manual de inspeção e manutenção de correias transportadoras e seus perifericos

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  • 7/25/2019 Manual de Inspeo e Manuteno de Correias Transportadoras e Seus Perifericos

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    MANUAL DE INSPEO E MANUTENO DE

    CORREIASTRANSPORTADORAS

    E SEUS PERIFRICOS

    Vitria2011

    GAVISoluo em Transporte e Transferncia de Materiais

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    COLABORADORES

    Afonso Celso Andersen de Moura (Rasper)Augustin Erbschwendner (Gustavo PUR)Edmauro Cosme dos SantosFelipe RibeiroJoo Carlos Gonalves BerigoJos de Paula GaviJos Martins Guedes JuniorJosemar PeregrinoMrcio Gasto de MagalhesMarcos Fortes Moises (Chapolin)Paulo Godoy

    Paulo TovarRodrigo VasconcelosRubens Jos de Mattos

    Vanderlei Joo Brunialti (Martin)Wilson e Roberto Molina (Lavrita)

    REVISO TCNICA

    CAPTULO 02- Paulo GodoyCAPTULO 06- Augustin ErbschwendnerCAPTULO 08- Mrcio Gasto de MagalhesCAPTULO 15- Rodrigo Vasconcelos

    CONTEXTUALIZAO E REVISO

    Juara Tourio de Moraes

    EDITORAO

    Bios

    IMPRESSO

    GSA Grfica e Editora

    TIRAGEM

    1.000 exemplares

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    Dedicatria

    Dedico este trabalho minha famlia, Maria Bernadete,

    Leandro e Evandro Gavi, aos cinco dedos da mo que me

    mantiveram no caminho: Antonio Incio, Emerson Gonalves

    da Rocha, Felipe Ribeiro, Paulo Godoy, Paulo Tovar, e aos

    meus companheiros que me ajudaram a conclu-lo.

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    Agradecimento

    Ao amigo Josemar Peregrino, pela cuidadosa elaborao dos

    desenhos que ilustram este trabalho.

    Sra Juara Tourio de Moraes, pelo excelente trabalho de

    reviso e contextualizao do referido documento.

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    SumrioCAPTULO 01

    Sistema de Chutes de Transfernciadas Correias Transportadoras ...............................................................9

    CAPTULO 02

    Trajetrias dos materiais .........................................................................................................................57

    CAPTULO 03

    Montagem de chave-sonda nas transferncias .........................................................................................65

    CAPTULO 04

    Guias laterais ..........................................................................................................................................75

    CAPTULO 05

    Sistema de limpeza da correia .................................................................................................................93

    CAPTULO 06

    Desenvolvimento do poliuretano (Informaes da Petropasy e da PUR)..............................................................131

    CAPTULO 07

    Material fugitivo ....................................................................................................................................153

    CAPTULO 08

    Chapas de revestimento ........................................................................................................................159

    CAPTULO 09

    Abreviaturas e densidades de alguns materiais que passam pelas transferncias dos equipamentos .........173

    CAPTULO 10

    Roletes .................................................................................................................................................177

    CAPTULO 11

    Esticamento .........................................................................................................................................229

    CAPTULO 12

    Desalinhamento da correia ....................................................................................................................239

    CAPTULO 13

    Ensaios e normas aplicadas ...................................................................................................................247

    Condies e Normas para ensaios laboratoriais em amostras de correias transportadoras,

    lenis de borracha e outros artefatos de borracha

    CAPTULO 14

    Manuteno corretiva ............................................................................................................................255

    CAPTULO 15

    Histrico do transportador .....................................................................................................................269

    Referncias ..........................................................................................................................................278

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    GAVISoluo em Transporte e Transferncia de Materiais

    CAPTULO 01

    Sistema de Chutes de Transfernciadas Correias Transportadoras

    Casas de transferncia

    No estudo preliminar de um sistema de manuseio de material envolvendo transportadores de correia, o nmero de

    pontos de transferncias entre os transportadores deve ser minimizado, para reduzir a degradao de p e o custo

    do processo. A plataforma de operao deve manter sempre uma folga vertical mnima de um (01) metro abaixo da

    parte inferior do tambor de descarga, para dar espao instalao e manuteno do sistema de limpeza da correia

    (raspadores). O cavalete de apoio do tambor deve ser posicionado de maneira que facilite a manuteno do chute(desenho Fls. 9 e 10).

    H casos de chutes com projetos antigos que tm um espao mnimo para montagem e manuteno dos raspado-

    res. Nestes casos, modificam-se os chutes, quando possvel, para se adaptarem os raspadores, principalmente os

    secundrios.

    Elevao lateral de uma transferncia tpica a 90

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    Elevao frontal de uma transferncia tpica a 90

    Elevao lateral de uma transferncia tpica alinhada

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    Impacto no Ponto de CarregamentoO contato do material com a superfcie da correia sempre gera algum impacto porque, no plano vertical, a direo

    do fluxo de material sendo carregado nunca exatamente a direo do movimento da correia. Grandes impactos

    tendem a danificar a cobertura da correia e enfraquecer sua carcaa. Materiais muito finos, mesmo sendo pesados,

    no causam impacto significativo, podendo gerar deflexo da correia entre os roletes, a menos que o espaamento

    entre os mesmos seja bem reduzido sob o ponto de carregamento. Tais deflexes podem provocar vazamento sob

    as guias laterais ocasionando, neste ponto, grandes derramamentos de material pelas extremidades da correia.

    Materiais de granulometria irregular, sobretudo aqueles com partculas mais pesadas, causam considervel impacto

    na correia. Quando pontiagudos, podem at cortar sua cobertura e esmagar a carcaa, enfraquecendo-a.

    Para se absorver grande parte do impacto, devem-se utilizar os roletes de impacto, de forma a proteger a correia.

    Eles devem ser colocados sob o ponto de carregamento da mesma, de tal forma que grande parte do material de

    maior granulometria caia preferencialmente entre roletes e, no, sobre eles. Em alguns casos especficos, deve-se

    utilizar mesa de impacto.

    Com o objetivo de determinar o ponto de impacto no local de carregamento da correia, deve-se estabelecer a tra-

    jetria do material a partir do tambor de descarga. O material deixar o tambor no ponto onde a fora centrfuga se

    iguala fora da gravidade. A trajetria de descarga normalmente definida pelo mtodo grfico encontrado napublicao da CEMA (veja trajetria de descarga, no captulo 02).

    Se houver flecha acentuada na correia, o material poder deixar o tambor de descarga antes de atingir o ponto onde

    a fora centrfuga se iguala fora da gravidade, efeito causado pelo fluxo de material sobre o tambor muito elevado

    - efeito rampa - e ocorrer para altas velocidades da correia, resultando numa trajetria diferente da normal.

    O impacto do material transportado na correia pode ser calculado por uma equao de impulso linear (anloga ao

    fluxo de lquidos).

    ( F . dt ) = d (m . v)

    Considerando-se o ponto de carregamento da correia como um sistema mecnico elstico, a energia de impacto do

    fluxo deve ser, ento, absorvida por um sistema de mola onde c a constante da mola (veja Figura A).

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    A reao da correia fora dinmica de impacto depender da localizao do ponto de impacto, que poder ser

    definido entre dois roletes, ou sobre um, conforme Figura B.

    A constante da mola do ponto de carregamento ser determinada pelas constantes da mola dos seus componentes.

    C X

    H

    W

    N

    Belt

    CIDLER

    Fig. A Energia de impacto absorvida por um sistema demola onde c a constante.

    Fig. B Reao da correia em funo da fora de impactodinmico, considerando-se vrios pontos de impacto.

    1 1 1= +

    C C correia C rolete de impacto

    A magnitude da constante C da correia de aproximadamente 107 Kgf/cm para 600 mm de espaamento entre

    roletes, enquanto a constante C do rolete de impacto de aproximadamente 1070 Kgf/cm.

    A Figura C mostra a fora de impacto dinmico como uma funo da energia de impacto para condies ge-

    neralizadas.

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    P e m Ibs

    5000

    4000

    3000

    2000

    1000

    0 100 200 300 400 500

    Correia 36espaam. rolete

    Correia 24espaam. rolete

    RoleteAo

    RoleteImpacto

    Fig. C Grfico - Fora de impacto dinmico X Energia de impacto.

    Obs.:A grande maioria dos roletes de impacto fica travada por estar em local de difcil manuteno e limpeza, o que

    prejudica muito as correias.

    Chutes de carga e descarga (calhas)

    Os materiais carregados por um transportador de correia podem ser descarregados de diferentes formas, para se

    atingirem os resultados desejados.

