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Manual Coversão alimentos em compostagem

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    INDICEINDICEINDICEINDICE

    Pagina

    NOTA INTRODUTRIA______________________________________________________ 3

    DEFENIO DE AGRICULTURA BIOLGICA_________________________________ 4QUAIS SO OS PRODUTOS DA AGRICULTURA BIOLGICA__________________ 7A NOTIFICAO COMO OPERADOR EM AGRICULTURA BIOLGICA_________ 9MODELO DE NOTIFICAO DA ACTIVIDADE________________________________ ANEXOS AO REGULAMENTO 2092/91

    ANEXO I Princpios de produo biolgica nas exploraes ANEXO I A - Vegetais e produtos vegetais_________________________________

    10

    12ANEXO I B Animais e produtos animais_________________________________ 13ANEXO I C Apicultura e produtos da apicultura_________________________ 20

    ANEXO II A Fertilizantes e correctivos dos solos_______________________________ ANEXO II B Pesticidas______________________________________________________

    2325

    ANEXO II C Matrias-primas para a alimentao animal_______________________ 27ANEXO II D Aditivos e auxiliares tecnolgicos para a alimentao animal________ ANEXO II E Produtos autorizados para a limpeza e desinfeco das instalaes pecurias_____________________________________________________________________

    28 29

    ANEXO VII N mximo de animais/ha________________________________________ 30ANEXO VIII Superfcies mnimas interiores e exteriores por espcie e tipos de produo_____________________________________________________________________

    31

    ORGANISMOS PRIVADOS DE CONTROLO E CERTIFICAO_________________ 32ASSOCIAES RECONHECIDAS COMO ORGANIZAES DE AGRICULTORES EM MPB_____________________________________________________________________ 33

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    NOTA INTRODUTRIANOTA INTRODUTRIANOTA INTRODUTRIANOTA INTRODUTRIA

    O presente manual destina-se a produtores agrcolas do modo de produo convencional, que desejem reconverter as suas exploraes para a Agricultura Biolgica.

    A produo em Agricultura Biolgica assume-se cada vez mais como uma oportunidade para a Agricultura Portuguesa. Por um lado porque produz produtos diferenciados, com um valor acrescentado, que tm registado um aumento na procura por parte do consumidor. Por outro lado este modo de produo faz uso de mtodos e prticas respeitadoras do ambiente, permitindo uma gesto sustentvel do ambiente e da paisagem. Esta forma de fazer agricultura enquadra-se no esprito da actual poltica agrcola europeia que aponta no sentido de uma agricultura em harmonia com o ambiente e no como fonte destabilizadora do equilbrio natural dos ecossistemas. Estes dois vectores fizeram com que a Agricultura Biolgica fosse encarada como um dos instrumentos para um desenvolvimento rural sustentvel.

    O presente texto pretende apenas fornecer um modelo de orientao relativamente aos trmites a seguir pelos interessados em aderir a este modo de produo.

    Neste pequeno guia iremos portanto considerar os seguintes aspectos:

    Em que consiste a Agricultura Biolgica, ou Produo em Modo de Produo Biolgico (MPB), como muitas vezes designada;

    Produtos que podem ser considerados como provenientes do MPB e normas obrigatrias de rotulagem;

    A notificao como Operador em Agricultura Biolgica;

    Modelos de notificao da actividade;

    Uma apresentao orientada dos aspectos fundamentais da legislao;

    Uma lista dos Organismos Privados de Controlo e Certificao;

    Uma lista das Associaes reconhecidas como Organizaes de Agricultores em MPB.

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    DEFENIO DE AGRICULTURA BIOLGICADEFENIO DE AGRICULTURA BIOLGICADEFENIO DE AGRICULTURA BIOLGICADEFENIO DE AGRICULTURA BIOLGICA

    A Agricultura Biolgica um modo de produo em que so utilizadas prticas culturais respeitadoras do equilbrio natural do meio e em que se trabalha em compatibilidade com os ciclos e sistemas naturais da terra, das plantas e dos animais. Este princpio obriga a que seja necessrio manter e encorajar a biodiversidade, protegendo os habitats da fauna e flora selvagens.

    Entre os princpios da Agricultura Biolgica contam-se o da utilizao, sempre que possvel, dos recursos renovveis, a promoo do uso responsvel e a conservao da gua e a utilizao de materiais biodegradveis, reciclveis e reciclados.

    A utilizao racional dos recursos deve conduzir ao estabelecimento de uma fileira de produo, de preparao e de distribuio que seja socialmente justa e ecologicamente responsvel.

    O conceito de Agricultura Biolgica foi legalmente institudo pelo Regulamento CE 2092/91, que at hoje tem vindo a sofrer diversas alteraes e, derrogaes, para alm de ter sido complementado com outros Regulamentos e Anexos ao documento original. O quadro regulamentar que fixa as regras para a produo animal em A. B., por exemplo, s foi aprovado e publicado no Regulamento CE 1804/99. A partir de Janeiro de 2009 entra em vigor o novo Regulamento (CE) 834/2007, no entanto, a matria que constitui os anexos do anterior Regulamento 2092/91, manter-se- at publicao das regras de implementao do novo Regulamento.

    De uma forma geral pode-se dizer que este modo de produo assenta em dois princpios bsicos:

    1. A fertilidade e a actividade biolgica dos solos devem ser mantidas ou melhoradas atravs de:

    a) sistemas de rotao adequados;

    b) incorporao nos solos de matrias orgnicas adequadas;

    c) utilizao de consociaes de culturas no mesmo terreno;

    d) prtica da adubao verde ou siderao com o cultivo de plantas melhoradas.

    2. A luta contra parasitas, doenas e infestantes deve ser feita atravs de:

    a) escolha de espcies e variedades adequadas;

    b) programas de rotao de culturas;

    c) processos mecnicos de cultura;

    d) utilizao dos inimigos naturais dos parasitas das plantas.

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    Fig 1 Uma pilha de composto

    No que diz respeito produo animal, o principal principio norteador deve ser o de fomentar uma elevada resistncia s doenas e prevenir a ocorrncia de infeces atravs de:

    a) escolha de raas bem adaptadas s condies da explorao, privilegiando, sempre que possvel, as raas autctones;

    b) utilizao de alimentos de boa qualidade, tendo em considerao a necessidade de estabelecer um equilbrio harmonioso entre a produo agrcola e a produo pecuria;

    c) possibilidade de facultar ao animal o livre acesso a gua e a espaos abertos de exerccio regular e pastoreio;

    d) garantia de um encabeamento adequado, dadas as consequncias que o sobrepovoamento pode ter para a sade dos animais e para a poluio, nomeadamente dos solos e das guas quer superficiais, quer dos lenis freticos;

    e) construo de alojamentos e instalaes com boas condies de luz e ventilao e de forma que cada animal disponha de uma rea mnima adequada sua espcie, raa, idade e sexo.

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    Fig 2 Explorao de porcos de raa bsara em MPB

    No entanto h que garantir o tratamento de animais doentes com medicamentos veterinrios fitoteraputicos e homeopticos ou com medicamentos veterinrios alopticos de sntese, desde que seja a nica e a mais razovel das solues.

    Em sntese, podemos dizer que em Agricultura Biolgica so privilegiadas todas as medidas preventivas, de forma a evitar a ocorrncia de situaes que obriguem utilizao de medicamentos, produtos fitossanitrios, adubos, etcSo, portanto, excludos neste modo de produo, todos os produtos qumicos de sntese, excepo dos casos claramente referenciados na regulamentao, que apenas podero ser utilizados para os efeitos e nas doses nela definidas.

    Por tal facto, e para que seja possvel estabelecer o equilbrio no sistema solo-planta-animal, necessrio cumprir um perodo de converso entre a agricultura convencional e a agricultura biolgica, cuja durao depende das prticas agrcolas institudas na explorao no perodo anterior converso, da cultura e da espcie animal.

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    QUAIS SO OS PRODUTOS DA AGRICULTURA BIOLGICAQUAIS SO OS PRODUTOS DA AGRICULTURA BIOLGICAQUAIS SO OS PRODUTOS DA AGRICULTURA BIOLGICAQUAIS SO OS PRODUTOS DA AGRICULTURA BIOLGICA

    Os produtores que, cumprindo as regras legalmente definidas para o Modo de Produo Biolgico, estejam sujeitos ao regime de controlo por um Organismo Privado de Certificao e Controlo, podem colocar os seus produtos no mercado com a referncia de que se trata de um produto de Agricultura Biolgica.

    Estes produtos, por serem produzidos sem recurso a produtos qumicos, possuem garantias de segurana e qualidades organolpticas e nutritivas que os distinguem dos demais. Neste sentido podem ser considerados um produto de qualidade, pelo que apresentam um preo ao consumidor superior. Por outro lado, existe j um considervel nmero de consumidores que, conscientes das vantagens para o ambiente e para a preservao dos ecossistemas, que este modo de produo constitui, esto dispostos a pagar a diferena, em nome de um mundo ecologicamente mais sustentvel.

    A existncia no rtulo da meno Agricultura Biolgica Sistema de Controlo CE, uma garantia para o consumidor de que, em toda a fileira produtiva, foram utilizadas as regras estabelecidas pela regulamentao para este modo de produo. Nomeadamente, que o produtor, no inicio da converso, foi sujeito a um regime de verificao que permitiu garantir que tomou as medidas de precauo necessrias para evitar a ocorrncia de situaes graves. Posteriormente o produtor ir ser sujeito a controlos tendentes a verificar se continuam as ser usadas as melhores prticas agrcolas que levam ao cumprimento das regras da agricultura biolgica.

    Fig 3 Stand na Biofach a maior feira de agricultura biolgica da Europa

    Existe tambm um logtipo europeu destinado a distinguir estes produtos, cuja utilizao passa a ser obrigatria a partir de 1 de Janeiro de 2009. Este smbolo pode ser usado nos produtos produzidos na EU ou nos importados de pases terceiros, que possuam

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    sistemas de produo e de controlo equivalentes aos da Comunidade, e que contenham mais de 95% de ingredientes da Agricultura Biolgica.

    Podem ostentar esta designao todos os produtos vegetais, destinados alimentao humana ou no (esto includas por exemplo as fibras de algodo), os produtos de origem animal e seus transformados, os alimentos para animais e respectivas matrias-primas. No esto abrangidos os produtos da caa, da pesca e da aquicultura, as essncias aromticas, o sal, o vinho, o vinagre de vinho e as aguardentes vnicas. A partir de Janeiro de 2009, com a entrada em vigor do Regulamento CE 834/2007, alargada a possibilidade de aplicao da designao produto de agricultura biolgica aos vinhos, aos produtos da aquicultura e s algas marinhas.

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    A A A A NOTIFICAO COMO OPERADOR EM AGRICULTURA BIOLGICANOTIFICAO COMO OPERADOR EM AGRICULTURA BIOLGICANOTIFICAO COMO OPERADOR EM AGRICULTURA BIOLGICANOTIFICAO COMO OPERADOR EM AGRICULTURA BIOLGICA

    A produo em Agricultura Biolgica, para garantir todo um sistema de rigor e de procedimentos harmonizados em todos os pases da Comunidade est, como j se disse, sujeita a um forte quadro regulamentar. Nesta medida, salientamos como um primeiro passo, a necessidade de tomar contacto com toda a legislao em vigor.

