manoel de barros

17

Upload: analumiar-ribeiro-de-oliveira

Post on 28-Dec-2014

2.406 views

Category:

Education


0 download

DESCRIPTION

A Linguagem da ModernidadeManoel de BarrosE.E. Prof. Dr. Oswaldo S, SoaresProf. Ana Paula R. de Oliveira3ºs anos de 2011

TRANSCRIPT

Page 2: Manoel de Barros

Sumário

1

� Introdução...........................................................................02� Biografia..............................................................................03� Obras publicadas no Brasil.................................................04� Prêmios recebidos..............................................................05� Poemas e análises.............................................................06

� Fraseador.......................................................................................06� Sobre Sucatas................................................................................07� Bocó...............................................................................................08� Fontes............................................................................................09� Peraltagem.....................................................................................10

� Questões de vestibular........................................................11� Conclusão............................................................................13� Anexos.................................................................................14� Bibliografia...........................................................................15

Page 3: Manoel de Barros

Introdução

2

Este trabalho apresenta informações sobre Manoel de Barros e osprincipais fatos que ficaram marcados na vida do poeta modernista.

Além disso, será feita uma análise de uma série de poemas feitospelo autor, levando em conta suas principais características e o estilo queele busca empregar nas palavras.

Por fim, serão exibidas e comentadas duas questões de vestibularque tem relação com o livro Memórias Inventadas, de Manoel de Barros.

Page 4: Manoel de Barros

Manoel de Barros - Biografia

3

Manoel de Barros nasceu no Beco da Marinha, beira do Rio Cuiabá em1916. Mudou-se para Corumbá, onde se fixou de tal forma que chegou a serconsiderado corumbaense. Atualmente mora em Campo Grande. É advogado,fazendeiro e poeta. Escreveu seu primeiro poema aos 19 anos, mas suarevelação poética ocorreu aos 13 anos de idade quando ainda estudava noRio de Janeiro.

É autor de várias obras pelas quais recebeu prêmios. Em 1969recebeu o Prêmio da Fundação Cultural do Distrito Federal pela obra“Gramática Expositiva do Chão” e, em 1997 o livro “Sobre Nada” recebeu umprêmio de âmbito nacional.

Page 5: Manoel de Barros

Obras publicadas no Brasil

4

� 1937 — Poemas concebidos sem pecado;� 1942 — Face imóvel;� 1956 — Poesias;� 1960 — Compêndio para uso dos

pássaros;� 1966 — Gramática expositiva do chão;� 1974 — Matéria de poesia;� 1982 — Arranjos para assobio;� 1985 — Livro de pré-coisas (Ilustração da

capa: Martha Barros);� 1989 — O guardador das águas;� 1990 — Poesia quase toda;� 1991 — Concerto a céu aberto para solos

de aves;� 1993 — O livro das ignorãças;� 1996 — Livro sobre nada (Ilustrações de

Wega Nery);� 1998 — Retrato do artista quando coisa

(Ilustrações de Millôr Fernandes);

� 1999 — Exercícios de ser criança;� 2000 — Ensaios fotográficos;� 2001 — Retrato do artista quando coisa;� 2001 — O fazedor de amanhecer (infantil);� 2001 — Poeminhas pescados numa fala

de João;� 2001 — Tratado geral das grandezas do

ínfimo (Ilustrações de Martha Barros);� 2003 — Memórias inventadas (A infância)

(Ilustrações de Martha Barros);� 2003 — Cantigas para um passarinho à

toa;� 2004 — Poemas rupestres (Ilustrações de

Martha Barros);� 2005 — Memórias inventadas II (A

segunda infância) (Ilustrações de Martha Barros);

� 2007 — Memórias inventadas III (A terceira infância) (Ilustrações de Martha Barros);

Page 6: Manoel de Barros

Prêmios Recebidos

5

� 1960 — Prêmio Orlando Dantas - Diário de Notícias, com o livro "Compêndio para uso dospássaros";

