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Ana Cláudia Além Macroeconomia Teoria e prática no Brasil Edição

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Macroeconom

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2ª Edição

Ana Cláudia Além

MacroeconomiaTeoria e prática no Brasil

2ª Edição

Consulte nosso catálogo completo e últimos lançamentos em www.elsevier.com.br

Capa

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Ana Cláudia Além é economista do Banco Nacional de Desen-volvimento Econômico Nacio-nal (BNDES) e professora do IBMEC/RJ. É doutora em eco-nomia pelo Instituto de Econo-mia (IE) da Universidade Fede-ral do Rio de Janeiro (UFRJ). Suas áreas de pesquisa são: macroeconomia, finanças públicas, desenvolvimento econômico, economia interna-cional e história do pensamento econômico. Tem vários traba-lhos e artigos publicados. É coautora do livro Finanças Públicas: Teoria e Prática no Brasil, vencedor do Prêmio Jabuti 2000. No BNDES, é edi-tora de conteúdo da Revista do BNDES e presidente da Comis-são de avaliação do Prêmio BNDES de Economia.

A macroeconomia é o principal pilar do curso de Ciências Econômi-cas. A discussão sobre conjuntura econômica, o desempenho do nível de atividade, as perspectivas de investimento, as possibilidades de crescimento e desenvolvimento econômico, o combate à inflação, e o debate sobre o (des)ajuste fiscal, por exemplo, são temas que exigem um conhecimento profundo da teoria macroeconômica.

No Brasil, o ensino de macroeconomia utiliza-se principalmente de manuais de origem estrangeira. Entretanto, esses livros estão adap-tados a situações típicas dos países nos quais foram escritos, com exemplos práticos associados, em grande medida, aos países desen-volvidos. Ou seja, os manuais estrangeiros não abordam de forma adequada os problemas associados a economias em desenvolvimen-to, como a brasileira. Macroeconomia - teoria e prática no Brasil preenche essa lacuna e inova ao ser um manual didático e completo sobre a teoria macroeconômica, com a aplicação ao caso brasileiro. O livro se propõe a destrinchar os conceitos teóricos passo a passo e de forma muito detalhada, mediante o uso de demonstrações algé-bricas, gráficos, quadros e tabelas, apresentando a aplicação da teoria à realidade econômica brasileira no final de cada capítulo.

Macroeconomia - teoria e prática no Brasil é principalmente voltado para a aplicação nos cursos de macroeconomia das faculdades de graduação em Economia, Administração de Empresas e Ciências Contábeis. Contudo, sua linguagem acessível permite que seja utilizado em cursos de pós-graduação em diversas áreas de conheci-mento. O livro também é bibliografia obrigatória na preparação para o concurso nacional da ANPEC — porta de entrada dos principais cursos de mestrado em economia do país — e para diversos concur-sos de nível de superior, como o de gestores públicos dos Ministé-rios, da Secretaria do Tesouro Nacional, BNDES, Petrobras, Banco Central e IPEA.

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MACROECONOMIA TEORIA E PRÁTICA NO BRASIL

2ª edição

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MACROECONOMIA

TEORIA E PRÁTICA NO BRASIL

ANA ALÉM

2ª edição

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©2018, Elsevier Editora Ltda. Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610 de 19/02/1998. Nenhuma parte deste livro, sem autorização prévia por escrito da editora, poderá ser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os meios empregados: eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravação ou quaisquer outros.

ISBN: 978-85-352-8243-6 ISBN (versão digital): 978-85-352-8980-0

Copidesque: Augusto R. Coutinho Revisão tipográfica: Hugo de Lima Corrêa Editoração Eletrônica: Thomson Digital

Elsevier Editora Ltda. Conhecimento sem Fronteiras

Rua da Assembleia, n° 100 – 6° andar – Sala 601 20011-904 – Centro – Rio de Janeiro – RJ

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Serviço de Atendimento ao Cliente 0800 026 53 40 [email protected]

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Nota Muito zelo e técnica foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitação, impressão ou dúvida conceitual. Em qualquer das hipóteses, solicitamos a comunicação ao nosso serviço de Atendimento ao Cliente para que possamos esclarecer ou encaminhar a questão. Para todos os efeitos legais, a Editora, os autores, os editores ou colaboradores relacionados a esta obra não assumem responsabilidade por qualquer dano/ou prejuízo causado a pessoas ou propriedades envolvendo responsabilidade pelo produto, negligência ou outros, ou advindos de qualquer uso ou aplicação de quaisquer métodos, produtos, instruções ou ideias contidos no conteúdo aqui publicado.

A Editora

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃOSINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

A351m2. ed.

Além, AnaMacroeconomia: teoria e prática no Brasil / Ana Além. - 2. ed. - Rio de Janeiro :

Elsevier, 2018.– p. : il. ; 240 cm.

Inclui bibliografia e índiceISBN 9788535282436

1. Macroeconomia. I. Título.

18-49080 CDD: 339CDU: 330.101.541

Leandra Felix da Cruz - Bibliotecária - CRB-7/6135

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Dedico este livro à minha mãe, Lourdes, à minha irmã, Andréa ( in memorian ), e ao meu pai, Mário ( in memorian ).

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Apresentação

A macroeconomia é o pilar principal do curso de ciências econômicas. É no curso de macroeconomia que são apresentados pela primeira vez aos estudantes uma série de conceitos presentes no dia a dia das notícias sobre o desempenho econô-mico da sociedade. A discussão sobre conjuntura econômica, o combate à inflação, o desempenho do nível de atividade, a evolução das contas do governo, as pers-pectivas de investimento e as possibilidades de crescimento e desenvolvimento econômico, por exemplo, são temas que exigem um conhecimento profundo da teoria macroeconômica.

O grande desafio que se apresenta aos professores é combinar de forma satis-fatória o ensino detalhado e didático da teoria macroeconômica com a aplicação dos conceitos à realidade dos sistemas econômicos. É sempre complexo manter o interesse dos alunos no aprendizado da teoria sem que o processo seja considera-do maçante e obscuro. Por isso, o livro se propõe a destrinchar passo a passo e de forma muito detalhada os conceitos teóricos mediante o uso de demonstrações algébricas, gráficos, quadros e tabelas, sempre com a preocupação de, no final de cada capítulo, apresentar a aplicação da teoria à realidade econômica.

No Brasil, o ensino da disciplina utiliza-se principalmente de manuais de origem estrangeira. Entretanto, esses manuais estão adaptados a situações típicas dos países de origem, com exemplos práticos associados aos países desenvolvi-dos, não abordando adequadamente os problemas associados a economias em desenvolvimento, como a brasileira.

Macroeconomia – teoria e prática no Brasil preenche essa lacuna e inova ao ser um manual didático e completo sobre a teoria macroeconômica, com a aplicação ao caso brasileiro.

