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MANUAL DE ELABORAO DE TRABALHOS ACADMICOS Ensaio, Monografias, Dissertaes e Trabalho de Projecto

Reviso cientfica: Fernando Canastra

Coordenao e Elaborao: Martins Vilanculos Laita, Narane Mussagy Talaquichande e Frans Haanstra

NAMPULA 2012

ndiceIntroduo ........................................................................................................... 4 Captulo I: Conceitos Gerais ................................................................................. 6 1.1. Ensaios ......................................................................................................... 6 1.2. Monografias .................................................................................................. 7 1.3. Dissertaes de mestrado.............................................................................. 7 1.3. Dissertaes de doutoramento ...................................................................... 7 Captulo II: Projecto de Pesquisa .......................................................................... 9 2.11. Relevncia do estudo................................................................................. 13 2.1.2. Delimitao da pesquisa .......................................................................... 13 2.2.3. Problema .................................................................................................. 14 2.2. 3.1. Pergunta de partida ou hiptese(s) ................................................. 14 2.2.3.2. Variveis ou questes de investigao ................................................... 15 2.2.3.3. Indicadores ou unidades de anlise ...................................................... 15 2.2.3.4. Objectivos ............................................................................................. 15 2.3. Marco terico .............................................................................................. 16 2.4. Metodologia ................................................................................................. 18 2.4.1. Tipo de Pesquisa ...................................................................................... 18 2.4.2. Universo................................................................................................... 19 2.4.3. Amostra ................................................................................................... 19 2.4.4. Tcnicas de recolha de Dados .................................................................. 20 2.4.5. Plano de Apresentao, Anlise e interpretao de Dados ........................ 20 2.4.6. Contextualizao do Caso .................................................................. 21 Captulo III: Relatrio de Pesquisa...................................................................... 22 3.1. Estrutura dos Trabalhos ............................................................................. 22 3.2. Elementos Pr-Textuais............................................................................... 24 3.2.1. Capa ........................................................................................................ 24 3.2.2 Folha de Rosto .......................................................................................... 24 3.2.2.1. Formatao e Elementos da Folha de Rosto .......................................... 25 3.2.3. ndice ....................................................................................................... 25 3.2.4. Declarao ............................................................................................... 28 3.2.5. Agradecimentos........................................................................................ 28 3.2.6. Dedicatria .............................................................................................. 28 3.2.7. Listas ....................................................................................................... 28 3.2.8. Resumo .................................................................................................... 28 3.3. Elementos Textuais ..................................................................................... 29 3.3.1. Introduo ............................................................................................... 29 3.3.2. Marco Terico .......................................................................................... 30 3.3.3. Aspectos Metodolgicos ............................................................................ 31 3.3.5. Apresentao e anlise de dados .............................................................. 31 3.3.6. Discusso dos resultados ......................................................................... 31 3.3.7. Concluso e Recomendaes .................................................................... 32 Captulo IV: Formatao Bsica ......................................................................... 34 4.1. Enumerao................................................................................................ 34 4.2. Listas .......................................................................................................... 35 4.3. Texto ........................................................................................................... 35 4.4. Fonte e espaamento .................................................................................. 352

4.5. Citaes ...................................................................................................... 36 Relativamente a esta seco, pode consultar-se o Manual de Pesquisa da UCM, onde consta o modelo adoptado para todas das Faculdades. .............................. 36 4.7. Notas de rodap .......................................................................................... 36 4.8. Dimenses dos Trabalhos Cientficos .......................................................... 36 4.9. Captulos .................................................................................................... 36 4.10. Ttulos....................................................................................................... 36 4.11. Margens .................................................................................................... 37 4.12. Apndices ................................................................................................. 37 4.13. Anexos ...................................................................................................... 37 4.14. Tabelas e Figuras ...................................................................................... 38 4.15. Referncias bibliogrficas .......................................................................... 38 Referncias Bibliogrficas .................................................................................. 39

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IntroduoA necessidade de definir critrios para a produo cientfica tem sido objecto de debate por parte de docentes e discentes da Faculdade de Educao e Comunicao. No sentido de facilitar a comunicao, em termos de pesquisa, o Conselho Cientfico estabeleceu alguns dos critrios que devem estar na base da elaborao e apresentao dos trabalhos cientficos produzidos pelos seus estudantes tanto para a obteno do grau de licenciado como para o grau de mestre. A definio de critrios para elaborar e apresentar trabalhos cientficos vai contribuir para promover uma cultura cientfica que saiba dialogar com outros referentes metodolgicos, mas, ao mesmo tempo, afirmar a identidade institucional e fortalecer a imagem da Faculdade junto s comunidades onde possam circular suas publicaes acadmicas. neste contexto que se inscreve a necessidade de produzir normas de produo cientfica. Para alm de clarificar alguns dos conceitos mobilizados no processo de pesquisa, o presente Manual tem como principal propsito estabelecer alguns critrios que devem ser seguidos na elaborao e apresentao dos trabalhos acadmicos produzidos pelos estudantes finalistas. Tendo como referncia alguns dos contributos extrados dos principais Manuais de Pesquisa Cientfica, procurando ajustar as metodologias de investigao oferta formativa da Faculdade de Educao e Comunicao, o Conselho Cientfico sentiu a necessidade de proceder a uma reviso do guia em vigor. O Manual est estruturado de modo a permitir uma organizao coerente entre todas as partes do trabalho cientfico, tecendo maiores comentrios sobre elementos que foram priorizados, por terem sido identificados, como os de maior preocupao quando se trata de pesquisa. Assim, estruturou-se o Manual em diversos captulos.

O primeiro captulo aborda alguns dos conceitos que tendem a fundamentar as principais abordagens metodolgicas. O segundo captulo apresenta a estrutura do projecto de pesquisa e tem em conta determinados elementos que, habitualmente, a Faculdade exige na sua elaborao: (a) a formulao do problema, (b) a relevncia do estudo (motivao e contributos), (c) a delimitao da pesquisa, (d) as questes de pesquisa (ou hipteses), (e) os objectivos, (f) o marco terico, (g)a metodologia, (h) limitaes do estudo (i) cronograma das actividades. O terceiro captulo, completamente voltado para a reviso do guia de 2012, engloba os elementos estruturais da monografia e dissertao, e procura apresentar os aspectos formais dos mesmos trabalhos cientficos. O quarto, e ltimo captulo, apresenta algumas sugestes prticas para a formatao das monografias e dissertaes. Este Manual um documento que, na nossa ptica, s ter valor se for usado como um instrumento-referncia, implicando o recurso pesquisa metodolgica em funo da especificidade de cada problemtica/temtica. Por conseguinte, a usabilidade deste Manual inscreve-se numa ptica pedaggica, isto , procura sugerir abordagens e metodologias que indiquem o caminho que cada estudante chamado a fazer (em termos de processo de pesquisa), ainda que no quadro de um acompanhamento individualizado (orientao).

