manual de coleta e envio de amostras

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LABORATÓRIO CENTRAL DO ESTADO DO PARANÁ MANUAL DE COLETA E ENVIO DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS AO LACEN/PR MANUAL 1.30.001 REVISÃO 01 LACEN Mais de um século de história.... CURITIBA 2012

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Page 1: Manual de Coleta e Envio de Amostras

LABORATÓRIO CENTRAL DO ESTADO DO PARANÁ

MANUAL DE COLETA E ENVIO DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS AO LACEN/PR MANUAL 1.30.001

REVISÃO 01

LACEN

Mais de um século de história....

CURITIBA

2012

Page 2: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ Carlos Alberto Richa

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE – SESA Michele Caputo Neto

DIREÇÃO GERAL DA SESA René José Moreira dos Santos

SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE Sezifredo Paulo Alves Paz

DIREÇÃO DO LABORATÓRIO CENTRAL DO ESTADO Célia Fagundes da Cruz

LABORATÓRIO CENTRAL DE SAÚDE PÚBLICA DO PARANÁ

UNIDADE GUATUPÊ Rua Sebastiana Santana Fraga, 1001 - CEP 83060-500

São José dos Pinhais - Paraná

Fone (41) 3299-3200 - Fax (41) 3299-3204 www.saude.pr.gov.br/lacen

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Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

DIREÇÃO DO LABORATÓRIO CENTRAL DO ESTADO Célia Fagundes da Cruz CHEFIA DA DIVISÃO DE GESTÃO DE QUALIDADE E BIOSSEGURANÇA Rosiane Nickel CHEFIA DA DIVISÃO DE SUPORTE OPERACIONAL Sonia Maria Dotto Ampessan CHEFIA DA DIVISÃO DOS LABORATÓRIOS DE EPIDEMIOLOGIA E CONTROLE DE DOENÇAS Elizabeth El Hajjar Droppa CHEFIA DA DIVISÃO DE LABORATÓRIOS DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Daniel Altino de Jesus CHEFIA DA DIVISÃO DO SISTEMA ESTADUAL DE LABORATÓRIOS DE SAÚDE PÚBLICA Suely Harumi Ioshii ELABORADO/REVISADO POR: Técnicos responsáveis pelos diagnósticos/exames EQUIPE DE APOIO: Marisa Aparecida Mathias Ricardo dos Santos Bergamo REVISÃO FINAL Célia Fagundes da Cruz Elizabeth El Hajjar Droppa Rosiane Nickel

Page 4: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

SUMÁRIO

PARTE I – APRESENTAÇÃO ........................................................................... 1 1 OBJETIVO ................................................................................................... 2 2 CAMPO DE APLICAÇÃO............................................................................ 2

3 DEFINIÇÕES/SIGLAS ................................................................................. 2

Page 5: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

1. PARTE I – APRESENTAÇÃO

O Laboratório Central do Estado do Paraná – Lacen/PR – é o Laboratório de

Referência Estadual para o diagnóstico de doenças infecciosas, com prioridade para

as doenças de notificação compulsória e de interesse epidemiológico, sanitário ou

ambiental. Nos casos de exames não realizados no Lacen/PR, as amostras são

redirecionadas para Laboratórios ou Centros de Referência Regionais ou Nacionais.

Este manual é um informativo da área de Laboratórios de Epidemiologia e

Controle de Doenças. Foi elaborado pelos técnicos do Lacen/PR, com o objetivo de

informar quais exames são realizados e orientar os procedimentos de coleta,

armazenamento e envio de materiais. Este manual se constitui em uma ferramenta

de uso contínuo, garantindo resultados confiáveis e melhores serviços. Deve servir

de instrumento de consulta e facilitar a atuação dos técnicos nos serviços de coleta e

envio de amostras para o Lacen/PR.

Este manual foi dividido em partes para facilitar sua leitura e aplicação. A

Parte II traz orientações gerais sobre as atividades realizadas dentro do laboratório

com enfoque em procedimentos de Biossegurança. Na Parte III constam as

informações sobre os exames, organizadas primeiramente pelo tipo de material a ser

coletado e orientações gerais sobre o acondicionamento e transporte, incluindo a

relação dos documentos necessários para acompanhar as amostras biológicas

encaminhadas para exame. Na Parte IV, as orientações são específicas e estão

organizadas por seção e serviço onde o exame é realizado, com detalhes sobre a

quantidade e tipo de material, bem como a forma de armazenamento e condições de

transporte exigidas para os ensaios.

Page 6: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

1 OBJETIVO

Este Manual tem por objetivo fixar condições, padronizar, definir e estabelecer

regras e recomendações para coleta e envio de amostras biológicas ao Laboratório

Central do Estado do Paraná – Lacen/PR.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Este documento aplica-se à coleta, preparo e transporte de amostras biológicas,

para todos os serviços que solicitam exames ao Lacen/PR.

3 DEFINIÇÕES/SIGLAS

Para efeito deste documento, são adotadas as seguintes definições e siglas:

a) ANF – Aspirado de Nasofaringe.

b) BPA-I – Boletim de Produção Ambulatorial Individualizado.

c) CA – Certificado de Aprovação. É um documento emitido pelo Ministério do

Trabalho e Emprego, que certifica que o EPI satisfaz os requisitos mínimos de

qualidade estabelecidos em Norma Técnica. A certificação é feita mediante

relatório de ensaios emitido por um laboratório credenciado pelo Ministério do

Trabalho e Emprego.

d) CSB – Cabine de Segurança Biológica

e) EPC – Equipamento de Proteção Coletiva.

f) EPI – Equipamento de Proteção Individual.

g) EPR – Equipamento de Proteção Respiratória.

h) HBV – Vírus da Hepatite B

i) HCV – Vírus da Hepatite C

j) LACEN/PR – Laboratório Central do Estado do Paraná.

k) MTE – Ministério de Trabalho e Emprego.

l) MTV – Meio de Transporte Viral.

m) NR – Norma Regulamentadora do MTE.

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Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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PARTE II – CONDIÇÕES GERAIS

SUMÁRIO 1 CUIDADOS PRELIMINARES ...................................................................... 4 2 PROCEDIMENTOS DE BIOSSEGURANÇA ............................................... 4

2.1 Equipamentos de Proteção Individual – EPI ..................................................4

2.2 Equipamentos de Proteção Coletiva – EPC...................................................7

2.3 Lavagem das Mãos ........................................................................................8

2.4 Limpeza e Desinfecção da Bancada de Trabalho ..........................................8

2.5 Descarte de Materiais Contaminados e Perfurocortantes ............................10

2.6 Precauções Especiais ..................................................................................11

2.7 Boas práticas em relação no uso de centrífuga ...........................................11

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Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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1 CUIDADOS PRELIMINARES

Para que se possa realizar uma análise, e liberar um resultado confiável, é

necessário que os procedimentos pré-analíticos, ou seja, coleta, conservação e

transporte dos materiais biológicos, sejam realizados de acordo com as normas que

visam garantir a qualidade das amostras. Portanto, as instruções contidas neste

Manual devem ser rigorosamente observadas.

2 PROCEDIMENTOS DE BIOSSEGURANÇA

A Biossegurança constitui parte integrante e importante do sistema e das políticas

para determinar a qualidade da empresa.

A educação e a prevenção são bases para qualquer programa de segurança

biológica. O variado elenco de riscos biológicos inerentes à prática laboratorial

demanda uma abordagem ampla, persistente e associada a aspectos de motivação

e bem estar no ambiente laboratorial.

Durante todo o processo, desde a coleta do material biológico até a análise

laboratorial, é imprescindível a adoção de medidas de Biossegurança, de forma a

diminuir os riscos envolvidos.

2.1 Equipamentos de Proteção Individual – EPI

É todo dispositivo de uso individual, de fabricação nacional ou estrangeira, destinado

a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador. Como diz a própria

definição, EPI é um equipamento de uso individual, não sendo adequado o uso

coletivo, por questões de segurança e higiene. Na Figura 1, constam alguns

exemplos de EPI.

Figura 1 - Exemplos de Equipamentos de Proteção Individual.

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Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Todo EPI seja ele nacional ou importado, só pode ser comercializado ou utilizado

quando possuir o Certificado de Aprovação (CA), expedido pelo Ministério do

Trabalho e Emprego (MTE) devendo apresentar, em caracteres indeléveis e bem

visíveis, o nome comercial da empresa fabricante ou importadora e o número de CA,

conforme estabelecido na Norma Regulamentadora NR-6 da Portaria 3214 de 1978,

do Ministério do Trabalho e Emprego. Portanto, ao adquirir qualquer tipo de EPI

(luvas, respiradores, óculos de proteção, etc.) observar se o mesmo possui o

número de CA.

A seguir, estão descritos alguns tipos de EPI, que podem ser utilizados durante a

coleta de amostras de material biológico.

2.1.1 Jaleco (Guarda-pó):

Deve ser utilizado em todos os tipos de procedimentos, sempre fechado, no sentido

de prevenir a contaminação da pele e da indumentária do técnico.

O jaleco para coleta de material biológico deve ter as seguintes características:

manga longa, com elástico no punho, comprimento mínimo na altura dos joelhos,

abertura frontal, preferencialmente de tecido de algodão ou não inflamável.

É proibido o uso do jaleco em locais públicos, tais como: refeitório, administração,

biblioteca, ou seja, deve ser utilizado somente durante o a coleta e manuseio do

material biológico.

2.1.2 Luvas

São utilizadas como barreira de proteção, prevenindo a contaminação das mãos ao

manipular material contaminado. Desta forma, é obrigatória a utilização de luvas em

todos os procedimentos com risco de exposição o material infectante, a fim de

reduzir a incidência de contaminação das mãos: em coleta, manuseio e

acondicionamento de materiais biológicos.

As luvas também reduzem a possibilidade dos micro-organismos presentes nas

mãos do trabalhador sejam transmitidos aos pacientes durante procedimentos

invasivos ou quando pele não intacta, tecidos e mucosas possam ser tocadas.

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Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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As luvas de proteção para a coleta de amostras biológicas podem ser de

procedimento ou cirúrgica, em látex ou de vinil. Devem ser fabricadas de acordo com

as diretrizes do Instituto Nacional de Metrologia – INMETRO.

É proibido abrir portas, atender telefone, ou tocar objetos de uso comum por outras

pessoas usando luvas.

Salienta-se que a utilização de luvas não exclui o ato da lavagem das mãos.

2.1.3 Máscaras e equipamentos de proteção respiratória

Nas situações com risco de formação de aerossóis e gotículas de material

potencialmente contaminado devem ser utilizados máscaras ou Equipamentos de

proteção Respiratória (EPR).

Existem doenças de transmissão respiratória por gotículas e outras de transmissão

respiratória por aerossóis, as quais requerem modos de proteção diferentes. Vários

modelos de máscaras e equipamentos de proteção respiratória encontram-se

disponíveis no mercado, os quais devem ser selecionadas de acordo com o risco

envolvido.

Doenças transmitidas por gotículas

Para as doenças transmitidas por gotículas (como por exemplo, caxumba,

coqueluche, rubéola, meningite, difteria faríngea), orienta-se que seja utilizada

máscara cirúrgica sempre que entrar em contato com o paciente.

A máscara cirúrgica é uma barreira de uso individual que cobre o nariz e a boca,

indicada para proteger o Trabalhador de Saúde de infecções por inalação de

gotículas transmitidas à curta distância e pela projeção de sangue ou outros fluidos

corpóreos que possam atingir suas vias respiratórias.

É importante destacar que a máscara cirúrgica não protege adequadamente o

usuário de patologias transmitidas por aerossóis, pois, independentemente de sua

capacidade de filtração, a vedação no rosto é precária neste tipo de máscara. A

máscara cirúrgica não é um EPI e, portanto, não possui Certificado de Aprovação.

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Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Doenças transmitidas por aerossóis

A proteção respiratória para as doenças de transmissão aérea por aerossol (como

por exemplo, tuberculose pulmonar, sarampo, varicela, gripe viária), recomenda-se o

uso e seleção de EPR durante todo o período em que o Trabalhador de Saúde

estiver em contato com o paciente ou sempre que entrar em um ambiente

contaminado pelo agente biológico transmitido via aerossol.

Deve ser utilizado EPR contendo elementos filtrantes do tipo semifacial filtrante.

Recomenda-se a leitura da Cartilha de Proteção Respiratória contra Agentes

Biológicos para Trabalhadores da Saúde, que se encontra disponível na página do

Lacen/PR (http://www.saude.pr.gov.br/lacen/).

A peça semifacial filtrante (PFF) é um EPI que cobre a boca e o nariz,

proporcionando uma vedação adequada sobre a face do usuário. Possui filtro

eficiente para retenção dos contaminantes atmosféricos presentes no ambiente de

trabalho na forma de aerossóis. A máscara conhecida como N95 refere-se a uma

classificação de filtro para aerossóis adotada nos EUA e equivale, no Brasil, à PFF2

ou ao EPR do tipo peça semifacial com filtro P2, pois ambos apresentam o mesmo

nível de proteção.

2.1.4 Óculos de Proteção

Devem ser utilizados em situações de risco de formação de aerossóis, salpicos de

material contaminado ou quebras de vidraria.

Os óculos de proteção devem ser de boa qualidade e oferecer total segurança ao

Trabalhador da Saúde. Suas lentes devem ser transparentes, preferencialmente

anti-riscos e antiembaçante.

2.2 Equipamentos de Proteção Coletiva – EPC

São equipamentos que possibilitam a proteção do trabalhador, do meio ambiente e

do produto ou pesquisa desenvolvida.

2.2.1 Dispositivos de Pipetagem

São dispositivos que evitam o risco de acidentes, visto que a ação de pipetar com a

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Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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boca é um risco a integridade física e a saúde do trabalhador.

Nunca usar a boca para pipetar, porque além do risco de aspiração, torna mais fácil

a inalação de aerossóis. Deve ser utilizado um dos vários modelos disponíveis

(figura 2), podendo ser de borracha (pêra de borracha), pipetadores automáticos,

elétricos, etc.

Figura 2 - Modelos de Dispositivos de Pipetagem.

2.2.2 Cabines de Segurança Biológica – CSB

São usadas como barreira primária para evitar propagação de aerossóis, dando

proteção ao manipulador, ao meio ambiente e à amostra ou procedimento, de

acordo com a classe e tipo da CSB.

2.3 Lavagem das Mãos

Os locais de coleta devem possuir uma pia exclusiva para lavagem das mãos.

a) lavar as mãos sempre antes e após o uso de luvas;

b) lavar as mãos sempre ao término das atividades.

2.4 Limpeza e Desinfecção da Bancada de Trabalho

2.4.1 Material para Limpeza

- Balde

- Desinfetantes: álcool 70% (77 ºGL), Hipoclorito de Sódio a 2%

- Escova

- Etiquetas

- Pá

- Protetores de sapatos (para casos de derramamentos e quebras de materiais

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Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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contaminados)

- Saco para autoclave

2.4.2 Procedimento

Realizar a limpeza das bancadas com álcool a 70% no início e no término das

atividades ou sempre que houver necessidade.

NOTAS:

- Se não houver álcool 70% pronto, realizar o preparo a partir do álcool 96°GL

(álcool comercial), na proporção de 73 mL do álcool para 27 mL de água;

- No uso de água sanitária a 2%, observar sempre o prazo de validade e não

manter a embalagem aberta ou com furo na tampa, porque o cloro evapora e, em

diluição menor, perde sua função desinfetante.

No caso de haver derramamento de material biológico, efetuar a limpeza segundo o

procedimento descrito abaixo, utilizando os EPIs necessários:

Usar luvas resistentes, avental e proteção facial e respirador devido ao

cloro;

Proteger os calçados com material impermeável descartável.

- Identificar o local imediatamente com um alerta de RISCO e isolar;

- Cobrir completamente a área de derramamento com material absorvente e aplicar

solução concentrada de Hipoclorito de Sódio a 2%;

- Usar material absorvente descartável (toalhas de papel, compressas de gaze)

para absorver o derramamento. Se o volume derramado for grande, pode ser

usado absorvente granulado para absorver o líquido;

- Absorver a maior parte do líquido antes da limpeza;

- Após 30 minutos, iniciar o procedimento de limpeza:

Enxaguar o local do derramamento com água, a fim de remover

produtos químicos nocivos ou odores;

Secar o local para prevenir escorregões.

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Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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- Importante:

Se houver vidros quebrados ou outros fragmentos rígidos, recolher os

mesmos utilizando pinças ou pás de lixo plásticas, que devem ser

descartadas juntamente com os fragmentos recolhidos para um recipiente

apropriado (caixa de descarte de perfurocortantes), à prova de

perfurações;

Se houver risco de formação de aerossóis, ex: quebra de tubo em

centrífuga, o equipamento deverá ficar fechado durante pelo menos meia

hora, a fim de permitir a deposição das gotículas formadas antes de iniciar

a descontaminação;

Todo o material descartável utilizado neste procedimento deve ser

encaminhado para a descontaminação antes do descarte.

2.5 Descarte de Materiais Contaminados e Perfurocortantes

a) Agulhas, seringas, tubos quebrados, tubos contendo material biológico devem

ser desprezados em recipientes de paredes rígidas com tampa (latas de leite em

pó ou similares podem ser utilizadas) e sinalizadas como “INFECTANTE” ou em

caixas coletoras próprias para material infectante, conforme Figura 3, atendendo

as determinações da NR 32.

Figura 3 – Modelos de caixas coletoras de material perfurocortante.

b) Papéis contaminados, luvas, gaze, algodão e outros, devem ser recolhidos em

lixeiras com tampa, de preferência com pedal, contendo saco para lixo específico

para material infectante (cor branca leitosa).

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Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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2.6 Precauções Especiais

- A coleta deve ser realizada de acordo com os procedimentos corretos e deve ser

designada a funcionários competentes e treinados;

- Os tubos contendo as amostras e os formulários de requisição de exame levarão

um rótulo assinalando “risco de infecção” ou outro alerta semelhante;

- Trabalhar com atenção para evitar acidentes: com agulhas, escalpes ou qualquer

outro instrumento perfurocortante; ao manusear ou limpar instrumentos usados;

ao descartar agulhas usadas;

- Não recapear agulhas usadas; não remover agulhas usadas de seringas

descartáveis; não entortar, quebrar ou realizar manipulação com agulhas usadas.

- Para o descarte, colocar seringas, agulhas, lâminas ou qualquer outro instrumento

cortante em recipiente resistente à perfuração. Colocar o recipiente o mais

próximo possível da área de trabalho.

- Ter precauções especiais no manejo do resíduo hospitalar proveniente de

laboratórios de microbiologia e no manejo de espécimes contendo sangue ou

hemoderivados. O resíduo infectante deve ser autoclavado para descarte.

2.7 Boas práticas em relação no uso de centrífuga

Quando se usa uma centrífuga, partículas infecciosas podem ser projetadas.

Empregando-se a técnica correta de centrifugação, utilizando porta-tubo e tubos de

ensaio fechados, há proteção contra aerossóis infecciosos e contra dispersão de

partículas infecciosas.

Se possível, utilizar centrífugas com tampa anti-aerossol.

- Para se ter segurança no uso de centrífuga é necessário o seu perfeito

desempenho mecânico;

- Operar a centrífuga de acordo com as instruções do fabricante;

- Colocá-la em tal nível, que tanto os funcionários de baixa ou de alta estatura

possam visualizar o seu interior;

- Os portas-tubo devem ter pesos correspondentes e devem ser equilibrados

corretamente; os tubos não balanceados quebram e lançam estilhaços, aerossóis

e gotículas de amostra;

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Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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- Equilibrar o peso dos tubos, utilizando com tubo com água, se necessário;

- Ligar o equipamento somente quando a tampa estiver devidamente travada;

- Para desacelerar, usar apenas o controle de freio da centrífuga, nunca a mão.

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PARTE III – AMOSTRAS

SUMÁRIO 1 DOCUMENTOS.......................................................................................... 14

1.1 Fichas de Notificação ...................................................................................14

1.2 Boletim de Produção Ambulatorial Individualizado BPA-I ............................14

1.3 Cadastro no Sistema Gerenciador de Ambiente Laboratorial – GAL ...........14

2 COLETA..................................................................................................... 15

2.1 Sangue.........................................................................................................15

2.2 Secreções ....................................................................................................16

2.3 Outros Materiais ...........................................................................................21

2.4 Fezes ...........................................................................................................33

3 ACONDICIONAMENTO E CONSERVAÇÃO DAS AMOSTRAS .............. 35 4 TRANSPORTE........................................................................................... 37 5 CRITÉRIOS PARA REJEIÇÃO DAS AMOSTRAS.................................... 40

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Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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1 DOCUMENTOS

Os documentos necessários para cada exame estão relacionados na Parte IV junto

às informações específicas para cada exame.

1.1 Fichas de Notificação

As Fichas de Notificação, sempre que necessárias, deverão ser encaminhadas com

todos os campos devidamente preenchidos.

1.2 Boletim de Produção Ambulatorial Individualizado BPA-I

Os Boletins de Produção Ambulatorial Individualizado BPA-I deverão ser

encaminhados com todos os campos devidamente preenchidos, sem rasuras, e

acompanhar os seguintes exames:

- Contagem de Linfócitos CD4/CD8;

- Quantificação de Carga Viral de HIV;

- Teste Quantitativo do Vírus da Hepatite C – HCV;

- Teste de Genotipagem da Hepatite C – HCV;

1.3 Cadastro no Sistema Gerenciador de Ambiente Laboratorial – GAL

- Cadastrar no Sistema GAL todos os exames, antes de enviar ao Lacen/PR,

conforme orientações do Manual do Usuário do GAL;

- Preencher os dados do Sinan;

- Preencher todos os campos da requisição, mesmo que não sejam

obrigatórios;

- Fornecer os dados clínicos do paciente, substituindo assim o envio de

requisições e outros documentos;

- Imprimir o relatório dos exames a serem encaminhados e enviar com as

requisições e amostras.

Importante: Somente as amostras para Contagem de Linfócitos

CD4/CD8 e para Quantificação de Carga Viral de HIV não deverão ser

cadastradas no GAL.

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Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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2 COLETA

2.1 Sangue

a) Realizar os seguintes procedimentos antes de iniciar a coleta: lavar as mãos,

colocar luvas, identificar os tubos, encaixar a agulha na seringa com o auxílio de

uma pinça, inspecionar a ponta da agulha (não deve estar rombuda ou torta) e

mover o êmbolo da seringa. Para coleta a vácuo, rosquear a agulha no suporte

com o auxílio de uma pinça;

b) Colocar o torniquete (garrote) para que as veias fiquem mais salientes;

c) Inspecionar as veias cuidadosamente e verificar a mais adequada para a

punção;

d) Fazer a assepsia do local com algodão embebido em álcool 70%; em seguida,

puncionar a veia e coletar o sangue;

Para coleta a vácuo, cuidar para não retirar o tubo enquanto houver

vácuo, para que a quantidade de sangue produza a quantidade de

soro ou plasma necessário;

A pressão do torniquete não deve ser mantida mais que 60

segundos, porque produz aumentos na concentração de células

sanguíneas;

e) Colocar o sangue, contido na seringa, cuidadosamente nos tubos próprios,

deixando escorrer suavemente pela parede interna do tubo;

Para coleta à vácuo, o sangue deverá ser mantido nos tubos

próprios para os exames.

Obtenção de soro e/ou plasma

a) colocar luvas;

b) abrir a centrífuga e colocar os tubos com o sangue nas “caçapas”, tomando o

cuidado de equilibrá-los;

c) fechar a tampa da centrífuga, marcar 3000 a 4000 RPM e ligar por 5 minutos;

Para os exames de biologia molecular observar o tempo e a

rotação da centrífuga conforme descrito em cada exame.

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Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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d) Não abrir a tampa da centrífuga antes de parar totalmente de rodar e nem tentar

parar com a mão ou instrumentos. Recomenda-se não abrir a centrífuga

imediatamente após parar, devido à formação de aerossóis que podem ser

infectantes, por isto, deve-se esperar alguns minutos para que as partículas

sedimentem;

e) Retirar os tubos das caçapas com auxílio de uma pinça e colocar em estante

própria;

f) Verificar o aspecto da amostra. O soro ou plasma deve estar livre de resíduos de

hemácias. Se o soro estiver fortemente hemolisado ou lipêmico, nova coleta deve

ser providenciada;

g) Transferir o soro ou plasma obtido para o tubo correspondente, previamente

identificado, com auxílio de pipeta plástica tipo Pasteur descartável ou pipeta;

2.2 Secreções

2.2.1 Pesquisa de Streptococcus pyogenes (Estreptococos do grupo A):

a) Orofaringe:

- Em local bem iluminado, pedir para o paciente engolir a saliva.

- Coletar o exsudato tonsilofaringeano com auxílio de um abaixador de língua e um

swab estéril. Friccionar firmemente o swab contra a parede posterior da faringe do

paciente e em seguida, friccionar a tonsila direita e esquerda, especialmente sobre

áreas com pus.

- Retirar o swab evitando tocar na úvula, língua ou lábios para evitar contaminação

da amostra com micro-organismos da microbiota oral normal.

b) Feridas secas:

- Lavar bem a ferida com solução fisiológica, remover a crosta com bisturi e proceder

à coleta com swab estéril, friccionando firmemente o centro da lesão.

c) Feridas úmidas/Abscessos:

- Lavar bem a ferida com solução fisiológica, remover a crosta com bisturi e proceder

à coleta do exsudato com auxílio de seringa e agulha estéril.

d) Secreção de material cirúrgico:

- A coleta deve ser realizada pelo médico, durante o procedimento de debridamento

cirúrgico (utilizar a secreção entre as fáscias musculares).

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Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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2.2.2 Pesquisa de Corynebacterium diphtheriae (Difteria):

a) Orofaringe:

- Introduzir o swab estéril sobre as superfícies das tonsilas, úvula e regiões

adjacentes. Tomar o cuidado de não desprender a pseudomembrana quando

presente.

b) Nasofaringe:

- Introduzir o swab nas fossas nasais anteriores, fazendo com que o algodão entre

em contato com a superfície da mucosa nasal. Girar continuamente o swab durante

a coleta.

c) Lesões cutâneas:

- Lavar previamente a ferida ou úlcera com soro fisiológico. Umedecer o swab em

soro fisiológico estéril e pressionar o mesmo contra a base das lesões.

2.2.3 Pesquisa de Bordetella pertussis (Coqueluche):

a) Nasofaringe:

- Observar as bordas do orifício nasal quanto à presença de fissuras ou crostas.

- Coletar o material introduzindo um swab de algodão, alginatado estéril de haste

flexível, na cavidade nasal o mais profundamente possível, e produzir movimentos

giratórios suaves, retornar o swab e friccionar sobre as lesões do nariz, se

existentes.

2.2.4 Pesquisa de vírus respiratórios

a) Aspirado de nasofaringe (ANF)

A coleta de ANF é um processo indolor podendo apenas provocar lacrimejamento

reflexo. O coletor de muco (plástico) descartável é recomendado para obtenção do

espécime. A aspiração pode ser realizada com bomba aspiradora portátil.

Este material é coletado somente pelas Unidades Sentinelas do Ministério da Saúde.

Material necessário:

- Bomba de aspiração portátil;

- Coletor plástico descartável de secreções (Fornecido pelo Lacen/PR);

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Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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- Meio de transporte viral – MTV (Fornecido pelo Lacen/PR);

- EPIs: avental, gorro, óculos, luvas e máscara tipo respirador para partículas N95

ou PFF2.

Procedimento de coleta, conforme figura 4:

a) Inserir a sonda através da narina até atingir a região da nasofaringe quando

então o vácuo é aplicado aspirando a secreção para o interior do coletor.

O vácuo deve ser colocado após a sonda localizar-se na

nasofaringe, uma vez que, se no momento da introdução da sonda

houver vácuo, poderá ocorrer lesão da mucosa.

b) Realizar o procedimento em ambas as narinas, mantendo movimentação da

sonda para evitar que haja pressão diretamente sobre a mucosa provocando

sangramento.

c) Alternar a coleta nas duas fossas nasais até obter um volume suficiente,

aproximadamente 1 mL de ANF.

d) Após a coleta, aspirar o MTV (previamente descongelado e em temperatura

ambiente) para dentro do coletor plástico de secreções, descartável;

a) Fechar o frasco e identificá-lo com etiqueta em letra de forma ou etiqueta do GAL

com código de barras.

Figura 4 – Esquema para coleta de material de ANF

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b) Swabs combinados (nasal/orofaringe)

Material necessário para a coleta swabs combinados (nasal/orofaringe) - 3 swabs de Rayon (Fornecidas pelo Lacen/PR)

- Meio de transporte viral – MTV (Fornecido pelo Lacen/PR)

- EPIs: avental, gorro, óculos, luvas e máscara tipo respirador para partículas

N95 ou PFF2. Importante:

A técnica de coleta de amostras por meio de swab combinado de nasofaringe

e orofaringe deve ser realizada exclusivamente com swab de rayon.

