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Revista do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais julho/agosto 2014 ano 1 nº 5 C C O ON N T T A A S S D D E E M MI I N N A A S S Belo Horizonte e Paracatu Belo Horizonte e Paracatu Fecham série de encontros técnicos Mais de 2,7 mil gestores e servidores públicos participaram dos treinamentos promovidos pelo TCEMG Mais de 2,7 mil gestores e servidores públicos participaram dos treinamentos promovidos pelo TCEMG Fecham série de encontros técnicos Presidente assina parceria com Conselho Regional de Contabilidade de MG Presidente assina parceria com Conselho Regional de Contabilidade de MG

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RevistadoTribunaldeContasdoEstadodeMinasGerais julho/agosto 2014 ano1 nº5CCOONNTTAASS DDEE MMIINNAASS

Belo Horizonte e ParacatuBelo Horizonte e ParacatuFecham série de encontros técnicos

Mais de 2,7 mil gestores e servidores públicosparticiparam dos treinamentos promovidos pelo TCEMG

Mais de 2,7 mil gestores e servidores públicosparticiparam dos treinamentos promovidos pelo TCEMG

Fecham série de encontros técnicos

Presidente assina parceria com ConselhoRegional de Contabilidade de MG

Presidente assina parceria com ConselhoRegional de Contabilidade de MG

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revista contas de minas julho/agosto 2014 ano 1 nº 5 3

Editorial

Com as etapas de Belo Horizonte e Paracatu, realizadas em julho deste ano, o Tribunalde Contas mineiro encerrou uma série de oito encontros técnicos com a finalidadede capacitar agentes públicos que atuam nos municípios de Minas Gerais.

O evento representou — juntamente com a II Conferência de Controle Externo, reali-zada em março — boa parte da atividade preventiva do Tribunal por meio dos ensina-mentos técnicos aos servidores que são encarregados, pelo órgão de origem, dapreparação de documentos e registros que são apresentados ou disponibilizados à Cortede Contas, essa a responsável pela fiscalização e julgamento.

A Presidente da Corte, Conselheira Adriene Andrade, sempre ressaltou a importânciada capacitação prévia, pois a diminuição do percentual de erros dos servidores também di-minui a perda de dinheiro público. A vantagem se reflete também ao evitar os gastos pro-duzidos por processos que poderiam vir a tramitar no TCE ou mesmo no Poder Judiciário.

A questão da economia do dinheiro público também foi observada na realização doencontro técnico: o Tribunal optou pela descentralização em oito macrorregiões de MinasGerais com a finalidade de reduzir os gastos dos municípios mineiros com transporte ealojamento de seus técnicos. As sedes foram: Uberlândia, Caxambu, Montes Claros, Ita-jubá, Juiz de Fora, Governador Valadares, Belo Horizonte e Paracatu.

Os palestrantes — em sua maioria, técnicos do próprio TCE, conhecedores, na prá-tica, das demandas mais comuns dos órgãos jurisdicionados — foram selecionadospela habilidade didática e sempre abriam um espaço-tempo para esclarecer dúvidasdos presentes.

O tema escolhido para este ano foi Gestão Responsável em Ano Eleitoral. O conteúdoprogramático foi elaborado cuidadosamente para englobar os temas tradicionais referen-tes ao foco do Tribunal de Contas e acrescentar o tema crucial do ano de 2014, as eleiçõesnas esferas federal e estadual.

Essa ênfase nas restrições administrativas, relacionadas ao processo eleitoral e de-terminadas pela legislação vigente foi, certamente, de grande utilidade para os órgãosjurisdicionados, resultando em redução de erros e em potencial economia para os co-fres públicos.

O poder preventivo da orientação técnica

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Índice6 Entrevista8 Encontro técnico reuniu 2,7 mil gestores e

servidores por todo o Estado8 Evento em BH lotou sede do TCEMG10 Evento em Paracatu encerrou série de debates

sobre ano eleitoral12 Termo de cooperação promove parceria entre o

TCEMG e o CRC-MG13 IRB lança ferramenta de relacionamento e anuncia

Congresso Mundial13 Ouvidorias trocam experiências no ECCOR14 Lista de gestores com contas reprovadas é debatida

pelos Tribunais de Contas14 Processo Administrativo Disciplinar é discutido no

encontro de Fortaleza16 Decisões do Pleno - TCE aprova contas do Governadore faz recomendações18 Decisões do Pleno - TCE disciplina pagamento de funcionários

em entidades de previdência19 Projeto Tramitar traz melhorias para o SGAP19 Portal do Ministério Público de Contas amplia acesso de

informações ao cidadão20 Panorama - Decisões das câmaras22 Presidente do TCDF ministra curso para servidores do TCEMG22 Direito do Trabalho aplicado à administração pública é tema de

curso de aperfeiçoamento23 Ministro Marcos Bemquerer abre simpósio em Minas24 Auditoria ambiental é tema de curso de aperfeiçoamento

oferecido pelo Tribunal24 Debate sobre Regimes de Previdência leva mais de 500

pessoas ao TCEMG25 Ponto de Expressão - Especialistas debatem nova

Lei Anticorrupção26 Extrapauta

- Servidores participam do planejamento deauditoria coordenada

- Livro dobre Direito Ambiental inclui capítulodo Conselheiro Substituto Hamilton Coelho

Tribunal de Contas doEstado de Minas Gerais

PresidenteConselheira Adriene Barbosa de Faria Andrade

Vice-PresidenteConselheiro Sebastião Helvecio Ramos de Castro

CorregedorConselheiro Cláudio Couto Terrão

ConselheirosWanderley Geraldo de ÁvilaMauri José Torres Duarte (Ouvidor)José Alves VianaGilberto Pinto Monteiro Diniz

Conselheiros SubstitutosLicurgo Joseph Mourão de OliveiraHamilton Antônio Coelho

Ministério Público juntoao Tribunal de ContasProcurador-GeralDaniel de Carvalho Guimarães

Subprocurador -GeralElke Andrade Soares de Moura Silva

ProcuradoresMaria Cecília Mendes BorgesGlaydson Santo Soprani MassariaSara Meinberg Schmidt Andrade DuarteMarcílio Barenco Correa de MelloCristina Andrade Melo

Chefe de Gabinete da PresidênciaBernadete Carvalho Soares de Aguiar

Secretária ExecutivaJúnia Bretas Leôncio Gonçalves

Expediente

Diretoria de Comunicação doTribunal de Contas do Estado de Minas Gerais

DiretorLúcio Braga GuimarãesJorn. Mtb n. 3422 - DRT/MG

Editor ResponsávelLuiz Cláudio Diniz MendesJorn. Mtb n. 0473 - DRT/MG

RedaçãoMárcio de Ávila RodriguesRaquel Campolina MoraesJoão Manuel Lopes de CerqueiraThiago Rios GomesKarina Camargos Coutinho

RevisãoDionne Emília Simões do Lago Gonçalves

Projeto GráficoAssessoria de Publicidade e Marketing Institucional

DiagramaçãoMárcio Wander Moura FerreiraMG-00185 DG - DRT/MG

FotosArquivo TCEMG

ImpressãoRona Editora

Tiragem4.000 exemplares

Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais Av. Raja Gabáglia, 1.315 - CEP: 30380-435Luxemburgo - Belo Horizonte/MGFones: (31) 3348-2147 / 3348-2177 - Fax: (31) 3348-2253e-mail: [email protected] - Site: www.tce.mg.gov.br

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revista contas de minas julho/agosto 2014 ano 1 nº 5 7revista contas de minas julho/agosto 2014 ano 1 nº 56

EntrevistaNo ano passado, o Tribunal de Contas do Estado (TCEMG) atingiu as metas determinadas pela

Secretaria do Tesouro Nacional (STN) para a reavaliação e depreciação dos bens das instituiçõespúblicas. Essas novas regras, que fazem parte do cenário da nova Contabilidade Pública, pre-

tendem mudar uma realidade do setor público que – em sua maioria – faz a demonstração do patri-mônio com números distantes da avaliação real. A entrevistada desta edição do Contas de Minas, aCoordenadora de Patrimônio do TCEMG, Denise Mariano de Paula, relata a experiência do órgão aose adequar pioneiramente a importantes regras, dando ênfase aos desafios práticos dessa travessia.

O patrimônio ganhou um lugar dedestaque na nova Contabilidade Pública?

Antes, a atenção dos nossos gestores e da Contabilidadeera voltada para orçamento. Hoje o foco é o patrimônio público.Todas as atenções foram voltadas para o patrimônio, porque oque se busca atualmente é uma Contabilidade que reflita, omais fidedignamente possível, o patrimônio físico das institui-ções. Toda a administração pública vem passando por uma fasede mudança e ajuste, em que as instituições vão ter que se ade-quar às exigências elaboradas pela Secretaria do Tesouro Na-cional (STN), que estão publicadas no Manual de ContabilidadeAplicada ao Setor Público (MCASP). E, no bojo dessas novas re-gras que regem a Contabilidade Pública, vêm os temas reava-liação e depreciação.

Por que é preciso reavaliar e depreciar os bens?A reavaliação é um importante mecanismo de atualização

dos valores patrimoniais que estão registrados em cada insti-tuição. A finalidade é trazer um registro mais fiel, pois aquele re-gistro histórico, que existia nos nossos sistemas, não interessamais a ninguém. É preciso reavaliar, porque é preciso corrigirpara valores justos. Este trabalho não é igual a uma ciência exata,a gente fala de algo que se aproxima, e, para isso, adota o crité-rio da razoabilidade. É importante reavaliar para que o patrimô-nio público não fique registrando valores de grande monta,quando, por exemplo, já se trata até de uma sucata. A Contabi-lidade tem que apontar um valor que reflita, o mais concreta-mente possível, o patrimônio físico que se tem na Casa.

