maio de 2013 brasil parnanguara assume o modernizar sim ... · tiba, e presidida pelo governa-dor...

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Modernizar sim, privatizar NÃO! > NOTÍCIA Produção cultural do litoral Página 7 Diversidade sexual ainda é tabu Página 2 O que muda nas relações de trabalho com a PEC das domésticas Página 4 Sociedade em Destaque Página 8 O Modernizar sim, privatizar NÃO! Circula em todos os municípios do Litoral Paranaense e Capital PRATICANDO JORNALISMO CIDADÃO, ÉTICO E INOVADOR SÓ 0,50 Parnanguara assume o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do Paraná parnanguara Paulo Ros- si, presidente da UGT- PARANÁ (União Ge- ral dos Trabalhadores), tomou posse no CDES/ PR- Conselho de Desenvolvi- mento Econômico e Social do Paraná, dia 22/04. A solenidade foi no Palácio Iguaçu, em Curi- tiba, e presidida pelo governa- dor Beto Richa. Esse conselho é tripartite - formado por 41 representantes de órgãos públicos estaduais, trabalhadores e empresários. De acordo com Paulo Rossi, a reativação do Conselho era uma reivindicação antiga da entida- de. "O desenvolvimento social e econômico do Paraná passa por uma ampla discussão das políticas públicas, principal- mente com os trabalhadores", disse ele. Rossi criticou o texto da Medida Provisória 595 (MP dos Portos) do governo federal e que transfere do Governo do Paraná para a União o controle sobre os projetos de expansão do Porto de Paranaguá. "Não podemos concordar com a pres- sa da ministra Gleisi e da presi- dente Dilma em privatizar o nosso porto. Não temos medo da modernização, mas a nossa preocupação é com os postos de trabalho destas pessoas que hoje atuam no porto. Caso essa medida seja aprovada, cente- nas de trabalhadores com ida- de acima de 50 anos perderão seus empregos. Qual empresá- rio vai querer contratar um tra- balhador com idade avançada para um porto privado?", dis- se Rossi. PARANÁ BRASIL A intenção do governo federal de aprovar a Medida Provisória 595, uniu governo estadual, trabalhadores e empresários que querem a modernização dos portos, mas sem a privatização do patrimônio brasileiro. Página 5 Página 3 O vereador parnanguara Márcio Costa fala de sua vida pública Foto: Asscom/Appa Foto: MGS/GL Foto: MGS/GL MAIO DE 2013 ANO I - Nº 01 Paulo Rossi (dir.) com o governador Beto Richa na posse do CDES/PR

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Page 1: MAIO DE 2013 BRASIL Parnanguara assume o Modernizar sim ... · tiba, e presidida pelo governa-dor Beto Richa. Esse conselho é tripartite - ... BEM MANSO FICA ELE - referindo-se a

Modernizar sim, privatizar NÃO!> NOTÍCIA

Produção cultural

do litoral Página 7

Diversidade sexualainda é tabu Página 2

O que muda nas relaçõesde trabalho com a PECdas domésticas Página 4

Sociedadeem Destaque Página 8

O

Modernizar sim, privatizar NÃO!

Circula em todos os municípiosdo Litoral Paranaense e Capital

PRATICANDO JORNALISMO CIDADÃO, ÉTICO E INOVADOR

SÓ 0,50

Parnanguara assume oConselho de DesenvolvimentoEconômico e Social do Paraná

parnanguara Paulo Ros-si, presidente da UGT-PARANÁ (União Ge-ral dos Trabalhadores),tomou posse no CDES/

PR- Conselho de Desenvolvi-mento Econômico e Social doParaná, dia 22/04. A solenidadefoi no Palácio Iguaçu, em Curi-tiba, e presidida pelo governa-dor Beto Richa.

Esse conselho é tripartite -formado por 41 representantesde órgãos públicos estaduais,trabalhadores e empresários. Deacordo com Paulo Rossi, areativação do Conselho era umareivindicação antiga da entida-de. "O desenvolvimento sociale econômico do Paraná passapor uma ampla discussão daspolíticas públicas, principal-mente com os trabalhadores",

disse ele. Rossi criticou o textoda Medida Provisória 595 (MPdos Portos) do governo federale que transfere do Governo doParaná para a União o controlesobre os projetos de expansãodo Porto de Paranaguá. "Nãopodemos concordar com a pres-sa da ministra Gleisi e da presi-dente Dilma em privatizar onosso porto. Não temos medoda modernização, mas a nossapreocupação é com os postosde trabalho destas pessoas quehoje atuam no porto. Caso essamedida seja aprovada, cente-nas de trabalhadores com ida-de acima de 50 anos perderãoseus empregos. Qual empresá-rio vai querer contratar um tra-balhador com idade avançadapara um porto privado?", dis-se Rossi.

PARANÁBRASIL

A intenção do governo federal de aprovar a Medida Provisória 595, uniu governoestadual, trabalhadores e empresários que querem a modernização dos portos,

mas sem a privatização do patrimônio brasileiro. Página 5

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O vereadorparnanguaraMárcio Costa falade sua vida pública

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MAIO DE 2013

ANO I - Nº 01

Paulo Rossi (dir.) com o governador Beto Richa na posse do CDES/PR

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> CURIOSIDADES

CONHECENDO O 'PARNANGUARÊS'O litoral paranaense é rico em cultura. A diversidade de idiomas e

peculiaridades étnicas já criaram um verdadeiro linguajar, típico das cidadesdo litoral. Em Paranaguá, o visitante muitas vezes é pego de surpresa porexpressões lapidadas ao longo dos anos, e muitas vezes entendidas ape-nas entre 'parnanguaras da gema'.

SEGUE TODA VIDA RETO - quando uma pessoa indica onde fica umdeterminado lugar na mesma rua onde é feita a perguntaBEM PÔCO - expressão geralmente usada para demonstrar quantidadeBEM MANSO FICA ELE - referindo-se a quem fica irritado por algummotivoDAÊ LOCO - oi!AH, MEU BONJEI - expressão de: ah meu bom JesusHUMMM...DISQUE! - mentira, ladainhaAQUELE PORRA LOUCA - aquele merda, aquele infeliz,MAKEMERDA - mas que merda!SÓH - é quando alguém concorda com algo e não tem mais o que dizerCHEMIRDE, CHIMARDE, LEMARDE - grande, enorme, imensurávelCOISA BOBO - idiota, gíria também típica dos Valadares (moradores naIlha dos Valadares)NÃO-SE, ENTÃO-SE, NÃO-SE DO POUCO - claro, sim, afirmaçãoVADICO ou SÊMENINO - 'esse menino', referência a algum homemSÁMININA ou ESSA MENINA - referência a alguma mulherBOCA DE BURRO - aquele que só fala burriceQUEDÊLE AQUELE UM? - uma espécie de frase de procura, 'onde estaele/aquilo'

RIO BRÁNQUEE - torcedor do Rio Branco, mais utilizado pela torcidaEI COISA - chamando a pessoa, pois não sabe o seu nome ou tempreguiça de falar o nome delaMEU CANECO - o mesmo que 'nossa!"PREGUEI-LHE!!! - te peguei!VEDE - olhaÔSEJA!, SEJINHA, ASEJA - que pena, que dóJÁ VÔ JÁ - estou de saídaQUE BOM SE SESSE - preciso explicar??DÁ-LHE QUE EU TE DÔ-LHE UMA! - se me bater, eu te batoQUIIIIÇOOOO - o mesmo que 'o que é isso??"DEJA HOJE - o mesmo que 'ainda hoje'BEM DE COM FORÇA - o mesmo que 'bem forte'TÔ DEVARDE - não estou fazendo nadaCRENDIOSPAI - Crê em Deus PaisONDEEEEE???? - questionando aonde está algo, lugarQUANDOOOO???? - questionando quando será algoPÚÚÚÚÚ...FRACO - que é bemmmmm grandeANIMAR DO LÔCO - que a pessoa não está correta, que está fazendocoisa erradaPOCO CERTO ELE - lamentando o que a pessoa faz/fez de erradoÉ LÔCO - que não está certoÉ RUIM, HEIM - que não concorda com algoIDEEEEEIA - quando uma pessoa faz algo errado

Se você conhece outras gírias usadas nocotidiano parnanguara, escreva para a Gazeta do Litoral,estaremos sempre publicando nossas pérolas do litoral.

02 MAIO DE 2013

> EDITORIAL

Porta voz do litoral paranaense> OPINIÃO - by Gildo Falcão*

Liberdade? Será que ela existe?

Diretor: Rogério KormannDiretor Financeiro: Valdir da Silva Rosa

Direção de Jornalismo: Mario Gomes da SilvaTL (DRT-PR 2200)Conselho Editorial:

Maria da Graça Jorge, Jaime Ferreira dos Santos,João Riedlinger, Yuri Guermann

Redação: Paranaguá- PR, Rua Vieira dos Santos, 465(Centro Histórico) - Fone: 41 3425-3010.

