mag, r. · 2017-08-14 · região sul: nesta região a ... 3002 - 5139 3276 - 5300 2953 - 4225 2184...

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MAG, R. 1978 2.1.1.1. APRESENTAÇÃO DE DADOS OBTIDOS DO ENSAIO NACIONAL DE MILHO DO ANO AGRÍCOLA DE 1974/75 P~ricles Per eír-a« Ricardo Magnavaca* Margarida Agostinho Lemos» Jos~ Francisco Ferraz de T'ol.edoe« Álvaro Eleutério da Silva** INTAJDUÇÃO o ensaio nacional de milho tem se prestaclo a estudos relativos ao comportamento de materiais obtidos nos diferentes programas do país. O en saio é dividido em quatro regiões considerando principalmente o aspecto de diferenças ecológiças ~ntre as mesmas. Embora'não se tenha um bom contro- le sobre as sementes e nem um alto. grau de homogeneidade na ecologia den- tro das regiões, fato que através das interações cultivares x locais pode viezar os resúltados, o comportamento médio, de uma cultivar em relação a outra, fica satisfatoriamente definido. O objetivo deste trab~lho, com bases nos dados do ensaio nacional de milho de 1974/75, é fazer comparações a respeito de diferentes grupos de materiais avaliados neste ensaio e através dessas comparações fazer uma apreciação dos ganhos obtidos nos diferentes programas de melhoramen- to. MATERIAL E MÉTODO O ensaio foi constituido por 30 tratamentos, sendo 18 comuns para as quatro regiões. Pesquisadores do CNPMS-EMBRAPA - km 45 CEP 35700 Sete Lagoas, Minas Gerais • •• Pesquisadores da EMBRAPA estagiando no da MG-424 - Caixa Postal, 151, Dos 40 ensaios remetidos às instituições responsáveis pela insta- CNPM3-EMBRAPA.

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Page 1: MAG, R. · 2017-08-14 · Região Sul: nesta região a ... 3002 - 5139 3276 - 5300 2953 - 4225 2184 - 4942 2697 - 4275 2787 - 3909 2611 - 3974 2325 - 3498 284 - 3906 736 675 ... amplitude

MAG, R.1978

2.1.1.1.

APRESENTAÇÃO DE DADOS

OBTIDOS DO ENSAIO NACIONAL DE MILHO

DO ANO AGRÍCOLA DE 1974/75

P~ricles Per eír-a«Ricardo Magnavaca*

Margarida Agostinho Lemos»Jos~ Francisco Ferraz de T'ol.edoe«

Álvaro Eleutério da Silva**

INTAJDUÇÃO

o ensaio nacional de milho tem se prestaclo a estudos relativos aocomportamento de materiais obtidos nos diferentes programas do país. O ensaio é dividido em quatro regiões considerando principalmente o aspecto dediferenças ecológiças ~ntre as mesmas. Embora'não se tenha um bom contro-le sobre as sementes e nem um alto. grau de homogeneidade na ecologia den-tro das regiões, fato que através das interações cultivares x locais podeviezar os resúltados, o comportamento médio, de uma cultivar em relação aoutra, fica satisfatoriamente definido.

O objetivo deste trab~lho, com bases nos dados do ensaio nacionalde milho de 1974/75, é fazer comparações a respeito de diferentes gruposde materiais avaliados neste ensaio e através dessas comparações fazeruma apreciação dos ganhos obtidos nos diferentes programas de melhoramen-to.

MATERIAL E MÉTODO

O ensaio foi constituido por 30 tratamentos, sendo 18 comuns paraas quatro regiões.

Pesquisadores do CNPMS-EMBRAPA - km 45CEP 35700 Sete Lagoas, Minas Gerais •

•• Pesquisadores da EMBRAPA estagiando no

da MG-424 - Caixa Postal, 151,

Dos 40 ensaios remetidos às instituições responsáveis pela insta-

CNPM3-EMBRAPA.

