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ACADÊMICOS DE ADMINISTRAÇÃO MANUAL DE ELABORAÇÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS ARTIGO PROJETO RESENHA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO EDIÇÃO REFORMULADA COLIDER - MT Setembro / 2007

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ACADÊMICOS DE ADMINISTRAÇÃO

MANUAL DE ELABORAÇÃO DE

TRABALHOS CIENTÍFICOS

ARTIGO

PROJETO

RESENHA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

EDIÇÃO REFORMULADA

COLIDER - MT

Setembro / 2007

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ACADEMICOS DE ADMINISTRAÇÃO

TURMA 4 2002/ 02

7º SEMESTRE DE 2006 / 2

Em julho de 2002, teve início uma história. Reuniram-se trinta e quatro pessoas,

com vidas diferentes, mas com um mesmo objetivo: transformarem-se em um ícone do

mundo da Administração. Iniciou-se, então uma jornada distante e cheia de desafios.

Com o passar do tempo, alguns companheiros começaram a desistir da caminhada que

nos levaria rumo ao nosso objetivo, e, nós que ficávamos sofríamos com a saída de

cada membro dessa equipe. Passamos por muitos momentos. Alegrias, tristezas,

aflições, desafios, medo e insegurança, pois não sabíamos o que nos aguardava pela

frente. Porém, a vontade de vencer era maior que os obstáculos que encontrávamos

em nosso percurso e era essa vontade que nos dava a certeza de que precisávamos

ser unidos. Entre nós nasceu uma mistura de amizade e companheirismo, que acabou

nos transformando numa família. E hoje, já quase chegando ao fim de nossa jornada

acadêmica e ao cumprir mais essa meta temos a convicção de valeu a pena

permanecemos firmes e fortes, batalhando lado a lado, de mãos dadas em busca da

realização do nosso ideal.

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3

Para se chegar onde quer que seja, não

é preciso dominar a força; basta controlar a

razão

Almir klink

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4

Dedicamos a Deus, por nos dar a

oportunidade de viver e aprender. Aos

nossos familiares e amigos. À Tia Mirian,

Diretora Geral da Faculdade de Colider-

FACIDER, pela oportunidade e pelo incentivo

para concluirmos esta obra. A todos que nos

deram força.

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AGRADECIMENTOS

Agradecemos a todos os professores que, direta ou indiretamente, colaboraram na

realização desse trabalho, nos proporcionando o conhecimento.

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SUMÁRIO

Capítulo I – Elaboração de Projeto

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 11

1.1 CONCEITO .............................................................................................................. 11

1.2 DEFININDO O TEMA E TÍTULO ............................................................................ 12

2 PROJETO DE PESQUISA .................................................................................. 12

3 PRÉ-TEXTUAIS .................................................................................................. 13

3.1 CAPA ........................................................................................................................ 13

3.2 FOLHA DE ROSTO ................................................................................................. 14

3.3 SUMÁRIO................................................................................................................. 14

4 ELEMENTOS TEXTUAIS ................................................................................... 15

4.1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 15

4.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA ...................................................................................... 15

4.3 OBJETIVOS ............................................................................................................. 15

4.3.1 Objetivo(s) geral (is) ............................................................................................ 16

4.3.2 Objetivos específicos ........................................................................................... 16

4.4 JUSTIFICATIVA....................................................................................................... 17

4.5 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA........................................................................... 17

4.6 HIPÓTESE(S) .......................................................................................................... 17

4.7 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................... 18

4.7.1 Citações ................................................................................................................ 18

4.8 CRONOGRAMA ...................................................................................................... 19

5 PÓS-TEXTUAIS .................................................................................................. 19

5.1 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ........................................................................... 20

5.2 APÊNDICES ............................................................................................................ 20

5.3 ANEXOS .................................................................................................................. 20

Capítulo II – Elaboração de Trabalho de Conclusão de Curso

(TCC)

1 ESTRUTURA DE TRABALHOS ACADÊMICOS................................................ 22

2 ELEMENTOS DO PRÉ-TEXTO .......................................................................... 22

2.1 CAPA ........................................................................................................................ 23

2.2 PÁGINA DE ROSTO ............................................................................................... 24

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2.3 FOLHA DE APROVAÇÃO ...................................................................................... 25

2.4 FICHA CATALOGRÁFICA ...................................................................................... 26

2.5 EPÍGRAFE ............................................................................................................... 27

2.6 DEDICATÓRIA ........................................................................................................ 28

2.7 AGRADECIMENTOS .............................................................................................. 29

2.8 SUMÁRIO................................................................................................................. 30

2.9 LISTAS ..................................................................................................................... 30

2.9.1 Listas de figuras (estampas, fotografias, gráficos, lâminas, mapas, etc). ...... 31

2.9.2 Lista de Tabelas ................................................................................................... 31

2.9.3 Listas de Abreviaturas ou Siglas ........................................................................ 31

2.9.4 Lista de Símbolos................................................................................................. 32

2.10 RESUMO ............................................................................................................... 32

2.10.1 Resumo em Português ...................................................................................... 32

2.10.1.1 Texto do resumo ............................................................................................. 32

2.10.2 Resumo em língua estrangeira (obrigatório)................................................... 33

3 ELEMENTOS TEXTUAIS ................................................................................... 33

3.1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 34

3.1.1 Objetivo do Trabalho Conclusão de Curso ....................................................... 34

3.2 DESENVOLVIMENTO ............................................................................................ 34

3.2.1 Revisão da literatura ou quadro teórico ............................................................. 35

3.2.2 Metodologia .......................................................................................................... 35

3.2.2.1 Plano ou delineamento da pesquisa ............................................................... 36

3.2.2 2 Definição da área ou população-alvo do estudo ........................................... 36

3.2.2.3 Plano de amostragem (quando for aplicável) ................................................ 37

3.2.2.4 Plano de coleta de dados ................................................................................ 38

3.2.2.5 Instrumento de coleta de dados ...................................................................... 38

3.2.2.6 Análise e apresentação dos dados ................................................................. 40

3.2.2.7 Apresentação dos Resultados......................................................................... 41

3.2.2.8 Considerações, propostas e sugestões ......................................................... 41

3.2.2.9 Resultados ......................................................................................................... 41

3.2.2.10 Discussão ........................................................................................................ 41

3.2.2.11 Conclusões ...................................................................................................... 42

4 ELEMENTOS DE PÓS –TEXTO ......................................................................... 42

4.1 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 42

4.2 GLOSSÁRIO (OPCIONAL)..................................................................................... 43

4.3 APÊNDICE(S) ......................................................................................................... 43

4.4 ANEXO(S) ................................................................................................................ 44

4.5 ÍNDICE(S) ................................................................................................................ 44

Capítulo III – Elaboração de Artigo

1 CONCEITO ......................................................................................................... 46

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2 OBJETIVO .......................................................................................................... 46

3 ESTRUTURA ...................................................................................................... 48

4 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS ........................................................................... 48

4.1 CABEÇALHO ........................................................................................................... 48

4.2 RESUMO .................................................................................................................. 49

4.2.1 Palavras-chave..................................................................................................... 49

5 ELEMENTOS TEXTUAIS ................................................................................... 50

5.1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 50

5.2 DESENVOLVIMENTO OU CORPO ...................................................................... 50

5.2.1 Metodologia .......................................................................................................... 51

5.2.2 Resultados ............................................................................................................ 51

5.2.3 Discussão ............................................................................................................. 51

5.2.4 Conclusão ............................................................................................................. 52

Capítulo IV – Elaboração de Resenha

1 CONCEITO ......................................................................................................... 54

2 OBJETIVO .......................................................................................................... 55

3 PRÉ-REQUISITOS DA RESENHA ..................................................................... 55

4 IMPORTÂNCIA DA RESENHA .......................................................................... 57

5 ESTRUTURA DA RESENHA CRÍTICA .............................................................. 57

5.1 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ........................................................................... 57

5.2 CREDENCIAIS DO AUTOR ................................................................................... 58

5. 3 CONHECIMENTO .................................................................................................. 58

5.4 CONCLUSÕES DO AUTOR ................................................................................... 58

5.5 QUADRO DE REFERÊNCIA DO AUTOR ............................................................ 58

5.6 APRECIAÇÃO (CRÍTICA) ...................................................................................... 59

7 EXEMPLO DE RESENHA CRÍTICA ................................................................... 59

Capítulo I – Elementos de Apoio ao Texto

1 ELEMENTOS DE APOIO AO TEXTO ................................................................ 72

1.1 COMO FAZER CITAÇÕES ..................................................................................... 72

1.1.1 Um autor ............................................................................................................... 72

1.1.2 Dois autores ......................................................................................................... 72

1.1.3 Mais de três autores ............................................................................................ 73

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1.2 CITAÇÔES LIVRES ................................................................................................ 73

1.3 CITAÇÕES DIRETAS ............................................................................................. 74

1.3.1 Curtas .................................................................................................................... 74

1.3.2 Longas .................................................................................................................. 75

1.4 CITAÇÕES INDIRETAS ......................................................................................... 76

2 METODOLOGIA ................................................................................................. 77

3 NOTAS DE RODAPÉ.......................................................................................... 78

3.1 NO RODAPÉ ............................................................................................................ 79

3.2 NOTAS DE REFERÊNCIA ..................................................................................... 79

3.3 NOTAS EXPLICATIVAS ......................................................................................... 79

4 MODELOS DE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................... 80

5 MODELOS DE REFERÊNCIAS EM MEIO ELETRÔNICO ................................. 82

6 COMO ORGANIZAR SUMÁRIOS ...................................................................... 83

7 NORMAS GRÁFICAS ......................................................................................... 84

7.1 PAPEL E MARGENS .............................................................................................. 85

7.2 TIPO E TAMANHO DE LETRA ............................................................................... 85

7.3 ESPAÇOS DE ENTRELINHAS .............................................................................. 85

7.4 PARÁGRAFOS ........................................................................................................ 86

7.5 NUMERAÇÃO DE PÁGINAS ................................................................................. 86

7.6 ESPACEJAMENTO................................................................................................. 86

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 87

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Capítulo I

ELABORAÇÃO

DE PROJETO

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1 INTRODUÇÃO

Todo trabalho científico deve ser construído a partir da elaboração de um projeto

ou plano de pesquisa. O projeto de pesquisa vai possibilitar o delineamento das idéias

iniciais sobre o problema e sobre a metodologia que será usada no desenvolvimento do

estudo.

Evidentemente, o projeto de pesquisa pode ser modificado, adaptando-se as

novas contingências. A estrutura desse projeto é quase sempre definida pela instituição

que a requisita. Mas qualquer que seja esta estrutura, no projeto deve estar muito claro

o caminho a ser percorrido, as etapas a serem vencidas, os instrumentos e estratégias

a serem utilizados.

Conseqüentemente, o pesquisador caminhará de forma mais segura em todas as

etapas de elaboração do trabalho científico, independentemente do nível de

aprofundamento da pesquisa. A seguir, serão apresentados os elementos essenciais de

um projeto e suas características principais.

1.1 CONCEITO

O projeto é uma das etapas componentes do processo de elaboração, execução

e apresentação da pesquisa. Esta necessita ser planejada com extremo rigor, caso

contrário o investigador, em determinada altura, encontrar-se-á perdido num

emaranhado de dados colhidos, sem saber como dispor dos mesmos ou até

desconhecendo seu significado e importância.

Em uma pesquisa, nada se faz ao acaso. Desde a escolha do tema, fixação dos

objetivos, determinação da metodologia, coleta dos dados, sua análise e interpretação

para a elaboração do relatório final (monografia, dissertação e tese), tudo é previsto no

projeto de pesquisa.

Um projeto de pesquisa deve, portanto, responder às clássicas questões, ou

seja, traçar um caminho eficaz que o conduza a atingir os objetivos a que se propõe.

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Projeto define-se:

o que fazer;

por que fazer;

para quem fazer;

onde fazer;

como, com que, quanto e quando fazer;

com quanto fazer e como pagar;

quem vai fazer.

1.2 DEFININDO O TEMA E TÍTULO

O tema é o assunto que se deseja provar ou desenvolver. Pode surgir de uma

dificuldade prática enfrentada pelo coordenador, da sua curiosidade científica, de

desafios encontrados na leitura de outros trabalhos ou da própria teoria. Pode ter

surgido pela entidade responsável, portanto, “encomendado”, o que, no entanto não lhe

tira o caráter científico.

Independente de sua origem, o tema é, nessa fase, necessariamente amplo,

precisando bem o assunto geral sobre o qual se deseja realizar a pesquisa.

2 PROJETO DE PESQUISA

O Projeto de Pesquisa é um processo de execução, apresentação e

elaboração onde são coletados os dados sobre o assunto (MARCONI E

LAKATOS, 2001, p.104).

O Projeto tem que ter tais pergunta: o quê? , por quê? , para quem? ,

onde? , como? , com quê, quanto e quando? , quem?

O projeto de pesquisa está dividido em três elementos, sendo eles: Pré-Textuais,

Textuais, Pós-Textuais.

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13

Cabe ressaltar que um projeto de pesquisa não possui conclusão. Não há um único modelo para se elaborar um projeto de pesquisa. Uma proposta é apresentada a seguir:

1. INTRODUÇÃO/APRESENTAÇÃO

2. PROBLEMATIZAÇÃO

3. OBJETIVOS

4. JUSTIFICATIVA

5. REVISÃO TEÓRICA

6. METODOLOGIA

7. ORÇAMENTO (OPCIONAL)

8. CRONOGRAMA.

9. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

10. APENDICES / ANEXOS

3 PRÉ-TEXTUAIS

Segundo MARTINS (2001, p.50) “são classificados como pré-textuais os

elementos que antecedem o texto”. No caso dos trabalhos acadêmicos, os elementos

pré-textuais são: a capa, a folha de rosto, agradecimentos, resumo e o sumário.

3.1 CAPA

É um elemento obrigatório, serve para a proteção externa do trabalho e sobre o

qual se imprimem as informações.

a) Instituição a qual é submetida

b) Nome do autor

c) Titulo do trabalho

d) Local e ano.

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3.2 FOLHA DE ROSTO

É a principal informação sobre o objetivo do trabalho e a qual disciplina se

refere. Contém dados essenciais à identificação do trabalho.

a) Nome do autor-responsável intelectual do trabalho;

b) Título principal do trabalho: deve ser claro e preciso, possibilitando a

indexação e recuperação da informação e inserido no centro da página;. Se

houver subtítulo, deve ser evidenciando a sua subordinação, precedido de

dois pontos;.

c) Numero de volumes. (Se houver mais de um, deve constar em cada folha a

numeração referente ao volume);

d) Natureza do Trabalho (Tese, dissertação ou trabalhos acadêmicos, de

conclusão de cursos ou similares);.

Objetivo (Aprovação em disciplina, grau pretendido e outros);

Nome da Instituição a que é submetida;

Área de concentração;

Nome do Orientador e, se houver do co-orientador;

Local (cidade da instituição onde deve ser apresentado);

Ano de deposito (entrega);

3.3 SUMÁRIO

O sumário é enumeração das divisões, seções e demais partes de uma

publicação, na mesma ordem e grafia com a respectiva numeração das páginas iniciais.

