manual de elaboração de planos de políticas de governo · ii – comprovar a ... o programa é o...
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Anexo I - IN CGM 040-2017 1
Controladoria Geral do Município
Manual de Orientação Metodológica
para Elaboração do PPA – Plano
Plurianual e demais Planos de
Políticas de Governo Aplicável ao Poder Executivo do Município de Pinhais
1ª Edição
Instrução Normativa CGM n.º040/2017
Pinhais, fevereiro de 2017.
Anexo I - IN CGM 040-2017 2
COORDENAÇÃO GERAL
EDSON LUIZ GELINSKI DE FARIA
Controlador Geral do Município
EQUIPE TÉCNICA
Alina de Abreu
Seção de Parcerias Voluntárias
Eugênio Sartor
Seção de Parcerias Voluntárias
Francielli Ramos Aires Santos de Oliveira
Gerente de Processos e Gestão da Qualidade
Jussara A. Lelinski Cipriani
Sessão de Fiscalização de Compras e Licitações
Kethleen Kristine Trapp
Sessão de Fiscalização de Compras e Licitações
Lincoln Américo de Souza Rodrigues
Subcontrolador de Normas e Informações Gerenciais
Murillo Saba de Souza
Subcontroladoria de Normas e Informações Gerenciais
Priscila Alvina Martins Kosloski
Subcontroladora de Auditoria Geral
Rogério Ferreira Junior
Seção de Parcerias Voluntárias
Silvane Ferreira da Silva
Gerente de Auditoria e Fiscalização
Suedana Sandri Machado
Gerência de Auditoria e Fiscalização
Informações - CGM:
Fone: (41) 3912-5200
E-mail: [email protected]
Site: www.pinhais.pr.gov.br/cgm
Anexo I - IN CGM 040-2017 3
Sumário
1. Apresentação ...................................................................................................... 1
2. Justificativa .......................................................................................................... 3
Fundamento legal ........................................................................................................ 3
3. Objetivos .............................................................................................................. 5
Objetivo geral ............................................................................................................... 5
Objetivos específicos ................................................................................................... 5
4. Estrutura Programática ..................................................................................... 6
Programa ....................................................................................................................... 6
Ação ....................................................................................................................... 14
Formatação ................................................................................................................. 18
5. Construção de Indicadores ............................................................................. 19
Requisitos de um bom indicador ............................................................................ 20
Atributos Especificados do Indicador .................................................................... 21
Formulação de Indicadores ...................................................................................... 24
6. Etapas de Elaboração do PPA ........................................................................ 27
Elaboração da Base Estratégica ................................................................................ 27
7. Roteiro Resumido ............................................................................................. 31
8. Fluxograma do Processo de Elaboração do PPA......................................... 33
Manual de Orientação Metodológica para Elaboração
de Planos de Políticas de Governo
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1. Apresentação
O Prefeito Municipal de Pinhais identificou a necessidade de aperfeiçoar
os processos internos de trabalho para fazer frente às novas perspectivas
introduzidas pela Lei de Responsabilidade Fiscal nº 101 de 2000, que
consubstanciada ao propósito do Município em proporcionar à Prefeitura de
Pinhais o reconhecimento público pela qualidade de gestão, refletem um
conjunto de iniciativas e ações para a adequação aos padrões de qualidade de
gestão dentre os quais se destaca o orçamento municipal.
O trabalho foi orientado no sentido de se pautar nos principais
referenciais normativos e instrumentos utilizados atualmente na
Administração Pública que direcionam para a introdução de melhorias com
vistas à elevação do grau de qualidade das atividades executadas e
consequentemente, dos resultados obtidos pelo setor público.
Para isso, busca-se nos Planos e Políticas de Governo instituídos,
representados pelo: Plano Diretor, Plano Municipal de Educação, Plano
Municipal de Cultura, Plano Municipal de Saúde, Plano Municipal de
Assistência Social e Plano de Governo, a integração necessária a fim de
orientar o Poder Executivo Municipal na elaboração dos Programas e Ações
que irão compor o PPA – Plano Plurianual.
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Reunidos esses elementos a Controladoria Geral do Município – CGM,
apresenta o Manual de Orientação Metodológica para Elaboração do Plano
Plurianual e demais Planos de Potíticas de Governo, no âmbito do Poder
Executivo do Município, alcançando com isso o objetivo geral de aperfeiçoar a
atuação governamental, voltando-a para a qualidade, com a adoção de
processos mais eficientes e com foco em resultados, visando torná-la mais
próxima do cidadão.
Aproveitamos a oportunidade para agradecer a todos que contribuíram
para chegarmos nesse documento e, antecipadamente, agradecer, também,
àqueles que disseminarão aos demais órgãos da administração municipal os
conhecimentos aqui contidos, dando a sua insubstituível contribuição à
transformação da gestão pública.
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2. Justificativa
Fundamento legal
A Constituição Federal em seu artigo 74 dispõe que:
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada,
sistema de controle interno com a finalidade de:
I – avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a
execução dos programas de governo e dos orçamentos da União (Grifo nosso);
II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da
gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração
federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos
direitos e haveres da União;
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.”
A Constituição em seu art. 165, dispõe que:
“Art. 165. Leis de Iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I –o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.
