macrozoneamento- objetivos e funÇÕes

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183 MACROZONEAMENTO- OBJETIVOS E FUNÇÕES A divisão territorial proposta para o município estabelece 9 macrozonas - MZ, que se desdobram em 34 Áreas de Planejamento - APs e em 77 Unidades Territoriais Básicas - UTBs. Essa divisão tem o intuito de avaliar com maior detalhamento as especificidades e demandas de cada porção territorial da cidade. O macrozoneamento compreende todo o território municipal, abarcando as zonas urbana e rural, estando estas duas categorias de território presentes em quase todas as macrozonas, com exceção da Macrozona 4, que corresponde à grande área centralizada mais intensamente urbanizada do município. Seu objetivo é orientar o planejamento das políticas públicas, especialmente aquelas definidoras e/ou indutoras do processo de gestão do território, a partir da compreensão das diferentes realidades das regiões do município, dada sua grande dimensão territorial. Tem como premissa a busca pelo equilíbrio ambiental da cidade e enfatiza a questão da readequação de macrozonas quanto a factibilidade e conveniência de urbanização no curto, médio e longo prazos. Como limites das macrozonas foram utilizados basicamente divisores de águas das micro- bacias e barreiras físicas ou elementos urbanísticos relevantes, configurando regiões segundo análise efetuada do perfil atual e das tendências de ocupação, bem como de características físico-ambientais. Já as Unidades Territoriais Básicas - UTBs, concebidas como células mínimas dessa divisão territorial, identificam-se através de bairros, ou conjuntos de pequenos bairros, configurando porções do espaço urbano que guardam significativo grau de homogeneidade quanto aos padrões (ou processos) de ocupação do solo e de níveis de renda. Por essa razão são bastante utilizadas pelo município, tanto pelo Poder Público como por entidades de pesquisa e de prestação de serviços, para o referenciamento espacial de dados urbanísticos, tais como os relativos a equipamentos urbanos, aos populacionais e aos sócio-econômicos, cumprindo também seu papel de instrumento de planejamento para direcionamento de investimentos públicos. As Áreas de Planejamento - APs, instituídas em posição intermediária, são constituídas pelo agrupamento de UTBs que se inter-relacionam através de processos da dinâmica urbana, em sua correlação com o restante do território municipal. Tendo em vista a diversidade das características físico-territoriais do município como um todo, ressalta-se o entendimento da necessidade da manutenção de uma base conceitual para as normativas de uso e ocupação do solo urbano, segundo a ótica dos critérios mínimos, ou básicos, definidos para todo o território, a partir dos quais, se sobrepõem padrões mais específicos, permitindo o seu condicionamento a fatores relacionados a sua sustentabilidade. Esses procedimentos requerem do poder público uma estrutura de aplicação e monitoramento permanente e são parte da dinâmica de gestão compartilhada da cidade. Isto posto, procuramos avançar na proposição de novas unidades de divisão territorial, como se verá mais à frente, efetuando algumas adequações oriundas da re-divisão do macrozoneamento, sobre a qual trataremos a seguir. Dada a dinâmica de transformação da cidade ao longo dos últimos dez anos, os recortes espaciais definidos em função de peculiaridades do território campineiro, ensejaram alterações para se adequar à nova realidade posta. São adequações principalmente de duas ordens: seja para contemplar novas formas de entendimento possibilitadas através do aprofundamento de dados referentes ao meio ambiente e à utilização do território, seja no que se refere à análise do comportamento das tendências e vocações identificadas anteriormente. Esses ajustes buscam também um reforço institucional no sentido de estabelecer critérios mais apurados para controlar a tendência de avanço da malha urbana sobre as áreas rurais de um modo geral, especialmente sobre aquelas ambientalmente frágeis, com uso agrícola ou potencial agrícola não explorado. Destaca-se a incoerência presente nessa forma de expansão, tanto de ordem social como econômica, sob o ponto de vista dos investimentos públicos, face aos percentuais de vazios urbanos constatados em todos os quadrantes da área urbana e ao grande percentual configurado em relação à área total do município. O município foi dividido em 9 macrozonas, mantendo-se integralmente as MZs 1 e 2 e criando-se as novas MZs 6, 8 e 9, através de subdivisões das MZs 3, 5 e 7. A MZ 4 absorveu pequena parte da MZ 3 e grande parte da antiga MZ 6, assim como a MZ 5 absorveu pequena parte da MZ 4. A nomenclatura foi estabelecida de forma a ressaltar as principais orientações das macrozonas, da seguinte forma: Macrozona 1 - Área de Proteção Ambiental – APA Macrozona 2 - Área de Controle Ambiental – ACAM Macrozona 3 - Área de Urbanização Controlada – AUC Macrozona 4 - Área de Urbanização Prioritária – AUP Macrozona 5 - Área Prioritária de Requalificação– APR Macrozona 6 - Área de Vocação Agrícola – AGRI Macrozona 7 - Área de Influência Aeroportuária – AIA Macrozona 8 - Área de Urbanização Específica – AURBE Macrozona 9 - Área de Integração Noroeste - AIN

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MACROZONEAMENTO- OBJETIVOS E FUNÇÕES

A divisão territorial proposta para o município estabelece 9 macrozonas - MZ, que se

desdobram em 34 Áreas de Planejamento - APs e em 77 Unidades Territoriais Básicas - UTBs. Essa

divisão tem o intuito de avaliar com maior detalhamento as especificidades e demandas de cada

porção territorial da cidade.

O macrozoneamento compreende todo o território municipal, abarcando as zonas urbana e

rural, estando estas duas categorias de território presentes em quase todas as macrozonas, com

exceção da Macrozona 4, que corresponde à grande área centralizada mais intensamente urbanizada

do município.

Seu objetivo é orientar o planejamento das políticas públicas, especialmente aquelas

definidoras e/ou indutoras do processo de gestão do território, a partir da compreensão das diferentes

realidades das regiões do município, dada sua grande dimensão territorial.

Tem como premissa a busca pelo equilíbrio ambiental da cidade e enfatiza a questão da

readequação de macrozonas quanto a factibilidade e conveniência de urbanização no curto, médio e

longo prazos.

Como limites das macrozonas foram utilizados basicamente divisores de águas das micro-

bacias e barreiras físicas ou elementos urbanísticos relevantes, configurando regiões segundo análise

efetuada do perfil atual e das tendências de ocupação, bem como de características físico-ambientais.

Já as Unidades Territoriais Básicas - UTBs, concebidas como células mínimas dessa divisão

territorial, identificam-se através de bairros, ou conjuntos de pequenos bairros, configurando porções

do espaço urbano que guardam significativo grau de homogeneidade quanto aos padrões (ou

processos) de ocupação do solo e de níveis de renda. Por essa razão são bastante utilizadas pelo

município, tanto pelo Poder Público como por entidades de pesquisa e de prestação de serviços, para

o referenciamento espacial de dados urbanísticos, tais como os relativos a equipamentos urbanos, aos

populacionais e aos sócio-econômicos, cumprindo também seu papel de instrumento de planejamento

para direcionamento de investimentos públicos.

As Áreas de Planejamento - APs, instituídas em posição intermediária, são constituídas pelo

agrupamento de UTBs que se inter-relacionam através de processos da dinâmica urbana, em sua

correlação com o restante do território municipal.

Tendo em vista a diversidade das características físico-territoriais do município como um todo,

ressalta-se o entendimento da necessidade da manutenção de uma base conceitual para as

normativas de uso e ocupação do solo urbano, segundo a ótica dos critérios mínimos, ou básicos,

definidos para todo o território, a partir dos quais, se sobrepõem padrões mais específicos, permitindo

o seu condicionamento a fatores relacionados a sua sustentabilidade. Esses procedimentos requerem

do poder público uma estrutura de aplicação e monitoramento permanente e são parte da dinâmica de

gestão compartilhada da cidade.

Isto posto, procuramos avançar na proposição de novas unidades de divisão territorial, como se verá

mais à frente, efetuando algumas adequações oriundas da re-divisão do macrozoneamento, sobre a qual

trataremos a seguir.

Dada a dinâmica de transformação da cidade ao longo dos últimos dez anos, os recortes espaciais

definidos em função de peculiaridades do território campineiro, ensejaram alterações para se adequar à

nova realidade posta. São adequações principalmente de duas ordens: seja para contemplar novas formas

de entendimento possibilitadas através do aprofundamento de dados referentes ao meio ambiente e à

utilização do território, seja no que se refere à análise do comportamento das tendências e vocações

identificadas anteriormente.

Esses ajustes buscam também um reforço institucional no sentido de estabelecer critérios mais

apurados para controlar a tendência de avanço da malha urbana sobre as áreas rurais de um modo geral,

especialmente sobre aquelas ambientalmente frágeis, com uso agrícola ou potencial agrícola não

explorado. Destaca-se a incoerência presente nessa forma de expansão, tanto de ordem social como

econômica, sob o ponto de vista dos investimentos públicos, face aos percentuais de vazios urbanos

constatados em todos os quadrantes da área urbana e ao grande percentual configurado em relação à

área total do município.

O município foi dividido em 9 macrozonas, mantendo-se integralmente as MZs 1 e 2 e criando-se as

novas MZs 6, 8 e 9, através de subdivisões das MZs 3, 5 e 7. A MZ 4 absorveu pequena parte da MZ 3 e

grande parte da antiga MZ 6, assim como a MZ 5 absorveu pequena parte da MZ 4.

A nomenclatura foi estabelecida de forma a ressaltar as principais orientações das macrozonas, da

seguinte forma:

Macrozona 1 - Área de Proteção Ambiental – APA

Macrozona 2 - Área de Controle Ambiental – ACAM

Macrozona 3 - Área de Urbanização Controlada – AUC

Macrozona 4 - Área de Urbanização Prioritária – AUP

Macrozona 5 - Área Prioritária de Requalificação– APR

Macrozona 6 - Área de Vocação Agrícola – AGRI

Macrozona 7 - Área de Influência Aeroportuária – AIA

Macrozona 8 - Área de Urbanização Específica – AURBE

Macrozona 9 - Área de Integração Noroeste - AIN

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CARACTERÍSTICAS PARA CADA MACROZONA

I - MACROZONA 1 - ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL – APA

Compreende a APA Municipal, estabelecida e regulamentada pela Lei 10.850 de

07/06/2001, contemplando integralmente as áreas dos Distritos de Sousas e Joaquim Egídio, em

suas porções urbana e rural, e a porção nordeste do município, localizada entre o Distrito de Sousas,

o Rio Atibaia e os limites intermunicipais Campinas-Jaguariúna e Campinas-Pedreira, parte rural onde se

inserem os núcleos urbanos referentes ao Bairro Carlos Gomes, Jd. Monte Belo e Chácaras Gargantilha.

Sua delimitação geográfica abrange todo o território do interflúvio dos Rios Atibaia e Jaguari no

município, onde se insere parte da APA Estadual dos Rios Piracicaba e Juqueri-Mirim (trecho da bacia

do Rio Jaguari).

Possui altitudes que variam de 550 m a 1.078 m, na Serra das Cabras, sendo esta a porção

mais elevada do município. Localizada no quadrante nordeste do município, fazendo limite com os

municípios de Valinhos, Morungaba, Pedreira e Jaguariúna, sendo formada apenas por uma única

Área de Planejamento - AP1.

Estão compreendidas na Área de Planejamento - AP1 as seguintes Unidades Territoriais

Básicas: UTB 21 - Carlos Gomes/ Monte Belo/ Ch. Gargantilha, UTB 39 - São Conrado, UTB 40 -

Centro Sousas, UTB 40 A - Fazenda Santana, UTB 41 - Jd. Botânico, UTB 42 - Joaquim Egídio.

Foto Aérea APA

Atualmente a região da APA configura um quadro particular no múltiplo contexto ambiental e cultural de

Campinas, resultado de condicionantes do meio físico e biótico, como do processo histórico específico de

ocupação territorial e dinâmica produtiva.

I.1 - Perímetro da Macrozona 1

Tem inicio no ponto 01, localizado na captação de água da SANASA (Rio Atibaia), seguindo no sentido

horário pelo limite intermunicipal Campinas-Valinhos numa extensão de 1.000 m até atingir o ponto 02;

deflete à direita e segue por linha sinuosa pelo limite interdistrital de Sousas numa extensão de 5.500

m até encontrar o ponto 03, ponto onde o referido limite se encontra com o perímetro urbano do

Município de Campinas, seguindo por este em linha sinuosa numa extensão de 6.500 m até alcançar o

ponto 04, ponto onde o limite do perímetro urbano volta a se encontrar com o limite interdistrital de

Sousas, seguindo pelo referido limite numa extensão de 3.500 m até alcançar o ponto 05; deflete à

esquerda seguindo pelo leito do Rio Atibaia numa extensão de 20.500 m até o ponto 06, localizado no

entroncamento entre o Rio Atibaia e o limite intermunicipal Campinas-Jaguariúna; deflete à direita,

seguindo pelo referido limite por uma extensão de 8.000 m até alcançar o ponto 07, localizado no

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entroncamento do limite intermunicipal Campinas-Jaguariúna-Pedreira, com o leito do Rio Jaguari,

seguindo por este rio numa distância de 2.300 m até encontrar o ponto 08, localizado no encontro do

leito do Rio Jaguari com o limite intermunicipal Campinas-Pedreira; segue por 4.200 m pelo limite

intermunicipal Campinas-Pedreira até encontrar o ponto 09, onde o referido limite volta a se

encontrar com o leito do Rio Jaguari; segue por este rio numa extensão de 15.500 m em linha

sinuosa, até encontrar o ponto 10, onde o leito do mesmo encontra-se com o limite intermunicipal

Campinas-Morungaba, seguindo pelo referido limite por uma extensão de 24.800 m até encontrar o

ponto 11, localizado no entroncamento do referido limite com o leito do Rio Atibaia; segue pelo leito

do referido rio numa distância de 12.400 m até encontrar o ponto 12, que se localiza no

entroncamento do Rio Atibaia com o limite interdistrital Sousas-Joaquim Egídio; segue ainda pelo

leito do Rio Atibaia numa extensão de 2.500 m em linha sinuosa, encontrando-se com a estação de

captação de água da SANASA, ponto inicial desta descrição.(Fica dessa forma convalidado o

perímetro descrito de acordo com a Lei 10.850/01- Lei da APA)

I.2 - Caracterização

I.2.a - Dados Gerais

A Macrozona 1 possui uma área de 222.786 km2, que corresponde a cerca de 27 % da área do

município. Constitui-se em sua maior parte de área rural e caracteriza-se por apresentar baixa

densidade de urbanização. A densidade média da Macrozona 1 é de 89,97 hab/km².

A população desta macrozona, segundo o Censo Demográfico de 2000, era de 20.153

habitantes, correspondendo a 2,08% da população total do município, sendo que 16.896 habitantes

concentravam-se na zona urbana (83,84%) e 3.257 habitantes na zona rural (16,16%).

O Distrito de Joaquim Egídio possui 89,25 km2 e uma densidade de 28,21 habitantes por Km2,

conforme dados do Censo de 2000. Sousas, por sua vez, possui uma área de 65,50 Km2 e uma

densidade de 222,56 hab/km2. As áreas desses distritos representam 11,14 % e 8,18 %,

respectivamente, do total da área do município.

Em 2000 os Distritos de Sousas e Joaquim Egídio concentravam 14.578 habitantes e 2.518

habitantes respectivamente, representando, 1,50 % e 0,26% do total da população do município

(969.366 habitantes).

I.2.b - Paisagem Natural

Esta macrozona, onde se encontram os mananciais hídricos dos rios Atibaia e Jaguari, é uma área

de recarga regional do aqüífero subterrâneo e apresenta uma rede de drenagem densa e dendritificada.

Apresenta exploração não-criteriosa de águas subterrâneas, principalmente em

assentamentos de finalidade urbana na zona rural, através de captação por poços, cacimbas e

nascentes, os quais são passíveis de contaminação por fossas negras existentes e outras fontes de

poluição.

Devido aos inúmeros afloramentos de água nas propriedades rurais, vem apresentando um

crescente número de barramentos, para aproveitamento próprio, sem a devida autorização ou

licenciamento dos órgãos competentes, o que tem causado acidentes com rompimentos em épocas de

chuvas intensas, refletindo negativamente nos episódios de cheias e nos danos causados à área urbana

dos distritos localizada à jusante.

Essa macrozona caracteriza-se por relevos do Planalto Atlântico, onde se destacam três unidades

distintas: morrotes alongados paralelos, serras alongadas e morros com serras restritas diferenciando-se

do restante do município.

O patrimônio mineral existente sustenta o rico sistema de relevo e paisagens e é constituído por

rochas ornamentais, pedra de talhe e cantaria, e, ainda, areia e material de empréstimo, que têm sido

explorados pela construção civil.

A APA apresenta solos de características e morfologia propícias a processos erosivos, que só

tiveram maior controle recentemente, após a promulgação das normativas do Plano de Gestão da APA,

com o estabelecimento de critérios para o manejo adequado do solo, notadamente nos parcelamentos

urbanos. São impactos associados a processos erosivos: a perda da produtividade agrícola, o prejuízo às

condições de trafegabilidade do sistema viário e a equipamentos da infra-estrutura básica, a

descaracterização da paisagem e também o assoreamento dos rios, com comprometimento dos recursos

hídricos.

É a região do município onde a cobertura vegetal primitiva está mais bem representada, com

fragmentos florestais descontínuos, mas em condições de preservação, o que ainda permite a sua

recuperação. Muitos deles se encontram em processo de tombamento pelo CONDEPACC, estando já

tombadas a Mata Ribeirão Cachoeira, 2º. maior remanescente de Campinas, e a Mata da Fazenda

Santana. Também se registram segmentos importantes de mata ciliar a serem expandidos.

A APA de modo geral, configura um quadro particular no contexto do ambiente natural,

apresentando conjuntos de construções remanescentes dos períodos canavieiro e cafeeiro, com

elementos arquitetônicos, históricos ou institucionais, grande parte deles tombados pelo patrimônio

histórico.

Foto : Ponte antiga Sousas Foto: Centro de Joaquim Egídio

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As fazendas e seu contexto paisagístico, as casas-sede, terreiros, colônias, tulhas e estações

do ramal ferroviário, os núcleos urbanos e todos os demais vestígios das sucessivas fases históricas

revelam os valores dessa região de Campinas. Cabe destacar ainda o Observatório Astronômico de

Capricórnio, situado na área rural do Distrito de Joaquim Egídio numa das cotas mais elevadas do

município.

Foto: Observatório de Capricórnio

I.2.c - Zona Rural

Quanto ao que já se conhece da atividade econômica na área rural, além da exploração

mineral verificam-se as atividades agropecuárias, com a presença de gado de leite e do cultivo de café e

da cana. A cultura anual parece ser pouco significativa e a cultura perene é desenvolvida com mais

expressão em Joaquim Egídio. O reflorestamento com eucaliptos e a existência de campos limpos

ocupam extensões relevantes nos Distritos de Sousas e Joaquim Egídio, respectivamente.

I.2.d - Parcelamento, uso e ocupação do solo da zona urbana

Os Distritos de Sousas e Joaquim Egídio tiveram origem no final do século passado, através

da produção cafeeira, o que justificou a implantação de um ramal férreo junto aos núcleos urbanos em

formação, para garantia do rápido escoamento da produção.

Até a década de 50 não houve expansão significativa da ocupação urbana. A partir daí, principalmente

em Sousas, em função da alteração das características econômicas do Município de Campinas,

implantaram-se algumas indústrias e surgiram os primeiros loteamentos urbanos de pequeno porte, com

destaque para o Conjunto Habitacional da Cohab - Vila Santana, da década de 60, com 204 unidades

habitacionais, sendo o único conjunto de interesse social da região.

A partir da década de 70 teve início a aprovação de loteamentos bem maiores e periféricos, destinados

à população de renda mais elevada, tendo área média dos lotes inicialmente de 600m2, sendo paulatinamente

desdobrados, como no Caminhos de San Conrado, Colinas do Ermitage e Morada das Nascentes. Nesses

dois últimos, principalmente, fica evidente a falta de adoção de critérios ambientais, não havendo naquela

época o respaldo das normas voltadas a parcelamentos do solo para fins urbanos, referentes à legislação

federal de 1979. Na década de 80, outros loteamentos de padrões mais variáveis foram aprovados, como o

Jardim Botânico - de classe mais alta, Jardim Martinelli, Parque Jatibaia, Residencial Cândido Ferreira e

Imperial Parque.

A localização dos loteamentos dessas duas décadas determinou em grande parte a

configuração da zona de expansão urbana do município, cujo perímetro foi definido em 1980 (com pequena

retificação em 1981), estabelecido por exigência da Lei Federal 6.766/79 sobre parcelamento do solo

urbano. A Lei da Zona de Expansão Urbana foi posteriormente alterada pela Lei Municipal 8.161/94, que

dispõe sobre o Perímetro Urbano do Município de Campinas.

É importante notar que, no caso de Sousas, as áreas incluídas na zona de expansão urbana

atingiram dimensões bem mais significativas que em Joaquim Egídio, tendo sofrido ambas pequenas

alterações decorrentes da lei subseqüente datada de 1994.

Atualmente, as glebas urbanas não parceladas são áreas remanescentes de antigas fazendas

situadas parcialmente na zona urbana, de forma adjacente a áreas loteadas, localizadas ao longo da

margem esquerda do Rio Atibaia, como é o caso das Fazendas Santana, Santo Antônio, Santa Odila, Pedra

Alta, Jatibaia e Maria Amélia. Essas fazendas pertencem a antigos proprietários e possuem destinação rural,

sendo ocupadas por pastos, plantações de cana e de eucaliptos.

A insuficiência dos acessos e a carência de infra-estrutura básica colaboram para desestimular

o parcelamento dessas áreas para empreendimentos urbanos nos dois distritos.

Em Joaquim Egídio, algumas das glebas não parceladas encontram-se ocupadas por pequenas e

antigas chácaras, e o restante constitui-se de partes de fazendas, não possuindo, desta forma,

interligação à infra-estrutura básica existente no seu núcleo urbano e com situação agravada pela

topografia acidentada.

Atualmente, a área central de Sousas, bem como os quarteirões situados ao longo da Av. Cel.

Antônio Carlos Couto de Barros apresentam concentração de estabelecimentos de usos comerciais e de

prestação de serviços de âmbito local e geral, sendo de grande porte especialmente aqueles localizados na

referida avenida.

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Destaca-se o crescimento do número de estabelecimentos do tipo bares, restaurantes e

similares, usos voltados ao atendimento da vocação de lazer e turismo do distrito, principalmente aos

finais de semana. Já, nos bairros mais antigos, como o Jardim Conceição, que apresenta características

habitacionais de baixa renda, vêm se observando usos distintos do residencial, como bares e mercearias,

demandados por aquela população, cuja permissão foi regulamentada pela Lei 10.850/01.

A legislação atual de uso e ocupação do solo nos distritos restringe a implantação de indústrias,

situação reforçada por legislação complementar anterior que proíbe a implantação de indústrias

poluidoras nos dois distritos.

A porção urbana mais ao norte da APA apresenta predominância de ocupação por

loteamentos oriundos de chácaras de recreio, como o Jd. Monte Belo e Chácaras Gargantilha, hoje

bastante utilizadas para moradia permanente, tendo condições precárias de infra-estrutura básica e

serviços públicos.

Destacam-se ainda as características históricas do núcleo Carlos Gomes, antigo bairro rural, cujo

patrimônio é de interesse cultural.

I.2.e - Infra-Estrutura, Saneamento e Drenagem

Ocorrem inundações na região central do Distrito de Sousas, em função da ocupação das

planícies de inundação do Rio Atibaia. O Ribeirão dos Pires, afluente do Rio Atibaia, no Distrito de

Sousas também apresenta problemas. Também sofre problemas de inundações a região central do

Distrito de Joaquim Egídio, devido à ocupação das planícies de inundação do Ribeirão das Cabras.

O abastecimento de água na região que inclui os Distritos de Sousas e Joaquim Egídio é feito a

partir do tanque de contato das ETA’s 3 e 4, por meio de duas linhas principais, as adutoras Sousas I e

Sousas II, estando prevista a implantação da terceira linha denominada adutora Sousas III. O bairro Jd.

Monte Belo localizado ao norte da macrozona, na zona rural, possui um sistema precário de

abastecimento a partir de poços tubulares profundos. Já os bairros rurais Carlos Gomes e Ch.

Gargantilha não dispõem de sistema de abastecimento de água.

Para o esgotamento do setor Sousas/Joaquim Egídio serão necessárias implantações de

alguns coletores tronco, interceptores, estações elevatórias de esgoto e linhas de recalque, que

levarão estes esgotos à futura estação de tratamento localizada na Fazenda São João. Estas obras

estão em fase de contratação pela Sanasa com previsão de término para dezembro de 2.007.

I.2.f - Sistema Viário e Transportes

A área urbana dos Distritos de Sousas e Joaquim Egídio apresenta um sistema viário principal

linear, sendo a rodovia Dr. Heitor Penteado, denominada Av. Cel. Antônio Carlos Couto de Barros em

seu trecho urbano, a via estruturadora. Os acidentes geográficos, principalmente o Rio Atibaia, o

Ribeirão das Cabras e a topografia irregular da região, contribuíram para o traçado descontínuo e estreito

de seu sistema viário, cuja possibilidade de ampliação muitas vezes esbarra na existência de patrimônio

histórico construído ao longo das vias. O Rio Atibaia, que é o elemento segmentador mais marcante,

conta com apenas uma ponte de acesso veicular integrando essas regiões, reforçando a linearidade

do sistema viário local.

A captação do trânsito se dá através de vias antigas, estreitas e com crescente uso comercial.

Nas áreas urbanas o trânsito é desordenado e lento nos horários de pico, dada a associação do trânsito de

passagem, trânsito local (inclusive transporte coletivo) e de estacionamento lindeiro, utilizando um viário

cuja circulação atende aos dois sentidos.

Há cruzamentos que exigem tratamento em curto prazo, pois apresentam grandes níveis de

conflito, quais sejam: Av. Cel. Antônio Carlos Couto de Barros x Rua Paula Valério, Av. Isabelita Vieira x Av.

Mário Garnero, Av. Isabelita Vieira sobre o Rio Atibaia, Rua 13 de Maio x Rua Maneco Rosa.

A rodovia Dr. Heitor Penteado, nos trechos de Campinas a Sousas e deste a Joaquim Egídio,

apresenta capacidade de suporte superior às demandas atuais.

O sistema de transporte realizado por ônibus é satisfatório, sendo que a interligação mais significativa

é com a área central da cidade, através de linhas radiais. A circulação local é atendida por uma linha circular

em Sousas e uma linha setorial entre Sousas e Joaquim Egídio.

Observa-se ainda a existência de ramal ferroviário desativado (C.C.T.F.L) interligando os distritos

em questão ao distrito-sede.

I.2.g - Patrimônio Histórico

Ambos os distritos, além de configurarem um quadro particular no contexto do ambiente natural

apresentam conjuntos de construções remanescentes dos períodos canavieiro e cafeeiro, cujos

elementos arquitetônicos, históricos ou institucionais merecem cuidados especiais.

Foto: Sede da Fazenda Santa Maria - Joaquim Egídio

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Essa região funcionou ainda como pólo de atração da migração estrangeira, em especial a

italiana. O processo de aculturamento dessas populações resultou na criação de tradições sociais e

religiosas que têm como referência física de apoio o cenário natural e o conjunto de obras civis ali

implantadas.

Foto: Igreja Centro de Sousas

As fazendas e seu contexto paisagístico, as casas - sede, terreiros e posteriores colônias, as

tulhas, estações do ramal ferroviário, as usinas hidrelétricas, os núcleos urbanos e todos os demais

vestígios das sucessivas fases históricas revelam os valores dessa região de Campinas.

Cabe destacar que as pedreiras em atividade que produzem dispersão de partículas sólidas no ar,

bem como a aproximação de loteamentos e estradas, tem prejudicado o trabalho de observação e de

pesquisa no Observatório Astronômico de Capricórnio situado na área rural de Joaquim Egídio.

Foto: Sede da Fazenda Santa Maria – Joaquim Egídio

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II - MACROZONA 2 - ÁREA DE CONTROLE AMBIENTAL – ACAM

Esta área está localizada na porção norte/nordeste do município, atravessada pela Rodovia

Adhemar Pereira de Barros - SP 340, na saída para Mogi-Mirim. É constituída predominantemente

pela bacia do Rio Atibaia, à sua margem esquerda, com maior porção de área rural, onde se inclui

trecho de extensas planícies inundáveis. Possui posição estratégica entre a APA e a área urbana

mais consolidada e em processo acelerado de urbanização, referentes às Macrozonas 3 e 8. Isso

lhe confere características de área de amortecimento, inclusive no que tange ao controle da

expansão urbana em direção ao eixo norte de conurbação com Jaguariúna, estratégia importante

para a preservação da qualidade ambiental dos municípios, uma vez que também possui atributos

ambientais, paisagísticos e históricos a serem preservados.

Assim como a MZ 1, a MZ 2 apresenta porções urbanas inseridas no meio rural, como os

loteamentos Bosque das Palmeiras, Vale das Garças e Village Campinas, ao norte de Barão Geraldo,

sendo que, na região entre a Rodovia Adhemar Pereira de Barros - SP 340 e o Rio Atibaia, encontram-

se os loteamentos Recanto dos Dourados, Chácara Bocaiúva e Bocaiúva Nova, também oriundos de

chácaras de recreio. Apresenta passivos ambientais e sociais decorrentes de ocupações urbanas

não planejadas.

Esta macrozona é subdividida em duas Áreas de Planejamento: AP 2 - Região do Vale das

Garças, situada ao norte de Barão Geraldo e AP 3 - área predominantemente rural entre a Rodovia

Adhemar Pereira de Barros - SP 340 e o limite da Área da APA.

Estão compreendidas na Área de Planejamento - AP 2 as seguintes Unidades Territoriais

Básicas: UTB 1 - Vale das Garças e UTB 3 - Bosque das Palmeiras; e na Área de Planejamento AP 3,

as Unidades Territoriais Básicas: UTB 21 A - Bananal e UTB 22 A - Ch. Recanto dos Dourados.

II.1 - Perímetro da Macrozona 2

Partindo do ponto de encontro da divisa intermunicipal Campinas-Paulínia com o leito do Rio Atibaia,

segue por este leito até encontrar o limite interdistrital Campinas - Sousas; deflete à direita e segue por

este limite interdistrital até encontrar a divisa da gleba 31 do quarteirão 30.014 do Cadastro Municipal;

segue pela divisa desta gleba até encontra a estrada municipal CAM 010; segue por esta estrada

numa distância de 1.400,00m até encontrar a divisa do loteamento Caminhos de San Conrado; segue

por esta divisa até encontrar a divisa interdistrital Campinas - Sousas; deflete à direita e segue por esta

divisa numa distância de aproximadamente 2.100,00m até encontrar a linha de alta tensão; deflete à

direita e segue por esta linha de alta tensão até encontrar a estrada particular que passa entre o Sítio

Santa Terezinha e a Fazenda Anhumas; deflete à direita e segue por esta estrada até encontrar a

divisa do loteamento Chácaras São Rafael; segue por esta divisa até encontrar a divisa do loteamento

Parque dos Pomares; segue por esta divisa até encontrar a linha de alta tensão; deflete à esquerda e

segue por esta linha de alta tensão até encontrar a linha do prolongamento da divisa do loteamento

Parque Luciamar; segue por esta divisa até encontrar o córrego de divisa do loteamento Parque

Xangrilá; segue por este córrego até encontrar a estrada municipal CAM 333; deflete à esquerda e

segue por esta estrada até encontrar a rodovia SP-340 (Rodovia Governador Dr. Adhemar Pereira de

Barros); deflete à esquerda e segue por esta rodovia até encontrar a estrada municipal CAM 328;

deflete à direita e segue por esta estrada até encontrar um caminho particular situado a 200,00m do

córrego Água Funda; deflete à direita e segue por este caminho por uma distância aproximada de

1.000,00m até encontrar a linha do divisor de águas da bacia do Ribeirão Anhumas; deflete à

esquerda e segue por esta linha até encontrar a estrada municipal CAM 405; deflete à esquerda e

segue por esta estrada até encontrar o CAM 155 (Estrada Barão Geraldo - Rodhia); deflete à esquerda

e segue por esta estrada até encontrar PLN-010 (Rodovia Dr. Roberto Moreira); deflete à direita e

segue por esta estrada até encontrar a divisa intermunicipal Campinas-Paulínia; deflete à direita e

segue por esta divisa até encontrar o leito do Rio Atibaia, ponto inicial desta descrição.

II.2 - Caracterização

II.2.a - Dados Gerais

De acordo com o Censo de 2000, a população desta macrozona é de 5.733 habitantes, representando 0,59%

da população do município, sendo que 52,03% desse contingente, encontra-se em zona rural. Possui área

de 88,14 km2, que corresponde a 11 % da superfície do município. A densidade média da região é baixa,

correspondendo a 0,65 hab/ha.

Page 8: MACROZONEAMENTO- OBJETIVOS E FUNÇÕES

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II.2.b - Paisagem Natural

Região predominantemente rural apresentando grandes extensões de pasto e matas, com

destaque para a mata do Córrego da Onça. Há importante presença de áreas com potencial para

mineração nas várzeas do Rio Atibaia, bem como formação localizada de ravinas e voçorocas na margem

esquerda do Córrego Tanquinho (AP3).

O loteamento Vale das Garças está localizado na planície de inundação do Rio Atibaia, onde o

lençol freático é pouco profundo, resultando em inundações freqüentes e risco de contaminação do

aqüífero subterrâneo.

II.2.c - Zona Rural

Na zona rural desta macrozona encontram-se algumas fazendas, destacando-se a

existência de propriedades rurais resultantes de desmembramentos, com áreas em torno de

l00.000m², assim como sítios e chácaras com áreas entre 10.000 e 20.000m², além da presença de

diversos haras e da Subestação Furnas de Energia Elétrica.

