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MANUAL DE CIVISMO E CIDADANIA Este pequeno breviário é uma contribuição do DLC-12 aos LC, no sentido de organizar suas cerimônias segundo a legislação e normas vigentes, bem como orientar as efemérides que merecem uma assembleia especial. Sendo também base para trabalho com comunidades e escolas, incentivando o culto ao civismo em estudantes e cidadãos. Este Guia de Eventos, Cerimonial e Protocolo tem como finalidade contribuir para a padronização dos eventos que acontecem nos LC. Muitas vezes, um evento é apenas um ponto de uma série de atividades que acontecem sobre determinado tema. Em outras ocasiões, é a peça principal. Mas em qualquer das situações, a abertura de um evento é sempre uma vitrine de destaque. Nessa lógica, a execução do cerimonial e a ordem do protocolo contribuem, fundamentalmente, para o sucesso da realização dos eventos. O cerimonial deve respeitar às regras protocolares instituídas pela legislação vigente para assegurar uma boa condução do evento. O cerimonial não depende apenas do desempenho de quem o apresenta, já que há uma série de regras que devem ser seguidas para garantir a ordem hierárquica, bem como detalhes que farão com que o evento, independente da dimensão, seja bem visto pelo público participante. Os eventos são acontecimentos que devem ser planejados para assegurar os melhores resultados. O cerimonial não existe para ser um incômodo, tampouco o protocolo para ser “quebrado”, mas para facilitar a organização e beneficiar os participantes. O trabalho desenvolvido na organização geral de um evento e na condução do cerimonial e protocolo contribui na formação da imagem que as pessoas envolvidas vão guardar da instituição. Para o Lions é de fundamental importância que as pessoas levem uma boa imagem da instituição. Por isso, recomendamos aos LC criarem um grupo de trabalho para estudo do assunto. DEFINIÇÃO Civismo- Refere-se a atitudes e comportamentos que no dia-a-dia manifestam os cidadãos na defesa de certos valores e práticas assumidas como os deveres fundamentais para a vida coletiva, visando a preservar a sua harmonia e melhorar o bem-estar de todos. Mais especificamente, o civismo consiste no respeito aos valores, às instituições e às práticas especificamente políticas de um país. Dessa forma, o civismo é uma questão de cultura política e de filosofia política. Além disso, os conceitos de cidadania e de republicanismo também estão associados de maneira positiva ao civismo. Entretanto, por vezes o civismo é tomado como sinônimo de nacionalismo, pressupondo um comportamento mais beligerante, a que se associa a xenofobia. Portanto civismo é a dedicação pelo interesse público, é o patriotismo que cada cidadão deve ter no seu dia a dia, para isso devemos conhecer bem os nossos símbolos nacionais e as relações entre as pessoas que se encontram em uma situação de equilíbrio de condições em uma sociedade.

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Page 1: MANUAL DE CIVISMO - Webnode · 2017. 9. 6. · Da Apresentação dos Símbolos Nacionais SEÇÃO I Da Bandeira Nacional Art. 10º A Bandeira Nacional pode ser usada em todas as manifestações

MANUAL DE CIVISMO E CIDADANIA

Este pequeno breviário é uma contribuição do DLC-12 aos LC, no sentido de organizar suas

cerimônias segundo a legislação e normas vigentes, bem como orientar as efemérides que merecem

uma assembleia especial.

Sendo também base para trabalho com comunidades e escolas, incentivando o culto ao civismo

em estudantes e cidadãos.

Este Guia de Eventos, Cerimonial e Protocolo tem como finalidade contribuir para a padronização dos

eventos que acontecem nos LC.

Muitas vezes, um evento é apenas um ponto de uma série de atividades que acontecem sobre

determinado tema. Em outras ocasiões, é a peça principal. Mas em qualquer das situações, a abertura de um

evento é sempre uma vitrine de destaque.

