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Mais perguntas conceitos tipo derrogação, depuração biológica (envolve cultivo de bactérias em lagoas ou ETAR para mineralização de mat orgância, seguido de adição de protozoários e desinfecção), lei quadro da agua (3 pontos: 1 gestão sustentada de recursos, 2 distribuição justa e equitatativa dos benificios e qq cena a ver com manutenção da integridade dos processos e funções dos ecossistemas e como fazer isto - gestão integrada de bacias, controlo de fontes de poluição, quantificação de residuos etc..) bandeira azul e qualidade das águas balneares, decreto lei 152/97, 168/98 e duzentos e n sei qtos relativo a nitratos, protozoários (Giardia e o outro, características, doenças associadas, metodos de descontaminação, dar a dica q a lei está incompleta pq n contempla estes microrganismos, tratamentos (A1, A2 e A3 o q envolvem tipo desinfecção - fisico quimicos etc), testes presumptivos e conclusivos (tubos multiplos e membranas filtrantes) para det de contaminação microbiologica, os indicadores têm de saber bem quase sempre sai (características, métodos de detecção, formas de descontaminação, doenças associadas a cada, caracteristicas dum bom indicador etc

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  • Mais perguntas conceitos tipo derrogao, depurao biolgica (envolve cultivo de bactrias em lagoas ou ETAR para mineralizao de mat orgncia, seguido de adio de protozorios e desinfeco), lei quadro da agua (3 pontos: 1 gesto sustentada de recursos, 2 distribuio justa e equitatativa dos benificios e qq cena a ver com manuteno da integridade dos processos e funes dos ecossistemas e como fazer isto - gesto integrada de bacias, controlo de fontes de poluio, quantificao de residuos etc..) bandeira azul e qualidade das guas balneares, decreto lei 152/97, 168/98 e duzentos e n sei qtos relativo a nitratos, protozorios (Giardia e o outro, caractersticas, doenas associadas, metodos de descontaminao, dar a dica q a lei est incompleta pq n contempla estes microrganismos, tratamentos (A1, A2 e A3 o q envolvem tipo desinfeco - fisico quimicos etc), testes presumptivos e conclusivos (tubos multiplos e membranas filtrantes) para det de contaminao microbiologica, os indicadores tm de saber bem quase sempre sai (caractersticas, mtodos de deteco, formas de descontaminao, doenas associadas a cada, caracteristicas dum bom indicador etc

  • Perguntas Poluio da gua (1 chamada)

    1. Bases conceptuais da Lei Quadro da gua. O q entende por "gua no ambiente"? respectivas consequncias

    2. Quais as guas q contaminam biologicamente os recurso hidricos nacionais. Quais os indicadores para avaliar a sua qualidade?

    3. O que entende por guas acondicionadas?

    4. Protozorios contaminantes da gua para consumo humano. formas de tratamento.

    5. Situao de Leiria - descargas de suinicultura.

    Aqui vo as perguntas tipo de PA. Os metais pesados n saem, e tm, para alm dos das respostas q seguem em anexo, de saber conceitos tipo derrogao, depurao biolgica (envolve cultivo de bactrias em lagoas ou ETAR para mineralizao de mat orgncia, seguido de adio de protozorios e desinfeco), lei quadro da agua (3 pontos: 1 gesto sustentada de recursos, 2 distribuio justa e equitatativa dos benificios e qq cena a ver com manuteno da integridade dos processos e funes dos ecossistemas e como fazer isto - gesto integrada de bacias, controlo de fontes de poluio, quantificao de residuos etc..) bandeira azul e qualidade das guas balneares, decreto lei 152/97, 168/98 e duzentos e n sei qtos relativo a nitratos, protozorios (Giardia e o outro, caractersticas, doenas associadas, metodos de descontaminao, lei incompleta pq n contempla estes microrganismos -> A Giardia n tem Mitocndrias ehehe ;)), tratamentos (A1, A2 e A3 o q envolvem tipo desinfeco , fisico quimicos etc), testes presumptivos e conclusivos (tubos multiplos e membranas filtrantes) para det de contaminao microbiologica, os indicadores tm de saber bem quase sempre sai (caractersticas, mtodos de deteco, formas

  • de descontaminao, doenas associadas a cada, caracteristicas dum bom indicador etc). .

  • 1-Definir quali// d 1a massa d gua e plo da gua. D q forma os conheci/os tcnicos e cientficos contribuem p/a clarificar o seu significado ambiental e em termos d sade publica. A quali// da gua (independente/ do seu uso) o conj das caract quimicas, fisicas e biolgicas d 1a massa d gua, n1 dado mo/ . P/a falarmos d quali// necessrio termos sempre em conta os quadros legislativos d referencia. O conceito d quali// da gua, apesar d definivel em termos analiticos, relativo, 1a x q o q a carcteriza f do seu utilizador ou do fim a q s destina. A quali// permite avaliar a adequa da gua p/a det usos directos ou indirectos. Polui da gua 1a altera fisica, quimica e/ou biolgica das caract da massa d gua, qq q seja a sua natureza. Esta altera pode ser introduzida por activ antropognicas directas ou indirectas ou por causas naturais. A altera pode ser provocada por ftes externas (nomeada/ provenientes da activ humana) ou por ftes internas (ex. produtos d excreo d organismos aquticos). Pode ainda resultar da introduo por causas naturais e/ou antropognicas d calor. Mto embora a percep sensorial seja 1a caract necessria (quase imprescindivel) da avalia da quali// da H2O p/a consumo humano, haver q recorrer, simultanea/, a tcnicas analiticas, FQ e microbiolgicas, cujo n e complexi// analitica tem crescido s/ cessar ao longo dos ultimos tempos. Ao longo dos anos e devido aos avanos cientifico-tecnolgicos tem-se ampliado a escala dos limites d deteco (1960- 10-6; 2000 10-12) bem c/o o n d parametros analisados. Assim sendo, possibilita 1a aproxima cada x > das [] minimas q tem efeitos ambientais e na saude humana. Consequente/ o nivel d exigencia da legisla cada x >. 2-Que guas podem ser utilizadas p/a a produ d gua p/a consumo humano. Como procederia p/a averiguar s 1a determ gua pode ou n ser utilizada p/a o efeito. As massas hidricas q s podem destinar a produ d gua p/a consumo so as guas doces superficiais e as subterraneas. As guas superficiais cuja quali// seja inferior da categoria A3 n podem ser utilizadas p/a produ d gua p/a consumo, salvo qdo tal seja expressa/ autorizado pela DRA competente e dd q a gua seja sujeita a 1 processo d trata/o adequado q confira gua as caract d quali// conformes c/ as normas d quali// da gua p/a consumo humano ctes no anexo VI do DL. 236/98. 3-Suponha q 1 quadro tecnico d 1a autarquia, c/ responsabili//s no sector do ambiente. Recebe queixas d municipes sobre o sabor q a gua da rede apresenta. Como agiria numa situao desta natureza? N s pode negar o acesso gua, pq 1 bem essencial vida. O principal objectivo da directiva quadro p/a o desenvolvi/ sustentado q devem ser feitos todos os esforos p/a q todos os seres vivos tenham gua p/a beber em quali// e quanti//. O parametro sabor 1 parametro organoleptico, as concluses q dele s retiram so apenas indicativas. Contudo, constituem mtas xs alertas p/a a existencia d irregulari//s ou defeitos a nivel d produ d gua p/a consumo. O significado desses avisos porm equivoco, podendo ocorrer situaes onde o risco sanitrio ou degrada efectiva da quali// associada ao respeito por 1 destes parametros n so efectiva/ reais. Assim, procuraria averiguar quais as causas q originaram o sabor. E aps a identifica dos parametros responsveis aplicaria os trata/os adequados elemina ou diminui da [] do parametro. Pararlela/ efectuariam-se campanhas d sensibiliza junto da pop d modo a evitar possiveis riscos d contamina e alarmismo dessa mm pop. Ex. Contamina por cloretos a campanha teria d incidir sobre 1a utliza racional d sal na comida, bem c/o a protec dos grupos d risco (crianas, idosos, doentes renais e cardiovasculares...).

  • 4-O Na e o K so el/os essenciais vida, tal c/o a conhecemos, em [] adequadas. Quais as suas origens? Quais os seus efeitos e conseq sanitrias e ambientais? Diga q trata/o utilizaria p/a proceder sua remo n1a gua p/a consumo humano. O Na aparece nas ARD devido presena d excrees, onde s encontra presente devido ao seu uso nos ali/os (c/o condi/o ou conservante). Por xs a sua ocorrencia pode estar associada a fenmenos d intruso salina. As contamina por K tem a sua origem em descargas d industrias extractivas, d fbricas d fertilizantes, d fbricas d vidro. A ingesto d [] elevadas d Na por parte dos bebs pode provocar-lhes problemas gastro-intestinais c/ diarreias associadas, provocando por xs casos d desidrata. Ingestes excessivas deste ele/o provocam vmitos e esto associadas a problemas cardiovasculares (ligados hipertenso). Teores elevados d Na nas guas podem originar o processo d pseudo-dureza em q, devido ao facto do Na ser 1 io comum nos sais d c gordos dos sabes, s verifica a pp dos mm c/ forma d grumos. 1a x q o K intervm na transmisso dos fluxos nervosos, a sua deficiencia provoca sintomas d fraqueza muscular e perda d capaci// mental. A ingesto deste ele/o em excesso pode provocar efeitos laxantes. A remo do Na e do K da gua bruta levada a cabo atravs d tcnicas d dessaliniza / desmineraliza das guas, por destila c/ troca inica, osmose inversa e electrodilise. 5-O Al considerado c/o ele/o indesejvel n1a gua d abasteci/o. Quais as suas origens? Quais os efeitos da sua presena na gua e eventuais consequencias no consumidor? Diga q trata/os utilizaria p/a proceder sua remo. O Al, devido s activ antropognicas, encontra-se no ar, nos ali/os e na gua, sob a forma d sais soluveis, d compostos insoluveis e d subst coloidais. As principais ftes deste ele/o so a lixivia dos solos, a eroso, os efluentes e rejeies industriais. No trata/o das guas destinadas produ d gua p/a consumo humano, o Al utilizado sob a forma d sulfato d AL p/a provocar a coagula-flocula das subst em suspenso. Os sais d Al apresentam 1a solubili// reduzida o q faz c/ q os efeitos txicos q lhe esto associados sejam pouco significativos. Este ele/o facil/ excretado por individuos saudveis. Contudo a toxici// pode ocorrer em pessoas q n tenham a capaci// d o eliminar e q estejam sujeitas a processos d acumula progressiva. A decanta e a filtra permitem eliminar a > parte do Al presente na gua (sob a forma d sais d Al insoluveis). Outra forma d evitar o seu apareci/o, sendo no entanto esta preventiva, atravs do controlo do pH e da condutivi// nas uni//s d trata/o e atravs da manuten da rede d distribui. 6-Diga quais os efeitos e prejuizos ambientais associados detec sistemtica na massa d gua d mo. A presena sistemtica d mo na massa d gua pode levar a q a [] d OD desa p/a niveis em q s corre o risco d s entrar n1a zona d anaerobiose. Nestas condies d anoxia ocorre liberta d nutrientes p/a a massa d gua bem c/o d MP. Estas altera vo ter conseq ao nivel da estrutura qualitativa e quantitativa das pop biolgicas. S as alteraes forem mto significativas, a pto d levar extin d alguns organismos pode ocorrer substitui d pop. S a massa d gua em causa s tratar d 1 sistema ltico (rios) tal fenmeno vai levar a 1a diminui da sua capaci// d autodepura. No caso d s tratar d 1 sistema lentico (albufeira) o conj dos fenmenos pode levar ao acelera/o do processo d eutrofiza.