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Captulo I: Conceitos Gerais

Tendo presente que estamos numa Faculdade, onde se oferecem cursos de licenciatura e mestrado, temos que criar condies pedaggicas que conjuguem a necessidade de harmonizar as prticas de pesquisa com o reconhecimento de especificidades e sensibilidades em matria de abordagens e metodologias. Os trabalhos cientficos diferem uns dos outros: (a) pelo tipo de abordagem (emprico-analitico, interpretativo ou crtico), (b) pelo nvel de aprofundamento da pesquisa (exploratrio ou sistemtico), (c) pelos objectivos do estudo, (d) pela metodologia aplicada e (e) pela relao com a problemtica proposta. De seguida, apresentamos trs modalidades de pesquisa que, habitualmente, so usadas para elaborar os trabalhos acadmicos. 1.1. Ensaios Um Ensaio Acadmico um texto argumentativo em que se problematiza um determinado assunto numa rea cientfica em estudo. Deste modo, o principal objectivo de um Ensaio produzir um questionamento em torno de uma problemtica, sugerindo elementos reflexivos a partir da reviso da literatura. No Ensaio ainda que se possa privilegiar o registo interpretativo de cada autor, este tipo de registo deve estar sustentado num determinado quadro terico que permitir estabelecer relaes e contrastar (ou confrontar) posicionamentos vrios. Desta forma, um Ensaio revela qualidade quando consegue dar inteligibilidade a um assunto, a partir de um confronto plural e aberto de perspectivas e de referenciais tericos. De facto, o Ensaio no dispensa o rigor lgico e a coerncia de argumentao e, por isso mesmo, exige grande informao cultural e muita maturidade intelectual, dependendo do tipo e o nvel do autor do ensaio.

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1.2. Monografias O trabalho cientfico pode ser denominado monografia quando apresentado como requisito parcial para a concluso do curso, isto , basicamente, as monografias so usadas para o grau de licenciado. Deste modo, pode-se dizer que a monografia um ensaio cientfico, com tratamento escrito individual, no mbito de uma determinada problemtica, onde o estudante mostra domnio profundo e conhecimento terico sistematizado sobre um determinado assunto ligado a sua rea de estudo. 1.3. Dissertaes de mestrado As dissertaes so trabalhos adoptados nos cursos de mestrado, estando tambm submetidas defesa pblica e avaliao de um jri. importante que a escolha do tema esteja sustentada no prvio conhecimento terico sobre o assunto, que o mesmo esteja bem delimitado e venha a contribuir com relevncia quer para aumentar o conhecimento sobre um determinado objecto de estudo, quer para produzir melhorias (ou transformao), do ponto de vista pessoal, social ou comunitrio. A dissertao deve evidenciar o conhecimento de literatura existente sobre o assunto, a capacidade de sistematizao, de problematizao e de contextualizao do candidato a mestre. 1.3. Dissertaes de doutoramento As dissertaes de doutoramento so trabalhos cientficos que visam a obteno do grau de Doutor e representam o resultado de um trabalho experimental de um tema especfico e bem delimitado. As dissertaes de doutoramento devem ser elaboradas a partir de um fundamento e investigao original, constituindo-se em uma real contribuio para a cincia e, concretamente, para o campo cientfico de uma rea de especialidade. Para alm deste contributo terico, os resultados devem, ainda, contribuir para gerar implicaes prticas num determinado contexto social ou comunitrio.

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1.4. Trabalho de projecto O trabalho de projecto pode ser utilizado como alternativa s monografias (1. Ciclo) ou as dissertaes (2. Ciclo). A opo por esta modalidade de pesquisa justifica-se, sobretudo, pelo facto de ser uma metodologia de investigao mais apropriada para cursos de natureza profissionalizante. O trabalho de projecto assume-se como uma estratgia metodolgica que articula a pesquisa com experincias de formao. Neste sentido, os estudantes so chamados a realizar uma pesquisa sobre a sua experincia de formao. Da recorrer-se ao que, habitualmente, se designa como investigao-aco. A investigao-aco permite convocar uma outra concepo investigativa: reflectir na (e sobre a) aco. Trata-se uma pesquisa que assenta, essencialmente, na tcnica da observao participante, isto , uma pesquisa centrada na recolha, anlise e interpretao da experincia formativa em que cada estudante se encontra a realizar. O Trabalho de Projecto visa a aplicao de conhecimentos e de competncias adquiridos ao longo do curso na execuo de solues para problemas especficos na rea de conhecimento do curso. O Trabalho de Projecto dever envolver componentes de carcter terico e prtico (ou experimental), promovendo a compreenso e a resoluo de problemas em situaes novas e no familiares, a seleco e recolha criteriosa de informao e bibliografia adequadas, a adopo de metodologias, preferencialmente, na modalidade de investigao-aco, a concepo de uma soluo para o problema proposto e respectiva implementao, e a anlise crtica dos resultados.

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Captulo II: Projecto de PesquisaGeralmente todos trabalhos cientficos so precedidos de um projecto de pesquisa. O projecto de pesquisa uma descrio breve de uma proposta de investigao, procurando nortear as etapas a serem seguidas pelo pesquisador, bem como apresentar a metodologia e verificar a viabilidade da pesquisa. Alis, o investigador: (a) especifica o problema que pretende pesquisar, situando-o espacial e temporalmente, (b) define os principais conceitos-chave da pesquisa (a partir do qual ir desenvolver o seu quadro terico); (c), descreve, fundamentando, a metodologia adoptada; (d) apresenta os principais contributos da pesquisa (e) identifica as limitaes do estudo; (e) desenha o cronograma das actividades de pesquisa. Muitos autores apontam que, pelo facto de as pesquisas diferirem entre si, no pode haver, naturalmente, um modelo fixo para a redaco do projecto, mas que possvel apresentar um esquema abrangente dos vrios tpicos que o compem:

Capa Folha de Rosto ndice Introduo Relevncia do estudo (motivao e contributos) Pergunta de partida (ou hiptese/s) Objectivos Marco terico (Reviso da Literatura) Metodologia (opo, procedimentos e Tipo de Pesquisa limites) Participantes (Universo e Amostra) Instrumentos de Recolha de Dados Modelo de anlise de dados Concluses e contributos da pesquisa Cronograma Oramento1 Referncias Bibliogrficas O projecto de pesquisa na verdade uma orientao dinmica e flexvel que indica onde o pesquisador quer chegar e os caminhos que pretende seguir e, por isso, pode ser feito um reajustamento ad hoc sempre que necessrio, adequandoo s novas exigncias que vo emergindo no desenrolar do trabalho. A seguir procuramos apresentar e explicar com o mnimo de detalhes alguns elementos que compem o projecto de pesquisa: Questes de investigao (ou variveis) Objectivo geral Objectivos especficos

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. O oramento s obrigatrio quando o projecto de pesquisa envolve recursos humanos, materiais e financeiros que o justifiquem. 10

2.1.