Nessa lógica, a execução do cerimonial e a ordem do protocolo contribuem, fundamentalmente, para o

sucesso da realização dos eventos. O cerimonial deve respeitar às regras protocolares instituídas pela

legislação vigente para assegurar uma boa condução do evento.

O cerimonial não depende apenas do desempenho de quem o apresenta, já que há uma série de regras

que devem ser seguidas para garantir a ordem hierárquica, bem como detalhes que farão com que o evento,

independente da dimensão, seja bem visto pelo público participante.

Os eventos são acontecimentos que devem ser planejados para assegurar os melhores resultados. O

cerimonial não existe para ser um incômodo, tampouco o protocolo para ser “quebrado”, mas para facilitar a

organização e beneficiar os participantes.

O trabalho desenvolvido na organização geral de um evento e na condução do cerimonial e protocolo

contribui na formação da imagem que as pessoas envolvidas vão guardar da instituição. Para o Lions é de

fundamental importância que as pessoas levem uma boa imagem da instituição. Por isso, recomendamos aos

LC criarem um grupo de trabalho para estudo do assunto.

DEFINIÇÃO

Civismo- Refere-se a atitudes e comportamentos que no dia-a-dia manifestam os cidadãos na

defesa de certos valores e práticas assumidas como os deveres fundamentais para a vida coletiva, visando a preservar a sua harmonia e melhorar o bem-estar de todos. Mais especificamente, o civismo consiste no respeito aos valores, às instituições e às práticas especificamente políticas de um país.

Dessa forma, o civismo é uma questão de cultura política e de filosofia política. Além disso, os conceitos de cidadania e de republicanismo também estão associados de maneira positiva ao civismo.

Entretanto, por vezes o civismo é tomado como sinônimo de nacionalismo, pressupondo um comportamento mais beligerante, a que se associa a xenofobia.

Portanto civismo é a dedicação pelo interesse público, é o patriotismo que cada cidadão deve ter no seu dia a dia, para isso devemos conhecer bem os nossos símbolos nacionais e as relações entre as pessoas que se encontram em uma situação de equilíbrio de condições em uma sociedade.

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É muito comum confundir civismo com militarismo. Civismo é o mesmo que civilismo e vem do latim civis, que quer dizer cidadão. Civismo, pois, é o sentimento de patriotismo e de nacionalismo.

O termo civismo consiste no respeito aos valores, instituições e as práticas políticas de um país diariamente. Um mau civista é um individuo que para na vaga de deficiente físico, mesmo não sendo. Já a cidadania são os direitos e deveres deste cidadão, ainda que ele não seja um bom civista e continue a parar em local proibido, assume o risco de levar uma multa e sabe disso.

E quem tem direito também tem dever, não basta saber que se pode isso ou aquilo; precisa ter consciência e educação para praticar tanto a cidadania quanto o civismo.

O cidadão que conhece suas obrigações pode e deve ser cobrado quando deixa de cumpri-las, tudo isso parece óbvio, mas o que se vê hoje em dia é uma população sem acesso a informação e que continua a ter hábitos do mau cidadão.

Civismo e cidadania são termos que se entrelaçam para designar o estágio de conhecimento do cidadão na sociedade em que está inserido, além de fazerem parte da educação que deve ser experimentada por ele em seu lar e em ambiente educacional.

Feliz é o povo que vê na educação de seus semelhantes um instrumento para a prática do civismo e da cidadania de forma consciente. Vamos fazer parte deste povo que pratica civismo e a cidadania em nossas cidades?

Desenvolvimento

Para os LC como clubes de serviço, campanhas de cunho educacional permanente é bem mais produtiva que campanhas assistencialistas, pois traduzem o efeito desejado pela fundação do movimento, que é a transformação de vida das pessoas dando-lhes oportunidade de ascensão social.

Se observarmos atentamente em nossas comunidades, veremos quanta falta de civismo e cidadania existe, por falta de conhecimento de leis, educação em regras de convivência, egoísmo e outras práticas nocivas.