Sucursais:

Curitiba-PR: Rua Voluntários da Pátria, 475 - 19º - Cj 1903 - fone: 41 3079-2545Cascavel-PR: João Riedlinger 45 9101-0711Londrina: Marcos Sanches 43 9957-1941

São Paulo-SP: Joacir Gonçalves 11 97348-0114Brasília-DF: Simone Andrade 61 8223-4486

Colaboradores:

Paulo Rossi, Lu Miranda, Gildo Falcão, Yuri Germann,Felipe Matheus Gomes Máximo, Leslie Camargo, Manuel Alapont

Programação visual/diagramação: Elisabete ArrudaCirculação: quinzenal

Tiragem: 20.000 exemplaresValor: R$ 0,50

Circula em todos os municípios

do Litoral Paranaense e Capital

As matérias e artigos assinados não expressam

necessariamente a opinião do jornal.

O Blitoral paranaense ganha um jornal especial. Umaproposta inovadora, diferente à tradicional mídiadiária. A Gazeta do Litoral nasce com a propostade ser um veículo opinativo, galgado nos princí-

pios da prática do jornalismo cidadão, ético e inovador.Não é de hoje que as cidades do litoral paranaense

precisam ser ouvidas de fato. A população litorânea con-vive diariamente com extremos que mudam os rumos detoda uma geração: a pujança e a pobreza.

Passamos, e a muito, daquele período de reflexão.Estamos nos tempos das ações. O povo brasileiro faz suaparte recolhendo tributos; solidarizando-se com o flagelo;abrindo mão de direitos trabalhistas, e acreditando queum futuro melhor sempre há de vir.

Na outra ponta da corda está o descaso público coma saúde, com a educação, com os transportes, com ahabitação, com a segurança -citando apenas um poucodo necessário básico para a sobrevivência humana. Di-zer que faz parte das engrenagens sócio-econômicas al-guns tomarem champagne em seus jatinhos particulares,enquanto muitos, no chão, catam alimentos em latas delixo é no mínimo, assumir uma postura neo liberal daexploração vergonhosa do ser humano pelo ser humano.

A Gazeta do Litoral assume seu papel social de ser aporta voz das cidades do litoral. Inicialmente com 8 pá-ginas, periodicidade mensal, colocamos nosso nome àserviço da verdade.Estamos de olhos abertos percorren-do as cidades do litoral paranaense registrando o que defato acontece.

Além de informar, queremos alertar os poderes públi-cos para uma grande realidade nacional: o consumo dedrogas, a criminalidade, a prostituição de crianças e ado-lescentes, o abuso e a violência acontecem onde o poderpúblico é omisso.

Por isso vamos discutir sempre a questão da educa-ção, da saúde, do trabalho, da habitação, do meio ambi-ente, da cultura e dos tantos mecanismos sociais para obem estar da população litorânea.

Escreva para a redação da Gazeta do Litoral. Parti-cipe mandando sugestões de matérias e entrevistas.Estamos de portas abertas para a verdadeira cidadania,caminhando ao lado de quem luta pela dignidade brasi-leira.

Boa leitura e até a próxima edição!

Rogério KormannDiretor da Gazeta do Litoral

Gazeta do Litoral é uma publicação da Editora Top Pesquisa CTB Brazil, sede: RuaVoluntários da Pátria, 475 - 19º and. cj 1903, fone: 41-3079-2545,Curitiba-PR

As matérias e artigos podem ser reproduzidos na íntegra ou em partes, desde quecitada a fonte. O uso de fotografias e gráficos deve ser autorizado pela editora.

www.gazetalitoral.com.bre-mail: [email protected]

om essa semana ou-vi algo que me cha-mou muito a atençãoentre uma e outra

entrevista onde se dizia, quea religião não é arma, nembengala e muito menos me-dicina, parei e comecei aanalisar as falas e ações daspessoas em nome do "PAI"que é amor. harmonia, su-tileza e que em nenhummomento faz assepsia depessoas...Mas muito mepreocupa o uso de seunome para se justificar osmandos e desmandos naexecração da vida, do serhumano que é sua maior emais perfeita criação....Serámesmo que somos livres?Ou estamos usando essa li-berdade em prol de nósmesmos? Ou na busca deestarmos mais próximosdele? Ou somos apenas se-res formados de casca"aparência"?

Muito tem se feito e fa-lado por conta disso, sãomultidões incitando outrasmultidões em nome dessapureza falsa, dessa hipocri-sia que vem apenas paradestruir o que de mais bo-nito o ser humano tem, aimagem e semelhança comesse "Pai", Direitos/ Deve-res / Respeito são primor-diais para uma vida em so-ciedade, mas que na maio-ria das vezes, passamosmais tempo em cobrar oque se faz da vida do outroe se esquecendo que a nos-sa é a mais importante,como vivemos, o que fa-zemos, o porque fazemos,pois se realmente acredita-mos que os outros estão

errados? Que os outros vi-vem em "pecado" . Ondeesta o tempo pra que eucuide do meu espaço? Daminha vida? Dos meus afa-zeres para comigo e comas pessoas que me amam?E principalmente com oque realmente acredito serCristão? Sim amigos leito-res é onde eu realmentequeria chegar, estamoscansados de sermos julga-dos, escorraçados, achin-calhados em nome desse"Moralismo de quatro pa-redes" é muito fácil incitar,julgar, falar, apontar, quan-do se tem uma multidão depessoas que cegamente,claro assim é mais fácil, nãome exige sentar, refletir,procurar e realmente reco-nhecer e entender que oAMOR é o legado deixadopor esse "PAI" e não essadiscrepância pregada aosquatro ventos, que é ape-nas uma desculpa para oaumento exagerado da vi-olência entre os que se di-

zem ser Deferentes. Por-que são mais felizes? Con-seguem andar, respirar, fa-lar, viver sem ser obriga-dos dentro na CAIXINHA?Quem é feliz vivendo assimde aparência? Não esque-çam que palavras voam aovento, mas ATITUDES eEXEMPLOS serão sempreo nosso maior legado aDEIXAR para a HUMANI-DADE e ninguém melhorque ele que tudo vê e tudoouve... Portanto meu ami-go(a) cuidado nada escapaaos olhos dele...até nossossuspiros mais discretos.

Então esta mais do quena hora de aproveitarmoso tempo e o espaço de nos-sas Vidas para fazermos oque realmente importa CUI-DARMOS DAS NOSSASVIDAS e assim certamen-te já estaremos fazendomuito, deixemos "ele' deci-dir quem vai merecer estardo seu lado, a não ser quevocê tenha uma autorizaçãoescrita, registrada e assina-

da ou seja o PRÓPRIO!!!!.Se não és amigo, vá serFELIZ, independente doseu credo, pessoa que vocêama, o que você faz oucomo puder... SORRIAPORQUE ESSA LIBER-DADE SÓ DEPENDE DESUAS ESCOLHAS.

Tenho a oportunidadede fazer parte da UGT edesde o início da Secreta-ria da diversidade, poismuito tem se avançado jun-to aos trabalhadores e apopulação em Geral em re-lação a Direitos/Deveres/Respeito não somente asminorias mas sim ao SERHUMANO, que indepen-dentemente de cor, credo,sexo, tem procura Traba-lhar a Igualdade entre to-dos, e assim estamos jun-tos por uma bandeira dePaz, União, Dignidade erecentemente tivemos a lConferência Nacional deGênero e Raça da UniãoGeral dos Trabalhadoresem praia Grande -SP, ondeo principal assunto aborda-do foi o AMOR A VIDA,entre muitos outros, doismomentos importantes des-tacam-se nesse Evento o 1Encontro Nacional dos Se-cretários Estaduais da Di-versidade e a Criação doColetivo LGBT Nacional daUGT, sinto-me honrado emter feito parte deste mo-mento único dentro de umaCentral Sindical.

* Gildo Falcão é presidentedo SINATED e membro da

diretoria da União Geral dosTrabalhadores. E-mail do

autor: [email protected]

Gildo Falcão participa ativamente da União Geral dosTrabalhadores em encontros nacionais de gênero e raça, onde

condena a homofobia em todas suas manifestações

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03MAIO DE 2013

> ENTREVISTA

> POLÍTICA - by Paulo Rossi

Eleições 2014: a disputa já começouInfelizmente no Brasil, a realização das eleições a cada dois anos atrapa-

lha o desenvolvimento do país. Agora não está sendo diferente, pois o processoeleitoral de 2014, onde iremos eleger o presidente do república, governadores,deputados estaduais e federais e um senador, já foi antecipado.