  • 7-Os metais pesados tem 1 impacte negativo sobre os ecossistemas, podendo causar problemas d saude publica. Escolha 1 metal pesado e refira quais as suas origens e conseq. O Pb pode ter vrias origens, sendo q o seu au/o s deve essencial/ s activ humanas, nomeada/, fundi e refinaria, fabrico d lato, adi d Pb aos combustiveis, baterias d acumula, tintas, utiliza agricola, incinera d matrias contendo Pb, utiliza nas canalizaes. Qdo presente na massa d gua em []s suficiente/ elevadas podem ocorrer situaes d toxici//. Sendo este ele/o 1 txico acumulativo, qdo ingerido pelo homem pode acumular-s no esqueleto, nos cabelos e em tecidos moles, nomeada/ no cerebro, podendo causar danos graves. O Pb provoca atrasos no desenvolvi/o intelectual, modificaes comportamentais, anemias, perturbaes digestivas, alteraes neurolgicas e encefalopatias. O Cd pode ter origem natural ou em activ antropognicas. As suas principais ftes so: exploraes mineiras, industria metalurgica, industria quimica, fabrico d ligas e soldas, pig/os d tintas, subprodutos das activ agricolas (o Cd constituinte d fertilizantes e pesticidas), trafego automovel, fumo do tabaco, centrais nucleares. Pq 1 ele/o txico pode provocar efeitos graves na saude publica, nomeada/ ao nivel da represso do cresci/o, da digesto d proteinas e lipidos. Pode causar problemas d hipertenso e acidentes cardiovasculares, carcinomas, dermatoses. O Hg aparece na natureza devido a ftes naturais (emanaes vulcanicas, eroso e degrada d rochas) ou devido a ftes antropognicas. Das activ antropognicas q + contribuem p/a o apareci/o d Hg destacam-se: utiliza agricola, queima d combustiveis fosseis, industria quimica, centrais electricas, incinera, aterros sanitrios. O Hg em certas condies d pH torna-s disponivel na massa d gua podendo assim ser absorvido pelos peixes, fazendo c/ q este ele/o entre na cadeia alimentar e atinja o homem. Ao entrar na cadeia alimentar representa um gd risco 1a x q s trata d 1 ele/o bioacumulvel e bioamplificvel. Este ele/o tem efeitos ao nivel dos sistemas enzimticos (bloqueando as enzimas) e ao nivel do sistema nervoso central. 8- A contamina pela Giardia, das guas utilizadas p/a produ d gua p/a consumo humano 1 dos problemas d saude publica + importante a nivel comunitrio. Refira as suas origens. A desinfeco c/ Cl pode eliminar/inviabilizar os microorganismos. Comente a afirma. A Giardia lambia tem origem em excre/os d animais d sangue quente, suspeitando-s q o seu hospedeiro seja 1 roedor. A ingesto deste protozorio pode ocorrer via gua ou alimenta. Estes microorganismos tem capaci// d passar pelas malhas dos trata/os FQ, escapando tb ao processo d desinfec o q faz c/ q exista 1a probabili// real da sua ocorrencia nas guas d consumo. Por forma a reduzir esta probabili// seria necessrio au/ar a [] d Cl na desinfec p/a valores tais q os valores d Cl residual q permanecem na gua seja d cerca d 2mg/L. D salientar q este trata/o n total/ eficaz, ou seja, n garante a n ocorrencia destes protozorios na gua d consumo. P/a garantir q a quase totali// dos ovos d Giardia lambia sejam eliminados pode recorrer-s passagem da gua por leitos d areia. Este trata/o apesar d n ser dispendioso, requer gds espaos e implica a produ d 1a gua d consumo c/ caudal + reduzido, pois a probabili// d reten destes organismos au/a c/ a diminui do caudal.

  • Quali// e Pol da gua? A qualidade da gua (independente do seu uso) o conj das caracts qumic, fsic e biolg d 1 massa de h20 n1 dado mo/o. P/ falarmos d qual necess termos sempre em conta os quadros legislativos d referenc. O conceito de quali// h2o, apesar de definivel em termos analticos , relativo, 1 vez q o que a caracteriza funo do seu utilizador ou do fim a q se destina. A qual permite avaliar a adequao da gua para determinados usos directos ou potncias. Pol h2o 1a alterao fis, qui e/ou bio das carct da massa de h2o qq q seja a sua natureza. Esta altera pode se introduzida por activi//s antropognicas directas ou indirectas ou por causas naturais. A altera pode ser provocada por fontes externas (provenientes da actividade humana) ou por fontes internas (ex. produtos de excreo de organismos aquticos), pode ainda resultar da introduo por causas naturais e/ou antropo de calor (afecta a densi//, a viscosi// e a tenso superficial da agua). Import dos avanos tecnolog - Mto embora a percepo sensorial seja 1 caracterstica necessria (qs imprescindvel) da avaliao da quali// da h2o p/ consumo humano, haver q recorrer, simultanea/, a tcnicas analticas, fis/qui e microbio, cujo n e complexi// analtica tm crescido, s/ cessar, ao longo das ultimas dcadas. Ao longo dos anos com os crescentes avanos cientifico/tecnolgicos, tem-se ampliado a escala dos limites de deteco (10-6 em 1960, 10-12 em 2000) bem como o n. de parmetros analisados. Isto tm levado a um crescente conheci/o das [ ] mn q tm efeito negativos sobre o meio amb e a sade pblica. Metais Pesados: origens e consequnc ambient e na sade pblica! Alumnio : Origem Devido s activi//s antropogn encontra-s no ar, nos alimentos e gua, sob a forma d sais solveis, d comp insolveis e d subst coloidais. As ftes + vulgares d dispers do Al no amb aqutic so a lixivia dos solos e minerais, a eroso e os efluentes e rejeies industriais. No trata/o das guas naturais p/ produ d gua p/ consum humano o Al utilizado sob a forma d sulfato d Al, p/ provocar a coagula/ flocula das subst em suspens. Outra fte a desagrega dos minerais d argila (constitudos em parte por comp d Al) devido s chuvas cidas ( medida q o pH bxa a solubili// do Al >). Efeitos e Conseq a reduzida solubili// dos sais d Al limita os efeitos txicos, embora possa ocorrer toxici// em indivduos q tenham capaci// d o eliminar e estejam sujeitos a process d acumula progressiva (em insuficientes renais crnicos e doentes submetidos a hemodilise, o excesso d Al pode provocar riscos d encefalopatias crnicas). O excesso d Al provoca turva e cor anormais alm d depsitos nas canaliza. Trata/os decanta e filtra permitem eliminar a > parte do Al presente sob a forma d sais insolveis. Uma medida preventiva do apareci/o d excesso d Al atravs do controlo do pH e da condutivi// da gua nas uni//s d trata/o bem c/o pela realiza d opera sistemticas d manuten da rede d distribui. Chumbo : Origem a activi// humana levou ao do teor d Pb no amb, atravs d activi//s c/o a fundi e refinaria, fabrico d lato, adi d Pb aos combustv (uso d tetraetil e tetrametil d Pb Pol Atmosf), bacterias d acumuladores, tintas, utiliza agrcola, incinera d mat contendo Pb, utiliza nas canaliza e o tempo d contacto entre a gua e a canaliza pode conduzir a nveis mto elevados d Pb. A agressivi// das guas em rela ao Pb varia pois c/ a sua mineraliza, O2 dissolvido e CO2 presente. A principal fte d Pb so os alimentos e a gua q bebemos, sendo a contribui da pol atmosf diminuta. Efeitos e Conseq 1 txico cumulativo, q depois d absorvido pelo homem s concentra no esqueleto sob a forma d fosfatos insolveis, no cabelo e em tecidos moles, nomeada/, no crebro podendo causar danos graves (efeito inibidor a este nvel, sob o metabolismo das clul cerebrais), efeito inibidor ao nvel do pncreas. Provoca atrasos no desenvolvi/o intelectual, modifica comporta/ais, anemias, perturba digestivas, altera neurolgicas e encefalopatia. Os casos d intoxica por Pb + conhecidos so o saturnismo. Trata/os elimina do Pb na gua bruta por coagola/ flocula c/ sulfato d Al, filtra sobre carvo activado, oxida. A clorao subsequente permite melhorar os resultados precedentes. A eficcia

  • da resolu d situa d desequil d metais c/o o Pb, passa pela controlo dos parmetros q podem influenciar a corroso: pH, acidez, alcalini//, dureza e temp. Mercrio : Origens d ftes naturais, c/o emanes vulcnicas, eroso e degrada d rochas pela gua, ou d ftes antropogn, principal/ pela utiliza agrcola (pesticidas cancergenos, antibactericidas), utiliza na explora d minrios, dissemina na atmosf devida queima d combust fsseis, indstria qum (fabrico d Cl, soda, pasta d papel, produtos farmacuticos), centrais elctricas, incinera e aterros sanitrios. Principal fte alimenta c/ base em produtos do mar (moluscos e peixes bioacumula) e seus derivados. Efeitos e Conseq o Hg depositado nos sedimentos em certas condi d pH torna-s disponvel na massa d gua podendo ser absorvido por organism c/o os peixes e entrar na cadeia alimentar at ao homem. Ao entrar na cadeia representa 1 gd risco 1a vez q s trata d 1 ele/o bioacumulvel e bioamplificv. Este ele/o tem efeitos ao nvel dos sist enzimtico (bloqueando as enzimas e funcinando c/o txico protoplasmt) e ao nvel do sist nervoso central. O Hg txico p7 o homem sendo q os sais d Hg oxidam nos tecidos e nos eritrcitos a Hg bivalente. E retido pelo figado, rins , crebro, cora, pulmes e tecidos musculares. Trata/os a sua descarga no amb deve ser o + reduzida possvel, passando pela melhoria dos processos industriais e a procura d alternativ (outros comp), nomeada/ na indstria d produ d pesticidas. Nas guas natur o Hg est ligado s partc em suspens sendo assim tratado por flocula/ coagola e decanta. Pode-s utilizar tb filtros d areia ou carvo activado. Qq q seja o mtodo utiliz podem melhorar-s os resultados obtidos recorrendo a um trata/o por oxida posterior atravs do Cl. Cdmio : Origens pode ter origem natural (associado ao Zn e Pb) ou em activi//s antropog sobretudo : industriais (explora mineiras, metalrgicas e quim); fabrico d ligas e d soldas, d pigmentos d pinturas, estabilizantes d mat plsticas, baterias e cermica; subproduto d activi//s agrcolas (superfosfatos e constit d alguns pesticidas); emisses p/ a atmosf pelo trfego automvel; energia nuclear. A ingesto do Cd pratica/ feita pela ingesto d ali/os contaminados, pela rega. A exposi profissional em uni//s fabris outra fte, bem c/o o fumo do tabaco. Efeitos e Conseq a solubili// do Cd bx e depende do pH. Normal/ a solubili// > p/ as formas d sais, carbonatos e hidrxidos, a pH bx (cd). Assim, s o pH permitir fica disponvel na gua p/ ser absorvido pelos org pois bioacumulvel. S estiver presente nas guas tratadas pode formar complexos c/ o Cl e os sulfatos. O Cd 1 ele/o essencial, txico p/ o homem, mm em peq [ ]s. A sua ingesto provoca represses do cresci/o e redu da digesto d protenas e lpidos. Causa tb problem d hipertens e acidentes cardiovasculares. O Cd substitui o Zn no org ligando-s irreverssvel/ a protenas e originando carcinomas, dermatoses e mtos outros tipos d leses c/o a osteoporose. Trata/os por pp, troca inica. C/o medidas preventivas : manuten/ explora das redes por forma a evitar a corroso das coberturas metlic c/ Cd; evitar o espalha/o d lamas do trata/o d guas residuais q contenham gds quanti//s d Cd; maximizar a reciclagem por forma a as ftes d pol difusa; reduzir as emisses. MP num proc de eutrofiza: Se tivermos 1a massa d gua suficiente/ profunda, c 1a rea suficiente p/ q exista estratifica trmica e recircula, a solubili// dos metais depende do pH da albufeira, q por sua vez depende do estado trfico da gua; na coluna de gua, onde h penetra da radia solar - zona euftica - o efeito destes compostos nulo. S, no entanto, tiver uma descarga continuada destes metais, j posso ter algum efeito. Nos perodos de recircula, qdo se quebra a estratifica, a carga d sedi/os vem superfc, o q pode provocar 1a altera do pH, permitindo a reac de oxida-redu q solubiliza estes metais - os seus efeitos so ento >s p/ os organism q l esto. A descarga d efluentes n1a massa d gua q s encontre em condi prximas da eutrofiza apresenta graves riscos. S pensarmos n1a massa d gua estratificada em q no hipolimnion s criam condi redutoras devida ausncia d O2, ocorre liberta (dos sedi/os) d MP (nas suas formas solveis) p/ a coluna d gua. Nestas condies, qq descarga q ocorra p/ a massa d gua vai agravar esta situa aumentando o teor de metais solubilizados na gua. A presena destas