� 1966 — Prêmio Nacional de poesias, com o livro "Gramática expositiva do chão";� 1969 — Prêmio da Fundação Cultural do Distrito Federal, com o livro "Gramática expositiva

do chão";� 1989 — Prêmio Jabuti de Literatura, na categoria Poesia, como o livro "O guardador de

águas";� 1990 — Prêmio Jacaré de Prata da Secretaria de Cultura de Mato Grosso do Sul como

melhor escritor do ano;� 1996 — Prêmio Alfonso Guimarães da Biblioteca Nacional, com o livro "Livro das ignorãças";� 1997 — Prêmio Nestlé de Poesia, com o livro "Livro sobre nada“;� 1998 — Prêmio Nacional de Literatura do Ministério da Cultura, pelo conjunto da obra;� 2000 — Prêmio Odilo Costa Filho - Fundação do Livro Infanto Juvenil, com o livro "Exercício

de ser criança";� 2000 — Prêmio Academia Brasileira de Letras, com o livro "Exercício de ser criança";� 2002 — Prêmio Jabuti de Literatura, na categoria livro de ficção, com "O fazedor de

amanhecer";� 2005 — Prêmio APCA de melhor poesia, com o livro "Poemas rupestres";� 2006 — Prêmio Nestlé de Literatura Brasileira, com o livro "Poemas rupestres".

Page 7: Manoel de Barros

Fraseador

6

Hoje eu completei oitenta e cinco anos. O poeta nasceude treze. Naquela ocasião escrevi uma carta aos meus pais,que moravam na fazenda, contando que eu jádecidira o que queria ser no meu futuro. Que eu nãoqueria ser doutor. Nem doutor de curar nem doutor defazer casa nem doutor de medir terras. Que eu queriaera ser fraseador. Meu pai ficou meio vago depois de lera carta. Minha mãe inclinou a cabeça. Eu queria serfraseador e não doutor. Então, o meu irmão mais velhoperguntou: Mas esse tal de fraseador bota mantimentoem casa? Eu não queria ser doutor, eu só queria serfraseador. Meu irmão insistiu: Mas se fraseadornão bota mantimento em casa, nós temos que botar umaenxada na mão desse menino pra ele deixar de variar. Amãe baixou a cabeça um pouco mais. O pai continuoumeio vago. Mas não botou enxada.

Análise:

O poema Fraseador conta ahistória de Manoel de Barros que naépoca estava completando 85 anos,mas ele diz que desde de garoto praser mais exato aos 13 anos já haviacolocado em sua cabeça que queriaser um escritor, ele fez uma cartapara seus pais para explicar que nãoqueria ser médico, arquiteto oucoisas desse tipo e sim queria serum escritor, falar daquilo que ocorreem seu cotidiano. Ele também dizque não teve tanto o apoio eincentivo dos pais quanto a isso atéporque eles não entendiam o sonhodesse menino em ser escritor, mastambém eles nunca interferiram edeixaram ele escolher o querealmente queria para sua vida serum escritor.

Page 8: Manoel de Barros

Sobre SucatasIsto porque a gente foi criada em lugar onde não tinha brinquedofabricado. Isto porque a gente havia que fabricar os nossos brinquedos:eram boizinhos de osso, bolas de meia, automóveis de lata. Também agente fazia de conta que sapo é boi de cela e viajava de sapo. Outra eraouvir nas conchas as origens do mundo. Estranhei muito quando, maistarde, precisei de morar na cidade. Na cidade, um dia, contei paraminha mãe que vira na Praça um homem montado no cavalo de pedra amostrar uma faca comprida para o alto. Minha mãe corrigiu que não erauma faca, era uma espada. E que o homem era um herói da nossahistória. Claro que eu não tinha educação de cidade para saber queherói era um homem sentado num cavalo de pedra. Eles eram pessoasantigas da história que algum dia defenderam a nossa Pátria. Para mimaqueles homens em cima da pedra eram sucata. Seriam sucata dahistória. Porque eu achava que uma vez no vento esses homens seriamcomo trastes, como qualquer pedaço de camisa nos ventos. Eu melembrava dos espantalhos vestidos com as minhas camisas. O mundo eraum pedaço complicado para o menino que viera da roça. Não vinenhuma coisa mais bonita na cidade do que um passarinho. Vi quetudo o que o homem fabrica vira sucata: bicicleta, avião, automóvel. Só oque não vira sucata é ave, árvore, rã, pedra. Até nave espacial vira sucata.Agora eu penso uma garça branca de brejo ser mais linda que uma naveespacial. Peço desculpas por cometer essa verdade. 7