Apresenta culturas perenes e anuais, verificando-se em boa parte de sua área a cultura de cana

de açúcar, além de atividades pecuárias.

A linha da antiga Cia. Mogiana tombada pelo CONDEPACC atravessa a zona rural da

porção à direita da Rodovia Adhemar Pereira de Barros - SP 340, apresentando trechos de relevante

interesse histórico - cultural, como estações e sedes de fazendas, ao longo de seu percurso.

Na região ao norte de Barão Geraldo verifica-se, além de haras, produção agrícola de pequenas

propriedades - chácaras produtoras de flores para corte e plantas ornamentais, produtos hortifrutis, e poucas

fazendas, grande parte resultantes de subdivisões da antiga Fazenda São José.

Encontram-se na MZ 2 atividades de turismo rural, como na Fazenda Monte d’Este - que também é

uma agroindústria, a Tozan, e de recreação e lazer, tais como o Hotel Solar das Andorinhas, clubes, haras

e chácaras, tanto na zona rural quanto em parte da área urbana.

Vale destacar a exploração turística da linha de trem já citada, no trecho entre a Estação

Anhumas e a estação do Município de Jaguariúna, na região a leste da Rodovia Adhemar Pereira de

Barros - SP 340 (AP 3).

II.2.d - Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo da Zona Urbana

As áreas que compõem o perímetro urbano desta macrozona constituem-se de

prolongamentos que avançam para o interior da zona rural, configurando porções distantes da área

urbana consolidada, com a qual se articulam através de estradas vicinais quase sempre em condições

precárias de segurança e trafegabilidade.

São loteamentos concebidos pelo padrão de chácaras de recreio e posteriormente

regularizados pela Prefeitura, com utilização cada vez mais voltada para moradia, constituindo-se

quase sempre em condomínios, pelas respectivas associações de moradores, porém com condições

de infra-estrutura ainda não solucionada. Verifica-se também que na zona rural próxima à planície do Rio

Atibaia e à áreas do perímetro urbano vem ocorrendo processos de desdobramentos e ocupações

irregulares de lotes, nas Chácaras Piracambaia, Leandro e Mariângela, região marcada por grandes

fragilidade ambiental. Também há pequeno núcleo de favela em área do loteamento Recanto dos

Dourados.

Registram-se na zona urbana algumas áreas não urbanizadas muito distantes da área urbana

consolidada, sem infra-estrutura e sem nenhuma atividade, quer urbana, quer rural. É também expressivo o

número de lotes vagos, especialmente no Vale das Garças e Recanto dos Dourados (AP 2), de acordo

com os dados do IPTU /2005 (vide Mapa Lotes Vagos).

II.2.e - Infra-Estrutura, Saneamento e Drenagem

Os loteamentos existentes não possuem, em sua maior parte, pavimentação e rede de coleta de

esgoto. A área é atravessada por diversas linhas de alta-tensão, oleoduto, gasoduto.

O loteamento Vale das Garças está localizado na planície de inundação do Rio Atibaia resultando em

inundações freqüentes.

O abastecimento desta Macrozona se dá através dos Centros de Reservação PUCC (Telebrás,

Bosque das Palmeiras) e Sta. Terezinha (Recanto dos Dourados), vinculados ao sistema

macrodistribuidor das ETA’s 3 e 4. Já o abastecimento do loteamento Village Campinas encontra-se em

fase final de implantação.

II.2.f - Sistema Viário e Transportes

O sistema viário é formado basicamente por estradas vicinais de terra batida, o que dificulta o

atendimento por transporte coletivo.

A área é atravessada por ferrovia de uso turístico.

Page 9: MACROZONEAMENTO- OBJETIVOS E FUNÇÕES

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III - MACROZONA 3 - ÁREA DE URBANIZAÇÃO CONTROLADA – AUC

Compreende as regiões de Barão Geraldo e parte do corredor da Rodovia D. Pedro I - SP 65,

a qual constitui seu limite ao sul, tendo como limite à leste a Rodovia Adhemar Pereira de Barros -

SP 340 e, a oeste, o Ribeirão Quilombo e as divisas com os municípios de Sumaré e Paulínia.

É composta de áreas com características físico-ambientais que requerem preservação,

áreas rurais com produção agro-pecuária e áreas em urbanização, cujo processo de parcelamento e

ocupação é condicionado ao provimento de infra-estrutura, demandando a definição de critérios para

a manutenção da qualidade ambiental.

Esta área apresentou processo acelerado de urbanização nas últimas décadas,

estruturando-se através de eixos viários de baixa capacidade correspondentes à malha urbana do

Distrito de Barão Geraldo.

Abriga também grandes instituições de ensino, pesquisa e saúde - de polarização

(UNICAMP, PUCC, Boldrini, Corsini, Hospital das Clínicas) as quais se localizam entre importantes

vias de acesso: Rodovias Milton Tavares de Souza - SP 332 e D. Pedro I - SP 65.

Essa área urbana possui um entorno rural produtivo apresentando patrimônio histórico e o 2º

maior remanescente de mata urbana nativa do país, a Mata Santa Genebra. Apresenta fragilidades

ambientais relacionadas principalmente aos cursos d’água impactados pela urbanização dos

Ribeirões Anhumas e Quilombo.

Esta macrozona está dividida em três Áreas de Planejamento: AP 4 - Região de Barão Geraldo,

AP 6 - Eixo D. Pedro I, no trecho entre CEASA e loteamento Santa Cândida e AP 15 - Área rural/San

Martin .

Estão compreendidas na Área de Planejamento AP 4 as seguintes Unidades Territoriais

Básicas: UTB 2 - Guará, UTB 03 A - Trecho Anhumas/SP-340, UTB 04 - Centro de Barão Geraldo,

UTB 05 - Cidade Universitária, UTB 06 - CIATEC e UTB 07- Real Parque; na Área de Planejamento

AP 6, as Unidades Territoriais Básicas: UTB 08 - PUCC/Parque das Universidades/Santa Cândida e

UTB 10 A - Ceasa; e na Área de Planejamento AP 15, a Unidade Territorial Básica: UTB 09 A - Parte

do San Martin.

III.1 - Perímetro da Macrozona 3

Partindo da rotatória do cruzamento das rodovias SP 340 (Rodovia Governador Dr. Adhemar Pereira

de Barros) e SP 65 (Rodovia Dom Pedro I), segue pela Rodovia SP 65 até a divisa da gleba 46, do

quarteirão 30.012 do Cadastro Municipal; segue contornando a referida gleba no sentido da rodovia

até encontrar a linha do Perímetro Urbano, Lei 8161 de 16/12/1994; segue por esta linha do perímetro

até encontrar a divisa do loteamento Vila Esperança; segue contornando a divisa do loteamento até

encontrar a divisa interdistrital Nova Aparecida-Barão Geraldo; deflete à direita e segue por esta divisa

até encontrar a divisa da gleba 08 do quarteirão 30.012 do Cadastro Municipal; deflete à esquerda e

segue contornando a divisa da gleba até encontrar a estrada municipal CAM 319; deflete à direita e

segue por esta estrada até encontrar a estrada municipal Estrada do Pari; deflete à esquerda e segue

por esta estrada numa distância de 48,00m; deflete à esquerda e segue contornando a gleba 03 do

quarteirão 30.011 do Cadastro Municipal, numa distância de 396,90m, em linhas quebradas, até

encontrar a divisa da gleba 7A do quarteirão 30.001 do Cadastro Municipal; segue em linha reta numa

distância de 80,00m até encontrar um caminho particular; segue por este caminho, que atravessa as

glebas 7A e 7 do quarteirão 30.011 do Cadastro Municipal até encontrar a divisa intermunicipal

Campinas-Sumaré; deflete à direita e segue por esta divisa até encontrar a divisa intermunicipal

Campinas-Paulínia; deflete à direita e segue por esta divisa até encontrar a estrada PLN 010 (Rodovia

Dr. Roberto Moreira); deflete à direita e segue por esta estrada até encontrar a estrada municipal CAM

155 (Estrada Barão Geraldo-Rodhia); deflete à esquerda e segue por esta estrada até encontrar a

estrada municipal CAM 405; deflete à direita e segue por esta estrada numa distância de

aproximadamente 1.600,00m até encontrar com a linha do divisor de águas da bacia do Ribeirão

Anhumas; segue por esta linha até encontrar um caminho particular que serve de ligação entre as

estradas municipais CAM 315 e CAM 328; deflete à direita e segue por este caminho particular por

uma distância de aproximadamente 1.000,00m até encontrar a estrada municipal CAM 328; deflete à

esquerda e segue por esta estrada municipal até encontrar a rodovia SP 340 (Rodovia Governador Dr.

Adhemar Pereira de Barros); deflete à direita e segue por esta rodovia até encontrar a rotatória com a

rodovia SP 065 (Rodovia Dom Pedro I), ponto inicial desta descrição.

Page 10: MACROZONEAMENTO- OBJETIVOS E FUNÇÕES

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III.2 – Caracterização

III.2.a - Dados Gerais

A Macrozona 3 possui uma área de 71,95 km2, representando 9 % da área total do município. De

acordo com o Censo Demográfico de 2000, a área rural da macrozona abrigava 717 habitantes,

enquanto a população urbana era de 31.514 habitantes, totalizando 32.231 habitantes representando

3,32% da população total do município. Maiores densidades são registradas apenas no centro de

Barão Geraldo. A população favelada da macrozona concentra-se na região do Real Parque, entorno

do Mata Santa Genebra e Recanto dos Pássaros.

A macrozona 3 é vocacionada a empreendimentos de abrangência regional, ao longo da

Rodovia D. Pedro I, e já apresenta concentração de grandes pólos geradores de fluxo, tais como

universidades do porte da UNICAMP e PUCC, que vêm sofrendo ampliações, e equipamentos comerciais e

atacadistas: Ceasa, Tendas; além de possuir áreas reservadas para empreendimentos de pesquisa e alta

tecnologia: Pólo II da CIATEC, parcialmente implantado.

III.2.b - Paisagem Natural

A Macrozona 3 é constituída por terrenos colinosos, ondulados e suavemente ondulados,

favoráveis a diferentes modos de ocupação, tanto em conseqüência das características dos seus

componentes, como por seu comportamento bastante estável. Situa-se aí a maior reserva de latossolo

roxo - terras de grande fertilidade - do município.

Registra-se a existência de matas nativas, com destaque para a Mata Santa Genebra, tombada

pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas - CONDEPACC e CONDEPHAT e

classificada como Área de Relevante Interesse Ecológico - ARIE, os maciços arbóreos próximos a ela,

e a mata da Vila Holândia.

Encontram-se em atividade lavras de areia e de argila, bem como de material de empréstimo

(saibro). Os impactos associados a essas atividades são a erosão nas margens do rio e a formação de

cavas alagadas e abandonadas na várzea (areia e argila) e, ainda, barrancos de corte abandonados

(saibro), fazendo-se necessária a reversão dessas situações de degradação, em conformidade com a

legislação em vigor. Outro fato a ser ressaltado nesta macrozona é que, embora apresente

predominância de baixas e médias densidades de ocupação, as suas drenagens referentes ao Ribeirão

Anhumas, que tem como afluente o Ribeirão das Pedras, e ao Ribeirão Quilombo (pequena parte), têm

águas bastante poluídas e apresentam ocorrências freqüentes de enchentes. Isto se deve,

principalmente, ao lançamento de esgotos in natura em todo o percurso desses cursos d’água e à

ocupação antrópica de faixas ribeirinhas de proteção. O Ribeirão das Pedras atravessa a maior parte

urbana de Barão Geraldo.

Apresenta bom potencial de água subterrânea, em terrenos colinosos localizados ao longo da

Rodovia D. Pedro I - SP 65. Apresenta, ainda, potencial para exploração de argila, ao longo do Ribeirão

Anhumas e na região da Fazenda Sta. Eudóxia - fora do perímetro urbano - e de pedra para brita, em

áreas vazias dentro do perímetro urbano, na fazenda Santa Genebra.

Foto: Mata Santa Genebra

III.2.c - Zona Rural

Nas áreas com uso agrícola constata-se o predomínio de culturas perenes, com destaque para

a cana-de-açúcar em fazendas como a Sta. Genebra. Registra-se também a presença de áreas com pasto e

diversas chácaras com módulo mínimo do Incra, próximas à Estrada da Rhodia e ao longo das vicinais.

Nesta macrozona registram-se diversas solicitações para urbanização de áreas rurais,

principalmente em Barão Geraldo, na região das chácaras ao longo das estradas vicinais

perpendiculares ao eixo da Estrada da Rhodia. Registra-se a presença de alguns empreendimentos

urbanos aprovados em zona rural de Barão Geraldo.

As áreas agrícolas desta macrozona, incluindo-se aquelas mescladas às áreas de urbanização

consolidadas, são as que apresentam maior reserva de latossolo roxo - terras de grande fertilidade - do

município.

Registra-se ainda o fracionamento irregular de glebas na zona rural para fins de moradia, questão

a ser equacionada do ponto de vista de sua sustentabilidade. Mescladas às áreas de urbanização

consolidada e em processo de urbanização ocorrem atividades agrícolas.

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III.2.d - Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo da Zona Urbana

Os parcelamentos urbanos regulares são em sua maioria de uso residencial, com

predominância de condomínios e loteamentos fechados nos últimos anos.

Esta macrozona apresenta muitas áreas ainda não parceladas dentro do perímetro urbano do

município, cujas possibilidades adequadas de urbanização, muitas delas localizadas ao longo da Estrada

da Rhodia, estão condicionadas à soluções de médio e longo prazo, referentes à melhorias do sistema

viário estrutural de Barão Geraldo, que já se encontra saturado. Do total das áreas ainda não

parceladas, uma porção está destinada à implantação do Pólo II de Alta Tecnologia da CIATEC -

Companhia de Desenvolvimento do Pólo de Alta Tecnologia de Campinas. Atualmente vigora para a

área a Lei 8.252/95, que define procedimentos e parâmetros básicos de uso e ocupação do solo,

encontrando-se em andamento estudos destinados ao fomento da área, como um centro de alta

tecnologia.

Verifica-se a existência de 7.496 lotes vagos na macrozona, equivalentes a 6.800.539,26m²,

localizados principalmente no Parque das Universidades, Jardim São Gonçalo, Parque Ceasa, Real

Parque, Bosque de Barão Geraldo, Cidade Universitária (vide Mapa Densidade de Lotes vagos no

perímetro Urbano e Mapa Lotes Vagos no Perímetro Urbano).

Foto: CIATEC- Companhia de Desenvolvimento do Pólo de Alta Tecnologia de Campinas

Observa-se que na AP 4, formada basicamente pela área urbana do Distrito de Barão Geraldo,

destacam-se: o centro de Barão Geraldo e suas imediações, a região do Real Parque, a região da

Cidade Universitária, a região do bairro conhecido como Guará (Chácaras Sta.Margarida), o Parque II

CIATEC, o campus da UNICAMP e os equipamentos de saúde de abrangência regional - Hospital das

Clínicas, Centro Médico e Centro Infantil de Investigações Hematológicas Boldrini.

Apesar da predominância de imóveis residenciais, o centro de Barão Geraldo possui um bom

número de estabelecimentos de comércio e serviços que fazem com que esta região tenha uma relativa

autonomia em relação ao restante do Município de Campinas. Encontra-se nesse centro, permissão para

verticalização limitada em altura, configurando área de média densidade. A legislação de uso e ocupação

do solo de Barão Geraldo - Lei 9.199/96, definiu áreas industriais, assim como áreas comerciais de maior

porte, compatíveis com sua localização ao longo de eixos rodoviários (D. Pedro I - SP 65, Gal. Milton

Tavares de Souza - SP 332), enquanto o uso residencial predomina no interior dos bairros.

Note-se que o crescente número de estabelecimentos de serviços voltados ao lazer, do tipo bares

e restaurantes e similares, motivados principalmente pela demanda da classe universitária, vem gerando

um fluxo inverso de deslocamentos de Campinas para o distrito. Verifica-se ainda um aumento de

estabelecimentos de comércio e serviços dirigidos aos segmentos de maior renda, tendo em vista o padrão

predominante dos empreendimentos habitacionais mais recentes.

Ao redor da UNICAMP implantaram-se loteamentos para população de alta e média renda, que

se consolidam como bairros residenciais de expressiva valorização imobiliária da região. Destaca-se a

presença de alguns bairros originados de tipologias de chácaras de recreio, como parte do Guará, onde

hoje os lotes mínimos permitidos são de 1.000,00 m², ocupados com residências de alto padrão. Verifica-

se também a forte presença de condomínios habitacionais e loteamentos fechados de alto padrão,

aprovados nas duas últimas décadas, notadamente no eixo da Av. Albino José Barbosa de Oliveira. A

área correspondente à UNICAMP é classificada como Z l8 - BG - Zona Institucional.

Quanto a permissão industrial e de comércio e serviços mais pesados, foi destinada cerca de 15%

da área da AP 4 à Z l4 - BG, correspondendo a uma faixa ao longo da Rodovia Gal. Milton Tavares de

Souza - SP 332.

Encontra-se ainda na região central, alguns eixos destinados aos usos gerais de comércio e

serviço como exemplo a Av. Albino José Barbosa de Oliveira, Av. Ângelo Vicentin, Av. Santa Isabel e

outras.

A permissão de comércio local é definida através de detalhamento da Z 3 - BG - residencial e

restringe-se aos bairros localizados no entorno do triângulo central de Z 11- BG, de ambos os lados.

Nas proximidades da área central foi definida uma porção de Z 4 - BG de uso residencial de baixa

densidade, na região do Recanto Yara, área brejosa tombada por sua importância ambiental.

Na região do Guará o zoneamento define uso residencial (Z3 -BG e Z4 -BG), onde se incluem

áreas com características ambientais que necessitam de tratamento especial. Trata-se da várzea do

Ribeirão Anhumas e de vastas porções de solo com alta fertilidade.

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A AP 6 é composta por loteamentos tais como Parque dos Jacarandás, Parque das

Universidades, cuja ocupação vem se consolidando rapidamente, além de parte do Parque Rural

Fazenda Sta. Cândida, da Fazenda Sta. Cândida, da Fazenda Santa Genebra e do Parque II

CIATEC. Também fazem parte desta AP as áreas ao longo dos eixos rodoviários onde se encontram o

Campus I da PUCC, a CEASA e outros estabelecimentos de comércio de atração regional e, ainda,

indústrias de médio e grande porte. De maneira geral, o mercado de trabalho da região oferece quantidade

significativa de empregos, que poderá ser aumentada com maior incremento na ocupação do Parque II

CIATEC .

A legislação de uso e ocupação do solo de Barão Geraldo - Lei 9.199/96 definiu áreas

industriais, assim como áreas comerciais de maior porte, compatíveis com sua localização ao longo de

eixos rodoviários (D. Pedro I - SP 65, Adhemar Pereira de Barros - SP 340, Gal. Milton Tavares de

Souza - SP 332), enquanto o uso residencial predomina no interior dos bairros.

A área do Pólo II da CIATEC é zoneada por Z 18 - BG, a qual ratifica a legislação específica do

Pólo já citada, Lei 8.252/95, que permite implantação de usos industriais, comerciais, de serviços e

habitacionais unifamiliares e multifamiliares horizontais. Essa área contempla sedes históricas de fazendas

e paisagens naturais de interesse à preservação, como as corredeiras do Ribeirão Anhumas,

necessitando de avaliação mais específica das questões ambientais.

Há ainda vasta área definida como Zona l8 - BG, que corresponde à Fazenda Sta. Genebra e à

Ceasa, com critérios específicos e a Zona 18 - BG de Proteção Especial.

A AP 15 compreende a área rural, localizada mais a oeste da MZ 3 e apresenta vastas regiões

ocupadas por fazendas, com solos de alta fertilidade, e ainda alguns remanescentes de matas,

incluindo-se a maior mata do município - Mata de Santa Genebra, e capoeiras, com exploração de

culturas agrícolas. Faz parte também desta AP 15 uma porção urbana, correspondente a UTB 9 A que

apresenta, em sua maior parte, culturas agrícolas.

III.2.e - Infra-Estrutura, Saneamento e Drenagem

Destaca-se que o Real Parque, localizado na AP 4, é a região com maiores carências de

infra-estrutura, sem pavimentação e, praticamente, sem saneamento básico, seguida do Parque das

Universidades. O Guará tem pouca infra-estrutura, dada sua condição de área de chácaras de recreio.

Quanto às condições de abastecimento de água, a Macrozona 3 é abrangida pelo sistema

macrodistribuidor das ETA’s 3 e 4, formado pelas adutoras Norte e Central. Já o loteamento Pq.

Xangrilá não dispõe de sistema público de abastecimento.

Parte do esgotamento sanitário desta Macrozona é conduzido para a ETE Vó Pureza, já em

operação. Outra parcela (Sta Cândida/Pq. das Universidades) será conduzida para a futura ETE

Anhumas, prevista para inicio de operação em novembro de 2.006. Finalmente, a região de Barão

Geraldo será atendida através da futura ETE Barão prevista para 1º semestre de 2.008.

III.2.f - Sistema Viário e Transportes

Sob o aspecto macroviário, verifica-se que a estrutura viária da macrozona é caracterizada por

grandes eixos rodoviários (Rodovias Adhemar Pereira de Barros - SP 340, General Milton Tavares de

Souza - SP 332 e D. Pedro I - SP 65), que induziram a formação de assentamentos com características

distintas, interligados entre si e com a área central da Cidade de Campinas.

A estrutura viária mais especificamente da área urbana de Barão Geraldo é antiga e descontínua, o

que acarreta baixa capacidade de suporte em relação à demanda, exigindo intervenções em curto prazo.

As vias estruturais, como a av. Albino José Barbosa de Oliveira, já apresentam problemas de saturação e

existe demanda por interligação entre a zona urbana de Barão Geraldo e a Rodovia Adhemar Pereira de

Barros - SP340.

O bairro Cidade Universitária possui sistema viário mais recente e boa capacidade de suporte,

porém o sistema estruturador é descontínuo, o que provoca conflitos de tráfego.

Os principais conflitos viários da AP 4 são os seguintes: Av. Albino J. B. de Oliveira/Av. Dr.

Romeu Tórtima; Av. Sta. Isabel/Av. Albino J. B. de Oliveira; R. Dr. Gilberto Pattaro/Av. Sta Isabel, Estrada da

Rhodia/ Av. Carlos Martins; Estrada da Rhodia/ acesso à fazenda Rio das Pedras; Av. Dr. Eduardo Pereira

de Almeida (Estrada do Xadrez).

O transporte é realizado por sistema integrado realizado por linhas convencionais radiais

adequadas à demanda.

O sistema viário da AP 6 é composto pelas Rodovias D. Pedro I - SP 65 e Adhemar Pereira de

Barros - SP 340. A acessibilidade, a partir dos bairros lindeiros, é inadequada e não se verifica a existência

de ligações interbairros. Podemos citar a interligação mais recente entre UNICAMP e PUCC. Destaca-se o

aumento de fluxo gerado com a implantação do Shopping D. Pedro que demandou a adequação do

sistema viário de acesso, com a implantação de vias marginais à Rodovia D. Pedro I - SP 65 em trechos

desta AP.

As áreas ao longo da Rodovia Gal. Milton Tavares de Souza - SP 332 inseridas no perímetro

urbano necessitam, para sua urbanização, de solução quanto à acessibilidade, através da estruturação do

sistema de marginais urbanas à rodovia e da viabilização de nova articulação com o município.

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IV - Macrozona 4 - ÁREA DE URBANIZAÇÃO PRIORITÁRIA - AUP

Área urbana por excelência, esta macrozona compreende o centro histórico de Campinas e o centro

expandido, onde se localizam os bairros de maior intensidade de ocupação e verticalização, bem como a

área urbana circundante a estes, delimitada externamente pelo anel rodoviário constituído pelas Rodovias

dos Bandeirantes - SP 330 e D. Pedro I - SP 65. Representa a malha urbana mais articulada, mais bem

infra-estruturada e mais bem dotada de equipamentos públicos do município, sendo parcialmente

seccionada pela Rodovia Anhangüera - SP 330 (no sentido Noroeste/Sudeste) e pela Rodovia Santos

Dumont - SP 075, no quadrante Sudoeste, tendo ao norte grande área constituída pelas Fazendas

Chapadão e Sta. Eliza.

Apresenta diferentes padrões e graus de adensamento e intensa diversificação de usos e

atividades. Seus problemas ambientais são decorrentes do processo histórico de ocupação do meio

físico e do modelo concentrador de atividades potencialmente geradoras de poluição atmosférica,

hídrica e outras. Localiza-se nessa área o Centro Histórico, o Terminal Rodoviário Intermunicipal e

grandes áreas institucionais, incluindo o Complexo Fepasa.

Esta macrozona está subdividida em dezesseis Áreas de Planejamento: AP 10 - Fazenda

Chapadão e Fazenda Santa Elisa, AP 11 - Vila Costa e Silva/ Chácaras Primavera, AP 12 - Mansões

de Santo Antônio, AP 13 - São Quirino, AP 14 - Área da FEAC/ Fazenda São Quirino, AP 16 - Jardim

Eulina/ Jardim Chapadão/ Vila Nova, AP 17 -Taquaral/ Jd. N. Srª. Auxiliadora, AP 18 -Jardim Garcia/

Campos Elíseos/Jd. Santa Lúcia/Maria Rosa, AP 19 - Jardim Aurélia, AP 20 - Vila Teixeira/ Parque

Itália /Vila Industrial/ São Bernardo, AP 21 - Centro/ Cambuí/ Bosque /Guanabara, AP 22 - Vila Brandina/ Nova

Campinas/ Bairro das Palmeiras/ Parque Ecológico, AP 23 - Vila Pompéia/ Jardim do Lago, AP 24 -

Proença/ Ponte Preta, AP 25 - Jd. Esmeraldina/ Jd. São Vicente e a AP 31 - Parque Jambeiro/Fazenda

Remonta.

Foto: Vista Aérea MZ 4

Estão compreendidas na Área de Planejamento AP10 as seguintes Unidades Territoriais

Básicas: UTB 14 - Fazenda Chapadão e UTB 15 - Fazenda Santa Elisa; na Área de Planejamento AP

11, as Unidades Territoriais Básicas: UTB 23 - Vila Costa e Silva/ Vila Miguel Vicente Cury e UTB 25 -

Primavera/ Parque Taquaral; na Área de Planejamento AP 12, as Unidades Territoriais Básicas: UTB

24 - Mansões de Santo Antonio/Santa Cândida; na Área de Planejamento AP 13, as Unidades

Territoriais Básicas: UTB 26 - S. Quirino; na Área de Planejamento AP 14, as Unidades Territoriais

Básicas: UTB 29 - Carrefour/Galeria/FEAC; na Área de Planejamento AP 16, as Unidades Territoriais

Básicas: UTB 16 - Vila Nova, UTB 17 - Chapadão, UTB 18 - Castelo, UTB 19 - Bonfim; na Área de

Planejamento AP 17, as Unidades Territoriais Básicas: UTB 27 - Jd. N. Sra. Auxiliadora/Taquaral, UTB

28 - Parque Brasília, UTB 32 - Flamboyant; na Área de Planejamento AP 18, as Unidades Territoriais

Básicas: UTB 44 - Jd. Garcia/Campos Elíseos, UTB 47- Novo Campos Elíseos/ Santa Lúcia, UTB 49 -

Maria Rosa; na Área de Planejamento AP 19, as Unidades Territoriais Básicas: UTB 20 - Jd. Aurélia;

na Área de Planejamento AP 20, as Unidades Territoriais Básicas: UTB 55 - Vila Teixeira/Parque

Itália/Pq. Industrial/São Bernardo; na Área de Planejamento AP 21, as Unidades Territoriais Básicas:

Page 14: MACROZONEAMENTO- OBJETIVOS E FUNÇÕES

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UTB 30 - Guanabara, UTB 31 - Cambuí, UTB 34 - Centro e UTB 35 - Bosque; na Área de

Planejamento AP 22, as Unidades Territoriais Básicas: UTB 33 - Vila Brandina, UTB 36 - Nova

Campinas, UTB 37 - Parque Ecológico e UTB 38 A - Bairro das Palmeiras; na Área de Planejamento

AP 23, as Unidades Territoriais Básicas: UTB 59 - Vila Pompéia/Jardim do Lago, UTB 64 - Jd. Das

Bandeiras/ Jd. São José e UTB 65 A - Nova Mercedes (parte); na Área de Planejamento AP 24, as

Unidades Territoriais Básicas: UTB 56 - Ponte Preta, UTB 57 - Jd. Proença, UTB 58 - São

Fernando/Vila Orosimbo Maia/Carlos Lourenço, UTB 60 - Nova Europa/Parque da Figueira e UTB

61 - Jd. Das Oliveiras/Swift; na Área de Planejamento AP 25, as Unidades Territoriais Básicas: UTB

62 - Jd. Esmeraldina/Jd. São Pedro/Jd. São Vicente; na Área de Planejamento AP 31, as Unidades

Territoriais Básicas UTB 63 - Parque Jambeiro/Remonta..

IV.1 - Perímetro da Macrozona 4

Partindo da rotatória das rodovias SP 340 (Rodovia Governador Dr. Adhemar Pereira de

Barros) e a rodovia SP 065 (Rodovia Dom Pedro I), segue pela rodovia SP 065 até o trevo de

Sousas; deflete à direita e segue pela rodovia SP 083 (Rodovia José Roberto Magalhães Teixeira)

até encontrar o leito do ramal férreo da Fepasa, na altura do Jardim Tamoio; deflete à esquerda e

segue por este ramal férreo até encontrar a divisa intermunicipal Campinas-Valinhos; deflete à direita

e segue por esta divisa até encontrar o trevo das rodovias SP 330 (Rodovia Anhanguera) e a rodovia

SP 083 (Rodovia José Roberto Magalhães Teixeira); neste ponto segue mais 1000,00m pela linha da

divisa intermunicipal Campinas-Valinhos; deflete à direita e segue em uma linha reta, paralela a

rodovia SP 330 (Rodovia Anhanguera) até encontrar a linha do Perímetro Urbano, Lei 8161 de

16/12/1994; deflete à esquerda e segue por esta linha do perímetro até encontrar a linha do ramal

férreo da Fepasa; deflete à esquerda e segue por esta linha do ramal férreo numa distância de

350,00m; deflete à direita e segue contornando a divisa do loteamento Parque Eldorado até

encontrar a divisa do loteamento Jardim Nova Mercedes; deflete à esquerda e segue por esta divisa

até encontrar a divisa do loteamento Jardim San Diego; deflete à esquerda e segue por esta divisa

até encontrar a divisa do loteamento Nova Bandeirante Residencial; deflete à esquerda e segue por

esta divisa até encontrar a divisa da gleba 29, do quarteirão 30.033 do Cadastro Municipal; deflete à

esquerda e segue contornando esta divisa por 127,00m em linhas quebradas até encontrar um

caminho particular; deflete à esquerda e segue por este caminho particular até encontrar a divisa da

gleba 03, do quarteirão 30.033 do Cadastro Municipal; deflete à esquerda e segue por esta divisa até

encontrar a rodovia SP 348 (Rodovia dos Bandeirantes); deflete à direita e segue por esta rodovia

até encontrar o Viaduto John Boyd Dunlop; deflete à direita e segue pela Avenida John Boyd Dunlop

até encontrar a divisa da gleba do Campus II da Pontifícia Universidade Católica de Campinas;

deflete à esquerda e segue por esta divisa numa distância, em linhas quebradas, de

aproximadamente 135,00m; deflete à esquerda e segue em linha reta numa distância de

aproximadamente 120,00m até encontrar o leito do Córrego do Piçarrão; deflete à direita e segue por

este leito do córrego até encontrar a linha do Oleoduto da Petrobrás; deflete à esquerda e segue por

esta linha do Oleoduto até encontrar a rodovia SP 101 (Rodovia Jornalista Francisco Aguirre Proença);

deflete à direita e segue por esta rodovia até encontrar a rotatória da rodovia SP 330 (Rodovia

Anhanguera); deflete à esquerda e segue por esta rodovia até encontrar a divisa interdistrital

Campinas - Nova Aparecida; deflete à direita e segue por esta divisa até encontrar a rodovia SP 065

(Rodovia Dom Pedro I); deflete à direita e segue por esta rodovia até encontrar a divisa da gleba 50,

do quarteirão 30.012, do Cadastro Municipal; deflete à direita e segue contornando esta divisa até

encontrar a estrada municipal CAM 060 (Avenida Cônego Antônio Roccato - Auto Estrada dos

Amarais); deflete à esquerda e segue por esta estrada até encontrar a divisa da gleba do Colégio

Técnico Industrial Conselheiro Antônio Prado; deflete à direita e segue contornando esta divisa até

encontrar a divisa da gleba do Cemitério Municipal Nossa Senhora da Conceição; segue por esta

divisa até encontrar a divisa do loteamento Jardim Santa Mônica; deflete à direita e segue por esta

divisa até encontrar a divisa interdistrital Campinas - Barão Geraldo; deflete à esquerda e segue por

esta divisa até encontrar a rodovia SP 065 (Rodovia Dom Pedro I); deflete à direita e segue por esta

rodovia até encontrar a rotatória da rodovia SP 340 (Rodovia Governador Dr. Adhemar Pereira de

Barros), ponto inicial desta descrição.

IV.2 - Caracterização

IV.2.a - Dados Gerais

A Macrozona 4 possui uma área de 159,137 Km2, correspondendo a 19,97% da área do município.

A população dessa macrozona, segundo o Censo Demográfico de 2000 era de 599.945 habitantes,

compreendendo a 61,89 % da população do município, estando toda no interior do perímetro urbano

legal. Segundo dados do cadastro do IPTU/ 2005, dentre as nove macrozonas de planejamento, é a que

apresenta o maior número de lotes vagos, perfazendo um total de 31.030 lotes em loteamentos

aprovados, o que corresponde a 32,95% em relação ao total de lotes do município, totalizando

2.080,52 ha.

