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MALAQUIAS: O MENSAGEIRO Como na maioria dos casos de profetas antigotestamentarios, o Profeta é também a Profecia, a Mensagem. Muito mais significante é o caso de Malaquias que o seu próprio nome significa O Mensageiro. Aqui toda a sua mensagem está focada no Cristo que estava para aparecer, por tanto, o centro dela não é nem o dízimo e tampouco a degradação dos sacerdotes. O centro do livro de Malaquias é o Cristo sarador. Este Cristo sarador é o Mensageiro de Deus, o Anjo do Pacto e o Desejado das nações que hoje executa a sua disciplina constantemente no Seu povo. <<Uma das formas mais comum de hoje roubar a Deus não é na questão do dízimo senão na questão da competição e rivalidade gerada com a criação de “igrejas” fora do modelo bíblico que é a UNIDADE LOCAL, transladando o conceito bíblico de Casa de Deus que é a Igreja unida na cidade para a obra particular atrelada a um endereço que não abrange a toda a cidade nem a todos os santos morando ali, e a doutrinas, sistemas e nomes particulares. O avivamento espiritual genuíno vem para a Casa de Deus e não para uma parte dela, e dai que se requer neste livro a santidade dos líderes e o arrependimento do povo>>. Autor: Tito Berry

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Page 1: Malaquias: O Mensageiro - Tito Berry · avivamento espiritual genuíno vem ... mas viraram inimigos pela atitude aborrecível de Esaú ... ficar com os dízimos do Senhor

MALAQUIAS: O MENSAGEIRO

Como na maioria dos casos de profetas antigotestamentarios,

o Profeta é também a Profecia, a Mensagem. Muito mais

significante é o caso de Malaquias que o seu próprio nome

significa O Mensageiro. Aqui toda a sua mensagem está focada

no Cristo que estava para aparecer, por tanto, o centro dela

não é nem o dízimo e tampouco a degradação dos sacerdotes.

O centro do livro de Malaquias é o Cristo sarador. Este Cristo

sarador é o Mensageiro de Deus, o Anjo do Pacto e o Desejado

das nações que hoje executa a sua disciplina constantemente

no Seu povo.

<<Uma das

formas mais

comum de hoje

roubar a Deus

não é na questão

do dízimo senão

na questão da

competição e

rivalidade

gerada com a

criação de

“igrejas” fora do

modelo bíblico

que é a UNIDADE

LOCAL,

transladando o

conceito bíblico

de Casa de Deus

que é a Igreja

unida na cidade

para a obra

particular

atrelada a um

endereço que não

abrange a toda a

cidade nem a

todos os santos

morando ali, e a

doutrinas,

sistemas e nomes

particulares. O

avivamento

espiritual

genuíno vem

para a Casa de

Deus e não para

uma parte dela, e

dai que se requer

neste livro a

santidade dos

líderes e o

arrependimento

do povo>>.

Autor: Tito Berry

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Malaquias: O Mensageiro

FTA – Faculdade Teológica Apostólica -Tito Berry- Página 1

O livro de Malaquias é muito importante porque é a última mensagem do Antigo

Testamento e a conexão com o Novo Testamento.

O significado do nome Malaquias:

No hebraico Malaquias significa “Meu mensageiro”, indicando que Malaquias era um

mensageiro de Deus especial, posto que fosse o último enviado com a mensagem de

que Deus ainda tinha misericórdia para com o povo Israel e um propósito específico

com eles. Também, o próprio Malaquias como mensagem sugere que ha um foco no

mensageiro com a mensagem da primeira vinda de Cristo, ou seja, o cumprimento de

todas as profecias do Antigo Testamento.

O período de tempo em que transcorreu o ministério de Malaquias foi dentro dos anos

520 a 400 a. C., na mesma época de Neemias.

Malaquias desempenhou o seu ministério em Jerusalém, no período do pós-exílio.

Os destinatários de seu ministério foram os israelitas que haviam retornado do exílio.

O formato de suas profecias tem por foco que Jeová aplica Seu trato aos filhos de Levi

(os sacerdotes no meio de Israel) e aos filhos de Jacó (o povo de Israel):

Antes do exílio, a ênfase das mensagens era eminentemente profética; já durante o

período de exílio, a ênfase das profecias fora de promessas, e finalmente, no pós-exílio,

quando profetizaram Ageu, Zacarias e Malaquias, a ênfase foi na restauração de Deus

dentro de Seu Plano Eterno, e para a sua consumação pelo futuro Messias.

Nesta fase do pós-exílio o Senhor faz reclamações e advertências para com o Seu povo,

principalmente aos seus sacerdotes.

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Malaquias: O Mensageiro

FTA – Faculdade Teológica Apostólica -Tito Berry- Página 2

O pensamento central da profecia de Malaquias consiste em corrigir aos sacerdotes que servem em Israel,

a não se entreterem em seus próprios e particulares interesses senão se focarem na sua função e momento

profético prévio à chegada do Cristo como o Mensageiro de Deus, e aconselhar ao povo de Israel

considerando a chegada e manifestação de Cristo como o Sol de justiça.

A revelação com respeito a Cristo:

Em Malaquias Cristo é revelado em Sua primeira vinda como Mensageiro de Deus (3.1-

3) e em Sua segunda vinda como Anjo do Pacto (3.1) e como Sol de justiça (4.1-3). O

Messias esperado pelos israelitas viria primeiro como mensageiro ou prenuncio de sua

imolação pelo povo, e eles deviam ainda esperar mais um pouco. No final esse

mensageiro derramaria o seu sangue para selar um novo pacto com eles, e sairia para

os injustiçados como sai o Sol no amanhecer de uma noite escura.

Como entender o Livro com duplos destinatários, os sacerdotes e o povo:

Malaquias tem quatro secções: a introdução (1.1); descrição do amor de Jeová para com

Jacó (1.2-5); Jeová aplicando o seu tratamento aos filhos de Levi, os sacerdotes (1.6-3.4);

e também aplicando o seu trato aos filhos de Jacó, o povo em geral (3.5-4.6).

JEOVÁ REVELA E MANIFESTA O SEU AMOR PARA COM JACÓ:

Malaquias 1.2-5 Fala do amor Do Senhor para com Jacó a quem Ele ama, e na mesma

vez aborrece a Esaú.

Nos versículos 2b y 3a Jeová pronuncia palavras francas e diretas com respeito a Jacó e

a Esaú: “Amei a Jacó; porém a Esaú aborreci”.

Edom é chamado “território de maldade”. O Senhor diz aqui que Edom (o país de Esaú)

seria chamado território de maldade e povo contra o qual Ele está indignado para

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Malaquias: O Mensageiro

FTA – Faculdade Teológica Apostólica -Tito Berry- Página 3

sempre (Vs. 3b-4). Tanto o lugar como o povo que o habitava eram desagradáveis para

Deus.

Edom e Israel são povos irmãos, mas viraram inimigos pela atitude aborrecível de Esaú

em não receber a Israel em sua passagem por seu território. Aqui não houve nenhuma

situação financeira em conflito, nem de poderes quaisquer.

Não há nada que entristeça tanto a Deus que irmãos, filhos de um mesmo pai, não se

amem nem se ajudem, e ainda pior, um faça guerra contra o outro desnecessária e

injustamente.

Em Números 20 foi Esaú que aborreceu a Israel. Em Malaquias é Israel que se larga a

uma vida sem amor e agradecimento a Deus, o Pai de ambos os povos, e ainda

desagradando ao próprio governo humano de Israel, quanto mais aos demais povos.

Mesmo assim, o versículo 5 diz: “E os vossos olhos o verão, e direis: O Senhor seja

engrandecido além dos termos de Israel”. Aqui “além dos termos de Israel” significa fora

de seu território. A nação de Edom estava condenada e o povo de Edom é objeto da

indignação de Deus, porém até mesmo ali, fora de Israel, o Senhor seria engrandecido.

Entretanto, a contenda entre Israel e Edom era questão de eleição de Deus, mas os

conflitos entre irmãos já reconciliados em Cristo, que de ambos os povos [Judeu e

Gentil] fez um só na cruz chamando-o Igreja é muito mais grave, porque se trata de um

novo povo, um povo com propósito eterno e não temporal como no caso de Israel.

