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LUIZ HENRIQUE DA SILVEIRA

EDUARDO PINHO MOREIRA

CARMEM EMÍLIA BONFÁ ZANOTTO

LESTER PEREIRA

WINSTON LUIZ ZOMKOWSKI

LUIS ANTONIO SILVA

IRACI BATISTA DA SILVA

ELEONORA D’ORSI

LUIS ANTONIO SILVA

Governador do Estado

Vice-Governador

Secretária de Estado da Saúde

Diretor Geral

Superintendente de Vigilância em Saúde

Diretor de Vigilância Epidemiológica

Gerente de Vigilância das DST/HIV/Aids

Elaboração

Revisão

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ESTADO DE SANTA CATARINASecretaria de Estado da Saúde

Sistema Único de Saúde

O PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA AIDS

SANTA CATARINA

2006

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C231 Santa Catarina. Secretaria de Estado da Saúde.

Diretoria de Vigilância Epidemiológica.

O perfil epidemiológico da AIDS. – Florianópolis:

SEA/DGAO, 2006.

104 p., il., tabelas.

1. Saúde pública – Santa Catarina. 2. AIDS -

Estatística – Santa Catarina. I. Título.

CDU 351.77(816.4)

Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Secretaria de

Estado da Administração

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APRESENTAÇÃO

O primeiro caso de AIDS no Estado de Santa Catarina foi notificado em

1984. Neste mesmo ano começou a mobilização brasileira para o enfrentamento

da epidemia, com a parceria e a união de forças entre o Governo e a Sociedade

Civil.

Este momento nos leva à reflexão. A realização de uma análise crítica e do

conhecimento da tendência e das características epidemiológicas da

morbimortalidade por AIDS visa fundamentalmente à implementação de novas

políticas e de planejamento das ações de promoção, prevenção, tratamento e

avaliação das intervenções e medidas de controle disponibilizadas ao longo do

tempo.

Considerando a importância que a análise da evolução da epidemia em nos-

so Estado tem para o fortalecimento da resposta local, o presente trabalho tem

como objetivo: (i) descrever o perfil de incidência da AIDS em Santa Catarina,

segundo sexo, faixa etária, local de residência, categoria de exposição, escolari-

dade e letalidade; (ii) descrever o perfil de mortalidade por AIDS segundo sexo,

faixa etária, escolaridade, regional de saúde e município de residência; (iii) des-

crever o perfil dos casos notificados de gestantes HIV+ e crianças expostas, no

período de 1998 a 2005; e (iv) descrever o perfil dos usuários dos Centros de

Testagem e Aconselhamento.

O resultado deste trabalho é fruto de consultoria realizada à DIVE pela

epidemiologista Eleonora D’ Orsi Md. Ph.d, conforme contrato de prestação de

serviços Nº 6321/2004. A metodologia utiliza-se como fonte de dados o Sistema

de Informações de Agravos de Notificação – SINANW contendo todos os casos

de AIDS notificados em Santa Catarina no período de 1984 a 2005; o Sistema de

Informações de Mortalidade - SIM e o Sistema de Informações dos Centros de

Testagem e Aconselhamento - SISCTA. Os dados foram tabulados no Tabwin®,

Tabnet® e SPSS®, gráficos confeccionados em Excel® e texto em Word®.

Luis Antonio Silva

Diretor de Vigilância Epidemiológica

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Sumário

O Perfil da Epidemia de Aids no Estado de Santa Catarina - 1984 a 2005 . 11

Número de casos notificados entre adultos (13 anos ou mais) e crianças(até 13 anos) .................................................................................................... 11

Taxa de incidência da AIDS segundo o sexo .................................................... 12

Casos notificados segundo idade ..................................................................... 16

Taxa de incidência da AIDS segundo sexo e faixa etária .................................. 18

AIDS em cada década da vida ......................................................................... 19

AIDS entre crianças (0 a 9 anos) ...................................................................... 19

AIDS entre adolescentes (10 a 19 anos) .......................................................... 20

AIDS entre adultos (20 a 29 anos) .................................................................... 20

AIDS entre adultos (30 a 39 anos) .................................................................... 21

AIDS entre adultos (40 a 49 anos) .................................................................... 21

AIDS entre adultos (50 a 59 anos) .................................................................... 22

AIDS entre idosos (60 anos ou mais) ............................................................... 22

Taxa de incidência segundo faixa etária, sexo masculino................................. 23

Taxa de incidência segundo faixa etária, sexo feminino ................................... 26

Distribuição espacial da taxa de incidência da AIDS......................................... 30

Distribuição espacial nos municípios com mais de 50.000 habitantes .............. 30

Distribuição espacial segundo regionais de saúde ........................................... 33

Distribuição espacial segundo municípios ........................................................ 41

Distribuição dos casos notificados em adultos segundo escolaridade .............. 43

Distribuição proporcional segundo categoria de exposição em adultos ............ 44

Distribuição proporcional segundo categoria de exposição, sexo masculino .... 46

Distribuição proporcional segundo categoria de exposição, sexo feminino ...... 47

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Distribuição proporcional segundo categoria de exposição em crianças (até 13anos) ................................................................................................................ 48

Letalidade ......................................................................................................... 50

O Perfil da Mortalidade por AIDS em Santa Catarina - 1986 a 2005 ............ 51

Mortalidade por AIDS em Santa Catarina, 1986 a 2005.................................... 51

Mortalidade segundo faixas etárias .................................................................. 55

Mortalidade segundo regional de saúde de residência ..................................... 56

Mortalidade segundo município de residência .................................................. 57

Mortalidade segundo escolaridade ................................................................... 58

O Perfil Epidemiológico dos Casos Notificados de HIV em Gestantes noEstado de Santa Catarina - 1998 a 2005 ........................................................ 60

Categoria de exposição da Gestante/Parturiente/Puérpera .............................. 62

Informações sobre a parceria sexual ................................................................ 62

Dados do Pré-Natal .......................................................................................... 66

Dados do parto ................................................................................................. 69

O Perfil dos usuários dos Centros de Testagem e Aconselhamento - CTA -2002 a 2005 ..................................................................................................... 78

Características Sóciodemográficas .................................................................. 79

Motivo da procura e tipo de exposição ............................................................. 85

Comportamento sexual - número de parceiros ................................................. 88

Comportamento sexual com parceiro fixo ........................................................ 91

Compartilhamento de seringas ....................................................................... 101

REFERÊNCIAS .............................................................................................. 103

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O perfil epidemiológico da AIDS | 13

O PERFIL DA EPIDEMIA DE AIDS NO ESTADO DE SANTACATARINA - 1984 A 2005

Número de casos notificados entre adultos (13 anos ou mais)e crianças (até 13 anos)

O primeiro caso notificado de AIDS em Santa Catarina ocorreu em 1984, umhomem residente no município de Chapecó. Desde então, foram notificados 16.142casos de AIDS em indivíduos com 13 anos ou mais de idade, e 819 casos emmenores de 13 anos (até 02/02/2006). A razão de masculinidade, entre adultos,no período 1984-2005, foi igual a 1,9 homens para cada mulher (Tabela 1).

Tabela 1 – Casos notificados de AIDS em indivíduos com 13 ou mais anos de idade,segundo sexo, Santa Catarina, 1984 a 2005.

O primeiro caso em mulheres ocorreu em 1987. Desde então, o número decasos em mulheres vem crescendo e a razão de masculinidade vem diminuindo acada ano (Tabela 2).

Tabela 2 – Número de casos notificados de AIDS em indivíduos com 13 ou maisanos de idade, segundo sexo e ano do diagnóstico, e razões de masculinidade,Santa Catarina, 1984 a 2005.

O primeiro caso de AIDS notificado entre crianças (menores que 13 anos deidade) foi em 1988. Foram notificados, ao todo, 819 casos em crianças (até 02/02/2006). O número de casos foi ascendente até 1997, quando começou a apresen-tar declínio mantido até 2005 (Gráfico 1).

Sexo f %

Masculino 10499 65,0Feminino 5638 34,9Ignorado 5 0,0

Total 16142 100,0

Sexo 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995Masculino 1 1 10 19 39 72 177 241 306 402 509 652Feminino 0 0 0 4 9 14 33 70 99 139 178 234Total 1 1 10 23 48 86 210 311 405 541 687 886Razao masculinidade 4,8 4,3 5,1 5,4 3,4 3,1 2,9 2,9 2,8

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Total712 716 886 813 888 1041 1001 861 731 421 10499330 355 498 477 595 616 667 553 453 314 5638

1042 1071 1384 1290 1483 1657 1668 1414 1184 735 161372,2 2,0 1,8 1,7 1,5 1,7 1,5 1,6 1,6 1,3 1,9

SexoMasculinoFemininoTotalRazao masculinidade

~

~

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14 | O perfil epidemiológico da AIDS

Gráfico 1 - Número absoluto de casos notificados de AIDS em crianças (até 13 anosde idade) segundo ano do diagnóstico, Santa Catarina, 1988 a 2005.

Taxa de incidência da AIDS segundo o sexo

Quando calculamos a taxa de incidência de AIDS (número de casos divididopela população), incluindo-se casos em adultos e crianças, é possível verificar oaumento do risco da doença entre mulheres (Gráfico 2) e a diminuição da razãohomem/mulher.

Gráfico 2 – Taxas de incidência de AIDS (por 10.000 hab.) segundo sexo e razão detaxas (masculino/feminino), Santa Catarina, 1984 a 2005.

É possível identificar dois períodos distintos na epidemia: o primeiro até 1996,com crescimento constante das taxas, e o segundo a partir de 1996, no qual

6 816 15

2332

76

8781

88 86

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5748 48

31 34

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60708090

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1994

1995

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r10000

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Masculino

Feminino

RAZÃOHM

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O perfil epidemiológico da AIDS | 15

parece haver uma redução na velocidade desse crescimento, com oscilaçõesanuais de aumento e decréscimo, até 2002 (Tabela 3 e Gráfico 3). No períodomais recente, a partir de 2003, as taxas parecem estar diminuindo, tanto parahomens como para mulheres. Este dado deve ser avaliado com cautela, devidoao atraso de aproximadamente 2 anos na digitação das notificações.

Tabela 3 - Taxa de incidência de AIDS (por 100.000 hab.) segundo sexo, Santa Catarina,1984 a 2005.

Gráfico 3 - Taxa de incidência de AIDS segundo sexo, Santa Catarina, 1984 a 2005.

Podemos notar, pela análise das taxas de incidência no período mais recen-te, que, no sexo masculino, a taxa (que representa o risco de adoecimento) aumentaaté 2001, apresentando declínio mantido, em seguida, até 2005. No sexo femini-no, a taxa cresce até 2002, apresentando queda em seguida (Gráfico 4). A epidemiacontinua crescendo a um ritmo menor, e parece entrar em declínio a partir de2002.

0,0

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por

1000

00

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Feminino

Total

Sexo 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994Masculino 0,1 0,0 0,5 0,9 2,0 3,5 8,3 11,1 13,8 17,6 22,7Feminino 0,0 0,0 0,0 0,2 0,5 0,8 1,8 3,3 4,8 6,7 9,2Total 0,0 0,0 0,2 0,5 1,3 2,1 5,1 7,2 9,3 12,2 16,0

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 200528,8 31,1 30,6 37,0 33,2 34,5 39,2 37,3 31,4 26,3 14,611,4 14,9 16,1 21,4 20,2 23,0 23,5 24,8 20,2 16,6 10,820,1 23,0 23,4 29,2 26,7 28,8 31,3 31,0 25,8 21,4 12,7

Sexo

MasculinoFemininoTotal

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16 | O perfil epidemiológico da AIDS

Gráfico 4 - Taxas de incidência da AIDS (por 100.000 hab.) segundo sexo, SantaCatarina, 1996 a 2005.

Comparando Brasil e Santa Catarina, nota-se que, a partir de 1994, a taxade incidência de AIDS em Santa Catarina ultrapassou a taxa nacional e manteve-se, a partir de 2000, praticamente o dobro da taxa brasileira (enquanto no Brasil ataxa oscilou em torno de 15 casos para cada 100.000 hab., em Santa Catarinaeste indicador está em torno de 30 casos para cada 100.000 hab.) (Gráfico 5) .

No sexo masculino, a taxa de incidência da AIDS apresenta tendência dedeclínio no Brasil, a partir de 1998, enquanto que, em Santa Catarina, a taxaparece estar diminuindo (a partir de 2001) (Gráfico 6).

No sexo feminino, tanto no Brasil como em Santa Catarina, a tendência é deaumento até 2002, com valores sempre superiores, em Santa Catarina, à médianacional (Gráfico 7). A partir de 2003 ocorre queda na taxa em Santa Catarina.

Gráfico 5 - Taxa de incidência de AIDS (por 100.000 hab.), Brasil e Santa Catarina,1984 a 2005.

0,0

5,0

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1984

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1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

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por

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Masculino

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Total

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O perfil epidemiológico da AIDS | 17

Gráfico 6 - Taxa de incidência de AIDS (por 100.000 homens), sexo masculino, Brasile Santa Catarina, 1984 a 2005.

Gráfico 7 - Taxa de incidência de AIDS (por 100.000 mulheres), sexo feminino, Brasile Santa Catarina, 1986 a 2005.

0,0

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1996

1997

1998

1999

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2003

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18 | O perfil epidemiológico da AIDS

Casos notificados segundo idade

A idade média dos casos notificados entre adultos no período 1984-2005 foide 34,7 (± 9,8 anos), e a mediana foi de 33 anos; 50% dos casos tem entre 28 e40 anos. (Quadro 1 e gráfico 8).