Esta macrozona concentra grandes áreas não parceladas formadas principalmente por glebas no

entorno do Rio Capivari, entre as Rodovias Santos Dumont e Bandeirantes, e pelas Fazendas Roseira,

Ribeirão, Santa Genebra, São Quirino e parte da Fazenda Brandina (FEAC - Federação das Entidades

Assistenciais de Campinas). Concentra também grandes áreas institucionais: Fazenda Chapadão, Fazenda

Santa Elisa e Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Salin. Existe ainda um total de 31.030 lotes vagos,

correspondendo a uma área de 20.805.197,86 m². (vide mapa Lotes vagos no perímetro Urbano, Vazios

Urbanos e Densidade de Lotes Vagos no perímetro Urbano)

No ano de 2000, a população favelada era de 55.781 pessoas, que representavam 9,3% da

população urbana da Macrozona e 43,7% do total da população favelada do município, conforme

dados do IBGE, referentes ao Censo Demográfico de 2000.

Page 15: MACROZONEAMENTO- OBJETIVOS E FUNÇÕES

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IV.2.b - Paisagem Natural

A Macrozona 4 é constituída por terrenos colinosos ondulados e inclinados, colinosos

suavemente ondulados e colinosos ondulados. Ocupa a totalidade do interflúvio entre a bacia dos Rios

Atibaia e Capivari, englobando as cabeceiras dos rios que fluem para estas bacias, tais como o Ribeirão

Anhumas e o Córrego Piçarrão.Também pertencem a essa macrozona as cabeceiras do Córrego

Quilombo, bacia diretamente ligada ao Rio Piracicaba.

São preocupantes nesta macrozona o grau de alteração das condições naturais dos terrenos

e a ocupação inadequada dos vales e planícies fluviais, a saturação da infra-estrutura em alguns

pontos, decorrentes do crescimento rápido e desordenado da urbanização, condicionando alguns dos

problemas ambientais observados, tais como enchentes e a deterioração da qualidade das águas dos

rios. Acrescem-se a estes problemas aqueles provocados pela grande concentração de atividades e

pela alta densidade de ocupação do solo, especialmente na área central da cidade, refletindo-se em formas

variadas de poluição e congestionamentos, demandando soluções mais eficientes para os

deslocamentos.

Foto: Vista da Área Central com poluição

O tratamento dos problemas ambientais decorrentes da configuração urbana dessa macrozona

requer a adequação de sua infra-estrutura, bem como tratamentos específicos para recuperação de

áreas degradadas, de forma a qualificar a paisagem urbana, notadamente no percurso da rede

hídrica, assim como daquelas áreas resultantes do abandono de atividades anteriormente exercidas e

que necessitam de novas funções.

As duas bacias hidrográficas mais problemáticas são as do Córrego Piçarrão e do Ribeirão

Anhumas, especialmente no trecho em que percorrem esta macrozona, devido ao seu elevado grau de

urbanização.

Destaque-se também a ocorrência de processos erosivos nos terrenos colinosos ondulados da

parte sudoeste do município, abaixo da Rodovia Anhangüera - SP 330, onde se observam voçorocas e

ravinamentos de alta intensidade e freqüência, causados pela ocupação urbana, que acelera a dinâmica

superficial do solo, expondo o solo residual, mais susceptível à erosão das águas. A concentração de águas

pluviais e a desordenação do escoamento superficial são outros fatores que favorecem a formação de

processos erosivos de alta intensidade.

A exploração mineral gerou impactos como a formação de cavas alagadas, posteriormente

abandonadas (lavras de areia e argila) e o comprometimento de mata ciliar, provocando degradação

intensa da várzea do Rio Capivari e grande área de lavra abandonada com taludes íngremes, associada à

antiga pedreira de diabásico. São áreas que devem ser objeto de plano de recuperação sob

responsabilidade do empreendedor ou superficiário, visando sua adequada destinação urbana, com a

intermediação do Poder Público Municipal, que já se iniciou com a Operação Urbana do Parque Linear do

Rio Capivari.

A prioridade para a ocupação urbana nessa macrozona é incompatível com a atividade mineraria,

devendo ser restringidas novas explorações e controladas as atuais.

A região do Jd. S. Fernando/ V. Orosimbo Maia/ Jd. Carlos Lourenço (AP 24 - UTB 58) apresenta

sério conflito devido à ocupação inadequada por loteamentos e favelas de uma área de bacia localizada à

montante da captação de água do Rio Atibaia. Esses usos incompatíveis com as necessidades ambientais

acabam por prejudicar o abastecimento público.

Nas proximidades do Rio Capivari (AP 18) também existe um remanescente de mata nativa, a

principal reserva botânica da região sudoeste, denominada Mata de Santa Terezinha, declarada como Área de

Proteção Permanente pela Lei Municipal n° 6.743/91 e tombada pelo CONDEPACC. A região

compreendida pela várzea do Rio Capivari e a Mata de Santa Terezinha faz parte do plano de Operação

Urbana do Parque Linear do Rio Capivari, abrangendo toda a UTB 49 e parte da UTB 47.

É importante destacar também a presença de grandes fazendas de uso institucional nesta macrozona:

a Fazenda Chapadão, de propriedade do Exército, com cerca de 1.200 ha, a vizinha Fazenda Santa Elisa,

da Secretaria Estadual da Agricultura, com 600 ha (AP 10) e a Fazenda Mato Dentro, também do Estado, que

abriga o Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Salin (AP 22). Essas fazendas possuem características

especiais e são de grande importância no contexto da cidade, contribuindo para a qualidade ambiental do

Município de Campinas e mesmo da região. Formam uma extensa área encravada na ocupação urbana,

mantendo parte de suas características naturais graças a sua condição de propriedade pública e ao tipo

de uso que ali se estabeleceu.

Page 16: MACROZONEAMENTO- OBJETIVOS E FUNÇÕES

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Foto: Fazenda Mato Dentro - Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Salim

A Fazenda Chapadão abriga o 11o. Brigada da Infantaria, e a Santa Elisa é utilizada para

pesquisa agronômica e representa um dos maiores conjuntos laboratoriais em ciências agronômicas

da América Latina. Ambas são áreas ricas em recursos naturais e possuem grandes extensões, assentadas

em rochas do tipo diabásico, que dão origem ao latossolo roxo, sendo os melhores solos para

agricultura.

IV.2.c - Zona Rural

Esta macrozona é formada apenas por pequena área rural na porção sul da macrozona ao

longo do trecho da Rodovia Anhangüera- SP 330.

IV.2.d - Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo

A Macrozona 4 contém o maior número de bairros predominantemente de classe média e alta,

concentrando o maior número de atividades urbanas do município.

O centro urbano consolidado apresenta grande diversidade de atividades e equipamentos

urbanos, verificando-se no seu entorno alguns bairros predominantemente residenciais com forte

tendência à localização de serviços, caso do Guanabara, e de comércio e serviços dirigidos às classes

de renda mais alta, caso do Cambuí, configurando uma região de centro expandido com certo grau de

especialização. (vide Mapas Equipamentos Públicos - Educação e Equipamentos de Saúde).

Em bairros residenciais circundantes a essas áreas mais centrais consolidam-se, nos últimos

anos, alguns corredores de usos predominantemente comerciais de âmbito geral, ao longo de importantes

vias de articulação, como é o caso da Av. José de Souza Campos, Av. Princesa d’Oeste, Av. Dr. Moraes

Salles, Av. Dr. Jesuíno Marcondes Machado, Av. José Bonifácio e outras. Mas, de uma forma geral, ainda

são poucos os usos comerciais e de serviços, mesmo de natureza local, permitidos no interior desses

bairros, cujos parâmetros se regem por conceitos de segregação.

As atividades industriais de um modo geral são segregadas pela lei de uso e ocupação do solo em

algumas áreas específicas, predominantemente situadas ao longo das principais rodovias, sendo poucas as

atividades industriais distribuídas na área urbana mais consolidada. Essa configuração reflete a forma de

enquadramento da atividade industrial na LUOS, cujos padrões de incomodidade necessitam de

reavaliação ou atualização.

A verticalização do uso habitacional configura eixos bastante visíveis partindo do centro: do Cambuí

segue para o norte, na direção do Taquaral, Mansões Santo Antônio, Jardim Flamboyant e Vila Nova;

para o sul, esse eixo alcança o Bosque, Proença e Swift; também na direção sul, segue até a região da

Vila Pompéia e Cidade Jardim.

Foto: Crescimento da verticalização

Page 17: MACROZONEAMENTO- OBJETIVOS E FUNÇÕES

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Nas proximidades do centro, na direção leste, localizam-se bairros de alta renda que guardam

o padrão horizontal, apresentando ainda lotes vagos. Nos últimos anos verifica-se, em alguns deles, um

processo de migração do uso habitacional de maior renda, em busca de maiores condições de segurança, e

sua substituição por outros usos, principalmente de atividades de prestação de serviços profissionais por

grandes empresas, escritórios etc., permitidos através da Lei de Flexibilização de Usos de 1986, que se aplica

às construções regularmente existentes nos eixos viários de maior importância selecionados.

Constata-se interesse crescente na construção de habitações horizontais de alta renda, na forma de

condomínios fechados e no fechamento de loteamentos, ou de parte deles.

A procura por residências de padrão horizontal em áreas mais periféricas, mais tranqüilas e

distantes do centro vem aumentando, mas grande parte da classe média alta e alta localiza-se nas

regiões circundantes ao centro, em bairros exclusivamente residenciais ou mistos, onde a habitação

mistura-se a atividades de comércio e serviços de padrão sofisticado.

A utilização do centro por essa classe vem diminuindo paulatinamente, de alguns anos para cá,

em detrimento dos novos estabelecimentos de porte localizados ao longo dos principais eixos viários,

tais como os hipermercados, shopping centers, grandes redes de lojas especializadas etc. Para esses

deslocamentos predomina o modo de transporte individual.

Verifica-se também a consolidação da descentralização de grandes estabelecimentos de

serviços e de comércio, que passaram a se fixar áreas afastadas do centro, em novos eixos de

localização, geralmente associados a vias de trânsito rápido, como as rodovias, onde se localizam

shopping centers, hipermercados e grandes redes de lojas.

A população de renda média circunda a área central, notadamente a leste da Rodovia

Anhangüera, em bairros de ocupação mais antiga e com razoável nível de consolidação. Essa

população utiliza a área central para suas compras e serviços gerais, sendo também cada vez mais

atraída para os grandes equipamentos periféricos citados. As atividades de comércio e serviços no

interior dos bairros residenciais de classe média restringem-se a eixos viários de maior importância,

ou pequenos núcleos, observando-se a consolidação de alguns sub-centros, principalmente nas

regiões do Taquaral e São Bernardo.

A maioria das favelas desta macrozona ocupa as áreas públicas de loteamentos, muitas delas

localizadas em bairros de classe média e alta, podendo-se citar as favelas concentradas na região do

Ribeirão Anhumas, Jd. Flamboyant, Vila Brandina, Jd. São Fernando, Vila Georgina e, especialmente,

aquelas localizadas na região entre as Rodovias Anhangüera, Bandeirantes e Santos Dumont.

Destacam-se as Áreas de Planejamento 13, 18 e 24 como as de maiores concentrações de núcleos de

favelas.

A lei de uso e ocupação do solo atual não contempla parâmetros específicos para o tratamento

urbanístico das favelas e invasões, sendo suas regularizações efetuadas caso a caso por legislação

específica, no caso as regulamentações que tratam da habitação de interesse social.

Existem nesta macrozona barreiras físicas que funcionam como obstáculos à ocupação e à

articulação viária entre bairros e com o centro, o que resulta em descontinuidades e problemas de

circulação. São poucas as travessias nas rodovias que hoje servem à área urbanizada, bem como os

acessos diretos a essas rodovias. Ao mesmo tempo, esses eixos têm sido cada vez mais utilizados para

deslocamentos de caráter intramunicipal, misturando, como conseqüência, o tráfego local com o de

passagem. As linhas férreas existentes também cortam a área urbanizada, provocando grandes

dificuldades para travessias.

Foto: Rodovia D. Pedro I – SP 65 - Divisa das Macrozonas 3 e 4.

Algumas áreas da cidade merecem tratamento especial quanto à estruturação urbana, de forma a

viabilizar uma ocupação mais intensa e adequada para exercer a função integradora da malha urbana. É

o caso do Vale do Piçarrão, em que grandes áreas desocupadas, muito próximas ao centro, poderão ter seus

padrões legais de ocupação redefinidos em razão dos grandes investimentos em acessibilidade e infra-

estrutura de drenagem e saneamento, já parcialmente realizados.

As áreas próximas aos antigos Curtumes Cantúsio e Firmino Costa incluem-se nesse trecho,

apresentando hoje certas características de área degradada, apesar de estar localizada entre áreas de

urbanização consolidada.

Page 18: MACROZONEAMENTO- OBJETIVOS E FUNÇÕES

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Vale ressaltar que para esta macrozona estão previstos importantes projetos com caráter

metropolitano, como a estruturação do trecho inicial do Corredor Noroeste, conectando Campinas à

Hortolândia, Sumaré etc.; a revitalização da área central de Campinas, em especial a área do

Complexo da FEPASA, que abrigará, entre outros usos, terminais de transporte (AP 20, UTB 55); a

conclusão das obras de urbanização das áreas ao longo do Córrego do Piçarrão (APs 19,20,24) e a

Operação Urbana do Parque Linear do Rio Capivari (UTBs 49 e 47 da AP 18), cuja regulamentação já

teve início.

Também merecem menção os empreendimentos de grande porte que vêm se instalando ao

longo da Rodovia D. Pedro I - SP 65 (AP12 e AP14) e os empreendimentos residenciais previstos para

a Fazenda Sete Quedas (AP 23) e para o Parque Prado (AP-24) - complementação.

IV.2.e - Infra-Estrutura, Saneamento e Drenagem

Quanto às condições de abastecimento de água, a macrozona 4 é abastecida ao sul pelas ETA’s

1 e 2 e ao Norte pelas ETA’s 3 e 4 e é quase totalmente atendida com rede de água, havendo

necessidade de execução de reforços para o sistema de abastecimento e troca de antigas redes de

ferro fundido obstruídas.

Quanto às condições de esgotamento, as ETEs Anhumas, Piçarrão, Samambaia (parte) e

Capivari II serão responsáveis por tratar os esgotos gerados dentro desta macrozona.

Foto: Estação de Tratamento de Esgoto – ETE-Piçarrão

Por tratar-se da região mais densamente ocupada do município, a SANASA, juntamente com a

Prefeitura, vem procurando solucionar os problemas de saneamento nesta área. Encontram-se concluídos

o sistema de coleta e afastamento do setor Anhumas (AP 13) e a estação de tratamento, cuja

conclusão está prevista para 2.006. O sistema de coleta e afastamento dos setores Piçarrão e

Samambaia já se encontram em operação.

Para a região do Santa Lúcia está previsto um sistema de coleta e transporte dos esgotos através

de dois interceptores marginais ao Rio Capivari, que encaminharão os esgotos até a estação de

tratamento a ser construída na margem direita do rio.

Nas APs 18 e 19 há infra-estrutura de pavimentação instalada. Na V. Brandina, contígua ao eixo

da Heitor Penteado e próxima ao Parque Ecológico, há uma área de inundação que prejudica algumas ruas

e residências do bairro. Na AP 24 a maioria dos bairros tem infra-estrutura básica e pavimentação.

Sob o aspecto da drenagem, é nesta macrozona que se concentram os principais pontos críticos

de enchentes do município. São de dois tipos os motivos desses problemas: o primeiro diz respeito a um

sistema de drenagem que não mais atende à demanda gerada pela bacia de contribuição, em função do

aumento das áreas impermeabilizadas, causado pelo crescimento e adensamento indiscriminado, e o

segundo tipo é resultado da ocupação e impermeabilização dos fundos de vale e áreas de inundação,

portanto um problema estrutural e de difícil solução. As situações mais problemáticas ocorrem no

Córrego Piçarrão e Ribeirão Anhumas, principalmente pelo elevado grau de urbanização observado nesta

macrozona.

A impermeabilização extensiva dentro e fora dos lotes está levando a uma situação crítica os sistemas

de drenagem instalados, demandando onerosas soluções estruturais para o equacionamento dos

problemas de inundação, que prejudicam não apenas a população aí residente, mas também a que passa

por essa região. O Ribeirão Anhumas apresenta inúmeros pontos de inundação desde suas nascentes até

a passagem sob a Rodovia D. Pedro I - SP 65 atingindo as APs 21, 22, 13, 14, 17 e 24. O Córrego

Serafim (canal da Av. Orosimbo Maia) também apresenta pontos problemáticos, incluindo-se sua confluência

com o Córrego Proença. O Córrego Brandina, afluente do Ribeirão Anhumas também apresenta pontos de

inundação. A Rua Moscou, marginal ao Ribeirão Anhumas, é um ponto crítico de inundação, devido à

ocupação das áreas às margens do ribeirão (AP 13). Podemos constatar também pontos críticos ao

longo do trajeto do Córrego do Piçarrão.

IV.2.f - Sistema Viário e Transportes

A infra-estrutura de sistema viário e transportes da Macrozona 4 caracteriza-se por densidade

populacional elevada e alto índice de motorização. Apresenta configuração geométrica, com

características marcadamente radioconcêntricas. É constituída por vias estruturais de grande

penetração, articuladas entre si por vias intersetoriais que, por falta de continuidade, nem sempre

definem anéis concêntricos em relação à área central da cidade, exceto no caso do anel mais central,

formado pelas Avenidas Moraes Sales, Senador Saraiva, Orosimbo Maia e Anchieta, e de um segundo

Page 19: MACROZONEAMENTO- OBJETIVOS E FUNÇÕES

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anel, formado pelas Avenidas Aquidabã, Lidgerwood, Andrade Neves, Barão de Itapura e Brasil, e

Ruas Santa Cruz, Cel. Silva Teles e Cel. Quirino.

Apesar dessa estrutura viária radioconcêntrica, nota-se que as vias estruturais de

penetração não encontram suporte viário na área central da cidade, cuja capacidade viária é

inadequada por conservar ainda o traçado original, gerando dificuldades de circulação em geral,

conflitos entre pedestres, carga e descarga, além de grande carência de áreas de estacionamento.

Outro fator agravante da descontinuidade da estrutura viária é a existência de grande quantidade

de barreiras físicas que provocam a fragmentação da macrozona, acarretando sérios problemas de

circulação, mormente nos pontos de travessia, exigindo intervenções localizadas mediante a definição de

diretrizes macroviárias para o município (vide Mapa Diretrizes Viárias).

Entende-se por tais diretrizes a estrutura física viária ideal do ponto de vista da continuidade,

acessibilidade e circulação, definida a partir de análises e estudos integrados de uso do solo,

transportes, meio ambiente e infra-estrutura.

Esta macrozona tem importância significativa no âmbito metropolitano, pois é limitada pelas

Rodovias Anhangüera SP 330, D. Pedro I - SP 65, Bandeirantes - SP 348 e concentra

considerável número de equipamentos de caráter regional e metropolitano.

Quanto ao transporte, considerando-se a radioconcentricidade da estrutura viária e a dinâmica

manifesta de deslocamento de passageiros, pode-se identificar os seguintes sistemas de linhas

integrados: diametral, circular interbairros e radial, através dos terminais Barão Geraldo, Campo Grande

e Ouro Verde.

Foto: Terminal Central

No tocante à rede de transporte público, o sistema atual ocorre predominantemente por ônibus a

diesel e apresenta problemas decorrentes da estrutura viária disponível, da estrutura operacional e de

características da demanda manifesta. Apresenta extensa cobertura, com grande dispersão de itinerários

que são canalizados pelos corredores das Avenidas Amoreiras, John Boyd Dunlop, Robert Bosch/Lix da

Cunha, e pelas próprias Rodovias Anhangüera e Santos Dumont os quais também interligam a

Macrozona 5 ao centro.

O atendimento por transporte coletivo, heterogêneo, é dificultado pela deficiência de viário e pela

intensa demanda manifesta. Na área central e entorno, a grande concentração de atividades de comércio e

serviços atrai grande número de viagens, gerando problemas de congestionamento, superlotação de

veículos, aglomeração de usuários de ônibus nos pontos e nos acessos aos terminais. As vias de

ligação entre os bairros e a área central formam corredores estruturais urbanos constituídos pelas

seguintes vias: Rodovia Santos Dumont, Av. das Amoreiras, Av. John Boyd Dunlop, Av. Lix da Cunha, Av.

Brasil, Estrada dos Amarais, Rodovia Gal. Milton Tavares de Souza - SP 332, Rodovia Adhemar Pereira de

Barros - SP 340, Av. N. Srª de Fátima/Av. Carlos Grimaldi, Av. Moraes Sales/Rodovia Heitor Penteado, Av.

Francisco de Paula Souza/Av. Abolição.

IV.3 - Caracterização por Áreas de Planejamento – AP

AP 10

Esta AP possui características específicas e diferenciadas no contexto da Macrozona por constituir-

se de duas fazendas de grande porte, Chapadão e Santa Elisa, com cerca de 1.200 ha e 600 ha,

respectivamente, interceptadas pela única via urbana que atravessa a AP - Av. Cônego Antonio Rocatto,

localizadas entre áreas densamente urbanizadas e importantes eixos viários - Rodovia Anhangüera - SP

330 e Rodovia D. Pedro I - SP 65.

A Fazenda Chapadão, de propriedade do Exército, abriga a Escola Preparatória de Cadetes, o

Círculo Militar e uma área de treinamentos, estando prevista a cessão de parte de sua área para

ampliação do Aeroporto dos Amarais que ocupa pequeno percentual da área da fazenda, sendo o

restante mantido com acesso restrito ao uso militar.

A Fazenda Santa Elisa, de propriedade do governo do Estado, abriga setores de pesquisa do

Instituto Agronômico de Campinas - IAC e a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral - CATI.

Registram-se alguns expressivos remanescentes de matas e capoeiras em ambas as

propriedades, sendo que uma pequena porção da Fazenda Santa Elisa está tombada pelo patrimônio

histórico. Ressalta-se a importância de ações dirigidas à reconstituição das matas ciliares e dos córregos

presentes em ambas as fazendas, tendo em vista a preservação dos mananciais locais e, portanto, das

condições de irrigação do solo e continuidade das pesquisas agronômicas da Fazenda Santa Elisa.

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Foto: Escola Preparatória de Cadetes

A AP 10, de acordo com as normas da legislação atual de uso e ocupação do solo (Lei n°

6.031/88), é integralmente classificada como Z 18, destinada à proteção de áreas de interesse

ambiental ou sócio-cultural. Cabe indicar a necessidade de um estudo específico de utilização de parte

da área da Fazenda Chapadão, dadas às características de solo e propriedade pública. A sua

utilização para usos diferentes dos atuais necessitará de estudos específicos que considerem a

manutenção de suas importantes características de valor ambiental e da possibilidade de uso para

equipamentos urbanos de interesse público, de caráter institucional, tais como áreas verdes, áreas de

lazer, equipamentos culturais, de educação ambiental e esportivos.

Trata-se de área bastante carente de infra-estrutura viária, apresentando-se de forma bastante

rarefeita, concentrando praticamente todo o tráfego urbano da área na Av. Cônego Antonio Rocatto.

A área fica inserida entre as Rodovias D. Pedro I - SP 65, Anhangüera - SP 330 e General Milton

Tavares de Souza - SP 332, o que faz que boa parte dos deslocamentos do tráfego urbano ocorra via

sistema rodoviário, inclusive o sistema de transporte coletivo municipal.

O entroncamento entre a Av. Cônego Antonio Rocatto e a Rodovia D. Pedro I - SP 65, apresenta

deficiências viárias, principalmente a ausência das alças de retorno, que obrigam os usuários, tanto da

avenida como da rodovia, a realizarem os movimentos de retorno nas aberturas dos canteiros centrais da

Av. Cônego Antonio Rocatto.

Esta avenida concentra alguns pólos geradores de viagens no seu entorno imediato, tais como o

Cemitério Nossa Senhora da Conceição e o Aeroclube de Campinas (Campo dos Amarais), sofrendo

interferência direta destes.

O serviço de transporte coletivo municipal é satisfatório, apresentando oferta adequada à demanda,

sendo as principais vias utilizadas a Av. Cônego Antonio Rocatto e a Av. Papa Pio XII.

AP 11

A ocupação dos bairros é predominantemente residencial, apresentando ainda usos comerciais,

industriais e depósitos situados ao longo da Rodovia General Milton Tavares de Souza. Os imóveis

residenciais são predominantemente horizontais, mesclados por usos comerciais de âmbito local,

existindo poucas áreas com verticalização, localizadas pontualmente no Parque Taquaral e no Jd. Sta.

Genebra.

Encontra-se nessa AP parte da área de uso institucional de propriedade do governo do Estado, a

Fazenda Santa Elisa, onde se insere uma mata tombada pelo CONDEPACC.

Boa parte dos lotes vagos existentes nesta AP pertencem ao Pq. Taquaral/ Alto do Taquaral e ao

Pq. Das Flores, em áreas de maior padrão de renda. Verifica-se a ocupação recente por empreendimentos

habitacionais em forma de condomínios e loteamentos fechados nas áreas existentes ao longo do novo

eixo viário de acesso ao Shopping D. Pedro.

A renda familiar da AP é variada, concentrando-se famílias de renda alta e média-alta no

Parque Taquaral/ Alto do Taquaral, Pq. das Flores e nas novas áreas de ocupação recente citadas. Nos

demais bairros predominam famílias de renda média, caso do Jd. Sta Genebra, e baixa, caso da Vila

Costa e Silva.

Cerca de 50% da AP está definida como Zona 3, zona residencial de baixa densidade, cuja

verticalização é condicionada a estudos específicos. Cerca de 15% é definida como Zona 4, estritamente

residencial de baixíssima densidade, e outros 15% como Zona 18, zona de preservação, referentes à

porção de área da Fazenda Sta Eliza e ao Lago do Café. Uma pequena faixa lindeira à via D. Pedro I -

SP 65 é Zona 14, zona predominantemente industrial e de comércio e serviços de grande porte,

englobando a porção a oeste da SP 332, onde se encontra o estabelecimento comercial Makro.

As possibilidades de geração de empregos na região se ampliaram recentemente, seja pela

permissão de instalação de atividades comerciais e de serviços locais, através do detalhamento de Zona 3

efetuado para alguns corredores viários, seja através da Lei de Flexibilização de Usos, de 1996, que permitiu

mesclar usos residenciais com outros usos não incômodos em alguns bairros e eixos viários, mas

sobretudo pela instalação do Shopping D. Pedro, nas proximidades desta AP.

Embora esteja localizada às margens das Rodovias D. Pedro I - SP 65 e Gal. Milton Tavares de

Souza - SP 332, essenciais ao funcionamento da região, esta AP não possui acessos em quantidade e

qualidade compatíveis com a demanda de fluxos gerados. O sistema viário urbano estrutural apresenta

precariedade de articulações e necessidade premente de ligações com o sistema viário principal.

Page 21: MACROZONEAMENTO- OBJETIVOS E FUNÇÕES

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O sistema viário local apresenta baixa capacidade de suporte de ligação ao sistema viário principal,

especialmente nos bairros Vila Costa e Silva, Vila Miguel Vicente Cury e Jd. Santa Genebra. Em relação

aos bairros Pq. Taquaral e Pq. Alto Taquaral, estes apresentam reserva de capacidade de ligações ao

sistema viário principal.

O acesso à Vila Costa e Silva, pela Rodovia Gal. Milton Tavares de Souza - SP 332, necessita de

estudos de reconfiguração geométrica, apresentando inclusive descontinuidade na largura da Rua dos

Aimorés.

O serviço de atendimento por transporte coletivo urbano é adequado à demanda e atendido

principalmente pelo eixo viário correspondente à Rodovia Gal. Milton Tavares de Sousa - SP 332, dando

acesso aos bairros supracitados, existindo uma malha bem distribuída de vias que atendem internamente

aos bairros.

AP 12

Os imóveis são predominantemente residenciais horizontais, existindo um processo mais recente de

verticalização no bairro Mansões Sto. Antônio e Sta Cândida, em quadras onde o zoneamento permite esta

tipologia através da Zona 11. Parte dessa área em verticalização apresenta sítio contaminado por

produtos químicos residuais de antigas indústrias ali instaladas, estando a sua ocupação condicionada

ao seu saneamento. Também o sistema viário de acesso local não apresenta boas condições de

trafegabilidade e capacidade.

Na AP 12 verifica-se uma área de 192 ha, remanescente da Fazenda Santa Genebra, contendo

várias chácaras vazias, bem como um remanescente de mata em área do loteamento Parque Rural

Fazenda Santa Cândida. No loteamento Santa Cândida constata-se a presença de usos diferenciados,

destacando-se os usos comerciais, de serviços e industriais localizados ao longo da Rodovia D. Pedro

I - SP 65, enquanto o uso residencial acontece nas quadras mais internas, onde se verifica ainda a

presença de pequenas chácaras.

Destaca-se nesta AP 12 a presença do Shopping D. Pedro que, pelo seu porte, é um

empreendimento de polarização regional. Note-se também um número significativo de estabelecimentos

de prestação de serviços e comércio, especialmente de venda de carros e, mais recentemente, de

faculdades, situados nos quarteirões ao longo da Rodovia Miguel Noel Nascente Burnier.

Na região das Chácaras Primavera há concentração de famílias com renda alta e média-alta,

enquanto na região do Pq. Santa Cândida predomina a renda média-baixa.

O sistema viário local articulou-se mais adequadamente a partir das vias implantadas para

acesso ao Shopping D. Pedro, principalmente em seu entorno, porém ainda é limitado e incompleto na

região como um todo.

Esta área apresenta características distintas. O sistema viário local, no entorno imediato do

shopping, apresenta capacidade de suporte ao tráfego gerado e atraído.

A leste do shopping, entre este e os bairros Pq. Rural Fazenda Santa Cândida, Pq. das Flores,

Mansões Santo Antonio, Jd. Colonial e Chácaras Primavera, encontra-se um vazio urbano composto por

glebas ainda não parceladas ou em fase de parcelamento.

A região dos bairros Mansões Santo Antonio e Jd. Colonial sofre um intenso processo de

verticalização, não acompanhado pela implementação de novas infra-estruturas viárias. Apresenta várias

vias sem saída, sem pavimentação e, em algumas vias, há necessidade de obras de arte para

transposição do córrego existente.

Essa região necessita urgentemente de investimentos na melhoria de sua infra-estrutura viária e

da implantação das marginais do córrego existente. Os acessos do sistema viário local às rodovias são

deficitários, exigindo intervenções de maneira a prover a região de boas articulações, propiciando a

integração do sistema local com o sistema estrutural.

A AP é atendida por transporte coletivo urbano municipal, com oferta adequada à demanda,

realizada principalmente pela Rodovia Miguel Noel Nascente Burnier, Av. Guilherme Campos e pela

Rodovia D. Pedro I - SP 65.

A área interna da AP, propriamente dita, é atendida por algumas linhas do serviço de transporte

coletivo, principalmente pelas Ruas Jasmim, Adelino Martins, João Vedovello, Armando Strazzacappa,

das Hortências e Jorge de Figueiredo Correa.

As Ruas Adelino Martins e João Vedovello constituem-se em um importante eixo viário de

acesso ao campus I da PUCC e adjacências, além de permitir usos de comércio/serviços de médio porte.

Contudo suas características físicas não atendem totalmente à demanda correspondente.

AP 13

Esta AP tem área estimada em 350 ha e compreende a UTB 26 - São Quirino. Loteada a partir

da fazenda de mesmo nome, concentra loteamentos residenciais como a Vila Nogueira e Jd. Santana,

de população de rendas alta e média-alta, a maioria com ocupação bastante consolidada.

Apresenta estabelecimentos comerciais de abrangência regional, com especial destaque para lojas

de móveis, alguns poucos estabelecimentos industriais e depósitos, especialmente concentrados ao

longo das marginais à Rodovia Miguel Noel Nascente Burnier, que leva ao entroncamento da Rodovia Adhemar

Pereira de Barros – SP 340. Ao longo da Av. Lafayete Arruda Camargo verifica-se pequena incidência de

usos comerciais e de serviços de âmbito local. A ocupação é predominantemente horizontal e de baixa

densidade.

A implantação da Cidade Judiciária nesta AP 13, em instalações do antigo D.E.R., criou uma

polaridade nesse local, cujas demandas implicam na necessidade de reequacionamento do uso do solo,

no âmbito da LUOS, e particularmente do sistema viário, em todo o seu entorno.

Essa AP contém um condomínio habitacional horizontal, cuja implantação manteve praticamente

intacta porção de mata significativa em seu interior, convivendo com a ocupação residencial de padrão

elevado. Ao mesmo tempo, apresenta um número considerável de favelas, acessíveis a partir da Rua

Page 22: MACROZONEAMENTO- OBJETIVOS E FUNÇÕES

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Moscou. São os núcleos localizados na V. Nogueira, Pq. São Quirino, Pq. D. Bosco, e os da região do

Jd. Santana. Alguns desses núcleos têm regularizada a posse da terra e foram parcialmente

urbanizados, como no caso do D. Bosco

Predomina na AP o zoneamento Z 3, estritamente residencial de baixa densidade. Uma

pequena porção é Z 11, corredor ao longo da avenida marginal à Rodovia Miguel Noel Nascente Burnier,

que nos últimos anos consolidou-se com usos estritamente comerciais, de âmbito geral, principalmente

voltados ao ramo moveleiro. Pequena porção é Z 18, zona de proteção ambiental referente aos trechos de

planícies do Ribeirão Anhumas.

