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Cruzeiro, 28 de Julho de 2018 - Ano 4 - nº 96 - Circulação Cruzeiro e Região R$ 2,00 Rua Carlos Varela, esquina do Correio- Cruzeiro /SP CALÇADÃO | CRUZEIRO /SP TEMPORADA DE CALDOS Todos os dias, a partir das 18 horas. Lancherias, estrutura de madeira, cercas de bambus e até um poste da EDP Ban- deirante estão na relação de áreas invadidas no leito da extinta Ferrovia Cruzeiro – Sul de Minas. O secretário de Governo e Obras, José Kleber, informou na terça- -feira (24) que a Prefeitura e o DER (Departamento de Estradas de Rodagem) es- tão notificando os invasores. Página 5 MAIS QUATRO NA LISTA DE MORTES VIOLENTAS Dois homens e uma mulher baleados na Vila Loyelo; uma mulher morta a machadada na Vila João Batista no intervalo de menos de uma semana elevaram para 11 as mortes violentas em Cruzeiro neste ano. Na sexta-feira (20), Breno Cunha, 18 anos, morreu com tiros na cabeça. Na madrugada de domingo (22), foram baleados Fernando Oliveira (30 anos) e Andréia Soares (47 anos). Os três crimes ocorreram na Rua Dario Antunes de Oliveira, na Loyelo. No final da madrugada de quinta-feira (26), encontrado o corpo de Tamires dos Santos (30 anos) na Rua Mário Pinto, na Vila João Batista. O corpo estava na calçada, sentado, com a cabeça entre as pernas. As primeiras avaliações indicam o uso de machado. Com único golpe, o assassino abriu profunda brecha no crânio da mulher. Na lateral da calça de Tamires, policiais militares encontraram cachimbo semelhante ao usado para o consumo de Crack. Página 3 Byomed e Metalúrgicos assinam convênio de saúde O Sindicato dos Metalúrgicos de Cruzeiro e a Byomed assinaram na terça-feira (24) o convênio de saúde para exames laboratoriais e consultas. Entre associados e familiares, cerca de seis mil pessoas serão beneficiadas. “Dentre todos os orçamentos que fizemos, considerando acima de tudo a qualidade do atendimento, encontramos na Byomed o melhor formato”, revelou o líder sindical Jumar Batista da Silva durante a assinatura do contrato. Página 8 Maxion terá alta tecnologia em setor de pintura Após o incêndio que destruiu parte do setor de pintura ele- trostática a pó, a Maxion deverá recompor o sistema com o emprego de equipamentos de alta tecnologia, “o que há de mais moderno no mundo”, informaram fontes ligadas à direção da empresa. O setor deverá ser recomposto até meados de agosto. Página 2 Prefeitura tenta conter invasão de ferrovia Poste da EDP Bandeirante entre trilhos Fernando Henrique de Oliveira Andréia Aparecida Soares Breno Cunha Tamires Flaviana dos Santos Jumar Batista e diretor da Byomed, Jorge Iatarola.

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Page 1: MAIS QUATRO NA LISTA DE MORTES VIOLENTAS€¦ · MAIS QUATRO NA LISTA DE MORTES VIOLENTAS Dois homens e uma mulher baleados na Vila Loyelo; uma mulher morta a machadada na Vila João

Cruzeiro, 28 de Julho de 2018 - Ano 4 - nº 96 - Circulação Cruzeiro e Região R$ 2,00

Rua Carlos Varela, esquina do Correio- Cruzeiro /SP

CALÇADÃO | CRUZEIRO /SP

TEMPORADA DE CALDOS

Todos os dias, a partir das 18 horas.

Lancherias, estrutura de madeira, cercas de bambus e até um poste da EDP Ban-deirante estão na relação de áreas invadidas no leito da extinta Ferrovia Cruzeiro – Sul de Minas. O secretário de Governo e Obras, José Kleber, informou na terça--feira (24) que a Prefeitura e o DER (Departamento de Estradas de Rodagem) es-tão notificando os invasores. Página 5

MAIS QUATRO NA LISTA DE MORTES VIOLENTAS

Dois homens e uma mulher baleados na Vila Loyelo; uma mulher morta a machadada na Vila João Batista no intervalo de menos de uma semana elevaram para 11 as mortes violentas em Cruzeiro neste ano. Na sexta-feira (20), Breno Cunha, 18 anos, morreu com tiros na cabeça. Na madrugada de domingo (22), foram baleados Fernando Oliveira (30 anos) e Andréia Soares (47 anos). Os três crimes ocorreram na Rua Dario Antunes de Oliveira, na Loyelo.No final da madrugada de quinta-feira (26), encontrado o corpo de Tamires dos Santos (30 anos) na Rua Mário Pinto, na Vila João Batista. O corpo estava na calçada, sentado, com a cabeça entre as pernas. As primeiras avaliações indicam o uso de machado. Com único golpe, o assassino abriu profunda brecha no crânio da mulher. Na lateral da calça de Tamires, policiais militares encontraram cachimbo semelhante ao usado para o consumo de Crack. Página 3

Byomed e Metalúrgicos assinam convênio de saúde

O Sindicato dos Metalúrgicos de Cruzeiro e a Byomed assinaram na terça-feira (24) o convênio de saúde para exames laboratoriais e consultas. Entre associados e familiares, cerca de seis mil pessoas serão beneficiadas. “Dentre todos os orçamentos que fizemos, considerando acima de tudo a qualidade do atendimento, encontramos na Byomed o melhor formato”, revelou o líder sindical Jumar Batista da Silva durante a assinatura do contrato. Página 8

Maxion terá alta tecnologia em setor de pinturaApós o incêndio que destruiu parte do setor de pintura ele-trostática a pó, a Maxion deverá recompor o sistema com o emprego de equipamentos de alta tecnologia, “o que há de mais moderno no mundo”, informaram fontes ligadas à direção da empresa. O setor deverá ser recomposto até meados de agosto. Página 2

Prefeitura tenta conter invasão de ferrovia

Poste da EDP Bandeirante entre trilhos

Fernando Henrique de Oliveira Andréia Aparecida SoaresBreno Cunha Tamires Flaviana dos Santos

Jumar Batista e diretor da Byomed, Jorge Iatarola.

Page 2: MAIS QUATRO NA LISTA DE MORTES VIOLENTAS€¦ · MAIS QUATRO NA LISTA DE MORTES VIOLENTAS Dois homens e uma mulher baleados na Vila Loyelo; uma mulher morta a machadada na Vila João

28 de Julho de 2018• 2 O IMPACTO da Notícia

• Editor Responsável – Paulo Antônio de Carvalho• Comercial – Silvana Carvalho • Fotos – Daniella Cruz

• Diagramação – Nino Ferraz

Empresa Paulo Antônio de CarvalhoCNPJ 20.813.130/0001-50

Rua José Florindo Coelho, 409 | Cruzeiro | SPCep.- 12712620 | Telefone – (12) 3145-2709

Saudades Daquele Tempo

Você possui em seus arquivos fotos de familiares, de amigos ou que possam retratar momentos da história de Cruzeiro? Por que não publicá-las aqui no O IMPACTO? Envie seus registros, se possível com datas, locais e nomes para [email protected] e teremos imenso prazer em publicá-las.

DE VOLTA AO PASSADOPlinio Guarany

São Paulo não venceu a luta armada.

A renúncia ao combate foi assinada no Primeiro Grupo.

São Paulo venceu a luta de-mocrática.

São Paulo mostrou ao Brasil que a liberdade de ser, escolher e votar não se outorga a terceiros ou a tiranos disfarçados.

São Paulo lutou, não por ter-ritórios ou ministérios, mas por princípios que fazem do homem, cidadãos civilizados.

São Paulo não venceu porque

lutou em minoria de homens e armas.

Entretanto, São Paulo con-quistou a liderança e o respeito nacional.

A Revolução de 1932 foi um "divisor de águas" entre o passa-do do coronelato promíscuo e o futuro de Nação Honrada.