    Dado que se trata de uma legislao extensa, e por vezes confusa, apresentamos neste manual um guia de consulta dos anexos ao Regulamento em vigor, assim como excertos daqueles cujo conhecimento nos pareceu mais importante para quem inicia a actividade.

    Para alm de conhecer as regras base aqui enunciadas, extradas da regulamentao, aconselhvel tambm obter conhecimentos sobre este modo de produo. Para tal, poder o produtor dirigir-se a qualquer Associao Reconhecida como Organizao de Agricultores em Modo de Produo Biolgico, as quais dispem de tcnicos reconhecidos pelo MADPR para prestar formao e assistncia tcnica em MPB.

    Para que um produtor seja considerado um operador em Agricultura Biolgica obrigado a notificar esta actividade ao MADRP, em impresso prprio. Neste impresso, para alm dos elementos de identificao, pedido que o produtor indigite o Organismo Privado de Certificao e Controlo que ir proceder ao controlo, assim como a data de realizao, por parte deste Organismo, da primeira aco de controlo.

    Esta data importante, porque a partir dela que comea a contar o perodo para efeitos de tempo de converso da agricultura convencional para a agricultura biolgica. Portanto, antes de proceder notificao da actividade, deve o produtor ter o cuidado de contactar os OPCs reconhecidos, no sentido de fazer uma prospeco de mercado, relativamente a preos praticados e metodologias de trabalho de cada organismo, para poder decidir quanto ao OPC a contratar.

    De uma forma esquemtica podemos assim elencar as etapas a considerar na converso para a Agricultura Biolgica:

    1. Tomar contacto com a legislao em vigor;

    2. Adquirir conhecimentos em A.B.;

    3. Avaliar as consequncias tcnicas e econmicas da mudana;

    4. Efectuar um contrato com um OPC reconhecido;

    5. Notificar a actividade junto do MADRP;

    a. Indicar o OPC que procede ao controlo

    b. Data de realizao da 1 aco de controlo

    6. Respeitar o perodo de converso

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    NOTIFICAO RELATIVA AO MODO DE PRODUO BIOLGICO

    PRODUTORES AGRCOLAS

    ANO ____________ Notificao Renovao Alterao

    A preencher pelo Gabinete de Planeamento e Polticas - GPP

    RRua Padre Antnio Vieira, 1 1099-073 LISBOA Telf: 21 381 93 14 Fax: 21 386 09 52 E-mail: [email protected] Home page: http://www.gpp.pt/ Data de recepo DRA Data de confirmao do OPC N.

    A preencher pelo produtor

    1 - Produtor N. de contribuinte ________________ Nome completo ou denominao social *_________________________________________________ Morada ______________________________________________ Cdigo Postal _______ - ________ Telef ____________Telem ____________Fax ______________ E-mail _______________________

    (*) No caso de se tratar de uma sociedade ou de outras pessoas colectivas, indicar nome do gerente ou administrador. Com excepo do n. de contribuinte, os restantes dados do produtor so tornados pblicos com o objectivo de permitir contactos comerciais. Se no quiser tornar pblico o telefone, o telemvel, o fax ou o email, assinale com a sigla NTP no local prprio.

    2 - Compromissos 2.1. O produtor signatrio compromete-se a respeitar o conjunto das disposies comunitrias e

    nacionais que regulamentam o modo de produo biolgico, bem como, quando aplicvel a legislao em vigor relativa preparao, armazenagem, comercializao, rotulagem e publicidade dos produtos agrcolas e dos gneros alimentcios em geral. Este conjunto de regras est, nomeadamente, definido:

    no que se refere aos vegetais e aos produtos de origem vegetal, no Regulamento (CEE) n 2092/91, do Conselho, de 24 de Junho de 1991(modificado);

    no que se refere aos animais e aos produtos de origem animal, no Regulamento (CE) n. 1804/1999, do Conselho, de 24 de Agosto de 1999;

    2.2. O produtor signatrio compromete-se a actualizar, de acordo com o Parcelrio, esta declarao das culturas e reas correspondentes.

    3 Organismo Privado de Controlo e Certificao OPC (S pode ser controlado por 1 organismo; a alterao de OPC deve ser notificada ao GPP no prazo de 10 dias teis aps ter ocorrido)

    Nome do OPC ____________________________ Data da assinatura do contrato _______________

    Data do 1 controlo ________________________ Data do ltimo controlo _____________________

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    4 Data a partir da qual terminou, nas parcelas em causa, a aplicao de produtos no compatveis com as disposies regulamentares ______________________

    Nome da explorao ________________________________ Concelho _______________________ Freguesia _________________________________ rea total _____________ ha

    5 Resumo da situao

    Produes vegetais (ha) Culturas Em AB Em C1 Em C2 Em C3 AC

    Produes animais (n.) Total Em AB Em C Em AC Bovinos Ovinos Caprinos Sunos Aves Equdeos Apicultura (n de colmeias) Outros (explicitar) AB = Agricultura Biolgica; C = Em converso para a agricultura biolgica; AC = Convencional

    O uso da meno Agricultura Biolgica - Sistema de Controlo CE ou do logotipo europeu est sujeito a autorizao especfica do OPC, no sendo suficiente notificar a actividade.

    Sempre que se verifiquem alteraes nos dados, deve efectuar a respectiva notificao ao GPP - Rua Padre Antnio Vieira, 1 1099-073 LISBOA, Fax: 21 386 09 52.

    A notificao s aceite quando TOTALMENTE preenchida

    Data ____ /____/ ______ Assinatura do produtor ___________________________________

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    EXCERTOS EXCERTOS EXCERTOS EXCERTOS DOS ANEXOS AO REGULAMENTO 2092/91 MODIFICADODOS ANEXOS AO REGULAMENTO 2092/91 MODIFICADODOS ANEXOS AO REGULAMENTO 2092/91 MODIFICADODOS ANEXOS AO REGULAMENTO 2092/91 MODIFICADO (com a colaborao da E(com a colaborao da E(com a colaborao da E(com a colaborao da Eng Celeste Marques)ng Celeste Marques)ng Celeste Marques)ng Celeste Marques)

    ANEXO I PRINCPIOS DE PRODUO BIOLGICA NAS EXPLORAES A. VEGETAIS E PRODUTOS VEGETAIS 1.1 Os princpios enunciados no n 1, alneas a), b) e d), do artigo 6, que figuram, nomeadamente, no presente anexo devem, em geral, ter sido postos em prtica nas parcelas durante um perodo de converso de, pelo menos, dois anos antes da sementeira ou, no caso dos prados, de, pelo menos, dois anos antes da sua explorao para alimentao do gado com produtos de agricultura biolgica, ou, no caso das culturas perenes, com excepo dos prados, de pelo menos trs anos antes da primeira colheita dos produtos referidos no n 1, alnea a), do artigo 1. O perodo de converso tem incio na data em que o produtor notificar a sua actividade em conformidade com o artigo 8 e submeter a sua explorao ao regime de controlo previsto no artigo 9, ou numa data posterior. 1.2 Todavia, com o acordo da autoridade competente, a autoridade ou o organismo de controlo pode decidir reconhecer como parte integrante do perodo de converso, de forma retroactiva, qualquer perodo anterior durante o qual: a) as parcelas tenham sido abrangidas por um programa aplicado nos termos do Regulamento (CEE) n 2078/92 do Conselho, de 30 de Junho de 1992, relativo a mtodos de produo agrcola compatveis com as exigncias da proteco do ambiente e preservao do espao natural ou do captulo VI do Regulamento (CE) n 1257/1999 do Conselho, de 17 de Maio de 1999, relativo ao apoio do Fundo Europeu de Orientao e de Garantia Agrcola (FEOGA) ao desenvolvimento rural e que altera e revoga determinados regulamentos, ou ainda no mbito de outro programa oficial, na condio de os programas em causa garantirem que no sejam utilizados nessas parcelas produtos que no constam das partes A ou B do anexo II; ou b) as parcelas tenham consistido em superfcies naturais ou agrcolas no tratadas com produtos que no constam das partes A ou B do anexo II. O perodo em causa apenas poder ser tido em conta de forma retroactiva na condio de terem sido apresentadas autoridade ou ao organismo de controlo provas suficientes que lhe permitam assegurar-se que os requisitos foram satisfeitos por um perodo mnimo de trs anos. 1.3 A autoridade ou o organismo de controlo poder, por acordo com a autoridade competente, decidir que o perodo acima referido seja em certos casos prolongado para alm do prazo estabelecido no ponto 1.1, tendo em conta a utilizao anterior das parcelas. 1.4 No que respeita s parcelas j convertidas ou em vias de converso para a agricultura biolgica tratadas com um produto que no consta do anexo II, o Estado-Membro pode estabelecer um perodo de converso de durao inferior fixada no ponto 1.1, nos dois casos seguintes: a) parcelas que tenham sido tratadas com um produto que no conste da parte B do anexo II no mbito de uma aco de luta contra uma doena ou um parasita, tornada obrigatria pela autoridade competente do Estado-Membro no seu territrio, ou em determinadas partes deste, relativamente a uma dada cultura. b) parcelas que tenham sido tratadas com um produto que no conste das partes A ou B do anexo II, no caso de experincias cientficas aprovadas pela autoridade competente do Estado-Membro. A durao do perodo de converso ento estabelecida, no respeito de todos os elementos seguintes: - a degradao do produto fitofarmacutico em questo deve garantir, no final do perodo de converso, um nvel de resduos insignificante no solo e, no caso de uma cultura perene, na planta, - a colheita seguinte ao tratamento no pode ser vendida com referncia ao modo de produo biolgico, - o Estado-Membro em questo deve informar os demais Estados-Membros e a Comisso da sua deciso relativa obrigao de tratamento. 2.1 A fertilidade e a actividade biolgica dos solos devemser mantidas ou melhoradas, em primeiro lugar, atravs: b) Do cultivo de leguminosas, culturas para siderao ou plantas com um sistema radicular profundo, segundo um programa de rotao plurianual adequado; c) Da incorporao de estrume animal proveniente do modo de produo biolgico de animais em conformidade com as disposies e as restries da parte B, ponto 7.1, do presente anexo; d) Da incorporao de matrias orgnicas de compostagem ou no, produzida em exploraes que obedeam ao disposto no presente regulamento. 2.2. A aplicao complementar de fertilizantes orgnicos ou minerais a que se refere o anexo II pode ser excepcionalmente efectuada se: - no for possvel uma nutrio adequada das culturas em rotao ou a correco dos solos recorrendo apenas aos mtodos referidos nas alneas a), b) e c) do ponto precedente, - quanto aos produtos do anexo II que dizem respeito ao estrume e/ou a excrementos de animais: esses produtos apenas podem ser utilizados na medida em que, em combinao com o estrume animal referido na alnea b) do ponto 2.1 supra, sejam respeitadas as restries referidas na parte B, ponto 7.1, do presente anexo. 2.3. Para a activao de compostagem podem ser utilizados preparados apropriados base de plantas ou preparados de microrganismos, no geneticamente modificados na acepo do ponto 12 do artigo 4. Os chamados preparados biodinmicos de p de rocha, estrume de animais ou plantas podem tambm ser utilizados para os fins abrangidos pelo presente pargrafo e pelo pargrafo 2.1. 2.4. Para melhorar o estado geral do solo ou a disponibilidade de nutrientes no solo ou nas culturas, podem ser utilizados, se a necessidade dessa utilizao tiver sido reconhecida pelo organismo de controlo ou pela autoridade de controlo, preparados apropriados de microrganismos, no geneticamente modificados na acepo do ponte 12 do artigo 4, autorizados na agricultura em geral no Estado-Membro em questo. 3. A luta contra os parasitas, as doenas e as infestantes centra-se no conjunto de medidas a seguir enunciadas: escolha de espcies e de variedades apropriadas, programa de rotao apropriado, processos mecnicos de cultura,