Os swabs de rayon devem ser estéreis e com alças de plásticos, não devendo

ser usados swabs com hastes de madeira e alginato de cálcio.

Não deverá ser utilizado swab de algodão, pois o mesmo interfere nas

metodologias moleculares utilizadas.

Procedimento de coleta, conforme figura 5:

Para o procedimento de coleta deve-se examinar a fossa nasal do paciente com o

intuito de verificar a presença de secreções e a posição do corneto inferior e médio.

A inspeção é feita deslocando-se a ponta do nariz para cima com o dedo polegar e

inclinando-se a cabeça do paciente para trás. Pedir para o paciente assuar (limpar) o

nariz caso haja secreções.

- O objetivo do swab é colher um esfregaço de células e não secreções nasais.

a) Introduzir o swab na cavidade nasal do paciente (cerca de 5 cm), direcionando-o

para cima (direção dos olhos), com uma angulação de 30 a 45º em relação ao lábio

superior.

- Certificar-se que o estilete ultrapassou o corneto inferior, atingindo o meato

médio. Após a introdução, esfregar o swab com movimentos circulares delicados,

pressionando-o contra a parede lateral do nariz (em direção à orelha do paciente).

b) Coletar amostras de ambas as narinas e da orofaringe utilizando um swab para

cada sitio, ou seja, coletar três amostras por paciente com três swabs diferentes.

c) Após a coleta, acondicionar os três swabs no mesmo frasco contendo o MTV

previamente descongelado e que deve estar em temperatura ambiente.

d) Cortar o excesso das hastes dos swabs.

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e) Tampar o frasco contendo os swabs e identificar com uma etiqueta em letra de

forma ou etiqueta do GAL com código de barras.

f) Descartar corretamente como resíduos do GRUPO A1;

Importante:

Os tubos ou os “bronquinhos” contendo as amostras devem ser protegidos de

vazamentos: acondicionar em recipientes plásticos com tampa de rosca.

Colocar na posição vertical em recipientes que garantam esta posição até a

chegada ao Lacen/PR.

O material genético viral é extremamente lábil e, portanto, facilmente

degradado pelo manuseio inapropriado ou pela demora em seu

processamento.

Figura 5 – Esquema para coleta de material de Swabs combinados

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2.3 Outros Materiais

2.3.1 Pesquisa de micoses superficiais, cutâneas e profundas

a) Raspado de Pele

- Raspar várias escamas de pele das bordas da lesão utilizando lâminas de bisturi,

coletar em placa de Petri estéreis ou entre duas lâminas de vidro estéreis (figura 6).

Figura 6 - Coleta de amostra para exame micológico.

b) Couro cabeludo e pelos

- Coletar amostras de regiões afetadas como áreas depiladas, ou em cabelos

partidos e sem brilho; ou ainda locais com descamação com auxílio de lâminas de

bisturi, cureta ou pinça e colocar em placas de Petri estéreis ou entre duas lâminas

de vidro.

c) Unha:

- Desinfetar o local de coleta com álcool a 70%, raspar a região entre a porção

doente e a porção sadia de uma unha com uma lâmina ou bisturi e desprezar as

primeiras escamas, recolhendo o restante para uma placa de Petri estéril ou entre

duas lâminas de vidro estéreis.

d) Lesões cutâneas ulceradas:

- Fazer biópsia, sempre que possível o bordo da lesão e sob condições assépticas

retirar o fragmento e colocá-lo em frasco contendo solução salina ou água destilada

estéril.

e) Lesões cutâneas não ulceradas:

- Desinfetar o local com álcool 70% embebido em gaze. Secar espontaneamente.

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- Raspar os bordos da lesão com lâmina de bisturi para uma placa de Petri estéril ou

entre duas lâminas de vidro estéreis.

f) Medula óssea:

- Colher assepticamente em ambiente hospitalar, aspirando 0,5 ml em seringa

heparinizada estéril. Girar bem a seringa para misturar bem o material com o

anticoagulante.

g) Sangue:

Coletar em frasco aeróbio de hemocultura automatizado, observando o volume

indicado nas orientações de hemocultura

h) Urina:

Lavar rigorosamente os genitais externos com água e sabão. Enxaguar bem, colher,

desprezando o 1º jato e em seguida, coletar o jato intermediário em frasco estéril,

desprezando o último jato.

i) Abscessos e fístulas:

Material proveniente de secreção:

Aspirar com uso de agulha e seringa descartáveis; caso o material seja muito

viscoso ou granuloso, injetar previamente no local pequena quantidade de

solução salina estéril;

Material proveniente de lesões fistuladas:

Aspirar com seringa sem agulha, ou com swab de algodão, que deverá ser

acondicionado em tubo estéril em volume suficiente para recobrir a ponta do

swab, evitando-se dissecação (em salina estéril).

2.3.2 Pesquisa de Mycobacterium leprae (Hanseníase)

Linfa

Locais de coleta:

a) Preconizado: lóbulos de orelha direita e esquerda, cotovelos direito e esquerdo;

b) A critério médico: joelhos direito e esquerdo, borda e centro das lesões.

Volume: Boa quantidade (equivalente a 1 gota)

Número de Amostras: 04 para cada paciente ou a critério médico

Preparo do paciente: Explicar o procedimento de coleta a ser realizado.

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Técnica de coleta:

- Orientar o paciente sobre o procedimento de coleta;

- Fazer assepsia do local a ser coletado com álcool a 70%;

- Com auxilio de uma pinça de Kelli curva, fazer uma boa isquemia para impedir o

fluxo de sangue;

- Com auxílio de um bisturi nº 15, realizar um corte de aproximadamente 5 mm de

comprimento por 3 mm de profundidade (figura 7);

- Com o lado não cortante da lâmina, raspar o bordo interno do corte obtendo boa

quantidade de material (1 gota);

Figura 7 – Coleta de Linfa para pesquisa de Hanseníase

- Transferir o raspado para lâmina de vidro bem limpa e nova, previamente

identificada com lápis ponta de vídea ou com ponta de diamante;

- Espalhar o material com a parte plana do bisturi em movimentos circulares a fim

de obter um esfregaço uniforme abrangendo uma área de 5 a 7 mm de diâmetro;

- Os 4 esfregaços serão colocados um ao lado do outro com a distância de 1 cm

na seqüência da coleta do material. Cada lâmina deverá ter, no máximo, 4

esfregaços, sendo 1 de cada local de coleta do paciente, devidamente identificados

(figura 8);

Figura 8 - Distribuição padrão dos esfregaços na lâmina

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- Os esfregaços não devem conter sangue, para não ocorrer interferência no

exame microscópico;

- Para o mesmo paciente, usa-se a mesma lâmina e bisturi após limpá-la com

álcool e passá-la em chama;

- Deixar os esfregaços secarem à temperatura ambiente. Em seguida, passar a

lâmina na chama, por três vezes rapidamente, observando para que a face em que

se encontram os esfregaços fique para cima (fixação);

- Usar sempre lâmina e bisturi novos a cada paciente;

- A incisão feita no paciente deve ser coberta com um curativo estéril (bege).

2.3.3 Pesquisa de Mycobacterium tuberculosis (Tuberculose)

Escarro

Orientações para coleta de escarro – 1ª e 2ª Amostras, conforme figuras 09 e 10.

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Figura 9 - Orientações para coleta de escarro – 1ª Amostra

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Figura 10 - Orientações para coleta de escarro – 2ª Amostra

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2.3.4 Pesquisa de Malária e Doença de Chagas

Técnica de confecção da Gota Espessa para pesquisa de Malária e Doença

de Chagas, conforme figura 11.

Figura 11 – Técnica de confecção de gota espessa

Procedimentos:

- Trabalhar sobre superfície plana horizontal.

- Preencher os dados do paciente estabelecidos no formulário.

- Usar duas lâminas (ver modelos na figura 12), colocar uma lâmina sobre uma

superfície plana, sendo o manuseio pelas extremidades sem tocar as superfícies. De

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preferência, a lâmina deve estar com etiqueta auto-adesiva para o registro da

identificação ou usar lâmina com extremidade esmerilhada (fosca).

Pode ser feito em qualquer dos dedos da mão, lóbulo da orelha ou

em lactentes o dedo grande do pé ou o calcanhar. com gaze ou

algodão embebido de álcool e enxugar com gaze ou algodão.

- Limpar vigorosamente a pele do local de punção (parte lateral);

- Retirar o estilete do envoltório estéril, segurando-o com a mão esquerda (ou a de

melhor posição para quem for executar a punção), puncionar o local de maneira

firme e leve.

- Remover a primeira gota de sangue com gaze ou algodão seco;

- Comprimir o dedo suavemente para obter outra gota de sangue esférica sobre a

pele seca;

- Segurando a lâmina firmemente pelas bordas numa das extremidades contra o

indicador (que está comprimindo o dedo do paciente) baixa-se lentamente a lâmina

até tocar o alto da gota de sangue (sem entrar em contato com a pele do paciente).

Se a quantidade de sangue for insuficiente, pode-se colocar outra

gota ao lado;

- Colocar a lâmina com a face para cima na superfície de trabalho. Com o canto e os

primeiros 5mm da borda longa da segunda lâmina, espalhar o sangue formando um

retângulo de tamanho e espessura adequados;

- Tomar outra amostra, colocar ao lado da primeira e espalhar da mesma maneira;

As gotas espessas devem ser localizadas na parte central da

lâmina.

- Limpar o local puncionado com gaze ou algodão secos, se necessário pressionar.

- Secar com fluxo de ar com ventilador ou com um pedaço de cartão, ar morno, caixa

com lâmpada, estufa, ou sob o próprio quebra-luz com suporte para secagem de

lâminas recém-colhidas ou coradas.

- Em lugar da segunda gota espessa pode-se colocar uma gota de sangue e fazer um

esfregaço sanguíneo (extensão).

Obs.: Não registrar o número da lâmina na própria amostra de sangue.

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Figura 12 – Modelos de lâminas usadas na microscopia da malária

2.3.5 Pesquisa de meningites e meningococcemias

Líquor

A coleta é realizada pelo médico;

Utilizar os kits, para meningite e meningococcemia, fornecidos pelo Lacen/PR;

Importante: Não romper os lacres dos frascos que serão enviados ao

Lacen/PR para evitar contaminação das amostras, seja durante a

coleta, transporte ou processamento da amostra de LCR.

Kit para Meningite Bacteriana

Este kit é composto de:

01 Frasco de Ágar Chocolate;

02 Frascos vazios estéreis;

02 Lâminas em portas-lâmina.

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Envelope - Frente Envelope - Verso Composição do Kit

Figura 13 - Kit para Meningite Bacteriana

Importante: A data de validade está no rótulo de cada frasco.

Não usar após o vencimento.

Frasco de Ágar Chocolate

- Armazenar os meios de cultura Ágar Chocolate, antes de serem utilizados, em

geladeira (2 a 8 ºC);

- Manter sempre um kit à temperatura ambiente, de fácil acesso, para poder usar

imediatamente, quando necessário;

- Levantar o lacre central do frasco e fazer assepsia da tampa de borracha

friccionando com algodão umedecido em álcool a 70 %, por um minuto;

- Injetar 2 a 3 gotas de líquor no frasco de Ágar Chocolate, com seringa, após a

assepsia da tampa de borracha;

- Colocar no fundo da lata de alumínio ou em jarra para CO2, o frasco de Ágar

Chocolate semeado, tantos quantos couberem no fundo;

Para obter atmosfera de CO2 poderá utilizar lata de alumínio ou

jarra para CO2. Colocar um pequeno chumaço de algodão

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umedecido com água e uma pequena vela no fundo da lata ou

jarra;

Atear fogo na vela e fechar imediatamente a lata de alumínio ou

a jarra para CO2, com a vela ainda acesa;

- Incubar a jarra fechada em estufa a 35°/36° C, por 24/48 horas;

- Enviar o frasco de Ágar Chocolate ao Lacen/PR, unidade Guatupê, em caixa de

isopor à temperatura ambiente.

Frascos Vazios Estéreis

Frasco 1 - Para laboratório local

- Fazer assepsia da tampa de borracha;

- Com auxilio de seringa, injetar 1 a 2 ml de líquor no frasco vazio estéril;

- Enviar imediatamente ao laboratório local para execução das Análises

Bacteriológica e Citoquímica (contagem de células com diferencial de leucócitos,

dosagem de glicose, proteína e cloretos);

Frasco 2 - Para envio ao Lacen/PR

- Fazer assepsia da tampa de borracha (SEM ROMPER O LACRE);

- Com auxilio de seringa, injetar 1 a 2ml de líquor no frasco vazio estéril;

- Enviar ao Lacen/PR, unidade Guatupê, em caixa de isopor com gelo reciclável

para Análise Bacteriológica e Látex.

Lâminas para coloração de Gram - 02 Lâminas em portas-lâmina

- Fazer esfregaço de líquor nas 02 lâminas;

- Identificar;

- Lâmina 1 - esfregaço seco, sem corar;

- Lâmina 2 - esfregaço corado pelo Gram (esta deve ser a mesma lâmina lida no

Laboratório Local);

- Colocar as 02 lâminas em Porta-lâmina;

- Usar 01 porta-lâmina por paciente;

- Enviar ao Lacen/PR, unidade Guatupê, na caixa de isopor junto com o Ágar

Chocolate, em temperatura ambiente.

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Kit para Meningococcemia

Este kit é composto de:

01 Frasco vazio estéril para soro – Látex;

01 Frasco para Hemocultura Automatizado, Pediátrico (tampa amarela) ou

Adulto (tampa azul ou verde). Utilizar para pacientes com quadro hemorrágico (petéquias, sufusões, equimoses e lesões)

Assegurar todos os itens do kit de meningite bacteriana e acrescentar os itens do

kit de meningococcemia (antes da antibioticoterapia).

Envelope Frente Envelope Verso Composição do Kit

Figura 14 - Kit para Meningococcemia

Importante: A data de validade está no rótulo de cada frasco.

Não usar após o vencimento.

Coleta de Sangue para Hemocultura Automatizada

- Remover a parte central do lacre do frasco de hemocultura e fazer assepsia da

tampa de borracha friccionando com algodão umedecido em álcool a 70%, por um

minuto;

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- Coletar o sangue com seringa e agulha estéreis, sem anticoagulante;

Independente de o paciente ser adulto ou criança, seguir a

orientação abaixo:

PESO (Kg) VOLUME DE SANGUE (mL)

< 4,0 1,0

4,0 a 13,0 3,0

13,0 a 25,0 5,0

Acima de 25,0 10,0

Para até 5,0 mL de sangue usar o frasco de Hemocultura

Automatizada Pediátrico (tampa amarela);

Acima de 5,0mL de sangue usar o frasco de Hemocultura

Automatizada Adulto (tampa azul ou verde).

- Após a coleta manter o frasco em Temperatura Ambiente. NÃO INCUBAR;

- Enviar ao Lacen/PR, o mais breve possível, no máximo em 48 horas, em caixa de

isopor à temperatura ambiente, dentro da embalagem individual (saco plástico) do

Kit para Meningococcemia.

Coleta de Sangue para Obtenção do Soro para Látex

- Coletar aproximadamente 5mL de sangue em tubo sem anticoagulante; - Deixar retrair o coágulo e centrifugar;

- Fazer assepsia na tampa de borracha do frasco vazio estéril com álcool a 70% (SEM

ROMPER O LACRE);

- Retirar, com seringa, 1 a 2 mL de soro do tubo centrifugado e injetar no frasco vazio

estéril;

- Enviar ao Lacen/PR em caixa de isopor com gelo reciclável.

2.4 Fezes

2.4.1 Para pesquisa de Enterobactérias Patogênicas

A amostra deve ser coletada de preferência no início do quadro diarréico e antes da

antibioticoterapia.

Page 38: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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a) Fezes “in natura” para cultura: coletar de 1 a 2 gramas de fezes (equivalente a 1

colher de sobremesa) em frasco limpo, seco, de boca larga e com tampa de

rosca; enviar ao Lacen/PR até 1 hora após a coleta à temperatura ambiente;

b) Swab fecal em Cary-Blair: coletar de 1 a 2g de fezes em frasco limpo e seco.

Mergulhar o swab no frasco contendo as fezes, dando preferência às partes

mucopurulentas e com sangue e a seguir introduzir no meio de Cary-Blair, de

modo a não deixar sobras de material na superfície do meio. Manter em

temperatura ambiente em até 24h após esse prazo refrigerar entre 2 a 8ºC pelo

prazo máximo de 48 horas.

c) Swab retal em Cary-Blair; introduzir o swab no reto, fazendo movimentos

rotatórios suaves por alguns segundos e introduzir no meio de Cary-Blair. Fechar

firmemente o frasco. Manter em temperatura ambiente em até 24h após esse

prazo refrigerar entre 2 a 8ºC pelo prazo máximo de 48 horas.

2.4.2 Para pesquisa de vírus

a) Fezes (in natura) - sem meio de transporte.

- Fraldas:

- Fezes sólidas: coletar com espátula e colocar no frasco coletor.

- Fezes líquidas: utilizar compressa cirúrgica entre a criança e a fralda. Com esse

procedimento as fezes ficam armazenadas na compressa, após acondicioná-la no

frasco.

b) Swab retal – em casos de óbito

Acondicionar em frasco de tampa de rosca. Refrigerar entre 2 a 8 °C por até 72

horas. Após este prazo, congelar a -20 °C

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3 ACONDICIONAMENTO E CONSERVAÇÃO DAS AMOSTRAS

- O armazenamento das amostras deve observar o tempo especificado em condições

que garantam estabilidade das propriedades e repetição do exame;

- Evitar congelamentos e descongelamentos consecutivos;

- A qualidade do espécime clínico é de suma importância para o sucesso da análise.

O material genético viral é extremamente lábil e, portanto, facilmente degradado pelo

manuseio inapropriado ou pela demora em seu processamento. - As amostras deverão ser identificadas individualmente com o nome completo do

paciente e o local de procedência, o exame a ser realizado e a data da coleta;

Importante: As etiquetas devem ser colocadas de forma a não ocultar

o nível do volume da amostra contida e não cobrir o código de barras

da etiqueta;

- Enviar uma amostra para cada exame a ser realizado, com volume adequado, de

forma a evitar manuseio da amostra dentro do Lacen/PR;

Somente serão aceitas amostras agrupadas, conforme planilhas a seguir:

AGRUPAMENTO - BIOLOGIA MOLECULAR/PCR

1 microtubo – 1,5 mL de plasma. Hepatite C - Quantitativa

1 microtubo – 1,5 mL de plasma. Hepatite C - Genotipagem

1 microtubo – 1,5 mL de plasma. Hepatite B - Quantitativa

2 microtubos – 1,5 mL de plasma em cada

microtubo. Carga Viral de HIV

Herpes simplex vírus tipo 1 (HSV-1)

Varicela zoster (VZV)

Epstein Barr virus (EBV)

Citomegalovirus (CMV)

1 microtubo – 1,5 mL de plasma.

Herpes Vírus Humano tipo 6 (HHV-6)

Outros materiais clínicos (exceto sangue). Mycobacterium tuberculosis

1 tubo coleta à vácuo – sangue total

colhido EDTA

Mycobacterium avium

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AGRUPAMENTO – SOROLOGIA

Tubo único Febre Amarela

Tubo único Raiva – Soro-neutralização

Tubo único Dengue – Sorologia

Tubo único Isolamento Viral, NS1– enviar tubo único e na mesma requisição

incluir o pedido para Isolamento Viral e NS1.

Tubo único Febre Maculosa – 1ª amostra – início dos sintomas

Tubo único Febre Maculosa – 2ª amostra – após 14 dias do início dos

sintomas

Sarampo

Rubéola Tubo único Exantemáticas

Parvovírus B19

Tubo único Citomegalovírus

Tubo único Herpes

Tubo único Caxumba

Tubo único Varicela

Tubo único Mononucleose/Epstein Barr

Leptospirose Tubo único

Hantavírus

Tubo único Chagas

Tubo único Leishmaniose

Tubo único Toxoplasmose

Tubo único Cisticercose

Tubo único Sífilis

Tubo único HIV

Tubo único Hepatites (A.,B e C)

Tubo único HTLV

Tubo único Doença de Lyme

Tubo único Esquistossomose

Tubo único Toxocaríase

Tubo único Brucelose

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4 TRANSPORTE

- Antes de acondicionar os materiais para o transporte ao Lacen/PR, conferir se as

amostras e as requisições do GAL estão de acordo com o protocolo estabelecido

por este manual para cada exame;

- Certifique-se de que os recipientes estão bem fechados e que não há vazamento

de conteúdo;

- Colocar os tubos ou frascos, contendo o material biológico, dentro de saco ou

pote plástico, na posição vertical, antes de colocar na caixa de isopor (figura 15);

- Colocar amostras de fezes em sacos plásticos individuais;

- Colocar amostras de secreções respiratórias em caixa de isopor separadas das

demais amostras;

- Colocar gelo reciclável em quantidade que envolva completamente a embalagem

que contenha as amostras;

Importante: A caixa de isopor deverá conter quantidade de gelo seco

ou reciclável compatível com a quantidade de material que estiver

sendo enviado.

- Completar com papel amassado ou flocos de isopor os espaços vazios, a fim de

evitar a quebra da embalagem que contém as amostras;

- Acondicionar as requisições e outros documentos em saco plástico separado.

Não enrolar ao redor dos tubos.

- Fechar o saco plástico contendo as requisições e fixá-lo na parte interna da

tampa da caixa de isopor;

- Fechar e vedar bem a caixa;

- Identificar com destinatário, com o endereço abaixo:

Laboratório Central do Estado do Paraná (LACEN/PR)

Rua: Sebastiana Santana Fraga, 1001 CEP:83060-500 Guatupê - São José dos Pinhais – Paraná Telefone (41) 3299 – 3200 FAX: (41) 3299 – 3204

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Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Figura 15 – Acondicionamento das amostras para o transporte

Colocar em dois lados opostos da caixa externa as seguintes informações:

ESTE LADO PARA CIMA

CUIDADO FRÁGIL

- Amostras para pesquisa de Brucelose deverão ser enviadas para o seguinte

endereço:

Lacen – Fronteira Rua Santos Dumont, 460 Centro – Foz do Iguaçu – Paraná CEP: 85.851-040

Telefones: (45) 3545-7147 / 7148 / 7149 / 7150 Fax: (45) 3545-7138

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Importante:

a) Enviar materiais de rotina até, no máximo, quinta-feira;

b) O horário de atendimento da Seção de Gerenciamento de Amostras da

Divisão dos Laboratórios de Epidemiologia e Controle de Doenças será das

8:00 horas às 15:00 horas, de segunda à sexta-feira;

c) Enviar na sexta-feira somente casos de emergência como, por exemplo,

pesquisa de meningites. Nestes casos comunicar o laboratório sobre o envio;

d) Não enviar material através de transportadoras. Nos finais de semana o

Lacen/PR não mantém serviço de plantão de motorista;

e) Aos sábados, domingos e feriados haverá expediente para atender os

exames de urgência, com ênfase no diagnóstico de meningites;

f) Sempre que houver eventos considerados de emergência em saúde pública,

o Lacen/PR manterá atendimento para receber amostras e realizar os exames

em esquema de plantões;

g) Os materiais para Carga Viral para HIV e Contagem de CD4/CD8 deverão

obedecer às datas já estabelecidas para cada local.

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Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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5 CRITÉRIOS PARA REJEIÇÃO DAS AMOSTRAS

- Amostras não cadastradas no GAL;

- Amostras não identificadas;

- Amostras com identificação inadequada:

Amostra identificada somente com as iniciais;

Amostra identificada com números;

Amostra com identificação diferente da requisição;

Outras que não identifiquem completamente;

Exceção: Quando a amostra primária (líquido cefalorraquidiano, biópsia,

etc.) for insubstituível ou crítica, o Lacen poderá realizar o exame, no

entanto, não irá liberar o resultado até que o médico requisitante ou

pessoa responsável pela coleta da amostra primária assuma a

responsabilidade pela identificação e recebimento da amostra, ou pelo

fornecimento de informações ou por tudo isto. Esta responsabilização

deverá ser por escrito com assinatura.

- Amostras com armazenamento inadequado quanto à temperatura:

Hemocultura em temperatura imprópria;

Amostras com gelo em quantidade insuficiente.

- Amostra enviada em meio de transporte impróprio para o material enviado;

- Amostra de soro com hemólise;

- Amostra de soro turva caracterizando lipemia;

- Amostra de soro turva caracterizando contaminação bacteriana ou fúngica;

- Amostra com volume insuficiente para os exames solicitados;

- Amostra de Líquor com hemólise decorrente de acidente de punção;

- Amostra de secreção respiratória na mesma caixa das demais amostras;

- Amostras vazadas;

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PARTE IV – DOENÇAS PESQUISADAS Para solicitação no GAL consultar as orientações específicas para cada doença

pesquisada neste manual, dentro de: Laboratório / Seção / Serviço onde os

exames são realizados.

Doença / Agente pesquisado / Exame Laboratório / Seção / Serviço

Ácido Delta Amino Levunílico – Dosagem Laboratório de Apoio

Bactérias – Identificação Bacteriologia

Botulismo Referência Nacional

Brucelose Lacen – Fronteira

Caxumba (Parotidite Infecciosa) Virologia

Chumbo – Pesquisa Laboratório de Apoio

Cisticercose Referência Nacional

Citomegalovírus – Pesquisa do Vírus Biologia Molecular

Citomegalovírus – Sorologia Virologia

Cólera Bacteriologia

Colinesterase – Dosagem Laboratório de Apoio

Contagem de CD4 / CD8/CD3/CD45 (Contagem de linfócitos T) Imunologia

Coqueluche Bacteriologia

Criptococose Micologia

Dengue – Sorologia – NS1 – Isolamento Viral Virologia

Difteria Bacteriologia

Doença de Chagas – Sorologia Imunologia

Doença de Chagas Aguda – Parasitoscópico Parasitologia

Doença de Lyme Centro Colaborador

Doença Priônica: enfoque na Doença de Creutzfeldt Jakob (DCJ) Centro Colaborador

Doenças Diarréicas Agudas – DDA – Bacterianas Bacteriologia

Doenças Diarréicas Agudas - Virais Virologia

Enterovírus Referência Nacional

Eritema Infeccioso (Parvovírus B19) – Sorologia Virologia

Esquistossomose – Sorologia Referência Nacional

Febre Amarela – Isolamento Viral Virologia

Febre Amarela – Sorologia Referência Nacional

Febre Maculosa – Sorologia Virologia

Page 46: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Doença / Agente pesquisado / Exame Laboratório / Seção / Serviço

Febre Tifóide Bacteriologia

Filariose Parasitologia

Hanseníase – Controle de Qualidade Baciloscópica CQ Hanseníase

Hantavírus – Sorologia Virologia

Hemocultura Bacteriologia

Hepatite B - Pesquisa Quantitativa do DNA do HBV Biologia Molecular

Hepatite C - Genotipagem do HCV Biologia Molecular

Hepatite C - Pesquisa Quantitativa do RNA do HCV Biologia Molecular

Hepatites Virais A, B, C – Sorologia Imunologia

Hepatites Virais D, E – Sorologia Referência Nacional

Herpes Simples vírus tipo 1 e/ou tipo 2 – Pesquisa dos vírus Biologia Molecular

Herpes Simples vírus tipo 1 e/ou tipo 2 – Sorologia Virologia

Herpes vírus Humano tipo 6 (HHV-6) – Pesquisa do vírus Biologia Molecular

Hidatidose Referência Nacional

Histoplasmose e Aspergilose Referência Nacional

HIV - I/II – Sorologia Imunologia

HIV-1 – Carga Viral Biologia Molecular

HTLV I/II Imunologia

Infecções Estreptocócicas. Bacteriologia

Influenza Biologia Molecular

Leishmaniose Tegumentar Americana – LTA Parasitologia

Leishmaniose Visceral Humana – LVH Referência Nacional

Leptospirose Humana Virologia

Malária – Revisão e Controle de Qualidade CQ Malária

Meningite Bacteriana / Meningococcemia Bacteriologia

Meningite Viral (Echovírus e Coxsackievírus) Biologia Molecular

Mercúrio – Pesquisa Laboratório de Apoio

Micoses Superficiais e Cutâneas Micologia

Mononucleose – Pesquisa de Epstein-Barr vírus Biologia Molecular

Mononucleose – sorologia Virologia

Mycobacterium tuberculosis e Mycobacterium avium Biologia Molecular

Paracoccidioicomicose Micologia

Poliomielite Referência Nacional

Raiva - Titulação de anticorpos antirrábicos Referência Nacional

Raiva Animal Virologia

Page 47: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Doença / Agente pesquisado / Exame Laboratório / Seção / Serviço

Raiva Humana Virologia

Resistência Bacteriana Bacteriologia

Rubéola Virologia

Sarampo Virologia

Sífilis Imunologia

Toxocaríase Centro Colaborador

Toxoplasmose Imunologia

Tuberculose Bacteriologia

Tuberculose – Controle de Qualidade Baciloscópica CQ – Tuberculose

Varicela zoster vírus – Pesquisa do vírus Biologia Molecular

Varicela zoster vírus – Sorologia Virologia

Vírus Respiratórios – Para Monitoramento Biologia Molecular

Vírus Respiratórios – Para Unidades Sentinela/MS Virologia

Elaborado e revisado por:

Carla Simone Felippe

Flavia Kasumi Shibata

Nelson Fernando Qualio Marques

Rebeca Priscila Milano Hella

Page 48: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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BACTERIOLOGIA

SUMÁRIO

1 Cólera......................................................................................................... 45

2 Coqueluche ................................................................................................ 47

3 Difteria ........................................................................................................ 50

4 Doenças Diarreicas Agudas – DDA – Bacterianas..................................... 52

5 Febre Tifóide .............................................................................................. 54

6 Hemocultura ............................................................................................... 57

7 Identificação de Bactérias ......................................................................... 60

8 Infecções Estreptocócicas.......................................................................... 62

9 Meningite Bacteriana / Meningoccemia...................................................... 66

10 Resistência Bacteriana............................................................................... 69

11 Tuberculose................................................................................................ 71

Page 49: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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1 CÓLERA

Solicitação no GAL: Cólera Etiologia:

Vibrio cholerae O1, biotipo clássico ou El Tor (sorotipos Inaba, Ogawa ou Hikogima)

toxigênico e, também, o O139.