    Na maioria das instalaes de transportadores, a correia com a seo transversal cncava passa por uma seo de

    transio, para entrar em um tambor plano. O tempo requerido nesta transio deve ser curto, para prevenir que o

    material originalmente contido na seo cncava, ao passar para a seo plana no seja derramado pelas bordas

    da correia. Especialmente com materiais de maior fluidez, tais como pelotas de minrio de ferro (em alguns casospode-se adaptar guia de material, para evitar que o material caia fora do chute), a velocidade da correia deve ser de

    pelo menos 2,5 m/seg., para minimizar derramamento nas laterais do tambor de descarga.

    O xito de um sistema de transporte por correia depende fundamentalmente do ponto de carregamento do material.

    Se o material for carregado no centro da correia, na mesma velocidade com que chega correia receptora,

    no mesmo sentido desta e sem impacto, ento, aproximadamente 90% de todos os problemas dos transpor-

    tadores, tais como desalinhamentos, desgastes das correias e/ou dos rolos, vazamento do material, dentre

    outros, deixariam de ocorrer.

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    O carregamento correto da correia inicialmente determinado pela engenharia. no projeto do ponto de trans-

    ferncia, que se deve dar especial ateno aos chutes de carregamento e guias de material. Estes devem ser

    adequados, de forma a permitir que o material caia no centro da correia receptora, sem causar desquadramento e

    desalinhamento, queda do mesmo pelas bordas dos chutes e vazamentos pelas guias de material e que, alm disso,possibilite espao suficiente para montagem dos raspadores e melhor eficincia de limpeza. Da a necessidade de

    se colocarem raspadores primrios e secundrios, dependendo da eficincia que se quer atingir. Portanto, a parte

    mais importante de um ponto de transferncia o chute.

    A funo do chute normalmente a de transferir o material de forma a minimizar a degradao e permitir que o ma-

    terial flua suavemente, sem acmulo, ou entupimento. As calhas de transportes so usadas para direcionar o fluxo

    de slidos a granel, por exemplo, de uma correia transportadora para outra. Nem sempre, porm, todos os chutes

    de transferncia conseguem funcionar a contento. As eventuais falhas podem ser, ou tornarem-se dispendiosas,

    especialmente nos casos em que se manuseiam muitas toneladas de material, tal como ocorre nas operaes deminerao, transporte por correias, carregamento e descarga de vages e navios.

    As folgas mnimas para os vrios materiais passarem atravs dos chutes so objeto de anlise de cada situao

    especfica. Deve-se, entretanto, levar em considerao as dimenses mnimas de acesso interno, necessrias

    manuteno do tipo: troca de revestimentos, de raspadores, etc.

    usual a utilizao de chapas de ao carbono 5/16 (ao estrutural ASTM A36) para confeco dos chutes. No se

    deve destinar muita rea para acmulo de material (morto) nestes chutes, o que s serve para pesar e atrapalhar a

    limpeza dos mesmos na troca do carregamento para outro tipo de material, dentre os vrios que so transportados

    pelo sistema.

    O FORNECEDOR dever prover todos os chutes de descarga com todos os suportes metlicos requeridos.

    Os chutes devem ser rgidos, fabricados com chapa de ao carbono ASTM A36, em sees que permitam sua

    fcil instalao e remoo, ligados por solda de, no mnimo, 8 mm de espessura e reforados com nervuras.

    As referidas sees devem ser parafusadas na montagem com parafusos de, no mnimo, 16 mm de dimetro,

    em conexes flangeadas, vedadas, sem empenos e soldadas de forma contnua, formando juntas estanques

    poeira.

    Os chutes devero ter ampla rea de seo transversal e inclinaes suficientes para impedir o acmulo de

    material nos ngulos que se formam entre as faces, e nos lados inclinados. Tanto os referidos ngulos quanto

    as inclinaes das faces laterais dos chutes no devero ser inferiores a 55%.

    No ser permitida a utilizao de caixa de pedra com base superior a 200 mm, ou qualquer outro dispositivo

    que implique reteno de material no chute, causando entupimento.

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    GAVISoluo em Transporte e Transferncia de Materiais

    Alguns dos problemas associados aos projetos de chutes de transferncia so obstruo, desgaste das superfcies,

    gerao de poeira acima dos limites aceitveis, desgaste excessivo da correia e atrito das partculas dos materiais.

    A obstruo , sem sombra de dvidas, o mais severo desses problemas. O desgaste nas superfcies das calhas de

    transporte frequentemente tratado atravs da montagem de bancadas internas nas rampas frontais dos chutes,

    onde se descarrega o tambor caixas de pedra com, no mximo, 200 mm de largura. Quando o desgaste maior se

    der pelo impacto e no houver problemas de entupimento, revestir as calhas com chapas banquetadas de reves-

    timento duro, ou colmia; quando o desgaste maior ocorrer por abraso, utilizar chapas de cermica vulcanizada,

    com revestimento duro, sem banquetas, tungstnio, etc. O empoeiramento minimizado pelo borrifamento e/

    ou pulverizao de gua, ou outros humidificantes. O desgaste da correia minimizado atravs da montagem de

    rampas para direcionamento do material, que descarregado na correia com o mnimo de impacto, no mesmo

    sentido e direo da correia receptora. Na verdade, todos estes problemas podem ser normalmente eliminados, ou

    minimizados, pelo uso criterioso de certos princpios de projeto dos chutes de transferncia.

    As chapas de revestimento devem permanecer em constante contato com o fluxo de material. Recomenda-seque a unio destas chapas fique entre as fileiras do revestimento, para que a folga entre elas (de, no mximo,

    5 mm) no fique em linha e cause provveis pontos de desgaste nas paredes dos chutes. As chapas devem ser

    resistentes a impacto e abraso e ter vida til de, no mnimo, 4.000 horas. Devem, ainda, ter o formato padro

    da unidade cujos desenhos devero ser fornecidos em anexo, formato este que no deve ser muito variado,

    para se diminuir o estoque de peas no almoxarifado. Assim, o revestimento dos chutes deve ser de alta dureza,

    resistente a desgaste e abraso, com parafusos soldados na parte traseira das mesmas.

    Os chutes devero ter 02 (duas) janelas articuladas para inspeo (visita), com dimenso de 0,40m x 0,40 m,

    posicionadas a 1.5 m do piso, nas laterais do chute e fora da trajetria do fluxo de material, possibilitando uma

    viso completa das condies operacionais de transferncia, para inspeo e manuteno dos raspadores e

    chapas de revestimento. Estas janelas devero ter trinco articulado e sero providas de chapas defletoras, para

    protegerem a sua vedao. Nos chutes com altura superior a 04 (quatros) metros, 01 (uma) janela a mais a cada

    03 (trs) metros facilitar a inspeo e manuteno.

    As paredes inclinadas dos chutes de descarga, em contato com material fino e mido, onde se faz necessrio

    um deslizamento sem aderncia, devero ser revestidas com sees removveis de material antiaderente apro-

    vado.

    Os chutes devero ser equipados com chaves-sonda. Elas devem ser fixadas em locais que permitam a in-

    terrupo do fluxo do material, no caso de bloqueio da correia posterior, ou acmulo excessivo de material

    no interior dos referidos chutes (entupimento). As chaves-sonda devem ser posicionadas fora da trajetria do

    material, pouco abaixo da linha de centro do tambor de descarga, numa das paredes laterais, acima da metade

    do chute, com ngulo ascendente para fora do referido chute, onde iro atuar com o peso do material, mais a

    fora da gravidade, fazendo presso sobre o diafragma da sonda.

    Conforme mencionado, teoricamente o chute perfeito deve dar ao material a mesma velocidade e o mesmo sentido

    da correia no ponto de contato do material com a correia de recebimento. Isto dificilmente se consegue na prtica,

    embora deva ser uma meta do projeto. Utilizam-se, muitas vezes, placas defletoras para pontos de transferncia. A

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    placa defletora ajuda a direcionar o fluxo de material, centralizando-o na correia de recebimento e evitando entupi-

    mentos. Haver problemas quando vrios tipos de materiais estiverem passando pelo sistema, devido mudana

    de trajetria destes materiais. Para corrigir possveis desalinhamentos na correia posterior, o defletor dever ser

    ajustado atravs de acionamento automtico. Uma calha deve ser suficientemente ngreme e plana para permitir

    o deslizamento e limpeza da maioria dos materiais em atrito com a mesma. Isto particularmente importante nos

    pontos de impacto, onde ocorre uma queda livre, ou onde a calha muda a direo do material. Entretanto, as calhas

    de transporte no devem ser mais ngremes do que o necessrio para limpeza, para no minimizarem a velocidade

    dos materiais, provocando desgaste desnecessrio do equipamento.

    O ngulo de inclinao do chute determinado pela natureza do material, bem como pela sua velocidade de entrada

    e pelo comprimento e convergncia do chute. Para se obter o melhor fluxo do material dentro do chute, consider-

    veis ajustes foram feitos no campo, em carter experimental.