§ 1º. A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as
diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de
capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração
continuada.
....”
A Lei Complementar nº. 101, de 04 de maio de 2000, que instituiu a Lei
de Responsabilidade Fiscal – LRF, dispõe, no seu art. 1° o seguinte:
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“Art. 1°. Esta Lei Complementar estabelece normas de finanças públicas voltadas para
a responsabilidade na gestão fiscal, com amparo na Capítulo II do Título da
Constituição.
§ 1°. A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em
que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas
públicas, mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e a
obediência a limites e condições do que tange a renúncia de receita, geração de despesas
com pessoal, da seguridade social e outras, dívida consolidada e mobiliária, operações
de crédito, inclusive por antecipação de receita, concessão de garantir e inscrição em
Restos a Pagar.
A Lei Municipal nº. 1.398, de 23 de maio de 2013, que dispõe sobre o
Plano Plurianual do Município de Pinhais para o período de 2014 a 2017,
dispõe, no seu Art. 12, o seguinte:
“Art. 12.A avaliação dos Programas do PPA 2014/2017 consiste na análise do
desempenho dos resultados dos programas face às políticas públicas de Governo,
fornecendo subsídios para eventuais ajustes em sua formulação e implementação (Grifo
nosso).
Parágrafo Único. O acompanhamento e monitoramento da execução dos programas do
PPA de que trata o caput deste artigo será feito com base no desempenho dos
indicadores e na realização das metas físicas e financeiras, cujas informações
serão apuradas periodicamente e terão por finalidade medir os resultados
alcançados (Grifo nosso).”
A Instrução Normativa nº. 114, de 28 de janeiro de 2016, (editada
anualmente pelo TCE-PR) que dispõe sobre a prestação de contas anuais da
administração direta e indireta, exige do Sistema de Controle Interno
Municipal a avaliação da gestão, em especial sobre a eficácia da aplicação dos
Planos e Políticas de Governo.
Para atender as normas citadas anteriormente (com base nas versões
vigentes à época), a Controladoria Geral do Município editou e publicou a
Instrução Normativa IN CGM 036/2014 estabelecendo que o acompanhamento
e monitoramento dar-se-ia em ciclos periódicos de avaliação e seria
mensurado pelas dimensões de Esforço e Resultado que compõe a Cadeia de
Valor dos 6E’s do Desempenho.
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3. Objetivos
Objetivo geral
Aprimorar a atuação governamental, voltando-a para a Qualidade,
por intermédio de processos mais eficientes e com foco em
Resultados, de modo a torná-la mais próxima do Cidadão.
Objetivos específicos
Definir, com clareza, as metas e prioridades da administração bem
como os resultados esperados;
Organizar, em Programas as ações de que resulte oferta de bens ou
serviços que atendam demandas da sociedade;
Estabelecer a necessária relação entre Programas a serem
desenvolvidos e a orientação estratégica de governo;
Facilitar o gerenciamento das ações do governo, atribuindo
responsabilidade pelo monitoramento destas ações e pelos
resultados obtidos;
Integrar ações desenvolvidas pelos Órgãos da Administração;
Estimular parcerias com entidades do Estado e da União, na busca
de fontes alternativas para o financiamento dos Programas;
Dar transparência à aplicação de recursos e aos resultados obtidos
(índices apurados anualmente);
Institucionalizar a sistemática de Análise do Desempenho das Ações;
por intermédio do Formulário de Gestão e Mensuração.
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4. Estrutura Programática
Toda ação do Governo deve estar estruturada em programas orientados
para a realização dos objetivos estratégicos definidos nos Planos que compõem
a função pública no âmbito municipal. A União, os Estados, o Distrito Federal
e os Municípios estabelecerão, em atos próprios, suas estruturas de programas,
códigos e identificação, respeitados os conceitos e determinações nelas
contidos. Ou seja, todos os entes devem ter seus trabalhos organizados por
programas, mas cada um estabelecerá sua estrutura própria de acordo com o
MCASP – Estrutura da Despesa, de modo que a totalidade de campos aqui
apresentados pode não ser requerida no momento da estruturação de
determinado Plano.
Programa
Programa é o instrumento de organização da atuação governamental
que articula um conjunto de ações que concorrem para a concretização de um
objetivo comum preestabelecido, mensurado por indicadores instituídos no
plano, visando à solução de um problema ou ao atendimento de determinada
necessidade ou demanda da sociedade.
O programa é o módulo comum integrador entre o plano e o orçamento.
O plano termina no programa e o orçamento (ação) começa no programa, o
que confere a esses instrumentos uma integração desde a origem. O Programa,
como módulo integrador, e as Ações, como instrumentos de realização dos
Programas.
A organização das Ações do governo sob a forma de Programas visa
proporcionar maior racionalidade e eficiência na Administração Pública e
ampliar a visibilidade dos resultados e benefícios gerados para a Sociedade,
bem como elevar a Transparência na aplicação dos Recursos Públicos.
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Cada programa deve conter objetivo, indicador que quantifica a situação
que o programa tenha como finalidade modificar e os produtos (bens e
serviços) necessários para atingir o objetivo. A partir do programa são
identificadas as ações sob a forma de atividades, projetos ou operações
especiais, especificando os respectivos valores e metas e as unidades
orçamentárias responsáveis pela realização da ação.