Deve ser localizado como último elemento pré-textual. A palavra “sumário” deve estar

centralizada e com a mesma tipologia da fonte utilizada para as seções primárias. Há

subordinação dos itens destacada pela apresentação tipográfica utilizada no texto. Os

elementos pré-textuais (capa, lombada, folha de rosto, errata, folha de aprovação,

dedicatória, agradecimento, epígrafe, resumos, lista de ilustrações, abreviaturas, siglas

e símbolos, sumário) não devem constar no sumário. Os indicativos das seções

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15

devem ser alinhados à esquerda.

4 ELEMENTOS TEXTUAIS

O conjunto formado por elementos textuais é chamado de texto. Os elementos

textuais são: a introdução, o desenvolvimento, objetivos, metodologia, justificativa,

cronograma.

4.1 INTRODUÇÃO

Introduzir um tema, ou um assunto a ser pesquisado, significa apresentá-lo de

modo claro e sucinto.

Para tanto o pesquisador deve apresentar o problema, isto é, deve expor quais

os fatos ou motivos que levam a criar uma hipótese de trabalho, levando o leitor a

compreender qual a pergunta que norteia sua busca e o significado que ela tem para o

pesquisador.

4.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA

Significa selecionar alguns aspectos ou problemas. Informe como irá

“circunscrever” o tema, objeto de estudo, o tópico específico que irá pesquisar. Além da

abrangência da pesquisa, o que significa que você irá demarcá-lo do ponto de vista

teórico.

4.3 OBJETIVOS

Relaciona-se com a visão global do tema e com os procedimentos práticos.

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16

Indicam o que se pretende conhecer, ou medir, ou provar no decorrer da pesquisa,

ou seja, as metas que se deseja alcançar.

Podem ser gerais e específicos. No primeiro caso, indicam uma ação muito

ampla e, no segundo, procuram descrever ações pormenorizadas ou aspectos

detalhados.

Uma ação individual ou coletiva se materializa através de um verbo. Por isso é

importante uma grande precisão na escolha do verbo, escolhendo aquele que

rigorosamente exprime a ação que o pesquisador pretende executar. (BARRETO;

HONORATO, 1998).

Outro critério fundamental na delimitação dos objetivos da pesquisa é a

disponibilidade de recursos financeiros e humanos e de tempo para a execução da

pesquisa, de tal modo que não se corra o risco de torná-la inviável. É preferível diminuir

o recorte da realidade que se perder em um mundo de informações impossíveis de

serem tratadas. (BARRETO; HONORATO, 1998).

4.3.1 Objetivo(s) geral (is)

Indicação do resultado pretendido. Por exemplo: identificar, levantar, descobrir,

caracterizar, descrever, traçar, analisar, explicar, etc.

4.3.2 Objetivos específicos

Indicação das metas das etapas que levarão à realização dos objetivos gerais.

Por exemplo: classificar, aplicar, distinguir, enumerar, exemplificar, selecionar, etc.

Os objetivos precisam ser formulados para responder a questão:

- Para que será feita esta pesquisa?

Alguns dos verbos utilizados na redação dos objetivos costumam ser:

ANALISAR, AVALIAR, COMPREENDER, CONSTATAR, DEMONSTRAR,

DESCREVER, ELABORAR, ENTENDER, ESTUDAR, EXAMINAR, EXPLICAR,

IDENTIFICAR, INFERIR, MENSURAR, VERIFICAR.

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17

Para cada hipótese se estabelece mais de um objetivo específico. Portanto,

quanto mais hipóteses, mais complexa é a pesquisa.

4.4 JUSTIFICATIVA

Esta é a parte crucial do projeto. Por meio dela o pesquisador deverá demonstrar

a importância e necessidade do seu projeto. Aqui o pesquisador deve retomar o

exposto na introdução que declara sua intenção e expor de modo claro e encadeado o

que obteve na literatura consultada e que seja significativo para justificar a pesquisa

que deseja empreender.

A justificativa deve ser elaborada em texto único, sem tópicos.

Seu texto precisa responder duas questões principais:

- O que será pesquisado?

- Por que é relevante social e cientificamente, esta pesquisa?

4.5 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA

Nesta fase do projeto devem-se definir quais as questões a serem resolvidas, de

modo a apresentar as questões específicas, isto é, os problemas a que pretende

responder, ou apontar soluções, com a pesquisa. É a problematização do tema

abordado na pesquisa. É ou são a(s) questão (ões) a ser (em) solucionada(s). Que

questionamentos foram levantados acerca do tema, ao fazer a leitura sobre o assunto

tratado? Que críticas podem ser feitas ao se examinar a questão? (O tempo verbal deve

ser preferencialmente, o condicional – futuro do pretérito, porque suas conjecturas

revelam dúvidas).

Deve-se lembrar que o problema é uma interrogação, que o pesquisador faz à

realidade e que tema não é problema, assim como problemática não é problema!

4.6 HIPÓTESE(S)

Trata-se de uma resposta provisória ao problema da investigação, a qual

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deve(m) ser elaborada(s) a partir de fontes diversas, tais como a observação,

resultados de outras pesquisas, teorias ou mesmo intuição. Deve(m) ser específica(s),

clara, direta. Deve(m) ter conceitos claros.

É preciso não confundir hipótese com pressuposto, com evidência prévia.

Hipótese é o que se pretende demonstrar e não o que já se tem demonstrado evidente,

desde o ponto de partida. [...] “nesses casos não há mais nada a demonstrar, e não se

chegará a nenhuma conquista e o conhecimento não avança” (SEVERINO, 2000, p.

161).

A pesquisa pode confirmar ou refutar a(s) hipótese(s) levantada(s), pois

hipóteses não são perguntas, mas sim afirmações.

4.7 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

A Revisão Bibliográfica trata-se do que foi escrito sobre o tema até então, isto é,

o embasamento teórico da sua pesquisa, que vai fundamentar. Organizar um capítulo

em que você vai expor e analisar o pensamento dos estudiosos da área específica da

pesquisa. Faça uma síntese bem articulada dos elementos teóricos (derivados da

doutrina e/ou da legislação e/ou da jurisprudência) que podem servir de alicerce para a

análise dos dados de sua pesquisa.

A revisão bibliográfica deve permitir saber o que já tem sido feito na área de sua

pesquisa. Isto lhe permitirá consubstanciar cientificamente sua proposta. A revisão

bibliográfica, assim, constitui-se na análise comentada dos trabalhos realizados na

matéria de enfoque de sua pesquisa.

4.7.1 Citações

Em um trabalho científico devemos ter sempre a preocupação de fazer

referências precisas às idéias, frases ou conclusões de outros autores, isto é, citar a

fonte (livro, revista e todo tipo de material produzido gráfica ou eletronicamente) de

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onde são extraídos esses dados. Esse tema será tratado posteriormente.

4.8 CRONOGRAMA

O Cronograma é a previsão de tempo que será gasto na realização do trabalho

de acordo com as atividades a serem cumpridas. As atividades e os períodos serão

definidos a partir das características de cada pesquisa e dos critérios determinados pelo

autor do trabalho. Os períodos podem estar divididos em dias, semanas, quinzenas,

meses, bimestres, trimestres, etc. Eles serão determinados a partir dos critérios de

tempo adotados por cada pesquisador. O texto dessa seção precisa ser elaborado,

respondendo a questão:

-Quando serão realizadas as etapas previstas no projeto de pesquisa?

Cuidado! Só estabeleça etapas que possam ser executadas no prazo disponível.

Exemplo:

ATIVIDADES PERÍODOS jan fev mar abr mai jun jul ago set out

1 Levantamento de literatura X

2 Montagem do Projeto X

3 Coleta de dados X X X

4 Tratamento dos dados X X X X

5 Elaboração do Relatório Final X X X

6 Revisão do texto X

7 Entrega do trabalho X

5 PÓS-TEXTUAIS

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São classificados como pós-textuais os elementos que sucedem o texto. No caso

de trabalhos acadêmicos, os elementos pós-textuais são a bibliografia-conjunto das

referências bibliográficas, glossário , apêndices , anexos e o índice.

5.1 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

As referências utilizadas para a elaboração do projeto e as fontes documentais

previamente identificadas que serão necessárias à pesquisa, devem ser indicadas em

ordem alfabética e dentro das normas técnicas (no Brasil as normas mais utilizadas são

as estabelecidas pela ABNT –Associação Brasileira de Normas Técnicas).

5.2 APÊNDICES

Apêndices são elementos complementares ao projeto e que foram elaborados

pelo pesquisador. Aqui entrariam, por exemplo, questionários, formulários de pesquisa

de campo ou fotografias.

5.3 ANEXOS

Assim como os apêndices, os anexos só devem aparecer nos projetos de

pesquisa se forem extremamente necessários. São textos de autoria de outra pessoa e

não do pesquisador. Por exemplo: mapas, documentos originais, fotografias batidas por

outra pessoa que não o pesquisador.

(Veja como elaborar um sumário / referencia bibliográfica no CAPITULO V deste

manual.)

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21

Capitulo II

ELABORAÇÃO DO TRABALHO

DE CONCLUSÃO DE CURSO

(TCC)

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22

1 ESTRUTURA DE TRABALHOS ACADÊMICOS

Todo documento deve ter uma seqüência e apresentação coerente para propiciar

facilidade de leitura e compreensão. A NBR 14724 da ABNT, apresenta a estrutura que

deve ser utilizada segundo o nível do trabalho e recomendações do orientador. O

quadro abaixo mostra os elementos de cada parte - que podem ser opcionais ou

obrigatórios - e o número da norma técnica que os disciplina.

Estrutura Elementos (em seqüência) NBR/ABNT

Pré-textuais

Capa 14724/2005 Obrigatório

Lombada 12225/2004 Opcional

Folha de rosto * Obrigatório

Errata * Opcional

Folha de aprovação * Obrigatório

Dedicatória * Opcional

Agradecimentos * Opcional

Epígrafe * Opcional

Resumo na língua vernácula 6028/2003 Obrigatório

Resumo em língua estrangeira

* Obrigatório

Lista de ilustrações * Opcional

Lista de tabelas * Opcional

Lista de abreviaturas e siglas * Opcional

Lista de símbolos * Opcional

Sumário 6027/2003 Obrigatório

Textuais

Introdução *

Obrigatórios Desenvolvimento *

Conclusão *

Pós-textuais

Referências 6023/2002 Obrigatório

Glossário * Opcional

Apêndice(s) * Opcional

Anexo(s) * Opcional

Índice(s) 6034/2004 Opcional

Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas

2 ELEMENTOS DO PRÉ-TEXTO

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23

A estrutura do trabalho científico deve apresentar as seguintes etapas:

2.1 CAPA

Toda capa deve incluir os elementos identificadores do projeto de pesquisa. A capa deve conter:

1. Símbolo da Instituição de Ensino

2. Nome da Instituição.

3. Nome do acadêmico.

4. Título do trabalho.

5. Cidade, estado, mês e ano.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas não determina a disposição destes

dados na folha. Assim sendo, esta distribuição deve ser definida pelo professor ou pela

Instituição, para uniformização de seus trabalhos acadêmicos. Todas as escritas têm

que ser fonte 14, letra Arial ou Times New Roman em negritos.

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24

EXEMPLO DE CAPA

2.2 PÁGINA DE ROSTO

É a folha que apresenta os elementos essenciais à identificação do trabalho,

devendo conter:

Nome do acadêmico;

Título do trabalho;

Grau pretendido;

Nome da Instituição a que é submetido;

Área de concentração;

Nome do orientador;

Número do volume se houver mais de um;

Local (cidade);

Ano.

FACÍDER - FACULDADE DE COLÍDER

Maria de Oliveira

MANUAL DE NORMAS PARA

ELABORAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS

Colíder/MT

5/2007

Margem Direita e Inferior

2cm

Margem Superior e Esquerda

3 cm

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25

EXEMPLO DE PÁGINA DE ROSTO

2.3 FOLHA DE APROVAÇÃO

De acordo com a NBR 10520:2002, a folha de aprovação é elemento obrigatório,

colocado logo após a folha de rosto, constituído pelo nome do autor do trabalho, título e

subtítulo (se houver), natureza, objetivo, nome da Instituição a que é submetido, área

de concentração, data de aprovação, nome, titulação e assinatura dos componentes da

banca examinadora e instituições a que pertencem. A data de aprovação e assinaturas

dos membros componentes da Banca Examinadora são colocados após a aprovação

do trabalho. Assim como na folha de rosto, o objetivo, o nome da Instituição a que é

submetida e a área de concentração devem estar alinhados do meio da página para a

margem direita.

MARIA DE OLIVEIRA

MANUAL DE NORMAS DA ABNT PARA ELABORAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS

Trabalho de Conclusão de Curso – TCC – apresentado como exigência parcial para a obtenção de título de Graduação do Curso de Administração, bacharelado, da Faculdade de Colíder – FACIDER.

Professor(a) Orientador(a):

Colíder 2007

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26

EXEMPLO DE FOLHA DE APROVAÇÃO:

TERMO DE APROVAÇÃO

MARIA DE OLIVEIRA

TÍTULO

Trabalho de Conclusão de Curso – TCC – apresentado como exigência

parcial para a obtenção de título de Graduação do Curso de

Administração, bacharelado, da Faculdade de Colíder – FACIDER, pela

seguinte banca examinadora:

Orientador(a):_______________________________

Profº(a).:___________________________________

Profº(a).:___________________________________

Colíder, ______ de __________ 2007

Devemos lembrar que a obrigatoriedade da “Folha de Aprovação” se dá apenas

em casos de ocorrer à apresentação do Trabalho Acadêmico a uma Banca

Examinadora constituída por orientador e membros.

2.4 FICHA CATALOGRÁFICA

Fica localizada no verso da página de rosto e na parte inferior da mesma. Deverá

ser elaborada pelo profissional bibliotecário de sua Unidade ou da Biblioteca Central,

objetivando a padronização das entradas de autor, orientador e definição dos

cabeçalhos de assunto a partir de índices de assuntos reconhecidos

internacionalmente.

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27

EXEMPLO DE FICHA CATALOGRÁFICA:

Velásquez Alegre, Delia Perla Patricia

V541t Técnicas básicas para interações 3D através do

mouse. /

Delia Perla Patricia Velásquez Alegre.-Campinas, SP:

[s.n.],1997.

Orientadora: Wu Shin-Ting

Dissertação (mestrado) - Pontifícia Universidade Católica

do Paraná

Curitiba, Universidade de Engenharia Elétrica e de

Computação.

1. Interação homem-máquina.

2. Interfaces gráficas deusuário (Sistema de

computador).

I. Wu Shin-Ting.

II.Universidade Estadual de Campinas. Faculdade

de Engenharia Elétrica e de Computação.