Problematizao

Em cincias sociais, a questo relacionada com a formulao de problema referese ao processo de identificao, caracterizao e delimitao de um determinado fenmeno (acontecimento ou experincia) no sentido de aumentar o conhecimento sobre o mesmo e/ou contribuir para resolver uma determinada problemtica associada aquele e/ou ainda produzir melhorias/mudanas (sociais ou profissionais). Enquanto alguns autores procuram distinguir problema e oportunidade de pesquisa, outros apresentam uma perspectiva diferente, como duas faces da mesma moeda que para serem solucionadas ou capitalizados dependem de uma pesquisa de informao. Alves-Mazzotti e Gewansznadjer (1999), conceptualizam o problema de pesquisa, no seu sentido mais estrito, como uma indagao referente relao entre duas ou mais variveis ou como uma questo relevante que nos intriga e sobre a qual as informaes disponveis so insuficientes. (p. 149) Na verdade, o processo de formulao do problema, como se diz, envolve mais transpirao do que inspirao, por isso mesmo, a etapa mais difcil de projecto de pesquisa, exigindo por parte do pesquisador muita arte e habilidade de leitura e reflexo para abordar o processo com o mximo de cuidado. Alves-Mazzotti e Gewansznadjer (1999) acrescentam que o conhecimento da literatura uma condio necessria para formular o problema, no sentido de identificar ou definir com mais preciso os problemas que precisam de ser investigados numa determinada rea ou campo de estudo. Alis, estes tericos dizem que h trs situaes que podem dar origem a um problema de pesquisa: (a) lacunas no conhecimento existente, (b) inconsistncia entre o que uma teoria prev e o que realmente acontece e (c) inconsistncias entre os resultados de diferentes pesquisas ou entre estes e o que se observou na prtica. Por outro lado, Richardson (1999) diz que o processo de formulao pressupe dois comportamentos distintos do pesquisador:

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a) O primeiro aspecto implica que o pesquisador detenha domnio do fenmeno devido experincia adquirida em pesquisas anteriores e/ou em leituras, ou defina o problema de pesquisa sem a participao da populao em estudo e elabore instrumentos de recolha de dados, que sero fornecidos a um grupo de pessoas utilizadas apenas como objectos de estudo. Estas pessoas so designadas por amostra do estudo (Barros &Lehefeld, 2003): O pesquisador, procurando ampliar e produzir conhecimentos, pode definir os problemas de investigao a priori, baseando-se em experincias cognitivas anteriores bem como em investigaes exploratrias ou em aproximaes sucessivas realidade. Os problemas podero tambm surgir a partir da necessidade que o pesquisador tem de complementar acervos sobre determinados fenmenos. (p. 47)

b) O segundo aspecto est relacionado com uma espcie de briefing ou diagnstico participativo do problema junto da populao, estabelecendo mtuos laos de confiana, evitando blackout da populao de modo a identificar os seus problemas reais (Richardson, 1999):O pesquisador insere-se na populao que deseja estudar e juntamente com seus elementos, em constante interaco, tenta levantar os problemas que sero pesquisados, com o objectivo de produzir um conhecimento concreto da prtica que vivencia. Aqui o pesquisador acredita que a populao que pretende estudar a nica que tem condies de levantar os problemas prioritrios de pesquisa. (p. 58)

Nesta fase o pesquisador, dever realizar algumas questes: Qual a importncia do fenmeno a ser pesquisado? Que factores ditaram o surgimento do fenmeno? H quanto tempo existe o fenmeno? Por que pesquisar este fenmeno? Quem beneficiar dos resultados da pesquisa? Claro que ao colocar estas questes, ou seja, ao problematizar ou a identificar a oportunidade, o pesquisador deve ter em conta que num ambiente social, existem, essencialmente, duas causas bsicas que podem ter dado espao para o surgimento do problema. So elas, mudanas no planeadas e mudanas planeadas, que surgem devido a vrios factores externos e internos tais como factores econmicos, factores tecnolgicos, factores cientficos, factores socioculturais, factores demogrficos, factores ecolgicos e factores poltico-legais, entre outros.

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importante realar que o pesquisador, dentro deste processo de formulao de problema, deve, acima de tudo, procurar delimitar o problema atravs de uma pesquisa exploratria. A sua atitude deve ser idntica de um mdico que escuta o seu paciente para diagnosticar o problema e poder prescrever o tratamento adequado. Haja cuidado durante este processo, pois Richardson (1999) elucida que nem todas as questes devem ser consideradas problemas de pesquisa, mas sim aquelas que necessitam de uma resposta devido sua importncia na sociedade ou no campo das cincias humanas. 2.11. Relevncia do estudo A relevncia do estudo coloca-nos em contacto com o quadro de referncia a partir do qual o investigador decide definir o seu objecto de estudo, bem como perante os motivos/razes que o levam a realizar esse estudo. nesta seco que se deve referir os principais contributos tericos e prticos da pesquisa. 2.1.2. Delimitao da pesquisa Para se conduzir a pesquisa de maneira adequada, deve-se tornar o problema mais especfico, pois nem todos os termos usados deixam claro os contornos da sua extenso. De facto, no plausvel que se queira investigar os vrios registos implicados numa investigao. Parte-se, sempre, de um enfoque (ou abordagem). Da a exigncia de delimitar o campo da pesquisa. A prtica manda que se delimite a pesquisa tendo em conta o espao e o tempo em que se faz sentir e ocorre o problema, para alm do ponto de vista temtico e das teorias em que o estudo ser conduzido. Ao se delimitar, tendo em conta o ponto de vista das metodologias de investigao, o estudo deve fazer meno rea disciplinar ou interdisciplinaridade (ou ainda transdisciplinaridade) do estudo quando se tratar de um trabalho que abarca vrias disciplinas, referindo-as e mostrando como se relacionam com o fenmeno em estudo.

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2.2.3. Problema Embora no existam regras rgidas para a formulao do problema, o problema em si deve ser colocado na forma de uma pergunta, precedido da sua respectiva formulao. Quer dizer que depois de descrever todo o background do fenmeno, definindo-o, apresentando as caractersticas, dizendo onde ocorre, quando ocorre, como se manifesta, identificando os intervenientes e explicando factos que se relacionam com o fenmeno, o pesquisador coloca o problema ou seja a pergunta de pesquisa, sempre na forma interrogativa, com o auxlio do como, que, quando e por que, esta ltima expresso, como diz Richardson (1999), sem resposta fcil para pesquisas desenvolvidas pelo mtodo cientfico.

importante destacar que ao longo do projecto h uma relao entre o problema, o tema, os objectivos, a pergunta de partida (ou hiptese/s) e as tcnicas ou instrumentos de recolha de dados. Para alm disso, a partir do problema que o pesquisador define o ttulo (tema, para alguns) do trabalho.

2.2.

3.1. Pergunta de partida ou hiptese(s)

A pergunta partida, na pesquisa de ndole qualitativa, visa orientar o processo de investigao ao longo da pesquisa. Considerando que, nesta modalidade de pesquisa, o problema no definido a priori, ento torna-se necessrio ter um ponto de partida que vai assumindo, progressivamente, uma maior consistncia e sustentao, podendo no final do processo de pesquisa dar origem a uma hiptese (ou vrias). Quando se parte de uma hiptese (ou vrias), significa que o problema j est bem definido e delimitado. A abordagem, neste caso, uma abordagem de ndole quantitativa, tendo como propsito validar ou testar essa(s) hiptese(s). Importa, no entanto, referir que nem todos os tipos de pesquisa requerem hipteses (neste caso opta-se por uma pergunta de partida) (Guerra, 2006).