O manual apresenta de forma exaustiva e objetiva o arcabouço teórico e os principais modelos que compõem a teoria macroeconômica, com a aplicação aos grandes temas de política econômica que têm marcado a história do Brasil.

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Macroeconomia: Teoria e Pratica no Brasil — Ana Alémviii

O livro está dividido em 10 capítulos teóricos que seguem a sequência do programa do curso de macroeconomia. Além de utilizar uma linguagem didática na explicação da teoria, em cada capítulo há uma seção especial de aplicação à economia brasileira. A seção “Para fixar” resume os principais pontos da teoria apresentada ao longo de cada capítulo. Ao término de cada capítulo há uma série de exercícios resolvidos que contribuem para mostrar aos alunos como pôr em prática os diversos conceitos e modelos apresentados.

Macroeconomia – teoria e prática no Brasil é voltado principalmente para a apli-cação nos cursos de macroeconomia das faculdades de graduação em economia, administração de empresas e ciências contábeis. Entretanto, tendo em vista a linguagem acessível, pode também ser utilizado em cursos de pós-gradução em diversas áreas de conhecimento que tenham a macroeconomia como um tópico do programa. A disciplina de macroeconomia está presente em vários cursos que não se restringem aos profissionais de economia.

Os exercícios resolvidos ao final dos capítulos foram retirados das provas anuais do concurso da Associação Nacional dos Centros de Pós-Graduação em Economia (ANPEC). O concurso da ANPEC é de abrangência nacional e se cons-titui na principal porta de entrada para os principais cursos de mestrado em economia do país. Nesse sentido, o livro também funciona como um importante instrumento na preparação dos candidatos para prestar os exames da ANPEC, além de ser uma referência bibliográfica importante para os concursos de nível superior como o de gestores públicos para os Ministérios, da Secretaria do Tesouro Nacional, BNDES, Petrobras, Banco Central, IPEA, etc.

O livro contou com a inestimável contribuição daqueles que tiveram muita paciência, dedicação e competência na leitura das versões iniciais de cada um dos capítulos. Agradeço a Andréa Sampaio Vianna, Claudia Lucia Bisaggio Soares, Gabriela Laplane, Gisele Costa Norris, José Antônio Pereira de Souza, Luciane Melo e Renan Brandão pelos comentários e sugestões que em muito enriqueceram o trabalho final. À minha mãe, Lourdes, à minha irmã, Andréa, e aos grandes amigos de todos os momentos também sou muito grata pela confiança e força que sempre me transmitiram ao longo do processo de trabalho. Agradeço em especial a Rodrigo Madeira que acompanhou o projeto desde o seu início e cujo apoio foi fundamental para que o “sonho” se transformasse em realidade. Por fim, agradeço a Carlos Eduardo Young, Franklin Serrano, Fábio Freitas e Carlos Bastos cujas sugestões, ideias e trabalhos inspiraram avanços importantes dessa segunda edição do livro, em relação à anterior.

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Glossário

AD Aggregate demand ADR American Depositary Receipts Anatel Agência Nacional de Telecomunicações Aneel Agência Nacional de Energia Elétrica ANP Agência Nacional de Petróleo APE Associações de poupança e empréstimos AS Aggregate supply BB Banco do Brasil BC Banco Central BCB Banco Central do Brasil BD Bancos de desenvolvimento BDR Brazilian Depositary Receipts Bird Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Banco Mun-

dial) BM Base monetária BNDE Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social BNH Banco Nacional da Habitação BP Balanço de pagamentos, 5 a edição BPM5 Manual de Balanço de Pagamentos do Fundo Monetário Internacional,

5 a edição BPM6 Manual de Balanço de Pagamentos do Fundo Monetário Internacional,

6 a edição Brics Grupo de países constituído por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul C Consumo Ca Consumo autônomo Cacex Carteira de Comércio Exterior Caged Cadastro Geral de Empregados e Desempregados CAP Caixa de Aposentadoria e Pensões CC5 Carta Circular n o 5

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Macroeconomia: Teoria e Pratica no Brasil — Ana Alémx

CCE Comissão das Comunidades Europeias CEF Caixa Econômica Federal CEI Contas Econômicas Integradas Cepal Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe Cexim Carteira de Exportações e Importações do Banco do Brasil CI Consumo intermediário CIF Cost, Insurance and Freight CLT Consolidação das Leis do Trabalho Cmg Custo marginal CMN Conselho Monetário Nacional CN Contas nacionais CNAE Classificação Nacional de Atividades Econômicas CNPJ Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica Cofins Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social Copom Comitê de Política Monetária Cosif Plano Contábil das Instituições Financeiras Nacionais CP Curto prazo CPH Curva de Phillips CPMF Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras CSLL Contribuição Social sobre o Lucro Líquido CSN Companhia Siderúrgica Nacional CTVM Carteiras de títulos de valores imobiliários de capital estrangeiro CVRD Companhia Vale do Rio Doce d Reservas para depreciação DA Demanda agregada DES Direitos especiais de saque Dest Departamento de Coordenação das Empresas Estatais Federais Dieese Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos DO Déficit operacional DPR Déficit público real DR Depositary Receipts E Taxa de câmbio EUA Estados Unidos da América FAT Fundo de Amparo ao Trabalhador FBC Formação Bruta de Capital FBCF Formação Bruta de Capital Fixo FC Fluxo de capitais FE Fundo especial FED Federal Reserve System (Banco Central dos EUA) FEF Fundo de Estabilização Fiscal FGTS Fundo de Garantia do Tempo de Serviço Fice Fundos de investimento de capital estrangeiro Fipe Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas FMI Fundo Monetário Internacional FOB Free on board

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Glossário xi

FSE Fundo Social de Emergência FVG Fundação Getulio Vargas g Taxa de crescimento do produto Ga Gastos do governo GDR Global Depositary Receipts HDI Human Development Index (original do qual deriva a expressão IDH em

português) HDR Human Development Report i Taxa de juros doméstica (%) I Investimento i* Taxa de juros internacional (%) IBD Investimento brasileiro direto no exterior IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Ibre Instituto Brasileiro de Economia (FGV) ICMS Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços IDH Índice de Desenvolvimento Humano IED Investimento Externo Direto Ig Investimento do governo IGP Índice Geral de Preços (FGV) IGP-DI Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (FGV) IGP-M Índice Geral de Preços de Mercado (FGV) II Imposto inflacionário II PND Segundo Plano Nacional de Desenvolvimento (governo Geisel) I ind Investimento industrial IMF International Monetary Fund (original do qual deriva a expressão FMI

em português) INCC Índice Nacional da Construção Civil (FGV) INPC Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IBGE) INSS Instituto Nacional de Seguridade Social IOF Imposto sobre Operações Financeiras Ip Investimento privado IPA Índice de Preços no Atacado (FGV) IPC Índice de Preços ao Consumidor IPCA Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IBGE) Ipea Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada IPI Imposto sobre Produtos Industrializados IPR Índice de Preços Recebidos pelos Produtores IPTU Imposto Predial e Territorial Urbano IPVA Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores IR Imposto de Renda IRPF Imposto de Renda da Pessoa Física IRPJ Imposto de Renda da Pessoa Jurídica IS Abreviatura do termo “investimento (I) é igual à poupança (S)” ISS Imposto sobre Serviços IST Índice de Serviços de Telecomunicação