Assim o Senhor cumpriu a sua promessa que acabamos de considerar.

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Malaquias: O Mensageiro

FTA – Faculdade Teológica Apostólica -Tito Berry- Página 4

O SENHOR APLICA SEU TRATO AOS FILHOS DE LEVI, OS SACERDOTES:

Malaquias 1.6-14 nos mostra que os sacerdotes haviam degradado, nas seguintes

formas:

1. Subestimavam o nome do Senhor e a Sua mesa:

A degradação dos sacerdotes foi vista primeiro em que eles subestimaram o nome de

Jeová e Sua mesa (Vs. 6-7, 12-13a). Eles não apreciaram devidamente nem o nome do

Senhor e nem o valor do desfrute de Sua mesa.

2. Apresentavam ao Senhor ofertas contaminadas:

Os sacerdotes apresentavam a Jeová ofertas contaminadas, ofertas de animais que

eram cegos, coxos ou com outras enfermidades (V. 8). Eles trouxeram o furtado, o coxo

e o enfermo, e o ofereceram como sacrifício a Deus (V. 13b). Então o Senhor falou: “Pois

seja maldito o enganador que, tendo macho no seu rebanho, promete e oferece ao

Senhor o que tem mácula” (V. 14a).

O Senhor aborrece as suas ofertas:

Jeová não se deleitava em receber suas ofertas contaminadas; pelo contrário, Ele as

aborrecia (Vs. 9-10).

A grandeza do nome de Jeová entre as nações:

Nos versículos 11 e 14b vemos a grandeza do nome do Senhor entre as nações. No

versículo 11 o Senhor disse que o Seu nome seria grande entre as nações, e no versículo

14b Ele declarou que Seu nome é temido entre as nações.

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3. Os sacerdotes também quebrantavam os mandamentos do Senhor e corrompiam o

pacto de Jeová:

Isto fez com que a maldição do Senhor viesse sobre eles (2.1-9).

A deslealdade de Judá entre irmãos e sua profanação para com o Senhor:

Os versículos 10 a 12 nos falam da perfídia de Judá (na realidade dos sacerdotes que

viviam em Judá e serviam em Jerusalém) entre irmãos e sua profanação para com

Jeová.

A deslealdade do homem para com a esposa que Deus aborrece:

Nos versículos 13 a 17 vemos que Jeová aborrece a traição do homem (referindo-se

principalmente aos sacerdotes) para com a sua esposa, porque tal atitude de um

sacerdote para com a sua esposa danifica o sacerdócio. Provavelmente algumas das

esposas que sofreram maus tratos vieram e choraram no altar do Senhor (Vs. 13a, 14).

Devido a isto, o sacrifício procedente das mãos dos sacerdotes já não era visto nem

aceito com prazer pelo Senhor (V. 13b).

Aqui vemos um assunto muito importante. Se um servo do Senhor não pode levar uma

vida apropriada na sua relação com sua esposa, seu serviço será nulo. O mau trato ou

subestimação do homem da sua esposa é um agravio ao Senhor, porque Ele bem que

podia fazer dois espíritos diferentes, mas decidiu fazer para marido e mulher um só

espírito. Ele fez do sacerdote e a sua esposa uma só pessoa, assinalando assim a

produção da descendência de Deus.

No versículo 15 Malaquias procede a dizer que no matrimônio Deus fez do esposo e a

esposa um só, para trazer por eles filhos piedosos.

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Malaquias: O Mensageiro

FTA – Faculdade Teológica Apostólica -Tito Berry- Página 6

Jeová aborrece o divórcio. Para Deus, quem se divorcia de sua esposa está se

conduzindo com violência (V. 16). Aos olhos de Deus o divórcio é um ato de violência.

Quanto ao sacerdócio, este devia ser um com a sua esposa, completamente, senão, o

ministério estaria sendo ferido.

O Senhor estava cansado das palavras dos sacerdotes. Segundo o versículo 17, os

sacerdotes fizeram ao Senhor cansar com suas palavras. Eles repetidamente estavam

questionando: “’Vocês têm cansado o Senhor com as suas palavras’. ‘Como o temos

cansado? ’ Vocês ainda perguntam. Quando dizem: ‘Todos os que fazem o mal são

bons aos olhos do Senhor, e ele se agrada deles’ e também quando perguntam: ‘Onde

está o Deus da justiça? ’" Tais palavras representavam acusações injustas de quem

deviam guiar ao povo, mas estavam o desviando com as suas atitudes impróprias.

Malaquias também adverte que o dia quando O Mensageiro vier e se sentar no templo

como Senhor de Seu povo, refinaria e purificaria aos sacerdotes para que o sirvam já

não em suas almas corruptas e perversas senão em espírito e verdade.

Ao chegar o Messias, e ao passarem pela refinaria e forno da Cruz de Cristo deviam sair

aprovados para servir ao Senhor, o que justificava um atual trato severo de Deus para

com eles. (3.1-4).

Sempre é assim. Uma liderança em pecado gera um povo que rouba a Deus. O povo,

vendo a seus líderes banalizando as coisas santas e descuidando-as, aproveitou para

ficar com os dízimos do Senhor.

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Malaquias: O Mensageiro

FTA – Faculdade Teológica Apostólica -Tito Berry- Página 7

ESTA FOI UMA PROFECIA DE DUPLA REFERENCIA POR UM TRÍPLICE PROCESSO

DE CUMPRIMENTO:

1. Na vinda do próprio profeta Malaquias:

Esta profecia foi cumprida ao vir o profeta Malaquias, quem tipifica a Cristo como

Aquele que vem.

2. Na primeira vinda de Cristo com João O Batista como Seu precursor:

Em segundo lugar, esta profecia se cumpriu na primeira vinda de Cristo com João O

Batista, o precursor de Cristo (Mt 11.7-13). Em Sua primeira vinda Cristo foi o Mensageiro

das Boas Novas do Pai, e também a própria mensagem de Salvação, e durante o seu

ministério terreno esteve corrigindo, refinando e purificando aos líderes judeus antes

que aos gentis. Isso se vê no fato de que nos Evangelhos o Senhor Jesus com

frequência repreendia aos sacerdotes. (João e Cristo perfazem uma única vinda).

3. Na segunda vinda de Cristo com Elias como Seu precursor:

Em terceiro lugar, esta profecia se cumprirá na segunda vinda de Cristo com Elias, um

precursor de Cristo (Is 40.3-5; 9-11; Mt 17.11; Ap 11.3-4). Tudo indica que o precursor de

Cristo nesta Sua segunda vinda seja o Espírito Santo que hoje está preparando ao povo

de Deus para o Arrebatamento dos Vencedores.

CRISTO VIRÁ SÚBITAMENTE COMO O ANJO DO PACTO:

Cristo virá subitamente como o Anjo do pacto, a quem o povo de Israel busca e

também O deseja (Ml 3.1; Ag 2.7a).

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Malaquias: O Mensageiro

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Para fazer cumprir com respeito a Israel o pacto que Ele promulgara mediante

Sua morte:

(Mt 26.28). Ele veio como um Anjo a fim de servir a Deus dando forma ao Novo

Testamento. Quando o Senhor Jesus estabeleceu Sua mesa à noite em que foi traído,

disse que promulgava o novo pacto: “Este cálice é o novo pacto em Meu sangue” (Lc

22.20). Por tanto, deste modo Ele dava forma ao Novo Testamento, segundo o qual

Deus se obriga soberanamente a se transmitir em nosso ser para ser a nossa vida, nossa

lei de vida e nosso todo como conteúdo interior de nossa vida de salvo. Ainda que o

Senhor Jesus promulgasse o novo pacto faz uns dois mil anos, em termos gerais o povo

judaico não se beneficiou dele o suficiente. Em vez disto ter acontecido, o benefício foi

mais para os gentis.

Contudo, quando o Senhor regresse, voltará outra vez como o Anjo do Pacto a fim de

cumprir o Seu pacto nos judeus que se arrepentirem e crerem nele. Somente ai os

judeus chegarão a se beneficiar massivamente do novo pacto. O resultado da Cruz é

definitivo, mas a salvação dos judeus se completará somente depois da completação

dos gentis ao Plano de Redenção de Cristo.

