manual de contabilidade
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CONTABILIDADE
Público alvo:
Duração do módulo 60 horas
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Contabilidade
Local de realização da acção: CLCC – Centro de Línguas, Cultura
e Comunicação
Objectivo a atingir neste domínio: Identificar o POC como instrumento essencial da técnica contabilística;
Identificar as disponibilidades imediatas e as aplicações de tesouraria
de curto prazo.
Conhecer o conteúdo das principais contas divisionárias das contas de
carácter financeiro.
Movimentar as contas de disponibilidades.Conhecer o conteúdo das principais contas divisionárias da conta de
clientes.
Conhecer o conteúdo das principais contas divisionárias da conta de
fornecedores.
Registar operações: Correntes, com letras, diferenças de câmbio e
adiantamentos.
Identificar os tipos de empréstimos;
Contabilizar operações relativas a empréstimos;
Desdobrar as contas do estado e Outros Entes Públicos, e outros
devedores e credores;
Conhecer as características básicas do IVA.
Aprender o esquema da contabilização do IVA.
Compreender a dinâmica do IVA;
Proceder ao apuramento do IVA.
Conhecer a movimentação da conta Imposto sobre o Rendimento.
Registar operações com acréscimos e diferimentos;
Formadora: Conceição Balhico 2
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Contabilidade
Registar operações de compra e venda;
Distinguir preço de aquisição de custo de aquisição;
Saber registar o movimento relativo a compras, devolução de compras,
descontos e abatimentos em compras e adiantamentos.
Distinguir desconto comercial de desconto financeiro;
Calcular e registar o IVA das operações de compra e venda;
Registar contabilisticamente operações relativas às vendas nos
diferentes tipos de empresas. Mencionar tipos de despesas inerentes à venda.
Proceder ao registo das despesas de venda.
Saber registar as devoluções de venda, descontos e abatimentos.
Efectuar regularizações de existências;
Registar contabilisticamente o movimento relativo a operações sobre
regularizações de existência.
Identificar sistemas de contabilização de existências;
Identificar métodos de custeio;
Elaborar fichas de armazém e interpretar as rubricas;
Conhecer os esquemas de inventário;
Distinguir inventário permanente de inventário intermitente;
Conhecer a composição do imobilizado da empresa.
Registar operações com Imobilizado Corpóreo, Incorpóreo e
Investimentos financeiros;
Formadora: Conceição Balhico 3
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Contabilidade
Registar operações relacionadas com aquisição, instalação,
conservação e reparação do imobilizado corpóreo.
Calcular quotas de amortização segundo a legislação em vigor;
Registar amortizações, alienação, sinistros e abates do imobilizado;
Movimentar contas de capital, reservas e resultados transitados;
Abertura da escrita de um Comerciante em Nome Individual;
Abertura da escrita das restantes sociedades;
Definir reserva.Enumerar os diversos tipos de reserva.
Definir as possíveis aplicações dos resultados líquidos.
Registar contabilisticamente as diversas possibilidades de aplicação de
lucros apurados.
Conhecer o conteúdo das contas de custos e proveitos;
Identificar as implicações do IVA, IRS e IRC. Calcular as retenções na
fonte através de tabelas;
Contabilizar o processamento e pagamento de ordenados e encargos
patronais;
Distinguir custos e proveitos operacionais;
Distinguir custos e proveitos financeiros;
Distinguir custos e proveitos extraordinários;
Apurar o Resultado Líquido extracontabilisticamente;
Conhecer os princípios contabilísticos inseridos no POC;
Aplicar o princípio da especialização do exercício;
Formadora: Conceição Balhico 4
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Contabilidade
Dar a noção de provisão e registar as operações;
Analisar Balancetes de Verificação;
Elaborar o Balancete Rectificado;
Apurar o Resultado Líquido do exercício;
Elaborar o Balancete Final;
Elaborar o Balanço e a Demonstração de Resultados;
Apurar estimativas de imposto sobre o rendimento;
Determinar o resultado líquido após a estimativa do imposto;
Instrumentos de SuportePOC
Acetatos.
Retroprojector.
Quadro.
Folhas de Diário e Razão.
Folhas de conta-corrente.
Mapas de reconciliação bancária.
Declarações periódicas do IVA.
Guias de pagamento do IRS.
Fichas de armazém-
Fichas de imobilizado.
Mapas de amortização.
Código do IVA.
Código das sociedades comerciais.
Formadora: Conceição Balhico 5
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Contabilidade
Folhas de vencimento.
Recibos de ordenado.
Folhas de Remuneração da Previdência e guias de pagamento.
Guias de pagamento de IRS.
Guias de pagamento do Imposto de selo.
Folhas de balanço.
Folhas de balancete.
Folhas de Demonstração de Resultados.
Fontes Bibliográficas
LIVROSAlbuquerque, C. (1995). Análise e Avaliação de Obrigações. Lisboa: Rei dosLivros.
Livro teórico sobre a problemática das obrigações.Alves, G. e Costa, C. B. (1998). Contabilidade Financeira. Lisboa: Vislis.Livro técnico sobre a contabilidade empresarial.Bandeira, L. e Ferreira, J. M. (1998). Contabilidade e Fiscalidade de Futuros eOpções. Porto: Bolsa de Derivados do Porto.Livro teórico destinado aos professores que pretendam aprofundarconhecimentossobre aplicações financeiras em Futuros e Opções.Bastardo, C. et al. (1990). 0 Financiamento e as Aplicações Financeiras dasEmpresas. Lisboa: Texto Editora.
Livro teórico sobre aplicações financeiras em geral.Borges, A. et al. (1998). Elementos de Contabilidade Geral. Lisboa: Rei dosLivros.Manual teórico/prático sobre a contabilidade financeira.Borges , A. e Ferrão, M. (1999). Manual de Casos Práticos de Contabilidade.Lisboa: Rei dos Livros.Livro com aplicações práticas de contabilidade financeira.Caiado, P. e Madeira, P. (2000). Aspectos Contabilísticos e Fiscais da PrestaçãodeContas. Lisboa: Vislis.Manual sobre a problemática contabilística e fiscal da prestação de contas.
Caiado, P. et al. (2000). A Demonstração de Fluxos de Caixa. Lisboa: Vislis.Obra fundamental sobre a Demonstração de Fluxos de Caixa.
Formadora: Conceição Balhico 6
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Contabilidade
Ferreira, R. F. (2000). Gestão, Contabilidade e Fiscalidade. Lisboa: Notícias.Livro teórico sobre o enquadramento fiscal da contabilidade.Gil, F. P. (2000). O Balanço e os Movimentos Contabilísticos de Fim de Exercício.Coimbra: Coimbra Editora.Livro teórico/prático sobre a regularização de contas e elaboração do Balanço
em fimde exercício económico.Gil, F. P. (2000a). Tratamento Fiscal e Contabilístico das Provisões Amortizaçõese Reavaliações. Coimbra: Coimbra Editora.Livro técnico sobre a problemática das provisões, amortizações e reavaliações.Gil, F. P. (2000b). A Exemplificação e Aplicação do POC. Coimbra: CoimbraEditora.Livro prático sobre a aplicação do Plano Oficial de Contabilidade.Lagos, J. B. (2000). Consequências Contabilísticas do Euro. Lisboa: Vislis.Livro técnico sobre os procedimentos a seguir decorrentes do Euro.Lousã, A. et al. (1999). Técnicas de Organização Empresarial, I e II. Porto:Porto Editora.Livros didácticos sobre o estudo da orgânica empresarial, enquadramento jurídico--económico, tratamento contabilístico da informação e prestação de contas.Machado, J. B. (2000). Contabilidade Financeira. Lisboa: Protocontas.Obra fundamental para o professor que pretende aprofundar conhecimentosteóricosde Contabilidade.Moreira, J. C. (2000). Análise Financeira de Empresas. Porto: BVP.Livro técnico sobre a análise e interpretação da informação financeira.
Peixoto, J. P. (1995). Futuros e Opções. Lisboa: McGraw-Hill Portugal.Obra sobre aplicações financeiras, Futuros e Opções. Tiago, A., Almeida, R. e Pascoal, T. (2000). Prestação de Contas. Coimbra:Coimbra Editora.Obra sobre a problemática da prestação de contas.Viegas, H. e Matos, A. (1992). Didáctica da Contabilidade de Gestão. Lisboa:Universidade Aberta.Livro, destinado ao professor, sobre a didáctica da Contabilidade.Viegas, H. e Matos, A. (1999). A Empresa e a Contabilidade. Lisboa: TextoEditora.Livro didáctico sobre os conceitos fundamentais da Contabilidade
Viegas, H. e Matos, A. (1999a). Contabilidade e Gestão. Lisboa: Texto Editora.Livro teórico/prático sobre o estudo das contas, prestação de contas e análise einterpretação da informação contabilística.
REVISTASBoletim do ContribuinteInformador Fiscal Jornal de ContabilidadeRevista de Contabilidade e Comércio TOC- Revista da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas
LEGISLAÇÃO EM VIGORCódigo Comercial
Formadora: Conceição Balhico 7
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Contabilidade
Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColectivasCódigo do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas SingularesCódigo do Imposto sobre o Valor AcrescentadoCódigo das Sociedades ComerciaisDirectrizes Contabilísticas
Plano Oficial de Contabilidade
ENDEREÇOS NA INTERNETwww.min-edu.pt - Ministério da Educaçãowww.min-financas.pt - Ministério das Finançaswww.anje.pt – Associação Nacional de Jovens Empresárioswww.ctoc.pt – Câmara dos Técnicos Oficiais de Contaswww.cidadevirtual.pt/croc – Ordem dos Revisores Oficiais de Contashttp://canais.sapo.pt/tecnologia/ - Informação sobre tecnologiahttp://canais.sapo.pt/financas/ - Informação sobre temas económico -financeiroswww.sapo.pt/empresas - Informação sobre empresaswww.negocios.pt - Informação sobre temas económico – financeiroswww.bloomberg.com - Informação sobre temas económico – financeiroswww.iapmei.pt - Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresaswww.cfe.iapmei.pt - Centro de Formalidades de Empresaswww.bvl.pt - Bolsa de Valores de Lisboawww.bdp.pt - Bolsa de Derivados do Portowww.icep.pt - Instituto de Comércio Externo de Portugalwww.ine.pt - Instituto Nacional de Estatísticawww.bportugal.pt - Banco de Portugal
www.cgd.pt – Caixa Geral de Depósitoswww.ce.pt - Informação sobre União Europeiawww.cijdelors.pt - Informação sobre União Europeiahttp://enciclopediaverbo.clix.pt - Informação da Enciclopédia Verbowww.jurinfor.pt - Informação sobre legislação e jurisprudência portuguesa ecomunitária
Formadora
Conceição Balhico – Técnica de Contabilidade Financeira e Analítica,
Monitora de Informática.
Formadora: Conceição Balhico 8
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Contabilidade
Capítulo I
PRINCIPAL OBJECTIVO DA CONTABILIDADE:
INFORMAÇÕES DA CONTABILIDADE
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Contabilidade
A Contabilidade é uma Ciência de Natureza económica cujas funções sãoregisto, a avaliação, a análise, a previsão, e o controlo dos factospatrimoniais ocorridos nas unidades económicas.
Uma técnica de Gestão que tem em vista a determinação da situaçãopatrimonial das empresas e dos seus resultados
Para facilitar a vida interna das empresas a Contabilidade dividiu-se em doisramos
Formadora: Conceição Balhico 10
FUNÇÕESDA
Registo –A Contabilidaderegista todos osfactos
ControloA Contabilidadecontrola asituaçãoeconómica efinanceira da
AvaliaçãoA Contabilidadeavalia osprodutos queestão naempresa e toda
PrevisãoA Contabilidadefaz previsõespara o futuro daempresa
AnáliseA contabilidadeanalisa todos osregistos daempresa de formaa tomar decisõesmaisfundamentadas
DIVISÕES DA CONTABILIDADE
CONTABILIDADE GERALRegisto de todos os factospatrimoniais que dão aconhecer, em qualquermomento, a situação
CONTABILIDADEANALITICA OU DE CUSTOSPermite dividir os diferentescustos pelos diversossectores da empresa
CONTABILIDADE
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Contabilidade
1. INTRODUÇÃO
A Contabilidade tem o compromisso e a necessidade de bem informar. Trata-se
de uma ciência tão antiga quanto a civilização. Tem passado por fases de
progresso, literário e doutrinário, como mostra o passado, a história. Não
obstante, apenas no Século XX, pressionada pela necessidade de bem informar,
os estudiosos e pesquisadores preocuparam-se em identificar e formalizar de
uma maneira prática e objectiva os princípios que a regem e fixar normas e
regras para a efectiva aplicação.
Tal acontecimento ocorreu em face da exigência dos usuários das informações
da contabilidade e representam um grande avanço no estudo e na aplicação
dos conhecimentos técnicos da contabilidade, possibilitando a identificação e
fixação de normas. Tem sido, portanto, preocupação universal e generalizada
quer por contabilistas, pesquisadores ou líderes da classe da contabilidade.
Os Princípios são inerentes à própria Ciência Da contabilidade e existem
independentemente do desejo ou da escolha por parte de todos aqueles
envolvidos – pesquisadores, contabilistas ou profissionais -. Referidos Princípios
precisam ser identificados e respeitados para que a Contabilidade possa atingir
os objectivos colocando à disposição dos usuários, informações da
contabilidade úteis e relevantes, capazes de suprir as necessidades dos que
delas têm carência.
Através de informações aos usuários das Demonstrações Da contabilidade,
proprietários, sócios, accionistas, credores, financiadores, investidores,
fornecedores, governos, empregados e a sociedade, em geral, a Contabilidade
realiza os objectivos a que se propõe.
As Informações Da contabilidade devem ser elaboradas rigorosamente de
acordo com as normas vigentes que deverão estar subordinadas aos PrincípiosDa contabilidade.
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Contabilidade
As Demonstrações Da contabilidade geralmente são elaboradas de forma
sintética e para maiores esclarecimentos deverão ser divulgadas de forma
analítica, através de notas explicativas que deverão prestar esclarecimentos
contemplando, no mínimo: os princípios e normas adoptadas; eventuais
mudanças de critérios, que alterem a uniformidade da aplicação das normas,
em relação ao exercício anterior, justificando-as.
A Contabilidade realiza os seus objectivos por meio de informações aos usuários
das Demonstrações Da contabilidade. Tais informações possuem características
próprias, que as definem e as tornam úteis as reais finalidades de informar.
Para tanto, tais características devem assemelhar-se às dos Princípios e normas
da contabilidade sendo, portanto, componentes que tornam útil a informação
no momento de se fazer a opção quanto a divulgação de um fato da
contabilidade.
As informações da contabilidade são consequências da aplicação dos princípios
ou normas da contabilidade a que se subordinam, não podendo, portanto,
contrariar os Princípios Fundamentais de Contabilidade.
O principal objectivo da Contabilidade é o seu usuário, interno e externo. Pouca
importância terá uma informação da contabilidade se a utilidade a que se
destina é nula.
A informação da contabilidade é um instrumento para a tomada de decisões,
portanto, deve atender a todos os objectivos a que se destina.
A moderna Contabilidade deve ser estruturada visando ser um instrumento deinformação, decisão e controle, fornecendo informações capazes de atender
plenamente os objectivos dos usuários.
Apresenta-se, neste trabalho, o Principal Objectivo da Contabilidade, enfocando-
se a importância das informações da contabilidade e os usuários dessas
informações. Especial destaque é dado ao processo de normalização e a
harmonização de normas e princípios da contabilidade.
Formadora: Conceição Balhico 12
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Contabilidade
A contabilidade vale pela necessidade de prover o usuário a tempo com
informação correcta e útil. Para a característica de utilidade seja mantida ao
longo do tempo nas mais diversas práticas, torna-se necessário, que todos os
envolvidos com a ciência da contabilidade, tenham em mente a figura do
usuário como o grande objectivo.
2.CONSIDERAÇÕES GERAIS
A Contabilidade desde a mais remota existência, vincula-se à sociedade e
evoluem juntas, à medida que a sociedade demanda da Contabilidade as mais
variadas informações, o que imoporta em se afirmar, que sem quaisquer
dúvidas a Contabilidade é um componente social.
Por ser uma ciência social, a Contabilidade sofre influências do meio em que
opera e deve ser adaptada ao contexto das mudanças sociais, políticas e
económicas, sem prejudicar seu propósito que é o de atender bem a todos os
vários usuários da informação da contabilidade.
"A função básica da Contabilidade é a de acumular e comunicar informações
essenciais para o entendimentos das actividades de uma empresa.", Segundo
Accounting and Reporting Standars for Corporate Financial Statements – 1957 –
Revision.
3. PRINCIPAL OBJECTIVO DA CONTABILIDADE
Os objectivos da Contabilidade podem materializar-se por meio da observação
da realidade e transcendem os princípios e normas. O primeiro enfoque a
definir concentrou-se no cálculo e na apresentação do lucro líquido resultante
de regras específicas de realização e vinculação num balanço que relacionasse
o período corrente a períodos futuros.
Formadora: Conceição Balhico 13
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Contabilidade
Algumas abordagens fundamentam o estabelecimento dos objectivos da ciência
da contabilidade:
o Fornecer aos usuários um conjunto básico de informações que
deveria atender igualmente bem a todos;
o Fornecer cadastro de informatizações diferenciadas para tipo de
usuário;
o Construir um arquivo básico de informação da contabilidade que
possa ser utilizado de forma flexível por qualquer usuário.