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Macroeconomia: Teoria e Pratica no Brasil — Ana Alémxii

ITN Índice de transnacionalidade IVA Imposto sobre Valor Adicionado k Constante marshalliana K Estoque de capital L Estoque de trabalho L Demanda de moeda (modelo IS/LM) LM Abreviatura do termo “a demanda de moeda (L) é igual à oferta de moeda

(M)” LP Longo prazo LRF Lei de Responsabilidade Fiscal LSPA Levantamento Sistemático da Produção Agrícola LTN Letra do Tesouro Nacional M Importações m Multiplicador monetário m Propensão marginal a importar M Estoque nominal de moeda MCTF Mercado de Câmbio de Taxas Flutuantes MP Meios de pagamento MP Medida provisória MPOG Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão MTE Ministério do Trabalho e Emprego n Taxa de crescimento da força de trabalho N Nível de emprego Nairu Non-Accelerating Inflation Rate of Unemployment (conceito equivalente ao

da taxa natural de desemprego em português) NCM Novo Consenso Macroeconômico NFG Necessidades de Financiamento do Governo NFSP Necessidades de Financiamento do Setor Público NTN-C Notas do Tesouro Nacional – série C NTN-D Notas do Tesouro Nacional – série D NX Net exports OA Oferta agregada OCDE Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico OGU Orçamento Geral da União OMC Organização Mundial do Comércio ONU Organização das Nações Unidas ORTN Obrigação Reajustável do Tesouro Nacional P Nível geral de preços P&D Pesquisa e desenvolvimento PAC Pesquisa Anual do Comércio PAEG Programa de Ação Econômica do Governo (plano de Governo

1964/1967) PAM Produção Agrícola Municipal Pasep Patrimônio do Servidor Público PD População desocupada

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Glossário xiii

PDE Princípio da Demanda Efetiva PEA População Economicamente Ativa PED Pesquisa de Emprego e Desemprego PEL Passivo externo líquido PIA Pesquisa Anual da Indústria PIA População em Idade Ativa PIB Produto Interno Bruto PIB cf Produto Interno Bruto a custo de fatores PIB E Produto Interno Bruto calculado em dólares PIB md Produto Interno Bruto calculado em moeda doméstica PIB percapita Produto Interno Bruto por habitante PIB pm Produto Interno Bruto a preços de mercado PIB ppc Produto Interno Bruto calculado pela paridade do poder de compra PII Posição internacional de investimentos PIL Produto Interno Líquido PIM-PF Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física PIS Programa de Integração Social PMC Papel-moeda em circulação PME Pesquisa Mensal de Emprego PME Papel-moeda emitido PMG Produto marginal do trabalho PMPP Papel-moeda em poder do público PNAD Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios PNB Produto Nacional Bruto PNB cf Produto Nacional Bruto a custo de fatores PNB pm Produto Nacional Bruto a preços de mercado PND Programa Nacional de Desestatização PO População Ocupada POF Pesquisa de Orçamentos Familiares PPC Paridade do Poder de Compra PPP Purchase Power Parity (original do qual deriva a expressão PPC em portu-

guês) Proer Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema

Financeiro Proes Programa de Incentivo à Redução do Setor Público Estadual na Ativi-

dade Bancária. Proex Programa de Financiamento às Exportações PSBR Public Sector Borrowing Requirements (original do qual deriva a expressão

NFSP em português) PTF Produtividade total dos fatores R Transferências do governo ao setor privado R$ Real Rais Relação Anual de Informações Sociais RDE-ROF Registro Declaratório Eletrônico - Registro de Operações Financeiras RIB Renda Interna Bruta

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Macroeconomia: Teoria e Pratica no Brasil — Ana Alémxiv

RLEE Renda Líquida Enviada ao Exterior RLRE Renda Líquida Recebida do Exterior RMCCI Regulamento do Mercado de Câmbio e Capitais Internacionais Rmg Receita marginal RNB Renda Nacional Bruta RND Renda Nacional Disponível Ro Resultado orçamentário do governo RPD Renda Pessoal Disponível s Propensão marginal a poupar S Poupança SB Sistema bancário SCC Saldo em conta-corrente SCI Sociedades de crédito imobiliário SCN Sistema de contas nacionais Seade Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados Secex Secretaria de Comércio Exterior Selic Sistema Especial de Liquidação e Custódia de títulos públicos (taxa de

juros overnight ) Sext Poupança externa SFH Sistema financeiro da habitação Sg Poupança do governo Sice Sociedades de investimento de capital estrangeiro SMI Sistema de Metas Inflacionárias SNA System of National Accounts (UN) SNH Sistema Nacional de Habitação Sp Poupança privada SPC Secretaria de Previdência Complementar SRF Secretaria da Receita Federal Srg Poupança real do governo STN Secretaria do Tesouro Nacional Sub Subsídios Sumoc Superintendência da Moeda e do Crédito (órgão precursor do Banco

Central) T Tecnologia T Quantidade total de transações físicas de bens e serviços T Total de tributação líquida do governo t Alíquota de impostos TA Taxa de atividade (%) Tarp Troubled Assets Relief Program Special Purpose Vehicles TD Taxa de desocupação (%) TFF Teoria das Finanças Funcionais TIR Transferência Internacional em Reais TMM Teoria Monetária Moderna TO Taxa de ocupação (%) TP Taxa de participação (%)

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Glossário xv

TQM Teoria quantitativa da moeda TRU Tabelas de recursos e usos U Taxa de desemprego u Taxa de desemprego UM Unidades monetárias Un Taxa de desemprego natural UN United Nations (original do qual deriva a expressão ONU em português) UNCTAD United Nations Conference on Trade and Development URV Unidade Real de Valor US$ Dólar v Relação capital/produto V Valor de mercado da firma V Velocidade de circulação da moeda VA Valor Adicionado VBP Valor Bruto da Produção W Salários nominais W Riqueza W/P Salários reais WB World Bank (original do qual deriva a expressão Banco Mundial – ou

BIRD – em português) WIR World Investment Report X Exportações Y Nível de produto ou nível de renda y Nível de produto ou renda real