Page 2: MAG, R. · 2017-08-14 · Região Sul: nesta região a ... 3002 - 5139 3276 - 5300 2953 - 4225 2184 - 4942 2697 - 4275 2787 - 3909 2611 - 3974 2325 - 3498 284 - 3906 736 675 ... amplitude

lação, apenas 32 foram devolvidos ao Centro Nacional de Pesquisa de Milhoe Sorgo CNPMS - para análise.

O delineamento experimental utilizado foi o látice retangular 5x6com éontrole intercalar. Foram utilizados dois arranjos básicos com ouasrepetições de cada, num total de quatro repetições por tratamento.

A parcela constituiu-se de uma fileira de 10 m aproveitada inte-gralmente, com espaçamento entre fileiras de 1 m e entre covas de 0,5 m,colocando-se quatro sementes por cova. Realizou-se, posteriormente, umdesbaste vi~ando o stand ideal de 40.000 plantas/ha.

As sementes utilizadas para o plantio. foram fornecidas pelas fir-mas comerciais e instituições oficiais de pesquisa.

Com relação a bordadura, sugeriu-se o plantio de duas fileiras demilho em cada lado do ensaio.

A adubação ou correção ficou a critério do técnico executor do en';saio. Como sugestão foi indicada a fórmula 60-60-30, aplicando 1/4 do ad-;:;\.bo nitrogenado por ocasião do plantio, no sulco, e os 3/4 restantes em c~bertura 40 dias após, (.-)_"_----,

~ Os tratos culturais foram os usuais para a cultura do milho.

As cultivares foram 'agrupadas em h{bridos de variedades, h{Gridosde linhagens e populações melhoradas, e dos dados foram obtidas as médiasregionais e seus respectivos desvios, amplitude de variação. além de umamédia geral para cada um dos três grupos.

Foram anotados os seguintes dados por ensaio:

'- "/o de plantas acamadas;- "/o de plantas quebradas;- stand final;

número total' de espigas;~ "/o de espigas doentes;

peso de espigas despalhadas; epeso de grãos.

No presente trabalho estão apresentados os dados referentes a pe-so de espiga por se tratar de um resultado constante de todos os formulá-rios recebidos pelo CNPMS.

RESUlTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados obtidos a partir dos dados do ensaio nacional estãoapresentados nas Tabelàs de 1 a 4, segundo as regiões.

Região Centro: verificou-se nesta região uma diferença relativa-mente pequena quanto às médias de produções (peso de espiga) entre as cul+t.var-esdos três grupos" sendo que, os híbridos de variedade, se apresen:

~.:'Bm mais produtivos vindo logo a seguir as populações melhoradas e os h.fbridos de linhagens. No entanto, verificou-se a presença de algumas popu-

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lações melhorgdas com produções superiores a di.e~:$ .':::-: \:5 ':lJ ,'.Iried~des. Os dados referentes a amplitude de varÍ<l~-~ _ -'ali

- yol .... :..-Cr-f~~""'.:'lr~1't F. ·"'1,;:lJili...•.•. -dade de algumas populaçoes estudadas, enquan!:;::).~~ ., -,",., des

- , , -" _-.) " -,. .l" .' 1 3-5 -vios em relaçao a media indicam uma relativa -.r, '. - . ' .• ' • depro

to. .•••••• r~ ..~:l;'11 ~11T ~~. t--...;5 -du'ção.

Região}'Jorte: os dados nesta região lmtcJ')'! U~~r"""-' •• dó.!ldeba~tante inferior as obtidas em todas as dErna'5 .' . ~.- devem,

_.. .... , q ...fi p r'.>.~."0;- ft1-U•...,t6 s..esegundo pesquisadores da regiao, as condiçees c..! eo;c c ~~,~_.d'oe plan-tio. As diferenças observadas em relação às :::-::::::....;õ.u.,;Q..;at: ~~ ~:\)parnen-tos foram praticamente inexistentes •

rr .Analisando em termos de ampli tudB c.e .-.:s11.a~ 'l oo~"~::5en rel~çao à média, deve-se ressal tar que as POPula-':es acresen~:"'OI" U"I desempe-nho relativo, altamente satisfatário e en'~~>;;t;;:l casos 5<..Oerl::lr' ao dos diversos híbridos.

