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GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ
Camilo Sobreira de Santana – Governador
Maria Izolda Cela – Vice Governadora
SECRETARIO DO PLANEJAMENTO E GESTÃO - SEPLAG
Hugo Santana de Figueirêdo Junior – Secretário
INSTITUTO DE PESQUISA E ESTRATÉGIA ECONÔMICA DO
CEARÁ (IPECE)
Flávio Ataliba F. D. Barreto – Diretor Geral
Adriano Sarquis B. de Menezes – Diretor de Estudos
Econômicos
Relatório de Inflação - nº 04 - Abril de 2016 Equipe Técnica
José Freire Jr. (Analista de Políticas Públicas) Daniel Cirilo Suliano (Analista de Políticas Públicas)
O Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará
(IPECE) é uma autarquia vinculada à Secretaria do
Planejamento e Gestão do Estado do Ceará.
Fundado em 14 de abril de 2003, o IPECE é o órgão do
Governo responsável pela geração de estudos, pesquisas e
informações socioeconômicas e geográficas que permitem a
avaliação de programas e a elaboração de estratégias e
políticas públicas para o desenvolvimento do Estado do Ceará.
Missão
Propor políticas públicas para o desenvolvimento sustentável
do Ceará por meio da geração de conhecimento, informações
geossocioeconômicas e da assessoria ao Governo do Estado
em suas decisões estratégicas.
Valores
Ética e transparência;
Rigor científico;
Competência profissional;
Cooperação interinstitucional e
Compromisso com a sociedade.
INSTITUTO DE PESQUISA E ESTRATÉGIA ECONÔMICA DO CEARÁ (IPECE) Av. Gal. Afonso Albuquerque Lima, s/nº - Edifício SEPLAG, 2º Andar Centro Administrativo Governador Virgílio Távora – Cambeba Tel. (85) 3101-3496 CEP: 60830-120 – Fortaleza-CE. [email protected] - www.ipece.ce.gov.br
Relatório de Inflação
É uma publicação mensal que traz os principais índices
de Inflação, calculado pelo IBGE (INPC–IPCA), de
Fortaleza e de outras doze cidades localizadas no Brasil
incluindo o próprio Brasil.
Nesta edição
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) em maio de 2016 registrou alta de 0,99%, ficando abaixo do registrado em abril (1,02%).
No acumulado do ano, o IPCA da RMF encontra-se em 5,34% e, portanto, acima da meta estabelecida pelo Banco Central de 4,5%.
Para o Brasil, o IPCA registrado foi de 0,78% tendo uma leve aceleração com relação a abril, cujo índice foi de 0,61%. O IBGE destaca que essa é a taxa mais elevada para os meses de maio desde 2008, onde a variação foi de 0,79%.
RELATÓRIO DE INFLAÇÃO – Maio 2016 – Edição 05
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IPCA e INPC
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é o órgão responsável pelo
cálculo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e pelo Índice
Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) para onze regiões metropolitanas e duas
cidades com mais de 30% da população brasileira (Fortaleza, Belém, Recife, Belo
Horizonte, São Paulo, Salvador, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Curitiba, Campo grande,
Vitória, Brasília e Goiânia). Ambos os índices representam as necessidades médias de
consumo das famílias, diferenciando apenas na faixa de renda do consumidor e
consequentemente no peso de cada grupo. O IPCA abrange as famílias com
rendimentos monetários de 1 a 40 salários mínimos, enquanto que o INPC se refere às
famílias com rendimento de 1 a 5 salários mínimos. Vale ressaltar que o IPCA é o
índice oficial que mede a inflação do País.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) na Região Metropolitana
de Fortaleza (RMF) em maio de 2016 registrou alta de 0,99%, ficando abaixo do
registrado de 1,02%, correspondente ao registrado em abril. Contudo, foi a maior do
país.
No acumulado do ano, o IPCA da RMF encontra-se em 5,34% e, portanto, acima da
meta estabelecida pelo Banco Central de 4,5%.
Para o Brasil, o IPCA registrado foi de 0,78% tendo uma leve aceleração com relação a
abril, cujo índice foi de 0,61%. O IBGE destaca que essa é a taxa mais elevada para os
meses de maio desde 2008, onde a variação foi de 0,79%. Já no acumulado do ano, foi
registrado uma variação de 4,05%, valor inferior aos 5,34% registrados em igual
período de 2015, mas muito próximo ao teto da meta de 4,5%, em apenas cinco meses
transcorridos.
No acumulado de doze meses, o IPCA da RMF registra uma taxa de 11,01%, enquanto
o nacional apresenta 9,32%. O primeiro relatório Focus de junho de 2016 espera uma
inflação de 7,12% no ano de 2016.