E a depreciação?Ela é um mecanismo que vai ajudar até na tomada de deci-

são do momento da substituição ou manutenção de um bem.O mecanismo da depreciação fornece dados relativos ao custodo desgaste e do tempo de obsolescência dos bens patrimo-niais. A Lei 4320, de 1964, já tratava de reavaliação e deprecia-ção, mas por algum motivo esses procedimentos não foramimplantados. Mas, hoje a administração pública busca implan-tar esses procedimentos em todo o Brasil, em convergência

com as normas internacionais de Contabilidade Pública, pa-dronizando o trabalho nos três níveis de governo. Então, no fu-turo estaremos trabalhando de uma forma única e com valoresmuito mais confiáveis.

Como foi a implantação dessas novidades no TCEMG?Em geral, os gestores públicos decidiram criar comissões,

quando começaram a atentar para essa necessidade. Aqui noTribunal, foi criada a Comissão para Reavaliação e Depreciaçãode Bens Patrimoniais, e eu fui escolhida para coordenar os tra-balhos desse grupo, formado por servidores das coordenado-rias de Patrimônio, de Contabilidade e de Material. Essacomissão sempre teve autonomia e agiu com discricionarie-dade, de forma fundamentada e comprovada, para implantaresses procedimentos. A partir daí, submetíamos os relatórioscom os resultados à Contabilidade.

O desenrolar do trabalho foi fácil?Nós já tínhamos, há 22 anos, em um sistema da Coorde-

nadoria de Patrimônio, os bens devidamente elencados, siste-matizados e organizados pela sua classificação orçamentária.Isso facilitou demais. Depois, nós atribuímos uma classificaçãopara cada bem: “B”, “R”, ou “P”. Esse foi o carro-chefe da reava-liação e depreciação dos bens no Tribunal. O “B” era para bembom; o “R”, para regular; e o “P”, para precário. Então, buscamosno mercado o valor atual do bem, para então atribuir para “B”,70% do valor do mercado, 50% para o regular e 30% para oprecário. Nessa dinâmica, não interessa quando o bem entrou,interessa o estado em que ele se encontra. Foram reavaliados16.715 bens patrimoniais por meio de buscas em sites comoBuscapé e MG Compras, ou diretamente por ligações telefôni-cas ao comércio. Foram separados grupos como obras de arte,veículos, eletrônicos e computadores, para os quais foi dadotratamento diferenciado. Fizemos análises por amostragem,por exemplo, considerando armários que chegaram ao TCE namesma nota fiscal, se um deles está bom, os outros tambémdevem estar, porque aqui a gente trabalha nas mesmas condi-ções físicas. Com tudo isso, conseguimos reavaliar todos osbens, atribuindo a eles o B.R.P.

Hoje o Tribunal já está em dia com as novas normas?Sim. O dia 31 de outubro de 2013 foi um divisor de águas. A

partir dele, o Tribunal passou a trabalhar com reavaliação e

depreciação. Essa foi a data que elegemos para iniciar a nossadepreciação. Um mês depois, nossos bens estavam depreciadossob a fórmula que é o valor reavaliado menos o valor residual,que é aquele que você espera obter do bem se quiser vendê-lodepois de superada a sua vida útil, divididos sobre o período devida útil do bem. Todo mês, encaminhamos planilhas e relatóriosà Contabilidade com os nossos valores depreciados, com os ajus-tes das obras de arte, veículos, bens tecnológicos. Agora esta-mos nos aproximando da realidade.

Para o gestor, qual a importância deter o patrimônio corretamente avaliado?

Trabalhando com esse valor reavaliado, ele vai trabalharcom o valor justo, ele vai trabalhar com o valor confiável,aquele valor que ele vinha trabalhando não significava nada.A contabilidade tinha respaldo num valor surreal. Hoje tra-balha com uma base confiável. Esse trabalho ainda está noinício e sempre em construção. Hoje a Contabilidade está de-monstrando a variação patrimonial de forma coerente, atéporque a sociedade cobra. Temos a Lei de Acesso à Informa-ção, a Lei de Transparência, a Lei 4.320, a sociedade cobra denós, administradores públicos, visibilidade e transparência.Então, reavaliação e depreciação são um instrumento tam-bém para o controle social. Os relatórios e dados estatísticosretratam algo real.

Os órgãos e entidades fiscalizadospelo TCE devem se adequar também?

O Tribunal ajustou suas ferramentas e vai cobrar isso de seusjurisdicionados quando acabarem os prazos de adequação. Éuma tarefa difícil. A Coordenadoria de Patrimônio participou detodos os eventos do Encontro Técnico “TCEMG e os Municípiosem 2014”. Percebemos que os encontros não tiveram senão ocondão de facilitar esse trabalho aos jurisdicionados, mas tam-bém percebemos que os municípios estão com muitas dificul-dades. A cada palestra, onde havia um público de 200 ou 300pessoas, apenas cinco levantavam a mão dizendo que seus bensjá estavam incorporados no sistema. Como é que eu vou cobrara reavaliação e a depreciação do bem, quando eles não sabemnem onde está o seu bem? Eu penso que o Tribunal tem muitomais esse condão de ensinar, de abrir caminhos, compartilhar,simplificar, do que propriamente punir. O TCE deve agir commuita parcimônia, cautela e compreensão.

“ “É importante reavaliar paraque o patrimônio público não

fique registrando valores de grandemonta, quando, por exemplo,já se trata até de uma sucata.

“ “A sociedade cobra dos gestorespúblicos visibilidade e transparência.Então, reavaliação e depreciaçãosão também um instrumento

para o controle social.A cada bem o seu devido valor

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revista contas de minas julho/agosto 2014 ano 1 nº 5 9revista contas de minas julho/agosto 2014 ano 1 nº 58

Encontro técnico reuniu 2,7 mil gestorese servidores por todo o Estado

OEncontro Técnico “O Tribunal de Contas e osMunicípios”, que neste ano abordou o tema“Gestão responsável em ano eleitoral,” reuniu

2,7 mil gestores e servidores municipais nas oito ma-crorregiões do Estado que percorreu. O treinamentoalcançou representantes de 676 cidades, ou seja,quase 80% do total de 853 municípios. Os técnicosdo TCEMG orientaram os participantes sobre con-tratação e licitações, concursos em ano eleitoral etambém regras da nova Contabilidade Pública, den-tre outros assuntos. A apresentação do Portal MinasTransparente, lançado pela Presidente Adriene

Andrade para facilitar o cumprimento da Lei deAcesso à Informação pelos municípios mineiros, foiuma das atrações dos encontros. O Minas Transpa-rente disponibiliza para a sociedade, na internet, osdados recebidos pelo TCE por meio do Sistema In-formatizado de Contas dos Municípios – Sicom. Nonovo portal, o cidadão pode conferir dados do seumunicípio que abrangem desde o orçamento atéuma simples compra do Executivo. A série de en-contros foi encerrada em Belo Horizonte, com mu-nicípios da Região Central, e em Paracatu,envolvendo cidades do Noroeste de Minas.

A Presidente Adriene Andradee o Procurador-Geral do MPMG,Carlos André Bittencourt, e o PromotorLeonardo Barbabela assinaram o Termo

Evento em BH lotou sede do TCEMG

Cerca de 400 representantes de municípios da Região Cen-tral lotaram o Auditório Vivaldi Moreira do Tribunal de Con-tas do Estado Minas Gerais (TCEMG) para a sétima etapa

doEncontro Técnico “O Tribunal de Contas e os Municípios 2014:Gestão Responsável em Ano Eleitoral”. A série de encontros téc-nicos, que percorreu oito macrorregiões de Minas, tem o objetivode contribuir para a efetividade da gestão de recursos públicosestaduais e municipais, por meio da capacitação de agentes pú-blicos que atuam nos 853 municípios do Estado.

O Conselheiro do TCEMG, Wanderley Ávila, representou aPresidente Adriene Andrade na abertura do evento. O Conse-lheiro, que já atuou como gestor público, destacou o caráter pe-dagógico que o Tribunal de Contas desempenha. “ComoPrefeito de Pirapora, por diversas vezes, recorri ao Tribunal parasolicitar informações”, lembrou. Na opinião do decano da Cortede Contas é “indispensável o desenvolvimento de ações peda-gógicas, que visem ao aperfeiçoamento, que contribuam paraa capacitação de todos aqueles que cuidam da gestão pública.”

O Conselheiro também ressaltou a importância da escolhado tema desse ano para a série de encontros técnicos. “É impor-tante a gestão responsável e o zelo no ano eleitoral por parte dosadministradores públicos já que muitos são os impedimentos re-levantes no que toca a administração da res (coisa) pública . Assim,no momento de eleição, símbolo máximo do princípio republicanoque nos norteia, é que se faz necessário todo o trabalho de orien-tação por parte desta Corte de Contas”, afirmou.

A Superintendente Geral da Associação Mineira de Municípios(AMM), Cristina Márcia de Oliveira Mendonça, representou o Pre-sidente da AMM, Prefeito de Barbacena, Antônio Carlos Andrada.Cristina Márcia parabenizou o TCEMG pela escolha do tema e real-çou que “como 60% dos recursos públicos são concentrados naUnião e 25% no Estado, vamos escolher nas urnas os responsáveispela aplicação de 85% dos recursos públicos.” Segundo ela, “é fun-damental que os gestores públicos municipais tenham conheci-mento dos limites de suas atuações nesse período, porque issogarante o pleno exercício da democracia e da cidadania”.