  • formas d MP tem conseq ao nvel das comuni//s biolgicas aquat bem c/o ao nvel da sade pblica. Em termos d sade pblica podemos pensar em conseq directas (> solubili// trata/os + rigorosos) ou indirectas (atravs da alimenta). Queixas dos muncipes sobre o sabor da gua!! O acesso gua no deve ser negado, pois 1 bem essencial vida. O principal objectivo da directiva quadro p/ o desenvolvi/o sustentado q devem ser feitos todos os esforos p/ q todos os seres vivos tenham gua p/ beber em quali// e quanti//. O parmetro sabor um parmt organolpt., as concluses q deles s retiram so apenas indicativas, contudo constituem mtas xs alertas p/ a existnc d irregulari//s ou defeitos a nvel da produ d gua p/ consumo. O significado desses avisos porm equivoco, podendo ocorrer situa onde o risco sanitrio ou a degrada efectiva da quali// associada ao respeito por 1 destes parmt, no so efectiva/ reais. Assim, procuraria averiguar quais as causas q originaram tal sabor e aps a identifica dos parmetros responsveis aplicaria os trata/os adequados elimina ou da [ ] desse parmt, bem c/o os custos d reposi do valor dentro da norma, os efeitos q teria na pop e nos equipa/os. Paralela/ efectuariam-s campanhas d sensibiliza junto pop d modo a evitar possveis riscos d contamina e alarmismo dessa mm pop. Por exemplo, s a contamina fosse devida a Cloretos a campanha teria d incidir sobre 1a utiliza racional dos grupos d risco (crianas, idosos, doentes renais e cardiovasculares). Hidrocarbonetos emulsionados Os leos minerais so comp q apresentam geral/ toxici// p/ o homem. Os teores em hidrocarbonetos emulsionados contidos na descarga de guas residuais so da ordem dos 10mg/ l, este o valor limite tolerado, VMA, o qual deve ser a excepo e a regra, segundo o DL 236/98. A partir deste valor, teorica/, a popula correr riscos p/ a sade pois est a ultrapassar-s os limites d segurana q poder~so afectar a capaci// d resistncia do Homem. C/o os comp em questo pe clara/ em perigo a sade da popula e dado q o VMA ainda foi ultrapassado, em princpio, pode ser considerado inexistente o risco sanitrio associado p/ a popula saudvel. No entanto, s o operador da ETA estiver a actuar no limite do VMA e s acontece algum percalo, a gua deixa d estar em conformi// em + d 95%, definida pela lei. Portanto, se deve facilitar demasiado a situa, nem aceitar c/o regra, o q dever ser a excep. Assim, compete s enti//s envolvidas assegurar o cumpri/o dos objectiv, a vigilncia sanitria e o respeito pelo direito q o consumidor tem d dispr d 1 produto d quali//, durante todo o ano, em qq pto do sist d abasteci/o, d q depende e a q recorre. Origens - Os leos podem ter origem por escorri/o d cisternas, rupturas d oleodutos, activi//s metalo-mecnicas, etc. Tb s pode dar a contamina pela atmosf, sob a forma d partc arrastadas pelas chuvas ou pelo ar; ou ainda por alguns organism capazes d sintetizar hidrocarbonetos policclicos. A sua biodegradabili// mto lenta, podendo persistir anos em especial nas toalhas freticas e rochas porosas. Efeitos prejudiciais - A >ia apresenta toxici// elevada. Podem-s traduzir em irritaes digestivas, perturba neurolgicas ou renais. Geram tb 1 sabor e 1a cor desagradvel. Alguns dos aditivos associados podem ser txicos. Os hidrocarbon parafinicos formam superfcie pelculas coradas q afectam negativa/ a reoxigena das massas d gua. Trata/os - Os filmes d hidrocarbonetos, formados por polui acidentais, so eliminados natural/. Redu import podem ser obtidas pela oxida da massa d gua contaminada (podendo ser dificil, dependente/ da espessura da camada), ou pela adsorso com carvo activado. Contudo, recomenda-se as medidas preventivas, c/o o uso d reservatrios c/ paredes duplas, cria d valas estanques, etc.

  • Sdio e Potssio Sdio : Origens - O Na devido sua elevada reactivi// encontra-s sempre na forma combinada, sendo o cloreto o + abundante. O Na, sob a forma d NaCl, funciona c/o indicador d intruses salinas, em guas subterrneas. Nas guas residuais domsticas, o Na aparece, atravs das excre e pelo uso alimentar, c/o condi/o e na prepara d alguns ali/os conservados. Efeitos e Conseq - O sdio um elemento essencial do equilbrio de lquidos no organismo, pelo q essencial vida. Apesar disso, o uso do sal em excesso pode induzir situa d risco. Nos bebs provoca problemas devido preparao dos seus rins para a recepo de doses elevadas de sal, ou por poder originar problemas gastro-intestinais, c/ diarreias associadas, provocando desidrata. Ingestes excessivas d Na provocam vmitos e esto associad a problem cardio-vascul (ligados hipertens), tromboses da coronria, cardiopatias ligadas arterio-esclerose ou degenerativas. Os doentes renais devem seguir regime hiposdico. Qto s grvidas, a ingesto d Na pode provocar reten d lquid, em especial a nvel dos membros infer. Teores elevados d Na nas guas podem originar o processo d pseudo-dureza, em q devido ao facto do Na ser 1 io comum aos sais de cds gordos dos sabes, s verificam pp dos mm, c/ formao de grumos. O consumo de sabo cresce, tal c/o no caso da dureza alcalino-terrosa, e da a sua designao. Potssio : Origens - O K existe natural/ nas guas, em [ ]s + ou ctes, contudo c/ os contextos geolgicos presentes. Podem ocorrer contamina das guas, resultado d descargas d industrias extractiv, d fbricas, d fertiliz, fabrico d vidro, etc. Efeitos e Conseq - 1 ele/o essencial vida, pela sua interven em sists enzimtic ligados ao metabolismo dos glcidos e ao equil osmtico da clula. Intervm na transmiss d influxos nervosos, provocando, a sua deficincia, sintomas d fraqueza muscular e perda d capaci// cerebral. A ingesto em excesso pode provocar efeitos laxantes. Trata/os (ambos os ele/os) - A remo do Na e K da gua bruta feita no mbito das tcnicas d dessaliniza/ desmineraliza das guas, ou seja, por destila, troca inica, osmose inversa, electrodilise, etc. Parmetros Microbiolgicos: Origem : A > parte das contaminaes microbianas das guas devem-s a resduos e a excrementos humanos e animais, q foram sujeitos a qq trata/o e/ou so lanados em ms condi no amb. O n. d microrg presentes nesses mat mto elevado, em 1g d fezes encontram-s cerca d 109 organismos d cada 1 dos grupos d indicadores (ou 1014 microrg/ dia/ pessoa). Org q pesquisaria e/ou quantificaria p/ avaliar a contamina : A pop microbiol d 1a gua varivel, dificil/ conhecida em condi d campo, e contendo 1 n. e 1a diversi// mto gd d org, patogn ou , sujeitos a altera causadas por factores amb e susceptv d alterar o amb envolvente. Assim, a anlise d 1a gua feita d modo a identificar todos os microorg nela existentes partica/ impossvel a nvel d rotina e economica/ insuportvel. A identific e quantifica d todos os microrg fcil, pelo q necessrio saber o q s procura p/ ter resultados concretos em tempo til. Recorre-s a microrg patogn ou de patogenici// limitada, que coexistam c/ patogn reconhecidos, p/ funcionarem c/o indicadores da presena destes (mas q podem garantir a sua ausncia). Os indicadores so mais fceis d detectar, a sua anlis + rpida e tem do q o daqueles; Serem + resistentes q os patog a eventuais desinfec; O seu n. no amb aqutic, aps eventual deseinfec; Ser possvel proceder sua enumera, recorrendo a tcnicas laborat, rpidas e inequvocas; A sua distribui n1a corrente dever ser casual (distrib aleatria); A presena d outros org dever inibir o seu cresci/o; No serem patog p/ o homem;

  • Ser apropriado p/ permitir a anlise d todos os tipos d H2O; As tcnicas lab d identifi devero ter 1a gd especifici// e sensibili//; devero ser passveis d detectar bxs nveis do indicador; A sua [ ] dever ter alguma rela directa c/ o nvel d pol d origem fecal. A ausncia desses indicadores pode levar concluso da existncia d org patog. Permite, apenas, concluir q a amostra em questo est contaminada c/ subst fecais (consumo da H2O representa riscos particul p/ homem). A presena d indicadores permite concluir q a amostra q est a ser analisada s encontra presumivel/ contaminada, tornando a H2O desaconselhada p/ o consumo. A existncia destes org, aps det trata/o, indica q o mm foi correcta/ efectuado, ou q foi insuficiente. Na qualifica da H2O d consumo recomenda-s a pesquisa, p/ alm da dos indicadores clssicos, dos seguintes org patog : Salmonelas, Estafilococos patogn, Bacterifagos fecais, Enterovrus. Alm disso, as guas devem conter org parasitas (protozorios, por ex), algas ou org macroscpicos (vermes, larvas, etc). Dois protozorios q deveriam ser tomados em considera devido sua perigosi// e capaci// d persistncia na H2O so a Giordia lambia e o Cryptosporidium parvum. Estes 2 org esto contemplados no D.L. 236/98 (o q 1a gd lacuna). Tm cistos c/ 1a parede mto rgida pelo q apresentam 1a gd probabili// d ocorrerem nas guas dado conseguirem atravessar as malhas dos trata/os fisico-qumicos e resistirem ao trata/o d desinfeco habitual. Conseq. dessa contaminao em termos d Sade Pblica : A contamina microbiol torna perigoso o consumo das guas, podendo servir d veculo transmisso d doenas diversas. 1a gua contaminada microbiologica/ pode desencadear patologias gastrointestinais. Os org patog podem ser responsveis por doenas d gravi// reduzida (gastro-enterites e diarreias benignas) ou por doen graves q podem conduzir morte (clera, febre tifide, hepatites, desidrataes,...). A Giordia lambia provoca 1a doena chamada Giordease, c/ febre, mau estar, cansao, medica/os levam mto tempo a actuar. O Cryptosporidium parvum ainda + perigoso, + pequeno, ataca todos os animais d sangue quente ( especfico), provoca 1a doena chamada Cryptosporidease, c/ diarreia podendo levar ao interna/o e perdas d lquidos (cerca d 7l/ dia). Enterovrus podem originar erupes cutneas, febre, gastroenterites, miocardites, meningites, infeces respiratrias e hepatites. Aces Preventivas e /ou Curativas p/ minimizar/ evitar a contamina : Devemos adoptar sistematica/ medidas prevent e trata/os adequados elimina d microrg indesejv p/ garantir 1a boa quali// da H2O. A preven deve seguir medidas e estratg q evitem a sua introdu no conj da rede, d modo a minimiz/ limitar o desenvolvi/o posterior d qq forma d polui microbiol. Ex. a) Protec d origens d gua bruta (permet d protec, controlo das ftes d pol directa e difusa, implementa e explora adequada das obras d capta); b) a nvel da rede d distribui (desenho da rede e estanquici// do sist, natureza dos mat utilizad em f das caract da H2O, manuten da rede em condi adequadas d conserva e explora). Os trata/os p/ elimina e controlo d microrg, introduzid na rede ou a desenvolvid, podem ser : fsicos e biolg (c/o a filtra) e/ou qumicos (deseinfec c/ Cl, ou derivados, c/ O3 ou c/ radia UV). A utiliza do Cl c/o agente desinfectante apresenta alguns inconvenientes 1a vez q ao reagir c/ a mat org presente na gua leva forma d organoclorados (subst cancergenas) e qdo em contacto c/ os fenis forma clorofenis (subst txicas). No entanto, tem a vantagem d ser mto eficiente e d permanecer nas redes d distribui sob a forma d Cl residual livre ou Cl residual combinado, o q permite q continue a reagir a desempenhar o seu papel d desinfectante. No caso do O3, este agente bastante + eficaz e leva forma d organoclorados. Porm os custos d implementa deste tipo d trata/o (bem c/o o das radia UV) so mto + elevados. Outro inconveniente q a sua aco apenas instantnea (O3 1a molcula metaestvel), ou seja, c/o apresenta formas residuais a sua aco limitada