Cabe a nós que vivemos o presente, marmorizar o idealismo dos heróis que partiram para que tivéssemos dignidade política.

Sendo Cruzeiro a Capital da Revolução, nós cruzeirenses

Lições da Revolução de 1932

temos a obrigação de portar sua bandeira como exemplo para o futuro.

Porções de tilápia, truta, camarão, fritas e muito mais com sabor incomparável.Eu garanto.

Aqui você tem sempre o melhor

Estrada da Barra do Embaú

As melhores marcas de cerveja super gelada

Nas tardes de domingo,

shows com cantores e duplas

sertanejas

Maxion prevê inaugurar novo sistema de pintura eletrostática a pó

dos cerca de trinta funcionários que atuam no setor. As chamas ganharam proporções em pou-cos segundos, gerando densa fumaça escura. Imediatamente, os funcionários brigadistas en-traram em ação, evitando que outros setores fossem atingidos. A situação estava sob controle no momento em que o Corpo de Bombeiros chegou para o rescaldo. Por volta das 7,30, a operação foi encerrada.

Não houve feridos, de acordo com a empresa e a polícia. Por precaução, 21 funcionários pas-saram por observação devido à hipótese de inalação de fumaça e foram liberados em seguida. A demanda de produção do setor atingido está sendo compensada

nas outras bases de pintura de componentes automotivos. Em meados de agosto, segundo as previsões, a retomada de produção do segmento atingido será inaugurada com a presença da alta cúpula do grupo Maxion.

O SISTEMA - A pintura ele-trostática é uma forma de garantir a flexibilidade da peça sem ofen-der a pintura. Quando uma peça é pintada com pó químico, este recebe uma carga elétrica oposta à peça, fazendo com que o pó se fixe na peça. Após tal proce-dimento, a peça é levada à uma estufa. Quando a estufa aquece, a tinta se liquefaz e posterior-mente endurece, formando uma película de alto acabamento, uniformidade e resistência.

Fontes ligadas à direção da Maxion Componentes informa-ram na quarta-feira (25) que o se-tor de pintura eletrostática a pó, parcialmente destruído por incên-dio no início da manhã de terça--feira (17), será restabelecido até meados de agosto. “A empresa está investindo na aquisição de equipamentos e de sistemas de alta tecnologia”, revelou uma das fontes ao O IMPACTO. “A nova planta será a mais moderna do setor, garantindo mais segurança e maior produtividade aliada à qualidade do produto acabado”, acrescentou.

As causas do incêndio não foram reveladas oficialmente. Há a suposição de pane no circuito elétrico. “A companhia segurado-ra fez a perícia e está adotando todas as providências”, disse a fonte. A área destruída ocupa cerca de 100 metros quadrados anexa a um galpão de 450 me-tros. “A estrutura metálica não foi comprometida, mas passa por reforma. Na recomposição da linha de produção, a empre-sa irá instalar sistema dos mais modernos do mundo”, assegurou o informante.

O INCÊNDIO – Segundo infor-mações, o foco começou por das 6 horas, perto da troca de turno

Em partida das mais disputa-das na final dos Jogos Regionais de Ilha Bela/São Sebastião, a equipe RM Basquete conquistou o título ao vencer o time de Arujá por 55 a 53. Desde os regionais de 1972 que Cruzeiro não con-quistava a posição de melhor basquete do Vale do Paraíba e do Litoral.

RM e Arujá, de acordo com as avaliações dos organizadores dos Regionais, apresentaram desempenho de alto nível em todas as etapas da competição. Na acirrada decisão, o placar foi definido nos segundos finais da prorrogação.

Fundada em outubro de 2016, a equipe é uma referência à em-presa RM Trainer, a primeira a acreditar no projeto de apoio ao novo basquete cruzeirense. O título de campeão dos Regionais

RM Basquete conquista título de campeão nos Jogos Regionais

deste ano é mais um na galeria de troféus. Em 2017, a RM con-quistou o primeiro lugar no NBT em Taubaté; na Copa da Repú-blica em Itajubá, e nas compe-tições realizadas em Caxambu, em Santa Rita do Sapucaí, em

Campo Belo, em Pouso Alegre e na Copa RM em Cruzeiro.

A conquista nos Jogos Regio-nais do Vale e Litoral credencia a RM Basquete no ranking das fa-voritas aos Jogos Abertos do In-terior em Rio Claro, em outubro.

Professor Eduardo Rodrigues ModestoProfessores Eduardo Rodrigues, Fernando Luiz da Silva e Wanderley Henrique Pereira, comissão técnica.

Em pé: Wanderley e Fernando (treinadores), Erik (capitão), Milton, Otaíde, Josué e Eduardo (preparador físico). Abaixo: Everton, Phelipe, Rafael, Juan, Fernando, Rayama e Roderson

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POUSADA E SALÃO DE

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Sargento amava o Exército e o uniforme desde a infância

Se dependesse do sargento Áureo, ele só andaria vestido com o uniforme de militar do Exército, que considerava de elegância ímpar e era quase sua segunda pele.

A mulher, Dulce, teve que ir aos poucos comprando roupas de civil e in-sistindo ao marido que trocasse a vestimenta vez ou outra, só para variar.

Mas é que desde criança ele já se encantava com os desfiles de Sete de Setembro e chorava ao ouvir o Hino Nacional. E não teve jeito.

O menino nascido em Cruzeiro (SP), se mudou com a família para Lorena, também no interior paulista, e todos os dias ia até o quartel ver as atividades dos soldados. Almoçava com os militares e depois ajudava lavando as panelas. Ao chegar à maioridade, quando podia finalmente servir, Áureo já conhecia todos os oficiais do batalhão.

Depois de alguns anos, veio outra realização para o apaixonado pelas Forças Armadas: foi transferido para Porto Velho (RO), onde trabalharia no desenvolvimento da Amazônia dos idos anos 1960 e onde encontrou uma morada para o resto da vida.

Sua maior inspiração de farda era Luiz Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, patrono do Exército brasileiro.

O sargento também tinha um minimuseu montado em casa com coisas que ganhou dos colegas fardados —guardava medalhas, capacetes, bandeiras, cacetetes, quadros, fotografias, cantis, facões, espadas e granadas.

Durante a carreira, Áureo foi promovido ao posto de 3º sargento, mas gostava mesmo de ser chamado de cabo. O militar morreu no dia 18 de julho, vítima de um derrame, aos 78 anos. Deixou a esposa, quatro filhos e netos.

Texto extraido da folha de São Paulo | 26/07/2018

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28 de Julho de 2018 • 3O IMPACTO da Notícia

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Suba a serra!!!!!Venha almoçar no Mirante das Águas!!!!Self service a vontade. Comida de roça no fogão a lenha. Tem porções: filézinho de truta, cação, tilápia, Lula a dorê, batata, mandioca etc. !!!

Ainda não temos maquina de cartão!!!

Apesar do saldo negativo registrado em junho, Cruzeiro ficou em quarto lugar no ranking regional de empregos no primei-ro semestre deste ano, segundo relatório emitido no começo da semana pelo CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desem-pregados), órgão do Ministério do Trabalho.

Pindamonhangaba ocupa liderança e Taubaté está na “lanterna” dentre onze municí-pios apontados no levantamen-to realizado pelo O IMPACTO, no eixo de Resende (RJ) a Jacareí (SP). O IMPACTO inclui Resende por estar próxima de Cruzeiro.

Cruzeiro encerra semestre em quarto na geração de empregos no Vale

De janeiro a junho, o Setor Industrial garantiu a abertura de mais 605 novos postos de traba-lho em Cruzeiro. Nos seis meses, o setor contratou 1.030 e demitiu 425, perfazendo o total de 605. A Prestação de Serviços também apareceu com bom desempenho no período. O setor contratou 582 e demitiu 492, com saldo positivo de 90.