A função da Contabilidade não se alterou ao longo do tempo mas os tipos de
usuários e as formas de informações que eles têm procurado tem evoluídosubstancialmente.
Para atender as necessidades dos usuários seria necessário um estudo de
modelo decisório de cada tipo de tomador de decisão, sabendo-se que a
informação da contabilidade disponível poderá também influenciar o modelo de
decisões do usuário, ou seja, seria necessário:
o Estabelecer qual a função que se deseja maximizar;
o Colectar e avaliar o tipo de informação utilizada no passado para
maximizar a função;
A principal dúvida consiste em determinar se:
o A contabilidade deverá fornecer conjuntos de informação para cada
tipo de usuário; ou
o Fornecer uma única informação relatório, abrangente e detalhada,
que será útil para muitos usuários mas não para todos.
Segundo Hendriksen (1971:104-105), "O objectivo da Contabilidade é fornecer
um conjunto de relatórios financeiros para usuários indeterminados com
relação à riqueza, ou relações económicas da empresa."
Do ponto de vista teórico a melhor abordagem seria aquela que determinassecomo objectivo da Contabilidade o fornecimento de informações específicas
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para usuários específicos, porém, nem sempre isso é possível, por problemas
de mensuração da própria Contabilidade e restrições do usuário como o próprio
custo do sistema.
"... a função fundamental da Contabilidade (...) tem permanecido inalterada
desde seus primórdios. Sua finalidade é prover os usuários dos demonstrações
financeiros com informações que os ajudarão a tomar decisões. Sem dúvida,
tem havido mudanças substanciais nos tipos de usuários e nas formas de
informação que têm procurado. Todavia, esta função dos demonstrações
financeiros é fundamental e profunda. O objectivo básico dos demonstrações
financeiros é prover de informação útil para a tomada de decisões
económicas..."
A teoria da contabilidade pode ser encarada sob várias abordagens, entretanto,
é improvável que se possa utilizar apenas uma delas para definir todo modelo
da contabilidade. Citar-se-á as principais abordagens:
o Ética
o Comportamental
o Macro económica
o Sociológica
o Sistémica
3.1.USUÁRIOS DAS INFORMAÇÕES DA CONTABILIDADE
Nos primórdios, o usuário das informações da contabilidade era basicamente o
proprietário do património que elas procuravam mensurar. A Contabilidade
nasceu como um sistema de informações cujo único objectivo era propiciar ao
usuário, informações úteis à gestão do património e o maior objectivo do
proprietário era o controle e apuramento do lucro.
Posteriormente surgiram os usuários externos à entidade: os fornecedores de
crédito, que na forma de banqueiros ou fornecedores de bens e serviço, que
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buscavam encontrar na Contabilidade uma forma de garantia através do
controle e da evolução daquele património que financiavam, constatando que o
reconhecimento do lucro não se dava de forma aleatória.
Surgiu, a seguir, o Estado, que encontrou na Contabilidade a fonte de
informação que possibilitava o lançamento de seus tributos, passando a
considerar-se em muitos países, como o maior importante
A existência de usuários de interesses tão diferentes – e muitas vezes até
contraditórios – a informação da contabilidade será tão mais válida quanto mais
livre ela for de tendências, para a apuramento de resultados predeterminados.
Pode-se definir informação como comunicação ou opinião sobre o procedimento
de alguém. Na contabilidade têm-se na informação o produto final.
Em síntese, a Informação deve representar surpresa para quem a recebe,
reduzir a incerteza, transmitir uma mensagem com valor superior ao seu custo
e evocar reacção por parte do responsável pela decisão.
Para produzir informações, a Contabilidade deverá saber a quem se destina equal o propósito, por que a premissa básica é que o usuário alvo das
informações possua o nível de conhecimento necessário para interpretá-las
bem como ser relevante.
O propósito principal para o qual a informação é dirigida é para facilitar
avaliações sobre decisões de investimentos e julgamentos sobre a qualidade do
esforço do desempenho da administração.
Observar-se-á que sejam prestadas informações de qualidade e em quantidade
suficiente visando atender ao usuário. Deve, portanto, ser identificado um
grupo específico de usuários, isolados os propósitos, determinados os tipos de
informações que necessitam, levando-se em consideração a forma de
apresentação, evitando-se, assim, informações excessivas ou estranhas, enfim,
desnecessárias.
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3.2.EVOLUÇÃO DOS PRINCÍPIOS DA CONTABILIDADE
Hendrikson & Breda (1999:73), questiona o significado da palavra – princípio -,
quando afirma:
" Toda demonstração financeira examinada por auditores, hoje em dia, é
acompanhada por um parecer atestando sua obediência a " princípios da
contabilidade geralmente aceitos." Mas o que são esses princípios,
exactamente?"
E vai mais além quando faz os seguintes questionamentos:
o "Por que precisamos desses princípios?
o Quem decide os princípios aceitos e quão amplamente precisam ser
aceitos antes de serem considerados geralmente aceitos?"
Os Princípios são primariamente relevantes às demonstrações da contabilidade
formais elaboradas em três partes pelos relatórios de negócios da empresa.
As emissões da contabilidade são realmente eficazes no que se refere a
neutralidade entre várias demandas de interesses especiais competitivos. A
propriedade de funções deriva da mensuração dos recursos de entidades
específicas e de mudanças nestes recursos. Os princípios deveriam ser
objectivados na realização daquelas funções.
Relacionar-se-á os princípios desenvolvidos no estudo, em referência:
o Lucro é atribuível ao processo total de actividade de negócios;o Mudanças de Recursos devem ser classificadas entre os montantes
atribuídos a mudanças no nível de preço; nos custos de reposição;
vendas ou transferência ou recolhimento do valor do lucro
realizável; outras.
o Todos os Activos da empresa, se obtidos pelos investimentos de
accionistas ou de credores ou por outros meios, devem ser
reportados nas demonstrações financeiras;o O problema de mensuração no Activo;
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Contabilidade
o Todos os passivos da empresa devem ser registrados nas contas e
relatados nas demonstrações financeiras;
o Aqueles passivos que requerem pagamentos em produtos ou
serviços;
o Em uma corporação, o património líquido deve ser classificado
dentro do capital investido e lucros acumulados;
o Uma demonstração dos resultados de operações deve revelar os
componentes do lucro em detalhes suficientes para permitir
comparações e interpretações a serem feitas.
Em síntese, pode-se afirmar a Estrutura Básica da Contabilidade:
OBJECTIVOS DA CONTABILIDADE
POSTULADOS DA CONTABILIDADE
PRINCÍPIOS DA CONTABILIDADE GERALMENTE ACEITOS
CONVENÇÕES DA CONTABILIDADE
Nessa estrutura percebe-se que primeiramente foram definidos os objectivos da
Contabilidade para, em seguida, delimitar-se o ambiente em que ela irá actuar
para que possa atingir esses objectivos. Isso não ocorre somente com a
Contabilidade. Qualquer que seja a área de conhecimento, necessário se torna
primeiramente definir os objectivos que se pretende atingir o ambiente em que
as actividades serão desenvolvidas.
3.3. ESTRUTURA CONCEPTUAL BÁSICA DA CONTABILIDADE
A estrutura conceptual básica da Contabilidade significa a composição, o
arcabouço e é fundamental e dentro deste fundamental existem
hierarquizações.
Pesquisas têm sido realizadas, ao longo do tempo, por diversos autores e todos
têm assumido posturas diversas sobre a estrutura conceptual básica e a
hierarquizações.
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4. CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS NA DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES
DA CONTABILIDADE
Os atributos das informações da contabilidade devem tender a ampliar a
utilidade caracterizando-se por sobreviver a passagem do tempo; aplicabilidade
a todas entidades da contabilidade e serem viáveis.
Os padrões das informações da contabilidade representam soluções gerais a
problemas de contabilidade financeira e as interpretações das informações
esclarecem, explicam ou detalham padrões de contabilidade e divulgação,
ajudando em sua aplicação na prática da contabilidade.
As aplicações práticas das informações da contabilidade, a situações específicas
por administradores e auditores , são os meios pelos quais os objectivos básicos
das demonstrações financeiras são atingidos.
Os usuários das Informações Da contabilidade são os responsáveis pela tomada
de decisões. São características daqueles tomadores de decisão: a decisão a
ser tomada; os métodos da tomada de decisão; os dados já possuídos ou
obtidos de outras fontes; a capacidade de processamento de informação do
tomador de decisão; o valor da informação da contabilidade. São, portanto, a
própria administração, os clientes, os credores, os pequenos investidores,
enfim, o público em geral. Com usuários tão diferentes, ao invés de se adotar
relatórios com finalidade específica, onde a informação relevante para um
usuário pode não ser de mesma importância para outros, optou-se pelos
demonstrações de finalidades genéricas, pelo fato de que os mesmos atendem
às exigências de um maior número de usuários.
A relação custo/benefício como uma restrição geral deve ser levada em
consideração para se obter uma informação. O benefícios percebidos derivados
da mesma devem ser superiores aos custos a ela associados. São a base do
processo de decisão. A dificuldade consiste na quantificação precisa dos
benefícios.
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Contabilidade
As informações custam para ser evidenciadas. Referidos custos podem ser de
coleta, processamento, auditoria, evidenciação, entre outros. Para os usuários,
os custos são relacionados com a análise e interpretação das informações bem
como o custo com a rejeição de informações sem quaisquer utilidades.
Estabelecer as informações a serem evidenciadas exige um balanciamento dos
custos com o provimento e manutenção da informação e dos benefícios
advindos da mesma. Tais benefícios não são mensuráveis. Pode-se citar, a título
de exemplificação, a falta de informações sobre os efeitos económicos de uma
determinada iniciativa, inclusive os riscos, pode levar a empresa a uma
situação de desvantagem competitiva no mercado. Trata-se, portanto, de um
custo impossível de mensurar.
As características qualitativas da informação da contabilidade podem ser
expressas pelas qualidades específicas do usuário, representadas pela
compreensibilidade e utilidade da informação da contabilidade. Quando a
natureza do usuário é um fator determinante crucial a decisão a respeito da
informação a ser divulgada.
A informação somente terá utilidade para o usuário se ele conseguir entendê-la.
A informação precisa, portanto, ser compreensível para aqueles que possuem
um razoável entendimento do negócio e da actividade econômica e estão
dispostos a estudar a informação com diligência.
O perfil do usuário vai influenciar as características da informação. Um usuário
com conhecimentos mais profundos não necessita de uma informação que para
ele é elementar – pois neste caso esta informação não tem utilidade para este –
por outro lado, um usuário mais leigo, necessitará de informações mais básicas,
sem as quais ele não conseguirá tomar decisões acertadas.
Informação relevante é aquela pertinente à questão que está sendo
actualizada, podendo afectar metas, compreensão da questão e decisões
poderia dizer que uma informação relevante " faz diferença " na decisão,
ajudando o usuário a fazer predições sobre o resultado de eventos passados,presentes e futuros ou corrigir expectativas anteriores.
Formadora: Conceição Balhico 20
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Contabilidade
Faz-se necessário a coexistência de dois factores: o conhecimento sobre o
passado, pois este proverá os gestores de habilidades para predizer situações
futuras semelhantes; e o interesse no futuro, pois sem este, de nada servirá o
conhecimento dos resultados passados.
A informação da contabilidade será relevante para o usuário se ela for
oportuna, possuir valor produtivo e valor como feedback.
A oportunidade é um elemento indispensável à relevância porque a informação
precisa estar disponível para o usuário antes que perca a sua capacidade de
influenciar a decisão do mesmo, pois caso contrário, inócua será esta
informação. É o conhecimento da importância da informação oportuna que estádeterminando a diminuição de prazos para encerramento das demonstrações
da contabilidade porque quanto mais rápido as informações estiverem
disponíveis para os usuários, mais úteis serão. A oportunidade da informação
não é condição suficiente para se garantir a relevância da mesma, mas não se
pode conceber relevância de uma informação que carece de oportunidade.
Afirma-se que temos na informação da contabilidade a qualidade do "valor
como feedback" quando esta desempenha um papel importante na confirmação
ou correcção de expectativas anteriores.
A aplicação desta qualidade à informação da contabilidade nos leva a afirmar
que a última deve favorecer ao investidor a possibilidade de ajustar suas
estratégias de investimento ao longo do tempo.
Esta característica decorre do fato de a informação da contabilidade ter queatender a vários usuários de objectivos bem diferentes. Desta forma, não pode
caber a apenas parte destes usuários a definição da mensuração da informação
consoante o seu interesse em particular, em detrimento do interesse geral.
Assim, a informação será tão mais útil, na medida em que for útil a todos os
usuários e não a apenas parte deles. A neutralidade é um meio democrático de
se atingir este fim.
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Contabilidade
A escolha neutra entre alternativas de contabilidade é livre de preconceito para
apuramento de um resultado predeterminado.
Significa que não há viés na direcção de um resultado predeterminado.
A utilidade da informação da contabilidade é significativamente ampliada
quando é apresentada de maneira que permita comparar uma empresa com
outra, ou a mesma empresa em diferentes datas. A comparabilidade depende
da uniformidade e da consistência.
A uniformidade consiste em eventos iguais e são representados de forma
idêntica. A meta de uniformidade estimula a apresentação de demonstrações
financeiras por empresas distintas, usando os mesmos procedimentos da
contabilidade, conceitos de mensuração, classificação, método de divulgação e
formato básico semelhante.
Refere-se, a consistência, ao uso dos mesmos procedimentos da contabilidade
por uma empresa de um período para o outro, uso de conceitos e
procedimentos de mensuração semelhantes para itens afins nas demonstrações
de uma empresa, num dado período, e ao uso dos mesmos procedimentos por
empresas diferentes.
A comparabilidade e a neutralidade são consideradas qualidades secundárias e
interdependentes das informações da contabilidade.
A materialidade, assim como a relevância, é um atributo que se traduz na
capacidade que a informação terá de influenciar -fazer diferença - para o
usuário no seu processo de tomada de decisão.
Quando for tomada uma decisão no sentido de desconsiderar uma determinada
informação pelo fato de a mesma ser desnecessária ao usuário, pode-se afirmar
que essa informação não é pertinente, e por este motivo, é irrelevante para o
usuário.
5. INFORMAÇÕES DA CONTABILIDADE: DEMONSTRAÇÕES E RELATÓRIOS
Formadora: Conceição Balhico 22
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Contabilidade
Os objectivos das Demonstrações Da contabilidade, são:
o Informar sobre a posição financeira, performance e mudanças na
posição financeira da empresa;
o Mostrar o desempenho da administração da empresa, que será
tomado como base das decisões a serem tomadas pelos mais
diversos usuários.
A posição financeira da empresa é afectada pelo controle dos recursos
económicos, a estrutura financeira, solvência e liquidez e a capacidade de
adaptação às mudanças no ambiente em que operam. A análise da capacidade
de controlo dos recursos económicos refere-se à capacidade de gerar caixa eequivalente de caixa no futuro, dando ênfase à utilização do fluxo de caixa.
Informações sobre a performance diz respeito à capacidade de, em havendo
mudanças nos recursos económicos, a empresa continuar gerando caixa e
equivalente de caixa aplicando a capacidade de julgamento de seus gestores
na efectivação das mudanças.
As informações que tratam das mudanças na posição financeira são
importantes e dizem da capacidade da empresa em gerar caixa e equivalente
de caixa, bem como a utilização de fluxos de caixa.
Muito embora existam de forma independente, as demonstrações da
contabilidade se relacionam entre si de tal maneira que determinadas
informações só serão úteis se vierem acopladas a outras informações que
deverão ser complementares. Essas demonstrações se interrelacionam por
reflectir diferentes aspectos na mesma transacção.
Cita ainda o IASC, a importância das Notas Explicativas às demonstrações da
contabilidade, principalmente por poderem conter informações consideradas
adicionais mas que de extrema importância. Podem evidenciar elementos de
risco, obrigações ou direitos da empresa não evidenciados no balanço
patrimonial. Contemplam ainda informações sobre o segmento e a região em
que a empresa actua, bem como efeitos económicos, legais e sociais, dentreoutras informações úteis aos usuários de demonstrações da contabilidade.
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Contabilidade
CONCLUSÃO
A Contabilidade, como no decorrer de sua evolução, estará atenta aos avanços
tecnológicos e a harmonização da contabilidade internacional e as questões
sociais, ambientais e ecológicas e passará a incorporá-las nos registros e
divulgação de informações aos usuários, reflectindo aquelas realidades.
É importante se conhecer qual foi a evolução histórica da Contabilidade para
que se possa entender melhor o que é hoje, na actualidade. Entender a
evolução das sociedades, em seus aspectos económicos e dos usuários da
informação da contabilidade, em suas necessidades informativas é a melhor
forma de entender e definir os objectivos da Contabilidade. Apesar dasdiferenças de abordagem das várias escolas, deve-se reconhecer que somente
existe uma Contabilidade, baseada em postulados, princípios, normas e
procedimentos racionalmente deduzidos e testados pelo desafio da
praticabilidade.
Predomina, nos textos americanos e europeus, a preocupação com o usuário da
contabilidade. A Contabilidade, portanto, desde os primórdios vem sendo
utilizada e apresentada como algo útil par a tomada de decisões.