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Existem na literatura especializada sobre pesquisa, vrios tipos de hipteses e exigncias na sua formulao. Para uma maior compreenso, recomendamos uma leitura aprofundada da matria (Richardson, 1999). 2.2.3.2. Variveis ou questes de investigao Como se pode ver, a hiptese, pode tambm ser entendida como uma relao hipottica entre duas ou mais variveis. As variveis tm como propsito efectuar uma correlao causal (causas versus efeitos), enquanto que as questes de investigao procuram realizar sucessivas aproximaes a um determinado objecto de estudo, de modo a compreend-lo a partir do quadro de referncia simblico (sentido, significados, valores, afectos) dos actores ou, ainda, para produzir conhecimento prtico (emancipador) que se revista de utilidade social e/ou comunitria (e/ou profissional). (Flick, 2005; Gutirrez, 2003; LessardHrbet, Goyette & Boutin, 2010). 2.2.3.3. Indicadores ou unidades de anlise Os indicadores so factores que possibilitam a mensurao da varivel no fenmeno em estudo (abordagens de ndole quantitativas). a partir dos indicadores que se desenham os instrumentos de recolha de dados. H uma discusso entre os autores sobre os indicadores na medida em que alguns so da posio de que a definio operacional das variveis deve conter os indicadores, outros so da posio contrria. Mas de consenso que o projecto de pesquisa apresente os indicadores quer esteja na definio operacional ou no. Contudo, se se tratar de uma pesquisa de ndole qualitativa, do que se trata de definir as principais unidades de anlise, com base na articulao entre o quadro terico e a pesquisa emprica. Habitualmente, este processo designado como o processo de categorizao da informao recolhida (anlise de contedo). Para um aprofundamento desta temtica, ver a obra de Bardin (2009). 2.2.3.4. Objectivos A definio dos objectivos da pesquisa um processo muito importante para a soluo do problema focado, pois estes antevem e expressam os passos que o

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pesquisador vai dar para o solucionar. Por essa razo, os objectivos devem ser extrados do problema levantado. A experincia do pesquisador nesta fase relevante, mesmo porque se deve ter em conta que alguns dos objectivos, normalmente, surgem durante a formulao do problema. Os objectivos dividem-se em geral e especficos. Enquanto o objectivo geral se relaciona directamente com o problema (pergunta de partida ou hiptese/s), focalizando a pesquisa de maneira ampla, os especficos operacionalizam o objectivo geral, visando facilitar a formulao das variveis (abordagem qualitativa) ou das questes de investigao (abordagem qualitativa). O pesquisador deve elaborar objectivos tendo em conta que ele deve ser claro, simples e preciso para no dar lugar a interpretaes subjectivas. Deve ser mensurvel (nas abordagens quantitativas), dando a possibilidade de avaliar o seu cumprimento. Deve ser alcanvel durante o perodo em que a pesquisa ir decorrer e deve ser orientado para o fenmeno estudado, de modo a satisfazer a necessidade concreta do grupo-alvo. 2.3. Marco terico O marco terico (quadro terico para uns, referente terico ou epistemolgico para outros), normalmente comea com a reviso da literatura (bibliografia), ou seja, com a anlise ou levantamento das mais recentes obras cientficas disponveis (artigos cientficos ou outro tipo de documentao considerada relevante), que tratem do assunto ou que dem corpo terico e metodolgico para o desenvolvimento do projecto de pesquisa. O desenvolvimento do marco terico est dependente da correcta formulao do problema. Nesta fase, o pesquisador apresenta o estado da arte, mostrando que se encontra actualizado sobre as ltimas discusses no campo do conhecimento em estudo. Alm de artigos em peridicos nacionais e internacionais e livros j publicados, as monografias, dissertaes e teses constituem fontes de referncia e de consulta.

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O marco terico deve integrar o relatrio. um elemento importante dado que nele so explicitados os principais conceitos e termos tcnicos a serem utilizados na pesquisa. A coerncia e a vinculao entre o marco terico, o problema e a metodologia adoptada essencial pois clarifica a lgica da construo do objecto de estudo alm de ser o principal referente para a interpretao e discusso dos resultados da pesquisa. Para alm disso, nesta exigncia de articulao que se vai construindo o rigor metodolgico, condio sine qua non do processo de validao interna do estudo. Contudo, a forma de apresentao do marco terico nos trabalhos cientficos no consensual entre pesquisadores. Alguns preferem uma apresentao sistematizada dentro de um captulo ou seco (como acontece na Faculdade de Educao e Comunicao), reservado para o efeito. Outros consideram essa prtica desnecessria, inserindo o marco terico ao longo da anlise dos dados. Esta ltima alternativa exige maior competncia e capacidade de raciocnio por parte do pesquisador (Alves-Mazzotti & Gewansznadjer, 1999):Em qualquer circunstncia, porm, a literatura revista deve formar com os dados um todo integrado: o referencial terico servindo interpretao (...) orientando a construo do objecto e fornecendo parmetros para a comparao com os resultados e concluses do estudo em questo. (p. 185)

Contudo, na FEC, recomenda-se que o marco terico seja dividido em ttulos e subttulos para que o relatrio seja elegante e bem articulado. No h diferena entre o marco terico duma monografia e duma dissertao. Entretanto, o marco terico, apresentado no projecto de pesquisa deve continuar a ser enriquecido at finalizao do relatrio de pesquisa. Assim, ao redigir o relatrio final tanto na monografia como na dissertao imperativo a insero de alguns elementos do marco terico ao longo da interpretao e discusso dos resultados. Por outras palavras, deve haver uma confrontao dos dados pesquisados com a teoria ou com o pensamento de vrios autores. Este facto no retira a possibilidade de, se necessrio, em texto corrido e em espao prprio do marco terico, o pesquisador fazer a definio de

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conceitos mais usados no estudo, discutindo os diferentes pontos de vista dos autores e como o mesmo conceito deve ser entendido no trabalho. 2.4. Metodologia A metodologia o conjunto de mtodos e tcnicas utilizados para a execuo de uma pesquisa. Nesta seco pretende-se que o pesquisador apresente a abordagem/tipo e o nvel de pesquisa, faa a apresentao do universo, da amostra e do respectivo processo de seleco, dos mtodos/tcnicas de recolha de dados e do plano de apresentao e anlise de dados (este ltimo se se trata de um projecto de pesquisa). 2.4.1. Tipo de Pesquisa Existem vrios tipos de abordagens (enfoques ou paradigmas) de investigao: (a) positivista (emprico-terico ou hipottico-dedutivo), (b) interpretativo (sentido ou significado) e (c) crtico (participativo ou emancipador). Estas abordagens utilizam mtodos qualitativos e/ou quantitativos conforme a definio do objecto de estudo. Por conseguinte, o que determina a escolha destes , precisamente, a problemtica em estudo. Como referem Lessard-Hrbet, Goyette e Boutin (2010, pp. 32-33) () O facto de uma investigao poder ser classificada de interpretativa ou qualitativa provm mais da sua orientao fundamental, do que dos procedimentos que ela utiliza. Uma tcnica de pesquisa no pode constituir um mtodo de investigao. Da que para estes autores (Lessard-Hrbet, Goyette e Boutin, 2010), a expresso metodologias qualitativas engloba, habitualmente, um conjunto diversificado de abordagens: observao participante, etnografia, estudo de casos, interaccionismo simblico, fenomenologia, ou, muito simplesmente, abordagem qualitativa. (p.31) No caso concreto da FEC, pela sua misso e oferta formativa, sugerimos abertura na aplicao de metodologias de investigao. Assim, no campo da educao, as abordagens que hoje se tendem a impor, so, sobretudo, a interpretativa (ou etnogrfica) e a crtica (ou investigao-aco).