O levantamento do O IMPAC-TO junto às bases de dados do CAGED mostra o Setor de Co-mércio com o pior desempenho no semestre. Foram contratados 532 e demitidos 677, com saldo

MUNICÍPIOSPINDAMONHANGABAGUARATINGUETÁJACAREÍCRUZEIROLORENAAPARECIDASÃO JOSÉ DOS CAMPOSCAÇAPAVARESENDECACHOEIRATAUBATÉ

RANKINGSEMESTRE

805704557523492128 1231146864

(-) 65

JUNHO(-) 39(-) 112

95(-) 36(-) 114(-) 75(-) 592(- ) 113(-) 42(-) 09(-) 323

Indústria e Serviços garantiram geração positiva em Cruzeiro no primeiro semestre

negativo de 145. Outro setor, o da Construção Civil, também pesou na balança de empregos. Foram perdidos 26 postos de trabalho como saldo de 80 admissões ante 106 demissões.

Em todos os setores, no pri-meiro semestre, Cruzeiro re-gistrou 2.256 admissões contra 1.733 demissões, totalizando a abertura de 523 postos de trabalho.

TENDÊNCIA DE QUEDAMesmo na quarta posição no

ranking regional, a geração de empregos em Cruzeiro mostra

tendência de queda em maio e junho, contrariando a onda de crescimento nos quatro meses anteriores.

Motivada pela abertura de va-gas na Maxion, janeiro registrou 281 novos postos. Em fevereiro, foram mais 76. Após 170 novos postos em março, a geração em abril caiu para 22 antes de entrar no ciclo negativo de maio (- 03) e de junho (- 36). Restando o saldo de seis meses para o fechamento do ano, a balança de empregos na cidade poderá perderá fôlego, mas com perspectivas de resulta-do positivo até dezembro.

O saldo negativo na balança de empregos no Setor Comercial não é problema exclusivo de Cruzeiro. O IMPACTO pesquisou no banco de dados do CAGED e constatou acentuada queda nos seis maiores centros de compras da região. De janeiro a junho, nesses municípios, foram cor-tados 1.772 postos de trabalho.

Resende, no Vale Fluminense, com negativo de 26, foi o centro de comércio que menos demitiu. No outro extremo, São José dos Campos lidera o corte de vagas, com saldo negativo de 823. No mesmo período do primeiro semestre, Taubaté perdeu 526

Queda do emprego no comércio é sentida no Vale

postos, Guaratinguetá registrou o fechamento de 179, Lorena perdeu outros 73 e Cruzeiro 145.

Com exceção de Cruzeiro, as outras cinco contam com Shop-ping Center. Nesses centros de comércio não é difícil observar o baixo fluxo de consumidores nas lojas de roupas, de eletros e de outros segmentos. A maior concentração é constatada nas áreas de alimentação e nas filas das salas de cinema, notada-mente nos finais de semana. As pessoas gostam de passear no Shopping, mas as vendas não seguem a intensidade do fluxo.

Para os lojistas da região, o

Setor Comercial ainda sente os efeitos da crise econômica nacio-nal. Setores como os da Indústria e da Prestação de Serviços, bases de fomento ao consumo, começam a demonstrar sinais de recuperação da crise iniciada em 2014. A expectativa é a de que as lojas sintam os efeitos positivos a partir do final de 2018.

A QUEDAS.J. DOS CAMPOS (-) 823TAUBATÉ (-) 526GUARÁ (-) 179CRUZEIRO (-) 145LORENA (-) 73RESENDE (-) 26

POLÍCIA

Em três ações simultâneas, quadrilha atacou na madrugada de terça-feira (24) a Delegacia Policial e explodiram duas agên-cias bancárias em Silveiras, no Vale Histórico. Enquanto dois grupos atacavam caixas eletrô-nicos, o terceiro cercava o prédio da Civil, com disparos, para evitar a saída dos policiais. Além de vidraças quebradas, a viatura da

Bandidos atacam Delegacia e agências bancárias em Silveiras

foi atingida por vários tiros.Segundo moradores, as ex-

plosões e os disparos foram ouvidos por volta das 4h30 em quase toda a cidade. O bando, formado por cerca de quinze homens, agiu com rapidez. Numa das agências, eles conseguiram estourar o caixa eletrônico, mas não obtiveram êxito na outra agência. O montante roubado

não foi revelado.Na fuga, o bando seguiu pela

Rodovia dos Tropeiros sentido Areias. Quatro carros foram vistos em alta velocidade. Dois policiais militares, de plantão no momento dos ataques, ainda chegaram a perseguir os bandi-dos, mas foram contidos pelos pregos jogados na rodovia pelos assaltantes.

Mais quatro na lista de mortes violentas em Cruzeiro

Dois homens e uma mulher foram mortos a tiros entre a noite de sexta-feira (20) e a madrugada de domingo (22). Outra mulher foi morta na madrugada de quinta--feira (26), na Vila João Batista. Nas estatísticas da polícia, sobe para 11 o número de homicídios nos sete meses deste ano na cidade. A maioria dos casos é motivada por acerto de contas do tráfico de drogas. A equipe do delegado Sandro Henrique, da DIG, levanta pistas na tentativa de localizar os autores dos quatro assassinatos. Um deles está pró-ximo de ser esclarecido.

Vila Loyelo, sexta-feira, 21 ho-ras. Aos 18 anos, Breno Cunha foi morto a tiros. Ainda com sinais de vida, socorrido ao Pronto Socorro da Santa Casa, Breninho, como conhecido, não resiste e morre no início da madrugada de sába-do. De acordo com os registros policiais, o jovem não possuía antecedentes criminais.

Vila Loyelo, madrugada de domingo. Fernando Henrique de Oliveira, o Fer, de 30 anos, e Andréia Aparecida Soares, de 47, morrem baleados. Os atiradores estavam num carro não identifica-do e não há registro de testemu-nhas. Mesmo assim, a equipe da

DIG estaria perto de esclarecer o duplo homicídio.

No sábado à noite, Fernando foi visto numa festa popular no Segundo Retiro da Mantiqueira antes de seguir para a Vila Loyelo. Poucas horas após, morreu balea-do na cabeça. A polícia supõe que dois homens estavam no veículo de onde partiram os tiros. O moto-rista ainda teria dado marcha à ré e passado com as rodas sobre a cabeça da vítima. Andréia Soares, que acompanhava Fernando, ten-tou correr dos atiradores. Atingida nas pernas pelos disparos, a mu-lher caiu e também resultou morta com ferimentos no crânio.

Na linha de investigação, a equipe da DIG não descarta a hipótese de crime encomendado por acerto de contas de alguém que tenha sido vítima de Fernan-do ou por ligações com o tráfico de drogas. Os três homicídios ocorreram na Rua Dario Antunes de Oliveira, na Loyelo.

VILA JOÃO BATISTA, final da madrugada de quinta-feira. Na Rua Mário Pinto, perto das 5h10, um homem sai de casa para tra-balhar e avista mulher sentada na calçada, curvada com a cabeça entre as pernas, ensanguentada. Acionada, a Polícia Militar cons-tata se tratar de Tamires Flaviana dos Santos, de 30 anos.

O autor teria usado um ma-chado para golpear a cabeça da mulher. É o que supõe a investi-gação. Os sinais indicam único golpe capaz de abrir profunda e larga brecha no crânio. Tamires Flaviana dos Santos residia na Rua Itamonte, na Vila Romana. Na lateral da calça da mulher, policiais militares encontraram um cachimbo com formato para consumo de crack.

Os homicídios de Fernando, de Andréia, de Breno e de Tami-res elevam para onze os casos de mortes violentas em 2018 na cidade e para cinco os mortos a tiros na Vila Loyelo no intervalo de um ano.