A cada projeto ou atividade só poderá estar associado um produto, que,
quantificado por sua unidade de medida, dará origem à meta.
Cada programa deve conter:
a) Objetivo;
b) Valor global;
c) Prazo de conclusão;
d) Fonte de financiamento;
e) Indicadores que quantificam as situações que o programa tenha como finalidade
modificar, de acordo com as Ações propostas ao longo da vigência do Plano;
f) Metas correspondentes aos bens e serviços necessários para atingir o objetivo;
As demais informações relativas aos Programas que compõem a
elaboração dos Planos seguem a seguinte de ordem:
g) Órgão responsável
Órgão responsável pelo gerenciamento do programa, mesmo quando o
programa for integrado por ações desenvolvidas por mais de um órgão
(programa multi-setorial).
h) Unidade responsável
Unidade administrativa responsável pelo gerenciamento do programa,
mesmo quando o programa for integrado por ações desenvolvidas por
mais de uma unidade.
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i) Denominação
Expressa os propósitos do programa em uma palavra ou frase-síntese
de fácil compreensão pela sociedade. Não há restrição quanto ao uso
de nomes de fantasia. Por exemplo: "Abastecimento de Energia
Elétrica"; "Combate à Violência contra as Mulheres"; "Saneamento
Rural"; "Primeiro Emprego".
j) Problema ou Demanda
É uma situação indesejável declarada por uma autoridade como evitável
ou uma necessidade não atendida, identificada na sociedade. Deve ser
formulado como condição negativa, evitando-se enunciar a ausência de
alguma solução específica.
Exemplos:
“Falta de atratividade em relação a outros destinos turísticos, devido a
infraestrutura turística deficitária”.
“Índices elevados de ocupação urbana inadequada e de conflitos no
sistema viário que prejudicam a mobilidade urbana e o
desenvolvimento da cidade”.
k) Objetivo
O objetivo expressa o resultado que se deseja alcançar, ou seja, a
transformação da situação a qual o programa se propõe modificar. Deve
ser expresso de modo conciso, evitando a generalidade, dando a idéia
do que se pretende de forma clara, categórica e determinante.
Exemplo:
Programa: Acesso à Alimentação
Objetivo: Garantir à população em situação de insegurança alimentar o
acesso à alimentação digna, regular e adequada à nutrição e manutenção
da saúde humana.
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l) Público-alvo
Especifica o(s) segmento(s) da sociedade ao(s) qual(is) o programa se
destina e que se beneficia(m) direta e legitimamente com sua execução.
São os grupos de pessoas, comunidades, instituições ou setores que
serão atingidos diretamente pelos resultados do programa. A definição
do público-alvo é importante para identificar e focar as ações que devem
compor o programa.
Exemplo:
Programa: Acesso à Alimentação
Público-alvo: Famílias com renda familiar per capita menor ou igual a ½
salário mínimo.
m) Justificativa
A justificativa para a criação do programa deve abordar o diagnóstico e
as causas da situação-problema para a qual o programa foi proposto;
alertar quanto às consequências da não implementação do programa; e
informar a existência de condicionantes favoráveis ou desfavoráveis ao
programa.
Exemplo:
“O diagnóstico do Problema considerou:
1) Os resultados apurados nos dois últimos anos nas Auditorias de
Cumprimento de Metas do PPA, que geraram Recomendações ou Ressalvas
para as Secretarias e que constam dos respectivos Relatórios do Controle
Interno (RCI) encaminhados anualmente ao TCE-PR; apontam as seguintes
causas:
* insuficiência de informações nos ciclos do planejamento municipal;
* necessidade de adequação da nomenclatura e conceitos empregados em
diversos termos, campos e conjuntos de informações que compõem os
Programas e Ações do PPA e de outros Planos e Políticas Públicas;
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* ausência de mecanismos formais e de práticas sistematizadas para a
avaliação e monitoramento dos indicadores e acompanhamento das
obrigações (Plano de Ações) deles decorrentes;
* presença de divergências significativas entre os responsáveis pelas etapas de
planejamento e acompanhamento nas Secretarias, tanto em nível de
entendimento sobre a agregação de valor deste trabalho ao resultado final da
Prefeitura, quanto em nível de conhecimento técnico necessário para
operacionalizar as etapas da gestão do desempenho organizacional;
* a não priorização pela Alta Direção (Prefeito e Secretários) da temática de
Planejamento, Avaliação e Monitoramento na Prefeitura.
