Descobriu …

BAATEN (1994) Descobriu …KlAASSEN (1994) Descobriu …

Distinção entre duas ou mais fontes de diferentes grupos de autores

Quando se citarem duas fontes de diferentes grupos de autores com diferentes anos

de publicação, não haverá problemas em diferencia-los; o mesmo se aplica, para

diferentes grupos de autores com o mesmo ano de publicação:

BAATEN et al. (1994) Descobriu…JANSEN et al. (1999) Descobriu…

BAATEN et al. (1994) Descobriu…JANSEN et al. (1994) Descobriu…

No entanto, a casos em que o grupo de autores tem nomes em comuns, o que torna

impossível fazer a distinção usando o termo et al. Se não vejamos o seguinte

exemplo:

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UCM-FEG Pág. 65

Primeiro fizemos a seguinte citação a partir dos seguintes autores:

(BAATEN, et al., 1994) No final do parágrafoA partir da seguinte fonte:Baaten, Jansen e Bank, 1994

Imagine agora que temos que fazer a citação de uma outra fonte com os seguintes

autores (Baaten, Mendes e Noes) do mesmo ano que o exemplo anterior.

Se colocarmos (BAATEN, et al., 1994), não seria possível distinguílos, então

devemos colocar o sobrenome do segundo autor. Assim deve citar os apelidos dos

primeiros autores e dos subsequentes autores, até que haja algo, que distinga as

fontes:

(BAATEN, MENDES, et al., 1994) No final do parágrafoA partir da seguinte fonte:Baaten, Mendes e Noes, 1994

Quando citarem duas fontes de diferentes grupos de autores que, casualmente,

todos tenham o mesmo sobrenome, em casos com o mesmo ano da publicação,

então, não será possível diferencia-los. Logo, terão sempre de ser incluídas as

iniciais do primeiro autor, nas referidas citações.

R. BAATEN e NOES (1994) Descobriu…V. BAATEN e NOES (1994) Descobriu…

Mesmo nos casos onde os anos de publicação são diferentes não será possível

diferenciar as fontes de uma forma clara. Se não se incluírem as iniciais dos

primeiros autores, na referida citação de referência, então parecerá existirem duas

fontes do mesmo autor ,e, não de diferentes grupos de autores.

O mesmo aplica-se, se forem duas fontes de um autor com os sobrenomes iguais,

por exemplo

R. BAATEN (1994) Descobriu…V. BAATEN (1994) Descobriu…

Diversas fontes e diversos autores

No caso em que queremos citar diferentes fontes de informação com diferentes

autores, simultaneamente numa única citação. Estes devem ser separados por ponto

virgula.

Manual de Metodologia de Pesquisa Licenciatura em Economia e Gestão

UCM-FEG Pág. 66

(DORE, 1974; ELY E GEASON, 1997; HAGAN, 1991) No final do parágrafo

4.9 Citação de uma comunicação directa

A Comunicação directa pode ser por exemplo: uma palestra, uma entrevista, uma

conversa telefónica, e, um discurso numa conferência. Na referida citação da

referência, no texto, as iniciais assim como o sobrenome do comunicador têm de ser

mencionados e a data deve ser a mais exacta possível, ao invés de mencionar,

somente, o ano da comunicação. Acrescenta-se no final a sigla cp. , que designa

comunicação pessoal.

(Hacker, 18 de Abril de 1999, cp.) disse No final do parágrafo

Hacker (18 de Abril de 1999, cp.) disse … Citação no parágrafo

A Comunicação directa não precisa de nota de referência no final do trabalho, na

secção de referências. Esta só precisa, somente uma citação da referência no texto.

4.10 Citação de material da Internet (ou WWW - World Wide Web)

O vasto leque de material disponível na Internet, e, as diversas formas como estes

estão estruturados e apresentados, pode representar desafios, na criação da

referência. Independentemente, do formato, os autores que usarem e citarem fontes

da internet deverão observar as seguintes linhas gerais:

Deve-se sempre que possível, fazer referência a um documento

especifico, ao invés de endereços electrónicos.

Fornecer um endereço electrónico que funcione.

Os documentos disponíveis na Internet incluem artigos periódicos (ex: jornais,

revistas); estes podem estar sob a forma de documentos – podendo ser em formatos

de Word, Excel, PDF, etc. (ex: trabalho de pesquisa, relatório governamental, livro

online ou brochura), ou sob o formato típico da Internet – formato HTML (ex: página

da Internet).

A referencia de uma fonte da internet, deve no mínimo incluir o titulo ou descrição

do documento, a data (seja a data da publicação, da actualização ou a data de

Manual de Metodologia de Pesquisa Licenciatura em Economia e Gestão

UCM-FEG Pág. 67

acesso a referida fonte na Internet), e um endereço electrónico (em termos da

Internet, um Localizador Uniforme de Recursos URL – (Uniform Resource Locator).

Sempre que possível, identifique também os autores do documento.