A Diretora da Escola de Contas e Capaci-tação Professor Pedro Aleixo, Natália Araújo,foi a responsável por ministrar a palestra Ges-tão e Eleição, idealizada pelo Vice-Presidentedo TCEMG, Conselheiro Sebastião Helvecio.A Diretora falou sobre o papel da Corte deContas no processo democrático. Para ela “oque o Tribunal de Contas quer dizer é queestá envolvido no processo eletivo, tão en-volvido que deve zelar para que ele trans-corra na maneira mais tranquila possível eisso significa preservar a máquina públicadas ingerências e influências sobre as esco-lhas deste ou daquele candidato, esse é o

papel que nos assiste quanto Tribunal de Contas nesta festa de-mocrática que é a eleição.”

Durante a tarde, as servidoras do TCEMG, Nájila Jacques e Or-nella Dell Oro, ministraram as palestras Erros frequentes em licitaçõese Cuidados especiais ao licitar e contratar em ano eleitorale Concursospúblicos e cuidados especiais em ano eleitoral, respectivamente.

Os servidores Carlos Pavan e Matheus Pereira ministraram a pa-lestra Sicom e a Lei de Acesso à Informação pormeio do Portal Minas Transparente, e a Coor-denadora de Patrimônio do TCEMG, DeniseMariano de Paula, abordou o tema As novasregras da contabilidade: aspectos práticos dadepreciação patrimonial.

Compuseram a mesa de honra do En-contro Técnico “O Tribunal de Contas e os Mu-nicípios 2014: Gestão Responsável em AnoEleitoral”, os conselheiros do TCEMG Wander-ley Ávila e José Alves Viana; o ConselheiroSubstituto, Hamilton Coelho, o Procurador-Geral do Ministério Público junto ao TCEMG,Daniel Guimarães, a Superintendente Geral

da AMM, Cristina Márcia de Oliveira Mendonça, o Presidente daComissão de Advocacia de Contas da OAB-MG, Flávio BosonGambogi, e o Conselheiro do Conselho Regional de Contabili-dade de Minas Gerais, Alexandre Bossi.

O evento é uma parceria entre o Tribunal de Contas do Estadode Minas Gerais (TCEMG) e a Associação Mineira de Municípios(AMM) e contou com cerca de quatrocentos (400) participantes.

A SuperintendenteGeral AMM CristinaMárcia de Oliveirarepresentou a Associação

A Diretora da Escolade Contas Natália Araújo

ministrou a palestraGestão e Eleição

O Conselheiro Wanderley Ávila abriuo Encontro Técnico na Capital Mineira

Cerca de 400 representantes de muncípios da regiãocentral de Minas participaram do Encontro em BH

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A seguir, a plateia ouviu o Jurista e Professor Jair Santana eo evento terminou com uma palestra magna do navegador eescritor Amyr Klink, que em 1984 atravessou sete mil quilôme-tros do Oceano Atlântico num barco a remo.

O evento teve sequência no dia seguinte, 30 de julho, emduas salas, uma delas exclusiva do Encontro Técnico “TCEMGe os Municípios”. Ele faz parte de uma parceria com a Asso-ciação Mineira de Municípios (AMM) e foi apoiado pela Asso-ciação dos Municípios da Microrregião do Noroeste de Minas(AMNOR) e pela Associação Comercial e Industrial de Para-catu (ACE).

municipais, por meio da capacitação de agentes públicos queatuam nos 853 municípios do Estado.

Em Paracatu, o evento aconteceu de forma conjunta como núcleo mineiro do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pe-quenas Empresas (Sebrae), que realizou no mesmo local, a sededo Jóquei Clube Paracatuense, o Fomenta Noroeste 2014, como objetivo de ampliar o mercado para as micro e pequenas em-presas (MPEs) nas compras do Poder Público.

União apartidáriaO Conselheiro José Alves Viana representou a Presidente

do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, ConselheiraAdriene Andrade, na cerimônia de abertura e destacou a im-portância das informações técnicas que seriam ministradaspelos especialistas do TCE e pelos convidados do Sebrae. “Gos-taria que as prefeituras e câmaras se unam ao Sebrae, de formaapartidária, para aproveitar melhor os ensinamentos úteis”,pediu. Além de destacar que “quanto menor o município, maisimportante é o papel do Sebrae”, o Conselheiro Viana analisoua atuação preventiva do Tribunal de Contas, cuja “principal fun-ção hoje é ser parceiro, estar ao lado do jurisdicionado agindopreventivamente para evitar erros e ilicitudes que comprome-tam o patrimônio público”.

A primeira autoridade a falar na cerimônia de abertura foio Prefeito de Paracatu, Olavo Remigio Condé, que destacou aimportância do evento para a sua cidade, a principal da

Evento em Paracatu encerrousérie de debates sobre ano eleitoral

Em um auditório completamente tomado por represen-tantes de órgãos públicos, microempresários e estudan-tes da região Noroeste de Minas Gerais, foi aberta, na noite

do dia 29 de julho, a oitava e última etapa do Encontro Técnico“TCEMG e os Municípios 2014 - Gestão Responsável emAno Eleitoral”. A série de encontros técnicos foi distribuída emoito macrorregiões de Minas com o objetivo de contribuirpara a efetividade da gestão de recursos públicos estaduais e

revista contas de minas julho/agosto 2014 ano 1 nº 510

O Conselheiro do TCEMG, José Alves Viana,representou a Presidente do Tribunal de Contasde Minas Gerais, Conselheira Adriene Andrade

região, com aproximadamente 90 mil habitantes, situada a483 quilômetros da capital, a 40 da fronteira com Goiás e a 230quilômetros de Brasília.

O Gerente Regional do Sebrae, William Rodrigues de Brito,declarou que a função do Fomenta é “desmistificar a ideia deque é difícil fornecer para o serviço público” e que estava ofe-recendo “uma oportunidade para que os microempresáriospossam entender melhor as compras, licitações e também osavanços da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas”, a de-nominação da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembrode 2006.

O Prefeito de Paracatu, Olavo RemigioCondé, primeira autoridade a falar na

cerimônia de abertura, destacoua importância do evento para a cidade

O evento terminou coma palestra magna donavegador e escritorAmyr Klink, que em1984 atravessou setemil quilômetros doOceano Atlânticonum barco a remo

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Termo de cooperação promoveparceria entre o TCEMG e o CRC-MG

APresidente do Tribunal de Contas do Estado de Minas Ge-rais – TCEMG, Conselheira Adriene Andrade, e o Presidentedo Conselho Regional de Contabilidade de MG (CRC-MG),

Marco Aurélio Cunha de Almeida, assinaram, no dia 20 deagosto, um termo de cooperação técnica entre os dois órgãos. Atroca de conhecimentos, informações, experiências e o com-partilhamento de ações educacionais, como a 1ª Jornada deContabilidade Pública – que acontece de 22 a 26 de setembro,na sede do TCEMG – são alguns dos principais objetivos do tra-balho conjunto viabilizado pela assinatura do documento.

“Este é um momento único para nós”, enfatizou a Conse-lheira Adriene ao agradecer ao CRC a parceria em um momentode tantas mudanças na Contabilidade Pública. A Presidente des-tacou a importância do trabalho de sensibilização e conscienti-zação que o CRC pode fazer junto aos contadores responsáveispela contabilidade e pelo envio de dados dos municípios ao Tri-bunal, por meio de sistemas informatizados como o Sicom. “Opreparo e responsabilidade desses profissionais são fatores es-senciais para que avancemos no controle e possamos trazermaiores benefícios à sociedade”, acrescentou.

Afirmando que “a assinatura do termo é motivo de enormesatisfação”, o Presidente do CRC-MG, Marco Aurélio, ofereceutambém ao Tribunal as informações sobre dois projetos volun-tários acompanhados pelo órgão e que poderiam se identificarcom a maioria das ações pedagógicas e preventivas desenvol-vidas pelo TCEMG: “um deles promove a colaboração de profis-sionais da área contábil às prefeituras municipais e o outropercorre as universidades justamente para realizar debates e es-clarecimentos não apenas sobre as novas regras da contabili-dade pública, mas também sobre questões relacionadas à éticae disciplina na profissão”.

Como testemunhas, assinaram o termo de cooperação o Vice-Presidente do TCEMG e Presidente do Instituto Rui Barbosa, Se-bastião Helvecio; o Conselheiro Corregedor, Cláudio Terrão; e aConselheira Suplente do CRC-MG, Regina Lopes de Assis, que éservidora do TCEMG, onde ocupa o cargo de Coordenadora da 4ªCFE da Diretoria de Controle Externo do Estado. Do Tribunal deContas, também presenciaram a cerimônia de assinatura os con-selheiros Gilberto Diniz e José Alves Viana; o Conselheiro Substi-tuto, Hamilton Coelho; e o Procurador-Geral do Ministério Públicojunto ao TCEMG, Daniel de Carvalho Guimarães. E do CRC-MG, aVice-Presidente de Ética e Disciplina, Rosa Maria Abreu Barros; e oAssessor de Relacionamento Institucional, Edvando José Baeta.

A Conselheira Adriene, entre o Presidentedo CRC, Marco Aurélio, e o Conselheiro SebastiãoHelvecio, no momento da assinatura do termo

Representantes do TCEMG e do CRC-MGdestacaram a importância da troca de conhecimentos

e do compartilhamento de ações educacionais

Olançamento de um sistema informatizado derelacionamento foi destaque na AssembleiaGeral do Instituto Rui Barbosa (IRB), realizada

no dia 5 de agosto, dentro da programação do IV En-contro Nacional dos Tribunais de Contas, em Forta-leza (CE). O anúncio foi feito pelo Presidente daentidade, Sebastião Helvecio, que também propôs arealização de um congresso mundial no próximo anoe apresentou realizações de sua gestão. O IRB é uminstituto de estudos e pesquisas ligado ao SistemaTribunais de Contas e seu atual Presidente ocupatambém o cargo de Vice-Presidente do Tribunal deContas do Estado de Minas Gerais (TCEMG).