O sistema viário estrutural instalado tem poder de indução de grandes empreendimentos para a

área, visto que a Rodovia Miguel Noel Nascentes Burnier e a Avenida Heitor Penteado são vias limítrofes e

com funções estruturais junto à malha viária, porém com falta de articulações adequadas entre elas.

Embora com a acessibilidade privilegiada, apresenta significativa barreira física - o Ribeirão

Anhumas, com apenas duas travessias de pedestres, junto à via férrea Mogiana, já desativada.

O atendimento por transporte coletivo é de boa qualidade e realizado por vias com considerável

capacidade de suporte.

Na margem direita do ribeirão verifica-se presença de mata ciliar significativa, de preservação

permanente, bem como da Estação Anhumas, pertencente à ferrovia restaurada, de onde parte o

passeio turístico de pequeno percurso, indo até Jaguariúna.

AP 14

Estão instalados nesta AP o Hipermercado Carrefour, na parte norte, junto à Rodovia D. Pedro I, o

Shopping Center Galleria e o condomínio comercial Galleria Office Parque. Também junto a esse eixo

rodoviário, localizam-se o Shopping Center Iguatemi e o Hipermercado Eldorado e a concessionária de

veículos Adara, muitos próximos do bairro V. Brandina.

Na margem esquerda do ribeirão, já nos limites da AP 13, está instalada uma favela de

grandes proporções. Na AP 14, atrás do Shopping Center Iguatemi registra-se uma das favelas mais

antigas de Campinas, denominada Novo Flamboyant, e uma ocupação ao lado, contígua ao bairro.

Os empreendimentos que vêm se instalando nesta AP configuram um centro de comércio e

serviços de alto padrão, dirigido às classes de renda mais alta e com abrangência regional,

mescladas com habitação de alta renda em condomínios com unidades verticais e horizontais.

A maior parte do território da AP 14, na Fazenda São Quirino, é Z 3, residencial horizontal de

baixa densidade, permitindo apenas construções verticais com coeficiente de aproveitamento igual a

um, na dependência de estudos específicos. Uma pequena faixa é Z 11, destinada a usos

comerciais, serviços locais e gerais com características de corredor, ao longo da Rodovia D. Pedro I

- SP 65. Com relação à área da FEAC, no entorno do Shopping Iguatemi, o seu zoneamento vem

sendo estudado em função de um plano global de ocupação.

As possibilidades de instalação de condomínios, muitas vezes sem doação de área pública,

reforçam o problema de ausência de áreas para a instalação de equipamentos e serviços públicos

nessa AP. A convivência de grandes condomínios e de grandes empreendimentos de abrangência

regional resultou num espaço urbano fragmentado e segregado.

A área é um grande vazio urbano, onde o sistema viário estrutural ainda não está consolidado e o

sistema local é bastante rarefeito, existindo, portanto, descontinuidade do sistema e falta de articulação entre

as vias, principalmente em função da existência de barreiras físicas limítrofes à área (córregos, ferrovias e

rodovias).

A circulação local não apresenta problemas, visto que a demanda gerada é inferior à capacidade

viária implantada.

O adensamento desta área deve ser realizado com cuidado, prevendo-se adequada articulação

entre o sistema viário proposto e o sistema estrutural, prevendo-se a continuidade e articulação entre estes,

considerando-se as barreiras físicas existentes.

No extremo sul desta AP encontra-se um pólo gerador de tráfego de porte considerável, o Shopping

Iguatemi Campinas, sendo o sistema viário de acesso ao shopping suficientemente consolidado,

principalmente pelas Avenidas Iguatemi e Mackenzie.

O transporte coletivo urbano é satisfatório, com oferta adequada à demanda, porém, apresentando

conflitos operacionais decorrentes das características do sistema viário em que se insere.

AP 16

É uma área com predominância de ocupação residencial consolidada de padrão médio e médio-

alto. A AP 16 registra uma boa taxa de verticalização concentrados especialmente no Bonfim, Castelo e Vila

Nova. As atividades de comércio e serviços estão concentradas nos corredores, tais como Avenida

Andrade Neves, Avenida Alberto Sarmento, Rua Francisco José de Camargo Andrade e Avenida Barão de

Itapura.

Foto: Instituto Agronômico de Campinas- IAC

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Existe uma concentração significativa de atividades mistas, indústrias, comércios e depósitos

no bairro do Chapadão, ao longo da Rodovia Anhangüera - SP 330 e Avenida Lix da Cunha.

Na região de Vila Nova, especialmente ao longo da Rua Carolina Florence, concentra-se

grande número de atividades de prestação de serviços e comércios de âmbito regional, além de

atividades industriais de pequeno porte e usos ligados ao setor automotivo e da construção, com

predomínio de materiais de acabamento.

O bairro do Castelo abriga população de renda média-alta. A Vila Nova e o Bonfim abrigam

classes de renda média e média-alta, enquanto o Chapadão apresenta certa heterogeneidade de renda,

com predominância das faixas de renda média, existindo pequenas porções de baixa renda e também de

renda média-alta. Neste último bairro, ao norte, está localizada a favela do Jd. Eulina.

Foto: Vista Aérea do Bairro Castelo

A lei de uso do solo atual classifica a metade do território como Z 3, cerca de 30% como corredores

Z 11, Z 12 e Z 13, cerca de 10% como Z 9 (zona de alta densidade) e 10% como Z 18. Alguns corredores da Z3,

que hoje apresentam detalhamento para permissão de usos CSE, já apresentam condições para transformação

em tipologias da Z 11, segundo estudos desenvolvidos.

Esta área tem seu perímetro delimitado ao norte por um grande vazio urbano (fazendas, áreas do

Exército), com sistema viário bastante rarefeito; a oeste pela Rodovia Anhangüera - SP 330; ao sul pela

Avenida Lix da Cunha; a leste pelo sistema viário interno municipal.

A área interna apresenta sistema viário consolidado, com algumas descontinuidades, principalmente

na área mais central, próxima ao Jd. Chapadão e Jd. IV Centenário e nos limites laterais da AP. A região que

compreende o bairro Castelo apresenta relativo nível de saturação das vias nos horários de pico.

A descontinuidade do sistema viário, associada à dificuldade de transposição da Rodovia

Anhangüera - SP 330, causa sobrecarga em algumas vias do sistema viário. Os acessos aos bairros ficam

limitados à Avenida Lix da Cunha e ao sistema de interligação com os bairros a leste da AP.

A futura implantação do novo Terminal Multimodal de Passageiros, abrangendo parte da área desta

AP, no limite entre as Aps 16, 19 e 20, nas extremidades do complexo FEPASA, junto a Rua Dr.

Mascarenhas e próxima à Avenida Gov. Pedro de Toledo, certamente vai alterar as condições de uso e

ocupação deste bairro e do setor como um todo, devendo-se ainda considerar a possibilidade de reativação

ferroviária e a de implantação do Corredor Metropolitano Noroeste (Avenida Lix da Cunha).

A implantação desses projetos deverá prever adequações ao uso e ocupação do solo na região de

abrangência, onde se insere esta AP e a AP 20.

A área apresenta atendimento pelo serviço de transporte coletivo urbano satisfatório, distribuído em

uma rede de itinerários que abrange toda a extensão da área, ressaltando apenas que os conflitos existentes

são resultado da deficiência na continuidade do sistema viário.

AP17

A AP 17 apresenta-se como um conjunto de bairros predominantemente de classe média cuja

ocupação vem se intensificando e sofrendo transformações. No seu limite norte está o Parque Portugal,

importante centro de lazer e prática de esportes do município.

A região apresenta forte tendência a verticalização dada a sua proximidade ao Guanabara e ao

Cambuí, bairros situados na AP 21, que apresentam forte tendência a verticalização. Pode-se considerar

que essas transformações, especialmente no Jd. Nossa Sra. Auxiliadora/Taquaral, sejam um

extravasamento da ocupação da área central, com comércios, serviços e edificações verticais habitacionais já

disseminados pelo bairro, e não mais restritos à vias principais.

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Foto: Parque Portugal

A AP 17 tem uso predominantemente residencial, estando concentradas nos bairros

Nossa Sra. Auxiliadora/ Taquaral as atividades de comércio e serviços, especialmente nas Avenidas Júlio

Prestes e Nossa Sra. de Fátima e nas Ruas Paula Bueno e Armando Sales de Oliveira. Verifica-se no

corredor da Avenida Carlos Grimaldi a concentração de prestação de serviços, especialmente oficinas

mecânicas, e no da Avenida José Bonifácio, além dos usos de comércio e serviços locais, uma

concentração de habitações multifamiliares verticais. No loteamento Chácara da Barra, principalmente na

Rua Monte Aprazível, também se verifica mescla de usos, mas não tão intensa. Há transformação no

sentido da substituição do uso residencial por usos comerciais e de serviços, possibilidade facultada pela

Lei de Flexibilização dos Usos de 1996.

A renda média familiar desta AP pode ser genericamente classificada como de classe média,

podendo-se concluir que a região do Nossa Sra. Auxiliadora/ Taquaral apresenta um padrão de

residências típico de população em situação de renda mais favorável que o restante da AP, havendo

algumas áreas de alta renda. Já no Pq. Brasília e na porção norte do Flamboyant encontra-se uma

população de renda média/ baixa, além de um contingente de população favelada. São várias as favelas

localizadas na AP 17: a Pq. Brasília, a Jd. Conceição/ Taquaral, a Jd. Boa Esperança, o Núcleo de Jd.

Guararapes (urbanizada) e parte da V. Dália, esta última localizada à margem direita do Ribeirão Anhumas.

Do ponto de vista da legislação urbanística, a AP 17 apresenta um grande potencial para

adensamento em áreas ainda não ocupadas na Z 9, principalmente nas UTBs 32 e 28, e em várias

porções de corredores de uso comercial e de serviços entremeados por residências. Há cerca de 40% do

território está definido como Z 3, residencial de baixa densidade, mas que possibilita verticalização sob

estudos específicos.

A diversificação de usos é uma tendência nesta AP, requerendo avaliações constantes de seus

parâmetros de uso e ocupação, de modo a minimizar os conflitos inerentes aos usos.

De maneira geral, esta AP não apresenta carência de infra-estrutura de água, esgoto, drenagem

e pavimentação, mas algumas porções do sistema viário estrutural estão na iminência da saturação, em

face da verticalização e do fluxo de passagem intenso. Apresenta dificuldades nas articulações dos

principais cruzamentos, entre o sistema viário local e o estrutural, e parte de seu sistema viário encontra-se

incompleto. Destaca-se a Lagoa do Taquaral como pólo gerador de viagens e a implantação recente da

Praça Arautos da Paz, destinada basicamente à realização de eventos, que demandam certa adequação

do sistema viário de entorno.

A AP é bem atendida por transporte coletivo, mas a grande concentração de linhas de ônibus

nos principais corredores contribui para a saturação, agravada pela circulação de linhas rodoviárias.

AP 18

Esta AP situa-se entre as Rodovias Anhangüera - SP 330, Bandeirantes - SP 348 e Santos

Dumont - SP 75.

Sua ocupação é predominantemente residencial, em unidades horizontais, registrando-se a

ocorrência de conjuntos habitacionais verticais de quatro pavimentos, especialmente na região do Jd.

Garcia/ Campos Elíseos. Estão presentes algumas indústrias e estabelecimentos comerciais, porém com

pouca diversidade. Destaca-se a presença do Hospital Celso Pierro da PUCC - Campus II, importante

equipamento médico-hospitalar.

A ausência de um centro comercial e de serviços, a insuficiência de equipamentos públicos, bem

como a baixa oferta de empregos, comparativamente ao grande contingente populacional da região,

aumenta os deslocamentos para o centro e outras regiões da cidade. Esse processo vem onerar a

população e o sistema de transportes coletivos como um todo, além de sobrecarregar um sistema viário que

não tem capacidade adequada.

Foi recentemente estabelecida para área localizada nesta AP a Operação Urbana do Parque

Linear do Rio Capivari, englobando a UTB 49 e parte da UTB 47, a qual prevê o consorciamento entre

poder público e iniciativa privada, no sentido de induzir a formação de um pólo setorial de requalificação

ambiental e urbanística. Trata também da valorização da rede hídrica, através da recuperação e destinação

adequada de suas áreas impactadas.

A maior parte da população dessa AP aufere baixa renda estando o restante dividido entre as

categorias de renda imediatamente superiores. Estão presentes na região várias favelas. Trata-se das

favelas do Jd. Campos Elíseos I e II, Jd. Londres I e II, Jd. Anchieta, Vila Padre Manoel da Nóbrega, Jd.

Paulicéia e Jd. Ipaussurama, estas na região do Jd. Garcia/Campos Elíseos; Jd. Novo Campos Elíseos,

Jd. Sta. Lúcia, Jd. Yeda I e II, Jd, Capivari, Jd. Alvorada, Jd. Sta. Lúcia, Jd, Ipiranga e V. Palácios, no Novo

Page 25: MACROZONEAMENTO- OBJETIVOS E FUNÇÕES

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Campos Elíseos e imediações, e, finalmente, Jd. Maria Rosa I e II. Existem também várias invasões: V.

Perseu Leite de Barros, V. Palácios, Jd. Maria Rosa e Pq. São Paulo.

A maioria delas está assentada em áreas públicas, originalmente destinadas ao sistema de lazer ou

à instalação de equipamentos públicos dos respectivos loteamentos, acarretando carência de áreas para a

implantação destes equipamentos e serviços na região.

A AP ainda apresenta muitas áreas de infra-estrutura não consolidada, com glebas desocupadas.

Dentre elas estão a Fazenda Roseira, com diretrizes para parcelamento, as Chácaras Sta. Lúcia, S. Pedro e

Sto. Antônio e chácaras de recreio resultantes de desmembramentos do INCRA. Algumas delas

localizam-se ao longo das Rodovias Santos Dumont e Bandeirantes e também do Rio Capivari.

Há muitos lotes vagos nos parcelamentos implantados, especialmente na região do Novo

Campos Elíseos e Maria Rosa. A maior parte da AP (65%) tem zoneamento habitacional, predominando a

Z 1 nas regiões já loteadas, possuindo ainda Z 2 e Z 3 em áreas a lotear. Outra parte (15%) é destinada

aos usos comerciais e de serviços de grande porte e industrial, estando a maior extensão em Z 14 e

pequena parcela em Z 15, esta para usos industriais incômodos. Os usos comerciais e de serviços

locais e gerais de Z 11 estão localizados ao longo das principais ruas e avenidas, configurando-se

uma distribuição linear dessas atividades. Destacam-se como vias estruturadoras as Avenidas

John Boyd Dunlop e Amoreiras, os eixos das Avenidas Presidente Juscelino e Ruy Rodriguez, e

as Ruas Piracicaba, Domenico Pacheco e Silva, Silvio Rizzardo, assim como a Avenida Paulo

Provenza Sobrinho.

Cerca de 3% da AP está zoneada como Z 5, cujo padrão característico habitacional é o

multifamiliar vertical, localizando-se nas imediações do antigo traçado do VLT e da transposição da

Rodovia Anhangüera - SP 330. O restante é zona de proteção ambiental Z 18, especialmente ao

longo do Rio Capivari, região que se encontra degradada e está incorporada na área da Operação

Urbana Pq. Linear do Rio Capivari que abrange também trechos de Z 1 e Z 14.

A região está ligada à área central principalmente pelo corredor da Avenida Amoreiras,

Avenida Ruy Rodrigues e pela Avenida John Boyd Dunlop, tendo como eixo transversal a Avenida

Presidente Juscelino. No entanto, o sistema viário é descontínuo, com falta de vias estruturais e

ligações perimetrais que organizem os fluxos de tráfego, apresentando dificuldades na transposição de

rios e córregos.

A AP apresenta uma transposição sob a Rodovia Anhangüera, extremamente precária,

semaforizada, com passagem para apenas 01 (um) veículo por vez, mas extremamente importante para

toda a região, tão carente de transposições da rodovia. Essa ligação fica localizada próxima ao Km 97 da

rodovia, ligando o Jd. Garcia ao Jd. Pacaembu. O alargamento desta transposição seria de suma

importância para a região. Mesmo nas condições atuais, é extremamente importante, tendo como função

principal aliviar o fluxo veicular que deseja transpor a rodovia e, com a ausência desta, se desloca para a

Avenida John Boyd Dunlop, já bastante carregada.

Apresenta uma densidade de drenagem significativa, o que demanda um padrão de ocupação

urbana planejado e controlado. Destaca-se o Vale do Piçarrão, ao norte, e as áreas vazias

adjacentes, incluindo a área da antiga pedreira, que necessitam de tratamento específico para sua

adequada destinação urbana.

Embora a acessibilidade às regiões do Campo Grande e do Ouro Verde seja grande, em função

dos dois principais eixos de transporte municipais, citados acima, suas ligações com o entorno são quase

inexistentes pela ausência de ligações perimetrais, o que a torna muito segregada, fazendo com que os

deslocamentos entre ambas passem necessariamente pela área central, causando grande desconforto

à população e deseconomias para o serviço de transporte coletivo. O sistema viário da região está em

processo de transformação, com a necessária implantação da complementação do entroncamento da

Rodovia Anhangüera com a Avenida John Boyd Dunlop, por meio de implantação através das vias

marginais à rodovia, bem como de dois retornos nesta, com diretrizes já estabelecidas.

AP 19

Verifica-se a existência de vários conjuntos habitacionais no Jd. Aurélia, muitos deles verticais, com

padrão de população de renda média-baixa. Destaca-se a ocorrência de usos comerciais de grande porte,

como o Supermercado Enxuto, o Shopping Unimart, escritórios de grandes empresas e instituições como

o Lar dos Velhinhos.

Registra-se significativa taxa de verticalização em unidades residenciais verticais. Existem duas glebas

vazias, sendo uma delas a da Chácara da República, junto ao Lar dos Velhinhos, próximo ao traçado do

antigo VLT. A homogeneidade de renda é grande, no patamar médio/baixo, e não existem favelas e

invasões.

Constata-se mais recentemente a ocupação de áreas vagas no entorno da Avenida John Boyd

Dunlop por empreendimentos habitacionais verticais e outros usos comerciais de grande porte, dada a alta

acessibilidade da região.

Encontra-se ao sul dessa AP, trecho do Córrego Piçarrão e seu tributário o Córrego do Asilo, área

que necessita de estudos para requalificação ambiental e adequada inserção no contexto da região.

Quanto ao zoneamento legal, a Z 3 predomina no setor (65%), a Z 6 ocupa cerca de 15%, ocorrendo

também alguns trechos de corredor de Z 11 e Z 12 ao longo da Avenida John Boyd Dunlop. Há ainda na

área um pequeno trecho de Z 18, referente à área dos fundos de vale do Piçarrão e seu tributário.

Destaca-se a Avenida José Pancetti, que se cristalizou nos últimos anos como corredor comercial

e de serviços, fazendo a ligação transversal entre os eixos das avenidas John Boyd Dunlop e Lix da

Cunha, sendo que sua permissão de usos já requer ampliação para usos de âmbito geral e maior porte. O

sistema viário é descontínuo, com poucas vias estruturais de penetração na área central (AP 21) e de

interligação com as APs lindeiras.

A AP fica encravada entre a Avenida Lix da Cunha, Rodovia Anhangüera - SP 330 e Avenida John

Boyd Dunlop, apresentando deficiências na transposição de barreiras físicas (ferrovias, rodovias, córregos).

Há necessidade premente da implantação da complementação do entroncamento da Rodovia

Anhangüera - SP 330 com a Avenida John Boyd Dunlop, por meio da execução das vias marginais à rodovia,

Page 26: MACROZONEAMENTO- OBJETIVOS E FUNÇÕES

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bem como de retornos próximos a este entroncamento, com diretrizes já estabelecidas conforme citado no

texto referente à AP 18. A área necessita também da implantação das vias marginais aos Córregos do

Asilo e do Piçarrão.

A malha de itinerários do serviço de transporte coletivo atende satisfatoriamente aos bairros da AP,

no entanto, em função das características do sistema viário em que se insere, com dificuldade de

penetração nos bairros, em função das poucas ligações que transpõem as vias onde estes se inserem,

dificulta o acesso aos bairros.

As principais vias de acesso a esta AP são a Avenida José Pancetti, no cruzamento com a

Avenida John Boyd Dunlop, cruzamento bastante saturado; a Avenida Lícia Frederico Pettine, uma das

vias que saem da Praça João dos Santos Teixeira (Balão do Tavares), na confluência com a Avenida Lix

da Cunha e a Avenida Império do Sol Nascente, no cruzamento com a Avenida John Boyd Dunlop.

AP 20

Caracteriza-se como uma região de urbanização consolidada, no que se refere às áreas já

parceladas. Verifica-se a predominância de usos residenciais em relação aos usos comerciais e de

serviços e industriais.

Destaca-se na região desta AP a presença de muitos estabelecimentos comerciais e de serviços ao

longo das principais vias, como a Avenida Prestes Maia, na região do bairro São Bernardo, que

apresenta predominância de comércio e serviços diversificados, de abrangência regional, e um

número bastante significativo de indústrias de médio e grande portes, incômodas e não-incômodas, as

quais se dispõem também ao longo da Rodovia Anhanguera, notadamente os estabelecimentos de maior

porte. Da mesma forma, ao longo da Avenida das Amoreiras verifica-se a ocorrência em maior escala de

serviços e comércio gerais, de âmbito setorial e regional.

Cabe destacar a região do Parque Itália, que além de áreas particulares, apresenta inúmeros

e diversificados estabelecimentos institucionais públicos, das esferas municipal, estadual e federal, tais

como: praça de esportes, cadeia pública, igrejas, Departamento de Limpeza Urbana da Prefeitura, Senai,

a sede da Cohab Campinas, Juizado de Menores, SUCEN, Centro de Saúde, Hospital Dr. Mário Gatti,

Hospital Infantil Álvaro Ribeiro, Secretaria da Receita Federal e APAE. Registra-se ainda a presença do

Hotel Vila Rica. Esta AP apresenta nível de renda bastante homogêneo, abrigando uma população de

renda média.

Identificam-se glebas não parceladas ao longo do Vale do Piçarrão, entre elas a do antigo

Curtume Firmino Costa, situada próxima ao Parque Industrial, com cerca de 32 ha, e outra de

propriedade do Lar dos Velhinhos. Esta região apresenta um número baixo de lotes vagos e muitas

glebas não parceladas.

Cerca de 50% da área destina-se basicamente ao uso multifamiliar vertical Z 5, que prevê a

implantação de comércio e serviços apenas locais, além do uso habitacional. Outros 30% estão

classificados como Z 11 e Z 12, que têm características predominantes de comércio e serviços, mas

permitindo também o uso habitacional, todos esses podendo ocorrer em construções verticais.

Aproximadamente 10% da área é Z 9, uso misto em unidades verticais, e os outros 10% referem-se a Z 14,

destinada ao uso industrial não incômodo e ao comércio e serviços de grande porte.

Os usos permitidos pela legislação em vigor incentivam a localização de atividades diferenciadas,

em especial aquelas de abrangência regional, principalmente nos bairros mais próximos ao centro. Os

coeficientes de aproveitamento permitem densidades médias, porém muito superiores àquelas

encontradas hoje na região.

Esta AP, bem como a AP 24, está localizada imediatamente ao sul do centro da cidade, contígua a

este, tendo nível de acessibilidade bastante intensificado com a construção do Túnel Joaquim Gabriel

Penteado (Túnel Joá Penteado), sob a ferrovia.

Embora grande parte do fluxo de veículos que utilizam o túnel venha de outras regiões para ter

acesso ao centro, o bairro São Bernardo sofreu alterações significativas com esse investimento.

Há necessidade premente do término da construção do outro ramo do túnel, inacabado e

abandonado, e reestruturação do sistema viário nas saídas e entradas dos dois ramos. O ramo que se

encontra atualmente em operação trabalha como via de mão-dupla.

Atualmente estão sendo realizadas as tratativas para a complementação da obra, de grande

importância para o município e que se integrará inclusive com o novo Terminal Multimodal de Passageiros,

cujos estudos encontram-se em andamento.

Foto: Complexo FEPASA

Page 27: MACROZONEAMENTO- OBJETIVOS E FUNÇÕES

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Estas duas intervenções em estudo, o túnel e o Terminal Multimodal, que interferem diretamente

no sistema viário, abrem novas possibilidades de ocupação urbana com características de alta

centralidade.

Encontra-se em estudos também, atualmente, a implementação da construção do trecho

inacabado da marginal do Piçarrão, que proporcionará o complemento do terceiro anel viário para tráfego

urbano de Campinas, oferecendo melhores condições e novas alternativas de circulação.

A AP tem como um de seus limites territoriais a Rodovia Anhangüera. No trecho entre a Avenida

John Boyd Dunlop e a Avenida Prestes Maia, além destas duas transposições da rodovia, existe a

transposição sob ela, realizada pela Rua Ituverava, no bairro Cidade Jardim, de importância considerável,

principalmente para desafogar o fluxo da Avenida das Amoreiras.

De maneira geral, esta AP apresenta razoável acessibilidade, podendo ser identificados conflitos

viários e de transportes de ordem estrutural, devidos à descontinuidade do sistema viário.

O serviço de transporte coletivo é satisfatório, sendo realizado nos bairros por veículos que,

basicamente, vem de vias arteriais como as Avenidas John Boyd Dunlop e Prestes Maia.

A continuidade das intervenções que se pretende realizar na drenagem e no sistema viário do

Vale do Piçarrão, através de plano específico que contempla os vários aspectos da sua urbanização,

abre possibilidades para ocupação urbana com características de alta centralidade.

De uma maneira geral esta AP apresenta relativa acessibilidade, porém grande potencialidade

para estruturação do sistema viário regional, que depende de obras civis, devido à sua localização

estratégica.

AP 21

Esta AP está delimitada pelas seguintes vias principais: Avenida Barão de Itapura, Avenida

Orosimbo Maia, Avenida José de Souza Campos, Rua Proença, Avenida Andrade Neves e trecho da

linha do antigo VLT.

Nesses bairros verifica-se grande quantidade de imóveis em unidades verticais, tanto para uso

residencial quanto para outros usos. O Centro apresenta maior taxa de verticalização, seguido do

Bosque, e do Cambuí, enquanto que o Guanabara apresenta a menor taxa. Verifica-se que essa AP

teve rápido crescimento da verticalização, especialmente nos anos 80. É interessante verificar que esse

processo tem predominância do uso residencial.

Note-se que apesar da predominância de verticalização, essas áreas contêm muitos lotes com

construções de um ou dois pavimentos e muitos lotes vagos. Pode-se dizer que, de uma forma geral,

ainda há potencial para adensamento e verticalização. No entanto, é preciso adotar um processo

permanente de monitoramento para garantir que essas transformações se dêem de forma compatível

com a capacidade da infra-estrutura básica e do sistema viário.

Foto: Vista do Viaduto São Paulo

A maior parte dos edifícios residenciais corresponde a padrões de renda média-alta e alta. A

concentração de comércio e serviços no Cambuí é dirigida para as classes mais altas, e no Centro estão

as atividades mais diversificadas que atendem a todos os estratos da população, porém com poucos usos

residenciais, apresentando um aspecto de área esvaziada e sem vida nos horários noturnos. Verifica-se

grande reciclagem de uso, mesmo nas edificações horizontais, com muitos imóveis residenciais dos bairros

que passam a abrigar comércio e serviços, com a concentração evidente de serviços de saúde no

Guanabara, com destaque para a concentração de serviços hospitalares na Avenida Barão de Itapura.

Ao longo da última década alguns corredores viários mais externos desta AP, como a Avenida José

de Souza Campos, a Avenida Aquidabã, a Avenida Barão de Itapura e a Avenida Andrade Neves se

consolidaram como eixos comerciais e de serviços de âmbito regional. Destaca-se nessa AP a presença do

estádio do Guarani Futebol Clube.

Page 28: MACROZONEAMENTO- OBJETIVOS E FUNÇÕES

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Foto: Vista Aérea Estádio de Futebol Brinco de Ouro da Princesa – Guarani e o Bosque dos Jequitibás

Foto: Vista Av. José de Souza Campos

Existe predominância de camadas de renda média-alta e alta em toda AP, no entanto, as camadas

de renda mais altas estão concentradas no Cambuí e em alguns poucos trechos do Centro e do Guanabara.

As fronteiras da AP 21 abrigam uma população de renda média. Verifica-se a existência de cortiços e

pensões nas imediações da rodoviária e do Viaduto Miguel Vicente Cury.

Observa-se a presença de algumas praças antigas, resultantes da urbanização inicial da cidade,

sendo que o Bosque dos Jequitibás constitui-se em área de preservação (Z 18), além de ser tombado pelo

CONDEPACC, o que lhe confere condições institucionais especiais para a sua preservação.

Foto: Bosque dos Jequitibás

No que se refere estritamente às regras do zoneamento, verifica-se que a maior parte da AP 21

apresentaria condições favoráveis ao adensamento, ao possuir os coeficientes de aproveitamento (CA) de

lotes mais altos permitidos na cidade. No entanto, a utilização dos coeficientes máximos encontra

limitações, principalmente na área central, devido a critérios complementares da legislação de pólos

geradores de tráfego e ao condicionamento da altura das edificações verticais, à largura das vias, aos

gabaritos de altura definidos para as áreas envoltórias dos imóveis tombados, bem como a capacidade

de infra-estrutura implantada.

Cerca de 35% do território está em Z 17, que permite CA igual a 5, e 30% situam-se em Z 6 e Z 7,

com CA que vai de 1 a 3. O uso habitacional é incentivado através do padrão de densidade mais alta,

sendo que no Centro pode ocorrer em edificação de uso exclusivo ou misto.

Page 29: MACROZONEAMENTO- OBJETIVOS E FUNÇÕES

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Os usos permitidos são de comércio, serviços e institucional, que podem ser de abrangência

local e, especialmente, geral, servindo a toda a cidade, contendo hoje o maior número de

estabelecimentos administrativos, financeiros e institucionais da região, próprios de capital

metropolitana, ainda que pese a acentuada tendência de descentralização.

No Cambuí, onde predominam Z 6 e Z 7, a Lei 6.031/88 permite a ocupação residencial vertical

de média e alta densidade, sendo os outros usos permitidos em padrões menos densos. As áreas de Z

6 apresentam certo grau de saturação do sistema viário, em suas principais vias, e possui limitação

legal de porte para usos mais impactantes. São também da Z 6 as maiores limitações à efetiva

verticalização, tendo em vista as condições de atendimento da infra-estrutura de drenagem e

saneamento básico.

Cerca de 20% do território compõem-se de Z 9, Z 10 e Z 13, que também permitem altas

densidades. Apenas 3% do território corresponde a ocupações de baixa densidade e pequenas porções são

Z 18, referentes ao Bosque dos Jequitibás e outros edifícios de valor histórico.

De maneira geral, o adensamento máximo permitido pela LUOS na AP 21 não é aplicado, sendo

condicionado às condições atuais de saturação da infra-estrutura, em especial do sistema viário e do

sistema de drenagem. Além disso, os usos permitidos na AP 21 também atraem usuários de toda a

cidade, o que tem implicações para a saturação da infra-estrutura. Se não se realizarem investimentos

e transformações operacionais, as condições de adensamento dessa AP serão bem limitadas, pois já

são demandadas medidas mitigadoras dos impactos ambientais e sobre o sistema de circulação.

Foto: Vista do Paço Municipal de Campinas

Esta AP representa o núcleo da área central do município e, de maneira geral, abriga usos de

solo que incentivam sua densificação, principalmente de comércio e serviços. Por se tratar do núcleo de

formação da cidade, bastante antigo, apresentando várias ruas e calçadas estreitas, essa densificação

acaba se tornando inadequada, em face das condições atuais de saturação da infra-estrutura, em

especial do sistema viário, que há muito tempo encontra-se consolidado e sem possibilidade de

expansão, para adequá-lo às novas realidades.

Foto: Camelódromo

Os usos permitidos, principalmente comércio e serviços, fazem que a área central atraia

usuários de todas as regiões da cidade, trazendo implicações para a saturação da infra-estrutura viária.

Outro aspecto relevante desta área origina-se da própria estruturação urbana do município, que se deu

de forma radioconcêntrica, fazendo que, pela falta de ligações perimetrais entre os bairros, o centro

abrigue excessivo tráfego de passagem, que não tem origem e nem destino no centro.

A deficiência de outras “centralidades urbanas”, ou seja, centros secundários consolidados em

outras regiões da cidade, reforçam a situação de saturação da área central, atraindo expressivo

contingente de pessoas que aí circulam, em busca de comércio e serviços, utilizando-se para isso de

transporte coletivo ou individual. A saturação do sistema viário traduz-se em congestionamentos e,

especialmente, em dificuldades de estacionamento.

Page 30: MACROZONEAMENTO- OBJETIVOS E FUNÇÕES

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Foto: Rua Treze de Maio

De maneira geral, as construções novas, sujeitas à legislação edilícia vigente, em especial a

lei de pólos geradores de tráfego, abrigam de forma satisfatória a demanda por vagas de

estacionamento geradas por estas edificações.

No entanto, a área central, por ser muito antiga, abriga inúmeras edificações aprovadas em

épocas anteriores à atual legislação vigente, onde, em função da própria dinâmica e necessidades da

época, não havia a previsão legal ou esta era insuficiente, para que estas edificações abriguem, nos

dias atuais, a nova demanda de vagas de estacionamento por elas geradas.

Este fato contribui sobremaneira para o agravamento das condições de fluxo de tráfego na

área central, pela grande necessidade de ocupação de áreas do espaço viário, para estacionamento.

Outro fator a ser considerado na área central, principalmente nas vias mais antigas e que não

sofreram intervenções, oriundas do primeiro núcleo de formação da cidade, são sua largura reduzida e

calçadas estreitas, apresentando excesso de mobiliário urbano, dificultando a circulação de veículos e

pedestres e, principalmente, dificultando as operações do serviço de transporte coletivo de

passageiros.