    A tabela abaixo fornece os ngulos dos chutes comumente encontrados para alguns tipos de materiais.

    ngulo da rampa (graus)

    Horizontal

    Material ngulo Normal acima da Horizontal (Graus)Material Filtrado (Filter Cake) 65 a 70

    Material pegajoso, argila e finos 55 a 65

    Carvo mineral, Pellets 45 a 55

    Areia 35 a 40

    Pedra britada primria 35 a 40

    Pedregulho/cascalho 30 a 35

    Pedra peneirada 30 a 35

    Sementes 35 a 40

    Gros 27 a 35

    Polpa de toras de madeira 15

    O chute pode ser usado tanto como mecanismo de transferncia do material, quanto de controle do fluxo, ou ve-

    locidade de descarga. A inclinao das paredes do chute deve respeitar sempre os ngulos de escorregamento

    nas calhas e nas arestas, para no haver acmulo, ou entupimento das mesmas, utilizando-se sempre os ngulos

    recomendados para o material manuseado. Como h vrios tipos de materiais passando no mesmo chute, devemos

    posicion-lo de maneira que atenda com eficincia todos os tipos de materiais. Uma vez na calha, sua direo deve

    ser controlada a todo o momento, independentemente do tipo de material que est sendo manipulado. Alm disso,

    esse controle deve ser efetuado o mais rpida e eficazmente possvel aps o impacto, atravs de uma superfcie in-

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    GAVISoluo em Transporte e Transferncia de Materiais

    clinada que direcione o material para um nico caminho, ou ponto. No importa o local, ou direo inicial do impacto

    com a calha, o material deve ser transferido para a correia inferior, no mesmo sentido e direo da descarga.

    Geralmente, as calhas de transporte so compostas de superfcies inclinadas, ou placas planas, dispostas em formade pirmide. A maioria das calhas de transporte utilizadas hoje tm suas sees transversais retangulares ou qua-

    dradas, por muitos e vlidos motivos, quais sejam:

    Sees retangulares, ou quadradas, so feitas de placas planas, fceis de se visualizar, desenhar, fabricar,

    modificar, alinhar e substituir, em casos de desgaste.

    Placas planas podem ser facilmente flangeadas e aparafusadas.

    So de montagem fcil das janelas de inspeo, de onde se observa no s o desgaste dos componentes, como

    problemas de entupimento, dentre outros.

    Entretanto, quando o material manuseado viscoso, sujeitando a calha obstruo, as superfcies curvas sobre

    as quais o material desliza oferecem vantagens significativas. Na realidade, algumas dessas vantagens podem ser

    observadas tambm nos casos de empoeiramento, ou salto de grandes fragmentos em uma correia de recebimen-

    to. Uma seo transversal curva pode ser usada para centralizar a carga, ao passo que uma seo quadrada, ou

    retangular, pode fazer com que a carga se concentre em um canto, ou se disperse no ar, arrastando o material e

    provocando turbulncia. O problema de uma seo curva o revestimento, pois fica difcil moldar uma chapa curva

    com revestimento duro.

    Ao se concentrar a carga no centro de uma calha curva, permitir-se- que o prprio movimento do material mante-

    nha a calha limpa; concentrando-a no canto de uma seo transversal retangular, ou quadrada, muitas vezes ocor-

    rer acmulo e obstruo. Se um material com alto teor de umidade entrar em uma seo da calha com momento

    horizontal, ser necessrio lidar com esse momento, ou corre-se o risco de no se ter a carga centralizada na sada

    do mesmo. O caminho que o material ir seguir poder variar de acordo com a propriedade e o fluxo do mesmo.

    H vrias maneiras de se dissipar o momento horizontal, incluindo-se na calha: cortinas de borracha, articulaes,

    nervuras, etc. Qual seria o mtodo melhor? Depende do material e da disposio da calha. As situaes so dife-rentes para cada tipo de material (minrio, carvo, gros, etc.), altura e ngulo da transferncia. O chute que bom

    para uma determinada situao, ou material, pode no ser bom para outro, similar. Nesses casos, a experincia ,

    muitas vezes, mais til do que modelos matemticos.

    Os problemas de desgaste excessivo na correia transportadora e a falta de controle do material que descarregado

    na mesma devem-se, muitas vezes, ao mesmo fenmeno. Fragmentos maiores, acelerados pela correia, saltam

    e rolam, aps o impacto normal com a superfcie das mesmas. Isto aumenta o desgaste da correia e requer guias

    prolongadas na zona de acelerao, para conter o material. Ao se imprimir velocidade aos materiais na direo da

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    correia, ambos os problemas podem ser minimizados, ou eliminados. O material deve ser centralizado na correia e,

    se possvel, a uma velocidade ligeiramente maior do que a velocidade da correia receptora.

    A altura da queda livre e mudanas sbitas na direo do fluxo devem ser minimizadas, a fim de se controlarem aspresses dos impactos dos slidos, que podem levar a um alto desgaste da calha, bem como gerar problemas de

    atrito, empoeiramento e gerao de materiais finos.

    Todas as vezes em que se manuseia material variado, devem-se evitar detalhes de projetos que so concebidos para

    um nico material (tais como placas para diminuir, ou redirecionar o fluxo do material). Produtos abrasivos que fluem

    livremente, em geral no apresentam dificuldades em relao ao desgaste da calha. Uma soluo fcil seria prover

    caixas osciladoras, para eliminar o impacto do material que passa na superfcie da calha. Entretanto, um dos problemas

    mais difceis de se resolver com relao calha de transporte projet-la para uma alta taxa de fluxo de material visco-

    so, que seja abrasivo. Exemplificando: resduo mineral mido e minrio abrasivo sendo transportados de um trituradorde poo. Onde no for possvel um desempenho satisfatrio com o revestimento comum, podem-se utilizar chapas de

    ao inoxidvel, ou chapas de polietileno que representam, entretanto, uma soluo de alto custo.

    Sempre que possvel, o chute deve proteger a correia contra queda direta do material na mesma. Isto determina a

    distncia vertical entre os pontos de trabalho das duas correias, que no deve ser comprometido. Grelhas de barra

    podem ser utilizadas no fundo do chute quando se manuseiam materiais pesados de maior granulometria. O mate-

    rial fino cai na correia antes, protegendo-a contra o impacto do material de maior granulometria.

    Este impacto pode ser absorvido no chute pela chapa de revestimento, no caso, para o material fino; ou por umacaixa de pedra, para material de maior granulometria. de suma importncia, para reduo de custo, a anlise dos

    tipos de revestimentos, ou do meio mais adequado de se reduzirem desgastes nas transferncias a serem utilizados

    no projeto. Um dos pontos principais a serem observados que a parte traseira do chute, sob o tambor de descarga,

    deve ter o tamanho e inclinao adequados para recolher todo material que se desprende da correia junto ao tambor

    de encosto (desvio) e dos dispositivos de limpeza (raspadores).

    A largura da sada do chute de carregamento no deve ser superior a 2/3 da largura da correia de recebimento.

    Quando o material tiver pedras de at 12, a largura interna do chute de carregamento deve ser de pelo menos 2,5

    a 3 vezes a maior dimenso da partcula do material.

    Quando se misturam materiais grossos e finos, a largura interna do chute deve ser 2 vezes superior ao tamanho

    mximo da pedra maior.

    Estas propores so essenciais para um carregamento adequado da correia e para prevenir no s o bloqueio in-

    terno (entupimento), como a aglomerao do material grande dentro do chute. A largura do chute de carregamento,

    em alguns casos, determina a largura da correia do transportador de recebimento.

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    GAVISoluo em Transporte e Transferncia de Materiais

    Exemplificando: geralmente nos portos de exportao de minrio, as maiores partculas so de 2 (50mm), mas o

    volume grande, portanto, adotamos as seguintes medidas de sada na bancada inferior do chute: largura igual ou

    inferior a 1/2 da largura da correia recebedora e comprimento igual ou superior a 2/3 da referida correia.

    Ex.: Para uma correia de 60= 1524 mm, por onde passam volumes de at 8.000 t/h, a largura recomendvel de

    sada de 600 mm. Para os volumes de at 10.000 t/h, utilizam-se larguras de 700 mm e, no mnimo, 1.000

    mm de comprimento.

    CorreiaLargura

    (X)Tonelagem por Hora

    (De....... at .......)Comprimento

    Mnimoream2

    36 400 mm 1.000 t 3.000 t 650 mm 0,26 m2

    48 500 mm 1.000 t 4.000 t 850 mm 0,43 m2

    60600 mm 1.000 t 8.000 t 1.050 mm 0,63 m2

    700 mm 1.000 t 10.000 t 1.050 mm 0,74 m2

    72700 mm 1.000 t 10.000 t 1.200 mm 0,84 m2

    800 mm 1.000 t 16.000 t 1.200 mm 0,96 m2

    84 1.000 mm 1.000 t 20.000 t 1.500 mm 1.50 m2

    Ilustramos, a seguir, alguns chutes tpicos, em diversas situaes de transferncia.