A proposta do Presidente Sebastião Helvecio,aprovada pelos participantes da assembleia, foi a rea-lização do I Congresso Mundial de Controle e Avaliação de Políti-cas Públicas. A previsão é de que a ideia seja concretizada em maiodo próximo ano.

CRIRB, a nova ferramentaDurante a Assembleia, foi apresentada pela Diretora de Tec-

nologia da Informação do TCEMG, Cristiana Andrade, a Central deRelacionamento do IRB (CRIRB), uma ferramenta de tecnologiacom o objetivo de melhorar a qualidade do atendimento aos as-sociados, parceiros e cidadãos. O CRIRB foi desenvolvido a pedidoda Presidente do TCEMG, Conselheira Adriene Andrade, que tam-bém coordena o Comitê de Comunicação do Instituto Rui Bar-bosa. Cristiana mostrou o funcionamento do CRIRB, que já estádisponível no portal da instituição, e informou que ele será pos-teriormente “municiado” com informações complementares. Aofinal da palestra, vários representantes de TCs aprovaram e elo-giaram a nova central.

Entre os dias primeiro e cinco de setembro próximo, o IRB e oTCEMG vão promover outro evento internacional, o Encontro dosTribunais de Contas de Língua Portuguesa para Desenvolvimentoe Educação, em Belo Horizonte (MG). Destinado a servidores téc-nicos dos tribunais de contas, o encontro terá a função de promo-ver o intercâmbio de experiências em busca da modernização edo aperfeiçoamento dos órgãos de fiscalização. A ideia de sua rea-lização foi influenciada pelo diagnóstico de qualidade e agilidadedos tribunais de contas, realizado pela Atricon, e também pela fer-ramenta SAI-PMF, desenvolvida, em maio, pelo TCE mineiro.

O Presidente do Instituto destacou, na apresentação dos pri-meiros meses de sua administração, a harmonização de normasde auditoria estaduais, nacionais e internacionais; o treinamentodado a servidores sobre a ferramenta de avaliação de organiza-ções SAI-PMF, a instalação do escritório do IRB em Brasília; a arti-culação entre TCs para a realização de auditorias coordenadas; e acriação de indicadores de governança, entre outros.

IRB lança ferramenta de relacionamentoe anuncia Congresso Mundial

Na assembleia, a equipe do Instituto Rui Barbosa apresentou realizações da atual gestão

Ouvidorias trocam experiências no ECCOR

Os participantes do XIII Encontro do Colégio de Corregedorese Ouvidores dos Tribunais de Contas (ECCOR), que aconteceuem Fortaleza (CE), paralelamente ao IV Encontro Nacional

dos TCs, tiveram a opção de acompanhar, na tarde do dia 5 de agosto,o curso “Visão geral sobre ouvidoria, matriz de negócio e rotinas

internas dos TCs”. A organização do evento ofereceu aos presentes aoportunidade de ouvir as experiências das ouvidorias nas quaisatuam as facilitadoras do curso: a Coordenadora da Secretaria da Ou-vidoria do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG),Carla Tângari; a Assessora Jurídica da Ouvidoria doTCE-PI, Aline Leal;e a Secretária Executiva da Ouvidoria do TCE-MT, Naise Freire.

A aula foi marcada pela grande participação do público, queficou posicionado em “meia lua” em relação às palestrantes para fa-cilitar a comunicação. A Assessora Aline Leal falou sobre a efetiva-ção dos princípios da administração pública pelas ouvidorias, aouvidoria tanto como fomentadora do controle social, quanto comopromotora de eficiência na organização; a distinção da corregedo-ria e do fale conosco, e dos processos internos relacionados a de-núncias. Já a gestora Naise Freire demonstrou o processo vitoriosode evolução da ouvidoria no Mato Grosso desde 2001. A Coordena-dora Carla Tângari relacionou a sustentabilidade das ouvidorias como planejamento estratégico das instituições a que pertencem.

A Coordenadora Carla Tângari relacionou a sustentabilidade das ouvidoriascom o planejamento estratégico das instituições a que pertencem

FORTALEZA

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revista contas de minas julho/agosto 2014 ano 1 nº 5 15revista contas de minas julho/agosto 2014 ano 1 nº 514

Processo AdministrativoDisciplinar é discutidono encontro de Fortaleza

Ocurso “Questões Relevantes no Processo Administra-tivo Disciplinar (PAD)” foi uma das atividades maisconcorridas no segundo dia do XIII Encontro do Colé-

gio de Corregedores e Ouvidores dos Tribunais de Contas doBrasil, que aconteceu no início de agosto, em Fortaleza, noCeará. O Professor Leonardo Ferraz, Assessor do Conselheirodo TCEMG José Alves Viana, e a Coordenadora da Secretariada Corregedoria do Tribunal de Contas do Estado de Minas

Gerais, Milena de Brito Alves, conduziram os trabalhos.O Professor Leonardo Ferraz defendeu a tese de que os

processos administrativos disciplinares não podem deixar deobedecer aos princípios da ampla defesa, do contraditório edo devido processo legal. Porém, frisou que é necessário su-perar a ideia da legalidade estrita. “Vamos punir com rigor,mas vamos observar as atuais regras do jogo, à luz do DireitoAdministrativo contemporâneo. É preciso fugir do apego ex-cessivo ao formalismo”, definiu Ferraz.

Leonardo Ferraz argumentou que é possível promover aautocorreção de uma conduta irregular sem a instauração deum processo. O professor citou procedimentos que permitemao investigado corrigir possíveis desvios antes que a condutacomprometa a administração pública e de que seja necessá-ria a aplicação de uma punição. Ferraz também discorreusobre os princípios que devem ser observados para a instau-ração dos PADs: “além dos tradicionais princípios da razoabi-lidade, proporcionalidade e moralidade, é importanteatentar-se para a discricionariedade do agente da correiçãopara se instaurar ou não o processo disciplinar”.

A Professora Milena Brito salientou a importância da

investigação preliminar, observando-se, dentre outros fa-tores, a sua finalidade que é de orientar as providênciasposteriores. Milena solicitou um cuidado especial em rela-ção às denúncias anônimas - que podem não conter um mí-nimo de material comprobatório - antes de se instaurar umprocedimento disciplinar. A coordenadora da Secretaria daCorregedoria do TCEMG abordou ainda os aspectos rele-vantes para instauração das sindicâncias investigativas eacusatórias, bem como as peculiaridades que as diferen-ciam dos processos administrativos disciplinares.

Ao final, os palestrantes apresentaram alternativas aoPAD como o Termo Circunstanciado Administrativo (TCA),o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), Transação Ad-ministrativa Disciplinar (TAD), Termo de Compromisso deAdequação Funcional (TCAF) e a Suspensão do ProcessoAdministrativo Disciplinar (Suspad). De acordo com Leo-nardo Ferraz, “esses procedimentos têm como vantagens aceleridade para resolver a questão, a perspectiva de se daruma segunda oportunidade ao infrator sem se aplicar umasanção na primeira oportunidade e, ainda, promover eco-nomia para a administração pública”.

Lista de gestores com contas reprovadasé debatida pelos Tribunais de Contas

“Os Tribunais de Contas e a lista de gestores públicoscom contas irregulares: como eu voto?” foi tema demesa redonda em 05 de agosto, segundo dia do IV

Encontro Nacional dos Tribunais de Contas, em Fortaleza (CE). Omediador do encontro e Presidente do Instituto Rui Barbosa –Conselheiro Vice-Presidente do TCEMG, Sebastião Helvecio –,convidou três palestrantes para o debate, cada um com umavisão própria sobre a matéria: o Conselheiro José Ribamar CaldasFurtado (TCE-MA), o Conselheiro Carlos Thompson Fernandes(TCE-RN) e o Ministro Benjamin Zymler (TCU).

Para Caldas Furtado, a Lei da Ficha Limpa foi um avanço por-que prevê, num de seus artigos, a inelegibilidade de gestorespúblicos por rejeição de contas (“irregularidade insanável porato doloso de improbidade administrativa”). Ele disse que amaioria dos ministros do TSE já aceita a tese de que não é ne-cessária a existência de dolo específico, ou seja, da vontade dedelinquir, para caracterizar a improbidade. “Basta apenas o dologenérico ou eventual para configurá-la”, acrescentou.

Como exemplo de dolo genérico, citou a não aplicação porparte dos prefeitos de 25% da receita de impostos na educação,

a contratação de pessoal sem concurso público, o não recolhi-mento das contribuições previdenciárias, o desvio de recursosde convênios, os gastos com a folha de pessoal acima do limiteestabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, etc.

CompetênciaO segundo palestrante, Conselheiro Carlos Thompson, tem

uma visão um pouco diferente do colega maranhense. Ele en-tende, por exemplo, que a competência para dizer se o ato dogestor foi ou não doloso não é do Tribunal de Contas e sim doPoder Judiciário.

Já o Ministro Zymler declarou que a Lei da Ficha Limpa “deumais eficácia às decisões” dos TCs no caso das inelegibilidades porrejeição de contas, ressalvando, entretanto, que o objetivo dos tri-bunais de contas não deve ser o aumento da lista que a cada doisanos deve ser enviada à Justiça Eleitoral com a relação dos gesto-res públicos que tiveram contas reprovadas. “Nosso principal ob-jetivo deve ser a melhoria da gestão pública e a verificação,permanentemente, se isso tem ocorrido ou não”, acrescentou.

Ele pediu também uma reflexão sobre a eficácia da Lei da

Ficha Limpa no afastamento dos corruptos da vida pública, lem-brando que grande parte dessas pessoas está sendo substituídaem seus estados por parentes (irmãos, filhos, genros, noras, etc.).“Então, a pergunta que se faz é a seguinte: o objetivo da Lei daFicha Limpa tem sido alcançado?”