O estudo desta observação nos oferece um rico material, para desenvolver campanhas visando o aprimoramento da nossa sociedade.

Baseado em datas comemorativas, quer de acontecimentos, quer de homenagens, sugerimos através de um calendário cívico/social, algumas datas em que poderão ser desenvolvidas atividades ao longo do AL. Ficando a critério de cada LC a escolha de outras datas, de acordo com sua vocação, bem com o engenho e a arte peculiar.

Calendário Comemorativo

Como, normalmente, os LC fazem recesso para os festejos de final de ano, iniciaremos com datas a partir do final de janeiro.

Janeiro

1 – Confraternização Universal 22- DIA MUNDIAL DO HANSENIANO

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28 – Dia da Abertura dos Portos (1808) 30 –Dia da Não -violência

Fevereiro 21 – Dia da Conquista do Monte Castelo (1945 2ª Guerra Mundial) 24 – Promulgação da Primeira Constituição Republicana (1891) 27 – Dia Nacional do Livro Didático

Março 08 – Dia Internacional da Mulher 21 – Dia Internacional Contra a Discriminação Racial 22 – Dia Mundial da Água 30 – Dia Mundial da Juventude 31 – Dia da Saúde e Nutrição

Abril 01 – Dia da Abolição da Escravidão dos Índios – 1680 04 – Dia Nacional do Parkinsoniano 07 – Dia Mundial da Saúde 08 – Dia Mundial do Combate ao Câncer 13 – Dia do Hino Nacional -1º Execução do Hino Nacional Brasileiro -1831 19 – Dia do Exército Brasileiro 21 – Tiradentes 22 – Comemoração do Descobrimento do Brasil 22 – Dia da Força Aérea Brasileira 23 – Dia de São Jorge Maio 01 – Dia Mundial do Trabalho 08 –Dia da Vitória(Brasil na 2ª Guerra Mundial)

Junho 01 – Semana Mundial do Meio Ambiente 05 – Dia da Ecologia 05 – Dia Mundial do Meio Ambiente

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Julho 01 – Dia da Vacina BCG 26 – Dia da Vovó

Agosto 01 – Dia Mundial da Amamentação 12 – Dia Nacional da Artes 20 – Dia dos Maçons 22 – Dia do Folclore 25 – Dia do Feirante 25 – Dia do Soldado 29 – Dia Nacional de Combate ao Fumo

Setembro 01 – Início da Semana da Pátria 06 – Oficialização da Letra do Hino Nacional 07 – Independência do Brasil – Data Nacional 16 – Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio 21 – Dia da Luta Nacional das Pessoas com Deficiências 23 – Início da Primavera 25 – Dia Nacional do Trânsito 28 – Dia da Lei do Ventre Livre

Outubro 01 – Dia Internacional da Terceira Idade 04 – Dia da Natureza 08 – Dia da Ecologia 08 – Dia do Nascituro 10 – Semana da Ciência e Tecnologia 12 – Dia de Nossa Senhora Aparecida 12 – Dia da Criança 15 – Dia do Professor 16 – Dia Mundial da Alimentação 18 – Dia do Médico 23 – Dia da Aviação e do Aviador 24 – Dia das Nações Unidas – ONU

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Novembro 01 – Dia de Todos os Santos 02 – Dia de Finados 03 – Instituição do Direito e Voto da Mulher (1930) 05 – Dia Nacional da Língua Portuguesa (desde 2005) 15 – Proclamação da República 16 – Semana da Música 19 – Dia da Bandeira 20 – Dia Nacional da Consciência Negra 25 – Dia Nacional do Doador de Sangue

Dezembro 01 – Dia Internacional da Luta Contra a AIDS 08 – Dia da Família 25 – Natal 31 – Reveillon

Sugestão de Atividades

a-Ciclo de palestras em escolas, clubes e entidades,

b-Encenação de peça teatral sobre o tema, com atores locais ou estudantes

c- Ato público em parceria com prefeituras,

d- Organização de Seminários e

e- Divulgação por panfletos ou pela imprensa da lei que regula uso e atitudes perante os símbolos nacionais, buscando maior amor, respeito e orgulho pelo Brasil.

f-Orientar escolas e órgãos públicos quanto ao uso dos símbolos nacionais.