Região Litoral/Leste/Nordeste: ée arorOO com os dados de popu-lações melhoradas e híbridos de linhagens 've:-ificou-se Lrna óiferença deprodução praticamente inexistente. Emrela:;.iio ,; amplitude de variação, aspopulações apresentaram resultados diferen::.ns OOS observados r.as demais regiões, indicando uma maior variação dos cacos em tDrno da média.

Região Sul: nesta região a produth'idade foi bem mais elevada p~ra as cultivares de híbridos de linhagens quando ~mparadas com os de po-pulaçÇíes meÍho rada s , Os demais parâmetros tÊmum comportamenro semelhanteao observado nas outras regiões.

CONCLUSÕES

Os resultados obtidos a partir dos dados do ensaio nacional perm!tem a inferência de algumas situações bastante interessantes.

Emregiões comoa Li toraljLes tejf\brdeste, t\tJrte e Centro as prod::çoes dos três agrupamentos são bastante semelhantes, justificando indaga-çoes de que talvez não se justificasse a utilização de híbridos. Inclusi-ve a análise da amplitude de variação e desvios em relação à média, pare-cem sugerir que existem diversas oopuí.açoes melhores em termos de produ-ção, que ·diversos dos híbridos ensaiados. Já para a região Sul os resul~dos se apresentaram amplamente favoráveis aos híbridos, principalmente delinhagens, donde se conclui que, um programa de mal.hcramerrtode populaçõesadaptada~ à região, seria bastante desejável.

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30

TABELA 1. Média do peso de espigas, amplitude de variação, desvio padrãoe média geral entre os grupos de cultivares da regiao Centro'(kg/ha)

Identificação das cultivares MédiaHV,PM,H..

Média pe-so espiga

Amplitude de Desviovariaçao .rel. x

Híbridos variedadesIAC phoenix 1110Oent. campo Srr Pr 11 x flint

comp. Srr Pr 11 73Comp. dent. x cato prol.Camp. A x comp. BESALQ HV I MI H3 I MI

Populações melhoradasIAC maya XIIAC IXOent. comp. CMI H3 I 72Centralmex H3 IV MIl H3 IOs comp. XII - lPEACOFlbít comp. CMI HS I 72

Híbridos linhagensC 5005 XC 470C 111Ag 743Ag 259Ag 748IAC Hmd 7974Ag 152/5IAC Hmd 6999 BAg 152SA'vf:231NKT eerzC 313C 307NK 808

6722

ffi31636260315934

653064556181608959195354

689668546597655365186494615159795753559854925376521850674174

2483 - 10727

2940 - 109572916 - 91152932 - 92022647 - 8770

3242 -.104372445 - 106502618 - 98752886 - 84022ffiO - 84852543 - 7538

2642 - 97753113 - 112703141 - 101222896 - 109602685 - 100003161 - 92442790 - 94802893 - 98151840 - 81252971 - 90972730 - 7255::;692- 73502292 - 73412364 - 71341839 - 6010

2122

2152183917991800

198220201859164417031470

21ffi21622253219420712021193219042028167214821582155815021328

6336

6088

5915

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....-

!

\

TABELA 2. Média do peso de espigas, amplitude de variação, desvio padrãoe média geral entre os grupos de cultivares da região Norte(kg/ha)

!

lIdentificação das cultivares Desvio Média

rel. x HV,f'M, HLMédia pe- Amplitude deso espiga variaçao

H!bridos variedadesIAC phoenix 1110Camp. dent. x cato prol.Cat. prol. x azteca prol. x

Populações melhoradasIAC IXIAC MayaDent. comp. Srr Pr 11Dent. comp. C MI HS I 72Flint. comp •.Srr Pr lI.Centralmex HS IV MI I HS IFlint comp. CMI HS I 72Crioulo de Roraima ~