A questão do transporte de cargas na área central, bem como as operações de carga e

descarga, não se encontram regulamentadas pelo Poder Público Municipal, trazendo sérios

inconvenientes e restrições ao fluxo de tráfego. Há necessidade de se estabelecer, urgentemente,

essa regulamentação.

Fazendo-se um diagnóstico da situação atual dos serviços de transporte coletivo na área

central, encontramos que este apresenta má distribuição da oferta, excessiva sobreposição de linhas,

concorrência predatória entre o sistema convencional (ônibus) e seletivo (microônibus), longos intervalos

nos períodos de pico, acúmulos de passageiros nos pontos e congestionamentos e conflitos entre o

transporte coletivo e o transporte individual motorizado.

Em relação à circulação geral de pedestres e pessoas com restrição de mobilidade, a área

central apresenta ausência de aplicação dos conceitos de acessibilidade universal.

Esta AP abriga o principal terminal de ônibus urbanos do município, o Terminal Central,

localizado na área interna do Viaduto Miguel Vicente Cury, e também a Estação Rodoviária, situada na

Avenida Andrade Neves, próxima ao cruzamento com a Avenida Barão de Itapura.

O novo Terminal Multimodal de Passageiros, cujos estudos se encontram em andamento, tem

sua previsão de implantação no extremo norte do complexo FEPASA, na AP 20 e junto à AP 21, que

refletirá na adequação de usos e do sistema viário na área central, especialmente nas áreas vizinhas ao

novo Terminal Multimodal, considerando-se um amplo conceito de revitalização, e também no entorno

da atual Estação Rodoviária, com sua retirada daquele local.

Em relação ao Terminal Central, para ônibus urbanos, que hoje apresenta grande

movimentação de usuários de ônibus, tanto dentro do terminal, quanto no seu entorno, com grande

concentração de pontos de ônibus nas vias que chegam ao viaduto, pretende-se, com a implantação do

sistema de integração tarifária temporal, que haja um processo de esvaziamento deste, visto que a área

central funcionará como um grande “terminal explodido”, com a possibilidade de integração em qualquer

ponto, não sendo necessária à utilização do Terminal para realizá-la. Isto possibilitará, futuramente, a

utilização da área interna do Terminal para outros fins.

Foto: Praça Miguel Vicente Cury - Terminal Central

Page 31: MACROZONEAMENTO- OBJETIVOS E FUNÇÕES

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AP 22

Formada por residências de alto padrão, abrigando também clubes e colégios particulares. A

população aí residente utiliza-se principalmente do comércio e dos serviços instalados no Cambuí e

nos shoppings centers.

Na Avenida Dr. Moraes Sales, no trecho compreendido entre a via Norte-Sul e as proximidades

da Rua Piquete, assim como em trecho da Avenida Jesuíno Marcondes Machado, verifica-se a incidência

de comércio e serviços locais e gerais que atendem à demanda dos bairros residenciais do entorno. Na

Avenida José Bonifácio (trecho) e em outro trecho da Avenida Jesuíno M. Machado também vem

ocorrendo a instalação de comércios e serviços não incômodos, através da permissão estabelecida pela

Lei de Flexibilização de Usos de 1996, válida para construções já existentes.

A maior parte dos imóveis apresenta ocupação horizontal, havendo, no entanto, alguma

verticalização na V. Brandina e na Nova Campinas e ao longo da Avenida José de Souza Campos, para fins

residenciais e comerciais.

A população da AP é predominantemente de média-alta e alta renda, em iguais proporções, e

verifica-se a incidência de empreendimentos fechados, do tipo condomínios e loteamentos, destinados à

população de alta renda. Em contraposição, existem nesta área as favelas da V. Brandina I e II.

A princípio, a vocação ocupacional da AP 22, como um todo, tem sido predominantemente

residencial de alta renda. O setor imobiliário tem investido na construção de condomínios horizontais de

pequeno porte, atendendo à demanda do mercado. Encontra-se em construção um empreendimento

comercial de grande porte às margens da Rodovia Heitor Penteado, no bairro das Palmeiras, gerador de

impacto no bairro.

A Fazenda Mato Dentro, que abriga o Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Salin, área

de lazer de importância regional, com cerca de 220 ha, ocupa boa parte desta AP.

Foto: Casarão da Fazenda Mato Dentro – Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Salim

O território da AP 22 é predominantemente de Z 3 e Z 4, caracterizadas por uso residencial de

baixa e baixíssima densidade, apresentando pequena porção de Z 12 e de Z 6 que permitem uso

habitacional vertical, além de estabelecimentos comerciais e de serviços (com tipologia vertical somente na

Z 12). Verifica-se, ainda, um eixo de Z 11 (sem permissão de verticalização habitacional) localizado ao longo

da Avenida Mackenzie.

O processo de ocupação crescente por empreendimentos fechados em uma mesma região,

gerando espaços compartimentados e segregados, já vem causando impactos, principalmente do ponto

de vista da circulação do bairro e da paisagem urbana.

A região apresenta diversos cursos d’água, como cabeceiras do Córrego São Quirino e trecho

do Córrego Mato Dentro/Brandina, ambos contribuintes do Ribeirão Anhumas, possuindo também muitas

áreas com relevo acidentado, características que demandam cuidados ambientais mais específicos e

impõem limitações para o traçado do sistema viário.

A AP está localizada em região muito próxima ao centro urbano, ao longo do eixo de penetração da

Avenida Dr. Moraes Salles e da Rodovia Dr. Heitor Penteado, que dão acesso à região de Sousas e Joaquim

Egídio.

Foto: Entroncamento da Rodovia D. Pedro I – SP 65 com Rodovia Dr. Heitor Penteado e Anel Rodoviário Prefeito José

Roberto Magalhães Teixeira – SP 83

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A região ao Norte da AP e mais próxima à área central apresenta uma malha viária mais densa, no

entanto, constituída por algumas vias sem continuidade e algumas vias sem saída, terminadas em “cul de

sac”.

A área restante da AP apresenta uma malha viária menos densa, também com falta de

continuidade das vias e com poucas ligações ao sistema viário principal, especialmente no entorno do

Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Salin.

A circulação se dá basicamente por meio de transporte individual motorizado, sobre esse sistema

viário descontínuo, com pouca articulação entre os bairros, porém, não apresentando problemas

operacionais de vulto, visto que sua capacidade de suporte ao tráfego apresenta considerável reserva

operacional.

O atendimento pelo serviço de transporte coletivo apresenta oferta adequada à demanda, no

entanto, em face das características do sistema viário e da ocupação socioeconômica do solo, este é

realizado basicamente pelo viário estrutural, como a Rodovia Dr. Heitor Penteado, Avenida José Bonifácio

e Avenida Papa João Paulo I, com algumas irradiações para atender aos bairros.

AP 23

Essa área de planejamento caracteriza-se como uma região de ocupação bastante

consolidada, apresentando algumas glebas não urbanizadas.

Encontra-se nessa AP o Campinas Shopping Center, o Hipermercado Big e o Hotel The Royal

Palm Plaza, próximos ao entroncamento rodoviário Anhangüera - SP 330/ Santos Dumont - SP 75. Ao

longo da Avenida Presidente Juscelino e da Avenida das Amoreiras concentra-se estabelecimentos de

comércio e serviços que constituem importantes sub-centros.

O sistema viário local apresenta capacidade de suporte ao tráfego, adequada à demanda, porém

apresentando problemas de descontinuidade em relação as APs vizinhas, devido às barreiras físicas

existentes (rodovias e leito ferroviário desativado).

O eixo da Avenida das Amoreiras, que cruza a AP, possui grande poder de penetração e dá a esta

grande condição de acessibilidade, além de algumas importantes transposições em desnível em relação às

barreiras físicas citadas, tais como: Avenida das Amoreiras/ Rodovia Anhangüera - SP 330, Rua Ituverava/

Rodovia Anhangüera - SP 330 (Viaduto do bairro Cidade Jardim) e Avenida Ana Beatriz Bierrembach/

Rodovia Santos Dumont.

Em relação às transposições do leito férreo, limítrofes entre a AP 23 e a AP 18, muitas delas

ocorrem em desnível, não causando problemas de transposição na maioria dos trechos.

As Rodovias Anhangüera - SP 330 e Santos Dumont - SP 75 apresentam alguns acessos aos

bairros lindeiros desta AP, bem como dos bairros às rodovias. Estes dois eixos rodoviários recebem, além

da demanda metropolitana, aquela gerada por estes bairros, misturando o tráfego urbano ao rodoviário.

O serviço de transporte coletivo atende satisfatoriamente aos bairros, com oferta adequada à

demanda, mas apresenta alguns pontos de conflito em função das características do sistema viário. O

atendimento se dá basicamente pelo eixo de transporte da Avenida das Amoreiras, que apresenta, neste

trecho, um corredor segregado para transporte coletivo, e deste ramifica-se por outras ruas e avenidas,

principalmente as Avenidas Mirandópolis e Ana Beatriz Bierrembach.

A região do Jardim das Bandeiras (UTB 64) abrange a área entre a Rodovia Santos Dumont - SP 75

e a Rodovia Lix da Cunha - SP 73, uma vasta área abaixo do Rio Capivari com poucos loteamentos

dispersos, alguns conjuntos habitacionais verticais recentes e a Fazenda Sete Quedas (Bradesco), a qual

faz divisa com a Rodovia Santos Dumont - SP 75. É a região menos ocupada da AP 23, contendo ainda

muitas glebas e lotes vagos. A AP 23 inclui ainda uma pequena porção de área rural.

A Fazenda Sete Quedas, com cerca de 560 ha, foi objeto de plano global de ocupação que prevê

a sua urbanização através de 19 módulos de empreendimentos fechados a serem implantados.

Destaca-se ainda a existência de loteamentos que foram implantados apenas em parte e alguns

que não foram sequer implantados, em cujas áreas ocorreram as ocupações irregulares denominadas

Pq. Oziel e Jd. Monte Cristo, de enormes proporções e que estão sendo objeto de regularização

fundiária e de provimento de infra-estrutura básica, pelo Poder Público Municipal.

Existem ainda algumas glebas vagas inseridas em meio à região já loteada e servida de infra-

estrutura, próxima ao Jardim do Lago, Jardim das Bandeiras e Jardim N. Sra. de Lourdes.

A expansão do processo regular de urbanização vem se dando com maior intensidade ao longo da

Rodovia Lix da Cunha - SP 73, onde se verificam conjuntos habitacionais verticais de padrão de renda média-

baixa.

Foto: Complexo Monte Cristo e Oziel

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É também na região da AP 23, que se concentra o maior número de favelas da macrozona,

implantadas especialmente em áreas públicas reservadas para sistema de lazer dos loteamentos, em

geral localizadas em fundos de vale.

A maioria dos imóveis da AP 23 destina-se ao uso residencial, verificando-se ainda um número

significativo de estabelecimentos comerciais e a presença de indústrias e depósitos, especialmente nas

vias marginais ao longo da Rodovia Santos Dumont - SP 75.

Vale destacar ainda a presença do Centro de Atividades dos Trabalhadores - CAT, complexo

de lazer do SESI, com 80.000m2, localizado às margens da Rodovia Santos Dumont, ao sul do Rio

Capivari.

AP 24

Esta AP é formada por bairros bem consolidados com a predominância do uso residencial, à

exceção do eixo constituído pelas Avenidas Prestes Maia/ João Jorge, o qual apresenta a

predominância de serviços diversificados de abrangência regional, destacando-se no local a incidência

de oficinas mecânicas, concessionárias de veículos, transportadoras de cargas, alguns hotéis e um templo

religioso de grande porte, implantado mais recentemente. O comércio também apresenta a mesma

abrangência regional e as indústrias caracterizam-se pelo médio e grande porte. Destaca-se nesse eixo

a presença de instituições como o 8º. Batalhão da Polícia Militar e a COHAB - Campinas.

Já, ao longo da Avenida Marechal Carmona, note-se a incidência de serviços diversificados de

âmbito local, setorial e regional. Outro trecho a ser destacado situa-se ao longo da Avenida Engº.

Antônio Francisco de Paula Souza que apresenta serviços diversificados de abrangência local, setorial e

regional. No eixo da Avenida da Saudade destacam-se o Cemitério da Saudade, comércio de grande porte de

materiais de construção, o prédio da SANASA e, mais recentemente, as novas instalações da Câmara

Municipal de Campinas.

Também a Avenida General Carneiro tem grande presença de usos comerciais e de serviços,

assim como outros eixos de consolidação mais recente, tais como a Avenida Engº Augusto

Figueiredo, a Rua Jorge Tibiriçá e Rua da Abolição (com especialização de comércio de móveis de

escritório), a Avenida Whashington Luiz, a Rua José Fonseca de Arruda, Avenida Alberto

Medaljon, Avenida Baden Powell, Avenida Estados Unidos, Avenida Ralpho Leite de Barros e Rua

Fernão Pompeu de Camargo. Ao longo da Rua da Abolição destacam-se ainda o Hipermercado

Extra e a UNIP - Universidade Paulista e, nas proximidades, a Universidade São Francisco que se

instalou nas antigas dependências da PUCC - Swift, todas funcionando como grandes pólos

geradores de tráfego.

Foto: Entroncamento Rodovia dos Bandeirantes com Av. John Boyd Dunlop

Essa AP é cortada pelo leito da linha férrea que ainda está ativo para o transporte de cargas, nas

proximidades do qual se localiza o Estádio Moysés Lucarelli da Associação Atlética Ponte Preta.

Destaca-se nessa AP a presença de importantes áreas verdes públicas remanescentes de mata

natural, como o Bosque dos Guarantãs - no Jd. Nova Europa, o Bosque São José - na região do Jd.

Proença. Também se verifica a presença do Bosque do Parque Prado - Chácaras Eglantina, onde se

localizam cabeceiras do Córrego Piçarrão, região que merece tratamento especial para sua conservação

no contexto urbano.

Nas áreas do São Fernando/ Vila Orosimbo Maia/ Carlos Lourenço e Jd. das Oliveiras/ Swift,

cerca de metade do território está em área da bacia do Ribeirão Samambaia, afluente direto do Rio Atibaia,

à montante de sua captação para abastecimento público.

A verticalização é dispersa na AP, mas concentra-se, sobretudo no Jd.Proença, ao longo da Avenida

Princesa d'Oeste, no bairro Ponte Preta e, mais recentemente, na Avenida Antônio Carlos Sales Jr..

Existe também o empreendimento habitacional de tipologias vertical e horizontal ocupando grande parte

da área das Chácaras Eglantina, situada entre o Jd. Nova Europa e Jd. das Oliveiras, denominado Parque

Prado, já executado em sua maior parte, estando os vários conjuntos dimensionados para um total de

7.000 famílias.

Page 34: MACROZONEAMENTO- OBJETIVOS E FUNÇÕES

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A população dessa AP apresenta níveis de renda muito diferenciados, constatando-se a

existência de alguns núcleos de favelas. Essa AP contém ainda glebas não urbanizadas nas

proximidades do Parque Jambeiro.

Cerca de 65% da AP destina-se aos usos residenciais, com nítida predominância da Z 3. Cerca

de 10% destina-se a Z 5, com características de verticalização, permitindo apenas comércio e serviços

locais, na região do bairro Ponte Preta; 3% são Z 6, que permite verticalização com comércio e

serviços locais e gerais, e com maiores coeficientes de adensamento, na região do Jd. Proença. Outros

13% correspondem a Z 11 e Z 12, predominando esta última, com comércio, serviços e instituições

locais e gerais de todos os portes, situados ao longo do Corredor Antônio Francisco de Paula Souza/

Saudade. Aproximadamente 5% da área é Z 9, uso misto em unidades verticais passíveis de

adensamento, localizada especialmente no Vale do Piçarrão e no Jd. dos Oliveiras/ Swift.

Esta AP possui sistema viário estruturador, tanto de penetração (Avenida Prestes Maia, Avenida

João Jorge, Avenida Engº Antônio Francisco de Paula Souza, Avenida Washington Luiz, Rua da Abolição e

Avenida da Saudade), quanto de interligação (Avenida Baden Powell, Avenida Jorge Tibiriçá, Avenida

Alberto Medaljon e Avenida Princesa d'Oeste), com grande capacidade de suporte ao tráfego. Porém,

mesmo com sistema viário de tal magnitude, apresenta problemas de continuidade em relação à AP 21 e

também em várias áreas distribuídas na área interna da AP, além de conflitos localizados. Parte deste

sistema atende também ao tráfego de origem rodoviária, pela Avenida Prestes Maia, um dos principais

acessos ao município, e parte ao tráfego intermunicipal, principalmente pela Avenida Engº Antônio

Francisco de Paula Souza, via de interligação entres os Municípios de Campinas e Valinhos. A

configuração deste sistema viário deverá sofrer profundas alterações quando da implantação do plano

previsto para o vale do Córrego Piçarrão, que virá a compor o terceiro anel viário urbano do município.

O sistema viário local é descontínuo, porém com capacidade de suporte adequada à demanda em

grande parte da AP e incipiente e sem pavimentação em alguns loteamentos de baixo padrão.

O atendimento por transporte coletivo é constituído por uma malha de atendimento relativamente

bem distribuída, atendendo satisfatoriamente toda a área da AP. O principal eixo de atendimento por

transporte coletivo é composto pelas Avenidas da Saudade, Engº Antônio Francisco de Paula Souza e Rua

da Abolição.

Além deste eixo principal, a AP apresenta outras avenidas com capacidade de suporte ao

atendimento do transporte coletivo, de onde se irradiam os itinerários para o atendimento local aos diversos

bairros.

De forma geral, o atendimento por transporte coletivo nesta AP apresenta-se de forma satisfatória,

com boa área de cobertura, no entanto, apresenta algumas situações problemáticas localizadas, de ordem

operacional, principalmente em relação à descontinuidade do sistema viário.

AP 25

O uso é predominantemente residencial, de baixa renda, com alguns estabelecimentos comerciais de

caráter local. Existem cerca de cinco favelas na área do Jd. Esmeraldina e vizinhança.

Cabe destacar a presença de grande parte da microbacia do Córrego Samambaia, área de influência

direta na captação do Atibaia para abastecimento público, embora os seus parâmetros legais de uso e

ocupação não contenham aspectos específicos voltados à preservação do manancial. Verificam-se também

alguns remanescentes de matas nativas na região do Jd. Esmeraldina/ São Pedro/ São Vicente. Há ainda

outros cursos d’água próximos à Fazenda Remonta, estando lá localizadas cabeceiras do Córrego São

Vicente pertencente à bacia do Rio Capivari.

Cabe mencionar o processo de conurbação entre essa região e Valinhos, através de importantes

eixos viários de ligação, como as Avenidas Engº Antônio Francisco de Paula Souza e Engº Augusto de

Figueiredo. Note-se também que o anel rodoviário Prefeito José Roberto Magalhães Teixeira - SP 83

coincide em boa parte com a divisa intermunicipal.

O processo de urbanização dessa AP caracteriza-se pela implantação de loteamentos

entremeados por áreas de mananciais e de usos agrícolas.

A maior parte (95%) da AP é zona residencial, Z l, Z 2 e Z 3, predominando a Z 2, e 5% é Z 11,

referente ao eixo da Avenida Antônio Francisco de Paula Souza, onde se verifica grande procura para

instalação de pequenas indústrias não permitidas pela LUOS. A Avenida Engº Augusto de Figueiredo já

reúne condições para receber usos comerciais e de serviços de âmbito geral (e de maior porte) como os

de Z 11. A região apresenta ocupação consolidada nos bairros existentes, pouca mescla de usos junto às

moradias, bem como falta de pequenos centros locais para atender à população. A região apresenta um

sério conflito social-ambiental não equacionado, referente à ocupação inadequada por loteamentos,

favelas e corredores viários nas áreas da bacia do Córrego Samambaia.

O adensamento desta AP ocorreu ao longo da Avenida Engº Antônio Francisco de Paula Souza,

principal eixo de penetração e estruturação da área. Esta via, que faz a ligação entre os Municípios de

Campinas e Valinhos, tem papel indutor do adensamento no seu entorno e possui grande capacidade de

suporte ao tráfego, dispondo de pontos de transposição que permitem integração satisfatória dos

adensamentos lindeiros.

No entanto, a AP apresenta um sistema viário heterogêneo, sendo bastante rarefeito, principalmente

nas proximidades das divisas das APs contíguas, não apresentando boas condições operacionais devido à

presença de barreiras físicas, topografia acidentada e áreas não urbanizadas, acarretando descontinuidade

do sistema viário local.

O atendimento pelo serviço de transporte coletivo é apenas razoável, apresentando oferta adequada

à demanda atual e conflitos de ordem operacional causados principalmente devido às descontinuidades do

sistema viário local.

Page 35: MACROZONEAMENTO- OBJETIVOS E FUNÇÕES

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A implantação do trecho inconcluso do terceiro anel viário urbano de Campinas, nas proximidades

dos limites da AP, deverá impor alterações comportamentais, no que diz respeito ao transporte coletivo e,

eventualmente, ao adensamento urbano.

AP 31

É formada basicamente por loteamentos em consolidação, com muitos lotes e glebas vagas, e

chácaras, além da grande área da Fazenda Remonta. As áreas vagas situadas nas proximidades do

Parque Jambeiro são propícias à urbanização em função da infra-estrutura já implantada. Entre a 1º. e a

2º. parte do loteamento Pq. Jambeiro destaca-se a presença da sede histórica da Fazenda Jambeiro,

bem tombado pelo CONDEPACC.

Esta AP faz divisa com o Município de Valinhos, predominando chácaras com produção

agrícola, de recreio, lazer e moradia. A Fazenda Remonta, antiga Coudelaria do Exército, que detêm sua

propriedade, possui mais de 700 ha, com menor parte localizada em Valinhos, e constitui importante

reserva natural. Qualquer intervenção para usos urbanos requer estudos prévios que considerem suas

características naturais e sua inserção no contexto mais amplo dos municípios.

V - MACROZONA 5 - ÁREA PRIORITÁRIA DE REQUALIFICAÇÃO – APR

Compreende a zona oeste do município, localizada entre a Rodovia dos Bandeirantes e a

divisa intermunicipal de Campinas com Monte-Mor e Hortolândia, apresentando condições variáveis

de urbanização, caracterizada pela presença de diversas barreiras físicas, naturais (cursos d’água) e

construídas (rodovias, ferrovias, linhas de alta tensão, oleoduto, gasoduto), pela descontinuidade da

malha urbana e pela má distribuição de provimento da infra-estrutura básica e deficiência de

equipamentos públicos comunitários e serviços de atendimento local, além de conter áreas

ambientalmente degradadas. É atravessada pelo Rio Capivari e seu afluente, o Córrego Piçarrão, em

trechos já impactados por atividades minerarias da região e processos urbanos, inclusive à montante.

Localizam-se nessa área o Complexo Delta, o antigo Aterro Pirelli, o Distrito Industrial de Campinas e

os conjuntos habitacionais - DICs da COHAB Campinas.

Área de ocupação predominantemente residencial, com significativo grau de informalidade em

seus assentamentos, onde se concentra a maior parte da população de baixa renda do município e

apresenta carência de atividades terciárias de atendimento local e geradoras de emprego,

configurando grande demanda por transportes públicos.

Esta macrozona é subdividida em três Áreas de Planejamento: AP 27 - Região do Campo Grande/

Florence, AP 28 - Região do Ouro Verde/ Mauro Marcondes/ DICs COHAB e AP 29 - Distrito Industrial.

Estão compreendidas na AP 27 as seguintes Unidades Territoriais Básicas: UTB 43 - Jardim

Monte Alto, UTB 45 - Parque Valença e UTB 46 - Campo Grande/ Florence; na AP 28, as Unidades

Territoriais Básicas: UTB 48 - Mauro Marcondes/Ouro Verde/Vista Alegre, UTB 50 - São

Cristóvão/Jardim Planalto e UTB 51- DICs COHAB e na AP29, a Unidade Territorial Básica UTB 52 -

Distrito Industrial de Campinas.

V.1 - Perímetro da Macrozona 5

Partindo do trevo do cruzamento entre as rodovias SP 348 (Rodovia dos Bandeirantes) e a SP 75

(Rodovia Santos Dumont), segue pela rodovia SP 75 numa distância aproximada de 2.700,00m até

encontrar a linha do prolongamento natural do caminho particular que margeia a direita da pista do

Aeroporto de Viracopos; deflete à direita e segue por este caminho em linhas quebradas até a altura

do final da pista do Aeroporto; deflete à esquerda e segue numa distancia aproximada de 850,00m em

linha reta até encontrar a divisa com o loteamento Jardim Esplanada, na altura da Rua 18 do mesmo

loteamento; deflete à esquerda e segue pela divisa do loteamento até encontrar a divisa do Perímetro

Urbano, Lei 8161 de 16/12/1994; deflete à direita e segue por esta divisa do perímetro até encontrar a

divisa intermunicipal Campinas-Monte-Mor; deflete à direita e segue por esta divisa até encontrar a

divisa intermunicipal Campinas-Hortolândia; deflete à direita e segue por esta divisa até encontrar a

divisa da gleba 14 do quarteirão 30.019 do Cadastro Municipal; deflete à direita e segue por esta divisa

até encontrar a divisa do loteamento Parque São Jorge; segue contornando esta divisa até encontrar a

divisa do loteamento Parque da Fazendinha; segue contornando esta divisa até encontrar a divisa do

loteamento Parque Santa Bárbara; segue contornando esta divisa até encontrar a rodovia SP 101

(Rodovia Jornalista Francisco Aguirra Proença); deflete à direita e segue por esta rodovia até encontrar

Page 36: MACROZONEAMENTO- OBJETIVOS E FUNÇÕES

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a linha do Oleoduto Petrobrás, próximo ao trevo da Boa Vista; deflete à direita e segue por esta linha

até encontrar o leito do Córrego Piçarrão; deflete à direita e segue por este leito do córrego numa

distância aproximada de 250,00m; deflete à esquerda e segue em linha reta por aproximadamente

120,00m até encontrar a divisa da gleba do Campus II da Pontifícia Universidade Católica de

Campinas; deflete à direita e segue por esta divisa, em linhas quebradas , numa distância de

aproximadamente 135,00m até encontrar a Avenida John Boyd Dunlop; deflete à direita e segue por

esta avenida até encontrar a rodovia SP 348 (Rodovia dos Bandeirantes); deflete à esquerda e

segue por esta rodovia até encontrar o trevo do cruzamento com a rodovia SP 75 (Rodovia Santos

Dumont), ponto inicial desta descrição.

V. 2 - Caracterização

V.2.a - Dados Gerais

A Macrozona 5 possui uma área de 92,42 km2, correspondendo a 11,60% da área do município. A

maior parte da macrozona encontra-se dentro do perímetro urbano. A população dessa região, segundo

o Censo Demográfico de 2000, era de 196.381 habitantes (20,26 % da população do município), sendo

2,3% em área rural e 97,7% em área urbana. A população favelada era de 45.451 pessoas,

representando 23.14% da população urbana da macrozona e 35,61% da população favelada do

município.

Possui grande porção de glebas não parceladas, localizadas em área urbana, sendo uma delas

a área da antiga Granja Aliança que, devido à sua dimensão e localização, necessitará de um plano

global para a sua ocupação, de forma a melhor equacionar sua inserção no contexto social e ambiental

da região do entorno, ressaltando-se os atributos naturais que a mesma apresenta. Outras glebas estão

situadas ao longo do Rio Capivari, próximas ao Jd. Maracanã, Parque Itajaí, Residencial Mauro Marcondes

e conjuntos habitacionais da COHAB (DICs) .

V.2.b - Paisagem Natural

Possui grande número de barreiras físicas, naturais e antrópicas, como cursos d’água,

rodovias, ferrovias, linhas de alta-tensão, oleoduto e gasoduto.

A região é atravessada pelo Rio Capivari, de leste a oeste, e pelo seu principal afluente, o

Córrego Piçarrão, de norte a sul, rede hídrica a ser explorada para implantação de projetos paisagísticos

e sistemas de parques lineares, intervenções que objetivam a requalificação da região.

Também merece destaque o Córrego Areia Branca, com cabeceiras no Distrito Industrial,

devido à possibilidade de utilização de suas áreas marginais para implantação de sistema de ciclovias,

inclusive para complementação de percurso do transporte coletivo, podendo ser associadas a parques e

funcionarem como elemento de integração entre a região do Terminal Ouro Verde e o Distrito Industrial.

A macrozona apresenta-se intensamente degradada em termos ambientais. Está, em sua maior

parte, sobre terrenos colinosos ondulados pertencentes à bacia do Rio Capivari. Ocupa também porções de

terrenos colinosos suavemente ondulados, que dominam nos divisores d'água. (vide Mapa Tipos de

Terrenos)

Os terrenos colinosos ondulados são muito susceptíveis à erosão em sulcos, ravinas e

boçorocas, bem como apresentam erosão fluvial acentuada. Estes processos são freqüentemente

acentuados por armamentos inadequados, pela falta de obras de drenagem de águas superficiais, falta

de pavimentação, desbastes e terraplanagem para a implantação de loteamentos, o que vem

comprometendo a qualidade dos mesmos, com a falta de medidas de controle de assoreamentos e

inundações na região do Rio Capivari e na bacia do Córrego Piçarrão. (vide Mapa Tipos de Terrenos).

A macrozona apresenta ainda deficiências quanto à disponibilidade de água subterrânea, que é

restrita à zona do aqüífero sedimentar que ocorre apenas na porção norte da mesma. Identifica-se a

contaminação de poços e cacimbas por fossas negras nos loteamentos Jardim São Judas Tadeu e

Cidade Satélite Íris. Parte da várzea do Rio Capivari encontra-se bastante alterada por atividades de

mineração de argila e areia.

Verifica-se nesta macrozona a ocorrência de remanescentes de matas naturais, entre eles a Mata

da Granja Bela Aliança e a área de cerrado ao sul do Jardim Liliza, ambos em processo de tombamento

pelo CONDEPACC.

Registra-se a presença do aterro sanitário em operação - Delta 1 A, do Lixão da Pirelli (desativado e

com passivo ambiental), ambos na AP 27, e ainda do Distrito Industrial de Campinas (AP 29), atividades

potencialmente causadoras de impactos ao meio ambiente, exigindo o monitoramento e ações corretivas.

Pode-se citar os seguintes pontos de conflitos de uso: lavra predatória de argila e areia às margens

do Rio Capivari (AP 27 e AP 28), proximidade de loteamentos e de aterros sanitários nas áreas de

exploração mineral (AP 28 e AP 29), possível conurbação com os Municípios de Sumaré e Hortolândia em

áreas com problemas erosivos (AP 27) e assentamentos habitacionais irregulares próximos ao Distrito

Industrial.

V.2.c - Zona Rural

Existe nesta macrozona grande porção de área rural com chácaras e usos agropecuários diversos,

com grandes extensões de pasto, cultura de cana-de-açúcar, áreas com reflorestamento de eucalipto e

pequenas manchas de mata.

Esta zona rural se estende até o limite oeste do município, caracterizada por relevo acidentado e

cabeceiras de drenagem. Faz parte dessa área rural a grande área da Agropecuária Acácias, que se

apresenta em grande parte envolvida por porções do perímetro urbano, não sendo constatado nela o uso

agrícola.

V.2.d - Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo na Zona Urbana

Compõe-se de grandes adensamentos populacionais com características exclusivamente

habitacionais e assentamentos irregulares.

Page 37: MACROZONEAMENTO- OBJETIVOS E FUNÇÕES

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A população dessa região utiliza-se muito de serviços e empregos da área central e de outras

áreas da cidade, caracterizando um movimento pendular de transportes, devido à insuficiência de sub-

centros locais. Dentre eles identificam-se, no interior da Macrozona 5, aqueles formados no entorno dos

terminais de transportes coletivos, como o Ouro Verde e o Campo Grande, este situado no Parque

Valença.

A ocupação é predominantemente popular, compreendendo loteamentos privados, incluindo os

efetuados através do Programa Minha Casa, lotes urbanizados e conjuntos habitacionais da COHAB,

além de áreas com favelas e ocupações. Há muitos loteamentos em situação irregular quanto ao

provimento de infra-estrutura básica, equipamentos sociais e de áreas públicas de lazer, e em áreas

impróprias à habitação.

Foto: Vista Aérea do Jardim Satélite Íris

A proximidade do Aeroporto Internacional de Viracopos, ao sul, faz com que algumas áreas dessa

macrozona, como o Vida Nova, o Jd. Esplanada e alguns assentamentos irregulares, sejam atingidas por

restrições de usos referentes às curvas de ruído, sendo normalizadas com base em legislação federal, que

originou legislação específica no âmbito municipal.

A área destinada à implantação do Complexo Delta ocupa uma extensão de 409, 31ha e tem

duas áreas envoltórias de proteção estabelecidas em legislação específica: a primeira com largura

média de 500m, definida como Z 18, na qual só poderá ocorrer o reflorestamento orientado; e a

segunda, também com largura média de 500m, definida como Z 14 com restrições específicas.

A macrozona 5 apresenta muitos lotes vagos localizados no Jardim Maracanã, Jardim Liliza, Jardim

Sul América, Jd. Cidade Satélite Íris (principalmente), Vila Aeroporto, Parque Universitário de Viracopos,

Jardim Planalto, Jardim Aeroporto Campinas e loteamento São Judas Tadeu. (vide Mapas: Quantidade de

Lotes Vagos no Perímetro Urbano e Densidade de Lotes Vagos no Perímetro Urbano-).

V.2.e - Infra- Estrutura, Saneamento e Drenagem

Observam-se dois pontos de inundação na bacia do Córrego Piçarrão, junto aos bairros Jardim

Rossin e Jardim Florence, devidos à ocupação das áreas de inundação pelas favelas ali existentes (AP

27). Esta AP é prejudicada pela existência de problemas relativos à drenagem.