Documentos requeridos:

Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínico/laboratoriais;

Critérios para realização do exame:

Casos de diarréia com manifestações clínicas e epidemiológicas.

Material: Fezes

Volume: 2 a 3 mL de fezes ou 2 g

Número de amostras: 2 amostras em swabs retais ou fecais

Período da coleta:

Fase aguda da doença (até o 2º dia após o início dos sintomas) e antes da

administração de antibióticos.

Convalescentes: coletar um volume maior de fezes (5 a 10 g) em três etapas com

intervalos de 48 horas.

Preparo do paciente: Não Aplicável

Coleta da amostra:

a) Swab fecal: coletar as fezes em recipiente limpo; imergir os dois swab

bacteriológicos nas fezes (dando preferência aos elementos de aparência

Page 50: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

Página 46 de 236

patológica como muco, sangue, pus, membrana, etc.) introduzir os swabs em

meio de transporte e conservação (Cary-Blair).

b) Swab retal: umedecer previamente o swab na ampola retal (2 cm além do

esfíncter anal), comprimindo-o em movimentos rotatórios suaves, por toda a

extensão parietal.

Acondicionamento e conservação da amostra:

O material coletado deve permanecer totalmente imerso no meio Cary-Blair à

temperatura ambiente, em frasco vedado e protegido da luz.

Manter em até 24 horas, em temperatura ambiente. Após essa prazo refrigerar entre

2 e 8 ºC pelo prazo máximo de 48 horas.

O tempo entre coleta e processamento não deve ultrapassar 72 horas.

Transporte: Em caixa de isopor com gelo reciclável.

Metodologia: Bacterioscopia, cultura e teste de sensibilidade a antimicrobianos.

Prazo para resultado: 7 dias

Elaborado e revisado por:

Sonia Maria de Souza Santos Farah

Page 51: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

Página 47 de 236

2 COQUELUCHE

Solicitação no GAL: Coqueluche Etiologia: Bordetella pertussis

Documentos requeridos:

a) Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e

de dados clínico/laboratoriais.

b) Sinan – Ficha de Investigação do Agravo, com todos os campos preenchidos.

Critérios para realização do exame:

a) Caso suspeito: Todo indivíduo independente da idade e estado vacinal, que

apresente tosse seca há 14 dias ou mais, associada a: tosse súbita incontrolável,

guincho inspiratório, vômito pós-tosse, ou com história de contato com caso

confirmado como coqueluche.

b) Comunicantes: Pessoas expostas a um caso de coqueluche confirmado, entre o

início do período catarral até 3 semanas após o início do período paroxístico da

doença (período de transmissibilidade).

Comunicantes adultos e idosos que residam com menores de 1 ano de idade e

indivíduos imunodeprimidos devem ser considerados. Material:

Secreção nasofaríngea (per nasal profunda), até a parte posterior da nasofaringe

(epitélio respiratório ciliado)

Volume: Não se aplica

Número de Amostras: 1 amostra nasofaríngea profunda.

Page 52: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Coleta da amostra:

a) Retirar um tubo de transporte Reagan Lowe – R.L. com antibiótico da geladeira

30 minutos antes da coleta (deve estar à temperatura ambiente);

b) Introduzir o swab em uma das narinas, até encontrar resistência na parede

posterior da nasofaringe;

c) Manter o swab em contato com a nasofaringe por 10 segundos realizando

movimentos rotatórios lentos, 5 para um lado e 5 para o outro lado;

d) Retirar o swab do orifício nasal, introduzir no tubo R.L. e semear a superfície

inclinada do meio fazendo movimentos de ziguezague, no sentido de baixo para

cima.

e) Após a semeadura, introduzir o swab no meio R.L. até a metade e manter dentro

do tubo para o envio;

f) Identificar o tubo com nome, data e indicar se o paciente é um caso suspeito ou

comunicante.

Período de coleta:

a) Caso suspeito: Coletar o material durante a fase aguda da doença (fase

catarral), 1 a 4 semanas após o início dos sintomas.

b) Comunicantes: Coletar o material do comunicante com tosse.

Importante: A coleta deve ser realizada antes do início da

antibioticoterapia ou, no máximo, após 3 dias de sua instituição.

Preparo do paciente: Não se aplica

Acondicionamento e conservação da amostra:

As amostras clínicas, acondicionadas no meio R.L. devem ser encaminhadas ao

Lacen/PR, imediatamente após a coleta. Na impossibilidade do envio imediato,

pré-incubar os tubos em estufa bacteriológica 35/37°C por no máximo 48 horas, e

logo após enviar as amostras ao Lacen/PR.

Page 53: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Transporte:

Em caixa de isopor à temperatura ambiente. Se a temperatura local for superior a 35

°C recomenda-se enviar em caixa de isopor, com gelo reciclável. Usar essa opção

apenas para amostras pré-incubadas.

Metodologia: Cultura seletiva para Bordetella pertussis.

Prazo para resultado: 20 dias

Elaborado e revisado por:

Rosângela Stadnick Lauth de Almeida Torres

Page 54: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

Página 50 de 236

3 DIFTERIA

Solicitação no GAL: Difteria Etiologia: Corynebacterium diphtheriae.

Documentos requeridos:

a) Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínico/laboratoriais.

b) Sinan – Ficha de Investigação do Agravo, com todos os campos preenchidos.

Critérios para realização do exame:

Caso suspeito de difteria: paciente com ou sem febre, presença de placas

acinzentadas sobre as tonsilas (pseudomembrana) e que apresente estado geral

característico para toxicidade.

Material: Exsudato de orofaringe, nasofaringe e lesão cutânea

Importante: Amostras de exsudato de nasofaringe e lesões devem ser

coletadas principalmente de pacientes convalescentes e contatos –

discriminar se o material é de doente, controle de convalescente ou

comunicante.

Número de amostras:

1 swab para orofaringe

1 swab para nasofaringe

1 swab para lesões

Período de coleta: Antes da antibioticoterapia

Acondicionamento e conservação da amostra:

Meio de transporte Stuart. Fixar os tubos na parede interna da caixa de isopor, para

mantê-los na posição vertical. Manter à temperatura ambiente.

Page 55: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Transporte:

Encaminhar o mais rápido possível ao Lacen/PR, em caixa de isopor à temperatura

ambiente, em no máximo 24 horas após a coleta.

Metodologia:

a) Bacterioscopia

b) Cultura

c) Pesquisa de exotoxina por Imunodifusão Radial (IDR)

Prazo para resultado: 20 dias

Elaborado e revisado por:

Rosângela Stadnick Lauth de Almeida Torres

Page 56: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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4 DOENÇAS DIARREICAS AGUDAS – DDA – BACTERIANAS

Solicitação no GAL: Coprocultura Etiologia

Os mais freqüentes:

a) Salmonella spp.

b) Shigella spp.

c) Aeromonas spp.

d) Escherichia coli enteropatogênica (EPEC), enteroinvasora (EIEC)

e) Campylobacter jejuni

Documentos requeridos:

Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínico/laboratoriais.

Critérios para realização do exame:

Importante na vigência de surtos para orientar as medidas de controle. Solicitar

orientações da equipe de vigilância epidemiológica do município.

Material: Fezes

Volume:

a) Pastosas ou sólidas: aproximadamente 2 g

b) Líquidas: 2 a 3 mL

Número de Amostras: 1

Período de coleta:

O mais precoce possível, na fase aguda, e antes do tratamento com antibióticos.

Preparo do paciente: Não aplicável

Page 57: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Acondicionamento e conservação da amostra:

- O material coletado deve ser recolhido com swab e imerso em meio de transporte

Cary-Blair, de modo a não deixar sobras de material na superfície do meio.

- Manter à temperatura ambiente em até 24 horas. Após esse prazo refrigerar entre 2

a 8 ºC em no máximo 48 horas.

- O tempo entre coleta e processamento não deve ultrapassar 72 horas.

Transporte: Em caixa de isopor com gelo reciclável.

Metodologia: Bacterioscopia, cultura e teste de sensibilidade a antimicrobianos.

Prazo para resultado: 7 dias

Elaborado e revisado por:

Sonia Maria de Souza Santos Farah

Page 58: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

Página 54 de 236

5 FEBRE TIFÓIDE

Solicitação no GAL: Febre Tifóide Etiologia: Salmonella Typhi.

Documentos requeridos:

Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínico/laboratoriais;

Critérios para realização do exame:

Febre alta, cefaléia, mal-estar, anorexia, bradicardia relativa (dissociação pulso-

temperatura, conhecida como sinal de Faget) esplenomegalia, manchas rosadas no

tronco (roséola tífica), obstipação intestinal ou diarréia e tosse seca

Material:

Fases clínicas:

a) 1ª fase: sangue

b) 2ª fase: fezes

Podem ser também utilizado, alternativamente, coágulos de sangue, conteúdo

duodenal, urina e petéquias. Volume:

a) Sangue:

- Adultos: 20 mL - dividir em duas alíquotas para inoculação em 2 frascos

(adulto) de meio de cultura.

- Crianças: coletar de acordo com o peso, conforme a tabela a seguir:

Page 59: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Semeadura Peso

(kg)

Volume

(ml) Aeróbio Anaeróbio

< 4 01* X

4-13 03* X

13-25 10 X X

> 25 20 X X

* O volume de sangue coletado deve ser inoculado em um frasco de meio de

cultura pediátrico.

Importante: A relação sangue/meio de cultura deve ser de 10 %.

b) Fezes:

- Pastosas ou sólidas: aproximadamente 2 g

- Líquidas: 2 a 3 mL

Número de Amostras:

a) Sangue: 2 amostras na fase aguda da doença com coleta simultânea nos dois

braços.

b) Fezes: 1 amostra

Período de coleta: a) 1ª fase: sangue - 1ª semana da doença

b) 2ª fase: fezes - 2ª à 5ª semana da doença

- Na urina, a positividade é usualmente obtida após a 3ª semana;

- Hemocultura: apresenta maior possibilidade de isolamento nas 2 semanas

iniciais da doença;

- Coprocultura: apresenta maior possibilidade de isolamento a partir da 2ª até a 5ª

semana da doença;

- Em caso de isolamento de bactéria patogênica, repetir a coleta após 5 dias do

término da antibioticoterapia.

- Portadores e manipuladores de alimentos: coletar 3 amostras de fezes com

intervalo de 48 horas;

Page 60: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Preparo do paciente: Não aplicável

Acondicionamento e conservação da amostra:

a) Sangue:

- Em frasco contendo meio para hemocultura automatizado – adulto/pediátrico

(fornecido pelo Lacen/PR). Manter à temperatura ambiente e encaminhar o mais

rápido possível ao Lacen/PR, de preferência no prazo máximo de 24 horas após a

coleta. Nunca refrigerar os frascos.

b) Fezes:

- Imerso em meio de transporte Cary Blair. Manter à temperatura ambiente em até 24

horas; após esse prazo refrigerar entre 2 a 8 ºC pelo prazo máximo de 48 horas.

O tempo entre coleta e processamento não deve ultrapassar 72 horas.

Transporte:

a) Sangue: Em caixa de isopor à temperatura ambiente.

b) Fezes: Em caixa de isopor com gelo reciclável.

Metodologia: Hemocultura, coprocultura e teste de sensibilidade a antimicrobianos.

Prazo para resultado:

a) Hemocultura – 10 dias

b) Coprocultura – 7 dias

Observação:

A Reação de Widal, recomendada para a segunda fase da doença, não é realizada

no Lacen/PR.

Elaborado e revisado por:

Sonia Maria de Souza Santos Farah

Page 61: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

Página 57 de 236

6 HEMOCULTURA

Solicitação no GAL: Hemocultura 1ª amostra ou 2ª amostra Etiologia:

Principais agentes:

a) Bactérias Gram positivas: Staphylococcus aureus, Staphylococcus coagulase

negativa, Enterococcus spp, Streptococcus spp;

b) Bactérias Gram negativas: Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Salmonella

spp, Enterobacter spp, Pseudomonas aeruginosa, Neisseria meningitidis.

Documentos requeridos:

Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínico/laboratoriais.

Critérios para realização do exame:

Quadro clínico compatível com sepsis; febre de origem desconhecida; diagnostico

diferencial de síndromes febris.

Material: Sangue

Cuidados na coleta:

a) Fazer assepsia da tampa do frasco de hemocultura friccionando o algodão

embebido em álcool 70% por 1 minuto;

b) Coletar o sangue e inocular no frasco de hemocultura correspondente;

c) Agitar delicadamente o frasco;

d) Não é recomendada a técnica de coleta através de cateteres ou cânulas

quando for possível utilizar punções venosas;

e) Identificar os frascos com o nome do paciente, data e hora da coleta e via de

coleta (cateter ou sangue periférico)

Page 62: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Volume:

Adultos: 20 mL - dividir em duas alíquotas para inoculação em 2 frascos de meio de

cultura: aeróbio e anaeróbio.

- Crianças: coletar de acordo com o peso, conforme a tabela abaixo:

* O volume de sangue coletado deve ser inoculado em um frasco de meio de cultura

pediátrico.

Número de Amostras:

No mínimo, duas amostras e em braços diferentes e sem intervalo de tempo. O

intervalo entre as amostras seguintes varia de acordo com a suspeita clínica,

gravidade e necessidade de antibioticoterapia imediata, podendo variar de 15

minutos entre cada amostra, até horas ou dias.

Uma só punção pode oferecer uma menor chance de isolamento do agente e

dificulta a interpretação de eventual contaminante.

Período de coleta:

Antes da administração de medicamentos e de preferência, momentos antes do pico

febril.

Preparo do paciente: Não aplicável.

Acondicionamento e conservação da amostra:

Em frasco contendo meio para hemocultura automatizado – adulto/pediátrico

(fornecido pelo Lacen/PR). Manter à temperatura ambiente e encaminhar o mais

Semeadura Peso

(kg)

Volume

(ml) Aeróbio Anaeróbio

< 4 01* X

4-13 03* X

13-25 10 X X

> 25 20 X X

Page 63: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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rápido possível ao Lacen/PR, de preferência no prazo máximo de 24 horas após a

coleta. Nunca refrigerar os frascos.

Transporte: Em caixa de isopor à temperatura ambiente.

Metodologia:

Cultura para Aeróbios e Anaeróbios

Teste de Sensibilidade a Antimicrobianos

Prazo de entrega: 10 dias

Elaborado e revisado por:

Sonia Maria de Souza Santos Farah

Page 64: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

Página 60 de 236

7 IDENTIFICAÇÃO DE BACTÉRIAS ATÍPICAS

Solicitação no GAL: Identificação Bacteriana - Confirmação Etiologia: Bactérias de difícil identificação

Documentos requeridos:

a) Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e

de dados clínico/laboratoriais.

b) Laudo do laboratório de origem ou descrição dos dados do isolado no campo

observação do GAL.

Critérios para realização do exame:

Isolado de materiais de sítios originalmente estéreis (Ex.: hemocultura com duas ou

mais amostras positivas; líquor; líquido pleural; líquido pericárdico, etc.) ou por

critério clínico com evidência clara de infecção.

Material:

Isolados bacterianos clinicamente significativos, puros, em meio sólido ou em meio

de conservação (ex.: TSA, BHI com sangue, Skim-Milk), hemocultura positiva que

não apresentam crescimento nos meios comuns (enviar o frasco). Volume: Não se aplica

Número de Amostras: 1 Período de Coleta: Não se aplica

Preparo do paciente: Não se aplica

Acondicionamento e conservação da amostra:

Page 65: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Placas de cultura vedadas ou tubos com tampa de rosca. Manter em até 24 horas, à

temperatura ambiente. Após este prazo refrigerar entre 2 a 8 °C.

Transporte: Em caixa de isopor à temperatura ambiente.

Metodologia:

Provas bioquímicas – Automação ou Sequenciamento genético do rDNA.

Prazo de entrega: 45 dias

Elaborado e revisado por:

Lavínia Nery Villa Stangler Arend

Marcelo Pilonetto

Page 66: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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8 INFECÇÕES ESTREPTOCÓCICAS

- Faringite, Febre Reumática, Escarlatina e outras doenças estreptocócicas.

Solicitação no GAL: Cultura para identificação de Estreptococos Beta Hemolíticos

Etiologia: Streptococcus pyogenes (Estreptococos Beta Hemolítico do grupo A)

Documentos requeridos:

Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínico/laboratoriais - definir se doente ou contactante. Se for contactante,

informar se o contato foi familiar, escolar ou hospitalar.

Critérios para realização do exame:

Pacientes que apresentar clínica de: faringite, escarlatina, febre reumática,

piodermite, pústulas de varicela infectada, glomerulonefrite aguda, pneumonia,

meningite, otite, bacteriemia, fasciíte necrosante, choque tóxico estreptocócico.

O exame será realizado para elucidação diagnóstica e caracterização de surtos.

Amostras clínicas devem ser coletadas do doente e de indivíduos assintomáticos

(contatos) familiares/escolares de pacientes com Febre reumática e contatos

familiares/escolares/hospitalares de pacientes com doença invasiva estreptocócica.

Material:

a) Exsudato tonsilofaringeano e secreção nasal (Faringite, Febre Reumática,

Glomérulo nefrite aguda e Escarlatina e contatos de pacientes com doenças

invasivas).

b) Outras Secreções: Feridas, abscessos, pústula infectada, biopsias, material

cirúrgico (Piodermite, pústula de varicela infectada e Fasciíte necrosante)

c) Sangue, Líquido cefalorraquidiano (líquor) e lavado bronco alveolar (Pneumonia,

Meningite, Fasciíte necrosante, Bacteriemia, Sepsis e Choque Tóxico

Estreptocócico).

Page 67: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Volume:

a) Exsudato tonsilofaringeano e secreções em geral e biópsias – material coletado

no swab.

b) Sangue:

- Adultos: 20 mL - dividir em duas alíquotas para inoculação em 2 frascos de

meio de cultura: aeróbio e anaeróbio

- Crianças: coletar de acordo com o peso, conforme a tabela a seguir:

Semeadura Peso

(kg)

Volume

(ml) Aeróbio Anaeróbio

< 4 01* X

4-13 03* X

13-25 10 X X

> 25 20 X X

* O volume de sangue coletado deve ser inoculado em um frasco de meio de

cultura pediátrico.

c) Líquor: 1 a 2 mL

Número de Amostras:

a) Exsudato tonsilofaringeano e secreção nasal: 1 swab coletado da orofaringe e 1

swab coletado da nasofaringe

b) Para os outros materiais – 1 amostra de cada tipo

Período de coleta:

a) Na fase aguda da doença, antes da introdução da antibioticoterapia.

b) Surto/Epidemia: coletar amostras de orofaringe e de feridas de pacientes

sintomáticos e assintomáticos (contatos familiares/escolares/hospitalares);

c) Controle de tratamento: coletar 10 dias após a primeira dose de antibiótico.

Page 68: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Acondicionamento e conservação da amostra:

a) Exsudato tonsilofaringeano e secreções em geral:

- O swab contendo o material biológico deve ser introduzido em meio de transporte

Stuart e enviado para o Lacen/PR no período de até 24 horas à temperatura

ambiente.

- Secreções coletadas com seringa e agulha devem ser depositadas em frasco

estéril e enviadas ao Lacen/PR no prazo de 2 horas.

- Para conservar a amostra por períodos mais prolongados, o material deve ser

mantido sob refrigeração entre 2 a 8 °C.

- Enviar ao Lacen/PR o mais breve possível. Acondicionar os tubos com meio de

Stuart/frascos estéreis contendo a amostra biológica, na posição vertical em caixa

de isopor.

b) Líquor:

- Colocar 1 a 2 mL de líquor no frasco estéril que acompanha o “kit. Meningite”.

Refrigerar entre 2 a 8 °C por até 24 horas.

- Semear líquor em ágar chocolate, fazendo assepsia da tampa friccionando

algodão embebido em álcool 70% por um minuto e inocular 2 a 3 gotas de líquor.

Incubar por até 24 a 48 horas a 36 ºC. Enviar ao Lacen/PR.

c) Sangue:

- Em frasco contendo meio para hemocultura automatizado – adulto/pediátrico

(fornecido pelo Lacen/PR). Manter à temperatura ambiente e encaminhar o

mais rápido possível ao Lacen/PR, de preferência no prazo máximo de 24 horas

após a coleta. Nunca refrigerar os frascos.

Importante: Cada envio de material deverá ser acompanhado da

ficha de cadastro do GAL. Se os materiais de um mesmo paciente

forem encaminhados em dias diferentes (como por ex. líquor para

látex em uma remessa e cultura em outra), deverá ser acompanhado

de uma cópia da ficha a fim de agrupar todos os materiais num

mesmo cadastro. Nunca enviar material sem ficha.

Page 69: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Transporte:

a) Exsudato tonsilofaringeano, secreções em geral e sangue: em caixa de isopor à

temperatura ambiente;

b) Líquor: em caixa de isopor com gelo reciclável;

c) Materiais que foram refrigerados deverão ser enviados em caixa de isopor com

gelo reciclável. Metodologia:

a) Bacterioscopia

b) Cultura para identificação de Estreptococos Beta Hemolíticos

c) Antibiograma

d) Tipagem Molecular

- Sequenciamento do gene emm (M- tipos)

- PFGE (eletroforese em campo Pulsado)

Prazo para resultado:

a) Bacterioscopia, Cultura e Antibiograma: 7 dias;

b) Tipagem Molecular: 30 dias

Elaborado e revisado por:

Rosângela Stadnick Lauth de Almeida Torres

Page 70: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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9 MENINGITE BACTERIANA / MENINGOCCEMIA

Solicitação no GAL: Meningite Bacteriana

*Na suspeita de Meningococcemia acrescentar Hemocultura

*Para pesquisa de meningites virais, solicitar a pesquisa, por PCR, do agente da

suspeita clínica.

Etiologia:

- Neisseria meningitidis do grupo A, B/E. coli, C, Y/W135

- Haemophilus influenzae b

- Streptococcus pneumoniae

- Bactérias Gram negativas

- Bactérias Gram positivas

- B.A.A. R e fungos.

Documentos requeridos

a) Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e

de dados clínicos/laboratoriais;

b) Ficha epidemiológica devidamente preenchida com os dados citoquímicos e

bacteriológicos da análise do líquido cefalorraquidiano – LCR (Líquor).

Critérios para realização do exame:

Quadro clínico grave, caracterizado por febre, cefaléia intensa, náusea, vômito,

rigidez de nuca, prostração e confusão mental, sinais de irritação meníngea,

podendo ser observadas petéquias.

A presença de alguns sinais clínicos pode sugerir a suspeita etiológica. É o caso da

N. meningitidis que, em alguns casos, é responsável pelos quadros de

meningococcemia com ou sem meningite, caracterizada por um exantema (rash)

principalmente nas extremidades do corpo.

As meningites tuberculosa e fúngica podem apresentar uma evolução mais lenta, de

semanas ou meses.

Page 71: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Material:

a) Líquido cefalorraquidiano – LCR (Líquor)

b) Soro: nos casos de suspeita de meningococcemia

c) Sangue: em caso de suspeita de Meningococcemia, coletar para hemocultura e

para obtenção de soro.

Volume:

a) Líquor: 1 a 2 mL

b) Soro: 2 mL

c) Sangue:

- Adultos: 10 mL - inoculação em 1 frasco de meio de hemocultura

automatizada adulto (tampa azul ou verde).

- Crianças: coletar de acordo com o peso, conforme a tabela a seguir:

* O volume de sangue coletado deve ser inoculado em um frasco de hemocultura

automatizada pediátrico (tampa amarela).

Número de amostras: 1

Período de coleta: Antes da antibioticoterapia.

Preparo do paciente: Não aplicável

Acondicionamento e conservação da amostra:

Importante: - Utilizar os kits, para meningite e meningococcemia,

fornecidos pelo Lacen/PR, seguir as orientações contidas na Parte III

deste manual, as quais também constam na embalagem do kit.

Peso (Kg) Volume de Sangue (mL)

<4,0 *1,0

4,0 a 13,0 *3,0

13,0 a 25,0 *5,0

Acima de 25,0 10,0

Page 72: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Após a coleta os materiais deverão ser conservados da seguinte forma:

a) Líquor no frasco estéril: Refrigerar entre 2 a 8 °C por até 24 horas.

b) Líquor semeado em ágar chocolate: Incubar por 24 a 48 horas a 36 ºC. Enviar ao

Lacen/PR em até 24 horas;

c) Lâmina: esfregaço corado pelo método de Gram.

d) Sangue inoculado em frasco de hemocultura automatizada: Manter à temperatura

ambiente e encaminhar o mais rápido possível ao Lacen/PR, de preferência no

prazo máximo de 24 horas após a coleta. Nunca refrigerar os frascos.

e) Soro: em tubo de poliestireno com tampa de cor amarela (fornecido pelo

Lacen/PR). Refrigerar entre 2 a 8 °C por até 72 horas. Após este prazo, congelar

a –20 °C.

Transporte:

a) Líquor: em caixa de isopor com gelo reciclável.

b) Ágar chocolate com líquor já incubado: em caixa de isopor em temperatura

ambiente;

c) Lâminas: dentro do porta-lâminas ou embrulhado com papel alumínio em caixa

de isopor à temperatura ambiente.

Metodologia:

a) Bacterioscopia, Cultura e Teste de Sensibilidade a Antimicrobianos

b) Látex (pesquisa de antígenos solúveis).

Prazo para resultado: 10 dias

Elaborado e revisado por:

Christian de Alencar Siebra

Page 73: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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10 RESISTÊNCIA BACTERIANA

Solicitação no GAL: Resistência Bacteriana

Etiologia: Bactérias multirresistentes

Documentos requeridos:

a) Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínico/laboratoriais.

b) Laudo do laboratório de origem ou descrição dos dados do isolado no campo

observação do GAL.

Critérios para realização do exame:

a) Isolamento de bactéria com perfil de resistência não usual ou de interesse

epidemiológico.

Material:

Isolados bacterianos clinicamente relevantes ou de interesse epidemiológico, puros,

em meio sólido ou meio líquido.

Volume: Não Aplicável

Número de amostras: 1

Período de coleta: Não Aplicável

Preparo do paciente: Não Aplicável

Acondicionamento e conservação da amostra:

a) Meio sólido: placa de cultura vedada.

b) Meio líquido: tubo com tampa de rosca bem vedada.

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Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Manter em até 24 horas, à temperatura ambiente. Após este prazo refrigerar entre 2

a 8 °C.

Transporte:

Em caixa de isopor à temperatura ambiente. Se refrigerado, enviar em caixa de

isopor com gelo reciclável.

Metodologia:

a) Cultura e Teste de Sensibilidade a Antimicrobianos

b) Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) “in house”

c) Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) em Tempo Real

Prazo para resultado: 15 dias

Elaborado e revisado por:

Lavínia Nery Villa Stangler Arend

Page 75: Manual de Coleta e Envio de Amostras

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11 TUBERCULOSE

Solicitação no Gal: Tuberculose – Baciloscopia, Tuberculose – Cultura, Tuberculose – Teste de Sensibilidade Etiologia: Mycobacterium tuberculosis e outras micobactérias.

