machado de assis . ioo anos de uma cartografia inacabada

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MACHADO DE ASSIS . IOO ANOS DE UMA CARTOGRAFIA INACABADA

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MACHADO DE ASSIS .

IOO ANOS DE UMA

CARTOGRAFIA INACABADA

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MACHADO DE ASSIS.

IOO ANOS DE UMA CARTOGRAFIA INACABADA

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REPÚBLICA FEDERATIVA D O BRASIL

Presidente da República

Luiz Inácio Lula da Silva

Ministro da Cultura

Juca Ferreira

FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL

Presidente

Muniz Sodré

Diretora executiva

Célia Portella

Diretora do Centro de

Processos Técnicos

Liana Gomes Amadeo

Diretora do Centro de Referência

e Difusão

Carmen Moreno

Coordenador Geral de Pesquisa

e Editoração

Oscar M. C. Gonçalves

Coordenação de Eventos e Projetos Especiais

Suely Dias

EXPOSIÇÃO

Curadoria

Marco Lucchesi

Produção

Imago Escritório de Arte

Maria Clara Rodrigues

Design da exposição

Leila Scaf Rodrigues

Programação visual

Afflalo +Associados Design

Bitiz Afflalo, Glória Afflalo e Luiz Arbex

Jornal virtual

Pat Kilgore

Assistente de produção

Pablo Matos

Organização

Marco Lucchesi e Raquel Martins Rêgo

Apoio Logístico

Raquel Fábio

Tarso Tavares

Pesquisa iconográfica

Priscila Serejo Martins

Assistentes de Pesquisa

Fernanda Cury

Marlon Magno Abreu de Carvalho

Michele Magalhães

Renan Pereira

Fotografia

Cláudio de Carvalho Xavier

Hélio Garcia

Jaime Acioli

EDITORIAL

Coordenação editorial

Raquel Martins Rêgo e Verônica Lessa

Projeto Gráfico e diagramação

Afflalo + Associados Design

Bitiz Afflalo, Gloria Aflallo e Luiz Arbex

Padronização e revisão

Benjamin Albagli Neto

Francisco Madureira

Page 5: machado de assis . ioo anos de uma cartografia inacabada

MACHADO DE ASSIS .

IOO ANOS DE UMA

CARTOGRAFIA INACABADA

Catálogo da exposição realizada na

Fundação Biblioteca Nacional

23 de setembro a 8 de novembro de 2008

Rio de Janeiro, 2008

M I N I S T É R I O I ) A C U L T U R A Fundação BIBLIOTECA NACIONAL

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B i b l i o t e c a N a c i o n a l (Brasi l ) .

M a c h a d o de Ass is :

i o o a n o s de u m a c a r t o g r a f i a i n a c a b a d a . - R i o de J a n e i r o : F u n d a ç ã o Bib l io teca N a c i o n a l , 2 0 0 8 . Ê 4 p . : i l . ( a l g u m a s co l . ) ; 2 5 c m .

C u r a d o r i a : M a r c o L u c c h e s i . C a t á l o g o da e x p o s i ç ã o r e a l i z a d a n a F u n d a ç ã o Bib l io teca N a c i o n a l , n o R i o de J a n e i r o , de 23 de s e t e m b r o a 0 8 de n o v e m b r o de 2 0 0 8 .

ISBN 9 7 8 - 8 5 - 3 3 3 - 0 5 0 0 - 7

1. Ass is , M a c h a d o d e , 1 8 3 9 - 1 9 0 8 - E x p o s i ç õ e s . 2. Bib l io teca N a c i o n a l (Brasi l ) - E x p o s i ç õ e s . I. Lucches i , M a r c o . II. T í t u l o .

C D D 0 1 6 . B 8 6 9 3

Page 7: machado de assis . ioo anos de uma cartografia inacabada

Com esta exposição, que é uma das maiores já realizadas até hoje, homenageamos

Machado de Assis no centenário de sua morte. Um motivo particular de orgulho

é que tudo se fez com o riquíssimo acervo da Biblioteca Nacional e com a parti-

cipação de todas as suas divisões. Aqui se delineia um Machado que atravessa em

cheio a Modernidade, narrando o universal da aventura humana com as nuances

especialíssimas da paisagem carioca e, no limite, incitando a se repensar alguns dos

desafios que nos movem e enriquecem, a partir do prisma multicultural e poliglota

de nossa cultura. Com isto, pretendemos rememorar Machado não como um ponto

perdido no tempo, mas como o escritor contemporâneo das muitas e diversas mo-

dernidades.

A Biblioteca Nacional se propõe, através dessa figura paradigmática

de nossas letras, a promover um diálogo cultural mais amplo, que contemple os

especialistas e críticos de sua obra, mas sem deixar de lado uma visão de cidadania

solidária, inclusiva, democrática. Isto é o que a obra de Machado nos mostra em não

raros momentos, criticando o sistema político do Segundo Reinado, a escravidão e

os vícios de uma democracia formal e aparente. A própria biografia de Machado

de Assis coincide contraditória e luminosamente com a possível biografia de muitas

vozes, de muitos rostos e expressões, que se desenvolvem soberbamente na narrativa

desse que é um de nossos maiores escritores.

Muniz Sodré

Presidente da Fundação Biblioteca Nacional

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Marco Lucchesi Curador

Cada um de nós traz uma idéia de Machado.

Idéia vaga, talvez, difusa, mas eminentemente

sua, apaixonada e intransferível. Como se guardás-

semos um fino véu que se estendesse sobre a cidade

do Rio de Janeiro.

Paisagem pela qual vamos fascinados e diante de

cuja natureza suspiramos.

Todo um rosário de ruas e de igrejas - Mata-Ca-

valos, Santa Luzia, Latoeiros e Candelária. Nomes-

guias e sonoridades perdidas. Morros derrubados.

Praias ausentes. Tudo o que perdemos move-se ainda

nas páginas de uma cidade-livro. Cheia de árvores

e de contradições, por vezes dolorosas. Chácaras e

quintais compridos. Aqueles mesmos quintais que as-

sistiram aos amores de Bentinho e Capitu e dentro de

cuja educação sentimental nos formamos.

Machado nos vem desde a escola - com "A car-

tomante" ou a "Missa do galo" - até a revelação

inesperada de Brás Cubas; quando já consideramos

nossa aquela terra ficcional, totalmente nossa, e por

usucapião.

E assim aprendemos a ver as coisas que nos cercam.

Herdamos parte essencial de sua língua. O corte

da frase. A espessura do substantivo. A parcimônia

de atributos. Mas, acima de tudo, o modo de sondar

a extensão de nosso abismo. Sabemos que o Cruzeiro

do Sul está muito alto "para não discernir os risos e

as lágrimas dos mortais". Mas acreditamos que "al-

guma coisa escapa ao naufrágio das ilusões". Esse

fraseado lapidar salta dos livros e cria instrumentos

de sentir. E não são apenas as frases. As personagens

também se deslocam do papel e vagam incertas pelas

ruas do Rio. Tal como as criaturas de Dostoievski em

São Petersburgo.

Sabemos onde moram e para onde vão.

Aquelas ruas e praças são como espelhos que re-

fletem distâncias desde sempre intangíveis.

Emerge desse mundo, José Dias com seu passo

estudado. Marcela, tão ávida de esplendores. A seve-

ra beleza de Guiomar. E o sorriso-lágrima de Helena.

O piano de Fidélia em Botafogo. E Quincas Borba

nas escadarias da igreja de São Francisco.

Mas há também seres de carne e osso, contem-

porâneos de Machado, que lhe habitam as páginas,

adquirindo foros de eternidade ficcional, como o

"ateniense" Francisco Otaviano. A longa tristeza

de Alencar no Passeio Público. As mãos trêmulas de

Monte Alverne, apalpando o espaço que não podia

ver. As meias de seda preta e os calçados de fivela do

porteiro do Senado.

Para Machado de Assis a História podia ser compa-

rada aos

fios do tecido que a mão do tecelão vai compon-do, para servir aos olhos vindouros; com os seus vários aspectos morais e políticos. Assim como os há sólidos e brilhantes, assim também os há frouxos e desmaiados, não contando a multidão deles que se perde nas cores de que é feito o fun-do do quadro.

O centro e o fundo. As cores vivas e desmaiadas.

A trama singular. Machado de Assis terá fixado o

sentimento exato daqueles dias, que parecem ultra-

passar o próprio tempo, como se fossem o patrimô-

nio da memória coletiva e quase atemporal.

A exposição da Biblioteca Nacional é dedicada

aos amigos e leitores de Machado. A idéia tinha de

ser abrangente e republicana. E a escolha não podia

não ser biográfica neste centenário, quando se rede-

senha o rosto de Machado.

Se a crítica avançou nesse território, ainda resta

muito que fazer no espaço continental de sua obra.

Falta uma biografia mais apurada, que retifique as

anteriores, de Lúcia Miguel Pereira, Magalhães Jú-

nior, Luis Viana Filho e Jean-Michel Massa - cujo

livro A juventude de Machado de Assis constituiu um

passo decisivo. O labirinto de pseudônimos, decla-

rados ou não, ainda espera pelo fio de Ariadne. E a

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edição da obra completa parece deixar a descoberto

zonas de silêncio e vazios demográficos.

A voz de Machado se faz sentir na exposição a

partir da obra e da cidade. Como se tivéssemos de

tentar aquele livro de memórias que ele sugeriu em

carta a José Veríssimo. Memórias futuras, por onde

se move o "narrador anfíbio". A exposição se inspira

na "imagem ambígua do mundo" e na visão "unitá-

ria da natureza", que Machado persegue nas mudan-

ças da Corte para a Capital Federal.

Esse tônus de época, assumido pela exposição,

insere Machado no horizonte do Segundo Reinado

e da República, delineando-lhe, ao mesmo tempo, o

índice manifesto de sua contemporaneidade, tão cla-

ro nas obras maduras e cheias de frescor. Os ensaios

de Alfredo Bosi, José Miguel Wisnik e Sérgio Pau-

lo Rouanet vêm apontando recentemente para essa

inesgotável permanência.

A exposição vai das peças mais visitadas às me-

nos conhecidas, além daquelas redescobertas duran-

te a montagem e devidamente assinaladas. Trata-se

menos de uma semiologia de objetos e mais de uma

sintaxe configuradora. Não a simples amostragem,

mas o ruído da obra e da história, que formam um

todo, longe do vácuo que se costuma interpor entre

ambas, como se fossem esferas irredutíveis.

Seria o caso de combater alguns fantasmas que, mui-

to embora eliminados pela crítica, perseguem uma

estranha sobrevida?

A idéia, por exemplo, de um menino mais pobre

do que realmente foi e de compleição mais frágil do

que teve. E a lista seria longa: não consta que Ma-

chado tivesse tentado apagar suas raízes ou que lhe

faltasse amor pela família; a existência da padaria

Gallot, onde teria aprendido francês, carece de docu-

mentação plausível; o primeiro poema que publicou

não foi "A palmeira", mas "À lima. Sra. D.P.J.A.";

Carolina não ampliou as leituras de Machado nem

tampouco lhe aperfeiçoou o estilo; o espaço entre a

primeira e a segunda fase da obra, cuja fronteira se-

ria Memórias póstumas de Brás Cubas, deixou de ser

vista como um abismo; não faltam árvores e quintais

no coração da narrativa e a natureza não está

fora de seus quadros, como também as cartas

que escreveu não respiram frias distâncias; por

último, Machado jamais deixou de lado as ques-

tões políticas, como o caso Christie, a escravidão

e a República.

Tudo isso já foi amplamente demonstrado.

E, no entanto, esses falsos biografemas parecem

inarredáveis.

E mesmo que fossem verdadeiros, a obra

não perderia um milímetro de sua qualidade fic-

cional.

Seja como for, o fascínio exercido por Machado

é a melhor parte de seu legado. Aquele enigma

tão bem definido por Graça Aranha:

O que se sabe das suas origens é impreciso; é a vaga e vulgar filiação, com inteira igno-rância da qualidade psicológica desses pais, dessa hierarquia, de onde dimana a sensibi-lidade do singular escritor. E por isso acen-tua-se mais o aspecto surpreendente do seu temperamento raro, e divergente do que se entende por alma brasileira. Há um encanto nesse mistério original, e a brusca e inexpli-cável revelação do talento concorre vigoro-samente para fortificar-se o secreto atrativo, que sentimos por tão estranho espírito. De onde lhe vem o senso agudo da vida? Que legados de gênio, ou de imaginação, recebeu ele? Ninguém sabe. De onde essa amargura e esse desencanto? De onde o riso fatigado? De onde a meiguicef A volúpia? O pudor? De onde esse enjôo dos humanos? Essas qua-lidades e esses defeitos estão no sangue, não são adquiridos pela cultura individual. A ex-pressão psicológica de Machado de Assis é muito intensa para que possa ser atribuída ao estudo, à observação própria. Cada traço de seu espírito tem raízes seculares e por isso ele resistirá a tudo o que passa.

E aqui se estende seu olhar sobre o futuro.

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TEMAS PARA U M D I C I O N Á R I O M A C H A D I A N O

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M a r c Ferrez.

Panorama apresentando os

bairros da Glória e do Catete.

[189-] .

Só assim teremos uma grande literatura .