Para refinar e purificar aos filhos de Levi:

A morte e ressurreição de Cristo também tem o sentido de refinar e purificar aos filhos

de Levi, principalmente aos sacerdotes, queiram ou não aceitar, “Ele será como o fogo

do ourives e como o sabão do lavandeiro. Ele se sentará como um refinador e

purificador de prata; purificará os levitas e os refinará como ouro e prata. Assim trarão

ao Senhor ofertas com justiça. Então as ofertas de Judá e de Jerusalém serão agradáveis

ao Senhor, como nos dias passados, como nos tempos antigos” (Ml 3.2-4).

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No milênio, os judeus arrependidos que tenham sido regenerados mediante o novo

pacto serão os sacerdotes que atenderão a todas as nações ao redor. Para isto, eles

terão necessidade de ser refinados e purificados em grau superlativo. Por tanto, em Sua

segunda vinda Cristo renovará a Israel, o santificará e o transformará para que uma vez

salvos, se transformem em Seus sacerdotes refinados y purificados.

CRISTO EM SUAS DUAS VINDAS SEGUNDO É REVELADO EM MALAQUIAS:

1) CRISTO VEM COMO MENSAGEIRO DE DEUS

Como viemos observando, o livro de Malaquias revela a Cristo em Sua primeira vinda e

em Sua segunda vinda. Em Sua primeira vinda Cristo como o Mensageiro de Deus não

só traz ao povo de Deus uma palavra ou mensagem senão que Ele próprio é a

mensagem viva do Pai. Isto é demonstrado plenamente nos quatro Evangelhos, que são

uma apresentação completa e perfeita de Cristo como a mensagem vivente enviado por

Deus a Seu povo escolhido. Enquanto o Senhor Jesus vivia na terra, na medida em que

viajava pelas diferentes aldeias e falava às pessoas, ministrava-se a Si mesmo na parte

mais interna delas, o seu espírito, e não apenas em suas almas, fazendo-as crer nele

como a própria mensagem do Pai.

2) CRISTO VEM COMO ANJO DO PACTO E PROMULGA O NOVO PACTO

Na Sua segunda vinda Cristo será o Anjo do Pacto, o Desejado das nações (3.1) e o Sol

de Justiça (4.2). Na realidade, Cristo era o Anjo do Pacto já na Sua primeira vinda. Como

Anjo do Pacto, Cristo promulgou o novo pacto. Antes de ir à cruz, o último que fez foi

estabelecer o novo pacto em Sua mesa (Mt 26.26-30). Temos que ver a diferença entre

a Mesa do Senhor no Antigo Testamento e a Mesa do Senhor no Novo Testamento.

Naquele, a Mesa era para o sacrifício animal voluntário do pecador, profetizando Cristo.

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Na Mesa Novotestamentária a Oferta é o próprio Senhor Jesus, o cumprimento

daquela. Nesta sim, o Pai tem contentamento e a alegria do Senhor é completa.

Os crentes, como filhos de Deus, são um com Deus em Sua vida e natureza:

Com base neste novo pacto (He 8.10-12), somos perdoados por Deus, quem incluso

esquece os nossos fracassos (em varias ocasiões em que na Bíblia se diz que Deus

esquece os nossos pecados, quer dizer que ele voltará a nos amar como se fosse a

primeira vez). Deus, então, pode transmitir-se a nosso ser interior para ser a nossa vida,

nossa lei de vida e nosso tudo, como o nosso conteúdo interno, a fim de que possamos

viver a sua vida em plenitude. Isto quer dizer que o novo pacto consiste em fazer-nos

absolutamente um com Deus. Ele chega a ser levar a nossa vida, para que nós

possamos vestir a dele; ao sermos constituídos dele, nos fazemos um com Ele em Sua

vida e natureza. O Novo Testamento revela que Ele e nós formamos uma morada

mutua (Jo 14.20, 23).

O Novo Testamento revela que Deus é o nosso Pai e que nós somos os Seus filhos. Não

somos filhos alheios que Deus adotou, senão filhos que nascemos de Deus (a adoção

no Novo Testamento se refere à filhificação do salvo, e não adoção no sentido comum

de afiliação). Deus é o nosso Pai devido a que Ele nos gerou, e nós somos Seus filhos

devido a que nascemos dele. Da forma que um menino compartilha com o seu pai a

mesma vida e natureza, mas não a paternidade, nós também, por sermos filhos

nascidos de Deus, compartilhamos a vida e a natureza de Deus, mas não Sua

paternidade nem a Sua Deidade. Somos iguais a Deus nosso Pai em vida e natureza,

mas certamente não somos Deus em Sua qualidade de origem da vida, ou paternidade,

nem na sua deidade que é existência, eternidade e soberania pura.

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3) CRISTO VEM COMO O DESEJADO DAS NAÇÕES

Em Sua segunda vinda, Cristo também será o Desejado das nações (Ml 3.1; Ag 2.7).

Cristo é Aquele a quem desejamos. Dia trás dia desejamos que Ele seja o nosso sarador,

nosso libertador e abençoador, e o nosso gozo. Ainda quando os sacerdotes sejam

displicentes em suas funções e não adequados em suas famílias, e ainda quando o povo

de Deus possa ser chamado ladrão, nada é melhor nem nada nos satisfaz mais que o

gozo do Senhor. Este gozo se converte na nossa fortaleza, nossa sanidade, a nossa

comida e o nosso nutrimento. O verdadeiro gozo em nós procede de que Cristo seja

nossa vida, nossas virtudes e nosso tudo. Ainda não vivemos a plenitude que temos em

Cristo; ainda nos descuidamos em muito, mas o Nosso Desejado nos repreende, nos

corrige, nos adverte, porque nos ama como ninguém, e um dia até os que o odeiam

poderão deseja-lo como nós, quando tais nações nos vejam vencedores e governando

com Cristo no Milênio.

4) CRISTO VEM COMO SOL DE JUSTIÇA E EM SUAS ASAS TRAZ SANIDADE

Como Sol de justiça, Cristo virá trazendo sanidade em Suas asas (Ml 4.2). Não é

suficiente pregar e nem apenas crer em cura divina. Porque na realidade, Cristo mesmo

é nossa sanidade. Ele é o Sol que nos sara ao resplandecer sobre nós.

Em Sua primeira vinda, a Terra rejeitou a Cristo; por tanto, a Terra carece de Sua

sanidade. Porém, devido a que nós lhe recebemos a Ele de uma forma secreta e às

escondidas, recebemos Sua sanidade todos os dias. Sua sanidade faz que tenhamos

gozo, de modo que esqueçamos as nossas misérias e preocupações, e que nos

preocupemos mais pela Casa de Deus que por nossos interesses passageiros. Todos

carecem algo da sanidade divina em Cristo, ainda quando O temos em plenitude.

Porque a corrupção humana e externa nos persegue, mas o Nosso Desejado, quanto

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mais o desejemos, mais nos cura de toda deficiência. Unicamente este Cristo que sara é

que pode restaurar-nos por completo. Ser sarados é ser salvos. Ser sarados, ou salvos, é

ser restaurados para estarmos completos, integrados. Ele nos sarará, e certamente

podemos desde já experimentar as Suas asas voando encima de nós, ao redor de nós e

dentro de nós.

Em Sua primeira vinda Cristo proveu sanidade para o sacerdócio degradado de todos

os crentes, mas em Sua segunda vinda El sarará definitivamente os que permanecerem

adequados para seu reinado no Milênio. Então, finalmente, Ele será o todo para toda a

terra e para nós. Este Cristo sarador virá subitamente; por tanto, temos que permanecer

alertas e prontos para recebê-lo.

O CENTRO DO LIVRO DE MALAQUIAS:

O centro do livro de Malaquias é o Cristo sarador. Este Cristo sarador é o Mensageiro

de Deus, o Anjo do Pacto e o Desejado das nações.

Que Cristo seja nossa sanidade baseia-se em que Ele é o Sol de Justiça. A palavra Sol

indica vida, e a palavra justiça indica equidade. Toda a terra está cheia de morte e

injustiça, mas com o Cristo sarador temos vida e equidade. A vida nos posiciona

vencedores na Terra e para o Céu, enquanto que a Justiça nos adequa diante Deus e os

nossos semelhantes, transformando a nossa humanidade caída em uma humanidade

restaurada, no modelo de Jesus na Terra em Sua Encarnação. Estamos ao aguardo de

que Ele venha como o Sol de Justiça que trará sanidade em Suas asas.