A URL é um elemento critico, caso este não funcione, os leitores não serão capazes

de localizar o material citado e a credibilidade do seu trabalho ou o argumento ficará

abalado. A maior razão pela qual o URL falha normalmente é o facto destes serem

transcritos ou digitados incorrectamente; a segunda maior razão é o facto de os

documentos indicados terem sido removidos ou apagados pelo servidor do site.

Os componentes do URL são os seguintes:

Se está usando o programa de processamento informático Word, a forma mais fácil

de transcrever o URL correctamente é copiar directamente o endereço, na janela do

seu browser (como por exemplo o Internet Explorer), e colar no seu documento.

Teste o URL das suas referências, regularmente, quando fizer o primeiro rascunho

(draft) do seu trabalho ou quando tiver que o submeter para revisão. Caso o

documento citado tenha-se deslocado, actualize o URL, para que se aponte a

localização correcta. Caso o documento não esteja mais disponível, poderá substituí-

lo por outra fonte (ex: se tiver originalmente citado um documento que já exista

uma versão publicada) ou retire a fonte do seu trabalho.

Nesta secção iremos focalizar em como fazer uma citação de uma fonte da Internet

no texto. No capítulo cinco. iremos estender, em como fazer referência de fontes da

Internet. No respeitante à citação no texto, podemos distinguir dois tipos de

referencias: (1) referência de um endereço electrónico completo e (2) referência ao

download de um documento especifico extraído da Internet.

Manual de Metodologia de Pesquisa Licenciatura em Economia e Gestão

UCM-FEG Pág. 68

4.10.1 Um endereço completo da Internet

Um exemplo de citação de um site inteiro da Internet é a impressão com que se fica

se visitar a página da Internet por exemplo da companhia IBM.

Se quiser citar a referida fonte, a citação da referência no texto deve apenas conter

o endereço electrónico:

O endereço electrónico da IBM deverá ser melhorado em diversos aspectos do seudesign (http://www.ibm.com).

Quando citar um endereço completo da Internet não é necessário inserir arespectiva nota de referência, no final do trabalho, na secção das referências.Somente é necessário que se faça a citação da referência, no texto.

4.10.2 Um documento especifico tirado (download) da Internet

No caso de documentos extraídos da Internet (download), como são os casos de um

relatório anual do Banco de Moçambique, ou um documento publicado pelo Banco

Mundial, os dois componentes usuais têm de ser inseridos, no trabalho: uma citação

da referência no texto e uma nota nas referências no final do trabalho ,na secção de

referências. No entanto, devem ser aplicadas todas as regras para as fontes,

imprimidas como o descrito acima.

A única diferença será caso em que não haja informação acerca do ano da

publicação. Caso a data da publicação não esteja disponível, usa-se a data de acesso

ao referido documento na Internet depois da abreviação s/d.

Por exemplo, a citação de referência de IBM representa o autor grupal e o ano da

publicação não está disponível, portanto o ano apresentado na referencia é do

acesso. Lembrando que os dados mais específicos da data, como por exemplo dia e

mês, serão apresentados na referencia da citação.

(IBM, s/d, 2000)

Tal como na referência de material escrito, nas citação directas devem também ser

mencionadas a(s) página(s) do documento.

(IBM, 2006, p. 5)

Manual de Metodologia de Pesquisa Licenciatura em Economia e Gestão

UCM-FEG Pág. 69

Caso os documentos extraídos da Internet não tenham os números de páginas, use o

número do parágrafo, precedido do símbolo do parágrafo (¶).

(MYERS, 2000, ¶ 5)

Caso o nome do autor e/ou da organização não esteja disponível, deve primeiro

perguntar-se a si mesmo se acha que a informação que pretende usar tem

proveniência de uma fonte credível, caso decida que sim, então cite algumas

palavras do titulo encaminhando o leitor para a área correcta na secção de

referências, no final do trabalho:

("New Child," 2001, p. 32). No final do parágrafo

Manual de Metodologia de Pesquisa Licenciatura em Economia e Gestão

UCM-FEG Pág. 70

CAPÍTULO 5: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

5.1 Introdução

As referências, de acordo NBR 6023:2002, são “um conjunto padronizado de

elementos descritivos, retirados de um documento, que permite sua identificação

individual”. Entende-se por referências bibliográficas a relação de todas as fontes

bibliográficas utilizadas pelo autor no trabalho. Não devem ser referenciadas fontes

bibliográficas que não foram citadas no trabalho.

Contudo, primeiro há que se fazer uma distinção entre referência e a bibliografia,

pois estes termos são, regularmente confundidos. A bibliografia é mais extensa que

as referências. As referências contêm apenas os trabalhos citados no texto. Por outro

lado, a bibliografia, contem todos os trabalhos consultados, durante a pesquisa, e,

também aqueles que podem ser considerados importantes, para futuras leituras

sobre o tópico, mas não são citadas, no texto.