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    proteco dos parasitas dos seus inimigos naturais, por meios adequados (por exemplo, sebes, ninhos, disseminao de predadores), combate s infestantes por meio do fogo. A utilizao dos produtos inscritos no anexo II s pode ocorrer em caso de perigo imediato para a cultura. 4. A colheita de plantas comestveis ou de partes comestveis de plantas, que crescem naturalmente em reas naturais, florestas e reas agrcolas, considerada como um mtodo de produo biolgico, desde que: - as referidas reas no tenham sido tratadas com produtos diferentes dos referidos no anexo II, durante os trs anos que precederam a colheita, - a colheita no afecta a estabilidade do habitat natural e a conservao das espcies na rea de colheita. 5. Na produo de cogumelos, s podem ser utilizados substractos constitudos pelos seguintes componentes: 5.1 Estrume e excrementos de animais (incluindo os produtos referidos na parte A, primeiro e quarto travesses, do anexo II do Regulamento (CEE) n. 2092/91): a) provenientes de exploraes que apliquem o modo de produo biolgico; b) ou que satisfaam os requisitos da parte A, primeiro e quarto travesses, do anexo II do Regulamento (CEE) n. 2092/91), at ao mximo de 25%; 5.2 Produtos de origem agrcola no abrangidos pelo ponto 5.1 (por exemplo palha) provenientes de exploraes que apliquem o modo de produo biolgico; 5.3 Turfa sem tratamentos qumicos; 5.4 Madeira no tratada com produtos qumicos depois do corte; 5.5 Produtos minerais da parte A do anexo II do Regulamento (CEE) n. 2092/91, gua e solo. B. ANIMAIS E PRODUTOS ANIMAIS DAS SEGUINTES ESPCIES: BOVINOS (INCLUINDO AS ESPCIES BUBALUS E BISON), SUNOS, OVINOS, CAPRINOS, EQUDEOS E AVES DE CAPOEIRA. 1. Princpios gerais 1.1 A produo animal representa uma parte integrante da actividade de numerosas exploraes agrcolas que praticam a agricultura biolgica. 1.2 A produo animal deve contribuir para o equilbrio dos sistemas de produo agrcola, satisfazendo as exigncias das plantas em matria de nutrientes e enriquecendo o solo em matria orgnica. Esta produo pode assim ajudar a estabelecer e manter a interdependncia solo-planta, planta-animal e animal-solo. De acordo com este conceito, a produo sem terra (production hors sol) no satisfaz as regras do presente regulamento. 1.3 Atravs da utilizao de recursos naturais renovveis (estrume animal, culturas de leguminosas e culturas forrageiras), o sistema de culturas vegetais/produo animal e os sistemas de pastoreio garantem a conservao e o melhoramento da fertilidade dos solos a longo prazo, contribuindo para o desenvolvimento de uma agricultura sustentvel. 1.4 O modo de produo biolgico de animais constitui uma actividade ligada terra. Salvo nos casos autorizados, a ttulo de excepo, no presente anexo, os animais devem dispor de uma rea de movimentao livre, devendo o nmero de animais por unidade de superfcie ser limitado de forma a garantir uma gesto integrada da produo animal e vegetal na unidade de produo, minimizando-se assim todas as formas de poluio, nomeadamente do solo, das guas superficiais e dos lenis freticos. A importncia do efectivo deve estar estreitamente relacionada com as reas disponveis, de modo a evitar problemas de eroso e desgaste excessivo da vegetao e a permitir o espalhamento do estrume animal, a fim de evitar prejuzos ambientais. As regras pormenorizadas em matria de utilizao do estrume animal constam do ponto 7. 1.5 No mbito da produo animal, todos os animais de uma mesma unidade de produo devem ser criados de acordo com as regras constantes do presente regulamento. 1.6 no entanto aceite a presena na explorao de animais que no sejam criados em conformidade com as disposies do presente regulamento, desde que sejam criados numa unidade cujos edifcios e parcelas estejam claramente separados da unidade que produz segundo as regras do presente regulamento e desde que pertenam a uma espcie diferente. 1.7 Em derrogao deste princpio, os animais que no sejam criados em conformidade com as disposies do presente regulamento podero utilizar anualmente, por um perodo limitado, as pastagens das unidades que satisfazem os requisitos do presente regulamento, desde que sejam criados em regime de produo extensiva (tal como definida no n. 5 do artigo 6 do Regulamento (CEE) n. 950/97(*) ou, para as espcies no mencionadas nesse regulamento, o nmero de animais por hectare corresponda a 170 kg de azoto/ano/hectare, de acordo com a definio do anexo VII do presente regulamento e que no estejam simultaneamente presentes na mesma pastagem quaisquer animais sujeitos aos requisitos do presente regulamento. Esta derrogao carece de autorizao prvia do organismo ou autoridade de controlo. 1.8 A ttulo de segunda derrogao a este princpio, os animais criados em conformidade com as disposies do presente regulamento podem ser apascentados em reas comuns desde que: a) A rea no tenha sido tratada, durante um perodo mnimo de trs anos, com outros produtos alm dos autorizados no anexo II do presente regulamento; b) Todos os animais que, no estando sujeitos aos requisitos do presente regulamento, utilizam a rea em questo sejam criados em regime de produo extensiva, tal como definida no n. 5 do artigo 6 do Regulamento (CE) n. 950/97; ou, para outras espcies no mencionadas no presente regulamento, o nmero de animais por hectare corresponda a 170 kg de azoto/ano/hectare, de acordo com a definio do anexo VII do presente regulamento; c) Os produtos animais derivados de animais criados em conformidade com as disposies do presente regulamento e que utilizem essa mesma rea no sejam considerados produtos da agricultura biolgica, a menos que se possa provar ao organismo ou autoridade de controlo que foram devidamente segregados de quaisquer outros animais que no cumpram os requisitos do presente regulamento. 2. Converso 2.1 Converso de terras associadas ao modo de produo biolgico de animais

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    2.1.1 Para a converso de uma unidade de produo, toda a superfcie da unidade utilizada para a alimentao animal deve cumprir as regras do modo de produo biolgico, respeitando os perodos de converso fixados na parte A relativa aos vegetais e produtos vegetais. 2.1.2 A ttulo de derrogao deste princpio, o perodo de converso pode ser reduzido a um ano para as pastagens, reas de exerccio e reas de movimentao ao ar livre utilizadas por espcies no herbvoras. Este perodo pode ser reduzido a 6 meses nos casos em que as terras em causa no tenham sido tratadas, no passado recente, com outros produtos alm dos enumerados no anexo II. Esta derrogao carece de autorizao prvia do organismo ou autoridade de controlo. 2.2 Converso dos animais e produtos animais 2.2.1 A venda dos produtos animais sob a designao de produtos da agricultura biolgica est subordinada ao cumprimento, na produo animal, das regras definidas no presente regulamento, durante um perodo de, pelo menos: 12 meses para os equdeos e bovinos (incluindo as espcies Bubalus e Bison) destinados produo de carne e, em qualquer caso, pelo menos trs quartos do seu tempo de vida; seis meses para os pequenos ruminantes e os sunos; seis meses para os animais destinados produo de leite; 10 semanas para as aves de capoeira destinadas produo de carne, introduzidas na explorao antes dos 3 dias de idade; seis semanas para as aves de capoeira destinadas produo de ovos. 2.3 Converso simultnea 2.3.1 A ttulo de derrogao dos pontos 2.2.1, 4.2 e 4.4, se a converso for feita simultaneamente para toda a unidade de produo, incluindo animais, pastagens e/ou quaisquer terras utilizadas para a alimentao animal, o total do perodo combinado de converso tanto para os animais como para as pastagens e/ou quaisquer terras utilizadas para a alimentao animal ser reduzido a 24 meses, nas seguintes condies: a) A derrogao s se aplica aos animais existentes e respectiva progenitura e, concomitantemente, s terras utilizadas para a alimentao animal/pastagens antes do incio da converso; b) Os animais devem ser alimentados principalmente com produtos da unidade de produo. 3. Origem dos animais 3.1 Na escolha das raas ou estirpes, deve ter-se em conta a capacidade de adaptao dos animais s condies locais, a sua vitalidade e a sua resistncia s doenas. As raas ou estirpes de animais devem, alm disso, ser seleccionadas de modo a evitar doenas ou problemas de sade especficos associados a determinadas raas ou estirpes utilizadas na produo intensiva [(por exemplo, sndroma do stress dos sunos, sndroma da carne exsudativa (PSE), morte sbita, aborto espontneo, partos difceis exigindo cesarianas, etc.)]. Deve dar-se preferncia s raas e estirpes autctones. 3.2 Os animais devem ser provenientes de unidades de produo que respeitem as regras relativas aos diversos tipos de produo animal fixadas no artigo 6 e no presente anexo, devendo permanecer toda a vida nesse sistema de produo. 3.3 A ttulo de primeira derrogao, e sob reserva de aprovao prvia pelo organismo ou autoridade de controlo, podero ser convertidos os animais existentes na unidade de produo animal que no satisfaam as regras do presente regulamento. 3.4 A ttulo de segunda derrogao, quando a manada, rebanho ou bando for constitudo pela primeira vez, caso no exista uma quantidade suficiente de animais criados segundo o modo de produo biolgico, podero ser introduzidos numa unidade pecuria que pratica a agricultura biolgica animais no criados segundo o modo de produo biolgico, nas seguintes condies: - frangas destinadas produo de ovos e pintos para a produo de frangos de carne, desde que no tenham mais de 3 dias - jovens bfalos destinados reproduo, desde que no tenham mais de seis meses, - vitelos e potros destinados reproduo, desde que sejam criados, a partir do desmame, em conformidade com as regras do presente regulamento e, em qualquer caso, com menos de seis meses, - borregos e cabritos destinados reproduo, desde que sejam criados, a partir do desmame, em conformidade com as regras do presente regulamento e, em qualquer caso, com menos de sessenta dias, - leites destinados reproduo, desde que sejam criados, a partir do desmame, em conformidade com as regras do presente regulamento e tenham um peso inferior a 35 kg. 3.5 A presente derrogao carece de autorizao prvia da autoridade ou do organismo de controlo. 3.6 A ttulo de terceira derrogao, a renovao ou a reconstituio da manada, rebanho ou bando ser autorizada pela autoridade ou pelo organismo de controlo quando no existirem animais criados segundo o modo de produo biolgico, nas seguintescircunstncias: a) Elevada mortalidade dos animais por doena ou outras calamidades; b) Frangas destinadas produo de ovos e pintos destinados produo de frangos de carne, desde que tenham menos de trs dias de idade; 3.7 Em derrogao dos pontos 3.4. e 3.6, podem introduzirse frangas criadas segundo modos de produo convencionais e destinadas produo de ovos, com um mximo de 18 semanas, em unidades avcolas que pratiquem o modo de produo biolgico, quando noexistirem frangas criadas segundo o modo de produo biolgico, nas condies a seguir definidas: - autorizao prvia da autoridade competente, e; - aplicao, a partir de 31 de Julho de 2005, das disposies dos pontos 4 (alimentao) e 5 (Profilaxia e assistncia veterinria) do presente anexo I s frangas criadas segundo modos de produo convencionais destinadas a ser introduzidas em unidades avcolas que pratiquem o modo de produo biolgico. 3.8 A ttulo de quarta derrogao, quando no existirem animais criados segundo o modo de produo biolgico e exclusivamente nos casos autorizados pelo organismo ou autoridade de controlo, a fim de completar o crescimento natural e garantir a renovao da manada, rebanho ou bando, admitida, at ao limite mximo anual de 10% do