    Chute com peneiramento de finos que forram a correia Chute de transferncia simples, tpico.(grelhas de fundo)

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    Placa defletora

    ngulo de abraamento

    Chute de descarga

    Rolete de transio

    Chute com caixa de pedra a 90 Caixas de pedra

    Chute com caixa de pedra contnua Chute em cascata

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    Desenhos dos chutes tradicionais e funcionais Problemas e solues.

    Chute a 180. Desenho padro.Correia horizontal, vista lateralmente.

    Problemas:

    1. Bancada frontal a 90: acumulamaterial e gua em excesso.

    2. O material jogado na correiainferior, contra o sentido da mesma,causando desgastes, vazamentos edesalinhamentos.

    Chute a 180. Desenho Modificado.

    Correia horizontal, vista lateralmente.

    1. Bancada frontal a 45: acumula poucomaterial, direcionando o fluxo destepara a rampa traseira.

    2. Com a rampa traseira, o material entregue na correia inferior, no mesmosentido e direo da correia receptora.Isto evita desgastes, vazamentos edesalinhamentos.

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    Chute a 180. Desenho padro.Correia horizontal, vista de frente.

    Problemas:

    1. As bancadas do chute inferior so muito largas,acumulando material e gua em excesso. Emalguns casos, isto causa obstruo e entupimento.

    2. O material jogado na correia inferior, contraas guias de material, causando o desgaste damesma. A presso do material causa vazamento edesalinhamento.

    Chute a 180. Desenho Modificado.Correia horizontal, vista de frente.

    1. As bancadas do chute inferior so pequenas eservem para proteger a parte superior das guiasinternas.

    2. Estas guias direcionam o material para o centroda correia, evitando-se, deste modo, a pressodo material contra as guias externas, que causadesgastes, vazamentos e desalinhamentos.

    Revestimentos do chute:

    1. As bancadas superiores e inferiores devem serrevestidas com Chock Bar, modelo CB50 ouCB100.

    2. As reas de impacto devem ser revestidas comchapas de revestimento metlico por processo desolda com carbeto de cromo, conforme norma DIN8555 MF 10 GF 65 G, com bancadas.

    3. As reas de abraso devem ser revestidas comchapas de revestimento metlico por processo desolda com carbeto de cromo, conforme norma DIN8555 MF 10 GF 65 G, sem bancadas oucom chapas de cermica vulcanizada, por borracha

    ou poliuretano.4. Nas guias de material externas devem-se utilizar

    chapas de 380 X 490, conforme norma ASTMA 532 II B. Sob as guias internas podem sercolocadas chapas de 210 X 490, conforme norma

    ASTM A 532 II B, para facilitar a montagem eregulagem nas referidas guias.

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    Chute a 90. Desenho padro.Correia horizontal, vista lateralmente.

    Problemas:

    1. Bancada frontal a 90: acumulamaterial e gua em excesso.

    2. As bancadas do chute inferior somuito largas e acumulam material egua em excesso, o que pode, emalguns casos, causar obstruo eentupimento do chute.

    3. O material jogado na correia inferior,fora do centro da correia e contraas guias de material, causando odesgaste da mesma. A presso domaterial causa vazamento sob as guiase desalinhamento.

    Chute a 90. Desenho Modificado.Correia horizontal, vista

    horizontalmente.1. Bancada frontal a 45: acumula pouco

    material e direciona o fluxo destepara a rampa traseira e para as guiasinternas.

    2. Com as guias internas, o material direcionado para o centro da correiainferior, evitando-se, assim, a pressodo material contra as guias externas,que causa desgastes, vazamentos edesalinhamentos.

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    Chute a 90. Desenho padro.Correia horizontal, vista de frente.

    Problemas:

    1. O material jogado na correia inferior, contrao sentido da mesma, causando desgastes,vazamentos e desalinhamentos.

    Chute a 90. Desenho Modificado.Correia horizontal, vista de frente.

    1. Com a rampa traseira, o material entregue nacorreia inferior no mesmo sentido e direo dacorreia receptora. Isto evita desgastes, vazamentose desalinhamentos.

    Revestimentos do chute:

    1. As bancadas superiores e inferiores devem serrevestidas com Chock Bar, modelo CB50 ouCB100.

    2. As reas de impacto devem ser revestidas comchapas de revestimento metlico por processo desolda com carbeto de cromo, conforme norma DIN8555 MF 10 GF 65 G, com bancadas.

    3. As reas de abraso devem ser revestidas comchapas de revestimento metlico por processo desolda com carbeto de cromo, conforme norma DIN8555 MF 10 GF 65 G, sem bancadas oucom chapas de cermica vulcanizada, por borracha

    ou poliuretano.4. Nas guias de material externas devem-se utilizar

    chapas de 380 X 490, conforme norma ASTMA 532 II B. Sob as guias internas podem sercolocadas chapas de 210 X 490, conforme norma

    ASTM A 532 II B, para facilitar a montagem eregulagem nas referidas guias.

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    Chute a 180. Desenho padro.Correia ascendente, vista lateralmente.

    Problemas:

    1. Bancada frontal a 90: acumulamaterial e gua em excesso.

    2. O material jogado na correiainferior, contra o sentido da mesma,causando desgastes, vazamentos edesalinhamentos. Por se tratar deuma correia ascendente, esta situaose agrava, pois o material, ao retornar,faz um calo na traseira do chute.

    Chute a 180. Desenho Modificado.Correia ascendente, vista lateralmente.

    1. Bancada frontal a 45: acumula poucomaterial e direciona o fluxo para arampa traseira,

    2. Com a rampa traseira, o material entregue na correia inferior no mesmosentido e direo da correia receptora.Isto evita desgastes, vazamentos edesalinhamentos.

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    Chute a 180. Desenho padro.Correia ascendente, vista de frente.

    Problemas:

    1. As bancadas do chute inferior so muito largas,acumulam material e gua em excesso, em algunscasos causando obstruo e entupimento,

    2. O material jogado na correia inferior, contra asguias externas.

    A presso do material contra as referidas guiascausa vazamentos, desalinhamentos e acelera odesgaste da correia.

    Chute a 180. Desenho Modificado.Correia ascendente, vista de frente.

    1. As bancadas do chute inferior so pequenas eservem para proteger a parte superior das guiasinternas.

    2. Estas guias direcionam o material para o centro dacorreia, evitando que a presso do material contraas guias externas provoque desgastes, vazamentose desalinhamentos.

    Revestimentos do chute:

    1. As bancadas superiores e inferiores devem serrevestidas com Chock Bar, modelo CB50 ouCB100.

    2. As reas de impacto devem ser revestidas comchapas de revestimento metlico por processo desolda com carbeto de cromo, conforme norma DIN8555 MF 10 GF 65 G, com bancadas.

    3. As reas de abraso devem ser revestidas comchapas de revestimento metlico por processo desolda com carbeto de cromo, conforme norma DIN8555 MF 10 GF 65 G, sem bancadas oucom chapas de cermica vulcanizada, por borracha

    ou poliuretano.4. Nas guias de material externas devem-se utilizar

    chapas de 380 X 490, conforme norma ASTMA 532 II B. Sob as guias internas podem sercolocadas chapas de 210 X 490, conforme norma

    ASTM A 532 II B, para facilitar a montagem eregulagem nas referidas guias.

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    Chute a 90. Desenho padro.Correia ascendente, vista lateralmente.

    Problemas:

    1. Bancada frontal a 90: acumula material e gua emexcesso.

    2. As bancadas do chute inferior so muito largas,acumulam material e gua em excesso, em algunscasos causando obstruo e entupimento.

    3. O material jogado na correia inferior, caindo forado centro da correia e contra as guias de material,causando desgastes na mesma. A presso domaterial causa vazamentos e desalinhamentos.

    Chute a 90. Desenho Modificado.Correia ascendente, vista lateralmente.

    1. Bancada frontal a 45: acumula pouco material edireciona o fluxo para a rampa traseira e para asguias internas.

    2. Com as guias internas, o material entregue nacorreia inferior e direcionado para o centro damesma, evitando que a presso do material contraas guias externas cause desgastes, vazamentos edesalinhamentos.

    Revestimentos do chute:1. As bancadas superiores e inferiores devem ser

    revestidas com Chock Bar, modelo CB50 ouCB100.

    2. As reas de impacto devem ser revestidas comchapas de revestimento metlico por processo desolda com carbeto de cromo, conforme norma DIN8555 MF 10 GF 65 G, com bancadas.

    3. As reas de abraso devem ser revestidas comchapas de revestimento metlico por processo desolda com carbeto de cromo, conforme norma DIN8555 MF 10 GF 65 G, sem bancadas ou

    com chapas de cermica vulcanizada, por borrachaou poliuretano.

