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Clipping PERS-RS Maio/2014

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Clipping

PERS-RS

Maio/2014

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O educador colombiano Bernardo Toro, um dos principais teóricos da

mobilização, explica que “toda a mobilização é feita para alguma coisa, para alcançar

um objetivo pré-definido, um propósito comum, por isso é um ato de razão.

Pressupõe uma convicção coletiva de relevância, um sentido de público, daquilo que

convém a todos. Para que ela seja útil a uma sociedade ela tem que estar orientada

para a construção de um projeto de futuro.

Assim, a mobilização social é um ato de Comunicação.

A mobilização não se confunde com propaganda ou divulgação, mas exige ações

de Comunicação no seu sentido amplo, enquanto processo de compartilhamento de

discurso, visões e informações.

O que dá estabilidade a um processo de mobilização social é saber que o que eu

faço e decido, em meu campo de atuação cotidiana, está sendo feito e decidido por

outros, em seus próprios campos com os mesmos propósitos e sentidos”.

Uma das principais premissas da elaboração do Plano Estadual de Resíduos

Sólidos (PERS) do Rio Grande do Sul é a ampla participação dos principais geradores,

dos responsáveis por sua execução, das três esferas do Poder Público, da sociedade

civil organizada, por meio de suas entidades e instituições, e da população em geral

em todas as suas etapas para que dele se apropriem internalizando e incorporando

suas diretrizes nas atividades diárias.

Esse é um passo decisivo rumo à construção de uma sociedade mais sustentável.

Este clipping mensal é um dos instrumentos do Plano de Mobilização e se

destina a ampliar a circulação e, muito mais do que isto, ao compartilhamento das

notícias aqui reproduzidas. O objetivo é que todos os que estão trabalhando no

PERS se sintam donos dessa informação, repassem-na, utilizem-na e se tornem eles

próprios fontes de novas informações.

A importância da informação

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Há uma

Há uma série de controvérsias ainda a serem dirimidas no

que se refere à coleta seletiva. Aguaonline defende a tese

de que o resíduo que cada um separa em sua casa deve

ser limpo previamente para que suporte um

armazenamento mais prolongado à espera da coleta oficial.

O pouco da água que é usada para uma lavagem simples

de um copo de iogurte ou de uma garrafa pet com restos de

refrigerante não pode ser contabilizada como desperdício.

É bom lembrar que o consumo doméstico da água

representa apenas 6,5% de todos os usos!

E mais: este plástico reaproveitado utiliza muito menos

água em seu processo de transformação do que seria necessário se a matéria prima fossem os

derivados do petróleo.

O que pouca gente sabe é que o reaproveitamento dos resíduos recicláveis cresce e se

diversifica a cada dia. E que este é um mercado em franco desenvolvimento pois será cada vez maior

a quantidade destes produtos sendo reciclados e reaproveitados.

Especialmente porque o Plano Nacional de Resíduos Sólidos e os Planos estaduais que

se seguirão - o Rio Grande do Sul já está elaborando o seu PERS-RS - estão impondo a

obrigatoriedade da coleta seletiva em todos os municípios.

Aqui alguns exemplos, dados pela Associação Brasileira da Indústria do Pet (Abipet), sobre

o uso dos reciclados como matéria prima:

Sistema de drenagem do campo: para que o jogo possa acontecer mesmo embaixo de muita chuva,

abaixo do gramado existe uma manta geotêxtil - a grande responsável pela eficiência do sistema de

drenagem do gramado. Isso porque o produto, feito 100% de PET reciclado, funciona como um filtro,

ao reter a terra e permitir que a água escoe. As mantas também são muito utilizadas em jardins,

drenagem de estradas e fundações prediais. Toda a extensão das marginais Pinheiros e Tietê, em

São Paulo, foram projetadas e construídas com essas mantas.

Bancos e cadeiras: a exemplo do que acontece com os bancos de ônibus, em alguns estádios de

futebol os bancos ou cadeiras cativas de plástico são fabricados com uma resina estrutural de PET

reciclado. É a mesma resina utilizada na produção de piscinas, caixas d’água, painéis e aerofólios de

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automóveis e caminhões, pranchas de surf ou bancadas de mármore sintético. Esse tipo de aplicação

foi a que mais cresceu no País e hoje responde pela participação de 18% de todo o PET reciclado.

Chuteiras: há muitos anos, calçados esportivos e até sociais utilizam um produto conhecido como

TNT ou tecido não-tecido, feito com PET reciclado. Também está muito presente no solado das

chuteiras. Além dos jogadores que estrelam os estádios de futebol brasileiros, os consumidores já

contam com marcas renomadas que usam o PET reciclado na estrutura de seus calçados.

Camisetas, uniformes e roupas esportivas em geral: além dos uniformes dos jogadores, sem saber, os

torcedores também podem estar utilizando camisetas normais ou dos times de futebol com PET

reciclado em sua composição. A indústria têxtil brasileira é a maior usuária do material. Em torno de

38% de todo o PET reciclado no Brasil vai para esta indústria, que foi a pioneira neste tipo de uso. Em

uma das primeiras edições da São Paulo Fashion Week, um dos destaques foi um desfile onde a

coleção de luxo era produzida com PET reciclado.

Bolas: a exemplo do que acontece com as chuteiras, as bolas também podem

contar com um reforço similar, feito de PET reciclado.

Rede do gol: as cordas que formam a rede do gol também podem ser feitas de PET reciclado. Aliás, o

Brasil abriga uma das maiores empresas de cordas 100% à base do material reciclado da América

Latina, que produz itens tão resistentes que são usados para a amarração de navios.

Salas VIPs: mesmo nos espaços mais exclusivos, dedicados a torcedores privilegiados, o PET

reciclado pode estar presente nos carpetes e no sistema de filtração do ar condicionado.

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Brasil lança o primeiro programa de reciclagem de

esponjas do mundo

Lixo orgânico, papel, plástico, vidro, metal... A lista de

itens que podem ser reciclados ganhou mais um

elemento: as esponjas de limpeza para uso doméstico.

Pensando na quantidade de esponjas que são

descartadas anualmente no lixo, a Scotch-Brite se juntou

à TerraCycle para criar, pela primeira vez no mundo, um

sistema de coleta e reciclagem das esponjas – de todas

as marcas do mercado e suas respectivas embalagens

plásticas para transformá-las em produtos sustentáveis:

a Brigada de Esponjas Scotch-Brite.

Além do cunho ambiental, a Brigada de Esponjas Scotch-Brite dá a chance aos

consumidores de se engajarem em uma causa social. Isso porque a cada esponja enviada para a

reciclagem, será doado R$ 0,02 para uma escola ou organização sem fins lucrativos escolhida por

cada participante. “A Brigada de Esponjas Scotch-Brite reforça a preocupação da marca com a

preservação do meio ambiente e convida os consumidores a ajudar o próximo”, comenta Emerson

Mota, gerente de produtos da divisão de Limpeza Doméstica da 3M do Brasil.

Para participar, o consumidor ou entidades, como escolas e organizações, deve se

cadastrar no endereço: www.terracycle.com.br/brigada-de-esponjas-scotch-brite.

Feita a inscrição, basta começar a coletar as esponjas e suas respectivas embalagens e

enviá-las gratuitamente para a TerraCycle, conforme as orientações disponíveis no site.

Este material será reciclado e transformado em matéria-prima para a fabricação de outros

produtos. Assim que a TerraCycle recebe os resíduos, verifica a quantidade e computa dois pontos

por unidade para o consumidor ou equipe responsável pela coleta. Cada ponto equivale a R$ 0,02. A

quantia acumulada pode ser resgatada duas vezes por ano para ser destinada a instituições sociais

que o participante escolher.

Sua esponja pode durar mais:

Uma esponja multiuso Scotch-Brite, indicada para lavar louças, pode durar até 4

semanas, dependendo do uso. Para conservar sua esponja por mais tempo, retire os resíduos e

higienize sua esponja semanalmente deixando-a imersa na água quente durante 1 minuto ou por 90

segundos no microondas. Além de estender a vida útil da esponja e o tempo de uso, você minimiza a

quantidade de bactérias.

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Brasil lança o primeiro programa de reciclagem de

esponjas do mundo

Saiba mais em: www.terracycle.com.br/brigada-de-esponjas-scotch-brite.

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Sancionada com vetos a lei da Política Estadual de Resíduos do

Rio Grande do Sul

Foi publicada no Diário Oficial do Estado do Rio

Grande do Sul, no último dia 17 de abril, a Lei 14.528,

de 16 de abril de 2014, que institui a Política Estadual

de Resíduos Sólidos e dá outras providências.

Originada de um PL da autoria do deputado Jurandir

Maciel, aprovado na sessão de 25 de março de 2014,

juntamente com dezenas de outros projetos, a proposta

foi transformada em lei com 20 vetos do Executivo.

Entre os itens vetados estão os artigos 9, 15, 17, 18,

42, 44, 48 e 53 e vários § e alíneas.

Os principais capítulos tratam:

1) DA POLÍTICA ESTADUAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS;

2) DAS DIRETRIZES APLICÁVEIS AOS RESÍDUOS SÓLIDOS;

3) DOS PLANOS DE RESÍDUOS SÓLIDOS;

4) DAS RESPONSABILIDADES DOS GERADORES E DO PODER PÚBLICO;

5) DOS RESÍDUOS PERIGOSOS;

6) DOS INSTRUMENTOS ECONÔMICOS;

7) DAS PROIBIÇÕES;

8) DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES;

9) DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS.

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Tereza Cristina Silveira de Andrade.

Em tempos de sustentabilidade e num cenário de grandes

transformações econômicas, tecnológicas e sociais, uma reflexão

sobre a aplicação da Lei 12.305/2010, que trata da Política

Nacional de Resíduos Sólidos, é oportuna e pertinente, pois

conclama a sociedade a refletir sobre o tripé da sustentabilidade,

em que o ambiental, o social e o econômico devem estar juntos

num processo equilibrado.

O grande diferencial dessa lei e seu maior desafio é que ela se

aplica aos mais diversos setores da economia e convoca todos os

atores sociais a adotarem novas práticas para a gestão de

resíduos.

Dentro dessa amplitude de aplicação, o comércio em geral, mais especificamente o varejo, já vem

sentindo os impactos da necessidade de gerenciar corretamente os resíduos gerados, o que vai além de uma

simples coleta do lixo produzido.

Atualmente, condomínios comerciais, residenciais, shoppings, associações comerciais,

supermercados, ou seja, todos estão convidados a estabelecer metas e descobrir formas de fazer melhor.

Utilizando o shopping como exemplo de um grande gerador de resíduos dos mais diferentes tipos,

fica clara a obrigatoriedade da elaboração de um plano de gerenciamento de resíduos e, em muitos casos, a

experiência bem sucedida pode até gerar receita e cumprir determinação legal.

Já existem alguns exemplos bem interessantes de shoppings colocando em prática esses

movimentos. Entre elas, podemos citar a do Shopping Metrópole, com foco na separação e na

destinação correta dos resíduos produzidos, que garantem a redução do lixo enviado aos aterros

sanitários. Segundo os executivos do local, o objetivo é realizar diversas ações com a meta de

minimizar os impactos no meio ambiente.