Quadro 1 - Medidas de tendência central e dispersão de idade entre os casos notifi-cados de AIDS, Santa Catarina, 1984 a 2005.

Gráfico 8 - Histograma de idade dos casos notificados de AIDS, Santa Catarina,1984 a 2005.

A distribuição etária dos casos está se deslocando para idades mais avan-çadas, conforme pode ser verificado no Gráfico 9. A mediana de idade dos casosnotificados aumentou 8 anos no período de 1990 até 2005, passando de 29 anosem 1990 para 37 anos em 2005.

16.142

34,733329,81384

25% 28

50% 33

75% 40

Percentiles

Média

ModaMediana

Desvio padrãoMínimoMáximo

Número de casos

IDADE

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cia

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O perfil epidemiológico da AIDS | 19

Gráfico 9 - Idade mediana dos casos de AIDS notificados em adultos (13 anos oumais) segundo ano do diagnóstico, Santa Catarina, 1990 a 2005.

O número de casos notificados em todas as faixas etárias aumentou até1996. A partir de 1997, pode-se observar redução do número de casos notificadosentre crianças de 0 a 9 anos. Nas outras faixas etárias, o número absoluto decasos continuou aumentando, especialmente entre pessoas com 50 a 59 anos e60 anos ou mais de idade (Tabela 4).

Tabela 4 - Número de casos de AIDS notificados segundo faixa etária, Santa Catarina,1984 a 2005.

29

29

29

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2005

An

od

iag

sti

co

Idade mediana

1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 19950 a 9 0 0 0 0 6 8 16 15 23 32 75 86

10 a 19 0 0 1 4 4 5 13 17 17 15 17 2820 a 29 anos 1 1 4 12 23 39 101 143 194 244 265 32330 a 39 anos 0 0 4 4 13 32 79 118 141 202 280 36740 a 49 anos 0 0 1 1 2 6 13 25 41 65 83 11650 a 59 anos 0 0 0 2 5 2 4 6 9 11 25 35

60+ 0 0 0 0 1 2 0 2 3 4 18 18Total 1 1 10 23 54 94 226 326 428 573 763 973

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 TOTAL77 88 84 70 54 47 44 31 27 8 79130 20 48 33 25 37 36 30 23 15 418

337 335 438 386 433 461 411 312 275 155 4893457 480 582 567 612 680 688 545 457 275 6583153 173 230 218 283 354 370 364 293 195 298645 45 65 67 103 92 119 125 105 74 93924 18 23 21 31 36 48 39 38 24 350

1123 1159 1470 1362 1541 1707 1716 1446 1218 746 16960

0 a 910 a 19

20 a 29 anos30 a 39 anos40 a 49 anos50 a 59 anos

60+Total

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20 | O perfil epidemiológico da AIDS

Taxa de incidência da AIDS segundo sexo e faixa etária

A faixa etária mais atingida pela epidemia, onde o risco é maior, é a de 30 a39 anos. Em segundo lugar, encontra-se a faixa etária de adultos jovens (20 a 29anos), até 2001. A partir de 2001, o risco da faixa etária de 40 a 49 anos supera ode 20 a 29 anos, assumindo o segundo lugar. A faixa etária de 20 a 29 anos ficaem terceiro lugar até 2004, quando é superada pela faixa etária de 50 a 59 anos(Tabela 5 e Gráfico 10).

Tabela 5 - Taxa de incidência de AIDS (por 100.000 hab.) segundo faixa etária e anodo diagnóstico, Santa Catarina, 1984 a 2005.

Gráfico 10 - Taxa de incidência de AIDS segundo faixa etária, Santa Catarina, 1984 a2005.

1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 19940 a 9 0,0 0,0 0,0 0,0 0,6 0,8 1,6 1,5 2,4 3,1 7,110 a 19 0,0 0,0 0,1 0,4 0,4 0,5 1,4 1,8 1,8 1,5 1,720 a 29 0,1 0,1 0,5 1,5 2,8 4,7 11,9 16,5 22,9 27,1 29,030 a 39 0,0 0,0 0,7 0,7 2,1 5,0 11,9 17,1 19,4 28,3 38,640 a 49 0,0 0,0 0,3 0,3 0,5 1,4 3,0 5,6 8,5 14,2 17,850 a 59 0,0 0,0 0,0 0,8 1,9 0,7 1,4 2,1 3,0 3,8 8,460 e + 0,0 0,0 0,0 0,0 0,4 0,7 0,0 0,7 0,9 1,3 5,6Total 0,0 0,0 0,2 0,5 1,3 2,1 5,1 7,2 9,3 12,2 16,0

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 20058,0 8,0 8,9 8,4 6,9 5,5 4,7 4,3 3,0 2,6 0,72,8 3,0 2,0 4,7 3,2 2,4 3,4 3,3 2,7 2,0 1,3

34,9 39,4 38,5 49,5 43,0 47,1 49,2 43,2 32,3 28,1 15,349,9 57,0 58,8 70,3 67,5 69,3 75,6 75,4 58,9 48,7 28,424,6 27,7 30,8 40,4 37,7 42,4 52,1 53,7 52,0 41,3 26,611,6 13,6 13,3 19,0 19,4 25,2 22,1 28,2 29,2 24,2 16,65,5 6,7 4,9 6,2 5,6 7,2 8,2 10,8 8,7 8,4 5,1

20,1 23,1 23,4 29,3 26,8 28,8 31,3 31,0 25,8 21,4 12,7

0 a 910 a 1920 a 2930 a 3940 a 4950 a 5960 e +Total

0,0

10,0

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1984

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1988

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30 a 39

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50 a 59

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O perfil epidemiológico da AIDS | 21

Comparando quatro períodos (1990, 1996, 2000 e 2003), podemos verificarque a taxa de incidência aumentou em todas as faixas etárias entre 1990 e 1996(Gráfico 11). Entre 1996 e 2000, houve uma queda significativa na faixa etária de0 a 9 anos e aumento nas outras faixas etárias. No período mais recente, ocorreuredução na taxa de 0 a 9 anos e também de 20 a 29 anos, e aumento em todas asfaixas etárias acima de 30 anos (Gráfico 11).

Gráfico 11 - Taxa de incidência de AIDS segundo faixa etária, Santa Catarina, 1990,1996, 2000 e 2005.

AIDS em cada década da vida

AIDS entre crianças (0 a 9 anos)

Na faixa etária de 0 a 9 anos, a taxa de incidência aumentou até 1997,quando atingiu quase 10 casos para cada 100.000 crianças nessa faixa etária.Em seguida, passou a apresentar tendência de queda significativa, caindo paramenos de 1 caso para cada 100.000 crianças em 2005 (gráfico 12).

Gráfico 12 - Taxa de incidência de AIDS (por 100.000 hab.) entre crianças de 0 a 9anos segundo ano do diagnóstico, Santa Catarina, 1984 a 2005.

0,0

10,0

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0 a 9 10 a 19 20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 e +

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1984

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1986

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1990

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1999

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22 | O perfil epidemiológico da AIDS

AIDS entre adolescentes (10 a 19 anos)

A faixa etária dos adolescentes (10 a 19 anos) é a menos atingida pelaepidemia. A taxa de incidência da AIDS entre adolescentes apresentou aumentooscilante até 1996, passando então a apresentar picos de três em três anos inter-calados com quedas. A taxa ficou oscilando em torno de 3 casos para cada 100.000adolescentes no período mais recente (entre 2000 e 2005), com tendência dequeda (Gráfico 13).

Gráfico 13 - Taxa de incidência de AIDS (por 100.000 hab.) entre adolescentes de 10a 19 anos segundo ano do diagnóstico, Santa Catarina, 1984 a 2005.

AIDS entre adultos (20 a 29 anos)

A faixa etária de adultos entre 20 e 29 anos era a segunda faixa etária maisatingida pela epidemia até 2001, quando foi ultrapassada pela faixa etária de 40 a49 anos. A taxa de incidência aumentou até 1998, quando atingiu pico de 48 casospara cada 100.000 adultos de 20 a 29 anos. Em seguida, ficou oscilando entre 40e 48 casos por 100.000 (Gráficos 14). No período mais recente (2001 a 2005), orisco nessa faixa etária está diminuindo.

Gráfico 14 - Taxa de incidência da AIDS entre adultos de 20 a 29 anos, Santa Catarina,1984 a 2005.

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

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1996

1997

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O perfil epidemiológico da AIDS | 23

AIDS entre adultos (30 a 39 anos)

A faixa etária de 30 a 39 anos é a mais atingida pela epidemia. A taxa foiascendente até 2002, quando atingiu o pico de 75,4 casos para cada 100.000pessoas nessa faixa etária. Desde então, o risco está diminuindo (Gráfico 15).

Gráfico 15 - Taxa de incidência da AIDS entre adultos de 30 a 39 anos, Santa Catarina,1984 a 2005.

AIDS entre adultos (40 a 49 anos)

Entre adultos de 40 a 49 anos, a taxa de incidência apresenta crescimentoconstante, com pico máximo de 53,7 casos por 100.000 adultos nessa faixa etáriaem 2002. A partir de 2001, essa passou a ser a segunda faixa etária mais atingidapela epidemia (Gráfico 16).

Gráfico 16 - Taxa de incidência da AIDS entre adultos de 40 a 49 anos, Santa Catarina,1984 a 2005.

0,0

10,0

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1996

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1999

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2001

2002

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2004

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24 | O perfil epidemiológico da AIDS

AIDS entre adultos (50 a 59 anos)

Entre adultos de 50 a 59 anos, a epidemia se iniciou mais tardiamente quenas faixas etárias anteriores. A taxa de incidência passou a apresentar aumentoimportante a partir de 1993 e crescimento em torno de 20% a 40% ao ano até2003, quando atingiu pico máximo de 29,2 casos para cada 100.000 habitantesnessa faixa etária, sendo, atualmente, a terceira faixa etária mais atingida pelaepidemia (Gráfico 17).

Gráfico 17 - Taxa de incidência da AIDS entre adultos de 50 a 59 anos, Santa Catarina,1984 a 2005.

AIDS entre idosos (60 anos ou mais)

Entre os idosos (60 anos ou mais de idade), a epidemia também surgiu maistardiamente, com crescimento a partir de 1993. Desde então, a taxa de incidênciapassou por um período de oscilações entre 1994 e 1999, e no período mais re-cente (a partir de 2000) vem aumentando em torno de 15% a 30% ao ano, compico máximo de 10,8 casos para cada 100.000 idosos em 2002 (Gráfico 18).

Gráfico 18 - Taxa de incidência da AIDS entre adultos de 60 anos ou mais, SantaCatarina, 1984 a 2005.

0,0

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1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

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1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

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O perfil epidemiológico da AIDS | 25

Taxa de incidência segundo faixa etária, sexo masculino

A faixa etária mais atingida pela epidemia, entre adultos do sexo masculino,é a de 30 a 39 anos, cuja taxa atingiu 102,4 casos por 100.000 homens de 30 a 39anos em 2001. Em segundo lugar estava a faixa etária de 20 a 29 anos até 1998,quando foi ultrapassada pela faixa etária de 40 a 49 anos. Em terceiro e quartolugar estão as faixas etárias de 50 a 59 anos e 60 e mais, ambas em situação derisco ascendente no período mais recente (Tabela 6 e Gráfico 19).

Tabela 6 - Taxa de incidência de AIDS segundo faixa etária, sexo masculino, SantaCatarina, 1984 a 2005.

Gráfico 19 - Taxa de incidência de AIDS segundo faixa etária, sexo masculino, SantaCatarina, 1984 a 2005.

1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 199410 a 19 0,0 0,0 0,0 0,0 0,9 1,1 2,1 2,3 3,1 1,0 2,020 a 29 0,3 0,3 1,0 2,5 4,4 7,9 18,8 25,0 32,3 39,9 42,430 a 39 0,0 0,0 1,4 1,0 3,2 8,4 21,3 26,1 29,2 42,0 59,340 a 49 0,0 0,0 0,5 0,5 1,0 2,9 5,6 10,3 15,3 23,4 24,850 a 59 0,0 0,0 0,0 0,8 3,8 0,7 2,9 4,3 6,1 6,9 13,060 e + 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1,4 1,3 2,0 9,4

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 20052,8 3,0 2,3 3,4 1,9 1,1 1,5 3,4 1,6 0,9 0,7

49,3 48,2 46,7 57,0 47,1 47,3 55,6 45,1 34,5 29,7 16,277,2 81,5 81,1 94,0 89,8 90,3 102,4 95,0 77,6 62,3 32,637,1 40,0 44,4 60,2 52,8 54,2 70,1 68,0 66,7 54,2 33,017,5 22,0 20,4 23,1 28,7 31,3 28,8 35,7 33,8 35,2 20,07,9 11,5 6,6 9,4 7,6 12,9 9,1 15,5 12,4 12,2 7,6

10 a 1920 a 2930 a 3940 a 4950 a 5960 e +

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26 | O perfil epidemiológico da AIDS

Entre 1990 e 1996, a taxa de incidência de AIDS no sexo masculino aumen-tou em todas as faixas etárias. Entre 1996 e 2000, a taxa se manteve nas faixasetárias mais jovens (20 a 29 e 30 a 39 anos) e aumentou nas faixas etárias maisvelhas (acima de 40 anos), e no período mais recente (1996 a 2005), houve redu-ção do risco nas faixas etárias mais jovens (20 a 29 anos) e aumento nos maisvelhos (40 a 49, 50 a 59 e 60 anos ou mais de idade) (Gráficos 20 a 25).