2-Datas Comemorativas.

a- Promoção de ciclos de palestras ou seminários nos Conselhos Municipais ou Clubes,

b- Caso seja assunto referente a saúde ou cidadania, promover Ferira de Saúde e da Cidadania, com ampla panfletagem e divulgação na imprensa. Recomendamos realizar o evento em parceria com o Poder Público, para que haja solução de continuidade,

c- Promover ato solene junto à Câmara Municipal,

d- Para assuntos ambientais proceder atos públicos, tais como caminhadas, plantios de árvores, conscientização de economia de água, etc e

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e- Em questão de cidadania promover campanhas de educação no trânsito, respeito à estacionamentos privativos ,obediência a convenções sociais, etc.

APRESENTAÇÃO DOS SIMBULOS NACIONAIS

LEI Nº 5.700, DE 1º DE SETEMBRO DE 1971

(Apresentação modificada para melhor visualização)

Dispõe sobre a forma e a apresentação dos Símbolos Nacionais e dá outras

providências O Presidente da República, Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

CAPÍTULO III Da Apresentação dos Símbolos Nacionais

SEÇÃO I Da Bandeira Nacional

Art. 10º A Bandeira Nacional pode ser usada em todas as manifestações do sentimento patriótico dos brasileiros, de caráter oficial ou particular. Art. 14º Hasteia-se, obrigatoriamente, a Bandeira Nacional, nos dias de festa ou de luto nacional. em todas as repartições públicas, nos estabelecimentos de ensino e sindicatos. Parágrafo único. Nas escolas Públicas ou particulares, é obrigatório o hasteamento solene da Bandeira Nacional, durante o ano letivo, pelo menos uma vez por semana.

Art. 15º A Bandeira Nacional pode ser hasteada e arriada a qualquer hora do dia ou da noite. Parágrafo Primeiro - Normalmente faz-se o hasteamento às 8 horas e o arreamento às 18 horas. Parágrafo Segundo - No dia 19 de novembro, Dia da Bandeira, o hasteamento é realizado às 12 horas, com solenidades especiais. Parágrafo Terceiro - Durante a noite a Bandeira deve estar devidamente iluminada.

Art. 16º Quando várias bandeiras são hasteadas ou arriadas simultaneamente, a Bandeira Nacional é a primeira a atingir o tope e a última a dele descer.

Art. 23º A Bandeira Nacional nunca se abate em continência.

SEÇÃO II Do Hino Nacional

Art. 24º A execução do Hino Nacional obedecerá às seguintes prescrições: I - Será sempre executado em andamento metronômico de uma semínima igual a 120 (cento e vinte). II - É obrigatória a tonalidade de si bemol para a execução instrumental simples. III - Far-se-á o canto sempre em uníssono. IV - Nos casos de simples execução instrumental, tocar-se-á a música integralmente, mas sem repetição; nos casos de execução vocal, serão sempre cantadas as duas partes do poema. V - Nas continências ao Presidente da República, para fins exclusivos do Cerimonial Militar, serão executados apenas a introdução e os acordes finais, conforme a regulamentação específica. Art. 25º Será o Hino Nacional executado: I - Em continência à Bandeira Nacional e ao Presidente da República, ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal, quando incorporados; e nos demais casos