Para realizar a coleta correta, o empreendimento promove campanhas de

conscientização com os lojistas, funcionários e consumidores, e trabalha com empresas certificadas,

de acordo com a legislação vigente. Houve melhorias na destinação dos resíduos, a adequação de

espaço, como docas, e instalação de compactadores de papel e plástico.

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O resultado desses investimentos superou a expectativa do centro de compras. A meta de

reciclagem para 2013 foi de 29% e, até o mês de agosto, esse número foi superado, já que mais de

50% dos detritos foram reciclados.

Um shopping da região sul de São Paulo trabalha há mais de quatro anos a ideia da

sustentabilidade na gestão de seus resíduos com grande sucesso e o Boulevard Londrina Shopping já

iniciou suas atividades em maio do ano passado, considerando toda a estrutura para instalação de um

Programa de Gestão de Resíduos Sólidos desde a concepção do projeto.

Seguindo esta tendência, são vários os shoppings que têm aderido a um projeto

específico, composto, geralmente, por equipe multidisciplinar, desenvolvido em várias etapas e com a

reciclagem na fonte, de acordo com as regras pertinentes previstas na Resolução CONAMA

275/2001. Todo o projeto está baseado em treinamento e envolvimento de equipes e a criação de

cartilha ambiental customizada é um diferencial na sua implementação.

O sucesso do programa está em considerar a educação ambiental e a participação ativa

dos lojistas como ponto-chave e inicial do programa. A reciclagem e a correta destinação dos resíduos

é consequência e não causa primária. Após intenso trabalho e interação com os geradores do

shopping, a disposição final é simples, direta e ambientalmente correta.

O resultado desses investimentos superou a expectativa do centro de compras. A meta

de reciclagem para 2013 foi de 29% e, até o mês de agosto, esse número foi superado, já que mais

de 50% dos detritos foram reciclados.

Um shopping da região sul de São Paulo trabalha há mais de quatro anos a ideia da

sustentabilidade na gestão de seus resíduos com grande sucesso e o Boulevard Londrina Shopping já

iniciou suas atividades em maio do ano passado, considerando toda a estrutura para instalação de um

Programa de Gestão de Resíduos Sólidos desde a concepção do projeto.

Seguindo esta tendência, são vários os shoppings que têm aderido a um projeto

específico, composto, geralmente, por equipe multidisciplinar, desenvolvido em várias etapas e com a

reciclagem na fonte, de acordo com as regras pertinentes previstas na Resolução CONAMA

275/2001. Todo o projeto está baseado em treinamento e envolvimento de equipes e a criação de

cartilha ambiental customizada é um diferencial na sua implementação.

O sucesso do programa está em considerar a educação ambiental e a participação ativa

dos lojistas como ponto-chave e inicial do programa. A reciclagem e a correta destinação dos resíduos

é consequência e não causa primária. Após intenso trabalho e interação com os geradores do

shopping, a disposição final é simples, direta e ambientalmente correta.

Autora

Tereza Cristina Silveira de Andrade é sócia fundadora da Andrade Paulista – Soluções Sustentáveis e

atua no mercado de soluções ambientais há mais de 25 anos.

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30/05/2014 - 17h23 Comissões - Atualizado em 30/05/2014 - 17h23

Comissão debate novas tecnologias voltadas à reciclagem

A Subcomissão Temporária de Resíduos Sólidos, ligada à Comissão de Meio Ambiente,

Defesa do Consumidor e Fiscalização

e Controle (CMA), realiza na quarta-

feira (04/06) audiência pública com o

objetivo de discutir soluções e

tecnologias inovadoras voltadas à

reciclagem e a outras formas de

destinação de resíduos sólidos.

Presidida pelo senador Cícero Lucena

(PSDB-PB), a subcomissão foi

instalada no fim do ano passado para

acompanhar a implantação, pelas

prefeituras, das determinações da

Política Nacional

de Resíduos Sólidos. A política foi

sancionada em 2010, na forma da Lei 12.305, e os municípios têm até este ano para se adaptar às

normas.

Entre outros pontos, essa lei determina a elaboração de planos municipais de gestão

integrada de resíduos sólidos, prevendo a eliminação dos chamados lixões até agosto de 2014 e a

implantação de medidas para a coleta seletiva e a adoção de sistemas de logística reversa. Segundo

dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ainda existiam no Brasil 2.906 lixões

em 2008.

- A implantação da Política Nacional de Resíduos Sólidos envolve toda a sociedade

brasileira e todas as esferas federativas: União, estados e municípios. Não podemos, pois, deixar de

participar, nos termos das atribuições do Senado Federal, que incluem a fiscalização do Poder

Executivo, em sua efetiva implantação – afirmou Cícero Lucena.

Participarão do debate o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do

Ministério do Meio Ambiente, Ney Maranhão; o coordenador do Núcleo de Estudo e Pesquisa em

Resíduos Sólidos da Universidade de São Paulo, professor Valdir Schalch; o diretor técnico da Clean

Tech Soluções, Nicola Martorano; e o responsável pelo Laboratório de Resíduos e Áreas

Contaminadas do Instituto de Pesquisas Tecnológicas.

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29/05/2014

Conselho de Sustentabilidade da Fecomércio-RS se reúne para

tratar pautas do setor

O Conselho de Sustentabilidade

da Fecomércio-RS, coordenado

pelo vice-presidente Joarez

Miguel Venço, se reuniu nesta

quinta-feira, dia 29. Na pauta do

evento, que reuniu conselheiros

e equipe técnica, estavam o

desenvolvimento do Plano

Estadual de Resíduos Sólidos

do Rio Grande do Sul (PERS-

RS) e o Fórum de

Sustentabilidade da Fecomércio-

RS.

O representante da Secretaria

Estadual de Meio Ambiente (SEMA), André Goulart, afirmou que o desenvolvimento do PERS-RS

possibilita ao Estado o conhecimento do panorama atual, planejamento e execução de ações

buscando atender as metas de curto, médio e longo prazo, garantindo uma gestão integrada e

multidisciplinar através da responsabilidade compartilhada. A empresa Engebio foi contratada pela

SEMA, através de licitação, para desenvolver o plano. Os representantes da empresa Melissa Isawa e

Mario Saffer explicaram que o PERS-RS prevê como metas educação ambiental, coleta seletiva,

estímulo à comercialização de materiais recicláveis, inclusão de catadores e adoção de sistemas

ambientalmente adequados.

Segundo Melissa, a fase do plano atualmente está no processo de mobilização social dos

atores setoriais para a efetiva participação durante a elaboração do PERS-RS, assim como a busca

de informações para o diagnóstico da situação atual do estado. Saffer, que é engenheiro químico,

disse que a meta é discutir e ouvir todos os lados para a construção do Plano. “Queremos saber como

a Fecomércio-RS pode contribuir para desenvolvermos propostas de acordo com cada setor e região

para que o PERS-RS tenha a cara de cada um”, salientou.

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RESÍDUOS SÓLIDOS

Lançado site Residuaria

O advogado especialista em resíduos sólidos, Fabricio Soler, lançou o site Residuaria

(www.residuaria.com.br). O objetivo é promover e fomentar a capacitação, o treinamento e o

aperfeiçoamento sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).

“O foco é disseminar conhecimento de temas como sistema de logística reversa, acordo

setorial, responsabilidade compartilhada, ciclo de vida dos produtos, destinação e disposição final de

resíduos e rejeitos, aterro sanitário, plano de gerenciamento, acesso a recursos e financiamentos,

coleta seletiva, limpeza pública, cooperativas, entre outros,” explica Soler.

O público-alvo do site é formado por profissionais de engenharia (ambiental, química, civil,

de alimentos, produção, de minas, agronômica, entre outras), gestão ambiental, administração

pública, economia, direito, biologia, administração de empresa, farmácia, dentre outras carreiras, além

de estudantes de graduação, pós-graduação, agentes públicos, a exemplo de órgãos ambientais,

Tribunais de Contas, Ministério Público, Poder Judiciário, professores, empresários, entre outros

profissionais da área de sustentabilidade e interessados na matéria.

O site Residuaria propõe realizar cursos in company, palestras, workshops, treinamentos e

cursos, que podem ser customizados visando a atender demanda pontual e especifica, ou o módulo

PNRS, intitulado Gestão de Resíduos Sólidos, o que diz a lei. Para mais informações, acesse

www.residuaria.com.br.

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Nova política nacional de resíduos sólidos é desafio

enfrentado por prefeitos

29 de maio de 2014

A Lei nº 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), contém

instrumentos importantes para permitir o avanço necessário ao país no enfrentamento dos principais

problemas ambientais, sociais e econômicos decorrentes do manejo inadequado dos resíduos sólidos

urbanos. Ela estabelece o município como principal gestor dos resíduos sólidos e atribui não apenas o

manejo dos resíduos sólidos domiciliares e do serviço de limpeza urbana gerados, mas constitui a

Administração Pública Municipal o principal centro de informações e análise de resíduos sólidos.

Como os demais órgãos licenciadores possuem o dever jurídico de informar ao município

os planos de gerenciamento de geração sob suas respectivas competências, cabe primordialmente ao

município a gestão integrada dos resíduos.

O presidente da Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne)

e prefeito de Nova Araçá, Aícaro Umberto Ferrari, afirma que os municípios devem dar destinação

final diferente a atualmente praticada de enterrar o lixo e sugere uma alternativa: “Devemos investir

coletivamente na queima dos resíduos para geração de energia, evitando futuros passivos ambientais

e apostando na sustentabilidade socioambiental dos municípios”, explica.

Para Ferrari, o grande desafio é mudar alguns procedimentos que há décadas vêm

sendo adotados quanto à forma de destinação, formando inúmeros lixões e aterros que devem ser

regularizados, gerando custos aos municípios. Segundo o presidente, pela nova Lei, todo o custo de

coleta e destinação final dos resíduos acaba recaindo sobre a população.

“É bom para um lado, uma vez que os municípios se isentam dessa despesa, porém, a

implementação é difícil e, atualmente, grande parte dos custos é arcada pelos municípios que, de

forma abrupta, acaba repassando esses custos à população. Os municípios precisam ter capacidade

financeira e estrutural para operacionalizar a governança pública em face à gestão integrada de

resíduos sólidos, em consonância com a política nacional e estadual de resíduos sólidos”.

“É importante destacar a necessidade de implementação da logística reversa e a

utilização constante de programas e projetos de educação ambiental com foco na sustentabilidade,

sem esquecer a obrigação legal de revisão dos planos, demandando uma estrutura administrativa

para operação de todas as necessidades”, completa Ferrari.

O prefeito de Veranópolis e Conselheiro Fiscal da Amesne, Carlos Alberto Spanhol,

acredita que o formato de consórcio é a solução.

“O volume de resíduos precisa ser muito grande para ter sustentação e as prefeituras,

individualmente, não têm como arcar com isso sozinhas”.