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    efectivo equdeo ou bovino adulto (incluindo as espcies Bubalus e Bison) e de 20% do efectivo suno, ovino e caprino adulto, a introduo de fmeas (nulparas), provenientes de exploraes que no praticam a agricultura biolgica. 3.9 As percentagens fixadas na derrogao anterior no sero aplicveis s unidades de produo com menos de 10 equdeos ou bovinos, ou com menos de cinco sunos, ovinos ou caprinos. Para estas unidades, a referida renovao ser limitada a um mximo de um animal por ano. 3.10 Estas percentagens podem ser aumentadas at 40%, mediante parecer e consentimento da autoridade ou do organismo de controlo, nos seguintes casos especiais: aumento importante da actividade pecuria, mudana de raa, desenvolvimento de uma nova especializao pecuria, risco de cessao de criao de determinadas raas. Os animais dessas raas no tm necessariamente de ser nulparos." 3.11 A ttulo de quinta derrogao, autorizada a introduo de machos destinados reproduo, provenientes de exploraes que no praticam a agricultura biolgica, desde que sejam posteriormente criados e alimentados permanentemente de acordo com as regras previstas no presente regulamento. 3.12 Caso sejam introduzidos animais provenientes de unidades que no obedeam s regras do presente regulamento, no respeito das condies e restries definidas nos pontos 3.3 a 3.11, a venda dos respectivos produtos sob a designao de produtos da agricultura biolgica est subordinada ao respeito dos prazos indicados no ponto 2.2.1 e, durante esses prazos, devem ser respeitadas todas as regras definidas no presente regulamento. 3.13 No que diz respeito aos animais provenientes de unidades que no obedeam ao disposto no presente regulamento, deve ser dada especial ateno s normas de sanidade animal, estando o organismo ou autoridade de controlo autorizado a aplicar, em funo das circunstncias locais, medidas especiais, como testes de rastreio e perodos de quarentena. 3.14 A Comisso apresentar, at 31 de Dezembro de 2003, um relatrio sobre a disponibilidade de animais criados de acordo com o modo de produo biolgico e, se for caso disso, submeter ao comit permanente com base no mesmo, uma proposta destinada a garantir que toda a produo de carne destinada a ostentar indicaes referentes ao modo de produo biolgico tenha origem em animais nascidos e criados em exploraes que praticam a agricultura biolgica. 4. Alimentao 4.1 A alimentao destina-se a assegurar uma produo de qualidade e no a maximizar a produo, e deve respeitar as exigncias nutricionais dos animais nas diferentes fases do seu desenvolvimento. Sero autorizadas as prticas tradicionais de engorda, desde que sejam reversveis em qualquer fase do processo de criao. proibida a alimentao forada. 4.2 Os animais devem ser alimentados com alimentos produzidos segundo o modo de produo biolgico. 4.3 Alm disso, os animais devem ser criados de acordo com as regras fixadas no presente anexo, utilizando-se de preferncia alimentos provenientes da unidade ou, quando tal no for possvel, de outras unidades ou empresas sujeitas s disposies do presente regulamento. No caso dos herbvoros, e excepto durante o perodo em que anualmente os animais se encontram em transumncia, no mnimo, 50% dos alimentos devem provir da prpria explorao ou, quando tal no for possvel, ser produzidos em cooperao com outras exploraes que pratiquem a agricultura biolgica. 4.4 autorizada a incorporao de alimentos em converso na rao alimentar, em mdia, at um mximo de 30% da frmula alimentar. Quando tais alimentos forem provenientes de uma unidade dentro da prpria explorao, esta percentagem pode aumentar para 60%. Estes valores so expressos em percentagem de matria seca dos alimentos de origem agrcola 4.5 A alimentao dos mamferos jovens deve ser baseada no leite natural, de preferncia materno. Todos os mamferos devem ser alimentados com leite natural durante um perodo mnimo, consoante as espcies em causa. Este perodo ser de 3 meses para os bovinos (incluindo as espcies Bubalus e Bison) e os equdeos, 45 dias para os ovinos e os caprinos e 40 dias para os sunos. 4.6 Sempre que for adequado, os Estados-Membros designaro as reas ou regies onde praticvel a transumncia (incluindo a deslocao de animais para pastagens de montanha), sem prejuzo das disposies sobre a alimentao dos animais estabelecidas no presente anexo. 4.7 No que diz respeito aos herbvoros, os sistemas de criao basear-se-o na utilizao mxima de pastagens, de acordo com a disponibilidade em pastagens nos diferentes perodos do ano. As forragens grosseiras, frescas, secas ou ensiladas, devem constituir pelo menos 60% da matria seca que compe a rao diria. Contudo, o organismo ou autoridade de controlo pode permitir a reduo dessa percentagem para 50% no que diz respeito aos animais em produo leiteira, durante um perodo mximo de 3 meses, no incio da lactao. 4.8. Em derrogao do disposto no ponto 4.2, autorizada a utilizao de uma proporo limitada de alimentos de origem agrcola convencionais, desde que os agricultores demonstrem, a contento da autoridade ou do organismo de controlo do Estado-Membro, que no podem obter a totalidade dos alimentos para os animais a partir do modo de produo biolgico. A percentagem mxima autorizada de alimentos convencionais, por perodo de 12 meses, a seguinte: a) Herbvoros: 5% no perodo compreendido entre 25 de Agosto de 2005 e 31 de Dezembro de 2007; b) Outras espcies: - 15% no perodo compreendido entre 25 de Agosto de 2005 e 31 de Dezembro de 2007; - 10% no perodo compreendido entre 1 de Janeiro de 2008 e 31 de Dezembro de 2009; - 5% no perodo compreendido entre 1 de Janeiro de 2010 e 31 de Dezembro de 2011. Estas percentagens so calculadas anualmente em percentagem da matria seca dos alimentos de origem agrcola. A percentagem mxima de alimentos convencionais autorizada na rao diria, excepto durante o perodo em que anualmente os animais se encontram em transumncia, de 25%, calculada como percentagem da matria seca. 4.9 Em derrogao do ponto 4.8, se a produo de forragens se perder ou se forem impostas restries, nomeadamente em virtude da ocorrncia de condies meteorolgicas excepcionais, surtos de doenas infecciosas,

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    contaminaes com substncias txicas ou incndios, as autoridades competentes dos Estados-Membros podem autorizar, por um perodo de tempo limitado e relativamente a uma zona especfica, uma percentagem superior de alimentos convencionais para animais, caso tal autorizao seja justificada. Sob reserva de aprovao pela autoridade competente, a autoridade ou o organismo de controlo poder aplicar a presente derrogao a operadores individuais. Os Estados-Membros informaro os demais Estados-Membros e a Comisso das derrogaes que tenham concedido. 4.10 Em derrogao do ponto 4.13, os animais podem, durante o perodo de transumncia, pastar em terras convencionais quando se deslocam a p de uma pastagem para outra. O consumo de alimentos convencionais, sob a forma de vegetao herbcea e outra vegetao pastada pelos animais, no pode, durante o referido perodo, exceder 10% da rao anual total. Esta percentagem calculada em percentagem da matria seca dos alimentos de origem agrcola. 4.11 Devem ser adicionadas rao diria dos sunos e aves de capoeira forragens grosseiras, frescas, secas ou ensiladas. 4.12 S podem ser utilizados como aditivos e auxiliares tecnolgicos para ensilagem os produtos enumerados, respectivamente, na parte D, pontos 1.5 e 3.1, do anexo II. 4.13 As matrias-primas convencionais, de origem agrcola, para alimentao animal s podem ser utilizadas se estiverem enumeradas na parte C, ponto 1, do anexo II (matrias-primas para alimentao animal de origem vegetal), sob reserva das restries quantitativas impostas no presente anexo e se tiverem sido produzidas ou preparadas sem a utilizao de solventes qumicos. 4.14 As matrias-primas de origem animal (convencionais ou produzidas segundo o modo de produo biolgico), para alimentao animal, s podem ser utilizadas se estiverem enumeradas na parte C, ponto 2, do anexo II e sob reserva das restries quantitativas impostas no presente anexo. 4.15 A parte C, pontos 1, 2 e 3, e a parte D do anexo II sero revistas at 24 de Agosto de 2003, com o objectivo de serem retiradas, nomeadamente, as matrias-primas convencionais, de origem agrcola, para alimentao animal produzidas segundo o modo de produo biolgico em quantidade suficiente na Comunidade. 4.16 A fim de satisfazer os requisitos nutricionais dos animais, s podem ser utilizados na alimentao animal os produtos enumerados na parte C, ponto 3 (matrias-primas para alimentao animal de origem mineral), e na parte D, pontos 1.1 (oligoelementos) e 1.2 (vitaminas, pr-vitaminas e substncias com efeito anlogo quimicamente bem definidas), do anexo II. 4.17 S podem ser utilizados na alimentao animal para os fins indicados relativamente s categorias adiante referidas, os produtos enumerados na parte D, pontos 1.3 (enzimas), 1.4 (microrganismos), 1.5 (conservantes), 1.6 (agentes aglutinantes, antiaglomerantes e coagulantes), 1.7 (antioxidantes), 1.8 (aditivos para ensilagem), 2 (certos produtos utilizados na alimentao dos animais) e 3 (auxiliares tecnolgicos utilizados nos alimentos para animais), do anexo II. Os antibiticos, coccidiostticos, produtos medicinais, promotores do crescimento ou outras substncias destinadas a estimular o crescimento ou a produo no sero utilizados na alimentao animal. 4.18 proibida a utilizao de organismos geneticamente modificados ou de produtos deles derivados na produo de alimentos para animais, matrias-primas para alimentao animal, alimentos compostos para animais, aditivos e auxiliares tecnolgicos para a alimentao animal, e certos produtos utilizados na alimentao dos animais. 5. Profilaxia e assistncia veterinria 5.1 No modo de produo biolgico de animais, a preveno de doenas basear-se- nos seguintes princpios: a) Seleco das raas ou estirpes de animais adequadas como definido no ponto 3; b) Aplicao de prticas de produo animal adequadas s exigncias de cada espcie, fomentando uma elevada resistncia s doenas e preveno de infeces; c) Utilizao de alimentos de boa qualidade, juntamente com o exerccio regular e o acesso pastagem, com o objectivo de incentivar as defesas imunolgicas naturais do animal; c) Garantia de um encabeamento adequado, evitando desse modo a sobrepopulao e os problemas que da podem decorrer para a sade dos animais. 5.2 Os princpios acima definidos devem permitir limitar os problemas sanitrios, de modo a que possam ser controlados, essencialmente, por meio de aces preventivas. 5.3 Se, apesar de todas as medidas preventivas acima enumeradas, um animal ficar doente ou ferido, dever ser tratado sem demora, se necessrio em condies de isolamento e em instalaes adequadas. 5.4 A utilizao de medicamentos veterinrios no modo de produo biolgico deve obedecer aos seguintes princpios: a) Os produtos fitoteraputicos [por exemplo, extractos (com excluso dos antibiticos) e essncias de plantas] e homeopticos (por exemplo, substncias vegetais, animais ou minerais), os oligoelementos e os produtos constantes da parte C, ponto 3 do anexo II devero ser utilizados de preferncia aos medicamentos veterinrios alopticos de sntese qumica ou antibiticos, desde que os seus efeitos teraputicos sejam eficazes para a espcie animal e para o problema a que o tratamento se destina; b) Se a utilizao dos produtos acima referidos no se revelar eficaz, ou se for provvel que o no seja, para curar a doena ou a leso, e se for essencial um tratamento para evitar o sofrimento ou a aflio do animal, podero ser utilizados medicamentos veterinrios alopticos de sntese qumica ou antibiticos sob a responsabilidade de um veterinrio; c) proibida a utilizao de medicamentos veterinrios alopticos de sntese qumica e de antibiticos nos tratamentos preventivos. 5.5 Para alm dos princpios acima enumerados, aplicar-se-o as seguintes regras: a) proibida a utilizao de substncias para estimular o crescimento ou a produo (incluindo antibiticos, coccidiostticos e outras substncias artificiais indutoras de crescimento) e de hormonas ou substncias similares para controlar a ovulao (por exemplo, induo ou sincronizao do cio) ou para outras finalidades. No entanto, autorizada a administrao de hormonas como tratamento veterinrio teraputico a um animal determinado; b) So autorizados os tratamentos veterinrios dos animais, bem como as desinfeces dos edifcios, do equipamento e das instalaes, obrigatrios ao abrigo da legislao nacional ou comunitria, incluindo a utilizao