    4. Nas guias de material externas devem-se utilizarchapas de 380 X 490, conforme norma ASTM

    A 532 II B. Sob as guias internas podem sercolocadas chapas de 210 X 490, conforme norma

    ASTM A 532 II B, para facilitar a montagem eregulagem nas referidas guias.

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    Chute a 90. Desenho padro.Correia ascendente, vista de frente.

    Problemas:

    1. O material jogado na correiainferior, contra o sentido da correia,causando desgastes, vazamentos edesalinhamentos.

    Por se tratar de uma correiaascendente, esta situao se agrava,pois o material, ao retornar, faz umcalo na traseira do chute.

    Chute a 90. Desenho Modificado.Correia ascendente, vista de frente.

    1. Com a rampa traseira, o material entregue na correia inferior, no mesmosentido e direo da correia receptora,o que evita desgastes, vazamentos edesalinhamentos.

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    Tipo de chapa Desenho Ponto Caractersticas

    Barra de impacto, abraso,e combinao de ferrofundido branco de alto teor deCromo. Modelo: CB50 100Soldering. Chock bar

    Bancadas

    Recomendadas no s para asbancadas frontais e inferiores doschutes, como tambm para asrampas e guias internas dos chutesinferiores.

    Chapas com revestimentoduro, conforme norma DIN8555 MF 10 GF 65

    G, com bancadas e cordo desolda na Horizontal e vertical

    reas de

    impacto

    Recomendadas para locais taiscomo bancadas frontais dos chutessuperiores, rampas e guias internas

    dos chutes inferiores, onde odesgaste acentuado.

    Chapas com revestimentoduro, conforme norma DIN8555 MF 10 GF 65 G, sem bancadas, comcordo de solda na Horizontale vertical

    reas deabraso

    Recomendadas para locais taiscomo bancadas frontais dos chutessuperiores, rampas e guias internasdos chutes inferiores, onde odesgaste acentuado.

    Chapas de cermicavulcanizada com Borrachaou Poliuretano

    reas deabraso

    Recomendadas para locais emque no se transporte material degrande granulometria, em que odesgaste bem acentuado.

    Chapas de 380 X 490,conforme norma

    ASTM A 532 II B.

    Guias dematerial

    Recomendadas para locais noschutes e nas guias de material ondeo desgaste menos acentuado.

    Adaptou-se chanfro de 45 grauspara ser montado nas guias de

    materiais.

    Chapas de 210 X 490,conforme norma

    ASTM A 532 II B.

    Guias dematerial

    Recomendadas para as guias dematerial nas mesas de impactodas mquinas mveis e nas guiasde material onde forem adaptadasguias internas e em que hajadificuldade de se colocarem chapasde 380 X 490.

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    Quando o transportador tiver um s ponto de descarga, a rampa traseira da guia interna poder ficar at a 100 mm

    de altura da correia (D), medida esta que deve ser utilizada para todas as larguras de correia.

    Quando houver vrios pontos de descarga, a partir do segundo chute, a rampa dever ficar com uma altura (D) de:

    150 mm para correias de 36, 200 mm para correias de 48, 300 mm para correias de 60;

    350 mm para correias de 72, 400 mm para correias de 84;

    A largura poder ser de:

    400 mm na parte inferior (A) e 700 mm na parte superior (B) para correias de 36;

    500 mm na parte inferior (A) e 800 mm na parte superior (B) para correias de 48;

    700 mm na parte inferior (A) e 1000 mm na parte superior (B) para correias de 60;

    800 mm na parte inferior (A) e 1100 mm na parte superior (B) para correias de 72;

    900 mm na parte inferior (A) e 1200 mm na parte superior (B) para correias de 84.

    O comprimento da rampa (C) pode variar de 1200 mm a 2500 mm.

    As guias internas devem ser de ao carbono ASTM A36 e ter, no mnimo, 8 mm de espessura. Devem ser revesti-

    das com chapas de desgaste de revestimento duro, com solda de 10 mm e banquetas na parte inferior, pois o local

    de grande abraso.

    A

    B

    D

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    GAVISoluo em Transporte e Transferncia de Materiais

    Comprimento

    CorreiaLargura inferior Largura superior

    Altura da rampa nacorreia

    Comprimento mnimo

    A B D C

    36 400 700 150 700

    48 500 800 200 900

    60 700 1.000 300 1.200

    72 800 1.100 350 1.500

    84 900 1.200 400 2.000

    TRANSFERNCIAS NOS TRANSPORTADORES

    CHUTES DE TRANSFERNCIA

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    32 | MANUAL DE INSPEO E MANUTENO DE CORREIAS TRANSPORTADORAS E SEUS PERIFRICOS

    Conjuntos de defletores nos chutes de transferncia

    PROBLEMAS:

    Os revestimentos dos conjuntos defletores devem ser montados de modo a conferir-lhes resistncia ao impacto e abraso; por isto deve-se escolher bem o tipo de chapa a utilizar. Muitas vezes aumenta-se o tempo de vida til do

    equipamento, atravs da colocao de pequenas bancadas.

    As chapas de revestimento deste defletor apresentam sinais de desgaste com 3 dias de uso.

    O fluxo constante de material fez com que surgissem furos nos revestimentos e na estrutura do defletor.

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    Com apenas 290 horas de funcionamento da correia, o material por ela transportado furou o revestimento, o defletor

    e o chute.

    SOLUO:

    Para aumentar a durabilidade do revestimento, podem-se montar bancadas no defletor que no sejam muito gran-

    des, para se evitar excesso de peso, ou entupimento.

    Teoricamente, o chute perfeito deve dar ao material a mesma velocidade e o mesmo sentido da correia no ponto

    de contato do material com a correia de recebimento. Isto dificilmente se consegue na prtica, embora deva ser

    uma meta do projeto. Utilizam-se, muitas vezes, placas defletoras em pontos de transferncia. A placa defletora

    (em tese) ajuda a direcionar o fluxo de material, centralizando-o na correia de recebimento e evitando entupimen-

    tos. Sempre ocorrer problema quando houver vrios tipos de material, midos ou secos, passando pelo sistema,

    pois a trajetria dos mesmos mudar e o defletor dever ser ajustado manual, ou automaticamente, para corrigir

    os possveis desalinhamentos na correia posterior, tarefa esta que se torna complicada em termos de manuteno,

    devido agressividade da rea.

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    Para eliminar os constantes problemas de entupimento nos chutes e desalinhamentos da correia receptora, o grupo

    de CCQ TRANSPORTANDO QUALIDADE da GAIGG (Gerncia de Manuteno do TIG) fez um trabalho de melhora-

    mento em trs transferncias, que consistiu da eliminao das placas defletoras instaladas nas referidas transfe-

    rncias, adaptando-se bancadas e guias internas para direcionar o material na correia receptora. Deu-se ao referido

    trabalho a denominao de X Defletora.

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    GRUPO TRANSPORTANDO QUALIDADE INTEGRANTES

    Marcos Fortes (Chapolin) - Lder

    Monique Santana - Secretria

    Joanderson Santos - Circulista

    Marcos Laurindo - Circulista

    Douglas Farias - Circulista

    Diego Santiago - Circulista

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    Aps a retirada das placas defletoras, instalaram-se bancadas na parte frontal e guias internas na parte inferior dos chutes,

    para transportar o material no mesmo sentido e direo da correia receptora, obtendo-se o seguinte resultado:

    Reduo de utilizao de gua para a limpeza dos chutes;

    Reduo das intervenes para manutenes corretivas e alinhamento das correias receptoras;

    Reduo de custo com trocas de chapas em transferncias;

    Aumento do espao fsico do chute;

    Fim dos constantes entupimentos devidos restrio de volume do chute;

    Reduo do custo de mo de obra com manuteno para troca das chapas;

    Maior disponibilidade e confiabilidade do equipamento para a operao;

    Garantia de eficincia do equipamento.

    Janelas de Inspeo

    O projetista deve prever situaes como estas, em que o inspetor no tem acesso ao interior do chute para verificar

    as condies do revestimento e dos raspadores, improvisando escadas para acesso s janelas de inspeo/visita.

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    Chute com escadas de acesso s janelas, que facilitam tanto a inspeo, quanto a manuteno.

    Altura ideal da janela (1,5m do piso): para facilitar a inspeo e a manuteno interna do chute.

    Janela com escada Janela com altura ideal (1,5m do piso)

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    Chutes intermedirios

    PROBLEMAS:

    Bancadas utilizadas para proteger o chute do desgaste inicial, feitas com trilhos, cantoneiras ou chapas, so oslocais onde ocorre acmulo de material, o que ocasiona entupimentos provocados por materiais viscosos, aumenta

    o peso dos chutes e diminui a vazo do material, dificultando a limpeza dos referidos chutes.

    O material se acumula, porque as bancadas restringem a sua vazo.