As transformações políticas, económicas e sociais têm levado os usuários das
informações da contabilidade a exigir cada vez mais informações que
contemplem aquele compromisso social da empresa com a sociedade.
Os Contadores não podem preocupar-se exclusivamente em divulgar as
transacções económicas e financeiras, evidenciando o estado patrimonial dasempresas visando a atender apenas a um determinado segmento de usuários.
Como resultado da implementação de normas, procedimentos e dos Princípios
Fundamentais de Contabilidade, a qualidade das demonstrações Da
contabilidade elaboradas e divulgadas pelas companhias têm melhorado
consideravelmente.
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Contabilidade
Produzir diferentes conjuntos de Demonstrações Da contabilidade, regidas pela
legislação, organismos e/ou entidades internacionais e nacionais da classe da
contabilidade, e pelo mercado de capitais são onerosas e confusas.
A harmonização internacional será possível se todas as partes reconhecerem
que há diferenças que não são tão importantes que não possam ser superadas.
A internacionalização da Contabilidade é um desenvolvimento positivo que se
deve aplaudir, entretanto, isso não significa que não temos mais que contribuir
ao debate.
A tomada de decisões desempenha papel crucial na Teoria da Contabilidade e
sua importância tem sido frequentemente ressaltada nas definições deContabilidade.
A American Accounting Association– AAA, no " A statment of basic accounting
theory", diz que a contabilidade é o processo de identificação, mensuração
e comunicação da informação económica para permitir a realização de
julgamentos bem informados e a tomada de decisões por usuários da
informação.
Pelas considerações feitas conclui-se que a sociedade e a Contabilidade
evoluem juntas, o que importa em se afirmar que a Contabilidade, sem
quaisquer dúvidas, é um componente de cunho social.
A Contabilidade, entretanto, nasceu dentro de um cenário absolutamente
prático, quando o gestor do património preocupado em encontrar um
instrumento que o ajudasse a geri-lo, passou a criar uma estrutura rudimentarde escrituração que pudesse atender as reais necessidades de informações.
Existe a possibilidade de que, o maior objectivo daqueles criadores da
Contabilidade, fosse mais para fins de controle e apuramento do lucro do que o
da avaliação patrimonial. Apesar da existência dessa possibilidade, pode-se
dizer que nasceu ou foi criada em função da característica utilitária, da
capacidade de responder as dúvidas e de atender às necessidades de seus
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Contabilidade
usuários. Conjunto de características não apenas eficientes para o surgimento
da Contabilidade como também para a sua evolução.
A co-participação de todos os envolvidos, ou seja, teóricos, professores,
estudantes, pesquisadores, empresários e, em, especial, os usuários, é que
possibilitará o desenvolvimento da área da contabilidade e a melhoria na
qualidade das informações da contabilidade.
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Contabilidade
Capítulo II
ELEMENTOS PATRIMONIAIS DASEMPRESAS
Formadora: Conceição Balhico 27
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Contabilidade
Noção e ClassificaçãoConjunto de Bens (B), Direitos (D) e Obrigações (O), pertencentes a uma
entidade individual ou colectiva num dado momentoPatrimónio:{ B,D,O}
Formadora: Conceição Balhico 28
O PATRIMÓNIO
CATEGORIAS
PATRIMÓNIO PARTICULAR OU INDIVIDUAL
Conjunto de Bens, direitos e Obrigaçõesmeramente pessoais, ou seja, valoresnão afectos a ual uer actividade
PATRIMONIO COMERCIALConjunto de Bens, direitos e obrigaçõesdirectamente relacionados com aactividade comercial
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Contabilidade
Denominados elementosBENS + DIREITOS patrimoniais activos ACTIVO (A)
Denominados elementosOBRIGAÇÕES patrimoniais Passivos PASSIVO (P)
Assim,Valor Património (VP)* = ( B + D ) – O ou seja, VP = A - P
*O VP é o que resta à empresa depois de pagar as suas dívidas, tambémse denominando CAPITAL PRÓPRIO (CP)
Obtemos então
Estes três grandes grupos de elementos patrimoniais denominam-se MassasGerais.
Formadora: Conceição Balhico 29
MASSAS
PATRIMÓNIAIS
EQUAÇÃO FUNDAMENTAL DO BALANÇO
CAPITAL PRÓPRIO=ACTIVO - PASSIVO
MASSASGERAIS
ACTIVO –Conjunto deBens eDireitos,tangíveis ouintangíveis,detidos porindivíduos ou
empresas, esusceptíveisde atribuiçãode um valormonetário
CAPITAL PRÓPRIO – É constituído pelocapital com que se iniciou aactividade, pelas reservas e peloslucros ou prejuízos retidos naem resa
PASSIVO – Conjunto de obrigações de
uma empresa, ou seja, os valores quedeve aos seus credores de curto,médio e longo prazo. Corresponde àparcela dos capitais alheios naestrutura de financiamento de umaempresa( empréstimos bancários,
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Contabilidade
Formadora: Conceição Balhico 30
MASSASPARCIAIS
IMOBILIZADO
CIRCULANTE
DIVIDAS ATERCEIROS
CAPITAL PRÓPRIO
Constituído por bens patrimoniais activoscorpóreos, incorpóreos ou financeiros quea empresa utiliza na sua actividade com
carácter de permanência
Constituído pelas existências emarmazém( bens), pelas dividas deterceiros(direitos) .
Constituído por todas as dívidas a pagarpela empresa a médio e longo prazo
Constituído pelo capital com que seiniciou a actividade, pelas reservas epelos lucros ou prejuízos retidos naem resa
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Contabilidade
Capítulo III
BALANÇO
Formadora: Conceição Balhico 31
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Contabilidade
Noção e Classificação de Balanços:O Balanço é o resumo do inventário da empresa. O Balanço compara o
activo com o passivo e evidencia o valor do património, isto é, o Capital Próprio
Nota: O Balanço não discrimina os elementos patrimoniais, estes aparecemarrumados em contas. Coloca os valores do Activo no 1º membro do esquemae o Capital Próprio e Passivo no 2º membro do esquema
Da equação geral do Balanço {Activo = Capital Próprio + Passivo}constatamos que o 1º membro tem de ser sempre igual ao 2º membro
Podem existir nas empresas várias situações relativas ao capital próprioconsoante a situação económico-financeira em que a empresa se encontra.
Dependendo dos casos, vamos Ter três géneros de Balanços
Formadora: Conceição Balhico 32
BALANÇO
BALANÇO
BALANÇO INICIAL – Feito noinício da actividade económica
BALANÇO FINAL – Balançofeito no fim do exercício
Balanço
Horizontal
Vertical
A > PA = P
A < P
CAPITAL PRÓPRIO BALANÇO
NATUREZA Expressão Geral
Activo (CPa)
Nulo ( CPo)Passivo( CPp)
CasosVALOR
CP > 0
CP = 0CP < 0
A = P + Cpa
A=PA=P - CPp
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Contabilidade
1º Género de Balanço
CP> 0-> O activo cobre as dívidas (passivo) ficando ainda aempresa com fundos: Situação Normal
2º Género de Balanço
CP = 0-> O activo só chega para pagar as dívidas (passivo). É umasituação que revela: Situação Instável
3º Género de BalançoCP <0-> O activo não chega para pagar as dívidas (passivo), a
empresa apresenta uma: Situação Normal
Formadora: Conceição Balhico 33
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Contabilidade
Capítulo IV
ESTRUTURA CONCEPTUAL DO POC
Formadora: Conceição Balhico 34
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Contabilidade
A Normalização Contabilística consiste na definição de um conjunto de regras eprincípios que visem:
a) Elaboração de um quadro de contas que devam ser seguidas pelas unidadeseconómicas
b) Definição do conteúdo, regras de movimentação e articulação das contasdefinidas no quadro indicado em a)
c) Concepção de mapas – modelo para as demonstrações financeiras definidaspara as unidades económicas
d) Definição dos princípios contabilísticos e dos critérios valor aritméticos quedevam ser seguidos na contabilidade das diversas entidades envolvidas
Em síntese,Normalizar, consiste em criar uma metodologia comum, a ser seguida
pelas unidades económicas visando, fundamentalmente, a comparabilidade dasinformações inter – unidades, a universalidade dos dados recolhidos e a suacompreensibilidade pelos diversos agentes económicos.
A Normalização Contabilística apresenta Vantagens em diversos domínios, taiscomo:
1- O da empresa: que poderá mais facilmente comparar os dados obtidos como de outras empresas do sector.
2- O do Técnico de Contas: que terá à sua disposição um instrumentoorientador dos procedimentos a adoptar
3- O dos interessados na situação económica e financeira na empresa:que facilmente poderão tirar ilações relativas à situação da empresa
4- O da Economia Nacional: que poderá dispor de dados mais exactos quecertamente determinarão uma análise mais correcta do sector empresarialem estudo.
5- O da Fiscalidade: Que disporá de elementos para possibilitar uma maior justiça na tributação das empresas
Formadora: Conceição Balhico 35
NORMALIZAÇÃO CONTABILISTICA
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Contabilidade
Formadora: Conceição Balhico 36
DEMONSTRAÇÃO DOSRESULTADOS
IDENTIFICA ÃO DE CUSTOS E PERDAS
CONTAS ( CLASSE 6)
61 - CMVMC
62 – FOR. SERV.
63 - IMPOSTOS
64 – CUSTOS C/
65 – OC e PERDAS OPERAC.
66 – AMORTIZAÇÕES
67 – PROVISÕES
69 – C P
68 – C P FINANCEIRAS
Preço de custo das mercadorias e MP vend/cons.
Electric, combustível, Água, Honorários, Mat. Escr .
Indirectos e directos
Remunerações, encargos s/ remun., seguros
Quotizações, desp confidenciais, ofert/amostras
Amortizações em imobiliz
Cobr duvidosas, riscos e encargos, depreciação exist
Juros suportados, perdas em empresas de grupo
Donativos, div. Incobráveis, perdas em exist, multas
CONTEÚDO
71 - VENDAS72 – PRESTAÇÃO
73 – PROVEITOS SUPL.
74 – SUBSIDIOS À
75 – TRAB PP EMPRESA
76 – O P GANHOS
78 – P. GANHOS
79 – P GANHOS
Preço Das vendas, devoluções das vendas
Serviços prestados pela p/p empresa
Serviços sociais, aluguer de equipamentos, royaltes
Do estado ou de outras entidades
Invest financ, imob. Corporeas e incorpóreas
Direitos de propriedade industrial
Juros obtidos, rendi. De imóveis, dif. De cambio fav
Restituição de impostos, recuperação de dividas ....
CONTAS ( CLASSE 7) CONTEÚDO
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Contabilidade
CLASSE 8 - RESULTADOS
81 RESULTADOS OPERACIONAIS82 RESULTADOS FINANCEIROS83 (RESULTADOS CORRENTES)84 RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS85 (RESULTADOS ANTES DE IMPOSTOS86 IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO DO EXERCICIO88 RESULTDOS LIQUIDOS DO EXERCICIO89 DIVIDENDOS ANTECIPADOS
81 – RESULTADOS OPERACIONAIS
61 – CMVMC 71 – VENDAS62 – F.S.E 72 – PRESTAÇÃO SERVIÇOS63 – IMPOSTOS 73 – PROV SUPLEMENTARES64 – C.PESSOAL 74 – SUB. EXPLORAÇÃO65 – O C OPER. 75 – TRAB P/P EMPRESA66 – AMORT. 76 – O P OPERAC.67- PROVISÕES
82 – RESULTADOS FINANCEIROS
68 – CUSTOS E PERDAS 78 – PROVEITOS E GANHOSFINANCEIRAS FINANCEIROS
83 – RESULTADOS CORRENTES (Facultativa)
81 Sd 81 Sc82 Sd 82 Sc
Formadora: Conceição Balhico 37
APURAMENTO DOS RESULTADOS LIQUIDOS DO
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Contabilidade
84 – RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS
69 – CUSTOS E PERDAS 79 – PROVEITOS E GANHOS
EXTRAORDINÁRIAS EXTRAORDINÁRIOS
85 – RESULTADOS ANTES DE IMPOSTOS
83 –Sd 83 - Sc84 – Sd 84 - Sc
88 – RESULTADOS LIQUIDOS DO EXERCICIO
81 Sd 81 Sc82 Sd 82 Sc84 Sd 84 Sc86 Sd
Formadora: Conceição Balhico 38
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Contabilidade
Fólio do RAZÃO ou “ T”
Débito (D) Titulo da Conta Crédito(C)
1º membro 2º membro
Debitar uma conta é Creditar uma conta éInscrever o valor do inscrever o valor dolado do débito lado do crédito
SALDO = | D – C |
Assim temos,
- As contas de ACTIVO têm sempre Saldo Devedor ou Nulo- As contas de PASSIVO E CAP. PP têm sempre Saldo Credor ou Nulo- As contas de CUSTOS E PERDAS têm sempre Saldo Devedor ou Nulo- As contas de PROVEITOS E GANHOS têm sempre Saldo Credor ou
Nulo
BALANÇOCAP. PRÓPRIO
ACTIVO PASSIVO
Formadora: Conceição Balhico 39
MOVIMENTA ÃO DAS CONTAS NO RAZÃO
D > C
D<C
D=C
SALDO DEVEDOR (SD)
SALDO CREDOR (SC)
SALDO NULO (SN)
CONCLUSÃO
REGRAS DE MOVIMENTAÇÃO DAS CONTAS NORAZÃO
BALANÇO
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Contabilidade
Figuram no 1º membro do Balanço
Débito Crédito
AS CONTAS DO ACTIVO : São debitadas pelos saldos iniciais (SI) e aumentose
Creditadas pelas Diminuições
Figuram no 2º membro do Balanço
Débito Crédito
AS CONTAS DO PASSIVO E CAPITAL PRÓPRIO: São debitadas pelas Diminuiçõese Creditadas pelos saldos iniciais (SI) e aumentos
DEMONSTR. RESULT.
CUSTOS PROVEITOSE PERDAS E GANHOS
As contas de custos perdas são As contas de proveitos e ganhos são
Formadora: Conceição Balhico 40
CONTAS DO ACTIVO
CONTAS DO PASSIVO ECAPITAL PRÓPRIO
DEMONSTRAÇÃO DE
CONTAS DE CUSTOS EPERDAS
CONTAS DE PROVEITOSE GANHOS
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Contabilidade
debitadas pelos custos e perdas creditadas pelos proveitos eganhos
MÉTODO DIGRÁFICOSegundo este método, todo o débito numa conta origina o crédito noutra
ou noutras e vice-versa, isto é, cada facto patrimonial determina um registo emduas ou mais contas, por forma a que ao valor de cada débito (ou débitos)corresponda sempre um crédito (ou créditos) de igual valor.
Em Suma: A um débito (ou débitos) corresponde sempre um crédito (ou créditos)
de igual valor
A soma dos débitos é sempre igual à soma dos créditos
A soma dos saldos devedores é igual à soma dos saldos credores
A contabilização de qualquer facto patrimonial obedecenecessariamente a uma das quatro fórmulas seguintes:
1- Uma só conta devedora e uma só conta credora2- Uma só conta devedora e várias contas credoras3- Várias contas devedoras e uma só conta credora
4- Várias contas devedoras e várias contas credoras
As contas do 1º grau encontram-se agrupadas num livro chamado RazãoGeral.Para contabilizar as contas de 2º e 3º graus e assim facilitar a contabilização doRazão Geral, utiliza-se um Riscado denominado RAZÃO AUXILIAR
TITULO DA CONTA
a) b) c) d) a’) b’) c’) d’)
Formadora: Conceição Balhico 41
REGISTO DOS FACTOS PATRIMONIAIS NORAZÃO
RAZÕES AUXILIARES
RISCADO UNILATERAL
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Contabilidade
a) e b) – ano e mês c) e c’) - descrição b) e b’) – dia d) e d’) - importância
TITULO DA CONTAsaldos
Data Operação Deve Haver D/C Importância
TITULO DA CONTAsaldos
Data Operação Deve Haver Devedores Credores
Formadora: Conceição Balhico 42
RISCADO UNILATERAL
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Contabilidade
Capítulo V
ESTUDO DAS CONTAS DO POC
Formadora: Conceição Balhico 43
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Contabilidade
Esta classe inclui as disponibilidades imediatas e as aplicações detesouraria de curto prazo - POC
Inclui os meios líquidos de pagamento de propriedade da empresa,tais como notas de banco e moedas metálicas de curso legal, cheques e valespostais, nacionais ou estrangeiros - POC
11 CAIXA
- Saldo Inicial
- Recebimentos (entrada de fundos Pagamentos (Saídas de fundosem contrapartida das contas que em contrapartida das contasdas contas correspondentes às correspondentes às operaçõesoperações que as originam) que as originam)
Ex: Transferência de Caixa para Depósitos à Ordem
11 Caixa 12 – D. Ordem
€ €
Formadora: Conceição Balhico 44
ESTUDO DAS CONTAS
CLASSE 1 - DISPONIBILIDADES
CONTA 11 - CAIXA
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Contabilidade
Respeita aos meios líquidos de pagamento existentes em contas àvista em instituições de crédito - POC
12 – DEPÓSITOS ORDEM
- Saldo inicial - Cheques emitidos- Depósitos efectuados - Transferências para terceiros
- Cobranças (títulos, cheques) - Transferências p/ outras contas de- Transferências de terceiros depósitos (aviso prévio e a prazo)- Juros vencidos pelos depósitos
Ex:. Levantamento no banco N, do n/ cheque nº525 312, para reforço de caixa
11 CAIXA 12 – DEPÓSITOS ORDEM
€ €
Os juros de descobertos, constituem custos financeiros, sendo debitadosna conta 6811- Juros suportados
6811 12
€ €
Formadora: Conceição Balhico 45
CONTA 12 – DEPÓSITOS ORDEM
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Contabilidade
As contas do 1º grau encontram-se agrupadas num livro chamado RazãoGeral.Para contabilizar as contas de 2º e 3º graus e assim facilitar a contabilização doRazão Geral, utiliza-se um Riscado denominado RAZÃO AUXILIAR
TITULO DA CONTA
a) b) c) d) a’) b’) c’) d’)
a) e b) – ano e mês c) e c’) - descriçãob) e b’) – dia d) e d’) - importância
* Com coluna simples de dados
TITULO DA CONTA saldos
Data Operação Débito Crédito D/C Importância
* Com coluna dupla de saldos TITULO DA CONTA
saldos
Data Operação Débito Crédito Devedor Credor
Formadora: Conceição Balhico 46
RAZÕES AUXILIARES
RISCADO UNILATERAL
RISCADO UNILATERAL
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Contabilidade
Este traçado tem a forma do fólio ou “T” do Razão, registando-se o débitono 1º membro e o crédito no 2º membro.