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expressamente determinados pelos regulamentos de continência ou cerimônias de cortesia internacional. II - Na ocasião do hasteamento da Bandeira Nacional previsto no parágrafo único do artigo 14. Parágrafo Primeiro - A execução será instrumental ou vocal de acordo com o cerimonial previsto em cada caso. Parágrafo Segundo - É vedada a execução do Hino Nacional em continência, fora dos casos previstos no presente artigo. Parágrafo Terceiro - Será facultativa a execução do Hino Nacional na abertura de sessões cívicas, nas cerimônias religiosas a que se associe sentido patriótico, no início ou no encerramento das transmissões diárias das emissoras de rádio e televisão, bem assim para exprimir regozijo público em ocasiões festivas. Parágrafo Quarto - Nas cerimônias em que se tenha de executar um Hino Nacional Estrangeiro, este deve, por cortesia, preceder o Hino Nacional Brasileiro.

SEÇÃO III Das Armas Nacionais

Art.26º É obrigatório o uso das Armas Nacionais: VI- Nas Prefeituras e Câmaras Municipais. IX- Na frontaria, ou no salão principal das escolas públicas.

SEÇÃO IV Do Selo Nacional

Art. 27º O Selo Nacional será usado para autenticar os atos de governo e bem assim os diplomas e certificados expedidos pelos estabelecimentos de ensino oficiais ou reconhecidos.

CAPÍTULO IV Das Cores Nacionais

Art. 28º Considera-se cores nacionais o verde e o amarelo. Art. 29º As cores nacionais podem ser usadas sem quaisquer restrições, inclusive associadas a azul e branco.

CAPÍTULO V

Do Respeito Devido à Bandeira Nacional e ao Hino Nacional

Art. 30º Nas cerimônias de hasteamento ou arreamento, nas ocasiões em que a Bandeira se apresentar em marcha ou cortejo, assim como durante a execução do Hino Nacional, todos devem tomar atitude de respeito, de pé e em silêncio, os civis do sexo masculino com a cabeça descoberta e os militares em continência, segundo os regulamentos das respectivas corporações. Parágrafo único. É vedada qualquer outra forma de saudação. Art. 31º São consideradas manifestações de desrespeito à Bandeira Nacional, e portanto proibidas: I - Apresentá-la em mau estado de conservação. II - Mudar-lhe a forma, as cores, as proporções, o dístico ou acrescentar-lhe outras inscrições. III - Usá-la como roupagem, reposteiro, pano de boca, guarnição de mesa, revestimento de tribuna, ou como cobertura de placas, retratos, painéis ou monumentos a inaugurar. IV - Reproduzi-la em rótulos ou invólucros de produtos expostos à venda. Art. 32º As Bandeiras em mau estado de conservação devem ser entregues a qualquer Unidade Militar, para que sejam incineradas no Dia da Bandeira, segundo o cerimonial peculiar.

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Art. 33º Nenhuma bandeira de outra nação pode ser usada no País sem que esteja ao seu lado direito, de igual tamanho e em posição de realce, a Bandeira Nacional, salvo nas sedes das representações diplomáticas ou consulares. Art. 34º É vedada a execução de qualquer arranjo vocal do Hino Nacional, a não ser o de Alberto Nepomuceno; igualmente não será permitida a execução de arranjos artísticos instrumentais do Hino Nacional que não sejam autorizados pelo Presidente da República, ouvido o Ministério da Educação e Cultura.