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2.4.2. Universo O campo de estudo toda a populao a que pertence o grupo focal da pesquisa. Deve ser mencionada brevemente, mas de maneira completa. Esta populao o universo da pesquisa. Faz-se necessrio, contudo, definir o que universo. Este pode ser compreendido como o conjunto, a totalidade de elementos ou indivduos que possuem determinadas caractersticas, definidas para um estudo. do universo que se retira uma parte para submeter s tcnicas de recolha de dados. O universo deve ser quantificado em nmeros exactos ou aproximados realidade. 2.4.3. Amostra As monografias e as dissertaes so trabalhos cientficos que tm limitaes temporais e financeiras. Da a necessidade de trabalhar com uma parte da populao, a amostra. Existem dois procedimentos de seleco de amostras, o probabilstico e o no probabilstico, cada um com as suas limitaes e vantagens quando se fala em representatividade. Neste manual, no vamos explicar a tipologia de cada uma delas. Esse um trabalho feito na literatura especializada. Neste manual pretende-se esclarecer que nesta matria de amostragem o importante que, para alm de definir e descrever com exactido o seu tipo de amostra e os critrios usados para a sua seleco, o pesquisador deve garantir a representatividade (excepto na abordagem qualitativa) da populao identificando elementos com caractersticas que lhe possibilitem responder validamente s questes colocadas. Quer dizer que, conforme for seleccionada a amostra, deve haver uma probabilidade adequada de ela ser representativa da populao(Jeveau cit. em Cabrito et al., 1992): O que interessa ao construtor de inquritos obter uma fraco desta populao na qual algumas destas caractersticas estariam distribudas do mesmo modo que na populao, ou aproximadamente. Que caractersticas? Aquelas que tm uma relao directa com o inqurito que vamos realizar. (p. 178)

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A amostra , portanto, qualquer subconjunto da populao estudada cujas caractersticas que a levam a fazer parte do estudo, devem ser amplamente descritas. 2.4.4. Tcnicas de recolha de Dados As tcnicas de pesquisa so os instrumentos especficos que o pesquisador utiliza para aceder ao campo (trabalho emprico). As tcnicas mais usadas so: (a) inqurito (por entrevista e/ou questionrio), (b) observao (directa-sistemtica e/ou participante) e (c) anlise documental. As tcnicas esto muito relacionadas com a abordagem/natureza adoptada para a pesquisa. Mas, como j se fez referncia, numa mesma pesquisa (por exemplo na abordagem/ qualitativa ou, por outras palavras, interpretativa e/ou crtica) podem ser usados mtodos qualitativos e/ou quantitativos. A utilizao de vrias tcnicas de recolha de dados, vulgo triangulao, na mesma pesquisa, s acaba enriquecendo ainda mais o estudo. Por conseguinte, uma coisa falar de abordagem de ndole qualitativa, que se reporta ao modo como se perspectiva, analisa e interpreta um determinado fenmeno, outra, bem distinta, o processo de recolha de dados que pode, conforme a problemtica definida, recorrer a mtodos qualitativos e/ou quantitativos. Ao descrever os instrumentos de recolha de dados deve-se fazer referncia aos elementos da amostra a que eles sero aplicados e que informaes o pesquisador pretende obter deles. 2.4.5. Plano de Apresentao, Anlise e interpretao de Dados As variveis e os indicadores (ou unidades de anlise de sentido e/ou de contexto) permitem orientar a anlise de dados no sentido de aceitar ou rejeitar as hipteses definidas para a pesquisa ou (no caso de abordagens de tipo qualitativo) estabelecem relaes entre as asseres tericas e a () variabilidade das relaes entre as formas de comportamento e os significados que os actores lhes atribuem atravs das suas interaces sociais (LessardHbert, Goyette & Boutin, 2010, p. 39). Tratando-se de um projecto de pesquisa,

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o plano deve espelhar o modo como o pesquisador pretende apresentar e analisar os dados. Neste ponto, o pesquisador faz uma previso do modo como o plano ser apresentado, tendo em conta o tipo e o nvel de pesquisa e a tcnica de recolha de dados. Da mesma maneira, apresenta o modo como ser feita a anlise dos dados, referindo-se aos instrumentos auxiliares para a apresentao, como por exemplo tabulaes e processamento de dados em softwares informticos especializados, como Word, Excel e/ou SPSS, NVivo, entre outros. 2.4.6. Contextualizao do Caso No estudo de casos, deve-se proceder a uma breve caracterizao do caso que est a ser estudado. Nesta seco ou captulo deve-se apresentar de maneira geral a instituio onde a pesquisa est sendo realizada, indicando o seu historial, localizao, servios, recursos, misso e objectivos entre outros aspectos que possibilitem o leitor visualizar a instituio. No caso do trabalho de projecto, importa para alm da caracterizao e contextualizao, apresentar o desenho de todo o projecto.

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Captulo III: Relatrio de Pesquisa3.1. Estrutura dos Trabalhos Basicamente, os trabalhos cientficos apresentam a mesma estrutura (introduo, desenvolvimento, concluso e recomendaes finais), diferenciando-se, nos objectivos, na profundidade, na metodologia usada, na defesa, entre outros aspectos. Esta parte do manual destina-se orientao dos trabalhos tendo em conta a definio de critrios para a redaco do relatrio. Partimos da premissa de que os trabalhos sero realizados com o emprego do programa processador de textos Word, da Microsoft ou outro equivalente Como j dissemos o manual tem por meta servir como fonte rpida e prtica de consulta aos estudantes. Assim, somente os tpicos mais comuns sero tratados. Em conformidade com vrias normas, as monografias e as dissertaes so compostas dos seguintes elementos, na ordem de apresentao: elementos prtextuais, elementos textuais e elementos ps-textuais. Os elementos pr-textuais: so todos os elementos, embora alguns no sejam de carcter obrigatrio, que antecedem o texto principal e vm apresentadas em folhas numeradas com algarismos romanos minsculos a partir da folha de rosto (i). Estes elementos so apresentados na seguinte ordem: capa, folha de rosto, ndice, declarao, agradecimentos, dedicatria, listas e resumo. Os elementos textuais ou o texto principal composto: (a) pela introduo como captulo I; (b) a problematizao como captulo II; (c) o marco terico como captulo III; (d) opo metodolgica como captulo IV; (d) caracterizao do objecto de estudo como captulo V; apresentao e anlise dados como captulo VII; (e) discusso dos resultados como captulo VIII; a concluso e recomendaes como captulo IX; (f) as referncias bibliogrficas como captulo X; (g) finalmente, quando se justificar) haver, ainda, mais duas seces: os Apndices (documentos produzidos pelo investigador) e Anexos (documentos consultados).