H!bridos linhagensC 111C 470NJ 749C 5005 XIAC Hmd 7974SAIA::231C 462NJ 259C 5005fvJ 739fvJ 152 RIAC Hmd 6999 BfvJ 152/5NKT 6672NK 808

260421962094

24202420238923012245223221741755

273027212587257124752474241724082342233622432108206618411552

2156 - 28721545 - 26221102 - 2762

1774 - 35371671 - 27381666 - 2819

- 1887 - 28301790 -"27471722 - 28021834 - 47441364 - 2138

2210 - 35661535 - 33662065 - 33121665 - 39021870 - 31301741 - 32841817 - 29752037 - 28951272 - 28321534 - 35391372 - 27441633 - 20501502 - 2963:1:097- 2536

223 - 2915

340478744

2298

794503512392416592423417

2235

584812528977570653534404724889631387638592

1157

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TA8ELA 3. Média do peso de espigas, amplitude de variação, desvio padrãoe média geral entre os grupos de cultivares da região Litoral,/Leste/Nordeste (kg/ha)

Identificação das cultivares Desviorel. x

MédiaHV,PM,I-L

Média pe- Amplitude deso espiga variaçao

Híbridos varied~desIAC phoenix 1110Comp. dent. x cato prol.

Populações melhoradasCato colo V lFEACD

IAC maya XIDent. comp. Srr Pr 11Centalmex HS IV MIl HS I[)ent. comp. CMI HS I 72Flint comp. Srr Pr 11IAC IXJatínã C-2r' i.nt comp. CMI HS I 72

Híbridos linh~gensC 470C 462ClllC 5005 XAg 152 RC 5005Ag 749Ag 739.o..g152/5NKT 0072Ag 259IAC Hmd 6999 8IAC Hmd 7974SAVE 231NK 808 ANK 808

44014300

424140634030401738623747369635853514

4735460644934483446343224256423441773793369335113504337930462428

3624 - 51803244 - 4984

3082 - 53743125 - 40632854 - 54033171 - 5186·2515 - 52342846 - 50973185 - 41812295 - "52282348 - 5070

3850 - 59723360 - 55073987 - 50823536 - 52954463 - 50783650 - 51943650 - 47743002 - 51393276 - 53002953 - 42252184 - 49422697 - 42752787 - 39092611 - 39742325 - 3498

284 - 3906

736675

4351

968808982980

11601095

43013601288

3862·

826927487777484002448726922522

1000654470576522

1399

3945

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\33 \

TAEELA 4. Média do peso de espigas, amplitude de variação, desvao padrã!e média geral entre os grupos de cultivares da regiao Su:(kg/ha)

Identificação das cultivaresDesvior-eL, x

MédiaHV,PM,I-l

Média pe-so espiga

Amplitude devariaçao

H!bridos variedades

LEB 3 x cato prol.IAC phoenix 1110Comp. dent. x cato prol.

Populações melhoradas

IAC IXCentralmex H3 IV MIl I-S IDent. comp. CMII-S I 72Flint comp. CMII-S I 72

H!bridos linhagens

C 408C 5005 XNJ 28C 454NJ 196NJ68C4?ONJ 195NJ 152/5C 111SA\€ 231NJ 259SA\€ 292NJ 152 RIAC Hrnd 7974IACHmd6999 BNKT6672NK808

609459545921

5769531251235053

?06370496988697269556860680267426736671866966623620961536084573241303275

3765 - 76253931 - 72503568 - 7555

3315 - 78223686 - 67402616 - 60102842 - 6604

4164-- 85324364 - 79244062' - 88723995 - 80775313 - 96224992 - 81963668 - 78602859 - 89003407 - 87424164 - 84525055 - 87203568 - 81374919 - 75953427 - 75253999 - 77403143 - 74951820 - 6002554 - 5702

120511571153

5990

1268936

11701361

5314

1400 .11661469 6322130213691204130618441672126911731385951

12821386152312801587