Documentos requeridos:

Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínico/laboratoriais;

Critérios para realização do exame:

a) Baciloscopia – indicada para todos os sintomáticos respiratórios (indivíduo com

tosse e expectoração por 3 semanas e mais). Também utilizada para

acompanhar a evolução bacteriológica do paciente pulmonar, inicialmente

positivo, durante o tratamento. O controle bacteriológico deve ser de preferência

mensal e, obrigatoriamente, ao término do segundo, quarto e sexto mês de

tratamento.

b) Cultura de escarro ou outras secreções – indicada para suspeitos de tuberculose

pulmonar negativos ao exame direto do escarro, e para diagnóstico de formas

extrapulmonares com meninge, renal, pleural, óssea e ganglionar, e também para

diagnóstico de tuberculose em pacientes HIV positivos.

Importante: Nos casos de suspeita de infecção por micobactérias não-

tuberculosas, notadamente nos doentes HIV positivos ou com Aids,

além da cultura, deverá ser realizada a tipificação do bacilo.

c) Teste de Sensibilidade – TSA: indicada nos casos de suspeita de resistência

bacteriana à drogas, ou ao final do segundo mês de tratamento quando a

baciloscopia se mantém positiva, retratamento após falência ao esquema

básico ou reinício após abandono.

Page 76: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Material:

a) Lavado gástrico, lavado brônquico, sangue, urina, escarro, líquido

cefalorraquidiano – LCR (Líquor), líquidos (pleural, sinovial, peritoneal) biópsia e

secreções em geral.

b) Culturas para identificação e TSA:

- Identificação: Para micobactérias não causadoras de tuberculose são

necessárias duas ou mais amostras com cultura positiva proveniente de sítio

não estéril. Cada cultura deve conter mais de 10 (dez) colônias. A presença

de uma ou duas colônias na cultura não permite o diagnóstico, porque pode

significar apenas uma contaminação ambiental e não uma infecção real,

conforme Nota Técnica 2/2009-MS/FIOCRUZ/Centro de Referência Professor

Helio Fraga.

- Teste de Sensibilidade a Antimicrobianos – TSA: Será realizado quando houver

um crescimento acima de 10 (dez) colônias, conforme Manual Nacional de

Vigilância Laboratorial da Tuberculose e outras Micobactérias (2010).

Volume:

a) Lavado gástrico, lavado brônquico, secreções em geral e líquidos (peritoneal,

pleural, sinovial): mínimo de 2 mL;

b) Biópsias: a critério médico;

c) Sangue: 5mL a 10mL;

d) Escarro: 2 a 3 mL;

e) Líquor: 2 mL;

f) Urina: 20 a 30 mL da primeira micção da manhã (incluindo o primeiro jato); Número de Amostras:

a) Lavado gástrico, brônquico, biópsias, líquidos (peritoneal, pleural, sinovial) e

líquor: a critério médico;

b) Sangue e secreções: 2 a 3 amostras;

c) Escarro: 2 amostras em dias consecutivos;

d) Urina: 3 a 6 amostras em dias consecutivos.

Page 77: Manual de Coleta e Envio de Amostras

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Período de coleta: A critério médico

Preparo do paciente:

a) Lavado gástrico, lavado brônquico, líquidos (peritoneal, pleural, sinovial), líquor,

secreções em geral: procedimento realizado em paciente hospitalizado;

b) Biópsia: procedimento realizado pelo profissional médico.

c) Urina: lavar rigorosamente os genitais externos com água e sabão neutro.

Enxaguar bem e enxugar com pano limpo.

d) Escarro: a boca do paciente deverá estar limpa (bochecho com água) e sem

resíduos de alimentos. Acondicionamento e conservação da amostra:

a) Lavado gástrico, lavado brônquico, líquidos (peritoneal, pleural, sinovial), urina e

secreções em geral – em frasco estéril. Refrigerar entre 2 a 8 °C até o momento

do envio. Enviar ao Lacen/PR em até 24 horas. Não coletar em dias que não seja

possível obedecer este prazo.

Importante: Lavado gástrico: deve ser processado até 4 horas após a

coleta. Se não for possível, juntar carbonato de sódio a 10 % (partes

iguais) para neutralizar a ação do suco gástrico sobre o bacilo.

b) Biópsia: Em frasco estéril contendo salina estéril. Refrigerar entre 2 a 8 °C.

Enviar ao Lacen/PR em até 24 horas. Não coletar em dias que não seja possível

obedecer este prazo.

c) Escarro: Em frasco plástico descartável com tampa de rosca e boca larga.

Refrigerar entre 2 a 8 °C por até 7 dias. Proteger da luz. Importante: Colocar identificação no corpo do frasco;

d) Sangue: Em frasco contendo meio para hemocultura – MB (Mood Bottle)

acrescido de líquido de enriquecimento (sistema automatizado). Manter à

temperatura ambiente e encaminhar o mais rápido possível ao Lacen/PR, de

preferência no prazo máximo de até 24 horas após a coleta. Nunca refrigerar os

frascos. Não coletar em dias que não seja possível obedecer este prazo.

e) Líquor: Em frasco estéril, à temperatura ambiente e encaminhar o mais rápido

possível ao Lacen/PR, de preferência no prazo máximo de 24 horas após a

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Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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coleta. Nunca refrigerar os frascos. Não coletar em dias que não seja possível

obedecer este prazo.

f) Culturas para identificação e TSA – acondicionar os tubos, na posição vertical em

recipientes plásticos com tampa de rosca. Manter a temperatura ambiente. Enviar

o mais breve possível.

Transporte:

a) Lavado brônquico e gástrico, líquidos (peritoneal, pleural, sinovial), urina,

secreções em geral, biópsia, escarro: em caixa de isopor com gelo reciclável.

b) Sangue, líquor, culturas para identificação e TSA: em caixa de isopor à

temperatura ambiente.

Metodologia:

a) Baciloscopia

b) Cultura

c) Identificação da micobactéria e

d) Teste de Sensibilidade a Antimicrobianos – TSA Prazo para resultado:

a) Baciloscopia: 24 horas

b) Cultura: 45 dias

c) Teste de Sensibilidade: 45 dias a partir da cultura positiva

Elaborado e revisado por:

Andressa Sprada da Silva

Sonia Regina Brockelt

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Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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MICOLOGIA

SUMÁRIO

1 Micoses Sistêmicas.................................................................................. 76

1.1 Histoplasmose e Aspergilose .......................................................................77

1.2 Paracoccidioicomicose.................................................................................79

1.2.1 Pesquisa no soro ......................................................................................79

1.2.2 Pesquisa em outros materiais...................................................................80

1.3 Criptococose ................................................................................................83

2 Micoses superficiais e cutâneas............................................................. 86

Page 80: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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1 MICOSES SISTÊMICAS

Etiologia:

Paracoccidioides brasiliensis

Histoplasma capsulatum

Blastomyces dermatitides

Cryptococcus neoformans

Coccidioides immitis

Page 81: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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1.1 Histoplasmose e Aspergilose

Solicitação no GAL: Histoplasmose e Aspergilose Lacen/PR envia ao Laboratório de Referência Nacional – Fundação Oswaldo Cruz

(FIOCRUZ)/Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas.

Etiologia: Histoplasma capsulatum, Aspergillus sp

Documentos requeridos:

- Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínico/laboratoriais.

- Ficha do Laboratório de Referência Nacional em Micoses Sistêmicas (Enviar

preenchida juntamente com a amostra)

Critérios para realização de exame: Suspeita clínica

Material: Soro

Volume: 2 mL

Número de Amostras: A critério médico

Período de coleta: Não aplicável

Preparo do paciente: Jejum não obrigatório

Acondicionamento e conservação da amostra:

Em tubo de poliestireno com tampa de cor amarela (fornecido pelo Lacen/PR).

Refrigerar entre 2 a 8° C por até 72 horas. Após este prazo, congelar a –20 °C.

Importante: não usar amostras inativadas pelo calor.

Page 82: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Transporte: Em caixa de isopor com gelo reciclável.

Metodologia: Imunodifusão radial dupla (IRD)

Prazo para resultado: 30 dias

Elaborado e revisado por:

Andressa Sprada da Silva

Sonia Regina Brockelt

Page 83: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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1.2 Paracoccidioicomicose

Etiologia: Paracoccidioides brasiliensis

Documentos requeridos:

Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínico/laboratoriais.

Critérios para realização do exame: Suspeita clínica.

- Forma aguda/subaguda (tipo juvenil) – responsável por 3 a 5 % da doença.

Como principais características desta forma de micose, em ordem de freqüência,

destacam-se: presença de linfadenomegalia, manifestações digestivas,

hepatoesplenomegalia, envolvimento osteo-articular e lesões cutâneas.

- Forma crônica (tipo adulto) – responsável por 90 % da doença. As manifestações

pulmonares estão presentes em 90 % dos casos e, em cerca de 25 % deles o

pulmão pode ser o único órgão afetado.

- Forma sequelar: Por ser uma doença sistêmica cuja resposta consiste em

processo inflamatório granulomatoso, que resulta em fibrose. Pode ocorrer

alterações anatômicas e funcionais dos órgãos acometidos durante a doença,

particularmente os pulmões, adrenais e sistema nervoso central. Além dessas

seqüelas, o processo de fibrose decorrente do envolvimento de mucosas e pele

pode causar alterações crônicas da voz.

- Diagnóstico diferencial da tuberculose, histoplasmose, e coccidioicomicose.

1.2.1 Pesquisa no soro

Solicitação no GAL: Paracoccidioicomicose

Material: Soro

Volume: 2 mL

Número de amostras: A critério médico

Page 84: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Período de coleta: Após a suspeita do caso

Preparo do paciente: Jejum não obrigatório

Acondicionamento e conservação da amostra:

Em tubo de poliestireno com tampa de cor amarela (fornecido pelo Lacen/PR).

Refrigerar entre 2 a 8 °C por até 72 horas. Após este prazo, congelar a –20 °C.

Transporte: Em caixa de isopor com gelo reciclável

Metodologia: Imunodifusão radial dupla (IRD)

Prazo para resultado: 10 dias

1.2.2 Pesquisa em outros materiais

Solicitação no GAL: Fungos (especificar que a suspeita é de Paracoccidioidomicose). Material:

Escarro, lavado broncoalveolar, líquido cefalorraquidiano – LCR (Líquor), líquido

pleural, secreções e biópsia.

Volume:

a) Escarro: 2 a 5 mL

b) Líquor: 2 a 3 mL

c) Lavado brônquico, líquido pleural: 2 a 3 mL

d) Secreções em geral: 2 a 3 mL

e) Biópsia: Fragmento de tecido em salina estéril 0,85 %.

Número de Amostras:

a) Escarro: 3

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Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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b) Demais materiais: 1

Período de coleta:

a) Escarro: dias consecutivos

b) Demais materiais: a critério médico

Preparo do paciente:

Suspender a medicação antifúngica tópica ou sistêmica, se possível, por sete dias

antes da coleta.

Acondicionamento e conservação da amostra:

a) Escarro: em frasco estéril, descartável de boca larga e com tampa de rosca.

Refrigerar entre 2 a 8 °C até o momento do envio.

b) Líquor, lavado broncoalveolar, líquido pleural e secreções em geral: em frasco

estéril. Refrigerar entre 2 a 8 °C até o momento do envio.

c) Biópsia: em frasco estéril com solução salina. Refrigerar entre 2 a 8 °C até o

momento do envio.

Importante: Fechar devidamente os frascos a fim de evitar

vazamentos.

Transporte: Em caixa de isopor, com gelo reciclável.

Metodologia:

a) Direto a fresco

b) Cultura

Prazo para resultado:

a) Exame micológico direto e coloração: 3 dias

b) Cultura: 30 dias

Page 86: Manual de Coleta e Envio de Amostras

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Página 82 de 236

Elaborado e revisado por:

Andressa Sprada da Silva

Sonia Regina Brockelt

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Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

Página 83 de 236

1.3 Criptococose

Solicitação no GAL: Fungos

Etiologia: Cryptococcus spp

Material:

Líquido cefalorraquidiano – LCR (líquor), sangue (hemocultura), lavado

broncoalveolar, líquido pleural, secreções.

Documentos requeridos:

Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínico/laboratoriais.

Critérios para realização de exame: Suspeita clínica.

Volume:

a) Líquor: 2 a 3 mL

b) Lavado broncoalveolar, líquido pleural: 2 a 3 mL

c) Secreções em geral: 2 a 3 mL

d) Sangue:

- Adultos: 20mL (dividir em duas alíquotas para inoculação em 02 frascos de

meio de cultura).

- Crianças: coletar de acordo com o peso, conforme a tabela a seguir:

Peso (Kg) Volume de Sangue (mL)

<4,0 1,0*

4,0 a 13,0 3,0*

13,0 a 25,0 5,0

Acima de 25,0 10,0

* O volume de sangue coletado deve ser inoculado em um frasco de meio de

cultura pediátrico.

Page 88: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Número de Amostras:

a) Líquor: 1

b) Lavado broncoalveolar, líquido pleural: 1

c) Secreções em geral: 1

d) Sangue: A critério médico

Período de coleta: 7 dias após o término da medicação

Preparo do paciente:

Jejum não obrigatório; Suspender a medicação antifúngica tópica ou sistêmica, se

possível, por sete dias antes da coleta.

Acondicionamento e conservação da amostra:

c) Líquor: Em frasco estéril. Refrigerar entre 2 a 8 °C.

d) Sangue: Em frasco contendo meio para hemocultura automatizado –

adulto/pediátrico (fornecido pelo Lacen/PR). Manter a temperatura ambiente e

encaminhar o mais rápido possível ao Lacen/PR, de preferência no prazo

máximo de 24 horas após a coleta. Nunca refrigerar os frascos.

e) Lavado broncoalveolar, líquido pleural: em frasco estéril. Refrigerar entre 2 a 8 °C

f) Secreções em geral: em frasco estéril. Refrigerar entre 2 a 8 °C.

Transporte: Em caixa de isopor com gelo reciclável

Metodologia:

a) Micológico direto (Tinta da China)

b) Cultura

Prazo para resultado:

a) Exame micológico direto e coloração: 3 dias

b) Cultura: 30 dias

Page 89: Manual de Coleta e Envio de Amostras

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Elaborado e revisado por:

Andressa Sprada da Silva

Sonia Regina Brockelt

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2 MICOSES SUPERFICIAIS E CUTÂNEAS

Solicitação no GAL: Fungos Etiologia:

a) Superficiais: Microsporum sp, Trichoplyton sp, Piedraia sp, Malassezia furfur,

Epidermophyton flocosum e outros

b) Cutâneas: Microsporum sp, Trichophyton sp, Candida albicans, Cândida sp e

outros

c) Subcutâneas: Lobomicose, rinosporidiose, esporotricose, cromoblastomicose,

feohifomicose, etc

Documentos requeridos:

Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínico/laboratoriais.

Critérios para realização do exame: Suspeita clínica

Material:

Pele, couro cabeludo, pêlos, unha, lesão cutânea ulcerada e não ulcerada,

abscessos e fístulas.

Volume: A critério médico

Número de amostras: A critério médico.

Período de coleta: Sete dias após o término da medicação

Preparo do paciente:

Suspender a medicação antifúngica tópica ou sistêmica, se possível, por sete dias

antes da coleta.

Page 91: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Acondicionamento e conservação da amostra:

a) Pele, couro cabeludo, pêlos, unha, lesões cutâneas não ulceradas: em placa de

Petri e/ou lâminas lacradas com fita adesiva. Manter à temperatura ambiente.

b) Lesões cutâneas ulceradas, líquidos corporais: em frasco estéril lacrado com fita

adesiva. Manter à temperatura ambiente.

c) Abscessos e fístulas: em seringas de tubos estéreis lacradas com tampa de

borracha. Refrigerar entre 2 a 8 °C.

Transporte:

a) Pele, couro cabeludo, pêlos, unhas, lesões cutâneas e não ulceradas: em caixa

de isopor à temperatura ambiente;

b) Abscessos e fístulas: em caixa de isopor com gelo reciclável.

Metodologia:

a) Micológico direto: a fresco ou tinta da China;

b) Exames corados: Gram, Ziehl;

c) Cultura e identificação de fungos.

Prazo para resultado:

a) Exame micológico direto e coloração: 3 dias

b) Cultura: 30 dias

Elaborado e revisado por:

Andressa Sprada da Silva

Sonia Regina Brockelt

Page 92: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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BIOLOGIA MOLECULAR

SUMÁRIO

1 Citomegalovírus.......................................................................................... 89

2 Epstein-Barr vírus (EBV) ............................................................................ 91

3 Hepatite B - Pesquisa Quantitativa do DNA do Vírus do HBV.................... 93

4 Hepatite C - Genotipagem do Vírus da Hepatite C..................................... 95

5 Hepatite C - Pesquisa Quantitativa do RNA do HCV.................................. 97

6 Herpes simplex vírus tipo 1 (HSV-1) e/ou tipo 2 (HSV-2)........................... 99

7 Herpes vírus Humano tipo 6 (HHV-6)....................................................... 101

8 HIV-1 – Carga Viral .................................................................................. 103

9 Influenza .................................................................................................. 105

10 Meningite Viral (Echovírus e Coxsackievírus) .......................................... 108

11 Mycobacterium tuberculosis e Mycobacterium avium .............................. 110

12 Varicela zoster vírus (VZV)....................................................................... 112

13 Vírus Respiratórios ................................................................................... 114

Page 93: Manual de Coleta e Envio de Amostras

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1 CITOMEGALOVÍRUS

Solicitação no GAL: Pesquisa Qualitativa e/ou Quantitativa do DNA do Citomegalovírus Etiologia: Citomegalovírus (CMV)

Documentos requeridos:

Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínico/laboratoriais;

Critérios para realização do exame: Suspeita clínica

Material:

a) Plasma: Coletar 4 mL de sangue total com EDTA. Separar o plasma em até 2

horas após a coleta por centrifugação a 3500 RPM durante 15 minutos; b) Líquido cefalorraquidiano – LCR (Líquor); c) Outros: Para pesquisa desse agente em materiais como líquidos de derrames,

lavado brônquico, produtos de biópsia, medula óssea, esfregaços de orofaringe e

lesões, entrar em contato com a Seção de Biologia Molecular através do telefone

(41) 3299-3272. Volume:

a) Plasma: Mínimo1,5 mL

b) Líquor : 1 mL

Número de amostras: 1

Período de coleta: Não se aplica

Preparo do paciente: Jejum de 4 horas.

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Acondicionamento e conservação da amostra:

a) Plasma: Colocar o plasma obtido em microtubo com tampa de rosca (fornecido

pelo Lacen/PR). Refrigerar entre 2 a 8 °C até o momento do envio. Enviar ao

Lacen/PR em até 24 horas, preferencialmente no mesmo dia da coleta. Não

coletar em dias em que não seja possível obedecer este prazo.

b) Líquor: Em frasco estéril. Refrigerar entre 2 a 8 °C. Enviar ao Lacen/PR em até

24 horas, preferencialmente no mesmo dia da coleta. Não coletar em dias em

que não seja possível obedecer este prazo. Transporte: Em caixa de isopor com gelo reciclável

Metodologia:

a) Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) em tempo real – Curva padronizada

pelo painel Internacional da Optiquant (Acrometrix CA, USA), derivado de

amostra do padrão da OMS.

Sensibilidade: 10-500.000 copias/mL

Prazo para resultado: 20 dias

Elaborado e revisado por:

Luciana Cristina Fagundes Gequelin

Page 95: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

Página 91 de 236

2 EPSTEIN-BARR VÍRUS (EBV)

Solicitação no GAL: Pesquisa Qualitativa e/ou Quantitativa do DNA do Epstein-Barr vírus (EBV) Etiologia: Epstein-Barr vírus (EBV) ou Human herpesvirus tipo 4

Documentos requeridos:

Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínico/laboratoriais;

Critérios para realização do exame: Suspeita clínica.

Material:

a) Plasma. Coletar 4 mL de sangue total com EDTA. Separar o plasma em até 2

horas após a coleta por centrifugação a 3500 rpm durante 15 minutos b) Líquido cefalorraquidiano – LCR (Líquor) c) Outros: Para pesquisa desse agente em materiais como líquidos de derrames,

lavado brônquico, produtos de biópsia, medula óssea, esfregaços de orofaringe e

lesões, entrar em contato com a Seção de Biologia Molecular através do telefone

(41) 3299-3272. Volume:

a) Plasma: Mínimo de 1,5 mL

b) Líquor : 1 mL

Número de amostras: 1

Período de coleta: Não se aplica

Preparo do paciente: Jejum de 4 horas.

Page 96: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

Página 92 de 236

Acondicionamento e conservação da amostra:

a) Plasma: Colocar o plasma obtido em microtubo com tampa de rosca (fornecido

pelo Lacen/PR). Refrigerar entre 2 a 8 °C até o momento do envio. Enviar ao

Lacen/PR em até 24 horas, preferencialmente no mesmo dia da coleta. Não

coletar em dias que não seja possível obedecer este prazo.

b) Líquor: Em frasco estéril. Refrigerar entre 2 a 8 °C. Enviar ao Lacen/PR em até

24 horas, preferencialmente no mesmo dia da coleta. Não coletar em dias que

não seja possível obedecer este prazo. Transporte: Caixa de isopor com gelo reciclável.

Metodologia:

a) Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) em tempo real

b) Curva padronizada pelo painel Internacional da Optiquant (Acrometrix CA, USA),

derivado de amostra do padrão da OMS.

Sensibilidade: 88 - 446.000 cópias/mL

Prazo para resultado: 20 dias

Elaborado e revisado por:

Luciana Cristina Fagundes Gequelin

Page 97: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

Página 93 de 236

3 HEPATITE B - PESQUISA QUANTITATIVA DO DNA DO VÍRUS DO HBV

Solicitação no GAL: Hepatite B Quantitativo – Biologia Molecular Etiologia: Vírus da Hepatite B (HBV)

Código do exame: 021301020-8 Documentos requeridos:

a) Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínico/laboratoriais;

b) Uma via de Laudo Médico para Emissão de BPA-I devidamente preenchida com

carimbo e assinatura do médico requisitante.

Critérios para realização do exame:

O Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Tratamento da Hepatite Viral

Crônica B e Coinfecções (publicado em 2009) indica o método HBV-DNA

quantitativo:

a) Para pacientes em que o HbeAg não diferencia aqueles com ou sem replicação

significativa, sendo necessário o teste de carga viral;

b) No monitoramento clínico, para avaliar a resposta terapêutica;

c) Para avaliar o risco de desenvolvimento de dano hepático, o qual está

relacionado com os níveis da carga viral.

Material:

Plasma: Coletar 4 mL de sangue total com EDTA. Separar o plasma em até 2 horas

após a coleta por centrifugação a 3500 rpm durante 15 minutos. Volume: Mínimo de 1,5 mL de plasma.

Número de Amostras: 1

Page 98: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Período de Coleta: A critério médico

Critérios para a realização do teste:

O teste será realizado somente dos pacientes com o marcador sorológico positivo

para HbsAg e nos seguintes casos: pacientes que irão para tratamento, controle de

tratamento e transplante hepático.

Preparo do paciente: Jejum de 4 horas

Acondicionamento e conservação da amostra:

Colocar o plasma obtido em microtubo com tampa de rosca (fornecido pelo

Lacen/PR). Refrigerar entre 2 a 8 °C até o momento do envio. Enviar ao Lacen/PR

em até 24 horas, preferencialmente no mesmo dia da coleta. Não coletar em dias

em que não seja possível obedecer este prazo. Transporte: Em caixa de isopor, com bastante gelo reciclável.

Metodologia: Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) em Tempo Real.

Prazo para resultado: 20 dias

Elaborado e revisado por:

Erico Luis Costa Ludtk

Irina Nastassja Riediger

Sueli Massumi Nakatani

Page 99: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

Página 95 de 236

4 HEPATITE C - GENOTIPAGEM DO VÍRUS DA HEPATITE C

Solicitação no GAL: Hepatite C Genotipagem – Biologia Molecular Etiologia: Vírus da Hepatite C (VHC)

Código do exame: 020203021-0

Documentos requeridos:

a) Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínico/laboratoriais;

b) Uma via de Laudo Médico para Emissão de BPA-I devidamente preenchida com

carimbo e assinatura do médico requisitante.

Critérios para realização do exame:

a) A genotipagem complementa a avaliação clínico-laboratorial na definição da

estratégia de tratamento da hepatite crônica.

b) O Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Hepatite C e Coinfecções

(publicado em 18/07/2011) recomenda a realização do teste de genotipagem na

ocasião da confirmação do diagnóstico.

Material:

Plasma: Coletar 4 mL de sangue total com EDTA. Separar o plasma em até 2 horas

após a coleta por centrifugação a 3500 rpm durante 15 minutos.

Volume: Mínimo de 1,5 mL de plasma.

Número de Amostras: 1 Período de Coleta: Não aplicável

Preparo do paciente: Jejum 4 horas

Page 100: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

Página 96 de 236

Acondicionamento e conservação da amostra:

Colocar o plasma obtido em microtubo com tampa de rosca (fornecido pelo

Lacen/PR). Refrigerar entre 2 a 8 °C até o momento do envio. Enviar ao Lacen/PR

em até 24 horas, preferencialmente no mesmo dia da coleta. Não coletar em dias em

que não seja possível obedecer este prazo. Transporte: Em caixa de isopor com bastante gelo reciclável.

Metodologia:

a) Hibridização reversa

b) Reação da Transcriptase Reversa (RT) seguida da Reação em Cadeia da

Polimerase (PCR) em Tempo Real – região NS5B

Prazo para resultado: 20 dias

Elaborado e revisado por:

Claudia Helena Zen

Deborah Munhoz Buba

Ednéia Oliveira Cavalcanti

Helena Leiko Misugi

Sueli Massumi Nakatani

Page 101: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

Página 97 de 236

5 HEPATITE C - PESQUISA QUANTITATIVA DO RNA DO HCV

Solicitação no GAL: Hepatite C Quantitativo – Biologia Molecular Etiologia: Vírus da Hepatite C (VHC)

Código do exame: 020203108-0

Documentos requeridos:

a) Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínico/laboratoriais;

b) Uma via de Laudo Médico para Emissão de BPA-I devidamente preenchida com

carimbo e assinatura do médico requisitante.

Critérios para realização do exame:

O Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Hepatite C e Coinfecções

(publicado em 18/07/2011) recomenda o método quantitativo para diagnóstico e

monitoramento. Este teste é indicado:

a) Para confirmar diagnóstico de Hepatite C após duas sorologias positivas;

b) Para caracterizar transmissão vertical;

c) Em acidentes com materiais biológicos, para definir a transmissão;

d) No monitoramento clínico, para avaliar a resposta virológica.

Material:

Plasma: Coletar 4 mL de sangue total com EDTA. Separar o plasma em até 2 horas

após a coleta por centrifugação a 3500 rpm durante 15 minutos.

Volume: Mínimo de 1,5 mL de plasma.

Número de Amostras: 1

Page 102: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Período de Coleta:

Antes de iniciar o tratamento com Peg-interferon e após a 12ª semana de

tratamento.

Preparo do paciente: Jejum 4 horas

Acondicionamento e conservação da amostra:

Colocar o plasma obtido em microtubo com tampa de rosca (fornecido pelo

Lacen/PR). Refrigerar entre 2 a 8 °C até o momento do envio. Enviar ao Lacen/PR

em até 24 horas, preferencialmente no mesmo dia da coleta. Não coletar em dias

em que não seja possível obedecer este prazo. Transporte: Caixa de isopor com bastante gelo reciclável.

Metodologia:

Reação da Transcriptase Reversa (RT) seguida da Reação em Cadeia da

Polimerase (PCR) em Tempo Real.

Prazo para resultado: 20 dias

Elaborado e revisado por:

Claudia Helena Zen

Deborah Munhoz Buba

Helena Leiko Misugi.

Page 103: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

Página 99 de 236

6 HERPES SIMPLEX VÍRUS TIPO 1 (HSV-1) E/OU TIPO 2 (HSV-2)

Solicitação no GAL: Herpes vírus – Biologia Molecular Etiologia: Herpes simplex vírus tipo 1 e 2 (HSV-1, HSV-2)

Documentos requeridos:

Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínico/laboratoriais;

Critérios para realização do exame: Suspeita clínica

Material:

a) Plasma. Coletar 4 mL de sangue total com EDTA. Separar o plasma em até 2

horas após a coleta por centrifugação a 3500 rpm durante 15 minutos; b) Líquido cefalorraquidiano – LCR (Líquor); c) Outros: Para pesquisa desse agente em materiais como líquidos de derrames,

lavado brônquico, produtos de biópsia, medula óssea, esfregaços de orofaringe e

lesões, entrar em contato com a Seção de Biologia Molecular através do telefone

(41) 3299-3272. Volume:

a) Plasma: Mínimo de 1,5 mL

b) Líquor : 1 mL

Número de amostras: 1

Período de coleta: Não se aplica

Preparo do paciente: Jejum de 4 horas.