O abastecimento desta Macrozona se dá ao norte através do Centro de Reservação Campo Grande

que por sua vez está vinculado ao anel macrodistribuidor das ETA’s 3 e 4, e ao sul pelo sistema da ETA

Capivari através dos Centros de Reservação ETA DIC, DIC V e Profilurb.

Para as regiões do Campo Grande e Parque Valença o tratamento de esgotos sanitários será na

futura ETE Capivari I. A região do Ouro Verde pela ETE Capivari II.

V.2.f - Sistema Viário e Transportes

Nessa região foram implantados empreendimentos de impacto com caráter metropolitano,

como o novo trecho da Rodovia dos Bandeirantes - SP 348 e alguns grandes equipamentos urbanos

de caráter municipal, como o Aterro Sanitário Delta e o Hospital Ouro Verde. Também estão previstas as

duplicações do Corredor Ferroviário de Exportação e da Avenida das Indústrias.

O sistema viário estruturador é composto, basicamente, por dois grandes eixos de penetração, as

Avenidas John Boyd Dunlop e Ruy Rodrigues, que possuem características essencialmente radiais,

conduzindo grande contingente populacional da região sudoeste do município à região mais central,

utilizando-se o transporte individual ou coletivo.

A Macrozona é limitada a leste pela Rodovia dos Bandeirantes - SP 348, que, em função de suas

características técnicas, projetada para ser uma rodovia bloqueada, com acessos controlados, não apresenta

acessos desta para o sistema viário urbano e também deste para a rodovia.

O Município de Campinas apresenta-se totalmente entrecortado por rodovias, que o tornam bastante

segregado espacialmente. No caso da Macrozona 5, a Rodovia dos Bandeirantes - SP 348, que a limita a

leste, apresenta-se como uma importante barreira física, que limita a transposição de seu contingente

populacional às demais áreas do município, basicamente, aos dois eixos viários urbanos, ou seja, a Avenida

Ruy Rodrigues e a Avenida John Boyd Dunlop.

Outra característica marcante do sistema viário urbano da Macrozona 5 é a escassez de ligações

perimetrais entre os dois principais eixos estruturadores, Avenida Ruy Rodrigues e Avenida John Boyd

Dunlop, trazendo desconforto aos moradores e despesas operacionais significativas ao transporte coletivo,

que necessitam realizar grandes percursos negativos para os deslocamentos entre os dois eixos

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estruturadores, basicamente tendo que se dirigir às áreas mais centrais e depois voltar para atingir o outro

eixo de penetração.

Estas características conformam o desenvolvimento da Macrozona 5 por meio de bairros isolados

ao longo dos dois eixos estruturadores.

A Macrozona 5 possui uma grande área territorial, mais adensada ao longo dos dois eixos de

estruturação viária e no restante da área apresenta sistema viário bastante rarefeito e descontínuo, com

grandes vazios urbanos.

O atendimento por transporte coletivo responde à demanda existente, porém de forma

inadequada. Apresenta problemas operacionais devidos à precariedade do sistema viário, ao não-

cumprimento das ordens de serviço no que diz respeito às tabelas horária e de itinerário e à falta de

segurança em função de não haver treinamento de mão-de-obra e manutenção adequada da frota.

A grande distância da região onde se situam os terminais Ouro Verde e Campo Grande em

relação à área central da cidade, aliada à escassez de ligações perimetrais entre os dois eixos

estruturadores, e ainda a demanda manifesta na macrozona, induziram a adoção do sistema integrado por

ônibus.

V. 3 - Caracterização por Áreas de Planejamento

AP 27

Apresenta tecido urbano descontínuo, compreendendo bairros com densidade razoável, como

os loteamentos Jardim Florence (reparcelamento urbano efetuado pela COHAB), o Pq. da Floresta, o

conjunto habitacional Parque Itajaí, os conjuntos residenciais Cosmos, Cosmos I e Pq. São Bento, como

também vazios urbanos e loteamentos antigos não totalmente ocupados, como o Jd. Cidade Satélite

Íris, conhecido como Campo Grande. Apresenta também bairros de ocupação mais antiga, habitados

por população de renda média, tais como o Pq. Valença, o Jd. Rossin e o Jd. Sta. Rosa, localizados na

região ao norte da Avenida John Boyd Dunlop, assim como o Jd. Nova Esperança, ao sul desta via.

Foram identificadas glebas vazias no perímetro urbano junto à Cerâmica V8 e ao longo do

Rio Capivari, próximas ao Jardim Maracanã e Parque Itajaí. Alguns loteamentos são antigos e apresentam

grande quantidade de lotes vagos. (Vide Mapa Densidade de Lotes Vagos e Quantidade de Lotes

Vagos no Perímetro Urbano)

Predominam loteamentos de baixa renda, conjuntos habitacionais da COHAB, favelas e muitas

invasões, destacando-se os núcleos do Jardim Florence, Campo Grande, Rossin, Cidade Satélite Íris,

São Judas Tadeu, Três Estrelas, Princesa d'Oeste, Novo Maracanã, Metonópolis, Maracanã e Lisa I e

II.

O Complexo Delta, que ocupa vasta extensão desta AP, é destinado à implantação e operação de

sistema de tratamento e destinação final de resíduos, através do qual procura-se equacionar o crucial

problema da destinação de resíduos domésticos e industriais gerados em Campinas, que atingem cifras

significativas, em face do tamanho da população da cidade e da expressão das suas atividades

econômicas, em especial a industrial.

A região desta AP é carente de infra-estrutura de serviços urbanos, de equipamentos sociais,

de estabelecimentos de comércio e serviços, sendo que as atividades de âmbito geral e maior porte

existentes concentram-se ao longo da Avenida John Boyd Dunlop, corredor de Z 11, e também em algumas

vias transversais, como a Avenida Prof. Mário Scolari e a Avenida Tozzi Armando. Verifica-se a incidência

de comércio de âmbito local no interior dos bairros e coexistindo com as residências.

A maior parte da área tem zoneamento predominantemente residencial, Z 1 (que permite mescla de

usos locais) e uma pequena parte Z 3; o zoneamento industrial, que permite também comercial e serviços de

grande porte, da Z 14, está localizado ao longo da Rodovia dos Bandeirantes, nas áreas da segunda

envoltória do Aterro Delta, onde apresenta restrições específicas da envoltória, e na região do entorno da

indústria Pirelli, sendo o quadrilátero desta indústria definido por Z 15.

Apresenta um sistema viário descontínuo, e sua acessibilidade depende especialmente de uma

transposição na Avenida John Boyd Dunlop sob a Rodovia dos Bandeirantes - SP 348. As extensas regiões

da AP não têm comunicação entre si, sendo separadas pela várzea do Rio Capivari.

A Avenida John Boyd Dunlop apresenta capacidade de suporte ao tráfego inferior tanto à demanda

manifesta, quanto à esperada. Está sendo implantada a primeira fase da duplicação da Avenida John Boyd

Dunlop, no âmbito maior de um plano de tratamento do corredor de transporte coletivo que corresponde à

implantação da segunda pista. Na segunda etapa, que deverá ser executada em médio prazo, prevê-se a

implantação de pistas marginais para o tráfego local. A terceira etapa, com implantação prevista em longo

prazo, contempla o corredor de transporte coletivo.

O sistema de transporte coletivo é precário para atender a uma população que dele depende para

quase todas as atividades, uma vez que não existem centros de comércio e serviços e nem mesmo centro de

empregos a curtas distâncias. É necessária a instalação de terminal urbano na região da Pirelli. Os principais

pontos de conflito ocorrem ao longo da Avenida John Boyd Dunlop.

AP 28

As glebas vazias identificadas encontram-se próximas ao Conjunto Residencial Mauro Marcondes

e aos conjuntos da COHAB.

Também nesta AP, a ocupação apresenta predomínio de loteamentos de baixa renda, conjuntos

habitacionais da COHAB (muitos dos quais em edificações com quatro pavimentos), favelas e muitas

invasões. Dentre as APs da Macrozona 5, esta é a que concentra o maior número de população favelada.

É relativamente pequeno o número de estabelecimentos comerciais e de serviços e de

equipamentos em geral. Destaca-se a presença do Terminal Ouro Verde de transportes urbanos, cujo

entorno apresenta uma concentração de atividades de abrangência local e setorial. Essa concentração é

reforçada pela presença do Hospital Ouro Verde e pelo estabelecimento de comercialização de

Page 39: MACROZONEAMENTO- OBJETIVOS E FUNÇÕES

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produtos hortifrutigranjeiros, próximo ao terminal, configurando-se aí um centro secundário de comércio e

serviços.

Destacam-se ainda as Avenidas Ruy Rodrigues, Suaçuna, Coacyara, Jacaúna, Arimana, Martinho

Lutero, Vicente Paolieri e Itamarati como concentradoras de atividades terciárias, notadamente de

comércio de âmbito geral. Ressalte-se a ocorrência de usos de atendimento local, tais como açougue,

sorveteria, mercearia, imobiliárias, igrejas, oficinas de reforma, cabeleireiros, drogarias e bares nos

conjuntos habitacionais da COHAB, bem como uma mescla de usos, com atividades de nível local e

geral, nos corredores das avenidas que servem aos demais bairros. Predominam, pela atual lei de

zoneamento (Lei n°. 6.031/88), as zonas Z 1 e Z 3 e, nos eixos viários dessas avenidas, a Z 11.

Esta AP também apresenta um sistema viário descontínuo, e sua acessibilidade ocorre apenas

pela Avenida Ruy Rodrigues. Da mesma forma, o sistema de transportes coletivos é bastante precário,

situação agravada pelo fato de que a população depende em grande grau dessa mobilidade de transporte.

É necessária a instalação de terminal urbano na região dos DICs.

Destaca-se nesta AP a presença do Terminal Ouro Verde e do Hospital Ouro Verde. Verifica-se

ainda necessidade de ligações macroviárias e identificam-se conflitos viários na transposição da Rodovia

dos Bandeirantes - SP 348 com Avenida Suaçuna, desta com a Avenida Jacaúna e desta com Rua

Iracema. Também nesta AP está prevista a duplicação do corredor de exportação da Fepasa.

AP 29

É formada pelo Distrito Industrial de Campinas onde existem muitas indústrias de grande e

médio porte.

Esta AP é atravessada pelo Córrego Areia Branca, ao longo do qual ocorreram diversas

ocupações, grande parte em áreas de risco, referente à drenagem, erosão, inundação e poluição

industrial.

A área onde está localizado o Distrito Industrial exige melhorias no sistema macroviário, no sentido

de permitir que as viagens de transporte com destino aos locais de trabalho não tenham que utilizar o

sistema viário central.

VI - MACROZONA 6 - ÁREA DE VOCAÇÃO AGRÍCOLA – AGRI

Localizada ao sul do município, em trecho da divisa intermunicipal com Valinhos, constitui-se

basicamente de zona rural, formada por terras com bom potencial agrícola onde está localizada a

maior área de cultura perene do município, principalmente para a fruticultura, limitando-se

externamente com o Município de Valinhos e, por outro lado, com as Macrozonas 4 e 7, sendo

cortada pela Rodovia dos Bandeirantes - SP 348.

É uma área não propícia à urbanização, principalmente em função da presença de elementos

naturais, como o Rio Capivari - onde ocorre seu ponto de captação para abastecimento - e

remanescentes de matas, considerando-se também a produtividade agrícola, a ser mantida e

incentivada, devendo ser controlados os avanços, sobre esta, dos padrões urbanos verificados no entorno.

Esta macrozona possui uma única Área de Planejamento: AP 32 - Região Rural do Saltinho/

Divisa de Valinhos Região do Descampado. Está compreendida nesta AP a seguinte Unidade Territorial

Básica: UTB 65 A - Nova Mercedes (2ª parte) . Faz parte desta AP a Região Rural do Saltinho/Divisa

de Valinhos/Região do Descampado.

VI.1 - Perímetro da Macrozona 6

Partindo do ponto de encontro da rodovia SP 348 (Rodovia dos Bandeirantes) com a divisa da gleba

03 do quarteirão 30.033 do Cadastro Municipal, segue por esta divisa numa distância aproximada de

550,00m até encontrar um caminho particular; deflete à direita e segue por este caminho até encontrar

a divisa da gleba 29 do quarteirão 30.033 do Cadastro Municipal; deflete à direita e segue contornando

esta divisa até encontrar a divisa do loteamento Nova Bandeirante Residencial; deflete à direita e

segue contornando esta divisa até encontrar a divisa do loteamento Jardim San Diego; deflete à direita

e segue por esta divisa até encontrar a divisa do loteamento Jardim Nova Mercedes; deflete à direita e

segue por esta divisa até achar a divisa do loteamento Parque Eldorado; deflete à direita e segue

contornando esta divisa até encontrar a linha do Perímetro Urbano, Lei 8.161 de 16/12/1994; deflete à

esquerda e segue por esta linha do perímetro até um ponto que dista 1000,00m da rodovia SP 330

Page 40: MACROZONEAMENTO- OBJETIVOS E FUNÇÕES

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(Rodovia Anhanguera), próximo ao Córrego São Vicente; deflete à direita e segue em linha reta,

paralela 1000,00m da referida rodovia, até encontrar a divisa intermunicipal Campinas-Valinhos;

deflete à direita e segue por esta divisa até encontrar a divisa intermunicipal Campinas-Itupeva;

deflete à direita e segue por esta divisa até encontrar a rodovia SP 324 (Rodovia Miguel Melhado

Campos); deflete à direita e segue por esta rodovia até encontrar a linha do Perímetro Urbano, Lei

8.161 de 16/12/1994; deflete à direita e segue por esta linha do perímetro até encontrar a rodovia SP

73 ( Rodovia Lix da Cunha) segue por esta rodovia até encontrar com a rodovia SP 348( Rodovia

dos Bandeirantes); deflete à esquerda e segue por esta rodovia até o cruzamento com a rodovia SP

75 (Rodovia Santos Dumont); deflete à direita até encontrar a divisa com a gleba 03 do quarteirão

30.033 do Cadastro Municipal, ponto inicial desta descrição.

VI.2. a - Caracterização

A Macrozona 6 possui uma área de 28.818 Km2, que corresponde a 3,61% da área do município,

constituída por zona rural e uma pequena parte urbana de uso agrícola. A população dessa região,

segundo o Censo Demográfico de 2000, era de 2.969 habitantes, representando 0,31% da população do

município, sendo que todos os habitantes situam-se em zona rural.

Foto: Área Rural Produtiva

VI.2.b - Paisagem Natural e Zona Rural

A macrozona 6 compreende os mananciais hídricos do Rio Capivari-Mirim (pequena parte), à

montante da captação do Município de Indaiatuba, e do Rio Capivari, à montante da captação deste pelo

Município de Campinas (vide Mapa Hidrografia e Bacias Hidrográficas).

Destaca-se também nessa região a existência de áreas de produção agrícola e de remanescentes de

matas.(vide Mapa Vegetação Remanescente). A área rural desta macrozona é formada por fazendas,

sítios e chácaras responsáveis pela maior área de cultura perene do município (AP 32).

Foto: Produção Agrícola

Há utilização de água subterrânea, principalmente para irrigação de culturas agrícolas, além do

consumo humano. A densidade de poços é alta, no entanto, o sistema de drenagem dessa região é pouco

denso, fator responsável pela baixa disponibilidade hídrica.

Constitui-se essencialmente de terrenos colinosos ondulados e inclinados, que embora sejam

apropriados à urbanização, apresentam problemas específicos relativos à declividade e à erosão, os quais

exigem manejo adequado (vide Mapa Tipos de Terrenos).

Page 41: MACROZONEAMENTO- OBJETIVOS E FUNÇÕES

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Tem grandes extensões de pasto, bem como áreas rurais com produção agrícola (figo, uva,

goiaba, entre outras), especialmente na divisa com Valinhos. Destaca-se na Região da Pedra Branca os

bairros Pedra Branca, Reforma Agrária e Descampado com potencial econômico e turístico.

Apresenta potencialidade restrita para exploração de areia e argila nas proximidades do Rio

Capivari e de rocha gnaisse para brita (pontualmente). Registra-se a presença de lavras de areia e argila,

associada ao leito ativo e várzea do Rio Capivari, além de lavra de gnaisse para brita. Os impactos

associados a esses empreendimentos referem-se à formação de cavas alagadas na várzea do rio (argila,

areia) e à alteração no modelo do relevo e praça de lavra abandonada (brita). Há ainda olarias e

cerâmicas ao longo do Rio Capivari.

A região situada na margem esquerda do Rio Capivari apresenta boas condições de

permeabilidade em função da grande quantidade de áreas vazias, condição essa que deve ser mantida.

A presença do aqüífero cristalino nesta macrozona indica potencialidade dos recursos hídricos

subterrâneos, cuja exploração deverá, no entanto, ser avaliada.

VI.2.c - Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo

Esta macrozona compreende pequena porção de área na zona urbana, onde se encontram

granjas e chácaras, além de porções de fazendas e grandes glebas sem ocupação.

A área rural (AP 32), localizada na divisa com Valinhos, é formada por sítios com produção de

frutos.

VI.2.d - Infra- Estrutura, Saneamento e Drenagem

Esta Macrozona não possui parcelamentos urbanos, trata-se de região com uso

predominantemente agrícola, formada por fazendas, sítios e Chácaras responsáveis pela maior área de

cultura perene do município, portanto não dispõe de sistema de abastecimento de água e de esgotamento

sanitário.

Nesta Macrozona localiza-se a captação do Rio Capivari, manancial responsável pelo

abastecimento de aproximadamente 6,5% do município.

VI.2.e - Sistema Viário e Transportes

Na divisa com Valinhos está prevista a complementação do anel rodoviário de contorno de

Campinas - José Roberto Magalhães Teixeira - SP 83, projeto de abrangência municipal e regional,

permitindo a retirada do tráfego intermunicipal de passagem da área urbana do município.

O sistema viário é descontínuo, não permitindo a ligação entre bairros. A região é acessada

basicamente pela Rodovia Lix da Cunha - SP 73. O atendimento do sistema de transporte é precário em

função da demanda.

VII - MACROZONA 7 - ÁREA DE INFLUÊNCIA AEROPORTUÁRIA - AIA

Está localizada ao sul e parte do sudoeste do município, limitando-se com os Municípios de

Indaiatuba, Monte-Mor e Itupeva. Caracteriza-se pela presença estruturadora do Aeroporto

Internacional de Viracopos, que representa grande barreira física e condiciona atividades do seu

entorno, não só em função das operações aeroportuárias, cujas restrições de uso são determinadas

por normas federais, como também por suas características, dimensão e pelo processo de ocupação

da região na qual se acumulam demandas sociais de toda ordem. É atravessada pelas Rodovias

Santos Dumont - SP 75, Engº Miguel Melhado Campos - SP 324 e Rodovia Lix da Cunha - SP 73, que

secionam áreas com características semelhantes, possuindo precária articulação viária com a

Macrozona 5 e o restante da cidade, a qual ocorre basicamente através da Rodovia Santos Dumont -

SP 75. Constitui-se em sua maior parte de zona rural, com áreas produtivas onde ocorrem diversas

atividades de natureza agrícola.

Em sua porção urbana apresenta loteamentos regularmente aprovados na década de 50, na sua

maioria, e ocupação de assentamentos habitacionais irregulares e sem condições de infra-estrutura básica,

reflexo, em grande parte, do processo expropriatório de ampliação do sítio aeroportuário, de longa data e

não consumado, implicando em sério conflito com as fragilidades ambientais e estruturais verificadas na

região.

Page 42: MACROZONEAMENTO- OBJETIVOS E FUNÇÕES

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Esta macrozona é subdividida em três Áreas de Planejamento: AP 33 - Região Rural de

Friburgo, AP 34 - Aeroporto de Viracopos e a AP 30 - Região do Campo Belo. Estão compreendidas na

AP 34 as seguintes Unidades Territoriais Básicas: UTB 53 - Aeroporto de Viracopos e UTB 54 -

Jardim Atlântico/Jardim Colômbia; na AP 30 -as Unidades Territoriais Básicas: UTB 66 - Jd. São

Domingos/Jd. Campo Belo, UTB 67 - Jd. Fernanda e UTB 66 A - Jd. Nova América. A Área de

Planejamento AP 33 (Região do Friburgo) é formada apenas por área rural.

Foto: Aeroporto Internacional de Viracopos

VII.1 - Perímetro da Macrozona 7

Partindo do trevo do cruzamento entre as rodovias SP 75 (Rodovia Santos Dumont) e a SP

348 (Rodovia dos Bandeirantes), segue pela rodovia SP 348 até encontrar com a Rodovia SP 73

(Rodovia Lix da Cunha); deflete à direita e segue por esta rodovia até a divisa do Perímetro Urbano,

Lei 8161 de 16/12/1994; deflete à direita e segue por esta linha do perímetro até encontrar a rodovia

SP 324 (Rodovia Miguel Melhado Campos); deflete à esquerda e segue por esta rodovia SP 324 até

a divisa intermunicipal Campinas-Itupeva; deflete à direita e segue por esta divisa até a divisa

intermunicipal Campinas-Indaiatuba; segue por esta divisa até a divisa intermunicipal Campinas-

Monte-Mor; deflete à direita e segue por esta divisa até encontrar o leito do Rio Capivari no

cruzamento com o caminho municipal CAM 050 e a linha do Perímetro Urbano, Lei 8161 de

16/12/1994; deflete à direita e segue por esta linha do perímetro até encontrar a divisa do loteamento

Jardim Esplanada; segue contornando esta divisa até a Rua 18 do mesmo loteamento; deflete à direita

e segue em linha reta por aproximadamente 850,00m até encontrar o caminho particular que margeia

o lado direito da pista do Aeroporto de Viracopos; segue por este caminho até a cabeceira da pista do

aeroporto e segue numa linha do seu prolongamento natural até encontrar a rodovia SP 75 (Rodovia

Santos Dumont); deflete à esquerda e segue por esta rodovia até encontrar o trevo com a rodovia SP

348 (Rodovia dos Bandeirantes), ponto inicial desta descrição.

VII.2 - Caracterização

VII.2.a - Dados Gerais

A Macrozona 7 possui uma área de 73,250 Km², que corresponde a 9,19 % da área do município,

constituindo-se na sua maior parte por zona rural. A população dessa região, segundo o Censo

Demográfico de 2000 era de 26.728 habitantes, 2,76% da população do município, sendo que 1.179

habitantes, 4,62%. A população favelada é de 9.770 pessoas, cerca de 1,01 % da população do

município.

Mais da metade da população urbana contabilizada pelo Censo estava localizada em áreas

previstas para expansão do Aeroporto Internacional de Viracopos, segundo o decreto estadual recém-

revogado. O novo decreto municipal abrange áreas em sua maior parte pertencente à zona rural.

A definição, por parte do governo federal, dos novos rumos a serem dados à expansão do

aeroporto deverá orientar novas abordagens do âmbito municipal visando à resolução da situação

urbanística estrutural e social verificada na região sob a influência dos impactos do processo em curso.

VII .2.b - Paisagem Natural

A macrozona 7 compreende o manancial hídrico do Rio Capivari-Mirim, à montante da captação do

Município de Indaiatuba. (vide Mapa Hidrografia e Bacias Hidrográficas)

Destaca-se também nessa região a existência de uma grande área com potencial de extração

mineral (jazidas de argila para cerâmica vermelha na AP 33) e de remanescentes de matas e de cerrado,

únicos exemplares desta vegetação no município. (vide Mapa Vegetação Remanescente)

Registram-se áreas de produção agrícola e a presença de áreas com reflorestamento de eucalipto,

cultura anual e áreas de pasto (AP 33).

Vem se destacando como potencial turístico da cidade como pólo aglutinador da cultura

germânica com a predominância de chácaras e sítios.

Há utilização de água subterrânea. A densidade de poços é alta. O sistema de drenagem dessa

região é pouco denso, fator responsável pela baixa disponibilidade hídrica.

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Foto: Vista da Área de Expansão do Aeroporto Internacional de Viracopos

VII .2.c - Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo da Área Urbana

O parcelamento para fins urbanos desta macrozona teve início nos anos 50, em função da

consolidação do aeroporto. Hoje, predominam na região bairros populares pouco consolidados e com

graves problemas de infra-estrutura, dentre eles destaca-se a existência de loteamentos não

implantados que hoje estão ocupados por assentamentos irregulares, a sudeste do aeroporto. Esse

processo reflete a crise habitacional e denota a presença de faixa da população, que não tem acesso

ao restrito mercado formal de produção da habitação, em busca por alternativas para moradia.

Com exceção do Jd. Fernanda, que se encontra praticamente todo ocupado, a área urbana

desta macrozona caracteriza-se pela existência de grande número de lotes e glebas vagas, algumas

decorrentes de loteamentos cancelados. (vide Mapa de Vazios urbanos e Densidade de Lotes Vagos no

perímetro urbano)

Vale destacar a presença de várias favelas localizadas principalmente em área pública reservada

para sistema de lazer dos loteamentos, a exemplo do Jd. Campo Belo I e II, região do Descampado e Jd.

Fernanda.

São praticamente inexistentes os estabelecimentos comerciais e de serviços, mesmo

aqueles destinados ao apoio imediato à habitação. Encontram-se ainda nesta macrozona as indústrias

Singer e Valeo, às margens da Rodovia Santos Dumont - SP 75.

O projeto de maior impacto previsto para esta região é a ampliação da área patrimonial, e

conseqüentemente das atividades, do Aeroporto Internacional de Viracopos, cuja previsão era de

passar dos atuais 5 Km2 para 17,77 Km2, segundo decreto estadual revogado. Esta ampliação, que está

sendo revista, deverá ocupar grande parte da área da macrozona. Na área anteriormente delimitada para

desapropriação, total ou parcial, encontravam-se 25 loteamentos, compreendendo aproximadamente

10.900 lotes, além de favelas e ocupações.

Verifica-se que ocorre a intensificação do crescimento populacional nas áreas atingidas por

declaração de utilidade pública. A situação tem se agravado à medida que cresce o número de pessoas

vivendo em precárias condições sanitárias, de equipamentos e serviços sociais, reivindicando melhorias

para a região.

Para o enfrentamento da problemática que envolve esta macrozona torna-se necessário

aprofundar a compreensão de suas características físicas, sociais e estruturais, do ponto de vista da

sustentabilidade do território para implantação dos grandes projetos previstos. Isso inclui o estudo

prospectivo das transformações a serem realizadas por investimentos e obras, concomitantemente ao

equacionamento dos passivos ambientais e sociais já instalados.

Dada a magnitude e complexidade das medidas necessárias torna-se importante a definição de

estratégias, projetos e obras, elencando-se as prioritárias, e a atribuição de responsabilidades a cada

segmento governamental ou privado envolvido ou beneficiado, dentro de um processo de gestão

compartilhada do território urbano.

VII .2.d - Infra- Estrutura, Saneamento e Drenagem

Atualmente a SANASA dispõem de sistema de abastecimento regular nos loteamentos Jd.

Fernanda, Sta. Maria II, Jd. São Domingos, Jd. Campo Belo e Vila Palmeiras. Nos demais bairros tais

como Jd. Itaguaçú, Puccamp, Dom Gilberto e outros dispõem de um sistema precário e irregular de

abastecimento. Para regularizar esta situação a SANASA está concluindo os projetos necessários para

implantação do sistema definitivo de abastecimento de água ainda no corrente ano.

O esgotamento desta Macrozona será através da futura ETE Nova América, aonde a SANASA

vem trabalhando na elaboração dos projetos necessários. De maneira geral essa região se apresenta

como uma área de difícil equacionamento da questão do esgotamento em função dos mananciais.

VII.2.e - Sistema Viário e Transportes

O sistema viário principal da macrozona é de caráter metropolitano, e o escoamento do tráfego se dá

pela Rodovia Santos Dumont - SP 75. O restante da região apresenta um sistema viário descontínuo.

Na zona rural identifica-se a Estrada do Friburgo como principal via vicinal.

O atendimento por transporte coletivo é precário em função da demanda rarefeita. Vale ressaltar a

proximidade do aeroporto de Viracopos com o corredor de exportação da Fepasa, que futuramente poderão

estar integrados.

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VIII- MACROZONA 8 - ÁREA DE URBANIZAÇÃO ESPECÍFICA – AURBE

Área que se localiza ao longo de importantes eixos rodoviários regionais, abrangendo desde

o loteamento Parque Xangrilá, junto à Rodovia Adhemar Pereira de Barros - SP 340, prolongando-

se ao longo da Rodovia D. Pedro I - SP 65 até as imediações da Rodovia Pref. José Roberto

Magalhães Teixeira - SP 083. Esses eixos rodoviários se apresentam como o elemento estruturador

predominante e como principal fator de segmentação urbana, verificando-se a presença de grandes

estabelecimentos de atração regional. Possui sistema viário interno descontínuo e ainda demanda a

utilização dos eixos rodoviários para o tráfego intra-urbano do município, ocasionando um conflito

com o fluxo da rodovia. Apresenta loteamentos habitacionais consolidados e em consolidação, de

padrão médio e alto, algumas áreas industriais e grandes áreas vazias, requerendo, para sua

urbanização, maiores cuidados ambientais, principalmente junto ao Ribeirão Anhumas, Córrego São

Quirino e Córrego Samambaia, bem como a compatibilização com os diferentes usos já existentes,

para tanto devendo ser consideradas as questões do ambiente natural, a carência de infra-estrutura,

o sistema viário e a capacidade de atendimento por equipamentos públicos.

Esta macrozona é subdividida em três Áreas de Planejamento: AP 7 - Região do Jardim

Myrian/Parque Xangrilá, AP 8 - Parque Imperador/ Fazenda Brandina e AP 9 - Região do Notre

Dame/Condomínios Gramado e Alto da Nova Campinas. Estão compreendidas na AP 7 a Unidade

Territorial Básica UTB 22 - Jardim Myrian/Parque Xangrilá , na AP 8 a Unidade Territorial Básica

UTB 22 B - Parque Imperador e na AP 9 a Unidade Territorial Básica UTB 38 - Notre Dame/ Alto da

Nova Campinas/Gramado.

VIII.1 - Perímetro da Macrozona 8

Partindo do cruzamento da linha do ramal férreo da Fepasa com a rodovia SP 83 (Rodovia

José Roberto Magalhães Teixeira), na altura do Jardim Tamoio, segue por esta rodovia até encontrar a

rodovia SP 65 (Rodovia Dom Pedro I) no trevo de Sousas; deflete suavemente à esquerda e segue por

esta rodovia até encontrar a rotatória da rodovia SP 340 (Rodovia Governador Dr. Adhemar Pereira de

Barros); deflete à direita e segue por esta rodovia até encontrar a estrada municipal CAM 333; deflete

à direita e segue por esta estrada até encontrar o córrego de divisa do loteamento Parque Xangrilá;

segue por este córrego até encontrar a divisa do loteamento Parque Luciamar; segue por esta divisa e

pelo seu prolongamento até encontrar a linha de alta-tensão; deflete à direita e segue por esta linha,

atravessando o loteamento Parque dos Pomares, até encontrar a divisa do referido loteamento; deflete

à direita e segue por esta linha de divisa contornando o loteamento Parque dos Pomares até encontrar

a divisa do loteamento Chácaras São Rafael; deflete à esquerda e segue por esta divisa contornando o

loteamento até encontrar a divisa com a Praça 2 -Sistema de Recreio do mesmo loteamento; deflete à

esquerda e segue por esta linha de divisa até encontrar a estrada municipal Estrada do São Vicente;

deflete à direita e segue por esta estrada até encontrar a linha de alta-tensão; deflete à esquerda e

segue por esta linha até encontrar a divisa interdistrital Campinas-Sousas; deflete à direita e segue por

esta divisa até encontrar a rodovia SP 65 (Rodovia Dom Pedro I); deflete à esquerda e segue por esta

rodovia até encontra a divisa intermunicipal Campinas-Valinhos; deflete à direita e segue por esta

divisa até encontrar o ramal férreo da Fepasa; deflete à direita e segue por este ramal férreo até

encontrar a rodovia SP 83 (Rodovia José Roberto Magalhães Teixeira), ponto inicial desta descrição.

VIII.2 – Caracterização

VIII.2.a - Dados Gerais

A Macrozona 8 possui uma área de 31,197 Km², que corresponde 3,91% da área do município. A

população dessa região, segundo o Censo Demográfico de 2000 era de 9.499 habitantes, correspondente a

0,98% da população do município.

Esta macrozona apresenta a maior área em glebas não parceladas dentro do perímetro urbano.

Segundo o cadastro do IPTU/2005, verifica-se a existência de 3.534 lotes vagos nesta macrozona,

principalmente no Parque Imperador, Pq. Xangrilá, Jd. Myriam Moreira da Costa e Parque dos Pomares.

(vide Mapa Vazios Urbanos, Lotes vagos e Densidade de Lotes Vagos no Perímetro Urbano)

Page 45: MACROZONEAMENTO- OBJETIVOS E FUNÇÕES

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VIII.2.b - Paisagem Natural

Esta macrozona apresenta grandes áreas vazias, em sua maior parte inserida no perímetro

urbano, em meio a outras já urbanizadas. Estes vazios apresentam ainda uso agrícola, com

atividade pecuária ou de culturas como a de cana-de-açúcar em terrenos colinosos.

Nela se encontra, ao norte, trecho do Ribeirão Anhumas e de alguns de seus afluentes,

como o Córrego São Quirino e mais o Córrego Samambaia, na parte sul, que requerem atenção

especial do ponto de vista ambiental, particularmente de drenagem.

O Córrego São Quirino, que corta o loteamento Parque Imperador, tem provocado inundações em

diversas residências em razão do subdimensionamento do bueiro existente sob a linha férrea que corta o

loteamento (AP 8) .

Apresenta bom potencial de água subterrânea em terrenos colinosos, localizados ao longo da

Rodovia D. Pedro I - SP 65 e a leste da Rodovia Governador Dr. Adhemar Pereira de Barros - SP

340. A região de influência de manancial (bacia do Córrego Samambaia) tem uso residencial,

apresentando ocupação avançada.