III. Título.

2.5 EPÍGRAFE

Esta página é opcional, tendo uma citação de um pensamento que, de certa

forma, embasou ou inspirou o trabalho. Pode ocorrer, também, no início de cada

capítulo ou partes principais. Por padrão, a epígrafe fica à margem esquerda inferior da

página, a 8 cm de recuo, com o texto justificado.

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28

EXEMPLO DE EPÍGRAFE:

.

“Os obstáculos são aquelas coisas medonhas, que você vê quando tira os olhos do seu objetivo”

Henry Ford

2.6 DEDICATÓRIA

Está página é opcional, tendo um texto, geralmente curto, no qual o autor presta

alguma homenagem ou dedica o seu trabalho a alguém. A dedicatória deve vir alinhada

na margem inferior esquerda do trabalho, a 8 cm de recuo, com o texto justificado.

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29

EXEMPLO DE DEDICATÓRIA:

DEDICATÓRIA

Meu pai: meu exemplo, meu amigo. Minha mãe, que embora mal soubesse traçar o desenho de seu nome, acabou por tornar-se mestra na escola da vida... Saudades... Meu esposo e filhos que participaram comigo desta conquista.

2.7 AGRADECIMENTOS

Está página é opcional, devendo ser registrados agradecimentos ao orientador,

instituições ou pessoas que cooperaram com o autor. Recomenda-se restringi-los ao

absolutamente necessário.

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30

EXEMPLO DE AGRADECIMENTO:

AGRADECIMENTOS

A Deus: pela força Divina em todos os momentos.

A minha família: pelo incentivo e

compreensão.

A todos aqueles que colaboraram para a realização deste trabalho, incentivando-me.

2.8 SUMÁRIO

Consiste na enumeração dos capítulos do trabalho, na ordem em que aparecem

no texto, com a página inicial de cada capítulo. Deve ser elaborado de acordo com a

Norma ABNT/NBR-6027. Esse assunto será abordado posteriormente.

2.9 LISTAS

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31

São itens opcionais, que relacionam elementos selecionados do texto, na ordem

da ocorrência, com a respectiva indicação de página. As listas se classificam em :

2.9.1 Listas de figuras (estampas, fotografias, gráficos, lâminas, mapas, etc).

Esta lista deve ser elaborada quando tiver um número considerável de figuras.

As listas devem apresentar: o número da figura, sua legenda e a página onde se

encontra.

Ex.:

1 Curvatura do movimento ........................................ 5

2 Vistas ortogonais .................................................... 6

3 Correspondência entre movimentos ....................... 7

4 Representações gráficas ........................................ 7

5 O cursor tridimensional ........................................... 8

6 O cursor skitter e os jacks .......................................10

7 Controladores virtuais .............................................11

8 Manipulação direta ..................................................12

2.9.2 Lista de Tabelas

Esta lista deve ser elaborada quando houver um número considerável de

tabelas. Nesta lista, as tabelas devem ser relacionadas na ordem em que aparecem no

texto, com indicação de seu número, título e página onde se encontra.

2.9.3 Listas de Abreviaturas ou Siglas

Relacionar as abreviaturas ou siglas utilizadas no texto, em ordem alfabética,

seguidas de seus respectivos significados.

Ex.:

Item b: Ibidem ou Ibid. - na mesma obra

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32

Idem ou Id. - do mesmo autor

Op. cit - na obra citada

Loc. cit - no lugar citado

Et seq. - seguinte ou que se segue

Passim - aqui e ali; em vários trechos ou passagens

Cf. - confira

2.9.4 Lista de Símbolos

Relacionar os símbolos utilizados na ordem em que aparecem no texto,

acompanhados de seus respectivos significados.

2.10 RESUMO

2.10.1 Resumo em Português

Deve ser precedido de referência bibliográfica do autor e elaborado de acordo

com a Norma ABNT / NBR-6028.

Redigido pelo próprio autor do trabalho, o resumo deve ser a síntese dos pontos

relevantes do texto, em linguagem clara, concisa e direta. Deve ressaltar o objetivo, o

resultado e as conclusões do trabalho, assim como o método e a técnica empregada

em sua elaboração.

Deve ser redigido na língua original do trabalho e precede o texto, bem como a

tradução para a língua estrangeira (se na língua inglesa usar “Abstract”) que deve ser

inserido logo após o resumo.

2.10.1.1 Texto do resumo

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33

Como todos os trabalhos científicos, a organização do texto deve obedecer a

uma seqüência, ou seja, Introdução, Desenvolvimento e Conclusão, dividindo-se em

capítulos conforme a natureza do assunto. Utiliza-se comumente uma estrutura para a

apresentação dos pontos relevantes do trabalho. Nessa estrutura devem ser indicados:

A natureza do problema estudado;

O resumo deve ressaltar o objetivo, o método, os resultados mais

significativos e as conclusões do documento.

O resumo deve ser composto de uma seqüência de frases concisas,

afirmativas e não de uma enumeração de tópicos. Recomenda-se o uso

de parágrafo único.

Deve-se usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular.

Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas, o resumo deve ter de 150

a 500 palavras em relatórios técnico-científicos e trabalhos acadêmicos, incluindo

trabalho de conclusão de curso (TCC), trabalho de graduação interdisciplinar (TGI),

dissertações, teses e outros. Para a digitação deve ser utilizado espaço 1,5 entre

linhas. Logo abaixo do resumo deve-se indicar a expressão Palavras-chave seguida de

dois pontos e das palavras representativas do conteúdo, finalizadas e separadas entre

si por ponto final.

2.10.2 Resumo em língua estrangeira (obrigatório)

Em folha separada, dever ser inserida logo após o Resumo..Em inglês, Abstract, em espanhol, Resumen, em francês Résumé. Segue o conteúdo do resumo.

Item obrigatório. Deve também ser seguido das Palavras-chave em língua

estrangeira.

3 ELEMENTOS TEXTUAIS

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34

3.1 INTRODUÇÃO

Nesta primeira parte do texto o autor deve incluir:

apresentação geral do assunto do trabalho;

definição sucinta e objetiva do tema abordado;

justificativa sobre a escolha do tema e métodos empregados;

delimitação precisa das fronteiras da pesquisa em relação ao campo e períodos

abrangidos;

esclarecimentos sobre o ponto de vista sob o qual o assunto será tratado;

relacionamento do trabalho com outros da mesma área;

objetivos e finalidades da pesquisa, com especificação dos aspectos que serão

ou não abordados;

natureza e importância do tema;

possíveis contribuições esperadas;

a proposição poderá ser apresentada em capítulo à parte.

3.1.1 Objetivo do Trabalho Conclusão de Curso

Trata-se de uma proposta que se faz com relação à análise, ao estudo e à

pesquisa de um determinado fenômeno, com a finalidade de explicá-lo. É uma proposta

de solução ao problema.

3.2 DESENVOLVIMENTO

Contém a exposição ordenada e pormenorizada do assunto. Divide-se em seções e subseções, que variam em função da abordagem do tema e do método.

-Revisão da Literatura

Referências a trabalhos anteriormente publicados

Limitar-se ao mais importante para o assunto

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35

Mencionar todos os autores e obras nas referências

Oferecer base teórica para o trabalho

– Material e Métodos

Descrição precisa de tudo que foi utilizado

Se inédito, justificar vantagens

Usar ilustrações, se necessário

3.2.1 Revisão da literatura ou quadro teórico

É a apresentação do histórico e evolução científica do aspecto do trabalho,

através da citação e de comentários sobre a literatura considerada relevante e que

serviu de base teórica para o trabalho.

Todos os autores citados na revisão de literatura ou em qualquer das partes do

trabalho deverão constar da listagem final das Referências Bibliográficas.

Deve-se limitar o que é mais relevante para o assunto

3.2.2 Metodologia

A metodologia descreve qual foi o caminho seguido para atingir os objetivos

propostos com o projeto. È a descrição precisa de tudo que foi utilizado. Roesch (1999)

orienta que na metodologia deve estar diluído o cronograma efetivamente desenvolvido

em cada fase de implantação do projeto, ou seja, durante o procedimento da coleta de

dados. Na metodologia, também deve ser relatado o método de desenvolvimento para

realizar a coleta e análise de dados, o plano de coleta e o instrumento utilizado para a

coleta, o plano de análise de dados adotado para descrever e analisar os resultados de

seu estágio.

Resumidamente, essa é a estrutura da metodologia, segundo Roesch (1999, p.

188):

Plano ou delineamento da pesquisa

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36

Definição da área ou população-alvo do estudo

Plano de amostragem (quando for aplicável)

Plano de coleta de dados

Instrumento de coleta de dados

Cronograma desenvolvido e comentários sobre o processo

da coleta de dados. Inclui relato de qualquer desvio em

relação ao projeto original, tendo em vista dificuldades de

acesso aos dados ou tempo para concluir o planejado.

A seguir, os itens acima relacionados e os aspectos principais de cada um, em

conformidade com os estudos realizados em Roesch (1999, p. 118 - 174).

3.2.2.1 Plano ou delineamento da pesquisa

No plano de pesquisa, declara-se o problema tornou-se pesquisável, qual o tipo

de pesquisa utilizado, ou a combinação de tipos de pesquisa (Avaliação de resultados,

avaliação formativa, pesquisa-diagnóstica, proposição de planos), apontando quem foi

pesquisado e quais as questões levantadas que foram analisadas na composição do

trabalho.

3.2.2 2 Definição da área ou população-alvo do estudo

Na definição da área, compõe-se uma descrição da estrutura da área em estudo,

incluindo a quantidade de pessoas que nela atuam, englobando toda a organização ou

o setor específico no qual está sendo aplicado o estudo. Geralmente, esta definição

ocorre em propostas que visam diagnosticar, propor planos ou sistemas. Se for

pesquisa de mercado, sobre aspectos do ambiente (Marketing, com pesquisa com

clientes, competidores, fornecedores), deve ser apresentada uma descrição da

população-alvo.

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37

3.2.2.3 Plano de amostragem (quando for aplicável)

A população (ou universo da pesquisa) é a totalidade de indivíduos que possuem

as mesmas características definidas para um determinado estudo. Amostra é parte da

população ou do universo, selecionada de acordo com uma regra ou plano. A amostra

pode ser probabilística e não-probabilística.

Amostras não-probabilísticas:

amostras acidentais: compostas por acaso, com pessoas que vão

aparecendo;

amostras por quotas: diversos elementos constantes da população/universo,

na mesma proporção;

amostras intencionais: escolhidos casos para a amostra que representem o

“bom julgamento” da população/ universo.

Amostras probabilísticas são compostas por sorteio:

amostras casuais simples: cada elemento da população tem oportunidade

igual de ser incluído na amostra;

amostras casuais estratificadas: cada estrato, definido previamente, estará

representado na amostra;

amostras por agrupamento: reunião de amostras representativas de uma

população.

Recomenda-se a aplicação de técnicas estatísticas quando houver necessidade

de definir as amostras. BARBETTA (1999) fornece uma abordagem:

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38

determinar estágio cognitivo de análise: os verbos analisar, classificar,

comparar, constatar, criticar, debater, diferenciar, distinguir, examinar, provar,

investigar e experimentar;

determinar estágio cognitivo de síntese: os verbos articular, compor,

constituir, coordenar, reunir, organizar e esquematizar;

determinar estágio cognitivo de avaliação: os verbos apreciar, avaliar,

eliminar, escolher, estimar, julgar, preferir, selecionar, validar e valorizar.

3.2.2.4 Plano de coleta de dados

Esta é a fase em que se obtêm os dados primários, através de entrevistas,

questionários, observações ou dados, especificando-se a fonte dos dados coletados,

quando foram coletados, através de quais instrumentos (devem ser anexados ao

trabalho todos os instrumentos utilizados, como roteiro de entrevistas ou questionário).

Nesta etapa vocês farão a pesquisa de campo propriamente dita. Para obter êxito neste

processo, duas qualidades são fundamentais: a paciência e a persistência. Ressalta-se

também que é importante elaborar e testar o instrumento de coleta com antecedência

para se corrigir possíveis falhas nos instrumentos.

3.2.2.5 Instrumento de coleta de dados

A definição do instrumento de coleta de dados dependerá dos objetivos que se

pretende alcançar com a pesquisa e do universo a ser investigado, para tal os

instrumentos de coleta de dados mais tradicionais são:

Observação: Quando se utilizam os sentidos na obtenção de dados de

determinados aspectos da realidade. A observação pode ser:

observação assistemática: não tem planejamento e controle previamente

elaborados;

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39

observação sistemática: tem planejamento, realiza-se em condições controladas

para responder aos propósitos preestabelecidos;

observação não-participante: o pesquisador presencia o fato, mas não participa;

observação individual: realizada por um pesquisador;

observação em equipe: feita por um grupo de pessoas;

observação na vida real: registro de dados à medida que ocorrem;

observação em laboratório: onde tudo é controlado.

Entrevista: É a obtenção de informações de um entrevistado, sobre determinado

assunto ou problema. A entrevista pode ser:

padronizada ou estruturada: roteiro previamente estabelecido;

despadronizada ou não-estruturada: não existe rigidez de roteiro. Algumas

questões podem ser exploradas mais amplamente.

Questionário: É uma série ordenada de perguntas que devem ser respondidas

por escrito pelo informante. O questionário deve ser objetivo, limitado em extensão e

estar acompanhado de instruções As instruções devem esclarecer o propósito de sua

aplicação, ressaltar a importância da colaboração do informante e facilitar o

preenchimento. As perguntas do questionário podem ser:

abertas: Qual é a sua opinião?;

fechadas: duas escolhas: sim ou não;

de múltiplas escolhas: fechadas com uma série de respostas possíveis.

Com relação à construção do questionário se faz algumas recomendações úteis.

Entre elas destacam-se:

questionário deverá ser construído em blocos temáticos obedecendo a uma

ordem lógica na elaboração das perguntas;

a redação das perguntas deverá ser feita em linguagem compreensível ao

informante. A linguagem deverá ser acessível ao entendimento da média da

população estudada. A formulação das perguntas deverá evitar a

possibilidade de interpretação dúbia, sugerir ou induzir a resposta;

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cada pergunta deverá focar apenas uma questão para ser analisada pelo

informante;

o questionário deverá conter apenas as perguntas relacionadas aos objetivos

da pesquisa. Devem ser evitadas perguntas que, de antemão, já se sabe que

não serão respondidas com honestidade.

Formulário: É uma coleção de questões e anotadas por um entrevistador numa

situação face a face com a outra pessoa (o informante).

É importante observar que o instrumento de coleta de dados escolhido deverá

proporcionar uma interação efetiva entre o estagiário, os informantes e o trabalho que

está sendo realizado. Para facilitar o processo de tabulação de dados por meio de

suportes computacionais, as questões e suas respostas devem ser previamente

codificadas. A coleta de dados estará relacionada com o problema ou os pressupostos

do trabalho e objetiva obter elementos para que os objetivos propostos no trabalho

possam ser alcançados.

Neste estágio vocês escolhem também as possíveis formas de tabulação e

apresentação de dados e os meios (os métodos estatísticos, os instrumentos manuais

ou computacionais) que serão usados para facilitar a interpretação e análise dos

dados.