Gráfico 20 - Taxa de incidência de AIDS segundo faixa etária, sexo masculino, SantaCatarina, 1990, 1996, 2000 e 2005.

Gráfico 21 - Taxa de incidência da AIDS entre homens de 10 a 19 anos, Santa Catarina,1984 a 2005.

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O perfil epidemiológico da AIDS | 27

Gráfico 22 - Taxa de incidência da AIDS entre homens de 20 a 29 anos, Santa Catarina,1984 a 2005.

Gráfico 23 - Taxa de incidência da AIDS entre homens de 30 a 39 anos, Santa Catarina,1984 a 2005.

Gráfico 24 - Taxa de incidência da AIDS entre homens de 40 a 49 anos, Santa Catarina,1984 a 2005.

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28 | O perfil epidemiológico da AIDS

Gráfico 25 - Taxa de incidência da AIDS entre homens de 50 a 59 anos, Santa Catarina,1984 a 2005.

Gráfico 26 - Taxa de incidência da AIDS entre homens idosos (60 anos ou mais),Santa Catarina, 1984 a 2005.

Taxa de incidência segundo faixa etária, sexo feminino

A faixa etária mais atingida pela epidemia, entre mulheres, também é a de30 a 39 anos, na qual a taxa atingiu 56 casos por 100.000 mulheres em 2002. Emseguida vem a faixa etária de 20 a 29 anos, que aumentou até o ano de 2000,quando começou a diminuir. Em terceiro lugar estava, até o ano de 2002, a faixaetária de 40 a 49 anos, que apresentou crescimento constante, superando a faixaetária de 20 a 29 anos em 2002. Em quarto e quinto lugares estão, respectiva-mente, as faixas etárias de 50 a 59 anos e 60 anos ou mais, com surgimento maistardio e aumento no período mais recente (de 1996 a 2005), principalmente nasmulheres de 50 a 59 anos (Tabela 7 e Gráficos 27 e 28).

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O perfil epidemiológico da AIDS | 29

Tabela 7 – Taxa de incidência de AIDS (por 100.000 mulheres) segundo faixa etária eano do diagnóstico, sexo feminino, Santa Catarina, 1987 a 2005.

Gráfico 27 - Taxa de incidência da AIDS (por 100.000 mulheres) entre mulheres se-gundo faixa etária, Santa Catarina, 1987 a 2005.

1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 199610 a 19 0,0 0,0 0,0 0,6 1,3 0,4 2,1 1,4 2,8 3,020 a 29 0,5 1,2 1,4 5,0 7,9 13,5 14,3 15,6 20,4 30,530 a 39 0,3 1,0 1,6 2,4 8,1 9,6 14,6 18,0 22,6 32,640 a 49 0,0 0,0 0,0 0,5 0,9 1,7 4,8 10,8 11,9 15,350 a 59 0,8 0,0 0,7 0,0 0,0 0,0 0,7 4,0 5,9 5,460 e + 0,0 0,7 1,3 0,0 0,0 0,6 0,6 2,3 3,4 2,6

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 20051,6 5,9 4,5 3,6 5,5 3,2 3,8 3,2 1,9

30,2 42,0 38,9 46,9 42,8 41,3 30,1 26,4 14,436,6 46,7 45,1 48,4 49,1 56,0 40,4 35,1 24,217,1 20,4 22,6 30,4 33,9 39,5 37,5 28,6 20,46,4 15,0 10,3 19,2 15,1 21,0 24,4 13,6 13,23,5 3,5 3,9 2,5 7,5 7,0 5,7 5,2 3,1

10 a 1920 a 2930 a 3940 a 4950 a 5960 e +

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30 | O perfil epidemiológico da AIDS

Gráfico 28 - Taxa de incidência de AIDS segundo faixa etária, sexo feminino, SantaCatarina, 1990, 1996, 2000 e 2005.

A análise das taxas no sexo feminino revela tendência de queda da taxaentre mulheres de 20 a 29 anos e 30 a 39 anos e aumento nas faixas etárias de 40a 49 anos, 50 a 59 anos e 60 ou mais (Gráficos 29 a 34).

Gráfico 29 - Taxa de incidência da AIDS entre mulheres de 10 a 19 anos, Santa Catarina,1987 a 2005.

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O perfil epidemiológico da AIDS | 31

Gráfico 30 - Taxa de incidência da AIDS entre mulheres de 20 a 29 anos, Santa Catarina,1987 a 2005.

Gráfico 31 - Taxa de incidência da AIDS entre mulheres de 30 a 39 anos, Santa Catarina,1987 a 2005.

Gráfico 32 - Taxa de incidência da AIDS entre mulheres de 40 a 49 anos, Santa Catarina,1987 a 2005.

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32 | O perfil epidemiológico da AIDS

Gráfico 33 - Taxa de incidência da AIDS entre mulheres de 50 a 59 anos, Santa Catarina,1987 a 2005.

Gráfico 34 - Taxa de incidência da AIDS entre mulheres de 60 anos ou mais, SantaCatarina, 1987 a 2005.

Distribuição espacial da taxa de incidência da AIDS

Distribuição espacial nos municípios com mais de 50.000 habitantes

O município mais atingido pela epidemia era, até 2002, Itajaí, cuja taxa deincidência chegou ao valor de 142,3 casos para cada 100.000 habitantes em1998, sendo o município com a taxa de incidência mais alta do Brasil. A partir de2003, a taxa de Itajaí apresentou declínio importante. Em segundo e terceiro lu-gar, com taxas entre 60 e 80 por 100.000 habitantes, encontram-se os municípiosde Balneário Camboriú e Camboriú. Em quarto, quinto e sexto lugar, com taxasentre 40 e 60 por 100.000 habitantes, estão Florianópolis, São José e Brusque.No período mais recente, a taxa de incidência mostra tendência de estabilização

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O perfil epidemiológico da AIDS | 33

em Balneário Camboriú e Camboriú, queda em Itajaí, Florianópolis e São José, eaumento em Joinville, o que pode refletir melhora no sistema de notificação doscasos (Tabela 8 e Gráficos 35 a 38).

Tabela 8 - Taxa de incidência da AIDS (por 100.000 habitantes) segundo municípiode residência e ano do diagnóstico, Santa Catarina 1984 a 2005.

Gráfico 35 - Taxa de incidência da AIDS (por 100.000 hab.) segundo município deresidência e ano do diagnóstico, Itajaí, Balneário Camboriú e Camboriú, 1984 a 2005.

1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994Itajaí 0,0 1,0 0,0 1,9 5,4 17,6 37,8 67,7 40,0 87,0 92,8Balneário Camboriú 0,0 0,0 0,0 0,0 11,3 16,3 46,8 44,7 34,4 51,9 39,5Camboriú 0,0 0,0 0,0 4,6 0,0 0,0 28,4 19,4 18,3 66,3 36,3Florianópolis 0,0 0,0 1,3 4,3 9,7 11,5 23,3 30,1 63,5 67,1 74,6São José 0,0 0,0 0,0 1,7 3,2 3,8 8,2 9,3 14,8 10,8 35,2Brusque 0,0 0,0 2,0 1,9 0,0 7,3 8,9 12,1 20,2 8,2 24,2Criciúma 0,0 0,0 0,8 0,0 1,5 1,4 6,3 14,4 18,2 16,9 25,0Blumenau 0,0 0,0 0,0 0,5 1,0 4,5 8,2 10,8 11,1 19,9 23,1Biguaçu 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 6,1 11,7 11,4 19,5 30,3Joinville 0,0 0,0 1,0 0,3 0,6 1,2 5,9 6,6 10,0 10,5 13,5Palhoça 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 2,9 8,5 12,5 28,7Rio do Sul 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 4,6 13,4 8,8 2,2 8,3 6,2

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 200595,4 78,6 116,0 142,3 108,1 107,1 103,4 122,6 73,7 39,0 15,891,6 85,9 57,9 96,4 54,6 84,4 58,2 79,6 84,9 78,3 57,378,7 64,6 48,1 109,8 82,6 82,0 60,1 40,2 54,0 71,2 74,299,0 94,0 73,0 86,2 78,4 59,6 72,4 58,5 58,0 41,8 26,044,5 51,6 63,2 51,1 70,9 62,8 73,1 49,6 48,1 40,8 9,128,7 33,1 59,2 61,6 44,9 51,3 66,5 47,6 41,7 45,6 28,732,2 52,2 41,3 61,8 41,8 46,9 60,0 41,6 40,5 39,4 29,132,0 40,2 35,6 40,8 34,0 36,7 38,5 47,0 38,2 36,9 17,124,4 32,5 38,5 37,3 13,6 41,6 56,3 49,0 47,7 14,9 5,321,7 20,9 24,2 41,8 38,6 54,7 46,9 47,6 40,7 35,4 15,033,7 32,0 29,7 28,8 25,7 34,1 43,0 26,4 22,1 10,3 4,020,2 25,1 28,9 38,9 30,4 31,0 24,8 56,7 18,7 25,9 21,7

ItajaíBalneário CamboriúCamboriúFlorianópolisSão JoséBrusqueCriciúmaBlumenauBiguaçuJoinvillePalhoçaRio do Sul

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34 | O perfil epidemiológico da AIDS

Gráfico 36 - Taxa de incidência da AIDS (por 100.000 hab.) segundo município deresidência e ano do diagnóstico, Florianópolis, São José e Brusque, 1984 a 2005.

Gráfico 37 - Taxa de incidência da AIDS (por 100.000 hab.) segundo município deresidência e ano do diagnóstico, Criciúma, Blumenau e Biguaçu, 1984 a 2005.

Gráfico 38 - Taxa de incidência da AIDS (por 100.000 hab.) segundo município deresidência e ano do diagnóstico, Joinville, Palhoça e Rio do Sul, 1984 a 2005.

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Joinville

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O perfil epidemiológico da AIDS | 35

Distribuição espacial segundo regionais de saúde

As regionais de saúde atingidas no início da epidemia foram as de Itajaí eFlorianópolis. Em seguida, a epidemia se difundiu para as regiões do Norte e doSul do Estado, com taxas mais elevadas no litoral. Mais recentemente, pode-seobservar o fenômeno de interiorização da epidemia, atingindo as regionais desaúde do Oeste do Estado (Mapas 1 a 15).

Mapa 1 - Distribuição espacial das taxas de incidência da AIDS segundo regionaisde saúde e ano do diagnóstico, Santa Catarina, 1990.

Mapa 2 - Distribuição espacial das taxas de incidência da AIDS segundo regionaisde saúde e ano do diagnóstico, Santa Catarina, 1991.

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36 | O perfil epidemiológico da AIDS

Mapa 3 - Distribuição espacial das taxas de incidência da AIDS segundo regionaisde saúde e ano do diagnóstico, Santa Catarina, 1992.

Mapa 4 - Distribuição espacial das taxas de incidência da AIDS segundo regionaisde saúde e ano do diagnóstico, Santa Catarina, 1993.

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O perfil epidemiológico da AIDS | 37

Mapa 5 - Distribuição espacial das taxas de incidência da AIDS segundo regionaisde saúde e ano do diagnóstico, Santa Catarina, 1994.

Mapa 6 - Distribuição espacial das taxas de incidência da AIDS segundo regionaisde saúde e ano do diagnóstico, Santa Catarina, 1995.

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38 | O perfil epidemiológico da AIDS

Mapa 7 - Distribuição espacial das taxas de incidência da AIDS segundo regionaisde saúde e ano do diagnóstico, Santa Catarina, 1996.

Mapa 8 - Distribuição espacial das taxas de incidência da AIDS segundo regionaisde saúde e ano do diagnóstico, Santa Catarina, 1997.

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O perfil epidemiológico da AIDS | 39

Mapa 9 - Distribuição espacial das taxas de incidência da AIDS segundo regionaisde saúde e ano do diagnóstico, Santa Catarina, 1998.

Mapa 10 - Distribuição espacial das taxas de incidência da AIDS segundo regionaisde saúde e ano do diagnóstico, Santa Catarina, 1999.

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40 | O perfil epidemiológico da AIDS

Mapa 11 - Distribuição espacial das taxas de incidência da AIDS segundo regionaisde saúde e ano do diagnóstico, Santa Catarina, 2000.

Mapa 12 - Distribuição espacial das taxas de incidência da AIDS segundo regionaisde saúde e ano do diagnóstico, Santa Catarina, 2001.

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O perfil epidemiológico da AIDS | 41

Mapa 13 - Distribuição espacial das taxas de incidência da AIDS segundo regionaisde saúde e ano do diagnóstico, Santa Catarina, 2002.

Mapa 14 - Distribuição espacial das taxas de incidência da AIDS segundo regionaisde saúde e ano do diagnóstico, Santa Catarina, 2003.

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42 | O perfil epidemiológico da AIDS

Mapa 15 - Distribuição espacial das taxas de incidência da AIDS segundo regionaisde saúde e ano do diagnóstico, Santa Catarina, 2004.

Mapa 16 - Distribuição espacial das taxas de incidência da AIDS segundo regionaisde saúde e ano do diagnóstico, Santa Catarina, 2005.

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O perfil epidemiológico da AIDS | 43

Distribuição espacial segundo municípios

Pode-se notar aumento do número de municípios com pelo menos 1(um)caso de AIDS notificado, mostrando a difusão da epidemia por todo o Estado deSanta Catarina (Mapas 16 a 19).

Mapa 17 - Municípios com pelo menos 1 caso de AIDS notificado, Santa Catarina,1984 a 1989.

Mapa 18 - Municípios com pelo menos 1 caso de AIDS notificado, Santa Catarina,1990 a 1994.