  • nos espao e no tempo. E ainda import salientar os casos da Giordia lambia e do Cryptosporidium parvum, org q tendo em conta os sist habituais d desinfec, conseguem permanecer na H2O. P/ remover estes protozorios pode fazer-s 1 trata/o por leitos d areia (camadas d areia c/ s granulometrias; mto dispendioso mas requer gds espaos e a produ d gua d consumo c/ caudal + reduzido, pois qto < o caudal > a probabili// d reten destes org) ou recorrendo desinfec por Cl, devendo p/ tal recorrer-s a [ ]s + elevadas (2mg/ l d Cl residual p/ garantir elimina). Caracteriz dos org. Indicadores : Origem - excrementos de animais d sangue quente; Ingesto via gua ou alimenta. Coliformes Gram-negativos, reac oxidase negat, bacilos esporulados q crescem, aerobica/, em meio d agar contendo sais biliares e capazes d fermentar a lactose a 37C, em 48 horas, c/ produ d cido e gs. Fecais bacilos em forma d bastonete, gram-negat, esporolados, q provocam em menos d 24h, temp d 44C, a fermenta da lactose, c/ produ d cido e gs. Mtodo analtico fermenta em tubos mltiplos e atcnica da membrana filtrante. Estreptococos fecais cresci/o a 10C e 45C e a pH 9.6 em meio d cultura contendo NaCl a 6,5%; cresci/o na presena d 40% d sais biliares e em [ ]s d azida d Na inibidoras p/ o grupo das bactrias Gram-negat; reduo d azul d metileno em 0,1%, em leite; sobrevivnc a 60C, durante 30 min. Tm + resistnc q os coliformes salini//, particular/ o sub-grupo, enterococos. Estes so usados c/o indicadores d quali// microbiol das guas balneares dado haver indica sobre 1a rela directa entre as gastroenterites detectadas nos utentes dessas guas e a quali// dessas. Mtodos analticos os mms do anterior. Clostridio indicador clssico d contamina fecal; tm formas d vida latente (so esporolados); anaerbio (habitante normal do tracto intestinal dos animais d sangue quente; encontra-s no solo; pode infectar gua, bebidas e feridas; s penetrar fundo na pele e entrar no org pode levar gangrena.

  • Objectivos

    Comparar os valores obtidos em anlises realizadas entre 1 de Janeiro

    de 1998 e 1 de Janeiro de 2002 com os valores dos parmetros

    contemplados no anexo I do Decreto-Lei n 236/98, relativo qualidade das

    guas doces superficiais destinadas produo de gua para consumo

    humano.

    Indicar qual o tratamento adequado e compar-lo com o que est a ser

    feito actualmente.

    Sugerir medidas preventivas de modo a minimizar os efeitos dos focos

    de poluio.

    2

  • Qualidade da gua destinada ao consumo humano A qualidade da gua de uma albufeira resulta da interaco de uma srie de

    factores naturais e antrpicos e representa o resultado directo das actividades

    ou condies naturais da bacia hidrogrfica.

    Como referido na bacia hidrogrfica do aproveitamento da albufeira de Alvito,

    so poucos os aglomerados populacionais e de pouca relevncia as

    actividades industriais. Contudo, a poluio difusa originada na rea rural tem

    significado para a qualidade das guas da albufeira, embora esta fonte no

    seja possvel de quantificar.

    Os aglomerados populacionais existentes, alm de serem muito pequenos,

    esto localizados, com excepo de Oriola, a uma distncia significativa da

    albufeira, no tendo portanto um efeito relevante na alterao do nvel trfico

    do meio hdrico.

    Contudo, a questo da eroso dos solos da bacia, que se assume como

    importante no caso em estudo, promover a acumulao de nutrientes na

    albufeira, potenciando alteraes no seu estado trfico no sentido da

    eutrofizao.

    Em relao ao estado trfico, as anlises revelaram que as espcies mais

    abundantes pertencem ao Grupo das Cianofceas, seguindo-se as Clorofceas

    e as Diatomceas, por ordem decrescente de abundncia. As algas

    pertencentes ao grupo das cianofceas so comummente encontradas em

    albufeiras ou lagos eutrficos, de pH neutro ou alcalino, nos meses de Vero,

    quando a luz tem intensidade mxima e a gua, o mnimo de turbulncia.

    Algumas espcies so at capazes de produzir toxinas, como o caso da

    Microcystis aeruginosa.

    A predominncia das algas verde-azuladas (cianofceas) , portanto, um

    indicador do estado evolutivo eutrfico da albufeira.

    3

  • Na albufeira de Alvito no existem relatos de bloom de algas ou da presena

    de escumas visveis na gua no sendo, actualmente, um problema grave a

    presena dessas algas.

    As actividades pecurias, mesmo extensivas, existentes na margem da

    albufeira podem influenciar a qualidade das suas guas.

    4

  • Parmetros de qualidade Para avaliar a qualidade da gua destinada a consumo humano so analisados

    parmetros organolpticos e parmetros fsico-qumicos.

    Parmetros Organolpticos

    Neste grupo de parmetros esto includos aqueles cuja apreciao pode ser

    efectuada directamente pelo observador, dependendo exclusivamente da sua

    sensibilidade. Este tipo de parmetros, onde se incluem a cor, o cheiro, o odor

    e turvao, so medidos no local, uma vez que o transporte de colheitas pode

    alterar as suas propriedades.

    Estes parmetros no so muito rigorosos, funcionando por vezes como um

    sinal de alerta s irregularidades no tratamento e produo da gua de

    consumo.

    Em relao barragem em estudo, apenas um destes parmetros analisado

    a cor. Temos informao de que observaes realizadas no local relatam que

    a gua da albufeira , em geral clara, sem acumulao de lixos ou de outros

    desperdcios nas suas margens.

    Parmetros fsico-qumicos

    Estes parmetros dizem respeito a caractersticas fsicas e qumicas da gua e

    so importantes na medida em que influenciam outros parmetros.

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  • Interpretao dos resultados das anlises Como referimos, um dos objectivos deste trabalho a comparao dos valores

    obtidos em anlises efectuadas gua da Albufeira de Alvito no perodo de 1

    de Janeiro de 1998 a 1 de Janeiro de 2002, com os valores estipulados no

    anexo I do Decreto-Lei n 236/98. Deste modo, apresentamos na tabela 1 os

    valores mximos resultantes das anlises efectuadas nesta albufeira no

    perodo de tempo indicado, bem como os valores mximos recomendveis

    (VMR) e os valores mximos admissveis (VMA) para cada tipo de tratamento

    (A1, A2 e A3), conforme o anexo I do Decreto-Lei acima referido.

    Conforme os valores paramtricos obtidos nas anlises efectuar-se-o

    tratamentos para garantir a qualidade da gua destinada produo de gua

    para consumo humano.

    Deste modo existem trs tipos de tratamento passveis de serem aplicados s

    guas superficiais:

    Classe A1 tratamento fsico e desinfeco.

    Classe A2 tratamento fsico e qumico e desinfeco.

    Classe A3 tratamento fsico, qumico de afinao e desinfeco.

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  • A1 A2 A3Parmetros Expresso dos resultados VMR VMA VMR VMA VMR VMA

    Valor mximo

    Tratamento recomendado

    pH 25oC Escala de Sorensen 6,5-8.5 - 5,5-9,0 - 5,5-9,0 - 8,36 A1 Cor mg/L , escala Pt-Co 10 (O)20 50 (O)100 50 (O)200 20 A1

    Slidos S. Totais mg/L 25 - - - - - 13,5 A1 Temperatura OC 22 (O) 25 22 (O) 25 22 (O) 25 27 A1

    Condutividade S/cm, 20OC 1000 - 1000 - 1000 - 274 A1 Nitratos (*) mg/L/ NO3 25 (O) 50 - (O) 50 - (O) 50 2,26 A1 Fluoretos mg/L F 0.7-1.0 1,5 0.7-1.7 - 0.7-1.7 - 0,24 A1

    Ferro dissolvido (*) mg/L Fe 0,1 0,3 1,0 2,0 1,0 - 0,25 A1 Mangans (*) mg/L Mn 0,05 - 0,10 - 1,00 - 0,69 (**) A2

    Cobre mg/L Cu 0,02 (O) 0,05 0,05 - 1,00 - 0,005 A1 Zinco mg/L Zn 0,5 3,0 1,0 5,0 1,0 5,0 0,02 A1 Boro mg/L B 1 - 1 - 1 - 0,1 A1

    Berlio mg/L Be - - - - - - 0,3 A1 Cobalto mg/L Co - - - - - - 3,5 A1 Nquel mg/L Ni - - - - - - 0,005 A1

    Vandio mg/L V - - - - - - 11,5 A1 Arsnio mg/L As 0,01 0,05 - 0,05 0,05 0,1 1 A4 Cdmio mg/L Cd 0,001 0,005 0,001 0,005 0,001 0,005 0,005 A1

    Crmio total mg/L Cr - 0,05 - 0,05 - 0,05 0,005 A1 Chumbo mg/L Pb - 0,05 - 0,05 - 0,05 0,03 A1 Selnio mg/L Se - 0,01 - 0,01 - 0,01 2 A4

    Mercrio mg/L Hg 0,0005 0,001 0,0005 0,001 0,0005 0,001 0,0001 A1 Brio mg/L Ba - 0,1 - 1 - 1 0,03 A1

    Cianetos mg/L CN - 0,05 - 0,05 - 0,05 10 A4 Sulfatos mg/L SO4 150 250 150 (O) 250 150 (O) 250 19 A1 Cloretos mg/L Cl 200 - 200 - 200 - 78 A1

    Fosfatos (*) (2) mg/L P2O5 0,4 - 0,7 - 0,7 - 0,094 (**) A1 Fenis mg/L C6H5OH - 0,001 0,001 0,005 0,010 0,100 0,002 A2

    Hidrocarbonetos dissolvidos ou emulsionados

    mg/L - 0,05 - 0,20 0,50 1,00 0,031 A1

    Carncia Qumica de Oxignio (CQO) (*) mg/L O2 - - - - 30 - 28,9 A3

    Oxignio dissolvido (3) % saturao de O2 70 - 50 - 30 - 42 A2

    Carncia Bioqumica de Oxignio (CBO5,

    200C) (*)mg/L O2 3 - 5 - 7 - 10 A3

    Azoto Kjeldahl (excluindo o azoto

    de NO2 e NO3) mg/L N 1 - 2 - 3 - 0,92 A1

    Azoto amoniacal mg/L NH4 0,05 - 1,00 1,5 2 (O)4.0 1,18 A2

    Tabela 1 Comparao entre os valores do anexo I do Decreto-Lei236/98 com os valores das anlises e tipo de tratamento da gua para cada parmetro.

    (O) Os limites podem ser excedidos em caso de condies geogrficas ou metereolgicas excepcionais. (*) Os limites podem ser excedidos em lagos de pouca profundidade e baixa taxa de renovao. (1) Os valores indicados constituem os limites inferior e superior das concentraes, determinados em funo da mdia anual das temperaturas mximas dirias. (2) Este parmetro includo para satisfazer as exigncias ecolgicas de certos meios. (3) Refere-se a um VMR. (**) Dado que os valores mximos so muito elevados mas pontuais considerou-se este valor como referncia.

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  • Tratamento Necessrio

    Apesar da maioria dos parmetros exigir apenas tratamento A1, alguns, que

    consideramos imperativos, excedem o valor mximo admissvel para qualquer

    uma das classes de tratamento previstas no Decreto-Lei.