O Ministro citou o caso do ex-governador de Brasília, JoséRoberto Arruda, que apesar de ter sido afastado do governo em2007, por improbidade administrativa, e ter sido condenado emsegunda instância, está liderando as pesquisas de intenção de

voto, com o dobro das preferências em relação ao segundo co-locado, que é o atual Governador Agnelo Queiroz.

Ele disse também, concordando com o conselheiro poti-guar, que em 99% dos casos os tribunais de contas não conse-guem caracterizar o dolo por parte dos gestores públicos porisso ser matéria de Direito Penal e não de Direito Administrativo.“Não devemos perder tempo com essas questões. Isso é pro-blema do Poder Judiciário, e não nosso. Além disso, o TSE fogemais deste assunto do que nós (do TCU)”, concluiu.

O Conselheiro Carlos ThompsonFernandes (TCE-RN) falou aosparticipantes da mesa redonda

“É preciso fugir do apego excessivo ao formalismo",assinalou o Professor Leonardo Ferraz durante ocurso sobre questões relevantes no PAD

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também cumpriu o índice mínimo constitucional de 12%, refe-rente à despesa com ações e serviços públicos de saúde. Em2013, o valor empenhado foi de R$ 4,29 bilhões, resultando naapuração de um percentual de 12,22% da Receita Base de Cál-culo, totalizada em R$35,13 bilhões.

O Governo do Estado obedeceu, também, ao limite estabe-lecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) para a despesatotal com pessoal. O relatório demonstrou um gasto de R$ 19,29bilhões, incluindo os três Poderes, o Tribunal de Contas e o Mi-nistério Público, “excluindo-se as Despesas com Inativos e Pen-sionistas – conforme disposto na Instrução Normativa nº 01,alterada pela Instrução Normativa nº 05, ambas de 2001 – o querepresentou 44,72% da Receita Corrente Líquida. Já adotando-se o cálculo estabelecido pela Portaria da Secretaria do TesouroNacional nº 637/2012, que não exclui as citadas despesas, o valorapurado foi de R$22,01 bilhões, correspondendo a 51,02% daReceita Corrente Líquida. Portanto, nas duas situações, foramobservados os limites máximo (60%) e prudencial (57%) esta-belecidos pelos arts. 19, II e 22, parágrafo único, respectiva-mente, da LRF”.

RecomendaçõesNo parecer prévio, o Tribunal de Contas faz mais de 40

recomendações ao Governo do Estado. Dentre elas, indicaa realização de um estudo para enfrentar a redução do cres-cimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado, faz su-gestões acerca da política de exploração minerária donióbio, propõe uma análise sobre a eficácia dos benefíciosfiscais concedidos e pede o aprimoramento das ações con-tra a violência.

Em uma de suas recomendações, o relator sugeriu que oEstado “intensifique, reavalie e monitore, constantemente, naRede de Educação e Desenvolvimento Humano, as ações re-lativas ao Ensino Médio, corrigindo os desvios e aprimorandoseus propósitos para permitir a contínua evolução do pro-cesso educacional mineiro”.

A Corte de Contas também recomendou a adoção, emtodas as áreas de atuação do Governo, de indicadores regio-nais, “objetivando reduzir as disparidades socioeconômicasregionais” e “aumentando o dinamismo das regiões menosavançadas”.

O parecer inclui ainda recomendação para que o Execu-tivo “adote medidas para cessar o pagamento da contrapres-tação à concessionária Minas Arena com recursos daCompensação Financeira pela Exploração de Recursos Mine-rais (CFEM)”. Para o Tribunal é necessário que o Governo re-veja o financiamento dos programas relativos às Redes deDesenvolvimento Econômico Sustentável e de Cidades, tam-bém com recursos da CFEM; passe a administrar, de formadestacada, todo o recurso recebido relativo à CFEM, o qualdeve ser transferido para uma conta específica com essa fi-nalidade. O Plenário recomendou, ainda, que o Estado re-componha o saldo do CFEM referente às destinaçõesindevidas.

Acompanharam a Sessão Extraordinária para apreciaçãodas Contas do Governador, o Subcontrolador da Controlado-ria-Geral do Estado (CGE), Eduardo Fernandino, o Diretor Cen-tral de Controle de Contas da CGE, Charles Alves, e equipe.

O parecer prévio do Tribunal sobre o Balanço Geral do Es-tado referente a 2013 será encaminhado para o julgamentoda Assembleia Legislativa.

revista contas de minas julho/agosto 2014 ano 1 nº 5 17revista contas de minas julho/agosto 2014 ano 1 nº 516

OTribunal de Contas do Estado (TCEMG) emitiu, no dia 2de julho, parecer prévio pela aprovação das contas do ex-governador do Estado de Minas Gerais, Antonio Augusto

Junho Anastasia, referente ao ano de 2013. O relator do BalançoGeral do Estado (Processo 912.324) foi o Conselheiro José AlvesViana e o revisor, o Conselheiro Sebastião Helvecio. O Conse-lheiro Substituto Hamilton Coelho, o Procurador-Geral do Mi-nistério Público junto ao TCEMG, Daniel de Carvalho Guimarães,e a Coordenadoria de Avaliação da Macrogestão Governamen-tal da Diretoria de Controle Externo do Estado também emiti-ram parecer. Votaram, ainda, na sessão extraordinária do Pleno,presidida pela Conselheira Adriene Andrade, os conselheirosCláudio Couto Terrão, Mauri Torres e Gilberto Diniz.

O plenário do TCEMG concluiu que o Executivo Estadualcumpriu o índice mínimo estabelecido pela Constituição Fede-ral de 25% da receita para aplicação na manutenção e desen-volvimento do ensino. De acordo com o apurado pela Corte deContas, o Estado investiu R$ 11,123 bilhões na área, o que cor-responde a 31,66% da Receita Base de Cálculo.

Os conselheiros verificaram que o então governador

O ConselheiroJosé Viana (ao centro)foi o relator doprocesso

Umas das 40 recomendações dosconselheiros foi a realização de um

estudo para enfrentar a redução do PIB

TCE aprova contas do Governadore faz recomendações

O plenário concluiu que oExecutivo cumpriu osíndices mínimos para

aplicação em ensino e saúde

O plenário concluiu que oExecutivo cumpriu osíndices mínimos para

aplicação em ensino e saúde

DECISÕES DO PLENO

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19revista contas de minas julho/agosto 2014 ano 1 nº 5revista contas de minas julho/agosto 2014 ano 1 nº 518

O Conselheiro José Alves Viana, relator do processo, citou norma do Ministério da Previdência Social para elucidar a questão

Oplenário do Tribunal de Contas do Estado (TCEMG) apro-vou, no dia 20 de agosto, que as entidades públicas queadministram a previdência dos servidores públicos esta-

duais e municipais em Minas Gerais – os chamados Regimes Pró-prios de Previdência (RPPS) - lancem mão dos recursosfinanceiros obtidos com a taxa de administração para pagar seusfuncionários. Entretanto, o Pleno entendeu que essas entidadesnão têm o direito de estabelecer de forma autônoma os valoresde remuneração dos seus colaboradores, sendo necessária, paraisso, a aprovação de projeto de lei de iniciativa do Chefe doPoder Executivo pelo Poder Legislativo local.

O parecer foi emitido em resposta a uma Consulta (Processo912.135) procedente do Município de Santa Juliana, na regiãodo Alto Paranaíba. O Conselheiro José Alves Viana, relator da ma-téria, apresentou seu parecer aos demais conselheiros, que foiaprovado por unanimidade. No relatório, Viana cita uma orien-tação normativa do Ministério da Previdência Social, que esta-belece que a finalidade da taxa de administração é o custeio dasdespesas correntes e de capital necessárias ao funcionamentoda entidade. “Parece-me evidente que a destinação desses va-lores da forma como questionada pela consulente se enquadra

DECISÕES DO PLENO

TCE disciplina pagamento defuncionários em entidades de previdência

na hipótese descrita no art. 41 da Orientação NormativaMPS/SPS nº 02/2009, uma vez que o quadro de pessoal é peçaindispensável para o regular funcionamento dos regimes pró-prios de previdência”, afirmou o Conselheiro.

Em relação à proibição de autorregulamentação pela au-tarquia previdenciária, o relator argumenta que “a destacadaautonomia elencada (das autarquias) é apenas administrativa,e não política. A propositura de políticas remuneratórias, a de-finição dos objetivos a serem almejados com a descentraliza-ção administrativa e a nomeação dos responsáveis pelagestão é atribuição do chefe de Poder que exerce o controlelegal da entidade”.

O TCEMG é responsável por emitir parecer em consultasacerca de matérias de sua competência, que tenham repercus-são financeira, contábil, orçamentária, operacional e patrimoniale que não versem sobre caso concreto, desde que formuladapelas pessoas autorizadas legalmente. Segundo o RegimentoInterno do Tribunal, o parecer emitido sobre a consulta tem ca-ráter normativo e constitui prejulgamento de tese, mas não defato ou de caso concreto. Entretanto, a orientação dada preva-lecerá quando do exame do caso concreto correspondente.

Foram apresentados na Presidência do Tribunal deContas do Estado (TCEMG), no dia 20 de agosto, osresultados do Projeto Tramitar, ação institucional

que desenvolveu propostas de melhorias na tramitaçãoe na distribuição de processos a servidores, por meio doSistema de Gestão e Administração de Processos (SGAP).

Trata-se de uma demanda antiga na Casa, tendo sidoiniciados no ano de 2008 os primeiros estudos acerca dotema. A iniciativa foi retomada em 2013, por determina-ção da Presidente Adriene Andrade, com o impulso dadoao Comitê Gestor do SGAP e ao Programa Quali, queforam acolhidos na estrutura organizacional e passarama ser diretamente ligados à Assessoria de Planejamento.