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44 | O perfil epidemiológico da AIDS

Mapa 19 - Municípios com pelo menos 1 caso de AIDS notificado, Santa Catarina,1995 a 2000.

Mapa 20 - Municípios com pelo menos 1 caso de AIDS notificado, Santa Catarina,2001 a 2005.

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O perfil epidemiológico da AIDS | 45

Distribuição dos casos notificados em adultos segundo escolaridade

O fenômeno de pauperização da epidemia, verificado principalmente no pe-ríodo entre 1990 e 1999, quando foi observado aumento da proporção de casoscom baixa escolaridade (0 a 3 anos de estudo), de 7,8% em 1990 para 49,1% em1999, parece estar diminuindo. No período mais recente, a proporção de casoscom 0 a 3 anos de estudo caiu de 42,7% em 2000 para 21,0% em 2005. A propor-ção de casos com escolaridade média (4 a 7 anos de estudo) aumentou de 32,5%em 2000 para 40,0% em 2005, e a proporção com alta escolaridade (8 ou maisanos de estudo) também aumentou de 21,7% em 2000 para 32,8% em 2005(Tabelas 9 e 10 e Gráfico 39). Deve ser lembrado que a distribuição proporcionalde casos segundo escolaridade não reflete o risco, podendo refletir apenas adistribuição de escolaridade na população geral.

Tabela 9 - Número absoluto de casos notificados de AIDS em adultos segundo esco-laridade em anos de estudo, por ano do diagnóstico, Santa Catarina, 1984 a 2005.

Tabela 10 - Distribuição percentual de casos notificados de AIDS em adultos segun-do escolaridade em anos de estudo, por ano do diagnóstico, Santa Catarina, 1984 a2005.

Escolaridade 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995Ign/Branco 0 0 4 3 6 12 56 72 55 73 101 1130 A 3 0 0 4 1 3 4 15 33 76 75 107 119De 4 a 7 1 0 1 9 22 31 82 138 177 271 329 4558 OU MAIS 0 1 1 10 16 39 57 68 97 122 150 191Não se Aplica 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 8Total 1 1 10 23 48 86 210 311 405 541 687 886

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Total119 68 47 58 47 82 107 61 64 41 1189159 238 604 622 633 648 418 285 260 154 4458544 557 452 344 482 587 726 623 487 294 6612220 208 281 266 322 340 413 444 372 241 3859

0 0 0 1 0 2 4 2 1 5 241042 1071 1384 1291 1484 1659 1668 1415 1184 735 16142

EscolaridadeIgn/Branco0 A 3De 4 a 78 OU MAISNão se AplicaTotal

1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995Ign/Branco 0,0 0,0 40,0 13,0 12,5 14,0 26,7 23,2 13,6 13,5 14,7 12,80 a 3 0,0 0,0 40,0 4,3 6,3 4,7 7,1 10,6 18,8 13,9 15,6 13,44 a 7 100,0 0,0 10,0 39,1 45,8 36,0 39,0 44,4 43,7 50,1 47,9 51,48 ou mais 0,0 100,0 10,0 43,5 33,3 45,3 27,1 21,9 24,0 22,6 21,8 21,6Não se aplica 0,0 0,0 0,0 0,0 2,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,9Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Total11,4 6,3 3,4 4,5 3,2 4,9 6,4 4,3 5,4 5,6 7,415,3 22,2 43,6 48,2 42,7 39,1 25,1 20,1 22,0 21,0 27,652,2 52,0 32,7 26,6 32,5 35,4 43,5 44,0 41,1 40,0 41,021,1 19,4 20,3 20,6 21,7 20,5 24,8 31,4 31,4 32,8 23,90,0 0,0 0,0 0,1 0,0 0,1 0,2 0,1 0,1 0,7 0,1

100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

EscolaridadeIgn/Branco0 A 3De 4 a 78 OU MAISNão se AplicaTotal

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46 | O perfil epidemiológico da AIDS

Gráfico 39 - Distribuição percentual de casos notificados de AIDS em adultos se-gundo escolaridade em anos de estudo, por ano do diagnóstico, Santa Catarina,1990 a 2005.

Distribuição proporcional segundo categoria de exposição em adultos

Podemos observar mudança no perfil dos casos segundo categoria de ex-posição, com aumento da categoria heterossexual e diminuição da categoria usode drogas injetáveis (Tabelas 11 e 12 e Gráfico 40).

Tabela 11 - Número absoluto de casos notificados de AIDS segundo categoria deexposição hierarquizada, por ano do diagnóstico, Santa Catarina, 1984 a 2005.

0%

20%

40%

60%

80%

100%

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

Não se aplica

8 ou mais

4 a 7

0 a 3

Ign/Branco

Categoria Exposição 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995Ignorado 0 0 0 4 2 10 15 14 28 29 43 46Homossexual 1 0 4 5 8 14 25 37 43 48 67 66Bissexual 0 0 3 3 4 9 13 12 16 26 29 41Heterossexual 0 0 1 2 4 11 39 57 87 150 230 324Drogas 0 1 2 9 30 40 110 188 228 286 316 402Hemofílico 0 0 0 0 0 1 2 2 1 0 0 1Transfusão 0 0 0 0 0 1 1 0 1 1 1 4Acidente Mat.Biológico 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Transm.Vertical 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Total 1 1 10 23 48 86 205 310 404 540 686 884

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Total46 55 40 63 37 40 88 95 67 29 75190 98 135 91 123 125 93 105 73 52 130339 51 56 43 78 74 77 64 46 35 719

465 502 744 732 927 1051 1119 932 826 543 8746390 365 403 360 316 367 290 217 164 75 4559

1 0 1 1 1 1 0 1 1 0 1410 0 3 0 0 1 1 0 6 0 301 0 0 0 2 0 0 0 1 0 40 0 2 1 0 0 0 1 0 1 5

1042 1071 1384 1291 1484 1659 1668 1415 1184 735 16131

Categoria ExposiçãoIgnoradoHomossexualBissexualHeterossexualDrogasHemofílicoTransfusãoAcidente Mat.BiológicoTransm.VerticalTotal

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O perfil epidemiológico da AIDS | 47

Tabela 12 - Distribuição percentual de casos notificados de AIDS segundo categoriade exposição hierarquizada, por ano do diagnóstico, Santa Catarina, 1984 a 2005.

Gráfico 40 - Distribuição percentual de casos notificados de AIDS segundo catego-ria de exposição, por ano do diagnóstico, Santa Catarina, 1990 a 2005.

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

Ignorado

Transm.Vertical

Acidente Mat.Biológico

Transfusão

Hemofílico

Drogas

Heterossexual

Bissexual

Homossexual

Categoria Exposição 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995Homossexual 100,0 0,0 40,0 21,7 16,7 16,3 12,2 11,9 10,6 8,9 9,8 7,5Bissexual 0,0 0,0 30,0 13,0 8,3 10,5 6,3 3,9 4,0 4,8 4,2 4,6Heterossexual 0,0 0,0 10,0 8,7 8,3 12,8 19,0 18,4 21,5 27,8 33,5 36,7Drogas 0,0 100,0 20,0 39,1 62,5 46,5 53,7 60,6 56,4 53,0 46,1 45,5Hemofílico 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1,2 1,0 0,6 0,2 0,0 0,0 0,1Transfusão 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1,2 0,5 0,0 0,2 0,2 0,1 0,5Acidente Mat.Biológico 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0Transm.Vertical 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0Ignorado 0,0 0,0 0,0 17,4 4,2 11,6 7,3 4,5 6,9 5,4 6,3 5,2Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Total8,6 9,2 9,8 7,0 8,3 7,5 5,6 7,4 6,2 7,1 8,13,7 4,8 4,0 3,3 5,3 4,5 4,6 4,5 3,9 4,8 4,5

44,6 46,9 53,8 56,7 62,5 63,4 67,1 65,9 69,8 73,9 54,237,4 34,1 29,1 27,9 21,3 22,1 17,4 15,3 13,9 10,2 28,30,1 0,0 0,1 0,1 0,1 0,1 0,0 0,1 0,1 0,0 0,11,0 0,0 0,2 0,0 0,0 0,1 0,1 0,0 0,5 0,0 0,20,1 0,0 0,0 0,0 0,1 0,0 0,0 0,0 0,1 0,0 0,00,0 0,0 0,1 0,1 0,0 0,0 0,0 0,1 0,0 0,1 0,04,4 5,1 2,9 4,9 2,5 2,4 5,3 6,7 5,7 3,9 4,7

100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Categoria ExposiçãoHomossexualBissexualHeterossexualDrogasHemofílicoTransfusãoAcidente Mat.BiológicoTransm.VerticalIgnoradoTotal

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48 | O perfil epidemiológico da AIDS

Distribuição proporcional segundo categoria de exposição, sexomasculino

No sexo masculino, a principal categoria de exposição é a heterossexual,podendo-se verificar aumento da proporção de casos nesta categoria e diminui-ção da proporção de uso de drogas injetáveis (Tabelas 13 e 14 e Gráfico 41).

Tabela 13 - Número absoluto de casos notificados de AIDS segundo categoria deexposição, sexo masculino, por ano do diagnóstico, Santa Catarina, 1984 a 2005.

Tabela 14 - Distribuição percentual de casos notificados de AIDS segundo categoriade exposição, sexo masculino, por ano do diagnóstico, Santa Catarina, 1984 a 2005.

Categoria Exposição 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995Homossexual 1 0 4 5 8 14 25 37 43 48 67 66Bissexual 0 0 3 3 4 9 13 12 16 26 29 41Heterossexual 0 0 1 0 2 7 26 30 41 74 116 154Drogas 0 1 2 7 23 31 93 147 188 232 270 357Hemofílico 0 0 0 0 0 1 2 2 1 0 0 1Transfusão 0 0 0 0 0 1 1 0 1 1 0 2Acidente Mat.Biológico 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Ignorado 0 0 0 4 2 9 12 12 15 20 26 31Total 1 1 10 19 39 72 172 240 305 401 508 652

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Total89 98 134 91 123 123 90 104 69 47 128639 51 56 43 78 74 77 64 46 35 719

220 223 328 332 397 508 533 445 422 252 4111328 308 343 301 268 310 248 188 139 63 3847

1 0 1 1 1 1 0 1 1 0 146 0 2 0 0 0 0 0 5 0 191 0 0 0 1 0 0 0 1 0 3

28 36 22 45 20 25 53 59 48 24 491712 716 886 813 888 1041 1001 861 731 421 10490

Categoria ExposiçãoHomossexualBissexualHeterossexualDrogasHemofílicoTransfusãoAcidente Mat.BiológicoIgnoradoTotal

Categoria Exposição 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995Homossexual 100,0 0,0 40,0 26,3 20,5 19,4 14,5 15,4 14,1 12,0 13,2 10,1Bissexual 0,0 0,0 30,0 15,8 10,3 12,5 7,6 5,0 5,2 6,5 5,7 6,3Heterossexual 0,0 0,0 10,0 0,0 5,1 9,7 15,1 12,5 13,4 18,5 22,8 23,6Drogas 0,0 100,0 20,0 36,8 59,0 43,1 54,1 61,3 61,6 57,9 53,1 54,8Hemofílico 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1,4 1,2 0,8 0,3 0,0 0,0 0,2Transfusão 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1,4 0,6 0,0 0,3 0,2 0,0 0,3Acidente Mat.Biológico 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0Ignorado 0,0 0,0 0,0 21,1 5,1 12,5 7,0 5,0 4,9 5,0 5,1 4,8Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Total12,5 13,7 15,1 11,2 13,9 11,8 9,0 12,1 9,4 11,2 12,35,5 7,1 6,3 5,3 8,8 7,1 7,7 7,4 6,3 8,3 6,9

30,9 31,1 37,0 40,8 44,7 48,8 53,2 51,7 57,7 59,9 39,246,1 43,0 38,7 37,0 30,2 29,8 24,8 21,8 19,0 15,0 36,70,1 0,0 0,1 0,1 0,1 0,1 0,0 0,1 0,1 0,0 0,10,8 0,0 0,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,7 0,0 0,20,1 0,0 0,0 0,0 0,1 0,0 0,0 0,0 0,1 0,0 0,03,9 5,0 2,5 5,5 2,3 2,4 5,3 6,9 6,6 5,7 4,7

100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Categoria ExposiçãoHomossexualBissexualHeterossexualDrogasHemofílicoTransfusãoAcidente Mat.BiológicoIgnoradoTotal

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O perfil epidemiológico da AIDS | 49

Gráfico 41 - Distribuição proporcional dos casos notificados de AIDS segundo cate-goria de exposição e ano do diagnóstico, sexo masculino, Santa Catarina, 1990 a2005.

Distribuição proporcional segundo categoria de exposição, sexo feminino

No sexo feminino também se observa aumento da proporção de casos nacategoria de exposição heterossexual, principal categoria no sexo feminino, e re-dução na proporção de casos por uso de drogas injetáveis. (Tabelas 15 e 16 eGráfico 42).

Tabela 15 - Número absoluto de casos notificados de AIDS segundo categoria deexposição, sexo feminino, por ano do diagnóstico, Santa Catarina, 1987 a 2005.