    Desta forma, quanto produo de gua para consumo humano, de acordo

    com os valores obtidos durante o perodo de amostragem, a qualidade da gua

    insere-se na classe A3, classe esta que exige tratamento fsico, qumico de

    afinao e desinfeco, antes da sua distribuio como gua potvel.

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  • Crticas Os valores obtidos nas anlises realizadas para os cianetos so, quanto a ns,

    extraordinariamente elevados, mesmo tendo em conta o elevado pH da massa

    de gua. Para determinar o tipo de tratamento necessrio para a produo de

    gua, para consumo humano, a partir da gua desta albufeira, optmos por

    no ter em conta este parmetro. Para alm dos valores serem elevados

    muito reduzido o nmero de anlises realizadas, ou disponibilizadas, no

    perodo de tempo referido.

    A presena de cianetos nas guas naturais resulta de actividades industriais e

    agrcolas ou da extraco de metais preciosos como o ouro e a prata e

    corresponde, em regra, a teores muito baixos (inferiores a 100 g/L). Na gua,

    o cido ciandrico dissocia-se, dando origem formao do io cianeto (CN-) e

    o io hidrognio.

    A toxicidade dos cianetos, para o Homem, atinge o seu mximo no caso do

    cido ciandrico, para o qual uma quantidade de 50 a 60 mg pode causar a

    morte. O metabolismo humano normal consegue eliminar os cianetos de forma

    bastante eficiente, de tal modo que a ingesto diria de pequenas doses pode

    ser considerada inofensiva dado o desencadear de processos naturais de

    desintoxicao.

    A toxicidade dos cianetos depende das suas espcies qumicas e dos caties

    associados.

    Dado que, nem na bacia da albufeira do Alvito, nem na bacia hidrogrfica do

    Sado temos indicao de potenciais fontes de cianetos podemos pensar que os

    resultados das, poucas, anlises realizadas para este parmetro podero

    conter algum tipo de erro, quer nas unidades de expresso dos resultados,

    quer no(s) mtodo(s) de anlise.

    No caso de dvida em relao aos valores medidos e estando em causa o

    abastecimento de gua s populaes, devero ser efectuadas verificaes

    9

  • analticas complementares para posteriormente decidir que medidas tomar em

    relao a possveis restries, ou mesmo interrupo, da distribuio desta

    gua s populaes.

    10

  • Medidas de melhoramento da qualidade da gua

    Recomenda-se o estabelecimento de um programa de monitorizao da

    qualidade das guas da albufeira como forma de possibilitar o aprofundamento

    da anlise dos problemas ambientais referidos.

    Recomenda-se especial ateno unidade de processamento de carnes de

    Oriola, tendo em conta a sua proximidade albufeira.

    Recomenda-se ainda especial ateno para a suinicultura da Herdade do

    Monte do Outeiro que tem os dejectos carreados directamente para o meio

    hdrico.

    Especial ateno devem ainda merecer as suiniculturas em explorao

    industrial, como a do Vale dos Sequeiros, a maior do concelho.

    No que diz respeito pecuria praticada junto albufeira, recomenda-se

    minimizar a invaso do leito seco pelo gado durante o perodo do Vero, dados

    os inconvenientes que pode trazer s guas, ainda que alguns sejam apenas

    pontuais: adio de nutrientes, organismos coliformes e em caso da sua

    utilizao, produtos fitossanitrios.

    Caso essa invaso se continue a verificar poder-se- proteger a rea da

    albufeira, constituindo permetros de proteco, de modo a controlar fontes de

    poluio directa e difusa que a possam afectar.

    11

  • ndice

    Objectivos......................................................................................................................... 2 Qualidade da gua destinada ao consumo humano .......................................................... 3 Parmetros de qualidade................................................................................................... 5

    Parmetros Organolpticos........................................................................................... 5 Parmetros fsico-qumicos .......................................................................................... 5

    Interpretao dos resultados das anlises ......................................................................... 6 Tratamento Necessrio ..................................................................................................... 8 Crticas.............................................................................................................................. 9 Medidas de melhoramento da qualidade da gua........................................................... 11

    12

  • Caracterizao da Qualidade da gua da Albufeira do Alvito

    1. Nota Introdutria Este trabalho tem como objectivo a caracterizao da qualidade da gua da Albufeira

    do Alvito, tendo sido realizado no mbito da disciplina de Poluio da gua, do 4 ano da Licenciatura em Engenharia do Ambiente, da Faculdade de Cincias e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, pelos alunos Francisco Ramos Pinto (n 8658), Hugo Giestas (n 9024) e Jos Nunes (n 8558) .

    Os dados relativos qualidade da gua foram obtidos na pgina da web do Instituto Nacional da gua (INAG) e da Direco Regional do Ambiente e Recursos Naturais do Alentejo (DRA-A), tendo sido seguida a metodologia proposta pelo documento de trabalho M5 - Metodologia de Avaliao das guas Superficiais, da Direco de Servios de Recursos Hidricos do INAG.

    Agradecemos a Francisco Miguel Carvalheira Chinita Cartaxo Mira, por nos ter

    recebido e disponibilizado informao e Direco Regional do Ambiente e Recursos Naturais do Alentejo, por nos ter enviado documentao necessria elaborao deste trabalho.

    Junho de 2000 Poluio da gua 1

  • Caracterizao da Qualidade da gua da Albufeira do Alvito

    2. Caracterizao da rea envolvente da Albufeira do Alvito

    A barragem do Alvito foi concluida em 1977, situando-se na bacia hidrogrfica do Rio Sado e integrando o plano de rega do Alentejo. Encontra-se implantada na Ribeira de Odivelas, sendo esta a sua principal fonte alimentadora de gua, a montante da barragem de Odivelas.

    A albufeira criada por esta barragem encontra-se no limite poente da serra de Portel, sendo os seus principais afluentes a Ribeira da Faia, o Barranco do Vale de Areia.

    2.1. Factores climticos

    Os factores climticos so de grande importncia podendo influenciar, no s as

    actividades tursticas e laborais (da zona envolvente da barragem), como tambm a qualidade da gua e as actividades recreativas (na prpria albufeira).

    Todos os dados referentes climatologia da regio foram retirados das Normas Climatolgicas para o perodo de 1951 a 1980.

    Temperatura

    A temperatura mdia anual verificada nesta regio de 15,9 C, sendo as temperaturas mdias mxima e mnima de 22,3 C e 9,5 C, respectivamente. Quantos s temperaturas mxima e mnima, verificadas no perodo j mencionado, foram de 42,2 C e 5,8 C.

    Estes dados so referentes s medies da estao climatolgica de Viana do Alentejo (ver tabela ).

    Precipitao

    A precipitao mdia mensal mxima na zona de 107,5 mm em Janeiro e a mnima de 1,2 mm em Julho.

    Em anexo so apresentados os valores de precipitao mdia mensal verificados nas estaes udomtricas de Viana do Alentejo, Alvito, Cuba e Portel (ver tabela ).

    O nmero de dias de precipitao na zona bastante inferior ao de outras zonas do pas, variando entre os 58 e os 90 dias, sendo que os meses mais chuvosos so entre Outubro e Abril.

    Humidade relativa do ar

    No que respeita humidade relativa, os mximos verificam-se em Dezembro e Janeiro e os mnimos em Julho e Agosto. Os valores mdios anuais so de 78% s 9:00 horas e de 65 % s 18:00 horas. Todos os dados registados foram todos obtidos na estao climatolgica de Viana do Alentejo.

    Junho de 2000 Poluio da gua 2

  • Caracterizao da Qualidade da gua da Albufeira do Alvito

    Insolao

    O nmero mximo de horas de insolao verifica-se em Julho e de 381,5 horas, enquanto que o nmero mnimo de 153,3 no ms de Janeiro. A mdia anual de 2928,7 horas. Em termos de percentagem estes valores representam respectivamente 50,1%, 84,8% e 65,5%, do total possvel. A radiao global anual de 148491 cal/cm2, variando entre as 21687 cal/cm2 em Julho e as 4896 cal/cm2 em Dezembro. Todos estes dados so referentes Beja, entre 1941 e 1970, pois a estao climatolgica de Viana do Alentejo no possua dados sobre este parmetro climatolgico.

    Evaporao

    Os valores mdios de evaporao so mximos em agosto com 261 mm e mnimos em Janeiro com 69,5 mm.

    Velocidade e rumo do vento

    Nos meses de Maio a Setembro os ventos so sobretudo de Nordeste, enquanto que no resto do ano so de Norte e de Sudoeste. A velocidade mdia dos ventos varia entre os 10 e os 14 Km por hora.

    Todos os valores so referentes estao climatolgica de Viana do Alentejo.

    Outros factores Os outros factores climticos so a neve, o granizo, o orvalho, a geada, o nevoeiro e as trovoadas. Destes o mais importante para a regio a geada, que em muitos anos responsvel pela destruio de grandes percentagens de terreno cultivado.

    2.2. Relevo A bacia da albufeira do Alvito abrange uma rea de 212 km2 e apresenta uma

    configurao aproximadamente oval, com o maior desenvolvimento na direco nascente-poente.

    Situa-se entre as duas principais linhas de relevos da metade poente da serra de Portel, abrangendo as encostas interiores daqueles relevos e uma superfcie de eroso situada entre eles e que se desenvolve, na sua maior parte entre as cotas de 200 e 240 metros. Este nvel de eroso ocupa a parte central da bacia e apresenta um limite muito claro a Norte. A Sul, a transio para as reas mais elevadas da serra gradual.

    2.3. Geologia Toda a regio da Albufeira do Alvito caracterizada por uma grande variedade de

    formaes geolgicas. Esto representadas formaes precmbricas, cmbrricas, cmbrico-ordovcias e depsitos ceno-antropozicos.

    Junho de 2000 Poluio da gua 3

  • Caracterizao da Qualidade da gua da Albufeira do Alvito

    A regio (ver estrato da Carta Geolgica de Portugal, em anexo) possui, sobretudo, formaes metamrficas azicas, gneisses e migmatitos; possui tambm rochas eruptivas, principalmente granitos. De salientar tambm a presena de files de quartzo, muito raros nesta zona do pas.

    2.4. Pedologia A zona da bacia hidrogrfica compreende vrios tipos de solos dos quais se destacam

    os seguintes:

    Litossolos Aluviossolos Solos litlicos no hmicos Solos calcrios vermelhos Barros castanhos avermelhados no calcrios (raros em Portugal, muito frteis) Solos mediterrneos pardos Solos mediterrneos vermelhos ou amarelos Afloramentos rochosos

    A informao foi retirada das cartas nacionais de solos 40-C e 40-D, escala de

    1:50000, onde so bem visveis as manchas dos vrios tipos de solos. 2.5. Uso dos solos A utilizao do solo predominante na bacia da albufeira do Alvito o montado de

    azinho, frequentemente associado ao sobro. O montado de sobro ocupa tambm reas muito significativas. Associada a parte da rea destes montados est a utilizao do solo com culturas arvenses e pastagens. As culturas arvenses, que nesta zona so sobretudo os cereais de Inverno , esto em regresso e os matos tm vindo a instalar-se progressivamente nos sobcoberto dos montados (AMCAV, 1992); de salientar as culturas de trigo e de girassol. Tambm se encontram vastas reas de olivais um pouco por toda a bacia hidrogrfica, mas sobretudo junto a Santana e a Portel.

    Nas reas menos declivosas do centro da bacia predominam os sistemas culturais arvenses, com pousios mais ou menos prolongados ou pastagens. A rea utilizada nestes sistemas culturais tende a diminuir, devido s crescentes dificuldades do cultivo rentvel de cereais em solos que no apresentam muita boa aptido para essa cultura. Cerca de um tero da rea da bacia apresenta estes usos (AMCAV, 1992).

    Os eucaliptais e os pinhais so em nmero reduzido no ocupando, no conjunto, mais de 150 hectares. Existem tambm pequenas reas de pomares, de vinhas e de culturas arvenses de regadio.

    A utilizao agro-florestal da bacia pouco intensiva, no sendo susceptvel de originar problemas significativos, devidos contaminao com pesticidas ou ao arraste de nutrientes provenientes dos fertilizantes.