"Estabelecei a crítica, mas a crítica fecunda, e não a estéril, que nos

aborrece e nos mata, que não reflete nem discute, que abate por capricho

ou levanta por vaidade; estabelecei a crítica pensadora, sincera, perseverante,

elevada - será esse o meio de reerguer os ânimos, promover os estímulos,

guiar os estreantes, corrigir os talentos feitos; condenai o ódio, a

camaradagem e a indiferença — essas três chagas da crítica de hoje; „ ( M a c h a d o de Assis.

ponde, em lugar deles, a sinceridade, a solicitude e a justiça — e so assim Diário do Rio de Janeiro,

que teremos uma grande literatura." 8 out.1865)

I O - I I

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O N O V O M U N D O .

Noticia da atual literatura

brasileira. Ar t igo de

M a c h a d o de Assis p u b l i c a d o n o jornal O Novo Mundo. N ° v a Y o r k , 14 mar. 1973 .

Ia noticia na edade icn como icral das

110 do in-Hiclor ilo sim como Primeiros magnífico lorico do •união de ao prélo. OMAJI TÍ 1-:," " ni.i.-geral da

itricto de ilontes.— intitulada 0 Tlieatro prélo. itlnista e te fizeram eatros de para nm oróm, pe-ne muito

idvogado •"o, escre-ne se pu-s, mas de

mhra im-Memorin , nos mo a mesma IRAI,, e m 'RAXCISCO uella Fa-is ontras a-se qne ?reiro 011

II.tlF.RME is qne se 1 Dtniz— no a uma romance. Fidalgos

ama não ilterario, - " A Fa-leitor "— > e s m e r n -n q u i s t á r a ic portu-> se fará as obras

111 um ro-) A V I D D E 0." Ain-irtnenses <e impri-OSÉ OAII-1 poucos 1, c ipital

Angola. 15 anros haver em • que cila :ar-se es-auetores

IUA I> 'AN-0 subido

ministros prélo um mprehen-u o regi-1 governo linio cas-

u ultimu-romance

)lha Jor-edige. E

f " » K S n , A s n , 'a , l i l l'«blicar um Com-pêndio de Poética o Estylo. T„ L B . 1 T V V r a : Í , u submetteu á approvução da Juncta Consultiva d'Instrucção Publica umas cartilhas pam a primeira infancia; e o Comuiis-sario dos Estudos do Districto (Açoriano) de Angra do Heroísmo publicou outro trabalho do mesmo gênero. AUGUSTO J O S É DA CI NUA. lente ua bschola Politeclmica está dando ao prélo li-vrinnos de leitura para criança?, modelados pelas obras altemaus do mesmo genero.

CASTILHO E M E L L O .

N O T I C I A D A A U T U A I ,

L I T T E R A T U R A B R A Z I L E I R A .

i k s t i s c t o DI; NACIONALIDADE.

Q L E M examina a actual litteratura brazileira reconhece-lhe logo, como primeiro traço, certo instii.cto de nacionalidade. Poesia, romance, todas as formas litterariaa do pensamento bus-cam vestir-se com as cores do pniz, e não lia negar que similhante preoccupação é sympto. ma de vitalidade e abono de futuro. As tra-dicções de GONSALVES D I A S , PORTO A L E G R E e M A G A L H Ã E S são assim continuadas pela geração já feita e pela que ainda agora madruga, como aquelles continuaram as de J O S É UASII.IO DA

G A M A B S A N C T A R I T A D U R Ã O . Escusado é dizer a vantagem deste universal accordo. Interrogando a vida brazileira e a natureza americana, prosa-dores e poetas acharão ali farto manancial de inspiração c irão dando physionomla própria ao pensamento nacional. Esta outra independên-cia não tem Septe de Septembro nem campo de Ypiranga; não se fará 11'nm dia, mas pausada-mente. para sabir mais duradoura ; não será obra de uma geração nem duas; muitas traba-lharão para ella até perfazel-a de todo.

Sente-se aquelle instineto até nas manifesta-ções da opinião, aliás mal formada ainda, res-iricta em extremo, pouco solicita, e ainda me-nos apaixonada nestas questões dc poesia c litteratura. l ia nella um instineto que leva a applaudir principalmente as obra* que trazem os toques nacionaes. A juventude litteraria, sobretudo, faz de3te ponto uma questão de legi-timo amor-proprio. Nem toda ella terá medita-do os poemas de U R U C U A Y e CARAMURÔ com aquella attenção que taes obras estão pedindo; mas os nomes de BASILIO DA G A M A e D U R Ã O são citados e amados, como precursores da poesia brazileira. A razão é que elles buscaram em roda de si os elementos de uma poesia nova, e deram os primeiros traços de nossa physionomla litteraria, emquanto que outros, GONZAGA por exemplo, respirando aliás 03 ares da patria, não souberam desligar-se das faixas da Arcadia nem do3 preceitos do tempo. Admira-se-lhes o talento, mas não se lhes perdoa o cajado e a pastora, e nisto lia mais erro que acerto.

Dado que as condições de3te escripto o per-mittissein, não tomaria eu sobre mim a defeza do mau gosto dos poetas arcndicos nem o fatal es-ti t..(i que essa eschola produziu nas lltteraturas portugueza e brazileira. Não mo parece, todavia, justa a censyra aos nossos poetas coloniaes, is-cados duquelle mal; nem egualmente justa a de não haverem trabalhado para a independencia litteraria, quando a independencia política jazia ainda no ventre do futuro, e mais que tudo, quando entro a metrópole e a colonia creura a historia a homogeneidade das tradicçoes, dos costumes e da educação. As mesmas obras de BASILIO DA G A M A e D U R Ã O quiseram antes os-

soniilidade litteraria. Mas si isto é verdade, j não é menos certo que tudo é matéria «le poesia, 1 uma vez que traga as condições ilo bello ou os el> inentos de qne elle se compõe. Os que, como'' o Sr. VARNIIAOKN, negam tudo aos primeiros povos deste paiz, esses podem logicamente ex-cluil-os da poesia côntemporunea. Parece-me, entretanto, que, depois das memórias que a este respeito escreveram os Sr3. M A G A L H Ã E S e GONSALVES DIAS, não é licito arredar o elemen-to indiano da nossa applicação iutellectual. Erro seria conslltuil-o um exclusivo palrimonio da litteratura brazileira; erro egual fóra certa-mente a sua absoluta exclusão. As tribus in-dígenas, cujos U 3 0 3 e costumes J O Ã O FRANCISCO ;

LISBOA cotejava com 0 livro de TÁCITO e os I

achava tão siniilhantes aos dos antigos Germa- , nos, desuppareceram, é coito, da região que , por tanto tempo fóra sua; mas a raça mi- !

nadora que as freqüentou, colheu informações preciosas e nol-as transmittiu como verdadeiros ; elementos poéticos. A piedade, a minguarem 1 outros argumentos dc maior valia, devera ao j menos inclinara imaginação dos poetas para os povos que primeiro bobeiam os ares destas re-giões, consorciando 11a litteratura 03 que 11 fa-talidade da historia divorciou.

Esta é hoje a opinião triumphante. Ou lá nos costumes puramente indianos, taes quaes os vemos nos Tymbiras, de GONSALVES D I A S , 011 já na lueta do elemento barbnro com o civiiisado, tem a imaginação litteraria do nosso tempo ido buscar alguns quadros de siugular effelto, dos quaes citarei, por exemplo, r. Iracema, do Sr. I J. DE ALENCAR, uma das primeiras obras desse | fecundo e brilhante escriptor.

Comprchcndcndo que não está na vida in-diana todo o palrimonio da litteratura brazilei-ra, mas apenas um legado, tão brazileiro como universal, não se limitam os nossos escriptorcs a essa só fonte de inspiração. Os costumes ci-vilizados, ou já do tempo colonial, ou já do tem-po de hoje, egualmente olíerecem á imaginação bôa e larga matéria de estudo. Não menos que elles, os convida a natureza americana, cuja magnificência e esplendor, naturalmente desa. liam a poetas e prosadores. O romance sobre-tudo apoderou-se de todos esses elementos de invonção, a que devemos, entre outros, os livros dos Srs. B E R N A R D O G U I M A R Ã E S , que brilhante e ingenuamente nos pinta os costumes da região em que nasceu, J . D E A L E N C A R , MACEDO, S I L -

VIO D I N A S T E (Escraguolle Taunay), F R A N K L I N

TAVORA, e alguns inais.

Devo accrescentar que ne3te ponto manifes-ta-se ás vezes unia opinião, que tenho por errô-nea; é a que só reconhece espirito nacional nas obras que tractou de nssumpto local, doctrina que, a ser exacta, limitaria muito os cabedaes da nossa litteratura. GONSALVES DIAS, por exemplo, com poesias próprias seria admittido 110 pauthcon nacional; se exceptuarmoa os Tymbiras, os outros poemas americanos, e cer-to numero de composições, pertencem os seus versos pelo assumpto a toda a mais humanidade, cujas aspirações, enthusiasmo, fniquesas e do-res geralmente cantam; e excluo dahi as bellas Scxtilhas clu Frei Antãu, que essas pertencem unicamente á litteratura portugueza, não só pelo assumpto quo o poeta extrahlu dos histo-riadores lusitanos, mas até pelo estylo que elle habilmente fez antiquado. O mesmo acuiitece com os seus dramas, nenhum dos quaes teeiu por tlieatro o Brazll. Iria longo si tivesse do citar outros exemplos de casa, e não acabaria

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Charge pub l icada na

Semana lllustrada.

Rio de Jane i ro , 16 fev. 1878 .

M a c h a d o de Assis.

Ideal do crítico. Pub l icado no

jornal Diário do Rio de Janeiro.

Rio de Jane i ro , 8 o u t . 1865 .

Page 15: machado de assis . ioo anos de uma cartografia inacabada

•utwij, ai U J « uj|KHüm,uu i u u m í<.iu«a i a v n . u a . . ^ r ~ moveis e outros muitos <>bjeclos forem levados para o lugu-aonde estavamâcinj i d a s t r o p a s ; t o d n a lúih latrinchei-ra oflfei ocia o aspecto de um bazar grotesoo.. . A guarniçà estava cb i iaacahtr , nu moaient » de esmerar o combate. Alguns erabr.agaMoi-sa com kerosene e ou morr-rata <>u " aram doentes ü w j u v n m renderão e não pelejar P u Quanto duravam a negociações piua a capuuUcão, os s.li-dados saiiiant espontaneamente a lespeilo ios itíicií^s.

• Os corpuí fo: im rfi s iniia lv'!» e entregue» t J.-.*. ás f .r-ÇJ>s brasiltuias coai i s-^pção le uns 200 e tanto que se «ciiAvam nos o o i ' • • í l h i d o s <nn . m . 0 armamento

. ' ynut '

cidos de que as auloudados não sabem pactuar coi me; e nara isto cumpro (jue as que furum no i oadai indivíduos do recmiliecido credito» amigas da jus i.isos do serviço publico e incansaveis na persegu malfeitores.

O goveruo espera uma narração minuciosa dq Ihantes acontecimentos, não sendo suflicientc uma ( çào ve< baldo quo o ceutro da província doava em | que as respectivas autoridades prosiguia na cap acioi t4> dos att mtados, os quaes se havim refugi p i i n o i a s linaitrophes.

F O L i í R' iT\i .

l D i i A L D O C R I T I C O

Exercer a critica, afigura-se a al.runs quo ú uma fácil taref», como a outros parece igualmente faci! a tarefa do legislador; mas, p?ra a representação ülleraria, como para a representação política, ú preciso ler alguma cousa mais que um simples desejo de faltar á multidão. Iyfcliz-ttenteé a opinião contraria que domina, e a crilica, desam-parada pelos esclarecidos, 6 exercida pelos incompe-tentes.

São obvias as conseqüências de uma tal siluaçã*. As Hiusas, privadas de um pharol seguro, correm o risco de naufragar nos mares «empre desconhecidos da publicidade. O erro prodysirá o erro; amortecidos os nobres estímulos, bat idas as legitimas ambições, só um tribunal será aca-tado, e esse, se é Q mais numeroso, 6 lambem o menos de-cisivo. O poeta oscillará entre as sentenças mal concebidas do critico, e os «restos caprichosos da opinião ; nenhuma -uz, nenhum conselho, nada lhe mostrará o caminho que <ieve seguir,—e a morto próxima será o prêmio definitivo das suas fadigas e das suas lutas.

Chegamos já a estas tristes consequencias?N5o]quero pro-ferir um juízo, que seria temerário,mas qualquer pódenotar com que largos intervallos apparecem as boas obras, o como são raras as publicações selladas por um talento ver-dadeiro. Quereis mudar esta situação afllitiva ? Estabele-cei a critica, mas a critica fecunda, c não a esteril, que nos aborrece e nos mata.que não reflecte nem discute, que abate por capricho ou levanta por vaidade ; estabelecei a critica pensadora, Eincera, perseverante, elevada, — será esse o nieio de reerguer os ânimos, promover os estímulos, guiar o s estreantes, corrigr os talentos feitos; condemnae o odio, a camaradagem e a indiíferença,—essas tres chagas da cri-tica de hoje,—ponde em lugar delles, a sinceridade, a soli-citude e a justiça, — é só assim quo teremos uma grande küeratura.

E' claro que a essa critica, destinada a produzir ri farina, deve-se exigir as condições o as virtudes Um á critica dominante; —e para melhor detin pensamento, eis o que eu exigiria no critico do fut'

0 critico aotualmento acceilo não prima pela ' litl iraria ; creio ató que uma das condições para d uhar tão curioso papel, 6 despíeocupar-se do questões quo ontendem com o domínio da imaginai tra, entretanto, deve ser a marcha do critico ; lonf sumir em duas linhas,—cujas phrases já o typogi tem feitas,—o julgamento de uma obra, cumpre ditar profundamente sobro ella, procurar-lhe o se limo, applicar-lho as leis poéticas, ver emfim ató c a imaginação o a verdade conferenciaram para aqi ducção. Deste modo as conclusões do critico ser\ á obra ooncluida, como á obra em embryão. analyse,—a critica quo não analysa é a mais comrn nSo pôde pretendor a ser fecunda.