VIII.2.c - Zona Rural

Existe na macrozona uma pequena parcela de zona rural na AP 9, onde se verificam usos

agrícolas, principalmente de hortas e pastos, em área que requer cuidados ambientais.

Esta área rural é parte da microbacia do Córrego Samambaia, área de influência da

captação do Atibaia em Campinas, bem como de alguns remanescentes de mata nativa.

VIII.2.d - Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo da Zona Urbana

A AP 7 compreende os loteamentos de renda média baixa, como Jardim Myriam Moreira da

Costa, Parque dos Pomares, Chácaras São Rafael, Parque Luciamar e os de renda média e alta,

como Parque Xangrilá e Alphaville Campinas, respectivamente, distantes da malha urbana consolidada

e com ocupação mais recente. Ressalte-se a existência de complexo educacional nas proximidades do

Alphaville Campinas.

A maioria dos loteamentos existentes são de uso residencial, em zona 3 e apenas os lotes

lindeiros à Rodovia Adhemar de Barros - SP 340 são ocupados por comércio, serviços, barracões e

algumas indústrias em quadras de zona 14 (AP 7).

A AP 8 conta com a implantação do loteamento Parque Imperador e um loteamento de alto

padrão, o Alphaville D. Pedro.

Grande parte desta AP é formada por parte da Fazenda São Quirino e por extensa área

pertencente à FEAC - Federação das Entidades Assistenciais de Campinas. As diretrizes para novos

empreendimentos deverão passar por estudos específicos que garantam a sua incorporação à área

urbanizada de forma adequada e com garantia do provimento de infra-estrutura.

Foto: Loteamento Alphaville Campinas

A atual lei de uso e ocupação destina aos usos industriais, comerciais e de serviços de grande

porte a faixa ao longo dos eixos rodoviários da Rodovia D. Pedro I - SP 65 e Rodovia Adhemar Pereira

de Barros - SP 340. Destina como área de preservação, Z 18, a faixa ao longo do Ribeirão Anhumas.

Para o restante da área é previsto o uso residencial Z 3.

Destaca-se nesta região a existência de dois pólos comerciais importantes, junto ao eixo da Rodovia

D. Pedro I: a Decathlon e a Leroy Merlin .

A AP 9 é composta pelos loteamentos Ille de France, Sítios de Recreio Gramado, Sítios Alto da

Nova Campinas e Chácaras Oak Hills, e pela área rural vizinha ao Município de Valinhos. Localiza-se muito

próxima ao centro urbano, apresentando acessibilidade através da Rodovia Dr. Heitor Penteado e Avenida

Dr. Moraes Sales, que dão acesso à região central e aos Distritos de Sousas e de Joaquim Egídio.

A ocupação urbana é estritamente residencial e de alto padrão, abrigando também colégios e clubes

particulares. A ocupação desta área como um todo tem se caracterizado pelo padrão residencial de alta

renda, com condomínios horizontais fechados, atendendo à demanda de mercado por empreendimentos

habitacionais característicos de Z 4. Registra-se a existência de dois condomínios verticais e diversos

condomínios residenciais horizontais na região do Notre Dame, em áreas de Z 8.

As regras urbanísticas vigentes geram alguns conflitos com a ocupação real do solo na área,

especialmente em relação à infra-estrutura viária, de drenagem e de saneamento. A tendência de

ocupação no padrão de condomínios horizontais tem gerado espaços compartimentados e segregados com

pouca reserva de áreas publicas.

Destaca-se nesta região a existência de dois complexos educacionais: a Escola Comunitária de

Campinas e a Escola Notre Dame, que geram um grande fluxo de veículos no local.

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Foto: Entroncamento da Rodovia D. Pedro I- SP 65 com Rodovia Dr. Heitor Penteado

O abastecimento de água ao sul desta Macrozona se dá principalmente através dos Centros

de Reservação Barreiro e Paranapanema que pertencem ao sistema macrodistribuidor das ETA’s 3 e

4.

O esgotamento da região da Chácara Gramado será dará através das ETE Samambaia

existente. Já a parcela da região do Pq. Imperador será através da futura ETE Anhumas. Finalizando,

a região do loteamento Alphaville é atendida através da ETE Alphaville existente.

VIII.2.f - Sistema Viário e Transportes

Ressalta-se na AP 8 um conflito viário na transposição da Rodovia D. Pedro I- SP 65/acesso ao

Parque Imperador que exige intervenção a curto prazo, além de provimento de sistema viário adequado

quando da ocupação da área.

O sistema de transporte que atende as APs 7 e 8 é radial, com atendimento adequado à demanda

manifesta.

Na AP 9, a circulação ocorre basicamente através do transporte individual, sobre um sistema viário

descontínuo e de pouca articulação entre bairros. A demanda por transporte coletivo, pouco intensa, está

atendida satisfatoriamente.

O acesso para a região com grande concentração de condomínios ocorre apenas pela Rua Eliseu

Teixeira de Camargo, com características locais. Vale ressaltar que, de acordo com análises realizadas, no

caso de ocupação de todos os lotes haverá grande redução do nível de serviço da via, tornando a

circulação local bastante problemática, pois a quantidade de veículos em circulação estará,

aproximadamente, 72% acima da capacidade de suporte da via.

Um fator de impacto de caráter metropolitano: o trecho do anel rodoviário de Campinas que está

localizado nesta AP.

IX- MACROZONA 9 - ÁREA DE INTEGRAÇÃO NOROESTE – AIN

Essa região tem características específicas e desenvolve-se no entorno de grandes eixos viários

estruturadores que configuram o núcleo de confluência de três rodovias, a saber: Anhanguera, D. Pedro I e

Adalberto Panzan (via de conexão Anhanguera - Bandeirantes), com função polarizadora no Corredor

Noroeste de Integração da Região Metropolitana, por onde ocorre o processo de conurbação de

Campinas com Hortolândia e Sumaré. É a área que apresenta menor articulação com a malha urbana

do município, sendo contígua a grandes barreiras físicas como as Fazendas do Exército e Santa Elisa,

as quais funcionam como elementos segregadores.

Também não se articula espacialmente com a região do Campo Grande, pela existência do

Complexo Delta, no limite com a Macrozona 5, que a delimita ao sul. Apresenta mescla de usos

habitacionais de baixa renda com usos comerciais e industriais, alternando-se com áreas vazias

distribuídas ao longo do eixo de expansão horizontal. Comporta, ainda, área de confluência de leitos

férreos (parcialmente desativados).

Page 47: MACROZONEAMENTO- OBJETIVOS E FUNÇÕES

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Compreende as regiões do Distrito de Nova Aparecida / Parque Santa Bárbara/ Parque Via Norte,

e a região dos Amarais.

Esta macrozona é subdividida em duas Áreas de Planejamento: AP 5 - Região dos Amarais e

AP 26 - Região de Aparecidinha/Santa Bárbara/Parque Via Norte.

Estão compreendidas na AP5 as seguintes Unidades Territoriais Básicas: UTB 9 - S. Martin

e UTB 10 - São Marcos/Amarais; e na AP 26, as Unidades Territoriais Básicas UTB 11 - Nova

Aparecida/Pq. Anchieta e UTB 12 - Fazendinha/Santa Bárbara e UTB 13 - Pq. Via Norte.

IX.1 - Perímetro da Macrozona 9

Partindo da rotatória das rodovias SP 330 (Rodovia Anhanguera) e da rodovia SP 101

(Rodovia Jornalista Francisco Aguirra Proença), segue pela rodovia SP 101 até encontrar a divisa do

loteamento Parque Santa Bárbara; deflete à esquerda e segue contornando esta divisa até encontrar

a divisa do loteamento Parque da Fazendinha; segue contornando esta divisa até encontrar a divisa

da gleba 14 do quarteirão 30.019 do Cadastro Municipal; segue por esta divisa até encontrar a divisa

intermunicipal Campinas-Hortolândia; deflete à direita e segue por esta divisa até encontrar a divisa

intermunicipal Campinas-Sumaré; deflete à direita e segue por esta divisa até encontrar um caminho

particular que atravessa a gleba 07 do quarteirão 30.011 do Cadastro Municipal; deflete à direita e

segue por este caminho particular até encontrar a divisa da gleba 7A do quarteirão 30.011 do

Cadastro Municipal; prossegue por este caminho até o seu final dentro da gleba 7A; daí segue em

linha reta numa distância de 80,00m até encontrar o ponto de divisa com a gleba 03 do quarteirão

30.001 do Cadastro Municipal; deflete à esquerda e segue contornando esta gleba numa distância

de 396,90m em linhas quebradas até encontrar a estrada municipal Estrada do Pari; deflete à direita

e segue por esta estrada numa distância de 48,00m até encontrar a estrada municipal CAM 319;

deflete à direita e segue por esta estrada até encontrar a divisa da gleba 08 do quarteirão 30.012 do

Cadastro Municipal; deflete à esquerda e segue contornando esta gleba até encontrar a divisa

interdistrital Nova Aparecida-Barão Geraldo; deflete à direita e segue por esta divisa até encontrar a

divisa interdistrital Campinas-Barão Geraldo; segue por esta divisa até encontrar a divisa do

loteamento Vila Esperança; segue contornando a divisa deste loteamento até a encontrar a quadra

C; deflete à esquerda e segue acompanhando a linha do Perímetro Urbano, Lei 8161 de 16/12/1994

até encontrar a divisa da gleba 46 do quarteirão 30.012 do Cadastro Municipal; deflete à direita e

segue por esta divisa até encontra a rodovia SP 65 (Rodovia D. Pedro I); deflete à direita e segue

por esta rodovia até encontrar a divisa interdistrital Campinas-Barão Geraldo; deflete à esquerda e

segue por esta divisa numa distância aproximada de 800,00m até encontrar a divisa do loteamento

Jardim Santa Mônica; deflete à direita e segue por esta divisa até encontrar a divisa da gleba do

Cemitério Municipal Nossa Senhora da Conceição; deflete à esquerda e segue por esta divisa até

encontrar a divisa da gleba do Colégio Técnico Conselheiro Antônio Prado; segue contornando esta

divisa até encontrar a estrada municipal CAM 06 (Avenida Cônego Antônio Roccato - Auto Estrada

dos Amarais); deflete à esquerda e segue por esta estrada numa distância de aproximadamente

670,00m até encontrar a divisa da gleba 50 do quarteirão 30.012 do Cadastro Municipal; deflete à

direita e segue contornando a divisa desta gleba até encontrar a rodovia SP 65 (Rodovia D. Pedro I);

deflete à esquerda e segue por esta rodovia até encontrar a divisa interdistrital Campinas-Nova

Aparecida; deflete à esquerda e segue por esta divisa até encontrar a rodovia SP 330 (Rodovia

Anhanguera); deflete à esquerda e segue por esta rodovia até encontrar a rotatória com a rodovia SP

101 (Rodovia Jornalista Francisco Aguirre Proença), ponto inicial desta descrição.

IX.2 - Caracterização

I. 2.a - Dados Gerais

Esta macrozona não possui ligação urbana com a área mais central da cidade devido à sua posição

entremeada por grandes áreas, como as Fazendas Chapadão e Santa Elisa, que funcionam como

elementos segregadores, assim como também não se articula espacialmente com a região do Campo

Grande, pela existência do Complexo Delta, que a delimita ao sul.

A população total da macrozona era de 75.747 habitantes, segundo o Censo de 2000,

representando 7,81% da população total do município. A população favelada da macrozona, que se

concentra principalmente na região do complexo São Marcos/ Sta. Mônica/ Campineiro era da ordem de

16.645 habitantes, representando 13,04 % da população favelada do município.

A macrozona apresenta vocação para a implantação de empreendimentos de abrangência

regional ao longo dos eixos rodoviários, onde já se verifica a presença do Pólo I da CIATEC, o TIC -

Terminal Intermodal de Cargas, compreendendo terminal de transportes de carga e descarga e

armazéns alfandegados; composta de áreas para atividades de transporte e armazenamento e de áreas

para atividades comerciais, bem como indústrias de grande porte, como a Bosch e a General Eletric.

Destacam-se também as instalações do Jockey Club, Iindeiras à Rodovia Anhangüera - SP 330.

Estão previstos para essa região projetos e empreendimentos de impacto com caráter

metropolitano, como o Corredor de Exportação, o Corredor Noroeste e outros, que requerem

condicionamentos urbanísticos especiais, em face da conurbação e das demandas específicas

decorrentes.

I.2.b - Paisagem Natural

Registra-se a presença do antigo Aterro Santa Bárbara - lixão desativado (AP 26), com

possíveis impactos ao meio ambiente, área onde hoje existe uma praça pública, exigindo um

monitoramento por parte do Poder Público.

Verifica-se também a existência de áreas com problemas erosivos que requerem tratamento,

em trechos da conurbação com os Municípios de Hortolândia e Sumaré.

Registra-se a ocorrência de trecho de mata natural em fundo de vale junto ao Córrego da Boa

Vista (AP 26), cujo entorno é de Z 14.

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IX.2.c - Zona Rural

Esta macrozona é formada apenas por poção urbana não havendo área rural, mas existem

grandes áreas urbanas com uso agrícola (hortaliças).

IX.2.d - Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo Urbano na Área Urbana

As glebas vagas situadas nas imediações da indústria General Eletric apresentam

condições para sua urbanização em curto prazo, em função da possibilidade de instalação de infra-

estrutura.

A região do Distrito de Nova Aparecida encaminha-se para a configuração de um sub-centro,

podendo vir a desempenhar outras funções urbanas, além daquelas ligadas ao consumo, atenuando

efeitos indesejáveis sobre o sistema de transporte, decorrentes do acelerado processo de conurbação

com Hortolândia e Sumaré. Esta região dispõe de infra-estrutura de transporte de carga que a

caracteriza como especializada no setor.

IX.2.e - Infra- Estrutura, Saneamento e Drenagem

A região formada pelos bairros Jds. Campineiro, São Marcos e Sta. Mônica é abastecida pela

subadutora Amarais que deriva da adutora Norte do sistema macrodistribuidor das ETA’s 3 e 4. Já a

região do distrito de Nova Aparecida é abastecida através do Centro de Reservação Padre Anchieta

vinculada também ao sistema macrodistribuidor das ETA’s 3 e 4.

Uma parcela do esgotamento e tratamento dos esgotos sanitários desta Macrozona será através

das futuras ETE’s Boa Vista e San Martim. Outra parcela já é tratada pela ETE Vó Pureza (Santa

Mônica) em operação.

Os loteamentos da região do São Marcos/ Amarais (AP 5) têm infra-estrutura básica e

pavimentação, enquanto o San Martin não está totalmente pavimentado e apenas uma parte tem rede de

esgoto. Cerca de 20% da área loteada da AP 26 está sem pavimentação, mas, de maneira geral, a área

apresenta infra-estrutura básica e rede de esgoto.

Ressalta-se a ocorrência de inundações nas favelas localizadas nos Jardins Campineiro, São

Marcos e Sta. Mônica, devidas à ocupação das planícies de inundações por habitações irregulares.

IX.2.f - Sistema Viário e Transportes

Sob o aspecto macroviário, sua estrutura é caracterizada por grandes eixos rodoviários:

Rodovias D. Pedro I - SP 65, Anhangüera - SP 330, Adalberto Panzan - SP 101/330 (conexão Anhanguera/

Bandeirantes) e, ainda, Rodovia Francisco Aguirre Proença - SP 101 e a Avenida Comendador Aladino Selmi

(Estrada dos Amarais), possuindo características essencialmente radiais, tanto o viário urbano quanto o

rodoviário.

Essa configuração induziu a formação de grandes adensamentos com características distintas,

interligados entre si e com a área central da cidade através dos eixos rodoviários.

A AP 5, região do São Marcos/Amarais, apresenta conflitos de acessibilidade no sistema viário

local, que acarretam problemas de articulação com o sistema estruturador, o qual apresenta baixa

capacidade de tráfego e geometria inadequada. Cortada pela Rodovia D. Pedro I - SP 65, a área tem problemas

de descontinuidade urbana e de transposições. O entroncamento da estrada dos Amarais, principal

acesso ao bairro, com a Rodovia D. Pedro I - SP 65 é conflituoso, sub-dimensionado e perigoso para o

tráfego de pedestres e de veículos.

Sob o aspecto viário e de transporte, destaca-se a existência de projetos de caráter metropolitano e

urbano, como o Corredor Noroeste de Integração, a duplicação das marginais à Rodovia Anhanguera e a

duplicação do Corredor de Exportação da Fepasa.

Foto: Entroncamento Rodovia Anhangüera – SP 330 com Rodovia D. Pedro I – SP 65

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IX . 3 - Caracterização por Áreas de Planejamento

AP 26

Compreende áreas já consolidadas, como os bairros Pq. Santa Bárbara, Pq. Fazendinha,

Parque Via Norte, Vila Boa Vista e o Distrito de Nova Aparecida, no qual situam-se os núcleos de

Aparecidinha e o conjunto habitacional Vila Padre Anchieta, da COHAB.

O núcleo de Aparecidinha apresenta um pequeno centro secundário que atrai usuários do

município vizinho de Hortolândia, em processo de conurbação com Campinas. O conjunto habitacional

Vila Padre Anchieta tem alta porcentagem de imóveis verticais, com padrão de quatro pavimentos e

uso residencial.

Existem várias favelas, invasões e uma quantidade significativa de glebas vazias, aí incluídas as

invasões e os desmembramentos em chácaras de recreio nos padrões do INCRA. Quanto aos lotes,

grande número estão vagos, a maior parte na UTB 12 - Santa Bárbara/ Fazendinha. Essa região

apresenta algumas indústrias, barracões comerciais e depósitos.

No que tange à legislação atual de uso e ocupação do solo (Lei n° 6.031/88), predominam as

áreas de zoneamento industrial, Z 14 e Z 15, que ocupam grande parte da AP, enquanto menor parte

são zonas residenciais, Z 1, Z 2 e Z 3, predominando esta última. Há uma pequena extensão de corredor

de Z 11 no interior da área residencial, situado ao longo da Avenida Francisco Aguirre Proença. Existe

ainda uma pequena área de Z 18, sendo que as áreas vazias têm zoneamento industrial.

O sistema viário da AP 26 não possui boas interligações com o sistema estruturador do

município, e os principais pontos de conflito são: trevo da Rodovia Anhangüera - SP 330/ D. Pedro I - SP

65, Rua Humberto Mazzoni/ rotatória da Avenida Cardeal Dom Agnelo Rossi.

Nas regiões de Santa Bárbara e Aparecidinha o transporte é realizado por linhas de ônibus com

características radiais. Em Aparecidinha, por força da conurbação com o Município de Hortolândia, existe

grande migração de demanda, havendo previsão de implantação de terminal de ônibus na região.

Está prevista a implantação do Corredor Metropolitano na AP 26, que a perpassa. O serviço de

transporte coletivo urbano atende satisfatoriamente aos bairros, com oferta adequada à demanda,

apresentando uma rede de oferta dos serviços que abrange adequadamente os dois bairros.

A UTB 13 é totalmente circundada por Rodovias Anhangüera - SP 330, Francisco Aguirre

Proença - SP 101 e Adalberto Panzan - SP 101/330, não apresentando integração com os bairros

vizinhos, dadas as dificuldades para a transposição destas. A implantação do Corredor Noroeste de

Integração da Região Metropolitana demandará obras de vulto para a adequação do acesso à região.

AP 5

A população desta AP está concentrada, em sua maior parte, nos loteamentos Jardim

Campineiro, Jardim São Marcos e Jardim Santa Mônica. Os dois primeiros estão localizados ao norte da

Rodovia D. Pedro - SP 65, onde se verifica concentração significativa de atividades de comércio e serviços,

principalmente no Jd. Campineiro, com atividades ligadas a materiais de construção.

Ao sul da Rodovia D. Pedro I - SP 65 estão o loteamento Jd. Santa Mônica, com uso residencial, e o

loteamento Chácara dos Amarais, com predominância de uso industrial e de depósitos de armazenamento.

Ao longo da Estrada dos Amarais, eixo viário estruturador desta AP, que recebe o nome de

Avenida Conselheiro Antonio Rocatto, ao sul da Rodovia D. Pedro I - SP 65, e de Comendador Aladino

Selmi, ao norte, estão localizadas atividades institucionais e de serviços, tais como postos de gasolina, o

Cemitério Nossa Srª da Conceição e a Escola Técnica Estadual Conselheiro Antonio Prado. Também

aí se localiza o Aeroporto dos Amarais que condiciona o zoneamento do entorno da área, estando em

processo de expansão. A Vila San Martin é área residencial bastante isolada dentro da Cidade de

Campinas. Entre esta e o Jardim Campineiro existe uso industrial.

A renda familiar dos habitantes da AP 5 é predominantemente média-baixa e baixa, sendo significativa

a presença de favelas, especialmente ao longo do Córrego do Quilombo. Observa-se ainda carência de

serviços e equipamentos públicos.

A maior parte da AP 5 possui zoneamento Z 1, de características predominantemente residenciais

de padrão popular, permitindo mescla de usos de comércio, serviços e usos institucionais locais ou

gerais. Possui zonas industriais, Z 14 e Z 16 (TIC) e de comércio/ serviços de âmbito mais geral, Z11,

principalmente ao longo da Avenida Comendador Aladino Selmi e Avenida Conselheiro Antonio Rocatto.

Ressalta-se a presença do Pólo I - CIATEC, parcialmente ocupado, e do Terminal Intermodal de

Cargas - TIC, lindeiro à linha férrea da Fepasa, compreendendo vários empreendimentos de alto impacto.

A AP 5, região do São Marcos/Amarais, apresenta conflitos de acessibilidade no sistema viário local,

que acarretam problemas de articulação com o sistema estruturador, o qual apresenta baixa capacidade de

tráfego e geometria inadequada. Cortada pela Rodovia D. Pedro I - SP 65, a área tem problemas de

descontinuidade urbana e de transposições. O entroncamento da Estrada dos Amarais, principal acesso ao

bairro, com a Rodovia D. Pedro I - SP 65 é conflituoso, sub-dimensionado e perigoso para o tráfego de

pedestres e de veículos.

Page 50: MACROZONEAMENTO- OBJETIVOS E FUNÇÕES

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DIRETRIZES GERAIS PARA O MUNICÍPIO

As diretrizes gerais devem ser comuns às diferentes macrozonas, devendo ser consideradas

na elaboração dos Planos Locais de Gestão Urbana, nas alterações da legislação urbana e nas

políticas setoriais

As diretrizes gerais aqui mencionadas se referem às diretrizes estratégicas de controle

urbanístico e às diretrizes estratégicas de orientação para as políticas públicas e gestão urbana, bem

como para os planos de investimentos do município, a saber:

• Controle da expansão e da ocupação urbana, buscando equilibrar a distribuição das

atividades e otimização da infra-estrutura instalada;

• Incentivo à ocupação dos vazios urbanos já infra-estruturados;

• Revisão da legislação de uso e ocupação do solo;

• Revisão da legislação que dispõe sobre a implantação de loteamentos fechados;

• Definição de critérios urbanísticos para recuperação das áreas degradadas pela exploração

mineral;

• Definição de taxas mínimas de permeabilidade do solo, quando do parcelamento e

ocupação;

• Definição de critérios de parcelamento que tratem as diferentes regiões segundo suas

especificidades e condições geológicas e geotécnicas, com exigência de laudo técnico para

aquelas cujas características desaconselhem o parcelamento e a ocupação;

• Implantação de programa de revitalização de áreas degradadas;

• Estabelecimento de critérios que possibilitem a ocorrência da mescla de usos não-incômodos e o

controle do adensamento, buscando compatibilizá-los com as condições da infra-estrutura e com

as características sócio-culturais e ambientais;

• Preservação das características históricas, sócio-culturais e do ambiente construído de

bairros de interesse histórico relevante;

• Desenvolvimento de programa de revitalização da área central;

• Exigência de plano global de ocupação, quando da alteração de uso e parcelamento das

grandes glebas existentes;

• Manutenção das características rurais com uso agrícola, com orientação para manejo

adequado;

• Adequação da distribuição física do zoneamento pela cidade, levando-se em conta as

políticas integradas de uso do solo, do sistema viário e de transportes, do meio ambiente e

do lazer;

• Destinação, de acordo com sua vocação urbanística, de grandes áreas e de vazios urbanos

para usos habitacionais, comerciais e de serviços, industriais, institucionais ou mistos,

interligando estas questões com investimentos estruturais e aplicação de instrumentos

urbanísticos do Estatuto da Cidade;

• Abertura de novas possibilidades de adensamento e de localização de atividades geradoras de

emprego em locais potencializados pelos investimentos públicos, notadamente em sistema viário

e de transportes, bem como em locais definidos por operações urbanas, de acordo com

legislação específica;

• Articulação entre as intervenções no sistema viário e de transporte com a regulação do uso do solo,

adequando suas funções de uso à hierarquia das vias, de modo a garantir uma situação de

equilíbrio no desenvolvimento e estruturação do espaço urbano;

• Adequação do adensamento à infra-estrutura instalada e/ou programada e à capacidade ambiental

de sustentação da ocupação;

• Fomento ao surgimento de novas áreas vocacionadas a sub-centros e a consolidação dos

existentes, podendo utilizar-se de investimentos estruturais e/ou aplicações de instrumentos

urbanísticos do Estatuto da Cidade;

• Estruturação do sistema viário e de transportes, considerando também as intervenções previstas ou

recém implementadas (novo terminal rodoviário intermunicipal, complementação do anel viário,

corredor noroeste, etc), de maneira a diminuir os fluxos de passagem pelo centro da cidade;

• Implantação, a curto prazo, da complementação do anel rodoviário;

• Exigir, quando da implantação de usos urbanos ao longo das rodovias estaduais de pista dupla,

que o acesso se dê através de via marginal implantada fora da faixa de domínio da rodovia;

• Preservação das faixas "non aedificandi” marginais ao leito férreo ativo, linhas de alta-tensão,

dutos e oleodutos para sistema viário e/ou áreas complementares à urbanização;

• Preservação dos leitos férreos desativados e respectivas faixas "non aedificandi" para transporte

de passageiros;

• Adequação da oferta de transportes às demandas atual e projetada, procurando compatibilizar

a acessibilidade local às propostas de uso e ocupação do solo, consubstanciadas no

macrozoneamento;

• Definição e controle de áreas impróprias à ocupação e, quando já ocupadas, promoção da

desocupação gradativa, propiciando alternativas de localização para a população;

• Manutenção e preservação de áreas verdes, áreas de proteção dos mananciais e áreas com

vocação rural e de pesquisa científica, tais como as fazendas Santa Elisa, Chapadão e as

bacias dos rios Samambaia, Atibaia e Jaguari, visando ao equilíbrio ambiental;

• Preservação das planícies de inundação de áreas que não foram objeto de parcelamento, para a

implantação de áreas verdes, parques lineares, bacias de detenção e quadras de esportes, não sendo

permitida a construção de edificações nas mesmas;

• Estabelecimento de critérios para o controle da impermeabilização do solo e das enchentes em

áreas já ocupadas, bem como para os novos parcelamentos;

Page 51: MACROZONEAMENTO- OBJETIVOS E FUNÇÕES

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• Preservação e recuperação de áreas de matas remanescentes e da vegetação ciliar;

• Implantação de zoneamento ambiental bem como implantação de áreas de especial interesse

ambiental, como parques municipais e metropolitanos, com o objetivo de proteger, ou estimular, a

recomposição de ecossistemas significativos em áreas urbanas e a formação de bolsões verdes

voltados a programas de interesse social;

• Adoção de políticas de intervenção e de investimento distintas para a bacia do Atibaia e a do

Capivari, pois configuram terrenos diferenciados e com problemas distintos, ao mesmo tempo

promovendo um desenvolvimento que leve em consideração as questões ambientais;

• Elaboração de plano rural incluindo zoneamento do uso e ocupação do solo rural, de modo a

evitar a intensificação da degradação das microbacias e iniciar processo de recuperação de matas

ciliares, por meio de campanhas educativas e com a participação dos proprietários;

• Implantação de rede de medição de parâmetros hidrometeorológicos e da qualidade da

água, para aprimorar os projetos de drenagem da prefeitura e monitorar o grau de

contaminação das águas nas bacias hidrográficas, tanto pela contaminação de resíduos

orgânicos, como por outros contaminantes, bem como para avaliar a eficiência das ETEs e de

outras obras a serem implantadas nas microbacias;

• Execução de obras de terraplanagem, preferencialmente no período de estiagem, de modo a

evitar problemas de erosão e assoreamento dos canais de drenagem.

DIRETRIZES PARA CADA MACROZONA

MACROZONA 1 - ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL – APA

Área de reconhecido valor ambiental para o município, necessita de gestões ambientalmente

sustentáveis das atividades instaladas e a instalar, adotando-se medidas para preservação do

patrimônio natural, urbanístico e cultural presente nesse território. Ficam mantidas as disposições

constantes na Lei 10.850/01 – Plano Local de Gestão da APA e em complementaridade àquela lei são

diretrizes para esta macrozona:

• Manutenção das atividades rurais com orientação para o manejo adequado;

• Estabelecimento de critérios para implantação de atividades turísticas, recreativas e culturais na zona

rural, respeitando o módulo mínimo do Incra e considerando os impactos ambientais decorrentes, no

sentido de evitá-los ou minimizá-los;

• Preservação das características do sítio atual da área urbana, proibindo a verticalização e o

adensamento e permitindo a mescla de usos, desde que o grau de incomodidade seja controlável e os

usos liberados não sejam conflitantes com o uso residencial já implantado, ou que venha a se implantar;

• Remoção das favelas assentadas nas áreas e planícies de inundação, especialmente as localizadas à

margem do córrego dos Pires;

• Levantamento dos imóveis a serem preservados em função de suas características arquitetônicas,

históricas e culturais, notadamente o núcleo Carlos Gomes;

• Estabelecimento de regras de parcelamento de modo a manter as características atuais de ocupação

(chácaras de recreio, hotéis fazenda) com baixa densidade na UTB 21;

• Condicionamento do parcelamento e da ocupação das glebas não parceladas ao provimento da infra-

estrutura (notadamente sistema viário, esgotamento sanitário e abastecimento d'água), com parâmetros

de baixa densidade nas UTBs 39, 40A e 41;

• Preservação das características do sítio atual com baixa densidade proibindo-se a verticalização e

permissão da mescla de usos não incômodos nas UTBs 40 e 42;

• Preservação do patrimônio histórico e arquitetônico nas UTBs 40 e 42.

• Limitar expansão da área urbana;

• Controle do parcelamento do solo na área rural, respeitando o módulo mínimo do INCRA, de 20.000 m²,

coibindo-se o sub-parcelamento em frações ideais;

• Coibição de implantação de empreendimentos de impacto, a exemplo de parques temáticos, tanto na área

urbana como rural.

• Definição de critérios de controle de abertura ou extensão de estradas que implique intensificação do

tráfego de veículos automotores, bem como de abertura de loteamentos e empreendimentos com

atividades noturnas, visando à manutenção das condições de funcionamento do Observatório do

Capricórnio;

• Manutenção das características físicas e operacionais das vias locais dos distritos para preservação da

qualidade de vida e do patrimônio sociocultural;

• Garantia da recarga do aqüífero subterrâneo através da desobstrução dos fundos de vale e da

preservação das planícies de inundação, estabelecendo critérios para exploração de águas subterrâneas

e percentuais mínimos de permeabilização do solo;

• Garantia de maior quantidade e de melhor qualidade dos recursos hídricos, protegendo as regiões

produtoras de água, e priorização do uso rural, avaliando a capacidade de uso agrícola das

terras e o manejo adequado para a agricultura, pastagens e reflorestamentos;

• Proibição de atividade de mineração na APA;

• Controle de impactos ambientais que possam acarretar prejuízos à qualidade dos recursos hídricos;

• Manutenção ou criação de condições que possibilitem a recuperação dos recursos naturais degradados;

• Manutenção da cobertura vegetal existente na gleba a ser parcelada na ocasião da abertura dos

de loteamentos, exceto nas áreas estabelecidas para implantação do arruamento;

• Estabelecimento, em caso da inexistência de sistema público de coleta, tratamento e disposição

final de esgotos, que o projeto de parcelamento contenha soluções quanto à infiltração de efluentes

nos terrenos, de acordo com as normas vigentes;

• Equacionamento do problema de inundações nas áreas centrais dos distritos e nos bairros que

também sofrem esse tipo de ocorrência, por meio da drenagem e desassoreamento do Rio Atibaia,

Ribeirão das Cabras e Córrego dos Pires e recomposição ciliar de suas margens;

Page 52: MACROZONEAMENTO- OBJETIVOS E FUNÇÕES

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• Implantação em curto prazo do Parque Linear Ribeirão das Cabras junto ao antigo ramal férreo,

na área urbana de Sousas e Joaquim Egídio;

• Estímulo à atividade agropecuária e à silvicultura, bem como incentivo ao associativismo rural,

como forma de garantir a conservação ambiental concomitante com a exploração econômica;

• Preservação dos remanescentes de matas nativas, das faixas de preservação permanente e

recuperação das matas ciliares;

• Estímulo à atividade turística que valorize os atributos naturais, arquitetônicos, históricos ou

culturais, com base no planejamento voltado à preservação e à estrutura necessária ao

desenvolvimento de tal atividade;

• Desenvolvimento de campanhas de divulgação e orientação voltadas para a preservação

ambiental;

• Preservação do patrimônio natural, urbanístico e cultural e definir critérios de gestão

ambientalmente sustentável para as atividades instaladas e a instalar;

MACROZONA 2 - ÁREA DE CONTROLE AMBIENTAL - ACAM

Área com restrição à urbanização, onde devem ser considerados cuidados ambientais e

mantidas as características rurais, com estabelecimento de critérios adequados de manejo das

atividades agropecuárias, de exploração mineral e de parcelamento do solo.