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    GAVISoluo em Transporte e Transferncia de Materiais

    Algumas vezes, colocam-se bancadas para se direcionar o material e corrigir o desalinhamento da correia recepto-

    ra. Estas bancadas acumulam materiais que, alm de pesar, provocam gargalos restringindo a passagem, sobretudo

    dos materiais mais viscosos e midos.

    Devem-se eliminar os trilhos das bancadas, substituindo-os por revestimento resistente, que no acumule material

    em excesso.

    Em alguns locais, as chapas utilizadas no revestimento dos chutes esto restringindo a passagem do material. Nes-

    tes locais, devem-se troc-las por chapas mais finas, com revestimento duro, ou chapas de cermica vulcanizada,

    com maior resistncia ao desgaste.

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    Em alguns projetos novos, os chutes so montados com pontos vulnerveis ao desgaste, sem revestimento, por

    onde o material ir passar, causando furos na estrutura.

    Outros pontos vulnerveis ao desgaste:

    Em algumas transferncias, o formato dos chutes expe o revestimento a um desgaste excessivo. Nestes locais,

    devem-se utilizar revestimentos de maior resistncia.

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    O afastamento entre as chapas deve ser de, no mximo, 5 mm para evitar que, ao passar nas transferncias, o

    material atinja as paredes dos chutes. Quando possvel, as chapas devem ser montadas como lajotas numa parede,

    onde as linhas (verticais) que se formam na unio entre elas no coincidam.

    Se as aberturas entre as placas forem maior que 5 mm e fizerem uma linha continua entre as chapas dos revesti-

    mentos, haver um ponto frgil por onde o material passar e atingir a parede do chute, causando um desgaste

    prematuro, o que diminuir a vida til do equipamento.

    Alm dos espaos deixados entre as chapas, os parafusos de fixao, que so de ao comum, tambm sero pontos

    de desgaste, pois a resistncia deles menor que a resistncia da cobertura das chapas. Assim, devem-se utilizar,

    nestes locais, parafusos com revestimento duro na cabea, para se obter uma resistncia igual da cobertura das

    chapas, ou adaptarem-se chapas com parafusos soldados em sua parte traseira.

    O sentido do cordo de solda da chapa de revestimento deve ser contrrio ao do fluxo de material.

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    Pontos como estes, com abertura superior a 10 mm, tero problemas de desgaste no futuro, pois o material trans-

    portado far um caminho nas paredes do chutes, desgastando-as.

    Nos chutes em V, ou em Y, as chapas de revestimento do topo do carro mvel devem ultrapassar as chapas das

    rampas para proteg-las do desgaste, quando o material cair sobre elas.

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    Chutes inferiores

    Nos chutes inferiores, encontram-se os pontos mais importantes das transferncias. Neles, o material que entra

    pelo chute superior segue no mesmo sentido e direo da correia que o recebe. nos chutes inferiores, portanto,que devemos concentrar nossa maior ateno e esforos, pois se conseguirmos fazer chegar correia inferior o

    mesmo volume de material que entra na superior, sem causar desalinhamentos, vazamentos ou entupimentos,

    ento no ocorrero problemas de transferncia.

    Chutes com bancadas que retm o material, causando incio de entupimento.

    Bancadas inferiores descentralizadas, jogando material na correia inferior e causando desalinhamento.

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    Este o local onde se deve sempre atuar para se corrigir desalinhamento nas correias, ou entupimento nos chutes.

    Quando ocorre o desalinhamento, a bancada do chute inferior sempre se desloca para um lado, ou para o outro e

    impossibilita a vazo do material, causando entupimento. Para direcionar o material na correia inferior e eliminar

    tanto o desalinhamento, quanto o entupimento, criou-se um procedimento diferente, adaptando-se guias internas erampa na traseira do chute

    O espao entre as bancadas inferiores do chute estreita-se. A comea o gargalo da sada do material.

    CORREIA DE 72

    Largura de 625 mm na frente e 525 mm atrs da sada do chute inferior: deve ser ajustada para 800 mm, por ques-

    tes de eficincia.

    Altura de 950 mm da bancada at a correia: deve estar mais prxima da correia, para evitar desalinhamentos.

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    CORREIA DE 36

    Largura da sada variando entre 350 mm a 380 mm. Deve ser de 500 mm, para melhor vazo do material.

    A bancada do chute inferior est descentralizada e muito alta em relao correia receptora do material, o que

    ocasiona o desalinhamento da mesma.

    Para otimizar a vazo do material e direcion-lo melhor na correia, podem-se fazer algumas modificaes na banca-

    da de sada do chute inferior, abrindo-se as bancadas laterais (para centralizar a abertura das mesmas), diminuindo-

    se-lhes a parte traseira para adaptao de guias internas.

    Com a referida modificao, aumenta-se o volume transportado, direcionando-se melhor o material na correia e

    diminuindo-se o acmulo de material nas bancadas.

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    Parte da bancada que dever ser removida para diminuir a obstruo e aumentar a vazo do material.

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    Exemplo de transferncia com problema de entupimento.

    Problema de restrio (entupimento). Como ficou, aps melhoramentos.

    Exemplo de transferncia com problema de entupimento.

    Problema de restrio (entupimento). Como ficou, aps melhoramentos.

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    Testes de carga, realizados aps melhoramentos, mostraram o material caindo no centro da correia.

    Modelo de chapas de revestimento com pouca Modelo de chapas de revestimento com maiorresistncia ao desgaste, (3 meses de vida til). resistncia ao desgaste. (12 meses de vida til)

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    GAVISoluo em Transporte e Transferncia de Materiais

    Na montagem das guias internas, devem-se observar alguns detalhes, para se evitarem problemas.

    Quando as guias internas forem montadas na primeira transferncia da correia, elas podero ficar a 100 mm da correia.

    Se forem montadas numa transferncia intermediria, elas podero ficar a uma distncia que varia entre 250 a 400

    mm, dependendo da largura da correia.

    Primeiro chute: 100 mm Chute intermedirio: 250 a 400 mm

    Modelo padro para se montar uma guia interna.

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    Exemplo de medidas em bancada inferior com problemas

    Primeiro chute da correia de 36

    Vista de cima

    330

    380

    350

    350

    780

    230

    230

    190

    190

    1

    9

    2

    05

    7

    0

    Exemplo de medidas em bancada inferior sem problemas

    Primeiro chute da correia de 36

    Vista de cima

    200

    400

    A

    680

    780

    50

    50

    50

    50

    2

    0

    5

    0

    BC

    Vista de frente

    A = 680mm B = 400mm C = 100mm

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    Exemplo de medidas em bancada inferior com problemas

    Chute intermedirio da correia de 72

    Vista de cima

    480550

    580

    1110

    260260

    280280

    1

    1

    0

    0

    8

    4

    0

    6

    2

    0

    Vista de frente

    Exemplo de medidas em bancada inferior sem problemas

    Chute intermedirio da correia de 72

    Vista de cimaVista de frente

    140

    800

    A

    A = 1.000mm B = 800mm C = 350mm

    1.000

    1.100

    50 501

    8

    0

    0

    B

    C

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    Chutes em correias ascendentes

    Quando alguns transportadores esto em ngulo ascendente, os materiais provenientes dos transportadores ante-riores tendem a tomar o sentido contrrio ao da correia que os recebe. Ao retomarem a direo correta, os materiais

    transportados foram a passagem por sob as guias, causando desgastes, vazamentos e desalinhamentos na correia

    receptora. Como alguns materiais so pesados e caem de uma altura considervel diretamente sobre a correia,

    causam danos no s carcaa, como s coberturas superior e inferior da mesma.

    Estes chutes inferiores no tm rampas traseiras, ou guias internas para direcionarem o material que cai de uma

    altura considervel diretamente na correia causando, alm de desalinhamentos, furos no revestimento e na carcaada mesma.

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    PROPOSTAS DE MELHORIAS:

    Para direcionar melhor o material na correia e melhorar o seu escoamento, podem-se fazer algumas modificaesnos chutes: 1 adaptar uma rampa na traseira do chute, colocando-se a rampa em ngulo de 30 graus em relao

    parede vertical do chute, 2 adaptar chapas de revestimento duro nesta rampa, 3 adaptar guias internas na

    bancada inferior, deixando a altura e largura na medida padro da correia. (de acordo com a largura da correia)

    Uma vez feitas estas melhorias, o material melhor direcionado na correia, sem causar acmulo, impacto, vaza-

    mento de material e desalinhamento da referida correia.

    A inclinao da rampa a ser instalada dever variar de 30 a 35 graus em relao parede vertical do chute.

    Vista interior dos chutes

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    Pontos a se considerarem para uma transferncia sem problemas:

    01. Verificar a quantidade de material a ser transportado.

    Finalidade:Estabelecer-se a rea do chute em que o material ir passar sem restries, acmulos, ou entupi-

    mentos.