3.2.2.6 Análise e apresentação dos dados

A análise e discussão dos resultados é a etapa em que são analisados e

interpretados os dados tabulados e organizados na etapa anterior. A análise deve ser

feita para atender aos objetivos da pesquisa e para comparar e confrontar dados e

provas com o objetivo de confirmar ou rejeitar a(s) hipótese(s) ou os pressupostos da

pesquisa. Na análise, é possível fazer comparações dos resultados com outros projetos

ou situações, envolvendo o uso de tabelas e gráficos, ou, ainda, de estatísticas,

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41

idealmente, os resultados são analisados sob orientação dos modelos teóricos (revisão

de literatura).

3.2.2.7 Apresentação dos Resultados

Nesta etapa já se têm condições de sintetizar os resultados obtidos com o

trabalho. Deve-se explicitar se os objetivos foram atingidos, se a(s) hipótese(s) ou os

pressupostos foram confirmados ou rejeitados. E, principalmente, deve-se ressaltar a

contribuição da pesquisa para o meio acadêmico ou para o desenvolvimento da ciência

e da tecnologia.

3.2.2.8 Considerações, propostas e sugestões

Dependendo do tipo de projeto desenvolvido, o conteúdo do capítulo poderá

tratar de:

- resumo e conclusões de uma pesquisa

- apresentação de um plano/programa

- sugestões para a melhoria de um plano/programa

- sugestões para a implantação ou implementação de um plano/programa.

3.2.2.9 Resultados

Os resultados obtidos devem ser apresentados em ordem cronológica, estejam

ou não de acordo com o ponto de vista do pesquisador.

3.2.2.10 Discussão

Recomenda-se que a discussão seja uma objetiva consideração dos resultados

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42

apresentados anteriormente e conduza as principais conclusões. Neste item o autor

tem maior liberdade de expressão.

3.2.2.11 Conclusões

Devem ser fundamentadas nos resultados e na discussão, contendo deduções

lógicas e correspondentes, em número igual ou superior aos objetivos propostos.

Refere-se à Introdução, fechando-se sobre o início do trabalho.Deve ser breve.

4 ELEMENTOS DE PÓS –TEXTO

4.1 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Item obrigatório. Conjunto padronizado de elementos descritivos, que permite a

identificação, no todo ou em parte, de documentos impressos ou registrados nos diversos suportes existentes. (NBR 6023/2002 da ABNT).”

Os elementos devem ser apresentados em seqüência padronizada.

As referências são alinhadas somente à margem esquerda do texto, em espaço simples e separadas entre si por espaço duplo.

Todas as referências de um documento devem seguir o mesmo padrão.

Existem diferenças entre referências, referências bibliográficas e bibliografia,

sendo que a palavra referências indica as obras efetivamente citadas no trabalho em

questão.e quando usada sozinha, pode indicar diferentes tipos de obras, como livros,

periódicos ou documentos, sejam manuscritos, impressos ou em meio eletrônico.

Quando o trabalho apresentar somente citações de obras publicadas em papel, utiliza-

se o termo referências bibliográficas. Já a palavra bibliografia indica todas as leituras

feitas pelo pesquisador durante o processo de pesquisa.

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(Ver modelos de referências bibliográficas no Capitulo V)

4.2 GLOSSÁRIO (OPCIONAL)

Lista de palavras pouco conhecidas, de sentido obscuro ou de uso muito restrito,

(explicação dos termos técnicos, verbetes ou expressões) que constem do texto.

Elaborado em ordem alfabética.

Exemplo de glossário:

AUTOR - Pessoa a quem cabe a responsabilidade principal pela criação do

conteúdo intelectual ou artístico de uma obra.

CITAÇÃO - Menção de uma informação obtida em outra fonte.

NOTAS DE RODAPÉ - Anotações colocadas ao pé da página, com a finalidade de

transmitir informações que não foram incluídas no texto.

RESENHA - Síntese ou comentário sobre uma obra científica, literária, etc. Pode

limitar-se a uma exposição objetiva do texto resenhado ou tecer comentários úteis e

interpretativos. Em geral é realizada por um especialista que domina o assunto.

RESUMO - Apresentação concisa dos pontos relevantes de um texto

4.3 APÊNDICE(S)

Material(is) complementar(es) que quando necessário, servem para esclarecer

e/ou complementar um raciocínio. Os apêndices são elaborados pelo autor e devem ser

acrescidos no final do documento. São identificados por letras maiúsculas consecutivas,

travessão e pelos respectivos títulos.

Exemplo:

APÊNDICE A – Avaliação numérica de células inflamatórias totais aos quatro dias

de evolução.

APÊNDICE B – Avaliação de células musculares presentes nas caudas em

regeneração.”

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4.4 ANEXO(S)

Documento(s) complementar(es) e/ou comprobatório(s) do texto - não

elaborado(s) pelo autor - , que serve(m) para fundamentar, comprovar ou ilustrar. São

identificados por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos.

Exemplo:

ANEXO A – Abreviatura dos meses

ANEXO B – Relação das normas da ABNT sobre documentação

Observe que:

A indicação, no decorrer do texto, de um determinado apêndice ou anexo que faça

parte da frase deve ser feita com a letra inicial maiúscula e a letra indicativa também

maiúscula. Não fazendo parte da frase, a indicação de algum apêndice ou anexo deve

ser feita com toda a palavra escrita em letras maiúsculas inclusive a letra indicativa e

entre parênteses.

Exemplo 1: A relação das normas da ABNT sobre documentação está descrita no

Apêndice F.

Exemplo 2: A folha de rosto é um item obrigatório (ANEXO C).

4.5 ÍNDICE(S)

Item opcional. Lista(s) de entradas remetendo para as informações contidas no

texto. Quanto ao enfoque o índice pode ser de: autor, assunto, pessoa e entidade e

outros, podendo-se optar pelo índice geral em que se combinam duas ou mais

categorias. Deve cobrir todas as informações contidas na obra, com as entradas em

linhas separadas, e os subcabeçalhos em recuo da esquerda para a direita.

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Capítulo III

ELABORAÇÃO DE

ARTIGO

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1 CONCEITO

Os artigos científicos são pequenos estudos, porém completos, e que tratam de

uma questão verdadeiramente cientifica, mas que não se constituem em matéria de um

livro.

Apresentam o resultado de estudos ou pesquisas e distingue-se dos diferentes

tipos de trabalhos científicos pela sua reduzida dimensão e conteúdo.

São publicados em revistas ou periódicos especializados e formam a relação

principal deles.

Não deve ser confundido com o artigo simples que aparece em jornal, revista ou

outro veículo de comunicação, criticando ou analisando determinado assunto. Neste

caso, é apenas um texto opinativo escrito por um colunista, jornalista ou analista

especializado em uma área do conhecimento humano. O artigo científico como resumo

completo de uma pesquisa é produzido para ser publicado em uma (revista)

especializada.

2 OBJETIVO

O objetivo é divulgar reflexões e resultados de uma pesquisa experimental ou

documental, de um trabalho concluído ou em andamento. A importância desse artigo é

a possibilidade de intercâmbio cientifico para o progresso social e acadêmico de um

campo da ciência ou da arte

Comunicar os resultados de pesquisas, idéias e debates de uma maneira clara,

concisa e fidedigna.

Servir de medida da produtividade (qualitativa e quantitativa) individual dos

autores e das Instituições a qual servem.

Servir de medida nas decisões referentes à contratação, promoção e

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estabilidade no emprego.

É um bom veículo para clarificar e depurar suas idéias.

Um artigo reflete a análise de um dado assunto, num certo período de tempo.

Serve de meio de comunicação e de intercâmbio de idéias entre cientistas da

sua área de atuação.

Levar os resultados do teste de uma hipótese, provar uma teoria (tese, trabalho

científico).

Registrar, transmitir algumas observações originais.

Servir para rever o estado de um dado campo de pesquisa.

Para escrever um bom artigo é preciso ser audaz e:

Seguir as regras gramaticais guardando fidelidade à linguagem oficial;

Verificar a terminologia aplicada ao tema;

Evitar neologismos;

Observar que a diversidade vocabular é desejável, mas não é o mais importante:

a simplicidade e o objetivo são prioritários;

Evitar termos repetitivos enriquece o conteúdo e impede que o artigo se torne

enfadonho;

Ter sempre à mão todo o material necessário para a elaboração do artigo

evitando interrupções que tiram a concentração.

Elaborar sempre rascunhos e fazer revisões, antes da publicação;

Ser fiel às origens (fontes) das citações garante a sustentação da sua

idoneidade;

Ter imparcialidade quando o tema sugerido (principalmente os de natureza

polêmica), implicar na observância das diferenças culturais e sociais;

Ser autêntico pois as suas idéias dizem exatamente quem é você;

Preocupar-se com a formatação padrão, fixar em negrito no parágrafo

introdutório o título do artigo, e incluir categorias no artigo;

Ser claro quanto ao significado do termo abordado;

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Escrever períodos curtos e objetivos.

3 ESTRUTURA

O artigo científico tem a mesma estrutura orgânica exigida para trabalhos

científicos. O artigo deve conter apenas:

nome do autor

titulo

identificação do autor em nota de rodapé

resumo (destacado do texto principal) 250 palavras

texto principal

A estrutura de um artigo é composta de elementos pré – textuais, elementos textuais

e elementos pós-textuais.

4 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS

4.1 CABEÇALHO

O cabeçalho é composto de:

Título do artigo, que deve ser centralizado e em negrito;

Nome do(s) autor (es), com alinhamento à direita;

Breve currículo do(s) autor (es), a critério do editor, que pode aparecer no

cabeçalho ou em nota de rodapé.

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4.2 RESUMO

Resumo é a apresentação concisa do texto, destacando seus aspectos de maior

relevância.

Na elaboração do resumo, deve-se:

a) apresentar o resumo precedendo o texto, e escrito na mesma língua deste;

b) incluir obrigatoriamente um resumo em português, no caso de artigos em

língua estrangeira publicada em periódicos brasileiros;

c) redigir em um único parágrafo, em entrelinhas menores, sem recuo de

parágrafo;

d) redigir com frases completas e não com seqüência de títulos;

e) empregar termos geralmente aceitos e não apenas os de uso particular;

f) expressar na primeira frase do resumo o assunto tratado, situando-o no tempo

e no espaço, caso o título do artigo não seja suficientemente explícito;

g) dar preferência ao uso da terceira pessoa do singular;

h) evitar o uso de citações bibliográficas;

i) ressaltar os objetivos, os métodos, os resultados e as conclusões do trabalho;

l) elaborar o resumo com, no máximo, 250 palavras.

4.2.1 Palavras-chave

Às vezes, editores solicitam a inclusão de um conjunto de Palavras-chave que

caracterizem o seu artigo. Estas palavras serão usadas posteriormente para permitir

que o artigo seja encontrado por sistemas eletrônicos de busca. Por isso, você deve

escolher Palavras-chave abrangentes, mas que ao mesmo tempo identifiquem o artigo.

Um bom critério é selecionar as palavras que você usaria para procurar na Web um

artigo semelhante ao seu.

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5 ELEMENTOS TEXTUAIS

São os elementos que compõem o texto do artigo. Dividem-se em introdução,

desenvolvimento e conclusão.

5.1 INTRODUÇÃO

A introdução expõe o tema do artigo, relaciona-o com a literatura consultada,

apresenta os objetivos e a finalidade do trabalho. Trata-se do elemento explicativo do

autor para o leitor.

A introdução é um apanhado geral do conteúdo do seu artigo científico sem

entrar em muitos detalhes. Apenas poucos parágrafos são o suficiente. Descreva

brevemente a importância da área de estudo. Especifique a relevância da publicação do

seu artigo, ou seja, explique como o seu trabalho contribui para ampliar o conhecimento

em uma determinada área da ciência, ou se ele apresenta novos métodos para resolver

um problema. Apresente uma revisão da literatura recente (publicada nos últimos cinco

anos), específica sobre o tópico abordado, ou forneça um histórico do problema.

Para se escrever uma introdução informativa para o seu artigo, você deverá estar

familiarizado com o problema. A introdução deve apresentar a evolução natural de sua

pesquisa. Ela pode ser elaborada após você escrever Discussão e Conclusões. Assim

você terá uma boa idéia do que incluir na sua introdução.

5.2 DESENVOLVIMENTO OU CORPO

O desenvolvimento ou corpo, como parte principal e mais extensa do artigo, visa

expor as principais idéias. É, em essência, a fundamentação lógica do trabalho.

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Dependendo do assunto tratado, existe a necessidade de se subdividir o

desenvolvimento nas etapas que seguem.

5.2.1 Metodologia

Metodologia é a descrição precisa dos métodos, materiais, técnicas e

equipamentos utilizados. Deve permitir a repetição do experimento ou estudo com a

mesma exatidão por outros pesquisadores.

Este item descreve as etapas de definição de termos e de variáveis, a

delimitação do universo estudado (população e amostra), a técnica de coleta de dados,

as limitações da pesquisa.

Deve sempre ser escrito com o verbo no tempo passado, pois descreve o que já

foi feito. (selecionou-se, pretendeu-se...)

Nesta parte do trabalho podem ser usados subtítulos para as partes.

5.2.2 Resultados

Parte designada a apresentar os resultados alcançados após a aplicação do

método, de forma direta, objetiva, sucinta e clara, apontando sua significância e sua

relevância.

Normalmente são utilizadas tabelas e figuras nessa parte do artigo.O texto que

explica as tabelas e figuras deve ser breve, claro, utilizando o verbo no tempo passado

e na forma impessoal.

5.2.3 Discussão

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Tem a finalidade de mostrar as relações existentes entre os dados coletados na

pesquisa. Aqui se interpreta, critica, justifica e enfatiza os resultados encontrados.

Discute os resultados encontrados na pesquisa realizada e os compara com os

resultados de pesquisas anteriores (caso se tenha realizado revisão de literatura) e

deve ser realizado juntamente com a argumentação.

5.2.4 Conclusão

A conclusão destaca os resultados obtidos na pesquisa ou estudo. Deve ser

breve, podendo incluir recomendações ou sugestões para outras pesquisas na área.

Maior que a satisfação de poder escrever um artigo expressando as suas idéias

de uma forma clara, precisa, concisa e atraente, é o prazer alcançado quando o seu

artigo científico é reconhecido e citado por colegas pesquisadores, assim como quando

ele é arquivado e perpetuado através de sua publicação. Quanto mais experiência se

ganha escrevendo novos artigos, mais fácil e rápido se torna escrever publicações de

qualidade.

Para a conclusão recomenda-se que a mesma tenha entre 25 e 35 páginas,

devendo possuir :

essencialidade- síntese marcante e interpretativa dos principais argumentos do

estudo;

brevidade- concisa, enérgica, exata, firme e convincente, arrematando o que se

descreveu;

personalidade- define o ponto de vista do autor.