    A pecuria existente, excepo das suiniculturas e de duas boviniculturas, de

    regime extensivo.

    Junho de 2000 Poluio da gua 4

  • Caracterizao da Qualidade da gua da Albufeira do Alvito

    2.6. Vegetao Como j foi referido, o coberto florestal dominado pelo sobreiro (Querqus suber) e

    pela azinheira (Querqus rotunfifolia), em separado ou em conjunto. Estas duas espcies tm um papel muito importante na melhoria da qualidade dos solos de bacia, pois a folhagem delas proveniente facilmente mineralizada.

    A estrutura arbrea, bem como a arbustiva (composta por tojos, estevas e urze) ajudam na manuteno do equilbrio hidrolgico, para um bom funcionamento do ciclo de nutrientes.

    As construes de vrios tipos, o aproveitamento da lenha em larga escala e ainda o fogo, so os principais responsveis pela destruio do montado, dando este lugar aos matos de sargaos (Cistos salvifolios e Cistus crispus) .

    Os pousios, que so alternados com culturas, constituem as pastagens da regio onde se podem encontrar infestantes ou formaes herbceas de espcies anuais. Por sua vez, o envelhecimento dos pousios promove a instalao dos sargaos j referidos.

    2.7. Fauna Na rea da bacia hidrogrfica do Alvito habitam uma grande variedade de animais,

    incluindo rpteis, anfbios, aves, peixes e mamferos. Todas estas espcies tm valor ecolgico e algumas possuem valor cultural,

    econmico e turstico. Os animais existentes vo desde as cobras s guias, passando pelo javali, lontra, toupeira e pato real.

    No que respeita aos recursos cinegticos, as espcies que so mais relevantes so: o coelho (Oryctolagus cuniculus), a perdiz vermelha (Alectoris rufa), a codorniz (Coturnix coturnix), e os patos. A actividade pisccola importante sobretudo para as populaes locais, sendo os peixes mais procurados: a carpa (Cyprinus carpium), o barbo (Barbus bocagei) e a achig (Micropterus salmonoides).

    2.8. Enquadramento geogrfico e demogrfico A albufeira situa-se na serra de Portel, quase no seu limite poente, abrangendo os

    Concelhos de Portel, Viana do Alentejo e Cuba. A bacia hidrogrfica, correspondente ao troo superior da bacia da ribeira de Odivelas, constitui a maior bacia da zona da serra.

    A bacia da albufeira do Alvito, em termos administrativos, abrange parte dos concelhos de Portel, Viana do Alentejo, Alvito, Cuba e Vidigueira. Do ponto de vista geogrfico situa-se no interior do Alentejo, sensivelmente mesma distncia de vora e Beja (Figura 1), numa rea que se caracteriza (em termos de povoamento), por apresentar uma baixa densidade habitacional e por ser do tipo concentrado, em aglomerados de pequena dimenso.

    Quanto s vilas situadas no interior da bacia hidrogrfica so trs: Santana, Oriola e S. Bartolomeu do Outeiro; sendo que Oriola se encontra dentro da zona reservada da albufeira (a menos de 500m do Nvel de Pleno Armazenamento).

    A seguir, uma breve caracterizao de cada vila:

    Junho de 2000 Poluio da gua 5

  • Caracterizao da Qualidade da gua da Albufeira do Alvito

    Santana uma vila situada no Concelho de Portel, no distrito de vora. Possui uma populao de cerca de 700 habitantes que consomem diariamente cerca de 100 m3 de gua.

    A sua localizao geogrfica pode ser obtida atravs da carta militar nmero 489, longitude de 5 e latitude de 36 e 30 (escala 1:25000).

    S. Bartolomeu do Outeiro uma vila situada no Concelho de Portel, no distrito de

    vora. Possui uma populao de cerca de 700 habitantes que consomem diariamente cerca de 100 m3 de gua.

    A sua localizao geogrfica pode ser obtida atravs da carta militar nmero 480, longitude de 95 e 30 e latitude de 45 e 52 (escala 1:25000).

    Oriola uma vila situada no Concelho de Portel, no distrito de vora. Possui uma

    populao de cerca de 600 habitantes que consomem cerca de 80 m de gua. 3A sua localizao geogrfica pode ser obtida atravs da carta militar nmero 480,

    longitude de 99 e 15 e latitude de 42 (escala 1:25000).

    Junho de 2000 Poluio da gua 6

  • Caracterizao da Qualidade da gua da Albufeira do Alvito

    3. Caracterizao da Albufeira do Alvito 3.1. Caractersticas da albufeira Como j foi referido, a albufeira da barragem do Alvito abrange trs Concelhos:

    Portel, Viana do Alentejo e Cuba. Pertencendo bacia hidrogrfica do Rio Sado, situando-se na Ribeira de Odivelas. Todos os dados incluindo rea total, permetro, capacidade e volume morto, figuram na Tabela 1, a seguir apresentada.

    Tabela 1 - Principais caractersticas da Albufeira do Alvito

    Albufeira do Alvito Concelho Cuba Ano/Funcionamento 1977

    Fonte: INAG, 1995

    3.2. Usos da Albufeira do Alvito A albufeira do Alvito tem como usos principais, a produo de gua para consumo

    humano e para rega. Relativamente aos usos secundrios, verifica-se que esta albufeira tem vindo a ser utilizada para banhos estivais, passeio de barco, windsurf, canoagem, remo e vela, tudo actividades balneares.

    3.3. Estao de Tratamento de gua (ETA) Inicialmente, a barragem do Alvito foi construda com o intuito de constituir uma

    reserva de gua para a albufeira de Odivelas, mas com o passar do tempo foi destinada, essencialmente, para a rega e abastecimento pblico dos cinco Concelhos que abrangem a bacia hidrogrfica da Alvito. Para tal foi construda uma Estao de Tratamento de gua, que entrou em funcionamento no primeiro semestre de 1999 (Figura 2).

    A obra teve um oramento de 1 300 000 de contos (+/-) 200 000 contos, onde se incluem os trabalhos respeitantes a 160 Km de condutas, seis estaes elevatrias, quatro reservatrios localizados: dois em Vila Alva, para abastecer os Concelhos de Cuba, Alvito e Vidigueira; um em Viana do Alentejo, que abastece todo o Concelho; e um no Reguenguinho, que vai abastecer o Concelho de Portel (Mira, 1999).

    Distrito Beja Capacidade Descarregador (m3/s) 56 Bacia Hidrog. Principal Sado Superfcie Inundvel ao NPA (ha) 1.480

    Linha de gua Rib. de Odivelas Capacidade Total (103 m3) 132.500 rea Bac. Hidrog. (Km2) 968.0 Capacidade til (103 m3) 130.000 Tipo de Aproveitamento Abast. Pblico e Rega Volume Morto (103 m3) 2.500

    Entidade Exploradora INAG NPA (m) 197.50 Tipo de Barragem Terra (1105 m) NMC (m) 198.55

    Altura da Barragem (m) 49 NCM (m) 172.00

    Junho de 2000 Poluio da gua 7

  • Caracterizao da Qualidade da gua da Albufeira do Alvito

    O tratamento aplicado consiste nos seguintes pasos (Mira, 1999):

    - Captao de gua bruta directamente da albufeira - Adio de cido sulfrico (H2SO ), carbonato de sdio (Na4 2CO3) e

    sulfato de alumnio (Al (SO ) ), para tratamento da gua bruta 2 4 3- Passagem da gua por filtros de areia de quartzo e antracite - Armazenamento da gua numa cisterna apropriada - Diviso da gua para duas cisternas para a reaco com o cloro - Entrada da gua na estao elevatria - Fornecimento aos concelhos

    A ETA est dimensionada para tratar um caudal de 350 m3/s e a captao de gua

    feita atravs de uma jangada de aspirao (Figura 3). O tratamento realizado do tipo A3.

    A gua aspirada a 4,5 metros de profundidade para dentro de um ralo passivo, com 0,7 metros de dimetro e 2,2 metros de comprimento. O ralo est dotado de um sistema de lavagem que funciona atravs de um compressor de ar.

    Na entrada da ETA existe um medidor electromagntico de caudal que indica na sala de controlo o caudal que passa a cada momento. A montante do medidor existe uma derivao na tubagem de gua bruta que conduz o lquido para uma sala de laboratrio onde medida a turvao, a cor e a temperatura ; estes valores so enviados para a sala de controlo.

    Antes da sua passagem pelos filtros, a gua bruta analisada quanto ao seu pH. Esta medio muito importante pois ditar a dosagem de reagentes a serem introduzidos na gua bruta.

    A adio de reagentes feita da seguinte forma, com os seguintes objectivos: Sulfato de alumnio (Al2(SO4)3)

    O sulfato de alumnio adicionado por forma a aglomerar as partculas coloidais

    presentes na gua bruta, de modo a que aquelas possam ser removidas pelos filtros de areia de quartzo e antracite.

    Carbonato de sdio (Na2CO3)

    O carbonato de sdio, tal como o cido sulfrico, tm a funo de facilitar o

    processo de floculao efectuado pelo sulfato de alumnio, fazendo-o funcionar em condies prximas das ideais.

    Por forma a manter a gua a um pH ideal para o processo de floculao, adiciona-se o Na2CO . A injeco feita um pouco antes da adio do sulfato de alumnio. 3

    cido sulfrico (H2SO4)

    A funo do cido sulfrico, tal como j foi referido, a da regulao do pH,

    quando este se encontra demasiado elevado. Para a correco do pH adicionam-se

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  • Caracterizao da Qualidade da gua da Albufeira do Alvito

    pequenas quantidades de cido sulfrico, at que aquele apresente valores normalizados.

    A injeco de H SO feita um pouco antes da adio do carbonato de sdio. 2 4 Depois do tratamento qumico, a gua entra nos filtros por gravidade. Esta a fase de

    clarificao e executada atravs de uma bateria de quatro filtros de dupla camada filtrante e com lavagem hidropneumtica (Mira, 1999).

    Filtros de quartzo e antracite

    Cada unidade filtrante um filtro metlico fechado de eixo horizontal,

    funcionando sob presso e com uma velocidade de 7 m/h. formado por uma camada de areia de quartzo de granulometria de 0,55 mm e uma camada de antracite de granulometria de 0,8 a 1,6 mm.

    A lavagem dos filtros feita regularmente e a gua de lavagem tratada e adicionada gua bruta, no incio do processo da ETA.

    Depois de filtrada, a gua segue para uma cisterna de guas de lavagem, sendo-lhe

    posteriormente adicionado cloro, e seguindo para duas cisternas de gua tratada, construdas de forma a que a reaco do cloro com a gua seja o mais eficiente possvel.

    Existe tambm um analisador que indica directamente na sala de controlo se o cloro residual alto ou baixo (Mira, 1999).

    De seguida, a gua dirigida para uma estao elevatria, de forma a ser canalizada

    para os consumidores. So utilizadas electrobombas para fazer chegar a gua canalizada aos cinco Concelhos servidos pela ETA.

    Junho de 2000 Poluio da gua 9

  • Caracterizao da Qualidade da gua da Albufeira do Alvito

    4. Inventariao das fontes de poluio pontual e difusa na bacia hidrogrfica do Alvito

    Na bacia hidrogrfica da Albufeira do Alvito foram identificadas fontes de poluio

    pontuais e difusas. Entre as fontes de poluio pontual, destacam-se os esgotos urbanos provenientes de Oriola, So Bartolomeu do Outeiro e Santana, e as vrias instalaes pecurias a funcionar em regime industrial. No que respeita s fontes de poluio difusa, de salientar a actividade agro-pecuria.

    A poluio pontual apresenta-se com uma certa disperso, pois as fontes de poluio encontram-se relativamente afastadas umas das outras. Por outro lado, existem muitos rebanhos de ovinos, bovinos e mesmo sunos, em regime extensivo, na zona reservada (50m a partir do NPA), e na zona de proteco (500m a partir do NPA), o que pode prejudicar a qualidade da gua da Albufeira do Alvito.