    02. Verificar a velocidade da correia anterior e posterior.

    Finalidade:Observar se haver restries na sada do chute inferior em decorrncia do acmulo de material,

    nos casos em que a correia posterior tiver uma velocidade menor que a anterior.

    03. Verificar os tipos de materiais que passam pela correia.

    Finalidade:Determinarem-se os tipos de revestimento e modelos de bancadas internas a serem utilizadas no

    interior dos chutes.

    04. Verificar a trajetria do material na sada do tambor de descarga.

    Finalidade:Determinar-se a posio ideal de colocao da bancada frontal, evitando-se transbordo, entupi-

    mentos e protegendo-se os revestimentos.

    Material caindo fora da bancada frontal Material caindo corretamente.

    Bancada adaptada, para melhorar a queda do material.

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    05. Verificar a direo da correia posterior (ngulo em relao anterior).

    Finalidade:Posicionar a sada do chute inferior, transportando o material no mesmo sentido e direo da cor-

    reia receptora, para evitar desalinhamentos e vazamentos de material pelas guias.

    06. Verificar se a correia posterior ascendente, descendente, ou horizontal.

    Objetivo: Determinar-se em que posio deve ficar a rampa traseira, pois ela ir direcionar o material, evitando

    que o mesmo caia em sentido contrrio ao da correia receptora, o que causaria desgastes, desalinhamentos evazamentos.

    Correia ascendente Descendente Horizontal

    Manual GAVI indd 55Manual GAVI.indd 55 23/3/2011 15:41:0823/3/2011 15:41:08

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    07. Verificar a altura do tambor de descarga em relao mesa de impacto da correia inferior.

    Finalidade:Saber posicionar o chute. Se este estiver muito baixo, tentar evitar que o material caia direto na

    correia, sem direo; se estiver muito alto, procurar colocar-lhe bancadas, para amenizar os pontos de impacto

    em seu interior e evitar desgastes excessivos.

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    CAPTULO 02

    Trajetrias dos materiais

    O caminho que o material, ao sair da correia transportadora, percorre atravs do tambor de descarga chama-se

    trajetria. O correto dimensionamento dos chutes de transferncia fundamental para a definio do designe ma-

    nuteno deste equipamento.

    A trajetria do material influencia diretamente:

    1. O posicionamento das chapas de desgaste/revestimento;

    2. A quantidade de chapas de desgaste/revestimento a serem utilizadas;

    3. A posio do raspador primrio;

    4. A rea do primeiro impacto no chute, afetando diretamente o seu tamanho e peso;

    5. A posio e odesigndas chapas defletoras internas do chute;

    6. O posicionamento correto de cabeas mveis (ou pontos mveis de transferncia, com opes de rota);

    7. O bom escoamento do material, principalmente aps mudana do produto transportado;

    8. O bom escoamento do material em correias com vrias velocidades;

    9. O correto posicionamento do amostrador de material;

    10. O desenho correto da descarga do material no equipamento posterior (pilha, silo, etc.);

    11. A reduo do fenmeno de segregao de material durante uma transferncia;

    12. O bom escoamento do material aps um repotenciamento.

    Assim, quanto mais preciso for o estudo da trajetria do material, menor ser o custo estrutural do chute (chapas de

    revestimento e outros acessrios) e maior a confiabilidade no sistema de transporte.

    Atualmente, a melhor forma de calcular a trajetria do material basear o clculo no mtodo CEMA, que fornece

    subsdios para a utilizao dos resultados dos clculos em um sistema de coordenadas.

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    Com a utilizao do softwaredesenvolvido para plataforma Autocad do sistema Windows , o clculo da trajet-

    ria poder ser feito de forma confivel e rpida. O softwarefornece a trajetria prevista do material de forma grfica,

    j inserida no desenho com o qual o projetista trabalha. De interfacesimples e fcil utilizao, vrias opes podem

    ser avaliadas em minutos.

    Uma vez determinada a trajetria, podem-se adaptar a rampa e a bancada frontal num ponto em que o material no

    causar muito desgaste correia, pois uma caixa de pedra pequena evitar acmulo e entupimentos.

    Alguns exemplos de trajetrias nos chutes de transferncia:

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    GAVISoluo em Transporte e Transferncia de Materiais

    TIPO MAT: DIVERSOSVELOC.: 3.3m/s

    3000

    1500

    1000300

    700

    1370350

    800

    TAMBOR DE

    DESCARGA

    BANCADA

    SUPERIOR

    BANCADA

    INFERIOR

    GUIASGUIAS

    TRANSP.CL

    Atravs do clculo da trajetria, pode-se Desconhecendo-se a trajetria do material, no hdeterminar a posio ideal da bancada frontal. como direcion-lo bem dentro do chute.

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    Algumas trajetrias em correias com menor velocidade.

    Algumas trajetrias em correias com maior velocidade.

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    GAVISoluo em Transporte e Transferncia de Materiais

    Trajetria de descarga

    O clculo da trajetria de descarga de suma importncia nos transportadores, para permitir o posicionamento dos

    chutes de descarga e das tremonhas de carga, no caso de descarga de um transportador em outro. Existem seiscasos, sendo que para todos eles o clculo o mesmo.

    DADOS PARA O CLCULO:

    Y = Inclinao da correia (em graus)

    B = Largura da correia (pol.)

    e = Espessura da correia (pol.)

    D = Dimetro do tambor (mm)

    V = Velocidade da correia (m/s)

    g = Acelerao local da gravidade ( = 9.8 m/s )

    a = Distncia do centro de gravidade do material transportado correia (Vide tabela 01)

    SEQUNCIA DE CLCULO:

    D

    2

    + 25,4 e + a 1

    1000

    (m)(1) r=

    60000 V

    PI D(2) n=

    r n PI

    30(3) Vt =

    Vt

    g r(4) Y =

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    Onde:

    r = Raio do centro de gravidade do material (m)

    n = Rotao do tambor ( RPM)

    Y = Fator que determina o espao percorrido pelo material durante a descarga

    Vt = Velocidade tangencial do material no seu centro de gravidade ( m/s)

    Quando Y > 1, no existe; isto , o material comea sua trajetria de descarga no ponto de tangncia entre a

    correia e o tambor.

    Quando Y < 1, cos = Y, que determina o espao percorrido pelo material sobre a correia, antes de ser descarre-

    gado, sendo = arc cos Y

    (5) i = 50 Vt

    Onde:

    i = espaamentos tangenciais (mm) para determinao de cota vertical da trajetria de descarga.

    (6) j = cotas verticais da trajetria (mm), marcadas a partir da reta tangente.Vide figuras correspondentes a cada tipo de trajetria na Tabela 02.

    Definidos os valores de y , , i e j , calcula-se a trajetria.

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    GAVISoluo em Transporte e Transferncia de Materiais

    DISTNCIA DO CENTRO DE GRAVIDADE DO MATERIAL CORREIA (a)

    Tabela (01)

    Inclinao dos

    roletes ()

    ngulo deacomodao

    do material ()

    Valores de a (mm)

    16 20 24 30 36 42 48 54 60 72

    20

    0 10 15 18 20 28 33 38 43 48 58

    5 13 15 20 25 33 41 46 53 58 69

    10 15 20 25 33 38 46 53 61 69 83

    20 20 25 33 41 48 58 69 75 86 107

    25 21 28 36 46 56 66 76 86 96 117

    30 23 33 38 50 61 74 84 96 109 130

    35

    0 15 23 28 36 43 50 61 69 76 91

    5 18 25 30 38 48 56 66 76 84 102

    10 21 25 33 43 53 64 74 84 91 112

    20 23 33 41 53 64 74 86 96 109 132

    25 25 36 43 46 69 79 94 104 117 142

    30 28 38 46 58 74 86 102 114 127 152

    45

    0 20 25 33 41 50 61 69 79 89 107

    5 21 28 36 46 56 66 76 86 96 117

    10 3 30 38 48 58 71 81 91 104 124

    20 25 36 43 56 69 79 94 107 117 142

    25 28 36 46 58 71 84 99 112 124 150

    30 30 38 48 61 76 89 104 117 132 160

    plano

    5 3 4 4 6 7 8 9 11 12 14

    10 6 8 9 10 14 17 19 22 24 29

    15 9 11 13 15 20 25 27 33 35 43

    20 12 15 18 20 28 33 37 43 47 57

    25 14 20 22 24 34 41 45 54 59 71

    30 18 23 26 29 41 49 54 65 70 85

    COTAS VERTICAIS DA TRAJETRIA (j)Tabela (02)

    TEMPO

    Frao desegundo

    DISTNCIA

    na verticalj (mm)

    TEMPO

    Frao desegundo

    DISTNCIA

    na verticalj (mm)

    TEMPO

    Frao desegundo

    DISTNCIA

    na verticalj (mm)

    TEMPO

    Frao desegundo

    DISTNCIA

    na verticalj (mm)

    1/20 13 6/20 441 11/20 1.483 16/20 3.137

    2/20 49 7/20 600 12/20 1.765 17/20 3.542

    3/20 111 8/20 784 23/20 2.062 18/20 3.974

    4/20 197 9/20 1.003 14/20 2.402 19/20 4.382

    5/20 306 10/20 1.226 15/20 2.756 1 seg. 4.909

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    TIPOS DE TRAJETRIA

    Y > 1 Y < 1

    A forma da parbola depende do ponto de sada do material e construda, ponto por ponto, marcando-se sobre a

    tangente, do ponto de cada e a partir dele, uma distncia igual velocidade da correia, dividida em 20 espaos (ou

    10 espaos) iguais. Na vertical a estes pontos e a partir deles, marcam-se as distncias J, em metros, conforme

    tabela, equivalentes s quedas do material em um tempo de 1/20 segundos (ou 1/10 segundos , traando-se essas

    distncias de 2 em 2 pontos). Vide figura na pgina anterior.