DEUS APLICA SEU TRATO AOS FILHOS DE JACÓ:

O Senhor se achega a eles para o juízo

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Malaquias: O Mensageiro

FTA – Faculdade Teológica Apostólica -Tito Berry- Página 13

Na nossa experiência como salvos pela graça por meio da fé, na maioria das vezes que

o Senhor se achega a nós, nos repreende. Sua repreensão é juízo. Se hoje o Senhor nos

repreende, será porque quer nos julgar durante o tempo da graça e que não fiquemos

para sermos julgados juntamente com os ímpios no furor de Sua ira. Hoje não é o dia

em que “o aborrecer a Esaú” de Deus seria executado senão o dia da graça, do amor e

da misericórdia. Através da história de Israel, e da Igreja, Deus só vem castigando como

disciplina para não sermos julgados com o mundo, por tanto, a fúria de sua ira ainda

não se manifesta. Não há como pregar hoje, na Era do Espírito de Graça que Deus

aborreça ou odeie os pecadores. Hoje Ele tem deles misericórdia e respeita o sangue de

Seu unigênito e primogênito Filho Jesus.

Sobre aqueles que não temem ao Senhor:

O versículo 5 nos diz que Jeová será testemunha veloz contra os feiticeiros, contra os

adúlteros, contra os que juram falsamente, contra os que oprimem ao jornaleiro, à viúva

e ao órfão, contra os que não recebem ao estrangeiro e contra os que não temem ao

Senhor. A preocupação que aqui o Senhor manifesta pelo estrangeiro mostra que o

nosso Deus, nosso Cristo, é o típico ser humano perfeito que não se alegra quando

alguém de outras terras é maltratado, mesmo que seja inimigo do povo de Deus. Israel

e Edom não eram inimigos, sequer amigos desconhecidos; eram irmãos. O modelo

divino de amor é condescender, é baixar ao nível e a condição humana mais baixa para

ajudar ao que precisa, e é esse modelo que Deus exige dos seus. O nosso Cristo é tanto

aquele mensageiro que fala o que vem do Pai e como aquele cujas palavras são as que

julgam, como a Testemunha Fiel. Como testemunho, diante o trato de Deus hoje sobre

líderes e povo de Deus em geral, Ele diz: “Não tenho vos dito...” (3. 6, 7), e ai a Sua

palavra falada a nós –os que tememos o Seu nome- julgará as nossas ações perversas

ainda agora, neste tempo, durante o Seu Juízo Governativo ou Disciplina Administrativa

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e não Final. A mensagem aqui é dita como dirigida aos que não temem, mas no final do

capítulo “os que temem ao Senhor” aparecem e se distinguem.

Aqui temos cinco tipos de pessoas do povo de Deus aos que as seguintes

recomendações são para serem restaurados à comunhão rica com Deus:

1 Os que fazem atalhos para alcançar bênçãos: feiticeiros; fazer feitiço é buscar

saídas por atalhos.

2 Os que modificam maldosamente as coisas de Deus: adúlteros; no Antigo

Testamento Deus até perdoou com facilidade a alguns adúlteros físicos, ainda que não

retirasse deles as consequências, mas o que mais merece e sempre mereceu punição

severa diante Deus é o adultério espiritual.

3 Os que prometem e afirmam falsamente; no Novo Testamento votos, sacrifícios

e promessas não são necessários; apenas a obediência “por amor”, posto que a filosofia

de Deus seja dar.

4 Os que oprimem por meio do dinheiro; qualquer manipulação do dinheiro é

opressão. Seja que o recebamos ou que o demos.

5 Os que são descaradamente enganadores. Não se pode pregar confiança

absoluta em que Deus é o nosso patrão, dono e Senhor, e logo andar batendo e

condenando os outros para que nos tragam o seu dinheiro para o nosso sustento como

“servos” de Deus, ou para a manutenção das coisas materiais que Deus nem mandou

que devessem ter. A maior preocupação no N.T. é a de vivermos como Casa de Deus e

não fazermos “casa para Deus” que nos leva a ser administradores do temporal

perdendo de vista o eterno.

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Neste quadro estavam tanto o povo em geral quanto principalmente os líderes, os

sacerdotes. Quanto aos dízimos, o povo oprimia ao sacerdote em seu devido salário, e

o sacerdote oprimia ao ofertante pobre, não reconhecendo o seu próprio sustento.

Mas, e devido a que o Senhor não muda, é que os filhos de Jacó não são consumidos.

Nos versículos 7 a 12 do Capítulo 4 temos o conselho de Deus aos filhos de Jacó. Mas

tudo o que vimos examinando até agora, e o que resta do Livro tem um fundo histórico

que não podemos deixar de lado.

Três aspectos do Fundo Histórico nos escritos do post exilio:

1º) Deus está tratando com privilegiados ou eleitos: A Tribo de Jacó: Não

precisamos tentar compreender a eleição de Deus, nem levar para um extremo

semelhante ao caráter dos deuses pagãos, afirmando que Deus odeia e mata. Mas, sim

atentarmos para a sentença divina que diz “A Jacó amei e a Esaú aborreci”, nos fará ter

maiores argumentos na compreensão de por que Deus chama de ladrão a um povo

preguiçoso e egoísta, nas palavras de Ageu, Zacarias e Malaquias.

Lembrete:

Lembremo-nos que ver os tempos como Deus vê como a Era da carne [da Queda no

Éden até Moisés]; Era da mente, ou alma caída [de Moisés até Cristo] e a Era do Espírito

desde Cristo, nos posiciona como hermeneutas na forma certa.

Quanto à carne Deus disse: “Não contenderá o meu Espírito para sempre com o

homem; porque ele também é carne; porém os seus dias serão cento e vinte anos” [Gn

6. 3].

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Malaquias: O Mensageiro

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Quanto à alma ou mente corrompida Ele afirma: “passarei por alto os tempos da

ignorância deles...” e ainda nos revela que a Lei tinha-se lhes acrescentado para provar-

lhes que não poderiam jamais ser salvos por obedece-la, pelo esforço próprio, o bom

desejo e a força de vontade ou Livre Arbítrio, e que somente um humano sem pecado

podia ganhar essa batalha contra o Corruptor Satanás: “Mas Deus, não tendo em conta

os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se

arrependam” [Atos 17. 30]. Arrepender-se é sair da alma caída e exercitar o espírito pela

fé. A Fé nos leva inexoravelmente ao genuíno arrependimento. Não é quem obedece

que é salvo e muda de natureza, da rebelde para a obediente, senão quem crê pela

graça que vai obedecer e mudar de natureza. E quem muda de natureza pode até se

desviar por algum tempo da obediência, mas, com certeza voltará genuinamente

arrependido. Aqui em Malaquias, no entanto, não se fala do arrependimento para

salvação senão no marco da mudança de mente de uma mente racional para outra de

fé.

Quanto ao espírito humano Ele afirmou: “Eis que dias vêm, diz o Senhor, em que

farei uma aliança nova com a casa de Israel e com a casa de Judá, não conforme a

aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para tirá-los da terra

do Egito; porque eles invalidaram a minha aliança apesar de eu os haver desposado, diz

o Senhor. Mas esta é a aliança que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o

Senhor: Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu

Deus e eles serão o meu povo. E não ensinará mais cada um a seu próximo, nem cada

um a seu irmão, dizendo: Conhecei ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o

menor até ao maior deles, diz o Senhor; porque lhes perdoarei a sua maldade, e nunca

mais me lembrarei dos seus pecados”. Jeremias 31:31-34.

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2º) O povo de Deus ainda tinha problemas com a adoração, porque ainda o Espírito

não morava neles, e então, ainda na mesma vez que adoravam ao Deus verdadeiro,

Jeová também adoravam a Mamom.