    4.1. Fontes de Poluio Pontual A poluio pontual urbana resulta, sobretudo, da carga orgnica contida nas guas

    residuais. No caso de Oriola, estas guas so descarregadas directamente na albufeira, enquanto que em Santana e So Bartolomeu, apesar de no haver qualquer tratamento, os efluentes sofrem alguma estabilizao e autodepurao no ecossistema ribeirinho onde so lanados.

    No que respeita a instalaes pecurias, de salientar que a maioria possui apenas um sistema de reteno de efluentes, que acompanhado num dos casos por secagem de lamas na herdade adjacente. As restantes situaes caracterizam-se por no possurem qualquer tipo de tratamento de efluentes. Este problema agrava-se quando uma destas unidades se encontra implantada na zona reservada (ou seja, a menos de 50m do Nvel de Pleno Armazenamento (NPA) da albufeira). As fontes de poluio pontual esto representadas no Anexo I.

    4.1.1. Fontes de poluio urbana So Bartolomeu do Outeiro Esta fonte de poluio advm da descarga de efluentes domsticos, sem tratamento,

    provenientes de uma populao de cerca de 700 habitantes. Metade desta populao est ligada a uma rede de esgotos, que conflui numa ETAR por lamas activadas construda mas desactivada. possvel a sua reactivao ou a construo de lagoas de fito-lagunagem. A outra metade possui tambm rede de esgotos, no estando esta ligada ETAR atras referida. Todas as industrias so ligadas rede de esgotos (padaria, carpintaria, serralharia e oficina de mecnica), sendo que nenhuma delas considerada fonte de poluio distinta. Os problemas que advm da implementao de uma lixeira a cu aberto, sentidos em tempos, podero estar resolvidos com a sua selagem.

    Junho de 2000 Poluio da gua 10

  • Caracterizao da Qualidade da gua da Albufeira do Alvito

    Oriola Os efluentes domsticos gerados pelos cerca de 600 habitantes de Oriola so lanados

    directamente e sem qualquer tratamento na Albufeira do Alvito. Existe um projecto de construo de um sistema de fito-lagunagem. A principal industria uma fbrica de enchidos que no possui tratamento prprio e est ligada rede pblica de guas residuais. Existe ainda uma pequena oficina de serralharia e uma queijaria.

    Santana A situao das guas residuais dos 700 habitantes de Santana em tudo semelhante

    situao anterior, sendo que as guas so lanadas na bacia hidrogrfica da albufeira sem qualquer tipo de tratamento. Est tambm prevista a construo de uma ETAR por fito-lagunagem. Ligada a esta rede est ainda uma queijaria, sendo que os seus efluentes no so tratados, no sendo considerada uma fonte de poluio individualizada.

    4.1.2. Fontes de poluio pecuria

    Bovinicultura da Horta da Pombeira (produo de leite) Esta explorao funciona em regime semi-intensivo, com estbulo para ordenha.

    Possui 21 vacas leiteiras, sendo que os seus efluentes so encaminhados para uma fossa, onde parte se infiltra e outra retirada e lanada na herdade atravs de espalhamento.

    Suinicultura da Herdade da Giralda (engorda) Esta suinicultura encontra-se situada na rea reservada da Albufeira do Alvito (50m a

    partir do limite do NPA), largando os seus efluentes sem qualquer tipo de tratamento. Possui 75 porcos em regime de engorda. O estrume e o chorume produzidos so espalhados no terreno.

    Suinicultura da Quinta do Baro (multiplicao) Esta unidade possui um efectivo de 60 porcas em regime de multiplicao. Apresenta

    uma fossa de reteno coberta com 26 metros de comprimento, 6 de largura e 4 de profundidade como sistema de tratamento dos seus efluentes. O estrume e o chorume so armazenados na fossa e depois espalhados no terreno.

    Suinicultura do Monte da Lentisca (multiplicao) Os efluentes produzidos pelas 200 porcas em regime de multiplicao so tratados em

    duas fossas em terra ligadas em srie. O estrume e o chorume so armazenados na fossa e depois espalhados no terreno.

    Suinicultura (ciclo fechado) e Bovinicultura (produo de carne) do Monte de Vale

    de Sequeiros

    Junho de 2000 Poluio da gua 11

  • Caracterizao da Qualidade da gua da Albufeira do Alvito

    Esta unidade possui um efectivo de 150 porcas em regime de ciclo fechado e 150

    vitelos para produo de carne em regime intensivo. Tem um sistema de reteno de efluentes, composto por 7 fossas em srie. O estrume e o chorume so armazenados na fossa e depois espalhados no terreno. O estrume dos vitelos vendido.

    Suinicultura do Monte das Sesmarias (engorda) O efectivo de 30 porcos desta unidade encontra-se em regime de engorda. Os efluentes

    gerados pela suinicultura no apresentam qualquer tipo de tratamento, sendo descarregados directamente na bacia da Albufeira do Alvito.

    Suinicultura do Monte do Ferro (multiplicao) Esta explorao possui 56 porcas em regime de multiplicao. Os seus efluentes no

    possuem qualquer tipo de tratamento, sendo descarregados directamente numa linha de gua da bacia. O estrume espalhado pela rea envolvente.

    Suinicultura do Monte da Balsa (multiplicao) Unidade com um efectivo de 60 porcas sob o regime de multiplicao. No apresenta

    qualquer tipo de tratamento de efluentes. Suinicultura do Monte da Aldeia de Cima (multiplicao) O efectivo de 18 porcos, em regime de multiplicao. A unidade no possui qualquer

    tipo de tratamento, sendo os seus efluentes descarregados directamente na rea da bacia hidrogrfica.

    4.2. Fontes de Poluio Difusa O processo de quantificao da poluio difusa complexo, dadas as dificuldades de

    determinao das principais fontes e caracterizao das respectivas cargas poluentes. As fontes difusas de poluio podem ter origem urbana/industrial ou rural. Na bacia hidrogrfica em estudo no se consideraram as fontes urbanas/industriais, devido ao carcter marcadamente rural da rea.

    Uma vez que as escorrncias provenientes das reas de regadio e da actividade agro-pecuria, com a disperso dos animais por toda a rea da bacia, so as que se apresentam como principal fonte deste tipo de poluio, apenas para estas foi efectuada uma estimativa da carga poluente afluente bacia. As actividades pecurias consideradas como fontes pontuais de poluio podem anda provocar poluio difusa, essencialmente devido a espalhamento dos efluentes e escorrncia das lagoas de armazenamento.

    Este tipo de poluio assume maior importncia na poca das chuvas, quando os nutrientes atingem a massa de gua devido ao arrastamento superficial, em especial do azoto e do fsforo, podendo conduzir a problemas de eutrofizao.

    Junho de 2000 Poluio da gua 12

  • Caracterizao da Qualidade da gua da Albufeira do Alvito

    4.2.1. reas de regadio Este tipo de uso do solo ocupa cerca de 350ha. As culturas predominantes so os

    cereais e as oleaginosas, isto , o trigo, o sorgo e o girassol. 4.2.2. Escorrncias das actividades pecurias As cabeas de gado que se encontram em regime extensivo e semi-intensivo na rea

    da bacia so 13 980. Sendo que a rea da bacia de 212 km2, a rea ocupada por cabea de gado considerada foi de 9,3 x 10-4, atendendo-se a que o efectivo pecurio presente inclui, na generalidade, espcies de pequeno porte.

    Junho de 2000 Poluio da gua 13

  • Caracterizao da Qualidade da gua da Albufeira do Alvito

    5. Estimativa das Cargas Poluentes Afluentes Albufeira do Alvito Para a determinao da carga poluente afluente Albufeira do Alvito, recorreu-se

    bibliografia existente sobre a rea, nomeadamente a Caracterizao Geral da Bacia Hidrogrfica da Albufeira da Barragem do Alvito e Avaliao das Cargas Poluidoras Afluentes (Mira, 1999) e o Programa de Medidas com Vista a melhorar a Qualidade das guas Superficiais Destinadas Produo de gua para consumo Humano no Alentejo (DRA-Alentejo, 1999).

    5.1. Fontes de Poluio Pontual 5.1.1. Fontes de poluio urbana Em termos de guas residuais urbanas, foram analisadas as trs povoaes: S.

    Bartolomeu de Outeiro (recolha sada da ETAR desactivada), Oriola (recolha entrada na albufeira) e Santana (recolha sada do efluente para a linha de gua).

    O clculo da carga orgnica afluente foi realizado a partir de valores determinados analiticamente, isto , amostras recolhidas e analisadas. No caso da carga total diria de nutrientes, recorreu-se a estimativas retiradas de bibliografia. Assim, considera-se como cargas unitrias urbanas 9 g/hab.eq.dia para Nt e 2 g/hab.eq.dia para Pt (Mira, 1999).

    Os resultados, bem como dados considerados de interesse, encontram-se na Tabela 2.

    Tabela 2 Carga poluente urbana afluente Albufeira do Alvito Carga Orgnica Diria (mdia) Carga Total Diria (estimativa) Fonte de

    poluio urbana

    Caudal gua Caudal (m3/dia) residual (m3/dia)

    CBO5 (Kg/dia)

    CQO (Kg/dia)

    SST (Kg/dia)

    Nt Pt(Kg/dia) (Kg/dia)

    S. Bartolomeu 100 80 21.9 35.5 13.4 6.2 1.4 Oriola 80 64 33.4 58.8 29.6 5.2 1.2

    Santana 100 80 23.1 36.3 14.0 6.2 1.3 Total 78.4 130.6 57.0 17.6 3.9

    Adaptado de Mira, 1999

    5.1.2. Fontes de poluio pecuria Para determinar a carga orgnica diria produzida pelas actividades pecurias, foram

    analisadas duas suiniculturas (Lentisca multiplicao e Vale de Sequeiros ciclo fechado). No caso das outras unidades, foram utilizadas as cargas unitrias apresentadas na Tabela 3.

    Tabela 3 - Cargas unitrias por animal equivalente Suinicultura Bovinicultura

    CBO = 120 g/animal equivalente.dia CBO = 450 g/animal equivalente.dia 5 5CQO = 300 g/animal equivalente.dia CQO = 2250 g/animal equivalente.dia SST = 180 g/animal equivalente.dia SST = 1500 g/animal equivalente.dia

    (Mira, 1999)

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  • Caracterizao da Qualidade da gua da Albufeira do Alvito

    Para o calculo do n. de animais equivalentes (a.e.), foram utilizados os dados presentes na Tabela 4.

    Tabela 4 - Calculo do n de animais equivalentes Actividade Tipo a.e.

    Ciclo Fechado N. de porcas reprodutoras 10Multiplicao N. de porcas reprodutoras 4 Suinicultura

    Engorda n. de porcos 1,5 Produo de Leite n. de bovinos 1,91 Bovinicultura Produo de Carne (Vitelo) n. de bovinos 0.36

    Adaptado de DRA-Alentejo, 1999

    No caso da carga total diria de nutrientes, recorreu-se a estimativas retiradas de

    bibliografia. Assim, considera-se como cargas unitrias para suiniculturas 15 g/e.dia para Nt e 4 g/e.dia para Pt, e para boviniculturas 105 g/e.dia para Nt e 25 g/e.dia para Pt (Mira, 1999).

    Os resultados, bem como dados considerados de interesse, encontram-se na Tabela 5.

    Tabela 5 - Carga poluente pontual devido pecuria

    Carga Total Carga Orgnica Diria Diria

    Actividade Fonte poluente pecuria n

    animais Tipoanimal

    equivalenteCBO5

    (Kg/dia)CQO

    (Kg/dia) SST

    (Kg/dia)Nt Pt

    (Kg/dia) (Kg/dia)Lentisca* 200 M 800 0.88 3.76 2.76 12.00 3.20

    Vale Sequeiros* 150 CF 1500 16.82 66.76 18.36 22.50 6.00 Giralda 75 E 112.5 13.50 33.75 20.25 1.70 0.45

    Quinta do Baro 60 M 240 28.80 72.00 43.20 3.60 0.96 Sesmarias 30 E 45 5.40 13.50 8.11 0.70 0.18

    Suinicultura

    Aldeia de Cima 18 M 72 8.64 21.60 13.00 1.10 0.30 Monte do Ferro 56 M 224 26.90 67.20 40.30 3.40 0.90

    Balsa 60 M 240 28.90 72.00 43.20 3.60 0.96 Vale Sequeiros 150 PC 54 24.30 67.50 81.00 5.67 1.35 Bovinicultura

    Horta da Pombeira 21 PL 40.1 18.04 50.12 60.15 4.21 1.00 Total 172.18 468.19 330.33 58.48 15.3

    Adaptado de Mira, 1999 e DRA-Alentejo, 1999 * - valores medidos directamente nos efluentes Todos os outros valores so provenientes de estimativas. 5.2. Fontes de Poluio Difusa

    A dificuldade na determinao da poluio difusa implicou recorrer a dados j

    existentes para este tipo de poluio. Estes dados foram obtidos a partir de metodologias

    Junho de 2000 Poluio da gua 15

  • Caracterizao da Qualidade da gua da Albufeira do Alvito

    expeditas que permitem, embora de modo grosseiro, estimar a ordem de grandeza da poluio mdia gerada.