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Capítulo IV

ELABORAÇÃO DE RESENHA

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1 CONCEITO

Para ter a habilidade de elaborar uma resenha, primeiramente é necessário

saber o que é uma resenha. Resenhar é fazer uma recensão – apreciação breve de um

livro ou de um escrito – isto é, a resenha é um resumo sucinto um livro, artigo ou

qualquer tipo de texto científico.

A resenha pode ser descritiva, (bibliográfica) ou crítica. A resenha descritiva

apresenta um texto minucioso, compreendendo certo número de fatos que se limita a

resumir o conteúdo de um livro, de um capítulo, um artigo ou outro tipo de texto sem

qualquer crítica ou julgamento de valor. Trata-se de um texto informativo, pois o objetivo

principal é informar o leitor dos componentes (estrutura e assunto) da obra.

A resenha crítica, por sua vez, segundo LAKATOS e MARCONI (1999, p. 264),

“é a apresentação do conteúdo de uma obra. Consiste na leitura, no resumo, na crítica

e na formulação de um conceito de valor do livro feitos pelo resenhista.” Neste sentido,

de forma sucinta, fazer uma resenha significa resumir, sintetizar, destacar os pontos

principais de uma obra científica.

Enfatiza-se que a resenha crítica contém uma parte descritiva do assunto tratado

no texto resenhado. Por isso é que se diz: a resenha crítica compreende duas

abordagens: uma abordagem objetiva (onde se descreve o assunto ou algo que foi

observado, sem emitir juízo de valor); e uma abordagem subjetiva (apreciação crítica

onde se evidenciam os juízos de valor de quem está elaborando a resenha crítica).

MARCONI e LAKATOS, (1999), acrescentam que a Resenha Crítica é um

trabalho acadêmico situado no segundo nível do trabalho científico, pois resenhar não é

apenas sintetizar, resumir um texto, artigo, capítulo ou obra, porém consiste na

apresentação condensada do seu conteúdo, acompanhada de comentários críticos, isto

é, de “um juízo imparcial do valor, conteúdo e exposição de determinada questão”

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É importante notar que a resenha, em geral, é elaborada por um cientista que,

além do conhecimento sobre o assunto, tem capacidade de juízo crítico mais

desenvolvido. Também pode ser realizada por estudantes; neste caso, o estudante

esforça-se para realizar o exercício de compreensão e crítica inicial necessário à vida

acadêmica (MARCONI e LAKATOS,1999).

Para PÁDUA (1988, apud MARCONI e LAKATOS, 1999), ao fazer resenhas o

universitário aprende a analisar os argumentos utilizados para demonstrar, provar e

descrever determinado tema.

2 OBJETIVO

A resenha tem como finalidade informar o leitor, de modo prático e educado,

sobre o assunto tratado no livro, destacando a contribuição do autor sobre novas

abordagens, novos conhecimentos, novas teorias. A Resenha propõe-se, deste modo,

a oferecer uma síntese das idéias principais da obra, assinalando falhas que possam

identificar, erros de informação, sem maiores detalhes, ao mesmo tempo em que pode

tecer elogios ao valor que a obra apresenta em termos de idéias. Ao resenhista é

sempre bom lembrar que, mesmo sendo competente no assunto tratado, ele não pode

fazer juízo de valor ou mesmo desvirtuar qualquer pensamento do autor contido na

obra.(MARCONI e LAKATOS,1999).

3 PRÉ-REQUISITOS DA RESENHA

Com o objetivo de fazer uma resenha, é preciso seguir alguns procedimentos de

leitura e escrita essenciais ao resultado positivo da mesma. São eles:

Leitura total da obra a ser resenhada;

Leitura pormenorizada, fazendo os destaques da partes mais significativas, que

servirão de fio condutor para elaboração do texto da resenha;

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Elaboração de um esquema com as principais etapas a serem desenvolvidas

pela resenha;

Construção do texto propriamente dito;

Revisão do texto, correção e aprimoramento.

MARCONI e LAKATOS (1999, p. 264), citam SALVADOR (1982) para destacar

que, ao fazer uma resenha crítica, deve-se dar atenção a alguns requisitos necessários.

São eles:

a) conhecimento completo do artigo ou obra;

b) competência na matéria;

c) capacidade de juízo de valor;

d) correção e urbanidade;

e) fidelidade ao pensamento do autor.

Isto significa que:

não se deve limitar à leitura do índice, prefácio e de um ou outro capítulo,

mas exige-se um minucioso estudo analítico do artigo ou obra;

não tendo o conhecimento necessário, deve-se buscá-lo porque um

julgamento raso torna o trabalho de resenha crítica uma mera análise sem

fundamento;

deve-se ler, expor e julgar imparcialmente e sem preconceitos, não julgando o

quanto as conclusões do autor são ajustadas às opiniões do resenhista, mas

se foram deduzidas corretamente;

mostrar os aspectos positivos e as carências da obra resenhada;

não alterar o pensamento do autor, tornando falso suas opiniões.

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4 IMPORTÂNCIA DA RESENHA

Quando se depara com a vasta bibliografia técnica e científica e com a escassez

de tempo para leituras nas áreas de interesse, a resenha é um recurso viável para

solucionar esses problemas, tendo em vista a sua concisão de fatos. Deste modo, é de

grande utilidade porque facilita o trabalho intelectual ao oferecer um comentário sucinto

sobre obras e uma avaliação crítica da mesma. As informações contidas em resenhas

ajudam na decisão de ler ou não um determinado livro ou artigo.

A fim de ter essa importância para quem lê, a resenha deve responder, segundo

BARRAS (1979, apud MARCONI e LAKATOS, 1999, p. 265), a uma série de questões.

Entre elas:

a) assunto, características, abordagens;

b) conhecimentos anteriores, direcionamento;

c) acessível, interessante, agradável;

d) útil, comparável;

e) disposição correta, ilustrações adequadas.

5 ESTRUTURA DA RESENHA CRÍTICA

De acordo com MARCONI e LAKATOS (1999, p. 265), a Resenha Crítica

apresenta a seguinte estrutura:

5.1 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Autor (es)

Título (subtítulo)

Imprensa (local da edição, editora, data)

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Número de páginas

Ilustração (tabelas, gráficos, fotos etc.)

5.2 CREDENCIAIS DO AUTOR

Informações gerais sobre o autor (área do conhecimento)

Autoridade no campo científico

Quem fez o estudo?

Quando? Por quê? Onde?

5. 3 CONHECIMENTO

Resumo minucioso das idéias principais (descrição do conteúdo dos capítulos ou

partes)

De que trata a obra? O que diz?

Possui alguma característica especial?

Como foi abordado o assunto?

Exige conhecimentos prévios para entendê-lo?

5.4 CONCLUSÕES DO AUTOR

O autor faz conclusões? (ou não?)

Onde foram colocadas? (no final do livro ou no final dos capítulos?)

Quais foram?

5.5 QUADRO DE REFERÊNCIA DO AUTOR

Modelo teórico

Que teoria serviu de embasamento?

Qual o método utilizado?

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5.6 APRECIAÇÃO (CRÍTICA)

a) Julgamento da obra do ponto de vista metodológico:

Como se situa o autor em relação:

- às escolas ou correntes científicas, filosóficas, culturais?

- às circunstâncias culturais, sociais, econômicas, históricas etc.?

b) Mérito da obra:

- Qual a contribuição dada à ciência?

- Idéias e/ou resultados verdadeiros, originais, criativos?

- Conhecimentos novos, amplos, abordagem diferente?

c) Estilo:

- Conciso, objetivo, simples?

- Claro, preciso, coerente?

- Linguagem correta? Ou o contrário?

d) Forma:

- Lógica, sistematizada?

- Há originalidade e equilíbrio na disposição das partes?

e) Indicação da Obra

- A quem é dirigida: grande público, especialistas, estudantes, leitores em geral?

- Fornece subsídios para o estudo de que disciplina?

- Pode ser adotado em tipo de curso?

7 EXEMPLO DE RESENHA CRÍTICA

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Uma crítica à economia política da terceira via – Por Alvaro Bianchi1 BRAGA,

Ruy.. A nostalgia do Fordismo. Modernização e crise na teoria da sociedade salarial.

São Paulo: Xamã, 2003.

Nesta resenha, pretendo mostrar como A nostalgia do Fordismo, de Ruy Braga,

constitui-se em uma obra madura capaz de inspirar a ação política e teórica dos sujeitos

comprometidos com a transformação do presente. Para tal considero necessário cotejar

essa obra com A restauração do capital, livro publicado pelo mesmo autor em 1997.

Braga é professor de Sociologia da Universidade de São Paulo (USP) e

secretário de redação da revista Outubro. Como seu amigo e colaborador há mais de

seis anos, discuti com ele muitas das questões que serão aqui tratadas, preservando a

mútua independência e a autonomia crítica. Considerando essas questões relevantes,

nada melhor do que as tornar públicas e estimular um debate sobre os caminhos

teóricos abertos pelo autor.

Entrei em contato com Braga por meio da revisão de sua primeira obra solo, A

restauração do capital. O livro era extremamente ambicioso, mas não é essa uma de

suas virtudes. Dividido em duas partes, desconstruía, na primeira, as teses sobre a

abolição do trabalho e os argumentos do pós-fordismo, por meio da crítica de

Habermas, Gorz e Kurz, Piore, Sabel, Aglietta e Coriat. A seguir, na segunda parte,

utilizando os conceitos de crise orgânica e revolução passiva de Antônio Gramsci,

explicitava as estratégias de passivação do Estado e das forças produtivas: "O

neoliberalismo corresponderia ao processo de passivização [sic] no nível do aparelho e

da formas estruturais da intervenção estatal, assim como a reestruturação produtiva em

curso encarnaria esse mesmo movimento no âmbito do sistema das forças produtivas"

(BRAGA, 1997, p. 213).

A força da tese não se encontra no enfoque dado ao neoliberalismo, muito

embora o tratamento a partir das categorias gramscianas seja um exercício teórico

levado a cabo com competência. Seu vigor está na politização do debate sobre a

reestruturação produtiva. A crítica ao pós-fordismo já havia, é verdade, enquadrado as

transformações no universo produtivo no conjunto de mudanças econômicas que

Álvaro Bianchi ([email protected]) é Doutor em Ciências Sociais pela Universidade Estadual

de Campinas (UNICAMP) e Professor do Departamento de Ciência Política da mesma universidade.

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permitiram uma recomposição da taxa de lucro e da acumulação do capital (cf.

HARVEY, 1992). Faltava ainda – e essa é a contribuição de A restauração do capital –

enfatizar as dimensões políticas dessas transformações: a reestruturação produtiva

como revolução passiva capaz de fragmentar e imobilizar a classe operária. A tese,

desenvolvendo-se como análise da relação de forças sociais, rompia com o

determinismo tecnológico predominante no debate e apresentava-se como crítica

prática.

Duas resenhas àquela obra merecem comentários. Em ambas são ressaltadas a

capacidade analítica do autor e sua ruptura com as concepções dominantes. Mas elas

também se destacam por indicar aquilo que seriam os pontos fracos da obra. A primeira

delas, de Jesus Ranieri (1997), publicada na Revista de Sociologia e Política, destaca

as imprecisões conceituais de Braga e a indefinição de seus conceitos de forças

produtivas e luta de classes, em primeiro lugar: "A dificuldade maior está no fato de que

a partir de um conteúdo suposto e abstratamente dado retira a substância

verdadeiramente dinâmica do real, na medida em que se parte de um modelo pré-

estabelecido (mas que só existe na cabeça do autor) que aglutina no seu interior

diagnósticos e posições visceralmente distintos: é a realidade que cabe no modelo (de

forças produtivas e luta de classes) e não o modelo que corresponde à realidade (das

forças produtivas e da luta de classes)" (idem, p. 214).

Na segunda delas, publicada na revista Crítica Marxista, Hector Benoit (1997),

colocando-se no mesmo campo político-teórico de Braga, aponta quatro problemas

que, segundo ele, mereceriam reparos: o primeiro é a ausência do tema da crise de

direção da classe trabalhadora como elemento constitutivo da crise orgânica; o

segundo é a ausência de um tratamento mais aprofundado do Marx de O capital,

notadamente da seção IV; o terceiro é a utilização acrítica da leitura de Eric Hobsbawm

sobre o século XX e o quarto é a presença de um jargão pós-gramsciano, que Benoit

identifica nas citações de André Tosel e que retirariam força e clareza do argumento.

A partir dessas considerações de Ranieri e Benoit, apontarei quais são, de meu

ponto de vista, as regiões problemáticas de A restauração do capital em que se pode

identificar uma tensão própria de uma reflexão em construção ao invés de uma

formulação acabada. A primeira delas está localizada na chamada "problemática das

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forças produtivas". Ranieri intui isso, mas não consegue extrair daí as conclusões

adequadas; sua afirmação de que o conceito de forças produtivas de Braga estaria

explícito apenas "em sua cabeça" é injusta. A existência de um sub-capítulo intitulado

"O estatuto do conceito de forças produtivas em Marx" atesta a leitura superficial de

Ranieri. O modelo não existe apenas "na cabeça do autor"; ele está amparado em uma

importante tradição do marxismo, explicitada e desenvolvida por Braga.

A "problemática das forças produtivas" em A restauração do capital não é

tributária do pensamento pós-gramsciano – denunciado por Benoit – e sim do marxismo

estruturalista. O estatuto do conceito de forças produtivas é apresentado a partir dos

comentários de Ettiene Balibar (1980) e A. D. Magaline (1977). É apoiando-se nesses

autores que Braga critica as concepções que vêem as forças produtivas como

"elementos isolados, passíveis de enumeração e substituição conforme o estágio de

seu desenvolvimento" (BRAGA, 1997, p. 71). Tais concepções partiriam do suposto de

que as forças produtivas seriam classificáveis em subsistemas remetidos ao trabalho ou

aos meios objetivos. Segundo Braga, a crítica a essas concepções exige a recusa ao

princípio da "teorização em si da natureza das forças produtivas" (idem, p. 72). Talvez,

ao ler essa afirmação, Ranieri tenha interpretado que o autor é contrário a toda

teorização das forças produtivas, quando o que ele descarta é o tratamento das forças

produtivas como coisas. Afirma Braga: "A demonstração da tese de que, em Marx, as

forças produtivas são, na verdade, relações de apropriação do real só é possível a

partir de uma análise centrada nos capítulos de O capital destinados aos métodos de

formação da mais-valia relativa [...]. Em nosso entendimento, a verificação de tal tese

foi levada a bom termo por Balibar e Magaline" (idem, p. 71; sem grifos no original).

Benoit censura Braga por não utilizar O capital de maneira adequada _ e tem

razão. Apesar da promessa, o tratamento da obra de Marx em A restauração do capital

é, na verdade, bastante reduzido, limitando-se ao "Prefácio" de 1859 à Contribuição à

crítica da economia política, e, mesmo assim, só é citado para apontar, seguindo

Magaline, que, no "Prefácio", Marx "reconduz o conjunto do movimento histórico ao

desenvolvimento das forças produtivas" (idem, p. 72), reproduzindo um mecanicismo já

presente em A ideologia alemã. Seria apenas em O capital, quando Marx introduz os

conceitos de relações de produção e reprodução, que essa perspectiva seria superada.