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Sumário

Capítulo 1 – As contas nacionais ................................................................................1 Os agregados macroeconômicos e o fluxo circular da renda ...........2 Contas nacionais – modelo simplificado .............................................4

Economia fechada e sem governo ..................................................4 Economia fechada e com governo ..................................................9 Economia aberta e com governo ...................................................13

Consolidando os conceitos de produto e renda ...............................15 Lançamentos contábeis das transações econômicas ........................18

O sistema de contas ........................................................................21 PIB nominal e PIB real ....................................................................28 Deflacionamento de séries econômicas .......................................34

Conceitos de déficit público ................................................................37 “Acima da linha” e “abaixo da linha” .........................................37 Déficit nominal, operacional e primário ......................................43 Déficit público, investimento e poupança do governo .............44 Déficit operacional e déficit público real .....................................45

Evolução do sistema de contas nacionais no Brasil .........................48 Das origens até 1996 .......................................................................48 O SNA de 1993 e a nova contabilidade das contas nacionais

brasileiras a partir de 1998 .............................................................49 Compreendendo as tabelas de recursos e usos (TRU) ..............50 Contas econômicas integradas (CEI) ...........................................51 Mudanças do Sistema de Contas Nacionais

implementadas em 2007.................................................................52 Mudanças do Sistema de Contas Nacionais

implementadas em 2016.................................................................55 Exercícios resolvidos ............................................................................62

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Macroeconomia: Teoria e Pratica no Brasil — Ana Alémxviii

Capítulo 2 – Balanço de pagamentos .......................................................................67 Conceitos básicos ..................................................................................67 Estrutura do balanço de pagamentos ................................................68 Poupança externa .................................................................................72 Transferência líquida de recursos para o exterior,

Hiato de recursos e renda líquida enviada ao exterior ...................72 Principais alterações no balanço de pagamentos

do Brasil divulgado pelo Banco Central ............................................74 Taxa de câmbio ......................................................................................79 Taxa de câmbio real efetiva .................................................................81 Regimes cambiais .................................................................................81 Ajustamento do balanço de pagamentos ..........................................83 Paridade do poder de compra ............................................................84 Política cambial no Brasil: das minidesvalorizações

do câmbio à liberalização financeira ..................................................90 Introdução ........................................................................................90 Retrospecto da política cambial ....................................................91 O contexto internacional de abertura financeira ........................95 O processo de abertura financeira no Brasil ...............................97

Saída de recursos externos do país .........................................98Entrada de recursos externos no país ...................................101A conversibilidade interna da moeda doméstica ...............103

Exercícios resolvidos ..........................................................................105

Capítulo 3 – Moedas, bancos e crédito ................................................................... 111 As funções da moeda ......................................................................... 111 A oferta de moeda ..............................................................................112 As Contas do sistema monetário ......................................................116

Bancos comerciais .........................................................................116 Banco Central ................................................................................118

Contas consolidadas do sistema monetário....................................119 Criação e destruição de meios de pagamento ................................120 Modelo do multiplicador monetário ...............................................122 Teorias da demanda de moeda .........................................................126

Teoria quantitativa da moeda (TQM) ........................................126 A teoria de demanda de moeda de Keynes...............................129 A abordagem da escolha de carteira de ativos de Tobin .........132 A abordagem de estoques de Tobin-Baumol ............................133 Abordagem de Friedman: a teoria quantitativa da moeda

revisitada ........................................................................................134

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Sumário xix

Determinação da taxa de juros .........................................................136 Evolução do sistema financeiro no Brasil .......................................140

Reformas dos anos 1960: uma tentativa de especialização das instituições financeiras ..........................................................140

Criação dos bancos múltiplos: rumo à integração e concentração do mercado bancário ............................................142

Reestruturação do sistema bancário após o Plano Real: Proer e Proes ..................................................................................143

Exercícios resolvidos ..........................................................................153

Capítulo 4 – Determinação do nível de renda e do emprego em uma economia fechada ......................................................................161

Modelo clássico ...................................................................................162 Decisão de produção: o curto prazo ................................................162

Demanda de trabalho ...................................................................163 Oferta de trabalho .........................................................................163 Equilíbrio no mercado de trabalho .............................................163 A teoria quantitativa da moeda ..................................................164

Poupança e investimento e o papel das taxas de juros .................165 Implicações de política econômica .............................................168

A revolução keynesiana .....................................................................169 Modelo keynesiano simples ..............................................................172

Economia fechada e sem governo ..............................................172 Multiplicador .................................................................................176 Economia fechada e com governo ..............................................177 Economia aberta e com governo .................................................183

Modelo IS/LM (modelo keynesiano generalizado) ......................184 Curva IS e equilíbrio no mercado de bens (“o lado real”) ............185 Curva LM e equilíbrio no mercado de ativos

(“o lado monetário”) ..........................................................................189 Equilíbrio dos mercados de bens e ativos .......................................191

O efeito do aumento dos gastos autônomos .............................191 O efeito de um aumento da oferta de moeda ...........................192

Eficácia das políticas monetária e fiscal nos diferentes modelos ................................................................................................194

1) Modelo clássico ........................................................................194 2) Modelo keynesiano simples ...................................................194 3) Modelo IS/LM (modelo keynesiano ampliado) .................195

Políticas monetária e fiscal anticíclicas no Brasil e no mundo: O combate à crise financeira internacional de 2008 .......................205

A evolução das políticas anticíclicas ................................................206

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Macroeconomia: Teoria e Pratica no Brasil — Ana Alémxx

Políticas monetárias ......................................................................206 Ajuda às instituições financeiras ................................................207 Políticas fiscais ...............................................................................208 O Brasil e o combate à crise financeira de 2008 ........................210

Exercícios resolvidos ..........................................................................211

Capítulo 5 – Determinação do nível de renda e de emprego em uma economia aberta ...................................................................219

Determinação do nível de renda em uma economia aberta e com taxas de câmbio fixas ..............................................................219

Determinação do nível de renda em uma economia aberta, sem fluxos de capitais e com taxas de câmbio fixas ......................222

Os efeitos de um aumento dos gastos autônomos ...................223 Os efeitos de um aumento das exportações ..............................224 Os efeitos de uma alteração da composição da demanda ......225 A busca dos equilíbrios interno e externo .................................225

Mobilidade do capital e combinação de políticas ..........................232 Atingindo os equilíbrios interno e externo em uma economia

aberta, com taxas de câmbio fixas e fluxos de capitais ............233 Obstáculos à atuação da política econômica .............................236

Determinação do nível de renda em uma economia aberta e com taxas de câmbio flutuantes ....................................................237

Impacto da depreciação da taxa de câmbio sobre a curva IS ... 238 Eficácia das políticas monetária e fiscal nos diferentes modelos

de taxas de câmbio e com perfeita mobilidade de capitais ..........239 1) Modelo com taxas de câmbio fixas .......................................239 2) Modelo com taxas de câmbio flutuantes ..............................241