Para realisar tão multiplicadas obrigações, com] eu que não basta uma leitura superficial dos auto a simples reproducção das impressões de um n póde-se, é verdade, fascinar o publico, modii phraseolugia quo se emprega sempre para louv pritnir; mas no animo daquelles para quem un nada valo, desde que não traz uma idóa,—esse n potente, e essa critica negativa.

Não comprehendo o critioo sem consciência. A e a consciência, eis as duas condições princij exercer a cr.tica. A critica util e verdadeira ser que, em vez de modelar as suas sentenças por resse, quer seja o iuteresse do odio, quer o ção ou da sympathia, procure reproduzir ui os JUÍZOS da sua consciência. Ella deve ser sii pena dc ser nulla. Não lhe ó dado defender nen interesses pessoaes, nem os alheios, mas sómc convicção, e a suá convicção, devo formar-se tão alta, que não soíTra a acção das circumslancias Pouco lhe deve importar as sympathias ou a dos outros; um sorriso complacente, so pó Jo so

Page 16: machado de assis . ioo anos de uma cartografia inacabada

Rafael C a s t r o y O r d o n e z .

Rua do Ouvidor.

Rio de Jane i ro , 1862.

A simpatia é o meu léxico .

"[...] mas é preciso atender ao uso das palavras. Não cansam só as línguas

que as dizem; elas próprias gastam-se. Quando menos, adoecem. A anemia é

um dos seus males freqüentes; o esfalfamento é outro. Só um longo repouso , , ( M a c h a d o de Assis. Gazeta de

as pode restituir ao que eram, e torná-las prestáveis." Notícias, u mar. 1893)

Charge pub l icada n o

jorna l A Pacotilha.

Rio de Jane i ro , n . 23, 1865.

à direi ta: M a c h a d o de Assis.

T r a d u ç ã o de O corvo, de

Edgar Allan Poe, publ icada

n o jorna l A Estação.

Rio de Jane i ro , 2.8 fev. 1883 .

Page 17: machado de assis . ioo anos de uma cartografia inacabada

ao b r u m a s , pens iu» q u e os a m o r SIM a p r o v e i t a n d o o i i v j » j

p a r l e m em cavalg.nlasV

NA.. L iu I' t r o p o l i i , Fril . i irprt, Th. r c o p o l i s , se Í»{IIC ,

p e r f e i t a m e n t e a n i a \ i m a : Hóa i - j m a n a far. .

Mesmo lVt ropo l i s , q u e e o liueaio i e t i r» pr- (er ido das i

l l umiuou jea , só lia tloit d i v e r t i m e n t o s .

0 hotel Dragam;:» onde se fali i um pouco ila vi-la a l h e i a ;

!•: OS baile* d o (á i í s iuó P e l r o p o l i t a n o , aos d"Mii»;:o«.

doinlu":>s, s im! por que. S. M possa hon ra i -o s

t o m sua a u g u ü i p re sença .

Mas fn i rqué não ã pu lu las , as le igas ' •

Porque. e s m a r i d o s n ã o ÍOIUMII Sea.lo aos s ahhados ,

quan t ia j u s t a m e n t e S. M. de .-.ce. K j i lá so i\ú » t e m p o cm

oa it ' is d iz iam aos seus m i n i s t r o s Vou ver / a i r a , depo i s

v! l ivcr t e m p o t r a t a r e m o s da pol í t ica .

Hoje as / r r a s (i i s s i m d e p o i s dos m i n i s t r o s .

) . ' n *,alanlcria q u e se vae , l e i t o r a » ; a m p a r a e - n com a

inllii tKi i d >s \ n i s o s encau ou cila se m o r r e c o m p l e t a - !

m e n t e ú m i n g u a .

l l epo i s isso de c idades d o c a m p o . . . Acontece m u i t a vez

q u e uma j o v e n a d m i r a as m a n e i r a s d ' u in bel lo martcelut,

e logia a sua d i s ü n c i á o , a nobreza d e seu c a r a c t e r .

A ' s vezes m e s m o »e iu l l a inma , fali» d e l l o c o m o a r t i s t a ,

como a m o r o s a , ta lvez, — c e n t r e t a n t o se llie p e r g u n t a m :

— Quer casar «o:n e l l e ?

Mia , c o m o desper t an Io r e p e n t i n a m e n t e d ' u in sonho ,

e x c l a m a : — « <lh! n á o , eu p re l i ro o p r i m o J ú l i o

!•' o q u e eu s in lo q u a o d o d e i x o 1 c o r t e pe lo c a m p o c q u e i

me d izem : « l ' u i s q u e s e n h o r a c h a is to de l ic ioso , H o p r o -

pic io á sua s a ú d e , p o r q u e não es tabe lece aqui a sua res i -

denc ia ile verSo.

Nâ' i . eu pre l i ro meti p r i m o Jni i . .

(i m e u p r i m o Jú l io é a (.'.Vle com t o J o i os s e u s deitei i- s ,

[ ':ia a sua c h i n a , as s ias mal uceiadas r u a s e c a r r o ç a s , e os !

r i d i a i l o s ed is , u n s d e p e r m e i o os r a p t o s de mocas gorados ,

a u n i d a d e , o e s p i r i t o , o i m p r e v i s t o e os t h e a l r o s - • • • ••

V:\o começando d e a n i m a r - se u m p o u c o os nossos thea l ro* .

He volta das provi l ic ias e m a i s in fe l i zes d o t|iie Mar ia

Angii t e m o , u m a c o m p a n h i a na l ' h e i i i \ D i a m a t i r a e ou t r a '

no P r ínc ipe i m p e r i a l .

Na rua d 'A ju i l a s u b i o :, seen.1 o Hmpmtnior A - ;

iihcim enire nenhures, d r a m a em c i n c o ac tos u oilO q u a d r o s •

— o i lo o cine : Ire/.e, m a u n u i a e i o , n n i n ç r o fa t íd ico ,

l i e » r i l i e ine n à " licava j a m a i s a ne-sa, q u a n d o e r am treze a

j a n t a r c o m i d a s.t chegava p n . i dose .

K' de A. ItOiirj.'1 tis e d 'Kiu ierv o d r a m a ; e pe los n o m e s

dos a u t t rês j á l i e i a !•. i lora s a b e n d o q u e a peça é g r a n d e ,

longa , m u i t o longa , do e n t r e c h o c o m p l i c a d i s s i m o , bem

t r a m a d o , b e m desenvo lv ido e b e m d e s a t a d o f i n a l m e n t e ;

q u e t em s ; e n a s comrnoi en t e s , sceuhs q u e e s p a n l a m . e s t a -

te lam o e s p e c t a d o r ; seonas emi iu i p a r a Iodos os gos tos .

Modes t amen te e i iscenada e medioc i t smeuto r e p r e s e n t a d a

Eu c i ta re i en t r e t an to o h r . s iuuu : • q u e d e o re levo ao

papel d e p t u t o g o n i s l a , e . . .

K o c ü o — e n t r a u m rn.» ua peça q u e se p . t r lou e d m o

um p e r f e i t o c a v a l h e i r o . — l i ' u u n t ' coi i iòensaçào.

0 1 Sonoros Sinai ile Comei iile t i v e r a m m a i s u m a ed ição , j

f o r a m l e p r e s e n t a d o » n o f r i n & i p e í r a p e r i â t - '/nifcnl t / t C

— f a z e n d o o S r . Mael iado o pape l do" C a » p i r - - / t " M l ••ri'!

J a m a i s o a.:b.r Machado Unlm atatótdo tliu pape l se: io ; :

na \ i d i d o palco fo ra s e m p r e u m i n i c i f q u l o p r o c u r a t a |

s enão fazer r i r .

O u a n d o cor reu p o r t a n t o a m.va d e q u e elle i a f a z e r u p a p e l

q u e foi um dos s u c c e s s o j tio a r i t s l i f r aneez l t a b e l l y e u m a <

g lo r i a d o C u i l h e r m e d e A g u i a r , todos d u v i d a r a m , e . . .

K o t l iea t ro o t i c b e u - s e .

<i p r i m i ro a ç u pas sou sem i n c i t k n l e . no s e c u n d o ,

l inalmeii te ua «cena da ava reza , ' q u a n d o o ' ' S r . M a c h a d o ;

l ima to i le t te de S"liin b ram o | u a r n e c i d a tle r e n d a s l irnn-

cas e i n i m a e n l a d a s m a r g a r i d a s ; no;, cahello? a i n d » niai

pa r idas — I das au les da sccua tio j a r d i m .

S qini lilaí.. f ' ;fos ile r e n d a r h r a u c i deri.it-ido eni q u a -

d r a d o , de longa cauda

ü s o b r e t u d o q u a i i n e n h u m pau te i . O que eu note i cun

ex l reu ia s a l i s í a e l o . J O.

AS N O S S A S G R A V U R A S A H A I N H A V I C T O R L A

j)iin»os l ioic y r e t u i t o •» f . i inhi i \ ' i c l ( n i «. S n p p o -m o s f u / c r ás l . i i o r u s vi.i I v/.r:«i » u m t io s m e l h o r e s n i i m o s .

( , n m e H e i t o , n o h r e s e n h o r a n á o ».' s<> UJOÍI tHgnsi r a i n l i a . -que •> n n u i d o a d m i r a » r e s p e i t a , q u e o . i n g l e z e s c s t r e i n - r t i n c o m e n t l i u s i a s m o . S u a s q u a l i d a -d e s p o l í t i c a s , o i M tt l a r f o e m p r e g a d o p o r ci la iif> e x e r -c í c i o -Ia s o b e r a n i a c o n s t i t u c i o n a l q u e •> n . i s / i m c n t o l h e d e u , c a s a m m a i - . l i i ias e sol iJaw q u a l i d a d e s d e s e n h o r a e d<- ivái . M á i desve l l av la . e s p o r a a m a n t e , v iuva a u s t e r a , d t i - a - d e -I u m a !;i:nilui d i s t i n e t a : e . c o m o tal a a p r e s e n t a m o s á s n" . -sas l e i t o r a s . í > u « e s q u e r q u e s e j a m •> v i r t u d e s q u e m e l h o r q i . j l i e m c o m o n o s s o e s p i r i t o , o u a s p u b l i c a : , o u a s p r i v a d a s , p o d e -r e m o s d i z e r d e l i a c«»mo o s i n y l c / e s . ( i kÍ • i r t l h e Quatíii l

O C O R V O

K m c e r t o d i a , á h o r a , á h o r a L):< m e i a n o i t e q u e a p a v o r a .

E u . c a h i n d o d e < o m n o . . j -xhaus to d e f a d i g a . A o p é d e m i n t a l a u d a a n t i g a

1 >c u m a v e l h a d o u t r i n a , a g o r a m o r t a . Ia p e n s a n d o , q u a n d o o u v i i p o r t a D o m e u q u a r t o , u m s o a r d e v a g a r i n h o ,

K d isse e - t a s p a l a v r a s t a e s : f K' a l g u é m q u e rr.o b a t e á p o r t a d e m a n s i n h o ;

.« H a d c s e r i s so . e n a i l a m a i s ! »•

A h ! b e m m e l e m b r o ! b e m m e l e m b r o ! K a t io ^ i a c i a l D e z e m b r o ;

C a d a b ra / . a d o l a r s o b r e o c h ã o r e H e c t i a A sua u l t i m a a g o n i a .

l{u . a n c i o s o pel«> o i , b u s c a v a Sax t r d a q u e l l e s l i v r o s q u e e s t u d a a R e p o u s o ( u m va«j! • t d o r e s n i ; ; . : a d o r a

D e s t a s s a u d a d e s i m m o r t a e s P e l a q u e o r a n o s c e u s a n j o s c h a m a m L e n o r a .

K q u e n i n g u é m c h a m a r á m a i s .

I • r u m o r t r i s t e , v a g o . b r a n d o l),is c o r t i n a s ia a c c o r d a n d »

D e n t r o o m m e u c o r a ç ã o u m \ ' - ror n á o v t b i d o . N u n c a p o r e l l e p a d e c i d o .

K m l i m . p o r a n p l a c a l - o a q u i n o p e i t o , L e v a n t e i - m e u c p r o m p t o , e : CI«>m o f l c i t o . i Dis>e) e vis i ta a m i g a ' e r e t a r d a d a

- Ou . - b a t e a - i a s h o r a s t a e s : <•. E ' v i s i t a q i p e d e a m i n h a p o r i a e n t r a d a ;

. I l u d e v e r issu, e n a d a m a i s .

M i n h a b n a e n t ã o s e n t i u - s e f o r t e ; N ã o m a i s vac iUo . e d e s t a s o r t e

K a l i o ; « I m p l o r o d e vos . o u s e n h o r , o u s e n h o r a . •• Me d e s c u l p e i s t a n t a d e m o r a .

«» M a s c o m o e u , p r e c i s a d o d e d e s c a n ç o , M J á ecichi l- iva. e t ã o d e m a n s o e m a n s o

b a t e s u n ã o f u i l o g o , p r e s t e m e n t e , i C e r t i f i c a r - m v q u e a h i e s t a e s . •>

D i s s e ; a p o r t a e s c a n c a r o , a c h o n n o i t e s o m e n t e , S ' » m e n t » a n o i t e , e n a d a m a i s .