Acondicionamento e conservação da amostra:

Page 104: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

Página 100 de 236

a) Plasma: Colocar o plasma obtido em microtubo com tampa de rosca (fornecido

pelo Lacen/PR). Refrigerar entre 2 a 8 °C até o momento do envio. Enviar ao

Lacen/PR em até 24 horas, preferencialmente no mesmo dia da coleta. Não

coletar em dias que não seja possível obedecer este prazo.

b) Líquor: Em frasco estéril. Refrigerar entre 2 a 8 °C. Enviar ao Lacen/PR em até

24 horas, preferencialmente no mesmo dia da coleta. Não coletar em dias que

não seja possível obedecer este prazo. Transporte: Caixa de isopor com gelo reciclável

Metodologia:

Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) em Tempo Real

Sensibilidade: 125 Eq/mL.

Prazo para resultado: 20 dias

Elaborado e revisado por:

Luciana Cristina Fagundes Gequelin

Page 105: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

Página 101 de 236

7 HERPES VÍRUS HUMANO TIPO 6 (HHV-6)

Solicitação no GAL: Herpes vírus, tipo 6 – Biologia Molecular Etiologia: Herpes vírus Humano tipo 6 (HHV-6)

Documentos requeridos:

Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínico/laboratoriais;

Critérios para realização do exame: Suspeita clínica

Material:

a) Plasma. Coletar 4 mL de sangue total com EDTA. Separar o plasma em até 2

horas após a coleta por centrifugação a 3500 rpm durante 15 minutos; b) Líquido cefalorraquidiano – LCR (Líquor); c) Outros: Para pesquisa desse agente em materiais como líquidos de derrames,

lavado brônquico, produtos de biópsia, medula óssea, esfregaços de orofaringe e

lesões, entrar em contato com a Seção de Biologia Molecular através do telefone

(41) 3299-3272. Volume:

a) Plasma: Mínimo de 1,5 mL

b) Líquor : 1 mL

Número de amostras: 1

Período de coleta: Não se aplica

Preparo do paciente: Jejum de 4 horas.

Page 106: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

Página 102 de 236

Acondicionamento e conservação da amostra:

a) Plasma: Colocar o plasma obtido em microtubo com tampa de rosca (fornecido

pelo Lacen/PR). Refrigerar entre 2 a 8 °C até o momento do envio. Enviar ao

Lacen/PR em até 24 horas, preferencialmente no mesmo dia da coleta. Não

coletar em dias que não seja possível obedecer este prazo.

b) Líquor: Em frasco estéril. Refrigerar entre 2 a 8 °C. Enviar ao Lacen/PR em até

24 horas, preferencialmente no mesmo dia da coleta. Não coletar em dias que

não seja possível obedecer este prazo. Transporte: Caixa de isopor com gelo reciclável.

Metodologia:

Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) em Tempo Real

Sensibilidade: 125 gEq/mL.

Prazo para resultado: 20 dias

Elaborado e revisado por:

Luciana Cristina Fagundes Gequelin

Page 107: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

Página 103 de 236

8 HIV-1 – CARGA VIRAL

Etiologia:

Vírus HIV-1 causa principal da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS).

Documentos requeridos:

Uma via de Laudo Médico para Emissão de BPA-I devidamente preenchida com

carimbo e assinatura do médico requisitante. Deverá ser informado, além dos dados

pessoais, o uso de medicação, o estado de saúde, o horário da coleta e o nome da

instituição responsável pela amostra.

Critérios para realização do exame:

a) Para avaliação de indicação de tratamento e monitoramento de pacientes em

Tratamento Anti-Retroviral – TARV.

b) O Ministério da Saúde recomenda a realização de 3 a 4 dosagens de carga viral

por pessoa /ano.

Material:

Plasma: Coletar dois tubos com 4 mL de sangue total com EDTA. Separar o plasma

em até 2 horas após a coleta por centrifugação a 3500 rpm durante 15 minutos.

Volume: Mínimo de 1,5 mL de plasma em cada tubo.

Número de Amostras: 1 (dividida em 02 tubos contendo 1,5 mL em cada tubo). Período de coleta: A critério médico.

Preparo do paciente: Jejum de 4 horas

Page 108: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

Página 104 de 236

Acondicionamento e conservação da amostra:

Colocar o plasma obtido em microtubo com tampa de rosca (fornecido pelo

Lacen/PR).

Refrigerar entre 2 a 8 °C até o momento do envio. Enviar ao Lacen/PR em até 24

horas, preferencialmente no mesmo dia da coleta. Não coletar em dias em que não

seja possível obedecer este prazo. Transporte: Caixa de isopor com bastante gelo reciclável.

Metodologia:

b-DNA (quantificação direta do vírus através da amplificação do sinal emitido pelo

ácido nucléico)

Prazo para resultado: 15 dias

Elaborado e revisado por:

Claudia Helena Zen

Deborah Munhoz Buba

Helena Leiko Misugi

Page 109: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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9 INFLUENZA

Solicitação no GAL: Pesquisa de Influenza – Biologia Molecular Etiologia: Vírus da Influenza

Documentos requeridos:

a) Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínicos/laboratoriais;

b) Sinan – Ficha de Investigação do Agravo, com todos os campos preenchidos.

Critério para realização do exame:

Caso suspeito de doença respiratória aguda grave (apresentando ou não fator de

risco para complicações)

Material:

a) Swabs combinados nasal/orofaringe:

Coletar amostras da narina direita, narina esquerda e orofaringe utilizando um Swab

de Rayon para cada sítio.

Importante: Não utilizar swab de algodão, pois interfere nas

metodologias moleculares utilizadas.

Volume: Não aplicável

Número de amostras: 1

Período de coleta: Fase aguda da doença, até 5 dias do início dos sintomas.

Preparo do paciente: Não aplicável

Acondicionamento e conservação da amostra:

a) Swab combinado nasal/orofaringe:

Page 110: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Após a coleta, inserir os 3 swab coletados (narina direita, narina esquerda e

orofaringe) no tubo contendo meio de transporte viral previamente descongelado.

Cortar o excesso da haste dos swab, tampar o frasco, lacrar.

Após a coleta, acondicionar no tubo contendo meio de transporte viral previamente

descongelado, lacrar.

Refrigerar as amostras entre a 2 a 8 ºC, por no máximo 24 horas. Após este prazo,

congelar a –20°C.

Importante:

Os tubos contendo as amostras devem ser protegidos de vazamentos:

acondicionar em recipientes plásticos com tampa de rosca. Colocar na

posição vertical em recipientes que garantam esta posição até a

chegada ao Lacen/PR.

O material genético viral é extremamente lábil e, portanto, facilmente

degradado pelo manuseio inapropriado ou pela demora em seu

processamento.

Transporte:

a) As amostras não congeladas (sob refrigeração de 2 a 8 ºC) deverão ser enviadas

ao Lacen/PR, em caixa de isopor com gelo reciclável, no mesmo dia, ou seja, em

um período não superior a 24 horas após a coleta.

b)

c) As amostras congeladas (a –20°C) deverão ser enviadas ao Lacen/PR, em caixa

de isopor com gelo seco. Na impossibilidade de obter gelo seco, a amostra

poderá ser transportada em caixa de isopor com bastante gelo reciclável, de

modo a evitar o descongelamento durante o transporte.

Metodologia:

a) Reação da Transcriptase Reversa (RT) seguida da Reação em Cadeia da

Polimerase (PCR) em Tempo Real;

b) Isolamento viral.

Prazo para entrega:

Page 111: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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a) RT-PCR em tempo real: 15 dias;

b) Isolamento em cultura celular: 60 dias.

Elaborado e revisado por:

Maria do Carmo Debur Rossa

Mayra Marinho Presibella

Page 112: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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10 MENINGITE VIRAL (ECHOVÍRUS E COXSACKIEVÍRUS)

Solicitação no GAL: Pesquisa de Enterovírus – Biologia Molecular Etiologia:

Os Echovírus e os Coxsakievírus, causadores de meningite asséptica, são

transmitidos por via fecal-oral e de incidência mundial.

Documentos requeridos:

a) Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínico/laboratoriais;

b) Enviar resultados de citoquímica, quando disponíveis.

Critérios para realização do exame: Suspeita clínica de meningite viral.

Material: Líquido cefalorraquidiano – LCR (Líquor).

Volume: 2 mL

Número de amostras: 1

Período de coleta: A critério médico

Preparo do paciente: A critério médico

Acondicionamento e conservação da amostra:

Em frasco estéril e lacrado. Refrigerar entre 2 a 8 °C por até 24 horas. Após esse

prazo, congelar a –20°C por até 48 horas.

Transporte:

Em caixa de isopor com bastante gelo reciclável para evitar o descongelamento.

Page 113: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Metodologia: Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) em tempo real .

Prazo para resultado: 20 dias

Elaborado e revisado por:

Ednéia Oliveira Cavalcanti

Irina Nastassja Riediger

Page 114: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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11 MYCOBACTERIUM TUBERCULOSIS E MYCOBACTERIUM AVIUM

Solicitação no GAL: Mycobacterium tuberculosis e/ou Mycobacterium avium - Biologia Molecular Etiologia: Mycobacterium tuberculosis e Mycobacterium avium

Documentos requeridos:

Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínico/laboratoriais;

Critérios para realização do exame: Suspeita clínica

Material:

a) Sangue total com EDTA – somente p/ Mycobacterium avium;

b) Líquido cefalorraquidiano – LCR (Líquor); c) Outros: Para pesquisa desse agente em materiais como líquidos de derrames,

lavado brônquico, produtos de biópsia, medula óssea, esfregaços de orofaringe e

lesões, entrar em contato com a Seção de Biologia Molecular através do telefone

(41) 3299-3272. Volume:

a) Sangue total com EDTA: 4 mL

b) Líquor: 1 mL Número de amostras: 1

Período de coleta: Não se aplica

Preparo do paciente: Jejum de 4 horas.

Page 115: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

Página 111 de 236

Acondicionamento e conservação da amostra:

a) Sangue total: No próprio tubo da coleta. Refrigerar entre 2 a 8 °C até o momento

do envio. Enviar ao Lacen/PR em até 24 horas, preferencialmente no mesmo dia

da coleta. Não coletar em dias que não seja possível obedecer este prazo.

b) Líquor: Em frasco estéril. Refrigerar entre 2 a 8 °C até o momento do envio.

Enviar ao Lacen/PR em até 24 horas, preferencialmente no mesmo dia da coleta. Transporte: Caixa de isopor com gelo reciclável

Metodologia: Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) em Tempo Real.

Prazo para resultado: 20 dias

Elaborado e revisado por:

Luciana Cristina Fagundes Gequelin

Page 116: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

Página 112 de 236

12 VARICELA ZOSTER VÍRUS (VZV)

Solicitação no GAL: Varicela zoster – Biologia Molecular Etiologia: Varicella-zoster, da família Herpetoviridae.

Documentos requeridos:

Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínico/laboratoriais;

Critérios para realização do exame: Suspeita clínica

Material:

a) Plasma. Coletar 4 mL de sangue total com EDTA. Separar o plasma em até 2

horas após a coleta por centrifugação a 3500 rpm durante 15 minutos; b) Líquido cefalorraquidiano – LCR (Líquor); c) Outros: Para pesquisa desse agente em materiais como líquidos de derrames,

lavado brônquico, produtos de biópsia, medula óssea, esfregaços de orofaringe e

lesões, entrar em contato com a Seção de Biologia Molecular através do telefone

(41) 3299-3272. Volume:

a) Plasma: Mínimo de 1,5 mL

b) Líquor : 1 mL

Número de amostras: 1

Período de coleta: Não se aplica

Preparo do paciente: Jejum de 4 horas.

Page 117: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

Página 113 de 236

Acondicionamento e conservação da amostra:

a) Plasma: Colocar o plasma obtido em microtubo com tampa de rosca (fornecido

pelo Lacen/PR). Refrigerar entre 2 a 8 °C até o momento do envio. Enviar ao

Lacen/PR em até 24 horas, preferencialmente no mesmo dia da coleta. Não

coletar em dias que não seja possível obedecer este prazo.

b) Líquor: Em frasco estéril. Refrigerar entre 2 a 8 °C até o momento do envio.

Enviar ao Lacen/PR em até 24 horas, preferencialmente no mesmo dia da coleta. Transporte: Em caixa de isopor com gelo reciclável.

Metodologia:

Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) em Tempo Real

Sensibilidade: 125 gEq/mL.

Prazo para resultado: 20 dias

Elaborado e revisado por:

Luciana Cristina Fagundes Gequelin

Page 118: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

Página 114 de 236

13 VÍRUS RESPIRATÓRIOS

Solicitação no GAL: Pesquisa de vírus respiratórios – Biologia Molecular Etiologia:

Adenovírus, Influenza A, Influenza B, Parainfluenza 1, Parainfluenza 2,

Parainfluenza 3, Vírus Sincicial Respiratório A, Vírus Sincicial Respiratório B,

Metapneumovírus Humano, Rinovírus Humano A/B, Coronavírus Humano

229E/NL63 e Coronavírus Humano OC43/HKU1

Documentos requeridos:

a) Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínico/laboratoriais;

b) Ficha de Síndrome Respiratória Aguda Grave, em duas vias, com todos os

campos preenchidos.

Critérios para realização do exame:

Suspeita de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG)

Material:

a) Swabs combinados nasal/orofaringe: Coletar amostras da narina direita, narina

esquerda e orofaringe utilizando um swab de rayon para cada sítio. Importante: Não deverá ser utilizado swab de algodão, pois o mesmo

interfere nas metodologias moleculares utilizadas.

Volume: Não aplicável

Número de amostras: 1

Período de coleta:

Coletar na fase aguda da doença, até 05 dias do início dos sintomas.

Page 119: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Preparo do paciente: Não aplicável

Acondicionamento e conservação da amostra:

a) Swab combinado: Após a coleta, inserir os 3 swab coletados (narina direita,

narina esquerda e orofaringe) no tubo contendo meio de transporte viral

previamente descongelado. Cortar o excesso da haste dos swab, tampar o

frasco, lacrar.

Importante: Os tubos contendo as amostras devem ser protegidos de

vazamentos: colocar em recipientes plásticos com tampa de rosca.

Colocar na posição vertical em recipientes que garantam esta posição

até a chegada ao Lacen/PR.

Transporte:

a) As amostras não congeladas (sob refrigeração de 2 a 8 ºC) deverão ser enviadas

ao Lacen/PR, em caixa de isopor com gelo reciclável, no mesmo dia, ou seja, em

um período não superior a 24 horas após a coleta.

b) As amostras congeladas (a –20 °C) deverão ser enviadas ao Lacen/PR, em caixa

de isopor com gelo seco. Na impossibilidade de obter gelo seco, a amostra

poderá ser transportada em caixa de isopor com bastante gelo reciclável, de

modo a evitar o descongelamento durante o transporte.

Metodologia:

a) Reação da Transcriptase Reversa (RT) seguida da Reação em Cadeia da

Polimerase (PCR) Multiplex

b) Sequenciamento genético

Prazo para resultado:

a) Reação da Transcriptase Reversa (RT) seguida da Reação em Cadeia de

Polimerase (PCR) Multiplex: 20 dias

b) Sequenciamento genético: 60 dias

Page 120: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Elaborado e revisado por:

Maria do Carmo Debur Rossa

Mayra Marinho Presibella

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Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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IMUNOLOGIA

SUMÁRIO 1 Contagem de CD4/CD8/CD3/CD45 (Determinação de linfócitos T)............. 118

2 Doença de Chagas................................................................................... 120

3 Hepatites Virais A, B, C............................................................................ 122

4 Hepatites Virais D, E ................................................................................ 124

5 HIV - I/II .................................................................................................... 126

6 HTLV I/II ................................................................................................... 128

7 Sífilis......................................................................................................... 128

8 Toxoplasmose .......................................................................................... 131

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Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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1 CONTAGEM DE CD4/CD8/CD3/CD45 (DETERMINAÇÃO DE LINFÓCITOS T)

Etiologia: Não aplicável

Documentos requeridos:

Uma via de Laudo Médico para Emissão de BPA-I devidamente preenchida com

carimbo e assinatura do médico requisitante. Deverá ser informado, além dos dados

pessoais, o uso de medicação, o estado de saúde, o horário da coleta, e o nome da

instituição responsável pela amostra.

Critérios para realização do exame:

A contagem de linfócitos T CD4+ estabelece o risco de progressão para a Aids e

morte; portanto, é o indicador laboratorial mais importante em pacientes

assintomáticos, para definir o momento de iniciar o tratamento.

O Ministério da Saúde recomenda que cada paciente realize 3 exames de CD4/CD8

por ano.

Material: Sangue total com EDTA.

Volume: 4 mL

Número de Amostras: 1

Período de Coleta: A critério médico

Preparo do paciente: Jejum de 4 horas.

Acondicionamento e conservação da amostra:

No próprio tubo da coleta. Manter à temperatura ambiente (20 a 26 °C) e

encaminhar o mais rápido possível ao Lacen/PR, em até 24 horas após a coleta,

com a chegada preferencialmente pela manhã.

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Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Importante:

Nos locais em que a temperatura ambiente ultrapassar 26 °C, colocar uma

barra de gelo reciclável de forma que não encoste no tubo com sangue.

Não coletar em dias que não seja possível obedecer este prazo. Nunca

refrigerar os frascos.

Transporte: Em caixa de isopor à temperatura ambiente.

Metodologia: Citometria de fluxo

Prazo para resultado: 5 dias

Elaborado e revisado por:

Juliana Neves Bachim

Sílvia Morsoletto Tozetto

Soraia Reda Gilber

Page 124: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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2 DOENÇA DE CHAGAS (DETECÇÃO DE ANTICORPOS ANTI -

TRYPANOSOMA CRUZI)

Solicitação no GAL: Chagas Etiologia: Trypanosoma cruzi

Documentos requeridos:

Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínico/laboratoriais;

Critérios para realização do exame:

Em casos suspeitos ou confirmados de Doença de Chagas Aguda o exame

sorológico tem utilidade complementar aos exames parasitológicos. O diagnóstico na

fase crônica é essencialmente sorológico.

Material: Soro

Volume: 2 mL

Número de Amostras: 1

Período de coleta: A critério médico.

Preparo do paciente: Jejum não obrigatório

Acondicionamento e conservação da amostra:

Refrigerar entre 2 a 8 °C por até 72 horas. Após este prazo, congelar a –20 °C.

Transporte: Em caixa de isopor com gelo reciclável.

Page 125: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Metodologia:

a) Enzimaimunoensaio (EIE) – IgG

b) Imunofluorescência Indireta (IFI)

c) Imunoensaio Quimioluminescente por Micropartículas (CMIA)

Prazo para resultado: 10 dias

Elaborado e revisado por:

Juliana Neves Bachim

Patrícia Cristina Pereira Cardoso Zampieri

Sílvia Morsoletto Tozetto

Soraia Reda Gilber

Page 126: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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3 HEPATITES VIRAIS A, B, C

Solicitação no GAL: Hepatites A, B ou C

Etiologia:

- Vírus da Hepatite A

- Vírus da Hepatite B

- Vírus da Hepatite C

Documentos requeridos:

Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínico/laboratoriais;

a) Para casos agudos:

Além do cadastro no GAL, acrescentar o formulário Síndrome Febril Íctero

Hemorrágico Aguda – SFIHA (ver em anexos) com os resultados de

aminotransferases (AST, ALT). b) Para casos não agudos:

Além do cadastro no GAL, acrescentar o formulário Marcadores de Hepatite (ver em

anexos). Critérios para realização do exame:

Anamnese detalhada do paciente é fundamental para estabelecer as hipóteses

diagnóstica e direcionar a pesquisa laboratorial na suspeita de hepatites virais. Deve

ser realizada avaliando a faixa etária, a história patológica pregressa e a presença

de fatores de risco, como o uso de drogas injetáveis, inaladas ou pipadas, prática

sexual não segura, contato com pacientes portadores de hepatite, condições

sanitárias, ambientais e de higiene, entre outros.

Material: Soro

Volume: 2 mL

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Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Número de Amostras: 1

Período de coleta: A critério médico

Preparo do paciente: Jejum não obrigatório

Acondicionamento e conservação da amostra:

Em tubo de poliestireno com tampa de cor amarela (fornecido pelo Lacen/PR).

Refrigerar entre 2 a 8 °C por até 72 horas. Após este prazo, congelar a –20°C.

Transporte: Em caixa de isopor com gelo reciclável

Metodologia: Imunoensaio Quimioluminescente por Micropartículas – CMIA

Prazo para resultado: 5 dias

Elaborado e revisado por:

Florise Weniger Spelling

Yatiyo Matsui Moriya

Page 128: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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4 HEPATITES VIRAIS D, E

Solicitação no GAL: Hepatites D e/ou E

Lacen/PR envia ao Laboratório de Referência Nacional:

a) Hepatite D – Instituto Evandro Chagas/PA

b) Hepatite E – Fundação Instituto Osvaldo Cruz (FIOCRUZ/RJ)

Documentos requeridos:

a) Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínico/laboratoriais;

b) Sinan: Ficha de Investigação do Agravo, com todos os campos preenchidos.

Critérios para realização do exame:

Antes do envio da amostra consultar o Lacen/PR para uma prévia avaliação.

Material: Soro

Volume: 2 mL

Número de Amostras: 1

Período de coleta: A critério médico.

Preparo do paciente: Jejum não obrigatório

Acondicionamento e conservação da amostra:

Em tubo de poliestireno com tampa de cor amarela (fornecido pelo Lacen/PR).

Refrigerar entre 2 a 8 °C até o momento do envio. O envio deve ocorrer

obrigatoriamente no mesmo dia da coleta.

Transporte: Em caixa de isopor com gelo reciclável.

Page 129: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Metodologia: Ensaioimunoenzimático

Prazo para resultado: 30 dias

Elaborado e revisado por:

Florise Weniger Spelling

Yatiyo Matsui Moriya

Page 130: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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5 HIV - I/II

Solicitação no GAL: HIV – 1ª ou 2ª amostra Etiologia: HIV-1 e HIV-2

Documentos requeridos:

Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínico/laboratoriais;

Critérios para realização do exame:

A doença pode ou não ter expressão clínica logo após a infecção. Desta forma, é

importante que o profissional saiba conduzir a investigação laboratorial após a

suspeita de risco de infecção pelo HIV.

Material: Soro

Volume: 2 mL

Número de Amostras:

a) Para triagem sorológica: 1

b) Para confirmatórios: 2 (coletar cada amostra com intervalo mínimo de 1

semana).

- Quando necessário, será solicitada segunda amostra, conforme fluxograma

recomendado pela Portaria 151/2009-MS/SVS (pela Coordenação Nacional DST

AIDS do Ministério da Saúde);

- Para as unidades descentralizadas que realizam testes de triagem para HIV: nos

casos de amostras com resultados reagentes ou indeterminados, deve ser

realizada a segunda coleta e ambas as amostras devem ser encaminhadas ao

Lacen/PR para testes confirmatórios;

Page 131: Manual de Coleta e Envio de Amostras

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Período de coleta: A critério médico.

Preparo do paciente: Jejum não obrigatório.

Acondicionamento conservação da amostra:

Em tubo de poliestireno com tampa de cor amarela (fornecido pelo Lacen/PR).

Refrigerar entre 2 a 8 °C por até 72 horas. Após este prazo, congelar a –20 °C.

Transporte: Em caixa de isopor com gelo reciclável.

Metodologia:

a) Imunoensaio Quimioluminescente por Micropartículas – CMIA;

b) Enzimaimunoensaio (EIE)

c) Ensaio Imunoenzimático por Fluorescência (ELFA);

d) Imunoblot Rápido (IBR)

e) Western Blot

f) Eletroquimioluminescência

Prazo para resultado: 5 dias

Elaborado e revisado por:

Juliana Neves Bachim

Sílvia Morsoletto Tozetto

Suely Maria Arana Kamei

Page 132: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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6 HTLV I/II

Solicitação no GAL: HTLV I/II

Etiologia: HTLV I/II (Vírus linfotrópico da célula humana)

Documentos requeridos:

Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínicos/laboratoriais;

Critérios para realização do exame: Suspeita clínica

Material: Soro

Volume: 2 mL

Número de Amostras: 1

Preparo do paciente: Jejum não obrigatório.

Acondicionamento e conservação da amostra:

Em tubo de poliestireno com tampa de cor amarela (fornecido pelo Lacen/PR).

Refrigerar entre 2 a 8 °C por até 72 horas. Após este prazo, congelar a –20°C.

Transporte: Em caixa de isopor com gelo reciclável.

Metodologia: Imunoensaio Quimioluminescente por Micropartículas – CMIA

Prazo para resultado: 10 dias

Elaborado e revisado por:

Suely Maria Arana Kamei

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7 SÍFILIS

Solicitação no GAL: Sífilis Etiologia: Treponema pallidum.

Documentos requeridos:

Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínico/laboratoriais.

Critérios para realização do exame:

Para confirmação de sorologia reagente ou duvidosa.

Material: Soro ou Líquor

Volume: 2 mL

Número de amostras: 1

Período de coleta: A critério médico

Preparo do paciente: Jejum não obrigatório

Acondicionamento e conservação da amostra:

Em tubo de poliestireno com tampa de cor amarela (fornecido pelo Lacen/PR).

Refrigerar entre 2 a 8 °C por até 72 horas. Após este prazo, congelar a –20°C.

Transporte: Em caixa de isopor com gelo reciclável

Metodologia:

a) Floculação

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b) Imunofluorescência Indireta (IFI)

c) Imunoensaio Quimioluminescente por Micropartículas (CMIA)

Prazo para resultado: 10 dias

Elaborado e revisado por:

Ana Maria Brezolin Bortolotto

Juliana Neves Bachim

Sílvia Morsoletto Tozetto

Page 135: Manual de Coleta e Envio de Amostras

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8 TOXOPLASMOSE

Solicitação no GAL: Toxoplasmose Etiologia: Toxoplasma gondii

Documentos requeridos:

Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínico/laboratoriais.

Critérios para realização do exame:

a) Apenas amostras reconhecidamente IgM positivo ou com sintomatologia de

doença aguda deverão ser encaminhadas ao Lacen/PR

b) IgG e IgM reagentes: o LACEN/PR automaticamente realiza o teste de avidez de

anticorpos IgG. Este exame é de caráter confirmatório.

Material: Soro

Volume: 2 mL

Número de Amostras: 1

Período de coleta: A critério médico

Preparo do paciente: Não aplicável

Acondicionamento e conservação da amostra:

Em tubo de poliestireno com tampa de cor amarela (fornecido pelo Lacen/PR).

Refrigerar entre 2 a 8 °C por até 72 horas. Após este prazo, congelar a –20°C.

Transporte: Em caixa de isopor com gelo reciclável

Page 136: Manual de Coleta e Envio de Amostras

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Metodologia:

a) Ensaio Imunoenzimático por Fluorescência (ELFA): IgM, IgG e Avidez

b) Imunoensaio Quimioluminescente por Micropartículas (CMIA)

Prazo para resultado: 10 dias

Elaborado e revisado por:

Juliana Neves Bachim

Sílvia Morsoletto Tozetto

Soraia Reda Gilber

Page 137: Manual de Coleta e Envio de Amostras

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PARASITOLOGIA

SUMÁRIO

1 Doença de Chagas Aguda ....................................................................... 134

2 Filariose.................................................................................................... 136

3 Leishmaniose Tegumentar Americana – LTA .......................................... 138

Page 138: Manual de Coleta e Envio de Amostras

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1 DOENÇA DE CHAGAS AGUDA

Solicitação no GAL: Chagas Agudo Etiologia: Trypanosoma cruzi

Documentos requeridos:

Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínico/laboratoriais;

Critérios para realização do exame:

O exame sorológico tem utilidade complementar aos exames parasitológicos e

devem sempre ser colhidos em casos suspeitos ou confirmados de Doença de

Chagas Aguda. O diagnóstico na fase crônica é essencialmente sorológico.

Verificar se a suspeita clínica está associada à residência, à procedência ou ao

deslocamento em área com confirmação de transmissão.

Material:

g) Gota espessa corada (Giemsa)

h) Esfregaço

Volume: 10 a 20 L de sangue

Número de Amostras: 2 lâminas

Período de coleta: Fase aguda

Preparo do paciente: Jejum não obrigatório

Page 139: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Acondicionamento e conservação da amostra:

a) Gota espessa: As lâminas secas, devidamente identificadas, deverão ser

colocadas em porta-lâminas, mantidas à temperatura ambiente. Enviar ao

Lacen/PR o mais rápido possível.

b) Esfregaço: As lâminas secas, fixadas em álcool metílico, devidamente

identificadas, deverão ser colocadas em porta-lâminas, mantidas à temperatura

ambiente. Enviar ao Lacen/PR.