CAPÍTULO VI

Das Penalidades

Art. 35º A violação de qualquer disposição da presente lei, excluídos os casos previstos no artigo 44 do Decreto-Lei n. 808, de 29 de setembro de 1969, sujeita o infrator à multa de 1 (uma) a 4 (quatro) vezes o maior salário mínimo em vigor, elevada ao dobro nos casos de reincidência. Art. 36º A autoridade policial que tomar conhecimento da infração de que trata o artigo anterior, notificará o autor para apresentar defesa no prazo de 72 (setenta e duas) horas, findo o qual proferirá a sua decisão, impondo ou não a multa. Parágrafo Primeiro - A autoridade policial, antes de proferida a decisão, poderá determinar a realização, dentro do prazo de 10 (dez) dias, de diligências esclarecedoras, se julgar necessário ou se a parte o requerer. Parágrafo Segundo - Imposta a multa, e uma vez homologada a sua imposição pelo juiz, que poderá proceder a uma instrução sumária, no prazo de 10 (dez) dias, far-se-á a respectiva cobrança, ou a conversão em pena de detenção, na forma da lei penal. Art. 39º É obrigatório o ensino do desenho e do significado da Bandeira Nacional, bem como do canto e da interpretação da letra do Hino Nacional em todos os estabelecimentos de ensino, públicos ou particulares, dos primeiro e segundo graus. Art. 40º Ninguém poderá ser admitido no serviço público sem que demonstre conhecimento do Hino Nacional.

Saudações Civis

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As pessoas devem estar de pé, em silêncio e com respeito, a bandeira deve estar descoberta, sem nenhuma pessoa a frente ou objeto atrapalhando o visualização.

Por lei, escolas públicas e particulares são obrigadas a hastear a bandeira nacional pelo menos uma vez por semana.

Em Linha de Mastro (nº par de bandeiras)

A bandeira do Brasil deve se posicionar ao centro-direita do dispositivo, ou seja, a esquerda do observador (consulte figura acima). Sempre do lado direito deverá estar com uma bandeira a menos.

Por ordem de importância países, estados, municípios e instituições, sempre da direita pra esquerda.

Ex.: na figura acima se fossemos hastear bandeiras seria nesta ordem: Estados Unidos, Brasil, Município e Instituição.

Em Recinto Fechado

Neste caso deverá ser usada em mastro à direita da mesa ou desfraldada na posição central em cima do presidente da sessão.

A bandeira deve estar descoberta, sem nenhuma pessoa à frente ou objeto atrapalhando o visualização.

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Em Linha de Mastro (nº ímpar de bandeiras)

A bandeira do Brasil deve se posicionar ao centro com número igual de bandeiras para cada lado.

A Bandeira nunca deve ser menor, sempre igual ou maior que as outras, caso seja hasteada com outros países deve ser do mesmo tamanho para não ser considerado desrespeito.

A noite a bandeira deve estar iluminada. Não é permitido hastear sem iluminação.

Em Desfiles Militares

Posição de descansar, ombro-armas e em continência.

A Bandeira Nacional, quando hasteada junto com outras, deve ser a primeira a chegar ao topo do mastro e a última a descer.

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Saudações Militares

Abater espadas, continência individual e apresentar armas.

A Bandeira em mau estado de conservação deve ser entregue à unidade militar ou representação mais próxima para ser incinerada.

Reproduzida e Desfraldada

A bandeira nacional pode ser reproduzida (figura avião) ou desfraldada em prédios, paredes em salas de reuniões entre outros lugares. Em hipótese nenhuma a bandeira pode ser desfraldada ou reproduzida na posição vertical.

Em Funeral e Luto Oficial

Pode ser colocada sobre ataúdes, cobrindo o caixão, mas é proibido que seja enterrada. Só em caso de falecimento de uma personalidade importante do cenário nacional leva o presidente a decretar luto oficial, somente assim a bandeira pode ser hasteada a meio-mastro.

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Desfiles Civis

Não pode ser conduzida na posição vertical. Deve estar desfraldada ou em mastros. Ocupará uma posição à frente ou à direta de outra bandeira, em caso de mais de duas bandeiras, se posicionará no centro, à frente das demais.

Composições Artísticas

Em flâmulas, panóplias, escudos, desenhos, deve ser igual ou maior que as outras bandeiras. Deve estar em destaque e descoberto.

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Hino Nacional Brasileiro

Compositor: Poema: Joaquim Osório Duque Estrada / Música: Francisco Manoel da Silva

História e Informações

A letra do hino nacional do Brasil foi escrita por Joaquim Osório Duque Estrada (1870 – 1927) e a música é de Francisco Manuel da Silva (1795-1865). Tornou-se oficial no dia 1 de setembro de 1971, através da lei nº 5700.