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    de medicamentos veterinrios imunolgicos caso seja reconhecida a presena de uma doena numa zona especfica em que se situa a unidade de produo. 5.6 Sempre que forem utilizados medicamentos veterinrios, deve ficar claramente registado o tipo de produto (incluindo a indicao das substncias activas), juntamente com a indicao do diagnstico, a posologia, do mtodo de administrao, da durao do tratamento e do intervalo legal de segurana. Essas informaes devem ser comunicadas autoridade ou organismo de controlo antes de os animais ou produtos animais serem comercializados como provenientes do modo de produo biolgico. Os animais tratados devem ser claramente identificados, individualmente, no caso dos animais de grande porte, individualmente ou por lotes, no caso das aves de capoeira e dos animais de pequeno porte. 5.7 O intervalo de segurana entre a ltima administrao de um medicamento veterinrio aloptico a um animal em condies de utilizao normais e a produo de alimentos provenientes do modo de produo biolgico derivados desse animal deve ser o dobro do intervalo legal de segurana, ou, se esse perodo no estiver especificado, de 48 horas. 5.8 Com excepo das vacinas e dos antiparasitrios, assim como de quaisquer planos de erradicao obrigatrios implementados pelos Estados-Membros, se forem administrados a um animal ou grupo de animais mais de dois ou um mximo de trs tratamentos com medicamentos veterinrios alopticos de sntese qumica ou antibiticos no prazo de um ano (ou mais de um tratamento se o seu ciclo de vida produtivo for inferior a um ano), os animais em questo, ou os produtos dele derivados, no podero ser vendidos sob a designao de produtos produzidos em conformidade com o presente regulamento, devendo os animais ser submetidos aos perodos de converso estabelecidos no ponto 2, sob reserva do acordo prvio da autoridade ou do organismo de controlo. 6. Prticas de gesto da produo, transporte e identificao dos produtos animais 6.1 Prticas de produo 6.1.1 A reproduo de animais criados segundo o modo de produo biolgico deve, em princpio, basear-se em mtodos naturais. Todavia, autorizada a inseminao artificial. So proibidas as restantes formas de reproduo artificial ou assistida (por exemplo, a transferncia de embries). 6.1.2 As intervenes em animais, tais como a colocao de elsticos nas caudas dos ovinos, o corte da cauda ou de dentes, o corte de bicos e o corte de chifres, no podem ser efectuadas sistematicamente na agricultura biolgica. Algumas destas operaes podem, no entanto, ser autorizadas pelo organismo ou autoridade de controlo por razes de segurana (por exemplo, corte de chifres de animais jovens) ou caso se destinem a melhorar o estado sanitrio, a higiene ou o bem-estar dos animais. Essas operaes devem ser efectuadas na idade mais indicada por pessoal qualificado e deve ser reduzido ao mnimo o sofrimento dos animais. 6.1.3 A fim de manter a qualidade dos produtos e as prticas tradicionais de produo (sunos para carne, novilhos, capes, etc.) permitida a castrao fsica, mas apenas nas condies definidas no ltimo perodo do ponto 6.1.2. 6.1.4 proibido conservar os animais amarrados. No entanto, em derrogao deste princpio, o organismo ou autoridade de controlo pode autorizar esta prtica em relao a determinados animais se o operador provar que necessria por motivos de segurana ou de bem-estar dos animais, e unicamente por um perodo limitado. 6.1.5 A ttulo de derrogao do ponto 6.1.4, o gado pode ser amarrado em edifcios j existentes antes de 24 de Agosto de 2000, desde que lhes seja facultado exerccio regular e que a sua criao esteja em conformidade com os requisitos em matria de bem-estar dos animais, com camas confortveis e tratamento individual. Esta derrogao carece de autorizao pelo organismo ou autoridade de controlo e aplicvel durante um perodo de transio que caduca em 31 de Dezembro de 2010. 6.1.6 A ttulo de derrogao complementar, o gado existente em pequenas exploraes pode ser amarrado se no for possvel mant-lo em grupos adequados s suas necessidades etolgicas, desde que tenha acesso a pastagens ou reas de exerccio ou de movimentao ao ar livre pelo menos duas vezes por semana. Esta derrogao carece de autorizao pelo organismo ou autoridade de controlo e aplicvel s exploraes que cumpram os requisitos das regras nacionais relativas ao modo de produo biolgico de animais, em vigor at 24 de Agosto de 2000, ou, na ausncia destas, de normas privadas aceites ou reconhecidas pelos Estados-Membros. 6.1.7 A Comisso dever apresentar, at 31 de Dezembro de 2006, um relatrio sobre a execuo do disposto no ponto 6.1.5. 6.1.8 Quando os animais forem criados em grupo, a dimenso dos grupos deve ser funo das fases de desenvolvimento dos animais e das necessidades etolgicas das espcies em questo. proibido manter os animais em condies ou com um regime alimentar que possa provocar anemia. 6.1.9 A idade mnima de abate das aves de capoeira ser de: 81 dias para os frangos, 150 dias para os capes, 49 dias para os patos de Pequim, 70 dias para as patas Barbary, 84 dias para os patos Barbary, 92 dias para os patos Mallard, 94 dias para as pintadas, 140 dias para os perus e os gansos para cozinhar. Sempre que os produtores no aplicarem estas idades mnimas de abate, devem utilizar raas de crescimento lento. 6.2 Transporte 6.2.1 O transporte dos animais deve ser efectuado de forma a limitar o stress sofrido pelos animais, de acordo com a regulamentao nacional ou comunitria em vigor. O embarque e o desembarque devem realizar-se com precauo e sem o recurso a qualquer tipo de estimulao elctrica para coagir os animais. proibida a utilizao de calmantes alopticos antes e durante o trajecto. 6.2.2 Na fase que antecede o abate e no momento do abate, os animais devem ser tratados de modo a reduzir o stress ao mnimo. 6.3 Identificao dos produtos animais

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    6.3.1 A identificao dos animais e respectivos produtos ser assegurada em todas as fases da produo, preparao, transporte e comercializao. 7. Estrume animal 7.1 A quantidade total de estrume animal, tal como definido na Directiva 91/676/CEE, aplicada na explorao no pode exceder 170 kg de azoto/ano/hectare de superfcie agrcola utilizada, valor previsto no anexo III da mesma directiva. Se necessrio, o encabeamento total ser diminudo de forma a no exceder esse limite. 7.2 Para determinar o encabeamento adequado a que se refere o ponto anterior, as unidades de animais equivalentes a 170 kg de azoto/ano/hectare de superfcie agrcola utilizada, para as diferentes categorias de animais, sero fixadas pelas autoridades competentes dos Estados-Membros, orientando-se pelos valores que constam do anexo VII. 7.3 Os Estados-Membros comunicaro Comisso e aos outros Estados-Membros os desvios em relao a esses valores e as razes que justificam essas alteraes. Esta disposio aplica-se apenas ao clculo do nmero mximo de animais para assegurar que no excedido o limite de 170 kg de azoto/ano/hectare proveniente de estrume animal e no obsta ao encabeamento para efeitos de sade e bem-estar dos animais, como previsto no ponto 8 e no anexo VIII. 7.4 As exploraes que praticam a agricultura biolgica podem cooperar exclusivamente com outras exploraes e empresas que cumprem o disposto no presente regulamento com vista ao espalhamento do excedente de estrume animal proveniente do modo de produo biolgico. O limite mximo de 170 kg de azoto/ano/hectare de superfcie agrcola utilizada proveniente de estrume animal ser calculado com base no total de unidades que praticam a agricultura biolgica abrangidas por essa cooperao. 7.5 Os Estados-Membros podero estabelecer limites inferiores aos fixados nos pontos anteriores, atendendo s caractersticas da zona considerada, aplicao de outros fertilizantes azotados nas terras e quantidade de azoto fornecida s plantas a partir do solo. 7.6 O equipamento destinado armazenagem de estrume animal deve ter uma capacidade que permita impedir a poluio das guas por descarga directa ou por escorrimento superficial e infiltrao no solo. 7.7 A fim de garantir a boa gesto da fertilizao, a capacidade desse equipamento destinado ao estrume animal deve exceder a capacidade necessria para armazenagem no perodo mais longo do ano durante o qual qualquer aplicao de fertilizante nas terras inadequada (de acordo com as boas prticas agrcolas aceites nos Estados-Membros em questo) ou proibida, nos casos em que a unidade de produo se situe dentro de uma zona designada como vulnervel aos nitratos. 8. reas de movimentao livre e alojamento 8.1 Princpios gerais 8.1.1 As condies de alojamento dos animais devem satisfazer as suas necessidades biolgicas e etolgicas (p. ex., necessidades comportamentais no que se refere liberdade de movimentos adequada e ao conforto). Os animais devem ter acesso fcil aos pontos de alimentao e abeberamento. O isolamento, o aquecimento e a ventilao do edifcio devem assegurar que a circulao do ar, o nvel de poeiras, a temperatura, a humidade relativa do ar e a concentrao em gases se situem dentro de limites que no sejam prejudiciais para os animais. Os edifcios devem permitir uma entrada de luz e uma ventilao naturais suficientes. 8.1.2 As reas de produo ao ar livre e de exerccio ou de movimentao ao ar livre devem, se necessrio, proporcionar proteco suficiente contra a chuva, o vento, o sol e temperaturas excessivas, segundo as condies climticas locais e a raa em questo. 8.2 Encabeamento e preveno do desgaste excessivo da vegetao 8.2.1 No ser obrigatrio prever alojamento para os animais em zonas com condies climticas adequadas que lhes permitam viver ao ar livre. 8.2.2 O encabeamento dentro dos edifcios deve proporcionar conforto e bem-estar aos animais, o que depende nomeadamente da espcie, da raa e da idade destes. Este encabeamento ter tambm em conta as necessidades comportamentais dos animais, que dependem designadamente da dimenso do grupo e do sexo. O encabeamento ptimo ser definido com vista a assegurar o bem-estar dos animais, de forma a que disponham de espao suficiente para poderem estar de p naturalmente, deitar-se com facilidade, virar-se, limpar-se, praticar todas as posies e fazer todos os movimentos naturais como, por exemplo, esticar-se e bater as asas. 8.2.3 As superfcies mnimas dos edifcios e das reas de exerccio ao ar livre, bem como outras caractersticas do alojamento para as diferentes espcies e categorias de animais, so estabelecidas no anexo VIII. 8.2.4 O encabeamento em relao aos animais mantidos em pastagens, outros prados, charnecas, zonas hmidas ou de urze e outros habitats naturais ou semi-naturais deve ser suficientemente reduzido para impedir o espezinhamento do solo e o desgaste excessivo da vegetao. 8.2.5 Os edifcios, os compartimentos, o equipamento e os utenslios devem ser limpos e desinfectados adequadamente para evitar infeces cruzadas e o desenvolvimento de organismos patognicos. S podem ser utilizados para essa limpeza e desinfeco dos locais e instalaes pecurias os produtos enumerados na parte E do anexo II. As fezes, a urina e os alimentos no consumidos ou desperdiados devem ser eliminados com a frequncia necessria para minimizar os maus cheiros e evitar atrair insectos ou roedores. Nosedifcios e outras instalaes em que os animais so mantidos s podem ser utilizados para a eliminao de insectos e outros organismos prejudiciais os produtos enumerados na parte B, ponto 2 do anexo II. 8.3 Mamferos 8.3.1 Sob reserva do disposto no ponto 5.3, todos os mamferos devem ter acesso a pastagens ou a reas de exerccio ou de movimentao ao ar livre que podero ser parcialmente cobertas, e devem poder usar essas reas sempre que a condio fisiolgica do animal, as condies meteorolgicas e o estado do solo o permitam, a no ser que existam requisitos comunitrios ou nacionais respeitantes a problemas de sade animal especficos que o impeam. Os herbvoros devem ter acesso a pastagens sempre que as condies o permitam.