2) A experiência recente da Prefeitura com Modelagem e Automação de
Processos, que vem se mostrando extremamente exitosa, com diversos ganhos
observados em relação à tempo, custos, integridade da informação e
conformidade legal ao longo de toda a execução dos workflows instituídos;
mostram que ainda existe um longo caminho a ser percorrido, se
considerarmos que todas as rotinas e procedimentos importantes da Prefeitura
são passíveis de serem otimizados. Nesse sentido as possíveis causas para
ainda não ter havido uma implantação massiva de processos eletrônicos na
Prefeitura podem estar relacionadas:
* a ausência de uma área (com equipe constituída) que tenha como atribuição
principal desenvolver a temática de Gestão de Processos em todas as
Secretarias;
* a limitação do número de usuários que podem simultaneamente fazer uso da
solução eletrônica de execução e gerenciamento dos processos eletrônicos;
* o baixo nível de documentação e procedimentação das rotinas da Prefeitura;
* a falta de integração entra a metodologia de gestão de competências
empregada na Prefeitura com o nível de exigência (em termos de
conhecimentos, habilidades e atitudes) que seria adequado avaliar
periodicamente junto aos servidores que exercem funções relacionadas aos
conteúdos e disciplinas (leia-se: Projetos, Riscos, Processos, Gestão da
Informação, Gestão do Conhecimento, etc...) exigidos em uma Gestão Pública
Contemporânea, baseada no princípio da Accountability.
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Condicionantes favoráveis ao Programa:
* a inserção no Plano de Governo 2017-2020 da temática do Governo Cidadão
com foco na melhoria contínua da qualidade dos serviços públicos, efetuada
pela Prefeita Marly;
* a implantação da Norma ABNT NBR ISO 18091:2014, que visa estabelecer
um patamar mínimo de qualidade a ser alcançado pela Prefeitura;
* a utilização de referenciais teóricos e normativos de excelência, produzidos e
divulgados pelo Ministério do Planejamento, Fundação Nacional da
Qualidade e ABNT;
* a ausência de novos custos com aquisições de soluções de TI.
Condicionantes desfavoráveis ao Programa:
* a baixa interação entre as áreas visando um resultado global em termos de
Prefeitura (seja a elaboração de uma Carta de Serviços ao Cidadão, um
Relatório de Gestão, um Portfólio de Práticas de Gestão, um Banco de
Talentos, a execução de um Plano Integrado de Ações, etc...);
*a dificuldade de alocação dos recursos financeiros e humanos para a
constituição de uma ou mais áreas que tenham a responsabilidade pelo
planejamento, avaliação da gestão e desenvolvimento institucional da
Prefeitura.
Consequências da não implementação do Programa:
*Descumprimento do Plano de Governo;
*Perda da credibilidade junto à população.”
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n) Tipos de programa
Os Programas são classificados em dois tipos:
‐ Temáticos: Os Programas Temáticos organizam as agendas de
governo pelos temas das Políticas Públicas, dos quais resultam bens
ou serviços ofertados diretamente à sociedade, cujos resultados
sejam passíveis de mensuração;
‐ Gestão, Manutenção e Serviços ao Município: Os Programas de
Gestão, Manutenção e Serviços ao Município são programas
voltados aos serviços típicos de Estado, ao planejamento, à
formulação de políticas setoriais, à coordenação, à avaliação ou ao
controle dos programas temáticos, resultando em bens ou serviços
ofertados ao próprio Município, podendo ser composto inclusive por
despesas de natureza tipicamente administrativas.
o) Horizonte temporal
Estabelece o período de vigência do programa, podendo ser contínuo ou
temporário. Um programa pode ser de natureza contínua mesmo que
parte de suas ações seja de natureza temporária. No caso de programa
temporário, serão informados o mês e ano de início e de término
previstos, e o seu valor global estimado. O término previsto a ser
considerado é o do programa, ainda que se situe aquém ou além do
período de vigência do PPA.
p) Estratégia de implementação do programa
Indica como serão conduzidas as ações, quais os instrumentos
disponíveis ou a serem constituídos, e a forma de execução (direta,
descentralizada para Estados, Distrito Federal e Municípios e
transferências) para atingir os resultados pretendidos pelo programa.
Deve-se considerar, também, na descrição da estratégia de
implementação:
a) aspectos como critérios de elegibilidade para acesso aos bens e
serviços ofertados pelo programa;
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b) responsabilidades no gerenciamento e na execução das ações
(Órgãos e Unidades Administrativas);
c) a forma de implementação das ações, explicitando os agentes e
parceiros (federal, estadual, municipal e privado) envolvidos, e a
contribuição de cada um para o sucesso do programa;
d) os mecanismos (sistemas) utilizados no monitoramento da execução
das ações do programa; e
e) a divulgação periódica dos índices alcançados anualmente.
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Ação
As ações são operações das quais resultam produtos (bens ou serviços),
que contribuem para atender ao objetivo de um programa. Incluem-se também
no conceito de ação as transferências obrigatórias ou voluntárias a outros entes
da federação e a pessoas físicas e jurídicas, na forma de subsídios, subvenções,
auxílios, contribuições, doações, entre outros, e os financiamentos.
As ações, conforme suas características podem ser classificadas como
atividades, projetos ou operações especiais.
Atividade
É um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de
um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam
de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto ou
serviço necessário à manutenção da ação de Governo.
Exemplo: “Fiscalização e Monitoramento das Operadoras de Planos e
Seguros Privados de Assistência à Saúde”.
Projeto
É um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de
um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no
tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o
aperfeiçoamento da ação de Governo. Exemplo: “Implantação da rede
nacional de bancos de leite humano”.
Operação Especial
Despesas que não contribuem para a manutenção, expansão ou
aperfeiçoamento das ações de governo, das quais não resulta um
produto, e não gera contraprestação direta sob a forma de bens ou
serviços.