Com relação ao INPC que capta as necessidades médias de consumo das famílias de
menor poder aquisitivo, a cidade de Fortaleza registrou, no mês de Maio de 2016, uma
variação nesse índice de 1,11%, a mesma variação ocorrida no mês anterior e, também,
RELATÓRIO DE INFLAÇÃO – Maio 2016 – Edição 05
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superior à registrada pelo IPCA para o mesmo período, atingindo, portanto, mais
fortemente na renda das famílias de menor poder aquisitivo. Em termos comparativos,
Fortaleza ficou em 3º lugar, abaixo apenas da variação ocorrida, nas cidades de Porto
Alegre (1,16%) e São Paulo (1,47%).
Em termos da variação acumulada até Maio de 2016, o INPC da Cidade de Fortaleza
teve uma variação de 11,21%, ficando em primeiro lugar, dentre as regiões pesquisadas,
repetindo o que ocorreu no mês de abril afetando diretamente as famílias com menor
poder aquisitivo que certamente sentirão seus efeitos mais perversos sobre seu poder de
compra. (Tabela 1).
Tabela 1 – IPCA e INPC do mês de maio e do acumulado no ano até maio de 2016 das regiões pesquisadas.
Região
Variação (%)
IPCA INPC
Maio(%) Acumulado dos 12 meses (%) Maio (%) Acumulado dos
12 meses (%)
Belém 0,60 9,71 0,59 9,90
Recife 0,90 9,16 0,83 9,53
Salvador 0,83 9,54 0,80 9,99
São Paulo 0,93 9,42 1,47 10,01
Rio de Janeiro 0,60 8,99 0,77 9,52
Goiânia 0,28 9,10 0,35 9,40
Belo Horizonte 0,78 8,31 0,92 8,60
Porto Alegre 0,92 10,51 1,16 11,02
Curitiba 0,64 9,57 0,75 10,04
Fortaleza 0,99 11,01 1,11 11,21
Brasília 0,45 8,56 0,43 9,13
Campo Grande 0,73 8,19 0,75 8,42
Vitória 0,62 7,58 0,75 7,83
Brasil 0,78 9,32 0,98 9,82
Fonte: IBGE
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O IPCA acumulado dos últimos doze meses, até maio de 2016 (Gráfico 1, abaixo),
revela que o IPCA, da cidade de Fortaleza no mês de maio, voltou a convergir para meta
estipulada pelo Banco Central (4,5%) apesar de estar ainda muito distante, pois, em
abril de 2016, havia tido um aumento. Observa-se, também, que a trajetória da inflação
de Fortaleza segue sempre acima do IPCA registrado no Brasil a partir de dezembro de
2015, continuando nesse comportamento até maio de 2016, o que configura a
dificuldade que terão as políticas econômicas adotadas no curto e médio prazo para
tentar trazer a inflação para o centro da meta.
Fortaleza alcançou os dois dígitos na variação do IPCA a partir de outubro de 2015,
permanecendo nessa situação nos primeiros cinco meses de 2016, fato que certamente,
prejudicou o nível de confiança dos agentes econômicos em relação ao futuro da
economia.
Gráfico 1 – IPCA acumulado e a meta de inflação dos últimos 12 meses até maio de 2016 no Brasil e
Fortaleza
Fonte: IBGE.
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9,64 10,0210,41
11,4311,83 11,8
10,88 11,28 11,01
8,899,56 9,53
9,49 9,93
10,97
10,67 10,7110,36
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Fortaleza Brasil Meta
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A inflação mensal de Fortaleza que, após janeiro de 2016, vinha apresentando variações
inferiores a 1%, voltou a ultrapassar a casa de um por cento em abril de 2015, com uma
leve queda em maio (0,99%), gerando grande volatilidade nas variações de preços já
nos primeiros cinco meses de 2016, reduzindo as possibilidades de previsões para o ano
de 2016. Ou seja, mesmo com o aprofundamento da recessão e o aumento do
desemprego, a inflação continua resistente nos primeiros meses de 2016 e, portanto,
dificilmente caminhará para o centro da meta durante os sete meses restantes de 2016.
Gráfico 2 – IPCA mensal de junho de 2015 até maio de 2016, no Brasil e Fortaleza.
Fonte: IBGE.
O Gráfico 3, abaixo, trata da variação do IPCA no mês de maio e o acumulado do ano
de 2016 até maio. O grupo de Habitação, que representa pouco mais de 14% na
ponderação do IPCA na RMF, foi o que exerceu maior pressão no mês de maio, na
variação de preços tanto em nível nacional como em nível regional.
Entre os subitens do grupo merece destaque a taxa de água e esgoto que sofreu variação
de 9,30% na RMF. Outro componente do grupo Habitação que merece destaque é a
energia elétrica totalizando um total de 6,41%. Mão de obra para pequenos reparos,
artigos de limpeza e condomínio são subitens do grupo que também exerceram pressão
no IPCA do mês.
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0,22
0,54
0,821,01
0,96 1,27 0,9
0,43
0,61 0,78
0,91
0,27
0,32
0,570,73
1,271,45 1,45
0,8
0,72
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