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A definição das forças produtivas como "relações de apropriação do real"

pressupõe a subsunção do conceito de forças produtivas ao de relações de produção.

Essa idéia, que não está explícita em Balibar, é desenvolvida por Magaline (1977, p.

21-70). Braga acompanha-o placidamente. Subjacente a essa diluição da materialidade

das forças produtivas e à emancipação das relações de produção de todo

constrangimento material está uma concepção voluntarista do devir histórico, em que a

luta de classes afirmar-se-ia livremente, permitindo aos homens e mulheres fazer a

história nas condições por eles definidas. A contraditoriedade que se estabelece na

história real, na unidade entre o desenvolvimento das forças produtivas e as relações

de produção, afirmada incansavelmente por Marx, sucumbe perante uma leitura seletiva

da seção IV de O capital.

Dizia-se que essa concepção compõe uma das regiões problemáticas de A

restauração do capital porque seu voluntarismo subjacente permite, ao autor, deduzir a

política reformista de uma certa concepção de forças produtivas, como se o

determinismo produzisse a passividade. Os limites teóricos dessa formulação

estruturalista aparecem quando o autor passa aos conceitos de crise orgânica e

revolução passiva. Fundada na dialética entre estrutura e práxis, a rica tradição

gramsciana solidamente apresentada por Braga fica pouco à vontade com os

esquemas de Balibar e, principalmente, Magaline.

Outra região problemática aparecerá na segunda parte do livro. Nela Braga

desenvolve uma concepção claramente campista da política no período posterior à II

Guerra Mundial, tributária, em grande parte, de sua apropriação acrítica de uma leitura

pós-stalinista, notadamente de Eric Hobsbawm (1995) e, sabe-se lá por que razão, de

Nelson Levy (1980). De um lado o bloco capitalista, de outro o "coletivista de Estado". A

contradição entre esses dois blocos "sobre determinaria" as contradições, "envolvendo

classes sociais, estruturas imperialistas, Estados centrais e subalternizados" (BRAGA,

1997, p. 158). Assim, os movimentos nacionalistas na Ásia e África que alimentaram o

processo de descolonização foram, segundo Braga, sobre determinados pela existência

da União Soviética: "Os anos após 1945 foram de consolidação desse exemplo, dado

pela União Soviética, de crescimento econômico acelerado e alheio às estruturas

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imperialistas de poder do grande capital financeiro multinacional. Daí um dos fatores

responsáveis pelo crescente apelo comunista no Terceiro Mundo" (idem, p. 172).

Se Braga não discute a crise de direção revolucionária, como Benoit quer, é

porque em sua visão campista não havia lugar para tal. A apropriação dessa visão,

típica do estruturalismo já apontado, é problemática e manifesta-se como uma questão

não resolvida até então pelo autor. Três são as razões que permitem afirmar isso.

Primeiro, há uma tensão clara entre a definição do momento atual como o de

uma crise orgânica e as conclusões a que essa visão campista poderia chegar a partir

do colapso da União Soviética (vitória do capitalismo, hegemonia estadunidense etc.).

Segundo, o conceito de "coletivismo de Estado" é, para o autor, um não-conceito, ou

seja, uma forma de fugir do debate sobre a natureza social da União Soviética, o que

revela sua dificuldade de amparar teoricamente sua tese campista. Em terceiro lugar,

ao evitar cuidadosamente as armadilhas do progressivismo inerentes ao campismo,

Braga coloca-se em um campo que é o da política revolucionária.

Afirmava, no início da resenha, que A nostalgia do fordismo é uma obra madura.

Se assim penso é porque, nela, Braga desenvolve muitos de seus insights de a

restauração do capital, ao mesmo tempo em que resolve de maneira satisfatória,

aquelas duas regiões problemáticas acima apontadas. Os objetivos do novo livro de

Ruy Braga são muito mais modestos do que aqueles que haviam motivado o primeiro.

Trata-se de uma análise crítica da chamada escola regulacionista, com ênfase

particular em sua corrente parisiense (Aglietta, Boyer e Coriat, principalmente). Assim, o

novo livro expande temas tratados nos capítulos 2 e 5 de A restauração do capital. Mas

o projeto é teoricamente mais ambicioso e aqui isto constitui uma das principais virtudes

do livro. É por meio desse diálogo crítico que Braga constrói uma ampla crítica à

economia política do reformismo, afirmando, ao mesmo tempo, caminhos através dos

quais é possível revitalizar o marxismo no início do século XXI.

A escolha do tema pode parecer estranha ao ambiente intelectual brasileiro. A

principal obra da escola regulacionista, o trabalho seminal de Michael Aglietta,

Régulation et crises du capitalisme (1997), nem ao menos se encontra traduzida para o

português e, dos demais expoentes da corrente parisiense, tem-se apenas A teoria da

regulação: uma análise crítica, de Robert Boyer (1990), e Pensar pelo avesso, de

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Benjamin Coriat (1994), além de duas obras de Alain Lipietz: Miragens e milagres

(1988) e Audácia (1991). Mas Braga não escolhe o adversário. É o adversário que o

escolhe. Fiel à máxima de Gramsci –"uma ciência nova alcança a prova de sua

eficiência e vitalidade fecunda quando demonstra saber afrontar os grandes campeões

de tendências opostas" (GRAMSCI, 1977, p. 1423) – o autor de A nostalgia do fordismo

mede forças com a matriz da economia política do reformismo. E o faz com paciência e

competência admiráveis. Abordando o conjunto da obra da corrente parisiense da

regulação, Braga evita a armadilha dos textos fáceis e acessíveis e reconstrói de

maneira minuciosa o intrincado processo de desenvolvimento teórico que levou uma

corrente de inspiração inicialmente althusseriana à apologia da concertação social.

Com Aglietta, a escola regulacionista debruçou-se sobre a crise econômica que

se configurava a partir do início dos anos 1970 e manifestava-se no choque do petróleo

de 1973 e na persistente inflação do período. A conjuntura econômica de então era

interpretada como "uma crise da regulação salarial localizada, fundamentalmente, no

âmbito das contradições produzidas pela organização do processo de trabalho"

(BRAGA, 2003, p. 37). Ou seja, a crise do capital foi apresentada como crise do

fordismo nas suas múltiplas dimensões: como regime de acumulação, como modo de

regulação e como modo de desenvolvimento. Tomando como ponto de partida o

fordismo plenamente constituído do pós-II Guerra Mundial, a escola regulacionista

suprimia o momento da luta. A conjuntura crítica dos anos 1930 nos Estados Unidos,

bem como os anos finais da II Guerra na Europa, desapareciam. Em seu lugar, na

cosmogonia regulacionista, restava o momento da passivização da classe operária

estadunidense e européia. "No princípio era a luz".

Metodologicamente, o artifício replica a historiografia de Benedetto Croce e sua

história da Europa que começava em 1815 e não em 1789, 1830 ou 1848. Suprimido o

momento da luta, o fordismo aparece não como parte e resultado da luta de classes no

terreno da produção e sim como o produto de uma institucionalização de relações

econômicas capaz de impor "coerções ao capital correlativamente à integração dos

assalariados" (AGLIETTA, 1997, p. 427). Organizando a sociedade e regulando o

conflito capital-trabalho, o Estado fordista mostrar-se-ia capaz de preservar os pré-

requisitos da acumulação de capital e, ao mesmo tempo, expandir a relação salarial.

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Para Aglietta, o fordismo "representa um novo estágio da regulação do

capitalismo, o do regime de acumulação intensiva, em que a classe capitalista busca

gerir a reprodução global da força de trabalho assalariada por meio da íntima

articulação das relações de produção e mercantis mediante as quais os trabalhadores

assalariados adquirem seus meios de consumo" (idem, p. 93-94). A reconstrução

histórica regulacionista, ao enfatizar o momento da restauração do capital, coloca-se a

si própria como ideologia dessa revolução passiva.

Ao generalizar a forma salarial, como custo para as empresas e meio de

consumo para os assalariados criava-se as condições para um ciclo virtuoso

responsável pelos "trinta gloriosos", o período mais espetacular de expansão do

capitalismo no século XX. Essa articulação entre norma social de consumo e forma

salarial já anunciava, para os regulacionistas, sua crise: a elevação do custo social de

reprodução da força de trabalho limitaria a taxa de mais-valia, obstaculizando a

acumulação do capital. O argumento é próximo daquele que ficou conhecido como

profits squeeze desenvolvido dentre outros por Philip Armstrong, Andrew Glyn e John

Harrison (1984, cap. 11). Às mediações institucionais e, principalmente, ao Estado

caberia encontrar aquele ponto em que os salários, garantindo padrões de consumo

elevados, não comprometeriam a virtuosidade do ciclo de acumulação.

Aparece aqui aquela que é a contradição fundamental para os regulacionistas, a

que se estabelece entre os progressos da produtividade e a socialização dos modos de

vida. Aparece, também, aquela que seria a possibilidade de resolução dessa

contradição, a renovação da ação estatal e a constituição de uma forma institucional

capaz de reconstruir o consenso perdido. Compatibilizar as demandas do capital com

as exigências do trabalho por meio da mediação estatal: esse é o programa da escola

regulacionista. Daí o fascínio que demonstraram nos anos 1990 pelo modelo japonês

de trabalho e organização. "Apoderar-se da eficácia que traz o método japonês para

abrir o contrato e o compromisso", essa é a alternativa para Benjamin Coriat (1994, p.

174).

Não é senão in nuce que esse programa aparece em Régulation et crises du

capitalisme. A tese é nuançada, com propriedade, por Michel Husson, em seu prefácio

ao livro de Braga: "Parece-me que a trajetória da escola é caracterizada por uma

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alteração progressiva, ou mesmo uma ruptura, e que seu ponto de chegada não estava

totalmente programado no princípio" (HUSSON, 2003, p. 10). Detida a análise no texto

original de Aglietta, o argumento de Braga ficaria, assim, carregado de um viés

fortemente teleológico. Esse viés é evitado pela reconstrução criteriosa da trajetória

regulacionista no interior do aparelho de Estado francês, acompanhando, ao mesmo

tempo, seu desenvolvimento teórico. O autor de A nostalgia do fordismo torna-se capaz

disso na medida em que resolve as duas regiões problemáticas presentes em A

restauração do capital.

Em primeiro lugar, Braga abandona a concepção estruturalista das forças

produtivas e substitui-a por uma concepção dialética da articulação entre forças

produtivas e relações de produção. A "ruptura epistemológica" é notável. Magaline,

outrora onipresente, desaparece da bibliografia e as menções a Balibar privilegiam sua

nova abordagem, inspirada em Gramsci e Walter Benjamin e plasmada em La

philosophie de Marx (1995), ao invés da ortodoxia estruturalista de Lire Le Capital. A

ruptura não é só notável; ela é necessária para a crítica. "Filhos rebeldes de Althusser",

os regulacionistas partilhavam, também, a idéia de "forças produtivas como relação de

apropriação do real". Braga identifica essa origem, ao mesmo tempo em que mostra

que, mesmo afastando-se do marxismo, a escola regulacionista não rompe com os

supostos dessa definição. É na crítica à teoria da regulação que o autor de A nostalgia

do fordismo construirá sua própria concepção. A luta de classes ocupa nela um lugar

central, mas a relação de forças gerada nessa luta não deixa de ter como pressuposto

a materialidade das classes sociais, a "relação de forças objetivas", como diria Gramsci,

sobre as quais ela se constitui. É, portanto, na análise da unidade dialética entre forças

produtivas e relações de produção e na constituição dessa unidade em um tempo

fraturado que Braga inscreve sua obra.

O novo "estatuto do conceito de forças produtivas" e, portanto, de sua relação

com as relações de produção não está, entretanto, plenamente desenvolvido no texto.

A tensão original vez por outra reaparecerá novamente. Mas ela não é nem assumida

nem reconhecida por Braga. A solução dada a essa tensão não me parece das

melhores: abusando das metáforas e de uma linguagem elíptica o autor evita o desafio.

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Parece preferir, conscientemente, uma conceituação menos precisa mas ao

mesmo tempo mais plástica que lhe permita captar a materialidade das classes e de

suas lutas. É uma solução possível, mas ela própria merecia ser teorizada.

Para os objetivos do autor, essa conceituação plástica revela-se eficaz e o conduz

a uma análise sociológica não reducionista da escola da regulação. Destacando sua

presença no interior dos órgãos de planejamento do Estado francês, Braga identifica as

bases materiais para o fetiche do Estado salarial. Como os filósofos criticados por Marx,

que acreditavam no poder de suas idéias constituírem o real, os regulacionistas confiam

na capacidade de os gestores estatais produzirem a nova articulação entre progresso e

direitos. Com a ascensão de Mitterrand à presidência da França, "a Teoria da

Regulação transforma-se em técnica da regulação" (BRAGA, 2003, p. 63). É como

técnica da regulação que essa teoria aparece como o programa econômico da terceira

via social-democrata. Com a mediação de um Estado ambivalente seria possível

costurar a aliança entre a fração modernizante da burguesia francesa e as

organizações sindicais da classe trabalhadora, particularmente a Confédération

Française Démocratique du Travail (CFDT). Tal aliança não poderia mais resolver-se no

Programa Comum que havia unificado o Partido Socialista e o Partido Comunista

Francês nas eleições de 1981. Em meio à recessão do início dos anos 1980, tal

programa foi rapidamente abandonado. Em seu lugar, consolidou-se a "alternativa

européia".

Foi nessa situação que a escola regulacionista encontrou-se no começo da

década de 1980. Seu desenvolvimento posterior, conforme reconstruído por Braga na

segunda parte de seu livro, levou-a cada vez mais longe do marxismo e mais perto de

um Estado demiurgo. Acossada pela guinada neoliberal, a escola regulacionista afinou

seu discurso e seu programa. O neoliberalismo, com seu paradigma liberal-produtivista,

não se constituiria em uma alternativa à crise na medida em que ele aumentaria, ao

invés de resolver, a contradição existente entre os progressos da produtividade e a

socialização dos modos de vida. "Um grande compromisso a ser negociado com os

cidadãos residentes na Europa" permitiria construir a alternativa a esse paradigma

neoliberal (LIPIETZ, 1991, p. 166).

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Mantida a visão campista de sua primeira obra, dificilmente o autor de A

nostalgia do fordismo seria capaz de perceber a novidade da "alternativa européia" e da

trajetória dos regulacionistas nas décadas que se seguiram ao trabalho fundador de

Aglietta. Sua ruptura com essa concepção solucionará a segunda região problemática

de A restauração do capital e permitir-lhe-á criticar o reducionismo de tais teorias. Ao

circunscrever a política às escolhas entre opções antitéticas (o bem e o mal, o

progresso e a decadência, a direita e a esquerda etc.), elas ocultam o campo real das

lutas, aquele em que classes, frações e suas formas institucionais medem forças e

constroem seus projetos. A escolha do mal menor é sempre a opção pela reprodução

do presente (BRAGA, 2003, p. 161-162).