Os elementos ps-textuais so todos aqueles que vm aps o texto principal, a seguir a bibliografia ou referncias bibliogrficas, na seguinte ordem: apndices e anexos. A seguir apresentamos a estrutura geral ou fluxograma (sequncia dos itens) adoptado pela Faculdade de Educao e Comunicao na formatao dos trabalhos cientficos:Capa Folha de Rosto ndice Declarao Agradecimentos Dedicatria Listas Resumo Captulo I: Introduo Problematizao Engloba a delimitao do problema Relevncia do estudo Problema Objectivos Dificuldades Encontradas Consideraes ticas Sequncia do trabalho Captulo II: Marco Terico Reviso de literatura Captulo III: Aspectos Metodolgicos Opo metodolgica Participantes (universo/amostra): caracterizao do objecto de estudo Tcnicas de recolha de dados Modelo de anlise Capitulo IV: Apresentao e anlise dos dados Captulo V: Discusso dos resultados Captulo VI: Concluso e Recomendaes Referncias bibliogrficas Apndices Anexos Elementos ps-textuais Elementos textuais

Elementos pr-textuais

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3.2. Elementos Pr-Textuais 3.2.1. Capa A capa serve de proteco s pginas do volume que compem a monografia ou dissertao. ela deve ser do mesmo tamanho das pginas (A4) antecedida de plstico transparente, para melhor proteger o documento e para permitir ao leitor a visualizao da capa. A capa vem antes da pgina de rosto e deve conter os seguintes elementos: O ttulo completo do trabalho cientfico Nome do estudante Data da submisso

Ttulo do Trabalho

Nome do Estudante

Data de submissoUma capa tambm deve ser posta aps a ltima pgina do trabalho, com o mesmo objectivo de proteco e manuseio; esta, todavia, deve ser de cartolina com uma cor escura, de preferncia preta. 3.2.2 Folha de Rosto A folha de rosto serve para permitir ao leitor para alm identificao do ttulo e do autor do trabalho monografia, a imediata identificao do trabalho (monografia, dissertao ou trabalho de projecto), a instituio para a qual foi apresentada, a rea de formao e o supervisor do trabalho. Apresenta-se tambm o ano de concluso do curso.24

3.2.2.1. Formatao e Elementos da Folha de Rosto 1. No alto da pgina (a 3cm da margem superior), centralizado: ttulo do trabalho cintfico. 2. No fim do primeiro tero da pgina (em 10cm), centralizado, o nome do autor do trabalho cintfico. 3. Logo abaixo, um pargrafo cuja margem esquerda se inicia no alinhamento vertical do centro do pargrafo do ttulo do trabalho, indicando a natureza acadmica do trabalho, a instituio de ensino, a rea de formao e o supervisor do trabalho. 4. Na parte mais baixa, em pargrafos centralizados e sobrepostos, a cidade e a data de concluso do trabalho, incluindo, no mnimo, o ano.

Ttulo do Trabalho Cientfico

Nome do Estudante - N. 70800980Enasaio/Monografia/Dissertao/ Trabalho de Projecto Submetida(o) Faculdade de Educao e Comunicao Universidade Catlica de Moambique como requisito parcial para a obteno do grau de licenciado/mestre em (Curso).

Orientado por: Nome do docente / Orientador

3.2.3. ndice

Nampula Janeiro de 2012

O ndice a enumerao dos ttulos dos captulos e suas divises, com indicao da pgina de seu incio, tendo por objectivo facilitar ao leitor a localizao de textos nos trabalhos cientficos monografia.

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importante destacar que o ndice pode ser construdo automaticamente, a partir dos seguintes passos: Coloque o cursor do computador exactamente na pgina onde ndice deve ser construdo. Clique no cone Inserir (insert). Em seguida, clique em Referncia (reference) e ndices e tabelas (index and tables).

Em seguida, clique em ndice analtico (table of contents) e confira se no cone visualizar Web (Web preview) esto includos somente os ttulos que foram formatados anteriormente (ttulos 1, 2 e 3) ou em Ingls (heading 1, 2 e 3), conforme os nveis pretendidos. Depois de verificadas todas as informaes, clique em Ok e o ndice estar pronto em segundos.

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Se houver qualquer alterao no ndice, basta clicar com o boto direito do mouse sobre o ndice e clicar em Atualizar campo (Update field), em seguida, em Actualizar ndice inteiro (Update entire table). Veja as duas figuras abaixo:

O importante, nesta tarefa de criar ndice, antes de mais lidar com a funo Estilos e Formatao (Styles and formatting) do formatar para os diversos ttulos da monografia ou dissertao.

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3.2.4. Declarao a parte do trabalho em que o autor assina a declarao de propriedade intelectual, autenticidade do trabalho e de ter identificado devidamente todas as fontes consultadas durante a sua realizao. Caso contrrio, o autor incorre em plgio. 3.2.5. Agradecimentos Se o autor do trabalho cientfico desejar manifestar seus agradecimentos a outras pessoas, tais como o supervisor/tutor do trabalho, financiadores, instituies, colaboradores, bibliotecrios, digitadores, revisores entre outros, pode faz-lo em pgina destacada. 3.2.6. Dedicatria Tal como os agradecimentos, a dedicatria um pequeno texto em que o autor do trabalho manifesta, se esse for o seu desejo, suas afeies e agradecimentos a pessoas do seu estreito relacionamento, normalmente familiares. 3.2.7. Listas As listas so ndices de outros elementos tais como abreviaturas, grficos, mapas, tabelas, ilustraes. A necessidade de uma lista est condicionada existncia desses componentes no corpo do trabalho. 3.2.8. Resumo Chama-se resumo a sntese do trabalho inserida antes da introduo servindo como uma apresentao panormica de todo o trabalho, devendo: Ser exibido em um nico pargrafo, no ultrapassando 250 palavras. todo o resumo deve vir em espao simples com o tamanho da fonte 12. O resumo pode conter as seguintes informaes: descrio do tema, do problema de pesquisa, os objetivos do trabalho, a metodologia utilizada, a concluso a que chegou e as recomendaes apresentadas. logo abaixo, devem ser inseridas no mximo quatro palavras-chave.

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3.3. Elementos Textuais Os elementos textuais ou o texto principal o trabalho cientfico em si. No mnimo, divide-se em trs partes: introduo, desenvolvimento e, concluso e recomendaes. 3.3.1. Introduo As questes que guiam a pesquisa so introduzidos e os objectivos do trabalho descritos. Algumas indicaes sobre ponto de vista sob o qual o trabalho vai ser abordado, como o trabalho est estruturado e as relaes estabelecidas entre as partes so bastante teis. na introduo que o autor faz uma retrospectiva da problemtica actualizando os aspectos metodolgicos apresentados no projecto de pesquisa. Recomenda-se que os elementos da introduo sejam apresentados em texto corrido ou topificados. Ao topificar, o pesquisador tem a liberdade de numerar ou no os elementos da introduo. Resumindo, os itens deste captulo so: Problematizao

J foi feita a referncia a este ponto no projecto de pesquisa. Contudo, lembramos que este tem que ser real e pertinente, devendo para tal apresentar a manifestao do fenmeno dentro de um contexto temporal e espacial, as caractersticas do fenmeno e a relao com os indivduos envolvidos. A problematizao pode ou no culminar com a colocao do problema na forma de pergunta. A problematizao engloba a delimitao do problema, isto , em texto corrido, o autor deve delimitar a pesquisa tendo em conta o espao e o tempo em que se faz sentir e ocorre o problema, para alm do ponto de vista da cincia e das teorias em que o estudo ser conduzido. Relevncia do estudo