A exposição foi conduzida pelo Vice-Presidente doTCEMG, Conselheiro Sebastião Helvecio, com a partici-pação da Conselheira Presidente, Adriene Andrade, e dos conse-lheiros Cláudio Couto Terrão, José Alves Viana e Gilberto Diniz, doConselheiro Substituto Hamilton Coelho, do Procurador-Geral doMinistério Público junto ao TCEMG, Daniel de Carvalho Guimarães,de gestores e assessores da Casa.

A Presidente Adriene Andrade valorizou o trabalho da equipedo Tramitar, lembrando que não foi simples fazer todos os levanta-mentos dos dados necessários ou realizar o convencimento de todoo pessoal envolvido. “O importante é realizar o envolvimento daspessoas para que a ideia possa ser concretizada. Nós todos temoso mesmo objetivo: otimizar o procedimento para aumentar a pro-dutividade”, afirmou.

O Conselheiro Sebastião Helvecio avaliou que “a participaçãoefetiva de servidores de todas as unidades do Tribunal, que cons-truíram e validaram as melhorias, foi o aspecto mais rico do pre-sente trabalho”.

As propostas do Projeto Tramitar, de acordo com a apresenta-

ção, buscaram sanear, organizar e padronizar as formas pelas quaiso SGAP trata as informações alimentadas pelos usuários. Graças aisso, o número de tipos de ocorrências – que são apontadas pelosfuncionários no momento da tramitação do processo – foram re-duzidas de 190 para 32, com o objetivo de minimizar a possibili-dade de erros e aumentar a velocidade de tramitação. Outroaperfeiçoamento foi a classificação das várias unidades do Tribunalem oito grupos afins, de forma que o usuário, ao tramitar, só podeescolher tipos de ocorrência que digam respeito às atividades exer-cidas pelo seu grupo de unidades, medida que evita ainda mais aocorrência de erros.

Segundo o Conselheiro Vice-Presidente, as melhorias no SGAPpermitirão aos gestores verificar o tempo médio que os processospermanecem nos setores e com quais servidores estão obtendo,assim, informações valiosas para aperfeiçoar os procedimentos. Se-bastião Helvecio qualificou, ainda, o novo sistema como uma fer-ramenta “fabulosa” para evitar a prescrição interna dos processos.

Projeto Tramitar traz melhorias para o SGAP

A apresentação foi conduzida pelo Vice-Presidentedo TCEMG, Conselheiro Sebastião Helvecio,

com a participação da Conselheira Presidente,Adriene Andrade, e outros conselheiros

Osite do Ministério Público de Contas do Estado de MinasGerais (http://www.mpc.mg.gov.br/), que completou trêsmeses de existência no dia 22 de agosto, facilitou o acesso

do cidadão a uma série de informações relacionadas à atuação doórgão junto ao Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, con-forme estabelece o capítulo V da Lei Complementar 102/2008 .

Numa visita ao site, os interessados têm acesso a notícias atua-lizadas, serviços e principais eventos realizados pelo MPC e podemconhecer, de forma clara e objetiva, um pouco mais sobre a mis-são, a história e a composição do órgão. Também estão disponí-veis no site, vários links para acesso a pareceres selecionados,artigos e publicações, jurisprudência, legislação, resoluções, por-tarias, atas de reunião, pesquisa e um Fale Conosco específico, queabre um canal direto de comunicação com a sociedade.

MissãoConforme pode

ser conferido no linkhttp://www.mpc.mg.gov.br/missao, “oMinistério Públicode Contas do Estadode Minas Gerais, ins-tituição permanente, essencial à função jurisdicional de controledo Estado, tem como missão zelar pelo cumprimento da Cons-tituição da República e da Constituição do Estado de Minas Ge-rais, especialmente no que se refere à fiscalização contábil,financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Estado deMinas Gerais e de seus municípios”.

Portal do Ministério Públicode Contas amplia acessode informações ao cidadão

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revista contas de minas julho/agosto 2014 ano 1 nº 5 21revista contas de minas julho/agosto 2014 ano 1 nº 520

Panorama

APrimeira Câmara do Tribunal de Contas suspendeu, na sessão dodia 15 de julho, o Pregão Presencial para Registro de Preços, do

tipo menor preço global, promovido pela Prefeitura de Araxá com oobjetivo de contratar “empresa especializada para execução de ser-viços de manutenção corretiva e preventiva, eficientização e am-pliação, serviços de gestão do Sistema de Iluminação Pública àdistancia e in loco nas vias e áreas públicas” do município, conformeprojeto básico. A determinação foi motivada por indícios de irregu-laridades apontadas em denúncia encaminhada ao TCEMG que po-deriam restringir o caráter competitivo do procedimento licitatório.

TCE suspende licitação referentea iluminação pública em Araxá

ASegunda Câmara do TCEMG referendou, no dia 10 dejulho, a decisão monocrática do Conselheiro Gilberto

Diniz que suspendeu a Concorrência 004/2014 da PrefeituraMunicipal de Ipatinga com valor estimado em R$ 18,7 mi-lhões. A licitação tem o objetivo de contratar vários serviçosde engenharia e gestão relativos à iluminação pública da ci-dade, entre eles a elaboração do Plano Diretor de IluminaçãoPública (PDIP). Foi essa demanda específica que, na análisedo Tribunal, deu causa à paralisação preventiva do processo.

2ª Câmara paralisa concorrênciade R$ 19 milhões em Ipatinga

ASegunda Câmara do TCEMG aprovou, em sessão realizadadia 17 de julho, o voto do Conselheiro Relator Gilberto

Diniz, que determinou o ressarcimento do valor de R$ 25 mil(atualizado monetariamente e acrescido de juros de mora aoscofres estaduais) referente ao repasse da Secretaria de Estadode Transportes e Obras Públicas de Minas Gerais para a exe-cução de obras de construção de quadra poliesportiva do Mu-nicípio de São João do Pacuí. Foi aprovada também aaplicação de multas ao gestor municipal à época no valortotal de R$ 5 mil por considerar irregulares as contas do Con-vênio SETOP nº 212/04 firmado para a realização da obra.

TCE determina devolução derepasse para construção de quadrapoliesportiva em São João do Pacuí

ASegunda Câmara do Tribunal de Contas, na sessão do dia14 de agosto, referendou a decisão monocrática do Con-

selheiro Substituto Licurgo Mourão de suspensão liminar doConcurso Público nº 001/2014, para provimento de cargosdo quadro de pessoal da Prefeitura Municipal de Ilicínea, porencontrar irregularidades no edital. Segundo o voto do rela-tor, o edital para provimento de cargos do quadro de pessoalde Ilicínea apresentou as seguintes irregularidades: restriçãona comprovação da condição de hipossuficiência e do amploacesso (forma única de inscrição via presencial) e ausênciade definição do percentual de reserva de vagas para candi-datos portadores de necessidades especiais.

Concurso público em Ilicíneaé suspenso pelo Tribunal

DECISÕES DAS CÂMARAS

Ainspeção ordinária realizada pelo TCEMG na cidade de Taquaraçude Minas em 2007 resultou na aplicação da multa pessoal de R$

46,9 mil ao prefeito municipal à época. A determinação foi aprovadapela Primeira Câmara do Tribunal de Contas, na sessão realizada dia12 de agosto, conforme o voto do relator, Conselheiro WanderleyÁvila. Várias irregularidades encontradas em procedimentos licita-tórios, contratações, deficiência no controle interno e repasses de re-cursos ao órgão responsável pela manutenção e desenvolvimentodo ensino foram aspectos que motivaram a decisão do TCEMG.

1ª Câmara aplica multapessoal de R$46,9 mil

APrimeira Câmara do TCEMG determinou, do dia 19 de agosto, asuspensão do procedimento licitatório na modalidade Concor-

rência Pública promovido pela Prefeitura Municipal de Ouro Preto,para “contratação de empresa especializada em construção, refor-mas e ampliações por meio de intervenções de obras civis em casade famílias em situação de vulnerabilidade social e econômica”. Atéque as irregularidades apontadas no edital sejam esclarecidas, a lici-tação permanece suspensa, na fase em que se encontra.

Concorrência emOuro Preto é paralisada

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Asituação dos convênios em âmbito federal, propostas de con-vênios, fiscalização e acompanhamento da execução e to-mada de contas especial foram questões debatidas no dia

25/8 pelo Ministro-Substituto do Tribunal de Contas da União – TCU,Marcos Bemquerer Costa e o público participante na abertura doSimpósio “Convênios e Tomadas de Contas Especiais”, promovidopelo Tribunal de Contas mineiro, em sua sede.

“As prestações de contas de convênios são um problema gene-ralizado. Grande parte do nosso tempo é dedicado ao julgamentode processos de tomada de contas especial, proveniente desses con-vênios. Essa é uma realidade. Por isso, o TCU acabou com o papelnesse tipo de processo, é tudo eletrônico. A informatização agilizatremendamente o seu prazo de tramitação”, afirmou o Ministro-Substituto em relação aos processos de tomada de contas especial.

De acordo com ele, a situação dos convênios em âmbito fede-ral pode ser avaliada em dois momentos. Antes do Sistema de Con-vênios do Governo Federal – Siconv e depois dele. “Antes, haviapouco controle e muitas irregularidades nesse repasse e, agora, coma implementação deste sistema informatizado, está havendo umamelhoria significativa no controle desses convênios”, comemorou.