Para ele, os 33 municípios que fazem parte da Associação precisam de uma resposta e

por isso, a Amesne junto com o Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável da Serra

Gaúcha (Cisga), já trabalha para buscar uma solução para o problema.

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Segunda-feira dia 12/05/2014

Fonte: Ministério do Meio Ambiente

Rede fluvial transportará resíduos sólidos no interior do Amazonas

MMA investe R$ 3,6 milhões na elaboração do plano

Como reflexo da diversidade do país e respeitando as especificidades da região, a gestão

de resíduos sólidos nos municípios do interior do Amazonas será feita por calhas de rios, afirmou a

secretária estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Kamila Amaral. A medida vai

nortear o processo de elaboração do Plano de Gestão e Gerenciamento de Resíduos Sólidos do

Estado e da Região Metropolitana de Manaus, anunciado esta semana pelo governo local.

Segundo a secretária, a gestão por calha de rios é o caminho mais adequado para

promover avanços nos sistemas de coleta e despejo adequado de lixo no interior, onde distâncias

geográficas são um entrave. O sistema de zoneamento de resíduos é inspirado nos modelos de

zoneamentos ecológicos e econômicos que viabilizam o desenvolvimento sustentável por

microrregiões.

“O plano estadual visa enxergar essas realidades e trazer ações que atendam cada

microrregião, fazendo um verdadeiro zoneamento de resíduos sólidos. Pela imensidão geográfica, a

opção mais inteligente e estratégica é trabalhar com as calhas de rios. Já temos zoneamentos

ecológicos e econômicos trabalhados na calha do Purus, Madeira e, na política de resíduos sólidos, a

estratégia será a mesma”, frisou a secretária, ressaltando que a nova política que será criada pelo

governo amazonense deve consolidar o trabalho feito com os planos municipais de resíduos sólidos,

aprovados em 58 municípios.

INVESTIMENTOS

O gerente de Projetos do Ministério do Meio Ambiente, Eduardo Rocha esteve presente

na assinatura dos termos de serviço para a elaboração dos planos e das portarias que nomeiam os

membros do Comitê Consultivo Estadual de Gestão e Gerenciamento de Resíduos Sólidos. “O ato

significa um avanço importante na implantação da Política Nacional de Resíduos Sólidos no estado”,

disse. “É muito importante essa articulação entre as três esferas de governo para que a política se

torne uma realidade.

O investimento do MMA na elaboração dos planos é de R$ 3,6 milhões, além da

contrapartida do governo do estado. A previsão de entrega dos planos contratados é de um ano.

Nesse período, além do levantamento de informações, audiências e consultas públicas ocorrerão nos

municípios para identificar problemas crônicos e buscar as alternativas.

DESAFIO

O grande desafio dos planos de gestão é promover avanços na implantação de aterros

sanitários em substituição aos lixões. Segundo o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas

(Ipaam), nenhum município do interior tem aterro sanitário. Em Manaus, o aterro encontra-se em

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Segunda-feira dia 12/05/2014

Fonte: Ministério do Meio Ambiente

Rede fluvial transportará resíduos sólidos no interior do Amazonas

processo de análise documental para a concessão de licenciamento.

Para a coleta de lixo nos municípios, o governo do estado avança em melhorias. Oito

municípios foram beneficiados, este ano, com caminhões para recolhimento de lixo. Em junho, outros

30 vão receber novos veículos, como parte da programação do Dia Mundial de Meio Ambiente.

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Terça-feira dia 13/05/2014

Fonte: Agência Brasil

Apenas 30% das cidades estabeleceram metas para diminuição de resíduos

Apenas 30% das cidades brasileiras estabeleceram metas para a redução de resíduos

sólidos, disse ontem (12) o coordenador do Instituto Lixo Zero, Rodrigo Sabatin. Ele participou de

seminário na Câmara Municipal de São Paulo e defendeu o planejamento e a mudança de rotina para

encaminhar quase todo o lixo de forma correta.

Para Sabatini, se a humanidade tem capacidade para criar e fabricar produtos, é capaz

também de planejar e gerenciar o descarte ou a reutilização do lixo. “Primeiro é preciso estabelecer

uma meta e planejar. Se encaminharmos 90% do lixo corretamente já é ótimo. Uma vez

estabelecendo uma meta, teremos profissionais estudando como chegar a essa meta. Esse é o

princípio do lixo zero. Queremos estimular a mudança de hábitos”, declarou.

Segundo o coordenador, o conceito de lixo zero precisa ser compreendido pela

população como algo que deve ser planejado para reduzir ao mínimo o envio de material para aterros

sanitários ou incineradores. Ele ressaltou que a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que obriga os

grandes geradores de lixo a estabelecer metas para a diminuição dos resíduos, pôs os municípios

numa corrida contra o tempo.

“Agora estamos em uma corrida muito perigosa porque não sabemos a qualidade dos

projetos que virão para planejarmos a administração dos resíduos. A lei diz que o grande gerador tem

de ter seu plano de gestão de resíduos sólidos. O número, nesse caso, é muito menor do que o de

cidades. Existe uma crença de que a lei vai ser prorrogada de alguma forma, mas o Ministério Público

já se pronunciou dizendo que vai fazer a lei ser cumprida”, alertou.

O vereador Ricardo Young (PPS) ressaltou que a única forma de transformar as cidades

em sustentáveis é transformá-las em espaços urbanos regeneradores de serviços ambientais. No

entanto, os centros urbanos funcionam recebendo os recursos naturais e os degradando.

“Simplesmente acumulamos e não devolvemos nem regeneramos nada. Um dos grandes esforços do

século 21 é mudar a natureza e o aglomerado urbano, transformando-o em espaço de reciclagem”,

declarou.

Young defendeu a ampliação da reciclagem para transformar centros urbanos em

concentrações capazes de reutilizar os resíduos: “Quanto mais conseguirmos recuperar, menor será

nossa agressão ao meio ambiente e mais condições teremos de reduzir o enorme risco gerado pelas

cidades”. Ele ressaltou que o município de São Paulo é pioneiro na aplicação da Lei de Resíduos

Sólidos.

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Terça-feira dia 20/05/2014

Fonte: Carta Capital

As cidades brasileiras

conseguirão tratar seu lixo?

As cidades precisam cumprir os prazos estabelecidos pela Lei de Resíduos Sólidos já no

começo de agosto.

A Copa do Mundo termina em 13 de julho e pouco menos de um mês mais tarde, em 2

de agosto, um novo desafio terá lugar e envolve a participação de todos os prefeitos brasileiros. Entre

um jogo e outro da copa, os administradores municipais deverão estar atentos ao cumprimento de

suas obrigações e que deveriam preocupa-los bem mais do que as possíveis vitórias ou derrotas do

escrete canarinho. Daqui a menos de três meses, vai se encerrar o prazo estipulado pela Política

Nacional de Resíduos Sólidos para que os municípios brasileiros deem destinação adequada aos

seus resíduos e rejeitos. Simplificando, todas as cidades brasileiras precisariam eliminar os lixões

ainda em atividade. Vale lembrar que ao menos 60% dos municípios do país despejam lá seus

resíduos. São mais de 3 mil lixões ainda em atividade, principalmente em pequenas e médias cidades

que, tristemente, permanecem em funcionamento pelo país afora.

Os lixões são depósitos absurdos sem qualquer controle e fontes de enormes impactos

ambientais causadoras de criminosas contaminações, por exemplo, do solo, dos lençóis freáticos,

fontes de água e até mesmo responsáveis pela proliferação de insetos transmissores de inúmeras

doenças. Portanto, um perigo constante à saúde e à qualidade de vida de todos. Esses lixões

precisarão dar lugar a aterros sanitários que, se não representam uma solução perfeita, ao menos são

locais mais adequados para o depósito dos rejeitos e que evitam problemas como os citados

anteriormente.

As cidades também possuem outras responsabilidades que precisam ser atendidas para

dar cumprimento a Lei Nacional de Resíduos Sólidos. Entre as mais importantes estão a adoção de

políticas de gestão eficiente dos resíduos para que a menor quantidade possível desses materiais

precise ser encaminhada para os aterros. E, para que isso seja possível, deverá ser acompanhada da

implantação ou ampliação da coleta seletiva com apoio efetivo ao trabalho desenvolvido pelas

cooperativas de catadores. Capacitar essas pessoas e dar-lhes condições dignas de trabalho são

requisitos fundamentais para o sucesso da lei e para a melhoria das condições de vida e trabalho

desses profissionais. Mais de um milhão de pessoas trabalham e sobrevivem da reciclagem, muitos

deles em condições bastante precárias.

Além, é claro, de se adotarem eficientes campanhas educativas para conscientizar e

engajar toda a sociedade para a importância dessas medidas. Essas são maneiras de, não só cumprir

a lei, mas de resolver um sério problema enfrentado quase sem exceção, em menor ou maior grau,

por todos os municípios do País.

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Terça-feira dia 20/05/2014

Fonte: Carta Capital

As cidades brasileiras conseguirão

tratar seu lixo?

Gestão estratégica para as cidades

Atualmente, segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e

Resíduos Especiais, cerca de 24 milhões de toneladas de resíduos ainda têm destino inadequado.

Materiais que poderiam voltar a cadeia produtiva das empresas ou reaproveitados pelas pessoas são

enviados para lixões e aterros apenas controlados – locais não adequados para receber os resíduos.

Mais grave ainda são as 6,2 milhões de toneladas de lixo que sequer são coletadas, sendo lançadas

em terrenos, valas, rios, ruas e terrenos baldios, em flagrante desrespeito as leis e ao bom senso.

É importante também destacar que, desde a aprovação da Lei Nacional de Resíduos

Sólidos em 2010, foram muitas as cidades que buscaram se adequar a essa nova realidade na gestão

dos resíduos. Por volta de 60% das quase 56 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos

coletados anualmente no País já têm destino ambientalmente adequado.

O Brasil produz mais de 220 mil toneladas de lixo domiciliar por dia, o que resulta em

mais de um quilo por pessoa. Ao menos 90% de todo esse material poderia ser reaproveitado,

reutilizado ou reciclado. Apenas 3% acabam sendo efetivamente reciclados para ter um destino mais

nobre do que o de se degradar e contaminar o nosso ambiente. Os especialistas calculam que o

Brasil deixa de ganhar ao menos 8 bilhões de reais por ano ao não reciclar toda essa grande

quantidade de resíduos gerados no país. Imagine também quantos empregos poderiam ser criados

caso tivéssemos toda essa cadeia produtiva em funcionamento.

A partir de agosto, as administrações municipais correrão o sério risco de responder por

crime ambiental e enfrentar ações de improbidade administrativa, inclusive com implicações de perda

de mandato se os resíduos não tiverem a destinação adequada. Esperemos que tais medidas não

sejam necessárias, afinal um ambiente saudável para se viver nas cidades brasileiras é algo que faz

parte das principais e corriqueiras atribuições de qualquer prefeito.