Existe uma série de regras que devem ser seguidas no momento da execução do hino. Deve ser executado em continência à Bandeira Nacional, ao presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal e ao Congresso Nacional. É executado em determinadas situações, entre elas: cerimônias religiosas de cunho patriótico, sessões cívicas e eventos esportivos internacionais.

Violoncelista e compositor consagrado, Francisco Manuel da Silva (1795/1865)

compôs em 1823 um hino em comemoração à Proclamação da Independência do

Brasil. Admirador da “Marselhesa”, ele achava que um hino vibrante e triunfal,

como o seu, era mais adequado à celebração do acontecimento do que o

composto por Dom Pedro I, belo também, mas, incapaz de motivar o entusiasmo

do povo.

Pouco divulgada, a composição só seria relembrada em abril de 1831, ao ser

cantada pela multidão que festejava a abdicação de Pedro I, passando a ser

conhecida, com letra de Ovídio Saraiva, como “Hino 7 de Abril”.

Dez anos depois, bem orquestrado, o hino seria executado nos festejos da

Coroação de Dom Pedro II, ganhando a denominação de “Hino da Coroação”.

Então, embora não oficializado, mas já consagrado pela tradição como nosso

Hino Nacional, foi em 1869 tema de uma peça magistral, a “Fantasia Sobre o Hino

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Brasileiro”, composta e tocada num sarau no Paço pelo célebre pianista-

compositor norte-americano Louis Moreau Gottschalck.

Proclamada a República, logo os mais radicais desejaram a feitura de um novo

hino pátrio, considerando o antigo herança do Império. Daí a realização em

janeiro de 1890 de um concurso para a sua escolha que teve a participação de 29

concorrentes. Só que o chefe do governo, marechal Deodoro da Fonseca, decidiu

em boa hora que ao vencedor caberia apenas o título de “Hino da Proclamação

da República”. Isso em razão dos apelos de vários políticos que pediam em nome

do povo a manutenção do velho hino.

Assim, realizado o concurso, foi assinado o Decreto n° 171, de 20.01.1890, que

conservava o “Hino Nacional” e adotava o “Hino da Proclamação da República”,

ou seja, respectivamente, o de Francisco Manuel da Silva e o de Leopoldo Miguez

e José Joaquim Medeiros e Albuquerque.

O Brasil passava então a ter o seu hino oficializado, porém, de forma incompleta

pois faltava-lhe a letra. Tal situação permaneceria ignorada até julho de 1909,

quando o governo instituiu um novo concurso “para escolha de uma composição

poética a se adaptar com todo o rigor à melodia do Hino Nacional”. Ganhadora,

uma poesia de Joaquim Osório Duque Estrada (1870/1927) ainda esperaria vários

anos para afinal ser declarada oficialmente a letra do “Hino Nacional Brasileiro”,

pelo Decreto n°15.671, de 06.09.1922, véspera do Centenário da Independência e

99 anos depois da criação da composição. E, por falar em datas, Francisco

Manuel morreu cinco anos antes do nascimento de seu parceiro Osório Duque

Estrada.

Ouviram do Ipiranga as margens plácidas De um povo heroico o brado retumbante E o sol da liberdade, em raios fúlgidos Brilhou no céu da pátria nesse instante Se o penhor dessa igualdade Conseguimos conquistar com braço forte Em teu seio, ó liberdade Desafia o nosso peito a própria morte! Ó pátria amada Idolatrada Salve! Salve!