Análise:

Infância em queas crianças quedeviam montar seusbrinquedos com o quetinham.

A importância dadapelo homem a“objetos” que com otempo acabam virandosucatas esquecidaspela nobreza.

O que torna esseBrasil lindo é abiodiversidade naturaldas aves, arvores etc.E logo são elas quemerecem toda nossaatenção.

Page 9: Manoel de Barros

8

Bocó

Análise:

O poema destaca a importância desaber o significado de uma palavra,mostrando o personagempesquisando entusiasmadamenteas definições do termo “Bocó”,depois que uma velha paraguaiacita essa palavra se referindo a ele.E quando ele descobre, se sentemuito empolgado e também ri comas todas as definições queencontrou no dicionário.

Quando o moço estava a catar caracóis e pedrinhasna beira do rio até duas horas da tarde, ali também NháVelina Cuê estava. A velha paraguaiade ver aquele moço a catar caracóis na beira dorio até duas horas da tarde, balançou a cabeçade um lado para o outro ao gesto de quem estivessecom pena do moço, e disse a palavra bocó. O moçoouviu a palavra bocó e foi para casa correndoa ver nos seus trinta e dois dicionários que coisaera ser bocó. Achou cerca de nove expressões quesugeriam símiles a tonto. E se riu de gostar. Eseparou para ele os nove símiles. Tais: Bocó ésempre alguém acrescentado de criança. Bocó éuma exceção de árvore. Bocó é um que gosta deconversar bobagens profundas com as águas. Bocóé aquele que fala sempre com sotaque das suasorigens. É sempre alguém obscuro de mosca. Éalguém que constrói sua casa com pouco cisco.É um que descobriu que as tardes fazem parte dehaver beleza nos pássaros. Bocó é aquele queolhando para o chão enxerga um verme sendo-o.Bocó é uma espécie de sânie com alvoradas.

Foi o que o moço colheu em seustrinta e dois dicionários. E ele seestimou.

Page 10: Manoel de Barros

FontesTrês personagens me ajudaram a compor estasmemórias. Quero dar ciência delas. Uma, criança;dois, os passarinhos; três, os andarilhos. Acriança me deu a semente da palavra. Os passarinhosme deram o desprendimento das coisas da terra. E osandarilhos, a presciência da natureza de Deus.Quero falar primeiro dos andarilhos, do uso emprimeiro lugar que eles faziam da ignorância.Sempre eles sabiam tudo sobre o nada. E aindamultiplicavam o nada por zero - o que lhes davauma linguagem de chão. Para nunca saber ondechegavam. E para sempre de surpresa.Eles não afundavam estradas, mas inventavamcaminhos. Essa é a pré-ciência que sempre vi nosandarilhos. Eles me ensinaram a amar a natureza.Bem que eu pude prever que os que fogem da naturezaum dia voltam pra ela. Aprendi com os passarinhosa liberdade. Eles dominam o mais leve sem precisarter motor nas costas. E são livres para pousar emqualquer tempo nos lírios ou nas pedras - sem semachucarem. E aprendi com eles ser disponívelpara sonhar. O outro parceiro de sempre foi a

Análise:O poema Fontes fala sobre os andarilhos

que são os seres humanos, os passarinhossão a liberdade e a criança que são doadorasde suas origens.