C o m l o n ^ o o l h a r , e s e r n t o a s o m b r a , Q u e m e a m e d r o n t a , q u e m e a s s o m b r a

E i s o n h o o q u e n e n h u m m o r t a l h a já s o n h a d o . M a s o s i l e n c i o a m p l o e c a l a d o ,

C a l a d o l i c a ; a q u i e t a ç ã o q u i e t a ; Si> t u , p a l a v r a i m u a e d i l e c r a , I J e n ò r a . t u , c o m o u m s u s p i r o e s c a s s o ,

Ua m i n h a t r i s t e b o c c a s.u- ; E o é c h o . q u e t e o u v i u , m u r m u r o u - t e 110 e s p a ç o :

|*oi issu a p e n a s , n a d a m a i s .

E n t r o c o ' .i a l m a i n c e n d i a i a . L 0 4 0 d e p o i s o . í t r . i p a n ç a Ia

S o a u m p o u c o m a i s f o r t e ; e .n v o l t a n d o - m e , d i e o : «• S e ü u r a m e n t e , ha n o p o s t i g o

• A l g u m a cou>.t q u e s u s s u r r a . A b r a m o s . Kia. íVira '> t e m ^ r . . ia, v e i a m o s . \ e x p l i c a .*. » d«i iso m v s t e r i o s >

Page 18: machado de assis . ioo anos de uma cartografia inacabada

J . Gut ier rez .

Ministério da Agricultura.

Rio de Jane i ro , 1895 .

Circulares que o vento leva .

"Circulares que o vento leva; a política era boa, fácil e dava g a n h o

a todos, aos de fora c o m o aos de dentro. M a s as circulares são

c o m o as ilusões: verdeiam algum tempo, amarelecem e caem logo;

' 0 r ( M a c h a d o de Assis,

depois vêm outras." Gazeta de Notícias, 17 set. 1896)

16-17

à direi ta: M a c h a d o de Assis.

Ofício ao chefe da Diretoria-Geral

de Contabilidade. 1 fev. 1893 .

Page 19: machado de assis . ioo anos de uma cartografia inacabada
Page 20: machado de assis . ioo anos de uma cartografia inacabada

Eugene Cicéri; Phil ippc Benoist .

As praias St. Luzia e a Glória.

[1851] .

A história dos subúrbios .

"Em vão passavam as gerações, ele não passava. Chamava-se João. Noivos

casavam, ele repicava às bodas; crianças nasciam, ele repicava ao batizado;

pais e mães morriam, ele dobrava aos funerais. Acompanhou a história da

cidade. Veio a febre amarela, o cólera-morbo, e João dobrando. Os partidos

subiam ou caíam, João dobrava ou repicava, sem saber deles. Um dia

começou a Guerra do Paraguai, e durou cinco anos; João repicava e dobrava,

dobrava e repicava pelos mortos e pelas vitórias. Quando se decretou

o ventre-livre das escravas, João é que repicou. Quando se fez a abolição

completa, quem repicou foi João. Um dia proclamou-se a República, João

repicou por ela, e repicaria pelo Império, se o Império tornasse.

Não lhe atribuas inconsistência de opiniões; era o ofício. João não sabia de

mortos nem de vivos; a sua obrigação de 1853 era servir à Glória, tocando

os sinos, e tocar os sinos para servir à Glória, alegremente ou tristemente, , , , ( M a c h a d o de Assis.

conforme a ordem." Gazeta de Notícias, 4 nov. 1900)

1 6 - 1 9

Page 21: machado de assis . ioo anos de uma cartografia inacabada

O VELHO SENADO

t a c h a d o d e Assis .

° veIho Senado. Publicado na Rci"sta Brazileira.

d c J a n e i r o , 15 j U n. 1 8 9 8 .

A proposito de algumas litographias de Sisson, tive ha dias

uma visão do Senado de 1860. Visões valem o mesmo que a retina

em que se operam. Um político, tornando a ver aquelle corpo, acha-

ria nelle a mesma alma dos seus co-religionarios extinctos, e um

historiador colheria elementos para a historia. Um simples curioso

não descobre mais que o pitoresco do tempo e a expressão

das linhas com aquelle tom geral que dão as coisas mortas e

enterradas.

Nesse anno entrara eu para a imprensa. Uma noite, como

saissemos do theatro Gymnasio, Quintino Bocayuva e eu fomos

tomar chá. Bocayuva era então uma gentil figura de rapaz, del-

gado, tez macia, fino- bigode e olhos serenos. Já então tinha os

gestos lentos de hoje, e um pouco daquelle ar distant que Taine

achou em Merimée. Disseram coisa analoga de Chailemel-La-

cour, que alguém ultimamente definia como très-rcpitblicain de

conviction ct très-aristocrate dc lemperamcnt. O nosso Bocayuva 17 TOMO XIV — 1808

Page 22: machado de assis . ioo anos de uma cartografia inacabada

Desmons .

Panorama da cidade de Rio de

Janeiro tomado do morro de St.

Antônio a vôo de pássaro.

[1854]-

Tenho particular amor às borboletas .

"É meu velho costume levantar-me cedo e ir ver as belas rosas, frescas

murtas, e as borboletas que de todas as partes correm a amar no meu

jardim. Tenho particular amor às borboletas. Acho nelas algo das minhas

idéias, que vão com igual presteza, senão com a mesma graça." ( M a c h a d o de Assis.

Gazeta de Notícias, 19 fev. 1893)

Z O - 2 I

Page 23: machado de assis . ioo anos de uma cartografia inacabada

P a r t i d a de xadrez en t re

t a c h a d o de Assis e A r t h u r

N a P o l e ã o . Illustraçãu Brazileira.

R l ° de Jane i ro , i jul. 1877 .

Page 24: machado de assis . ioo anos de uma cartografia inacabada
Page 25: machado de assis . ioo anos de uma cartografia inacabada

à esquerda : U m a das cur ios idades

da expos ição foi re t i rada d o

á lbum de a u t ó g r a f o s de Ernes to

Senna. N o verso d o sugest ivo

Poema Valsando! (Ao Senna)

~ talvez escr i to em h o m e n a g e m

3 0 o r g a n i z a d o r das a s s ina tu ras - ,

M a c h a d o de Assis escreve:

Quem foi o inventor dos álbunst

Não fui eu.

Machado de Assis

'1-1-89

Logo a b a i x o , a p r ó x i m a pessoa

a a u t o g r a f a r o á l b u m de Senna

aprovei ta o grace jo e e m e n d a :

Nem eu.

Leopoldina M. de Vasconcelos.

20-4-90

ac ima: O r g a n i z a d o por Leono r

Pereira de M e l o , Lau r inda Santos

L o b o e F. G u i m a r ã e s , o á l b u m de

a u t ó g r a f o s é c o m p o s t o por fo lhas

sol tas c o n t e n d o tex tos , desenhos

e ded ica tór ias de pe rsona l idades

c o m o J o ã o d o Rio , Euclides da

C u n h a e A f r â n i o Pe ixo to .

O s o rgan izadores f o r a m

c o n t e m p l a d o s c o m o a u t ó g r a f o

de M a c h a d o de Assis, subsc revendo

os seguintes versos:

Aqui vae um nome velho, não

menos velho que escasso, não menos

escasso que triste.

Machado de Assis

3 de setembro 1907

Page 26: machado de assis . ioo anos de uma cartografia inacabada

Die Rua Direita in

Rio de Janeiro. I185-] .

Eu o mais encolhido dos caramujos .

"Houve sol, e grande sol, naquele domingo de 1888, em que o Senado votou

a lei, que a regente sancionou, e todos saímos à rua. Sim, também eu saí à

rua, eu o mais encolhido dos caramujos, também eu entrei no préstito, em

carruagem aberta, se me fazem favor, hóspede de um gordo amigo ausente;

todos respiravam felicidade, tudo era delírio. Verdadeiramente, foi o único „ , , , ( M a c h a d o de Assis.

dia de delírio público que me lembra ter visto." Gazeta de Notícias, 14 m a i o 1893)

16-26

Page 27: machado de assis . ioo anos de uma cartografia inacabada

t a c h a d o de Assis.

Hino patriótico. Publicado na revista Semana lllustrada. R l ° de J ane i ro , 18 jan . 1863 .

Page 28: machado de assis . ioo anos de uma cartografia inacabada

Desmons .

Panorama da cidade de Rio de

Janeiro tomado do morro de

St. Antônio a vôo de pássaro.

[1854]-

A vida é uma ópera e uma grande ópera .

"Aquilo que hoje se chama profanamente Pensão Beethoven era a casa do

clube. O salão do fundo, tão vasto como o da frente, servia aos concertos

e enchia-se de uma porção de homens de vária nação, vária língua, vário

emprego, para ouvir as peças do grande mestre que dava nome ao clube, ( M a c h a d o de Assis

e as de tantos outros que formam com ele a galeria da arte clássica." Gazeta de Notícias, 5 j u l . 1 8 9 6 )

Bilhete de Machado de Assis

a Ramos da Paz. i ou t . 1883 .

16-28

Page 29: machado de assis . ioo anos de uma cartografia inacabada

Retrato de Augusta Candiani .

' r < )grama de apresen tação

Musical d o Club Beethoven. R i o de Janeiro , 27 jun. 1886.

Page 30: machado de assis . ioo anos de uma cartografia inacabada

Louis Buvelot .

Praça da Constituição. 1845.

Acompanhar o povo .

"O teatro é para o povo o que o Coro era para o antigo teatro grego; uma

iniciativa de moral e civilização. Ora, não se pode moralizar fatos de pura

abstração em proveito das sociedades; a arte não deve desvairar-se no doido

infinito das concepções ideais, mas identificar-se com o fundo das massas;

copiar, acompanhar o povo em seus diversos movimentos, nos vários modos . . , , , ( M a c h a d o de Assis.

e transformações da sua atividade." o Espelho, 25 set. 1859)

D o m i n g o s Jacy M o n t e i r o .

Parecer pa ra a peça O pomo da

discórdia, de M a c h a d o de Assis.

Rio de J ane i ro , 21 mar. 1864 . 1 6 - 2 9

Page 31: machado de assis . ioo anos de uma cartografia inacabada
Page 32: machado de assis . ioo anos de uma cartografia inacabada
Page 33: machado de assis . ioo anos de uma cartografia inacabada

MACHADO DE ASSIS E O ROSTO DA CIDADE

Page 34: machado de assis . ioo anos de uma cartografia inacabada

Eugene Cicéri; Phil ippe Bcnoist .

A Prainha (da Saúde). [1852] .

Se eu for a contar as memórias da infância, deixo a semana no meio, remonto os tempos e faço um volume .

16-33

"Eu, quando era pequenino, achei ainda uma usança da noite de S. João.

Era expor um copo cheio d'água ao sereno, e despejar dentro um ovo

de galinha. De manhã ia-se ver a forma do ovo; se era navio, a pessoa

tinha de embarcar; se era uma casa, viria a ser proprietária, etc. Consultei

uma vez o bom do santo; vi claramente visto - vi um navio; tinha de

embarcar. Ainda não embarquei, mas, enquanto houver navios no mar,

não perco a esperança." ( M a c h a d o de Assis.

Gazeta de Notícias, 16 dez. 1894)

Page 35: machado de assis . ioo anos de uma cartografia inacabada

(À memória de minha irmã)

Foste a rosa desfolhada

Na urna da eternidade,

Pr'a sorrir mais animada,

Mais bela, mais perfumada

Lá na etérea imensidade.

Rasgaste o manto da vida,

E anjo subiste ao céu

Como a flor enlanguecida

Que o vento pô-la caída

E pouco a pouco morreu!

Tu'alma foi um perfume

Erguido ao sólio divino;

Levada ao celeste cume

Co'os Anjos oraste ao Nume

Nas harmonias dum hino.

Parece que no céu bem negra nuvem

Já marcou meu destino pelo mundo!

Tenho de ti saudades, ó meu anjo.

No meu peito o pesar é tão profundo!

Se perdi minha mãe sendo tão moço,

Se padeço de ti tanta saudade,

Não posso existir no mundo triste;

É melhor eu morrer nesta idade!

(A memória de minha mãe)

Há uma dor que não se apaga d'alma,

Lágrima triste que pendente existe

Da face do infeliz:

É gemido que mata e não se acalma,

Que torce o coração, e se persiste,

A existência maldiz.

Essa dor eu senti quando vi morta

Minha terna mãe... perdão, meu Deus.

Se quero já morrer;

Esta vida de dor perder que importa?

Quero com minha mãe morar nos céus,

Com os anjos viver.

Eu perdi minha mãe... era uma santa,

Que tinha a minha vida neste mundo,

Minh'alma e meu amor!

E foi o meu pesar, minha ânsia tanta,

Que a vida quis deixar num ai profundo,

Morrer também de dor.

Só lágrimas de sangue eu sinto agora

Afogaram-me os olhos, e o martírio

Emurcheceu-me a vida;

Eu tenho pouca idade, mas embora,

Sente apagar-se da existência o círio

Minh'alma amortecida.

Maldigo minha vida, por seu filho

A minha pobre mãe chama nos céus

Quando eu rezo por ela;

Choro vendo que só no mundo trilho;

Quero com minha mãe viver, meu Deus,

No céu, bem junto dela!

Page 36: machado de assis . ioo anos de uma cartografia inacabada

George Leuzinger.

Rio de Janeiro e seu porto do

Livramento. [18-]

à dire i ta : Assento de b a t i s m o

de M a c h a d o de Assis. Cape la de

N o s s a Senhora d o L iv ramen to .