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Coordenador do Conselho de Sustentabilidade recebe

empresa que executará Plano

Estadual de Resíduos Sólidos

O coordenador do Conselho de Sustentabilidade

da Fecomércio-RS, Joarez Miguel Venço, recebeu

nesta segunda-feira, dia 12, as biólogas Melissa

Isawa e Maria Lúcia Coelho e a jornalista Cecy

Oliveira, da empresa Engebio. A empresa foi

contratada, através de licitação, para desenvolver

o Plano Estadual de Resíduos Sólidos do Rio

Grande do Sul (PERS-RS), que é um resultado do

convênio com o Ministério do Meio Ambiente

(MMA), conforme prevê a Política Nacional de

Resíduos Sólidos (PNRS). Também estava presente na reunião a executiva do Conselho, Adriane

Moraes.

O Plano em referência possibilita ao estado o conhecimento do panorama atual,

planejamento e execução de ações buscando atender as metas de curto, médio e longo prazo,

garantindo uma gestão integrada e multidisciplinar através da responsabilidade compartilhada.

Incluem-se nesse Plano, educação ambiental, coleta seletiva, estímulo à comercialização de materiais

recicláveis, inclusão de catadores e adoção de sistemas ambientalmente adequados. Na atual fase de

elaboração do Plano, está sendo realizado o processo de mobilização social dos atores setoriais para

a efetiva participação durante a elaboração do PERS-RS, assim como a busca de informações para o

diagnóstico da situação atual do para o diagnóstico da situação atual do estado.

A reunião desta tarde serviu para a sensibilização e participação do setor durante a

elaboração do plano. Segundo Melissa, é importante que a Fecomércio-RS participe da elaboração do

Plano através da mobilização do setor, discussão de metas e de ações. “A ideia de reunir todo mundo

durante a elaboração é para que o Plano tenha a cara de cada setor e esteja mais próximo da

realidade do dia a dia”, afirmou.

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Agência Câmara de Notícias

Municípios alegam não ter condições para extinguir lixões e criar aterros sanitários

Frente parlamentar ambientalista não quer prorrogação do prazo para os municípios cumprirem a lei, e estes poderão

responder por crime ambiental e ter de pagar multas de até R$ 50 milhões.

A lei (12.305/10) que definiu os parâmetros básicos para coleta, reciclagem, destinação

do lixo e conservação ambiental está prestes a completar quatro anos. A chamada Política Nacional

de Resíduos Sólidos, instituída pela lei, também estabeleceu um prazo para a extinção dos lixões e a

criação de aterros sanitários. O prazo é 2 de agosto deste ano, mas muitos municípios alegam não ter

condições de cumprir as metas estabelecidas.

Já a Frente Parlamentar Ambientalista não quer a prorrogação do prazo para os

municípios se adequarem à lei. Caso não cumpram a regra, os municípios vão responder por crime

ambiental. As multas previstas variam de R$ 5 mil a R$ 50 milhões.

10% cumpriram prazo

Segundo a Associação Nacional de Órgãos Municipais do Meio Ambiente, até agora

apenas 10% dos quase 3 mil municípios com lixões conseguiram solucionar o problema. Isso ocorre,

principalmente, por dificuldades financeiras, conforme explica o presidente da associação, Pedro

Wilson.

“Nós somos 5.600 municípios. É praticamente impossível fazer 5.600 aterros sanitários.

Mas nós podemos usar uma outra lei importante, que é a dos Consórcios Públicos”, diz Watson. “Aqui

mesmo, em Brasília, está se inaugurando um novo modelo: o primeiro consórcio interfederativo, Goiás

e Brasília, na região do entorno da capital. Em vez de fazer 40 aterros sanitários, vamos fazer 20,

vamos fazer 10.”

Críticas

O deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP) critica as prefeituras que pressionam para

estender o prazo para o fim dos lixões: “Se nós dilatarmos, vamos empurrar o problema. Daqui a dois

anos, se pede mais um adiamento. Para mim, e acho que para todos nós, é ponto de honra: lixão é

crime. Aquela figura da criança do lado do urubu, com o cachorro do lado, pegando uma coisa… não

pode. E tem jeito.”

Para o coordenador da Frente Ambientalista, deputado Sarney Filho (PV-MA), houve

avanços nesses quase 4 anos de vigência da Lei dos Resíduos Sólidos, mas ainda há um longo

caminho a ser percorrido.

“Eu diria que o fato de que todos os prazos da lei ou a maioria desses prazos está

atrasada, sofrendo boicotes, isso faz com que, de certa maneira, a gente atrase muito na solução

desse problema”, diz o deputado. “E esse é um problema que pode gerar a solução de outros

assuntos. A Alemanha hoje faz com que seu lixo seja aproveitado. Tudo que pode ser aproveitado é

aproveitado lá, e o que não pode, na maioria das vezes, serve para gerar energia e uma energia de

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Agência Câmara de Notícias

Municípios alegam não ter condições para extinguir lixões e criar aterros sanitários

qualidade limpa.”

Coleta seletiva

De acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos, a

coleta seletiva é feita por apenas 60% dos municípios brasileiros. No Centro-Oeste, por exemplo, só

32% dos municípios têm coleta seletiva, enquanto no Sudeste o índice chega a 80%.

O Plano Nacional de Resíduos Sólidos prevê que, primeiro, o município deverá

estabelecer a separação de resíduos secos e úmidos. Depois, progressivamente, deverá separar os

resíduos secos em tipos específicos, como vidro, plástico e papel.

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21/05/2014 - Meio Ambiente

Firmado termo de cooperação para

efetivação do Programa “RESsanear”

Para a efetivação do Programa “RESsanear” o

Subprocurador-Geral de Justiça para Assuntos

Institucionais, Marcelo Lemos Dornelles, assinou nesta

quarta-feira, 21, em nome Ministério Público, Termo de

Cooperação Operacional com a Federação das

Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs),

Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos

Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs) e a Companhia

Riograndense de Saneamento (Corsan).

O Termo de Cooperação propõe ações pontuais para a implementação de serviços,

infraestrutura e instalações operacionais de abastecimento de água potável, esgotamento sanitário,

limpeza urbana, drenagem pluvial e manejo de resíduos sólidos nos Municípios. Estão previstos a

elaboração e implantação dos Planos de Saneamento Básico e de Resíduos Sólidos Integrados nos

Municípios; a fiscalização do destino e tratamento dos esgotos domésticos e implementação, na forma

de projetos-piloto; e a formação de uma rede articulada na gestão de resíduos eletroeletrônicos e

lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista, atendendo às diretivas básicas

da legislação específica e ao Código de Proteção e Defesa do Consumidor.

Ao apresentar o Programa, o Procurador de Justiça Carlos Roberto Lima Paganella,

coordenador do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente, explicou que a intenção é

trazer o tema Saneamento Básico como foco prioritário nas atuações das instituições participantes.

“Pesquisas apontam que cada R$ 1,00 gasto em saneamento, representa R$ 4,00 de economia em

saúde”, justificou Paganella.

Para Marcelo Dornelles, apesar do programa ser de médio a longo prazo, é um começo.

“Colocamos esse tema como prioridade desde o início na primeira gestão de Eduardo de Lima Veiga,

ressaltou o Subprocurador, destacando o trabalho dos ex-Coordenadores dos Centros de Apoio

envolvidos: Marta Leiria Leal Pacheco, do Meio Ambiente, Josiane Camejo, do Urbanístico e Têmis

Limberger, do Consumidor.

Dornelles salientou, também, a política institucional do MP em construir soluções

conjuntas, invertendo a lógica de apenas cobrar o cumprimento da legislação.

O Diretor-Presidente da Corsan, Arnaldo Luiz Dutra, destacou a importância do

envolvimento da sociedade na questão. “Não adianta investirmos e a comunidade não separar seus

resíduos, não ligar suas residências à rede”, exemplificou.

Para o Conselheiro-Presidente da Agergs, Carlos Felisberto Garcia Martins, o Convênio

representa a consolidação de um trabalho que precisa ser realizado. O Presidente da Federação das

Associações de Municípios do Rio Grande do Sul, Valdir Andres, considera a união de esforços um

avanço. “Para um País considerado o 6ª ou 7ª da economia do mundo, ainda estamos muito longe

neste quesito”.

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RESÍDUOS SÓLIDOS - Notícia da edição impressa de 20/05/2014

Greve dos caçambeiros completa uma semana

Categoria reclama que não tem onde descartar material misturado oriundo da construção civil em

Porto Alegre.

Guacira critica falta de local para descartar resíduos da construção.

Há uma semana, os transportadores de tele-entulho de Porto Alegre

estão em greve por tempo indeterminado, porque alegam não ter

onde descartar os resíduos da construção civil – inclusive os

oriundos das obras no Beira-Rio. Durante este período, eles vêm

organizando protestos pelas ruas da Capital, piorando

consideravelmente o já caótico trânsito da cidade. A prefeitura

espera providenciar, em um mês, uma área na zona Norte para

depositar o material.

“Faz tempo que a prefeitura nos diz para aguardar mais um mês e

nada acontece”, contesta Guacira Ramos da Silva, presidente da

Associação dos Transportadores de Caçambas Estacionárias de Porto Alegre (ATCE). Até o início do

mês, a prefeitura de Canoas estava permitindo, mais uma vez, o descarte em seus depósitos, a

pedido da administração da Capital.

Ontem, os caçambeiros fizeram um novo ato. A concentração ocorreu na rua João

Moreira Maciel, próximo à ponte do Guaíba. Na semana passada, a Empresa Pública de Transporte e

Circulação (EPTC) multou cerca de 30 caminhões que participavam da carreata. As infrações

ocorreram pelo fato de os veículos terem trancado os cruzamentos durante o protesto. Cada motorista

foi punido com sete pontos na carteira de habilitação. A multa, gravíssima, custará R$ 191,37 para

cada um. “Nós vamos recorrer deste absurdo”, avisa Guacira.

Na sexta-feira, o vice-prefeito Sebastião Mello recebeu os representantes da categoria e

pediu à Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam) que libere a área, localizada na rua João

Paris, em dez dias. No entanto, mesmo que a prefeitura consiga autorizar a empresa Mecanicapina a

administrar o local no prazo prometido, o grupo precisa de mais um mês, no mínimo, para instalar

portaria, sistema de segurança e os equipamentos necessários para operar.

A prefeitura insiste que, até lá, os caçambeiros depositem os resíduos misturados em

locais pagos. Para a ATCE, o custo de R$ 150,00 de um tele-entulho terá que subir para subsidiar

“uma responsabilidade que não é nossa”. A lei municipal determina que o responsável pela separação

dos materiais descartados seja o próprio gerador do lixo.

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Capital quer reciclar 45%

de resíduos até 2016

Com a melhoria das Unidades de Triagem existentes e novas construções, Porto Alegre se manterá líder

entre capitais.

Freire anuncia capacitação dos catadores para a gestão do

negócio.