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

Ignorado

Acidente Mat.Biológico

Transfusão

Hemofílico

Drogas

Heterossexual

Bissexual

Homossexual

Categoria Exposição 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996Homossexual 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1Heterossexual 2 2 4 13 27 46 76 114 170 245Drogas 2 7 9 17 41 40 54 46 45 62Transfusão 0 0 0 0 0 0 0 1 2 4Acidente Mat.Biológico 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Transm.Vertical 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Ignorado 0 0 1 3 2 13 9 17 15 18Total 4 9 14 33 70 99 139 178 232 330

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Total0 1 0 0 2 3 1 4 5 17

279 416 400 530 543 586 487 404 291 463557 60 59 48 57 42 29 25 12 7120 1 0 0 1 1 0 1 0 110 0 0 1 0 0 0 0 0 10 2 1 0 0 0 1 0 1 5

19 18 17 16 13 35 35 19 5 255355 498 477 595 616 667 553 453 314 5636

Categoria ExposiçãoHomossexualHeterossexualDrogasTransfusãoAcidente Mat.BiológicoTransm.VerticalIgnoradoTotal

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50 | O perfil epidemiológico da AIDS

Tabela 16 - Distribuição percentual de casos notificados de AIDS segundo categoriade exposição, sexo feminino, por ano do diagnóstico, Santa Catarina, 1987 a 2005.

Gráfico 42 - Distribuição percentual de casos notificados de AIDS segundo catego-ria de exposição, sexo feminino, por ano do diagnóstico, Santa Catarina, 1990 a2005.

Distribuição proporcional segundo categoria de exposição em crianças(até 13 anos)

A principal categoria de exposição em crianças (até 13 anos) é a transmis-são vertical. Entretanto, existem 2 casos relatados de transmissão por via sexual(heterossexual), 2 casos por uso de drogas endovenosas, 4 casos em hemofíli-cos e 4 casos adquiridos por transfusão sanguínea (Tabelas 17 e 18 e Gráfico43).

Categoria Exposição 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996Homossexual 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,3Heterossexual 50,0 22,2 28,6 39,4 38,6 46,5 54,7 64,0 73,3 74,2Drogas 50,0 77,8 64,3 51,5 58,6 40,4 38,8 25,8 19,4 18,8Transfusão 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,6 0,9 1,2Acidente Mat.Biológico 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0Transm.Vertical 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0Ignorado 0,0 0,0 7,1 9,1 2,9 13,1 6,5 9,6 6,5 5,5Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Total0,0 0,2 0,0 0,0 0,3 0,4 0,2 0,9 1,6 0,3

78,6 83,5 83,9 89,1 88,1 87,9 88,1 89,2 92,7 82,216,1 12,0 12,4 8,1 9,3 6,3 5,2 5,5 3,8 12,60,0 0,2 0,0 0,0 0,2 0,1 0,0 0,2 0,0 0,20,0 0,0 0,0 0,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,00,0 0,4 0,2 0,0 0,0 0,0 0,2 0,0 0,3 0,15,4 3,6 3,6 2,7 2,1 5,2 6,3 4,2 1,6 4,5

100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Categoria ExposiçãoHomossexualHeterossexualDrogasTransfusãoAcidente Mat.BiológicoTransm.VerticalIgnoradoTotal

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

Ignorado

Transm.Vertical

Acidente Mat.Biológico

Transfusão

Drogas

Heterossexual

Homossexual

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O perfil epidemiológico da AIDS | 51

Tabela 17 - Número absoluto de casos notificados de AIDS segundo categoria deexposição em crianças (até 13 anos), por ano do diagnóstico, Santa Catarina, 1988a 2005.

Tabela 18 - Distribuição percentual de casos notificados de AIDS segundo categoriade exposição em crianças (até 13 anos), por ano do diagnóstico, Santa Catarina,1988 a 2005.

Categoria Exposição 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997Heterossexual 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0UDI 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0Hemofílico 0 2 0 0 0 0 0 2 0 0Transfusão 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0Transm.Vertical 4 4 12 15 20 29 69 82 75 88Ignorado 1 2 2 0 3 3 5 3 5 0Total 6 8 16 15 23 32 75 87 80 88

1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Total0 0 0 0 1 1 0 0 20 0 0 0 0 0 0 0 20 0 0 0 0 0 0 0 41 0 0 0 0 0 0 1 4

78 66 52 47 44 29 31 6 7517 5 5 2 3 1 2 2 51

86 71 57 49 48 31 33 9 814

Categoria ExposiçãoHeterossexualUDIHemofílicoTransfusãoTransm.VerticalIgnoradoTotal

Categoria Exposição 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997Heterossexual 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0UDI 16,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1,3 0,0 0,0 0,0Hemofílico 0,0 25,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 2,3 0,0 0,0Transfusão 0,0 0,0 12,5 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0Transm.Vertical 66,7 50,0 75,0 100,0 87,0 90,6 92,0 94,3 93,8 100,0Ignorado 16,7 25,0 12,5 0,0 13,0 9,4 6,7 3,4 6,3 0,0Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Total0,0 0,0 0,0 0,0 2,1 3,2 0,0 0,0 0,20,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,20,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,51,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 11,1 0,5

90,7 93,0 91,2 95,9 91,7 93,5 93,9 66,7 92,38,1 7,0 8,8 4,1 6,3 3,2 6,1 22,2 6,3

100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Categoria ExposiçãoHeterossexualUDIHemofílicoTransfusãoTransm.VerticalIgnoradoTotal

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52 | O perfil epidemiológico da AIDS

Gráfico 43 - Distribuição percentual de casos notificados de AIDS segundo catego-ria de exposição em crianças (até 13 anos), por ano do diagnóstico, Santa Catarina,1988 a 2005.

Letalidade

A letalidade informada (percentual de casos com informação registrada so-bre a situação atual: vivo, morto ou ignorado) segundo ano do diagnóstico mostraqueda importante no percentual de casos que já foram a óbito, principalmenteapós 1996 (Tabela 19).

Tabela 19 - Situação atual dos casos de AIDS notificados em Santa Catarina, 1984 a2005.

Situação 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995Vivo 0,0 0,0 20,0 39,1 27,8 25,5 31,9 31,3 37,6 37,5 37,5 45,8Morto 100,0 100,0 60,0 56,5 68,5 71,3 63,7 66,6 57,2 58,3 60,6 52,3Ign/Branco 0,0 0,0 20,0 4,3 3,7 3,2 4,4 2,1 5,1 4,2 2,0 1,8Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Total53,8 62,6 67,6 66,1 73,5 73,5 76,6 76,8 77,9 81,9 64,445,2 35,8 31,6 31,9 25,0 25,1 22,8 22,8 21,8 18,0 34,11,0 1,6 0,9 2,0 1,6 1,4 0,6 0,4 0,2 0,1 1,4

100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

SituaçãoVivoMortoIgn/BrancoTotal

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

Ignorado

Transm.Vertical

Transfusão

Hemofílico

UDI

Heterossexual

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O perfil epidemiológico da AIDS | 53

O PERFIL DA MORTALIDADE POR AIDS EM SANTACATARINA - 1986 A 2005

Mortalidade por AIDS em Santa Catarina, 1986 a 2005

O primeiro óbito por AIDS em Santa Catarina ocorreu em 1986 em um indiví-duo do sexo masculino. Os dois primeiros óbitos entre mulheres ocorreram em1987. Entre mulheres jovens (20 a 49 anos), a AIDS é a primeira causa de óbito,superando os óbitos por câncer de mama, principalmente no período mais recen-te (2000 a 2005) (Gráfico 1).

Gráfico 1 - Mortalidade proporcional segundo causas classificadas com 3 dígitos naClassificação Internacional de Doenças (CID-10), sexo feminino, 20 a 49 anos, SantaCatarina, 1996-2005.

Entre homens da mesma faixa etária (20 a 49 anos), a AIDS ocupava, até1999, o segundo lugar como causa de óbito em Santa Catarina, ficando os aci-dentes por veículo a motor não especificados em primeiro. Após 2000, os óbitospor AIDS ultrapassam os óbitos por acidentes por veículo a motor não especifica-dos e ocupam o primeiro lugar até 2005 (Gráfico 2).

0% 20% 40% 60% 80% 100%

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

%

B20-B24 HIV/AIDS

C50 Neoplasia mama

R98 Morte s/assistência

I21 Infarto agudo do miocardio

C53 Neoplasia colo do utero

V89 Acidente transporte

I61 Hemorragia intracerebral

I64 Acidente vascular cerebral

J18 Pneumonia p/microorg NE

I60 Hemorragia subaracnoide

E14 Diabetes mellitus NE

Outros

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54 | O perfil epidemiológico da AIDS

Gráfico 2 - Mortalidade proporcional segundo causas classificadas com 3 dígitos naClassificação Internacional de Doenças (CID-10), sexo masculino, 20 a 49 anos, SC,1996 a 2005.

Na Tabela 1 observamos o aumento do risco de óbito por AIDS, tanto para apopulação feminina como para a masculina, no período estudado. A razão demasculinidade, que atingiu 10 óbitos em homens para cada óbito em mulheresem 1990, caiu para 1,9 em 2005.

Tabela 1 - Número de óbitos, taxas de mortalidade por AIDS (por 100.000 habitantes)segundo sexo e razão masculino/feminino, Santa Catarina, 1986 a 2005.

0% 20% 40% 60% 80% 100%

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

%

B20-B24 HIV/AIDS

V89 Acidente veículo motor

I21 Infarto agudo do miocardio

R98 Morte s/assistência

X70 Suicídio por enforcamento

W69 Afogamento

X93 Homicídio por arma de fogo

X59 Exposicao a fatores NE

V44 Passageiro veículo colisão

K70 Doença alcoólica do figado

Outras

´

Ano Razão

do Óbito Nº Taxa Nº Taxa Nº TaxaMasculino/Feminino

1986 1 0,05 - - 1 0,021987 5 0,24 2 0,1 7 0,17 2,51988 11 0,51 3 0,14 14 0,33 3,71989 31 1,41 6 0,28 37 0,85 5,21990 70 3,14 7 0,32 77 1,73 101991 99 4,35 30 1,32 129 2,84 3,31992 116 5,03 34 1,48 150 3,26 3,41993 175 7,44 66 2,82 241 5,13 2,71994 268 11,22 66 2,77 334 7,01 4,11995 276 11,39 97 4,02 373 7,71 2,81996 319 13,08 101 4,15 420 8,61 3,21997 315 12,7 98 3,95 413 8,33 3,21998 305 12,13 104 4,14 409 8,13 2,91999 327 12,82 123 4,83 450 8,83 2,72000 333 12,48 127 4,73 460 8,59 2,62001 334 12,3 141 5,16 475 8,72 2,42002 329 11,95 156 5,62 485 8,77 2,12003 341 12,21 176 6,25 517 9,22 1,92004 350 12,36 151 5,29 501 8,81 2,32005 228 7,8 122 4,14 350 5,97 1,9

Masculino Feminino Total

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O perfil epidemiológico da AIDS | 55

A taxa de mortalidade por AIDS em Santa Catarina foi crescente até 1996,quando se estabilizou em torno de 8 a 9 óbitos para cada 100.000 habitantes. Nosexo masculino, a taxa aumentou até 1996 e se estabilizou em torno de 12 óbitospor 100.000 homens, enquanto que, no sexo feminino, a taxa vem crescendo deforma contínua, alcançando 6 óbitos para cada 100.000 mulheres em 2003 (Grá-fico 3).

Gráfico 3 - Taxa de mortalidade por AIDS segundo sexo, Santa Catarina, 1986 a 2005.

A tendência ascendente verificada na taxa de mortalidade por AIDS em San-ta Catarina é diferente do comportamento observado no Brasil como um todo. NoBrasil, a taxa de mortalidade por AIDS foi crescente e superior à de Santa Catari-na até 1996, quando apresentou declínio acentuado até 1999, estabilizando-seem torno de 6 óbitos por 100.000 habitantes a partir de 2000. A partir de 1997, ataxa de mortalidade em Santa Catarina ultrapassou a do Brasil, mantendo-se as-sim, desde então (Gráfico 4).

Gráfico 4 - Taxa de mortalidade por AIDS, Brasil e Santa Catarina, 1983 a 2003 (Bra-sil) e 1984 a 2005 (Santa Catarina)

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

14,00

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

taxa

po

r100000

taxa masc

taxa fem

taxa tot

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

1983

1984

1985

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

taxa

po

r100000

BR TOT

SC TOT

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56 | O perfil epidemiológico da AIDS

No sexo masculino, a diferença entre Brasil e Santa Catarina é mais acentu-ada, pois a queda na taxa de mortalidade verificada em nível nacional nãoaconteceu em Santa Catarina, que passou a apresentar taxas cerca de 25% mai-ores entre homens (12 óbitos por 100.000 homens) do que no Brasil, onde a taxacaiu para aproximadamente 9 por 100.000 (Gráfico 5).

Gráfico 5 - Taxa de mortalidade por AIDS, sexo masculino, Brasil e Santa Catarina,1983 a 2003 (Brasil) e 1984 a 2005 (Santa Catarina).

No sexo feminino, ambas as taxas (Brasil e Santa Catarina) foram seme-lhantes e ascendentes até 1996, quando a taxa, no Brasil, começou a cair. EmSanta Catarina isso não ocorreu, e a taxa de mortalidade por AIDS entre mulheresultrapassou a taxa brasileira, mantendo-se em ascensão até 2003. Em 2004 e2005 foi verificado declínio na taxa de mortalidade feminina, o que pode ser resul-tado de maior acesso ao tratamento ou sub-registro de óbitos (Gráfico 6).

Gráfico 6 - Taxa de mortalidade por AIDS, sexo feminino, Brasil e Santa Catarina,1983 a 2003 (Brasil) e 1984 a 2005 (Santa Catarina).