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Cada ação deve conter:
a) Demanda identificada em sua totalidade junto ao respectivo público-alvo,
b) Público-Alvo quantificado para ser atendido ao longo da sua vigência no Plano;
c) Meta Física anual para o Produto;
d) Função e Subfunção de Governo relacionadas;
e) Indicadores que quantificam as situações que a Ação tenha como finalidade
modificar, de acordo com o Programa especificado no Plano;
f) Metas anuais correspondentes aos Indicadores necessários para atingir a finalidade
da Ação e gerar os resultados esperados;
As demais informações relativas às Ações que compõem a elaboração
dos Planos seguem a seguinte de ordem:
g) Título
Forma pela qual a ação será identificada pela sociedade e será
apresentada no PPA, LDO’s e LOA’s. Expressa, em linguagem clara, o
objeto da ação.
Exemplos: "Aquisição de Equipamentos para a Rede Federal de
Educação Profissional Agrícola" e "Distribuição de Alimentos a Grupos
Populacionais Específicos."
No caso de projetos de grande vulto, a individualização do projeto em
título específico é obrigatória.
h) Detalhamento da Ação: Finalidade
Expressa o objetivo a ser alcançado pela ação, ou seja, o porquê do
desenvolvimento dessa ação. Por exemplo, para o título "Atendimento à
População com Medicamentos para Tratamento dos Portadores de
HIV/AIDS e outras Doenças Sexualmente Transmissíveis" a finalidade é
"Garantir à população acesso aos medicamentos para tratamento dos
portadores da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – HIV/AIDS e
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das doenças sexualmente transmissíveis – DST, visando o aumento da
sobrevida e a interrupção do ciclo de doenças".
i) Detalhamento da Ação: Descrição
Expressa, de forma sucinta, o que é efetivamente feito no âmbito da
ação, seu escopo e delimitações. Por exemplo, para o título
"Atendimento à População com Medicamentos para Tratamento dos
Portadores de HIV/AIDS e outras Doenças Sexualmente Transmissíveis"
a descrição é "Aquisição, acondicionamento, conservação, transporte e
distribuição de medicamentos para o tratamento ambulatorial e
domiciliar dos casos positivos da doença; manutenção das
empilhadeiras hidráulicas; locação de câmaras frigoríficas; transporte de
cargas e encomendas; despesas com o despachante aduaneiro, bem
como as despesas com o agente financeiro".
j) Produto
Bem ou serviço que resulta da ação, destinado ao público-alvo ou o
investimento para a produção deste bem ou serviço. Cada ação deve ter
um único produto. Em situações especiais, expressa a quantidade de
beneficiários atendidos pela ação. Exemplos: "Servidor treinado" e
"Estrada construída". Para fins de lançamento no SIM-AM (TCE-PR), um
campo adicional para Produto e Unidade de Medida será requerido
visando a associação com a lista padrão do Tribunal de Contas.
k) Unidade de medida
Padrão selecionado para mensurar a produção do bem ou serviço.
l) Duração do projeto
Atributo específico dos projetos e ações de caráter temporário, que se
refere às datas de início e previsão de término do projeto.
m) Origem da ação
Identifica qual o normativo originou a ação: projeto de lei orçamentária,
projeto de lei de crédito especial, projeto de lei do Plano Plurianual ou
emenda parlamentar.
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n) Unidade responsável
É a entidade, seja unidade administrativa, empresa estatal ou parceiro
(Estado, Município, Distrito Federal ou Setor Privado) responsável pela
execução da ação.
o) Relacionamento com os demais Planos
Todas as Ações (Atividades ou Projetos) que compõem o Plano
Plurianual, têm na sua essência a finalidade de contribuir para a
resolução de problemas ou atendimento à demandas apresentadas
anteriormente em diversos outros instrumentos de planejamento a que o
Município se submete para bem cumprir com o seu papel de oferecer
produtos e serviços que atendam as necessidades de seus munícipes.
Segundo esse raciocínio e sendo o PPA o único instrumento que
consegue relacionar demandas com orçamento em um dado horizonte
temporal, é imprescindível que na formulação das suas Ações, sejam
considerados os outros Planos que já geraram compromissos para a
Prefeitura (desde que ainda vigentes ou que continuem válidos ao longo
da vigência do próximo PPA).
Então, de acordo com esta premissa, é natural que uma Ação do PPA
seja relacionada com diversas outras Ações constantes de diferentes
Planos elaborados anteriormente, respeitando-se o grau de aderência
entre elas ou o potencial de contribuição desta Ação para o atendimento
daquelas demandas que já representam um compromisso ou obrigação
para o Município, na área de atuação do Órgão proponente.
p) ODS – Objetivo de Desenvolvimento Sustentável
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) representam a
materialização de uma Agenda Global que deve ser implementada por
todos os países até o ano de 2030.
Sendo um compromisso que será avaliado por instâncias de controle
externas à Prefeitura, os 17 Objetivos deverão ser relacionados com
todas as Ações do PPA, permitindo-se a seleção de um único ODS para
cada Ação, visando aferir com maior exatidão o alcance do Objetivo
selecionado.