O início de trabalhos que visam a aumentar a quantidade de

material reciclado em Porto Alegre foi formalizado ontem, em

reunião do Fórum dos Catadores. Um estudo técnico com o

levantamento completo da situação das 16 Unidades de Triagem

(UTs) conveniadas com o Departamento Municipal de Limpeza

Urbana (DMLU) deve começar a ser realizado hoje pela

Cooperativa Mãos Verdes, contratada pela Braskem, que já

apresentou dados prévios. Além dessas, quatro estão sendo

implantadas e outras seis devem ser construídas. O trabalho é uma parceria entre a empresa e a

prefeitura, no Programa Todos Somos Porto Alegre.

A partir dessas informações, a prefeitura estimou que, para aumentar o índice atual de

recuperação dos materiais recicláveis provenientes de coleta pública de 18,33% para 45% até 2016,

será necessário criar mais quatro UTs e fazer melhorias nas que já existem. Com essa meta, Porto

Alegre se manterá líder entre as capitais em termos de reciclagem. Segundo o coordenador do

programa, Fernando Mello, o segundo lugar pertence a Curitiba, que deve passar de 13% para 43%

no mesmo período, e o terceiro a São Paulo, que pretende subir o percentual de 4,6% para 35%.

Se a meta for alcançada na Capital, os impactos devem ser sentidos na melhoria nas

condições de trabalho e no aumento de renda dos trabalhadores das UTs. O levantamento preliminar

apontou que serão necessários R$ 2,7 milhões em investimentos para melhoria da infraestrutura e R$

5,1 milhões para a construção das novas unidades. Os recursos virão do município e da Braskem, e

serão financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes).

Conforme o coordenador do estudo técnico na Mãos Verdes, Cassiano Tonheca, um

levantamento inicial realizado em 12 UTs constatou que os trabalhadores dos locais têm, em média,

30 anos, são de gênero feminino e atuam durante cerca de dois anos nas unidades. “Queremos

mudar esse quadro, que as pessoas permaneçam trabalhando nessa área, sintam que essa é a sua

profissão. Pretendemos dar uma assessoria que capacite os catadores, para que eles possam gerir

seu negócio e tenham um resultado econômico maior”, explica o diretor de relações institucionais no

Estado da Braskem, João Ruy Freire. A renda média mensal, hoje, é de R$ 812,00. Com os avanços,

o valor chegaria a R$ 1,1 mil, mais um percentual pago ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

A produtividade atual é de aproximadamente 1,9 tonelada por mês de material reciclado

por pessoa, quantidade que deve subir para 2,9 toneladas com a nova infraestrutura prevista. Os

equipamentos são obsoletos, a condição de ambiente de trabalho é inadequada, e a rede elétrica e o

escoamento pluvial estão em más condições.

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Capital quer reciclar 45% de resíduos até 2016

Há necessidade, também, de adequar as UTs à Licença de Operação (LO) fornecida pela

Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) até 2016. Isso inclui a definição de um Plano de

Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI). “Temos poucos extintores nas unidades e registramos

a ocorrência de incêndios ou focos de incêndio por causa disso”, salienta Tonheca. Além disso, os

trabalhadores pouco utilizam equipamentos de segurança de trabalho, hábito que deve ser

modificado.

Conforme o diretor-geral adjunto do DMLU, Vercidino Albarello, esse será um novo

patamar em termos de reciclagem em Porto Alegre. “A melhoria das condições de trabalho dos

catadores entrou definitivamente na nossa agenda. No ano passado, assumimos o compromisso de

aumentar a reciclagem e ficamos satisfeitos de ver que estamos caminhando, mesmo sabendo que

esse é apenas o início da caminhada”, afirma.

Atualmente, 511 pessoas trabalham nas Unidades de Triagem, número que deve

aumentar para 880. “Que vejamos o resultado no bolso de cada um que faz esse trabalho de

humanidade. Se ele não existisse, o planeta se esgotaria”, pondera Albarello.

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Caçambeiros protestam no

trânsito de Porto Alegre

Categoria alega que não há onde depositar os resíduos da construção civil.

Na Avenida Ipiranga, fila de caminhões com caçamba foi formada Foto: Lara Ely / Agência RBS

Reunidos desde a tarde de

ontem, caçambeiros realizaram

na manhã desta quarta-feira um

protesto na Lomba do Pinheiro.

Após ficarem concentrados por

mais de uma hora nas

imediações do Anfiteatro Pôr-do-

Sol, na Avenida Edvaldo Pereira

Paiva, cerca de 50 caminhões

que realizam o transporte de

caliças e estão paralisados desde

ontem trafegaram em comboio

até a Lomba do Pinheiro, bairro

onde fica um dos aterros licenciados para o depósito de caliça.

Desde a proibição da entrada dos caçambeiros no aterro de Canoas, os trabalhadores

estão sem local para destinar entulhos, caliças e resíduos da construção civil que não passaram por

triagem.

Antes de chegar à Lomba do pinheiro, os caminhões deslocaram-se pelas

Avenidas Ipiranga, Bento Gonçalves e João de Oliveira Remião.

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XVII Marcha: Planos Municipais de Saneamento e Resíduos Sólidos serão

debatidos em Arena Técnica

Por Carolina Abrahao em maio 5, 2014 |

Nos dia 14 e 15 de maio, os

participantes da XVII Marcha a Brasília em

Defesa dos Municípios poderão participar das

Arenas Técnicas promovidas pela Confederação

Nacional de Municípios. O espaço é reservado

para que os gestores recebam orientações e possam tirar dúvidas, de uma forma dinâmica e

interativa. Entre as áreas que terão espaço para apresentar temas relevantes para a administração

municipal está Saneamento Básico. Os principais assuntos a serem abordados são os Planos

Municipais de Saneamento Básico e os Planos Municipais de Gestão Integrada de Resíduos

Sólidos.

Os dois assuntos foram escolhidos pela relevância e pelos impactos trazidos às

administrações municipais. Tanto o Plano de Saneamento Básico quanto o de Resíduos Sólidos

contam com uma atuação forte da CNM no sentido de instruir as prefeituras a elaborarem os

documentos e evitarem sanções, bem como de ampliar os prazos e buscar apoio técnico e financeiro

da União para possibilitar aos Municípios a execução dos mesmos. Saneamento básico. O governo

federal atendeu pedido da CNM e regulamentou o Decreto 8.211/2014, que estabelece novo prazo

para a elaboração dos Planos Municipais de Saneamento Básico (PMSB): para 31 de dezembro de

2015.

Os Municípios devem implementar mecanismos de controle social, relativo às ações de

saneamento, por meio da aprovação de leis municipais até 31 de dezembro de 2014. Resíduos

Sólidos. Em relação aos Planos Municipais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS),

regulamentados pela Lei 12.305/2010, o prazo de elaboração venceu em agosto de 2012, e os

Municípios que não o entregaram estão impedidos de obter recursos da União para serviços de

limpeza urbana de manejo de resíduos sólidos.

No entanto, a Confederação orienta que o PMGIRS pode estar inserido no Plano de

Saneamento Básico, sendo uma oportunidade para que os Municípios que perderam o prazo para

elaborar o Plano de Resíduos Sólidos possam agora elaborá-lo e inseri-lo dentro dos Planos

Municipais de Saneamento Básico – desde que o conteúdo seja o estabelecido na Lei 12.305/2010.

Fonte: CNM.

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07.05.2014

3 de Agosto de 2014:

O fim dos lixões a céu aberto no

Brasil

Isaac Edington

O Brasil não deveria mais ter lixões a céu aberto em funcionamento a partir de 3 de

agosto, conforme determinação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), em vigor desde

2010. Contudo, a três meses do prazo, a meta não deverá ser cumprida, pois ao menos 2 mil

equipamentos desse tipo ainda recebem resíduos em todo o país, segundo estimativa da

Confederação Nacional dos Municípios (CNM).

A CNM, inclusive, já pediu ao governo a prorrogação do prazo do Plano Nacional. Entre

as cidades que não foram capazes de cumprir a meta nos últimos quatro anos, há três capitais: Porto

Velho, Belém e o Distrito Federal. Um estudo feito pela Associação Brasileira de Limpeza Públicas e

Resíduos Especiais (Abrelpe) mostra que 40% de todo o lixo produzido no Brasil têm destinação

inadequada.

Como os lixões não têm tratamento ambiental, a decomposição dos resíduos sólidos

contamina o solo e, consequentemente, lençóis subterrâneos de água. Além do vazamento do

chorume, o lixo produz gases poluentes e facilita a reprodução de insetos transmissores de doenças.

A PNRS prevê que as cidades desenvolvam planos de gestão do lixo em que os

catadores sejam incluídos de forma digna no sistema de coleta seletiva por meio de cooperativas.

Prefeitos de municípios que não conseguiram se adaptar à lei federal temem entrar na mira do

Ministério Público a partir de agosto. Eles podem ser processados por Crime Ambiental.

Prazo adiado?

Para evitar que isso ocorra, a CNM tem pedido para o governo federal adiar o prazo

referente ao encerramento das atividades dos lixões, alegando que as cidades não tiveram tempo,

nem receita suficiente para construir aterros sanitários e planos de coleta seletiva. O Ministério do

Meio Ambiente, por sua vez, já sinalizou que não pretende mudar a data.

A situação mais crítica no país é do Lixão da Estrutural, em Brasília, o maior da América

Latina, um terreno com o tamanho de 170 campos de futebol e uma montanha de lixo de 50 metros de

altura onde cerca de 2 mil catadores de material reciclável trabalham 24 horas por dia.

Questão “secundária”

O governo do Distrito Federal pretende fechar o equipamento até o fim do ano, quando

deve entrar em funcionamento um aterro sanitário em Samambaia, a 20 quilômetros da capital

federal. Outros três aterros devem ser construídos em parceria com os governos de seis municípios

vizinhos. Depois de ser fechado, o terreno terá que passar por um processo de recuperação.

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07.05.2014

3 de Agosto de 2014:

O fim dos lixões a céu aberto no Brasil

Duas propostas estão sendo estudadas. O custo deve variar entre R$ 300 milhões e R$

420 milhões, em um trabalho que pode levar até 30 anos.

O diretor-presidente da Abrelpe, Carlos Silva Filho, concorda que a sociedade, em geral,

está mais interessada em discutir temas relacionados à destinação adequada do lixo. Para ele,

porém, os políticos demoraram a se dar conta da importância do tema: “Muitos administradores

públicos têm a visão de que a questão dos resíduos sólidos é uma questão secundária.

Na visão deles, desativar um lixão e implementar a coleta seletiva não tem capital

político, não traz voto, nem tira. E isso fica em segundo plano”, afirmou Silva Filho ao jornal O Globo.

Ele cobra mais engajamento da sociedade. “A lei prevê avanços que devem ser conjugados entre

indústrias, municípios e cidadãos. Se o cidadão produz menos lixo, separa o material, também ajuda.”

Belém, no Pará, é outra capital que chegará a agosto sem cumprir a meta da PNRS.

Cerca de 1,6 mil catadores trabalham no Lixão do Aurá, que deve ter as portas fechadas dentro de um

ano, segundo o secretário municipal de Saneamento, Luiz Otávio Mota Pereira: “Acho que antes da lei

dos resíduos sólidos, muitos administradores estavam empurrando com a barriga e não se

preocupavam com o assunto. Mas chega uma hora que temos que levar isso a sério. É o que estamos

fazendo”, garantiu Pereira.