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

14,0

16,0

1983

1984

1985

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

taxa

po

r100000

BR MASC

SC MASC

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

7,0

1983

1984

1985

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

taxa

po

r100000

BR FEM

SC FEM

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O perfil epidemiológico da AIDS | 57

O declínio verificado a partir de 1996 nas taxas de mortalidade por AIDS emnível nacional pode ser atribuído ao início do tratamento com os anti-retrovirais,que propiciaram o aumento na sobrevida dos pacientes, transformando a AIDSem doença crônica de longa duração. Segundo OLIVEIRA, que já havia evidenci-ado o padrão ascendente, distinto do restante do país, da mortalidade por AIDSem Santa Catarina, as possíveis causas que poderiam explicá-lo são: falhas nodiagnóstico precoce; problemas de adesão ao tratamento; esquemas de trata-mento anti-retroviral e de profilaxia inadequados; dificuldades de acesso aoacompanhamento médico e características próprias das doenças oportunísticasno Estado de Santa Catarina.

Mortalidade segundo faixas etárias

A análise da mortalidade por AIDS segundo faixas etárias revela que, nosexo masculino, as faixas etárias mais acometidas são as de 30 a 39 anos, 40 a49 anos e 50 a 59 anos. No período mais recente, a mortalidade apresentou declí-nio nas faixas etárias mais jovens (20 a 29 anos e 30 a 39 anos), e aumento nasfaixas etárias mais elevadas (40 a 49 anos, 50 a 59 anos e 60 anos ou mais)(Gráfico 7).

Gráfico 7 - Taxa de mortalidade por AIDS segundo faixas etárias, sexo masculino,Santa Catarina, 1996 a 2005.

No sexo feminino, a faixa etária mais acometida é a de 30 a 39 anos. Houvequeda da taxa de mortalidade entre mulheres jovens (20 a 29 anos e 30 a 39anos) e aumento da taxa de mortalidade em mulheres de 40 a 49 anos e 50 a 59anos (Gráfico 8).

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

40,00

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

taxa

po

r100000

ho

men

s 0 a 9

10 a 19

20 a 29

30 a 39

40 a 49

50 a 59

60 e mais

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58 | O perfil epidemiológico da AIDS

Gráfico 8 - Taxa de mortalidade por AIDS segundo faixas etárias, sexo feminino,Santa Catarina, 1996 a 2005.

Mortalidade segundo regional de saúde de residência

A análise segundo Regional de Saúde de residência mostra que as Regio-nais mais atingidas são Itajaí e Florianópolis, com taxas de 11,66 e 11,25 óbitospor 100.000 habitantes, respectivamente. Em seguida, Joinville (8,46 óbitos por100.000 habitantes) e Lages (7,00 óbitos por 100.000 habitantes). As Regionaismenos atingidas são as do Oeste do Estado, evidenciando o caráter litorâneo daepidemia (Tabela 2).

Tabela 2 - Taxa de mortalidade por AIDS segundo Regional de Saúde de residência esexo, Santa Catarina, 2005.

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

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1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

taxa

po

r100000

ho

men

s 0 a 9

10 a 19

20 a 29

30 a 39

40 a 49

50 a 59

60 e mais

Óbitos Taxa Óbitos Taxa Óbitos TaxaXanxerê 2 2,66 - - 2 1,33Videira 2 1,49 2 1,5 4 1,5Concórdia - - 1 1,38 1 0,68Rio do Sul 7 5,57 3 2,44 10 4,02São Miguel d’Oeste - - - - - -Araranguá 3 3,46 1 1,15 4 2,31Itajaí 30 12,9 25 10,45 55 11,66Joaçaba 5 5,6 1 1,11 6 3,35Blumenau 22 7,37 11 3,6 33 5,46Chapecó 8 4,28 2 1,08 10 2,68Mafra - - - - - -Criciúma 10 5,68 7 3,93 17 4,8Joinville 44 12,41 16 4,51 60 8,46Tubarão 11 6,37 8 4,57 19 5,47Lages 13 8,72 8 5,29 21 7Canoinhas - - 1 1,54 1 0,77Jaraguá do Sul 1 0,91 - - 1 0,46Florianópolis 69 15 36 7,6 105 11,25Total 228 7,8 122 4,14 350 5,97

Regional de SaúdeMasculino Feminino Total

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O perfil epidemiológico da AIDS | 59

Mortalidade segundo município de residência

Itajaí, cujas taxas de mortalidade oscilam em torno de 40 por 100.000 habi-tantes, se destaca dos demais como município com a maior taxa de mortalidadepor AIDS em Santa Catarina. Em seguida, com taxas em torno de 20 por 100.000habitantes, aparecem Florianópolis, Camboriú e Laguna. Em Itajaí, Florianópolise Camboriú, a taxa de mortalidade apresenta tendência de declínio no período de1996 a 2005, o que pode representar melhorias no acesso ao tratamento (Gráfico9).

Gráfico 9 - Taxa de mortalidade por AIDS (por 100.000 hab.), municípios seleciona-dos, Santa Catarina, 1996 a 2005.

Em um patamar um pouco mais baixo (em torno de 10 a 20 óbitos por 100.000habitantes) e sem apresentar nenhuma tendência no período, estão os municípi-os de São José, Balneário Camboriú, Navegantes e Criciúma (Gráfico 10).

Gráfico 10 - Taxa de mortalidade por AIDS (por 100.000 hab.), municípios seleciona-dos, Santa Catarina, 1996 a 2005.

0,0

10,0

20,0

30,0

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1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

taxa

po

r100.0

00

hab

.

Itajai

Florianopolis

Camboriu

Laguna

0,0

5,0

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20,0

25,0

30,0

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

taxa

po

r100.0

00

hab

.

Sao Jose

Balneario Camboriu

Navegantes

Criciuma

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60 | O perfil epidemiológico da AIDS

Em seguida, com taxas de mortalidade por AIDS em torno de 10 por 100.000habitantes, estão os municípios de Palhoça, Biguaçu, Blumenau e Joinville (Grá-fico 11).

Gráfico 11 - Taxa de mortalidade por AIDS (por 100.000 hab.), municípios seleciona-dos, Santa Catarina, 1996 a 2005.

Por fim, com taxas entre 5 e 10 por 100.000 habitantes no período, estão osmunicípios de Rio do Sul, Brusque, Tubarão e Lages (Gráfico 12).

Gráfico 12 - Taxa de mortalidade por AIDS (por 100.000 hab.), municípios seleciona-dos, Santa Catarina, 1996 a 2005.

Mortalidade segundo escolaridade

A análise da mortalidade segundo escolaridade revela que, até 1998, emambos os sexos, os óbitos por AIDS se concentravam em indivíduos nos extre-mos de escolaridade, com aproximadamente 80% de analfabetos e 20% comnível superior. No período mais recente, principalmente a partir de 2000, diminuiu

0,0

5,0

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15,0

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35,0

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

taxa

po

r100.0

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.

Palhoca

Biguacu

Blumenau

Joinville

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1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

taxa

po

r100.0

00

hab

.

Rio do Sul

Brusque

Tubarao

Lages

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O perfil epidemiológico da AIDS | 61

o percentual de óbitos entre indivíduos sem nenhuma escolaridade e aumentou aproporção nas categorias intermediárias (1 a 3 e 4 a 7 anos de estudo), refletindoa estrutura de escolaridade da população geral. Também pode ser notado aumen-to da proporção de óbitos com escolaridade ignorada, revelando piora na qualidadedesta informação (Gráficos 13 e 14).

Gráfico 13 - Mortalidade proporcional por AIDS segundo escolaridade, sexo mascu-lino, Santa Catarina, 1996 a 2005.

Gráfico 14 - Mortalidade proporcional por AIDS segundo escolaridade, sexo femini-no, Santa Catarina, 1996 a 2005.

0%

20%

40%

60%

80%

100%

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

Ignorado

12e+

8-11 anos

4-7 anos

1-3 anos

Nenhuma

0%

20%

40%

60%

80%

100%

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

Ignorado

12e+

8-11 anos

4-7 anos

1-3 anos

Nenhuma

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62 | O perfil epidemiológico da AIDS

O PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS NOTIFICADOSDE HIV EM GESTANTES NO ESTADO DE

SANTA CATARINA - 1998 A 2005

O primeiro caso de HIV+ em gestante em Santa Catarina foi notificado em1998. Até 04/11/2005, haviam sido notificados, ao todo, 2000 casos (Tabela 1).

Tabela 1 - Distribuição dos casos de gestantes HIV+ e crianças expostas, segundoano de notificação, Santa Catarina, 1998 a 2005

Os casos notificados se referemàs gestantes com diagnóstico entre1991 e 2005 (Tabela 2). Vale lembrarque, a cada gestação, é preenchida edigitada uma ficha de notificação, po-dendo haver vários registros para amesma mulher (um registro a cada ges-tação).

Tabela 2 - Distribuição dos casos de gestantes HIV+ e crianças expostas, segundoano do diagnóstico, Santa Catarina, 1991 a 2005

A distribuição dos casos notificados segundo raça/cor (campo 11 da ficha denotificação) mostra que 78,7% do total de gestantes eram da raça/cor branca, no

Ano de notificação n %1998 1 0,11999 2 0,12000 84 4,22001 305 15,32002 416 20,82003 436 21,82004 448 22,42005 308 15,4Total 2000 100,0

Ano do diagnóstico n %1991 1 0,11992 2 0,11993 3 0,21994 6 0,31995 6 0,31996 13 0,71997 23 1,21998 44 2,21999 76 3,82000 170 8,52001 346 17,32002 425 21,32003 371 18,62004 359 18,02005 155 7,8Total 2000 100,0

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O perfil epidemiológico da AIDS | 63

período estudado, refletindo a composição étnica predominante no Estado de SantaCatarina. Este campo encontra-se bem preenchido na ficha, com apenas 3,2% deignorados (Tabela 3).

Tabela 3 - Distribuição dos casos de gestantes HIV+ e crianças expostas, segundoraça/cor (campo 11) e ano do diagnóstico, Santa Catarina, 1991 a 2005.

Em relação à escolaridade, a maioria dos casos notificados apresenta esco-laridades intermediárias, sendo 44,3% com 4 a 7 anos de estudo, 21,7% com 8 a11 anos de estudo e 19,6% com 1 a 3 anos de estudo. Existe um pequeno percen-tual de casos com nenhuma escolaridade (2,1%) ou alta escolaridade (4,1% com12 ou mais anos de estudo). A proporção de casos com alta escolaridade (8 a 11e 12 ou mais anos de estudo) está aumentando. O percentual de casos com estainformação ignorada foi baixo (8,1%) (Tabela 4).

Tabela 4 - Distribuição dos casos de gestantes HIV+ e crianças expostas, segundoescolaridade (campo 12) e ano do diagnóstico, Santa Catarina, 1991 a 2005.

n % n % n % n % n % n % n % n %1991 1 100,0 1 100,01992 1 50,0 1 50,0 2 100,01993 2 66,7 1 33,3 3 100,01994 2 33,3 1 16,7 2 33,3 1 16,7 6 100,01995 1 16,7 1 16,7 2 33,3 2 33,3 6 100,01996 3 23,1 6 46,2 2 15,4 2 15,4 13 100,01997 4 17,4 13 56,5 6 26,1 23 100,01998 7 15,9 19 43,2 17 38,6 1 2,3 44 100,01999 19 25,0 32 42,1 20 26,3 1 1,3 4 5,3 76 100,02000 2 1,2 28 16,5 94 55,3 30 17,6 8 4,7 8 4,7 170 100,02001 4 1,2 89 25,7 150 43,4 69 19,9 8 2,3 26 7,5 346 100,02002 10 2,4 87 20,5 196 46,1 81 19,1 18 4,2 2 0,5 31 7,3 425 100,02003 9 2,4 69 18,6 167 45,0 80 21,6 15 4,0 31 8,4 371 100,02004 13 3,6 55 15,3 148 41,2 85 23,7 18 5,0 2 0,6 38 10,6 359 100,02005 3 1,9 24 15,5 57 36,8 39 25,2 10 6,5 1 0,6 21 13,5 155 100,0Total 42 2,1 391 19,6 886 44,3 433 21,7 82 4,1 5 0,3 161 8,1 2000 100,0

Nenhuma 1 a 3 4 a 7 8 a 11 12 ou mais Não se aplica Sem Informação Total

n % n % n % n % n % n % n %1991 1 100,0 1 100,01992 1 50,0 1 50,0 2 100,01993 1 33,3 1 33,3 1 33,3 3 100,01994 5 83,3 1 16,7 6 100,01995 6 100,0 6 100,01996 12 92,3 1 7,7 13 100,01997 21 91,3 1 4,3 1 4,3 23 100,01998 36 81,8 6 13,6 1 2,3 1 2,3 44 100,01999 63 82,9 5 6,6 7 9,2 1 1,3 76 100,02000 145 85,3 11 6,5 8 4,7 6 3,5 170 100,02001 287 82,9 29 8,4 1 0,3 19 5,5 10 2,9 346 100,02002 330 77,6 41 9,6 1 0,2 34 8,0 1 0,2 18 4,2 425 100,02003 276 74,4 49 13,2 2 0,5 39 10,5 5 1,3 371 100,02004 268 74,7 35 9,7 3 0,8 37 10,3 2 0,6 14 3,9 359 100,02005 122 78,7 10 6,5 1 0,6 16 10,3 1 0,6 5 3,2 155 100,0Total 1574 78,7 187 9,4 8 0,4 164 8,2 4 0,2 63 3,2 2000 100,0

Sem informação TotalIndígenaBranca Negra Amarela Parda

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64 | O perfil epidemiológico da AIDS

Categoria de exposição da Gestante/Parturiente/Puérpera

Informações sobre a parceria sexual

Em relação à parceria sexual, podemos observar que, no início do período,praticamente todos os casos de HIV+ em gestantes relataram, como categoria deexposição, parceiro HIV+/AIDS. Esse percentual foi diminuindo com o tempo, sendorelatado em praticamente metade dos casos (49,7% para todo o período). Entre-tanto, a qualidade da informação foi piorando, atingindo 30,3% de ignorados em2005, e 22,5% de ignorados para todo o período (Tabela 5).