Impacto da variação da política fiscal sobre o nível de renda, com taxas de câmbio flutuantes e imperfeita mobilidade de capitais ..................................................................................................243

Impacto da variação da política monetária sobre o nível de ren-da, com taxas de câmbio flutuantes e imperfeita mobilidade de capitais ..................................................................................................245

O processo de internacionalização das empresas brasileiras .......250 A internacionalização das firmas e os impactos

macroeconômicos ..........................................................................251 O investimento externo direto (IED) no mundo ......................251 Investimentos brasileiros no mundo ..........................................252 A internacionalização produtiva das firmas brasileiras ..........254 Políticas públicas como estímulo à internacionalização .........254

Exercícios resolvidos ..........................................................................256

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Sumário xxi

Capítulo 6 – Consumo, poupança e investimento ...............................................263 Teorias do consumo ............................................................................263

A função consumo keynesiana e o “paradoxo da parcimônia” ..............................................................................263

Modelo da escolha intertemporal de Fischer ............................265 Teoria do ciclo de vida de Modigliani........................................266 Teoria da renda permanente de Friedman ................................267 Abordagem da equivalência ricardiana ....................................269

Teorias do investimento .....................................................................269 Teoria do investimento de Keynes .............................................269 Teoria do estoque de capital desejado .......................................270 Modelo do multiplicador flexível ...............................................272 Investimento e mercado de ações: a teoria q de Tobin ............272 Abordagem do racionamento do crédito ..................................272 Poupança e investimento na teoria dos fundos

emprestáveis ..................................................................................273 O desafio de aumentar os investimentos em infraestrutura ........279 Exercícios resolvidos ..........................................................................282

Capítulo 7 – Oferta e demanda agregadas (o modelo AS/AD), inflação e flutuações econômicas ....................................................................287

Derivando a curva de oferta agregada keynesiana .......................288 Derivando a curva de demanda agregada keynesiana .................291 A combinação da OA com a DA .......................................................293 Inflação, produto e desemprego: a curva de Phillips ....................296

Os keynesianos e a primeira versão da curva de Phillips .......296 Os monetaristas e a segunda versão da curva de Phillips:

a versão aceleracionista ................................................................298 Os novos clássicos e a terceira versão da curva de Phillips ....304

Lucas e os ciclos monetários de negócios .......................................311 Os novos clássicos e os ciclos reais de negócios .............................313 Os novos keynesianos e a rigidez de preços e salários

revisitada ..............................................................................................315 O novo consenso macroeconômico (NCM) ....................................318 Os pós-keynesianos e o resgate das ideias originais de Keynes ..319 Consolidação das principais características das escolas

de pensamento ....................................................................................321 Da era da alta inflação no Brasil ao sistema de metas

inflacionárias .......................................................................................330 O Plano Cruzado ...........................................................................331 O Plano Collor ...............................................................................331

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Macroeconomia: Teoria e Pratica no Brasil — Ana Alémxxii

O Plano Real e o sucesso no controle da inflação .....................332 A adoção do sistema de metas de inflação ................................333

Exercícios resolvidos ..........................................................................334

Capítulo 8 – As teorias do crescimento econômico ..............................................339 O modelo Harrod–Domar .................................................................340

Os problemas do modelo Harrod–Domar ................................342 O modelo Harrod–Domar com progresso técnico .........................343 Os modelos de crescimento neoclássicos ........................................344

O modelo simples de Solow ........................................................344 O modelo de Solow com progresso técnico ..............................353 Os modelos de crescimento endógeno ou a nova econo-

mia do desenvolvimento (NED) .................................................356 O modelo do supermultiplicador sraffiano ....................................357 Reflexão sobre as restrições ao crescimento econômico

brasileiro: uma abordagem alternativa à do produto potencial ...............................................................................................363

O cálculo do produto potencial ..................................................364 A importância da demanda agregada na determinação

do nível de renda e emprego .......................................................365 O papel da política fiscal ..............................................................367 A importância da redução das taxas de juros ...........................368

As elasticidades–renda da demanda das exportações e importações: a importância do aumento da competitividade e dos produtos brasileiros .................................................................370

Conclusão ............................................................................................372 Exercícios resolvidos ..........................................................................372

Capítulo 9 – As Teorias da Inflação ........................................................................377 As interpretações ortodoxas e a inflação de demanda ..................378

O Novo Consenso Macroeconômico (NCM) e o sistema de metas inflacionárias..............................................................379

As interpretações heterodoxas e a inflação de custos ...................380 Um modelo de inflação de custos: o conflito distributivo e o supermultiplicador Sraffiano .............................................381

As causas dos aumentos dos preços no Brasil: inflação de demanda ou inflação de custos? .................................................388

Exercícios resolvidos ..........................................................................391

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Sumário xxiii

Capítulo 10 –As teorias do (des)ajuste fiscal .........................................................393 As abordagens ortodoxas ..................................................................394

O modelo “clássico” .....................................................................394 A síntese neoclássica .....................................................................395 A equivalência ricardiana ............................................................396 O novo consenso macroeconômico (NCM) ..............................397 A dominância fiscal ................................................................398 A contração fiscal expansionista ..........................................399 As regras fiscais ......................................................................400

As abordagens heterodoxas ..............................................................401 As ideias de Keynes e os pós-keynesianos ................................401 A teoria das finanças funcionais (TFF) e a teoria monetária

moderna (TMM) ............................................................................404 O financiamento do gasto público no Brasil: o nexo entre

as políticas fiscal e monetária ...........................................................414 Exercícios resolvidos ..........................................................................418

Bibliografia ...............................................................................................................421Índice .........................................................................................................................437

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11 1 As contas nacionais

O estudo das contas nacionais só tem sentido quando inserido na análise da macroeconomia, introduzida pelo economista John Maynard Keynes, com a publicação do seu principal livro, Teoria geral do emprego, do juro e da moeda , em 1936. Keynes propôs uma forma totalmente diferente de se analisar o sistema econômico. 1 Como ponto de partida, houve a mudança de enfoque do objeto de análise: das decisões individuais e de mercados (corte microeconômico) para os agregados (corte macroeconômico).

O estudo das contas nacionais tem justamente como objetivo a mensuração dos principais agregados macroeconômicos, dentre os quais: produto, renda, consumo, investimento, poupança e despesa. 2

Quando Keynes publicou Teoria geral , não apenas mudou o foco da análise econômica, como também inverteu as relações de causa e efeito entre uma série de variáveis defendidas pela teoria neoclássica. Entretanto, quando se fala das contas nacionais, o principal objetivo é quantificar os agregados macroeconômicos: por isso, uma série de identidades entre as variáveis é explicitada sem que haja uma discussão sobre a relação de causa e efeito entre elas. Em outras palavras, não há uma investigação sobre o que causa ou determina o quê . 3 O cálculo dos agregados macroeconômicos é importante para se poder analisar a evolução da economia ao longo do tempo. Não apenas os resultados mostram o retrato do desempenho da economia como também servem de base para decisões de política econômica.