No plano nacional, a presidente Dilma (PT), já foi lançada a reeleição peloex-presidente Lula. A oposição, principalmente o PSDB que não se entende efica numa briga entre os mineiros e os paulistas, até agora não chegaram a umconsenso de quem deve ser o nome a disputar as eleições, com leve vantagempara o senador mineiro Aécio Neves.

Tentando surgir como uma 3ª via vem o governador de PernambucoEduardo Campos (PSB), que tenta se apresentar como um candidato capaz detirar votos da oposição e dos simpatizantes da ex-senadora Marina Silva, querecentemente criou um partido (REDE SUSTENTABILIDADE), mas que correo sério risco de não conseguir registrá-lo junto ao Tribunal Superior Eleitoral,diante das dificuldades com a aprovação do projeto na Câmara de uma Lei quedificulta a criação de novas legendas. Aliás, segundo os críticos desse projeto,ele foi aprovado com total apoio do palácio do planalto (Leia-se presidenteDilma), que veêm em Marina alguém capaz de forçar a realização do segundoturno, algo que não interessa ao PT.

Aqui no Paraná, não está sendo diferente. A ministra Gleisi (PT) já estáaparecendo em comerciais do partido e só não acredita que ela não serácandidata ao governo do Paraná quem não quer. Ela é sim, candidatíssima.Ainda mais com o apoio irrestrito dado ao prefeito eleito de Curitiba, GustavoFruet (PDT). Por outro lado, o governador Beto Richa (PSDB) será candidato areeleição, e para isso, trabalha no sentido de angariar o maior número possívelde apoios políticos. Na recente mudança do secretariado, trouxe para o gover-no o jovem deputado Ratinho Júnior (PSC), que tirou seu pupilo Luciano Ducci(PSB) do 2º turno das eleições na capital paranaense. Há quem aposte queRatinho será o candidato a vice-governador na chapa de Richa.

Correndo por fora, o PSD está estimulando a candidatura do empresárioJoel Malucelli, que nunca disputou uma eleição, mas que pode surpreender,caso a disputa PT x PSDB não convença o eleitor, que está de saco de cheiode promessas e pouca ação.

A UGT - União Geral dos Trabalhadores, central sindical a qual presido noestado do Paraná, defende que as eleições devem ser casadas, ou seja,realizadas somente a cada quatro anos, elegendo de uma só vez, vereadores,prefeitos, deputados, governadores, senadores e presidente da república.

Dessa maneira quem ganharia com isso seria a população brasileira, queacaba pagando os altos custos das eleições realizadas a cada dois anos noBrasil. Para tanto, o congresso nacional deveria legislar e aprovar essa matériacom urgente. Infelizmente, quem conhece o dia a dia da maioria dessesparlamentares, sabe que não existe interesse na aprovação da matéria, tendoem vista que muitos se elegem para o parlamento pensando na cadeira daprefeitura de sua base política.

Esse é o nosso Brasil: Os interesses da população sempre em segundolugar!

* Paulo Rossi - Presidente da UGT-PARANÁ e membro da Conselhode Desenvolvimento Econômico e Social do Estado do Paraná.

Por que se dedicar àpolítica?

Márcio - Sempre estudei emescola pública e, apesar (gra-ças a Deus!) de não passar porsérias dificuldades financeiras,tive colegas de classe que, nãotendo a mesma sorte, desperta-ram-me desde pequeno a preo-cupação com questões sociais.É muito difícil para a criançaver amiguinhos passando ne-cessidade, saindo do colégioporque suas famílias não têmcomo mantê-los estudando.Quando, aos 13 anos, tive meuprimeiro contato com a políti-ca, vislumbrei um mundo atra-vés do qual muita coisa poderiaser feita em benefício aos maisdesprovidos. Com o tempo fuipercebendo que é através domandato que portas se abrempara a concretização de proje-tos. Antes de me dedicar à polí-

Márcio Costa, construindo uma Paranaguá mais justasindicalista Márcio Costa, mais uma vez assumeuma cadeira na Câmara Municipal de Paranaguá.Eleito para a CMP pela primeira vez em 2000com a 8ª maior votação do Município, Márcio

Costa foi o mais jovem vereador a ocupar uma das 19vagas do Palácio Visconde do Nácar. Em 2012 foi overeador mais votado de seu partido. A expressividadede sua votação foi consequência natural da sua condutapessoal, dedicando-se à população parnanguara em vá-rias frentes comunitárias. Foi presidente do Diretório

O Central dos Estudantes 29 de Julho, da Faculdade deParanaguá - Fafipar; participou ativamente em associa-ções de moradores de quatro bairros, ocupou a direçãode Relações do Trabalho e Assuntos Comunitários daPrefeitura, é diretor da União Geral dos Trabalhadores,além de várias outras atividades ligadas à área social.

No primeiro ano de mandato encaminhou à Presidên-

cia da Câmara 30 Projetos, embasados não apenas nasaspirações populares, como também, nas reais possibili-dades de realização. E para esse novo mandato, MárcioCosta se diz muito mais preparado e maduro, conhecen-do as diversas possibilidades do Poder Legislativo atuarde fato à favor da população.

Saiba quem é Márcio Costa

tica, me dedico à assistênciasocial. E é em nome dela que meaproximei da política.

Mas o serviço de um verea-dor não é o de assistência soci-al, esse é o do prefeito. Atuan-do numa área que não competeà Câmara você não estaria seafastando de suas reais fun-ções?

Márcio - Concordo com ofato de que é responsabilidadedo prefeito a assistência social.Mas qual é a função do verea-dor senão a de legislar, ou seja,assegurar através de leis quese cumpram as obrigações so-ciais com os munícipes? Nessesentido não podem me acusarde desvio de funções. As maisde 80 Leis que apresentei e fo-ram aprovadas pela Câmaravisam a promover o bem-estarsocial da população. Acredito

Projetos de LeiO vereador Márcio Costa enviou diversos Projetos para apre-

ciação do Plenário da Câmara. Foram enfocadas as mais diferen-tes áreas. Segundo ele, para a elaboração desses foram observa-das as necessidades da população parnanguara.

Entre eles destacamos:• Utilização de quadras esportivas das escolas da rede munici-

pal de ensino, nos finais de semana, pela comunidade das respecti-vas regiões;

• Colocação de placas de identificação nos bairros da cidade;• Aquisição de nutricionistas em hospitais e clínicas, as quais

orientarão o cardápio dos pacientes;• Programa voltado a mulher vítima de violência, amparando-

as e oferecendo abrigo; Semana de Doação e Aleitamento Materno.

Para saber mais:

acompanhe o vereador no Facebook; marciocostajaMande um e-mail: [email protected]

O vereador mantém um telefone de contatodireto com a população: 41 3420-9010

Mais de 30 projetos beneficiando a população parnanagua

que não é esmola que precisa-mos dar, mas sim, condiçõespara que ela não precise existir.

Como você ingressou navida pública?

Márcio - Iniciei meu envol-vimento na política assessoran-do Massami Takayama duran-te cinco anos. Em seguida, tra-balhei na Fundação de Cultura,no Departamento de Bem EstarSocial até assumir a direção doDepartamento de Relações doTrabalho e Assuntos Comuni-tários (quando pude coordenaro convênio com o Senai parabolsas de profissionalização deaté 60 trabalhadores).

Quais suas pretensões polí-ticas?

Márcio - Tenho consciênciade que estou ajudando a cons-truir uma Paranaguá mais jus-ta. Quero chegar ao fim dessemandato e poder me orgulharde ter concretizado vários pro-jetos em benefício à cidade. As-sim, não decepcionarei quemconfiou e confia em mim, sobre-tudo não decepcionarei a mimmesmo, visto que o maior "co-brador" de minhas ações soueu mesmo. E estarei a disposi-ção do grupo que me trouxe atéaqui para definirmos juntos ospróximos passos por um futuromelhor para todos.

Márcio Costa assume seu segundo mandato na Câmara deVereadores de Paranaguá

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04 MAIO DE 2013

> GERAL

Atransferência dos mo-radores da Vila Becker,em Paranaguá, para ou-tro bairro tem gerado al-guns descontentamentos

dos moradores, principalmentedos comerciantes que têm seuscomércios naquela região. O pro-jeto de transferência desses mora-dores obedece um convênio fir-mado entre a Prefeitura Munici-pal, APPA -Associação dos Por-tos de Paranaguá e Antonina e oGoverno do Estado do Paraná.

A transferência se faz neces-sário porque os moradores vivemem uma área de risco, sendo quenas proximidades foi instalado umdepósito de produtos altamenteinflamáveis. E segundo os pró-prios moradores já houve o vaza-

Transferência dos moradores da Vila Becker gera insatisfaçãomento de uma grande quantidadede etanol - cerca de mais de 50mil litros.

Embora boa parte dos mora-dores da Vila Becker aguarde comansiedade a transferência de suasmoradias para o bairro Porto Se-guro, uma parcela de moradorescontesta a forma de avaliação e deindenização de suas residências ecomércio.