Como já foi mencionado anteriormente, se citarmos uma fonte de acordo com o

standard da APA, terá de se inserir duas componentes, no trabalho: Uma citação da

referência no texto e a respectiva referência na secção de referencias (excepto para

a comunicação directa ou o endereço de um site da Internet). Esta secção descreve

como se pode criar uma nota de referência bibliográfica, no final do documento.

5.2 Elementos de uma Referência

5.2.1 Definição

As referências são constituídas de elementos essenciais, podendo ser acrescidas

de elementos complementares. A apresentação dos elementos segue uma

sequência padronizada.

5.2.2 Elementos Essenciais

São aqueles indispensáveis à identificação do documento.

Manual de Metodologia de Pesquisa Licenciatura em Economia e Gestão

UCM-FEG Pág. 71

5.2.3 Elementos Complementares

Podem ser acrescentados visando a melhor caracterizar, localizar ou obter o

documento. É bom salientar que tais elementos podem se tornar essenciais,

dependendo do tipo de suporte físico da publicação.

Podem ser elementos complementares:

5.3 Categorias de diferentes tipos de fontes

Diferentes tipos de fontes podem ser identificadas. Primeiro, elas podem ser

categorizadas como periódicas (isto é, jornais, revistas, boletim informativo, jornais)

e não periódicos (isto é, livros, brochuras, e capítulos dos livros). Segundo, estas

fontes periódicas e não periódicas podem ser divididas entre fontes impressas e

fontes da Internet (download de documentos da Internet). A figura abaixo apresenta

os 12 tipos mais comuns das fontes em categorias .

Fontes Imprimidas Fontes da Internet

Periódicos Não-periódicos Periódicos Não-periódicos1. Revista oupesquisa

3. Livroscompletos,relatórios,brochuras,trabalhosacadémicos oucientíficos

7. jornaisinteiros,revistas

9. Livroscompletos,relatórios,brochuras,trabalhosacadémicos oucientíficos

2. Artigos dejornal, revista

4. Capítulos de umlivro, relatório,brochura,trabalhosacadémicos oucientíficos

8. Artigos dejornais,revistas

10. Capítulos deum livro,relatório,brochura,trabalhosacadémicos oucientíficos

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UCM-FEG Pág. 72

5. Livros inteiroseditados, relatório,brochura,trabalhosacadémicos oucientíficos

11. Livros inteiroseditados,relatório,brochura,trabalhosacadémicos oucientíficos

6. Capítulos delivros editados,relatório,brochura,trabalhosacadémicos oucientíficos

12. Capítulos delivros editados,relatório,brochura,trabalhosacadémicos oucientíficos

5.4 Autoria

A autoria de uma obra poder ser de pessoa física, pessoa jurídica, anónima,

colectânea, etc. Para cada situação existem variações que devem ser padronizadas.

5.4.1 Forma de parentesco

Os nomes que contêm forma de parentesco serão considerados como parte

integrante do sobrenome, tais como: Júnior, Sobrinho, Neto, Filho, etc.

Exemplo:

Manoel Gonçalves Ferreira FilhoEntrada: FERREIRA FILHO, M. G.

5.4.2 Autoria desconhecida

A entrada é feita pelo título, sendo a primeira palavra em letras maiúsculas. O termo

anónimo não deve ser usado em substituição ao nome do autor desconhecido. Só se

fizer se passar por Anónimo, neste caso o anónimo aparece em caixa alta.

Exemplo:

Obra com autor desconhecido

DIAGNÓSTICO do sector editorial brasileiro. São Paulo: Câmara Brasileira do

Livro, 1993. 64 p.

Obra com autor anónimo

ANÓNIMO. Diagnóstico do sector editorial brasileiro. São Paulo: Câmara

Brasileira do Livro, 1993. 64 p.

Manual de Metodologia de Pesquisa Licenciatura em Economia e Gestão

UCM-FEG Pág. 73

5.4.3 Obra com responsabilidade intelectual diferente de autor

(organizador, compilador, editor, coordenador, etc)

A entrada deve ser pelo nome do responsável, seguida da abreviação, no singular,

do tipo de participação (Org., Comp., Ed., Coord.) Organizador, Compositor, Editor,

Coordenador respectivamente.

Exemplo: Organizador

COHN, G. (Org.). Max Weber: sociologia. São Paulo: Ática, 2002.

Exemplo: Coordenador

TALAVERA, G. M. (Coord.). Relações de consumo no direito brasileiro. São

Paulo: Método, 2001.

Exemplo: Editor

SILVA, J. U. (Ed.). Cadastro das indústrias do Estado do Paraná: Paraná 2002.

Curitiba: EBGE : FIEP, [2002]. 677 p., il.

5.4.4 Tradutor, revisor, ilustrador, etc.

Podem ser acrescentados após o título conforme aparece no documento. O nome do

tradutor, revisor, etc aparece completo, como demostra o exemplo abaixo.