Data Operação Débito Data Operação Crédito
O livro de contas do 1º grau será o Razão Geral; os livros de contas
divisionárias (2º grau e seguintes) dizem-se Razões Auxiliares. Naturalmente,
haverá um Razão Auxiliar para cada conta colectiva:
- Razão Auxiliar de Depósitos à Ordem
- Razão Auxiliar de Clientes
- Razão Auxiliar de Fornecedores
- Razão Auxiliar de Mercadorias
- Razão Auxiliar de Outros Devedores e Credores
Tal como se efectuaram os registos nas contas divisionárias e nas contascolectivas (1º grau), também se deverá fazer o balancete dos RazõesAuxiliares por forma a controlar os respectivos saldos.
Deverá utilizar-se um traçado idêntico ao dos outros balancetes, onde figurem
não só os valores acumulados dos débitos e créditos de cada subconta, bemcomo os seus respectivos saldos
Saldo Saldo
Código Titulo da Conta Débito Crédito Devedor Credor
Formadora: Conceição Balhico 47
RISCADO BILATERAL
BALANCETES DOS RAZÕES AUXILIARES
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Contabilidade
Comparando o balancete do razão Auxiliar com a conta de 1º grau,concluímos:
• Total dos débitos do balancete = Total dos débitos da conta de 1º grau• Total dos créditos do balancete = Total dos créditos da conta de 1º
grau• Total dos saldos devedores do balancete = Total dos saldos devedores
da conta de 1º grau.
A Conta de Depósitos à Ordem de Silva & Castro, Lda. Apresentava, em1/1/n, o saldo inicial de 1500€, distribuído da seguinte maneira:
Banco Português do Atlântico -> 1000€
Banco Mello -> 500€
Durante o mês de Janeiro, a empresa realizou as seguintes operações comestes bancos:
Dia 10 - Cheque nº 95 071 s/BPA no valor de 250€
Dia 12 – Depósito nº AB 1718, no BM, no montante de 300€
Dia 15 – Cheque nº 95 072, s/BPA, no Valor de 175€
Dia 18 – Cheque nº 71 8970, s/BM, 200€
Dia 22 – Talão de depósito nº AC 2311, no BM, no Valor de 250€
Dia 26 – Depósito nº CF 12 781, no BPA, no Valor de 350€
Dia 30 - Cheque nº 718 971 s/BM no montante de 100€
Pedidos :
1 – Proceda ao registo das operações atrás mencionadas nos razõesauxiliares
2 – Elabore o Balancete do Razão Auxiliar de Depósitos à Ordem,referente ao mês de Janeiro.
Formadora: Conceição Balhico 48
EXERCICIO
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Contabilidade
Resolução:
1. Razões Auxiliares
Banco Mello
Operações Débito Crédito Devedor Credor
1997
Janeiro 1 Saldo nesta data 500
» 12 Depósito nºAB 1718 300 800
» 18 Cheque nº 718 970 200 600
» 22 Depósito nº AC 2311 250 850
» 30 Cheque nº. 718 971 100 750
Data
Saldo
Banco Português do Atlântico
Operações Débito Crédito Devedor Credor
1997
Janeiro 1 Saldo nesta data 1000
» 10 Cheque nº 95 071 250 750
» 15 Cheque nº 95 072 175 575
» 26 Depósito nº CF 12781 350 925
Data
Saldo
2. O Balancete do Razão Auxiliar de Depósitos à Ordem, em 31 Janeiro, será:
Balancete do Razão Auxiliar de depósitos à Ordem, em 31/01/n
Débito Crédito Devedor Credor
Banco Mello 550 300 250
B.P.A 350 425 75
900 725 250 75
Contas
Num Balancete do Razão Auxiliar deverá sempre verificar-se a seguinteigualdade:
DÉBITO + SALDO CREDOR = CRÉDITO + SALDO DEVEDOR
900 + 75 = 725 + 250
Formadora: Conceição Balhico 49
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Contabilidade
As operações a incluir nestas contas serão estabelecidas de acordo com a
legislação bancária – POC
Debita-se pelos depósitos efectuados, e credita-se pelos levantamentos. O
seu saldo é devedor, e à data do balanço aparece integrado na rubrica
«Disponibilidades»
1) Pelos depósitos efectuados
13 DEPÓSITOS PRAZO 11 CAIXA / 12 D ORDEM
€ €
2) Pelos levantamento ou transferência de conta
12 DEPÓSITOS ORDEM 13 DEPÓSITOS PRAZO
€ €
3) Pelo vencimento de juros
12 DEPÓSITOS ORDEM 7811 DEPÓSITOS BANCÁRIOS
€ €
Formadora: Conceição Balhico 50
CONTA 13 – DEPÓSITOS PRAZO
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Contabilidade
Debita-se pelos depósitos efectuados e credita-se pelos levantamentos eeventuais endossos a terceiros. O seu saldo é devedor e à data do Balançoaparece integrado na rubrica disponibilidades segundo os modelos do POC.
1) Pelos depósitos efectuados
14 11/12/13
2) Pelos levantamentos e endossos a terceiros
12/22/23/25/26 14
3) Pelo vencimento dos juros
12 7811
Formadora: Conceição Balhico 51
CONTA 14 – OUTROS DEPÓSITOS BANC.
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Contabilidade
Inclui os títulos e perdas de capital adquiridos com o objectivo deaplicação de tesouraria de curto prazo - POC
A empresa pode proceder a diferentes investimentos, não relacionadoscoma sua actividade. Assim, e de acordo com o carácter de continuidade ou depermanência na empresa, temos:
- Aplicações de curto prazo: Investimentos realizados por um períodoinferior a um ano e com os quais a empresa pretende obter juros, dividendos e
lucros.
Estes investimentos serão contabilizados nas contas:
15 Títulos Negociáveis18 Outras Aplicações de Tesouraria
- Aplicações de médio/longo prazo: Investimentos realizados por umperíodo superior a um ano e com os quais a empresa pretende obter juros edividendos
Neste caso, a contabilização destes investimentos será feita na conta:
41 Investimentos Financeiros
O desdobramento desta conta contempla as seguintes situações
151 Acções1511 Empresas de grupo1512 Empresas associadas1513 Outras empresas
152 Obrigações e títulos de participação1521 Empresas de grupo1522 Empresas associadas1523 Outras empresas
153 Títulos da divida pública...................................................159 Outros Títulos
Formadora: Conceição Balhico 52
CONTA 15-TITULOS
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Contabilidade
a) Subscrição de Títulos
26 Outros Devedores e Credores 15 Títulos negociáveis265 Credores por subscrições não liberadas 151.../152...
€ €
Mais tarde proceder-se-á à liberação ou pagamento dos títulos subscritos,efectuando-se para o efeito o seguinte registo :
12 Depósitos à Ordem 26 Outros Devedores e Credores121 .... 65 Credores por subscrições não liberadas
€ €
b) Compra de Títulos
Os títulos devem ser contabilizados pelo seu custo de aquisição, o qualengloba o preço de custo e todas as despesas adicionais, tais como comissões,corretagens e impostos. Esta aquisição pode efectuar-se a prazo ou a prontopagamento.
1. Aquisição a pronto Pagamento
12 Depósitos à Ordem 15 Títulos Negociáveis121 ... 151..../152...
€ €
2. Aquisição a prazo
26 Outros Devedores e Credores 15 Títulos Negociáveis268 Devedores e credores Diversos 151..../152...
€ €
Formadora: Conceição Balhico 53
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Contabilidade
c) – Rendimentos Obtidos
Os rendimentos resultantes das participações de curto prazo podemdividir-se em:
- Dividendos - os quais são contabilizados na subconta 784 Rendimentosde participações de capital.
- Juros – Contabilizadas na subconta 781 Juros obtidos
Estes rendimentos estão sujeitos à retenção na fonte de imposto sobre orendimento, sendo a retenção efectuada pela empresa que procede aopagamento desses rendimentos.
O registo contabilístico a efectuar será:
12 Depósitos à Ordem121 ...
78 Proveitos Ganhos Financeiros Valor Líquido781 .../ 784 ...
Valor Bruto
24 Estado e Outros Entes Públicos241 Imposto sobre o Rendimento2412 Retenções na Fonte por Terceiros
Retenção na Fonte
d) Venda dos Títulos adquiridos
1- A operação gera um resultado positivo ( Pv > C. aquisição)
11 / 12 787 15
€ € € €
2- A operação gera um resultado Nulo ( Pv = C.aquisição)
Formadora: Conceição Balhico 54
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Contabilidade
15 11 / 12
€ €
3- A operação gera um resultado negativo ( Pv < C.aquisição)
11 / 12 687 15
€ € € €
Compreende outros bens não incluídos nas restantes contas desta
classe, com características de aplicação de tesouraria de curto prazo - POC
a) Aquisição de Bens
18 Outras Aplicações tesouraria 11 CAIXA / 12 DEP. ORDE,
€ €
b) Venda de Bens adquiridos1- A operação gera um resultado positivo ( Pv > C.aquisição)
11 / 12 787 18
€ € € €
2- A operação gera um resultado Nulo ( Pv = C.aquisição)
Formadora: Conceição Balhico 55
CONTA 18-OUTRAS APLICAÇÕES
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Contabilidade
18 11 / 12
€ €
3- A operação gera um resultado negativo ( Pv < C.aquisição)
11 / 12 687 18
€ € € €
c) Rendimento dos bens adquiridos com aplicação de tesouraria
781 – Juros obtidos11 Caixa / 12 D Ordem 784 – Rend. de participações de
cap
€ €
Formadora: Conceição Balhico 56
CONTA 19-PROVISÕES PARA
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Contabilidade
Esta conta será tratada no capítulo das provisões
Formadora: Conceição Balhico 57
CLASSE 2 TERCEIROS
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Contabilidade
Registam todas as dívidas a receber e a pagar pela empresa
Regista os movimentos com os compradores de mercadorias deprodutos e de serviços
21 CLIENTES
- Vendas a crédito ( facturas) - Cobranças s/ Clientes- Notas de Débito - Notas de Crédito (incluindo
devoluções de vendas- Adiantamentos
Os créditos da empresa sobre os seus clientes podem estarrepresentados, po exemplo, em conta corrente ou evidenciados em letras ououtros títulos a receber. Daí a necessidade da criação de contas do 2º grau, querepresentem estas duas subdivisões: CLIENTES C/C e CLIENTES – TITULOS ARECEBER
Formadora: Conceição Balhico 58
CONTA 21 CLIENTES
CONTA 211 – CLIENTES C/C
CLIENTES
Clientes C/C CLIENTES – TITULOS ARECEBER
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Contabilidade
Regista todo o movimento corrente efectuado pela empresa com os seusclientes. Debita-se pelos aumentos das dívidas correntes dos clientes, credita-se pelas diminuições das mesmas.
Consideram-se dividas correntes todas aquelas que não sejam tituladas(comprovadas apenas por facturas, notas de débito, ou de lançamento, masnão por títulos de crédito) assim como as que não sejam de cobrança duvidosa
Esquematicamente:
211 – CLIENTES C/C
- Facturas emitidas - Pagamentos (de clientes )- Notas de débito(encargos c/ clientes: - Saques de letras ou outros títulos
fretes, seguros, enc bancários) de crédito
- Anulação de letras (reforma, devolução, - Notas de créditorecâmbio) - Devolução de vendas- Dívidas de cobrança duvidosa- Anulação de adiantamentos
Ou seja, engloba as dividas decorrentes de vendas efectuadas a prazo de30, 60 ou 90 dias
1- Factura nº 15, referente à venda a 30 dias, de 2500€ de mercadorias:
211 – Clientes c / c 71 Vendas
2500€ 2500€
2- Saque nº 21, no valor da facturanº15:
211 – Clientes c / c 212 Clientes – Títulos Receber
2500 2500
Formadora: Conceição Balhico 59
CONTA 212 – CLIENTES –
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Contabilidade
Engloba as dívidas em letras. Tal situação verifica-se quando ocliente conta corrente, não podendo pagar a dívida, aceita uma letra que lhe ésacada pelo credor
211 – CLIENTES – TITULOS RECEBER
- Saques - endossos a terceiros- endossos de terceiros- descontos
- reforma (anulação)- cobranças- protestos 8letras em carteira)
É a ordem de pagamento que corresponde à emissão da própria letra.Sacar uma letra consiste em emiti-la, em ordenar a alguém (sacado) opagamento de uma certa quantia na data de vencimento. Sendo assim ele éefectuado pelo sacador
Consiste na transmissão da letra a outrem pelo tomador ou portador.Apenas podem ser transmitidas, por endosso, as letras que contenham acláusula à ordem, quando forem títulos à ordem. A entidade que transmite aletra por endosso designa-se endossante; aquele que a recebe por endosso
chama-se endossado,
Formadora: Conceição Balhico 60
Vejamos as diversas operações efectuadas com letras:
SAQUE
ENDOSSO
ACEITE
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Contabilidade
É dado pelo sacado e consiste na declaração da responsabilidade destepelo pagamento da letra na data do vencimento. Após ter aceite a letra osacado passa a designar-se aceitante, sendo responsável pelo pagamentodaquela no vencimento.
O desconto de letras realiza-se nos bancos comerciais e consiste numarealização antecipada do seu valor, ou seja possibilita ao portador realizar ovalor da letra antes da data do seu vencimento pagando os juros e encargosrelativos ao período compreendido entre a data da apresentação a desconto e ado vencimento.
Consiste na substituição de uma letra antes do seu vencimento por outracom vencimento posterior. Esta operação, muito frequente, deve-se ao facto deo aceitante não poder liquidar, no todo ou em parte, o valor nominal da letra nadata do vencimento.
Formadora: Conceição Balhico 61
DESCONTO
REFORMA
RECÂMBIO
TOTAL
PARCIAL
Com juros
Sem Juros
Com Juros
Sem Juros
TIPOS DER
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Contabilidade
A letra é apresentada, no vencimento, ao aceitante para que este procedaao seu pagamento, isto é, efectua-se a sua cobrança.
A cobrança pode assumir duas modalidades
1 – Cobrança Directa - Quando o sacador apresenta a letra apagamento, ao sacado, no dia do seu vencimento ou num dos dois dias úteisseguintes.
2 – Cobrança Bancária - Quando o sacador entrega as letras a umainstituição de bancária, para que esta proceda à cobrança das mesmas
Consiste numa acção levada a efeito pelo portador da letra, motivadapela falta de aceite ou falta de pagamento. O protesto por falta de aceitedeverá efectuar-se durante os prazos fixados para a apresentação ao aceite; oprotesto por falta de pagamento deverá efectuar-se num dos dois dias úteisseguintes aqueles em que a letra é pagável.
Vejamos o movimento contabilístico relativo às diversas operaçõescom letras:
A – O SAQUEO saque de uma letra implica a diminuição de dívida em conta –corrente e o aumento da dívida em letras a receber
21CLIENTES 21 CLIENTES212 – Clientes –Titulos a Receber 211 Clientes c/c
Vn Vn
Vn – Valor nominal da letra emitida
B – O ENDOSSOEndossar uma letra é transmitir a terceiros todos os direitos inerentes à
letraCom a letra a empresa, poderá efectuar pagamentos a fornecedores de
mercadorias ou a fornecedores de imobilizado.
Formadora: Conceição Balhico 62
PROTESTO
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Contabilidade
a) Endosso a um fornecedor de mercadorias
21CLIENTES 22 FORNECEDORES212 – Clientes – Títulos a Receber 221 Fornecedores c/c
b) Endosso a um fornecedor de Imobilizado
21CLIENTES 26 O DEV e CREDORES212 – Clientes – Títulos a Receber 261 Fornecedores de Imob.