A prefeitura de Porto Velho, em Rondônia, também deve levar um ano para encerrar as

atividades do Lixão da Capital, atualmente único local utilizado para destinação dos resíduos sólidos.

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Lei determina que todos municípios gaúchos elaborem seus Planos

de Resíduos

Publicado em 08/05/2014

Luiz Henrique Machado do Nascimento é

responsável pela elaboração do Plano Estadual

de Resíduos Sólidos. Representando a

Secretaria Estadual do Meio Ambiente, ele fará

parte do painel de abertura do Seminário Cidade

Bem Tratada, no dia 15 de maio, e vai dar um

panorama geral sobre o estágio de

desenvolvimento dos trabalhos no Rio Grande

do Sul.

Com a promulgação da Lei 12.305/2010,

que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, estados e municípios passam a ter a obrigação

de elaborar seus Planos de Gestão de Resíduos Sólidos. No Rio Grande do Sul, o processo para a

elaboração do Plano Estadual de Resíduos Sólidos (PERS) ocorreu através de um contrato de

repasse entre o Ministério de Meio Ambiente (MMA) e a Secretaria Estadual de Meio Ambiente

(SEMA), com o aporte de R$ 1.750.000,00 (MMA) e contrapartida, por parte da SEMA, de R$

437.500,00.

De acordo com o Coordenador do PERS, Luiz Henrique Machado do Nascimento, a

Engebio, empresa contratada por licitação para realizar o trabalho, iniciou a elaboração do PERS em

outubro de 2013, e prevê concluí-lo em novembro de 2014.

“O PERS terá vigência por prazo indeterminado e apontará para um horizonte de atuação

de 20 anos, prevendo-se sua revisão a cada 4 anos”. Nascimento explica que o Plano contemplará as

seguintes metas: Projeto de Mobilização Social e Divulgação, Panorama dos Resíduos Sólidos no

Estado, Estudo de Regionalização e Proposição de Arranjos Intermunicipais, Estudos de Prospecção

e Escolha do Cenário de Referência e Diretrizes e Estratégias para a Implementação do PERS.

“Atualmente, os trabalhos encontram-se na fase final de elaboração do diagnóstico,

quando são levantadas as informações sobre todos os tipos de resíduos gerados no Estado. Após

esta etapa, os dados e informações levantadas regionalmente serão apresentados em 10 audiências

públicas regionais, que ocorrerão a partir do mês de junho em 10 cidades polo”, diz ele.

Cabe a cada município elaborar seu Plano Municipal de Gestão de Resíduos Sólidos,

com vistas a ter-se um panorama atual da gestão de todos os resíduos gerados nas cidades e, a partir

destas informações, trabalhar as melhores alternativas para novos modelos de gestão.

Nascimento explica, ainda, que após a conclusão do PERS, a SEMA irá dispor de um

documento com todas as informações e proposições oriundas das Audiências Públicas Regionais,

sistematizadas no Relatório Técnico Final. “A partir desta etapa, a SEMA dará seguimento a contatos

e reuniões com os gestores municipais, gestores empresariais responsáveis pela gestão dos resíduos

de sua competência, e com os movimentos sociais, visando à implantação de novos modelos de

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Lei determina que todos municípios gaúchos elaborem seus Planos

de Resíduos

gestão dos resíduos em acordo com as proposições citadas”, esclarece Nascimento.

Mini-curriculo: Luiz Henrique Machado do Nascimento é Engenheiro Agrônomo e Mestre em

Engenharia de Produção (UFRGS). Atua como consultor ambiental e atualmente é Coordenador do

Plano Estadual de Resíduos Sólidos pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente do RS.

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Canoas avança em questões de

saneamento básico

Sex, 09 de Maio de 2014 14:50

Em comparações com maiores cidades brasileiras, Canoas avança em questões de

saneamento básico. Pesquisa recente do Instituto Trata Brasil destaca trabalho do município sobre o

tema

Canoas - Em outubro do ano passado, o Instituto Trata Brasil divulgou um ranking anual

de saneamento básico. Na oportunidade, foram analisados os 100 maiores municípios brasileiros, e

Canoas que ocupava um incômodo lugar entre as 10 piores na avaliação anterior, manteve o baixo

desempenho, fechando o ano na 89ª posição. A falta de tratamento de esgoto foi mais uma vez, a

principal responsável pelo mau rendimento.

Para reverter esse quadro, o município avançou no tema e começa vislumbrar números e

índices melhores no saneamento básico. Nesta semana, o mesmo instituto revelou dado interessante,

mas dessa vez positivo para o município. Em nova pesquisa do Trata Brasil que analisa a situação

dos Planos Municipais de Saneamento Básico nas 100 maiores cidades brasileiras, somente 12

municípios cumprem integralmente ao marco regulatório de saneamento, e Canoas está na relação.

Dentre as seis cidades gaucham analisadas, Canoas é única no RS. Em 100 cidades brasileiras, 34

sequer tem Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB). 15 têm apenas plano com

abastecimento de água e esgoto sanitário e cinco contemplaram abastecimento de água, esgoto

sanitário e manejo de resíduos sólidos em seus PMSB. Nenhuma das outras cidades apresentou o

plano completo e em três cidades, não foi possível identificar os componentes contemplados. O plano

de saneamento é nada mais nada menos que um cronograma de ações, obras, objetivos para os

próximos nas cidades. Segundo o Instituto Trata Brasil, as 100 cidades analisadas em todo País

representam 40% da população brasileira e juntas somam mais 76 milhões de habitantes.

O secretário municipal de Meio Ambiente, Carlos Todeschini revela que com o plano,

Canoas tem a possibilidade concreta de dar um salto de qualidade no saneamento. Ele lembra que o

objetivo é alcançar 70% do esgoto coletado e tratado até 2017. “Com as obras do PAC 1 e 2, já

almejamos chegar em 30% ainda este ano”, pontua o secretário. Em 2011 (ano a que se refere o

primeiro levantamento do Trata Brasil), Canoas teve 17,35% do esgoto coletado e tratado, muito

abaixo da média brasileira, que é de 48,1%.

Plano ainda não é obrigatório

Apesar de a lei que regulamenta o PMSB ter sido sancionada em 2007, o plano ainda não é

obrigatório, pois a aplicação foi adiada ao menos três vezes desde então. Segundo a nova regulamentação,

todos os municípios brasileiros devem formular políticas públicas visando a universalização do saneamento

básico em todo País até o dezembro de 2015.

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Canoas avança em questões de

saneamento básico

Planejamento do saneamento básico

Segundo o presidente executivo do instituto, Édison Carlos, apesar da lei, não foram

criados incentivos para que os planos sejam criados. “O ruim da nova prorrogação é que ela não criou

nenhum incentivo para aqueles municípios que se empenharam em cumprir o prazo anterior nem

punições aos que pouco fizeram, mesmo após seis anos de vigor da lei. Os planos não entregues

prejudicam ainda mais a agilidade e o planejamento do saneamento básico nas cidades, que

precisam atrelar os avanços às regras de ocupação do solo, expansão imobiliária e a proteção das

áreas preservadas.”

PLANSAB

No final de 2013, o prefeito de Canoas, Jairo Jorge, assinou o decreto 413, que instituía o

Plano Municipal de Saneamento Básico (PLANSAB). No plano, estão constituídas políticas públicas

de saneamento básico, definição de metas e estratégias de governo para o setor nos próximos vinte

anos, como obras em redes de abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, limpeza

urbana e manejo de resíduos sólidos, e drenagem e manejo das águas pluviais urbanas.

Para investimentos em saneamento e esgoto, Canoas recebeu do Governo Federal mais

de R$ 215 milhões, valor originado do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2). Secretário

Todeschini destaca algumas obras importantes como a construção de sistemas de abastecimentos,

substituição de redes antigas e elevatórias (auxilia na vazão do esgoto). “Tudo está organizado no

plano que prevê uma integração de serviços: abastecimento, coleta, tratamento e drenagem urbana.

Foram ou serão executadas obras em vários bairros da cidade”, conclui. Ele ainda complementa que

o plano pode sofrer revisões ou até mesmo alterações de acordo com a necessidade para a

população.

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Mais leis multando no lixo

Muitas cidades de vários Estados estão imitando, como Porto Alegre, o Rio de

Janeiro na criação de leis, autorizando multar cidadãos sujos ou descuidados jogando lixo na

rua. Uma consulta simples no Google relaciona dezenas de nomes. Uma das mais recentes é

Manaus, mas elas já existem ou tramitam nas Câmaras de Vereadores de Santo André,

Santos, Guarulhos e São Vicente de São Paulo; Jaboatão dos Guararapes e Olinda na

Região Metropolitana do Recife; Campo Grande no Mato Grosso; Maringá no Paraná e

Camboriú, em Santa Catarina. Até um senador, Pedro Taques (PDT-MT) tem projeto

obrigando os municípios brasileiros a punirem com multa as pessoas que jogam lixo nas ruas.

No primeiro mês de aplicação da lei em Porto Alegre houve a emissão de 52 autos de

infração.

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13/05/2014 10h32 - Atualizado em 13/05/2014 10h52

Envie vídeos de separação de lixo para RBS TV Santa Cruz do Sul

Colaboração de telespectadores será mostrada no Jornal do Almoço.

Público pode enviar vídeos mostrando como separa o lixo em sua casa

Do G1 RS.

A RBS TV lança em Santa Cruz do Sul a campanha "Lixo Nosso de Cada Dia" e abre

espaço para os telespectadores participarem da ação e mostrarem como separam o lixo orgânico e o

seco em suas casas. A ideia é mostrar o material no Jornal do Almoço e convidar alguns

telespectadores para que participem ao vivo do programa.

O público é convidado a enviar fotos e vídeos através do VC no G1 RS. Santa Cruz do

Sul começou apenas no ano passado a fazer coleta seletiva. Atualmente, nove bairros da cidade

contam com o serviço. Entretanto, o restante da população, um total de quase 120 mil habitantes,

pode começar a separar o lixo em casa.

Para enviar os vídeos, fotos e sugestões de pauta basta clicar no link abaixo.O usuário

preencherá um rápido cadastro na globo.com, que servirá também para comentar outras matérias no

site doG1 ou enviar qualquer outro tipo de contribuição.

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quarta-feira, 7 de maio de 2014

O que fazer com o lixo?

Com diretrizes e metas de curto, médio e longo prazos, o Plano Estadual de Resíduos

Sólidos do Rio Grande do Sul será concluído em 2014.

Todo município brasileiro deve ter um plano

de saneamento básico tratando dos serviços

públicos de manejo de resíduos sólidos, de

limpeza urbana, de abastecimento de água,

de esgotamento sanitário e de drenagem e

manejo de águas pluviais. Apesar de ser

uma obrigação legal desde 2010, a maioria

ainda não tem. Após 31 de dezembro de

2015, a existência de plano de saneamento

básico será condição para o acesso a

recursos orçamentários da União ou a

recursos de financiamentos geridos ou

administrados por órgão ou entidade da administração pública federal, quando destinados a serviços

de saneamento básico.