Transporte:

As lâminas devem ser acondicionadas em caixa de papelão para envio, protegendo

os frascos e/ou caixas de lâminas, de forma a evitar que se quebrem.

Metodologia:

a) Gota espessa: Walker ou Giemsa

b) Esfregaço: Giemsa

Prazo para resultado: 5 dias

Elaborado e revisado por:

Roderlei de Araújo

Page 140: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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2 FILARIOSE

Solicitação no GAL: Filariose

Etiologia: Wuchereria bancrofti

Documentos requeridos:

a) Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínico/laboratoriais;

b) Sinan – Ficha de Investigação do Agravo, com todos os campos preenchidos.

Critérios para realização do exame:

Para confirmar o diagnóstico clínico-epidemiológico, quando há manifestações

sugestivas e o indivíduo é oriundo de área endêmica.

Verificar se a suspeita clínica está associada à residência, à procedência ou ao

deslocamento em área com confirmação de transmissão.

Material:

a) Gota espessa corada (Giemsa)

b) Esfregaço

Coletar entre 23h00 e 01h00 da manhã (periodicidade noturna da microfilária)

Volume: 10 a 20 L de sangue.

Número de Amostras: 2 lâminas.

Preparo do paciente: Jejum não obrigatório.

Acondicionamento e conservação da amostra:

a) Gota espessa: As lâminas secas, devidamente identificadas, deverão ser

colocadas em porta-lâminas, mantidas em temperatura ambiente. Enviar ao

Lacen/PR o mais rápido possível.

Page 141: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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b) Esfregaço: As lâminas secas, fixadas em álcool metílico, devidamente

identificadas, deverão ser colocadas em porta-lâminas, mantidas em temperatura

ambiente. Enviar ao Lacen/PR.

Transporte:

As lâminas devem ser acondicionadas em caixa de papelão para envio, protegendo

os frascos e/ou caixas de lâminas, de forma a evitar que se quebrem.

Metodologia:

a) Gota espessa: Walker ou Giemsa

b) Esfregaço: Giemsa

Prazo para resultado: 5 dias

Elaborado e revisado por:

Roderlei de Araújo

Page 142: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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3 LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA – LTA

Solicitação no GAL: Leishmaniose Tegumentar Americana – Pesquisa direta

Agente etiológico: Leishmania braziliensis.

Documentos requeridos:

Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínicos/laboratoriais;

É importante informar ao laboratório no caso de aparecimento de ferida que não

cicatriza, ou se o paciente já está em tratamento.

Critérios para realização do exame:

Na ocorrência de lesões típicas de leishmaniose, especialmente se o paciente

procede de áreas endêmicas ou esteve presente em lugares onde há casos de

leishmaniose. A confirmação desse diagnóstico por métodos parasitológicos é

fundamental tendo em vista o número de doenças que fazem diagnósticos

diferenciais com a LTA.

Material: Esfregaço da lesão.

Volume: Não aplicável

Técnicas de coleta:

Realizar escarificações em diferentes locais da borda da lesão, coletando no mínimo

duas lâminas por lesão. Evitar extravasamento de sangue, pois prejudica o

diagnóstico.

Importante: úlceras recentes são mais ricas em parasitos.

Número de amostras: 2 lâminas por lesão

Período de coleta: A critério médico

Page 143: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Preparo do paciente: Jejum não obrigatório

Acondicionamento e conservação da amostra:

As lâminas não coradas devem ser previamente fixadas com cerca de 3 mL de

metanol durante três minutos. Após secas as lâminas deverão ser colocadas em

frascos ou caixas próprias para transporte de lâminas devidamente identificadas.

Manter a temperatura ambiente.

Transporte:

Em caixas de papelão para envio (se possível, a padronizada pelos Correios),

protegendo os frascos ou caixas de lâmina.

Metodologia:

Pesquisa do parasita a partir de esfregaços corados da lesão (técnica de GIEMSA).

Prazo para resultado: 10 dias.

Elaborado e revisado por:

Roderlei de Araújo

Page 144: Manual de Coleta e Envio de Amostras

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VIROLOGIA

SUMÁRIO

1 Caxumba (Parotidite Infecciosa)............................................................... 141

2 Citomegalovírus........................................................................................ 143

3 Dengue..................................................................................................... 145

4 Doenças Diarreicas Agudas - Virais ......................................................... 148

5 Doença Priônica: com enfoque na Doença de Creutzfeldt Jakob (DCJ) .. 150

6 Enterovírus ............................................................................................... 153

7 Eritema Infeccioso (Parvovírus B19) ........................................................ 155

8 Febre Amarela.......................................................................................... 157

9 Hantavírus ................................................................................................ 160

10 Herpes Simples ........................................................................................ 162

11 Mononucleose .......................................................................................... 164

12 Poliomielite ............................................................................................... 166

13 Raiva Animal ............................................................................................ 168

14 Raiva Humana.......................................................................................... 170

15 Raiva - Titulação de anticorpos antirrábicos............................................. 172

16 Rubéola .................................................................................................... 174

17 Sarampo................................................................................................... 177

18 Varicela .................................................................................................... 180

19 Vírus Respiratórios – Para Unidades Sentinela/MS ................................. 182

20 Outros Exames Realizados na Seção de Virologia .................................. 184

20.1 Febre Maculosa..........................................................................................185

20.2 Leptospirose Humana ................................................................................187

Page 145: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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1 CAXUMBA (PAROTIDITE INFECCIOSA)

Solicitação no GAL: Caxumba

Etiologia: Vírus da Caxumba – gênero Rubulovírus, família Paramyxoviridae

Documentos requeridos:

Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínico/laboratoriais;

Critérios para realização do exame:

O diagnóstico da doença é eminentemente clínico-epidemiológico.

Exame realizado somente como auxílio no esclarecimento de casos graves e sem

etiologia definida, não fazendo parte da rotina do Lacen/PR. Para casos de rotina

prevalece o diagnóstico clínico.

Material: Soro

Volume: 2 mL

Número de Amostras: 1

Período de Coleta: A critério médico.

Preparo do paciente: Jejum não obrigatório

Acondicionamento e conservação da amostra:

Em tubo de poliestireno com tampa de cor amarela (fornecido pelo Lacen/PR).

Refrigerar entre 2 a 8 °C por até 72 horas. Após este prazo, congelar a –20 °C.

Transporte: Em caixa de isopor com gelo reciclável.

Page 146: Manual de Coleta e Envio de Amostras

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Metodologia: Enzimaimunoensaio (EIE) – IgM e IgG

Prazo para resultado: 30 dias

Elaborado e revisado por:

Etienne Wessler Coan

Marcia Prussak

Page 147: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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2 CITOMEGALOVÍRUS

Solicitação no GAL: Citomegalovírus

Etiologia: Citomegalovírus (CMV) – pertence a família Herpesviridae.

Documentos requeridos:

Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínico/laboratoriais;

Critérios para realização do exame:

Exame realizado somente como auxílio no esclarecimento de casos graves e sem

etiologia definida, não fazendo parte da rotina do Lacen/PR.

Material: Soro

Volume: 2 mL

Número de Amostras: 1

Período de coleta : A critério médico

Preparo do paciente: Jejum não obrigatório

Acondicionamento e conservação da amostra:

Em tubo de poliestireno com tampa de cor amarela (fornecido pelo Lacen/PR).

Refrigerar entre 2 a 8 °C por até 72 horas. Após este prazo, congelar a –20 °C.

Transporte: Em caixa de isopor, com gelo reciclável.

Metodologia:

a) Ensaio Imunoenzimático por Fluorescência – ELFA: IgM, IgG e Avidez

Page 148: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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b) Enzimaimunoensaio (EIE) – IgM e IgG

Prazo de entrega: 30 dias

Elaborado e revisado por:

Etienne Wessler Coan

Marcia Prussak

Page 149: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

Página 145 de 236

3 DENGUE

Solicitação no GAL: Dengue

Etiologia

Arbovírus do gênero Flavivirus. São conhecidos 4 sorotipos: D1, D2, D3 e D4.

Vetor: mosquito do gênero Aedes, sendo o Aedes aegypti o mais importante na

transmissão da doença.

Documentos requeridos:

a) Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínico/laboratoriais.

O cadastro das amostras para isolamento viral no GAL deve ser feito sempre

acompanhado do cadastro do NS1, e vice-versa.

b) Sinan – Ficha de Investigação do Agravo, com todos os campos preenchidos.

Critérios para realização do exame:

O diagnóstico laboratorial específico dos pacientes com suspeita de dengue é

indicado de acordo com a situação epidemiológica de cada área.

a) Sorologia – é o método de escolha para a confirmação laboratorial na rotina.

b) Isolamento Viral – é o método mais específico (padrão ouro) para o isolamento e

a identificação do sorotipo do Vírus Dengue responsável.

c) Detecção de antígenos NS1 – é o método bastante sensível e específico e deve

ser utilizado em pesquisas e nos casos graves. O Ministério da Saúde

disponibiliza este teste para triagem das amostras para isolamento viral em

Unidades Sentinela.

Material: Soro.

Volume:

a) 1 mL - Diagnóstico virológico

b) 1 mL - Diagnóstico sorológico

Page 150: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Número de amostras: 2

Período de coleta:

- 1ª amostra: do 1º ao 5º dia da doença, para detecção do antígeno NS1 e

isolamento viral

- 2ª amostra: após o 5º dia do início dos sintomas para sorologia (IgM)

Preparo do paciente: Não se aplica

Acondicionamento e conservação da amostra:

Em tubo de poliestireno com tampa de cor amarela (fornecido pelo Lacen/PR).

Refrigerar entre 2 a 8 °C por até 72 horas. Após este prazo, congelar a –20°C.

Importante: As amostras para isolamento viral e NS1 devem ser

acondicionadas e enviadas separadas das amostras para

sorologia.

Transporte:

a) Sorologia – Em caixa de isopor, com gelo reciclável.

b) Isolamento Viral e NS1 – De preferência em caixa de isopor com gelo seco. Se

não for possível, transportar em caixa de isopor com bastante gelo reciclável no

mesmo dia da coleta.

Metodologia:

a) Sorologia: Enzimaimunoensaio (EIE) – IgM – detecção de anticorpos IgM

específicos para os 4 sorotipos do vírus do dengue;

b) Detecção do Antígeno NS1: Enzimaimunoensaio (EIE) – detecção de antígenos

virais específicos de dengue. Utilizado para detecção precoce da infecção pelo

vírus da dengue e como triagem para o isolamento viral;

c) Isolamento Viral: culturas em células C6/36. É o método mais específico para o

isolamento e a identificação do sorotipo do vírus da dengue.

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Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Prazo para resultado:

a) Sorologia e NS1: 5 dias

b) Isolamento Viral: 40 dias

Importante: Após a determinação do sorotipo circulante em situações

de epidemias ou surtos, não é necessário realizar a sorologia em todos

os casos.

Elaborado e revisado por:

Anaclete Fellini

Carla Gomes da Silva Bortoleto

Page 152: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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4 DOENÇAS DIARREICAS AGUDAS - VIRAIS

Solicitação no GAL: Adenovírus, Norovírus ou Rotavírus

Etiologia:

Os principais agentes são: Rotavírus A, Norovírus, Adenovírus Entéricos e

Astrovírus.

Documentos requeridos:

a) Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e

de dados clínico/laboratoriais;

b) Para rotavírus, além do GAL, Sinan – Ficha de Investigação do Agravo, com

todos os campos preenchidos.

Critérios para realização do exame:

Importante na vigência de surtos para orientar as medidas de controle. Solicitar

orientações da equipe de vigilância epidemiológica do município.

Material:

a) Fezes (in natura) - sem meio de transporte.

Fraldas:

- Fezes sólidas: coletar com espátula e colocar no frasco coletor.

- Fezes líquidas: utilizar compressa cirúrgica entre a criança e a fralda. Com

esse procedimento as fezes ficam armazenadas na compressa, após

acondicioná-la no frasco.

b) Swab retal – em casos de óbito

Volume: De 3 a 5 mL ou 5 g ou 1 colher de chá.

Número de amostras: 1

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Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Período de coleta:

Preferencialmente de 3 a 5 dias após o aparecimento dos sintomas.

Preparo do paciente: Não aplicável

Acondicionamento e conservação da amostra:

Em frasco de tampa de rosca. Refrigerar entre 2 a 8 °C por até 72 horas. Após este

prazo, congelar a –20°C.

Transporte: Em caixa de isopor com gelo reciclável

Metodologia: Enzimaimunoensaio - EIE

Prazo para resultado: 7 dias

Elaborado e revisado por:

Irene Skraba

Rafaela Pintan Inamassu

Page 154: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

Página 150 de 236

5 DOENÇA PRIÔNICA: COM ENFOQUE NA DOENÇA DE CREUTZFELDT

JAKOB (DCJ)

Solicitação no GAL: Doença Priônica

Lacen/PR envia ao Laboratório de Referência Nacional:

a) Líquido cefalorraquiano – LCR (Líquor) –– Laboratório de Investigações em

Neurologia – USP/SP.

b) Sangue com EDTA – Centro Internacional de Pesquisa e Ensino – CIPE do

Hospital A.C. Camargo - SP.

Etiologia:

As doenças causadas por príons são decorrentes do acúmulo e/ou metabolismo

anormais de proteínas denominadas príons (PrP) capazes de determinar as

Encefalopatias Espongiforme Transmissíveis (EET).

No exame do líquido cefalorraquiano podemos encontrar a proteína 14-3-3 LIM 15.

Documentos requeridos:

a) Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínico/laboratoriais;

b) Para o líquor e fragmentos - Sinan – Ficha de Investigação do Agravo, com todos

os campos preenchidos.

c) Para o sangue com EDTA - Termo de Consentimento Esclarecido (TCE) e Sinan

– Ficha de Investigação do Agravo, com todos os campos preenchidos.

Critérios para realização do exame:

Os exames laboratoriais são úteis para excluir outras causas de demência

rapidamente progressivas.

Material:

a) Sangue com anticoagulante EDTA

b) Líquor

Page 155: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

Página 151 de 236

c) Fragmentos/blocos de tecido cerebral

Volume:

a) Sangue: 2 mL

b) Líquor: 1 a 2 mL

c) Fragmentos de tecido cerebral.

Número de Amostras: 1

Período de coleta: Não aplicável.

Preparo do paciente: Não aplicável.

Acondicionamento e conservação da amostra:

- Sangue: manter no tubo de coleta com EDTA e sob refrigeração entre 2 e 8 ºC por

até 24 horas.

- Líquor: em tubo/frasco estéril; manter sob refrigeração entre 2 a 8 ºC por até 24

horas.

- Fragmentos/blocos de tecidos cerebrais: colocar em frascos com formol e/ou fazer

blocos com parafina. Manter à temperatura ambiente.

Importante:

Todos os materiais deverão ser colocados em frascos lacrados e rotulados

adequadamente com a inclusão dos dizeres: “Risco Biológico”.

O acondicionamento deve ser em embalagem específica e própria para o

transporte de amostras infecciosas, conforme disposto na legislação

pertinente.

Transporte:

Em embalagem tripla, de acordo com a legislação ONU/IATA para transporte de

substâncias perigosas.

Metodologias:

Page 156: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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a) Líquor: Immunobloting – pesquisa da proteína 14.3.3 LIM 15. Realizado no

Laboratório de Investigações em Neurologia – USP/SP.

b) Sangue com EDTA: Pesquisa de polimorfismos e/ou mutações do gene de príon

celular PRNP. Realizado no Centro Internacional de Pesquisa e Ensino (CIPE) do

Hospital A.C. Camargo/SP.

c) Fragmentos e blocos de tecido cerebral: Imunohistoquímica.

Importante: Obrigatório a adoção de medidas de precauções para o

manuseio de pacientes, tratamentos de artigos e superfícies,

manipulação e descarte de materiais de amostras e tecidos.

Prazo para resultado: 30 dias

Elaborado e revisado por:

Irene Skraba

Page 157: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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6 ENTEROVÍRUS

Solicitação no GAL: Enterovírus – Isolamento Viral

Lacen/PR envia ao Laboratório de Referência Nacional – Fundação Instituto Osvaldo

Cruz (FIOCRUZ/RJ).

Etiologia:

Os Echovírus e os Coxsakievírus, causadores de meningite asséptica e outras

doenças, são transmitidos por via fecal-oral e de incidência mundial.

Documentos requeridos:

a) Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínico/laboratoriais. Em caso de suspeita de Coxsackie colocar na

observação.

b) Ficha epidemiológica devidamente preenchida com os dados citoquímicos e

bacteriológicos quando o material for líquor.

Critérios para realização do exame: Suspeita clínica.

Material:

a) Líquor

b) Fezes - coletar em coletor universal

Importante: Em caso de suspeita de Coxsackievírus (doença do pé,

mão e boca) o material a ser coletado é fezes.

Pode-se enviar soro, porém somente será processado no caso de

ocorrer isolamento do vírus nas fezes.

Volume:

a) Líquor: 2 mL

b) Fezes: 4 a 8 g

Page 158: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Número de amostras: 1

Período de coleta: A critério médico

Preparo do paciente: A critério médico

Acondicionamento e conservação da amostra:

a) Líquor: em frasco estéril. Refrigerar entre 2 a 8 °C por até 24 horas. Após esse

prazo, congelar a –70 °C. Caso não tenha essa possibilidade, congelar a –20 °C

por até 48 horas.

b) Fezes: em frasco limpo e seco (coletor universal), vedar bem. Refrigerar entre

2 a 8 °C por no máximo 2 dias, ou congelar a –20 °C Não utilizar congelador de

geladeira.

Transporte:

Em caixa de isopor com bastante gelo reciclável para evitar o descongelamento.

Metodologia:

a) Cultivo Celular (1ª etapa) – Inoculação do espécime clínico (amostra) a ser

analisado em culturas celulares.

b) Reação em Cadeia de Polimerase – PCR (2ª etapa) – Sequenciamento genético

para identificação do vírus.

Prazo para resultado: 30 dias

Elaborado e revisado por:

Irene Skraba

Page 159: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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7 ERITEMA INFECCIOSO (PARVOVÍRUS B19)

Solicitação no GAL: mediante inclusão pelo Lacen/PR.

Etiologia: Parvovírus B19 – gênero Eritrovírus, família Parvoviridae.

Documentos requeridos:

Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínico/laboratoriais.

Critérios para realização do exame:

Exame realizado somente como diagnóstico diferencial para casos de doenças

exantemáticas (Rubéola e Sarampo).

Material: Soro

Volume: 2 mL

Número de amostras: 1 ou 2

A solicitação de segunda amostra, quando necessária, será feita pelo Lacen/PR ou

pelo Serviço de Epidemiologia.

Período de coleta: Coleta Oportuna: do 1º ao 28º dia após o início do exantema.

Preparo do paciente: Jejum não obrigatório.

Acondicionamento da amostra:

Em tubo de poliestireno com tampa de cor amarela (fornecido pelo Lacen/PR).

Refrigerar entre 2 a 8 °C por até 72 horas. Após este prazo, congelar a –20°C.

Transporte: Em caixa de isopor com gelo reciclável

Page 160: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Metodologia: Enzimaimunoensaio (EIE) – IgM e IgG

Prazo para resultado: 60 dias

Elaborado e revisado por:

Etienne Wessler Coan

Marcia Prussak

Page 161: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

Página 157 de 236

8 FEBRE AMARELA

Solicitação no GAL: Febre Amarela

Lacen/PR envia ao Laboratório de Referência Nacional - Instituto Adolfo Lutz/SP.

Etiologia: Arbovírus do gênero Flavivírus.

Documentos requeridos:

a) Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínico/laboratoriais;

b) Sinan – Ficha de Investigação do Agravo, com todos os campos preenchidos.

Critérios para realização do exame:

Confirmação diagnóstica em indivíduos com quadro febril agudo (até 7 dias), de

início súbito, acompanhado de icterícia e/ou manifestações hemorrágicas, residente

ou procedente de área de risco para febre amarela ou de locais com ocorrência de

epizootias em primatas não humanos ou isolamento de vírus em vetores, nos

últimos quinze dias, não vacinado contra febre amarela ou com estado vacinal

ignorado.

Material:

a) Sangue

b) Vísceras e Órgãos (post mortem): humanos e não-humanos

- Tecidos: fígado, rins, coração, baço, linfonodos e cérebro.

Volume:

a) Soro: 2 mL

b) Tecidos: ver em período de coleta.

Número de Amostras: Conforme o período de coleta.

Page 162: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Período de coleta:

a) Sorologia e Isolamento

- 1ª. Amostra: No início dos sintomas (isolamento)

- 2ª. Amostra: A partir do 5° dia do início dos sintomas (sorologia)

Importante: Nos casos de óbito o sangue deverá ser puncionado

diretamente do coração.

b) Vísceras e Órgãos (post mortem) - humanos e não-humanos

- Tecidos: fígado, rins, coração, baço, linfonodos e cérebro: coletar dentro

das primeiras 8 horas após o óbito.

Coletar duas amostras de tecidos de pelo menos 1cm3, uma para isolamento viral, e

outra, fixada em formalina, para estudos histopatológicos.

Preparo do paciente: Não aplicável

Acondicionamento e conservação da amostra:

a) Soro para sorologia (Elisa): Acondicionar em tubo de poliestireno com tampa

de cor amarela (fornecido pelo Lacen/PR). Refrigerar entre 2 a 8 °C por até

72 horas. Após este prazo, congelar a –20 °C.

b) Soro para isolamento viral: Acondicionar em tubo de poliestireno com tampa

de cor amarela (fornecido pelo Lacen/PR). Refrigerar entre 2 a 8 °C por até

72 horas. Após este prazo, congelar a –70 °C. Caso não tenha essa possibilidade,

congelar a –20 °C por até 48 horas.

c) Para os testes histopatológicos: Os fragmentos devem conter um volume de

formalina 10 X maior que o volume dos fragmentos. Esses devem ser

acondicionados em frascos de plástico devidamente lacrados. Conservar

com formalina à temperatura ambiente.

Solução de formalina

Formol concentrado ........................10mL

Solução salina...................................90mL

Page 163: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Transporte:

a) Material para sorologia: em caixa de isopor com gelo reciclável;

b) Material para Isolamento Viral: em caixa de isopor com gelo seco ou em

nitrogênio líquido. Caso não tenha essa possibilidade, enviar em caixa

isopor com bastante gelo reciclável.

c) Material para Imunohistoquímica: em caixa de isopor à temperatura

ambiente. Metodologia:

a) Isolamento viral;

b) Enzimaimunoensaio (ELISA);

c) Histopatológico (post mortem);

Prazo para resultado:

d) Sorologia: 30 dias;

e) Isolamento e Histopatologia: 30 dias.

Elaborado e revisado por:

Anaclete Fellini

Carla Gomes da Silva Bortoleto

Page 164: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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9 HANTAVÍRUS

Solicitação no GAL: Hantavírus

Lacen/PR envia amostras para diagnóstico molecular ao Laboratório de Referência

Nacional - Instituto Adolfo Lutz/SP.

Etiologia: Vírus do gênero Hantavírus.

Documentos requeridos:

a) Cadastro no GAL com todos os dados do paciente e informações clínicas

devidamente preenchidas.

b) Sinan – Ficha de Investigação do Agravo, com todos os campos preenchidos.

Material:

a) Soro

b) Coágulo de sangue a temperatura de – 70 ºC para PCR

Volume:

a) Soro: 2 mL

b) Coágulo: Não aplicável

Número de Amostras: 1

Período de coleta:

a) Fase aguda

b) Fase convalescente

Preparo do paciente: Não aplicável

Page 165: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Acondicionamento e conservação da amostra:

a) Soro: Em tubo de poliestireno com tampa de cor amarela (fornecido pelo

Lacen/PR). Refrigerar entre 2 a 8 °C por até 24 horas. Após este prazo,

congelar a –20 °C.

b) Coágulo: Em criotubo congelar a –70 °C.

Transporte:

a) Soro: em caixa de isopor com gelo reciclável.

b) Coágulo: em caixa de isopor com gelo seco. Metodologia:

a) Enzimaimunoensaio (EIE) de captura para IgM – para pesquisa de infecção

aguda.

b) Enzimaimunoensaio (EIE) de captura para IgG – para estudos de prevalência.

c) Reação em Cadeia de Polimerase (PCR) para definição do Genótipo Viral

Prazo para resultado:

a) Sorologia: 10 dias

b) PCR: 20 dias.

Elaborado e revisado por:

Irene Skraba

Rafaela Pintan Inamassu

Page 166: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

Página 162 de 236

10 HERPES SIMPLES

Solicitação no GAL: Herpes simples tipo 1 e 2

Etiologia:

Herpes Simples causado pelo Herpesvírus hominis tipo 1 e 2 da família

Herpesviridae.

Documentos requeridos:

Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínico/laboratoriais.

Critérios para realização do exame:

Exame realizado somente como auxílio no esclarecimento de casos graves e sem

etiologia definida, não fazendo parte da rotina do Lacen/PR.

Material: Soro

Volume: 2 mL

Número de Amostras: 1

Período de coleta: A critério médico

Preparo do paciente: Jejum não obrigatório.

Acondicionamento e conservação da amostra:

Em tubo de poliestireno com tampa de cor amarela (fornecido pelo Lacen/PR).

Refrigerar entre 2 a 8 °C por até 72 horas. Após este prazo, congelar a –20 °C.

Transporte: Em caixa de isopor com gelo reciclável

Page 167: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

Página 163 de 236

Metodologia: Enzimaimunoensaio (EIE) – IgM e IgG.

Prazo para resultado: 30 dias

Elaborado e revisado por:

Etienne Wessler Coan

Marcia Prussak

Page 168: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

Página 164 de 236

11 MONONUCLEOSE

Solicitação no GAL: Mononucleose Etiologia: Vírus Epstein Barr – pertence à família Herpesviridae.

Documentos requeridos:

Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínico/laboratoriais;

Critérios para realização do exame:

Exame realizado somente como auxílio no esclarecimento de casos graves e sem

etiologia definida, não fazendo parte da rotina do Lacen/PR

Material: Soro

Volume: 2 mL

Número de amostras: 1

Período de coleta: A critério médico

Preparo do paciente: Jejum não obrigatório

Acondicionamento e conservação da amostra:

Em tubo de poliestireno com tampa de cor amarela (fornecido pelo Lacen/PR).

Refrigerar entre 2 a 8 °C por até 72 horas. Após este prazo, congelar a –20°C.

Transporte: Em caixa de isopor com gelo reciclável.

Page 169: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

Página 165 de 236

Metodologia:

a) Enzimaimunoensaio (EIE) – IgM e IgG

b) Ensaio Imunoenzimático por Fluorescência (ELFA) – IgM e IgG

Prazo para resultado: 30 dias.

Elaborado e revisado por:

Etienne Wessler Coan

Marcia Prussak.

Page 170: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

Página 166 de 236

12 POLIOMIELITE

Solicitação no GAL: Paralisia Flácida Aguda

O Lacen/PR encaminha ao Laboratório de Referência Nacional – Fundação Instituto

Osvaldo Cruz (FIOCRUZ/RJ).

Etiologia: Poliovírus gênero Enterovírus composto de três sorotipos 1,2 e 3.

Documentos requeridos:

a) Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e, de

dados clínicos/laboratoriais;

b) Sinan – Ficha de Investigação do Agravo, com todos os campos preenchidos.

Critérios para realização do exame:

Exame encaminhado ao Laboratório de Referência Nacional, em cumprimento ao

Programa de Erradicação da Poliomielite nas Américas.

Material: Fezes

Volume: 8 g ou 2/3 da capacidade de um coletor universal.

Número de Amostras: 1

Período de coleta:

Na fase aguda da doença, até o 14º dia do início da deficiência motora.

Acondicionamento e conservação da amostra:

Em frasco limpo e seco (coletor universal), vedar bem. Refrigerar entre 2 a 8 °C por

no máximo 2 dias, ou congelar a –20 °C. Não utilizar congelador de geladeira.

Page 171: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

Página 167 de 236

Transporte: Em caixa de isopor com gelo reciclável.

Metodologia:

Isolamento em cultura celular

Reação em Cadeia de Polimerase – PCR

Prazo para resultado: 30 dias

Elaborado e revisado por:

Irene Skraba

Page 172: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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13 RAIVA ANIMAL

Solicitação no GAL: Raiva Animal

Etiologia: Rabdovírus do gênero Lyssavirus.

Documentos requeridos:

a) Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do animal, nome

do proprietário, endereço, e dados clínicos;

Critérios para realização do exame:

a) Para definir a conduta em relação ao paciente (pessoa agredida).

b) Para se conhecer o risco de transmissão da doença na área de procedência do

animal.

Material:

a) Fragmentos do Sistema Nervoso Central (SNC) ou cabeça.

b) Morcegos: devem ser enviados inteiros.