13 nov. 1839.

1 6 - 3 5

Page 37: machado de assis . ioo anos de uma cartografia inacabada
Page 38: machado de assis . ioo anos de uma cartografia inacabada

Rafael Cas t ro y O r d o n e z .

P raça c/e D. Pedro I. 1861 .

Políticos, poetas, dramaturgos .

"[...] a recordação da Petalógica dos primeiros tempos, a Petalógica de Paula

Brito —, o café Procópio de certa época, onde ia toda a gente, os políticos,

os poetas, os dramaturgos, os artistas, os viajantes, os simples amadores,

amigos e curiosos; onde se conversava de tudo, desde a retirada de um

ministro até a pirueta da dançarina da moda; onde se discutia tudo, desde o

dó de peito do Tamberlick até os discursos do marquês de Paraná, verdadeiro

campo neutro onde o estreante das letras se encontrava com o conselheiro;

onde o cantor italiano dialogava com o ex-ministro."

( M a c h a d o de Assis. Diário do

Rio de Janeiro, 3 jan. 1865)

1 6 - 3 7

Page 39: machado de assis . ioo anos de uma cartografia inacabada

M a c h a d o de Assis aos 25 anos .

M a c h a d o de Assis.

^ Uma. sra. D. P. J. A. Pub l i cado

" o jornal Periódico dos Pobres.

Rio de J ane i ro , 3 ou t . 1854 .

^s te é o p r ime i ro p o e m a de q u e

s c tem notícia a ser p u b l i c a d o p o r

t a c h a d o de Assis.

Page 40: machado de assis . ioo anos de uma cartografia inacabada

38-39

Page 41: machado de assis . ioo anos de uma cartografia inacabada

H . Fleiuss.

Pan teon da Semana lllustrada,

r ep re sen tando sucesso de 1864 ,

entre eles a pub l i cação das

Crisálidas. M a c h a d o de Assis levado

em t r i u n f o p o r Gonça lves Dias .

à e squerda e aba ixo :

M a c h a d o de Assis.

O s arlequins: poesia .

1864.

Page 42: machado de assis . ioo anos de uma cartografia inacabada

Desmons .

Vista da Glória tomada do

Passeio Público. [1854] .

A crítica decidirá se a obra corresponde ao intuito .

"Não quis fazer romance de costumes; tentei o esboço de uma situação e o

contraste de dous caracteres; com esses simples elementos busquei o interesse

do livro. A crítica decidirá se a obra corresponde ao intuito, e sobretudo se o ( M a c h a d o de Assis.

operário tem jeito para ela." T r e c h o d o livro Ressurreição)

M a c h a d o de Assis e a lguns

pe r sonagens d o seu r o m a n c e

Ressurreição. Semana lllustrada.

Rio de Jane i ro , 1 8 7 1 - 1 8 7 2 . 1 6 - 4 1

Page 43: machado de assis . ioo anos de uma cartografia inacabada

M A C H A D O I D E A S S I S e algumas personagens do seu aovo romance Iiisurrciçüo.

Page 44: machado de assis . ioo anos de uma cartografia inacabada
Page 45: machado de assis . ioo anos de uma cartografia inacabada

M a c h a d o de Assis aos 34 anos

e José de Alencar.

Archivo Contemporâneo.

R i o de Jane i ro , 1873 .

Re t r a to s de Ca ro l i na Xavier

de Nova i s . [18-].

Recém-descober tas n o acervo d a

Biblioteca N a c i o n a l , as fo tograf ias de

Caro l ina pe r tencem à Co leção Tacla,

da Divisão de M a n u s c r i t o s .

Page 46: machado de assis . ioo anos de uma cartografia inacabada

Eugene Cicéri; Phil ippe Benoist .

Rio de Janeiro tomado de

Boa-Vista da Tijuca. [1852.].

Nenhum escritor teve em mais alto grau a alma brasileira .

"Nenhum escritor teve em mais alto grau a alma brasileira. E não é só porque

houvesse tratado assuntos nossos. Há um modo de ver e de sentir, que dá a

nota íntima da nacionalidade, independente da face externa das coisas. [...]

O nosso Alencar juntava a esse dom a natureza dos assuntos, tirados da vida

ambiente e da história local. Outros o fizeram também; mas a expressão do

seu gênio era mais vigorosa e mais íntima."

( M a c h a d o de Assis. Discurso

p ro fe r ido n o l a n ç a m e n t o da

pr imei ra pedra da es tá tua de José

de Alencar, 1897)

à dire i ta , ac ima:

Rafael Borda lo Pinhei ro . C h a r g e

pub l icada n o jornal O Mosquito.

Rio de J ane i ro , 9 set. 1876 .

à dire i ta , a b a i x o :

M a c h a d o de Assis. T recho em

prosa que a c o m p a n h a p o e m a

sem t í tu lo . [1876] . 1 6 - 4 5

Page 47: machado de assis . ioo anos de uma cartografia inacabada
Page 48: machado de assis . ioo anos de uma cartografia inacabada

Desmons .

Panorama da cidade de Rio de

Janeiro tomado do morro de

St. Antônio a vôo de pássaro.

[ 1 8 5 4 ] -

A obra em si mesma é tudo .

"Mas eu ainda espero angariar as simpatias da opinião, e o primeiro

remédio é fugir a um prólogo explícito e longo. O melhor prólogo é o que

contém menos coisas, ou o que as diz de um jeito obscuro e truncado.

Conseguintemente, evito contar o processo extraordinário que empreguei na

composição destas Memórias, trabalhadas cá no outro mundo. Seria curioso,

mas nimiamente extenso, e, aliás, desnecessário ao entendimento da obra. ( M a c h a d o de Assis.

A obra em si mesma é tudo: se te agradar, fino leitor, pago-me da tarefa; se ^ , , ,. w 0 T recho d o l ivro Memórias

te não agradar, pago-te com um piparote, e adeus. póstumas de Brás Cubas)

Brás Cubas."

1 6 - 4 7

Page 49: machado de assis . ioo anos de uma cartografia inacabada

Folha de rosto da primeira

e dição de Memórias póstumas

de Brás Cubas.

Page 50: machado de assis . ioo anos de uma cartografia inacabada

Joseph Alfred M a r t i n e t .

O Passeio Público. 1847.

Retórica dos namorados .

"Retórica dos namorados, dá-me uma comparação exata e poética para dizer

o que foram aqueles olhos de Capitu. Não me açode imagem capaz de dizer,

sem quebra da dignidade do estilo, o que eles foram e me fizeram. Olhos de

ressaca? Vá, de ressaca. É o que me dá idéia daquela feição nova. Traziam

não sei que fluido misterioso e enérgico, uma força que arrastava para

dentro, como a vaga que se retira da praia, nos dias de ressaca. Para não ser

arrastado, agarrei-me às outras partes vizinhas, às orelhas, aos braços, aos

cabelos espalhados pelos ombros; mas tão depressa buscava as pupilas, a

onda que saía delas vinha crescendo, cava e escura, ameaçando envolver-me, ,,, , , , , . 1 ( M a c h a d o de Assis,

puxar-me e tragar-me." T recho d o l ivro Dom Casmurro)

1 6 - 4 9

Page 51: machado de assis . ioo anos de uma cartografia inacabada

ao lado: Folha de ros to

da pr imeira ed ição de

Quincas Borba.

acima à dire i ta : A u g u s t o M a l t a .

Fotograf ia de M a c h a d o de Assis

c o m u m g r u p o de amigos .

Rio de Jane i ro , [10 ago . 1906] .

N a fo to , M a c h a d o de Assis,

Pereira Passos, J o a q u i m N a b u c o

J. Amér ico dos Santos , Aloís io d

Carva lho , Lafa ie t te Pereira , G a s

tão da C u n h a , Uribes y Uribes ,

d a C o l ô m b i a .

Page 52: machado de assis . ioo anos de uma cartografia inacabada

M a r c Ferrez.

[Templo da Vitór ia] .

Rio de Jane i ro , [ 10 jul. 1870] .

O povo mudaria de governo, sem tocar nas pessoas .

"Santos receava os fuzilamentos; por exemplo, se fuzilassem o imperador,

e com ele as pessoas de sociedade? Recordou que o Terror... Aires tirou-lhe

o Terror da cabeça. As ocasiões fazem as revoluções, disse ele, sem intenção

de rimar, mas gostou que rimasse, para dar forma fixa à idéia.

Depois, lembrou a índole branda do povo. O povo mudaria de governo,

sem tocar nas pessoas." ( M a c h a d o de Assis.

Trecho d o l ivro Esaú e Jacó)

COLLECÇAO OOf AUTORES CELEBREI

LITTERATURA BRASILEIRA

ESAÚ E

JACOB M A C H A D O D E A S S I S

(Ja AuxJrmla B,nlk&a)

L I V R A R I A C A R N I E R 10*. — OIM*R. I« I SM>I

RIO DE JANEIRO I PARIS

Folha de ros to da pr imei ra

ed ição de Esaú e Jacó.

1 6 - 5 1

Page 53: machado de assis . ioo anos de uma cartografia inacabada

° lha de ros to da pr imeira

e (%ão de Poesias completas.

Page 54: machado de assis . ioo anos de uma cartografia inacabada

M a c h a d o de Assis.

Ca r i a a Salvador de Mendoüí'

Rio de Jane i ro , 6 mar. i ? 0 4 '

Page 55: machado de assis . ioo anos de uma cartografia inacabada

Reprodução de fotografia t i rada

Por ocasião de um a lmoço

oferecido a Lúcio de M e n d o n ç a .

Rio de Janeiro , 3 mar. 1901.

N a fo to , sentados: J o ã o Ribeiro,

M a c h a d o de Assis, Lúcio de Mendonça ,

Silva Ramos . Em pé: Rodo l fo Amoedo ,

Ar thur Azevedo, Inglês de Souza,

O lavo Bilac, José Veríssimo,

Souza Bandeira, Filinto de Almeida,

Guimarães Passos, Valentim Magalhães ,

Henr ique Bernardelli , Rodr igo Otáv io

e Hei tor Peixoto.

Page 56: machado de assis . ioo anos de uma cartografia inacabada

Eugene Cicéri.

Laranjeiras. | i 8 - | .

Foi-se a melhor parte da minha vida .

"Foi-se a melhor parte da minha vida, e aqui estou só no mundo. [.. .] Aqui

me fico, por ora na mesma casa, no mesmo aposento, com os mesmos

adornos seus. Tudo me lembra a minha meiga Carolina. Como estou à ( M a c h a d o de Assis.

beira do eterno aposento, não gastarei muito tempo em recordá-la. Trecho de carta a Joaquim Nabuco, 10 nov. 1904)

Irei vê-la, ela me esperará."

Casa de M a c h a d o de Assis

no Cosmc Velho.

5 4 - 5 5

Page 57: machado de assis . ioo anos de uma cartografia inacabada

D. Caro l ina .

Renascença.

Rio de Jane i ro , jun . 1939-

M a c h a d o de Assis.

Renascença.

Rio de Jane i ro , set. 1908 .

Page 58: machado de assis . ioo anos de uma cartografia inacabada

Silogeu Brasileiro.

Rio de Jane i ro , [193-] .

Papel, amigo papel, não recolhas tudo o que escrever esta pena vadia .

"Papel, amigo papel, não recolhas tudo o que escrever esta pena vadia (...).

Não, papel. Quando sentires que insisto nessa nota, esquiva-te da minha

mesa e foge. A janela aberta te mostrará um pouco de telhado, entre a rua e

o céu, e ali ou acolá acharás descanso. Comigo, o mais que podes achar , w . , , , . _ ( M a c h a d o de Assis. T recho

é esquecimento, que é muito, mas não é tudo..." d o livro Memorial de Aires)

1 6 - 5 7

O aper i t ivo dos intelectuais

- M a c h a d o , J . Veríssimo,

Euclides da C u n h a e Wal f r ido

Ribei ro , na Terrasse dos

Castel lões. Revista Fon-Fon,

Rio de Jane i ro . 4 m a i o 1907 .

Page 59: machado de assis . ioo anos de uma cartografia inacabada

Cartão de visita de Machado de

Assis. i jan. 1907 .

aba ixo : O Escr i tór io de Direi tos

Autora is (EDA) func iona desde

1898 no Brasil, c o m o ob je t ivo

de registrar as o b r a s intelectuais,

g a r a n t i n d o a o a u t o r o direi to

sobre a sua c r iação . N o pr imei ro

livro t o m b o d o EDA, exis tem sete

registros de o b r a s de M a c h a d o

a inda em vida. O livro Dom

Casmurro, u m a das ob ra s -p r imas

de M a c h a d o , foi regis t rado na

folha 19, sob o n ú m e r o 187.

Page 60: machado de assis . ioo anos de uma cartografia inacabada

J . Gut ie r rez .

Cor r e io e Rua i ° de M a r ç o .

Rio de Jane i ro , 1895

Aposentadoria da vida .

"Qualquer um de nós teria organizado este mundo melhor do que saiu.

A morte, por exemplo, bem podia ser tão-somente a aposentadoria

da vida, com prazo certo. Ninguém iria por moléstia ou desastre, mas

por natural invalidez; a velhice, tornando a pessoa incapaz, não

a poria a cargo dos seus ou dos outros. Como isto andaria assim desde

o princípio das coisas, ninguém sentiria dor nem temor, nem os que

se fossem, nem os que ficassem. Podia ser uma cerimônia doméstica ou

pública; entraria nos costumes uma refeição de despedida, frugal, não

triste, em que os que iam morrer dissessem as saudades que levavam,

fizessem recomendações, dessem conselhos e, se fossem alegres,

contassem anedotas alegres. Muitas flores, não perpétuas, nem dessas

outras de cores carregadas, mas claras e vivas, como de núpcias. , , , ( M a c h a d o de Assis.