O prazo, na verdade, era o final de 2013. Atendendo reivindicação da Associação

Brasileira de Municípios e da Associação Nacional de Serviços Municipais de Saneamento, a

presidente Dilma Roussef publicou decreto no dia 24 de março dando mais dois anos às

prefeituras. Segundo outra legislação recente, a da Política Nacional de Resíduos Sólidos, os

municípios brasileiros teriam até agosto de 2014 para terminar com os lixões a céu aberto. Tudo

indica que também não conseguirão. No final do ano passado, a Frente Nacional de Prefeitos já

reconheceu a impossibilidade de atender o prazo.

No Rio Grande do Sul, de acordo com a Fundação Estadual de Proteção Ambiental

(Fepam), ainda existem lixões em sete municípios: Viamão, Uruguaiana, Tupanciretã, São Gabriel,

Santa Margarida do Sul, Novo Machado e Ipiranga do Sul. Ijuí constava da lista, mas começou a

enviar seu lixo para uma central em Giruá. Situação semelhante ocorreu em Pelotas. O aterro

controlado da cidade, localizado em área urbana e sem as devidas proteções ambientais, foi fechado

pela Fepam. As 230 a 260 toneladas de lixo geradas diariamente pelos 328 mil habitantes estão

sendo levadas em oito caminhões para um aterro sanitário em Candiota, a 120 quilômetros. Ainda

segundo dados da Fepam, existem atualmente 16 aterros sanitários licenciados no Rio Grande do Sul

Prefeituras ganharam novo prazo para concluir planos de

saneamento básico. Foto: Igor Sperotto

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quarta-feira, 7 de maio de 2014

O que fazer com o lixo?

que recebem lixo de mais de um município. Candiota, operado

pela empresa Meioeste Ambiental, de Caçador (SC), é um

deles. O maior fica em Minas do Leão, para onde vai o lixo da

capital.

Responsabilidade compartilhada

O Rio Grande do Sul deverá ter em 2014

seu Plano Estadual de Resíduos Sólidos (Pers-RS),

com diretrizes e metas de curto, médio e longo prazos. Para

elaborar o estudo, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente

assinou contrato com a empresa Engebio Engenharia. Um site

sobre o tema já foi lançado para garantir transparência ao processo: www.pers.rs.gov.br . Dez

audiências públicas serão realizadas até o final do primeiro semestre em Porto Alegre, Osório, Rio

Grande, Caxias do Sul, Passo Fundo, Frederico Westphalen, Santa Rosa, São Borja, Santa Maria e

Santana do Livramento.

Entre os objetivos do Pers-RS, cujo mote é gestão integrada e responsabilidade

compartilhada, estão a realização do diagnóstico da geração, quantificação e destino final dos

resíduos sólidos de todo o estado e o planejamento da erradicação e recuperação de áreas

degradadas pela disposição irregular.

“Ainda falta muita conscientização”

“Se o lixo que vem pra cá chegasse mais limpo ganharíamos mais. Muitas pessoas não

estão nem aí. Muitas vezes o caminhão que coleta lixo seco para o Sanep chega aqui com menos da

metade da carga. Por quê? Ainda falta muita conscientização”, lamenta Elaine rützmann, 58 anos

anos, que trabalha há nove anos no galpão de reciclagem da Cooperativa de Agentes Ambientais do

Fraget, criada há 12 anos com apoio do Sesi, Banco do Brasil, Vonpar, Caixa Econômica Federal e

Sanep.

Trabalham na cooperativa 19 pessoas, 8 horas por dia. Cada uma ganha R$ 900,00 por

mês, R$ 400,00 do Sanep e o restante da venda das 45 a 50 toneladas de lixo. São 30 itens, entre

eles papelão marrom, caixas de leite, papel branco (o mais valioso), papel misto, revista, jornal, PET,

embalagem de clorofila, filme plástico, latinha de alumínio e cobre. O que não vem nos caminhões da

Revita, empresa contratada pela Prefeitura para fazer a coleta seletiva, eles buscam em empresas

Galpão de reciclagem da Cooperativa de Agentes

Ambientais do Fraget em Pelotas.

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quarta-feira, 7 de maio de 2014

O que fazer com o lixo?Recursos federais só com controle social

Além de dar mais dois anos para os municípios

elaborarem o plano de saneamento básico,

o Decreto federal 8.211 de 21 de março de

2014 também determinou que “após 31 de

dezembro de 2014 será vedado o acesso aos

recursos federais ou aos geridos ou

administrados por órgão ou entidade da União,

quando destinados a serviços de saneamento

básico, àqueles titulares de serviços públicos de

saneamento básico que não instituírem, por

meio de legislação específica, o controle social

realizado por órgão colegiado”.

CONCEITOS:

Resíduos sólidos

Material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade, a

cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se

está obrigado a proceder, nos estados sólido ou

semissólido, bem como gases contidos em recipientes e

líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu

lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos

d’água, ou exijam para isso soluções técnicas ou

economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia

disponível.

Logística Reversa

Instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações,

procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor

empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação

final ambientalmente adequada.

Lei Federal 12.305

Fonte: Jornal Extra Classe - Ano 19 - Abril/2014

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A três meses do prazo, Brasil ainda tem 2 mil lixões em

funcionamento

O Brasil não

deveria mais ter lixões a céu

aberto em funcionamento a

partir de 3 de agosto,

conforme determinação da

Política Nacional de Resíduos

Sólidos (PNRS), em vigor

desde 2010. Contudo, a três

meses do prazo, a meta não

deverá ser cumprida, pois ao

menos 2 mil equipamentos

desse tipo ainda recebem

resíduos em todo o país,

segundo estimativa da

Confederação Nacional dos Municípios (CNM).

A CNM, inclusive, já pediu ao governo a prorrogação do prazo do Plano Nacional. Entre

as cidades que não foram capazes de cumprir a meta nos últimos quatro anos, há três capitais: Porto

Velho, Belém e o Distrito Federal. Um estudo feito pela Associação Brasileira de Limpeza Públicas e

Resíduos Especiais (Abrelpe) mostra que 40% de todo o lixo produzido no Brasil têm destinação

inadequada.

Como os lixões não têm tratamento ambiental, a decomposição dos resíduos sólidos

contamina o solo e, consequentemente, lençóis subterrâneos de água. Além do vazamento do

chorume, o lixo produz gases poluentes e facilita a reprodução de insetos transmissores de doenças.

A PNRS prevê que as cidades desenvolvam planos de gestão do lixo em que os

catadores sejam incluídos de forma digna no sistema de coleta seletiva por meio de cooperativas.

Prefeitos de municípios que não conseguiram se adaptar à lei federal temem entrar na mira do

Ministério Público a partir de agosto. Eles podem ser processados por Crime Ambiental.

Prazo adiado?

Para evitar que isso ocorra, a CNM tem pedido para o governo federal adiar o prazo

referente ao encerramento das atividades dos lixões, alegando que as cidades não tiveram tempo,

nem receita suficiente para construir aterros sanitários e planos de coleta seletiva. O Ministério do

Meio Ambiente, por sua vez, já sinalizou que não pretende mudar a data.

A situação mais crítica no país é do Lixão da Estrutural, em Brasília, o maior da América

Latina, um terreno com o tamanho de 170 campos de futebol e uma montanha de lixo de 50 metros de

altura onde cerca de 2 mil catadores de material reciclável trabalham 24 horas por dia.

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A três meses do prazo, Brasil ainda tem 2 mil lixões em

funcionamento

Questão “secundária”

O governo do Distrito Federal pretende fechar o equipamento até o fim do ano, quando

deve entrar em funcionamento um aterro sanitário em Samambaia, a 20 quilômetros da capital

federal. Outros três aterros devem ser construídos em parceria com os governos de seis municípios

vizinhos. Depois de ser fechado, o terreno terá que passar por um processo de recuperação. Duas

propostas estão sendo estudadas. O custo deve variar entre R$ 300 milhões e R$ 420 milhões, em

um trabalho que pode levar até 30 anos.

O diretor-presidente da Abrelpe, Carlos Silva Filho, concorda que a sociedade, em geral,

está mais interessada em discutir temas relacionados à destinação adequada do lixo. Para ele,

porém, os políticos demoraram a se dar conta da importância do tema: “Muitos administradores

públicos têm a visão de que a questão dos resíduos sólidos é uma questão secundária.

Na visão deles, desativar um lixão e implementar a coleta seletiva não tem capital

político, não traz voto, nem tira. E isso fica em segundo plano”, afirmou Silva Filho ao jornal O Globo.

Ele cobra mais engajamento da sociedade. “A lei prevê avanços que devem ser conjugados entre

indústrias, municípios e cidadãos. Se o cidadão produz menos lixo, separa o material, também ajuda.”

Belém, no Pará, é outra capital que chegará a agosto sem cumprir a meta da PNRS.

Cerca de 1,6 mil catadores trabalham no Lixão do Aurá, que deve ter as portas fechadas dentro de um

ano, segundo o secretário municipal de Saneamento, Luiz Otávio Mota Pereira: “Acho que antes da lei

dos resíduos sólidos, muitos administradores estavam empurrando com a barriga e não se

preocupavam com o assunto. Mas chega uma hora que temos que levar isso a sério. É o que estamos

fazendo”, garantiu Pereira.

A prefeitura de Porto Velho, em Rondônia, também deve levar um ano para encerrar as

atividades do Lixão da Capital, atualmente único local utilizado para destinação dos resíduos sólidos.

* Publicado originalmente no site EcoD.

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Porto Alegre debate a Gestão Sustentável

dos Resíduos Sólidos

A 3ª edição do Seminário Cidade Bem Tratada: Gestão Sustentável de Resíduos Sólidos,

que acontece nos dias 15 e 16 de maio, na Câmara Municipal de Porto Alegre, vai reunir especialistas

do Brasil e de Portugal para debater um dos problemas mais emergenciais da modernidade: o que

fazer com a quantidade de resíduos gerados, uma responsabilidade dos setores público e privado.

De acordo com o Ministério Público do Estado, cada brasileiro produz, em média, 383,2

quilos de lixo por ano (dados de 2012) e, embora a coleta de resíduos chegue a 90,7% da população

brasileira, os dados mostram que não chegamos a 10% do potencial de reciclagem que temos.

Organizado pela Associação TodaVida, dirigida pelo advogado e consultor ambiental Beto

Moesch, e pela Câmara Municipal de Porto Alegre, o Seminário Cidade Bem Tratada abordará

questões como a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), o Plano Estadual de Resíduos

Sólidos e sua implementação no Rio Grande do Sul, os desafios da Logística Reversa, a participação

dos catadores na cadeia de reciclagem, aproveitamento energético dos aterros sanitários, além de

apresentar cases concretos sobre a destinação de resíduos de medicamentos, construção civil, óleos

lubrificantes, embalagens e outros.