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Formatação
Dimensão de Programas
Dimensão de Ações
Programas (Nome)
Problema Objetivo
Público-alvo Justificativa Tipo de
Programa
Horizonte Temporal
Estratégia de Implem.
Título Finalidade Descrição
Produto Unidade de
Medida Tipo de Ação
Fonte de Recurso
Unidade Responsável
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Anexo I - IN CGM 040-2017 19
5. Construção de Indicadores
Do ponto de vista de políticas públicas, os indicadores são instrumentos
que permitem identificar e medir aspectos relacionados a um determinado
conceito, fenômeno, problema ou resultado de uma intervenção na realidade.
A principal finalidade de um indicador é traduzir, de forma mensurável,
determinado aspecto de uma realidade dada (situação social) ou construída
(ação de governo), de modo a tornar operacional a sua observação e avaliação.
Deve ser passível de aferição, coerente com o objetivo estabelecido,
sensível à contribuição das principais ações e apurável em tempo oportuno. O
indicador permite, conforme o caso, mensurar a eficácia, eficiência ou
efetividade alcançada com a execução do programa.
Exemplo:
Objetivo: "Reduzir o analfabetismo no País"
Indicador: "Taxa de analfabetismo" (relação percentual entre a
população não-alfabetizada e a população total).
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Anexo I - IN CGM 040-2017 20
Requisitos de um bom indicador
Tema Objetivo
Relevância para a
formulação de
políticas públicas
Representatividade;
Simplicidade;
Sensível a mudanças;
Possibilita comparações em nível municipal;
Possui escopo abrangente;
Possui valores de referência.
Adequação à
análise
Fundamento cientificamente;
Baseado em padrões nacionais e possui consenso sobre a sua
validade;
Utilizável em modelos econômicos, de previsão e em sistemas
de informação.
Mensurabilidade Viável em termos de Tempo e Recursos;
Adequadamente documentado;
Atualizado Periodicamente.
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Anexo I - IN CGM 040-2017 21
Atributos Especificados do Indicador
Denominação
Forma pela qual o indicador será apresentado à sociedade.
Unidade de medida
Padrão escolhido para mensuração da relação adotada como indicador.
Por exemplo, para o indicador "taxa de analfabetismo" a unidade de medida
seria "porcentagem", e para o indicador "taxa de mortalidade infantil" a
unidade de medida seria "1/1000" (1 óbito para cada 1000 nascimentos).
Índice de referência
Situação mais recente do problema/demanda e sua respectiva data de
apuração. Consiste na aferição de um indicador em um dado momento,
mensurado com a unidade de medida escolhida, que servirá de base para
projeção do indicador ao longo do PPA.
Índices esperados ao longo do PPA
Situação que se deseja atingir com a execução do programa, expresso
pelo indicador, ao longo de cada ano do período de vigência do PPA.
Fonte de Informações
Órgão responsável pelo registro ou produção das informações
necessárias para a apuração do indicador e divulgação periódica dos índices.
As informações utilizadas na construção dos indicadores poderão ser
produzidas pelos próprios órgãos executores dos programas ou outros
integrantes da estrutura do Ministério responsável. Estes deverão manter
sistemas de coleta e tratamento de informações com esta finalidade. Em
muitos casos, entretanto, as informações serão buscadas junto a outras fontes
que podem ser instituições oficiais ou mesmo privadas, quando de
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Anexo I - IN CGM 040-2017 22
reconhecida credibilidade: IBGE, FIPE, FGV, Banco Central, DIEESE, ANBID,
entre outras.
Periodicidade
Frequência com a qual o indicador é apurado. Por exemplo: anual
(apurado uma vez ao ano); mensal (apurado uma vez ao mês); bienal (apurado
a cada dois anos).
Fórmula de cálculo
Demonstra, de forma sucinta e por meio de expressões matemáticas, o
algoritmo que permite calcular o valor do indicador. Por exemplo, para o
indicador "Espaço aéreo monitorado", a fórmula de cálculo poderia ser
"Relação percentual entre o espaço aéreo monitorado e o espaço aéreo sob
jurisdição do Brasil", assim como para o indicador "Incidência do tétano
neonatal" a fórmula de cálculo poderia ser "Relação percentual entre o número
de casos novos de tétano neonatal e o total da população menor de um ano de
idade".
Para construir um bom indicador é necessário ter respostas claras para
as seguintes questões:
O que medir?
O indicador busca concretizar o conceito inserido nas finalidades do
trabalho; assim, ele não é exatamente a transformação que se espera com as
ações, mas permite verificar se ocorrem variações significativas. Por isso, é tão
importante ter bastante claro o que se pretende alcançar. É o primeiro passo;
não só par poder captar os avanços, como especialmente, para definir as
atividades que devem ser feitas.
Por que medir?
Esta pergunta possibilita verificar a consistência da resposta à pergunta
anterior, apontando se haverá alguma utilidade prática naquilo que se está
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Anexo I - IN CGM 040-2017 23
pretendendo fazer. Ou seja, não basta ter uma ideia interessante, ela precisa
ser relevante e viável.
Como medir?
Com as respostas anteriores, será perfeitamente viável escolher um
indicador capaz de expressar variações qualitativas e quantitativas e, portanto,
medir se as ações realizadas provocam as mudanças desejadas. Poderão ser
utilizadas unidades de medida como números de pessoas, percentuais,
volume de recursos, pesquisa de opinião, entre outros.