Breno Cunha

Fernando Henrique de Oliveira Andréia Aparecida Soares

Tamires Flaviana dos Santos

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28 de Julho de 2018 • 5O IMPACTO da Notícia

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Todos os dias subo e desço a serra.Moro pouco antes da divisa de Cruzeiro com Minas, no Mirante das águas.Dá para perceber claramente que o movimento de carros e caminhões aumentou demais.E com esse aumento, o aumento de acidentes.Nesses pouco mais de 5 anos que subo e desço a serra, foram várias as mortes que ocorreram.São ultrapassagens em locais proibidos.São excessos de velocidade. São veículos sem condição de tráfego. São motoristas que dirigem sem qualquer cautela.Me pergunto: como a pessoa pode não pensar na vida daque-les que ama?Como pode não pensar no mal que pode fazer a outras famílias, além da sua?È uma falta de responsabilidade, causada, em parte, pela deficien-te responsabilização.Falta fiscalização. Faltam puni-

ções mais severas.Mas, é causada principalmente pela falta vergonha, consciên-cia, cuidado dos motoristas. Se houvesse, não precisaria de fiscalização.Portanto, penso, o maior pro-blema do Brasil é esse jeito descuidado, despreocupado com que muitos tratam o trânsito e veículos.E os primeiros a reclamar são os próprios infratores.Acho que a melhor forma é colo-carmo-nos no lugar do próximo.Imagine sua família toda ma-chucada porque alguém, em excesso de velocidade e em local impróprio, ultrapassou e acabou de bater em seu carro?Imagine você com pressa e alguém para o carro no meio da rua para conversar?Imagine você numa cama de hospital recebendo a noticia de que não vai andar mais porque alguém embriagado o atropelou em faixa de pedestres com sinal fechado?

Imagine você atravessando o cruzamento com sinal aberto e vem alguém e bate em você após atravessar o sinal vermelho?Imaginou?Agora, aja direito, faça a coisa certa, respeite a sinalização de trânsito. Respeite a lei. Seja prudente e diligente. Coloque-se no lugar do próximo.Não Mate!!!!! Não fira!!!! Não brigue!!!!

Dr. Antônio Claret

Irresponsabilidade

ESPAÇO TEEN Victor Franqueira

Amor Não CorrespondidoA família Meneghericky é uma das

famílias mais ricas da cidade de São Pau-lo. Eles sempre participam de todos os eventos da cidade para se manterem vivos perante a sociedade. O problema é que a maioria deles tem horror a pobre, tirando a filha deles chamada Maria. Maria é uma menina de 13 anos, muito alegre, doce, meiga, feliz com a vida, que atualmente está de férias. Ela estuda na escola Profª Alessandra Madalena, uma escola pública, mas com ótimos professores e também com ótimos alunos.

Maria só estuda nesta escola porque quatro anos antes, a família Meneghericky passou por uma grave crise, e não teve condições de pagar a escola particular em que Maria estudava. Quando tudo se resolveu, eles colocaram Maria de volta na escola particular, mas um grupo de alunas novas armou para que ela fosse expulsa, e o fato repetiu-se em todas as escolas par-ticulares da cidade. E assim Maria estuda na escola pública.

Chegou o dia de volta as aulas, todas as escolas de São Paulo estavam agita-das, principalmente a escola Alessandra Madalena e Maria estava ansiosa para reencontrar seus amigos e também para fazer novos amigos.

A rotina de Maria para ir à escola é a mesma de sempre e de praticamente de todas as crianças, ela levanta, se arruma, toma o café da manhã preparado com todo amor pela empregada da família, que é uma segunda mãe para ela, e escova os dentes.

Ao chegar à escola, Maria dá um oi para o porteiro da escola, que sempre está lá para receber as crianças e encontra com seus amigos Kauã, Luana e Patrício, este último, no caso é apaixonado secretamen-te por Maria. Eles decidem fazer novas amizades, e esta escola sempre foi muita conhecida por receber novos alunos. Então eles veem uma aluna nova precisando de ajuda para carregar o material.

- Você está precisando de ajuda para carregar o material? - Pergunta Maria.

- Sim, por favor. - Responde a nova aluna.

Maria e seus amigos ajudam a aluna nova a recolher o material, e ela os apre-senta.

- Qual é o seu nome? - Pergunta Maria.- Meu nome é Maria Cristal. - Responde

ela.- Eu nunca tinha ouvido falar neste

nome, mas é bem bonito. - Impõe-se Kauã.- Porque você não está usando mochila

para carregar o material? - Pergunta Luana.- Porque minha mochila estragou, e eu

não tenho condições de comprar outra, as coisas estão muito caras. - Responde Maria Cristal entristecidamente.

- Que pena!! Mas a gente tem um con-vite pra te fazer - você quer ser a nossa amiga? - Pergunta Maria novamente.

- Claro que eu quero. - Responde Cristal animadamente.

- Nós podemos te chamar somente de Cristal? Porque já que temos uma Maria no grupo, ficaria mais fácil. - Pergunta Patrício.

- Claro que podem, todas as pessoas da minha comunidade me chamam assim mesmo. - Afirma Cristal.

Sendo assim, eles se tornam ami-gos. O sinal toca dando aviso para todos os alunos irem à sala de aula. Os alunos da sala de Maria sentam-se em seus lugares. Ela fica feliz que todos os seus amigos, incluindo a Cristal, caíram na mesma sala, e também ficou feliz pela professora que vai dar as duas primeiras aulas, que no caso é a professora Germínia. Maria

Parte 1

gosta muito desta professora, pois ela é muito carinhosa, explica bem, e têm muita paciência com todos os alunos, incluindo aqueles mais arteiros.

Maria adorou o primeiro dia de aula, ela estava planejando fazer algo divertido com os amigos, mas como os professores deram muita tarefa já no pri-meiro dia de aula e ela teve que cancelar esse plano. Maria chama Cristal para ir a sua casa, fazer o dever de casa juntas e assim elas aproveitam para se conhecer melhor. Cristal aceita.

Quando Maria chega em casa comunica aos seus pais André e Suzana, que nova amiga dela irá visita-los. Eles questionam sobre esta nova amiga. Ela sem querer fala que Cristal mora em uma comunidade de São Paulo. Seus pais ficam furiosos com a notícia, já que eles têm horror a pobre, mas Maria os manda parar de ter preconceito contra pobres, e antes de Maria subir ao quarto, seu pai lhe dá um aviso.

- Só que depois não venha chorar para mim e sua mãe, quando essa marginal, que você diz ser sua amiga, roubar algo. Alerta André de forma preconceituosa.

Maria nem dá atenção ao que acabou de ouvir de seu pai, porque sabe que Cristal jamais faria uma coisa dessas.

Mais tarde, Cristal chega à casa de Maria, e os pais dela estão de plantão na porta esperando a chegada de Cristal. Eles liberam a entrada dela, e começam a enchê-la de perguntas. Cristal vai ficando desconfortável na casa, achando que não é bem-vinda, porque os pais de Maria estão fazendo perguntas muito preconceituosas.

Maria chega à sala e flagra o momento de desconforto que sua amiga está passando, pede que os pais parem e as duas vão para o quarto.

As duas passam um tempo no quarto, fazendo a lição de casa, e desco-brem que têm muita coisa em comum, e lá combinam de serem melhores amigas, e ficam muito próximas.

Uma semana depois, chega um novo aluno na sala de Maria e seus ami-gos. É muito comum alunos chegarem uma semana depois do começo das aulas. O garoto se chama Olegário, conhecido na cidade São Paulo, por ganhar várias olimpíadas de matemática na cidade e em outros estados do Brasil. Maria e Cristal ficam encantadas por ele, e Olegário fica encantado com Cristal. Na hora do recreio, as duas dão a ideia de que elas e os amigos fiquem amigos de Olegário. Patrício não gosta da ideia, pois tem certa rivalidade com Olegário, os dois sempre disputam as finais das olimpíadas de matemática.

- Ah Patrício, deixa disso, vamos lá, ele está sozinho, sem ninguém, vamos ajuda--lo. – Falam seus amigos.

Patrício reluta um pouco, mas acaba cedendo.