Exemplo:

BACH, R. Ilusões: as aventuras de um messias indeciso. Tradução de Luzia

Machado da Costa. 14. ed. Rio de Janeiro: Record, 1977. 156 p.

5.5 Autor Pessoal

A entrada é feita pelo último sobrenome do autor, em caixa-alta (letras maiúsculas),

seguido de vírgula (,) e do(s) prenome(s) e demais sobrenome(s) de forma

abreviada.

Quando houver mais de um autor, os nomes devem ser separados por ponto-e-

vírgula, seguido de espaço. No caso de dois autores a separação é feita por (&), para

mais de dois autores a separação entre o penúltimo autor e o último é feita por (&).

Obra com um autor

Modelo:

SOBRENOME, Prenome(s)

Manual de Metodologia de Pesquisa Licenciatura em Economia e Gestão

UCM-FEG Pág. 74

Exemplo:

Nome do autor: Ronald Henry Ballou

BALLOU, R. H. Logística empresarial. São Paulo: Atlas, 1993.

Obra com dois autores

Mencionam-se os autores na ordem em que aparecem na publicação, separados por

(&).

Modelo:

SOBRENOME1, Prenome(s) & SOBRENOME2, Prenome(s)

Exemplo:

Nome dos Autores: Ovídio Baptista da Silva e Fábio Gomes

SILVA, O. B. & GOMES, F. Teoria geral do processo civil. São Paulo: Revista dos

Tribunais, 2002. 351 p.

Obra com mais de dois autores

Indica-se apenas o primeiro, acrescentado-se a expressão et al. Em casos de existir

semelhanças do sobrenome e do(s) prenome(s) do primeiro autor com as outras

referencias no trabalho em obras com mais de três autores, a regra a seguir é da

citação em fontes com mais de dois autores. Lembrando que as citações devem ser

consistentes com a autorias das referencias.

Modelo:

SOBRENOME, Prenome(s) et al.

Exemplo:

Nome dos Autores: Hamilton Luiz Favero, Francisco Alencar, Lúcia Carpi

Ramalho e Marcus Venício Toledo Ribeiro

FAVERO, H. L. et al. Contabilidade: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 1997. v.2.

5.6 Autor Entidade

Se o autor for pessoa jurídica, a entrada é feita pelo nome, por extenso, da

instituição responsável intelectualmente pela obra, incluindo instituições públicas e

privadas. Quando uma instituição nacional ou internacional for conhecida por sua

Manual de Metodologia de Pesquisa Licenciatura em Economia e Gestão

UCM-FEG Pág. 75

sigla, esta pode ser usada como entrada. Em hipótese alguma é permitido o uso de

siglas provinciais e distritais bem como de universidades e bancos.

Instituições públicas com denominação genérica

Para órgãos governamentais da administração (ministérios, secretarias, etc) entrar

pelo nome geográfico em caixa alta (país, cidades ou distritos) considerando a

subordinação hierárquica, quando houver. Nesse caso estão incluídos os ministérios,

secretarias, departamentos, divisões, secções, etc.

Neste caso são separados por pontos.

Modelo:

Exemplo:

República de Moçambique. Ministério de Indústria de Moçambique. Regime de

Actividade Comercial. Maputo, 1971.

Província de Sofala. Direcção Provincial das Finanças. Regulamento de

Actividades dos Agentes Económicos. Beira, 1980.

Instituições públicas com denominação específica

Uma entidade colectiva, embora com vinculação a uma instituição maior, mas tendo

uma denominação específica que a identifique, tem a entrada directamente pelo seu

nome.

Modelo:

Exemplo:

UNIVERSIDADE Católica de Portugal. Biblioteca Central. Catálogo de teses da

Universidade Católica de Portugal. 2. ed. Vitória: Aracruz Celulose, 1990. 2v.

Se a denominação da instituição for ambígua ou houver duplicidade de nomes,

indica-se, após o seu nome, entre parênteses, o local da jurisdição.

Modelo:

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Exemplo:

BIBLIOTECA NACIONAL (Maputo). Relatório da directoria geral, 1984. Maputo,

1985. 40 p.

5.7. Título

O título (elemento essencial) e o subtítulo (elemento complementar, opcional)

devem ser descritos como aparecem no documento. Contudo o título deve ser escrito

em itálico e negrito e o subtítulo apenas em itálico, separado por dois-pontos do

título. Para ambos os casos a primeira letra deve ser em maiúscula e todos os nomes

próprios, no fim coloca-se ponto.

Exemplo:

PINHO, J. B. Propaganda institucional: Usos e funções da propaganda em

relações públicas. 3. ed. São Paulo: Summus, 1990.

5.7.1 Titulo longo

Em títulos e subtítulos longos, pode-se suprimir as últimas palavras, desde que não

seja alterado o sentido. A supressão deve ser indicada por reticências

Exemplo:

JACQUES, P. A Constituição explicada: As emendas constitucionais e os actos

institucionais básicos... 5. ed. rev. e aum. Rio de Janeiro: Forense, 1983.