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    8.3.2 Nos casos em que os herbvoros tenham acesso s pastagens durante a poca de pasto e que o sistema de abrigo durante o Inverno permita a liberdade de movimentos dos animais, possvel derrogar a obrigao de facultar reas de exerccio ou de movimentao ao ar livre durante os meses de Inverno. 8.3.3 Sem prejuzo do ltimo perodo do ponto 8.3.1, os touros de mais de um ano devem ter acesso a pastagens ou a reas de exerccio ou de movimentao ao ar livre. 8.3.4 A ttulo de derrogao do ponto 8.3.1, a fase final de engorda dos bovinos, sunos e ovinos para produo de carne pode ser feita em estabulao, desde que esse perodo no exceda um quinto do tempo de vida do animal e, de qualquer forma, o prazo de trs meses. 8.3.5 Os pavimentos dos edifcios devem ser lisos mas no derrapantes. Pelo menos metade da superfcie total dos pavimentos deve ser slida, isto , no ser ripada nem engradada. 8.3.6 Os edifcios devem dispor de uma rea de repouso/cama confortvel, limpa e seca de dimenso suficiente, consistindo numa construo slida, sem paredes engradadas. As reas de dormida devem dispor de camas amplas e secas. As camas devem ser constitudas por palha ou outros materiais naturais adaptados. As camas podem ser saneadas e enriquecidas com todos os produtos minerais autorizados, como fertilizantes em agricultura biolgica, nos termos da parte A do anexo II. 8.3.7 Relativamente criao de vitelos, a partir de 24 de Agosto de 2000, todas as exploraes, sem excepo, devem obedecer ao disposto na Directiva 91/629/CEE do Conselho, relativa s normas mnimas de proteco dos vitelos. proibido o alojamento em compartimentos individuais de vitelos com mais de uma semana de idade. 8.3.8 No caso da criao de sunos, a partir de 24 de Agosto de 2000, todas as exploraes devem obedecer ao disposto na Directiva 91/630/CEE (****) do Conselho, relativa s normas mnimas de proteco de sunos. No entanto, as porcas devem ser mantidas em grupo, excepto nas ltimas fases da gestao e durante o perodo de aleitamento. Os leites no podem ser mantidos em plataformas nem em gaiolas. As reas de exerccio devem permitir o depsito de estrume e a fossagem pelos animais. Para esse efeito, podem ser utilizados diversos substratos. 8.4 Aves de capoeira 8.4.1 As aves de capoeira devem ser criadas em condies de liberdade de movimentos e no podem ser mantidas em gaiolas. 8.4.2 As aves aquticas devem ter acesso a um rego, charco ou lago sempre que as condies meteorolgicas o permitam, para se obedecer aos requisitos em matria de bem-estar dos animais ou de higiene. 8.4.3 Os edifcios para aves de capoeira devem satisfazer as seguintes condies mnimas: pelo menos um tero da superfcie do solo deve ser uma construo slida, isto , no ser ripada nem engradada, e ser coberta de um material de cama do tipo palha, aparas de madeira, areia ou turfa; nos galinheiros para galinhas poedeiras, uma parte suficientemente grande da superfcie do solo acessvel s galinhas deve ser utilizada para a recolha dos excrementos; devem possuir poleiros adaptados, em quantidade e dimenses, importncia do grupo e ao tamanho dos animais como previsto no anexo VIII; as instalaes devem dispor de aberturas de entrada/sada com uma dimenso adequada s aves, devendo essas aberturas ter um comprimento total de pelo menos 4 m por 100 m2 de superfcie das instalaes de que as aves dispem; cada uma das instalaes para aves de capoeira no deve conter mais de: 4 800 frangos, 3 000 galinhas poedeiras, 5 200 pintadas, 4 000 patas Barbary ou patas de Pequim ou 3 200 patos Barbary ou patos de Pequim ou outros patos, 2 500 capes, gansos ou perus. a rea total utilizvel das instalaes destinadas s aves de capoeira numa nica unidade de produo no deve exceder 1 600 m2; 8.4.4 No caso das galinhas poedeiras, a luz natural pode ser complementada artificialmente para garantir um mximo de 16 horas dirias de luminosidade, com um perodo de repouso nocturno contnuo sem luz artificial de pelo menos 8 horas. 8.4.5 As aves de capoeira devem ter acesso a parques ao ar livre quando as condies meteorolgicas o permitam e, sempre que possvel, devem ter acesso a essas reas durante pelo menos uma tera parte da sua vida. Estes parques devem estar maioritariamente cobertos de vegetao e dispor de equipamentos de proteco e permitir aos animais o fcil acesso a bebedouros e comedouros em nmero suficiente. 8.4.6 Por razes sanitrias, as instalaes devem ser esvaziadas de animais entre dois perodos de criao de aves de capoeira. Neste intervalo de tempo deve ser feita a desinfeco do edifcio e dos respectivos acessrios. Alm disso, no final do perodo de criao de cada grupo de aves de capoeira, os parques devem ser desocupados para permitir que a vegetao torne a crescer e por razes sanitrias. Os Estados-Membros fixaro o perodo de desocupao dos parques e comunicaro a correspondente deciso Comisso e aos outros Estados-Membros. Estes requisitos no se aplicaro a pequenos nmeros de aves de capoeira que no sejam mantidas em parques e possam andar solta ao longo do dia. 8.4.7. No obstante o disposto nos pontos 8.4.2 e 8.4.5, as aves de capoeira podem ser mantidas em espaos interiores sempre que existirem restries, nomeadamente de carcter veterinrio, adoptadas com base na legislao comunitria para fins de proteco da sade pblica ou da sanidade animal, que impeam ou limitem o acesso dessas aves a parques ao ar livre. Quando forem conservadas em espaos interiores, as aves devem dispor de acesso permanente a quantidades suficientes de alimentos grosseiros e de materiais adequados s suas necessidades etolgicas. A Comisso analisar a aplicao do presente ponto, em particular no que respeita s exigncias relacionadas com a sanidade animal, at 15 de Outubro de 2006. 8.5 Derrogao geral ao alojamento da produo animal 8.5.1 A ttulo de derrogao dos requisitos definidos nos pontos 8.3.1, 8.4.2, 8.4.3 e 8.4.5, e das densidades estipuladas no anexo VIII, as autoridades competentes dos Estados-Membros podem autorizar derrogaes aos requisitos desses pontos e do anexo VIII durante um perodo de transio que expira em 31 de Dezembro de 2010.