É costume Maria apresenta o grupo, mas desta vez é Cristal quem apresenta o grupo, pois ela começou a falar primeiro com Olegário, deixando Maria com ciúmes.

(CONTINUA NA PRÓXIMA EDIÇÃO)

OS MELHORES COMUNICADORES ESTÃO NA RC VALE

Cruzeiro registra elevado número de invasões de áreas públicas e até de particulares. Muitas resi-dências foram erguidas em terras da Prefeitura, nas chamadas áre-as verdes. Ao longo de décadas, a própria Prefeitura incentivou as invasões por conta das con-cessões de alvarás de número. Fato desconhecido da maioria é que até mesmo na região mais nobre da cidade, a Vila Rica, as construções tomaram conta de nove vias públicas conhecidas como vielas.Vielas não seriam exclusividades de bairros pobres? Por essa ou outra interpretação, o projeto de arruamento da Vila Rica estabe-lecia nove vielas. No entanto, os nobres deram um jeito de ampliar seus lotes e tomaram conta das vias intermediárias.As invasões foram descobertas há cerca de três meses pelo secretário de Governo e Obras, José Kleber. Primeira providên-

cia, a notificação aos invasores para que provem a posse dos terrenos. Caso contrário, serão intimados ao pagamento com base em avaliações de merca-do. Estima-se que os valores a serem pagos aos cofres da Prefeitura somem perto de R$ 1 milhão.OTHON BARCELOS – Nos próximos meses, a Prefeitura também deverá concluir o levan-tamento das residências cons-truídas na Rua Othon Barcelos, entre as ruas 3 e 4. O antigo galpão de depósito da Refesa foi ocupado irregularmente há mais de quatro décadas. Segundo as informações, a desocupação contemplará projeto de urbani-

zação na principal via de acesso a Cruzeiro.NO PONTILHÃO – Nos últimos meses, aumentou o número de áreas invadidas no leito da Fer-rovia Cruzeiro – Sul de Minas, na margem da Avenida Florindo Antico. De propriedade do gover-no federal, a faixa ferroviária está sob guarda da Prefeitura. As ocu-pações também atingem área de domínio do DER (Departamento de Estradas de Rodagem), órgão do governo do Estado. A Florindo Antico é considerada rodovia estadual (antiga Rio – Minas). O secretário José Kleber informou na terça-feira (24) que a Prefei-tura e o DER estão notificando os invasores.

Secretaria de Governo levanta áreas públicas invadidas em três regiões da cidade

Trecho de ferrovia foi aterrado para instalação de lancheria

Cerca de bambu indica área de ferrovia invadida

EDP Bandeirante instalou poste entre trilhos no acesso ao Residencial dos Metalúrgicos

ANUNCIE 3145-2709

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28 de Julho de 2018• 6 O IMPACTO da Notícia

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Foi comemorado na noite de se-gunda-feira (16), na Igreja Rosa Mística, no Itagaçaba, os 25 anos de atuação sacerdotal do padre Murilo Sérgio. A celebração con-tou com a participação de vários padres da Diocese de Lorena, do bispo Dom Beni, de padres

Padre Murilo Sérgio comemora os 25 anos de atuação sacerdotal

de Cruzeiro e grande parte da comunidade.Aproximadamente 500 pessoas estiveram prestigiando esse dia de tamanha importância para o pároco da Paróquia Senhor Bom Jesus.Deixo aqui meus parabéns ao

padre Murilo e nossa gratidão por tudo o que ele representa em nossas vidas, nos aproximan-do de Deus sempre com suas palavras sábias e confortantes, revelou o vereador Sandro Feli-pe durante as homena gens ao Padre Murilo.

PANORAMA■ Entra na lista de candidatos a deputado estadual o nome de Renato Fonseca, do Partido Patriota, aprovado na convenção do partido reali-zada no final da semana passada. O postulante aguarda agora a oficiali-zação da candidatura pela Justiça Eleitoral. Renato tem 22 anos e milita na política desde os 15. Foi presidente do PSL local antes de ingressar no Patriota. É a segunda vez que Renato Fonseca disputa cargo eletivo. Em 2016, foi candidato a vereador. Sobrinho do ex-vereador Beto do Renato e primo do prefeito Thales Gabriel, Renato tem nível superior de ensino e trabalha na empresa Mandela Logística e Manutenção. Durante a campanha, poderá ter o apoio do ex-prefeito Celso Lage.

■ Até dia 5 de agosto, será completada a lista de todos os candidatos à Presidência, aos governos dos Estados, ao Senado, à Câmara Federal e às assembléias legislativas. Entre candidatos a estadual e a federal, Cruzeiro poderá confirmar os nomes de Davi Mota Costa, Juarez Juvêncio, Patrícia Baptistella, Diego Miranda, Marcelinho do SAAE e Ana Karin, além de Renato Fonseca..

■ A máquina pública do prefeito Thales Gabriel deverá ser dividida entre Marcelinho do SAAE, Davi Mota e Diego Miranda, sem contar os esca-lados para atuar nas campanhas de deputados que liberaram verbas para investimentos no município. Fontes ligadas ao gabinete municipal asseguram que Thales não moverá palhas em favor de Patrícia Baptis-tella e de seu primo, Renato Fonseca.

■ Quando o assunto é Patrícia Baptis tella, interlocutores de Thales comentam que a campanha da professora seria arquitetura do vereador Paulo Vieira como balão de ensaio para candidatura à Prefeitura em 2020. O governo municipal não contribuiria para a formação de base política para a eventual candidatura de Patrícia no ano em que Thales tentará a reeleição.

■ O comércio de Cruzeiro ganhou mais dois investimentos nesta semana. Na Avenida Major Novaes, abriu portas da Vestcasa, rede de franquias do segmento de cama, mesa, banho e decorações, com matriz em São Paulo. Na Rua Coronel José de Castro (Rua 5), a Amorim Peças e Acessórios para veículos, de Kaskata Otair (foto). Depois de vários anos no balcão, Kaskata optou por carreira solo. Kaskata é um dos mais renomados vendedores no segmento e promete qualidade e bons preços.

■ No retorno das férias de julho, as sessões ordinárias da Câmara de Cruzeiro serão realizadas às quartas-feiras. A mudança teria sido a mando, ou melhor, por solicitação do vereador Paulo Vieira. Sondagem da reportagem aponta para provável mudança de comportamento de alguns vereadores. No primeiro semestre, os dez edis aprovaram vários projetos do prefeito Thales e do vereador Paulo Vieira sem nenhum debate, o chamado voto de cabresto. Depois de acumular desgaste público, os vereadores deverão ao menos explicar os conteúdos dos projetos.

■ O segundo semestre legislativo também será marcado pela disputa à presidência da Câmara. Ao menos três entram na corrida. Mário Notharangelli seria o predileto do prefeito Thales Gabriel. Com forte poder de fogo, Paulo Vieira estimula a candidatura de Sérgio Blois. Enquanto isso, Geraldo Luiz, o Chinho, corre por fora. A disputa poderá causar rachaduras na base política de Thales. Atualmente, ele mantém domínio dos dez vereadores e necessitará de muita habilidade para não causar descontentamentos na campanha eleitoral de outubro e na eleição do novo presidente da Câmara, em dezembro.

- Rabino.....eu gostaria de viver pra eternidade. O que devo fazer ?- Case- E ai viverei pra sempre ?- Não..... mas a vontade passará

O sujeito, decepcionado, se la-menta com os amigos:— Vocês não vão acreditar! Mi-nha mulher agora está cobrando para fazer sexo comigo! Outro dia ela cobrou 100 reais!— E você ainda reclama? Para nós ela está cobrando 200!

Uma loira está deitada na praia, com um bronzeado espetacu-lar de chamar a atenção. Uma mulher muito interessada chega perto dela e pergunta:— Por favor, minha querida, qual é o seu protetor?— São Francisco de Assis.