Ele começa com uma critica negativasobre os humanos, que acham que sabemtudo mas não sabe nada, ‘’E aindamultiplicam o nada por zero’’. Mas logo emseguida ele faz uma critica positiva aoshumanos porque mesmo inventandocaminhos os humanos o ensinaram a amar anatureza.

Logo após ele fala sobre os passarinhosque não precisam de tecnologia para seremlivres , felizes e sonhadores.

Por ultimo ele agradece aos‘’colaboradores destas memórias inventadase doadores de suas fontes’’.

O poema fala sobre aqueles que oajudaram a ‘’compor estas memórias’’

criança que me escreve. Ospássaros, os andarilho se a criançaem mim são meus colaboradoresdestas memórias inventadas edoadores de suas fontes.

9

Page 11: Manoel de Barros

Peraltagem

10

O canto distante da sariema encompridava a tarde.E porque a tarde ficasse mais comprida a gente sumia dentro dela.E quando o grito da mãe nos alcançavaa gente já estava do outro lado do rio.O pai nos chamou pelo berrante.Na volta fomos encostando pelas paredes da casa pé ante pé.Com receio de um carão do pai.Logo a tosse do avô acordou o silêncio da casa.Mas não apanhamos nem.E nem levamos carão nem.A mãe só falou que eu iria viver leso fazendo só essas coisas.O pai completou: ele precisava ver outras coisasalém de ficar ouvindo só o canto dos pássaros.E a mãe disse mais: esse menino vai passar a vidaenfiando água no espeto!Foi quase.

Análise:

Podemos observar que essepoema fala de um menino quepassava tardes e tardes brincando ese divertindo na mata, observando ocanto dos pássaros. Um garoto quealém de sua mãe e seu pai reclamarcontinuava fazendo a mesmas coisastodos os dias.

Page 12: Manoel de Barros

Questões de vestibular

11

Texto 1: Quando a Vó me recebeu nas férias, ela me apresentou aos amigos: Este é o meu neto. Ele foiestudar no Rio e voltou de ateu. Ela disse que eu voltei de ateu. Aquela preposição deslocada mefantasiava de ateu. Como quem dissesse no Carnaval: aquele menino está fantasiado de palhaço.Minha Vó entendia de regências verbais. Ela falava de sério. Mas todo mundo riu. Porque aquelapreposição deslocada podia fazer da informação um chiste. E fez. E mais: eu acho que buscar abeleza nas palavras é uma solenidade de amor. E pode ser um instrumento de rir. De outra feita,no meio da pelada um menino gritou: Disilimina esse, Cabeludinho. Eu não disiliminei ninguém.Mas aquele verbo novo trouxe um perfume de poesia à nossa quadra. Aprendi nessas férias abrincar de palavras mais do que trabalhar com elas. Comecei a não gostar da palavra engavetada.Aquela que não pode mudar de lugar. Aprendi a gostar mais das palavras pelo que elas entoam doque pelo que elas informam. Por depois ouvi um vaqueiro a cantar com saudades: Ai morena, nãome escreve / que eu não sei a ler. Aquele a preposto ao verbo ler, ao meu ouvir, ampliava a solidãodo vaqueiro.

(BARROS, Manoel de. Memórias inventadas: a infância. São Paulo: Editora Planeta, 2003).

01. O objetivo do autor do texto é:

A) Apresentar a recepção que a avó lhe deu nas férias e como ela o etiquetou, ao lhe apresentar aos amigos. B) Apresentar uma crítica ao comportamento da avó. C) Discutir metalingüisticamente como as palavras deslocadas informam mais. D) Discutir problemas de regência verbal E) Apresentar como as palavras e construções, usadas de modo imprevisto, podem produzir mais efeitos.

Page 13: Manoel de Barros

Questões de vestibular02. Observe as alternativas abaixo, relacione-as ao texto de Manoel de Barros e assinale a opção de acordo com as respostas.