Mamom é o nome que o Novo Testamento dá ao dinheiro, às riquezas enganando, ou

ao amor ao dinheiro acima de amar a Deus. Não temos um equivalente no Antigo

testamento, mas sim temos o mesmo espírito nos escritos dos profetas post exílio. O

povo já tinha se libertado da escravidão e a dispersão, mas ainda não tinham se voltado

aos propósitos de Deus de ter um povo único e unido cujo símbolo era a Cidade de

Jerusalém; eles ainda amavam muito Egito e Babilônia e também Nínive, símbolos do

materialismo, a religião e a licenciosidade no pecado.

Eles ainda estavam transgredindo em muito a seguinte sentença: “E faço misericórdia a

milhares dos que me amam e aos que guardam os meus mandamentos. Não tomarás o

nome do Senhor teu Deus em vão; porque o Senhor não terá por inocente o que tomar

o seu nome em vão. Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias

trabalharás, e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus;

não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a

tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas.

Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao

sétimo dia descansou; portanto abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou.

Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o

Senhor teu Deus te dá. Não matarás. Não adulterarás. Não furtarás. Não dirás falso

testemunho contra o teu próximo. Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás

a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu

jumento, nem coisa alguma do teu próximo”. (Êxodo 20:6-17).

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Malaquias nem remotamente está aqui dizendo que quando as denominações cristãs

surgissem, e as doutrinas divisas tentassem permanecer, os que sejam povo de Deus

estariam de baixo de maldição por isso, senão tratando com um povo em específico, o

povo de Jacó, às vésperas da chegada do Mensageiro da paz, o Desejado de todos os

povos, e Sol de Justiça. Não que Deus precisasse do dinheiro deles, senão que eles

precisavam se focar na Casa de Deus e não em suas casas, em momento histórico único

e tão transcendente.

A final, Deus os tinha amado como o Amado a sua Amada, e os cuidou até na

escravidão e agora regressados de lá eles se esqueceram de Deus e só pensavam neles

(Cap. 3. Vs. 16): “Então aqueles que temeram ao Senhor falaram frequentemente um ao

outro; e o Senhor atentou e ouviu; e um memorial foi escrito diante dele, para os que

temeram o Senhor, e para os que se lembraram do seu nome”. Como não teria Ele

direito em repreendê-los, reclamar deles e censurá-los até com a forte expressão de

“ladrões”? Foram eles amados e eleitos em desvantagem de Esaú, que fora aborrecido,

mas logo se desleixaram e estavam vivendo como mendigos sendo vistos como

amaldiçoados em seu trabalho e vida social, pelos que não eram povo de Deus.

Que prometeu Deus na Era da mente? Abençoar aos salvos do Novo Testamento, como

se Ele não visse as suas desobediências, e a pesar delas, ou castiga-los com menos ou

mais rigor que aos judeus se não lhe obedecessem, ou... Colocar dentro deles os seus

mandamentos?

A resposta é Deus prometeu colocar nos corações dos crentes novotestamentários a

Sua Lei, para que desde seu interior ela os ensine a vontade e os desejos de Deus.

Por tanto, no Novo Testamento ninguém mais poderá ensinar ao outro o que deve ou

não fazer, ninguém está autorizado a sentenciar maldições, e ninguém têm uma lei

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externa obrigando-o a nada, mas agora o crente em Jesus Cristo tem uma Lei interior

governando-o, a Lei do Espírito. Jr 31. 33, 34: “Porei a minha lei no seu interior, e a

escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. E não

ensinará mais cada um a seu próximo, nem cada um a seu irmão, dizendo: Conhecei ao

Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o Senhor;

porque lhes perdoarei a sua maldade, e nunca mais me lembrarei dos seus pecados”.

Parece haver contradição neste quesito ao nos deparar com que logo Jesus manda

ensinar o Evangelho. Isto se explica graficamente como 1. Ensino para encontrar o

caminho; 2. Ensino para andar no caminho, e; 3. Ensino para voltar ao caminho. O “não

ensinará mais cada um a seu próximo” se refere a ensinar leis ou regras externas.

Quando a Lei do Espírito de vida já está no crente salvo, todo ensino “no Espírito” terá a

testificação interior dos crentes. Será mais um “recordar tudo o que o Senhor ordenou”

e termos a revelação espiritual das coisas que se escreveram e aconteceram.

3º) O povo de Deus, por ser eleito e amado, sempre teve e sempre terá uma

“disciplina administrativa” durante o seu peregrinar na terra e enquanto não terminar de

cumprir com a sua missão no mundo.

Este assunto se vê no período da alma, de Moisés até Cristo, como uma constante em

palavras registradas na Bíblia e em histórias humanas de perdas, provas, tentações,

quedas, batalhas perdidas, e disciplinas do Senhor em mãos até dos ímpios.

Já no Novo Testamento o assunto começou com um tratamento de “shock” (choque)

nas acepções da Psicologia e da Psiquiatria de hoje: Como uma comoção violenta e

virada inesperada que perturba ou transtorna. E como tratamento psiquiátrico que

consiste em criar uma brusca perturbação biológica num doente: Morreram Ananias e

Safira. Atos 5. Dito de maneira simples, aqui o Senhor é rigoroso com a Casa de Deus

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pela qual começa o Seu Juízo Governativo ou Disciplina Administrativa nesta Era,

fazendo ou permitindo a alguns enfraquecerem, adoecerem ou até morrerem

fisicamente cedo, para não serem julgados com o mundo. Ou também, por um choque

emocional, psicológico, mental e volitivo que pode ser uma morte familiar, uma

tragédia, uma decepção, uma traição, a fim de que maduremos no que não

amadureceríamos sem esse choque; e isto pode trazer-nos cura física traumática e

radical, ou mudança de vida aqui e agora, para melhor, que sempre será melhor

perdermos galardões e recompensas no futuro Milênio de Cristo.

Os seguintes são textos do Novo Testamento específicos sobre este assunto, sem a

interpretação exegética de cada um deles. Os dois primeiros são básicos; os outros são

sentenciais:

“Portanto, qualquer que comer este pão, ou beber o cálice do Senhor

indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o

homem a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice. Porque o que come e

bebe indignamente, come e bebe para sua própria condenação, não discernindo o

corpo do Senhor. Por causa disto há entre vós muitos fracos e doentes, e muitos que

dormem. Porque, se nós nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados. Mas,

quando somos julgados, somos repreendidos pelo Senhor, para não sermos

condenados com o mundo” [1 Coríntios 11:27-32] O pecado da divisão do Corpo de

Cristo é o mais grave de todos os pecados que um crente salvo em Jesus Cristo pode

cometer. Aqui quem o comete pode ficar fraco, doente ou morrer. A maior parte das

desgraças nas “igrejas” hoje e maus testemunhos, não é por falta de ofertantes e

dizimadores fiéis, senão por divisão e machucaduras ao Corpo de Jesus.

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“Ainda não resististes até ao sangue, combatendo contra o pecado. E já vos

esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos: Filho meu, não

desprezes a correção do Senhor, E não desmaies quando por ele fores repreendido;

porque o Senhor corrige o que ama, e açoita a qualquer que recebe por filho. Se

suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não

corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então

bastardos, e não filhos”. Hebreus 12:4-8.

Mateus 5:25,26: “Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no

caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz

te entregue ao oficial, e te encerrem na prisão. Em verdade te digo que de maneira

nenhuma sairás dali enquanto não pagares o último ceitil”.

Mateus 24. 36-44; 45-51; 25. 1-13; e 14-30.

A prioridade e urgência do povo de Deus do Novo Testamento na atualidade não é

levar dinheiro para a Casa de Deus em Jerusalém, nem a qualquer outro lugar, senão a

de buscar a unidade do Espírito na localidade.

Para a primeira vinda de Jesus, os judeus precisavam estar preparados; dai que pelo o

anunciado como o grande reconciliador e restaurador de Israel no último versículo

deste Livro de Malaquias, e do Antigo Testamento, João O Batista, viesse

especificamente para fazer que o povo estivesse adequado na chegada de Seu rei, Jesus

Cristo.

Para a segunda vinda de Jesus a mensagem que devemos bradar a todo tempo é:

“Arrependei-vos e unam-se como um só homem, uma só igreja em cada cidade”, e

para isto não é prioridade o dinheiro e sim este será a sua consequência abundante

para todos os salvos que obedecem e se preparam para não ser punidas como as cinco

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virgens salvas que perdem subir “na primeira promoção” por estarem descuidadas e

focadas em outros amores, outros interesses.