Tabela 5 - Distribuição dos casos de gestantes HIV+ e crianças expostas, segundocategoria de exposição “Parceiro HIV+/AIDS” e ano do diagnóstico, Santa Catarina,1991 a 2005.

A freqüência de gestantes que relataram ter múltiplos parceiros também foimais elevada nos casos diagnosticados no início do período (de 1991 a 1999),atingindo quase metade dos casos (46,4%) para todo o período. A qualidade dainformação deste campo foi razoável, com 11,9% de ignorados (Tabela 6).

n % n % n % n %1991 1 100,0 1 100,01992 2 100,0 2 100,01993 2 66,7 1 33,3 3 100,01994 4 66,7 1 16,7 1 16,7 6 100,01995 5 83,3 1 16,7 6 100,01996 11 84,6 2 15,4 13 100,01997 14 60,9 8 34,8 1 4,3 23 100,01998 25 56,8 13 29,5 6 13,6 44 100,01999 47 61,8 22 28,9 7 9,2 76 100,02000 109 64,1 40 23,5 21 12,4 170 100,02001 199 57,5 89 25,7 58 16,8 346 100,02002 196 46,1 124 29,2 105 24,7 425 100,02003 146 39,4 123 33,2 102 27,5 371 100,02004 158 44,0 101 28,1 100 27,9 359 100,02005 74 47,7 34 21,9 47 30,3 155 100,0Total 993 49,7 558 27,9 449 22,5 2000 100,0

Sim Não Ignorado Total

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O perfil epidemiológico da AIDS | 65

Tabela 6 - Distribuição dos casos de gestantes HIV+ e crianças expostas, segundocategoria de exposição “Gestante com múltiplos parceiros” e ano do diagnóstico,Santa Catarina, 1991 a 2005.

A freqüência de ges-tantes que relataram terparceiros que mantêm re-lações sexuais comhomens e mulheres foi bai-xa (3,3% para todo operíodo). A qualidade da in-formação deste campotambém foi razoável, com14,8% de ignorados (Tabe-la 7).

Tabela 7 - Distribuição dos casos de gestantes HIV+ e crianças expostas, segundocategoria de exposição “Gestante com parceiro que mantém relações sexuais comhomens e mulheres” e ano do diagnóstico, Santa Catarina, 1991 a 2005.

A freqüência de gestantes que relataram ter parceiros que têm múltiplosparceiros foi a mais elevada (56,9% para todo o período). Esta foi a principalcategoria de exposição relatada. A qualidade da informação deste campo tam-bém foi razoável, com 15,7% de ignorados (Tabela 8).

n % n % n % n %1991 1 1 100,01992 2 100,0 2 100,01993 3 100,0 3 100,01994 1 16,7 5 83,3 6 100,01995 5 83,3 1 16,7 6 100,01996 1 7,7 9 69,2 3 23,1 13 100,01997 2 8,7 21 91,3 23 100,01998 43 97,7 1 2,3 44 100,01999 2 2,6 66 86,8 8 10,5 76 100,02000 1 0,6 143 84,1 26 15,3 170 100,02001 7 2,0 276 79,8 63 18,2 346 100,02002 14 3,3 341 80,2 70 16,5 425 100,02003 16 4,3 289 77,9 66 17,8 371 100,02004 16 4,5 299 83,3 44 12,3 359 100,02005 5 3,2 137 88,4 13 8,4 155 100,0Total 65 3,3 1639 82,0 296 14,8 2000 100,0

Sim Não Ignorado Total

n % n % n % n %1991 1 100,0 1 100,01992 2 100,0 2 100,01993 3 100,0 3 100,01994 2 33,3 4 66,7 6 100,01995 5 83,3 1 16,7 6 100,01996 8 61,5 3 23,1 2 15,4 13 100,01997 18 78,3 5 21,7 23 100,01998 22 50,0 21 47,7 1 2,3 44 100,01999 44 57,9 29 38,2 3 3,9 76 100,02000 62 36,5 84 49,4 24 14,1 170 100,02001 141 40,8 153 44,2 52 15,0 346 100,02002 196 46,1 174 40,9 55 12,9 425 100,02003 174 46,9 142 38,3 55 14,8 371 100,02004 184 51,3 137 38,2 38 10,6 359 100,02005 66 42,6 82 52,9 7 4,5 155 100,0Total 928 46,4 835 41,8 237 11,9 2000 100,0

Sim Não Ignorado Total

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66 | O perfil epidemiológico da AIDS

Tabela 8 - Distribuição dos casos de gestantes HIV+ e crianças expostas, segundocategoria de exposição “Gestante com parceiro que tem múltiplos parceiros” e anodo diagnóstico, Santa Catarina, 1991 a 2005.

A freqüência de gestantes que relataram ter parceiros usuários de drogasinjetáveis foi mais elevada no início do período (de 1991 a 1999), diminuindo pro-gressivamente nos casos diagnosticados após o ano de 2000. Essa categoriaocorreu em 17,7% dos casos para todo o período. A qualidade da informaçãodeste campo foi melhorando, com 15,2% de ignorados no total (Tabela 9).

Tabela 9 - Distribuição dos casos de gestantes HIV+ e crianças expostas, segundocategoria de exposição “Gestante com parceiro usuário de drogas injetáveis” e anodo diagnóstico, Santa Catarina, 1991 a 2005.

n % n % n % n %1991 1 100,0 1 100,01992 1 50,0 1 50,0 2 100,01993 2 66,7 1 33,3 3 100,01994 3 50,0 2 33,3 1 16,7 6 100,01995 1 16,7 3 50,0 2 33,3 6 100,01996 3 23,1 7 53,8 3 23,1 13 100,01997 10 43,5 12 52,2 1 4,3 23 100,01998 17 38,6 26 59,1 1 2,3 44 100,01999 23 30,3 48 63,2 5 6,6 76 100,02000 28 16,5 114 67,1 28 16,5 170 100,02001 61 17,6 215 62,1 70 20,2 346 100,02002 66 15,5 288 67,8 71 16,7 425 100,02003 55 14,8 254 68,5 62 16,7 371 100,02004 61 17,0 252 70,2 46 12,8 359 100,02005 21 13,5 120 77,4 14 9,0 155 100,0Total 353 17,7 1343 67,2 304 15,2 2000 100,0

Sim Não Ignorado Total

n % n % n % n %1991 1 100,0 1 100,01992 1 50,0 1 50,0 2 100,01993 2 66,7 1 33,3 3 100,01994 5 83,3 1 16,7 6 100,01995 6 100,0 6 100,01996 10 76,9 1 7,7 2 15,4 13 100,01997 18 78,3 5 21,7 23 100,01998 28 63,6 16 36,4 44 100,01999 52 68,4 19 25,0 5 6,6 76 100,02000 91 53,5 50 29,4 29 17,1 170 100,02001 159 46,0 118 34,1 69 19,9 346 100,02002 239 56,2 104 24,5 82 19,3 425 100,02003 216 58,2 83 22,4 72 19,4 371 100,02004 217 60,4 98 27,3 44 12,3 359 100,02005 92 59,4 52 33,5 11 7,1 155 100,0Total 1137 56,9 549 27,5 314 15,7 2000 100,0

Sim Não Ignorado Total

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O perfil epidemiológico da AIDS | 67

A freqüência de gestantes que relataram serem, elas próprias, usuárias dedrogas injetáveis foi baixa, em relação às outras categorias de exposição (5,2%do total). No período mais recente (após 2000), essa categoria vem diminuindo. Aqualidade da informação deste campo foi muito boa, com apenas 7,6% de ignora-dos no total (Tabela 10).

Tabela 10 - Distribuição dos casos de gestantes HIV+ e crianças expostas, segundocategoria de exposição “Gestante usuária de drogas injetáveis” e ano do diagnósti-co, Santa Catarina, 1991 a 2005.

Um pequeno númerode casos (28 casos) foiidentificado como tendocomo fonte de infecção doHIV a transmissão vertical(mãe/filho), corresponden-do a 1,4% do total, com boaqualidade da informação(5,8% de ignorados) (Tabe-la 11).

Tabela 11 - Distribuição dos casos de gestantes HIV+ e crianças expostas, segundocategoria de exposição “Transmissão vertical (campo 31)” e ano do diagnóstico,Santa Catarina, 1991 a 2005.

Nãon % n % n % n % n %

1991 1 100,0 1 100,01992 2 100,0 2 100,01993 3 100,0 3 100,01994 1 16,7 2 33,3 3 50,0 6 100,01995 4 66,7 2 33,3 6 100,01996 6 46,2 6 46,2 1 7,7 13 100,01997 11 47,8 12 52,2 23 100,01998 1 2,3 20 45,5 23 52,3 44 100,01999 38 50,0 36 47,4 2 2,6 76 100,02000 1 0,6 58 34,1 103 60,6 8 4,7 170 100,02001 3 0,9 135 39,0 184 53,2 24 6,9 346 100,02002 11 2,6 171 40,2 222 52,2 21 4,9 425 100,02003 1 0,3 157 42,3 186 50,1 27 7,3 371 100,02004 5 1,4 142 39,6 185 51,5 27 7,5 359 100,02005 5 3,2 92 59,4 52 33,5 6 3,9 155 100,0Total 28 1,4 841 42,1 1015 50,8 116 5,8 2000 100,0

Sim Não se aplica Ignorado Total

n % n % n % n %1991 1 100,0 1 100,01992 1 50,0 1 50,0 2 100,01993 3 100,0 3 100,01994 6 100,0 6 100,01995 6 100,0 6 100,01996 1 7,7 11 84,6 1 7,7 13 100,01997 4 17,4 19 82,6 23 100,01998 3 6,8 39 88,6 2 4,5 44 100,01999 3 3,9 71 93,4 2 2,6 76 100,02000 12 7,1 145 85,3 13 7,6 170 100,02001 22 6,4 292 84,4 32 9,2 346 100,02002 24 5,6 362 85,2 39 9,2 425 100,02003 13 3,5 331 89,2 27 7,3 371 100,02004 16 4,5 316 88,0 27 7,5 359 100,02005 5 3,2 142 91,6 8 5,2 155 100,0Total 104 5,2 1745 87,3 151 7,6 2000 100,0

Sim Não Ignorado Total

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68 | O perfil epidemiológico da AIDS

Dados do Pré-Natal

A informação sobre a idade gestacional (em semanas) da 1ª consulta depré-natal foi calculada para as 1.517 gestantes que fizeram pré-natal. Entre elas,verificou-se que a maioria iniciou o pré-natal no primeiro trimestre, com idadegestacional entre 0 e 14 semanas (39,5% do total), ou no segundo trimestre, comidade gestacional entre 15 e 28 semanas (39,0% do total), e apenas 9,4% fizerama primeira consulta no terceiro trimestre (acima de 28 semanas de gestação). Aqualidade da informação deste campo está melhorando, com queda do percentu-al de ignorados, que correspondeu a 12,1% do total (Tabela 12).

Tabela 12 - Distribuição dos casos de gestantes HIV+ e crianças expostas, segundoIdade gestacional (em semanas) da 1ª consulta de pré-natal (campo 35) e ano dodiagnóstico, Santa Catarina, 1991 a 2005

Entre as gestantes HIV+ notificadas, aproximadamente 1/3 (34,9% do total)foi diagnosticado como caso confirmado de AIDS. Este percentual era mais eleva-do no início do período, ficando acima de 50% até 1999. Após o ano de 2000, aproporção de casos confirmados de AIDS caiu para aproximadamente 1/3 a cadaano. O percentual de ignorados, para esta informação, foi baixo (7,6% do total)(Tabela 13).

n % n % n % n % n %1991 1 100,0 1 100,01992 1 50,0 1 50,0 2 100,01993 1 33,3 2 66,7 3 100,01994 1 16,7 3 50,0 2 33,3 6 100,01995 3 60,0 2 40,0 5 100,01996 6 60,0 1 10,0 1 10,0 2 20,0 10 100,01997 7 33,3 9 42,9 1 4,8 4 19,0 21 100,01998 19 51,4 13 35,1 2 5,4 3 8,1 37 100,01999 24 39,3 24 39,3 2 3,3 11 18,0 61 100,02000 70 47,6 57 38,8 12 8,2 8 5,4 147 100,02001 126 43,2 109 37,3 26 8,9 31 10,6 292 100,02002 133 38,4 144 41,6 33 9,5 36 10,4 346 100,02003 97 34,6 107 38,2 35 12,5 41 14,6 280 100,02004 87 34,1 99 38,8 28 11,0 41 16,1 255 100,02005 24 47,1 23 45,1 3 5,9 1 2,0 51 100,0Total 599 39,5 592 39,0 143 9,4 183 12,1 1517 100,0

Total0 a 14 15 a 28 acima 28 sem informação

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O perfil epidemiológico da AIDS | 69

Tabela 13 - Distribuição dos casos de gestantes HIV+ e crianças expostas, segundocaso confirmado de AIDS (campo 37) e ano do diagnóstico, Santa Catarina, 1991 a2005.