Este capítulo, além de apresentar a forma de cálculo dos agregados macroe-conômicos e das identidades contábeis, também descreve os principais indica-dores utilizados na análise prática da macroeconomia. Parte-se de um modelo simplificado, que vai progressivamente se tornando mais complexo, até atingir

1 Ver Keynes (1988a) e o Capítulo 4 deste livro. 2 Ver Feijó (2003), Paulani e Braga (2006) e Rossetti (1995). 3 A discussão sobre a causalidade será feita no Capítulo 4 , no qual é apresentado o modelo

keynesiano.

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22 2 Balanço de pagamentos

As transações com o exterior constituem um componente importante do nível de atividade econômica dos diversos países. Por exemplo, um desafio permanente das nações é aumentar sua participação nos fluxos comerciais internacionais. Nesse sentido, exportações, importações, investimentos externos diretos, taxa de câmbio e volume de reservas internacionais são variáveis fundamentais para a análise econômica.

O objetivo deste capítulo é mostrar como é elaborado o balanço de paga-mentos, apresentando sua estrutura básica e os principais conceitos associados à sua elaboração.

Além disso, são apresentados os cálculos da taxa de câmbio e as caracterís-ticas dos diferentes regimes cambiais.

Finalmente, o capítulo aborda a evolução da política cambial no Brasil, des-de a época da política de minidesvalorizações da moeda local até o período de liberalização financeira.

CONCEITOS BÁSICOS O balanço de pagamentos (BP) registra todas as transações efetuadas entre resi-dentes e não residentes de um determinado país. O lançamento contábil das transações segue a mesma lógica do sistema de partidas dobradas das contas nacionais, ou seja, a cada lançamento a débito em uma conta ocorre um de crédito em outra. Todos os recebimentos vindos do resto do mundo (setor externo) são lançados a crédito, enquanto todos os pagamentos feitos de residentes a não residentes são lançados a débito.

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33 3 Moedas, bancos e crédito

O sistema financeiro monetário é composto pelo Banco Central e os bancos comer-ciais, que são as instituições financeiras que criam meios de pagamento, ou seja, papel-moeda ou moeda escritural. Todas as demais instituições financeiras compõem o sistema financeiro não monetário .

Destaca-se o papel do Banco Central, a autoridade monetária que é o empres-tador de última instância e coordenador do sistema financeiro. Os bancos comer-ciais, por sua vez, são os únicos com capacidade de multiplicar os meios de pagamento.

O objetivo deste capítulo é apresentar as principais características do sis-tema monetário, tanto do ponto de vista da oferta quanto da demanda de moeda.

Ao final do capítulo, apresenta-se a evolução do sistema financeiro brasileiro, desde as reformas institucionais dos anos 1960 até o período recente.

AS FUNÇÕES DA MOEDA Em uma economia moderna em que as transações envolvem compra e venda de mercadorias, a primeira função da moeda é ser um intermediário das trocas por-que, em economias complexas, as trocas diretas de mercadorias por mercadorias tornam-se inviáveis. Por exemplo, é muito difícil que um indivíduo que produza calçados e queira adquirir casacos vá ao mercado e consiga encontrar alguém, jus-tamente naquele momento, que produza casacos e deseje trocá-los por calçados. A existência da moeda é essencial para viabilizar as trocas indiretas. No caso citado, o vendedor de calçados os vende no mercado, recebe uma quantidade de moeda pela transação e, a partir daí, pode dirigir-se a um vendedor de casacos para comprar a unidade de que precisa.

A segunda função da moeda é funcionar como unidade de conta. Em outras palavras, a moeda explicita o valor de troca das mercadorias em termos de uma unidade comum, de um padrão monetário.

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44 4 Determinação do nível

de renda e do emprego em uma economia

fechada

O conceito de macroeconomia foi apresentado por ocasião do debate econômico sobre os desdobramentos da Crise de 1929. À época, o economista John Maynard Keynes criticou duramente a falta de eficiência da política econômica no combate aos efeitos negativos da crise. Para poder criticar o modelo clássico, Keynes deu uma roupagem macroeconômica aos principais pressupostos teóricos micro-econômicos apresentados pelos marginalistas/neoclássicos.

Com o lançamento de seu principal livro, A Teoria Geral do Juro, do Emprego e da Moeda, Keynes introduziu uma nova forma de ver o mundo econômico e consolidou o conceito de macroeconomia que se conhece nos dias de hoje.

O objetivo deste capítulo é mostrar a evolução dos principais modelos macroeconômicos de determinação do nível de emprego e renda, desde o modelo clássico até o modelo keynesiano generalizado, em uma economia fechada, ou seja, sem relações com o exterior. 1

A seção “Políticas monetária e fiscal anticíclicas no Brasil e no mundo: o combate à crise financeira internacional de 2008” encerra o capítulo e mostra a aplicação de vários conceitos teóricos apresentados ao longo do texto.

1 A determinação do nível de renda e emprego em uma economia aberta será vista no Capítulo 5 . Vale ressaltar que o modelo clássico corresponde ao conjunto de ideias da escola de pensamento neoclássica (marginalista). Na Teoria geral , quando Keynes cita os clássicos, na verdade está se referindo aos neoclássicos.

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55 5 Determinação do nível

de renda e de emprego em uma economia

aberta

O modelo desenvolvido por Fleming (1962) e Mundell (1963) é uma expansão da abordagem keynesiana tradicional com a inclusão do balanço e pagamentos (BP), que incorpora o efeito dos fluxos internacionais de capital na determinação das taxas de câmbio. Em função da crescente importância dos fluxos internacionais de capital para as economias nacionais, o modelo Mundell–Fleming mantém-se influente no debate acadêmico, suscitando a elaboração de diversas abordagens complementares e, principalmente, transformando-se na base teórica subjacente à implantação de políticas macroeconômicas.

Neste capítulo, a apresentação da dinâmica do modelo Mundell–Fleming é realizada pelo estudo da influência das políticas monetária e fiscal sobre a determinação do nível de renda e de emprego, em uma economia aberta, com existência de fluxos de capitais.

A análise considera duas situações distintas da determinação da renda em uma economia aberta, com a adoção de dois regimes cambiais diferentes: de taxas de câmbio fixas e de taxas de câmbio flutuantes. 1

O capítulo termina com uma aplicação ao caso brasileiro, na seção “O proces-so de internacionalização das empresas brasileiras”.