C – O RECÂMBIO – COBRANÇA DE UMA LETRA
Cobrar uma letra consiste em receber o valor da mesma na data de vencimento
1 - Cobrança directa
21CLIENTES 11 - CAIXA212 – Clientes – Títulos a Receber 111 – Caixa A
2 - Cobrança Bancária
Exercício:A empresa E&D, Lda, enviou para cobrança o seu saque nº 15, no valor
de 1 500 000 .O banco cobrou os seguintes encargos :
Comissão de cobrança 0,5 % 200<= Cc <=3000Imposto de selo 6%Portes 300
Calculara) O valor dos encargosb) O valor liquido recebido pela empresa
Formadora: Conceição Balhico 63
Valor Liquido =Valor Nominal -
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Contabilidade
a) Cc = 1 500 000 * 0,5% = 7500 como > 3000 então 3000Iselo = 3000 * 0,6 % =180Portes = 300Encargos = 3000+180+300=3480
b)Valor Liquido= Valor Nominal – encargos500 000– 3480= 496 520
12 – Dep. Ordem121 – Banco
496 520
21CLIENTES212 – Clientes –Títulos a Receber
68 - Custos perdas Financ500 000 688 O Custos perdas Financ
6881 Serviços Bancários
3 480
D) O DESCONTO
Descontar uma letra consiste no recebimento antecipado (antes da data
de vencimento) do valor liquido da letra.
Exercício:
No dia 30 de Abril de 1997, a empresa E&D, Lda, enviou para desconto aoBanco Mello, o seu saque nº 16, no valor de 600 000, 90 dias antes do seuvencimento
O banco cobrou os seguintes encargos: Juros 18,5%Comissão de Cobrança 0,5% 200<=Cc<=3000Imposto de selo 6%
Portes 300
a) Calcular o valor dos encargos b) Calcular o valor líquido do saque creditado pelo banco
a) = 600 000 * (90 + 2) * 18,5% = 27 978365
Comissão de cobrança = 600 000 * 0,5% = 3000Imposto de selo = (27 978 + 3000) * 6% = 1 859Portes = 300
ENCRGOS = 27 978 + 3 000 + 1 859 + 300 = 33 137
Formadora: Conceição Balhico 64
Juro =C*(n+2)*i /
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Contabilidade
b)Valor Liquido = Valor Nominal – Encargos600 000 - 33 137566 863
12 – Dep. Ordem
121 – Banco
566 863
21CLIENTES212 – Clientes –Títulos a Receber
68 - Custos perdas Financ600 000 681 Juros suportados
6814 Desconto de títulos
33 137
E) A REFORMA
Reformar uma letra consiste na substituição do titulo por outro de valorigual ou inferior, com posterior data de vencimento
1 - Reforma Total Com Juros Incluídos
a) Anulação do saque existente
21 Clientes 21 Clientes212 Clientes – Titulos a Receber 211 Clientes c/c
Vn Vn
b) Calcular os encargos e debitá-los ao cliente
78 Prov Ganhos Financ 21 Clientes788 O Prov Ganh Financ 211 Clientes c/c
Formadora: Conceição Balhico 65
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Contabilidade
7881 Recuperação de despesas
Encargos Encargos
c) Emitir nova letra acrescida de encargos
21 Clientes 21 Clientes212 Clientes – Titulos a Receber 211 Clientes c/c
Vn + Encargos Vn+encargos
2 - Reforma Total Sem Juros Incluídos
a) Anulação do saque
21 Clientes 21 Clientes212 Clientes – Titulos a Receber 211 Clientes c/c
Vn Vn
b) Débito de encargos ao cliente
78 Prov Ganhos Financ 21 Clientes788 O Prov Ganh Financ 211 Clientes c/c7881 Recuperação de despesas
Encargos Encargos
c) Pagamento dos encargos por parte do cliente
21 Clientes 11 Caixa211 Clientes c/c 111 Caixa A
Encargos Encargos
Formadora: Conceição Balhico 66
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Contabilidade
d) Emissão da nova letra
21 Clientes 21 Clientes211 Clientes c/c 212 Clientes-titulos a receber
Vn Vn
1 - Reforma Parcial Com Juros IncluídosEstamos perante este tipo de reforma sempre que o cliente amortiza
parte da dívida, aceitando uma letra pelo valor restante acrescido de juros
a) Anulação do saque
21 Clientes 21 Clientes
212 Clientes – Titulos a Receber 211 Clientes c/c
Vn Vn
b) Amortização- pagamento de uma parte da letra
21 Clientes 11 Caixa211 Clientes c/c 111 Caixa A
Amortização Amortização
c) Calcular os encargos sobre o valor ainda em divida debitá-losao cliente
78 Prov Ganhos Financ 21 Clientes788 O Prov Ganh Financ 211 Clientes c/c
7881 Recuperação de despesas
Formadora: Conceição Balhico 67
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Contabilidade
Encargos Encargos
d) Emitir de novo saque
21 Clientes 21 Clientes212 Clientes – Titulos a Receber 211 Clientes c/c
Vn –Amortização Vn – Artização+encargos + Encargos
2 - Reforma Parcial Sem Juros Incluídos
a) Anulação do saque
21 Clientes 21 Clientes212 Clientes – Titulos a Receber 211 Clientes c/c
Vn Vn
b) Amortização
21 Clientes 11 Caixa211 Clientes c/c 111 Caixa A
Amortização Amortização
c) Calcular e debito dos encargos
78 Prov Ganhos Financ 21 Clientes788 O Prov Ganh Financ 211 Clientes c/c7881 Recuperação de despesas
Encargos Encargos
Formadora: Conceição Balhico 68
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Contabilidade
d) Pagamento dos encargos por parte do cliente
21 Clientes 11 Caixa
211 Clientes c/c 111 Caixa A
Encargos Encargos
e) Emissão de novo saque
21 Clientes 21 Clientes212 Clientes – Titulos a Receber 211 Clientes c/c
Vn –Amortização Vn –Amortização
F) PROTESTO
Se na data do vencimento o sacado não procede ao pagamento da letra, osacador pode exercer os seus direitos de acção contra todos os intervenientesna letra. O protesto é feito no Notário nos dois dias seguintes à data de
vencimento.
1 – Protesto de uma letra em carteira
a) Anulação da letra
21 Clientes 21 Clientes212 Clientes – Titulos a Receber 211 Clientes c/c
Vn Vn
b) Débito ao cliente das despesas de protesto
11 Caixa 21 Clientes111 Caixa A 211 Clientes c/c
Dp Dp
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Contabilidade
Dp – Despesas de protesto
2 – Protesto de uma letra enviada à cobrança bancária
2.1. A letra será devolvida pelo banco, acompanhado por umdocumento(Nota de débito) que inclui as despesas de recâmbio
a) Anulação da letra e débito das despesas de recâmbio
21 Clientes212 Clientes – Títulos a Receber
Vn21 Clientes211 Clientes c/c
Vn + Dr12 Dep. Ordem121 Banco
Dr Dr – Despesas de Recâmbio
b) Débito das despesas de protesto
11 Caixa 21 Clientes111 Caixa A 211 Clientes c/c
Dp Dp
Dp – Despesas de Protesto
2.2. O protesto poderá ser efectuado pelo banco. Isto acontece quando aletra tem a indicação «com despesas»
a) Anulação do saque e débito das despesas de Recâmbio
21 Clientes
212 Clientes – Títulos a ReceberVn
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21 Clientes211 Clientes c/c
Vn + Dp + Dr12 Dep. Ordem
121 Banco
Dp + Dr Dr – Despesas de RecâmbioDp – Despesas de Protesto
3 – Protesto de uma letra DescontadaO banco devolve o titulo cobrando apenas as despesas de recâmbio.
O protesto será feito pelo próprio sacador
a) Letra com indicação «Sem despesas»
1) Devolução do saque e débito das despesas de recâmbio
12 Dep . Ordem 21 Clientes121 Banco 211 Clientes c/c
Vn + Dr Vn + Dr
2) Débito das despesas de protesto
11 Caixa 21 Clientes111 Caixa A 211 Clientes c/c
Dp Dp
b) Letra com indicação «Com despesas»O banco devolve a letra, incluindo na nota de débito as
despesas de Recâmbio e de Protesto
12 Dep . Ordem 21 Clientes121 Banco 211 Clientes c/c
Vn VnDp Dp
Dr Dr
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Contabilidade
Esta conta será tratada no capítulo das provisões
Esta conta regista as entregas feitas à empresa que sejam relativas afornecimentos a efectuar a terceiros, cujo preço não esteja previamente fixado.Pela emissão da factura, estas verbas serão transferidas para as respectivascontas na rubrica 211 Clientes c/c - POC
a) Pela entrega adiantada do cliente
11 Caixa 21.9 Adiantamento de clientes
€ €
b) Pela emissão da factura, além do lançamento de venda - anulação doadiantamento
21.9 Adiantamento de clientes 211 Clientes c/c
€ €
Regista os movimentos com os vendedores de bens e de serviços, comexcepção dos destinados ao imobilizado
Da mesma maneira que a empresa tem interesse em controlar quem lhedeve e quanto lhe devem, também é do maior interesse saber a quem deve equanto deve. Para esse fim pode decompor a conta Fornecedores emsubcontas que representem as suas dívidas quer em conta-corrente, quer em
títulos a pagar, fundamentalmente letras.
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CONTA 21 8 – CLIENTES –
CONTA 21.9
CONTA 22 –
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Esquemáticamente:
22 – FORNECEDORES
- Pagamentos - Saldo inicial- Notas de crédito de fornecedores - facturas de fornecedores- Devoluções de compras - Notas de débito defornecedores
Nesta subconta irão ser registadas as compras a prazo realizadas pelaempresa e que não estão representadas em títulos de crédito, bem como osrespectivos descontos obtidos e devoluções de mercadorias.
Esquematicamente:
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FORNECEDORSE
Fornecedores C/C Fornecedores – Títulos a Pagar
CONTA 221 –
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221 – FORNECEDORES C/C
- Pagamentos - Saldo inicial- Notas de crédito de fornecedores - Facturas de fornecedores
- devoluções de compras - Notas de débito defornecedores
- Aceite de letras e outros títulos - Anulação de letras e outrostítulos- Anulação de adiantamentos
Admitamos que a empresa possui vários fornecedores:
221001 – Fornecedor w221002 - Fornecedor Y
Inclui as dívidas a fornecedores que se encontram representados
por letras ou outros títulos de crédito – POC
222 – FORNECEDORES – TITULOS PAGAR
- Pagamento de letras aceites - Saldo inicial- Anulações (reformas) - Aceites a fornecedores
Genericamente podem resumir-se a três as fases de movimento dasletras e outros títulos a pagar :
1 - Aceite
22 FORNECEDORSE 22 FORNECEDORES222 – Fornecedores –Títulos a Pagar 221 Fornecedores c/c
€ €
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CONTA 222 – FORNECEDORES
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2 – Pagamento (cobrança)
22 FORNECEDORES
11 / 12 Caixa / D Ordem 222 Fornecedores – Títulos apagar
€ €
2 – Reforma
1 - Reforma Total Com Juros Incluídos
a) Anulação do aceite existente
22 Fornecedores 22 Fornecedores221 Fornecedores c/c 222 Fornecedores – Títulos a
pagar
€ €
b) Encargos da reforma(nota de débito do fornecedor
22 Fornecedores 68 Custo e perdas financ221 Fornecedores c/c 688 º Custos e perdas financ
6882 Encargos da reforma (n exist)
Encargos Encargos
c) Emissão de novo aceite, incluindo os encargos
22 Fornecedores 21 Clientes222 Fornecedores – Títulos a Pagar 211 Clientes c/c
€ €
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2 - Reforma Total Sem Juros Incluídos
a) Anulação do aceite
22 Fornecedores 22 Fornecedores
221 Fornecedores c/c 222 Fornec – Títulos apagar
€ €
b) Nota de débito do fornecedor, referentes aos encargos dareforma
22 Fornecedores 68 Custo e perdas financ221 Fornecedores c/c 688 O Custos e perdas financ
6882 Encargos da reforma (n exist)
Encargos Encargos
a) Pagamento dos encargos com a reforma
22 FORNECEDORES11 / 12 Caixa / D Ordem 221 Fornecedores c/c
€ €
b) Novo aceite
22 Fornecedores 22 Fornecedores222 Fornecedores Títulos a pagar 222 Fornecedores c/c
€ €
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3 - Reforma Parcial Com Juros Incluídos
a) Anulação do aceite
22 Fornecedores 22 Fornecedores
221 Fornecedores c/c 222 Fornecedores – Títulos apagar
€ €
b) Amortização da dívida
22 Fornecedores
11 / 12 caixa / D Ordem 221 Fornecedores c/c € €
c) Nota de débito do fornecedor comunicando o valor dosencargos, os quais incidem sobre o valor em dívida
22 Fornecedores 68 Custo e perdas financ
221 Fornecedores c/c 688 º Custos e perdas financ6882 Encargos da reforma (n exist)
Encargos Encargos
d) Novo aceite22 Fornecedores 22 Fornecedores
222 Fornecedores – Títulos a Pagar 221 Fornecedores c/c
Vn – A + E Vn – A + E
2 - Reforma Parcial Sem Juros Incluídos
a) Anulação do aceite
22 Fornecedores 22 Fornecedores221 Fornecedores c/c 222 Fornec – Títulos a
pagar
€ €
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Contabilidade
b) Amortização da dívida
22 Fornecedores
11 / 12 caixa / D Ordem 221 Fornecedores c/c
€ €
c) Nota de débito do fornecedor, comunicando os encargos da
22 Fornecedores 68 Custo e perdas financ221 Fornecedores c/c 688 O Custos e perdas financ
6882 Encargos da reforma (n exist)
Encargos Encargos
d)Pagamento de encargos
22 FORNECEDORES11 / 12 Caixa / D Ordem 221 Fornecedores c/c
€ €
c) Novo aceite
22 Fornecedores 22 Fornecedores222 Fornecedores Títulos a pagar 221 Fornecedores c/c
Vn - A Vn - A
Regista as compras cujas facturas, recebidas ou não, estão porlançar na conta 221 «Fornecedores – Fornecedores c/c», por não terem chegado
à empresa até essa data ou não terem sido ainda conferidasSerá debitada por crédito da conta 221 Fornecedores c/c, aquando dacontabilidade definitiva da factura – POC
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CONTA 22.8 – FORNECEDORES
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Contabilidade
a) Pelas facturas recebidas e não conferida, ou cuja chegada se aguarde.
31 - Compras 228 – For – Fact em recepção e
conf
€ €
b) Pela contabilização definitiva da factura
228 – For – Fact em recepção e conf 221 Fornecedores c/c
€ €
Regista as entregas feitas pela empresa com relação afornecimentos a efectuar por terceiros, cujo preço não esteja previamentefixado. Pela recepção da factura, estas verbas serão transferidas para asrespectivas contas na rubrica 221 «Fornecedores – Fornecedores c/c » - POC
Formadora: Conceição Balhico 79
CONTA 22.9 – ADIANTAMENTO
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Contabilidade
a) Pela entrega adiantada ao fornecedor
229 – Adiantamento a fornec. 11/12 Caixa / D. Ordem
€ €
b) Quando do fornecimento (recepção da factura), além do lançamentoda compra, far-se-á:
221 Fornecedores c/c 229 – Adiantamento a fornec
€ €
anulação do adiantamento
Registam-se nesta conta os empréstimos obtidos, com excepçãodos incluídos na conta 25 Accionistas (sócios) – POC
As empresas recorrem por vezes, a financiamentos bancários, comoforma de superarem possíveis dificuldades de tesouraria.
Formadora: Conceição Balhico 80
CONTA 23 – EMPRÉSTIMOS
CONTA 231 – EMPRÉSTIMOS
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Contabilidade
O prazo de financiamento pode assumir:
Financiamento de Curto Prazo – LivrançasFinanciamento de M.L.Prazo - Hipoteca como forma de garantia
Genericamente as contas de empréstimos obtidos creditam-se quando dasua contracção, e debitam-se no seu reembolso. Em esquema:
a) Contracção de empréstimo
23 – Empréstimos Obtidos11 – Caixa / 12 D – Ordem 231 – Empréstimos bancários
€ €
b) Reembolso
23 – Empréstimos Obtidos231 – Empréstimos bancários 11 – Caixa / 12 D – Ordem
€ €
Quando do vencimento dos juros, far-se-á o lançamento:
68 – Custos e perdas financ681 – Juros suportados
6811 – Empréstimos bancários 11 – Caixa 12 – D Ordem
€ €
Esta forma de empréstimo é utilizada normalmente por grandes empresasou pelo próprio estado, visando dois objectivos básicos:
Formadora: Conceição Balhico 81
CONTA 23 2 – EMPRÉSTIMOS
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Contabilidade
- a obtenção de grande volume de capitais- a dilatação do prazo de reembolso, porquanto representa
financiamento a M.L.Pz
Uma obrigação representa, assim, uma fracção de um empréstimo sendo o seuportador um credor da sociedade que a emitiu, ou seja, representa para estaultima, capital alheio.
a) Subscrição
23 – Empréstimos Obtidos 26 – Outros devedores ecredores
232 – Empréstimos por Obrigações 265 – Credores por subscrições
não liberadas
€ €
b) Liberação ou pagamento das obrigações subscritas
26 – Outros devedores e credores265 – Credores por subscrições não
liberadas 11/12 Caixa/ D.Ordem
€ €
c) Pagamento de Juros
68 – Custos e perdas financ681 – Juros suportado
11/12 Caixa/D.Ordem 6811 – Empréstimos bancários
€ €
d)Sorteio das operações, visando o reembolso
Formadora: Conceição Balhico 82
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Contabilidade
26 – O Devedores e Credores 23 – Empréstimos Obtidos266 – Obrigacionistas 232 – Empréstimos por
obrigações
€ €
e) Reembolso das obrigações sorteadas
26 – Outros devedores e credores11/12 Caixa/D Ordem 266 - Obrigacionistas
€ €
Respeita ao valor nominal dos títulos de participação subscrito porterceiros - POC
Os títulos de participação só podem ser emitidos por empresas públicasou por sociedades anónimas, cujo capital seja maioritariamente público.