Volume: Não aplicável

Número de Amostras: 1

Período de coleta: Post mortem imediato.

Preparo do paciente: Não aplicável

Acondicionamento e conservação da amostra:

a) Fragmentos de cérebro: colocar em frasco limpo e seco com tampa de rosca.

b) Cabeças de animais/morcegos: deverão ser embalados em saco plástico,

devidamente fechado e identificado.

Refrigerar entre 2 a 8 °C por até 24 horas. Após este prazo, congelar a –20 °C.

Page 173: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Transporte: Em caixa de isopor com gelo reciclável. Metodologia:

a) Imunofluorescência Direta - IFD

b) Prova Biológica

Prazo para resultado: c) Imunofluorescência Direta - IFD: 24 horas

a) Prova biológica: 30 dias

Elaborado e revisado por:

Anaclete Fellini

Page 174: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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14 RAIVA HUMANA

Solicitação no GAL: Raiva – Soroneutralização Etiologia:

Rabdovírus do gênero Lyssavirus, pertencente à família Rhabdoviridae

Documentos requeridos:

Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínico/laboratoriais;

Critérios para realização do exame: Suspeita clínica.

Material:

Fragmentos do Sistema Nervoso Central (SNC), corno de Ammon, córtex e

cerebelo.

Volume: Não aplicável

Número de amostras: 1

Período de coleta: Post mortem imediato

Preparo do paciente: Não aplicável.

Acondicionamento e conservação da amostra:

Colocar os fragmentos de cérebro em frasco limpo e seco com tampa de rosca.

Refrigerar entre 2 a 8 °C por até 24 horas. Após este prazo, congelar a –20°C.

Transporte: Em caixa de isopor com gelo reciclável.

Page 175: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Metodologia:

a) Imunofluorescência direta – IFD

b) Prova Biológica

Prazo para resultado:

a) Imunofluorescência Direta – IFD: 24 horas

b) Prova biológica: 30 dias

Em caso de resultado positivo, a comunicação será imediata por telefone e a

liberação preliminar no GAL.

Elaborado e revisado por:

Anaclete Fellini

Page 176: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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15 RAIVA - TITULAÇÃO DE ANTICORPOS ANTIRRÁBICOS

Solicitação no GAL: Raiva

Lacen/PR envia ao Laboratório de Referência Nacional – Instituto Pasteur/SP.

Documentos requeridos:

a) Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínico/laboratoriais.

b) Sinan – Ficha de Investigação do Agravo, com todos os campos preenchidos.

Critérios para realização do exame:

Controle sorológico anual dos profissionais que se expõem permanentemente ao

risco de infecção ao vírus da Raiva, administrando-se uma dose de reforço sempre

que os títulos forem inferiores a 0,5 UI/mL.

Material: Soro.

Volume: 2 mL

Número de Amostras: 1

Período de coleta:

1 a 3 semanas após a última dose do esquema de vacinação ou após a

administração de dose de reforço anual.

Preparo do paciente: Jejum não obrigatório.

Acondicionamento e conservação da amostra:

Em tubo de poliestireno com tampa de cor amarela (fornecido pelo Lacen/PR).

Refrigerar entre 2 a 8 °C por até 72 horas. Após este prazo, congelar a –20°C.

Page 177: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Transporte: Em caixa de isopor com gelo reciclável

Metodologia: Microtécnica de soroneutralização em cultivo celular

Prazo para resultado: 30 dias

Elaborado e revisado por:

Anaclete Fellini

Page 178: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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16 RUBÉOLA

Solicitação no GAL: Rubéola Isolamento Viral e Biologia Molecular: O Lacen/PR encaminha ao Laboratório de

Referência Nacional Fundação Instituto Osvaldo Cruz (FIOCRUZ/RJ).

Etiologia: Vírus da Rubéola – gênero Rubivírus, família Togaviridae.

Documentos requeridos:

Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínico/laboratoriais, incluindo data de início do exantema.

Critérios para realização do exame:

- Suspeita da doença (febre e exantema);

- Para recém-nato com má formação congênita e/ou suspeita de Síndrome da

Rubéola Congênita.

Material:

a) Soro

b) Urina: quando for indicado isolamento viral.

c) Swab combinado de nasofaringe quando for indicado isolamento viral. Coletar

amostras da narina direita, narina esquerda e orofaringe utilizando um swab de

rayon para cada sítio.

Importante: Não deverá ser utilizado swab de algodão, porque

interfere nas metodologias moleculares utilizadas.

Volume:

a) Soro: 2 mL

b) Urina: 20 a 50 mL

c) Swab combinado de nasofaringe: não aplicável

Page 179: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Número de Amostras:

1 ou 2

A solicitação de segunda amostra, quando necessário, será feita pelo Lacen/PR ou

pelo Serviço de Epidemiologia.

Período de coleta: a) Soro: Coleta Oportuna: do 1º ao 28º dia após o exantema;

b) Urina e Swab combinado de nasofaringe: Até o 5º dia a partir do aparecimento do

exantema.

Preparo do paciente: Jejum não obrigatório

Acondicionamento e conservação da amostra:

a) Soro: Em tubo de poliestireno com tampa de cor amarela (fornecido pelo

Lacen/PR). Refrigerar entre 2 a 8 °C por até 72 horas. Após este prazo, congelar

a –20 °C.

b) Swab combinado de nasofaringe: Após a coleta, inserir os 3 swab coletados

(narina direita, narina esquerda e orofaringe) no tubo contendo meio de

transporte viral previamente descongelado. Cortar o excesso da haste dos swab,

tampar o frasco, lacrar. Refrigerar as amostras entre 2 a 8 ºC. Encaminhar o mais

rápido possível ao Lacen/PR, no prazo máximo de 24 horas após a coleta. Não

coletar em dias que não seja possível obedecer este prazo. Nunca congelar os

frascos.

c) Urina: “in natura” – Em frasco estéril. Refrigerar as amostras entre 2 a 8 ºC.

Encaminhar o mais rápido possível ao Lacen/PR, no prazo máximo de 24 horas

após a coleta. Não coletar em dias que não seja possível obedecer este prazo.

Nunca congelar os frascos.

Transporte:

Soro: em caixa de isopor com gelo reciclável.

Amostras para isolamento: em caixa de isopor com bastante gelo reciclável, no

prazo máximo de 24 horas.

Page 180: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

Página 176 de 236

Metodologia:

a) Enzimaimunoensaio (EIE) – IgM, IgG e Avidez

b) Ensaio Imunoenzimático por Fluorescência (ELFA) – IgM, IgG

c) Reação em Cadeia de Polimerase - PCR

d) Isolamento Viral

Prazo para resultado:

a) Sorologia:

IgM: 4 dias

IgG: 15 dias.

b) Reação em Cadeia de Polimerase - PCR: 60 dias

c) Isolamento Viral: 60 dias

Importante: Os casos IgM Reagente ou Inconclusivos são repassados

imediatamente para a Divisão de Vigilância de Doenças

Transmissíveis – DVVTR.

Elaborado e revisado por:

Etienne Wessler Coan

Marcia Prussak

Page 181: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

Página 177 de 236

17 SARAMPO

Solicitação no GAL: Sarampo Isolamento Viral e Biologia Molecular: O Lacen/PR encaminha ao Laboratório de

Referência Nacional – Fundação Instituto Osvaldo Cruz (FIOCRUZ/RJ).

Etiologia: Vírus do Sarampo, gênero Morbillivírus, família Paramyxoviridae.

Documentos requeridos:

Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínico/laboratoriais, incluindo a data de início do exantema.

Critérios para realização do exame:

a) Suspeita da doença (febre e exantema);

b) Suspeita de Panencefalite Esclerosante Subaguda (PEESA).

Material:

a) Soro

b) Urina: quando for indicado isolamento viral.

c) Swab combinado de nasofaringe quando for indicado isolamento viral. Coletar

amostras da narina direita, narina esquerda e orofaringe utilizando um swab de

rayon para cada sítio.

Importante: Não deverá ser utilizado swab de algodão, porque

interfere nas metodologias moleculares utilizadas.

d) Líquido cefalorraquidiano – LCR (Líquor) e soro – indicado na suspeita de

PEESA.

Volume:

a) Soro: 2 mL

b) Urina: 20 a 50 mL

c) Líquor : 2 mL.

Page 182: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

Página 178 de 236

Número de Amostras:

1 ou 2 – A solicitação de segunda amostra, quando necessária, será feita pelo

Lacen/PR ou pelo Serviço de Epidemiologia.

Período de coleta:

a) Soro: coleta oportuna – do 1º ao 28º dia após o exantema;

b) Urina e Swab combinado: até o 5º dia a partir do aparecimento do exantema;

c) Líquor e soro (PEESA): a critério médico.

Preparo do paciente: Jejum não obrigatório.

Acondicionamento e conservação da amostra:

a) Soro: Em tubo de poliestireno com tampa de cor amarela (fornecido pelo

Lacen/PR). Refrigerar entre 2 a 8 °C por até 72 horas. Após este prazo, congelar

a – 20 °C.

b) Swab combinado de nasofaringe: Após a coleta, inserir os 3 swab coletados

(narina direita, narina esquerda e orofaringe) no tubo contendo meio de

transporte viral previamente descongelado. Cortar o excesso da haste dos swab,

tampar o frasco, lacrar. Refrigerar as amostras entre 2 a 8 ºC. Encaminhar o mais

rápido possível ao Lacen/PR, no prazo máximo de 24 horas após a coleta. Não

coletar em dias que não seja possível obedecer este prazo. Nunca congelar os

frascos.

c) Urina: “in natura”: Em frasco estéril. Refrigerar as amostras entre 2 a 8 ºC.

Encaminhar o mais rápido possível ao Lacen/PR, no prazo máximo de 24 horas

após a coleta. Não coletar em dias que não seja possível obedecer este prazo.

Nunca congelar os frascos.

d) Líquor: Em frasco estéril, refrigerar entre 2 a 8 ºC. Encaminhar o mais rápido

possível ao Lacen/PR.

Page 183: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

Página 179 de 236

Transporte:

a) Líquor e Soro: em caixa de isopor com gelo reciclável.

b) Amostras para isolamento: em caixa de isopor com bastante gelo reciclável, no

prazo máximo de 24 horas.

Metodologia:

a) Enzimaimunoensaio (EIE) – IgM e IgG

b) Reação em Cadeia de Polimerase - PCR

c) Isolamento Viral

Prazo para resultado:

a) Sorologia

- IgM: 4 dias

- IgG: 15 dias

b) Reação em Cadeia de Polimerase – PCR: 60 dias

c) Isolamento Viral: 60 dias

Importante: Os casos IgM Reagente ou Inconclusivos são repassados

imediatamente para a Divisão de Vigilância de Doenças

Transmissíveis – DVVTR.

Elaborado e revisado por:

Etienne Wessler Coan

Marcia Prussak

Page 184: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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18 VARICELA

Solicitação no GAL: Varicela Etiologia: Vírus Varicella–zoster, família Herptoviridae.

Documentos requeridos:

Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínico/laboratoriais.

Critérios para realização do exame:

Exame realizado somente como auxílio no esclarecimento de casos graves e sem

etiologia definida, não fazendo parte da rotina do Lacen/PR.

Material: Soro

Volume: 2 mL

Número de Amostras: 1

Período de coleta: A critério médico

Preparo do paciente: Jejum não obrigatório

Acondicionamento e conservação da amostra:

Em tubo de poliestireno com tampa de cor amarela (fornecido pelo Lacen/PR).

Refrigerar entre 2 a 8 °C por até 72 horas. Após este prazo, congelar a –20°C.

Transporte: Em caixa de isopor com gelo reciclável

Metodologia: Enzimaimunoensaio (EIE) – IgM e IgG

Page 185: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Prazo para resultado: 30 dias

Elaborado e revisado por:

Etienne Wessler Coan

Marcia Prussak

Page 186: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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19 VÍRUS RESPIRATÓRIOS – PARA UNIDADES SENTINELA/MS

Solicitação no GAL: Pesquisa de Vírus Respiratórios – IFI

Amostras para Isolamento em Cultura Celular.o Lacen/PR envia ao Laboratório de

Referência Nacional – Fundação Instituto Osvaldo Cruz (FIOCRUZ/RJ).

Etiologia:

Influenza A e B, Parainfluenza 1, 2 e 3, Vírus Sincicial Respiratório (RSV) e

Adenovírus.

Documentos requeridos:

a) Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínico/laboratoriais;

b) Para a SMS/Curitiba: Encaminhar ficha de informação clínica e laboratorial

preenchida.

Critérios para realização do exame:

Caso suspeito de doença respiratória aguda grave (apresentando ou não fator de

risco para complicações).

Esta pesquisa é realizada apenas para as Unidades Sentinela definidas pelo

Ministério da Saúde.

Material:

Aspirado de nasofaringe (ANF): Coletar com bomba a vácuo acoplada ao coletor

plástico de secreções (bronquinho) e sonda uretral nº 6.

Volume: Não se aplica.

Número de Amostras: 1

Page 187: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Período de coleta:

Até o 5° dia após o início dos sintomas, preferencialmente nos três primeiros dias.

Preparo do paciente: Não aplicável

Acondicionamento e conservação da amostra:

Após a coleta do ANF, aspirar os 3 mL de meio de transporte viral (fornecido pelo

Lacen/PR) para dentro do bronquinho. Enrolar a sonda no coletor guardando-o na

própria embalagem.

Refrigerar as amostras entre a 2 a 8 ºC, por no máximo 48 horas. Nunca congelar.

Importante: As células epiteliais infectadas com vírus são

extremamente lábeis e, portanto facilmente danificáveis pelo manuseio

inapropriado ou pela demora em seu processamento.

Transporte: Em caixa de isopor com gelo reciclável.

Metodologia:

a) Imunofluorescência Indireta (IFI) Painel de Anticorpos Monoclonais.

b) Isolamento em cultura celular

c) Reação em Cadeia de Polimerase - PCR

Prazo para resultado:

a) IFI: 7 dias

b) Isolamento em cultura celular: 30 dias.

c) PCR: 20 dias.

Elaborado e revisado por:

Irene Skraba

Rafaela Pintan Inamassu

Page 188: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

Página 184 de 236

20 OUTROS EXAMES REALIZADOS NA SEÇÃO DE VIROLOGIA

Sumário

20.1 Febre Maculosa..........................................................................................185

20.2 Leptospirose Humana ................................................................................187

Page 189: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

Página 185 de 236

20.1 Febre Maculosa

Solicitação no GAL: Febre Maculosa – 1ª, 2ª ou amostra única

Etiologia: Rickettsia rickettsii.

Documentos requeridos:

a) Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínico/laboratoriais;

b) Sinan – Ficha de Investigação do Agravo, com todos os campos preenchidos.

Critérios para realização do exame:

Para confirmar caso suspeito em indivíduo que apresente: febre de moderada a

alta, cefaléia, mialgia, história de picada de carrapatos e/ou contato com animais

domésticos e/ou silvestres e/ou tenha freqüentada área sabidamente de

transmissão de Febre Maculosa, nos últimos quinze dias; ou, ainda, indivíduo que

apresente febre de início súbito, mialgia, cefaléia, seguida por aparecimento de

exantema maculopapular, entre dois a cinco dias dos sintomas e/ou manifestações

hemorrágicas.

Material: Soro

Volume: 2 mL

Número de amostras: 2

Período de coleta:

A 1ª amostra deve ser coletada no início dos sintomas, e a 2ª coletar após

intervalo de 14 dias. Enviar as duas amostras juntas ao Lacen/PR.

Importante: Enviar amostra única somente em caso de óbito.

Preparo do paciente: Não aplicável

Page 190: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Acondicionamento e conservação da amostra:

Em tubo de poliestireno com tampa de cor amarela (fornecido pelo Lacen/PR).

Refrigerar entre 2 a 8°C por até 72 horas. Após esse prazo, congelar a –20 °C.

Transporte: Em caixa de isopor com gelo reciclável.

Metodologia: Imunofluorescência Indireta (IFI)

Prazo para resultado: 7 dias

Elaborado e revisado por:

Anaclete Fellini

Carla Gomes da Silva Bortoleto

Page 191: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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20.2 Leptospirose Humana

Solicitação no GAL: Leptospirose Humana Etiologia: Gênero Leptospira

Documentos requeridos:

a) Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínico/laboratoriais;

b) Sinan – Ficha de Investigação do Agravo, com todos os campos preenchidos

Critérios para realização do exame:

a) Para confirmação de diagnóstico em indivíduos que apresentem: febre, cefaléia,

mialgia e ainda:

b) Presença de antecedentes epidemiológicos sugestivos nos trinta dias anteriores

à data do início dos sintomas: após exposição a enchentes, alagamentos, lama

ou coleções hídricas; exposição a fossas, esgoto, lixo e entulho; atividades que

envolvam risco ocupacional; vínculo epidemiológico com um caso confirmado por

critério laboratorial; residir ou trabalhar em área de risco para a

Leptospirose.Apresente pelo menos um dos seguintes sinais ou sintomas:

c) Sufusão conjuntival; sinais de insuficiência renal aguda; icterícia e/ou aumento de

bilirrubinas; fenômeno hemorrágico.

Material:

a) Soro: para EIE IgM e MAT

b) Sangue total coletado com heparina: para isolamento

Volume: 2 mL

Número de Amostras:

d) Soro: 1 para EIE IgM e 2 para MAT

e) Sangue total: 1

Page 192: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Período de coleta:

Fase aguda:

a) Para Enzimaimunoensaio (EIE) – IgM: coletar 1 amostra a partir do 5º dia após

o início dos sintomas.

b) Para o Teste de Aglutinação Microscópica (MAT): recomenda-se a coleta de

amostras pareadas - a primeira na fase aguda e a segunda após 10 dias a partir

da data de coleta da primeira.

c) Para o isolamento bacteriano: coletar até o 5º dia do início dos sintomas.

Preparo do paciente: Jejum não obrigatório

Acondicionamento e conservação da amostra:

a) Soro: Em tubo de poliestireno com tampa de cor amarela (fornecido pelo

Lacen/PR). Refrigerar entre 2 a 8 °C por até 72 horas. Após este prazo, congelar

a –20 °C.

b) Sangue total com heparina: No próprio tubo da coleta (com heparina). Manter a

temperatura ambiente e encaminhar o mais rápido possível ao Lacen/PR, de

preferência no prazo máximo de 24 horas após a coleta.

Importante: Não coletar em dias que não seja possível obedecer este

prazo.Nunca refrigerar os frascos.

Transporte:

a) Soro: em caixa de isopor com gelo reciclável.

b) Sangue total com heparina: em caixa de isopor à temperatura ambiente

Metodologia:

a) Enzimaimunoensaio (EIE) – IgM

b) Teste de Aglutinação Microscópica (MAT): identificação dos sorovares.

c) Isolamento da bactéria.

Page 193: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Prazo para resultados:

a) Enzimaimunoensaio (EIE) – IgM: 7 dias

b) Teste de Aglutinação Microscópica (MAT): 15 dias

c) Isolamento: 30 dias

Elaborado e revisado por:

Irene Skraba

Rafaela Pintan Inamassu

Page 194: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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CONTROLE DE QUALIDADE

SUMÁRIO

1 Hanseníase – Controle de Qualidade Baciloscópica................................ 191

2 Malária – Revisão e Controle de Qualidade Parasitoscópico................... 193

3 Tuberculose – Controle de Qualidade Baciloscópica ............................... 196

Page 195: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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1 HANSENÍASE – CONTROLE DE QUALIDADE BACILOSCÓPICA

Etiologia: Mycobacterium leprae (Bacilo de Hansen)

Documentos requeridos:

Controle de Qualidade das Baciloscopias de Hanseníase: Preencher todos os

campos de identificação.

Critérios para realização do exame: Controle de Qualidade

Material:

Lâminas coradas.

Após ter sido realizada a coleta para baciloscopia, as lâminas fixadas, coradas e

examinadas devem ser guardadas em geladeira até o envio para o Lacen/PR para o

controle de qualidade.

Número de amostras: Todas as lâminas examinadas no mês, no laboratório local.

Período de envio: Até o dia 10 do mês subseqüente.

Acondicionamento e conservação da amostra:

As lâminas coradas devem ser acondicionadas em caixas de transporte próprias,

evitando poeiras, umidade, calor intenso, luz solar e insetos.

Refrigerar entre 2 a 8 °C.

Transporte: Em porta-lâminas identificados (C.Q.B.H.)

Metodologia:

Baciloscopia direta pela coloração de Ziehl Gabbet para avaliar presença ou

ausência do Bacilo de Hansen (M. leprae).

Page 196: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Interpretação:

- É fornecido pelo índice baciloscópico (IB) de cada esfregaço. A média aritmética

dos IB dos diversos locais de coleta fornecerá o índice do paciente (IP).

- IP = carga bacilar

- Também é realizado o índice morfológico (IM), para avaliação da morfologia

bacilar.

- O resultado é fornecido em % de bacilos íntegros e % de bacilos fragmentados:

- IM = ......... % de bacilos íntegros

- IM = ......... % de bacilos fragmentados.

Prazo para resultado: 20 dias

Elaborado e revisado por:

Marília Schinetski Nascimento

Page 197: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

Página 193 de 236

2 MALÁRIA – REVISÃO E CONTROLE DE QUALIDADE DO DIAGNÓSTICO

PARASITOSCÓPICO

Documentos requeridos:

Enviar duas vias do “Resumo Semanal do Laboratório” ao laboratório de revisão de

sua referência, devidamente preenchido.

Critérios para realização do exame: Controle de Qualidade

Material:

a) Lâminas com gota espessa (preferencialmente);

b) Esfregaço distendido de sangue;

c) Gota espessa + esfregaço distendido de sangue para pesquisa de Plasmodium.

Número de Amostras:

A totalidade das amostras de sangue positivas e negativas examinadas durante a

semana.

Período de envio: Sempre na semana subseqüente à análise das amostras.

Importante: No caso de lâminas examinadas e/ou revisadas nos

laboratórios de referência para revisão de diagnóstico de Malária,

recomenda-se o envio mensal de 50 % dessas lâminas para o Controle

de Qualidade do diagnóstico no Lacen/PR.

Acondicionamento da amostra:

Após a análise, remover o óleo de imersão das lâminas utilizando papel absorvente

macio, com maior cuidado quando tratar-se da gota espessa por não ser fixada a

amostra e então colocada em caixas porta lâminas.

Page 198: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

Página 194 de 236

Transporte:

As lâminas deverão ser colocadas em frascos ou caixas próprios para transporte de

lâminas e estas identificadas com:

- Nome do Laboratório que está enviando;

- Município;

- Regional de Saúde;

- Número total de lâminas positivas;

- Número total de lâminas negativas;

- Semana Epidemiológica;

- Identificação do examinador.

Importante: As lâminas devem ser acondicionadas em caixa de

papelão para envio, protegendo os frascos e/ou caixas de lâminas, de

forma a evitar que se quebrem durante o transporte.

Metodologia:

Positivo – Preencher diariamente o Resumo Semanal do laboratório, colocando nas

colunas correspondentes os resultados encontrados nas amostras de sangue

examinadas. A espécie e a densidade parasitária devem ser registradas em cruzes

(+++), por exemplo: ++V; 2 Fg; +++V 3Fg; +++F+V; ++M. Nos resultados menores

que meia cruz (<+/2), registrar o número de parasitos visualizados, por exemplo: 20

V, 15 F. No caso de resultados obtidos a partir de esfregaço, registrar então somente

gênero e espécie, por exemplo: P. vivax; P. falciparum.

Importante: Registrar em primeiro lugar a inicial da espécie dominante,

exemplo: +++F + V; ++V 5 Fg.

Negativo – O examinador anotará, ao final do dia, no Resumo Semanal, o número

de amostras de sangue negativas examinadas.

Terminada a semana serão confrontados o número de lâminas examinadas que

aparecerem no Resumo Semanal do Microscopista (Quadro 1), com o número de

lâminas que enviará ao laboratório de revisão e controle de qualidade (Quadro 2).

O restante das lâminas negativas e positivas não enviadas serão empacotadas e

rotuladas, indicando o total de lâminas, a semana epidemiológica correspondente e

a identificação pessoal do examinador. Estas lâminas só poderão ser descartadas

Page 199: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

Página 195 de 236

ou recuperadas (reutilizadas), quando o laboratório receber os resultados do

controle de qualidade, ou serão examinadas no local quando pela supervisão do

Laboratório Central.

Resultados:

Os resultados das lâminas enviadas para Revisão e/ou Controle de Qualidade, serão

acrescentados ao “RESUMO SEMANAL”, que acompanham as amostras enviadas

ao laboratório de referência.

Prazo para resultado:

30 dias a contar do recebimento das amostras, salvo caso especial em que for

solicitada confirmação urgente para prosseguimento ou alteração da conduta

terapêutica.

Elaborado e revisado por:

Roderlei de Araújo

Page 200: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

Página 196 de 236

3 TUBERCULOSE – CONTROLE DE QUALIDADE BACILOSCÓPICA

Documentos requeridos:

As lâminas devem vir acompanhadas do Xerox da folha do livro de registro com o

nome do laboratório e do técnico responsável pelas baciloscopias.

Material: Lâminas de escarro coradas pela técnica Ziehl-Neelsen.

Número de Amostras:

Todas as lâminas examinadas no período de três meses, devidamente identificadas

pelo número de ordem do livro de registro de Baciloscopia e de Cultura para

Diagnóstico e Controle da Tuberculose (livro branco).

Período de envio: Preferencialmente até o dia 10 do mês subsequente.

Acondicionamento da amostra:

Após a leitura, devem retirar levemente o excesso do óleo de imersão com papel

absorvente sem prejudicar o esfregaço. Colocar o mais breve possível ao abrigo da

luz e dos insetos em caixa porta lâminas.

Transporte:

Em caixas porta lâminas devidamente identificadas com nome do laboratório,

município e Regional de Saúde.

Metodologia:

a) O tamanho da amostra foi desenhado para uma sensibilidade de 80% e uma

especificidade de 100%, em um nível de confiança de 95 %, e adequado ao

índice de positividade da baciloscopia dos laboratórios analisados, para obter-se

uma amostragem de lâminas positivas e negativas.

b) Foi determinada uma amostra de 80 lâminas, por laboratório a ser avaliado em

função do número médio de exames realizados pelos laboratórios locais e a

Page 201: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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capacidade do laboratório avaliador de fazer a releitura. Se no período avaliado o

laboratório não atingir o tamanho da amostra (80 lâminas) deverá ser realizada a

releitura de todas as lâminas.

c) O técnico avaliador não deverá conhecer os resultados das lâminas recebidas

antes de realizar as releituras.

- A releitura das lâminas deverá ser realizada utilizando os critérios de leitura

para diagnóstico, de acordo com o Manual Nacional de Vigilância Laboratorial

da Tuberculose e outras Micobactérias (2008).

- O Ministério da Saúde disponibiliza a nova edição do Manual da Tuberculose

no site:

http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/manual_laboratorio_tb.pdf Resultados:

Avaliação das características macroscópicas e microscópicas das lâminas,

concordâncias/discordâncias dos resultados, conclusão e sugestões de ações

corretivas.

Prazo para resultado: 30 dias

Avaliação das características técnicas das lâminas:

- Avaliação Macroscópica do esfregaço

O técnico avaliador analisará o esfregaço de cada uma das lâminas, classificando-os

como:

a) Satisfatório: Homogêneo

b) Não satisfatório: Não homogêneo

Espesso

Delgado

Page 202: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

Página 198 de 236

- Avaliação Microscópica

O técnico avaliador analisará a coloração de cada uma das lâminas, classificando-as

como:

a) Satisfatório

b) Não satisfatório:

Descoloração inadequada

Presença de cristais de fucsina

Excesso de aquecimento

Nota: O critério para qualificar as características técnicas relacionadas acima será

baseado na avaliação das deficiências que eventualmente ocorram, podendo induzir

a erros de interpretação e, portanto, a resultados falso-positivos ou falso-negativos.

De acordo com a avaliação das características técnicas, as lâminas do laboratório

são caracterizadas como:

a) Adequada: Porcentagem de esfregaço adequado + porcentagem de coloração

adequada / 2 > 80.

b) Inadequada: Porcentagem de esfregaço adequado + porcentagem de coloração

adequada / 2 < 80.

Avaliação das concordâncias/discordâncias nos resultados

As diferenças dos resultados no número de cruzes em lâminas positivas, não são

consideradas discordâncias significativas para o diagnóstico do paciente.

São classificadas como discordantes:

a) Falso Negativa (FN): lâminas com resultado negativo no laboratório local e

positivo na releitura.

b) Falso Positiva (FP): lâminas com resultado positivo no laboratório local e

negativo na releitura.