Para a economia política da terceira via, a opção é certa: o progresso da técnica,

das formas institucionais e da sociedade salarial. Vencer a crise é restaurar a norma e,

com isso, garantir as condições para a reprodução ampliada do capital. Para Braga, a

crise dissolve certezas, explode o tempo histórico, revela os conflitos latentes, traz para

o palco os sujeitos sociais. Ao invés da adequação às regras, seu conceito de crise

remete-o para as transformações econômicas e políticas e para os conflitos sociais

reais, para uma história que "não pronunciou a última palavra" (idem, p. 216).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CITADAS PELO RESENHISTA

AGLIETTA, M. 1997. Régulation et crises du capitalisme. Paris : O. Jacob.

ARMSTRONG, P., GLYN, A. & HARRISON, J. 1984. Capitalism Since World War

II. London : Fontana.

BALIBAR, E. 1980. Sobre os conceitos fundamentais do materialismo histórico. In :

ALTHUSSER, Louis (org.). Ler O Capital. Rio de Janeiro : Zahar.

BALIBAR, G. 1995. A filosofia de Marx. Rio de Janeiro : Zahar.

BENOIT, H. 1997. Resenha. Crítica Marxista, São Paulo, n. 5, p. 168-171.

Resenha de BRAGA, R. A restauração do capital. Um estudo sobre a crise

contemporânea. São Paulo : Xamã.

BOYER, R. 1990. A teoria da regulação : uma análise crítica. São Paulo : Nobel.

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BRAGA, R. 1997. A restauração do capital. Um estudo sobre a crise

contemporânea. São Paulo : Xamã.

CORIAT, B. 1994. Pensar pelo avesso. Rio de Janeiro : Revan.

GRASMCI, A. 1997. Quaderni del carcere. Turim : G. Einaudi.

HARVEY, D. 1992. Condição pós-moderna. São Paulo : Loyola.

HOBSBAWM, E. 1995. Era dos extremos. O breve século XX: 1914-1991. São

Paulo : Cia. das Letras.

HUSSON, M. 2003. Prefácio. In : BRAGA, R. A nostalgia do fordismo. Regulação e

crise na teoria da sociedade salarial. São Paulo : Xamã.

LEVY, N. 1980. A crise do imperialismo e a revolução. São Paulo : Brasil Debates.

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Capítulo V

ELEMENTOS DE APOIO

AO TEXTO

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1 ELEMENTOS DE APOIO AO TEXTO

1.1 COMO FAZER CITAÇÕES

As citações esclarecem, ilustram um assunto em discussão ou, ainda, podem

sustentar o que se afirma. E, portanto, elas têm a função de oferecer ao leitor condições

de comprovar a fonte das quais foram extraídas as idéias, frases ou conclusões,

possibilitando-lhe ainda aprofundar o tema em discussão. Tem ainda como função

acrescentar indicações bibliográficas de reforço ao texto.

Em todas as citações deve-se mencionar a autoria das mesmas, podendo seguir

dois modelos:

Autor-data: quando o último sobrenome do autor é apresentado em letras

maiúsculas, seguido do ano de publicação. Pode-se indicar também a página. Estes

dados aparecem entre parênteses no texto. Exemplos:

1.1.1 Um autor

(SILVA, 1981)

(SEVERINO, 2000, p.190)

(SEVERINO, 2000: 190) Nesse exemplo, a palavra „página‟ é substituída pelo

dois-pontos.

1.1.2 Dois autores

(SILVA; RECH, 1980)

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1.1.3 Mais de três autores

(CASTRO et al.,1995)

Citações de dois ou mais documentos de um mesmo autor, é publicado em um

mesmo ano, são diferenciadas pelo acréscimo de letras minúsculas do alfabeto após a

data.

(SEIXAS, 1996 a)

(SEIXAS, 1996 b)

Havendo dois autores com o mesmo sobrenome e mesma data, acrescentam-se

as iniciais de seus prenomes:

(SILVA, M. A.,1996)

(SILVA, J. E., 1996)

As referências bibliográficas devem vir em ordem alfabética, ao final do trabalho.

1.2 CITAÇÔES LIVRES

Ocorrem quando são redigidas pelo(s) autor (es) do trabalho a partir das idéias e

contribuições de outro autor ou autores. Portanto, consiste na reprodução do conteúdo

e/ou idéia do documento original. Nesse caso, as aspas ou itálico não são necessários,

todavia citar a fonte é indispensável.

Exemplos:

De acordo com Freitas (1989, p.37), a cultura organizacional pode ser

identificada e aprendida através de seus elementos básicos tais como: valores,

crenças, rituais, estórias e mitos, tabus e normas.

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A cultura organizacional pode ser identificada e aprendida através de seus

elementos básicos tais como: valores, crenças, rituais, estórias e mitos, tabus e normas.

Existem diferentes visões e compreensões com relação à cultura organizacional.

O mesmo se dá em função de as diferentes construções teóricas serem resultantes de

opções de diferentes pesquisadores, opções estas que recortam a realidade, detendo-

se em aspectos específicos (FREITAS, 1989, p. 37).

1.3 CITAÇÕES DIRETAS

1.3.1 Curtas

As citações curtas, com até 3 linhas, deverão ser apresentadas no texto entre

aspas duplas ; as aspas simples são utilizadas para indicar citação dentro de uma

citação. A referência ao autor poderá estar no texto ou ao final da citação, neste caso,

usa-se o sobrenome do autor entre parênteses e em letras maiúsculas

Exemplo 1:

Segundo Sá (1995, p. 27) “[...] por meio da mesma „arte de conversão‟ que [...]

Exemplo 2:

É neste cenário, que "(...) a AIDS nos mostra a extensão que uma doença pode

tomar no espaço público. Ela coloca em evidência de maneira brilhante a articulação do

biológico, do político, e do social." (HERZLICH e PIERRET, 1992, p.7).

Exemplo 3:

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75

Segundo Paulo Freire (1994, p. 161), "(...) transformar ciência em conhecimento

usado apresenta implicações epistemológicas porque permite meios mais ricos de

pensar sobre o conhecimento (...)".

Exemplo 4:

Nóvoa (1992, p.16) se refere à identidade profissional da seguinte forma: "A

identidade é um lugar de lutas e conflitos, é um espaço de construção de maneiras de

ser e de estar na profissão."

Exemplo 5:

O papel do pesquisador é o de servir como ''veículo inteligente e ativo'' (LÜDKE e

ANDRÉ, 1986, p.11) entre esse conhecimento acumulado na área e as novas

evidências que serão estabelecidas a partir da pesquisa.

1.3.2 Longas

As citações com mais de três linhas devem ser destacadas do texto na forma de

apresentação independente com recuo de 4 cm da margem esquerda, com letra menor

que a do texto (utilizar fonte tamanho 10), espaço simples entre linhas, texto justificado

e sem as aspas.

Exemplo 1:

O objetivo da pesquisa era esclarecer os caminhos e as etapas por meio dos

qual essa realidade se construiu. Dentre os diversos aspectos sublinhados pelas

autoras, vale ressaltar que:

Para compreender o desencadeamento da abundante retórica que fez com que a AIDS se construísse como 'fenômeno social, tem-se freqüentemente atribuído o principal papel à própria natureza dos grupos mais atingidos e aos mecanismos de transmissão. Foi construído então o discurso doravante

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estereotipado, sobre o sexo, o sangue e a morte(...). (HERZLICH e PIERRET, 1992, p.30).

1.4 CITAÇÕES INDIRETAS

Reproduz-se a idéia do autor consultado sem, contudo transcrevê-la literalmente.

Nesse caso, as aspas ou o itálico não são necessários, todavia, citar a fonte é

indispensável.

Exemplo 1:

De acordo com Freitas (1989), a cultura organizacional pode ser identificada e

aprendida através de seus elementos básicos tais como: valores, crenças, rituais,

estórias e mitos, tabus e normas.

Exemplo 2:

A cultura organizacional pode ser identificada e aprendida através de seus

elementos básicos tais como: valores, crenças, rituais, estórias e mitos, tabus e normas.

Existem diferentes visões e compreensões com relação à cultura organizacional.

O mesmo se dá em função das diferentes construções teóricas serem resultantes de

opções de diferentes pesquisadores, opções estas que recortam a realidade, detendo-

se em aspectos específicos (FREITAS, 1989).

Exemplo 3:

A expressão latina apud que significa: citado por, conforme, segundo é utilizada

quando se faz referência a uma fonte secundária.

É na indústria têxtil de São Paulo que temos o melhor exemplo da participação

da família na divisão do trabalho. A mulher, neste setor, tem uma participação mais

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77

ativa na gestão dos negócios e os filhos um envolvimento precoce com a operação da

empresa da família. (DURAND apud BERHOEFTB, 1996, p.35)

Exemplo 4:

Spendolini afirma que:

“O benchmarking é um excelente exercício de quebra de barreiras e de estímulo à

visão ampla, que respeita e considera o externo. Aprender a pensar para fora da caixa,

por intermédio dessa tecnologia, é promover o fortalecimento do espírito sistêmico e da

capacidade de enxergar para além do horizonte.” (apud ARAUJO, 2001, p.205)

2 METODOLOGIA

Nesta parte descrevem-se, em detalhe, os procedimentos a serem seguidos na

realização da pesquisa. Sua organização varia de acordo com as peculiaridades de

cada pesquisa. Requer-se, no entanto, a apresentação de informações acerca de

alguns aspectos, como os que são apresentados a seguir:

- tipo de pesquisa: deve-se esclarecer se a pesquisa é de natureza exploratória,

descritiva ou explicativa. Convém, ainda, esclarecer acerca do tipo de delineamento a

ser adotado (pesquisa experimental, levantamento, estudo de caso, pesquisa

bibliográfica etc.);

- população e amostra (quando for o caso): envolve informações acerca do

universo a ser estudado, da extensão da amostra e da maneira como será selecionada;

- coleta de dados: envolve a descrição das técnicas a serem utilizadas para coleta

de dados. Modelos de questionários, testes ou escalas deverão ser incluídos, quando

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for o caso. Quando a pesquisa envolver técnicas de entrevista ou de observação,

deverão ser incluídos nesta parte também os roteiros a serem seguidos.

- análise dos dados: envolve a descrição dos procedimentos a serem adotados

tanto para análise quantitativa (p.ex.: testes de hipótese, testes de correlação) quanto

qualitativa (p.ex.: análise de conteúdo, análise de discurso).

Os métodos de pesquisa e sua definição dependem do objeto e do tipo da

pesquisa. Os tipos mais comuns de pesquisa são:

• de campo;

• bibliográfica;

• descritiva;

• experimental.

Segundo RUIZ (1985) Método é “o conjunto de etapas e processos a serem

vencidos ordenadamente na investigação dos fatos ou na procura da verdade” (RUIZ,

1985, p. 131).

3 NOTAS DE RODAPÉ

Notas de rodapé são indicações bibliográficas, observações ou aditamentos ao

texto feitos pelo autor, tradutor ou editor, quando apontadas no corpo do texto, devem

ser indicadas com números arábicos seqüenciais, imediatamente depois da frase a que

diga respeito. As notas devem ser apresentadas no rodapé da mesma página, dentro

das margens, separadas do texto por um espaço simples e por um filete de 3 cm, a

partir da margem esquerda.

As referências dos autores citados no texto devem ser apresentadas no final do

texto, não em notas de rodapé.

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Dentro das margens, separadas do texto por um espaço simples e por um filete de

3 cm, a partir da margem esquerda.

3.1 NO RODAPÉ

Os tipos de notas de rodapé são: notas de referência e notas explicativas.

3.2 NOTAS DE REFERÊNCIA

Deve indicar fontes consultadas ou remeter a outras partes da obra em que o

assunto foi abordado. É feita por algarismos arábicos, devendo ter numeração única e

consecutiva para cada capítulo ou parte. Não se inicia a numeração a cada página e

sim, a cada capítulo ou parte.

3.3 NOTAS EXPLICATIVAS

São usadas para a apresentação de comentários, explanações ou traduções que

não podem ser incluídas no texto, por interromper a linha de pensamento.

O texto deve ser separado das notas de rodapé por uma linha. Entre uma nota e

outra se deve usar espaço simples. Só usar notas de rodapé se houver a necessidade

de:

Indicar a fonte de uma citação que não ficou clara no texto;

Fornecer a tradução de uma citação importante, ou apontar sua versão original;

Fazer observações pertinentes e comentários adicionais;

Indicar dados obtidos através de contatos informais;

Indicar trabalhos apresentados em eventos, mas não publicados.

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4 MODELOS DE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FONTE MODELO DE REFERÊNCIA

Anais de congresso

NOME DO EVENTO, Número do evento, ano de realização, Local. Tipo de documento... Local: Editora, ano de publicação. Número de páginas.

SIMPÓSIO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE SOFTWARE, 14., 2000, João Pessoa. Anais... João Pessoa: CEFET-PB, 2000. 190p.

Artigo de Jornal Diário

SOBRENOME DO AUTOR DO ARTIGO, Prenomes. Título do artigo. Título do Jornal, Cidade, data (dia, mês, ano). Suplemento, número da página, coluna.

FRANCO, Gustavo H. B. O que aconteceu com as reformas em 1999.

Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 26 dez. 1999. Economia, p.4, Caderno 6.

Artigo de Revista

SOBRENOME DO AUTOR DO ARTIGO, Prenomes. Título do artigo. Nome da Revista, Cidade, volume, número, página inicial e final, data (dia, mês, ano).

SIMONS, Robert. Qual é o nível de risco de sua empresa? HSM

Managment, São Paulo, v.3, n. 16, p. 122-130, set./out. 1999.

Artigo de Revista Institucional

SOBRENOME DO AUTOR DO ARTIGO, Prenomes. Título do artigo. Nome da Revista: Instituição, Cidade, volume, número, página inicial e final, data.

MELLO, S; C.; LEÃO, A. L.M. de S.; SOUZA NETO, A. F. de. Que valores estão na moda? – Achados muito além do efêmero. Revista de

Administração Mackenzie: Revista da Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, v.1, n.1, p. 117-134, 2000.

Capítulo de Livro

SOBRENOME DO AUTOR DO ARTIGO, Prenomes. Título do Capítulo do Livro. In: SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes. Título do livro. Edição. Cidade: Editora, ano. Página inicial e final.

FRIGOTTO, Gaudêncio. Os delírios da razão: crise do capital e metamorfose conceitual no campo educacional. In: GENTILI, A. H. Pedagogia da exclusão: crítica ao neoliberalismo em educação. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995. p.77-108.

Dicionário SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes. Título do Dicionário. Edição. Cidade: Editora, ano. Número de páginas.

DUCROT, Oswald. Dicionário enciclopédico das ciências da linguagem.

2.ed. São Paulo: Perspectivca, 1998. 339p.

Entrevistas não Publicadas

SOBRENOME DO ENTREVISTADO, Prenomes. Título. Local, data (dia, mês e ano).