Para eles esta havendo certainjustiça e distorção no tamanhodas casas que estão sendo ofereci-das. Para Renato Pereira da Silva(47 anos), comerciante, moradorhá 11 anos na Vila Becker e ex-presidente da associação dos mo-radores, "a avaliação dos imóveisdeveria ter sido feita de formaproporcional, fato esse que não

'PEC das Domésticas'como ficou conhecidaa Proposta de EmendaConstitucional 66, queamplia os direitos tra-

balhistas dos profissionais do lar,como empregadas, cozinheiros,jardineiros, motoristas, cuida-dores de idosos e babás mudou asrelações desses trabalhadorescom os empregadores.

Mas, mais de um mês após aaprovação no Congresso, a PEC66 continua sendo discutida pe-los parlamentares. Estão sendoestudadas fórmulas para umaeficaz regulamentação da PECdas Domésticas respeitando to-dos os direitos trabalhistas esta-belecidos na emenda.

Direitos dostrabalhadores

Para a presidente do Sindi-cato dos Empregados Domésti-cos do Litoral do Paraná, GiseleBerlim, "a aprovação da PEC66 foi um avanço imensurávelnas relações trabalhistas. Até en-tão, os trabalhadores domésti-cos eram relegados a um segun-do plano, muitas vezes sofren-do abusos, assédios e preconcei-tos. Mas, infelizmente o con-junto de medidas que nos reme-te ao trabalhismo de fato aindaprecisam ser votados e aprova-dos. Espero que todos os direi-tos regidos pela PEC 66 sejammantidos, promovendo assimmelhores condições de negocia-ção nas convenções coletivas",

Querem trocar minha casa de298m2 por uma de 45m2. O queeu faço? simplesmente fecho as

portas e vou embora? QuestionaRenato Pereira da Silva

disse Gisele.A presidente do SINDOMÉ-

TICAS está atenta às várias ques-tões que envolvem a regulamen-tação da PEC. "No litoral para-naense a categoria chega próxi-mo a 10.000 trabalhadores. Te-mos algumas especificidades comtrabalhadores temporários nosperíodos de férias".

Na falta de um ConvençãoColetiva, assinada entre trabalha-dores e empregadores, o piso sa-larial da categoria é o Piso Regio-nal do Paraná, de R$ 811,80. So-bre esse valor devem ser calcula-dos todos os benefícios aplicadospela PEC 66. "O sindicato dispo-nibiliza assessoria jurídica econtábil para nossos associados.Toda e qual dúvida quanto aosvalores podem ser tirada aqui noSINDOMÉSTICAS", diz Gisele.Ela lembra ainda que os emprega-dores que não cumprirem com alegislação podem ser acionadosna justiça trabalhista.

A empresária Rocio Boaven-tura Jansen, moradora em Guara-

Trabalhadores domésticos têm direitos assegurados

A

aconteceu", ressalta o morador.Renato fez questão de falar

que não é contra a transferência.E com um documento em mãosemitido pelo Ministério PublicoFederal, que discrimina as condi-ções de edificação da sua proprie-dade bem como toda a área útil,que chega a 298m2. E que segun-do ele o acordo era de que eledeveria receber um imóvel nasmesmas condições no que diz res-peito à mesma área construída."Mas na prática isso não está fun-cionando e querem que eu vivaem uma casa de 45m2. E ondevou colocar meu estabelecimen-to comercial?", indaga Renato.

No entanto outros morado-res como Michele Fontes 29,dona de casa que mora na região

tuba (PR), que tem contratadauma empregada em sua residên-cia, destaca que essa PEC veioapenas "reconhecer um direitoque é de todos os trabalhadores,independente do local de traba-lho, se numa indústria ou numaresidência. Quem está na nossacasa, não está se divertindo, estátrabalhando. E como trabalhadortem de ter um salário digno e rece-ber todos os benefícios que sua ati-vidade profissional lhe permite".

No Congresso Nacional osparlamentares discutem questõesrelacionadas à jornada de traba-lho mais flexível para cuidadoresde idosos e babás, além da neces-sidade de uma adaptação para ocumprimento das 44 horas sema-nais estabelecidas na PEC.

Os parlamentares estudamainda a possibilidade de criaçãode um banco de horas e que a jus-tiça aceite acordos individuaisentre patrões e empregados.

Para juristas do mundo do tra-balho que acompanham o caso, aregulamentação não pode invia-

bilizar a atuação profissional;tem de ser feita levando-se emconta as peculiaridades das ati-vidades desenvolvidas.

Direitos previstos na'PEC das Domésticas'Indenização em caso de des-

pedida sem justa causa; seguro-desemprego, em caso de desem-prego involuntário; FGTS (Fun-do de Garantia por Tempo deServiço; garantia de salário mí-nimo para quem recebe remune-ração variável; adicional notur-no; proteção ao salário, sendocrime a retenção dolosa de pa-gamento; salário-família; jorna-da de trabalho de 44 horas se-manais, sendo 8 horas diárias,de segunda a sexta e 4 horas nosábado; recebimento de hora-ex-tra; observância das normas dehigiene, saúde e segurança notrabalho; auxílio creche e pré-escola para filhos e dependentesaté 5 anos de idade; reconheci-mento dos acordos e convençõescoletivas; seguro para acidentesde trabalho; proibição de discri-minação de salário, de função ede critério de admissão.

SERVIÇO:SINDOMÉSTICAS - (aten-

de todo litoral do Paraná) - Pre-sidente: Gisele Berlim - RuaBaronesa do Cerro Azul, 1524 -Bairro Tuiuti - Paranaguá-PR -Fones: 41 3427-2001 / 41 9245-4079 - Horário de Atendi-mento: Das 8 às 11 horas, desegunda a sábado.

Empregados e patrõespodem tirar suas dúvidas

no SINDOMÉSTICAS,presidido porGisele Berlim

desde que nasceu esta contando osdias de ir embora para a nova resi-dência. Michele sonha com umbairro mais organizado, com aces-so a um posto de saúde e com maissegurança e saneamento básico.

Enquanto não são trans-feridos para as novas residências,o processo de construção das no-vas casas no bairro Porto Seguroé lento. Recentemente foramtransferidas 30 famílias que já es-tão instaladas em seus novos do-micílios.

Segundo a Cohapar - Coope-rativa Habitacional do Paraná, das400 casas, 59 foram licitadas, dasquais 30 entregues. As outras 29moradias estão em obras. Ficarãoprontas em 60 dias. E as outras173 unidades estão em ritmo ace-lerado de obras. A previsão de en-trega é no fim deste ano. Juntocom a casa nova, as famílias rece-bem títulos de propriedade de seuimóvel.

As residências já entregues,na Vila Porto Seguro, têm 52metros quadrados de área com trêsquartos, cozinha, banheiro e sala.Os cômodos são entregues comtodos os acabamentos.

Instalado já na nova moradiahá 15 dias, Edson Souza, 36, as-sistente social esta satisfeito coma sua nova residência. Edson moracom sua mãe e mais seis pessoasque dividem seis cômodos da novamoradia.

(Yuri Germann)

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“Não quero perder o meucomércio”, diz Renato

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nquanto o Brasil rema pa-ra navegar de proa cheiano Século 21, a prefeiturade Paranaguá teima em searrastar na contramão. Equem sofre é a população

parnanguara.A qualidade da água que chega

às torneiras de Paranaguá já foimatéria de muitas reclamações.Até mesmo uma ação é movidapelo Ministério Público tentan-do resolver essa e outras questõesrelacionadas ao saneamento bá-sico da cidade.

Mas a questão do saneamen-to em Paranaguá vai muito alémda péssima qualidade da água ser-vida. O tão cantado e festejadoItiberê recebe diariamente milha-res e milhares de metros cúbicosde esgoto sem o mínimo trata-mento.

Uma série de erros e equívocosque oneram os cidadãos e se trans-formam em crimes ambientais.

Uma das mais retrogradasações da atual prefeitura foi ocancelamento da implantação doPlano Municipal de SaneamentoBásico, contratado em 2012, jápago e que foi simplesmente dei-xado de lado. A prefeitura passoua utilizar de uma lei de 1.965 paratratar do saneamento da cidade.Uma lei escrita quando ainda nemse falava em respeito ao meioambiente.

O vereador Antonio Ricardodos Santos (PP) lembra que emoutubro de 2012 a Câmara Muni-cipal aprovou, e o então prefeitosancionou, a criação da AgênciaReguladora Municipal de Sanea-

> CIDADANIA

Itiberê é a fossa de Paranaguá

Emento Básico de Paranaguá. Oprojeto teve um custo aproxima-do de R$ 270.000,00. "Cerca de84% dos municípios paranaensesnão têm plano municipal de sa-neamento. Nossa cidade haviadado um importantíssimo passode qualidade para a vida da popu-lação e do meio ambiente. Mascom as eleições e a mudança deprefeito, a atual gestão jogou tudofora. Quem perde não é só o elei-tor de Paranaguá, mas toda po-pulação".