Diretrizes para a Macrozona:

• Compatibilização da ocupação urbana às características do entorno rural através de: definição de

critérios específicos de ocupação da zona urbana, compatíveis com as características de baixa

densidade, garantindo a solução de forma localizada dos problemas de infra-estrutura e

implantação ambientalmente adequada nas UTBs 1 e 3; estabelecimento de critérios de

parcelamento do solo na zona urbana, com base nas diretrizes de preservação ambiental nas

UTBs 1 e 3;

• Manutenção das características das áreas rurais com orientação para o manejo adequado;

• Estabelecimento de critérios para ocupação por atividades turísticas, recreativas e culturais em

zona rural, respeitando o módulo mínimo do Incra, de modo a não descaracterizar o ambiente

natural, considerando o impacto ambiental e as condições de infra-estrutura, notadamente as

estradas vicinais;

• Preservação da ocupação rural na região da microbacia do córrego da fazenda Monte d'Este e

recuperação da mata ciliar;

• Os sistemas viário e de transporte deverão atender apenas a situação manifesta, através,

preferencialmente, das estradas vicinais com reserva de capacidade para utilização por transporte

coletivo.

• Garantia da recarga do aqüífero subterrâneo através da desobstrução dos fundos de vale

e da preservação das planícies de inundação, estabelecendo critérios para a exploração

de águas subterrâneas e percentuais mínimos de permeabilização do solo;

• Condicionamento da autorização de atividade de mineração à consulta prévia aos órgãos gestores

ambiental municipal, cumpridas as exigências de EIA/Rima e Prad;

• Previsão, no Plano Local de Gestão ou em legislação própria, áreas de urbanização específica ao longo

dos eixos viários;

• Identificação e preservação das áreas de matas e paisagens significativas existentes na região.

MACROZONA 3 - ÁREA DE URBANIZAÇÃO CONTROLADA – AUC

Área com diferentes dinâmicas de urbanização, que necessitam ser controladas para evitar

processo de ocupação desordenado. Ficam mantidas as disposições constantes na Lei Municipal

9.199/96 e em complementaridade àquela lei são diretrizes para a Macrozona:

• Controle da urbanização visando garantir as condições de funcionalidade do centro de Barão Geraldo

enquanto área de múltiplas atividades, com densidades e tipologias compatíveis, evitando o

adensamento inadequado e o estrangulamento das redes de infra-estrutura, permitindo a mescla de

usos com restrição aos usos incômodos;

• Permissão da consolidação da tendência de localização de grandes estabelecimentos de

comércio e serviços ao longo da D. Pedro I, estabelecendo critérios para implantação adequada de

atividades, em termos ambientais e infra-estruturais (notadamente os sistemas viário e de

transporte);

• Garantia da possibilidade de ampliações da infra-estrutura destinada ao comércio atacadista

de produtos hortifrutigranjeiros contíguas a atual área do Ceasa;

• Garantia de padrão de baixa densidade para AP 4;

• Estudo de revisão dos usos permitidos, com restrição e controle dos usos incômodos, nas UTBs

2, 4 e 5, limitando a implantação dos mesmos com base no porte, nas características de

incomodidade e de geração de tráfego intenso e/ou pesado;

• Limitação da ocupação mais densa, até o divisor da microbacia Anhumas/Taquaral;

• Garantia de um padrão de ocupação de baixa densidade para as UTBs 2 e 3 A definindo critérios

específicos para o parcelamento em chácaras de lazer, recreio e moradia, que contemplem exigências

relativas às questões de preservação da qualidade ambiental e de solução para os problemas de

infra-estrutura;

• Reversão às possibilidades de usos e adensamento concentradas ao longo da av. Albino José

Barbosa de Oliveira;

• Preservação/manutenção das áreas rurais com uso agrícola, com orientação para manejo

adequado (AP 15);

• Implantação de intervenções na estrutura viária para adequação à demanda existente e

correção dos problemas de descontinuidade complementando a malha viária local;

• Recuperação das matas ciliares dos córregos que nascem na Mata Santa Genebra (AP 15 e

UTB 7) com a implantação de parques lineares, formando corredores de interligação das matas

remanescentes pertencentes ao mesmo ecossistema;

Page 53: MACROZONEAMENTO- OBJETIVOS E FUNÇÕES

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• Preservação da microbacia do Ribeirão Anhumas/Cíatec (APs 4 e 6);

• Preservação das matas significativas da região;

• Condiciomento da autorização de atividade de mineração à consulta prévia aos órgãos gestores

ambiental municipal, cumpridas as exigências de EIA/Rima e Prad.

• Preservação e recuperação das principais sub-bacias hidrográficas, como a do Ribeirão

Anhumas, Córrego Monte D’Este e do Ribeirão Quilombo.

• Implantação de Operação Urbana Consorciada Ciatec nas APs 4 e 6;

• Promover intervenções na estrutura viária para adequação à demanda existente e correção dos

problemas de descontinuidade, complementando a malha viária local e, especialmente,

reduzindo os impactos da circulação na Av. Albino José Barbosa de Oliveira.

MACROZONA 4 - ÁREA DE URBANIZAÇÃO PRIORITÁRIA – AUP

Área urbana por excelência, onde se faz necessária a otimização e racionalização da infra-

estrutura existente, do incentivo à mescla de atividades e à consolidação de subcentros e a implantação

de atividades geradoras de emprego.

Diretrizes para a Macrozona:

• Regulamentação da implantação de atividades terciárias, de grande porte, e de projetos

complexos de ocupação, de caráter regional e metropolitano, na região lindeira à rodovia D.

Pedro I- SP 65;

• Controle da ocupação urbana da macrozona, buscando equilibrar a distribuição das atividades

e otimizar a infra-estrutura instalada através de critérios específicos para ocupação dos

diferentes setores identificados (APs e/ou UTBs) com base na capacidade da infra-estrutura

instalada e projetada, de controle e de requalificação das áreas já comprometidas pelo

adensamento;

• Priorização dos investimentos públicos para as áreas ocupadas e com carência de infra-estrutura;

• Abertura de novas possibilidades de adensamento e de localização de atividades geradoras de

emprego em locais potencializados pelos investimentos públicos, notadamente em viário,

transporte e drenagem;

• Fomento e consolidação de subcentros notadamente nas UTBs 27, 47 e 59;

• Permissão de transformações de uso que deverão ser compatibilizadas com a capacidade e

com investimentos em infra-estrutura na UTB 30, contendo a descaracterização do bairro e a

implantação de usos incômodos;

• Investimento na recuperação e revitalização do centro, com vistas a resolver os problemas de

saturação de infra-estrutura e degradação do ambiente construído, estabelecendo regras para a

manutenção da mescla de usos com incentivo especial para os usos habitacionais, hotéis,

atividades culturais noturnas;

• Garantia de padrão de baixa densidade para as APs 11, 13 e 22 e UTB 17;

• Garantia de padrão de média densidade para a AP 12;

• Permissão de adensamento nas UTBs 20, 55, 56, 57, 58, 60 e 61, em especial no Vale do

Piçarrão;

• Manutenção das características residenciais, com controle de instalação de atividades para evitar a

saturação dos corredores na UTB 32;

• Estabelecimento de critérios de controle do parcelamento e do adensamento, de forma a garantir

que o processo de ocupação seja acompanhado do provimento da infra-estrutura e dos

equipamentos, bem como da preservação da qualidade do meio ambiente (AP 31);

• Restrição ao adensamento e a instalação de atividades poluidoras na Bacia do Córrego Samambaia

(AP 25);

• Implantação de sistema viário inter-bairros de forma a integrar a configuração radial do sistema

viário atual, promovendo a interligação entre os subcentros existentes e propostos, através de

obras de complementação viária, correções geométricas;

• Preservação dos maciços florestais, notadamente da mata Santa Terezinha;

• Elaboração de estudo específico para recuperação da planície fluvial do Rio Capivarí,

totalmente descaracterizada pela atividade de mineração, com vistas à transformação da área

em parque público, estando parte dela dentro da área da Operação Urbana Parque Linear do

Capivari;

• Exigência de Plano de Recuperação de Áreas Degradadas - Prad para áreas mineradas e

degradadas; estabelecimento de critérios que garantam uma ocupação adequada com relação aos

aspectos ambientais; correção dos problemas críticos de drenagem especialmente no ribeirão

Anhumas, desde suas nascentes até a passagem sob a rodovia D. Pedro I e no córrego

Piçarrão.

• Adoção de medidas preventivas de processos erosivos e taxas de permeabilidade que garantam

a qualidade ambiental no parcelamento de novas áreas, na microbacia do Córrego Sete Quedas

(AP 23 e 31);

• Recuperação das áreas com problemas de erosão na microbacia do Córrego Taubaté;

• Implantação dos Eixos Verdes (vias e avenidas) e do Polígono de Multiplicidade Ambiental;

• Priorização dos investimentos públicos para as áreas ocupadas e com carência de infra-estrutura;

• Previsão da implantação do Parque Temático do Café na AP 25;

• Previsão da Implantação do Parque Temático das Águas na AP 60;

• Previsão da implantação do Parque Temático Zoobotânico na AP 64;

• Previsão da aplicação do parcelamento e edificação compulsória na AP 14,18 e 23;

• Previsão de Implantação de Operação Urbana Consorciada nas APs 16, 19, 20 e 21 ou outros

instrumentos em parceria.

MACROZONA 5 - ÁREA PRIORITÁRIA DE REQUALIFICAÇÃO – APR

Área ambientalmente degradada e com carência de infra-estrutura, equipamentos urbanos e

atividades terciárias, necessitando de investimentos para sua recuperação.

Page 54: MACROZONEAMENTO- OBJETIVOS E FUNÇÕES

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Diretrizes para a macrozona:

• Estabelecimento de critérios de uso e ocupação do solo que fomentem a mescla de atividades

na região, especialmente aquelas geradoras de emprego, limitando apenas aquelas prejudiciais ao

meio ambiente e incompatíveis com a capacidade da infra-estrutura e com usos já instalados,

principalmente nas APs 27 e 28;

• Garantia da urbanização das áreas públicas já existentes, de forma a ocupá-las com o

uso originariamente previsto (lazer e institucional), e garantir nos novos empreendimentos

que as áreas reservadas para lazer e equipamentos sejam adequadas e utilizadas para os fins

previstos;

• Desenvolvimento de estudo para a várzea do Capivari, visando a recuperação e aproveitamento na

forma de parque linear, dando continuidade à recuperação de parte da várzea contida nas APs

27 e 28;

• Estabelecimento de critérios que permitam o adensamento, desde que garantida a implantação

adequada da infra-estrutura na AP 28;

• Intervenção na estrutura viária para promover ligações interbairros e corrigir os problemas

de descontinuidade, nas APs 27 e 28;

• Condicionamento da autorização de atividade de mineração à consulta prévia aos órgãos gestores

ambiental municipal, cumpridas as exigências de EIA/Rima e Prad.

• Controle e/ou recuperação das áreas de disposição final de resíduos sólidos presentes na

macrozona.

• Recuperação das áreas degradadas por processos erosivos na região dos DICs e Cohab;

• Estabelecimento de critérios e medidas geotécnicas para controle de terraplenagem e de

processos erosivos na UTB 50 (AP 28).

• Fomento de surgimento de subcentros, notadamente na região do Campo Grande, bem

como o fortalecimento dos centros de bairro, através da definição de incentivos à implantação de

atividades terciárias e secundárias que não gerem incômodos;

• Priorização da transferência da população localizada na área crítica de inundação do Rio

Capivari e do Córrego Piçarrão, seguida da recuperação da planície fluvial com aproveitamento

para parque linear e reurbanização das áreas remanescentes, na AP 27 e UTBs 46 e 51;

• Previsão, no Plano Local de Gestão, de integração desta macrozona com as macrozonas 7 e 9

, de forma a propiciar a requalificação e o desenvolvimento de toda a região oeste do Município.

MACROZONA 6 – ÁREA DE VOCAÇÃO AGRÍCOLA – AGRI

Região que compreende quase na totalidade de sua área, zonas rurais com uso agrícola e

mananciais.

Diretrizes para a Macrozona:

• Proibição à urbanização com manutenção das áreas rurais e do uso agrícola;

• Preservação e manutenção como rurais das áreas de produção agrícola, com orientação para

manejo adequado das mesmas e, em especial, o disciplinamento do tratamento das águas

superficiais em função do uso para irrigação;

• O sistema viário e de transportes deverão atender apenas a situação manifesta;

• Preservação dos mananciais e das matas, com definição de incentivos à recuperação do

ecossistema;

• Adoção de medidas preventivas de processos erosivos e taxas de permeabilidade que garantam a

qualidade ambiental no parcelamento de novas áreas, na microbacia do córrego Sete Quedas (AP

32);

• Definição de incentivos às áreas de produção agrícola, através de busca de recursos para o

aprimoramento da produção e seu escoamento;

• Oferecimento de assistência técnica ao produtor rural, por meio de convênios com entidades de

pesquisa e órgãos governamentais do setor agropecuário;

• Previsão, no Plano Local de Gestão ou em legislação própria, de áreas de urbanização específica

ao longo dos eixos viários.

MACROZONA - 7 - ÁREA DE INFLUÊNCIA AEROPORTUÀRIA – AIA

Área de entorno ao Aeroporto Internacional de Viracopos que sofre a influência das operações

aeroportuárias e onde devem ser controlados os usos urbanos e rurais.

Diretrizes para a Macrozona:

• Estabelecimento de critérios específicos para a ocupação da área urbana, com exigências rigorosas

relativas às soluções dos problemas infra-estruturais, especialmente na bacia do Capivari Mirim e na

área sob influência das curvas de ruído do aeroporto de Viracopos;

• Priorização das soluções localizadas para os problemas de saneamento já existentes de modo a

não incentivar o adensamento e a ocupação, nas UTBs 66 e 67;

• Avaliação nos estudos de uso e ocupação do solo do interesse e dos impactos da exploração dos

recursos minerais existentes, estabelecendo regras para exploração racional e recuperação das

áreas mineradas, com exigência de execução de PRAD - Projeto de Recuperação de Áreas

Degradadas, para as áreas exploradas.

• Implantação de sistema viário e de transportes de forma a atender apenas à situação manifesta e

aos projetos de caráter metropolitano e regional, previstos em função de ampliação do aeroporto;

• Implantação de sistema viário hierarquizado tipo misto (sistemas perimetral e radial), de forma a

integrar esta macrozona às demais regiões da cidade, através do provimento de acessos e de

circulação viária adequados;

• Preservação dos mananciais, matas e cerrados, com definição de incentivos à recuperação do

ecossistema;

• Incentivo à manutenção da produção agrícola com manejo adequado nas áreas rurais;

• Previsão da Operação Urbana Consorciada Aeroporto na AP 30;

Page 55: MACROZONEAMENTO- OBJETIVOS E FUNÇÕES

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• Desenvolvimento de Plano Local de Gestão, considerando as restrições aeroportuárias, as

demandas sociais existentes e a importância do Aeroporto Internacional de Viracopos como

indutor do desenvolvimento local e regional.

MACROZONA 8 - ÁREA DE URBANIZAÇÃO ESPECÍFICA – AURBE

Área que se estende ao longo de eixos rodoviários, com ocupações distintas e vazios que

requerem cuidados ambientais.

Diretrizes para a macrozona:

• Preservação e recuperação da sub-bacia do Ribeirão Anhumas e do Córrego São Quirino;

• Garantia de um padrão de ocupação de baixa densidade para a UTB 22, que contemplem

exigências relativas às questões de preservação da qualidade ambiental e de solução para os

problemas de infra-estrutura;

• Manutenção das características das áreas rurais existentes com orientação para manejo

adequado das atividades, objetivando notadamente a proteção de mananciais e controle da

contaminação por esgoto e agrotóxicos da bacia do Samambaia, na AP 9;

• Estabelecimento de critérios de ocupação com baixo adensamento e adequação do sistema viário

para o restante da AP 9;

• Implantação de sistema viário arterial de ligação, com base nas diretrizes do Mapa Diretrizes

Viárias.

MACROZONA 9 - ÁREA DE INTEGRAÇÃO NOROESTE – AIN

Área que apresenta características próprias e demandas em função da conurbação com

municípios vizinhos.

Diretrizes para a macrozona:

• Estabelecimento da multiplicidade de usos nas UTBs 9 e 10, com controle do porte, das

características de incomodidade e de geração de tráfego;

• Garantia de um padrão de média densidade para o Recanto Fortuna e área adjacente (Sítio

Mirassol), inclusive para habitação de interesse social, compatibilizada com a capacidade das

infra-estruturas nas UTBs 9 e 10;

• Manutenção das regras atuais de adensamento e de mescla de usos na UTB 13, com controle de

porte, das características de incomodidade e de geração de tráfego intenso ou pesado;

• Intervenção na estrutura viária para promover ligações interbairros e correção dos problemas de

descontinuidade na AP 26;

• Recuperação da mata ciliar do Ribeirão Quilombo e remoção de população em área de risco;

• Recuperação da planície fluvial do Córrego Piçarrão ( AP -26);

• Priorização de investimentos de infra-estrutura;

• Implementação do macro-eixo de transportes, promovendo a integração multimodal e

incentivando a instalação de terminais de carga e armazéns aduaneiros e alfandegários.

DIRETRIZES VIÁRIAS As macrodiretrizes viárias constituem-se na previsão de novas vias com características

operacionais que garantam a continuidade da malha viária existente quando da implantação de novos

empreendimentos (loteamentos e parcelamentos), bem como ligação entre as diversas regiões da

cidade, otimização da circulação, promovendo o aumento de capacidade viária para atendimento do

volume crescente de veículos, melhoria da segurança viária com a eliminação de pontos de conflitos e

alívio do tráfego urbano em rodovias que passam pelo perímetro urbano do município.

O estabelecimento das Macrodiretrizes Viárias é permanentemente desenvolvido pela

Secretaria de Planejamento em consonância com os interesses apresentados pela Secretaria de

Transportes, quanto à otimização da circulação e mobilidade necessárias a operacionalidade do

Sistema de Transporte.

Do mesmo modo o detalhamento e desenvolvimento das Macrodiretrizes Viárias como

elementos estruturadores leva em conta as tendências e o atual uso e ocupação do solo.

Não há estabelecimento de prazos para sua implantação, ficando os mesmos condicionados a

futuros empreendimentos que promovam a urbanização da cidade, constituindo-se em um mosaico

que se pretende na futura ocupação dos vazios urbanos do município.

O estabelecimento de macrodiretrizes viárias possibilita orientação para a Secretaria de

Urbanismo no controle do parcelamento do solo, cabendo a esta o detalhamento e estabelecimento

de viário local dos novos loteamentos, que atenda tanto aos interesses do município como do

empreendimento.

Desobriga o município de custos quando da implantação de novos empreendimentos que

geram tráfego quando implantados (pólos geradores), evitando-se remanejamentos e desapropriações,

cabendo ao empreendedor a cessão da faixa destinada a implantação da via.

As macrodiretrizes viárias tem função arterial no sistema viário urbano, ou seja, ligação entre

bairros com avenidas de pelo menos duas faixas por sentido com canteiro central. As larguras dessas

vias arteriais variam de 24,00 a 30,00 metros. Em outros casos funcionam como coletoras para

absorção e distribuição dos fluxos internos aos bairros, podendo neste caso apresentar pista com duas

faixas em sentido duplo e largura de 15,00 metros.

Na revisão do Plano Diretor, o estabelecimento de novas macrodiretrizes viárias, levou em

conta os atuais pontos de conflitos de trânsito e a carências do sistema viário, como as transposições

ao longo das rodovias que cortam o município, prejudicando a acessibilidade entre as diversas regiões

da cidade. Contempla ainda as futuras ocupações dos vazios urbanos que deverão ocorrer

futuramente.

Como principais propostas de macro diretrizes viárias estão previstas:

• Anel Rodoviário Externo de Contorno de Campinas, de competência do Estado de São

Paulo, sendo necessário sua conclusão para eliminação do trânsito de passagem de veículos de carga

pela malha urbana do município, como também acesso direto da Região Metropolitana de Campinas

Page 56: MACROZONEAMENTO- OBJETIVOS E FUNÇÕES

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ao Aeroporto Internacional de Viracopos. Atenção especial deve ser dada quanto às transposições

necessárias no trecho a ser concluído, tendo em vista que 80% da produção agrícola provem das

regiões do seu entorno.

A diretriz proposta para a conclusão do Anel Rodoviário de Contorno de Campinas, tem

início no Trevo da Rodovia Anhanguera e Rodovia Magalhães Teixeira que atualmente está

interrompido, seguindo pela diretriz da Estrada Velha de Campinas-Indaiatuba até o viaduto da

Rodovia Bandeirantes sobre o Rio Capivari. Este trecho atravessa importantes regiões de produção

agrícola denominadas de Pedra Branca e Reforma Agrária, que não devem sofrer solução de

continuidade em suas atividades com o estabelecimento de 3 transposições em desníveis por

estradas vicinais existentes de ligação entre as referidas áreas.

No viaduto da Rodovia Bandeirantes, propõe-se dois retornos em desnível (inferior), bem

como os acessos necessários à Rodovia Bandeirantes.

O trecho seguinte desde o viaduto da Rodovia Bandeirantes, segue ainda pela Estrada

Velha de Campinas-Indaiatuba, até proximidades do Jardim São Domingos, onde passa a ocupar

uma faixa paralela ao antigo leito férreo e deste até o cruzamento com a Rodovia Vinhedo Viracopos

(SP324), nas proximidades da Rodovia Santos Dumont no trevo de acesso ao Aeroporto

Internacional de Viracopos, sendo este também contemplado, principalmente em relação ao acesso

de passageiros e cargas.

ANEL RODOVIÁRIO EXTERNO (PROPOSTA DE COMPLEMENTAÇÃO)

• Anel Intermediário, constituído na sua maior parte por sistema viário existente constituído de

vias arteriais, porém com trecho inconcluso, que viabilizará o tráfego de bairros externos e

periféricos à área central e também eliminará o trânsito de passagem pelo centro. Para a sua

viabilização são necessárias obras complementares de conclusão das marginais do Córrego

Piçarrão, além de implantação de sinalização de orientação em consonância com a

Setransp/Emdec.

• Contra Rótula que circunda os bairros mais próximos da área central, possibilitando o tráfego

no contra fluxo da rótula, permitindo novas opções de circulação sem passar pelo centro.

Serão necessários ajustes de geometria em trechos abrangidos pelas vias que a compõe, bem

como sinalização de orientação.

• Rótula é um conjunto de vias já existentes que compõe o sistema de contorno à área central,

deverá sofrer readequações geométricas, visando o transporte coletivo em função do Sistema

InterCamp.

A figura abaixo apresenta o sistema de anéis composto pelas vias do anel inconcluso, contra

rótula e rótula.

1

2

3

4

1 - Trevo do Anel Viário na Rodovia Anhanguera. 2 - Viaduto na Rodovia Bandeirantes sobre o Rio Capivari. 3 - Antigo Leito Ferro X Rodovia Vinhedo – Viracopos. 4 - Trevo de Acesso ao Aeroporto de Viracopos na Rodovia Santos Dumont.

-Transposições necessárias.

Rótula

Contra Rótula

Trecho Inconcluso

Anel Intermediário

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As diretrizes viárias relativas as marginais das rodovias que atravessam o município de

Campinas tem como gestores da negociação para implantação, a Seplama e Setransp,

principalmente no sentido de garantir as transposições necessárias, com objetivo de garantir a

interligação das regiões atravessadas pelas referidas rodovias, bem como a eliminação do trânsito

urbano pelas mesmas.

São abaixo descritas:

• Marginais da Rodovia Anhanguera, compreendem os trechos entre os km 92 ao km 98, do km

98 ao km 103 e o trevo no km 103 de competência da concessionária AutoBan, que

contemplam novas transposições em especial nas avenidas John Boyd Dunlop e Amoreiras;

No km 93, estão previstas readequações geométricas, implantação de baias de parada de

ônibus em ambos sentidos junto às passarelas de acesso ao Cond. Campinas Shopping Center

que serão ampliadas para maior segurança dos pedestres.

Entre o km 93 e km 94 estão previstas as transposições e alças de acesso da Avenida

Amoreiras.

No km 94, implantação da alça de acesso da Rua Ituverava junto a Rua Francisco Alves de

Almeida.

No km 95 está prevista a implantação da alça de acesso as Ruas Itapecerica da Serra e

Itapetininga, parada de ônibus em ambos os sentidos, alças de acesso e desacesso da Rua

Oswaldo Canechio, alem da transposição da Avenida John Boyd Dunlop.

Entre o km 96 e 97 está prevista transposição e alça de acesso para a Avenida Brigadeiro

Raphael Tobias de Aguiar e acesso da marginal através de alça para a Avenida Pedro Gaspar

Bertoni.

Entre o km 97 e km 98 estão previstas as alças de acesso e desacesso da Rua Antonio Nunes

dos Santos e Rua James Goy Hughes.

No Km 103 reformulação da interseção do km 103,6, com implantação de trevo completo.

• Marginais da Rodovia Bandeirantes – trecho desde o trevo de acesso a Rodovia Santos

Dumont até o pontilhão sob a Av. John Boyd Dunlop onde encontrará a diretriz constituída pelo

anel viário de contorno do complexo Delta;

• Marginais da Rodovia D. Pedro I, desde o trevo de acesso à Rodovia Heitor Penteado, até o

Bairro Jardim Santa Monica na altura da Rua Gustavo Stuart;

• Marginais da Rodovia Campinas-Paulínia, desde o trevo da Rodovia D. Pedro I, até o limite

de município de Paulínia;

• Marginais da Rodovia Ademar Pereira de Barrros, desde o trevo de acesso à Rodovia D.

Pedro I, até a altura do Bairro Chácaras Bocaiuva Nova, onde deverá ser construída uma

transposição em desnível, sendo que as marginais se constituam em um laço que impossibilite

fuga do pedágio, no entanto garanta acesso aos moradores dos Bairros lindeiros, em especial

Chácaras Bocaíuva Nova, Bananal e Jardim Monte Belo;

A implantação das diretrizes viárias que serão detalhadas nos planos locais de gestão urbana

são abaixo descritas e nominadas:

• Sistema arterial da Av. John Boyd Dunlop, constituído de um anel viário de contorno ao

complexo Delta. Em uma faixa externa de 500 metros, em atendimento a um EIA (Estudo de

Impacto Ambiental), será destinado a reflorestamento. Mais externamente em 500 metros será

estabelecida uma área de uso industrial (exceto para produção de alimentos e medicamentos).

A figura abaixo representa o anel de contorno do complexo Delta, bem como a diretriz viária de

ligação ao corredor metropolitano nas proximidades do Parque Valença.

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• Marginais ao Gasoduto Bolívia-Brasil, na região Sudoeste, que possibilitam a eliminação

da segmentação e segregação dos bairros lindeiros através de transposições em locais

apropriados.

• Sistema Viário da Região do Campo Grande, complementar ao sistema viário local e

constituído de vias arteriais e coletoras, para otimização do transporte coletivo.

• Vias Arteriais e Coletoras do Parque Linear do Rio Capivari, têm como premissa evitar a

ocupação e degradação ambiental do Parque Capivari. Essas vias, passando pelo parque, irão

atingir a Rodovia Santos Dumont. Permitirão ainda a ligação da Avenida Amoreiras com as

marginais previstas para as Rodovias Bandeirantes e Anhanguera.

• Diretriz viária para conclusão da Av. Camucim, para a ligação do Terminal Ouro Verde e

Terminal Valença, além de exercer a função de via arterial de ligação entre os bairros Parque

Universitário de Viracopos, Jardim Marajó, Parque Itajaí e Parque Valença.

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• Diretriz para implantação de via arterial paralela a Av. Camucim, formando com esta um

binário, para ligação dos Bairros DICs/Cohab e o Distrito Indutrial aos bairros Núcleo

Residencial V. Vitória e Conjunto Habitacional Vida Nova, interligando os terminais: Valença,

Vida Nova e Ouro Verde. Essa via arterial tem início na Av. Arymanna (Parque D. PedroII) e

término na Av. Pedro Degrecci Junior – CAM 351.

• Diretrizes para implantação de vias marginais ao Córrego Piuim, desde o Parque

Universitário de Viracopos até o Distrito Industrial.

• Diretrizes Viárias complementares do Distrito de Barão Geraldo, constituídas de vias

arteriais e coletoras, com readequações geométricas para melhoria da fluidez, acessibilidade e

segurança.

• Avenida das Universidades, de ligação a PUCCAMP-Campus I e UNICAMP, aliviando o

trânsito de passagem no Jardim Santa Cândida e bairros adjacentes.

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• Diretrizes Viárias complementares do Vale das Garças e Guará e bairros lindeiros - são

diretrizes sobre vias existentes;

• Sistema viário interno a Companhia de Desenvolvimento do Pólo de Alta Tecnologia

de Campinas – CIATEC, constituído de vias arteriais e coletoras;

• Diretriz de alargamento da Estrada da Rhodia, com readequações geométricas nos trechos

existentes de pista simples e nos de pistas duplas.

• Sistema viário complementar constituído de vias arteriais e coletoras nas áreas da

Federação das Entidades Assistenciais de Campinas (FEAC), Vila Brandina e entorno;

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• Sistema arterial de ligação da Av. José Bonifácio através da alça superior de travessia da

Rodovia Heitor Penteado, permitindo a ligação das Avenidas Mackenzie e José Bonifácio às

Avenidas Dr. Manoel Afonso Ferreira e Imperatriz Dona Tereza Cristina, como alternativa de

acesso às Ruas Uruguaiana e Boaventura do Amaral atingido o Centro.

• Sistema viário constituído de vias arteriais e coletoras entre as marginais da rodovia

D. Pedro I, no trecho entre o trevo de Sousas, o trevo da Rodovia Ademar Pereira de Barros

e o limite de perímetro urbano de Campinas, visando à eliminação do trânsito urbano na

referida rodovia;

• Complementação da Av. Getulio Vargas nos limites das Fazendas Santa Eliza e Exército;

• Sistema viário constituído de vias arteriais e coletoras de ligação entre os bairros, Nova

Europa, Parque Oziel e Jardim do Lago;

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• Sistema Cicloviário de Barão Geraldo, ligação para estudantes do Colégio Rio Branco à

Cidade Universitária Zeferino Vaz, constituído de ciclovias (pistas exclusivas segregadas) e

ciclofaixas.

• Avenida Comendador Aladino Selmi: Estabelece a reformulação do traçado da Av. Com.

Aladino Selmi (continuação da antiga Estrada dos Amarais) entre o trevo da Rod. D. Pedro I

(Jd. S. Marcos) e a Rua S. Franscisco Xavier (V. San Martin - Divisa com Sumaré), com a

construção de duas pistas expressas e duas marginais locais, a implantação de oito

dispositivos de retorno e acesso aos bairros lindeiros, doze baias de ônibus, construção de

novas pontes nas transposições dos três córregos existentes e novo viaduto na passagem

sob a Ferroban. A extensão aproximada dessa obra é de 4.800 m

• Avenida das Indústrias: Estabelece o Trecho I com a previsão de implantação em pista

dupla da Av. Prof. Mário Scolari (Cidade Satélite Íris I), a implantação da Av. Dep. Luis

Eduardo Magalhães com duas pistas expressas e duas pistas marginais locais ao longo dos

Bairros Cidade Satélite Íris I, Jd. S. Judas Tadeu, Jd. Maringá e Jd. Marialva, com a

desapropriação de glebas não pertencentes aos loteamentos. Prevê ainda a transposição do

Rio Capivari (Construção de duas pontes) ligando o Jd. Uruguai ao Sistema Viário formado

pelas Marginais ao Córrego Pium ao longo dos Bairros Recanto do Sol, Parque Universitário

e Jd. Ouro Verde, passando pela interseção com a Av. Ruy Rodriguez e terminando na Rua

Potengi (Jd. Ouro Verde), com a construção de mais três transposições sobre o Córrego

Pium (Pontes e Aduelas) para retornos e acessos aos bairros, além da remoção de várias

moradias irregulares em áreas de praças, faixas de preservação e no próprio arruamento

dos loteamentos. A extensão aproximada desta obra no Trecho I é de aproximadamente

4.700,00 m. Posteriormente esta avenida no futuro Trecho II deverá ser estendida até a Av.

Mercedes no Distrito Industrial.

DIRETRIZES AMBIENTAIS

• Estabelecimento do compromisso do município com o desenvolvimento sustentável;

• Garantia da proteção, conservação e recuperação do patrimônio ambiental, cultural e histórico;

• Gestão do meio ambiente de forma integrada, participativa e consoante com os princípios de

sustentabilidade;

• Estruturação e instrumentalização do poder público para gerir a questão ambiental;

• Fomento à utilização sustentável dos recursos naturais;

• Promoção do resgate ambiental de áreas urbanizadas em conjunto com a reestruturação

urbana;

• Exercício da transversalidade através da cooperação e parcerias;

• Controle da expansão urbana;

• Definição de áreas passíveis e restritas a ocupação;

• Redução dos riscos associados com as inundações, erosões, terrenos instáveis e terrenos

contaminados;

• Oferta de mais espaços de uso público que reúnam valores ambientais, paisagísticos e de

lazer;

• Despertar a conscientização sobre os valores ambientais;

• Monitoramento do ambiente e controle das formas de poluição;

• Recuperação das áreas degradadas;

• Geração de impactos ambientais positivos;

• Fomento ao desenvolvimento mercadológico de empreendimentos sustentáveis;

• Incentivo ao uso de práticas e tecnologias auto-sustentáveis;

• Inserção de Campinas no mercado de carbono do Protocolo de Kyoto, para oferecer

Mecanismo de Desenvolvimento Limpo - MDL em relação às ações de mais valia ambiental;

• Incentivo ao aumento da cobertura vegetal do município, possibilitando que os vazios urbanos

também sejam ocupados com áreas verdes;

• Estímulo à redução da geração de resíduos;

• Estímulo à captação de recursos para patrocínio de projetos e ações ambientais.