O Seminário Cidade Bem Tratada tem entrada gratuita. Mais de 1.200 pessoas já estão

inscritas para assistir aos dois dias de debates. Informações e inscrições no site http://

cidadebemtratada2014.wordpress.com/

De acordo com o organizador do Seminário, Beto Moesch, esta é uma excelente

oportunidade para a sociedade debater e refletir sobre o modelo de gestão de resíduos que temos

hoje: “A PNRS estabelece, entre outras coisas, o sistema da logística reversa, ou seja, a devolução e o

tratamento adequado de resíduos de alguns setores produtivos, como o de embalagens de

agrotóxicos, de pilhas e baterias, de pneus, de óleos lubrificantes e de eletroeletrônicos, impondo

responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos aos fabricantes, importadores,

distribuidores e comerciantes”.

Para ele, o gerador deve se responsabilizar pela destinação dos resíduos originados pelos

produtos que colocam no mercado. Mas os acordos setoriais entre Ministério do Meio Ambiente e os

diversos segmentos produtivos estão a passos lentos e com metas muito modestas. “Qualquer produto

deveria ter logística reversa obrigatória, com meta definida, para garantir a reciclagem, como já

acontece na Comunidade Europeia”, afirma Moesch. Ele propõe que os governos incentivem

tributariamente os processos e produtos que evitam, reaproveitam e reciclam resíduos.

Municípios têm até o mês de agosto para extinguir seus lixões

Somente em Porto Alegre, 1.500 toneladas de resíduos sólidos vão para a estação de

transbordo por dia, das quais apenas 150 toneladas são destinadas aos galpões de triagem. Assim,

90% do material coletado acabam nos aterros sanitários, o que gera uma sobrecarga para o sistema de

tratamento e a insustentabilidade do modelo.

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Porto Alegre debate a Gestão Sustentável

dos Resíduos Sólidos

De acordo com a Lei Federal 12.305/10, os municípios brasileiros têm até o mês de Agosto

para extinguir seus lixões e adotar aterros sanitários. No Brasil, 50 milhões de brasileiros ainda não

contam com o tratamento adequado dos seus resíduos sólidos, o que representa cerca de 30% da

população País. O não cumprimento da Lei acarretará em ações do Ministério Público para o

enquadramento dos gestores públicos na Lei dos Crimes Ambientais.

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País ainda tem 2 mil lixões a três meses de prazo final

Confederação dos Municípios quer ampliar prazo que previa extinção

desses equipamentos até agosto.

Tiago Dantas (Email) - Publicado:4/05/14 - 21h08

Catadores. A Política de Resíduos prevê que as cidades desenvolvam planos de

participação de cooperativas de coleta

seletiva Agência O Globo / Jorge William.

SÃO PAULO - Pela Política Nacional de

Resíduos Sólidos (PNRS), em vigor desde

2010, o Brasil não deveria mais ter lixão a

céu aberto em funcionamento a partir de 3

de agosto deste ano. A quatro meses do

prazo, porém, a meta não deverá ser

cumprida. Ao menos 2 mil equipamentos

desse tipo ainda recebem lixo em todo o

país, segundo estimativa da Confederação

Nacional dos Municípios (CNM), que já

pediu ao governo a prorrogação do prazo

do Plano Nacional. Entre as cidades que

não foram capazes de cumprir a meta nos últimos quatro anos, há três capitais: Porto Velho, Belém e

o próprio Distrito Federal.

Um estudo feito pela Associação Brasileira de Limpeza Pública e Resíduos Especiais

(Abrelpe) mostra que 40% de todo o lixo produzido no Brasil não tem destinação adequada. Como os

lixões não têm tratamento ambiental, a decomposição dos resíduos sólidos contamina o solo e,

consequentemente, lençóis subterrâneos de água. Além do vazamento do chorume, o lixo produz

gases poluentes e facilita a reprodução de insetos transmissores de doenças.

A situação se agrava com a presença de catadores de material reciclável, que reviram o

material em busca de algo que possam vender para usinas de reciclagem, em meio a tratores,

caminhões de lixo e outros equipamentos pesados. A PNRS prevê que as cidades desenvolvam

planos de gestão do lixo em que os catadores sejam incluídos de forma digna no sistema de coleta

seletiva por meio de cooperativas.

Prefeitos de municípios que não conseguiram se adaptar à lei federal temem entrar na

mira do Ministério Público a partir de agosto. Eles podem ser processados por crime ambiental. Para

evitar que isso ocorra, a CNM tem pedido para o governo federal adiar o prazo para o encerramento

das atividades dos lixões, alegando que as cidades não tiveram tempo, nem receita suficiente para

construir aterros sanitários e planos de coleta seletiva. O Ministério do Meio Ambiente, por sua vez, já

sinalizou que não pretende mudar a data.

A situação mais crítica no país é do Lixão da Estrutural, em Brasília, o maior da América

Latina, um terreno com o tamanho de 170 campos de futebol e uma montanha de lixo de 50 metros de

altura onde cerca de 2 mil catadores de material reciclável trabalham 24 horas por dia..

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País ainda tem 2 mil lixões a três meses de prazo final

1,6 mil catadores em Belém

O governo do Distrito Federal pretende fechar o equipamento até o fim do ano, quando

deve entrar em funcionamento um aterro sanitário em Samambaia, a 20 quilômetros da capital

federal. Outros três aterros devem ser construídos em parceria com os governos de seis municípios

vizinhos. Após ser fechado, o terreno terá que passar por um processo de recuperação. Duas

propostas estão sendo estudadas. O custo deve variar entre R$ 300 milhões e R$ 420 milhões, em

um trabalho que pode levar até 30 anos.

- O lixão não deveria mais ser usado desde 2007, mas não tem para onde levar todo o

lixo do Distrito Federal. Chegam lá cerca de 3 mil toneladas de lixo domiciliar e 5 mil toneladas de

resíduos da construção civil por dia - afirma o subsecretário de Políticas de Resíduos Sólidos da

Secretaria do Meio Ambiente, Paulo Celso dos Reis Gomes. - O encerramento de qualquer lixão é

complexo. E esse, pelo tamanho, é ainda pior - completa ele.

Em 4 de abril, um catador morreu no Lixão da Estrutural, atropelado por uma máquina

pesada ao tentar recolher material durante a madrugada. Acidentes acontecem com certa frequência,

segundo Alex Cardoso, integrante do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis,

mas nem sempre geram repercussão:

- Como os lixões estão em locais afastados, há muita violência, briga, exploração entre

catadores, mas isso não ganha a atenção das pessoas - afirma o catador, que, ainda assim, vê uma

melhora após a publicação da PNRS. - Cinco anos atrás, se a gente fosse fazer um debate sobre

resíduos sólidos, ninguém ia parar para ouvir. Hoje é diferente. A sociedade adere ao debate, fala

mais sobre reciclagem - diz Cardoso.

O diretor-presidente da Abrelpe, Carlos Silva Filho, concorda que a sociedade, em geral,

está mais interessada em discutir temas relacionados à destinação adequada do lixo. Para ele,

porém, os políticos demoraram a se dar conta da importância do tema:

- Muitos administradores públicos tem a visão de que a questão dos resíduos sólidos é

uma questão secundária. Na visão deles, desativar um lixão e implementar a coleta seletiva não tem

capital político, não traz voto, nem tira. E isso fica em segundo plano - afirma Silva Filho, que cobra

mais engajamento da sociedade. - A lei prevê avanços que devem ser conjugados entre indústrias,

municípios e cidadãos. Se o cidadão produz menos lixo, separa o material, também ajuda.

Belém, no Pará, é outra capital que chegará a agosto sem cumprir a meta da PNRS.

Cerca de 1,6 mil catadores trabalham no Lixão do Aurá, que deve ter as portas fechadas dentro de um

ano, segundo o secretário municipal de Saneamento, Luiz Otávio Mota Pereira:

- Acho que antes da lei dos resíduos sólidos, muitos administradores estavam

empurrando com a barriga e não se preocupavam com o assunto. Mas chega uma hora que temos

que levar isso a sério. É o que estamos fazendo - disse Pereira.

A prefeitura de Porto Velho, em Rondônia, também deve levar um ano para encerrar as

atividades do Lixão da Capital, atualmente único local utilizado para destinação dos resíduos sólidos.

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País ainda tem 2 mil lixões a três meses de prazo final

No Rio, 22 lixões em funcionamento

O estado do Rio de Janeiro tem 22 lixões ainda em funcionamento, segundo a Secretaria

do Ambiente. Eles recebem 6,5% de todos os resíduos sólidos gerados no território fluminense. O

governo pretende encerrar a atividade dos equipamentos até o fim do ano, também após o prazo

estipulado pela Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Para cumprir a meta, o governo lançou em 2011 o Programa Lixão Zero, que já fechou 50

lixões. Entre os terrenos que foram recuperados ou estão passando por processo de recuperação

ambiental estão lixões de Angra dos Reis, Petrópolis, Niterói, Volta Redonda, Nova Iguaçu e Macaé.

De acordo com a secretaria, em 2007, 76 dos 92 municípios do estado descartavam seus

resíduos em lixões. Apenas quatro cidades utilizavam aterros sanitários. No fim de 2013, ainda

segundo o governo, 62 cidades descartavam o lixo em local “ambientalmente seguro”.

O programa Lixão Zero investiu em subsídios a municípios e investimentos na construção

de aterros para consórcios intermunicipais, entre outras ações. O estado do Rio tem 22 lixões ainda

em funcionamento, segundo a Secretaria do Ambiente. Eles recebem 6,5% de todos os resíduos

sólidos gerados no território fluminense. O governo pretende encerrar a atividade dos equipamentos

até o fim do ano, também após o prazo estipulado pela Política Nacional de Resíduos Sólidos.

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Paim diz que o Brasil perde

R$ 8 bi por ano por não reciclar o lixo

O senador Paulo Paim (PT-RS) afirmou que

o Brasil deixa de ganhar R$ 8 bilhões por

ano por não reciclar todo o lixo que pode

ser reaproveitado. E isso ocorre

principalmente porque ainda não existe

uma coleta seletiva em todo o país, como

exige a política nacional de resíduos

sólidos.

Segundo o senador, metade do lixo urbano

produzido no Brasil ainda é jogada nos

lixões, que devem ser extintos até agosto desse ano. Ele lamentou, no entanto, que muitos municípios

não estejam fazendo nada para que isso se torne realidade e disse que Santa Catarina é o único

estado que já eliminou os lixões de seu território.

Paulo Paim disse que, até o final de 2013, o Brasil tinha quase 3 mil lixões em atividade e

apenas 1,4% das 189 mil toneladas de lixo urbano produzidas por dia no país era reciclado. Para

mudar isso, ele propõe que o Congresso destine recursos no orçamento para a efetiva implantação da

política nacional de resíduos sólidos.

- É necessário que todos se conscientizem sobre o quanto é importante separar o lixo,

sobre o lucro que isso pode gerar e os imensos benefícios dessa ação em todos os sentidos: saúde ,

trabalho, renda, qualidade de vida e meio ambiente. Esse princípio precisa ser acertado em nossa

cultura - afirmou o senador.