Estes títulos estão sujeitos a:
IRC – Entidade obrigacionista for sociedadeIRS - Entidade obrigacionista for um particular
Formadora: Conceição Balhico 83
CONTA 23 3 – EMPRÉSTIMOS
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Contabilidade
a) Movimentos idêntica aos empréstimos por obrigações
b) Processamento de juros
26 – Outros devedores e credores266 – Obrigacionistas2663 – Juros a pagar
68 – Custos e perdas financ juro líquido 681 – Juros suportados
Juro bruto
24 Estado e outros entes públicos242 – Retenções de impostos s/ rend2423 - Capitais
IRS/IRC
Nesta conta registam-se exclusivamente as relações com o estado,autarquias locais e outros entre públicos que tenham características deimpostos e taxas - POC
Esta conta é creditada pelas dívidas da empresa ao Estado, AutarquiaLocais e Segurança Social, sendo debitada pelo pagamento dessas dividas, ou
por pagamento efectuados por conta.Vamos estudar em pormenor cada uma das subcontas:
Formadora: Conceição Balhico 84
CONTA 24 – ESTADO E OUTROS
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Contabilidade
241 Imposto sobre o rendimento
242 Retenção de impostos sobre rendimentos
243 Imposto sobre o valor acrescentado
244 Restantes impostos
245 Contribuições para a Segurança Social
Esta conta é debitada pelos pagamentos efectuados e pelas retenções nafonte a que alguns dos rendimentos da empresa estiverem sujeitos.
No fim, do exercício será calculada, com base na matéria colectável estimada, a quantiado respectivo imposto, a qual se registará a crédito desta conta por débito de 86-« IMPOSTOSOBRE O RENDIMENTO DO EXERÍCIO»
Nesta subconta são registados todos os movimentos relacionados com o IRS eIRC.
Formadora: Conceição Balhico 85
CONTA 241 – IMPOSTO SOBRE O
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Contabilidade
Quando se entender conveniente, esta conta poderá ser subdividida,tendo em vista as situações remanescentes do regime fiscal anterior e aseparação das operações por exercícios – POC
2411 Pagamentos por conta
2412 Retenção na fonte por terceiros
24121 Sobre rendimentos de capitais
24122 Sobre rendimentos prediais
24123 Remunerações órgãos estatutários pessoas colectivas
....
24129 Sobre outros rendimentos
2413 Imposto estimado
2414 Imposto liquidado
2415 Apuramento do imposto
2416 Imposto a pagar
2417 Imposto a receber
Os pagamentos por conta a realizar num exercício são determinados combase no montante da colecta do exercício imediatamente anterior, deduzidodas retenções na fonte. Este quantitativo deverá ser superior a 200€ para quese opere a obrigatoriedade do pagamento por conta.
(colecta – Retenções na fonte) => 200€
Formadora: Conceição Balhico 86
CONTA 2411 – PAGAMENTOS
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Contabilidade
Sempre que uma empresa tem lucro deverá, no exercício económicoseguinte, efectuar três pagamentos por conta, respectivamente em Julho,Setembro e Dezembro, os quais são calculados com a seguinte fórmula:
Sempre que proceder a um pagamento deverá efectuar o seguintemovimento contabilístico:
2411 Pag.p/Conta 121 D Ordem
* *
Quando efectua cada um destes pagamentos a empresa deverápreencher o Modelo 42.
Aplicação:
A Sociedade « XLM,SA», procedeu, em junho de n , ao pagamento por conta do IRC,conforme modelo 42, no montante de 600€, sacando o cheque nº 999888 s/ o BES
2411 12 x
600€ 600€
Nesta subconta será registado a débito o valor do imposto retido por outras entidadesrespeitante a juros e/ou outros rendimentos recebidos pelo sujeito passivo.
11/12 2412x classe 7X Y Z
Formadora: Conceição Balhico 87
CONTA 2412 – RETENÇÕES NA
PAGAMENTO P/ CONTA = 25% * IRC DO ANO
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Contabilidade
X – rendimento líquido Y – retenção efectuadaZ – Rendimento ilíquido (x+y)
Aplicação:
A Sociedade «XLM, SA» recebeu em Maio de n a importância de 425 €líquida de retenção na fonte proveniente de lucros na sociedade «Beta, Lda»;retenção na fonte 15%
11 2412x 784
425 75 500
Nesta subconta a empresa contabiliza, a crédito, 36% do lucro obtido,tendo como contrapartida a conta 86 sobre o rendimento do exercício.
2413 86
Formadora: Conceição Balhico 88
CONTA 2413 – IMPOSTO
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Contabilidade
Aplicação:
A Sociedade «XLM, SA» apurou um resultado contabilístico positivo de4000 €, que após as adequadas correcções fiscais corresponde a uma matériacolectável de 5100 €. Taxa do IRC 36% e derrama de 10% da colecta de IRC
86 2413
2019,6 2019,6
Esta subconta expressará o quantitativo que se mostrar devido à Fazenda Nacional.
Os esquemas seguidamente apresentados permitem visualizar o calculo doimposto, devido em três fases:
1- Apuramento do lucro tributável
(Quadro 17 da declaração de rendimentos Mod 22 – CIRC)
2- Apuramento da matéria colectável
(Quadro 18 da declaração de rendimentos Mod 22 – CIRC)
3- Imposto liquidado
Formadora: Conceição Balhico 89
CONTA 2414 – IMPOSTO
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Contabilidade
(Parte do quadro 19 da declaração de rendimentos Mod 22 –
CIRC)
Convém realçar, relativamente à fase 1 (apuramento do lucro tributável), que o
quantitativo a considerar como resultado líquido do exercício é coincidente com o evidenciadonas demonstrações financeiras; o quantitativo relativo à estimativa para imposto s/ o
rendimento (imposto estimado – conta 2413) deverá ser acrescido ao quadro de apuramento do
lucro tributável. Por outro lado, e relativamente à fase 3 (calculo do imposto liquidado) importa
sobressair que o montante obtido após deduções à colecta, ou seja o imposto liquidado, tem
que ser sempre positivo
A movimentação da subconta 2413 ocorrerá no período imediatamente a seguir àquele a
que respeita a tributação, sendo creditada pelo imposto liquidado em contrapartida da conta
6981 «Custos e perdas extraordinárias- insuficiência de estimativa para impostos», se,
porventura, não foi feita qualquer estimativa para o imposto sobre o rendimento.
Se à data de 31 de Dezembro ou no final do período de tributação foiestimado algum quantitativo para o imposto sobre o rendimento transfere-sesempre para a 2414 o saldo credor de 2413 e, desde logo, podem serconfiguradas três hipóteses:
a) Imposto Liquidado> Imposto Estimado
Neste cenário a estimativa efectuada ficou aquém do imposto queefectivamente se mostra devido. Consequentemente, é agravado o resultadocontabilístico do exercício em que se procede ao cálculo efectivo do imposto,sendo a diferença desfavorável movimentada a débito de 6981 porcontrapartida de 2414
6981 2414x 2413A A
B B
A – Transferência para 2414 do saldo credor de 2413B – Diferença desfavorável entre o imposto liquidado e o imposto
estimado (representa o agravamento)
A + B - » Imposto liquidado e devido ao estado.
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b) Imposto Liquidado = Imposto Estimado
Neste caso não há qualquer afectação do resultado contabilístico doexercício em que se procede ao cálculo efectivo do imposto
2413 2414
Liquidado=estimado
c) Imposto Liquidado <Imposto Estimado
Neste cenário a importância que foi prevista no ano transacto apresenta-se excedentária relativamente ao imposto devido. Há, pois, umdesagravamento do resultado contabilístico, na exacta medida da diferençaapurada que é movimentada a débito de 2414 por contrapartida de 7981 –proveitos e ganhos extraordinários – excesso de estimativa de imposto.
2414 2413 7981
B A A B
A – Transferência para 2414 do saldo credor de 2413B – Diferença favorável entre o imposto liquidado e o imposto estimado
( representa o desagravamento)A - B -»» Imposto liquidado e devido ao estado.
Destina-se a concentrar, aquando do apuramento do imposto devido, osaldo das contas 2411, 2412, 2414 e 2417
É debitada pelos saldos devedores de 2411, 2412 e 2417 e creditada pelosaldo credor de 2414
Após estes lançamentos, o respectivo saldo será transferido para:
- Crédito de 2416, no caso de ser credor- Débito de 2417, no caso de ser devedor
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CONTA 2415 – APURAMENTO
CONTA 2415 – IMPOSTO A
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Visa evidenciar o quantitativo a pagar à Fazenda pública a título deimposto sobre o rendimento por operações realizadas no ano transacto.
Credita-se, por contrapartida da 2415, pelo montante a pagar auto
liquidado pelo contribuinte.Quando se efectuar o pagamento, a conta é debitada por contrapartida
da adequada conta da classe 1 - «Disponibilidades»
O imposto deve ser pago nos prazos seguintes
- Até 31 de Maio- Até ao final do 5º mês posterior à data do termo do período de
tributação adoptado
Esta subconta acolhe, por transferência de 2415, o saldo devedor destaúltima, expressando assim o crédito sobre o estado.
O reembolso será efectuado pelos serviços centrais da DGCI até ao finaldo terceiro mês imediato ao da apresentação da declaração periódica derendimentos.
11/12 2417
reembolso
EM SINTESE
2411 2414 2413
Sd Sc 2
53 1
2412 2415 86
Formadora: Conceição Balhico 92
CONTA 2415 – IMPOSTO A
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Contabilidade
4
2411 6 7 2411
1 – Lançamento do Imposto Estimado
2 – Lançamento do Imposto Liquidado
3 – Transferência dos Pagamentos por conta
4 – Transferência das retenções efectuadas por terceiros5 – Transferência do imposto liquidado
6 – Transferência do imposto a pagar
7 – Transferência do imposto a receber
Relativamente à empresa XLM, AS, em 06.12.31, conhecem-se os
seguintes dados (valores em euros):
a) Resultado Líquido do exercício 18500
b) Donativos não previstos 1700
c) Redução de Provisões tributadas 200
d) IRC estimado 5250e) Colecta da Contribuição Autárquica 250
Formadora: Conceição Balhico 93
EXERCICIO
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Contabilidade
f) IRC retido na fonte por terceiros
- Rendimentos de capitais 80
- Rendimentos Prediais 192
g) Prejuízos fiscais 4000
Pretende-se a determinação do IRC liquidado e a pagar
relativamente ao exercício de 2006.
Resolução
Apuramento do Lucro Tributável:Resultado líquido do exercício 18.500+ Donativos não previstos 1.700+ IRC e CA 5.470- Reduções de provisões tributadas 200= Lucro tributável 25.470
Apuramento da Matéria ColectávelLucro Tributável 25.470- Prejuízos fiscais 4.000= Matéria Colectável 21.470
Cálculo do ImpostoColecta= Matéria Colectável * Taxa
= 21.470 * 0.36= 7.819,2
Imposto Liquidado = Colecta – CA= 7.819,2 – 220
Formadora: Conceição Balhico 94
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Contabilidade
= 7.599,2
Imposto a pagar = Imposto liquidado – Retenções= 7.599,2 – 272= 7.327,2
Contabilisticamente:
Nesta subconta será registado, a crédito, o valor do imposto retido nafonte e respeitante a rendimentos pagos pela empresa a sujeito passivo de IRCe IRS.
Prevê-se o desdobramento nas seguintes subcontas.
2421 – Trabalho dependente2422 – Trabalho independente2423 – Capitais2434 – Prediais................................................2429 – Sobre outros rendimentos
Formadora: Conceição Balhico 95
CONTA 242 – RETENÇÃO DE
Descrição Débito Crédito Montante
Transferêcia do saldo da conta
imp. Estimado p/ a conta imp. Liq. 2413 2414 5250
Complemento ao quantitativo relativo
ao imp. Liq. 6981 2414 2349,2
Transf. Do saldo da conta Retenções 2415 2412 272
na Fonte
Transferência do saldo da conta 2414 2415 7599,2
imposto Liquidado
Imposto a pagar 2415 2416 7327,2
CONTA 2421 – TRABALHO
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Contabilidade
A contabilização faz-se da seguinte maneira :
64 X 2421 262 X 24 X
y R I E
Y – Remuneração Ilíquida
R – Montante retido do IRS e resultante da aplicação das tabelas prática
I – Remuneração líquida de imposto (IRS) e outros encargos
E – Instituições de previdência e imposto de selo.
6229 12 / 26 2422
H P R
H – Remuneração do trabalho independente
P – Importância paga ou colocada â disposiçãoR – Imposto retido (15 % de rendimento)
68 12/25/ 26 2423
H P R
Formadora: Conceição Balhico 96
CONTA 2421 – TRABALHO
CONTA 2423 – CAPITAIS
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Contabilidade
H – Custo processadoP – Importância paga ou colocada â disposiçãoR – Imposto retido (15 % de rendimento)
62219 12/ 26 2424
H P R
H – Custo processado (renda)P – Importância paga ou colocada â disposiçãoR – Imposto retido (15 % de rendimento)
Destina-se a registar as situações decorrentes da aplicação do código doIVA - POC
AgenteEconómico
Compra( C )
Venda( V )
ValorAcrescentad
o
Iva ( 21%)Entregue ao
estadoABCD
-1 0001 5002 200
1 0001 5002 200
-
1 000500700
-
17085119
-
O elenco das subcontas previstas é composto por 9 rubricas do 3º Graudenominadas como se segue
2431 – IVA Suportado
Formadora: Conceição Balhico 97
CONTA 2424 – RENDIMENTOS
CONTA 243 – IMPOSTO SOBRE OVALOR ACRESCENTADO
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Contabilidade
2432 – IVA Dedutível2433 – IVA Liquidado2434 – IVA Regularizações2435 – IVA Apuramento2436 – IVA a Pagar
2437 – IVA a Recuperar2438 – IVA Reembolsos pedidos2439 – IVA Liquidações oficiosas
Esta conta é de uso facultativo, é debitada pelo IVA suportado em todasas aquisições de existências, imobilizado ou de outros bens e serviços.
Nesta conta são relevados apenas os quantitativos do imposto suportado,
que dada a natureza das operações subjacentes sejam susceptíveis de dedução
nos termos previstos nos artigos 19º a 25º do código do IVA. A regra geral no
esquema de funcionamento do IVA, é a dedução completa e imediata do
imposto suportado.
Cada uma das suas subcontas deve ser subdividida, segundo as taxasaplicáveis, por ordem crescente – POC.
2432 IVA – Dedutível24321 Existências
243211 À taxa de 5%243212 À taxa de 12%243213 À taxa de 21%
24322 Imobilizado243221 À taxa de 5%
243222 À taxa de 12%243223 À taxa de 21%24323 Outros Bens e Serviços
Formadora: Conceição Balhico 98
CONTA 2431 – IVA SUPORTADO
CONTA 2432 – IVA DEDUTÍVEL
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Contabilidade
243231 À taxa de 5%243232 À taxa de 12%243233 À taxa de 21%
Assim temos:
• Aquisição de existências
11/12/22 31
X+Y X
24321X
Y
X – Valor dos bens sem imposto Y – Imposto dedutível
• Aquisição de imobilizado
11/12/22 42/43/44
X+Y X
24321X
Y
X – Valor dos bens sem imposto Y – Imposto dedutível
• Aquisição de outros bens e serviços
11/12/22 62/63/64/65/68/69
X+Y X
24321X
Y
Formadora: Conceição Balhico 99
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Contabilidade
X – Valor dos bens sem imposto Y – Imposto dedutível
1 – Compra a crédito de mercadorias no valor de 600 €(IVA 21%)2 – Compra a crédito de mobiliário de escritório 250 € (IVA 21%)3 – Pagamento de despesas:
3.1. Gasolina 20 €(IVA 21%)3.2. Alimentação e alojamento 60 €(IVA 5%)3.3. Material de escritório 30 € (IVA 21%)
Resolução:
1 -
312 243212 221600 102 702
2 -
426 243222 2611250 42.5 292.5
3.1. –
Formadora: Conceição Balhico 100
EXERCICIO
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Contabilidade
62212 12/1120 20
3.2. -
62227 12/1160 60
3.3. -
62217 243232 11/12
30 5.1 35.1
Esta conta é creditada pelo IVA liquidado nas facturas emitidas pelaempresa.É debitada, para transferência do saldo respeitante ao período do
imposto, por crédito da 2435.Esta conta evidenciará o débito ao estado decorrente das vendas de bens
e/ou prestação de serviços feitas pela empresa aos seus clientes, desde quetais transações não estejam abrangidas por isenções previstas no código doIVA.
Cada uma das suas subcontas deve ser subdividida, segundo as taxasaplicáveis, por ordem crescente – POC.