A mulher chega para o marido e fala:-Amor, temos que avisar nosso fi-lho para não se casar com aquela bruxa que ele namora!Marido responde:-Não vou dizer nada, quando foi a minha vez ninguém me avisou. ??Samir viaja para uma cidade

grande onde vai fazer compras para a loja de secos e molha-dos. Chegando lá ele conhece uma mulher maravilhosa, e fica loucamente apaixonado.Na manhã seguinte, envia um telegrama para sua esposa:-Sarita, ficarei uma semana fa-zendo compras.Passou a semana, ele decide mandar outro telegrama:-Sarita, ainda vou precisar de mais uns quinze dias para as compras.No dia seguinte, chega a respos-ta de Sarita:-Não se preocupe, Samir. Pode ficar o tempo que quiser.O que você está comprando por aí eu estou dando de graça aqui.

A mulher era cheia de truques e simpatias com os filhos. Para acabar com um soluço, por exemplo, ela amarrava uma fita com uma medalhinha no pipiu do nenê. Sempre dava certo. Um dia, o marido cai na farra e chega no maior porre em casa, solu-çando que nem um desgraçado, acordando todo mundo. A mulher não teve dúvidas, amarrou a fita com a medalha no pipiu do ma-rido, que dormiu como um anjo.No dia seguinte, quando ele acorda, a mulher pergunta:– Por onde andou, seu safado?– Ihhh… sei não. Só sei que tirei o primeiro lugar!

Duas instituições da cidade re-ceberão recursos financeiros para novos investimentos e custeio, através de emendas parlamenta-res assinadas nesta quarta-feira, 25.

O Asilo São Vicente de Paulo contará com R$ 100 mil para compra de equipamentos e auxílio nos custos da entidade que atende 19 idosos.

A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) rece-berá R$ 142.563,00 que serão investidos em suas necessidades e custeio da instituição que, atual-

Entidades de Cruzeiro assinam convênio para receber recursos

mente, trabalha com 210 alunos. O convênio foi assinado pelo pre-feito Thales Gabriel, presidente do Asilo, Luiz Antônio Alves de Lima, diretores do Apae, Anderson Ba-bboni e Ana Cristina Sudário, e a secretária de Assistência e Desen-volvimento Social Hevelyn Sígolo, além de membros das instituições.

A verba do asilo chega por meio de emenda parlamentar do deputado federal Miguel Lombardi (PR) e o recurso destinado à Apae vem por emenda parlamentar do deputado federal Márcio Alvino (PR), através de uma solicitação do vereador Paulo Vieira.

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28 de Julho de 2018 • 7O IMPACTO da Notícia

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O IMPACTO – HISTÓRIA Paulo Antonio de CarvalhoAPOIO GRUPO BIONDI

Foi um momento ímpar na história da cidade. Moscouzi-nha Brasileira colocou Cruzeiro como um dos primeiros e mais conhecidos berços do Partido Comunista Brasileiro. Seguir a cartilha de Moscou, capital da União Soviética, numa socie-dade feudal comandada por governo centralizador e ditador, como se desenhava o perfil bra-sileiro na época, significava para os militantes comunistas serem comparados a baderneiros, ateus e subversivos.

O rótulo político da cidade surgiu em 1932, pouco depois

“Esta é a Moscouzinha Brasileira”

da revolução. No percurso do Rio de Janeiro a São Paulo, o trem que conduzia o presidente Getúlio Vargas e sua comitiva fez breve parada na Estação Central de Cruzeiro, devido ao entron-camento ferroviário com Minas.

Enquanto observava a paisa-gem da cidade, Getúlio Vargas indagou a Oswaldo Aranha, um de seus principais assessores: “Não foi aqui que minhas forças sufocaram os paulistas?”. “Sim, essa é Cruzeiro”, respondeu Oswaldo Aranha. “Aqui, os pau-listas assinaram a rendição. A ci-dade também é conhecida como

a Moscouzinha Brasileira porque aqui nasceu uma das células do PCB”, observou Aranha.

A mobilização comunista em Cruzeiro teve a influência de Hermogênio da Silva Fernan-des, carioca, funcionário da companhia de energia elétrica. Em reuniões secretas, os co-munistas fundaram o primeiro sindicato local de trabalhadores, chegaram a planejar a toma-da da Prefeitura, organizaram greves, foram perseguidos pela forças de Getúlio e até a família de Hermogênio sofreu com a repressão policial.

Vista parcial de Cruzeiro na década de 1920

Carioca, nascido em 1887, Hermogênio da Silva Fernandes desembarcou em Cruzeiro em 1913, para trabalhar na Light (empresa de eletri-cidade). De convicções centradas no modelo soviético, ateu e de grande capaci-dade de persuasão, o eletricista passou a promover reuniões secretas com seus colegas de trabalho e da ferrovia, longe da observação da até então sociedade conservadora da cidade.

No ambiente do trabalho, Hermogênio não teve dificuldades em convencer colegas sobre a importância do regime soviético no País. Da Light, o comunista foi buscar apoio em outras empresas para a criação em Cruzeiro do primeiro núcleo comunista do Brasil. Como não se podia falar em partido político com a predomi-nância vermelha, Hermogênio fundou, em 1917, a União Operária Primeiro de Maio. Pouco depois, surgiram movimentos idênticos com outros nomes no Rio Grande do Sul, em Minas Gerais e, notadamente, no Rio de Janeiro.

Em março de 1922, entre os dias 25, 26 e 27, ocorreu em Niterói (RJ) o primeiro congresso para a fundação do Partido Comunista Brasileiro. Nesse encontro, Her-mogênio da Silva Fernandes foi incluído na lista dos nove delegados fundadores do PCB, ao lado de representantes do Rio, do Recife, de Minas e do Rio Grande do Sul. No congresso de Niterói, também estiveram representantes do Birô Sul Americano da Internacional Comunista. Além da eleição dos delegados fundadores, os congressistas aprovaram 21 condições para a admissão do PCB à Internacional Comunista, coordenada por Moscou.

Em Cruzeiro, o comunismo ganhou força a partir da chamada “invasão carioca de 1930”, motivada pela inauguração das Oficinas da Rede, da AGEF, da Rotunda e dos Escritórios da Estrada de Ferro. Como na cidade havia carência de mão de obra especializada no segmento ferroviário, boa parte dos funcionários da grandiosa estrutura veio do Rio de Janeiro.

Com seus hábitos e costumes, os cariocas foram determinantes no surgimento do primeiro grande ciclo cultural cru-zeirense, com ênfase no cinema, na música, no teatro, além de tornar Cruzeiro bem mais politizada. Foi a alavanca que

Hermogênio necessitava para fazer avançar o comunismo. No mapa do comunismo brasileiro, a cidade ganhou olhares atentos das forças de repressão do ditador Getúlio Vargas.

1 Hermogênio, o sindicalista que persuadiu a classe operária

Fundadores do Partido Comunista Brasileiro em março de 1922. De pé, desde a esquerda: Manoel Cendón, Joaquim Barbosa, Astrojildo Pereira, João da Costa Pimenta, Luis Peres e José Elias da Silva. Sentados, desde a esquerda: Hermogênio Silva, Abílio de Nequete e Cristiano Cordeiro. Foto reproduzida do livro: DULLES, John W. F. Anarquistas e comunistas no Brasil: 1900-1935.

Hermogênio da Silva Fernandes

2Hermogênio Silva e seus aliados comunistas implantaram em Cruzeiro a primeira corrente sindical

trabalhadora, em 1917, com o nome União 1º de Maio. Na pauta de reivindicações, a jornada diária de 8 horas em vez de 10. Poucos anos após, em 1922, o grupo sindical fundou a Associação 23 de Agosto. Além da defesa trabalhista, a associação camuflava ideais socialistas. Com sede na Rua 2, em frente ao portão principal da Rede Mineira de Viação, a associação contava com biblioteca socialista e sediava assembléias e eventos culturais. Dela, em todo primeiro de maio, saiam em pas-seata os simpatizantes do comunismo. O vermelho predominava nas roupas e nas bandeiras pelas ruas do centro da cidade.