O POVO DE DEUS É INSTRUIDO PARA VOLTAR A ELE, E ASSIM EXPERIMENTAR

O REGRESSO DE DEUS A ELES, COM AS SUAS BENÇÃOS:

“Desde o tempo dos seus antepassados vocês se desviaram dos meus decretos e não

os obedeceram. Voltem para mim e eu voltarei para vocês", diz o Senhor dos Exércitos.

"Mas vocês perguntam: ‘Como voltaremos? ’” (V. 7). Ser abençoados por Deus equivale

a ser sarados (4.2), e ser sarados é ser feitos completos, integrados.

Voltar a Ele não roubando a Deus nos dízimos e as ofertas:

Enquanto Ageu aborda o assunto da preguiça do povo de Deus ao não trabalhar para

edificar a casa de Deus, Malaquias diz que o povo de Deus lhe rouba no assunto dos

dízimos e as ofertas. "Pode um homem roubar de Deus? Contudo vocês estão me

roubando. E ainda perguntam: ‘Como é que te roubamos? ’ Nos dízimos e nas ofertas.

Vocês estão debaixo de grande maldição porque estão me roubando; a nação toda

está me roubando”. (3.8-9).

Aqui vemos que depois de aconselhar aos filhos de Jacó que voltem a Ele, Jeová os

encarregou que não roubassem a Deus nos dízimos e as ofertas para que a maldição

não viesse sobre eles. Roubar a Deus é não dar-lhe o que se lhe deve dar. Deus

estabeleceu o seguinte princípio: de tudo o produzido pela terra, um décimo devia ser

destinado para Ele (Lv 27.30). Sempre, o décimo mais excelente deve ser destinado para

Ele. No plano espiritual todos os feiticeiros, os adúlteros, os que juravam falsamente, os

que oprimiam ao jornaleiro, a viúva e o órfão e não recebiam ao estrangeiro já estavam

baixo maldição, mas aqui, não trazer A DEUS o que lhe pertence, as ofertas e os

dízimos, já era o colmo, o máximo, o pior, porque era contra o próprio Senhor.

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Malaquias: O Mensageiro

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No Antigo Testamento, e aqui em Malaquias o dízimo é LEVÍTICO. Em Mateus 23. 23

ainda se trata do mesmo tipo dízimo que estava relacionado com o altar, seu sistema

de sacrifícios e um sistema ministerial oneroso e complicado que cai em desuso no

Novo Testamento.

No Novo Testamento o Dízimo é MELQUISEDÉSIQUICO. A Ordem Sacerdotal mudou.

Agora não temos mais altar nem sacrifício nem sacerdotes oficiantes deles. Temos um

Sumo Sacerdote segundo a Ordem de Melquisedeque que é um tipo

antigotestamentário de Cristo a quem Abraão, pela fé, dizimou. Hoje os dízimos é uma

questão de fé, e não se deve condenar ao que tem menor fé, senão ajuda-los.

Tampouco eles são para manter as coisas materiais e temporais as quais eram mantidas

pelos dízimos reclamados por Deus em Malaquias. Quem estiver debaixo da Lei pode

roubar a Deus. Quem esteja debaixo da Graça não pode roubar a Deus; apenas pode

adora-lo, servi-lo e agrada-lo com menor ou maior fé.

Seguindo aqui no exame de Malaquias, façamos agora um trabalho de

ventilação da casa. Imaginariamente vamos abrir todas as janelas e reunirmos os

diferentes ares da atmosfera para a limpeza e oxigenação de nossas crenças religiosas

mofadas e envelhecidas, sem vida. Ageu, Zacarias e Malaquias estão pregando no

mesmo tempo depois do exílio dos israelitas, por tanto com a mesma visão acerca das

profecias cumpridas, das promessas ainda vigorando, e da restauração de Deus em

curso.

Ageu repreendeu aos preguiçosos e egoístas que não investiam na restauração do

templo em Jerusalém, que é o símbolo máximo da UNIDADE DE DEUS, pelo que

podemos considerar esta advertência primeira janela aberta.

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Zacarias traz o lamento do próprio Senhor Jesus falando com ironia: “olhem o preço

que colocaram por mim!” esta exclamação descreve a segunda janela aberta para a

restauração espiritual do povo de Deus.

Como terceira e quarta janela, Malaquias traz fortes reprimendas aos sacerdotes, os

líderes, por 1) subestimarem o nome do Senhor e a Sua mesa; 2) Apresentarem ao

Senhor ofertas contaminadas; 3) quebrantarem os mandamentos do Senhor e

corromperem o pacto de Jeová; 4) deslealdade de Judá entre irmãos e sua profanação

para com o Senhor; na realidade dos sacerdotes que viviam em Judá e serviam em

Jerusalém; e 5) a deslealdade que Deus aborrece do homem para com a sua esposa.

Ainda, Malaquias apresenta a mais severa repreensão de Deus ao povo, chamando-o

de ladrões. Aqui temos então, duas janelas mais: a da repreensão aos sacerdotes e a da

repreensão ao povo.

Veja nesta simples descrição gráfica mental que quadro dramático da decadência do

povo de Deus e a liderança, frente à Obra de restauração de Deus de Sua Casa: No

tempo em que vivemos, do Novo Testamento, A CASA DE DEUS é primeiramente o

NOSSO ESPÍRITO (Deus no indivíduo), e a IGREJA como uma só na cidade, (todos).

A mensagem continua válida. Muitos tentam fazer válida a repreensão de Deus para

com o povo em Malaquias 3. 10, tirando o texto do contexto, colocando de baixo do

tapete as outras advertências e repreensões do Senhor, e o que é pior, enviando ao

lixeiro a principal mensagem profética destes três livros, que é o voltarmos à UNIDADE

do povo de Deus, e investirmos nela pelos meios que Deus proveu e estabeleceu para

tal, incluído os dízimos e as ofertas, sim.

É muito grave que hoje tenhamos menosprezado A MESA DO SENHOR (1 Co 10. 15-22)

QUE É A UNIDADE DE TODOS OS SALVOS NA CIDADE, chamando “casa de Deus” aos

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nossos templos na maioria dos casos emblemas de divisão, e neste entendimento bater

nos irmãos para que “tragam todos os dízimos à casa de Deus”, que hoje não é mais o

templo em Jerusalém, senão que passou a ser (segundo a cronologia no cumprimento

das profecias), o corpo de Jesus, logo o corpo do salvo (com o espírito humano) e

finalmente toda a igreja unida por cidades como claramente estabelece o Novo

Testamento.

Devemos perceber que em toda a Bíblia o Senhor ata o pecado ou a obediência de um

líder ao Seu povo, e o pecado ou obediência do povo à sorte de todos, incluído o líder.

Uma das formas mais comum de hoje roubar a Deus não é na questão do dízimo senão

na questão da competição e rivalidade gerada com a criação de “igrejas” fora do

modelo bíblico que é a UNIDADE LOCAL, transladando o conceito bíblico de Casa de

Deus que é a Igreja unida na cidade para a obra particular atrelada a um endereço que

não abrange a toda a cidade nem a todos os santos morando ali, e rebaixada a

doutrinas, sistemas e nomes particulares. Ainda assim, não é o mais grave as separações

por congregações, denominações e endereços, senão a maneira como recebemos aos

santos da cidade quando nos visitam (Rm 15. 7). O avivamento espiritual genuíno vem

para a Casa de Deus e não para uma parte dela, e dai que se requer neste livro a

santidade dos líderes e o arrependimento do povo.

A maioria pensa em Malaquias pensa no dinheiro. Porém Malaquias traz a mensagem

de arrependimento principalmente dos “sacerdotes” e logo de todo o povo. Se o dízimo

fizer parte da problemática da mornidão espiritual, ou dito de outra forma, ele causa

parte, ou contribui para a mornidão espiritual, pois, que seja restaurado, mas o dinheiro

nunca pode trazer o espiritual senão o genuíno arrependimento do pecado de fechar a

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mão e de muito mais, interiormente, e ai sim, o Senhor restaura a vida espiritual no

povo e o ministério.