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Brasil, um sonho intenso, um raio vívido De amor e de esperança à terra desce Se em teu formoso céu, risonho e límpido A imagem do cruzeiro resplandece Gigante pela própria natureza És belo, és forte, impávido colosso E o teu futuro espelha essa grandeza Terra adorada Entre outras mil És tu, Brasil Ó pátria amada! Dos filhos deste solo és mãe gentil Pátria amada Brasil! II Deitado eternamente em berço esplêndido Ao som do mar e à luz do céu profundo Fulguras, ó Brasil, florão da América Iluminado ao sol do novo mundo! Do que a terra mais garrida Teus risonhos, lindos campos têm mais flores "Nossos bosques têm mais vida" "Nossa vida" no teu seio "mais amores" Ó pátria amada Idolatrada Salve! Salve! Brasil, de amor eterno seja símbolo O lábaro que ostentas estrelado E diga o verde-louro dessa flâmula Paz no futuro e glória no passado Mas, se ergues da justiça a clava forte Verás que um filho teu não foge à luta Nem teme, quem te adora, a própria morte Terra adorada Entre outras mil És tu, Brasil Ó pátria amada! Dos filhos deste solo és mãe gentil Pátria amada Brasil!

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Hino à Bandeira Nacional Compositor: Poema: Olavo Bilac / Música: Francisco Braga

Na inauguração da Escola de Tiradentes do Rio de Janeiro, em 1905, foi cantado o Hino à Tiradentes, sendo a música de Francisco Braga e a letra de Olavo Billac. O Dr. Francisco Pereira Passos, prefeito do Distrito Federal, que assistia às solenidades, determinou ao Dr. Manoel Bonfim, diretor da Instrução Pública, que em todas as escolas municipais deveriam no momento do hasteamento da Bandeira Nacional executar um hino em honra ao Pavilhão Nacional. Foi incumbido de fazer o hino, Francisco Braga e a letra coube a Olavo Billac que nesta época era inspetor escolar. No princípio de 1906, o insti tuto Profissional, hoje “João Alfredo”, executou pela primeira vez o Hino à Bandeira em homenagem a Francisco Braga, que havia sido aluno e mestre da banda do Instituto. Das escolas municipais o hino começou a ser cantado em todas as outras escolas, não apenas no Distrito Federal, mas em todo país. O Hino à Bandeira foi apresentado em grande exibição no Teatro Lírico a 15 de agosto de 1906, para encerrar a festa oferecida pela Prefeitura aos membros da 3ª Conferência Panamericana. Diversas vezes foi o hino executado com grande pompa. O hino foi oficializado com o decreto nº 15.671 de 6 de setembro de 1922. A atual Bandeira Nacional foi adotada pelo decreto n.° 4, de 19 de novembro de 1889, quatro dias após a Proclamação da República (15 de novembro de 1889). Sua elaboração foi realizada por Raimundo Teixeira Mendes (positivista), Miguel Lemos (diretor do Apostolado Positivista do Brasil), Manuel Pereira Reis (astrônomo) e Décio Vilares (pintor).

Salve lindo pendão da esperança!

Salve símbolo augusto da paz! Tua nobre presença à lembrança A grandeza da Pátria nos traz. Recebe o afeto que se encerra em nosso peito juvenil, Querido símbolo da terra, Da amada terra do Brasil! Em teu seio formoso retratas Este céu de puríssimo azul, A verdura sem par destas matas, E o esplendor do Cruzeiro do Sul. Recebe o afeto que se encerra Em nosso peito juvenil, Querido símbolo da terra, Da amada terra do Brasil! Contemplando o teu vulto sagrado, Compreendemos o nosso dever, E o Brasil por seus filhos amado, poderoso e feliz há de ser!

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Recebe o afeto que se encerra Em nosso peito juvenil, Querido símbolo da terra, Da amada terra do Brasil! Sobre a imensa Nação Brasileira, Nos momentos de festa ou de dor, Paira sempre sagrada bandeira Pavilhão da justiça e do amor! Recebe o afeto que se encerra Em nosso peito juvenil, Querido símbolo da terra, Da amada terra do Brasil!