Na Vila São Vicente os mora-dores se uniram e contrataram umescritório de advocacia para ten-tar resolver os problemas de sa-neamento. "Tem dias que a águaque chega na torneira está tão sujaque não dá nem para lavar a rou-pa", denuncia a moradora Eliza-bete Grossi, moradora há 35 anosno bairro. Leituras erradas nohidrômetro e cobranças de servi-ço de tratamento de esgoto sãoapenas algumas das irregularidadesapontadas pelos consumidores.

O vigia Portuário, MarceloNunes, também morador na VilaSão Vicente, mostra a cobrançafeita no talão de água do serviçode esgoto. "Até ai, nada contra acobrança, se o serviço de fatoexistisse", diz ele. Marcelo nosmostra no final de sua rua umamanilha jogando todo esgoto di-reto no Itiberê. Mais de 50 casasda rua tem o esgoto captado poressa rede. "Isso acontece em to-dos os bairros que são margeadospelo Itiberê. E a prefeitura nãofaz nada para mudar essa situa-ção", desabafa Marcelo.

Tem dias que a água está tão suja que não dá nem para lavar roupa,reclamam os moradores da Vila São Vicente

Na conta de água, a cobrança do tratamentode esgoto, e à margem do Itiberê, a manilha coberta pela maré

denuncia a falta de respeito da prefeitura com o meio ambiente.A prefeitura está caminhando para trás desabafa o vereador

Antonio Ricardo dos Santos

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Page 5: MAIO DE 2013 BRASIL Parnanguara assume o Modernizar sim ... · tiba, e presidida pelo governa-dor Beto Richa. Esse conselho é tripartite - ... BEM MANSO FICA ELE - referindo-se a

05MAIO DE 2013

E> MP 595

esde 2007, o deputado federal Eduardo Sciarra (PSD-PR)luta pela aprovação do PL 131/07, de sua autoria. O Proje-to prevê a dedução integral dos gastos com educação dadeclaração do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF).

Caso o projeto seja aprovado não haveria mais tetopara dedução dos gastos com educação, algo que já ocorre com asdespesas de saúde e pensão alimentícia. Atualmente, a receita auto-riza deduções de até R$ 3.091,35 por dependente.

Auditores Fiscais ganham dedução na justiçaA suspensão da aplicação do limite de dedução das despesas

com educação foi concedida por liminar, pelo Tribunal RegionalFederal da 3ª Região, aos auditores-fiscais filiados ao SindicatoNacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal (Sindifisco), paraa declaração do Imposto de Renda Pessoa Física deste ano.

A OAB também está trabalhando em prol dessa mudança nadeclaração do IRPF, tendo impetrado ação semelhante à dos audito-res fiscais, requerendo o fim do limite na dedução dos gastos comeducação.

nquanto o governo fede-ral articula nos bastido-res fórmulas para apro-var a MP 595, (medidaprovisória/permanente

que privatiza os portos brasi-leiros, com a desculpa de umanecessária modernização), par-lamentares, trabalhadores por-tuários e empresários do setorse unem para criar uma via al-ternativa ao proposto pelo go-verno.

Desde que a MP foi notici-ada os sindicatos de trabalha-dores portuários de Paranaguá,Pontal do Sul e Antonina engros-saram as fileiras contrárias àprivatização unindo-se a ummovimento nacional com para-lisações em todos os portos bra-sileiros, ecoando no CongressoNacional.

No Paraná, o governadorBeto Richa já se pronunciou to-talmente contrário à MP 595,nos moldes apresentados. E àvoz do governo estadual junta-ram-se deputados e senadoresparanaenses que vêem nessaMP mais um oportunismo dogoverno federal. Na AssembleiaLegislativa do Paraná, a UGT-União Geral dos Trabalhadoresmarcou sua posição contrária àprivatização. O presidente daUGT, Paulo Rossi -que é deParanaguá-, juntamente com osparnanguaras Marcio Costa (ve-reador) e Jaime Ferreira (sindi-calista), acompanhados de cen-tenas de trabalhadores portuá-rios, falaram aos deputados daonda de desemprego que talmedida pode vir a causar no li-toral paranaense, além de tododesdobramento, num efeito cas-cata, à economia do estado. O

deputado Ney Leprevost refe-rendou em seu discurso a neces-sidade de uma vigilância cons-tante, monitorando as manobrasdo governo Dilma, que quer apro-var essa emenda a todo custo.

O presidente do Sindicatodos Estivadores de Paranaguá ePontal do Sul, Antonio CarlosBonzato, acompanha o proces-so de discussão da MP desde oinício. "Não podemos permitirque a presidente Dilma Rous-seff dê continuidade a essa pro-posta descabida de privatizaçãodos portos", diz o sindicalista.

Nos bastidores do Planalto,em Brasília, há uma legião dedefensores da MP 595, cada umquerendo abocanhar uma fatiado que foi apelidado de 'MP doEike'. O empresário Eike Batis-ta, que tem negócios em diver-sos portos brasileiros, por meiode sua empresa Grupo BX, en-tre elas a OSX, já mostrou suas

garras 'trabalhistas'. Na primei-ra quinzena de abril Eike Batis-ta demitiu 80 funcionários deuma de suas empreitadas, noSuperporto do Açu, em São Joãoda Barra, no Rio de Janeiro. Sãoessas mesmas empresas do Gru-po OSX que articulam, junta-mente com empreiteiras -entreelas a Odebrecht-, a aprovaçãoda MP 595.

Atualmente quem gere amovimentação de mão de obraportuária é o OGMO (ÓrgãoGestor de Mão de Obra), ondetrabalhadores e patrões estabe-lecem pisos salariais e condiçõesde trabalho. "A MP apresenta-da pelo governo praticamenteextingue o OGMO, dilacerandoas conquistas trabalhistas alcan-çadas ao longo de muitos anosde lutas", denuncia o sindicalis-ta Bonzato. Ele lembra de algu-mas questões básicas tais comoas indenizações e aposentado-ria especial e diferenciada dostrabalhadores portuários. "A ini-ciativa privada quer saber de lu-crar, mesmo que isso custe oemprego de milhares de traba-lhadores", diz Bonzato.

O barulho não está sendopouco. Exceto os oportunistasde plantão, todos os segmentosenvolvimentos com a 'indústriaportuária': governo de estado,trabalhadores e empresáriosconcordam que os portos brasi-leiros precisam ser moderniza-dos. O chamado 'custo Brasil' émuito alto se compararmos aopraticado em outros portos domundo, destaca Bonzato. Masele lembra que esse custo -prin-cipalmente no carregamento degrãos-, tem início no campo, nachamada 'ponta' dessa cadeia.

"Temos de pensar na logísticacomo um todo, desde a progra-mação de carga, com caminhõeschegando e saindo dos terminaisno devido horário, construçãode silos, até a modernização nasdocas de atracação e desatra-cação".

A presidente do Sindicatodos Despachantes Aduaneirosdo Paraná e Santa Catarina, Isa-bel Cristina Ramos Martins le-vanta outra questão importantequanto à administração dos por-tos. Ela lembra que a estruturaportuária está pronta para tra-balhar 24 horas. "Infelizmenteos órgãos públicos como a Re-ceita Federal e órgãos alfande-gários trabalham só até as 17horas. Para modernizar de fatoos portos é preciso modernizaro próprio sistema, comandadopelo governo federal".

Se aprovada a MP 595 naforma como está, serão dados àiniciativa privada 159 terminais,extinguindo o modelo portuá-rio Landlord Port adotado peloBrasil, onde o governo, por meioda autoridade portuária adminis-tra a infraestrutura, cabendo aele a gestão portuária -berços deatracação e desatracação, píerese dragagens. Os investimentosna estrutura de armazéns, pré-dios, guindastes etc cabem à ini-ciativa privada. Ou seja, com aMP 595, as cidades portuáriasterão, além de um grande núme-ro de desempregados, de ver ogoverno federal banquetear osgrupos econômicos, com os por-tos entregues em bandeja deouro. Nessa onda da privati-zação, quem sabe, a Petrobrásjá tem seu nome no caderninhodos investidores eleitorais.

Modernizar sim, privatizar os portos jamais!

Projeto propõe dedução integral da educação no IR

> IMPOSTO DE RENDA

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“Este não deve ser um benefício de poucos, mas sim previsto em lei,de forma estendida aos demais contribuintes"”,

destaca o deputado Eduardo Sciarra

O presidente do Sindicato dosEstivadores de Paranaguá e

Pontal do Sul, Antonio CarlosBonzato vem acompanhando

atentamente as discussões queenvolvem a MP 595

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Na terça-feira (23/04), o de-putado Ney Leprevost (PSD),mais uma vez pronunciou-se noplenário da Assembleia Legisla-tiva do Paraná em defesa dostrabalhadores portuários contraa Medida Provisória 595/12,mais conhecida como MP dosPortos.