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    Esta derrogao s pode ser aplicada a exploraes de produo animal com edifcios j construdos antes de 24 de Agosto de 1999 e na medida em que tais edifcios cumpram as regras nacionais relativas ao modo de produo biolgico de animais em vigor antes dessa data ou, na sua ausncia, normas privadas aceites ou reconhecidas pelos Estados-Membros. 8.5.2 Os operadores que beneficiem desta derrogao devem apresentar um plano ao organismo ou autoridade de controlo, incluindo as medidas que garantam, aquando da caducidade da derrogao, o cumprimento das disposies do presente regulamento. 8.5.3 A Comisso dever apresentar, at 31 de Dezembro de 2006, um relatrio sobre a execuo do disposto no ponto 8.5.2. C. APICULTURA E PRODUTOS DA APICULTURA 1. Princpios gerais 1.1 A apicultura uma importante actividade que contribui para a proteco ambiental e a produo agrcola e florestal, atravs da aco polinizadora das abelhas. 1.2 A qualificao dos produtos da apicultura como resultantes do modo de produo biolgico est estreitamente ligada tanto s caractersticas dos tratamentos das colmeias como qualidade do ambiente. A qualificao tambm depende das condies de extraco, tratamento e armazenagem dos produtos da apicultura. 1.3 Sempre que um operador explore vrias unidades apcolas na mesma zona, todas elas devem satisfazer as disposies do presente regulamento. Em derrogao deste princpio, um operador pode explorar unidades que no obedeam ao presente regulamento desde que todas as suas disposies sejam cumpridas, com excepo das previstas no ponto 4.2 relativamente localizao dos apirios. Nesse caso, o produto no pode ser vendido com referncias ao modo de produo biolgico. 2. Perodo de converso 2.1 S ser possvel vender produtos da apicultura com referncia ao modo de produo biolgico se as disposies previstas no presente regulamento estiverem a ser cumpridas h pelo menos um ano. Durante o perodo de converso, a cera tem de ser substituda de acordo com os requisitos do ponto 8.3. 3. Origem das abelhas 3.1 Na escolha das raas, dever-se- ter em conta a capacidade de os animais se adaptarem s condies locais, a sua vitalidade e a sua resistncia s doenas. Ser dada preferncia utilizao de raas europeias de Apis mellifera e aos seus ecotipos locais. 3.2 Os apirios devem ser constitudos por diviso de colnias ou aquisio de enxames ou de colmeias provenientes de unidades que satisfaam o disposto no presente regulamento. 3.3 A ttulo de primeira derrogao, sob reserva de aprovao prvia pelo organismo ou autoridade de controlo, os apirios existentes na unidade de produo que no cumpram as regras do presente regulamento podem ser convertidos. 3.4 A ttulo de segunda derrogao, a aquisio de enxames nus provenientes de exploraes que no produzam em conformidade com o presente regulamento autorizada por um perodo transitrio que caduca em 24 de Agosto de 2002, desde que se cumpra o perodo de converso. 3.5 A ttulo de terceira derrogao, a reconstituio dos apirios ser autorizada pelo organismo ou autoridade de controlo, sempre que no estejam disponveis apirios que satisfaam o disposto no presente regulamento, em caso de elevada mortalidade dos animais causada por motivos sanitrios ou por catstrofes, desde que se cumpra o perodo de converso. 3.6 A ttulo de quarta derrogao, para a renovao dos apirios, 10%, por ano, das abelhas-mestras e dos enxames a incorporar na unidade que pratica a agricultura biolgica podero no satisfazer as regras estabelecidas no presente regulamento, desde que sejam colocados em colmeias com favos ou folhas de cera provenientes de unidades que praticam a agricultura biolgica. Nesse caso, no se aplica o perodo de converso. 4. Localizao dos apirios 4.1 Os Estados-Membros podem designar regies ou zonas em que a apicultura que satisfaz o disposto no presente regulamento no pode ser praticada. O apicultor deve fornecer ao organismo ou autoridade de controlo um inventrio cartogrfico, escala adequada, dos locais de implantao das colmeias, tal como previsto na parte A1, ponto 2, primeiro travesso, do anexo III. Na ausncia dessa identificao, compete ao apicultor facultar ao organismo ou autoridade de controlo a documentao e as provas adequadas, incluindo, se necessrio, anlises apropriadas, comprovativas de que as zonas acessveis s suas colnias satisfazem as condies exigidas no presente regulamento. 4.2 A localizao dos apirios deve: a) Assegurar fontes de nctar, meladas e plen naturais em quantidade suficiente para as abelhas, bem como acesso a gua; b) Ser tal que, num raio de 3 km em redor da localizao do apirio, as fontes de nctar e de plen sejam constitudas essencialmente por culturas que respeitam o modo de produo biolgico e/ou vegetao espontnea, de acordo com os requisitos do artigo 6 e do anexo I do presente regulamento, e culturas no sujeitas s disposies do presente regulamento, mas submetidas a tratamentos de baixo impacto ambiental, tais como, por exemplo, as descritas nos programas desenvolvidos ao abrigo do Regulamento (CEE) n. 2078/92, que no possam afectar significativamente a qualificao da produo apcola como resultante do modo de produo biolgico; c) Estar a suficiente distncia de quaisquer fontes de produo no agrcola susceptveis de causar contaminao, como, por exemplo: centros urbanos, auto-estradas, zonas industriais, aterros, incineradores de lixos, etc. Os organismos ou autoridades de controlo estipularo as medidas que garantam o cumprimento deste requisito. O disposto no presente ponto no se aplica a zonas onde no se verifica florao ou quando as colmeias estejam em perodo de hibernao. 5. Alimentao 5.1 No termo da estao produtiva, devem ser deixadas nas colmeias reservas de mel e de plen suficientemente abundantes para passar o Inverno.

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    5.2 autorizada a alimentao artificial das colnias quando a sobrevivncia das colmeias esteja em risco devido a condies climticas extremas. A alimentao artificial deve ser feita com mel produzido segundo o modo de produo biolgico, de preferncia da mesma unidade que pratica a agricultura biolgica. 5.3 A ttulo de primeira derrogao do ponto 5.2, as autoridades competentes dos Estados-Membros podem autorizar, na alimentao artificial, o uso de xarope de acar ou melaos de acar produzido segundo o modo de produo biolgico, em vez de mel produzido segundo o modo de produo biolgico, especialmente quando tal for necessrio devido a condies climticas que provoquem acristalizao do mel. 5.4 A ttulo de segunda derrogao, o xarope de acar, os melaos de acar e o mel no abrangidos pelo presente regulamento podem ser autorizados pelo organismo ou autoridade de controlo para a alimentao artificial, durante um perodo transitrio que caduca em 24 de Agosto de 2002. 5.5 No registo dos apirios devero ser includas as seguintes informaes sobre a utilizao de alimentao artificial: tipo de produto, datas, quantidades e colmeias em que foi utilizada. 5.6 No podero ser utilizados na apicultura que satisfaz o disposto no presente regulamento produtos no referidos nos pontos 5.1 a 5.4. 5.7 A alimentao artificial s pode ter lugar aps a ltima colheita de mel e at 15 dias antes do incio do perodo subsequente de produo de nctar ou de melada. 6. Profilaxia e assistncia veterinria 6.1 A profilaxia em apicultura deve basear-se nos seguintes princpios: a) Seleco de raas resistentes adequadas; b) Aplicao de prticas que desenvolvam uma forte resistncia s doenas e a preveno de infeces, tais como: renovao peridica das abelhas-mestras, inspeco sistemtica das colmeias para identificar quaisquer anomalias sanitrias, controlo dos machos nas colmeias, desinfeco peridica dos materiais e do equipamento, destruio do material ou fontes contaminados, renovao peridica da cera e reservas suficientes de plen e de mel nas colmeias. 6.2 Se, apesar de todas as medidas de preveno acima referidas, as colnias aparecerem doentes ou infestadas, devem ser imediatamente tratadas; se necessrio, podem ser colocadas em apirios isolados. 6.3 A utilizao de medicamentos veterinrios na apicultura que satisfaz o disposto no presente regulamento deve respeitar os seguintes princpios: a) Podem ser utilizados na medida em que tal utilizao seja autorizada pelo Estado-Membro de acordo com as disposies comunitrias pertinentes ou com as disposies nacionais conformes com a legislao comunitria; b) Devem ser preferidos os produtos fitoteraputicos e homeopticos aos produtos alopticos de sntese qumica, desde que o seu efeito teraputico seja eficiente para combater a afeco a que se destina o tratamento; c) Se se verificar que o uso dos produtos acima mencionados ou parece ser ineficiente para erradicar uma doena ou infestao que ameaa destruir as colnias, podero ser utilizados medicamentos alopticos de sntese qumica, sob a responsabilidade de um veterinrio, ou de outras pessoas autorizadas pelo Estados-Membro, sem prejuzo dos princpios enunciados nas alneas a) e b); d) proibida a utilizao de medicamentos alopticos de sntese qumica para tratamentos preventivos; e) Sem prejuzo do princpio constante da alnea a), podem ser usados em caso de infestao por Varroa jacobsoni os cidos frmico, lctico, actico e oxlico e as seguintes substncias: mentol, timol, eucaliptol e cnfora. 6.4 Para alm dos princpios acima enunciados, sero autorizados os tratamentos veterinrios ou os tratamentos das colmeias, favos, etc., que sejam obrigatrios ao abrigo da legislao nacional ou comunitria. 6.5 Se for aplicado um tratamento com produtos alopticos de sntese qumica, as colnias tratadas devero ser colocadas, durante esse perodo, em apirios de isolamento, e toda a cera deve ser substituda por cera que satisfaa as disposies do presente regulamento. Subsequentemente, aplicar- -se- a essas colnias o perodo de converso de um ano. 6.6 Os requisitos do ponto anterior no so aplicveis aos produtos referidos na alnea e) do ponto 6.3. 6.7 Sempre que sejam utilizados medicamentos veterinrios, devero ser claramente registados e declarados ao organismo ou autoridade de controlo, antes da comercializao dos produtos fazendo referncia ao modo de produo biolgico, o tipo de medicamento (incluindo a indicao da substncia farmacolgica activa) juntamente com a indicao do diagnstico, da posologia, da forma de administrao, da durao do tratamento e do intervalo legal de segurana. 7. Prticas de gesto da produo e identificao 7.1 proibida a destruio das abelhas nos favos como mtodo associado colheita dos produtos da apicultura. 7.2 So proibidas as mutilaes, como o corte das asas das abelhas-mestras. 7.3 permitida a substituio da abelha-mestra com supresso da antiga. 7.4 A prtica da supresso dos machos s autorizada como meio de conteno da infestao por Varroa jacobsoni. 7.5 proibido o uso de repelentes qumicos de sntese durante as operaes de extraco de mel. 7.6 A zona onde est situado o apirio deve ser registada juntamente com a identificao das colmeias. O organismo ou autoridade de controlo deve ser informado da deslocao dos apirios num prazo acordado com esse organismo ou autoridade. 7.7 Deve ser tomado especial cuidado para assegurar a adequada extraco, tratamento e armazenagem dos produtos da apicultura. Todas as medidas tomadas para cumprir estes requisitos devero ser registadas. 7.8 As operaes de remoo das alas e de extraco do mel devem constar do registo do apirio. 8. Caractersticas das colmeias e dos materiais utilizados em apicultura 8.1 As colmeias devem basicamente ser feitas de materiais naturais que no apresentem qualquer risco de contaminao para o ambiente ou para os produtos da apicultura. 8.2 Com excepo dos produtos referidos na alnea e) do ponto 6.3, no interior das colmeias s podero ser utilizados produtos naturais, tais como prpole, cera e leos vegetais. 8.3 As ceras necessrias para o fabrico de novas folhas de cera devem ser provenientes de unidades de produo que praticam a agricultura biolgica. A ttulo de derrogao, nomeadamente no caso de novas instalaes ou durante o perodo de converso, a utilizao de ceras que no provenham daquelas unidades pode ser autorizada

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    pelo organismo ou autoridade de controlo em circunstncias excepcionais, desde que no estejam disponveis no mercado ceras produzidas segundo o modo de produo biolgico e na condio de provirem dos oprculos. 8.4 proibida a extraco de mel a partir de favos que contenham ovos ou larvas. 8.5 Para efeitos de proteco dos materiais (quadros, colmeias, favos), nomeadamente contra organismos prejudiciais, s so permitidos os produtos adequados enumerados na parte B, ponto 2 do anexo II. 8.6 So permitidos os tratamentos fsicos, como o vapor de gua e a chama directa. 8.7 Para efeitos de limpeza e desinfeco dos materiais, edifcios, equipamento, utenslios ou produtos usados na apicultura, s so permitidas as substncias apropriadas numeradas na parte E do anexo II.