5.7.2 Titulo em mais de uma língua

É de notar que as obras consultadas podem estar escritas em outras línguas, como é

o caso do inglês. Ao escrever a referencia não necessário que se faça a tradução do

título para o português. Portanto escreve-se na língua da obra consultada

Quando uma obra possui título em mais de uma língua, registra-se o primeiro.

Opcionalmente, registra-se o segundo ou o que estiver em destaque, separando-o do

primeiro pelo sinal de igualdade.

Exemplo:

Síntese da Economia Brasileira = Synthesis of the Brazilian Economy

Manual de Metodologia de Pesquisa Licenciatura em Economia e Gestão

UCM-FEG Pág. 77

5.7.3 Obra sem título

Na ausência de título, deve-se atribuir uma palavra ou frase que identifique o

conteúdo do documento, entre colchetes.

Exemplo:

Semana do Administrador, 21., 2001, (Maringá Pr) [O administrador no século

XXI]. Maringá: Universidade Estadual de Maringá, 2001. 880 p.

5.8 Edição

A edição deve ser transcrita, após o título, em numerais ordinais e da palavra edição

abreviada, ambas na forma adoptada na língua do documento.

Exemplo:

3. ed. (em português)

5th ou 2nd. ed (em inglês)

2e ed. (em francês)

2. Aufl. (em alemão)

2ª ed. (em italiano).

Versão 4.1 (para documentos eletrônicos)

5.9 Local

Indica-se a cidade da editoração da publicação, tal como figura no documento. Caso

houver mais de um local para uma só editora, indica-se o primeiro ou o mais

destacado.

Quando a cidade não é citada no documento, utiliza-se a expressão sine loco,

abreviada, entre colchetes [S.l.].

Ao terminar de escrever o local, coloca-se dois pontos para em seguida escrever a

editora.

5.10 Editora

O nome da editora deve ser indicado tal como figura no documento. Não omitir as

expressões: editor, livraria, tipografia, gráfico, companhia, filhos, limitada,

incorporada, etc. que designam a natureza jurídica. Após a escrita da editora coloca-

se uma virgula

Manual de Metodologia de Pesquisa Licenciatura em Economia e Gestão

UCM-FEG Pág. 78

Exemplos:

Livraria Saraiva

Livraria José Olympio

Lima e Pinheiro Machado

Editora Atlas

Duas ou mais editoras

Se houver duas ou mais editoras, indicam-se ambas, com seus respectivos locais

(cidades), separadas por ponto-e-vírgula; três ou mais, indica-se a primeira ou a que

estiver em destaque.

Exemplo:

Duas editoras de dois locais diferentes

Rio de Janeiro: Editora Interciência; São Paulo: Editora Papirus.

Editora de entidade

Quando uma obra tiver autor entidade, não se deve incluir o nome da editora quando

este for igual ao autor entidade.

Sem Editora

Quando a editora não puder ser identificada, indica-se a expressão sine nomine,

abreviada, entre colchetes [s.n.].

Sem local e sem editora

Indicam-se ambas expressões abreviadas entre colchetes [S.l.:s.n.].

5.11 Número de página

Pode-se registrar o número da última página, folha ou coluna de cada sequência,

respeitando-se a forma encontrada (letras, algarismos romanos e arábicos).

Exemplo:

p.12 Refere-se a uma página

10 p. Número de páginas do documento, neste caso o documento

tem 10 páginas

p. 90, 93, 98, 105 Páginas isoladas

Manual de Metodologia de Pesquisa Licenciatura em Economia e Gestão

UCM-FEG Pág. 79

pp. 345-380. Páginas usadas do documento para o trabalho

5.12 Data

A data da publicação deve ser indicada em algarismos arábicos. Por se tratar de

elemento essencial para a referência, sempre deve ser indicada uma data, seja da

publicação, da impressão, do copyright ou outra.

Quando ela é conhecida deve-se colocar normalmente sem colchetes.

Exemplo:

1997

Quando a data não consta na obra deve-se registrar a data aproximada entre

colchetes.

Exemplo:

[1968 ou 1969] um ano ou outro

[1995?] data provável

[entre 1959 e 1961] use intervalos menores de 20 anos

[ca. 1960] data aproximada

[197-] década certa

[198-?] década provável

[19--] século certo

[19-?] século provável

Uma vez visto os elementos das referencias por partes detalhadas, é chegada a hora

de fazer a referencia na prática a partir de diversas fontes, como por exemplo:

Livros, Relatórios, Teses, etc. Pois cada uma delas apresenta uma particularidade

diferente a ser notada, mas elas obedecem as directrizes gerais de cada elemento

estudado acima.

5.13 Livros, Relatórios etc. considerados no todo

No caso de ser um só autor o formato é:

Apelido do autor em MAIÚSCULAS, nome(s) abreviado(s) seguido pelo Título da obra

(em itálico e Negrito), subtítulo. Edição. Local de publicação (cidade): Editora,

Número do Volume, ano da publicação. Número de página da obra.