E melhor seria não haver nada, além das despedidas verbais e amigas..." Gazeta de Notícias, 6 set. 1896)

1 6 - 5 9

Page 61: machado de assis . ioo anos de uma cartografia inacabada

Funeraes de M a c h a d o

de Assis. Revista Fon-Pon ,

Rio de Jane i ro , 10 ou t . 1908 .

Rui Barbosa .

O adeus da Academia a Machado

de Assis. Rio de Jane i ro : Casa de

Rui Barbosa , 1958

Page 62: machado de assis . ioo anos de uma cartografia inacabada

R E L A Ç Ã O DE OBRAS DA EXPOSIÇÃO

T E M A S PARA U M D I C I O N Á R I O

M A C H A D I A N O

Só assim teremos uma grande literatura.

FERREZ, Marc. [Panorama apresentando os bairros da Glória e do Catete, na cidade do Rio de Janeiro]. [189-?!. 1 fot. p&b . Localização no acervo: ICON FOTOS-ARC 1. 15 (14)

ASSIS, Machado de. Os cegos. Marmota Fluminense, Rio de Janeiro, n. 931, p . i , 5 mar. 1858. Localização no acervo: PR-SOR 00284 Ul-

ASSIS, Machado de. Ideal do crítico. Diário do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, ano 45, n. 243, p. 1, 8 out. 1865. Localização no acervo: PR-SPR 00005 Í67I.

ASSIS, Machado de. Notícia da atual literatura brasileira. O Novo Mundo: periódico illustrado do progresso de política, literatura, arte e indústria, Nova York, ano 3, n. 30, p. 107-108, 24 mar. 1873. Localização no acervo: PR-SOR 02120 [1].

CONSERVATÓRIO Dramatico Nacional. Primeiro auto de fé theatral. Semana Illustrada, Rio de Janeiro, 16 fev. 1878. Charge.

ASSIS, Machado de. Pareceres censórios para o Conservatório Dramático Brasileiro. Rio de Janeiro, 1862-1864. Coleção Conservatório Dramático Brasileiro. Original e autógrafo. Manuscri to e impresso. Localização no acervo: MSS 49,7,017

A simpatia é o meu léxico.

0 PINTOR das Chrysalidas reproduz maravilhosamente o painel de Beaumarchais - Barbeiro de Sevilha. A Pacotilha, Rio de Janeiro, n. 23, 1865. Charge.

CASTRO Y O R D O N E Z , Rafael. La Comision Científica Destinada al Pacífico. 1 porta-fólio. 1862. Coleção: D. Teresa Christina Maria. 1 foto, papel albuminado, p&b . Localização no acervo: ICON FOTOS-ARM. 3 .9 .2( 5 o) .

DANTE ALIGHIERI. O canto XXV do "Inferno". Tradução de Machado de Assis. A Instrucção Pública, Rio de Janeiro, ano 4, n. 1, p. 3-4, 28 fev. 1875. Localização no acervo: PR-SOR 03795 [2]

HYGIENE para o uso dos mestres-escola pelo dr. Galard. Tradução de Machado de Assis. A Instrucção Pública, Rio de Janeiro, ano 2, n. 29, p. 243-244, 20 jul. 1873. Localização no acervo: PR-SOR 03795 ( i ) .

H U G O , Victor. Os trabalhadores do mar. Tradução de Machado de Assis. Diário do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, ano 46, n. 64, p. 1, 15 mar. 1866. Localização no acervo: PR-SPR 00005 I 6 8 l

POE, Edgar Allan. O corvo. Tradução de Machado de Assis. A Estação: jornal illustrado para a família, Rio de Janeiro, ano 11, n. 4, p. 40, 28 fev. 1883. Suplemento. Localização no acervo PR-SOR 04641 [3].

CircuJares que o vento leva.

GUTIERREZ, J. Coleção de fotografias dos festejos nacionais no dia 15-11-1894, oferecido ao Presidente da República Dr. Prudente José de Moraes Barros pela Commissão Militar de Festejos. Rio de Janeiro: J. Gutierrez, 1895. Localização no acervo: ICON Res.

ASSIS, Machado de. Ofício ao chefe da Diretoria-geral de Contabilidade solicitando material de escritório. [S. 1.], 2 fev. 1893. 1 doe. (1 p.). Original e autógrafo. Manuscrito. Localização no acervo: MSS 1-46,12,016.

ASSIS, Machado de. Ofício de Machado de Assis, observando as leis de aposentadoria para E.F.C.B. [S. 1.], 20 abr. 1903. 1 f. Autógrafo. Coleção Heitor Lira. Localização no acervo: 1-5,35,8.

ASSIS, Machado de. Carta a destinatário ignorado sobre serviços da diretoria e uma exposição em Chicago. [S. 1.], 30 maio 1891. 1 doe. (3 p.). Coleção Manuscritos Avulsos. Original e autógrafo. Manuscrito. Localização no acervo: MSS 1-02,03,012.

A história dos subúrbios.

BERTICHEM, Pieter Gotfred. Camara dos senadores. Campo d'accIamação. In: . O Brazil pittoresco e monumental. Rio de Janeiro: Lithographia Imperial de Rensburg, 1856. Localização no acervo: ICON C.I. 1.36 (8).

DESMONS. Prancha 1. Panorama da cidade de Rio de Janeiro do Passeio Público. In: . Panorama da cidade de Rio de Janeiro. Paris: Imp. Lemercier, [1854]. Localização no acervo: ICON E:g:II-Desmons (pastas 1-2).

CICÉRI, Eugene; BENOIST, Philippe. Prancha 2: Rio de Janeiro. As praias St. Luzia e a Gloria. In: . Série de nove vistas do Rio de Janeiro. Paris: Imp. Lemercier, l i852] . Localização no acervo: ICON Vol 115 Cicéri.

CASTRO Y O R D O N E Z , Rafael. Vista do Rio de Janeiro tirada de Sta. Tereza: Largo da Lapa. In: . La comision Científica Destinada al Pacífico. 1 porta-fólio, 1862. Coleção D. Teresa Cristina Maria. 1 foto: papel albuminado, p&b . Localização no acervo: ICON FOTOS-ARM.3.9.2U7).

1 6 - 6 1

KLUMB, Revert Henrique. [Playa de Sa Luzia, Rio de Janeiro], [ca. 1869]. Coleção D. Teresa Cristina Maria. 1 foto. Localização no acervo: ICON FOTOS-FICH.1.2 (117).

ASSIS, Machado de. O velho Senado. Revista Brazileira, Rio de Janeiro, ano 4, t. 14, p. 257-271, 15 jun. 1898. Localização no acervo: PR-SOR 00028 [15].

ASSIS, Machado de. Folhetim. Gazeta de Notícias, Rio de Janeiro, p. 1, 16 jul. 1892. Localização no acervo: PRC-SPR 00061.

ASSIS, Machado de. Folhetim. Gazeta de Notícias, Rio de Janeiro, p. 1, 4 nov. 1892, Localização no acervo: PRC-SPR 00061.

ASSIS, Machado de. Comentários da Semana. Diário do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro: Typ. do Diário, ano 41, n. 338, p 1-2, 11 dez. 1861. Localização no acervo: PR-SPR 00005.

ASSIS, Machado de. A Semana. Gazeta de Notícias, Rio de Janeiro, ano 20, n. 224, p. 1, 13 ago. 1893. Localização no acervo: PRC-SPR 00061.

Tenho particular amor às borboletas

DESMONS. Prancha 3. Panorama da cidade de Rio de Janeiro tomado do morro de St Antônio a vôo de pássaro. In: . Panorama da cidade de Rio de Janeiro. Paris: Imp. Lemercier, [1854]. Localização no acervo: ICON E:g:II-Desmons(pastas 1-2).

ÁLBUM dedicado a Ernesto Senna. Rio de Janeiro, 1884-1910. 296 doe. (68 p.). Coleção Ernesto Senna. Original e autógrafo. Manuscrito. O autógrafo de Machado de Assis data de 11 jan. 1889. Localização no acervo: MSS 1-05,23,001.

ÁLBUM de autógrafos organizado por Leonor Pereira de Melo, Laurinda Santos Lobo e F. Guimarães. [S. 1.]. O autógrafo de Machado de Assis data de 3 set. 1907. 109 p. Original e autógrafo. Manuscrito. Localização no acervo: MSS 21,4,019 n°o i2 .

Partida de xadrez entre Machado de Assis e Arthur Napoleão. Illustração Brazileira, Rio de Janeiro, n. 25, p. 15, 1 jul. 1877. Localização no acervo: PR-SPR oo239[ i -35] .

ASSIS, Machado de. A Semana. Gazeta de Noticias, Rio de Janeiro, p. 1, 17 maio 1896. Localização no acervo: PRC-SPR 00061.

ASSIS, Machado de. A Semana. Gazeta de Noticias, Rio de Janeiro, p . i , 19 fev. 1893. Localização no acervo: PRC-SPR 00061.

Page 63: machado de assis . ioo anos de uma cartografia inacabada

Eu o mais encolhido dos caramujos.

GUTIERREZ, J. Correio e Rua i ° de Março. In: . Coleção de fotografias dos festejos nacionais no dia 15-11-1994, oferecido ao Presidente da República Dr. Prudente José de Moraes Barros pela Commissão Militar de Festejos. Rio de Janeiro: J. Gutierrez, 1895. Localização no acervo: ICON Res.

ASSIS, Machado de. Carta ao Visconde do Rio Branco referindo-se à passagem da data comemorativa da promulgação da Lei do Ventre Livre. Rio de Janeiro, 30 set. 1876. idoc . (2 p.). Coleção Rio Branco. Original e autógrafo. Manuscrito. Localização no acervo: MSS 1-32,36,025.

ASSIS, Machado de. Pae contra Mãe. In: . Relíquias de casa velha. Rio de Janeiro: Garnier, 1906. (Série Biblioteca Universal). Localização no acervo: SOR 74,1,30.

ASSIS, Machado de. Hymno Patriotico. Semana lllustrada, Rio de Janeiro, n. 11 o, p. 871-872, 18 jan. 1863. Localização no acervo: PR-SOR 02334 [1-8].

ASSIS, Machado de. A Semana. Gazeta de Notícias, Rio de Janeiro, p. 1, 11 nov. 1894. Localização no acervo: PRC-SPR 00061.

A vida e uma ópera

[Retrato de Augusta Candiani]. 1 fotografia. Localização no acervo: DIMAS.

C O N C E R T O dado pelo Club Mozart na noute de dez de Dezembro 1870. Aspecto do salão principal na noite da inauguração. Vida Fluminense, Rio de Janeiro, n. 136, 24 dez. 1870. Localização no acervo: PR SOR 02154 [1-4]

KLUMB, Revert Henrique. Le Morro do Castello, Rio de Janeiro [ca. 1860]: vue prise de la porte de la Forterèsse. Coleção D. Teresa Cristina Maria . Localização no acervo: ICON FOTOS-FICH. 1.2(128).

DESMONS. Prancha 5. Panorama da cidade de Rio de Janeiro tomado do morro de St Antônio a vôo de pássaro. In: . Panorama da cidade de Rio de Janeiro. Paris: Imp. Lemercier, [1854]. Localização no acervo: ICON E:g:II-Desmons(pastas 1-2).

ASSIS, Machado de. Bilhete a Francisco Ramos Paz a respeito do Cassino Fluminense. [S. 1.], 1 out . 1883. 1 doe. (1 p.). Coleção Ramos Paz. Original e autógrafo. Manuscrito. Localização no acervo: MSS 1-04,02,044.

ASSIS, Machado de. Lua da estiva. In: . NAPOLEÀO, Arthur. Ecos do passado: i ° álbum de romances: para canto com acompanhamento de piano. Rio de Janeiro: Narciso, Arthur Napoleão & Miguez, [18-]. Localização no acervo: DIMAS Império; N-VII-31

LEONARDO, Luiza. Inocência: romance. [Paroles portugaises de) Louis Guimarães Júnior; [paroles françaises de] J. M. Machado de Assis. [Rio de Janeiro]: Narciso & Arthur Napoleão, [19-]. 1 parti tura, 3 p. Piano. (Série Souvenirs et Regrets). N. de chapa: 1904. Localização no acervo: DIMAS Império; N-VI-45.

PINHEIRO, Rafael Bordalo. Aos amigos da harmonia. . . O Mosquito, Rio de Janeiro, 2 set. 1876. Charge. Localização no acervo: BR-SOR 2147.

[Programa das apresentações musicais do Club Beethoven], Rio de Janeiro, 27 jun. 1886; 12 ago. 1887. Localização no acervo: DIMAS.

[Retrato de Arthur Napoleão]. [S. 1., 18-]. 1 fotografia. Localização: DIMAS.

Acompanhar o povo

Frontispício do novo theatro São Luiz inaugurado no dia 1 de Janeiro de 1870. Vida Fluminense, Rio de Janeiro, n. 106, 8 jan. 1870. Localização no acervo: PR SOR 02154 (1-4].

DUNLOP, Charles J. Theatro Lírico. In: . Rio Antigo. Fotografias de Augusto Malta, Marc Ferrez, George Leuzinger, E. A. Mortimer e outros. Vinhetas de Ângelo Agostini. Rio de Janeiro: Laemmert, [1955]. Localização no acervo: ICON 6.3.4 volume I

BUVELOT, Louis. Praça da Constituição. [S. I.]: Lith. Heaton e Rensburg, 1845. Localização no acervo: ICON Cl, 1,27.