A relevncia do estudo contextualiza a razo da escolha do tema (motivao) e os contributos terico (e/ou prticos) da pesquisa. Assim, o autor deve brevemente, mas de forma esclarecedora, dizer: a) como tomou contacto com o objecto de29

estudo; b) Qual a sua motivao para levar a cabo o estudo. c) que relevncia ou utilidade ter a pesquisa para a cincia ou para o grupo-alvo. Problema (pergunta de partida ou hiptese(s) Objectivos: estes englobam objectivo geral e especficos. Limitaes do Estudo Consideraes ticas 3.3.2. Marco Terico Este assunto j foi discutido no captulo 1 deste manual, entretanto importa lembrar que em pgina separada, o marco terico ser tratado logo a seguir s consideraes ticas, como captulo 2. Neste captulo, a autor demonstra o conhecimento da literatura bsica e teorias sobre o assunto, resumindo os resultados dos trabalhos feitos por outros autores. O autor define claramente o ponto de vista sob o qual o seu estudo ser conduzido. Neste captulo, o autor faz a reviso bibliogrfica de teorias e/ou autores que discutem a temtica relacionada com o tema do seu trabalho. Faz crticas e opta por uma ou duas teorias que o ajudaro a concluir com o seu estudo. Resumindo, o marco terico serve para: a) enquadrar o estudo numa perspectiva(s), teoria(s) ou num modelo(s) b) apresentar os pressupostos bsicos da(s) perspectiva(s), teoria(s) ou do(s) modelo(s) c) posicionar o pesquisador (explica como o autor pretende aplic-los no seu estudo) d) definir os termos mais usados no trabalho (apenas quando necessrio). O marco terico dever estar absolutamente adequado ao estudo e no deve ser uma coleco encadeada de citaes, devendo o autor introduzir reflexes, comentrios ou snteses pessoais. No que diz respeito a apresentao, recomenda-se que o marco terico seja dividido em ttulos e subttulos, podendo no entanto tambm ser apresentado em

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texto corrido. O importante que o texto siga uma sequncia perceptvel, lgica e de acordo com o tema. 3.3.3. Aspectos Metodolgicos2 Tipo de Pesquisa.

Nesta seco deve-se ter o cuidado de se delimitar o tipo de pesquisa atendendo a abordagem (positivista, interpretativa e crtica) e os nveis ou procedimentos (explicativo, compreensivo e participativo). Importa, no entanto, referir que o investigador pode combinar vrios tipos de mtodos (dependendo da definio do objecto de estudo). Universo e Amostra (delimitao e caracterizao do objecto de estudo) Instrumentos de Recolha de Dados Modelo de anlise Limitaes do estudo

3.3.5. Apresentao e anlise de dados O captulo 4 ser dedicado a apresentao, anlise e interpretao de dados. Nesta seco, organizam-se os dados, procedendo reduo dos dados mediante um processo de codificao e categorizao. Para tal, recorre-se a diversos modos de organizao (figuras/matrizes explicativas). Posteriormente, passa-se fase, propriamente dita, da anlise dos dados, verificando e testando as hipteses ou extraindo significados a partir das evidncias apresentadas/organizadas na fase anterior (unidades de anlise). Termina-se a fase analtica quando toda a informao recolhida e seleccionada foi tratada a partir do modelo de anlise adoptado.

3.3.6. Discusso dos resultados

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. Este assunto j foi abordado no captulo 1. O importante apresentar no relatrio final o captulo do marco terico actualizado. 31

Depois de se terem produzidos os resultados da pesquisa, procede-se ao seu confronto com a reviso de literatura que sustentou o quadro terico do estudo. Nesta fase da interpretao, procede-se discusso da problemtica (hipteses ou questes de investigao), procurando estabelecer correlaes (hipotticodedutivas) ou inferncias (analtico-indutivas) entre as asseres tericas e as evidncias empricas. 3.3.7. Concluso e Recomendaes Concluso

A concluso ou parte conclusiva responde de forma sumria e crtica ao problema, aos objectivos que guiam a pesquisa, colocados na introduo e apresenta os resultados da pesquisa. A concluso visa sintetizar dar resposta problemtica formulada no incio da pesquisa (abordagem de ndole quantitativa) ou ao longo do processo investigativo (abordagem de ndole qualitativa). usual que o autor faa uma sntese das concluses parciais a que chegou, podendo apresent-las por meio de tpicos concisos. Nesta parte do texto no so apresentadas novas ideias (embora nada impea que novos problemas sejam propostos para outras investigaes), mas sistematizadas as ideias principais discutidas ao longo do trabalho. Deve-se realizar um resumo da anlise e procurar concluir brevemente, para que no haja vrias pequenas concluses sem uma concluso geral.

No incluir nenhum facto que no tenha sido discutido no corpo do trabalho. Recomendaes ou contributos

Se a introduo abre, a concluso fecha, ao mesmo tempo que abre espao para recomendaes. As recomendaes ou contributos propem solues para os problemas identificados ou sugerem questes de investigao para continuar a aprofundar a problemtica em anlise No geral recomenda-se em funo da concluso a que se tiver chegado. Para tal: - diz-se o que foi constatado,32

- elabora-se a recomendao com base na constatao, - explica-se a finalidade da recomendao.

Nesta parte no se deve recomendar nada que no se tenha concludo.

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Captulo IV: Formatao Bsica

4.1. Enumerao Relativamente enumerao das partes do trabalho, vrios sistemas podem ser aplicados, veja os exemplos abaixo: Numrico 1 1.1 1.1.1 1.1.2 1.2 2 Alfa numrico A I a 1 2 b II B Alfa numrico expandido Primeira parte A I a b II B Segunda parte

Qualquer que seja o sistema escolhido deve ser consequentemente seguido em todo o texto. Para diviso ou subdiviso dos captulos, deve ter-se em conta que A segue a B e depois de 1 segue a 2, etc., caso contrrio, a diviso ou subdiviso no lgica mas sim intil. Normalmente, a pgina de rosto e o ndice so contados como pginas, o que significa que a pgina de rosto pgina 1 e as pginas textuais comeam por exemplo, com a pgina 10. Nesse caso, para deixar o texto comear pela pgina nmero 1 recomendado que se use nmeros romanos para todos os elementos pr-textuais exceptuando a capa. Grficos e tabelas devem ser integrados na parte do texto em que eles so discutidos. Todas as tabelas, figuras ou grficos devem ser comentados pelo autor/pesquisador, mesmo que paream de fcil percepo ou j explicadas. Os apndices devem ser evitados e os anexos devem ser inseridos apenas quando necessrios. Os apndices e anexos tm dupla numerao: a) a sequncia da numerao prpria do trabalho. b) a numerao respectiva dos apndices e anexos

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No corpo do texto principal, podem ser inseridos elementos grficos, fotos, ilustraes e outros, desde que sejam essenciais para a sua compreenso; caso contrrio, estes devem ser inseridos como anexos. 4.2. Listas A lista de tabelas, figuras e abreviaturas deve seguir a ordem apresentada no ndice. Todas as tabelas, figuras e abreviaturas devem ser listadas. Na lista de tabelas e de figuras o respectivo nmero de pgina deve ser includo. Pode-se recorrer a dois modelos muito comuns para enumerar tabelas ou figuras. Tabela n 1: Rudos na Comunicao ................................... 6 Tabela n 2.1: Disciplinas avaliadas .....................................16 Tal como exemplificado acima, a primeira opo, recomendada para as monografias, serve para enumerar as tabelas (figuras) de 1 atn nmeros de tabelas, em todo o texto, colocando o n da tabela, o ttulo da tabela e indicao da pgina. A segunda opo comea com o nmero do captulo e depois a indicao do nmero da tabela, seguido do seu ttulo e a indicao da pgina. Esta prtica recomendada para as dissertaes.