DETERMINAÇÃO DO NÍVEL DE RENDA EM UMA ECONOMIA ABERTA E COM TAXAS DE CÂMBIO FIXAS

Com taxas de câmbio fixas, os Bancos Centrais se comprometem a atender à demanda por moedas estrangeiras, decorrentes de déficits ou superávits do BP, a preços fixos em termos da moeda nacional.

1 Para detalhamento dos diferentes regimes cambiais, ver o Capítulo 2 .

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66 6 Consumo, poupança e investimento

Em países continentais como o Brasil, o mercado interno tem maior peso no PIB do que o mercado externo. Apenas os gastos com o consumo das famílias respondem por mais de 60% do PIB brasileiro. Por isso, é importante investigar o que determina os gastos de consumo de uma sociedade. Com esse objetivo, neste capítulo são apresentadas as diversas teorias do consumo: a abordagem de Keynes, a escolha intertemporal de Fisher, o ciclo de vida de Modigliani, a teoria da renda permanente de Friedman e a abordagem da equivalência ricardiana.

O ato de consumir é ao mesmo tempo um ato de não poupar. Por isso, para cada teoria de consumo apresentada no capítulo, há uma contrapartida em relação à poupança.

Pelo PDE, o investimento é a variável-chave na determinação do nível de emprego e de renda. 1 Além disso, o investimento é o único componente de demanda agregada que cria nova capacidade produtiva. A importância do inves-timento é indiscutível para o sistema econômico. Neste capítulo são apresentadas as diversas teorias da determinação do investimento: i) a de Keynes; ii) a teoria neoclássica de nível de estoque de capital desejado; iii) o modelo do multiplicador flexível; iv) a teoria q de Tobin; v) a teoria do racionamento de crédito; vi) a teoria dos fundos emprestáveis; e vii) a abordagem pós-keynesiana.

Ao final do capítulo, apresenta-se o desafio de aumentar os investimentos em infraestrutura.

TEORIAS DO CONSUMO A função consumo keynesiana e o “paradoxo da parcimônia” Para Keynes, o consumo depende principalmente do nível de renda corrente. 2

1 O princípio da demanda efetiva (PDE) foi apresentado no Capítulo 4 . 2 Ver Keynes (1936), capítulos 8 e 9 .

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77 7 Oferta e demanda

agregadas (o modelo AS/AD), infl ação e

fl utuações econômicas 1

Nos Capítulos 4 e 5 analisou-se a determinação do nível de emprego sob as hipóteses de que os preços fossem dados e que as empresas estavam aptas a ofertar toda a produção demandada ao nível de preços vigente. Neste capítulo, o modelo de análise fica mais próximo da realidade, com a inclusão da hipótese de variação do nível geral de preços. Assim, o modelo passa a mostrar a determinação simultânea dos níveis de equilíbrio da renda e dos preços.

A curva de oferta agregada (OA) mostra, a cada nível de preços, a quantidade de produção real que as empresas estão dispostas a oferecer. A curva de OA é positiva-mente inclinada: as empresas só oferecerão maiores níveis de produção a preços mais altos. Isso reflete o aumento da utilização da mão de obra e dos custos do trabalho (e outros) necessários à produção maior. Ou seja, como os custos aumentam quando se decide produzir mais, as empresas só o farão com preços mais elevados. A curva de DA mostra, a cada nível de preços, o nível de produção no qual os mercados de bens e monetário estão equilibrados, isto é, a quantidade de produção demandada a cada nível de preços. A DA é negativamente inclinada porque, a um nível menor de preços, o estoque real de moeda é maior, as taxas de juros menores e, portanto, a demanda agregada é mais elevada. Ou seja, dado um estoque nominal de moeda, quanto mais baixos forem os preços, mais alto será o estoque real de moeda e mais alto será o nível de demanda agregada da economia. O ponto de interseção entre as curvas OA e DA reflete o equilíbrio simultâneo da renda e dos preços.

A apresentação do modelo AS/AD na versão keynesiana serve de ponto de partida para a discussão das flutuações econômicas de curto prazo do sistema capi-talista sob a ótica das diversas escolas de pensamento, desde a síntese neoclássica até a escola pós-keynesiana. 2 No debate, destaca-se a análise sobre a relação entre

1 . As siglas AS e AD correspondem aos termos em inglês Aggregate Supply (oferta agregada) e Aggregate Demand (demanda agregada).

2 É importante não se esquecer de que o termos “keynesiano” e “síntese neoclássica” são sinôni-mos para denominar os economistas que primeiro apresentaram uma interpretação das ideias de John Maynard Keynes, lançadas no seu livro A Teoria Geral do Juro, do Emprego e da Moeda .

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88 8 As teorias do crescimento econômico

O foco do Capítulo 7 foi a discussão das flutuações da economia no curto prazo. No presente capítulo, o horizonte de análise se move para o longo prazo das economias capitalistas.

Essa discussão sobre o longo prazo inclui as chamadas teorias do crescimento e se propõe a responder às seguintes questões: i) o que determina a riqueza de determinado país; ii) o que explica a diferença de desenvolvimento entre os países mais e menos desenvolvidos; e iii) se há alguma tendência de convergência dos níveis de desenvolvimento dos diversos países do mundo. 1 O marco de uma maior sistematização teórica sobre o tema data da publicação dos trabalhos de Harrod (1939) e Domar (1946) , que se propuseram a dinamizar o modelo keynesiano. Como as abordagens dos dois autores tinham muito em comum, suas análises foram consolidadas no modelo chamado Harrod–Domar.

Ao contrário do modelo keynesiano de Harrod–Domar, que privilegia o papel da demanda na dinâmica do crescimento, o modelo de Solow (1956) inicia o predomínio dos modelos de origem neoclássica, que enfatizam o lado da oferta na determinação do desenvolvimento a longo prazo. 2 Os modelos de oferta enfa-tizam as abordagens do equilíbrio dinâmico, ou estacionários ( steady state), e a acumulação dos fatores de produção (capital e trabalho) como fatores de crescimento.

Segundo o modelo de Solow, a existência do progresso técnico exógeno seria a única forma de as economias registrarem crescimento sustentável de sua renda per capita a longo prazo.

Entretanto, o tratamento do progresso técnico como um fator exógeno foi considerado insatisfatório, o que criou as bases para a introdução das novas

1 O principal indicador de desenvolvimento utilizado pelos diferentes modelos é o cres-cimento do produto/renda per capita dos diversos países ao longo do tempo.

2 Vale lembrar que, como já visto no Capítulo 4 , os neoclássicos são os “clássicos” na acepção de John Maynard Keynes em seu livro A Teoria Geral, do Juro, do Emprego e da Moeda .

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99 9 As Teorias da Infl ação 1

Alguns países europeus nos anos 1920 e as economias da América Latina nos anos 1980/90 vivenciaram processos de alta inflação. No debate teórico não há um consenso acerca das causas dos processos inflacionários. O objetivo desse capítulo é apresentar os dois grupos de abordagens teóricas sobre o tema.