ASSIS, Machado de. As forcas caudinas: comédia em dois atos. [S.I.: 19-J. 67 p. Original. Manuscri to. Localização no acervo: MSS 50,4,002.

M O N T E I R O , Domingos Jacy. Pareceres censórios para o Conservatório Dramático Brasileiro. Rio de Janeiro, 21 mar. 1864. Coleção Conservatório Dramático Brasileiro. Original e autógrafo. Manuscri to e impresso. Parecer para a peça O pomo da discórdia, de Machado de Assis. Localização no acervo: MSS 49,7,017

D U M A N O I R ; CLAIRVILLE; CORDIER, J. Os burgueses de Paris: comédia em três atos e seis quadros. Traduzida por Machado de Assis. [S.I.: 18-]. 71 p. Cópia. Manuscrito. Localização no acervo: MSS 16,1,014.

ASSIS, Machado de. Os deuses de casaca. Rio de Janeiro: Typ. do Imperial Instituto Artístico, 1866. Bibliotheca de Francisco Ramos Paz. Contém dedicatória e autógrafo. Localização no acervo: SOR 80,1,6.

ASSIS, Machado de. Tu só, tu, puro amor. Rio de Janeiro: Lombaerts ôc C., 1881. Localização no acervo: SOR 80.1.16.

ASSIS, Machado de. Theatro de Machado de Assis. Rio de Janeiro: Typ. do Diário do Rio de Janeiro, 1863. Localização no acervo: SOR 80.1.3.

Page 64: machado de assis . ioo anos de uma cartografia inacabada

Fotos dc Carolina jovem M A C H A D O DE ASSIS E O R O S T O DA C I D A D E

Sc cu for a contar as memórias da infância, deixo a semana no meio, remonto os tempos e faço um volume

LEUZINGER, George. Rio de Janeiro e seu porto do Livramento. In: . Álbum de pbotogravuras do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: [s. n., i8- | . i v. Fotogravura colorida à mão, em três folhas. Gravura de G. & C. Localização no acervo: ICON ARM 28.5.3.

MARTINET, J. A. Cemeterio Inglez na Gamboa. [Rio de Janeiro]: Officina Heaton e Rensburg, [18-]. Litografia p&b. Localização no acervo: ICON Vol. 113 Martinet.

CICÉRI, Eugène; BENOIST, Philippe. Prancha n. 5: a Prainha (da Saúde). Litografia. In: . Série de nove vistas do Rio de Janeiro. Litogravura. Paris: Imp. Lemercier, [1852). Localização no acervo: ICON Vol. 115 Cicéri.

ASSENTO de batismo de Machado de Assis. Capela de Nossa Senhora do Livramento, 13 nov. 1839. Fac-símile. 1 f. Assinado pelo vigário José Francisco da Silva Cardoso. Fundo/Coleção Decimal. Localização no acervo: MSS 1-46,14,12.

ALMANAK Administrativo Mercantil e Industrial do Rio de Janeiro para o Anno Bisssexto de 1844. Rio de Janeiro: Typ. Universal de Laemmert, 1846. Localização no acervo: SOR P01A,01,1-16.

ASSIS, Machado de. Chrysalidas. Rio de Janeiro: Garnier, 1864. Localização no acervo: SOR 80.1.4.

Políticos, poetas, dramaturgos

MACHADO de Assis aos 25 anos, sentado, apoiando-se a uma mesa. [1864]. 1 fotografia. Localização no acervo: ICON Ret. 2 / F i o - 10 b.

PANTEON da Semana Illustrada: representando sucessos de 1864; entre eles, a publicação das Crisálidas. Semana Illustrada, [Rio de Janeiro, 186-]. 1 fotografia. Localização no acervo: ret. 2/F4.

ASSIS, Machado de. Ela. Marmota Fluminense: jornal de modas e variedades, Rio de Janeiro, n. 539» P- 3» 1 2 Ían- j 855- Localização no acervo: PR-SOR 00284 [3]-

ASSIS, Machado de. Soneto: à lima. sra. D. P. J. A. Periódico dos Pobres: folha crítica noticiosa e recreativa, Rio de Janeiro, ano 5, n. 103, p. 4, 3 out. 1854. Localização no acervo: PR-SOR 02280 [3].

1 6 - 6 3

ASSIS, Machado de. Versos a Corina. Correio Mercantil, Rio de Janeiro, n. 80, p. 2, 21 mar. 1864. Localização no acervo: PR-SPR 00001 [29].

ASSIS, Machado de. Ao proscrito Ch. Ribeyrollez. [S. 1.], 1859. Manuscrito. Autógrafo. 2 p. Localização no acervo: MSS 1-07,10,041.

ASSIS, Machado de. Os arlequins. [S. 1.], 1864. Manuscrito. Autógrafo 4 p. Localização no acervo: MSS 1-07,10,043.

ASSIS, Machado de. Uma flor? Uma lágrima. [S. 1.], out. 1858. Manuscrito. Autógrafo. 2 p. Localização no acervo: MSS 1-07,10,044.

CONSULTA Pública 1854-56. Do registro de leitores da Biblioteca Nacional, contém relação de obras emprestadas a Machado de Assis e respectivas datas. Localização no acervo: MSS I-16, 04,20.

ASSIS, Machado de. Desencantos: phantasia dramática. Rio de Janeiro: Paula Brito, 1861. Localização no acervo: SOR 80.1.1.

A crítica decidirá se a obra corresponde ao intuito

MACHADO de Assis aos 34 anos e José de Alencar. Arcbivo Contemporâneo, Rio de Janeiro, ano 1, n. 10, 30 jan. 1873. Capa. 1 fotografia. Localização no acervo: ICON Ret. 2^7-73 .

[Retrato de Carolina Xavier de Novais). [S. 1., 18-). Reprodução. 1 fotografia. Localização no acervo: MSS Coleção Paulo Tacla.

(Retrato de Carolina Xavier de Novais]. [S. 1., [18-]. Reprodução. 1 fotografia. Localização no acervo: MSS Coleção Paulo Tacla.

KLUMB, Revert Henrique. [Passeio Público], Rio de Janeiro [ca. 1860]. Localização no acervo: ICON FOTOS-FICH. 1.2(5).

KLUMB, Revert Henrique. [Passeio Público], Rio de Janeiro [ca. 1860]. Localização no acervo: ICON FOTOS-FICH. 1.2(24).

KLUMB, Revert Henrique. L'Eglise da Lapa, et le Couvent de Sa Thereza, Rio de Janeiro [ca. 1860]. vue prise de la terrasse du Jardin Public R. H. Klumb. Localização no acervo: ICON FOTOS-FICH. 1.2(114).

DESMONS. Prancha 10: panorama da cidade de Rio de Janeiro. Vista da Glória tomado do Passeio Público. In: . Panorama da cidade de Rio de Janeiro. Paris: Imp. Lemercier, [1854]. Litogravura. Localização no acervo: ICON E:g:II-Desmons (pastas 1-2).

Os manuscritos da Biblioteca Nacional não deixam de produzir surpresas. Uma delas veio da Coleção Paulo Tacla, jornalista de ascendência síria, radicado no Rio de Janeiro, que dedicou várias décadas de sua vida a promover a união luso-brasileira.

Em 1965, um de seus correspondentes portugueses, o professor Manuel Corrêa de Barros, visitou a Universidade do Estado da Guanabara, onde lhe ofertaram as obras completas de Machado dc Assis. O fato é mencionado numa carta a Paulo Tacla, acrescido de uma importante informação: em sua juventude, Carolina Xavier de Novais, esposa de Machado de Assis, fora muito amiga da avó do remetente, Antónia Amélia Moutinho de Sousa.

Manuel Corrêa de Bastos se refere a essa ligação de forma casual, uma "coincidência" que, segundo ele, veio se somar às recordações de sua viagem ao Brasil. Paulo Tacla, porém, parece ter se interessado em saber mais - e o resultado foi uma troca de correspondência que culminou, cm janeiro de 1966, no envio de reproduções de fotografias e documentos relativos à amizade entre os Moutinho de Sousa e os Xavier de Novais.

Segundo apurou Barros, sua avó era amiga de Carolina pelo menos desde 1860, havendo também grande intimidade entre os irmãos de ambas, Antônio Moutinho de Sousa e Faustino Xavier de Novais. Sousa esteve no Brasil entre 1859 e 1863, e já em 1860 conhecia Machado de Assis, que lhe dedicou um poema por ocasião de seu casamento. Barros informa ainda que há mais retratos dc Carolina no Porto, bem como livros e outros documentos com dedicatórias de Machado de Assis a Antônio Moutinho de Sousa.

Coincidência ou sincronicidade? O fato é que esse achado inesperado, num dos últimos pacotes da Coleção Paulo Tacla a serem abertos, e justamente no momento em que se prepara o catálogo da Exposição Machado de Assis, nos enche de entusiasmo .

Ana Lúcia Merege Divisão de Manuscritos da Fundação Biblioteca Nacional

Page 65: machado de assis . ioo anos de uma cartografia inacabada

M A C H A D O de Assis e alguns personagens do seu romance Ressurreição. Semana Illustrada, n. 597, 1872. 1 fotografia. Localização no acervo: ICON Ret. 2 / F 3 .

RESSURREIÇÃO, romance de Machado de Assis. O Mosquito, Rio de Janeiro, n. 138, p. 3, 4 maio 1872. Localização no acervo: PR-SOR 2147 [2].

ASSIS, Machado de. A S. Ex. o sr. conselheiro José de Alencar. Correio Mercantil, Rio de Janeiro, ano 25, n. 6o, p. 2, 1 mar. 1868. Localização no acervo: PR-SPR 00001 [51].

ASSIS, Machado de. Carta a Jose Carlos Rodrigues. Rio de Janeiro, 25 jan. 1873. 2 f., 3 p. Autógrafo. Original. Coleção José Carlos Rodrigues. Localização no acervo: MSS I - 03,01,044.

ASSIS, Machado de. Carta a Ramos Paz. [S. 1.], 19 nov. [18-J. 2Í., 4p. Original. Autógrafo. Coleção Ramos Paz. Localização no acervo: MSS 1-4,2,48.

ASSIS, Machado de. Contos fluminenses. Rio de Janeiro: Garnier. Localização no acervo: SOR 81.3.13.

ASSIS, Machado de. Phalenas. Rio de Janeiro: Garnier, 1870. Localização no acervo: FBN/SOR 80,1,8.

ASSIS, Machado de. Ressurreição. Rio de Janeiro: Garnier, (1872]. Localização no acervo: SOR OR-80,1,33.

ASSIS, Machado de. Histórias da meia-noite. Rio de Janeiro: Garnier, [1873]. (Collecção dos Autores Celebres da Litteratura Brasileira). Localização no acervo: FBN/SOR 81.3.16.

ASSIS, Machado de. A mão e a luva. Rio de Janeiro: Gomes de Oliveira: Typ. do Globo, 1874. (Série Biblioteca do Globo). Coleção Bibliotheca de Francisco Ramos Paz. Localização no acervo: SOR 80.1.11.

Nenhum escritor teve em mais alto grau a alma brasileira

CICÉRI, Eugène; BENOIST, Philippe. Prancha n. 1: Rio de Janeiro tomado de Boa Vista da Tijuca. In: . Série de nove vistas do Rio de Janeiro. Litogravura. Paris: Imp. Lemercier, [1852]. Localização no acervo: ICON Vol 115 Cicéri.

LEUZINGER, George. (Boa] Vista, Tijuca: lado direito. [1865-1874). 1 foto, papel albuminado, pôcb. Localização no acervo: ICON FOTOS-ARM.9-2.4( i5) .

DESMONS. Prancha 11. Panorama da cidade de Rio de Janeiro tomado da chácara do Sr. Barão de Mauá a vôo de pássaro. In: . Panorama da cidade de Rio de Janeiro. Litogravura. Paris: Imp. Lemercier, [1854]. Localização no acervo: I C O N E:g:II-Desmons (pastas 1-2).

ASSIS, Machado de. [Poema sem título]. Rio de Janeiro, 25 ago. 1876. 2 p. Original e autógrafo. Manuscrito. Primeiro verso: " Ó Cristo, em que alma penetrou teu nome". Anexo: texto em prosa. Coleção Literatura. Localização no acervo: MSS 1-07,10,42.

C O N T R A T O celebrado entre Machado de Assis e o editor Baptiste-Louis Garnier para a primeira edição da obra Helena do Vale. Rio de Janeiro, 29 abr. 1876. 2 doe. (1 p.). Original e autógrafo. Inclui o recibo da importância paga por este contrato. Coleção Literatura. Localização no acervo: MSS 1-07,09,004.

ASSIS, Machado de. [Poema sem título]. Gazeta de Notícias, Rio de Janeiro, ano 3, n. 354, p. 1, 23 dez. 1877. Primeiro verso: "Naquele eterno azul, onde Coema [...]". PRC-SPR 00061 [5].

ASSIS, Machado de. Círculo vicioso. Revista Brazileira, Rio de Janeiro, a n o i , t. 1, p. 79, jun. 1879. Localização no acervo: PR-SOR 00028 [3]

PINHEIRO, Rafael Bordalo. Machado de Assis cinzelando primorosamente uma belíssima Helena no rodapé do Globo. O Mosquito, Rio de Janeiro, 9 set. 1876. Charge. Localização no acervo: PR SOR 02147 [1-4).