1. “As palavras descongelam-se, libertam-se da sua hibernação dicionarista, e perturbam como um achado surpreendente”.

2. “Não gosto das palavras fatigadas de informar. Dou mais respeito as que vivem de barriga no chão tipo água pedra sapo. [...] Porque eu não sou da informática: eu sou da invencionática”

3. “Logo pensei em escovar palavras. Porque eu havia lido em algum lugar que as palavras eram conchas de clamores antigos. Eu sabia também que as palavras possuem no corpo muitas oralidades remontadas e muitas significâncias remontadas. Eu queria então escovar cada palavra para escutar o primeiro esgar de cada uma”.

4. “Não faças versos sobre acontecimentos. Não há criação nem morte perante a poesia”.

A) Quando as alternativas 1, 2 e 3 estiverem corretas B) Quando as alternativas 1 e 3 estiverem corretas C) Quando as alternativas 2 e 4 estiverem corretas D) Quando somente a alternativa 4 estiver correta E) Quando todas as alternativas estiverem corretas

12

Page 14: Manoel de Barros

Considerações FinaisDepoisDepois dede terter vistovisto tudotudo sobresobre asas obras,obras, aa históriahistória ee

todatoda aa vidavida dede ManoelManoel dede BarrosBarros queque éé umum dosdos escritoresescritoresdede maiormaior sucessosucesso ee importânciaimportância dodo BrasilBrasil.. ConcluímosConcluímos quequeéé necessárionecessário sabersaber nãonão sósó dada vidavida dede umum escritor,escritor, masmas simsimdede váriosvários outrosoutros escritoresescritores queque atravésatravés dede suassuas obras,obras, nosnosrelembra,relembra, ensinaensina ee explicaexplica muitasmuitas questões,questões, comocomo porporexemploexemplo umum trechotrecho dodo poemapoema FontesFontes queque falafala sobresobre nósnóshumanoshumanos.. “Sempre“Sempre eleseles sabiamsabiam tudotudo sobresobre oo nadanada.. EE aindaaindamultiplicavammultiplicavam oo nadanada porpor zero”zero”.. EssaEssa afirmaçãoafirmação nosnos lembralembraqueque nósnós nana maioriamaioria dasdas vezesvezes somossomos ignorantesignorantes ee nãonãoqueremosqueremos escutarescutar osos outrosoutros

13

Page 15: Manoel de Barros

AnexosCapas de livros de Manoel de Barros:

14

Page 16: Manoel de Barros

Referências Bibliográficas

15

� INFOESCOLA. Manoel de Barros. Disponível em: <http://www.infoescola.com/escritores/manoel-de-barros/>Acesso em: 26 mai. 2011.

� PROJETO RELEITURAS. Manoel de Barros - Biografia. Disponível em: <http://www.releituras.com/manoeldebarros_bio.asp>Acesso em: 26 mai. 2011.

� FUNDAÇÃO MANOEL DE BARROS. Disponível em: <http://www.fmb.org.br/index.php>Acesso em: 01 jun. 2011.

� UNIVÁS – UNIVERSIDADE DO VALE DO SAPUCAÍ. Disponível em: <www.univas.edu.br/univas/processoseletivo/provas/2007_Medicina_Estudo_texto.doc>Acesso em: 06 jun. 2011.

Page 17: Manoel de Barros

Denny LiraDenny Lira Nº Nº 1111Gabriel Vieira Fortes TrindadeGabriel Vieira Fortes Trindade Nº Nº 1515Gustavo Frutuoso GuedesGustavo Frutuoso Guedes Nº Nº 1717LuisLuis Henrique Silva FrutuosoHenrique Silva Frutuoso Nº Nº 2121Luiz Felipe de Oliveira Gomes CunhaLuiz Felipe de Oliveira Gomes Cunha Nº Nº 2222

Integrantes do GrupoIntegrantes do Grupo

33°° AA