Além de Hermogênio, também figuravam na lista das lideranças comunistas na cidade os nomes de José Mendes, Cri-sóstomo de Oliveira, Astrogildo Pereira. Sebastião Monteiro, Sebastião Pereira, Antonio Luiz, José de Barros, Joaquim de Barros, Joaquim César, o argentino Pisão e Juca Leal. Por conta dos ideais, todos eles chegaram a ser presos várias vezes.

Numa delas, em princípio de 1932, um grupo de militantes estava numa cela no quartel de Lorena quando um coronel anunciou que Hermogênio seria solto sob a condição de restabelecer o fornecimento de energia elétrica em Cruzeiro e em Cachoeira Paulista. As duas estavam às escuras havia quase dois dias por um problema na linha de transmissão. Fun-cionário da companhia de energia, Hermogênio era o único capaz de acabar com o problema. Ele não deixou a cela sem antes exigir que seus companheiros também fossem soltos. Dias depois, alguém confidenciou que a esposa dele e alguns amigos foram os causadores do blecaute.

Terminada a revolução, Cruzeiro estava à deriva. Os comunistas chegaram inclusive a planejar a tomada da Prefeitura. Antes, porém, o médico Diogo Bastos foi nomeado interventor (prefeito) no município. Os comunistas, então, abortaram a idéia diante de um nome que contava com grande admiração.

Em 1933, no dia 26 de março, foi oficialmente fundado em Cruzeiro o Sindicato dos Ferroviários da Estrada de Ferro Sul Mi-nas, extensão do sindicato do Rio de Janeiro. Pouco antes da fundação, o jorna-lista Durval Pereira lançou, no dia 22 de janeiro, o Jornal O Momento, com foco na defesa dos traba-lhadores e na pregação socialista. De existência efêmera, o jornal esta-va na 47º edição quando foi fechado por força da opressão getulista. Durval passou, então, a figurar na lista da “vanguarda do comunismo na região”, como rotulavam as forças de Getúlio Vargas. Prédio da Prefeitura e Câmara na mira dos comunistas em 1932

Influência comunista fortaleceu classe trabalhadora

Em março de 1935, eclodiu no País o movimento liderado por democratas, tenentes, intelectuais de esquerda e líderes operários em favor da reforma agrária, do fim do pagamento da dívida externa e pela nacionalização das empresas estrangeiras. Oficializado como Aliança Libertadora Nacional, o movimento carregava influência comunista no confronto com a ditadura de Getúlio Vargas.

Devido ao forte contingente comunista, a Aliança Nacional Libertadora implantou em Cruzeiro uma de suas bases. Hermogênio da Silva Fernandes se encarregou de organizar a frente cruzeirense.

Por conta da organização do levante contra Vargas, na Estação Central, em abril de 35, desembarcaram algumas das maiores lideranças da ANL, dentre eles Castro Lucena, Everardo Dias, Maria Lacerda de Moura, Pontes de Miranda, Caio Prado Jr., Mauricio de Lacerda e o sobrinho dele, Carlos Lacerda que, mais tarde, virou-se contra o comunismo. Todos chegaram entusiasmados com a cidade, motivados pela forte agitação política e a localização estratégica.

Por outro, os getulistas também articularam uma frente em Cruzeiro da AIB (Associação Integralista Brasileira) para se contrapor à crescente Aliança Libertadora. Os integralistas chegaram a tentar um comício na Praça 9 de Julho. Presente estava Miguel Reale, um dos principais aliados de Vargas, no momento em que os comunistas, vestidos de vermelhos e com bandeiras da mesma cor, chega-ram atirando pedras e gritando: “fora integralistas”. Houve a intervenção da polícia, porém sem grandes consequências.

No final de 1935 e início do ano seguinte, Ge-túlio Vargas decidiu reprimir a corrente ANL. Os comunistas passaram a ser perseguidos em todo o País. Em Cruzeiro, a opressão partia do Quartel de Lorena. Em meio a muitas prisões, Hermogênio Silva e seus companheiros tiveram que se esconder nos fundos de uma boate na zona do meretrício e embarcar clandestinamente no trem sentido Rio de Janeiro.

3 Perseguidos, comunistas se esconderam na zona de prostituição

Após implantar em Cruzeiro o primeiro núcleo comunista brasileiro em 1917 e de ter atuante participa-ção na fundação do Partido Comunista do Brasil, em 1922, Hermogênio Silva e sua família tornaram-se alvo do preconceito social e de retaliações, notadamente durante a ditadura de Vargas.

Hermogênio deu aos filhos nomes sugeridos por seus ideais. Dentre eles, por exemplo, Liberta fazia referência a Tira-dentes; Socialina, por causa do socialismo; Vera Natura significava natureza verdadeira; Paz, por ter nascido no final da primeira guerra; Idealina, por seus ideais; todos com nomes diferentes dos habituais da época. Ao todo, onze filhos.

Ateu, contrário ás pregações da Igreja Católica, Hermogênio na permitiu o batismo dos filhos, tampouco a primeira comunhão ou que frequentassem igrejas. Isso rendeu às crianças forte preconceito, principalmente na escola, em festas da igreja, de aniversários e em outros eventos de predominância católica.

Durante a repressão de Vargas aos comunistas, em 1935, Hermogênio Silva deixou Cruzeiro escondido num vagão ferroviário, mas não levou a família, alvo fácil dos aliados de Vargas. Em outubro de 1937, Idealina da Silva, de 15 anos, uma das filhas de Hermogênio, e Elza Martins, de 17, filha de José Roberto Martins, outro comunista procurado, foram presas quando passeavam na Praça 9 de Julho. Motivo da prisão, uma discussão de Idealina com o professor José Santana de Castro. Na sala de aula, Idealina teria afirmado “que, na União Soviética, a vida era melhor que no Brasil, pois não havia tanta miséria”. Bastou para que fosse delatada à polícia pelo professor.

Na cadeia da cidade (atual prédio da Cia. Da PM), Idealina e Elza Martins permaneceram por cerca de um mês alojadas “na sala do delegado, onde dormiam e comiam”. Com a influência de Diogo Bastos, medico e prefeito, Idealina e Elza Mar-tins foram liberadas da cadeia, porém proibidas de deixar a cidade.

Liberta, outra filha de Hermogênio, professora no Arnolfo Azevedo, e Marat, caçula da família e estudante do primeiro ano na mesma escola, foram expulsas por conta da opressão.

Além da prisão de Idealina, da exclusão de Liberta e de Marat, soldados montaram escala na porta da residência da família de Hermogênio. Os filhos maiores de idade não podiam sair, con-siderados presos em domicílio. Apenas liberados para a rua os menores, encarregados de buscar alimentos ofertados pelo clandestino “Socorro Vermelho” e de levar ou trazer bilhetes.

Meses depois, com ajuda de comunistas da cidade e do Rio de Janeiro, os filhos foram ao encontro Hermogênio, no Bairro São Cristóvão. Hermogênio era viúvo nesse tempo. A esposa Julieta, de 39 anos, havia morrido em Cruzeiro durante um aborto em 1934.

4 Família sofreu com repressão e preconceito

Antiga sede da Força Públia de São Paulo, onde está a 4ª Cia da PM

5Com pagamento de salários atrasado havia mais cinco meses, funcionários da estrada de ferro para-

lisaram as atividades em diversos entroncamentos no eixo Rio, São Paulo e Minas. A mobilização foi liderada por esposas de ferroviários em 1950.

A greve em Cruzeiro e em outras cidades foi tema do livro a Hora Próxima, de Alina Paim, escritora sergipana. O livro vendeu dez mil exemplares apenas na primeira tiragem em 1955. Devido ao sucesso, o livro passou a integrar a coleção Romances do Povo, dirigida por Jorge Amado, reconhecido escritor nacional. A Hora Próxima também foi traduzida para o chinês e o russo.