"Estamos juntos com aUnião Geral dos Trabalhadores(UGT) na luta para que estaMedida Provisória seja alteradade modo que não prejudique ostrabalhadores dos Portos deParanaguá e Antonina", afirmouNey.

Segundo o presidente daRegional Litoral da UGT/Para-ná, Jaime Ferreira, a M.P 595irá tirar a contratação da mão deobra portuária da OGMO - Ór-gão Gestor da Mão de Obra, quetem participação dos sindicatosdos estivadores, arrumadores,

conferentes, trabalhadores debloco e categorias portuárias."Precisamos que todos os par-lamentares do Paraná se mobili-zem para reverter esta medidaque vai causar grande prejuízo àpopulação paranaense", afir-mou Jaime.

Paulo Rossi, presidente daUGT-PARANÁ, afirmou que aMP 595/12 é uma justificativado Governo Federal para priva-tizar os portos brasileiros.

"O deputado Ney Lepre-vost é um jovem com visão deestadista. Sempre defende asreduções tributárias, pleiteadaspela iniciativa privada, mas tema visão estratégica que lhe per-mite entender que os portospúblicos são fundamentais paraa infra estrutura de desenvolvi-mento do país", afirmou Rossiem nome da União Geral dosTrabalhadores.

> MP 595

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Ney Leprevost em defesa dostrabalhadores, contra a MP dos portos

ia 28 de abril é celebra-do o Dia Internacionalem Memória às Vítimasde Acidentes e Doençasdo Trabalho. Os núme-

ros são estarrecedores. Os aciden-tes de trabalho no Brasil estão au-mentando a cada ano. Em 2012,por exemplo, morreram 2.884trabalhadores, em 711.164 aci-dentes. Desde 2009, os númerosvêm crescendo. Naquele ano,morreram 2.560 trabalhadores.Em 2010, foram 2.712 mortes.

Outro número assustador é ode mortes nas estradas - morrem29 pessoas, todos os dias. A cons-trução civil é outro grande pro-blema. O programa nacional deprevenção de acidentes de traba-lho vem para frear essa grandetragédia. Os gastos previden-ciários giram em torno de R$ 60

> SINDICAL

Dia Internacional em Memória às Vítimasde Acidentes e Doenças do Trabalho

D bilhões por ano. São consumidosmais de 40% da arrecadação daPrevidência Social somente como pagamento de auxílios doençae acidentários, e aposentadoriaspor invalidez.

Há uma mobilização nacio-nal envolvendo sindicatos de tra-balhadores, órgãos públicos e se-tores empresariais preocupadosem reduzir esses alarmantes nú-meros.

"Morrem mais pessoas víti-mas de acidentes de trabalho noBrasil do que em guerras no ori-ente médio", lembrou o chefe doescritório da Fundacento noParaná, Adir de Souza. Essa fun-dação nacional é ligada ao Minis-tério do Trabalho e Emprego e éencarregada de acompanhar aspolíticas e programas voltados àsegurança no trabalho.

O deputado Ney Leprevost vem se manifestando publicamentecontrário à MP dos portos

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06 MAIO DE 2013

preocupante a ocorrênciade surtos de dengue emgrandes centros do interi-or do estado, diz o presi-

dente do Sindicato dos AgentesComunitários e de Endemias doEstado do Paraná, Luiz CarlosAlves de Lara. Os mosquitos elarvas do Aedes aegypti podemchegar fácil às cidades do litoralparanaense, na carona de va-gões de trens e caminhõesgraneleiros. Ele cita o exemploda cidade de Cascavel, onde há

litoral paranaense é umverdadeiro celeiro deatletas de MMA (mixedmartial arts). São vári-

os nomes de destaque no cená-rio nacional e internacional.

Um dos grandes eventos deMMA acontece em abril (27). Éo Paranaguá Fight 2013, no Gi-násio Albertina Salmon.

Nomes consagrados do MMAparticipam desse torneio de pro-jeção internacional. No confron-to principal Evandro de Olivei-ra (BR) enfrenta Pablo Llampa(AR). As disputas Brasil X Ar-gentina levam ainda ao octógonoo parnanguara Ivan do Talibã XPablo Munhoz (AR). Essas sãoapenas duas de um total de 10lutas, com a participação de atle-tas de Matinhos, Guaratuba eParanaguá.

Os organizadores do Para-naguá Fight 2013, Hélio Alves eMarcelo Albino destacam a im-portância de um evento comoesse no cenário internacional deMMA. Ele lembra que desde adécada de 1.990, quando doisconfrontos de peso: PequenoDragão X Rei Zulu e AndersonSilva X Chiquinho Assis foramrealizadas em Paranaguá, a ci-dade passou a integrar o cir-cuito internacional de MMA."Temos diversos competido-

inistério da Saúde(MS) iniciou nestasemana, dia 15/04, acampanha de vacina-

ção contra gripe, 2013. Esta ésua 15ª edição e prosseguirá até26/04/13. Neste ano o MS dis-tribuirá 43 milhões de dosesobjetivando imunizar 32 mi-lhões de pessoas. Serão contem-plados gestantes, indígenas, pre-sidiários, profissionais de saú-de, idosos com 60 anos ou maise crianças de seis meses a doisanos. Além de portadores de do-enças crônicas e mulheres noperíodo de até 45 dias após oparto. A vacinação imuniza con-tra três subtipos do vírusinfluenza: A (H1N1) - conheci-do popularmente como gripesuína -, A (H3N2) e B. Estessão os subtipos que mais circu-laram no inverno passado, se-gundo o MS.

Nos consultórios médicostodos os anos recebemos umasérie de indagações a respeitoda vacina contra gripe. A se-guir comentaremos algumasdelas:

Gripe e resfriado são amesma doença?

Não. A gripe é causada pelovírus da Influenza. Este é ape-nas um dos tipos de vírus quepodem acometer as vias aéreas.Este vírus costuma provocarfebre alta, dores pelo corpo que,frequentemente, deixam o indi-víduo acamado e pode compli-car-se com pneumonia. Já o res-friado é causado por diversosoutros tipos de vírus, têm sin-

tomas parecidos, porém muitomais leves e raramente podemevoluir para pneumonia.

Vacina contra gripe imu-niza contra resfriado?

Não. A vacina contra gripeimuniza somente contra os sur-tos de gripe e não contra resfri-ados comuns, porque os agen-tes causadores são diferentes ea vacina imuniza apenas contrao tipo específico de vírus a quefoi destinada.

Antigripal cura a gripe?Os antigripais não previnem

nem curam a gripe. Eles podem,em alguns casos, diminuir asintomatologia e, em outros ca-sos, não causarem nenhum efei-to.

A vacina contra gripe é se-gura?

Ela é muita segura, sendousada em todo o mundo e nãodando reações colaterais graves.É contraindicada apenas empessoas com alergia às proteí-nas do ovo.

Quando começa a fazerefeito a vacina contra gripe?

Cerca de 15 dias após a va-cinação já começam a surgir osanticorpos que darão a prote-ção contra a gripe e a proteçãomáxima será atingida após apro-ximadamente 45 dias.

Por quanto tempo dura aimunização pós vacina?

Como o vírus da gripe sofremutação a cada ano, o tempo deduração da vacina é de 1 ano.

A vacina contra gripe podecausar gripe?

Não. A Vacina contra gripe

aranaguá mais uma vezlevanta-se de orgulhopela conquista dacampeoníssima Aga-

tha Bednarczuk. Fazendo du-pla com Bárbara Seixas, essaparnanguara de coração sa-grou-se campeã do CircuitoBanco do Brasil de Vôlei dePraia.

Com uma brilhante carrei-ra nas quadras e na vida,Agatha é um exemplo para cen-tenas de jovens do litoralparanaense.

Dessa vez a dupla Ághata eBarbara, formada há pouco me-nos de dois anos, fez vibrar atorcida brasiliense (onde foi de-finida a final do campeonato),dias 20 e 21 de abril. A disputada final do Campeonato Brasi-leiro de Vôlei de Praia emBrasília fizeram parte dos fes-tejos pelo aniversário da capitalfederal.

O foco de Agatha agora é o

> ESPORTE > SAÚDE

Confronto Brasil x Argentina noParanaguá Fight 2013

é uma vacina inativada e fracio-nada, o que significa que os ví-rus estão mortos e replicados,não podendo se reproduzir den-tro do organismo das pessoasvacinadas; no entanto, podemproduzir uma resposta imuno-lógica protetora.

Por que algumas pessoasmesmo a vacinação ficam do-entes?