Page 203: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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O cálculo da concordância é feito de acordo com a tabela a seguir:

Análise de Concordância

Laboratório Avaliador

(LACEN)

Positivo Negativo Total

Positivo

Negativo

Laboratório

Local Total

- N0 Lâminas FN _________

- % Relativo de FN _________

- N0 Lâminas FP _________

- % Relativo de FP _________

Laboratório Avaliador (LACEN)

Positivo Negativo Total

Positivo (a) (b) (a+b)

Negativo (c) (d) (c+d)

Laboratório

Local

Total (a+c) (b+d) (a+b+c+d)

- % concordância: (a+d) / (a+b+c+d)

- Resultados FN: ( c )

- Resultados FP: ( b )

- % relativo de resultados FN: [c/ (c+d)] x 100 (No FN/ Total resultados

negativos do Laboratório Local x 100)

- % relativo de resultados FP: [b/ (a+b)] x 100 (No. FP/ Total resultados

positivos do Laboratório Local x 100)

Toda vez que uma releitura caracteriza uma discordância deverá ser realizada uma

segunda releitura confirmatória, por outro técnico.

Page 204: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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As lâminas com discordâncias confirmadas deverão ser revistas junto com o técnico

do laboratório local, para verificação da discordância, na visita técnica.

Diferenças de resultados em lâminas com 1 a 9 BAAR em 100 campos observados,

não são classificadas como discordâncias importantes. Nestes casos, porém, a

diferença é anotada no informe correspondente, no campo de Observações no

relatório.

O índice de concordância (C) esperada é de 100% e é expresso de acordo com a

seguinte fórmula:

C% = Nº lâminas concordantes / total de lâminas relidas x 100

Elaborado e revisado por:

Cleia Tedeschi Costa Gomes

Rosa Ramos Lopes

Page 205: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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LABORATÓRIO DE APOIO TOXICOLOGIA HUMANA

SUMÁRIO

1. Dosagem de Ácido Delta Aminolevulínico (ALA-U) ............................. 202

2. Dosagem de Colinesterase (Diagnóstico de Intoxicação por Organofosforados

e Carbamatos)..................................................................................... 204

3. Pesquisa de Chumbo .......................................................................... 206

4. Pesquisa de Mercúrio .......................................................................... 209

Page 206: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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1 DOSAGEM DE ÁCIDO DELTA AMINOLEVULÍNICO (ALA-U)

Solicitação no GAL: Ácido Delta Aminolevulínico (ALA-U)

Lacen/PR envia ao Laboratório de Apoio.

Etiologia: Exposição ao Chumbo.

Documentos requeridos:

Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínico/laboratoriais;

Critérios para realização do exame:

É o indicador de efeito mais utilizado nas exposições ao chumbo.

Material:

Urina recente (início ou final jornada de trabalho).

Acidificar a urina com Ácido Acético 8 M (conservante), a fim de atingir um pH entre

4 e 4,5. Adicionar 1 gota de Ácido Acético 8 M para cada 5 mL de urina.

Volume: 20 a 50 mL

Número de amostras: 1

Período de coleta: A critério médico

Preparo do paciente:

O trabalhador deverá estar em trabalho contínuo sem afastamento maior que

quatro dias. Horário de coleta não é crítico.

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Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Acondicionamento e conservação da amostra:

Em frasco de polietileno branco ou opaco para proteger da luz. A amostra é viável

até cinco dias com conservante e refrigeração entre 2 °C a 8 °C. Não congelar a

amostra. Enviar ao Lacen/PR em no máximo dois dias após a coleta.

Importante: Observar o prazo para coleta e envio para que o

recebimento no Lacen/PR ocorra até a 5ª feira pela manhã a fim de

possibilitar o envio ao laboratório de apoio.

Transporte: Em caixa de isopor, com gelo reciclável.

Metodologia: Espectrofotometria UV/Visível

Prazo para resultado: 15 dias

Elaborado e revisado por:

Célia Fagundes da Cruz

Elizabeth El Hajjar Droppa

Page 208: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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2 DOSAGEM DE COLINESTERASE (DIAGNÓSTICO DE INTOXICAÇÃO POR

ORGANOFOSFORADOS E CARBAMATOS)

Solicitação no GAL: Colinesterase Plasmática ou Colinesterase Eritrocitária

Lacen/PR envia ao Laboratório de Apoio

Etiologia: Organofosforados e Carbamatos

Documentos requeridos:

Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínico/laboratoriais;

Critérios para realização do exame:

As dosagens das colinesterases são os parâmetros para controle biológico da

exposição aos organofosforados e carbamatos, as quais se encontram diminuídas.

Há dois tipos de colinesterase no sangue:

a) Colinesterase verdadeira (acetilcolinesterase ou colinesterase eritrocitária) – é

mais usada para avaliar exposição crônica aos organofosforados;

b) Pseudocolinesterase (benzoilcolinesterase ou colinesterase 2, ou, colinesterase

plasmática).

Material:

a) Soro: Colinesterase Plasmática b) Sangue total com EDTA: Colinesterase Eritrocitária Volume:

a) Soro – 2 mL b) Sangue total – 4 mL

Número de amostras: 1

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Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Período de coleta: A critério médico.

Preparo do paciente: Jejum não obrigatório

Acondicionamento e conservação da amostra:

a) Soro – Em tubo de poliestireno com tampa de cor amarela (fornecido pelo

Lacen/PR). Refrigerar entre 2 a 8 °C por até 72 horas.

b) Sangue total – No próprio tubo da coleta. Manter à temperatura ambiente e

encaminhar ao Lacen/PR, no mesmo dia da coleta. Nunca refrigerar os frascos.

Importante: Observar o prazo para coleta e envio para que o

recebimento no Lacen/PR ocorra até a 5ª feira pela manhã a fim de

possibilitar o envio ao laboratório de apoio.

Transporte:

a) Soro – Em caixa de isopor, com gelo reciclável.

b) Sangue total – Em caixa de isopor à temperatura ambiente.

Metodologia: a) Colinesterase Plasmática: Ensaio Colorimétrico

b) Colinesterase Eritrocitária: Cinético Prazo para resultado: 15 dias

Elaborado e revisado por:

Célia Fagundes da Cruz

Page 210: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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1 PESQUISA DE CHUMBO

Solicitação no GAL: Chumbo

Lacen/PR envia ao Laboratório de Apoio.

Etiologia:

Chumbo – Contaminante ambiental em conseqüência de seu largo emprego

industrial. Apresenta efeito acumulativo no organismo e deposita-se nos ossos com

uma meia-vida de cerca de vinte anos.

Documentos requeridos:

Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínico/laboratoriais.

Critérios para realização do exame:

Pacientes expostos ao risco profissional e clínica compatível. Pesquisa de chumbo

no sangue: É um indicador biológico de exposição e serve para avaliar a dose

interna de chumbo no sangue. Pesquisa de chumbo na urina: É um indicador

biológico de exposição menos exato que o chumbo no sangue em função das

flutuações de sua excreção. A portaria NR-7 considera o chumbo urinário como

indicador biológico para as exposições ao chumbo tetraetila (chumbo orgânico). A

via renal representa o mecanismo mais importante de excreção do chumbo, também

é útil após a administração de agentes quelantes.

Material:

a) Sangue total: coletar 5 mL de sangue em tubo com heparina.

b) Urina recente.

Volume:

a) Sangue total: 5 mL

b) Urina: 5 mL

Page 211: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Número de amostras: 1

Período de coleta: A critério médico.

Preparo do paciente:

- Questionar se o paciente está em uso de agentes quelantes.

a) Sangue: O horário de coleta não é crítico desde que o trabalhador esteja em

trabalho contínuo nas últimas 4 semanas, sem afastamento maior que 4 dias.

b) Urina: Coletar o jato médio da urina com retenção de 4 horas entre as micções.

Recomenda-se coletar a amostra de final de jornada de trabalho. Coletar da

seguinte forma:

- Lavar as mãos e a genitália antes da coleta com água e sabão, secar, desprezar o

1º jato de urina, coletar o jato do meio, e desprezar o 3º jato. Entregar a urina no

laboratório em até 2 horas após a coleta.

Importante: Para evitar contaminação da amostra, recomenda-se que

a coleta do material não seja feita no ambiente de trabalho e o paciente

não deve estar usando as roupas e/ou uniforme usados no trabalho.

Acondicionamento e conservação da amostra:

a) Sangue: Em tubo próprio fornecido pelo Lacen/PR (tampa azul). Refrigerar entre

2 a 8°C, em até 48 horas.

b) Urina: Em frasco de polietileno branco ou opaco para proteger da luz. Refrigerar

entre 2°C a 8°C, em até 48 horas. Não congelar as amostras.

Enviar as amostras ao Lacen/PR em no máximo 48 horas após a coleta.

Importante: Observar o prazo para coleta e envio para que o

recebimento no Lacen/PR ocorra até a 5ª feira pela manhã a fim de

possibilitar o envio ao laboratório de apoio.

Transporte: Em caixa de isopor, com gelo reciclável.

Metodologia: Espectrofotometria de absorção atômica

Page 212: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Prazo para resultado: 15 dias

Elaborado e revisado por:

Célia Fagundes da Cruz

Page 213: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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2 PESQUISA DE MERCÚRIO

Solicitação no GAL: Mercúrio

Lacen/PR envia ao Laboratório de Apoio

Etiologia: Mercúrio (metal pesado)

Documentos requeridos:

Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínico/laboratoriais;

Critérios para realização do exame:

Exposição ao mercúrio (vapores, soluções, contaminação alimentar, etc.)

Material:

a) Urina: Acidificar a urina com ácido nítrico 6 N utilizando 1 mL de ácido para

10 mL de urina observando um pH entre 4 e 4,5.

b) Sangue total coletado com heparina.

Volume:

a) Urina: 50 mL

b) Sangue total: 10 mL

Número de amostras: 1

Período de coleta: A critério médico.

Preparo do paciente:

a) Sangue: jejum não obrigatório.

Page 214: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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b) Urina: Não coletar no local de trabalho. Coletar o jato médio da urina com

retenção de 4 horas entre as micções. Recomenda-se a 1ª urina da manhã.

Coletar da seguinte forma:

Lavar as mãos e a genitália antes da coleta com água e sabão, secar, desprezar o

1º jato de urina, coletar o jato do meio, e desprezar o 3º jato. Entregar a urina no

laboratório em até 2 horas após a coleta.

Importante: Para evitar contaminação da amostra, recomenda-se que

a coleta do material não seja feita no ambiente de trabalho e o paciente

não deve estar usando as roupas e/ou uniforme usados no trabalho. Acondicionamento e conservação da amostra:

c) Sangue: No próprio tubo da coleta. Refrigerar entre 2 a 8 °C, em até 48 horas.

d) Urina: Em frasco de polietileno branco ou opaco para proteger da luz. Refrigerar

entre 2 a 8 °C, em até 48 horas.

Não congelar as amostras.

Enviar as amostras ao Lacen/PR em no máximo 48 horas após a coleta.

Importante: Observar o prazo para coleta e envio para que o

recebimento no Lacen/PR ocorra até a 5ª feira pela manhã a fim de

possibilitar o envio ao laboratório de apoio.

Transporte: Em caixa de isopor com gelo reciclável

Metodologia: Espectrofotometria de absorção atômica

Prazo para resultado: 15 dias

Elaborado e revisado por:

Célia Fagundes da Cruz

Page 215: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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LABORATÓRIOS DE REFERÊNCIA E COLABORADORES

SUMÁRIO

1 Botulismo.................................................................................................. 212

2 Brucelose ................................................................................................. 215

3 Cisticercose.............................................................................................. 217

4 Doença de Lyme ...................................................................................... 219

5 Esquistossomose ..................................................................................... 221

6 Hidatidose ................................................................................................ 223

7 Leishmaniose Visceral Humana – LVH .................................................... 225

8 Toxocaríase.............................................................................................. 227

Page 216: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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1 BOTULISMO

Solicitação no GAL: Botulismo

Lacen/PR envia ao Laboratório de Referência Nacional – Instituto Adolfo

Lutz/Seção de Microbiologia de Alimentos.

Etiologia: Clostridum botulinun – toxina

São três os tipos de transmissão:

a) Botulismo alimentar – os alimentos mais comumente envolvidos são: conservas

vegetais, principalmente as artesanais; produtos cárneos cozidos, curados e

defumados de forma artesanal; pescados defumados, salgados e fermentados;

queijos e pastas de queijos e, raramente alimentos enlatados industrializados.

b) Botulismo por ferimentos – ocasionado pela contaminação de ferimentos com o

C. botulinun que em condições de anaerobiose, assume a forma vegetativa e

produz toxina in vivo.

c) Botulismo intestinal – resulta da ingestão de esporos presentes no alimento,

seguida da fixação e multiplicação do agente no ambiente, onde ocorre a produção

e absorção de toxina.

Documentos requeridos:

a) Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínico/laboratoriais;

b) Sinan – Ficha de Investigação do Agravo, com todos os campos preenchidos.

Importante: Antes de encaminhar o material para o Lacen/PR notificar

nos números de telefones abaixo:

CIEVS (41) 3330-4416, 3330-4492 e 3330-4493

Divisão de Vigilância Sanitária de Alimentos (41) 3330-4472.

Page 217: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Critérios para realização do exame:

Suspeita clínica – a anamnese e o exame físico e neurológico do paciente são

imprescindíveis para o diagnóstico do botulismo.

Material:

a) Amostras biológicas: soro, fezes e lavado gástrico. Encaminhar ao Lacen/PR -

Unidade Guatupê.

b) Amostra alimentar: alimentos potencialmente sujeitos à contaminação:

Encaminhar ao Lacen/PR - Unidade Alto da XV, de acordo com as orientações

do Manual de Coleta e Envio de Amostras de Vigilância Sanitária e Ambiental ao

Lacen/PR.

Volume:

Amostras Período máximo coleta Volume

Soro 8 dias 11mL

Fezes 3 dias 15g

Lavado

gástrico/vômito

3 dias

15g

Importante: Sempre que possível, coletar as amostras em quantidades

superiores às indicadas para o diagnóstico específico.

Número de Amostras: 01 ou a critério médico e/ou epidemiológico.

Período de coleta:

Amostras clínicas devem ser coletadas o mais precocemente possível, conforme

tabela acima, e anteceder à administração de soro antibotulínico (SAB), para evitar

que a toxina ativada seja neutralizada antes da coleta.

Preparo do paciente: Não se aplica

Page 218: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Acondicionamento e conservação da amostra:

a) Soro: Em tubo de poliestireno com tampa de cor amarela (fornecido pelo

Lacen/PR). Refrigerar entre 2 a 8 °C por até 72 horas. Após este prazo, congelar

a –20°C.

b) Fezes/lavado gástrico e vômito: frasco plástico descartável com tampa de rosca e

boca larga. Refrigerar entre 2 a 8 °C até o momento do envio, em no máximo 12

horas.

Transporte: Em caixa de isopor, com gelo reciclável.

Metodologia:

a) Bioensaio em camundongos inoculação intraperitonial;

b) Detecção de Toxina Botulínica.

Prazo para resultado: 20 dias

Elaborado e revisado por:

Célia Fagundes da Cruz

Elizabeth El Hajjar Droppa

Page 219: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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2 BRUCELOSE

Solicitação no GAL: Brucelose Enviar amostra ao Lacen/PR - Unidade de Fronteira.

Rua Santos Dumont, 460 - Centro

85851-040 - Foz do Iguaçu - Paraná.

Etiologia:

O gênero Brucella. A forma mais grave da doença em humanos é atribuída à

Brucella mellitensis.

Documentos requeridos:

Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínico/laboratoriais;

Critérios para realização do exame:

Suspeita clínica aliada à história epidemiológica de ingestão de produtos animais

contaminados mal cozidos, não pasteurizados ou esterilizados.

Material: Soro

Volume: 2 mL

Número de Amostras: 1

Período de coleta: Início da doença.

Preparo do paciente: Jejum não obrigatório.

Acondicionamento e conservação da amostra:

Page 220: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Em tubo de poliestireno com tampa de cor amarela (fornecido pelo Lacen/PR).

Refrigerar entre 2 a 8°C por até 72 horas. Após este prazo, congelar a –20°C.

Transporte: Em caixa de isopor, com gelo reciclável.

Metodologia:

a) Soroaglutinação – IgG

b) Enzimaimunoensaio (EIE) – IgM

Prazo para resultado: 7 dias

Elaborado e revisado por:

Elizabeth El Hajjar Droppa

Marcia Prussak

Page 221: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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3 CISTICERCOSE

Solicitação no GAL: Cisticercose

Lacen/PR envia ao Laboratório de Referência Instituto Adolfo Lutz/SP.

Etiologia: Cysticercus cellulosae (larva da Taenia solium)

Documentos requeridos:

Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínico/laboratoriais;

Critérios para realização do exame:

Para confirmação do diagnóstico de neurocisticercose, cuja suspeita decorre de

exames de imagem: raios-x (identifica apenas cisticercos calcificados), tomografia

computadorizada e ressonância nuclear magnética.

Material: Líquido cefalorraquidiano – LCR (Líquor)

Volume: 2 mL

Número de amostras: 1

Período de coleta: Não se aplica

Preparo do paciente: Não se aplica

Acondicionamento e conservação da amostra:

Colocar 1 a 2 mL no frasco estéril. Refrigerar entre 2 a 8 °C por até 72 horas. Após

esse prazo, congelar a –70 °C. Caso não tenha essa possibilidade, congelar a –20

°C por até 48 horas.

Page 222: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Transporte: Em caixa de isopor com bastante gelo reciclável.

Metodologia:

a) Imunofluorescência Indireta (IFI) - “In House”

b) Hemaglutinação Indireta – “In House”

Prazo para resultado: 15 dias

Elaborado e revisado por:

Elizabeth El Hajjar Droppa

Page 223: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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4 DOENÇA DE LYME

Solicitação no GAL: Lyme

Lacen/PR envia ao Laboratório Colaborador - Laboratório de Reumatologia da

Universidade de São Paulo (USP).

Etiologia: Borrelia burgdorferi

Documentos requeridos:

a) Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e, de

dados clínico/laboratoriais;

b) Protocolo – Borreliose Humana Brasileira ou Síndrome de Baggio-Yoshinari.

Critérios para realização do exame:

O diagnóstico da Doença de Lyme baseia-se na identificação dos aspectos clínicos

da doença em paciente com relato de exposição (epidemiológico) ao micro-

organismo causal, associadas com testes laboratoriais.

Material: Soro e/ou Líquido cefalorraquidiano – LCR (Líquor)

Importante: Quando o material for líquor, há necessidade de enviar o

resultado da dosagem de proteínas totais junto com o pedido do

exame.

Volume:

a) Soro: 2 mL

b) Líquor: 3 mL

Número de Amostras: 1

Período de coleta: A critério médico

Page 224: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Preparo do paciente: Jejum não obrigatório

Acondicionamento e conservação da amostra:

a) Soro: Em tubo de poliestireno com tampa de cor amarela (fornecido pelo

Lacen/PR).

b) Líquor: em tubo/frasco estéril.

Refrigerar entre 2 a 8 °C por até 72 horas. Após este prazo, congelar a –20 °C.

Transporte: Em caixa de isopor com gelo reciclável

Metodologias:

a) Enzimaimunoensaio (EIE)

b) WESTERN BLOT

Prazo para resultado: 30 dias

Elaborado e revisado por:

Etienne Wessler Coan

Marcia Prussak

Page 225: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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5 ESQUISTOSSOMOSE

Solicitação no GAL: Esquistossomose

Lacen/PR envia ao Laboratório de Referência Nacional FIOCRUZ – Centro de

Pesquisas René Rachou.

Etiologia: Shistossoma mansoni

Documentos requeridos:

Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e, de

dados clínico/laboratoriais;

Critérios para realização do exame:

O teste sorológico tem utilidade em áreas de baixa prevalência da doença, ou em

pacientes com baixa parasitemia e imunodeprimidos.

Material: Soro

Volume: 2 mL

Número de Amostras: 1

Período de coleta: A critério médico

Preparo do paciente: Jejum não obrigatório

Acondicionamento e conservação da amostra:

Em tubo de poliestireno com tampa de cor amarela (fornecido pelo Lacen/PR).

Refrigerar entre 2 a 8°C por até 72 horas. Após este prazo, congelar a –20°C.

Transporte: Em caixa de isopor com gelo reciclável

Page 226: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Metodologia: Enzimaimunoensaio (EIE)

Prazo para resultado: 30 dias

Elaborado e revisado por:

Etienne Wessler Coan

Marcia Prussak

Page 227: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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6 HIDATIDOSE

Solicitação no GAL: Hidatidose

Lacen/PR envia ao Laboratório de Referência Nacional FIOCRUZ - RJ

Etiologia: Helmintos da classe Eucestoda, do gênero Echinococcus

Documentos requeridos:

a) Requisição da instituição solicitante;

b) Pedido médico;

c) Ficha de Diagnóstico de Hidatidose

Critérios para realização do exame:

Para confirmar o diagnóstico clínico-epidemiológico, quando há manifestações

sugestivas e o indivíduo é oriundo de área endêmica.

Material:

a) Soro

b) Líquido hidático

c) Líquido pulmonar

d) Cisto hidático

e) Biópsia tecidual

Volume:

a) Soro – 2 mL

b) Líquido hidático em formol – 5 mL

c) Líquido pulmonar/Cisto hidático/Biópsia tecidual – não se aplica

Número de amostras: 1

Período de coleta: A critério médico.

Page 228: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Preparo do paciente:

a) Soro: Jejum não obrigatório

b) Outros: coletar durante procedimento cirúrgico.

Acondicionamento e conservação da amostra:

a) Soro: Em tubo de poliestireno com tampa de cor amarela (fornecido pelo

Lacen/PR). Refrigerar entre 2 a 8 °C por até 72 horas. Após este prazo, congelar

a –20°C.

b) Líquido hidático/líquido pulmonar: Em frasco limpo, na proporção de uma parte

do líquido para duas partes de formol. Manter a temperatura ambiente.

c) Cisto hidático e biópsia tecidual: Em frasco limpo. Cobrir com formol e lacrar.

Manter a temperatura ambiente.

Transporte:

a) Soro: Em caixa de isopor com gelo reciclável.

b) Outros: Em caixa de isopor à temperatura ambiente.

Metodologia:

Sorológico - Immunoblot para detecção de anticorpos IgG;

Parasitológico: exame direto e histopatológico (cisto hidático/biópsia tecidual)

Prazo para resultado: 15 dias

Elaborado e revisado por:

Célia Fagundes da Cruz

Page 229: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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7 LEISHMANIOSE VISCERAL HUMANA – LVH

Solicitação no GAL: Leishmaniose Visceral Humana – LVH

Lacen/PR envia à Fundação Ezequiel Dias/FUNED.

Etiologia: Leishmania chagasi

Documentos requeridos:

a) Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínico/laboratoriais;

b) Requisição do médico com todos os campos preenchidos;

Critérios para realização do exame:

Para confirmar o diagnóstico clínico-epidemiológico, quando há manifestações

sugestivas e o indivíduo é oriundo de área endêmica.

Material: Soro

Volume: 2 mL

Número de Amostras: 1

Período de coleta: A critério médico

Preparo do paciente: Jejum não obrigatório

Acondicionamento e conservação da amostra:

Em tubo de poliestireno com tampa de cor amarela (fornecido pelo Lacen/PR).

Refrigerar entre 2 a 8°C por até 72 horas. Após este prazo, congelar a –20°C.

Transporte: Em caixa de isopor com gelo reciclável

Page 230: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Metodologias:

a) Imunofluorescência Indireta (IFI)

b) Imunocromatografia

Prazo para resultado: 15 dias

Elaborado e revisado por:

Célia Fagundes da Cruz

Page 231: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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8 TOXOCARÍASE

Solicitação no GAL: Toxocaríase

Lacen/PR envia ao Laboratório de Zoonoses e Doenças Transmitidas por Vetores da

Prefeitura do Município de São Paulo/Secretaria Municipal de Saúde

Etiologia: Toxocara canis

Documentos requeridos:

c) Cadastro no GAL: Preencher todos os campos de identificação do paciente e de

dados clínico/laboratoriais;

d) Ficha Epidemiológica, com todos os campos preenchidos;

Critérios para realização do exame: Suspeita clínica.

Material: Soro

Volume: 2 mL

Número de Amostras: 1

Período de coleta: A critério médico

Preparo do paciente: Jejum não obrigatório

Acondicionamento e conservação da amostra:

Em tubo de poliestireno com tampa de cor amarela (fornecido pelo Lacen/PR).

Refrigerar entre 2 a 8°C por até 72 horas. Após este prazo, congelar a -20 °C.

Transporte: Em caixa de isopor com gelo reciclável

Page 232: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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Metodologias:

a) Enzimaimunoensaio (EIE)

b) Imunocromatografia

Prazo para resultado: 30 dias

Elaborado e revisado por:

Etienne Wessler Coan

Marcia Prussak

Page 233: Manual de Coleta e Envio de Amostras

Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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PARTE IV – BIBLIOGRAFIAS CONSULTADAS

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Cartilha de Proteção Respiratória

contra Agentes Biológicos para Trabalhadores de Saúde. Brasília, 2009. 95 p.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de

Vigilância Epidemiológica. Guia de Vigilância Epidemiológica. 7. ed. Brasília, 2009.

816 p. (Série A. Normas e Manuais Técnicos).

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de

Vigilância Epidemiológica. Manual Nacional de Vigilância Laboratorial da

Tuberculose e outras Micobactérias / Ministério da Saúde, 2008. 436p.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de

DST, Aids e Hepatites Virais. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para

Tratamento da Hepatite Viral C e Coinfecções. Brasília, 2011. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de

DST, Aids e Hepatites Virais. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para

Tratamento da Hepatite Viral Crônica B e Coinfecções. Brasília, 2010.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de

Vigilância Epidemiológica. Guia de Vigilância Epidemiológica e Eliminação da

Filariose Linfática. Brasília, 2009. 80 p. (Série A. Normas e Manuais Técnicos)

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Manual de

Vigilância da Leishmaniose Tegumentar Americana. 2. ed.. Brasília, 2007.180 p.

(Série A. Normas e Manuais Técnicos).

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de Vigilância

Epidemiológica. 6. ed.. Brasília, 2005. 816 p. – (Série A. Normas e Manuais

Técnicos)

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Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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FONTES, G., ROCHA, E. M .M., BRITO, A.C., ANTUNES, C.M.F. Lymphatic

Filariasis in Brazilian Urban Area (Maceió, Alagoas). Memórias do Instituto Oswaldo

Cruz, v.93, n.6, p.705-710, 1998.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Saúde. Laboratório Central de Saúde Pública.

Curitiba. Manual de Exames, 2002.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Saúde. Departamento de Vigilância e Controle

em Agravos Estratégicos. Plano de Enfrentamento a Influenza Pandêmico (H1N1)

2009 - Segunda Onda.

SANTA CATARINA. Secretaria de Estado da Saúde. Laboratório Central de Saúde

Pública. Manual de Orientações para Coleta, Preparo e Transporte de Material

Biológico. Florianópolis, 2006

SÃO PAULO (estado). Secretaria de Estado da Saúde. Instituto Adolfo Lutz. Seção

de Bacteriologia. Setor de Bactérias Piogênicas. São Paulo, 2010.

SILVA, E. C. B. F.; SILVA, M. A. L.; OLIVEIRA, P. A. S.. Filariose Linfática: Avanços e Perspectivas do Diagnóstico Laboratorial. Revista Brasileira de Análises Clínicas, Rio de Janeiro, v. 40, n.3, p. 177-181, 2008. Revisão.

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Manual de Coleta e Envio de Amostras Biológicas ao Lacen/PR

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PARTE V – DOCUMENTOS REQUERIDOS

Os documentos, abaixo relacionados, encontram-se disponíveis no endereço

www.lacen.saude.pr.gov.br em Manuais.

1. FICHA DE CONTROLE DE QUALIDADE DE MALÁRIA

2. FICHA DE DIAGNÓSTICO DE HIDATIDOSE

3. FICHA DE DIAGNÓSTICO DE MICOSES SISTÊMICAS

4. FICHA DE NOTIFICAÇÃO DOENÇAS PRIÔNICAS

5. FICHA DE MARCADORES DE HEPATITE

6. FICHA DE SÍNDROME FEBRIL ÍCTERO HEMORRÁGICO AGUDA - SFIHA

7. PROTOCOLO PARA DOENÇA DE LYME – BORRELIOSE HUMANA

BRASILEIRA OU SÍNDROME DE BAGGIO-YOSHINARI

8. TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA PESQUISA

DE DOENÇAS PRIÔNICAS

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ANEXO X – HISTÓRICO DAS MUDANÇAS

Item Síntese da mudança

Todo Manual Foi alterado em todos os itens desde o título, que ficou mais amplo, até a estruturação, distribuição e descrição dos procedimentos. Sendo assim, há a necessidade da leitura integral do documento.