Qualquer que seja o modelo de enumerao escolhido deve ser uniformizado em todo o trabalho cientfico. 4.3. Texto A formatao do texto do trabalho cientfico deve tornar a leitura fcil e apetecvel e apoiar a estrutura fsica do texto. 4.4. Fonte e espaamento De um modo geral, na formatao do texto do trabalho cientfico recomendado a utilizao da fonte Times New Roman (ou equivalente, por ex., Cambria Math) estilo normal, alinhamento justificado e tamanho 12 com espaamento entre linhas 1,5.

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4.5. Citaes Relativamente a esta seco, pode consultar-se o Manual de Pesquisa da UCM, onde consta o modelo adoptado para todas das Faculdades. 4.7. Notas de rodap Empregam-se notas de rodap para a incluso de textos explicativos de relativa importncia para a compreenso do texto principal, advertncias, bem como para indicaes bibliogrficas, transcries e ideias contidas em outros trabalhos. O objectivo da incluso das notas de rodap o de no desviar a ateno do leitor do texto principal para elementos de importncia secundria. Assim, para as notas de rodap recomenda-se o tamanho de fonte 9, com espaamento entre linhas simples. 4.8. Dimenses dos Trabalhos Cientficos Excluindo os elementos pr-textuais e ps-textuais e, considerando a introduo, o desenvolvimento e, a concluso e recomendaes a monografia deve ter, no mnimo, 20 pginas e no mximo 25; a dissertao ou trabalho de projecto devem ter no mnimo 30 e no mximo 50 pginas (excluindo-se os apndices e anexos). 4.9. Captulos A diviso dos trabalhos cientficos em captulos e seces tem por objectivo facilitar a identificao de partes do texto integral, quer para despertar a ateno do leitor para a ideia central do trabalho, quer para facilitar a sua localizao. Sendo assim, no existem regras fixas para sua determinao. 4.10. Ttulos Ttulo a designao que serve para identificar o objecto do trabalho. Alm da monografia ou dissertao, como um todo, os captulos e seces tambm recebem ttulo. No trabalho h ttulos que no aparecem enumerados (ndice, agradecimento, dedicatria, sumrio, introduo, concluso e recomendaes e bibliografia, etc.). Estes devem estar centralizados, com tamanho 14 e em negrito.

Os ttulos de captulos, por serem as principais subdivises do

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trabalho, devem iniciar em folha separada. 4.11. Margens A faculdade Adopta as seguintes margens para a formatao e configurao da pgina do Word na posio vertical:

4.12. Apndices Os apndices tm a mesma funo e seguem a mesma formatao dos anexos; a diferena que os apndices so documentos elaborados pelo autor da monografia/dissertao/trabalho de projecto. 4.13. Anexos Designam-se como anexos todos os textos, grficos e documentos, no elaborados pelo autor da monografia, que servem de apoio, ilustrao ou suplemento da monografia/dissertao/trabalho de projecto, os quais, por serem acessrios, no so inseridos no corpo principal, mas no final deste.

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4.14. Tabelas e Figuras Na generalidade as figuras e tabelas devem ser integradas dentro do texto onde elas so discutidas ou abordadas. Todas as tabelas ou figuras integradas no texto devem ser comentadas pelo autor mesmo que elas paream simples ou j explicadas. Para cada tabela ou figura, a fonte de obteno deve ser mencionada. Tabela 4.1: Disciplinas sujeitas a avaliao UCM-FEC 2002/03

Disciplina Pedagogia Pedagogia Social Educao Comparada Didctica Especial

Total 24 19 15 22

Total Total 20 19 15 19 18 14 15 18

Total Reprovados 2 5 0 1

Inscritos Avaliados Aprovados

Fonte: UCM, Faculdade de Educao e Comunicao (FEC), 2000 4.15. Referncias bibliogrficas Recebe o nome de referncias bibliogrficas a lista de obras efectivamente utilizadas pelo autor no corpo do texto principal de seu trabalho. Obras consultadas, mas no mencionadas, so omissas da lista final. A FEC-UCM adoptou, como modelo de citao/referenciao das fontes usadas nos trabalhos, as Normas APA (ver o Manual de Pesquisa da UCM).

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Referncias BibliogrficasAlves-Mazzotti, A. & Gewandsznajder, F. (1999). O mtodo nas cincias naturais e sociais: pesquisa quantitativa e qualitativa. So Paulo (Brasil): Pioneira. Azevedo, M. (2004). Teses, relatrios e trabalhos escolares. Sugestes para a estruturao da escrita (4. ed.). Lisboa: Universidade Catlica Portuguesa. Barros, A., Lehfeld, N. & Aparecida, S. (2003). Projecto de pesquisa: propostas metodolgicas (14. ed.). Petrpolis: Vozes. Canastra, F., Haanstra, F. & Szabo, E. (2012). Manual de investigao da UCM. Nampula: FEC-UCM. Flick, U. (2005). Mtodos qualitativos na investigao cientfica. Lisboa: Monitor. Guerra, I. (2006). Pesquisa qualitativa e analise de contedo. Estoril, Portugal: Principia. Gil, A. (1999). Mtodos e tcnicas de pesquisa social (5. ed.). So Paulo: Atlas. Gutirrez, A. (2003). La intervencin socioeducativa como processo de investigacin. Madrid: Nau Libres. Lessard-Hbert, M., Goyette, G., & Boutin, G. (2010). Investigao qualitativa. Fundamentos e prticas (10. ed.). Lisboa: Instituto Piaget. Mattar, F. (2005). Pesquisa de marketing: metodologia, planejamento (6. ed.). So Paulo: Atlas. Polonio, A. (S/D). Como escrever um ensaio filosfico. Lisboa: CEF-SPF. Recuperado a 12 de Setembro, 2011, de http://www.cef-spf.org. Richardson, R. (1999). Pesquisa social mtodos e tcnicas (3. ed.). So Paulo: Atlas. Severino, A. (2002). Metodologia do trabalho cientfico (22. ed.). So Paulo: Cortez.

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2. EDIO(RESPONSVEL GRFICO: KRAFT CHADAMBUKA)

UNIVERSIDADE CATLICA DE MOAMBIQUE FACULDADE DE EDUCAO E COMUNICAO MANUAL DE ELABORAO DE TRABALHOS CIENTFICOS AVENIDA 25 DE SETEMBRO 512 C.P. 681, NAMPULA, MOAMBIQUETEL.: +258 6- 216 521, FAX: +258 6 216 550 e-mail: [email protected] 2012 UCM

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