A Vacina contra gripe pro-tege da gripe, porém, não prote-ge dos resfriados e de outras in-fecções que também ocorrem noinverno e tem sintomatologia se-melhante. Devemos estar aten-tos ao fato de que cerca de 10%dos indivíduos vacinados podemter gripe, porém, de uma formamais branda.

Mande também sua sugestãode pauta para:

[email protected]

Dr. Otávio Kormann -CRM: 12352 - PR -

Laboratório de AnálisesClínicas Labomar - Rua

Albano Müller, 782Matinhos - (41) 3453-1979

oficialmente um surto de Den-gue. "As autoridades sanitáriasdo litoral paranaense têm de es-tar atentas a esse fluxo de veícu-los vindos de cidades onde háum grande número de casos dedengue. É sabido que as larvasdo mosquito sobrevivem porlongos períodos e seria até inge-nuidade crer que trens e cami-nhões não tragam de caronamosquitos e larvas em suas car-gas de grãos", diz Luiz Carlos.No caso de Cascavel, além do

grande número de caminhões háo Porto Seco, que recebe cargade outras cidades do interiorparanaense e quem tem comodestino o porto de Paranaguá.

E em se tratando de prolife-ração da dengue, a cidade deParanaguá não tem uma políticapública efetiva de combate à den-gue. A quantidade de lixo nas ruase os milhões de buracos nas ruaspodem virar maternidade paraum surto de dengue no litoral.

Estamos de olho.

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res que foram revelados emconfrontos como esse. Entreeles temos o Jonh Linecker,Felipe Sertanejo, Maiquiel Fal-cão e o Muniu Adriano. O gran-de número de lutadores de ci-

dades do litoral do Paraná des-perta a atenção de olheiros domundo do MMA que com cer-teza estão atentos aos resulta-dos do Paranaguá Fight 2013",diz Hélio Alves.

Agatha, do vôlei de praia,é orgulho para Paranaguá

P

Campeonato Mundial. A atletasabe das dificuldades que irá en-contrar mas com a vibração da

As campeoníssimas Agatha (esq.) e Bárbara de olho agora nocampeonato mundial de vôlei de praia

torcida brasileira ela sinalizapara uma boa colocação mundi-al.

Vacinar contra a gripe, pode ser o melhor remédio

Dengue no litoral paranaense

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indicatos de trabalhado-res de várias categoriasencontraram uma fórmu-la diferenciada para cui-

dar da saúde de seus associa-dos. Conhecendo as falhas doSUS- Sistema Único de Saúde epara fugir das armadilhas dosplanos de saúde, vários sindi-catos se uniram e contrataramespecialistas de saúde em vári-as áreas. Esses profissionaissão disponibilizados em clíni-

Saúde do trabalhador em primeiro lugar

S cas conveniadas ou em consul-tórios montados nas sedes dossindicatos. No litoral para-naense é o caso do SINEEPRES(sindicato que representa os tra-balhadores terceirizados); oSINTRACOOSUL (dos traba-lhadores em cooperativas daregião sul do estado), o SIN-POSPETRO (sindicato dosfrentistas em postos de com-bustíveis) que juntos monta-ram consultórios odontoló-

gicos em regime de cooperati-va, oferecendo a todos os as-sociados e dependentes dessessindicatos atendimentoodontológico gratuito. Alémdisso fizeram uma parceria pormeio da UGT-União Geral dosTrabalhadores, e a UniversalSaúde, para disponibilizaruma ampla rede médica de vá-rias especialidades, hospitais,clínicas e laboratórios de análi-se.

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Page 7: MAIO DE 2013 BRASIL Parnanguara assume o Modernizar sim ... · tiba, e presidida pelo governa-dor Beto Richa. Esse conselho é tripartite - ... BEM MANSO FICA ELE - referindo-se a

> JURÍDICO - by Felipe Matheus Gomes Máximo

07MAIO DE 2013

O

> CULTURA - by Lu Miranda*

Cultura do povo, com o povo, para o povolá, pessoal!

Esse espaço temuma função muito mai-or que apenas divulgaro que está sendo feito

na área cultural do Litoral denosso estado, nossa ideia é opi-nar, questionar e, pensando po-sitivo, receber respostas. E co-meço pela cidade de Paranaguá,levantando a questão sobre oTeatro Municipal "Raquel Cos-ta" que acompanhei sua históriadesde que era apenas um proje-to que teimava em não sair dopapel, agora que não mais aopapel somente pertence, aindaestá longe (ou não?) de ser umTeatro ativo e uma casa de Ar-tistas que até hoje não tem umespaço digno para suas apresen-tações. O Litoral tem um TeatroMunicipal em Antonina, emMorretes e agora até Matinhostem um Centro Cultural, quenão é administrado pelo muni-cípio, mas graças à visão daUFPR criou um espaço paraatender a carência cultural exis-tente em pequenos municípios.Já Paranaguá que é a mãe, nãosó do litoral, mas do Paraná, queé Patrimônio Histórico do esta-do, ainda não tem um Teatro quefuncione, com uma inauguraçãode fachada, já que nem os bom-beiros haviam aprovado e auto-rizado o uso deste espaço, foirealizado ali alguns eventos eagora com uma nova adminis-tração política, o espaço está in-terditado até que saia a libera-ção dos bombeiros, até mesmopara própria segurança dos queali frequentarem. Até agora, tudoque citei é fato, mas o que que-remos saber é: Mais quanto tem-po os artistas e a população teráque esperar? Mais quanto di-nheiro será perdido, como acon-teceu com vários utensílios doTeatro que por estarem mal guar-dados, apodreceram e tiveramque ser jogados fora? E já sendoapresentado no inicio desta novagestão um Projeto Lei para Uso

de Espaços Culturais do Muni-cípio, por que até agora ele nãofoi votado? Quais são as priori-dades relacionadas à Cultura queteremos nessa gestão? Enfim, osparnanguaras e sobre tudo osartistas que há MUITO tempoesperam por ver obras finaliza-das e funcionando em prol domunicípio, continuam aguardan-do...

Tenho que enaltecer aquiaqueles que diante de tanta difi-culdade conseguem manter a Arteviva em seus municípios, que éo caso de Guaraqueçaba com oGrupo Mamulengos de Boni-frates, há mais de dez anos ba-talhando e levando o nome deGuaraqueçaba pelo estado todo.Sem muitos recursos esse gru-po continua na ativa pelo esfor-ço e garra de seus integrantes,que não escondem o orgulho desuas histórias e tradições e mes-mo em chão de terra batido apopulação para e senta pra as-sistir a apresentação de seus ar-tistas. Isso mostra o quanto opovo é interessado sim, e quehavendo manifestações artísti-cas o povo está lá para presti-giar, sendo assim, os gover-nantes podiam ter um olhar mais

delicado e eficaz no sentido deFAZER em prol de quem real-mente trabalha em busca do cres-cimento cultural de sua região.Nesse sentido, posso citar umcaso recente que aconteceu emMatinhos, cidade que vem cres-cendo culturalmente nos últimosanos de forma significativa, hojeMatinhos tem Artistas profis-sionais e grupos de vários seg-mentos da Arte (teatro, música,artesanato, dança) em crescentedesenvolvimento devido ao Cur-so de Artes oferecido pelaUFPR-Litoral, devido tambéma busca por conhecimento dospróprios artistas em sindicatosque oferecem Bancas Profissio-nalizantes e a uma política atéentão voltada para isso. Masquando um grupo do municípioprecisou de apoio para levar onome da cidade e representá-lanum renomado Festival da Ca-pital, esses não foram agracia-dos e não encontraram apoiosuficiente, tendo que vender ri-fas e camisetas para angariarfundos afim de não perderem aoportunidade de darem mais umpasso na direção do sucesso. Eé pensando nisso, no sucessoque um representante da cultu-

ra local pode alcançar que osgovernantes devem alçar seusprojetos para que esses possamelevar o nome de seus municípi-os dentro e fora dele. #ficaadica

E vou finalizando com vo-tos de Sucesso e PARABÉNSao Artista Aurélio Domingues,que estará em Portugal de 22 deabril a 1º de maio participandodo Encontro de Violas de Aramee receberá o título de "Salva-guardador de culturas tradicio-nais a nível internacional" Oevento é promovido pela "As-sociação de Cante Alentejano -Os Cardadores", reconhecidapela Unesco, sediada em CastroVerde, Portugal. Esse reconhe-cimento mostra que o nosso li-toral não só é o berço do estadodo PR, como também é um ce-leiro de grandes talentos capazsim, de representar muito bem anossa terra e nossas tradições.Aurélio e uma equipe de pesomantém o Ponto de CulturaMandicuéra, que tem sede na ilhados Valadares em Paranaguá eoferece cursos e oficinas gratui-tas a população, trabalhando oresgate e divulgação do fandangoe tradições folclóricas. Quem ti-ver interesse em conhecer, apoi-ar ou participar pode obter maisinformações através do telefo-ne: 41 3425.5275 sede do Man-dicuéra.