Talvez tenhamos que nos arrepender antes da divisão, porque esta gera a necessidade

e urgência de que haja dinheiro, enquanto que havendo unidade, as riquezas materiais,

ou seja, as ofertas financeiras chegarão e ainda sobrarão, segundo a própria mensagem

de Malaquias.

Trazendo todo o dízimo ao armazém do templo, para que haja alimento na casa de

Deus:

“Tragam o dízimo todo ao depósito do templo, para que haja alimento em minha casa.

Ponham-me à prova", diz o Senhor dos Exércitos, "e vejam se não vou abrir as

comportas dos céus e derramar sobre vocês tantas bênçãos que nem terão onde

guardá-las” (Ml 3.10).

Aqui se nos diz que quando o dízimo é trazido ao depósito do templo, Deus abre as

janelas dos céus e derrama benção tal que não haja onde receber e guarda-las. Quando

confiamos nas mãos do Senhor as nossas economias, Ele confia em nossas mãos a dele

(2 Tm 1. 14, 12). A história dos dízimos no Antigo Testamento abrangia primeiramente os

sacerdotes como propriedade legítima e exclusiva deles. Depois, do que sobrassem, o

cuidado dos pobres da comunidade, os órfãos, as viúvas e os estrangeiros. Logo Jesus e

os apóstolos voltam a frisar estes cinco (5) tipos de destinatários dos dízimos e as

ofertas em espécie ou dinheiro na vida da igreja.

O Novo Testamento traz uma forte revelação sobre um deus que compete com Deus.

Trata-se do único deus no universo que compete contra Deus e às vezes ganha

algumas batalhas, porque o mundo (o sistema diabólico que nos afeta a nós cristãos

também) jaz no Maligno e as riquezas sempre enganam. Esse deus se chama Mamom:

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significa “tudo o que não é Deus”. Algumas versões traduzem “riquezas”, outras,

“dinheiro” (Lc 16).

Você já se perguntou por que entre as mensagens sobre o mordomo infiel e a do rico e

Lázaro Jesus introduziu o assunto do divórcio neste capítulo? Simplesmente porque é o

dinheiro o pivô das separações, tanto no casal como na igreja, seja pela sua posse ou

pela sua falta. Ele é um maldito e tirano deus que maltrata aos que o adoram e servem.

Sem dúvida alguma Ageu mostrou como o povo de Deus e os seus líderes roubavam a

Deus ao se ocuparem de seus próprios interesses e não da Casa de Deus. Zacarias

descreve que ao entregarem a Jesus para ser crucificado, os líderes estavam roubando

de Deus, e o que é pior ainda, subestimando o valor da pessoa humana de Jesus,

transgredindo o Código de Avaliação ou Preços estabelecido na Lei dos sacerdotes em

Levítico 27. E agora, Malaquias, por meio de um grito de Jeová para TODA A CASA DE

ISRAEL os chama ladrões!

Outro detalhe que se nos escapou, devido às nossas heranças da religiosidade, o

egoísmo e a queda humana generalizada, que também afeta as nossas crenças tidas

por cristãs, é que...

O alimento que não devia faltar na Casa de Deus é o alimento que satisfazia a Deus

juntamente com os sacerdotes e os pobres. Acima de toda necessidade e provisão para

o sustento material e temporal, tenhamos em conta que toda oferta no Antigo

Testamente tem implícito o propósito de satisfazer Deus. Transladando-as ao Novo

Testamento, os alimentos acumulados na Casa de Deus devem suprir em primeiro lugar

material e espiritualmente aos líderes, depois aos membros mais fracos, e satisfazer

completamente a Deus propriamente.

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FTA – Faculdade Teológica Apostólica -Tito Berry- Página 28

Este versículo fala do alimento na Casa de Deus. Este alimento não é para nós em

primeiro lugar, senão para Deus. Há uma retroalimentação divina que existe só na Casa

de Deus, a Igreja unida, quando vimos a Ele em obediência; Deus recebe a nossa oferta,

o alimento que trazemos a Ele, e assim a Igreja supre aos mais débeis e necessitados

em qualquer tempo; o ministério não padece nenhuma necessidade, e Deus fica

satisfeito.

No Antigo Testamento quem trabalhava no altar, era sustentado pelas ofertas ali

trazidas. Hoje a nossa oferta, o nosso cordeiro já foi sacrificado, então, a nossa

alimentação vem de Jesus, mas o povo tem o privilégio de trazer ofertas e dízimos para

outro sacerdócio, já não o Levita, senão o de Melquisedeque, que é eterno. As nossas

ofertas e dízimos hoje não são requisitos ou leis que possam nos salvar justificar ou

sarar a nossa terra, senão contribuições de amor com resultados eternos.

Assim como no Antigo Testamento os cinco tipos de ofertas e os dízimos continham o

significado da busca por perdão, paz, e consagração, Cristo, como a realidade das

ofertas e os dízimos nos traz tudo; contudo, o aspecto material para o mantimento da

Casa de Deus, com a satisfação mutua entre Deus e o homem continua sendo a

resposta natural de um povo que sabe que está no processo de restauração de seu

exílio espiritual, e entendeu a importância da Casa de Deus restaurada.

O Senhor repreende ao devorador por causa da obediência em favor da Casa de Deus:

No versículo 11 o Senhor declara que, por causa da obediência deles, Ele repreenderia

ao devorador e não lhe permitiria destruir o fruto da terra, e tampouco que a vide tenha

os seus frutos antes do tempo no campo.

O Novo Testamento aclara que “o campo é o mundo”. Veja que toda a mensagem dos

dízimos aqui está em plural, e não em singular. A ênfase é para que todo o povo como

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uma única entidade, um só homem, unidos, tragam os dízimos a Deus. O Semeador

saiu a semear no campo. Malaquias é um semeador, o Senhor Jesus é o principal

semeador e nós hoje somos semeadores de sementes de vida. Quando vivemos uma

vida normal e adequada como povo de Deus, UNIDOS NA CIDADE para que sejamos

de veraz a Casa de Deus, a semente que semeemos no campo que é o mundo, vai

voltar a nós como bênçãos abundantes da parte de Deus, proteção, livramento e

prosperidade material, psicológica, intelectual, social e espiritual.

Todas as nações lhes chamariam bem-aventurados, e eles próprios são terra de delícias:

Segundo o versículo 12, todas as nações os chamariam bem-aventurados, e eles

mesmos seriam terra de delícias. Será que a mensagem aqui é que isto aconteceria para

eles se converterem em ricos materialmente, abastados? Claro que não! Aqui a geração

de uma surpreendente manifestação de prosperidade de quem oferta corretamente

para Deus, vem de uma relação de mutua satisfação entre Deus o Seu povo, entre o

povo e Seu Deus; satisfação que gera alegria, gozo, paz, solidariedade, generosidade,

agradecimento, e até perdão de dívidas alheias.

O Senhor anima aos que lhe temem e o servem

Alguns dos israelitas estavam falando palavras duras contra Jeová (V. 13a), dizendo que

era vão servir a Deus, e Deus lhes fala: "Vocês dizem: ‘É inútil servir a Deus. O que

ganhamos quando obedecemos aos seus preceitos e andamos lamentando diante do

Senhor dos Exércitos?” (V. 14). Eles adoravam a Deus e o serviam, mas o faziam se

lamentando em vez de estar felizes de que se os exigisse fazer estas cosas em pró da

restauração da Casa de Deus. Hoje também, para muitos é muito fácil “cumprir” com os

dízimos e as ofertas, mas se lhes torna muito difícil viver na unidade do Espírito com

todos os santos da cidade onde vivem. Então, nunca haveria assim gozo em plenitude.

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Malaquias: O Mensageiro

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Os mesmos que falavam palavras duras contra Jeová também se diziam: “Por isso,

agora consideramos felizes os arrogantes, pois tanto prospera o que pratica o mal

como escapam ilesos os que desafiam a Deus!" (V. 15). É como se aqueles que pelos

dízimos provavam a Deus e lhes dava excelentes resultados, depois já não queriam mais

fazê-lo com humildade e sim, tinham a arrogância de exigir de Deus que os seguisse

abençoando, e logo se vangloriavam de sua prosperidade, e ainda, escapassem de toda

classe de calamidade. Aqui vemos o sutil mal que gera o tentar cumprir certos

mandamentos, saindo vitoriosos, levando-nos a nos vangloriar.