Onde e quando coletar?
Mesmo tendo escolhido um bom indicador, é necessário saber se
existem fontes disponíveis contendo dados e informações para alimentá-lo.
Em caso negativo, verificar as possibilidades e viabilidade de realizar pesquisa
de campo diretamente, em tempo e regularidade suficientes para permitir as
avaliações desejadas. Não havendo, deve-se escolher outro indicador.
Como interpretar?
Depois dos passos anteriores, será possível alcançar a principal razão de
se estabelecer: analisar e interpretar as informações obtidas, comparando-as
com os objetivos e metas estabelecidos, além de outros parâmetros julgados
relevantes, de forma verificar o sucesso e identificar as necessidades de
redirecionamento.
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Anexo I - IN CGM 040-2017 24
Formulação de Indicadores
A formulação de indicadores pode ser realizada por um conjunto de
passos necessários para assegurar que os princípios da qualidade e do sistema
de medição do desempenho estejam em conformidade com o desejado pela
Prefeitura. Os passos são:
Identificação do nível, dimensão, subdimensão e objetos de
mensuração;
Estabelecimento dos indicadores de desempenho;
Validação preliminar dos indicadores com as partes interessadas;
Construção de fórmulas, estabelecimento de metas e notas;
Definição de responsáveis;
Geração de sistemas de coleta de dados;
Ponderação e validação final dos indicadores com as partes
interessadas;
Mensuração dos resultados;
Análise e interpretação dos indicadores; e
Comunicação do desempenho e gerir mudança.
O processo de construção de indicadores de desempenho não possui um
procedimento único ou uma metodologia padrão. No entanto, a partir da
revisão das principais experiências de construção de indicadores para o setor
público e privado, sugere-se um conjunto de etapas que asseguram a coerência
da formulação e implementação do conjunto de indicadores que se planeja
construir.
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Anexo I - IN CGM 040-2017 25
Etapas de medição e os 10 passos para a construção de indicadores
O que mensurar?
Como mensurar?
Coleta de informações
Mensuração
Análise dos dados
Comunicação
Passo 1 – Identificação do
nível, dimensão,
subdimensão e objetos de
mensuração
Passo 2 –
Estabelecimentos
de indicadores de
desempenho
Passo 3 – Análise e
Validação
intermediária dos
indicadores com as
partes envolvidas
Passo 4 -
Construção de
fórmulas, métricas
e estabelecimento
de metas
Passo 5- Definição
de responsáveis
Passo 6 - Geração de
sistema de coleta de dados Passo 7 – Ponderação e
Validação final dos indicadores
com as partes envolvidas
Passo 8 –
Mensuração dos
resultados
Passo 9 –
Análise e
interpretação
dos
indicadores
Passo 10 – Comunicação
dos resultados
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Anexo I - IN CGM 040-2017 26
Os 10 passos para a construção de indicadores
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6. Etapas de Elaboração do PPA
Elaboração da Base Estratégica
A elaboração da base estratégica, compreende:
Avaliação da situação atual e perspectivas para a ação municipal sobre a
cidade, baseada em estudo dos problemas e das potencialidades da
cidade, bem como das possibilidades de cooperação com o setor privado
e de ações inseridas em planejamento territorial integrado, em que o
município trabalha junto com o Estado, a União e outros municípios, de
forma a articular políticas de desenvolvimento local e nacional.
Levantamento, pelos dirigentes municipais, das ações em andamento
em sua área e das demandas da população por novas ações. Os
dirigentes deverão explorar as possibilidades de compartilhamento de
responsabilidades com o Estado e com a União e de ação conjunta com
outros municípios para a resolução de problemas comuns.
Participação popular, que acontece em paralelo com a avaliação da
situação atual, e será conduzida de acordo com a orientação política de
cada Prefeitura.
Avaliação de restrições legais ao planejamento orçamentário:
vinculações de receitas, limite de gastos e outras;
Orientação estratégica do Prefeito e definição dos macro objetivos da
administração municipal (Plano de Governo).
Definição dos recursos disponíveis por órgão/entidade.
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Anexo I - IN CGM 040-2017 28
Definição de Programas:
A definição dos Programas que integrarão o PPA se inicia na fase
anterior, de estruturação da Base estratégica, com o levantamento
preliminar, por órgão/entidade, das ações em andamento e das novas
ações propostas, servindo como um dos insumos para que o Prefeito
possa definir sua orientação estratégica. A proposta dos órgãos quanto
aos Programas a serem incluídos no PPA seguirá portanto orientações
dos dirigentes dos órgãos/entidades, consoante a orientação estratégica
do Prefeito, as suas perspectivas unidades responsáveis pelas propostas
setoriais.
Definição dos Programas pelos órgãos/entidades, adequando-os aos
recursos disponíveis e à orientação estratégica dos dirigentes de
órgãos/entidades (a cargo das unidades setoriais).
A definição dos Programas que integrarão o PPA se encerra com a
consolidação e validação dos Programas finais que comporão o Plano,
apresentada ao Prefeito para ajustes finais. A seguir, encontram-se orientações
gerais sobre as etapas de elaboração do PPA.