2433 IVA – Liquidado24331 Operações Gerais
243311 À taxa de 5%243312 À taxa de 12%243313 À taxa de 21%
24332 Auto consumos e operações gratuitas243321 À taxa de 5%243322 À taxa de 12%243323 À taxa de 21%
Nas subcontas da conta 24331, regista-se a crédito, o impostorepercutível, isto é, o debitado ao cliente nas transações comerciais.
Formadora: Conceição Balhico 101
CONTA 2433 – IVA LIQUIDADO
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Contabilidade
Nas subcontas da conta 24332, regista-se, a crédito, o imposto nãorepercutível, isto é, o suportado pela empresa e respeitante a : autoconsumosexterna, prestação de serviços gratuitos pela empresa, ofertas de existênciaspróprias.
• Venda de existências
11/21 71
X+Y X
24331X
Y
X – Preço do bem Y – Imposto devido
• Prestação de serviços
11/21 72
X+Y X
24331X
Y
X – Preço do bem Y – Imposto devido
• Vendas de mercadorias e prestação de serviços, efectuadas a dinheiro, comimposto incluído.
• - Diariamente, pela totalidade das vendas/prestações serviços
71/72 11
Transacções com imposto
Formadora: Conceição Balhico 102
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• - Mensal ou Trimestralmente, aquando do apuramento do imposto:
24331X 716/726
Imposto = Transacções c/imposto * (Taxa do Imposto/(100+taxa de imposto))
1) Venda de Mercadorias por 1200 €(IVA 21%)2) Exportação de mercadorias: 250 €(IVA-isento)3) Venda de uma máquina de escrever por 50 €.(IVA 21%)
Resolução:
1)211X 243312 711X
1404 204 1200
2)
211X 711X
250 250
Formadora: Conceição Balhico 103
EXERCICIO
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Contabilidade
3)
268 243312 794258.5 8.5 50
Regista as correcções de imposto apuradas nos termos do código do IVA e
susceptíveis de serem efectuadas nas respectivas declarações periódicas,distribuindo-se pelas subcontas respectivas como segue:
24341-Mensais a favor da empresa24342-Mensais a favor do estado24343-Anuais por cálculo do pro rata definitivo24344- Anuais por variação do pro rata definitivo24345-Outras regularizações anuais
Exemplos
a) Regularizações a favor da empresa provenientes de:
a1) Devolução de vendas
211 717
Z X
24341X Y
Formadora: Conceição Balhico 104
CONTA 2434 – IVA
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Contabilidade
Z- Quantitativo creditado em conta correnteX- Preço do bem devolvido Y- Imposto correspondente à devolução
a2) descontos e abatimentos em vendas
211 718
Z X
24341
Y
Z- Quantitativo creditado em conta correnteX- Desconto ou abatimento concedido Y- Imposto correspondente ao desc/abat.
a3) descontos de pronto pagamento concedidos
211 686
Z X
24341
Y
Z- Quantitativo creditado em conta correnteX- Desconto concedido
Y- Imposto correspondente ao desconto concedido
a4) Adiantamento de clientes
211 219/269
Z X
24341
Formadora: Conceição Balhico 105
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Contabilidade
Y
Z- Quantitativo creditado em conta correnteX- Adiantamento
Y- Imposto liquidado aquando do adiantamento
a5) incobrabilidade de créditos por sentença
211/218 692
Z X
24341
Y
Z- Quantitativo creditado em conta correnteX- Preço do bem ou de Prest. Serviços Y- Imposto liquidado aquando da emissão da factura.
b) Regularização a favor do Estado, proveniente de:
b1) Sinistro em existências
211 718
Z X
24342
Y
Formadora: Conceição Balhico 106
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Contabilidade
Z- Quantitativo globalX- Preço de custo da existência sinistrada Y- Imposto correspondente ao preço de custo
b2) Devoluções de compras317
X
221/228Z
24342
Y
Z- Quantitativo debitado em conta correnteX- Preço do bem devolvido Y- Imposto correspondente à devolução.
b3) Descontos e abatimentos em compras318
X
221/228
Z
24342
Y
Z- Quantitativo debitado em conta correnteX- Preço do bem devolvido Y- Imposto correspondente à devolução.
b4) Descontos de pronto pagamento obtidos786
Formadora: Conceição Balhico 107
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Contabilidade
X
221Z
24342
Y
Z- Quantitativo debitado em conta correnteX- Desconto obtido Y- Imposto correspondente ao desconto obtido.
b5) adiantamento a fornecedores(anulação de)229/37
X
221Z
24342
Y
Z- Quantitativo debitado em conta correnteX- Adiantamento Y- Imposto suportado e deduzido aquando do adiantamento.
c)Regularizações anuais por cálculo de pro rata definitivo
c1) rectificação em bens do activo imobilizado, quando o pro rataprovisório for superior ao definitivo
24343 42x
c2) rectificação em outros bens ou serviços, incluindo existênciasquando o pro rata provisório for superior ao definitivo e se mostrardifícil a imputação específica
24343 6988
Formadora: Conceição Balhico 108
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Contabilidade
c3) rectificação em bens do activo imobilizado, quando pro rataprovisório for inferior ao definitivo:
42X 24343
c4) rectificação em outros bens ou serviços, incluindo existênciasquando o pro rata provisório for inferior ao definitivo e se mostrardifícil a imputação específica
7988 24343
d) Regularizações anuais por variação dos pro rata definitivo
d1) quando o pro rata definitivo de determinado ano for superior ao doano de aquisição dos activos imobilizados
7988 24344
d2) quando o pro rata definitivo de determinado ano for inferiorao do ano de aquisição dos activos imobilizados
24344 6988
Formadora: Conceição Balhico 109
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Contabilidade
e) outras regularizações anuais
e1) pela não utilização em fins da empresa de imóveisrelativamente aos quais houve dedução de imposto
24345 7988
e2) pela utilização de métodos destinados à repartição por taxasde impostos das vendas efectuadas por retalhistas dispensados daemissão de facturas; duas situações poderão ocorrer
a) O IVA liquidado nos vários períodos do ano foi de montanteinferior ao que deveria tê-lo sido
24345 716
b) O IVA liquidado nos vários períodos do ano foi de montantesuperior ao que deveria tê-lo sido
716 24345
Formadora: Conceição Balhico 110
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Contabilidade
1) Nota de crédito sobre o cliente X relativa a um desconto comercial de 25 €2) Anulação do adiantamento de 290 €incluindo IVA à taxa de 21% por se Ter
facturado a respectiva mercadoria3) Devolução de mercadoria ao fornecedor K, valor das mercadorias 75 €
Resolução
1)718 24341 211
25 4.25 29.25
2)269 24341 211
250 42.5 292.25
3)
221 24342 31787.75 12.75 75
Formadora: Conceição Balhico 111
EXERCICIO
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Contabilidade
Esta conta destina-se a centralizar as operações registadas em 2432,2433, 2434 e 2437, por forma que o seu saldo corresponda ao imposto a pagarou em crédito, em referência a um determinado período de imposto.
Será assim debitada pelos seus saldos devedores de 2432 e 2434 ecreditada pelos saldos credores de 2433 e 2434.
É ainda debitada pelo saldo devedor de 2437, respeitante ao montante decrédito do imposto reportado do período anterior sobre o qual não existanenhum pedido de reembolso.
Após estes lançamentos o respectivo saldo transfere-se para:Crédito de 2436, no caso de ser credor;Débito de 2437, no caso de ser devedor.O saldo final apurado é transferido para contas apropriadas:IVA a pagar, no caso de saldo credorIVA a recuperar, no caso de saldo devedor.
Movimentação esquemáticaApuramento do saldo
2432 2433
A B 2435
2434 2434C D
2437
E
A- Imposto DedutívelB- Imposto LiquidadoC- Regularizações de imposto a favor da empresa
D- Regularizações de imposto a favor do estadoE- Crédito sobre o estado reportado ao período anterior
Formadora: Conceição Balhico 112
CONTA 2435 – IVA APURAMENTO
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Contabilidade
Transferência do saldo credor apurado
24361 2435
Transferência do saldo devedor apurado
2435 2437
Face ao exposto, permite-nos retirar duas conclusões importantes
1ª A conta 2435, é uma conta de movimentação periódica.
2ª Todas as subcontas desde a 2432 à 2435 deverão ficar saldadas no fimde cada período de apuramento do imposto. O valor final de todas elas virárepresentado na conta 2436-IVA a pagar, se o saldo for favorável ao estado ouna conta 2437-IVA a recuperar, se o saldo for favorável à empresa.
Formadora: Conceição Balhico 113
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Contabilidade
Nesta subconta são registados os impostos que não estão abrangidos nassubcontas anteriores.
Podemos destacar:- Imposto do selo das letras e livranças.- Imposto do selo dos ordenados pagos pela empresa, quando este é
pago por meio de guia.
Esta subconta é movimentada:A débito, pelos pagamentos efectuados para a segurança social.A crédito, pelas deduções efectuadas nas remunerações pagas ao
pessoal. Pelas contribuições para a segurança social a cargo da empresa.(Desenvolver no Processamento de salários)
Formadora: Conceição Balhico 114
CONTA 244 – RESTANTES
CONTA 245 – CONTRIBUIÇÕES
CONTA 25–
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Contabilidade
Nesta conta serão registadas todas as operações efectuadas entre a
empresa e os titulares do seu capital, quer se relacionem com a obtenção ouconcessão de empréstimos, quer se relacionem com a distribuição de lucros.
Aqui são registados os empréstimos concedidos ou obtidos pela empresa,assim:
25X11 – Empréstimos obtidos25X12 – Empréstimos concedidos
Os movimentos contabilísticos serão pois:
1) Obtenção do empréstimo
25X11 11/12
2) Pagamento do empréstimo aos sócios
11/12 25X11
1) Concessão do empréstimo
11/12 25X12
4) Recebimento do empréstimo25X12 11/12
Formadora: Conceição Balhico 115
CONTA 25X1– EMPRÉSTIMOS
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Contabilidade
Todos sabemos que uma empresa tem os seus sócios ou accionistas, masque também pode participar no capital de outras empresas, assim:
25X21 – Recebidos25X22 – Pagos
Os movimentos contabilísticos serão:
1) Adiantamento recebido
25X21 11/12
2) Adiantamento pago aos sócios
11/12 25X22
Formadora: Conceição Balhico 116
CONTA 25X2 – ADIANTAMENTO
CONTA 25X3 – RESULTADOS
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Contabilidade
Nesta subconta iremos registar os lucros atribuídos aos nossos sócios ouos lucros atribuídos à empresa, assim:
25X31 Resultados atribuídos a accionistas/sócios25X32 Resultados atribuídos à empresa
Os registos contabilísticos serão:
1) Resultados atribuídos a accionistas/sócios
25X31 59
2) Resultados atribuídos à empresa
784 25X32
Nesta subconta a empresa irá registar os lucros que estão disponíveispara os seus sócios e os lucros que irá receber, devido à sua participação nocapital de outras empresas, assim:
25X41 – Lucros disponíveis-accionistas/sócios25X42 – Lucros disponíveis de outras empresas
Por outro lado não nos podemos esquecer que estes lucros estão sujeitos àretenção na fonte do IRC.Esta retenção será registada nas seguintes subcontas:
2423 - Retenção de impostos sobre rendimentos/imposto de capitais –
quando é a empresa a pagar.2412 – Imposto sobre o rendimento/ Retenção na fonte por terceiros –
quando é a empresa a receber.
Os movimentos contabilísticos são:
1) Lucros disponíveis – accionistas/sócios (ainda não distribuídos)
25X41 2423 59
Formadora: Conceição Balhico 117
CONTA 25X4–LUCROS
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Contabilidade
2) Lucros disponíveis – accionistas/sócios (já distribuídos)
25X41 2423 25X31
3) Lucros disponíveis de outras empresas (ainda não distribuídos)
784 2412 25X42
4) Lucros disponíveis de outras empresas (já distribuídos)
25X32 2412 25X42
Nesta conta serão efectuadas operações relacionadas com:Vendas / Compras de imobilizadoDívidas / Empréstimos a empregadosDívidas aos sindicatosProcessamento e pagamento de juros a subscritores de capital
Esta subconta será dividida em:
2611-Fornecedores de imobilizado conta corrente2612-Fornecedores de imobilizado - Títulos a pagar
Formadora: Conceição Balhico 118
CONTA 26 – OUTROS
CONTA 261 – FORNECEDORES
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Contabilidade
2611 é debitada por.- Pagamentos- Aceite de letras- Regularização de adiantamentos por conta de imobilizados
é creditada por:- Compra de bens e serviço a crédito por conta de imobilizados
2612 é debitada por:- pagamento de letras e outros títulos- anulação de letras e outros títulos
é creditada por:- aceite de letras e outros títulos
Regista a entrega feita pela empresa com relação a adiantamentos porconta de fornecimento de imobilizado a efectuar por terceiros.
Esquematicamente:
1) Entrega adiantada por conta de imobilizado
2619 24322X 11/12
A B A+B
A- valor Líquido de IVAB- IVAA+B – Valor ilíquido
2) Anulação da entrega adiantada(aquando da aquisição definitiva do bem ouserviço)
2611 24342 2619
A+B B A
Formadora: Conceição Balhico 119
CONTA 2619 – ADIANTAMENTOSA FORNECEDORES DE
IMOBILIZADO
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Contabilidade
2621 – Remuneração a pagar aos órgãos sociais2622 – Remuneração a pagar ao pessoal
O movimento destas contas insere-se no seguinte esquema normalizado:
1ª Fase: Processamento de Ordenados e Salários 2421
Formadora: Conceição Balhico 120
CONTA 262 – PESSOAL
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Contabilidade
B
245
B
249B
642
A 263
B
2441
B
2621/2622
B
268
B
2623/2624B
2ª Fase: Processamento dos Encargos Sociais
245
F
645E
249
Formadora: Conceição Balhico 121
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Contabilidade
F
3ª Fase: Pagamento das remunerações e dos descontos
I – Quando do pagamento dos ordenados e dos salários
2621/2622 11/12
C C
II – Pagamento às restantes entidades
2421B
245B+E
11/12 249
Formadora: Conceição Balhico 122
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Contabilidade
B+E E+B
263
B
268B
A – Ordenados e salários ilíquidosB – Descontos efectuados por conta dos trabalhadoresC – Valor líquido dos ordenados e saláriosD – Valores selados inutilizadosE – Encargos totais por conta da entidade patronalF – Descontos para cada organismo por conta da entidade patronal
Nesta conta movimentam-se todas as dívidas para com os sindicatos,sendo debitada pelo pagamento das quotas.
Nesta conta regista-se a débito as quotas-partes subscritas poraccionistas para composição do capital social das sociedades, aquando da suaconstituição ou aumento de capital.
Formadora: Conceição Balhico 123
CONTA 263 – SINDICATOS
CONTA 264 – SUBSCRITORES DE
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Contabilidade
O saldo desta conta, sempre devedor ou nulo, assinala o valor ainda nãoliberado, ou seja o capital social subscrito e ainda não realizado.
Os movimentos contabilísticos relativos a esta conta serão:
I) Subscrição de Capital
264X 51
Vs Vs
II) Realização do capital subscrito
11/12 264X
Vs Vs
Credita-se pelo valor total da subscrição de quotas, acções, obrigações eoutros títulos, por contrapartida das respectivas contas de aplicaçõesfinanceiras – POC.
Será debitada pelos pagamentos destinados à liberação daquelassubscrições.
I) Pela subscrição de acções, obrigações, quotas ou outros títulos.
15/41 265
X X
Formadora: Conceição Balhico 124
CONTA 265 – CREDORES POR
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Contabilidade
II) Pelo pagamento dos valores subscritos
265 11/12
€ €
Corresponde aos subscritores de obrigações emitidas pela empresa tendoa sua movimentação sido analisada no estudo da conta 232 Empréstimo porobrigações. À semelhança do que fizemos para esta última, também a conta266 obrigacionistas poderá ser subdividida:
2661 Obrigacionistas c/ subscrição2662 Obrigacionistas c/ reembolso2663 Obrigacionistas c/ juros
A 1ª subconta é activa, as restantes são passivas.
Esta conta regista os valores a receber e a pagar, será debitada pelosadiantamentos efectuados pela empresa, em contrapartida duma conta de
meios monetários, e pelos restantes pagamentos que lhe hajam sido
efectuados, é creditada pelas notas de débito, facturas, contas de compras ou
vendas, e demais comprovativos de despesas que hajam efectuado por conta
da empresa, ou remunerações que lhe são atribuídas, em contrapartida da
respectiva conta de encargos.
Formadora: Conceição Balhico 125
CONTA 266 – OBRIGACIONISTAS
CONTA 267–CONSULTORES,
CONTA 268 – DEVEDORES E
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Contabilidade
Estão abrangidos por esta rubrica as dívidas derivadas de:
- Operações relacionadas com vendas de imobilizado;- Empréstimos correntes que não sejam de classificar na conta 25 ou em
2623 ou 2624.- Subsídios atribuídos à empresa;- Outras operações relativas a dívidas de e a terceiros que não sejam de
classificar na conta 25 ou em 2628.
2681 – Devedores Diversos2682 – Credores Diversos
Regista as entregas feitas à empresa com relação a fornecimento de bense serviços, cujo preço esteja previamente fixado. Pela emissão da factura estasverbas serão transferidas para as respectivas contas na rubrica 211 – Clientesc/c.