Em relação às falhas encontradas nos convênios federais, MarcosBemquerer apontou que os planos de trabalho que os convenentesapresentam aos órgãos de controle federal são frequentemente malelaborados, ou seja, não definem muito bem “o que vão fazer” e issodificulta. Além disso, “os órgãos federais não exigem que isso seja bemfeito e não analisam essas propostas com o cuidado que deveriamanalisar, resultando em problemas que poderiam ser evitados na hora

de firmar o convênio”.Outro problema apon-

tado pelo Ministro doTCU é o fato de que os ór-gãos federais têm pouca

estrutura para fiscalizar a execução dos convênios. “O dinheiro é re-passado e não há acompanhamento, a fiscalização aparece três anosdepois. Isso é um problema que ocorre em vários ministérios.Quando a prestação de contas vem, não há pessoal especializadopara analisá-la a tempo. Muitas vezes, a análise de prestação de con-tas é feita quinze anos depois. Na hora em que se detecta alguma ir-regularidade, como é que o gestor vai saber o que aconteceu deerrado quinze anos atrás?”, indagou.

A Presidente do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais,Adriene Andrade, participou do evento e agradeceu ao MinistroMarcos Bemquerer pela “leveza” com que ele conduziu a palestra eesclareceu as dúvidas dos participantes – que ocuparam todo o au-ditório. Citando que o ministro é de Diamantina, Adriene Andrade,disse que Bemquerer é um “orgulho para nós, mineiros, e de umahumildade dos sábios”. A Conselheira Presidente também agradeceuao Tribunal de Contas da União – TCU, “parceiro incansável dos Tri-bunais de Contas do Brasil”.

Durante o evento, foi sorteado o livro “O regime jurídico das em-presas estatais após a Emenda Constitucional nº 19/1998” de auto-ria do ministro. A Analista da Secretaria de Estado da Saúde, RosanaMaria Moreira, recebeu o prêmio.

Para a também Analista da Secretaria de Estado da Saúde, Ma-riley Simone Celestino Azevedo, a troca de experiências no simpó-sio foi enriquecedora. “Gostei principalmente do debate e da análisede três pontos específicos: a realização de despesas, o momento dopagamento depois da finalização do convênio e a devolução de re-cursos feita pelo município, enquanto a responsabilidade era do ges-tor anterior”, comentou a servidora.

No mesmo dia, na parte da tarde, a Diretora de Convênios daSecretaria de Estado de Governo de Minas Gerais, Júlia Mara SousaOliveira, falou sobre o Decreto Estadual nº 43.635/2003, sobre o DEnº 46.319/2013, a Resolução Conjunta SEGOV- AGE nº 002/2013 eos convênios estaduais no âmbito do Sistema de Gestão de Convê-nios- SIGCON.

O simpósio se estendeu até o dia 26/8 e, na parte da manhã, otema “Tomadas de contas especiais no âmbito da Administração Pú-

blica Estadual - Controladoria-Geral do Estado deMinas Gerais” foi abordado pelos palestrantesHenrique Hermes Gomes de Morais, Superin-tendente Central de Auditorias e Tomadas deContas Especiais, e Denise Nascimento Sá, Dire-tora Central de Coordenação de Tomadas deContas Especiais.

Na parte da tarde, o tema “Controle dos con-vênios e tomadas de contas especiais no âmbitodo Tribunal de Contas do Estado de Minas Ge-rais” foi debatido pela Superintendente de Con-trole Externo do TCEMG, Heloisa HelenaNascimento Rocha e pela Coordenadora da 3ªCoordenadoria de Fiscalização Estadual - CFE doTCEMG, Valéria Fernandes.

OProfessor Inácio Magalhães Filho, Conse-lheiro Presidente do Tribunal de Contasdo Distrito Federal (TC-DF), ministrou,

nos dias 07 e 08 de agosto de 2014, na Escola deContas e Capacitação Professor Pedro Aleixo, ocurso “Auditoria em folha de pagamento”.

O curso teve como público-alvo os servi-dores das Diretorias de Gestão de Pessoas e deAtos de Pessoal, e abordou, dentre outrostemas, os sistemas e limites remuneratórios,acumulação de cargos públicos, cargos em co-missão e funções gratificadas, pagamentos deindenizações e gratificações, além de ter abor-dado temas como a prescrição e a decadência.

O curso ministrado pelo Professor InácioMagalhães Filho enriqueceu a todos com suaexperiência e conhecimentos técnicos profun-dos, atendendo às expectativas de todos osparticipantes. O professor elogiuo a iniciativado Tribunal de realizar o curso para as áreas ad-ministrativas e de controle externo conjuntamente, que devematuar de forma harmônica.

O ProfessorO Conselheiro Inácio Magalhães Filho, Presidente do Tri-

bunal de Contas do Distrito Federal, é Doutor em Direito pelaUniversidade Autônoma de Lisboa e Pós-Graduado em Direito

Público pela ESAF. Antes de assumir o cargo de Conselheirodo TC-DF atuou como Diretor da Divisão de Auditoria da Ad-ministração Indireta no Ministério da Ciência e da Tecnologia,Fiscal de Tributos Estadual da Secretaria de Fazenda do Estadode Minas Gerais, Analista de Finanças e Controle Externo doTC-DF e Procurador do Ministério Público de Contas do Dis-trito Federal.

revista contas de minas julho/agosto 2014 ano 1 nº 5 23revista contas de minas julho/agosto 2014 ano 1 nº 522

Presidente do TCDF ministracurso para servidores do TCEMG

Ministro Marcos Bemquererabre simpósio em Minas

“Ler um processo é ver a vida das pessoas, o que afloradelas”, com essas palavras, a Desembargadora TaisaMaria Macena de Lima iniciou o ciclo de cursos de aper-

feiçoamento deste segundo semestre, falando sobre a “Inter-face entre o Direito do Trabalho e Direito Administrativo”.

Licença-Maternidade, regime estatutário, direito adquirido,avaliação de desempenho e situações que ela vivenciou na Jus-tiça do Trabalho foram pontos abordados pela magistrada namanhã do dia 16/7. Em sua palestra, a Desembargadora frisouo quanto é importante a avaliação de desempenho para as ins-tituições. “A avaliação de desempenho é boa não só para o ser-vidor, mas para que a instituição possa perceber o que precisaser mudado, ver as carências”, afirmou.

No mesmo dia, na parte da tarde, o advogado Gustavo Cau-duro Hermes falou sobre “A contratação de serviços no âmbitoda administração pública e a prevenção de riscos trabalhistasno regime da CLT”.

O curso de aperfeiçoamento foi promovido pela Escola deContas e Capacitação Professor Pedro Aleixo e se estendeu até

o dia 18/7. No dia17/7, quinta-feira,o palestrante Gus-tavo Cauduro fa -lou sobre o tema“A contratação de serviços no âmbito da administração públicae a prevenção de riscos trabalhistas no regime da CLT”, durantetodo o dia. Na sexta-feira, 18/7, a servidora do Tribunal Regionaldo Trabalho da 3ª Região, Mestre em Direito pela UniversidadeFederal de Minas Gerais-UFMG, Marília Souza Diniz Alves, de-bateu sobre as questões mais frequentes na Justiça do Trabalhocontra a Administração Pública – regime de emprego público.

Direito do Trabalho aplicado à administraçãopública é tema de curso de aperfeiçoamento

A DesembargadoraTaisa Maria Macenafalou sobre o tema

Interface entre o Direitodo Trabalho e DireitoAdministrativo naabertura do evento

O Professor Inácio Magalhães Filho, Conselheiro Presidente do Tribunal de Contas doDistrito Federal (TC-DF) com os participantes do Curso Auditoria em Folha de Pagamento,

na Escola de Contas e Capacitação Professor Pedro Aleixo, sede do TCEMG

O Ministro-Substituto esclareceuas dúvidas dos participantessobre tomada de contas especiale convênios no âmbito do TCU

O público participante lotou o AuditórioVivaldi Moreira, na sede do TCEMG

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revista contas de minas julho/agosto 2014 ano 1 nº 5 25revista contas de minas julho/agosto 2014 ano 1 nº 524

Anova Lei Anticorrupção foi debatida, no dia 19 de agosto,por especialistas convidados para mais um evento doPrograma Ponto de Expressão, promovido mensalmente

pelo Tribunal de Contas do Estado (TCEMG) e a Ordem dosAdvogados do Brasil (OAB). O mediador foi o Controlador-Geraldo Estado de Minas Gerais, Júlio César dos Santos Esteves, quefez uma introdução sobre o tema, adiantando se tratar de algopolêmico e interessante, em torno do qual surgirão, no debate,visões diferenciadas. O Auditório Vivaldi Moreira, nas depen-dências do Tribunal, foi totalmente ocupado; sendo que partedo público acompanhou de pé o debate e outro grupo assistiuà transmissão nas salas da Escola de Contas e Capacitação.

Publicada em agosto do ano passado, a Lei 12.846 possibi-lita a responsabilização administrativa e civil de pessoas jurídi-cas, pela prática de atos contra a administração pública. Umainovação é que não é necessária a comprovação de dolo ouculpa da pessoa jurídica para aplicação das sanções previstas.As multas podem chegar a 20% do faturamento bruto da em-presa. Há ainda a possibilidade de a infratora celebrar um acordode leniência para abrandar sua punição.

O Conselheiro do TCEMG José Alves Viana, que é médicopós-graduado em Gestão Pública, foi o primeiro a opinar sobreo tema. Viana afirmou que as condições de vida do cidadão bra-sileiro seriam bem melhores se os recursos desviados fossemaplicados corretamente. Para o Conselheiro, a nova lei é impor-tante para conter a ganância de empresas que atuam buscandovantagens fáceis e irregulares.