SUASSUNA, Ariano. Entrevista concedida a Marco Antônio Struve. Recife, 13 set. 2002.

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Entrevista gravada

SOBRENOME DO ENTREVISTADO, Prenomes. Título. Local: Gravadora, ano. Elementos complementares para melhor identificar o documento.

FAGNER, R. Revelação. Rio de Janeiro: CBS, 1998. 1 cassete sonoro (60 min.), 3 ¼ pps, estéreo.

Legislação JURISDIÇÃO. Título. Dados da publicação, Cidade, data.

BRASIL. Lei n.° 9.887, de 7 de dezembro de 1999. Altera a legislação tributária federal. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 8 dez. 1999.

Livro SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes. Título. Edição. Cidade: Editora, ano.

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 22.ed.ver. e ampl. São Paulo: Cortez, 2002. ISBN 85-249-0050-4.

Manual ESTADO. Entidade. Título. Cidade, ano, número de páginas.

PARANÁ (Estado). Universidade Estadual de Maringá – Departamento de Administração. Manual do Estágio de Administração da UEM. Maringá,

DAD Publicações, 2002, 158p.

Matéria de Jornal Assinada

SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes. Título do artigo. Nome do Jornal, Cidade, data (dia, mês, ano), nome do Suplemento, página inicial e final.

NAVESN, P. Lagos andinos dão banho de beleza. Folha de São Paulo, São Paulo, 28 jun. 1999, Folha Turismo, Caderno 8, p.13.

Palestra ou Conferência

AUTOR. Título do trabalho. Palestra, Local, Data (dia mês. Ano).

RAMOS, Paulo. A avaliação em Santa Catarina. Palestra Proferida na Pós-graduação, Papanduva – SC, 22 fev. 2002.

Resumo de Trabalho Apresentado em Congresso

SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes. Título do artigo. A expressão In: NOME DO CONGRESSO, numeração do evento, ano, local. Tipo do documento (Resumo, Anais...). Cidade: Editora, ano. Página inicial e final.

VENDRAMETTO, M. C.; NETO, C. J. B. F.; VICENTE, J. G.; CAMPESATTO-MELLA, E. Avaliação do conhecimento e uso de medicamentos genéricos por acadêmicos de uma Instituição de Ensino Superior. In: ENCONTRO DE PRODUÇÃO CIENTÍFICA DO

CESUMAR, 2., 2001, Maringá. Livro de resumos... Maringá: Centro Universitário de Maringá, 2001. p.124.

Tese/ Dissertação/ Monografia/ Trabalho de conclusão de curso

SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes. Título do trabalho. Ano. Número de folhas. Natureza do trabalho (Tese, Dissertação, Monografia ou Trabalho Acadêmico), grau e área do curso Unidade de Ensino, Instituição, local, data.

FREITAS JÚNIOR, O. de G. Um modelo de sistema de gestão do conhecimento para grupos de pesquisa e desenvolvimento. 2003. 292f. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção) – Universidade Federal de

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Santa Catarina, Florianópolis, 2003.

Trabalho completo publicado em Anais de Congresso

SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes. Título do artigo. A expressão In: NOME DO CONGRESSO, numeração do evento, ano, local. Tipo do documento (Resumo, Anais...). Cidade: Editora, ano. Página inicial e final.

SOUZA, L. S.; Borges, A. L.; Rezende, J. Influência da correção e do preparo do solo sobre algumas propriedades químicas do solo cultivado com bananeiras. In: REUNIÃO BRASILEIRA DE FERTILIDADE

DO SOLO E NUTRIÇÃO DE PLANTAS, 21., 1994, Petrolina. Anais... Petrolina: Embrapa, CPATSA, 1994. p.3-4.

5 MODELOS DE REFERÊNCIAS EM MEIO ELETRÔNICO

FONTE MODELO DE REFERÊNCIA

Arquivo em CD-Rom ou disquete

MICROSOFT Project for Windows 95. Version 4.1. [S.l.]: Microsoft Corporation, 1995. 1 CD-ROM..

Artigo de Jornal Científico

KELLY, R. Eletronic publishing at APS: its not just online journalism. APS News Online, Los Angeles, Nov. 1996. Disponível em: <http://www.aps.prg/apsnews/1196/11965.html>. Acesso em: 25 nov. 1998.

Artigo de Revista

SILVA, M. M. L. Crimes da era digital. Net, Rio de Janeiro, nov. 1998. Seção Ponto de Vista. Disponível em: <http://www.brazilnet.com.br/contexts/brasilrevistas.htm>. Acesso em: 28 nov. 1998.

Banco de Dados

DIRDS from Amapá: banco de dados. Disponível em: <http://www.bdt.org/bdt/avifauna/aves>. Acesso em: 25 nov. 1998.

Base de Dados

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Biblioteca de Ciência e Tecnologia. Mapas. Curitiba, 1997. Base de Dados em Microisis, versão 3.7.

Brinquedo Interativo CD-ROM

ALLIE´S play house. Palo Alto, CA.: MPC/ Opcode Interactive, 1993. 1 CD-ROM. Windows 3.1.

Congresso Científico

CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFPe, 4., 1996, Recife. Anais eletrônicos... Recife: UFPe, 1996. Disponível em: <http://www.propesq.ufpe.br/anais/anais.htm>. Acesso em: 21 jan. 1997.

E-mail ALMEIDA, M. P. S. Fichas para MARC [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por <[email protected]> em 12 jan. 2002.

Enciclopédia KOOGAN, A.; HOUAISS, A. (Ed.). Enciclopédia e dicionário digital 98. Direção geral de André Koogan Breikmam. São Paulo: Delta: Estadão, 1998. 5 CD-ROM. Produzida por Videolar Multimídia.

Homepage Institucional

CIVITAS. Coordenação de Simão Pedro P. Marinho. Desenvolvido pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, 1995-1998. Apresenta textos sobre urbanismo e desenvolvimento de cidades. Disponível em: <http://www.gcsnet.com.br/camis/civitas>. Acesso em 27 nov. 1998.

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Imagem em Arquivo Eletrônico

VASO. TIFF. Altura: 1083 pixels. Largura: 827 pixels. 300 dpi 32 BIT CMYK. 3.5 Mb. Formato TIFF bitmap. Compactado. Disponível em: <C:\VASO.TIFF>. Acesso em: 28 out. 1999.

Lista de Discussão

BIOLINE Discussion List. List maintained by the Bases de Dados Tropical, BDT in Brasil. Disponível em: <[email protected]>. Acesso em: 25 nov. 1998.

Material de Jornal não Assinada

ARRANJO tributário. Diário do Nordeste Online. Fortaleza, 27 nov. 1998. Disponível em: <http://www.diariodonorte.com.br>. Acesso em: 28 nov. 1998

Matéria de Jornal Assinada

SILVA, I. G. Pena de morte para o nascituro. O Estado de S. Paulo, São

Paulo, 19 set. 1998. Disponível em: <http://www.providafamilia.org/pena_morte_nascituro.htm>. Acesso

em: 19 set. 1998.

Matéria de Revista não Assinada

WINDOWS 98: o melhor caminho para atualização. PC World, São

Paulo, n. 75, set. 1998. Disponível em: <http://www.idg.com.Br/abre.htm>. Acesso em: 10 set. 1998.

Parte de Monografia

SÃO PAULO (Estado). Secretaria do Meio Ambiente. Tratados e organizações ambientais em matéria de meio ambiente. In:____. Entendendo o meio ambiente. São Paulo, 1999. Disponível em: <http://www.bdt.prg.Br/sma/entendendo/atual.htm>. Acesso em: 8 mar. 1999.

Programa (Software)

MICROSOFT Project for Windows 95, version 4.1: project planning software.[S.I.]: Microsoft Corporation, 1995. Conjunto de programas. 1 CD-ROM.

Software Educativo CD-ROM

PAU do gato! Por quê? Rio de Janeiro: Sony Music Book Case Multimídia Educacional, [1990]. 1 CD-ROM. Windows 3.1.

Trabalho de Congresso

SILVA, R. N.; OLIVEIRA, R. Os limites pedagógicos do paradigma da Qualidade Total na Educação In: CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFPe, 4., 1996, Recife. Anais eletrônicos... Recife, UFPe, 1996. Disponível em: <http://www.propesq.ufpe.br/anais/anais/edu/ce04.htm>. Acesso em: 21 jan. 1997.

Verbete de Dicionário

POLÍTICA. In: DICIONÁRIO da língua portuguesa. Lisboa: Priberam Informática, 1998. Disponível em: <http://www.priberam.pt/dlDLPO>. Acesso em: 8 mar. 1999.

O título de cada seção deve ser digitado com o mesmo tipo de letra em que

aparece no corpo do texto. A indicação das páginas localiza-se à direita de cada seção.

6 COMO ORGANIZAR SUMÁRIOS

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O indicativo numérico de seção precede seu título, alinhado à esquerda,

separado por um espaço de caractere. Nos títulos, sem indicativo numérico, como lista

de ilustrações, sumário, resumo, referências e outros devem ser centralizados,

conforme a NBR 6024.

Exemplos de indicativos numéricos:

Deve se observar que entre o número e o início do título não se coloca ponto (.),

mas apenas um espaço entre os caracteres, e deve ser obedecido o seguinte critério

para a enumeração progressiva para as seções do texto:

SEÇÃO PRIMÁRIA: em negrito, com letras maiúsculas.

(Ex.: 6 FUNDAÇÃO ACESITA)

SEÇÃO SECUNDÁRIA: sem negrito, com letras maiúsculas.

(Ex.: 6.1 MISSÃO, CRENÇAS E VISÃO DE FUTURO DA FUNDAÇÃO ACESITA)

SEÇÃO TERCIÁRIA: em negrito, com apenas a primeira letra maiúscula.

(Ex.: 6.1.1 Ação educacional)

SEÇÃO QUARTENÁRIA: sem negrito, com apenas a primeira letra maiúscula.

(Ex.: 6.1.1.1 Ação educacional reavaliada)

Essas divisões numéricas dos títulos e subtítulos devem ser usadas como critério

dentro do texto do Trabalho de Conclusão.

Modelo de Sumário: com relação ao modelo, seguir o mesmo apresentado neste

trabalho, p. 2.

7 NORMAS GRÁFICAS

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7.1 PAPEL E MARGENS

O papel deve ser de tamanho Sulfite A4 (21cm x 29,7cm), de boa qualidade,

devendo ser usado apenas uma das faces da folha para impressão. A margem superior

do papel deve ter 3 cm; a inferior 2 cm; a margem esquerda 3 cm e a direita 2 cm.

7.2 TIPO E TAMANHO DE LETRA

A ABNT sugere um tipo de letra arredondada e de bom tamanho. Desta forma,

deve ser utilizada a fonte ARIAL ou TIMES NEW ROMAN, tamanho 12, em todo o

corpo do trabalho, incluindo títulos e subtítulos. Exceção deve ser feita quanto ao

tamanho da letra a ser utilizada em notas de rodapé, citações maiores que três linhas,

legendas das ilustrações, tabelas e paginação.

O recurso tipográfico itálico deve ser usado para destacar alguma parte do texto

que mereça esse tratamento e para palavras de origem estrangeira. Não deve ser

utilizado nas citações e nem nas referências.

7.3 ESPAÇOS DE ENTRELINHAS

O texto deve ser digitado em espaço 1,5 entre linhas, porém para as citações de

mais de três linhas, as notas, as referências, as legendas das ilustrações e tabelas, a

ficha catalográfica, a natureza do trabalho, o objetivo, o nome da instituição a que é

submetido e a área de concentração deve ser utilizado o espaço simples.

As referências apresentadas ao final do trabalho devem ser separadas entre si

por dois espaços simples. Devem ser utilizados dois espaços tamanho 1,5 para separar

os títulos das subseções do texto que os precede ou sucede.

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7.4 PARÁGRAFOS

O parágrafo inicia-se na margem esquerda, com alinhamento justificado,

espaçamento 1,5 entre linhas e um espaço duplo para separá-los. O recuo da primeira

linha do parágrafo deve ser de 1,25 cm (1 tab).

7.5 NUMERAÇÃO DE PÁGINAS

Todas as folhas, a partir da folha de rosto, devem ser contadas seqüencialmente,

mas não numeradas. A numeração é impressa a partir da introdução, em algarismos

arábicos.

O número deve ser colocado no canto superior direito da folha, a 2 cm da borda

superior.

Os anexos e apêndices (quando utilizados) devem ter suas folhas numeradas de

maneira contínua e sua paginação deve dar seguimento à do texto principal..

7.6 ESPACEJAMENTO

Cada capítulo deve ser iniciado em uma nova página. O mesmo espacejamento

observado entre cabeçalho e textos deve ser obedecido entre o término de um item e o

cabeçalho do item seguinte, e assim, consecutivamente, da Introdução à Conclusão do

trabalho.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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//www.normasabnt.com.Br>Acesso em: 24 de jun.2006.

_______________________________________________. NBR 10520: Informação e documentação - citações em documentos - apresentação. Rio de janeiro, ago 2002.

7p.

BARBETTA, Pedro Alberto. Estatística aplicada às ciências sociais. Florianópolis: Ed. da UFSC, 1999.

CERVO, A. L. Bervian. Metodologia científica. 3 ed. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil,

1983. 249p.

GARCIA, O. M. Comunicação em prosa moderna. Rio de Janeiro, Ed. da Fundação Getúlio Vargas, 1986.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos da metodologia científica. 5ª ed. São Paulo: Atlas, 1999.

___________________________________________Fundamentos da metodologia científica. 5ª ed. São Paulo: Atlas, 1999.

MIRANDA, J. L. C. de. GUSMÃO,H.R. Como escrever um artigo científico. Niterói,

R.J.:EDUFF, 1997.27p.

MEDEIROS, J. B. Redação científica: a prática de fichamentos, resumos, resenhas. São Paulo: Atlas, 1997.

ROESCH, S. M. A. Projetos de estágio e de pesquisa em administração: guia para estágios, trabalhos de conclusão, dissertações e estudos de caso. 2.ed. São Paulo: 1999.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Biblioteca Central. Normas para apresentação de trabalhos. Curitiba:Ed. Da UFPR, 2000. pt. 7: Citações e notas de rodapé.

UNIVERSIDADE Federal do Paraná. Normas para apresentação de documentos científicos. 10v. Curitiba : UFPR, Biblioteca Central, 2002.

______________________________________________. NBR 10520: apresentação de citações em documentos. Rio de Janeiro. 1992. disponível em: http:

//www.normasabnt.com.Br>Acesso em: 24 de jun.2006.

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____________________________________. Biblioteca Central. Normas para apresentação de trabalhos. Curitiba:Ed. Da UFPR, 2000. pt. 6: Referências bibliográficas.

http://www.cav.udesc.br/word/ANEXO_I_%20RELATORIO_FINAL.doc > Acesso em 14 set. 2006

http://www.metodista.br/biblioteca/abnt/citacoes-no-texto >Acesso em 16 set. 2006

http://www2.anhembi.br/html/metodologia/citacoes.htm >Acesso em 18 set. 2006