As entregas adiantadas por conta de vendas, cujo preço não estejapreviamente fixado, são contabilizados na conta 219 – Adiantamento declientes.
O seu movimento contabilístico é o seguinte:
1) Entrega adiantada do cliente
11/12 24331X 269
Formadora: Conceição Balhico 126
CONTA 269 – ADIANTAMENTOS
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Contabilidade
Val. Ilíq. IVA Val. Líq.
1) Anulação da entrega adiantada
269 24341 211
Val. líq. IVA Val. Ilíq.
Esta conta destina-se a permitir o registo dos custos e dos proveitos nos
exercícios a que respeitam quando ocorram desfasamentos temporais com as
respectivas despesas e receitas. – POC.
Formadora: Conceição Balhico 127
CONTA 27 – ACRÉSCIMOS E
CONTA 271 – ACRÉSCIMOS DEPROVEITOS
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Contabilidade
Esta conta regista os proveitos imputáveis ao exercício económico em
curso, mas cuja receita apenas ocorrerá no exercício ou exercícios económicos
seguintes.
Como por exemplo:
- Juros de depósitos a prazo
- Rendimentos de participações de capital
- Bónus, comissões, descontos especiais respeitantes ao exercício em
curso.
- Devoluções de compras efectuadas no exercício
- Encargos ou serviços prestados no exercício
A conta 271 credita-se no fim de cada ano pelos proveitos do exercício a
receber no exercício económico seguinte; credita-se no exercício económico
seguinte quando da efectivação da correspondente receita.
Custos diferidos são despesas ocorridas no exercício cujo consumo ou
utilização se verificará em exercícios posteriores. Sendo assim e como os custos
representam consumos, logo devem ser classificáveis como custos de exercício
seguinte e não do exercício em curso.
Exemplos de custos diferidos:
- Rendas adiantadas
- Prémio de seguros antecipados- Juros antecipados
Formadora: Conceição Balhico 128
CONTA 272 – CUSTOS DIFERIDOS
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Contabilidade
- Desconto de letras e outros títulos
- Prémios de reembolso na emissão de acções e títulos de participação
- Publicidade adiantada.
Exercício
Em 2/12/n foi descontada uma letra com o valor nominal de 1750 €
vencível em 31/3/n+1, tendo os encargos do desconto totalizado 108 €. Os
lançamentos. Proceda ao lançamento no razão.
1) Desconto em 2/12/n e respectiva repartição dos encargos.
6814 121 212
27 1642 1750
(1 mês)
272X
81
(3 meses)
2) No ano n+1, teria de se fazer a transferência:
6814 272X
81 81
Esta conta serve de contrapartida aos custos a registar no próprio
exercício, ainda que não tenham documentação vinculativa, cuja despesa só
venha a realizar-se em exercícios posteriores.Exemplo de despesas diferidas:
Formadora: Conceição Balhico 129
CONTA 273 – ACRÉSCIMOS DECUSTOS
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Contabilidade
- Consumo de água, energia, telefone, telex, respeitante aos últimos
meses de cada exercício.
- Juros relativos ao exercício.
- Remunerações respeitantes ao exercício.- Seguros e outros encargos a liquidar.
Exercício
Em Fevereiro/n+1 foi paga a despesa do telefone no valor de 232 €(IVA
incluído) relativa ao mês de Dezembro/n.
1) Em 31/12/n, registo do custo relativo ao consumo do exercício62222 273X
200 200
2) Em Fevereiro/n+1, quando do pagamento
273X 243231 11/12200 32 232
como se pode verificar, o custo reflecte-se nos resultados do exercício em
que ocorre o consumo e não o pagamento.
Compreende as receitas ocorridas no exercício, cujo proveito deva ser
considerado nos exercícios seguintes.
Trata-se de uma conta que tem por objectivo registar a crédito, as
receitas ou rendimentos obtidas nos exercícios mas imputáveis a exercícios
seguintes.Entre outras, devem considerar-se proveitos diferidos:
Formadora: Conceição Balhico 130
CONTA 274 – PROVEITOSDIFERIDOS
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Contabilidade
Rendas recebidas adiantadamente;
Facturas emitidas sobre produtos a fornecer ou serviços a prestar no ano
seguinte. Etc...
Exercício
A empresa XIS emitiu em Dezembro/n uma factura sobre um cliente no valor de
1500€ sujeitos a IVA à taxa de 21% relativas a produtos a fornecer durante o
ano n+1.
1) Em Dezembro, Contabilização da factura
211 243312 274X
1740 240 1500
2) Durante o ano n+1 e aquando do fornecimento definitivo dos produtos
274X 712
1500 1500
O POC Prevê a utilização das seguintes Sub-contas
Incluem-se nesta conta os subsídios associados com activos, que deverão
ser transferidos, numa base sistemática, para 7983, em subsídios para
investimentos à medida que forem contabilizadas as amortizações do
imobilizado a que respeitem.
Exercício
Formadora: Conceição Balhico 131
CONTA 2746 – SUBSÍDIOS PARAINVESTIMENTO
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Contabilidade
A empresa Ypsilon investiu em equipamentos básicos durante o ano n 60000 €
sujeitos a IVA à taxa de 19%, para os quais obteve um subsídio de 12000 €. A
vida útil é de 8 anos, sendo o início de utilização no ano n+1.
1) No ano n (compra de equipamento e correspondente subsídio)
I)Compra
423 243222 11/12
60000 9600 69600
II) Recebimento do subsídio
11/12 2746
12000 12000
2) Em cada ano de vida útil do equipamento:
I) Quotas de amortização
6623 4823
7500 7500
II) Transferência da quota-parte do subsídio
2746 7983
1500 1500
2746 Prémios de emissão de obrigações
2747 Prémios de emissão de títulos de participação
Formadora: Conceição Balhico 132
CONTA 5 – CAPITAL, RESERVAS E
RESULTADOS TRANSITADOS
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Contabilidade
Esta classe compreende os fundos aplicados pelos sócios ou proprietários
e os resultados não distribuídos.
Assim sendo, a classe 5 não se identifica com os capitais próprios, uma
vez que não engloba os resultados apurados no exercício económico em curso.
Montante que é apurado na conta 88 – Resultado Líquido do Exercício.
O capital próprio compreende:
- O capital inicial – fundos ou bens que os proprietários puseram à
disposição da empresa no momento da sua formação.
- O capital adquirido – resultados acumulados ao longo dos anos e no
próprio exercício
• retido – está na forma de reservas e de resultados
transitados.
• No próprio exercício – é representado pelo resultado líquido
do exercício.
Esta conta debita-se pelas reduções de capital e credita-se pelo capital
nominal subscrito e aumentos de capital.
A movimentação da conta varia de acordo com a natureza jurídica da empresa.Assim temos:
1 – Empresas em nome individualHá que considerar dois tipos:
Formadora: Conceição Balhico 133
CONTA 51 – CAPITAL
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Contabilidade
- Comerciante em nome individual
- Estabelecimento individual de responsabilidade limitada
A responsabilidade do comerciante em nome individual é ilimitada vistoque o património do empresário responde integralmente às obrigações
comerciais.
No segundo caso, há uma limitação de responsabilidade às dívidas contraídaspela empresa.
Para os comerciantes em nome individual o capital, é geralmente,
variável:
- Aumenta com os lucros e as entradas adicionais.
- Diminui com os prejuízos e os levantamentos efectuados pelo
proprietário.
Neste tipo de empresas a conta 51 – Capital desdobra-se nas seguintessubcontas:
-
511 – Inicial, de acordo com o POC esta conta regista a diferençaentre os valores activos e passivos, afectos ao negócio, com que o
empresário inicia a sua actividade.
- 512 – Adquirido, esta conta compreende os resultados, positivos e
negativos, acumulados em vários exercícios, ou seja todos aqueles resultados
que não tenham sido retirados ou supridos através de conta particular doempresário.
O movimento desta conta é efectuado por contrapartida da conta 88-
Resultado líquido do exercício.
- 513 – Conta Particular, engloba todas as entradas e saídas de valores
relativos ao empresário:
-
As entregas e levantamentos feitos pelo proprietário à empresa
Formadora: Conceição Balhico 134
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Contabilidade
- Os pagamentos e recebimentos efectuados pela empresa e de conta
do seu proprietário.
ϑ Abertura da escrita de um Comerciante em Nome
Individual
I
1. José Dias iniciou a sua actividade comercial com 2 000 000, depositados noBanco Nacional :
Tarefa a realizarLançamento de abertura de escrita no Razão Geral
12 Depósitos à ordem 51 - Capital
Formadora: Conceição Balhico 135
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Contabilidade
121 – Banco Nacional 511 Inicial
2000 000 2000 000
II
2. Augusto Pires Mota constitui em 2006/01/02 uma empresa em nome
individual com os seguintes valores:
Depósito bancário 500.000
Um edifício 1.500.000
Mercadorias 300.000
Empréstimo bancário 1.500.000
Tarefa a realizarLançamento de abertura de escrita no Razão Geral
511 32 42
800 300 1500
23 12
1500 500
2 - Sociedades e cooperativas
De acordo com o artº 1 do CSC, consideram-se « Sociedades Comerciais »aquelas que tenham por objecto a prática de actos de comercio e adoptem o tipo desociedade em nome colectivo, de sociedade por quotas, de sociedade anónima, de
sociedade em comandita simples ou de sociedade em comandita por acções »
A conta de Capital deve desenvolver-se em subcontas que permitam
distinguir as diferentes situações dos sócios/accionistas das sociedades:
Formadora: Conceição Balhico 136
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Contabilidade
511 – Ordinário - inclui as partes de capital que não conferem direitos
especiais.
512 – Privilegiado - inclui partes de capital que concedem determinados
privilégios ( vantagens na participação nos lucros, na liquidação da empresa )
513 – Amortizado com fruição – Regista as partes de capital
totalmente reembolsadas e com direito à participação nos lucros
514 – Amortizado som fruição - regista as partes de capital
totalmente reembolsadas e que não conferem quaisquer direitos, quer
relativamente a rendimento, quer à propriedade.
ϑ Abertura da escrita das Sociedades por Quotas:
Na sua constituição podem considerar-se duas fases:
⊇ - Subscrição do capital – Fase em que os sócios assumem o
compromisso de entrar para a sociedade com determinados valores
51 – Capital 26 – Outros devedores ecredores
Formadora: Conceição Balhico 137
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Contabilidade
511 – Ordinário 264 Subscritores de capital
Subscrição
Do capital
⊄ - Realização do Capital - fase em que os sócios entregam os valores
subscritos. A realização das quotas pode ser em dinheiro ou espécie,
dependendo o registo da realização dos valores entregues pelos sócios. No
entanto, nos casos mais simples, as quotas são realizadas em dinheiro.
26 – Outros devedores e credores 11/12 – Caixa/ D.O.
264 Subscritores de capital 12 – Banco X
Realização
das Quotas
A constituição de uma sociedade origina despesas (gastos de instalação)
que devem ser ventilados por vários exercícios. Devem, assim, registar-se no
imobilizado
11/12 – Caixa/ D.O. 43 – Imobilizações incorpóreas12 – Banco X 431 Despesas de instalação
gastos com constituição
Sociedade
Formadora: Conceição Balhico 138
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Contabilidade
Aumento do Capital Social
São várias as razões que podem levar uma sociedade a aumentar o
capital. Entre as quais temos:
- Desenvolvimento da actividade;
- Desvalorização da moeda; etc.
Há a considerar vários tipos de aumentos:- Entradas de dinheiro ou outros valores;
Formadora: Conceição Balhico 139
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Contabilidade
- Transformação de dívidas em capital;
- Incorporação de reservas em capital;
- Actualização dos valores activos
Nas sociedades por quotas este aumento de capital pode concretizar-se,
pelo aumento das quotas originárias ou pela criação de novas quotas, com ou
sem admissão de novos sócios.
Entrada de dinheiro ou outros valores
O activo da sociedade aumenta da importância correspondente aos valores
entregues pelos novos ou antigos sócios. Normalmente os sócios antigos têmpreferência.
Transformação de dívidas em capitalO activo não varia, mas diminui o passivo. O aumento do capital próprio
tem em vista o saneamento financeiro da sociedade.
Os credores da sociedade passam a ser proprietários da sociedade.
Debita-se as contas 22/26
Credita-se a conta 51
Incorporação de reservasEsta forma de aumento do capital não altera quantitativamente o capital
próprio, mas apenas qualitativamente.
Debita-se a conta reservas
Credita-se a conta 51
Actualização de valores activos
Esta forma de aumento do capital é o resultado da correcção monetária
dos elementos patrimoniais.
Reduções do Capital Social
Formadora: Conceição Balhico 140
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Contabilidade
A sociedade pode reduzir o seu capital social em consequência de:
- Saída de um sócio
- Excesso de capital
- Prejuízos avultadosDebita-se a conta 51
Credita-se a conta 59
Exemplo :
Por escritura pública constitui-se em janeiro de 2007, a sociedade AM,
Lda, com a finalidade de comercializar tintas.
O capital de 5.000.000 foi subscrito por três sócios:
A. Sérgio 2.000.000
B. Bartolomeu 1.000.000
C. Aurélio 2.000.000
O sócio A. Sérgio realizou parcialmente a sua quota depositando
1.800.000 em nome da sociedade.
O sócio B. Bartolomeu transfere para a sociedade os valores activos e
passivos do seu antigo estabelecimento:
Depósitos 100.000
Clientes 100.000
Mercadorias 1.000.000
Débitos a fornecedores 300.000
É atribuído à chaves do estabelecimento o valor necessário para que haja
realização integral da quota.
C. Aurélio entrega 2100 contos de mercadorias.
Formadora: Conceição Balhico 141
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Contabilidade
Subscrição511 264
5000 1800
1000
2000
Realização32 21 43
1000 100 100
2000
22 23 12
300 100 1800100
É permitido às sociedades por quotas adquirir e vender acções próprias.
Na aquisição de acções ou quotas próprias movimentam-se as seguintes
subcontas:
- A conta 521 – Valor nominal das acções (quotas) debita-se.
- A conta 522 – Prémios e descontos é debitada ou creditada pela
diferença entre o custo de aquisição e o valor nominal.
- No caso de venda, creditar-se-á a conta 521 pelo valor nominal,
movimentando-se a conta 522 pela diferença entre o preço de venda e
o valor nominal.
-
Simultaneamente a conta 522 deverá ser regularizada, porcontrapartida da 58 – reservas livres de forma a manter os prémios e
descontos correspondentes às acções (quotas) próprias, em carteira.
Formadora: Conceição Balhico 142
CONTA 52 – ACÇÕES (QUOTAS)
CONTA 53 – PRESTAÇÕES
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Contabilidade
Esta conta será utilizada em conformidade com o previsto no código das
sociedades comerciais, não compreendendo assim os suprimentos, que são de
incluir na conta 25 – Accionistas(sócios).
As prestações suplementares respeitam a entradas em dinheiro e que vão
reforçar o capital social. Estas prestações podem ser exigidas por contrato, aos
sócios das sociedades por quotas.
- Credita-se a conta 53
- Debita-se a subconta 25
- Credita-se a conta 25
- Debita-se a conta 11/12 no momento de entregas de fundos por parte
dos sócios.
Quanto à origem as reservas podem ser classificadas em:
- Reservas de lucros
- Reservas de capital
- Reservas de reavaliação
Formadora: Conceição Balhico 143
CONTA 56/57/58 – RESERVAS
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Contabilidade
As reservas de lucros são constituídas com base nos lucros, são
resultados não distribuídos mas aplicados. Se esses resultados não distribuídos
não forem aplicados até ao momento não constituem os resultados transitados.
As reservas de capital são constituídas por doações e por alguns subsídiosobtidos pela empresa.
As reservas de reavaliação resultam de rectificações ou actualizações de
valores activos (Imobilizado).
Se considerarmos o carácter obrigatório ou facultativo as reservas
classificam-se em:
Obrigatórias- Constituídas por força da lei, de contratos ou dos
estatutos:
- 571 - Legais
Visa sobretudo, cobrir a parte do prejuízo do exercício que não possa ser
coberto por outras reservas, a incorporação no capital social.
Nas soc. Por quotas, a reserva legal deve ser constituída numa
percentagem não inferior a 5% dos lucros até que represente 1/5 do
capital social.A conta 561 apresenta sempre saldo credor e aquando da sua
constituição ou reforço credita-se por contrapartida da conta 59.
- 573 Contratuais
- É uma reserva de lucros, pelo que esta conta se credita, por débito da
conta 59.
- - 572 - Estatutárias
É movimentada a crédito no momento da aplicação dos resultadospositivos do exercício, por débito da 59.
Formadora: Conceição Balhico 144
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Contabilidade
Facultativas – constituídas por deliberação da assembleia geral visando
determinado objectivo (especiais) ou não(livres).
-
574 – Reservas especiais- 5741 – Subsídios
- 5742 – Doações
- 575 – Reservas Livres
São reservas de lucros, pelo que a conta 58 se credita, por débito da
conta 59.
Formadora: Conceição Balhico 145
CONTA 59 – RESULTADOSTRANSITADOS
5/13/2018 Manual de Contabilidade - slidepdf.com
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Contabilidade
Regista os resultados líquidos provenientes do exercício anterior, na conta
59 são registados, por transferência no inicio do ano seguinte, os lucros ou
prejuízos apurados no exercício anterior e evidenciados na conta 88.
Formadora: Conceição Balhico 146