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UCM-FEG Pág. 80

Exemplo:

NGOENHA, S. O Estatuto Axiológico da Educação em Moçambique: O papel

paradigmático da Missão Suíça. Maputo: Imprensa Universitária da UEM , 2001.

115p.

No caso de serem mais de dois autores o formato é: Apelido do primeiro autor

seguido pela respectiva abreviatura do(s) pronome(s) e acrescenta-se et. al. O resto

é também semelhante aos casos anteriores e prevalece as regras estabelecidas

acima para cada elemento da referencia.

Exemplo:

PIRES, C. et al. Pit-building and food ressources of antlions

(Myrmeleontidae). Zoology 101 Rostock: Rostock University Press, Vol. I, 1998.

156p.

5.14 Capítulos de livros, Relatórios, etc.

No caso de o autor do capítulo ser diferente do autor responsável pelo livro, o

formato é:

AUTOR do capítulo começando pelo apelido seguido pelo título do capítulo (em

aspas); In: Apelido do responsável pelo livro seguido do nome. Título do livro.

Subtítulo do livro (se for o caso). Edição. Local de publicação (cidade): Editora. Ano

de publicação. Página inicial e final do capítulo.

Exemplo:

BUENDIA, M. “Democracia, Cidadania e Educação”. In: Mazula, B. (Ed.): Eleições,

Democracia e Desenvolvimento. 2.ed. Maputo: Livraria Universitária, 1995. pp.

343-374.

Para o caso em que o autor do capítulo é o mesmo autor do livro ou relatório, segue-

se o critério visto no livro, relatório visto como um todo. A única excepção é em

relação ao número de página que deve ser mencionado em relação a parte que foi

usada para trabalho.

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UCM-FEG Pág. 81

5.15 Trabalhos apresentados em eventos científicos

Trabalhos que são apresentados em eventos científicos tais como congressos,

simpósios, seminários, jornadas, etc. adquirem o seguinte formato:

Autor do trabalho iniciado pelo APELIDO e seguido pela abreviatura do nome. Título

do trabalho; In: Nome do evento científico (entre aspas); Local da publicação

(cidade): Editora. Ano da publicação. Página inicial e final do capítulo.

Exemplo:

PIRES, C. Ecoenergetic conditions and economic decisions in the pit

construction by the larvae of Euroleon nostras (Myrmeleontidae,

Neuroptera). In: “16th Ethological Meeting”. Universitaet Halle: University Press,

1999. pp. 22-26.

5.16 Dissertações e Teses

Trabalhos feitos no contexto de qualificação académica adquirem o seguinte formato:

Autor do trabalho iniciado pelo APELIDO e seguido pela abreviatura do nome. Título

do trabalho. (Grau ou categoria do trabalho). Nome da faculdade ou instituição.

Local de publicação (cidade): Editora. Ano da publicação. Número de páginas da

obra.

Exemplo:

BERNARDO, R. L. Efeitos microbicidas da mulala sobre a Higiene bucal (Euclea

natalensis). (Tese de licenciatura em Biologia). Faculdade de Ciências Naturais e

Matemática. Maputo: Universidade Pedagógica, 1993. 67p.

5.17 Publicações periódicas, jornais ou revistas.

Para o caso de jornais ou revistas considera-se o seguinte formato:

EDITOR da revista ou jornal. NOME da revista ou jornal em maiúsculas. Título do

Artigo ou da notícia. Número do volume. Local de publicação (cidade): Ano de

publicação. Periodicidade. Número(s) da(s) página(s).

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UCM-FEG Pág. 82

Os procedimentos em relação em como escrever os nomes do(s)

editor(es), são os mesmos vistos na secção autor pessoal, sem descartar

a hipótese do editor ser autor entidade, como é o caso de revistas

especializadas. A única diferença para o caso de jornais e revistas é o

facto de acrescenta-se o no fim do último nome, entre parêntese (Ed.)

para um editor ou (Eds.) para mais de um editor.

Para algumas revistas é necessário acrescentar a especialidade ou o tipo

de assunto da revista, após o nome.

O título segue os mesmos formatos, vistos na secção dos títulos

O número de volume pode ser geralmente encontrado na primeira página

do jornal ou da revista, este deve ser colocado na referencia por exemplo:

Vol. II ou Vol. 637426.

Em relação ao ano de publicação, ela deve ser o mais preciso possível.

Para o caso de jornais diários deve-se colocar por exemplo (02 de Março

de 2007), para casos de revistas mensais (Janeiro de 2007).

Após a o ano de publicação devemos colocar a periodicidade do jornal ou

revista, que podem ser: Diário, Semanal, Mensal, Trimestral, etc.

E finalmente o número de página(s) do artigo ou informação, seguindo os

procedimentos vistos na secção de páginas.