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    ANEXO II A Fertilizantes e correctivos dos solos Condies gerais para todos os produtos: - Utilizao apenas em conformidade com as disposies do Anexo I - Utilizao apenas em conformidade com as disposies da legislao sobre colocao no mercado e utilizao dos produtos em questo aplicveis agricultura em geral no Estado-membro onde o produto utilizado Designao Descrio, requisitos de composio e condies de utilizao

    Produtos compostos ou contendo unicamente as matrias constantes da lista seguinte :

    - Estrume Produto constitudo por uma mistura de excrementos de animais e de matrias vegetais (camas)

    Necessidade reconhecida pelo organismo de controlo

    ou pela autoridade de controlo

    Indicao das espcies animais

    Proveniente unicamente de exploraes pecurias

    extensivas na acepo do n. 5 do artigo 6 do

    Regulamento (CEE) n. 2328/91 do

    Conselho com a ultima redaco que lhe foi dada pelo

    Regulamento (CE) n. 3669/93

    Estrume seco e excrementos de Necessidade reconhecida pelo organismo de aves de capoeira desidratados controlo ou pela autoridade de controlo

    Indicao das espcies animais

    Proveniente unicamente de exploraes pecurias

    extensivas na acepo do n. 5 do artigo 6 do

    Regulamento (CEE) n. 2328/91

    Compostos de excrementos Necessidade reconhecida pelo organismo de ou pela slidos de animais, incluindo os autoridade de controlo excrementos de aves de capoeira, Indicao das espcies animais

    e estrumes compostos Produtos provenientes das exploraes pecurias

    sem terra proibidos

    Indicao das espcies animais

    Excrementos lquidos de animais Utilizao aps fermentao controlada e/ou diluio (chorume, urina, ....) adequada.

    Necessidade reconhecida pelo organismo de

    controlo ou pela autoridade de controlo.

    Indicao das espcies animais.

    Produtos provenientes das exploraes pecurias

    sem terra proibidos

    Produtos obtidos a partir de resduos domsticos Produtos de compostagem ou fermentao de resduos domsticos separados na origem, submetidos a compostagem

    ou a fermentao anaerbia para produo de biogs. Resduos domsticos exclusivamente vegetais ou animais

    Unicamente os produzidos num sistema de recolha fechado e controlado aceite pelo Estado-membro Concentraes mximas, em mg/kg de matria seca:

    cdmio: 0,7; cobre 70; nquel: 25; chumbo: 45; zinco: 200; mercrio: 0,4; crmio (total): 70; crmio (VI): 0 *

    Limite de deteco Necessidade reconhecida pelo organismo de ou pela autoridade de

    controlo Apenas durante um perodo que expira em 31/3/2006

    Turfa Utilizao limitada horticultura (produo hortcola, floricultura, arboricultura, viveiros)

    Argilas (perlite, vermiculite, etc.)

    Compostos de culturas de A composio inicial do substrato deve ser limitada a

    cogumelos produtos da presente lista

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    Excrementos de minhocas

    (lombricompost) e de insectos

    Guano Necessidade reconhecida pelo organismo de controlo ou pela autoridade de controlo

    Produtos de compostagem ou Produtos obtidos a partir de misturas de matrias fermentao de misturas de vegetais submetidos a compostagem ou a

    matrias vegetais fermentao anaerbia para produo de biogs.

    Necessidade reconhecida pelo organismo de controlo

    ou pela autoridade de controlo Produtos ou subprodutos de origem animal a seguir mencionados: Farinha de sangue Farinha de cascos Farinha de chifres Farinha de ossos ou farinha de ossos desgelatinizados Farinha de peixe Farinha de carne Farinha de penas L Carnaz (Chiquettes) Plos Produtos lcteos

    Necessidade reconhecida pelo organismo de controlo ou pela autoridade de controlo Concentrao mxima, em mg/kg de matria seca, de crmio (VI): 0 (1) 1 Limite de deteco

    Produtos e subprodutos orgnicos

    de origem vegetal para adubao

    (por exemplo: farinha de bagao

    de oleaginosas, casca de cacau,

    radculas de malte, etc.)

    Algas e produtos de algas Desde que sejam obtidos directamente: Por processos fsicos, incluindo a desidratao , a

    congelao e a triturao;

    Por extraco por meio de gua ou de solues

    aquosas cidas e/ou alcalinas;

    Por fermentao Necessidade reconhecida pelo organismo de controlo

    ou pela autoridade de controlo

    Serradura e aparas de madeira Madeira sem tratamento qumico aps o abate Composto de casca de rvore Madeira sem tratamento qumico aps o abate

    Cinzas de madeira base de madeira sem tratamento qumico aps o

    abate

    Fosfato natural macio Produto definido pela Directiva 76/116/CEE do Conselho, alterada pela Directiva 89/284/CEE

    Teor de cdmio inferior ou igual a 90 mg/kg de P2O5

    Fosfato de alumnio e clcio Produto definido pela Directiva 76/116/CEE do Conselho o alterada pela Directiva 89/284/CEE

    Teor de cdmio inferior ou igual a 90 mg/kg de P2O5

    Utilizao limitada aos solos alcalinos (pH >7,5)

    Escrias de desfosforao Necessidade reconhecida pelo organismo de controlo ou pela Autoridade de controlo

    Sais brutos de potssio Necessidade reconhecida pelo organismo de controlo Por exemplo: cainite, silvinite, etc. ou pela autoridade de controlo

    Sulfato de potssio contendo Produto obtido de sais brutos de potssio por um eventualmente sais de magnsio processo fsico

    de extraco e contendo eventualmente tambm sais de magnsio

    Necessidade reconhecida pelo organismo de controlo

    ou pela autoridade de controlo

    Vinhaa e extractos de vinhaa Com excepo das vinhaas amoniacais

    Carbonato de clcio de origem

    natural

    Por exemplo: cr, marga rocha

    clcica moda, algas marinhas

    (marl), cr fosfatada,...

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    Carbonato de clcio e magnsio

    de origem natural

    Por exemplo: cr magnesiana,

    rocha clcica magnesiana moda,

    Sulfato de magnsio (Exemplo: Unicamente de origem natural quieserite) Necessidade reconhecida pelo organismo de controlo

    ou pela autoridade de controlo Soluo de cloreto de clcio Adubao foliar das macieiras, aps a deteco de uma carncia de

    clcio Necessidade reconhecida pelo organismo de controlo ou pela

    autoridade de controlo

    Sulfato de clcio (gesso) Produto definido pela Directiva 76/l116/CEE alterada pela Directiva 89/284/CEE

    Unicamente de origem natural

    Cal industrial proveniente da Necessidade reconhecida pelo organismo de controlo

    produo de acar ou pela autoridade de controlo

    Cal industrial proveniente da Subproduto da produo de sal sob vcuo a partir de produo de sal sob vcuo guas salgadas existentes em zonas montanhosas.

    Necessidade reconhecida pelo organismo de controlo

    ou pela autoridade de controlo

    Enxofre elementar Produto definido pela Directiva 76/116/CEE alterada pela Directiva 89/284/CEE

    Necessidade reconhecida pelo organismo de controlo

    ou pela autoridade de controlo

    Oligoelementos Elementos constantes da Directiva 89/53O/CEE Necessidade reconhecida pelo organismo de controlo

    ou pela autoridade de controlo

    Cloreto de sdio Unicamente sal-gema Necessidade reconhecida pelo organismo de controlo

    ou pela autoridade de controlo

    P de rocha

    B. PESTICIDAS 1. Produtos fitossanitrios Condies gerais aplicveis a todos os produtos compostos pelas substncias que se seguem ou produtos que as contenham: - utilizar em conformidade com as disposies do Anexo I - utilizar apenas em conformidade com as disposies especficas da legislao produtos fitofarmacuticos aplicvel no Estado-membro em que o produto utilizado (quando pertinente *) I Substncias de origem vegetal ou animal

    Designao Descrio, requisitos de composio e condies de utilizao Azadiractina extrada da Azadirachta indica (planta do Neem)

    Insecticida Necessidade reconhecida pelo organismo de controlo ou pela autoridade de controlo

    (*) Cera de Abelha Proteco de feridas resultantes de podas e enxertias

    Gelatina Insecticida

    (*) Protenas hidrolisadas

    Atractivo - Apenas em aplicaes autorizadas em combinao

    com outros produtos adequados da presente parte B do anexo II Lecitina Fungicida leos vegetais (por exemplo, leo Insecticida, acaricida, fungicida e inibidor do de hortel-pimenta, leo de abrolhamento

    pinheiro, leo de alcaravia)

    Piretrinas extradas de Chrysanthemum cinerariaefolium

    Insecticida Necessidade reconhecida pelo organismo de controlo ou pela autoridade de controlo

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    Qussia extrada de Quassia amara Insecticida, repulsivo

    Rotenona extrada de Derris spp, Insecticida Lonchocarpus spp e Terphrosia spp Necessidade reconhecida pela autoridade de controlo

    ou organismo de controlo

    * Em certos Estados-membros, os produtos marcados por (*) no so considerados produtos fitofarmacuticos e no esto submetidos s disposies da legislao relativa aos produtos fitofarmacuticos

    II. Microorganismos utilizados na luta biolgica contra pragas

    Designao Descrio, requisitos de composio e condies de utilizao

    Microorganismos (bactrias, vrus Apenas produtos que no tenham sido geneticamente e fungos), por exemplo, Bacillus modificados, na acepo da Directiva 90/220/CEE do thuringensis, Granulosis virus, etc Conselho

    III. Substncias que s podem ser utilizadas em armadilhas e/ou distribuidores Condies gerais: - as armadilhas e/ou distribuidores devem impedir a penetrao das substncias no ambiente e o contacto das substncias com as plantas cultivadas, - as armadilhas devem ser recolhidas depois de serem utilizadas e devem ser eliminadas em condies de segurana.

    Designao Descrio, requisitos de composio e condies de utilizao

    ( ) Fosfato diamnico Atractivo Feromonas Atractivo; desregulador do comportamento sexual Apenas em armadilhas e distribuidores Piretrides (apenas a deltametrina e a lambda-cialotrina)

    Insecticida Apenas em armadilhas com atractivos especficos Apenas contra Batrocera oleae e Ceratitis capitata wied Necessidade reconhecida pela autoridade de controlo ou organismo de controlo

    III - A Preparaes para disperso superfcie entre as plantas cultivadas DESIGNAO DESCRIO, REQUISITOS DE COMPOSIO E DE

    UTILIZAO

    Ortofosfato de ferro (III) Moluscicida

    IV. Outras substncias tradicionalmente utilizadas na agricultura biolgica DESIGNAO DESCRIO, REQUISITOS DE COMPOSIO E DE UTILIZAO

    Cobre sob a forma de hidrxido Fungicida de cobre, oxicloreto de cobre, sulfato (tribsico) de cobre ou

    xido cuproso

    - a partir de 1 de Janeiro de 2007, a quantidade mxima a utilizar anualmente

    por hectare ser calculada subtraindo as quantidades efectivamente utilizadas nos quatro anos anteriores da quantidade total mxima de 36, 34, 32 e 30 kg de cobre por

    hectare, para os anos de 2007, 2008, 2009 e 2010 e anos seguintes, respectivamente. Necessidade reconhecida pela autoridade de controlo ou organismo de controlo ( ) Etileno Maturao de bananas, quivis e dispiros. Induo floral no

    anans.

    Necessidade reconhecida pelo organismo de controlo ou pela autoridade de controlo.

    Sais potssicos de cidos gordos Insecticida (sabo mole) (*) Almen de potssio (calinite) Impedimento do amadurecimento das bananas