    5.2.1. Zonas de Regadio

    Para o clculo da poluio decorrente dos nutrientes da zona de regadio, recorreu-se

    ao uso de taxas de exportao dos nutrientes face ocupao agrcola. Para as culturas dominantes na rea (trigo, sorgo e girassol), os valores mdios adoptados para taxas de exportao de azoto e fsforo, bem como a carga mdia de azoto e fsforo encontram-se presentes na Tabela 6.

    Tabela 6 Carga poluente difusa devido ao regadio

    Nutriente Taxa de exportao (Kg/ha.ano) Carga mdia Ha (Kg/ano)

    2941 Azoto 8.50 346 211 Fsforo 0.61 Adaptado de Mira, 1999

    5.2.2. Escorrncias da Actividades Pecurias Os riscos de poluio provenientes das actividades pecurias em regime extensivo ou

    semi-intensivo foram calculadas por Mira (1999), utilizando o mtodo de Ahmed e Schiller. Para efeitos de clculo, utilizou-se:

    - escoamento mdio anual da bacia = 40106 m3 - rea da bacia = 212 Km2 - rea ocupada por cabea de gado = 9.310-4 h - n. total de cabeas de gado = 13980 sendo ainda considerados valores mdios de concentraes nas guas de escorrncia - CBO = 1500 mg/l 5- Nt = 175 mg/l - Pt = 45 mg/l

    Seguindo este mtodo, obtiveram-se os resultados presentes na Tabela 7.

    Tabela 7 - Carga poluente difusa devido pecuria Parmetro Carga mdia (Kg/ano)

    18428 CBO52150 Nt 541 Pt

    Adaptado de Mira, 1999

    A poluio difusa, calculada pelos mtodos acima mencionados, apresenta valores estimados. Assim, e sem que se perca informao relevante, estes valores podem ser arredondados, de modo a facilitar os clculos posteriores. A Tabela 8 apresenta os valores totais, j arredondados, para a poluio difusa.

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    Tabela 8 - Carga poluente total para a poluio difusa Parmetro Regadio (ton/ano) Pecuria (ton/ano) Total (ton/ano)

    CBO5 - 18.4 18.4 Nt 3.0 2.2 5.2 Pt 0.2 0.6 0.8

    O clculo da poluio pontual e difusa realizado acima permite estimar a carga total poluente afluente Albufeira do Alvito. Lembra-se que estes valores so apenas estimativas, uma vez que, na sua maioria, foram determinados a partir de clculos empricos, sendo que os dados realmente medidos representam uma pequena parte dos apresentados. A Tabela 9 apresenta os valores totais da carga poluente afluente albufeira. Os dados referentes s fontes de poluio pontual foram reduzidos de quilogramas por dia a toneladas por ano, multiplicando o valor por 365 (para passar de dias para anos) e dividindo-o por 1000 (para passar de quilogramas para toneladas).

    Tabela 9 - Carga poluente total afluente Albufeira do Alvito

    Fonte de poluio Pontual Difusa Parmetro Urbana Pecuria Total Regadio Pecuria Total Total

    CBO5 (ton/ano) 28.6 62.8 91.4 - 18.4 18.4 109.8 CQO (ton/ano) 47.7 170.9 218.6 - - - 218.6 SST (ton/ano) 20.8 120.6 141.4 - - - 141.4 Nt (ton/ano) 6.4 21.3 27.7 3.0 2.2 5.2 32.9 Pt (ton/ano) 1.4 5.6 7 0.2 0.6 0.8 7.8

    Junho de 2000 Poluio da gua 17

  • Caracterizao da Qualidade da gua da Albufeira do Alvito

    6. Anlise da qualidade da gua A Albufeira do Alvito tem como principal uso a produo de gua para consumo

    humano, sendo que tambm utilizada para rega. Como uso secundrio apresenta a possibilidade de ser utilizada como gua balnear. Assim, ir ser analisada a qualidade da gua para os diferentes usos, sendo tambm determinado o estado de eutrofizao da albufeira. Dado a elevada carga poluente orgnica emitida na bacia, achou-se pertinente a anlise da conformidade das emisses pontuais de guas residuais na rea. Os dados referentes amostragem realizada na albufeira encontram-se no Anexo II.

    6.1. Anlise da gua para produo de gua para consumo humano A qualidade da gua destinada produo de gua para consumo humano definida

    com base em critrios de sade pblica, tendo em conta implicaes tcnicas e econmicas.

    Assim, para reduzir o risco de utilizao indiscriminada de origens de gua, a legislao fixa os principais parmetros de qualidade a observar, aos quais correspondem esquemas de tratamento capazes de garantir a produo de gua com qualidade para consumo humano.

    A anlise da gua para este uso ir ser feita no mbito do Anexo I do Decreto Lei 236/98.

    Globalmente, a gua da Albufeira do Alvito apresenta uma qualidade que, para gua bruta para produo de gua para consumo humano, se encontra pior do que A3, embora nem todos os parmetros tenham sido analisados, de acordo com o requerido pelo Decreto Lei. Este facto deve-se aos parmetros CBO5 e Coliformes Totais, que se encontram acima dos valores fixados para a qualidade A3, para os anos hidrolgicos 1997/98 e 1998/99. A classificao do INAG indica uma albufeira muito poluda (classe D). Nestas classificaes o parmetro temperatura foi desprezado, devido s condies climatricas especficas da regio. A classificao da qualidade da gua, quer pelo referido decreto, quer pela classificao do INAG, para cada parmetro, encontra-se resumida na Tabela 10.

    Uma anlise mais cuidada dos resultados, com recurso a uma visualizao grfica da evoluo temporal dos parmetros (grficos no Anexo III), mostram uma evoluo negativa da qualidade da gua, nomeadamente nos parmetros CBO5, oxidabilidade, azoto amoniacal, coliformes totais e mangans. ainda de referir que no segundo ano foi iniciada a medio de um novo conjunto de parmetros, provavelmente devido entrada em funcionamento da ETA e consequente necessidade de um maior controlo da qualidade, uma vez que passou a estar a sade pblica em causa.

    Os parmetros que se encontram acima do valor referente classe A3, bem como os que demonstram um aumento de concentrao, suscitam uma maior ateno, no sentido de controlar a poluio na referida albufeira. Assim, apresenta-se de seguida uma anlise mais pormenorizada com recurso ao grfico respectivo, dos parmetros CBO5, coliformes totais e fecais, (Grficos 1 a 3, respectivamente). tambm analisado em pormenor o mangans e a saturao em Oxignio (Grficos 4 e 5, respectivamente).

    Junho de 2000 Poluio da gua 18

  • Caracterizao da Qualidade da gua da Albufeira do Alvito Caracterizao da Qualidade da gua da Albufeira do Alvito

    Tabela 10 - Classificao da qualidade da gua Tabela 10 - Classificao da qualidade da gua 1997-1998 1997-1998 1998-1999 1998-1999 Parmetros Parmetros DL 236/98 M5 M5

    DL 236/98 M5 M5

    pH pH A2 A2 C C A2 A2 C C Cor Cor - - - - - - - - SST SST A1 A1 A A A2 A2 B B

    Temperatura Temperatura *1 C C *1 B B Conductividade Conductividade A1 A1 A A A1 A1 A A

    Cheiro Cheiro - - - - - - - - Nitratos Nitratos A1 A1 A A A1 A1 A A Cloretos Cloretos - - - - A1 A1 - - Fosfatos Fosfatos A1 A1 A A A1 A1 A A

    CQO CQO A3 A3 C C A3 A3 C C O2 dissolvido O A3 A3 D D A2 A2 C C

    CBO5 >A3 >A3 C C >A3 >A3 D D Azoto amoniacal Azoto amoniacal A2 A2 B B A2 A2 C C Coliformes totais Coliformes totais >A3 >A3 D D >A3 >A3 D D

    G1 G1

    Coliformes fecais Coliformes fecais A2 A2 B B A2 A2 B B Ferro dissolvido Ferro dissolvido A1 A1 A A A1 A1 A A

    Mangans Mangans A3 A3 C C A3 A3 D D Cobre Cobre - - - - A1 A1 B B Zinco Zinco - - - - A1 A1 A A

    Sulfatos Sulfatos - - - - A1 A1 - - Subs. tensoactivas Subs. tensoactivas - - - - A1 A1 A A

    Fenis Fenis - - - - A2 A2 B B Azoto Kjeldahl Azoto Kjeldahl - - - - A1 A1 - -

    G2 G2

    Estreptococos fecais Estreptococos fecais - - - - A1 A1 A A Fluoretos Fluoretos - - - - - - - -

    Boro Boro - - - - - - - - Arsnio Arsnio - - - - - - - - Cdmio Cdmio - - - - A1 A1 C C Crmio Crmio - - - - - - - - Chumbo Chumbo - - - - A1 A1 A A Selnio Selnio - - - - - - - -

    Mercrio Mercrio - - - - - - - - Brio Brio - - - - - - - -

    Cianetos Cianetos - - - - - - - - Hidrocarbonetos totais *2 - - - - A1 A1 - -

    Pesticidas Totais Pesticidas Totais - - - - - - - - Subst. Extr. com

    cloroformio Subst. Extr. com

    cloroformio - - - - - - - -

    G3 G3

    Salmonelas Salmonelas - - - - - - - - Avaliao Global Avaliao Global >A3 >A3 D D >A3 >A3 D D

    DL DL

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    236/98 236/98

    *1 1*

    2 dissolvido CBO5

    Hidrocarbonetos totais *2

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  • Caracterizao da Qualidade da gua da Albufeira do Alvito

    CBO5 O parmetro CBO5 apresenta dois picos elevados no ano 1998/99, no Inverno e no

    Vero. Esta carga pode indicar a presena de matria orgnica em elevada quantidade. A elevada carga orgnica poder advir da qualidade dos efluentes no tratados lanados na bacia hidrogrfica, quer urbanos, quer de instalaes pecurias. O pico de Inverno poder ser explicado pelo aumento da carga poluente difusa, fruto do aumento do transporte da matria orgnica, devido a escorrncias. O pico de Vero poder ser explicado por um favorecimento das condies fsicas de desenvolvimento dos microrganismos que degradam essa mesma matria.

    Coliformes Totais Os coliformes totais so indicadores da presena de matria orgnica no meio

    aqutico. Verifica-se um ntido aumento da presena destes microrganismos, de um ano hidrolgico para o outro. Em Abril de 1998, este parmetro atinge o valor de 238 000, cerca de cinco vezes o mximo recomendado por lei para este parmetro microbiolgico. Verifica-se ainda que os picos de coliformes acompanham os picos de CBO5, o que suporta a tese de que existe uma elevada carga orgnica no sistema nessas alturas. Isto porque os coliformes, estando presentes no meio natural, apenas se desenvolvem na presena de alimento, a matria orgnica.

    Analisando o grfico relativo aos organismos de origem fecal, verifica-se que estes esto presentes em muito menor quantidade. Este facto pode dever-se a estes organismos serem os menos resistentes, no meio ambiente, do grupo Coliformes Totais, devido a estarem fora do seu habitat natural (interior do corpo de animais de sangue quente). A anlise conjunta destes dois parmetros indica uma elevada quantidade e permanncia da matria orgnica no meio, uma vez que os organismos fecais so elim