Para as escolas ortodoxas/marginalistas, a inflação está associada a um persistente excesso de demanda. 2 Tendo em vista a tendência ao pleno emprego, no longo prazo, só pode haver inflação se o nível de demanda se mantiver acima do total da oferta. Em relação às abordagens hetorodoxas, que acreditam que a capacidade produtiva da economia se ajusta ao cres-cimento da demanda efetiva no longo prazo, não faz sentido que a inflação seja causada por excessos de demanda. Essas abordagens, alternativamente, interpretam a inflação como resultado de pressões de custos de produção,

1 Vale ressaltar que o objetivo desse capítulo é apresentar as duas interpretações téoricas para as causas da inflação. Com os processos de inflação crônica observados na América Latina nos anos 1980/90 surgiu o conceito de inflação inercial. Essa abordagem pretendia explicar porque a inflação se propagava, independentemente dos fatores originais que teriam causa-do o início do processo inflacionário. A inflação inercial consiste, basicamente, na inflação determinada pela inflação passada, esta tendendo a se reproduzir, seja pelos mecanismos de indexação formal — correção monetária automática de preços nominais, de acordo com a inflação —, seja pela indexação informal — determinada por uma “cultura inflacioná-ria” —, como todos supõem que os preços são sempre reajustáveis periodicamente, todos reajustam periodicamente seus próprios preços. Quanto mais generalizada é a indexação formal, ou seja, quanto mais regras de correção monetária automática existam tanto mais forte será a tendência de os aumentos de preços passados se refletirem no futuro. Quanto mais arraigada a cultura inflacionária, por sua vez, mais generalizada deve ser a prática de reajustar preços periodicamente. Para uma bibliografia sobre o tema ver Serrano (1986 e 2010) e Bresser-Pereira (2010) e Bresser-Pereira e Nakano (1984) .

2 A inflação de demanda é conhecida como demand pull inflation .

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1010 10 As teorias do (des)ajuste fi scal

O debate sobre o (des)ajuste fiscal envolve diferentes interpretações do papel do Estado na economia. Essas posições diversas, por sua vez, refletem diferentes abordagens teóricas sobre o tema.

Por um lado, as abordagens ortodoxas, em linhas gerais, têm como base o modelo “clássico” (macroeconomia neoclássica), discutido no Capítulo 4 . Como foi visto, segundo o modelo “clássico”, prevalece a Lei de Say, pela qual a oferta gera sua própria demanda e há uma tendência autorreguladora do mercado, que faz com que a economia tenda a funcionar no ponto de equilíbrio de pleno emprego. Nesse sentido, não há falta de demanda, que sempre se adapta ao nível da oferta e, por isso, a intervenção do Estado, via política fiscal, é considerada desnecessária, ou mesmo inadequada.

Por outro lado, as abordagens heterodoxas são herdeiras do keynesianismo, cujo ponto de partida foi o lançamento do Livro “ A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda ”, pelo economista John Maynard Keynes, em 1936. Como foi apresen-tado no Capítulo 4 , as ideias de Keynes representaram um divisor de águas no debate teórico, apresentando uma forma nova de interpretar o mundo econômico. Keynes introduz o “Princípio da Demanda Efetiva” pelo qual é a demanda que determina a oferta. Em outras palavras, são os gastos que determinam o nível de emprego, produto e renda da economia. E não há nenhum mecanismo “automá-tico” que garanta que a economia funcionará em equilíbrio de pleno emprego. Na verdade, o autor defende que o mais comum é que a economia funcione abaixo do pleno emprego, em razão de um nível de demanda efetiva insuficiente. Nesse sentido, o governo assume um protagonismo na complementação/coordenação da demanda agregada, principalmente, por meio da política fiscal.

O objetivo desse capítulo é apresentar as diferentes abordagens teóricas sobre o (des)ajuste fiscal.

A seção “O financiamento do gasto público no Brasil: o nexo das políticas fiscal e monetária” encerra o capítulo e mostra a aplicação de vários conceitos teóricos apresentados ao longo do texto.

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Ana Cláudia Além é economista do Banco Nacional de Desen-volvimento Econômico Nacio-nal (BNDES) e professora do IBMEC/RJ. É doutora em eco-nomia pelo Instituto de Econo-mia (IE) da Universidade Fede-ral do Rio de Janeiro (UFRJ). Suas áreas de pesquisa são: macroeconomia, finanças públicas, desenvolvimento econômico, economia interna-cional e história do pensamento econômico. Tem vários traba-lhos e artigos publicados. É coautora do livro Finanças Públicas: Teoria e Prática no Brasil, vencedor do Prêmio Jabuti 2000. No BNDES, é edi-tora de conteúdo da Revista do BNDES e presidente da Comis-são de avaliação do Prêmio BNDES de Economia.

A macroeconomia é o principal pilar do curso de Ciências Econômi-cas. A discussão sobre conjuntura econômica, o desempenho do nível de atividade, as perspectivas de investimento, as possibilidades de crescimento e desenvolvimento econômico, o combate à inflação, e o debate sobre o (des)ajuste fiscal, por exemplo, são temas que exigem um conhecimento profundo da teoria macroeconômica.

No Brasil, o ensino de macroeconomia utiliza-se principalmente de manuais de origem estrangeira. Entretanto, esses livros estão adap-tados a situações típicas dos países nos quais foram escritos, com exemplos práticos associados, em grande medida, aos países desen-volvidos. Ou seja, os manuais estrangeiros não abordam de forma adequada os problemas associados a economias em desenvolvimen-to, como a brasileira. Macroeconomia - teoria e prática no Brasil preenche essa lacuna e inova ao ser um manual didático e completo sobre a teoria macroeconômica, com a aplicação ao caso brasileiro. O livro se propõe a destrinchar os conceitos teóricos passo a passo e de forma muito detalhada, mediante o uso de demonstrações algé-bricas, gráficos, quadros e tabelas, apresentando a aplicação da teoria à realidade econômica brasileira no final de cada capítulo.

Macroeconomia - teoria e prática no Brasil é principalmente voltado para a aplicação nos cursos de macroeconomia das faculdades de graduação em Economia, Administração de Empresas e Ciências Contábeis. Contudo, sua linguagem acessível permite que seja utilizado em cursos de pós-graduação em diversas áreas de conheci-mento. O livro também é bibliografia obrigatória na preparação para o concurso nacional da ANPEC — porta de entrada dos principais cursos de mestrado em economia do país — e para diversos concur-sos de nível de superior, como o de gestores públicos dos Ministé-rios, da Secretaria do Tesouro Nacional, BNDES, Petrobras, Banco Central e IPEA.