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    GAVISoluo em Transporte e Transferncia de Materiais

    CAPTULO 03

    Montagem de chave-sondanas transferncias(NBR 13862 / 1997 item 5.1.4)

    Todos os chutes de transferncia devem ser equipados com chaves-sonda. Elas devem ser fixadas em uma parte do

    chute onde possam interromper o fluxo do material, em caso de bloqueio da correia posterior, ou acmulo anormal

    de material no interior dos mesmos (entupimento). As chaves-sonda devem ser colocadas em local onde o fluxo

    de material no passe. Podem ser posicionadas pouco abaixo da linha de centro do tambor de descarga, numa das

    paredes laterais, fora da trajetria, acima da metade do chute, em ngulo ascendente. Estas aes ajudaro a sonda

    a atuar com o peso do material associado fora da gravidade, fazendo presso sobre o seu diafragma.

    Alguns exemplos de posicionamento errado das chaves-sonda.

    Exemplo 01:A chave-sonda de diafragma deste chute est num local onde no tem utilidade, pois est acima do

    tambor de descarga, na parede frontal do chute e em ngulo contrrio ao referido chute onde, mesmo numa posio

    mais baixa, o material no ter fora para acion-la. Nesta posio, at que seja ativada, o material j ter coberto

    toda a estrutura do equipamento.

    A chave-sonda nunca deve ser colocada na parede frontal, em frente trajetria do material.

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    Tanto a chave-sonda de diafragma, quanto a de pndulo no funcionaro, pois esto posicionadas em local muito alto.

    SOLUO PARA ESTE CASO:Deslocar a chave-sonda de diafragma da posio atual para a lateral do chute. Esta chave dever ser fixada em

    chapa com ngulo ascendente de 30 graus, para atuar corretamente, sem acmulo de material sobre ela.

    Deve-se aproveitar a chapa da rampa lateral esquerda, para se montar a sonda de diafragma. Nesta posio, a

    referida sonda funcionar melhor, pois estar fora do fluxo material e em ngulo ascendente, o que facilitar o seu

    funcionamento.

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    GAVISoluo em Transporte e Transferncia de Materiais

    Exemplo 02:A chave-sonda de diafragma deste chute est em local fora do padro, ou seja, acima do tambor de

    descarga, na parede lateral, perto da bancada frontal do chute, onde poder atuar desnecessariamente, devido ao

    acmulo de material na bancada. A chave-sonda jamais deve ser colocada na parede frontal, em frente trajetriado material, ou prxima a esta parede.

    SOLUO PARA ESTE CASO:

    Deslocar a chave-sonda de diafragma da posio atual para a lateral do chute. Esta chave deve ser fixada em chapa

    com ngulo ascendente de 30 graus, para atuar corretamente, sem acmulo de material sobre ela.

    Deve-se preparar uma chapa em ngulo, na lateral esquerda do chute, para montagem da sonda de diafragma.

    Nesta posio, ela funcionar melhor, pois estar fora do fluxo material e em ngulo ascendente, o que facilitar oseu funcionamento.

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    A bancada do raspador onde ser instalada a nova sonda deve ser diminuda e colocada a 45 graus, para no acu-

    mular material, prejudicando a atuao da chave-sonda.

    Obs.:No se deve permitir o acmulo de material na bancada inferior das rampas, para no se criar um morto

    que prejudique o funcionamento da sonda.

    ALGUNS OUTROS EXEMPLOS:

    A chave-sonda no est posicionadacorretamente, pois o material que seacumula na bancada cria-lhe umaproteo que a impede de atuar, mesmocom muito material.

    A chave-sonda no est posicionadaadequadamente, pois quando o defletorse desloca para a frente, cria-lhe umaproteo que a impede de atuar, mesmosob presso de um grande volume dematerial.

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    GAVISoluo em Transporte e Transferncia de Materiais

    Estas chaves esto posicionadas em local onde, mesmo ocorrendo entupimento, o material no exercer presso

    suficiente para ativ-las.

    Para estas sondas funcionarem, elas deveriam estar montadas em uma caixa com gua pressurizada, para que a

    presso interna pudesse ativ-las. Em chutes abertos, o material no exercer presso sobre o diafragma, por causa

    da gravidade.

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    Para protegerem os diafragmas dodesgaste provocado pelo materialtransportado, as chaves-sonda possuemum espao entre o chute e a borracha.

    Este espao aumenta a distncia entreo material e o diafragma, dificultando atuao das sondas nesta posio.

    Como os chutes so grandes, assim como grande o volume de material que passa por eles, a presso lateral

    exercida por este material sobre as sondas ser suficiente para acion-las.

    As referidas sondas podem ser montadas na parte inclinada do chute, onde atuaro com mais facilidade, no s pelo

    peso do material transportado, como pela fora da gravidade.

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    Esta sonda apresenta algumasinadequaes:

    1. est montada na direo da rampa dedescarga.

    2. encontra-se muito prxima da correiareceptora, entre as guias de materialcujo volume aumentado exercermuita presso sobre ela.

    Esta sonda est montada na rampapor onde transportado o material.

    Neste local, o desgaste da proteoe do diafragma ser grande e ela nofuncionar, quando necessrio.

    Esta sonda est montada na trajetria domaterial transportado. A presso exercidapor este material poder fazer com queela atue com um volume um pouco menordo que o projetado para este local.

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    Quando os chutes tiverem mais de 3 metros de altura, devem-se colocar as chaves mais prximas da parte inferior

    dos mesmos. Neste local, elas atuaro sem muito acmulo de material dentro do chute.

    Trajeto domaterial sobrea chave-sonda

    Esta chave-sonda est montada na trajetria do material. O grande volume de material transportado por esta correia

    pressiona a chave-sonda, acionando-a quando o fluxo aumenta. Como este chute muito alto, a chave-sonda deve

    ser montada prxima parte inferior do chute. Esta ao evita que se acumule muito material dentro do mesmo,

    provocando vazamento de minrio. H tambm uma bancada na lateral do chute que acumula material, ajudando

    a acionar a chave.

    Trajeto domaterial

    Chave-sonda

    Bancadaondeacumulamaterial

    A chave-sonda colocada na parte inferior do chute est montada numa janela de inspeo. O uso constante desta

    janela pelos inspetores e tcnicos da operao pode danific-la. Muitas vezes ela est travada e precisa de impactopara abri-la, o que causa danos aos seus componentes internos, tirando-lhe a condio de atuar, quando realmente

    necessrio.

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    Como esta transferncia muito importante para o sistema, h necessidade de se montarem mais duas chaves-

    sonda de diafragma inferior ao das chaves atualmente utilizadas. Para que funcionem adequadamente, necessrio

    que sejam fixadas numa chapa com ngulo ascendente de 30 graus para fora do chute.

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    DESCRIO DOS SERVIOS:

    Adaptar chapas em ngulo na parte frontal do chute inferior, onde sero montadas as chaves-sonda de diafragma.

    Nesta posio, as referidas chaves-sonda funcionaro melhor, porque estaro fora do fluxo de material e em ngulo

    ascendente.

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    CAPTULO 04

    Guias laterais

    So utilizadas para reter o material na correia, depois que este deixa o chute de carregamento, at alcanar a veloci-

    dade da correia receptora. Estas guias so como uma extenso lateral do chute de carregamento (0,50 m de guia para

    cada 01 m/s de velocidade da correia) e se estendem paralelamente por, no mximo, 3 metros ao longo da correia

    do transportador. Normalmente, so feitas de chapas de ao. As extremidades inferiores das guias so posicionadas

    com folga de 25 mm acima da correia. Esta folga vedada por chapas de revestimento na parte interna e uma tira

    retangular de borracha (lateral de borracha) na parte externa, presa atravs de fixao que permita fcil ajuste e, se for

    o caso, substituio da lateral de borracha para prevenir derramamento de finos pela referida folga.

    Se o material a ser tr