Nos versículos 16 a 18 o Senhor dá palavras de ânimo aos que temem a Jeová e falam

entre eles sobre o Temor do Senhor (V. 16ª):

O versículo 16b nos diz que um livro de memórias fora escrito diante Deus de aqueles

que temiam ao Senhor e respeitavam o Seu nome. Será que Deus manda escrever nas

pedras a nossa fidelidade? Ou, por caso, em papiros, ou em papel e tinta, ou no

computador? Pelo novo Testamento vemos claramente que a tinta é a Palavra de Deus,

a pena é o Espírito Santo, e a mão são os verdadeiros apóstolos que testemunham

diante o Senhor apresentando os genuínos frutos da Igreja toda, na Terra (2 Tm 3. 10-

17; 1 Co 2. 1-5; 2 Co 3. 1-3; 7-11; Hb 13. 17). Todo líder de congregação que desejar

sinceramente agradar a Deus em primeiro lugar, e em segundo lugar ser parte da Obra

de Deus, gozando de seus benefícios, deveria aceitar ser acompanhado por um

verdadeiro apóstolo que o corrija, oriente, guie, até o dia em que esse servo de Deus

certificará que a igreja esteja no ponto adequado diante de Deus, e todo o verão que

isso é verdadeiro, pela atração que a igreja gerará na cidade.

Até o Livro da Vida tem a cor da Palavra de Deus, as pontadas do Espírito Santo e as

marcas das mãos apostólicas da continuidade fiel da Obra de Cristo na Terra. O

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testemunho de um verdadeiro apóstolo que vive em plenitude e integridade em

obediência ao seu Senhor e Senhor da Igreja pode riscar o nome de alguém de tal livro.

Em outras palavras, Deus pode pedir conta a seus apóstolos a respeito das igrejas, e o

que eles testemunharem será válido para o Juiz Justo, o Senhor Jesus.

Hoje, se respeitamos amamos, estimamos, consideramos e santificamos o nome de

Deus, Ele mantém um registro onde consta tudo o quanto tenhamos vivido no temor

do Senhor. Talvez esqueçamos detalhes de nossa comunhão com respeito a Cristo e a

igreja, quanto tenhamos feito bem com as nossas ofertas e dízimos, e toda outra obra

de amor pela Casa de Deus, então, Deus mantém constância de tudo em Seu livro de

memórias.

Os que temem a Deus são o tesouro pessoal do Senhor:

Segundo o versículo 17, os filhos de Jacó seriam Seu tesouro pessoal no dia em que Ele

prepara (o dia de Sua ira), e nesse dia Ele os perdoará como um homem perdoa a seu

filho que o serve (“se alguém me servir, meu Pai o honrará” Jo 12. 26). Neste livro vemos

várias formas de expressarmos o Temor do Senhor; não apenas por meio dos dízimos.

Todas as formas de nosso agir cristão que expressem genuinamente o Temor de Jeová,

certamente nos hierarquizam e promovem para um trato especial do Pai para conosco.

Finalmente, em Suas palavras de ânimo aos que temem ao Senhor e lhe servem, O

Senhor fala que eles voltarão e discernirão entre o justo e o mau, entre o que serve a

Deus e quem não lhe serve (V. 18), o que significa que as diferenças na atualidade faria

que eles voltassem a considerar a fidelidade e o amor do Pai. Em outras palavras,

poderíamos observar e apontar que um “irmão” não está servindo a Deus

adequadamente, e sim, buscando ser servido, somente se a gente temer de verdade a

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Deus e servir com absoluta integridade. Havendo apenas uma oferta manchada ou

defeituosa, melhor calar a boca e não julgar nada e a ninguém.

No contexto da obediência dos que temem ao Senhor e do descuido de outros, e

também da arrogância dos prosperados, Malaquias 4.1-6 adverte sobre que o Senhor

fará no dia da ira de Deus, que ademais de ser de recompensa e perdão para os

tementes de Deus, também será um dia ardente como um forno.

"Pois certamente vem o dia, ardente como uma fornalha. Todos os arrogantes e todos

os malfeitores serão como palha, e aquele dia, que está chegando, ateará fogo neles",

diz o Senhor dos Exércitos. "Nem raiz nem galho algum sobrará”. (V. 1).

… “Mas para vocês que reverenciam o meu nome, o sol da justiça se levantará trazendo

cura em suas asas. E vocês sairão e saltarão como bezerros soltos do curral”.

Para os que temem o nome do Senhor nascerá o Sol de Justiça -o Cristo que cura- que

em Suas asas trará sanidade. Então eles sairão e pularão como bezerros bem

alimentados. “Depois esmagarão os ímpios, que serão como pó sob as solas dos seus

pés no dia em que eu agir", diz o Senhor dos Exércitos (4. 2, 3). Ambas as sentenças

falam do Milênio quando os vencedores reinarão com Cristo na terra.

E aqui ao falar de ímpios, a referência não é aos pagãos, senão aos do povo de Deus

que não temem a Deus e em vez de servi-lo se servem a si mesmos ou servem ao

dinheiro e as riquezas materiais. A sua aniquilação se refere a não existirem mais para o

serviço a Deus, e não envolve a salvação eterna que ainda nem se pregava na época.

O Encargo final dos profetas aos judeus:

No versículo 4 se lhes encarrega aos filhos de Israel recordar a lei de Moisés, isto é, os

estatutos e os juízos. A lei de Deus é os Dez Mandamentos; os estatutos são os itens

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detalhados na lei; e os juízos são as ordenanças. Quando a um estatuto se lhe

acrescenta um juízo, tal estatuto se converte em uma ordenança. Por exemplo, o

mandamento de guardar o Sábado e não profana-lo, ao carecer de toda menção de un

juízo, é simplesmente um estatuto. Porém, quando um juízo lhe é agregado, como

poderia ser a sentencia de morrer apedrejado, então o estatuto se converte em uma

ordenança. Evidentemente, neste livro, as sentenças aos sacerdotes e ao povo incluem

juízos severos por desobedecerem, isto é, pelos pecados mencionados nos versículos 12

e 16 do capítulo 2 (ofertas manchadas, divórcio), 5 e 9 do capítulo 3 (feitiçaria, adultério,

juramento falso, defraudação do trabalhador, a viúva, o órfão e o estrangeiro, e os

dízimos roubados a Deus), entre outros.

Também a Promessa de enviar-lhes ao profeta Elias antes da chegada do dia de Jeová,

grande e terrível:

(Mt 17.10-11; Ap 11.3-4). Elias faria voltar o coração dos pais para os filhos, e o coração

dos filhos para os pais, para que “não seja que o Senhor venha e fira a terra com

maldição”. Como precisamos ver o espírito e a vida que estão na Palavra escrita de

Deus, a Bíblia, para percebermos o quanto Deus demanda dos líderes, dos pais, dos

mais maduros primeiro, a fim de que os filhos, os jovens, os adolescentes e as crianças

possam ter em nós um genuíno exemplo de servir a Deus com temor e tremor e nada

de hipocrisia e interesses carnais particulares, e assim toda a sociedade seja abençoada.

As palavras finas de Malaquias nos devem levar ao discernimento de que estava para chegar a Era do Espírito, em que já não mais serviríamos a Deus em nossa

carne caída e corrompida e em nossa alma perversa e rebelde, senão em espírito e verdade. Estas são as palavras de conclusão de Malaquias e as últimas

palavras do Antigo Testamento.

As minhas, como um pequeno Malaquias para o final do tempo da Igreja diante da Segunda Vinda de Jesus, é ofertem tudo para a Sua Obra, e principalmente

na unidade da igreja: primeiramente você mesmo; depois, seu dinheiro sem limites, seus talentos, seu tempo, sua família, seus bens, tudo. Deus hoje não

demanda como Lei nada dos salvos novotestamentários, mas então, se descuidarmos uma salvação tão grande, mal aproveitando a genuína liberdade que

recebemos por Cristo para viver sem entrega absoluta a Deus, ou com entregas interesseiras e meramente religiosas, o nosso ju ízo será ainda mais severo que

para com os judeus antes de Cristo, pois, o Inferno não será nem minimamente cruel quanto como sendo salvos ficarmos talvez um só minuto fora da presença

de Deus.