Exemplo:

Ricardo, A. (Ed.). DIÁRIO DE MOÇAMBIQUE. Rússia perdoa dívida

moçambicana. Vol. 637426. Beira: 23 de Dezembro de 2006. Diário. p.5

No caso em que o autor do artigo ou da informação no jornal ou revistas vier

mencionado, deve-se substituir o elemento Editor no formato acima mencionado pelo

nome do(s) autor(es).

5.18 Referências legislativas

Refere-se geralmente a leis, decretos, portarias etc. que têm um carácter legislativo

e regulador. Nestes casos o formato é:

NOME do País. Título (especificando a legislação). Tipo de edição: número. data

(dia, mês e ano).

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Exemplo:

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE. Decreto-Lei que regula as actividades do Ensino

Superior em Moçambique. Boletim da República: 15/2001. de 30 de Agosto de

2001.

5.19 Publicações ou Documentos retirados da Internet

Os procedimentos a seguir nas referencias dos documentos ou publicações retiradas

da internet, não diferem muito daquilo que já foi visto anteriormente em relação as

fontes imprimidas. Apenas acrescenta-se a componente do endereço electrónico, o

que permite a sua localização. Adiciona-se também, informação referente a data do

acesso na Internet.

Podemos distinguir de uma forma geral as seguintes formas de acesso a informação

através da internet.

Texto obtido ou consultado na Web

Texto obtido via correio electrónico

5.19.1 Texto obtido ou consultado na Web

Dependendo do caso, podemos enquadrar o documento que pode ser, uma tese, um

relatório, um livro, etc, obtido através de uma página da internet, as regras definidas

neste manual. Apenas acrescenta-se no fim (geralmente após o número de páginas)

o endereço electrónico completo e a data do acesso.

Endereço Electrónico

O endereço electrónico deve estar sublinhado entre os sinais <>, precedido da

expressão Disponível em:

Para saber qual o endereço a colocar, é bastante copiar apenas o endereço que

geralmente vem no topo da barra de ferramentas de qualquer browser. Ha que ter

cuidado ao copiar o endereço, pois deve certificar primeiro, se é referente ao

documento a ser referenciado.

Por exemplo

Um documento retirado desta página: http://www.all.net/RSIevil.html

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UCM-FEG Pág. 84

Deste modo poderemos colocar da seguinte forma:

Disponível em: <http://www.all.net/RSIevil.html>

Acesso

Após o endereço deve-se colocar a data em que teve acesso ao documento do

endereço referenciado. Esta data deve ser precedida da expressão Acesso em: e

colocada entre parênteses rectos

Exemplo:

[Acesso em: 20/02/2007]

Suponha que a referencia abaixo mencionada, foi obtida através desta página

http://www.all.net/RSIevil.html, no dia 01/02/2006.

PIRES, C. et al. Pit-building and food ressources of antlions

(Myrmeleontidae). Zoology 101 Rostock: Rostock University Press, Vol. I, 1998.

Acrescentando a componente, endereço electrónico e o acesso, teremos a seguinte

referencia:

PIRES, C. et al. Pit-building and food ressources of antlions

(Myrmeleontidae). Zoology 101 Rostock: Rostock University Press, Vol. I, 1998.

Disponível em: <http://www.all.net/RSIevil.html> [Acesso em: 01/02/2006]

5.19.2 Texto obtido via correio electrónico

Neste caso o documento foi obtido, não através de uma página da Internet, mas sim

através de um Email. Isto acontece quando recebemos os documentos através do

autor ou de uma organização, sendo neste caso inacessível através de uma página

da internet.

Para tal, colocamos no final da referencia colocamos, Disponível via correio

electrónico: seguido do respectivo Email sublinhado. A outra componente é a data

que recebeu o documento, esta deve ser precedida da expressão Acesso em: e

colocada entre parênteses rectos.

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Por Exemplo:

A mesma referencia acima citada, mas desta vez foi obtida através do correio

electrónico com o seguinte endereço: [email protected] e recebido em 02/05/06.

PIRES, C. et al. Pit-building and food ressources of antlions

(Myrmeleontidae). Zoology 101 Rostock: Rostock University Press, Vol. I, 1998.

Disponível via correio electrónico: [email protected] [Acesso em: 02/05/2006]

Nota: Quando o documento ou texto retirados da internet (obtidos na web e correio

electrónico), não tiver mencionado a data da sua publicação, usa-se a data em que

foi acessada. Geralmente escreve-se o mês e o ano entre colchetes.

5.20 Apresentação das Referências

5.20.1 Localização

A referência pode aparecer:

- No rodapé;

- No fim de texto ou de capítulo;

- Em lista de referências;

- Antecedendo resumos, resenhas e recensões.

Entretanto, neste manual, as referencias estarão localizadas na página referente as

referencias.

5.20.2 Ordenação

As referências podem ter uma ordenação alfabética, cronológica e sistemática (por

assunto). Entretanto, neste manual, sugerimos a adopção da ordenação alfabética

ascendente.