ASSIS, Machado de. Yayá Garcia. Rio de Janeiro: G. Vianna, 1878. Localização no acervo: FBN/SOR 80.1.15 A.

A obra cm si mesma é tudo

M A C H A D O de Assis: retrato aos 42 anos. Penna e lápis, Rio de Janeiro, 10 jul. 1880. Capa. 1 reprodução tipográfica. Original litografado por Augusto Off . Localização no acervo: ICON Ret. 2/ R2.

DESMONS. Prancha 4: panorama da cidade de Rio de Janeiro. Vista da Glória tomado do Passeio Público. In: . Panorama da cidade de Rio de Janeiro. Paris: Imp. Lemercier, [1854]. Litogravura. Localização no acervo: ICON E:g:II-Desmons (pastas 1-2).

ASSIS, Machado de. O Alienista. A Estação: jornal illustrado para a família, Rio de Janeiro, p. 231-232, 15 out. 1881. Localização no acervo: PR-SOR 4641 [2].

ASSIS, Machado de. Memórias posthumas de Braz Cubas. Rio de Janeiro: Typ. Nacional, 1881. Localização no acervo: FBN/SOR 80.01.18-18A.

ASSIS, Machado de. Papéis avulsos. Rio de Janeiro: Typ. Lombaerts 8c C., 1882. Localização no acervo: SOR 080.01.19.

ASSIS, Machado de. Bilhete a Artur de Oliveira elogiando-o. [S. 1.], 18 jan. 1881. 1 p. Autógrafo. Localização no acervo: FBN/MSS 1 - 0 2 , 0 3 , 0 9 .

ASSIS, Machado de. Bilhete a Ramos Paz. [S. 1.], 30 mar. 1884. 1 doe. 1 (p). Coleção Ramos Paz. Localização no acervo: FBN/MSs 1-4,2,45.

ASSIS, Machado de. Carta de Machado de Assis a Alfredo Pujol. Rio de Janeiro, 28 jan. 1886. 4 {., 4 p. Localização no acervo: MSS 1-02,03,10.

ASSIS, Machado de. Carta a Raimundo Correia, 7 out. 1886. if . , Autógrafo 1 p. Coleção Adir Guimarães. Localização no acervo: MSS 1-9,5.51.

ASSIS, Machado de. Mundo interior: poesia. 1 f. Autógrafo. 1 p. Localização no acervo: FBN/MSs 1-9,5,46.

Retórica dos namorados

MALTA, Augusto. Fotografia de Machado de Assis com um grupo de amigos. Rio de Janeiro, [10 ago. 1906]. Localização no acervo: ICON Ret. 2 /Fi3a .

M A C H A D O de Assis: retrato aos 57 anos. [1896]. 1 fotografia. Localização no acervo: ret. 2/F12-12d.

ASSIS, Machado de. Missa do galo. A Semana. Rio de Janeiro, ano 5, t. 5, n. 41, p. 322, 12 maio 1894. Localização no acervo: PR-SOR 00006 [2]

ASSIS, Machado de. Comentários sobre Henrique Lombaerts. |S. 1.], 1897. 2 p. Original e autógrafo. Manuscrito. Coleção Mendes de Morais. Localização no acervo: MSS 50,5,007 n°oo7.

ASSIS, Machado de. Declaração de que era casado com dona Carolina Augusta de Novaes, sem filhos, e que desejava pagar antecipadamente a jóia que lhe cabia. Rio de Janeiro, 9 dez. 1890. 1 doe. (1 p.). Original e autógrafo. Manuscrito. Coleção Decimal. Localização no acervo: MSS 1-46,12,15.

Page 66: machado de assis . ioo anos de uma cartografia inacabada

ASSIS, Machado de. Recibo passado a Stephani Marte Vienne L., representante do editor B. L. Garnier, pela importância paga pela terceira edição da obra Memórias póstumas de Brás Cubas e pela segunda edição de Quincas Borba. Rio de Janeiro, 17 jun. 1896. 1 doe. (1 p.). Original. Manuscrito. Coleção Literatura. Localização no acervo: 1-07,09,005.

ASSIS, Machado de. AZEVEDO, Arthur. Pareceres a respeito da apresentação do engenheiro Paulo José de Oliveira. [S. 1.], 9 fev. 1904-13 jun. 1904. 1 doe. (2 p.). Original e autógrafo. Manuscrito. Coleção Heitor Lira. Localização no acervo: MSS 1-05,35,008.

ASSIS, Machado de. Quincas Borba. Rio de Janeiro: Garnier, 1891. Localização no acervo: SOR 074,001,019.

ASSIS, Machado de. Varias historias. Rio de Janeiro: Garnier, [18-]. (Collecção dos Autores Celebres da Litteratura Brasileira). Localização no acervo: SOR OR-155.3.14.

ASSIS, Machado de. Paginas recolhidas. Rio de Janeiro: Garnier. (Collecção dos Autores Celebres da Litteratura Brasileira). Localização no acervo: SOR 80.1.38.

ASSIS, Machado de. Dom Casmurro. Rio de Janeiro: Garnier, (18-]. Coleção Biblioteca de Francisco Ramos Paz. Localização no acervo: SOR 80.1.25.

0 povo mudaria de governo, sem tocar nas pessoas

M A C H A D O de Assis e vários escritores. In: ABREU, Modesto de. Biógrafos e críticos de Machado de Assis. Rio de Janeiro: Academia de Letras do Estado do Rio de Janeiro, 1989. 1 fotografia, p. 256. Localização no acervo: ICON Ret. 2/F1.

M A C H A D O de Assis: retrato aos 65 anos. Renascença, [Rio de Janeiro, 19-]. 1 fotogravura. 15,8 x 11,5 cm. Fotogravura do desenho de H. Bernardelli. Localização no acervo: ICON Ret 2/ R i .

FERREZ, Marc. Brazil IRio de Janeiro, 1880: cascata do Campo da Aclamação). 1 foto, colódio?, p&b . Coleção D. Teresa Cristina Maria. Localização no acervo: ICON FOTOS-ARC. 1.5(1).

[Estrada de Ferro D. Pedro 2.], [doe. fot.J. [Rio de Janeiro, RJ], 1881. Estação Central: Campo d'Acclamação. 1 foto: papel albuminado, p&b . Doação de D. Pedro II, 1891. Coleção D. Teresa Cristina Maria. Localização no acervo: ICON FOTOS-ARM. 12.2.13(1).

ASSIS, Machado de. Carta a Tobias Monteiro. Rio de Janeiro, 26 fev. 1902. 1 p. Localização no acervo: MSS 1-02,03,19.

ASSIS, Machado de. Carta a Salvador de Mendonça. Rio de Janeiro, 6 mar. 1904. 1 folha; 1 envelope. Coleção Salvador de Mendonça. Localização no acervo: MSS I - 04,22,20.

PRIMEIRO registro de obra de Machado de Assis no Escritório de Direitos Autorais: Contos Fluminenses, registro n. 46, livro 1, folha 5, 21 dez. 1889. Localização no acervo: Escritório de Direitos Autorais (não disponível para consulta).

ASSIS, Machado de. Esaú e Jacob. Rio de Janeiro: Garnier, [1904]. Localização no acervo: SOR 81.3.6.

ASSIS, Machado. Poesias completas: Chrysalidas, Phalenas, Americanas, Occidentaes. Rio de Janeiro: Garnier. 1901. Localização no acervo: SOR 80.1.26.

Foi-se a melhor parte da minha vida

CASA em que morou Machado de Assis no Cosme Velho. Renascença, (Rio de Janeiro, 19-]. 2 fotografias. Localização no acervo: Ret. 2 / F n - i i b

CICÉRI, Eugene. Laranjeiras. [S. 1., 18-]. Localização no acervo: ICON Vol. 115, Ciceri.

ASSIS, Machado de. Carta a Francisco Ramos Paz. Rio de Janeiro, 15 dez. 1904. 1 doe. 1 p. Original e autógrafo. Manuscrito. Coleção Biblioteca Ramos Paz. Localização no acervo: MSS 1-04,02,047.

ASSIS, Machado de. Declaração de montepio do autor. 17 nov. 1904. if . , Manuscrito autografado. 1 página colada em cartão. Coleção Adir Guimarães. Localização no acervo: MSS 1-9,5,47.

ASSIS, Machado de. Relíquias de casa velha. Rio de Janeiro: Garnier, 1906. Localização no acervo: SOR 80.1.29

Papel, amigo papel, não recolhas tudo 0 que escrever esta pena vadia

MUSSO, Luiz. Palacio da Presidencia. In: . Vues de Rio de Janeiro, Brèsil. Rio de Janeiro: Photographia Brazileira, [19-j. Localização no acervo: ICON ARM. 17.1.4.

SILOGEU Brasileiro: vista do prédio na cidade do Rio de Janeiro, atual Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. [Rio de Janeiro, 193-). 1 fot. p&b . Localização no acervo:

ICON Pasta de documentação da cidade do Rio de Janeiro, tam A, n. 218.

FERREZ, Marc. [Panorama apresentando os bairros da Glória e do Catete, na cidade do Rio de Janeiro]. [189-?]. 1 fot. p & b . Localização no acervo: ICON FOTOS-ARC 1. 15 (14)

O APERITIVO dos intelectuais: Machado, J. Veríssimo, Euclides da Cunha e Walfrido Riberio, na Terrasse dos Castellões. Fon-Fon, 4 maio 1907. Localização no acervo: PR-SPR0131 [x-135].

REGISTRO de obra de Machado de Assis no Escritório de Direitos Autorais: Dom Casmurro, registro n. 187, livro 1, folha 19, 30 abr. 1900. Localização no acervo: Escritório de Direitos Autorais (não disponível para consulta).

ASSIS, Machado de. Cartão de visita de Machado de Assis. 1 jan. 1907. Localização no acervo: MSS 1-9,5,49.

ASSIS, Machado de. Memorial de Ayres. Rio de Janeiro: Garnier, [1908J. Dedicatória ao Jornal do Commercio, sem assinatura. Coleção Benedicto Ottoni . Localização no acervo: SOR 80,1,30.

Aposentadoria da vida

PETIT Trianon. Illustração Brasileira, Rio de Janeiro, p. 15, jun. 1939. Localização no acervo: PR-SPR oo239[ i -35] .

Funeraes de Machado de Assis. Fon-Fony Rio de Janeiro, ano 2, n. 27, p. 6, 10 out. 1908. Localização no acervo: PR-SPR 00131(1-135].

0 5 FUNERAES de Machado de Assis. Revista da Semana. Rio de Janeiro, ano 13, n. 439, p. 946, 11 out. 1908. Localização no acervo: PR-SPR 00666(1-75].

BARBOSA, Rui. O adeus da Academia a Machado de Assis. Rio de Janeiro: Casa de Rui Barbosa, 1958. Localização no acervo: SOG H-233,6,16 n.7.

H O M E N A G E M de Fon-Fon a Machado de Assis. Fon-fon, Rio de Janeiro, 23 out. 1908. 1 página de revista. Localização no acervo: MSS I-9, 5, 45.n.2.

CUNHA, Euclides da. A última visita. Renascença: revista mensal de lettras, sciencias e artes. Rio de Janeiro: E. Bevilacqua, ano 5, n. 55, p. 98, set. 1908. Caderno. Localização no acervo: PR-SPR 1-214,02,18.

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Page 67: machado de assis . ioo anos de uma cartografia inacabada

AGRADECIMENTOS ESPECIAIS

Marta e Carlos Lessa

AGRADECIMENTOS

Alber th C a t h a r i n o da Silva J a y m e Spinelli

A lexandre Pessanha Jorge Luiz. dos Santos

Al t ino M a y r i n k Jo rge Rodr igues Reis

Ana Lúcia Merege Corre ia José H e n r i q u e M o n t e i r o

Ana Paula Souza Ju l iana U e n o j o

Ana Virgínia Pinhei ro Kátia D u a r t e

A n a p a u l a O t t o n i Kesiah Pinhei ro Vianna

Ângela M a r i a Torres Di Stasio Léia Pereira da C r u z

Anna Na ld i L e o n a r d o d a Cos ta

Barbara Silveira S imão Lia J o r d ã o

Bianca M a n d a r i n o da Cos ta Luís C láud io F. Veloso

Bruno Luiz M o n t e i r o de M o r a i s Luiz A n t ô n i o de Oliveira

Cami la Silveira de P inho M á r c i o S a c r a m e n t o dos Santos

Car l a Rossana M a r i a da Penha de Lima Silva

Ca r lo s Mangefes t e M a r t a R a m o s

Ca t i ana de A r a ú j o M i r a n d a Michel le M e n d e s C a r n e i r o

Chr i s t i anne T h e o d o r o de Jesus M õ n i c a C a r n e i r o Alves

Cirlei G o m e Na ta l i a Tor tore l la

C laud ia Cr is t iane da F. M . C o u t o Pau lo H e n r i q u e de Oliveira Silva

C l á u d i o de C a r v a l h o Xavier Rafael la Bet tamio

Deividi Grassini Régia He lena d a Silva Lima

Di s t e f ano Fonseca Vieira Regina Sant iago

Djani l son da Silva T i to Rena t a Cava lcan t i

Eliane Perez Rogér io Silva dos San tos

Elizabeth M o r a e s da Cos ta Ros imer i R o c h a da Silva

Elizete H ig ino R y a n d d r e Sampa io

F e r n a n d o F r a n c o Sabr ina Gonça lves M a r q u e s

Irineu E. Jones C o r r ê a Silvana Bojanoski

luri Lapa Silvio Gonça lves Bahiana

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