Na fase de pesquisa para o livro, Alina Paim conviveu com as mulheres líderes do movimento no Sul de Minas, em Cruzeiro e ainda em cidades fluminenses, para testemunhar a repulsa das famílias de ferroviários diante do descaso governamental.

Na referência a Cruzeiro, o texto de Alina Paim ressalta:“A estrada da Rede é tomada por

um piquete de mulheres com a tarefa de deter a locomotiva 437 que se pre-para para engatar uma composição e seguir viagem. O maquinista titubeia e, ante a firmeza e ousadia do grupo de mulheres, pára a 437, que ime-diatamente tem a caldeira esfriada e posta fora de combate. A locomotiva se tornara a bandeira do movimento grevista”.

Alina narra o assédio de autorida-des locais pelo fim da greve. “O dele-gado chega com o firme propósito de tirar os grevistas da estrada por bem ou à força, mas é obrigado a reconhe-cer que, diante dele, há uma enorme força de operários com suas mulheres, nada mais lhe cabendo senão recolher seu ultimatum”.

Também há a citação da tentativa malograda de um padre. “Então, mi-nhas filhas, vão se retirar da Estação?”, indaga o padre. E as mulheres respondem: O senhor quer rezar? Então, a gente reza, mas só saímos daqui com os atrasos na mão”.

Ferroviário e vereador do PTB, Manoel Ferreira da Silva Filho, o “Barulho”, segundo a narrativa de Alina Paim, também fracassa na tentativa de convencer os grevistas. Sobre o vereador, a escritora narra que “seu trabalho consiste em infundir o medo nas mulheres para que elas deixem sozinhos os operários na linha. Seu propósito é desmascarado e o farsante é expulso quase a pontapés”, salienta a Alina sobre a intenção de “Barulho”.

Legado de Hermogênio motivou mulheres na greve de 50

Mulheres lideram greve de ferroviários em 1950

O livro A Hora PróximaAlina esteve em Cruzeiro para testemunhar greve

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28 de Julho de 2018• 8 O IMPACTO da Notícia

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O Grupo Santa Clara que atua em cidades paulistas como Cruzeiro, Canas, Lavrinhas e Lorena, também nas cidades mineiras como Itanhandu, Ita-monte e São Lourenço, inau-gurou no dia 07 de julho, a sua sede própria na cidade turística de São Lourenço, no Circuito das Águas de Minas Gerais, na serra da Mantiqueira.

A Funerária Santa Clara, que há 11 anos vem atuando na cidade, é desde 2008 a con-cessionária que presta serviços funerários no município com

Santa Clara inaugura sede própria em São Lourenço

contrato até 2028, e estava atu-ando em um espaço locado, e desde então, vinha construindo com muito trabalho, a sua sede própria para melhor atender a população (clientes).

Para o empresário Beto do Renato, proprietário do Gru-po Santa Clara, esta foi uma conquista de todos seus co-laboradores e principalmente dos clientes que confiam este serviço tão delicado que é o funerário, atuando no momento mais difícil para os familiares e amigos, na perda de um ente querido:

“Quero agradecer primei-ramente a Deus e aos meus funcionários, colaboradores, clientes e amigos, em espe-cial a minha esposa Cristiane Fernandes, que sempre está ao meu lado diariamente, tra-balhando para o crescimento e melhoria nos serviços pres-tados pela nossa empresa”.

Várias autoridades estive-ram presentes na solenidade, que contou com a presença da população, conveniados, funcionários e colaboradores. O endereço da sede própria da Funerária Santa Clara fica na Avenida Damião Junqueira de Souza, nº 713, Nossa Senhora de Fátima em São Lourenço, MG.

“Agradecemos à toda po-pulação que nos recebeu de braços abertos e que agora também faz parte da nossa família”, falou Cristiane Fer-nandes, empresária e esposa de Beto do Renato.

Fontes: Jornal Gazeta Vale e assessoria da Funerária Santa Clara.

Depois de São Lourenço, Sole-dade e Passa Quatro, será a vez de São Sebastião do Rio Verde entrar no circuito turístico ferrovi-ário. Convênio assinado entre a Prefeitura e o governo do Estado prevê investimentos de R$ 7,5 mi-lhões na revitalização do trecho de 20 quilômetros até São Lourenço.

A Prefeitura abriu licitação para a contratação de empresa espe-cializada em obras ferroviárias. O montante liberado pelo Palácio da Liberdade será empregado na compra de dormentes, na limpeza, drenagem e recomposição dos trilhos.

As estimativas indicam a con-clusão das obras para meados de 2019. O ramal será operado pela ABPF (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária), de Cruzeiro, Regional Sul de Minas, que também participa da elabo-ração do projeto. A reforma da ferrovia possibilitará a inclusão do município no Trem das Águas, com viagens até São Lourenço e Soledade de Minas.

São Sebastião do Rio Verde foi

emancipado em primeiro de março de 1963, com o desmembramento de Pouso Alto. O povoado surgiu em 1891 no entorno da Estação Ferroviária e da primeira capela. Atualmente, o município conta com cerca de 2.200 habitantes. A economia local é baseada na agricultura e pecuária.

Com a implantação do ramal turístico, o município ganhará vi-sibilidade, acrescentando em sua economia os dividendos financei-ros influenciados pelo desenvolvi-

mento do turismo.Enquanto São Sebastião do Rio

Verde encara o ramal ferroviário como grande atrativo, a Prefeitura de Passa Quatro se mantém no ostracismo, dando a entender seu pouco interesse pelo trem de turismo. Obras necessárias no entorno da estação e no ramal até o Grande Túnel, propostas e com custos bancados pela ABPF, ainda esbarram na burocracia e na falta de bom senso da Prefeitura de Passa Quatro.

Sul de Minas terá novo ramal turístico

O Sindicato dos Metalúrgicos de Cruzeiro assinou contrato com a Byomed, empresa de Plano de Saúde, para atender todos os aposentados filiados e filiadas da entidade. A partir de 1º de agosto, os serviços de consulta e exa-mes serão de responsabilidade da Byomed, que oferecerá um atendimento de qualidade.

Agora, os trabalhadores, que sempre contribuíram com o Sindicato durante o período de trabalho e, que após se apo-sentar desfrutam de todos os benefícios, além do plano de saúde, gratuitamente, terão com a Byomed uma nova opção de cobertura para atendimento médico na rede credenciada de saúde. Outra vantagem foi a ampliação do atendimento, com médicos da cidade credenciados e o atendimento a consultas, exames e internações na Santa Casa de Lorena.

“Nós do Sindicato fazemos questão de ter conosco os apo-sentados que já contribuíram

Sindicato dos Metalúrgicos de Cruzeiro assina Plano de Saúde da Byomed

com a entidade. E, preservar pelos serviços oferecidos, mes-mo nesse período crítico, onde o governo pôs fim à contribuição sindical obrigatória, com intuito de acabar com os sindicatos. Com a Byomed, tenho a certeza que nossos sócios aposentados

terão um atendimento de quali-dade”, destacou Jumar Batista da Silva, presidente do Sindicato.

Os aposentados sócios de-vem procurar o Sindicato dos Metalúrgicos a partir de 1º de agosto para fazer o seu cadastro.

SANTA CASADurante a solenidade no Sin-

dicato dos Metalúrgicos, o diretor da Byomed, Denis Jorge Iatarola também confirmou a assinatura de convênio da Byomed com a Santa Casa de Lorena, para consultas, exames e internações, visando à ampliação do leque de atendimen-tos a todos os conveniados.

“O convênio com o Sindicato dos Metalúrgicos e com a Santa Casa de Lorena representa um avanço importante nas nossas relações com todos os nossos conveniados. Tudo é resultado da seriedade e do atendimento humanizado que nosso grupo oferece, sempre pensando no bem estar das famílias”, disse o diretor.

O líder sindical Jumar Batista da Silva no momento da assinatura do convênio

Jumar Batista e diretor da Byomed, Jorge Iatarola.

Diretores do Sindicato dos Metalúrgicos e da Byomed