O Professor Paulo Roberto Coimbra Filho – especialista emplanejamento tributário internacional – lembrou que, desde oevento histórico moderno da separação dos poderes do Estado,

PONTO DE EXPRESSÃO

Especialistas debatem nova Lei Anticorrupçãoa “potestade punitiva” se concentrou, num primeiro momento,no Poder Judiciário, e que depois foi “outorgado” parcialmente àAdministração Pública. Para Coimbra, essa pluralidade de ins-tâncias – alimentada recentemente pela Lei 12.846 – pode gerarum acúmulo de penalidades de forma desproporcional. “Achoque houve um exagero, faltou coordenação. Como será possí-vel fazer um juízo de proporcionalidade?”, perguntou. Segundoo professor, também houve timidez do legislador ao delegar ex-cessivamente e regulamentação da nova lei.

O Professor de Direito Processual Penal Felipe Martins Pintocomeçou lembrando a máxima de que o excesso de normas de-teriora os valores. Ele criticou a maneira pela qual foram criadasas regras da Lei Anticorrupção, que, em sua opinião, têm cara,jeito e cheiro de matéria penal, mas não são. “O que caracterizao Direito Penal é a sanção”. Entretanto, justamente por não seenquadrarem no âmbito criminal, Martins alertou para o perigodo esvaziamento das garantias processuais na presente lei.

O Professor Jair Eduardo Santana, Mestre em Direito do Es-tado, reconheceu na Lei uma tentativa de melhorar a relação dosgovernos com o mercado. Para Santana, ela pode induzir o mer-cado a pensar em boas práticas, com a adoção pelas empresasde regras de transparência e governança.

Especialista em Direito da Economia e da Empresa, o De-sembargador do Tribunal de Justiça mineiro (TJMG) Moacyr Lo-bato de Campos Filho está convicto de que essa lei “defeituosa”não trará a solução para o problema da corrupção. Para o ma-gistrado, a maior “aberração” da 12.846 é a sanção de dissolu-ção obrigatória da pessoa jurídica, pela qual se elimina umaempresa atuante na economia por causa da conduta errôneade seus dirigentes.

Para o Conselheiro José Alves Viana, a nova lei é importante para conter a ganância de empresas que atuam buscando vantagens fáceis e irregulares

Auditoria ambiental é tema de cursode aperfeiçoamento oferecido pelo TribunalServidores do Tribunal, jurisdicionados e estudantes preencheram

todos os assentos do miniauditório da Escola de Contas e Capa-citação Professor Pedro Aleixo, no dia20/8, para assistirem à aber-

tura do curso de aperfeiçoamento sobre auditoria ambiental - LeiNacional de Saneamento.

A Doutoranda em Recursos Hídricos pela Universidade Federal doRio de Janeiro – UFRJ, Marília Carvalho de Melo, falou sobre a situaçãodos recursos hídricos, agricultura irrigada, saneamento, utilização daágua pelos Estados brasileiros, instrumentos de política estadual de re-cursos hídricos, uso eficiente da água e racionalização. “A populaçãoestá crescendo, precisa comer e produzir. A energia está cara e a águaestá escassa”, ponderou a palestrante, que é também Diretora Geral doInstituto Mineiro de Gestão das Águas.

No mesmo dia, na parte da tarde, o tema “Auditoria em sistemas decoleta e tratamento de esgotos sanitários” foi abordado pelo servidorda Companhia de Saneamento de Minas Gerais – Copasa, Eugênio Al-vares de Lima Silva.

O servidor do Tribunal de Contas, Marcelo Vasconcelos Trivelato,encerrou o dia de palestras falando sobre o tema “Saneamento básico:

saúde para todos”. O curso se estendeu até o 21/8 e abordou os temas“Política e gestão ambiental” e “Legislação ambiental” pelos palestran-tes Germano Vieira e José Claudio Junqueira Ribeiro, respectivamente.

A doutoranda Marília Carvalhofalou para um público atento nominiauditório da Escola de Contas

Debate sobre Regimes de Previdêncialeva mais de 500 pessoas ao TCEMG

O evento, que teve transmissão simultânea, contou com mais de 500 participantes

OAuditório Vivaldi Moreira e o Salão Inimá de Paula do Tribunalde Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG) ficaram intei-ramente lotados por alunos do curso de Pós-Graduação do

TCEMG, alunos do curso de Aperfeiçoamento em Direito Público, ser-vidores do TCEMG, além de servidores e gestores públicos que par-ticiparam nos dias 27, 28 e 29 de agosto do Seminário DireitoPrevidenciário: Fiscalização e Controle dos RPPS. O evento reuniu nosdois ambientes mais de 500 participantes.

O Vice-Presidente do TCEMG e Presidente do Instituto Rui Bar-bosa (IRB), Conselheiro Sebastião Helvecio, representou a Presidentedo TCEMG, Conselheira Adriene Andrade, e foi o responsável por abriroficialmente o seminário. De acordo com o Conselheiro um dia“todos vão precisar da saúde financeira dos fundos de previdência”e que sem “prosperidade, sem desenvolvimento não há regime deprevidência que se sustente”.

Dando sequência ao seminário, o Diretor do Departamento dosRegimes de Previdência no Serviço Público da Previdência Social,Narlon Gutierre Nogueira, ministrou a aula magna Controle em Ma-téria Previdenciária – Ministério da Previdência Social. Em sua aula, odiretor abordou os seguintes temas: Os RPPS no Sistema Previdenciá-rio Brasileiro; Evolução histórica dos RPPS, O Controle dos RPPS a partirdas reformas de 1998 e 2003; A Sustentabilidade dos RPPS como políticapública de Estado; Indicadores sobre a situação financeirae atuarial dosRPPS e Panorama dos RPPS dos municípios de Minas Gerais.

O Presidente do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo(TCE-ES), Domingos Augusto Taufner, que também foi agente admi-nistrativo no extinto Instituto de Administração Financeira da Previ-dência e Assistência Social (Iapas) abordou o tema Controle emMatéria Previdenciária – Tribunais de Contas. O Conselheiro sugeriu“uma maior aproximação com os servidores em vias de se aposen-tarem”. Segundo o Conselheiro, os “Regimes Próprios de Previdên-

cia, por terem conhecimentos específicos em matéria previdenciária,podem ser humanizadores do processo de aposentação, instruindoos inativos sobre seus direitos.” Ele abordou também as “principaisdistinções entre regime geral e próprio”, além de responder as per-guntas encaminhadas pelos participantes.

O Conselheiro Substituto do Tribunal de Contas do Estado deMato Grosso (TCE-MT), Ronaldo Ribeiro de Oliveira, foi o encarregadode abordar o tema Tribunais de Contas e a Fiscalização dos RPPS. OConselheiro também é instrutor e palestrante da Escola Superior deContas do TCE-MT nas áreas de Previdência dos Servidores Públicos.

Transmissão simultâneaDevido ao alto número de participantes, a Escola de Contas e

Capacitação Professor Pedro Aleixo montou no Salão Inimá de Paula(ao lado do Auditório Vivaldi Moreira) um ambiente para a transmis-são simultânea do seminário.

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revista contas de minas julho/agosto 2014 ano 1 nº 526

Elaborado de forma colaborativa por diversos professores e pesquisadores bra-sileiros e estrangeiros, o livro “Extrafiscalidade Ambiental e DesenvolvimentoSustentável” inclui capítulo de autoria do Conselheiro Substituto do Tribunal

de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG), Hamilton Coelho, escrito em par-ceria com a Pró-Reitora de Pesquisa da Escola Superior Dom Helder Câmara, Pro-fessora Beatriz Souza Costa, ex-servidora do TCEMG. A obra já está disponível naslivrarias desde o dia 11 de agosto.

No dia 19 agosto o livro foi lançado na Facultad de Derecho da Universidad deBuenos Aires - UBA. O capítulo II, escrito em parceria pelo Conselheiro Substituto,aborda “O Papel da Extrafiscalidade na Preservação Ambiental”.

ExtrapautaServidores participam do planejamento

de auditoria coordenada

Livro sobre Direito Ambiental incluicapítulo do ConselheiroSubstituto Hamilton Coelho

Técnicos de 29 Tribunais de Contas brasileiros reuniram-seem Brasília para definir o planejamento da auditoria ope-racional coordenada que está sendo realizada na Atenção

Básica à Saúde.O evento, realizado entre os dias 28 e 31 de julho, foi aberto

pelo Ministro Raimundo Carreiro do TCU, com a presença do Pre-sidente do Instituto Rui Barbosa (IRB), Conselheiro Sebastião Hel-vecio (TCEMG).

Ao longo de três dias, as equipes de auditoria dos 29 Tribunais

de Contas participantes discutiram os aspectos a serem avaliadosna Atenção Básica à Saúde e os respectivos instrumentos para co-letar as informações. A gestão do sistema de saúde, o planeja-mento, o monitoramento e a avaliação do atendimento foramalguns dos pontos abordados.

A definição dos municípios a serem visitados, a consolidaçãodos instrumentos de coleta de dados e a elaboração dos relatóriosestatísticos contendo os resultados apurados em todo o Brasilestão sob a responsabilidade do Comitê de Auditoria do IRB, atual-mente presidido por Jacqueline Soares Gervásio Vianna de Paula(TCEMG). Para a execução dessa tarefa, além de seus membros efe-tivos, o Comitê selecionou12participantesdas oficinas, dentre elesos servidores Ryan Brwnner Lima Pereira e Jaqueline Lara Soma-villa, da Coordenadoria de Auditoria Operacional do TCEMG.

Segundo Ryan Brwnner Lima Pereira, “o evento teve papel es-sencial no equacionamento de dúvidas, no processo de elabora-ção da matriz de planejamento e dos instrumentos de coleta dedados. A oficina também propiciou fundamental interação entreos participantes e profícua troca de experiências entre os Tribunaisde Contas envolvidos na auditoria”.

Ao final da auditoria, o Brasil terá um panorama sobre a situa-ção da Atenção Básica à Saúde. A implantação das ações necessá-rias à melhoria do sistema será acompanhada pelos tribunais decontas da União, Estados e Municípios.

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