Em breve trarei a vocês, ca-ros leitores, uma entrevista comAurélio e sua equipe, que noscontarão um pouco sobre suaslutas e conquistas e o que na vi-são deles ainda falta pra a Cul-tura ser mais valorizada.

Até a próxima!

* Lu Miranda é diretorateatral, atriz, diretora do

SINATED - Sindicato dosArtistas e Técnicos em

Espetáculos de Diversão doLitoral do PR e diretora da

Área Cultural da UniãoGeral dos Trabalhadores-

PARANÁ

Aurélio Domingues em PortugalGrupo Quem conta um conto de Matinhos

no Festival de Teatro de Curitiba

Teatro Municipal Raquel Costa, em Paranaguá

Direitos Trabalhistas: fique sabendo!Os trabalhadores no seu dia-a-dia deparam-se com termos utilizados

habitualmente no âmbito do trabalho como data-base, dissídio, acordo coletivoe convenção coletiva, mas muitos não sabem o real significado. Evite confu-sões, confira a seguir uma breve definição de cada termo.

DATA-BASESegundo a legislação trabalhista, data-base é aquela data na qual os

sindicatos representantes das respectivas categorias têm para, através denegociação ou ajuizamento de ação coletiva, requerer, rever, modificar ouextinguir normas contidas nos instrumentos normativos de sua categoria. É omês no qual se discute o reajuste salarial, por exemplo.

CONVENÇÃO COLETIVAA Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) é o resultado das negociações

entre os sindicatos de empregadores (patronal) e o de empregados. Uma vezpor ano, na data-base, é convocada Assembleia Geral para instalar o processode negociações coletivas. No caso do SINDEESP (Sindicato dos Empregadosem Estabelecimentos de Serviço de Saúde do Litoral do Paraná) eSINPOSPETRO (Sindicato dos Empregados em Postos de Serviço de Com-bustíveis e Derivados de Petróleo e Loja de Conveniências do Município deCuritiba, Região Metropolitana e todo Litoral do Paraná) a data-base é o dia 1ºde maio. Isto significa que, nesta data, reajustes, pisos salariais, benefícios,direitos e deveres de empregadores e empregados serão objeto de negocia-ções.

Se os sindicatos, autorizados pelas respectivas assembleias gerais, esti-verem de acordo com as condições estipuladas na negociação assinam aConvenção Coletiva de Trabalho, documento que deverá ser registrado ehomologado no Órgão Regional do Ministério do Trabalho (DRT). As determina-ções da CCT atingem a todos os integrantes da categoria. Ressalta-se quesuas cláusulas não podem ferir direitos previstos na legislação, sob pena denulidade.

ACORDO COLETIVOÉ o documento que formaliza os termos das negociações trabalhistas

firmadas entre uma ou mais empresas e o sindicato dos empregados. Vinculaapenas as partes envolvidas e não toda a categoria, como é o caso daConvenção Coletiva.

VALIDADEUma convenção coletiva de trabalho terá a validade máxima de dois anos,

porém, o mais comum é o prazo de um ano. Nada impede que certas cláusulastenham validade diversa de outras, desde que seja respeitado o limite acima.

DISSÍDIO COLETIVOUm termo que gera muita confusão é o Dissídio coletivo, que muitas

vezes é usado erroneamente para se referir à data-base. O Dissídio só ocorrequando não há possibilidade de acordo na data-base entre as partes, ou sejapatrões e trabalhadores, levando a questão à Justiça do Trabalho.

Sendo o processo levado a julgamento, caberá à Justiça do Trabalhopromulgar uma sentença normativa que terá vigência em lugar do acordo.

INDENIZAÇÃO ADICIONAL DEVIDA NADESPEDIDA ANTES DA DATA-BASEOs trabalhadores deverão ficar atentos quanto a dispensa sem justa causa

ocorrida no período de 30 (trinta) dias que antecede data-base da sua categoria.Isto porque a Lei nº 6.708/79 e a Lei nº 7.238/84, em ambas no artigo 9º,

determinam uma indenização adicional, equivalente a um salário mensal, nocaso de dispensa sem justa causa.

QUEM TEM DIREITOApenas tem direito aquele empregado que for dispensado sem justa causa

pelo empregador, em qualquer outra situação de dispensa não será devida, edesde que ocorra dentro do prazo do trintídio que antecede à data-base.

OBJETIVOA indenização adicional foi instituída visando proteger o empregado econo-

micamente quando dispensado sem justa causa às vésperas do mês denegociação da sua categoria.

VALOR DA INDENIZAÇÃO A indenização adicional será equivalente a um salário mensal do empre-

gado, integrado pelos adicionais legais e convencionados, Súmula nº 242 doTST.

AVISO PRÉVIOO aviso prévio, trabalhado ou indenizado, integra o tempo de serviço para

todos os efeitos legais (§ 1º do artigo 487 da CLT). Por conseguinte, o tempo doaviso prévio, será contado para fins da indenização adicional, Súmula nº 182 doTST.

* Felipe Matheus Gomes MáximoOAB/PR 62.510

Assessor jurídico do SINDEESP e SINPOSPETRO-LitoralQuaraqueçaba mantém viva sua Arte

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Page 8: MAIO DE 2013 BRASIL Parnanguara assume o Modernizar sim ... · tiba, e presidida pelo governa-dor Beto Richa. Esse conselho é tripartite - ... BEM MANSO FICA ELE - referindo-se a

08 MAIO DE 2013

A> VITRINE SOCIAL - by Leslie Camargo

colunista social Leslie Camargo acompanhou tudo o que foi desta-que no litoral paranaense. Em ritmo de comemorações, ela apresen-ta os eventos onde esteve durante o mês de abril, todos sucessode entretenimento e alegria em nossa Paranaguá e Litoral.

As candidatas ao Miss Paranaguá 2013 ensaiamcuidadosamente para o grande dia da decisão.

Todas lindas e maravilhosas.

A sempre Miss Paranaguá,Stephanes Rocha (esq.) com amigas desfilando

beleza e graça na Exposafra

Na Casa da Amizade teve o lançamento da linha de maquiagem da Racco,com a presença de lindas beldades do litoral paranaense

Rock'n'roll da melhor qualidade marcou oaniversário da Banda The Revange, no Prittop

No Restaurante Orla's, (Mercado Municipal) do amigo José Luiz Pons, o 'Zëca", você encontra saborosospratos à base de frutos do mar. Quem garante é o sindicalista e profissional da saúde Jaime Ferreira

(ESQ.). Até o Rei Momo escolheu o Orla'S para encerrar o Carnaval fora de época de Paranaguá.

Agenda de Negócios. Na Feira Intermodal, em SãoPaulo, empresários parnaguaras e diretores da

APPA marcaram presença, de olho namodernização dos portos.

Muitoprofissionalismo esimpatia no desfileda A2 Store, comas modelosmostrando tudo debom na passarela

> CULINÁRIA• INGREDIENTES:1/2 kg de coxinha de asa de frango;1 kg de costelinha de porco (fres-ca, não defumada);1 kg de lula;1 kg de mexilhão;1 kg de camarão médio;1/2 kg de arroz parboilizado;2 cabeças de alho grande;3 tomates para molho;1 pimentão verde;Açafrão e sal a gosto;Azeite de oliva;300 g de vagem;100 r salsinha

• DECORAÇÃO:10 unidades de camarão grande oulagostim grande;10 unidades de mexilhão com casca;

Paella Valenciana1 pimentão vermelho;150 g de ervilha

• MODO DE PREPAROMédia de 40 minutos:

Coloque a costelinha de porcopara dourar no azeite.Acrescente osfrangos - Cozinhe até dourar. Acres-cente o alho, cebola, e o pimentãopicados. Acrecente os tomates e refo-gue. Acrescente as lulas, os mexilhõese a vagem. Acrescentar água do ca-marão até cobrir os ingredientes. Dei-xar ferver até pegar gosto e ficar sucu-lento (média de 20 minutos).

Colocar o arroz, colocar águafria (3 de água para 1 de arroz) e oaçafrão e salpique a salsinha.Espelhar o camarão médio (Enfeitara gosto)

• DECORAÇÃOCozinhar os camarões gran-

des inteiros ou lagostim até fica-rem avermelhados, os mexilhãocom casca e reserve Obs. Lem-brar de acrescentar sal e temperosa gosto

Quando a água estiver quasesecando, decore com os camarõesgrandes, os mexilhões, o pimentãovermelho e salpique com a ervilha.

• DICA:Cobrir com papel alumínio até

secar toda a água.Desligue o fogo e aguarde uns

5 minutos.

AGORA É SÓ SERVIR E,BOM APETITE!