5.20.3 Autor Repetido

Quando se referencia várias obras do mesmo autor, substitui-se o nome do autor das

referências subsequentes por um traço equivalente a seis espaços.

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Exemplo:

FREIRE, P. Extensão ou comunicação? Rio de Janeiro: Paz e Terra. 1975

______. Pedagogia do oprimido. São Paulo: Paz e Terra, 1983.

______. Pedagogia da autonomia: saberes necessários a pratica educativa. São

Paulo: Paz e Terra, 1998.

5.20.4 Espaçamento

As referências devem ser digitadas, usando espaço simples entre as linhas e espaço

simples para separa-las.

5.20.5 Formatação

Este deve estar formatado, por forma que somente a primeira linha comece no limite

esquerdo da pagina, devendo as restantes alíneas (da segunda em diante), iniciar

1cm para dentro do limite da margem esquerda8:

Por exemplo:

PIRES, C. et al. Pit-building and food ressources of antlions(Myrmeleontidae). Zoology 101 Rostock: Rostock University Press, Vol. I,1998. Disponível via correio electrónico: [email protected] [Acesso em:02/05/2006]

5.20.6 Margem

As referências são alinhadas somente à margem esquerda.

5.20.7 Pontuação

Ponto: usa-se ponto após o nome do autor/autores, do título, da edição e no final

da referência.

Dois pontos: os dois pontos são usados antes do subtítulo, antes da editora e

depois do termo In.

Virgula: é usada após o sobrenome dos autores, após editora, entre o volume e o

número de página(s)

8 Para utilizar esta opção basta aceder ao menu de ferramentas do word, seleccionar Format, em seguidaParagraph. Na janela que aparece seleccionar no grupo de Indentation a opção Special, na qual deveescolher Hanging e definir para 1cm.

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UCM-FEG Pág. 87

Ponto e virgula: é usado para separar dois ou três autores, antecedido e precedido

de espaço.

Hífen: é usado entre páginas( ex.: 145-49) e entre datas de fascículos sequenciais

(ex.: 2000-2001)

Barra transversal: é usada entre números e datas de fascículos não sequenciais

(ex.: 5/6, 1986/1987).

Colchetes: usado para indicar os elementos de referência que não aparecem na

obra referenciada, como a data de publicação (ex.: [2002]), bem como para colocar

a data de acesso a documentos retirados na internet.

Parênteses: usado para indicar a série, grau académico (teses, monografias, etc) e

para responsabilidade intelectual (Org, Ed, Coord.).

Reticências: usadas para indicar supressão de títulos longos e eventos. (Ex.: Anais

...).

5.21 Notas de Rodapé

As notas de rodapé são usadas de duas formas: Notas de rodapé de conteúdo e

notas de rodapé de permissão.

Notas de rodapé de conteúdo

Este tipo de notas de rodapé suplementa ou sustenta a informação do texto. Estes

não devem incluir informação complicada, irrelevante ou não essencial. As Notas de

rodapé de conteúdo deveram suportar apenas uma ideia. Sendo estas distratavas

para os leitores, este tipo de notas de rodapé só deverão ser usadas se forem

fortificar a discussão no texto. Em, muitos casos, no entanto, a informação

importante deve ser integrada no texto. Por Exemplo:

No texto:

O objectivo deste trabalho é de construção de um modelo de negócios1 para a

Microsoft.

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UCM-FEG Pág. 88

Nota de Rodapé:

1 Neste trabalho, um modelo de negócio significa a abordagem para a condução de um negócio de acordo

com Napati (2000): “A classificação dos arranjos em processos negociais, estrutura, e a alocação dos

recursos, quer a nível organizacional ou a nível de toda a cadeia vertical das actividades, onde múltiplas

partes cooperam”.

Notas de rodapé de permissão do direito do autor

Estas notas denotam agradecimentos à fonte de citação directa no texto. Exemplo de

nota de rodapé de permissão:

1 Fonte: On competition (p. 100), por M. Porter, 1999, Boston: Harvard Business School Publishing.

Direito do Autor 1999 por Harvard Business School Publishing. Reprodução com permissão.

Embora a informação sobre a fonte seja mostrada na nota de rodapé, deve ser feita

a citação da referência completa, no texto e na respectiva secção de referências.

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UCM-FEG Pág. 89

BIBLIOGRAFIA

CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A. Metodologia Cientifica 3.ed. São Paulo: Mc Graw-Hill, 1983.

FACHIN, O. Fundamentos de metodologia. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2001.GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projectos de pesquisa. 4. ed. São Paulo:

Atlas, 2002.LAKATOS, et al. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Atlas, 1995.

RUDIO, F. V.. Introdução ao projecto de pesquisa científica. 30. ed. Petrópolis:Vozes, 2002.

SEVERINO, A. J.. Metodologia do Trabalho Científico. 20.ed. São Paulo: Cortezeditora, 1997.

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE. Guide to Academic Writing.Beira: UCM, 2006.