Além disso, orientações de ordem política podem indicar a necessidade
de adaptação no roteiro apresentado. O importante é que, ao final de sua
elaboração, o PPA indique com clareza a orientação do governo, de forma a
preservar sua compatibilidade com o LDO e LOA.
As macro fases importantes para o processo de elaboração do PPA a
partir de uma Base Estratégica são apresentadas a seguir.
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Anexo I - IN CGM 040-2017 29
A CidadeSituação Atual x Futuro desejado• Direção da mudança• Papel do Governo Municipal• Parcerias possíveis
Orientação Estratégica do
Prefeito (Plano de Governo)
Definição dos Temas
Estratégicos
Planejamento territorial Integrado• Regionalização de metas e
prioridades• Ação articulada - União, estados
e Municípios
Levantamento das ações setoriais• Ações em andamento• Propostas de novas ações• Parcerias possíveis
Participação Popular• Demandas da população
Condicionantes do Planejamento Municipal
• Projeções das Receitas• Restrições Legais• Condicionantes das Despesas
Definição de recursos por
Órgão
Orientação Estratégica dos Secretários dos
Órgãos
Proposta de Programas Setoriais
Validação e Consolidação pelo
DEPOR
DEFINIÇÃO DE
PROGRAMASBASE ESTRATÉGICA
PPA Documento Final
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Anexo I - IN CGM 040-2017 30
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Anexo I - IN CGM 040-2017 31
7. Roteiro Resumido
Macro Objetivos (Plano de Governo)
Temas Estratégicos
Objetivos Estratégicos
Indicadores / Metas (Estratégicas)
Iniciativas Estratégicas (Plano de Ações)
Ações
Indicadores / Metas (Operacionais)
Resultados
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Anexo I - IN CGM 040-2017 32
Importante destacar que um planejamento voltado para a realidade
pública deve ter medidas de desempenho que meçam a satisfação do cidadão /
sociedade (efetividade) com os serviços prestados pelos Ógãos Público. Além
disso, este modelo deve verificar se a ação pública atende com qualidade o
cliente que usufrui deste serviço (eficácia) e se há uma otimização dos
recursos públicos despendidos no cumprimento desta ação (eficiência).
Nesse sentido, conforme ilustrado anteriormente, o Resultado
produzido ao término da execução precisa ser avaliado objetivamente
supondo a existência de uma sistemática de Análise do Desempenho das
Ações.
Diante disso, para além do compromisso de se gerar periodicamente os
Relatórios padronizados exigidos pela legislação para fins de publicidade
legal, este Manual institui o Formulário de Gestão e Mensuração, conforme já
antecipado aos órgãos da Prefeitura, sendo este o principal instrumento de
suporte às atividades de avaliação, visando a prestação de contas ao controle
externo e à sociedade em geral.
O Formulário de Gestão e Mensuração do Desempenho foi instituído
pelo Anexo II da IN CGM 040/2017.
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Anexo I - IN CGM 040-2017 33
8. Fluxograma do Processo de Elaboração do PPA
A atividade de planejamento se desenvolve de forma contínua, cada fase
se constituindo em fonte de orientação para os passos seguintes. O ciclo de
gestão do PPA compreende, além da elaboração do Plano, a implantação dos
Programas que o constituem e seu monitoramento, bem como a avaliação e
revisão do Plano.
Aprovado o Plano, inicia-se sua implantação. É fundamental que, desde
a elaboração, se tenha claro o modelo de gestão deste Plano.
Elaboração: processo de construção da base estratégica e de
definição dos Programas e ações, através dos quais se materializará a
ação do Governo;
Implantação: é a operacionalização do Plano aprovado, através de
seus Programas, onde a disponibilização de recursos, através dos
orçamentos anuais, tem caráter fundamental.
Monitoramento: processo de acompanhamento da execução das
ações dos Programas, visando a obtenção de informações para
subsidiar decisões, bem como a identificação e a correção de
problemas.
Avaliação: é o acompanhamento dos resultados pretendidos com o
PPA e do processo utilizado para alcançá-los. A avaliação do Plano
buscará aferir até que ponto as estratégias adotadas e as políticas
públicas desenvolvidas atendem as demandas da sociedade, que
nortearam a elaboração do Programas integrantes do PPA.
Revisão: processo de adequação do Plano às mudanças internas e
externas da conjuntura política, social e econômica, por meio da
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Anexo I - IN CGM 040-2017 34
alteração, exclusão ou inclusão de Programas. A revisão do PPA
resulta dos processos de monitoramento e avaliação.
Conforme consta da apresentação, este Manual tem por objetivo orientar
a etapa de elaboração do Plano Plurianual, tendo em vista os Temas
Estratégicos definidos no Plano de Governo. É fundamental no entanto, que
cada Órgão, ao elaborar seu PPA, já defina normas para a Gestão do Plano e
atribua responsabilidades para isto. O monitoramento e a avaliação do Plano,
bem como suas eventuais revisões constituem um aprendizado precioso para a
elaboração dos Planos Subsequentes.
O processo de elaboração do PPA foi automatizado, sendo composto
pelo respectivo workflkow e formulários eletrônicos que são apresentados a
seguir.
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