Em relação ao uso de anti-retrovirais para tratamento, foi observada umadiminuição desse percentual ao longo do tempo, ficando em 35,1% para todo operíodo. Ou seja, aproximadamente 2/3 das gestantes HIV+ notificadas não esta-vam em uso de anti-retrovirais para tratamento quando este campo foi preenchido.A qualidade da informação deste campo foi boa, com apenas 7,6% de ignorados(Tabela 14).

Tabela 14 - Distribuição dos casos de gestantes HIV+ e crianças expostas, segundouso de anti-retrovirais para tratamento (campo 38) e ano do diagnóstico, SantaCatarina, 1991 a 2005.

n % n % n % n %1991 1 100,0 1 100,01992 1 50,0 1 50,0 2 100,01993 3 100,0 3 100,01994 4 66,7 2 33,3 6 100,01995 5 83,3 1 16,7 6 100,01996 10 76,9 2 15,4 1 7,7 13 100,01997 14 60,9 8 34,8 1 4,3 23 100,01998 23 52,3 21 47,7 44 100,01999 45 59,2 27 35,5 4 5,3 76 100,02000 59 34,7 102 60,0 9 5,3 170 100,02001 134 38,7 189 54,6 23 6,6 346 100,02002 148 34,8 249 58,6 28 6,6 425 100,02003 114 30,7 216 58,2 41 11,1 371 100,02004 87 24,2 240 66,9 32 8,9 359 100,02005 49 31,6 96 61,9 10 6,5 155 100,0Total 697 34,9 1153 57,7 150 7,5 2000 100,0

Sim Não Ignorado Total

n % n % n % n %1991 1 100,0 1 100,01992 1 50,0 1 50,0 2 100,01993 2 66,7 1 33,3 3 100,01994 3 50,0 3 50,0 6 100,01995 5 83,3 1 16,7 6 100,01996 9 69,2 3 23,1 1 7,7 13 100,01997 11 47,8 11 47,8 1 4,3 23 100,01998 17 38,6 26 59,1 1 2,3 44 100,01999 41 53,9 29 38,2 6 7,9 76 100,02000 60 35,3 101 59,4 9 5,3 170 100,02001 136 39,3 188 54,3 22 6,4 346 100,02002 155 36,5 242 56,9 28 6,6 425 100,02003 123 33,2 210 56,6 38 10,2 371 100,02004 88 24,5 240 66,9 31 8,6 359 100,02005 50 32,3 92 59,4 13 8,4 155 100,0Total 701 35,1 1147 57,4 152 7,6 2000 100,0

TotalSim Não Ignorado

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70 | O perfil epidemiológico da AIDS

Em relação à idade gestacional de início da profilaxia com anti-retroviral,42,9% das gestantes iniciaram a profilaxia no segundo trimestre (15 a 28 sema-nas), e 22,2% iniciaram no primeiro trimestre (0 a 14 semanas). Pode-se observardiminuição do percentual de gestantes que iniciaram a profilaxia no primeiro tri-mestre e aumento no segundo trimestre. A qualidade da informação para estecampo foi ruim, com 23,5% de ignorados (Tabela 15).

Tabela 15 - Distribuição dos casos de gestantes HIV+ e crianças expostas, segundoidade gestacional de início (campo 39) e ano do diagnóstico, Santa Catarina, 1991 a2005.

Os motivos relatados para não terem feito profilaxia foram calculados para1.147 casos que responderam negativamente à pergunta no campo 38 (em usode anti-retrovirais para tratamento). Os motivos que apareceram com maior fre-qüência foram: recusa da gestante (4,0%), não realização do teste anti-HIV (3,6%)e atraso no resultado do teste anti-HIV (2,8%). A qualidade do preenchimentodeste campo foi extremamente precária, com quase 90,0% de ignorados (Tabela16).

Tabela 16 - Distribuição dos casos de gestantes HIV+ e crianças expostas, que nãofizeram profilaxia, segundo motivos da não realização (campo 40) e ano do diagnós-tico, Santa Catarina, 1991 a 2005.

n % n % n % n % n %1991 1 100,0 1 100,01992 1 50,0 1 50,0 2 100,01993 1 33,3 2 66,7 3 100,01994 2 33,3 3 50,0 1 16,7 6 100,01995 3 50,0 1 16,7 2 33,3 6 100,01996 6 46,2 2 15,4 1 7,7 4 30,8 13 100,01997 7 30,4 10 43,5 6 26,1 23 100,01998 15 34,1 18 40,9 2 4,5 9 20,5 44 100,01999 27 35,5 25 32,9 1 1,3 23 30,3 76 100,02000 51 30,0 67 39,4 14 8,2 38 22,4 170 100,02001 89 25,7 142 41,0 52 15,0 63 18,2 346 100,02002 95 22,4 196 46,1 50 11,8 84 19,8 425 100,02003 66 17,8 154 41,5 48 12,9 103 27,8 371 100,02004 51 14,2 156 43,5 52 14,5 100 27,9 359 100,02005 30 19,4 80 51,6 10 6,5 35 22,6 155 100,0Total 444 22,2 857 42,9 230 11,5 469 23,5 2000 100,0

0 a 14 15 a 28 acima 28 sem informação Total

n % Não % n % n %Não realização do teste anti-HIV 41 3,6 82 7,1 1024 89,3 1147 100,0Atraso no resultado do teste anti-HIV 32 2,8 87 7,6 1028 89,6 1147 100,0Recusa da gestante 46 4,0 76 6,6 1025 89,4 1147 100,0Anti-retroviral não disponível 1 0,1 107 9,3 1039 90,6 1147 100,0Anti-retroviral não oferecido 4 0,3 105 9,2 1038 90,5 1147 100,0

Sim Não Sem informação Total

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O perfil epidemiológico da AIDS | 71

Dados do parto

Os dados do parto revelam que a maioria dos nascimentos ocorreu em ges-tações a termo (37 a 41 semanas de gestação), correspondendo a 63% do total,8,9% foram prematuros (32 a 36 semanas) e 2,5% extremamente prematuros (31semanas ou menos de idade gestacional). Apenas 1,3% dos nascimentos ocor-reu no período pós-termo (42 ou mais semanas). A qualidade da informação destecampo foi piorando progressivamente, atingindo 65,2% de ignorados em 2005,com 24,4% para todo o período (Tabela 17).

Tabela 17 - Distribuição dos casos de gestantes HIV+ e crianças expostas, segundoidade gestacional em semanas no momento do parto (campo 44) e ano do diagnós-tico, Santa Catarina, 1991 a 2005.

A maioria das gestantes realizou pré-natal (75,9% do total), segundo dadoscoletados durante o parto. Deve ser notada, entretanto, a queda na qualidade dainformação deste campo, que chegou a 61,9% de ignorados em 2005, com 20,0%para todo o período (Tabela 18).

n % n % n % n % n % n %1991 1 100,0 1 100,01992 2 100,0 2 100,01993 3 100,0 3 100,01994 2 33,3 4 66,7 6 100,01995 2 33,3 4 66,7 6 100,01996 1 7,7 9 69,2 3 23,1 13 100,01997 1 4,3 19 82,6 3 13,0 23 100,01998 7 15,9 28 63,6 1 2,3 8 18,2 44 100,01999 2 2,6 6 7,9 50 65,8 18 23,7 76 100,02000 4 2,4 19 11,2 122 71,8 25 14,7 170 100,02001 10 2,9 34 9,8 238 68,8 5 1,4 59 17,1 346 100,02002 13 3,1 42 9,9 283 66,6 9 2,1 78 18,4 425 100,02003 10 2,7 30 8,1 243 65,5 4 1,1 84 22,6 371 100,02004 5 1,4 27 7,5 211 58,8 7 1,9 109 30,4 359 100,02005 5 3,2 7 4,5 42 27,1 101 65,2 155 100,0Total 50 2,5 177 8,9 1259 63,0 26 1,3 488 24,4 2000 100,0

Ignorado Totalaté 31 32 a 36 37 a 41 42 ou mais

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72 | O perfil epidemiológico da AIDS

Tabela 18 - Distribuição dos casos de gestantes HIV+ e crianças expostas, segundoa realização de pré-natal (campo 45) e ano do diagnóstico, Santa Catarina, 1991 a2005.

Em relação ao núme-ro de consultas, 24,9% dasgestantes realizaram 4 a 6consultas e 27,2% atingi-ram o número mínimo de 7consultas ou mais de pré-natal. Quase 10,0% dasgestantes fizeram até 3consultas, que pode serconsiderado um número in-suficiente. Esta informaçãofoi calculada em relação às1.517 gestantes que fize-ram pré-natal. A qualidade

da informação deste campo foi precária, com 38,6% de ignorados para todo operíodo (Tabela 19).

Tabela 19 - Distribuição dos casos de gestantes HIV+ e crianças expostas, segundonúmero de consultas de pré-natal (campo 46) e ano do diagnóstico, Santa Catarina,1991 a 2005.

n % n % n % n %1991 1 100,0 1 100,01992 2 100,0 2 100,01993 3 100,0 3 100,01994 6 100,0 6 100,01995 5 83,3 1 16,7 6 100,01996 10 76,9 1 7,7 2 15,4 13 100,01997 21 91,3 2 8,7 23 100,01998 37 84,1 2 4,5 5 11,4 44 100,01999 61 80,3 2 2,6 13 17,1 76 100,02000 147 86,5 6 3,5 17 10,0 170 100,02001 292 84,4 13 3,8 41 11,8 346 100,02002 346 81,4 16 3,8 63 14,8 425 100,02003 280 75,5 22 5,9 69 18,6 371 100,02004 255 71,0 13 3,6 91 25,3 359 100,02005 51 32,9 8 5,2 96 61,9 155 100,0Total 1517 75,9 84 4,2 399 20,0 2000 100,0

Sim Não Ignorado Total

n % n % n % n % n %1991 1 100,0 1 100,01992 1 50,0 1 50,0 2 100,01993 1 33,3 2 66,7 3 100,01994 1 16,7 1 16,7 4 66,7 6 100,01995 1 20,0 2 40,0 2 40,0 5 100,01996 3 30,0 3 30,0 4 40,0 10 100,01997 1 4,8 6 28,6 5 23,8 9 42,9 21 100,01998 1 2,7 4 10,8 13 35,1 19 51,4 37 100,01999 5 8,2 14 23,0 20 32,8 22 36,1 61 100,02000 18 12,2 51 34,7 39 26,5 39 26,5 147 100,02001 29 9,9 100 34,2 76 26,0 87 29,8 292 100,02002 32 9,2 80 23,1 94 27,2 140 40,5 346 100,02003 26 9,3 54 19,3 77 27,5 123 43,9 280 100,02004 26 10,2 54 21,2 63 24,7 112 43,9 255 100,02005 4 7,8 8 15,7 15 29,4 24 47,1 51 100,0Total 142 9,4 377 24,9 412 27,2 586 38,6 1517 100,0

ate 3 4 a 6 7 ou mais sem informação Total

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O perfil epidemiológico da AIDS | 73

Em relação ao tempo total de uso de profilaxia com anti-retroviral oral (emsemanas), 20,8% das gestantes o utilizaram durante 11 a 20 semanas e 24,3% ofizeram por mais de 20 semanas. Apenas 14,5% utilizaram a profilaxia por 1 a 10semanas. Nota-se diminuição do percentual de utilização da profilaxia por maisde 20 semanas, principalmente para os casos diagnosticados após o ano de 2000.Entretanto, a queda na qualidade deste campo foi visível, com 78,7% de ignora-dos em 2005, e 40,5% para todo o período (Tabela 20).

Tabela 20 - Distribuição dos casos de gestantes HIV+ e crianças expostas, segundotempo total de uso de profilaxia com antiretroviral oral (em semanas) (campo 49) eano do diagnóstico, Santa Catarina, 1991 a 2005.

Quanto à evolução da gravidez, a maioria evoluiu para cesárea (53,4%),25,4% foram partos vaginais, e apenas 1,7% das gestações terminaram em abor-to. A qualidade deste campo foi precária, com 19,6% de ignorados para todo operíodo, e aumento do percentual de ignorados para os casos diagnosticadosmais recentemente, chegando a 62,6% em 2005 (Tabela 21).

n % n % n % n % n %1991 1 100,0 1 100,01992 1 50,0 1 50,0 2 100,01993 3 100,0 3 100,01994 1 16,7 2 33,3 3 50,0 6 100,01995 1 16,7 2 33,3 3 50,0 6 100,01996 1 7,7 2 15,4 5 38,5 5 38,5 13 100,01997 5 21,7 14 60,9 4 17,4 23 100,01998 3 6,8 11 25,0 21 47,7 9 20,5 44 100,01999 1 1,3 6 7,9 42 55,3 27 35,5 76 100,02000 26 15,3 42 24,7 53 31,2 49 28,8 170 100,02001 84 24,3 67 19,4 84 24,3 111 32,1 346 100,02002 59 13,9 102 24,0 111 26,1 153 36,0 425 100,02003 59 15,9 79 21,3 79 21,3 154 41,5 371 100,02004 50 13,9 81 22,6 55 15,3 173 48,2 359 100,02005 5 3,2 17 11,0 11 7,1 122 78,7 155 100,0Total 289 14,5 416 20,8 485 24,3 810 40,5 2000 100,0

Total1 a 10 11 a 20 mais 20 sem informação

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74 | O perfil epidemiológico da AIDS

Tabela 21 - Distribuição dos casos de gestantes HIV+ e crianças expostas, segundoevolução da gravidez (campo 51) e ano do diagnóstico, Santa Catarina, 1991 a 2005.

Em relação ao uso de anti-retroviral durante o parto, a maioria recebeu aprofilaxia (68,9% do total). Este campo também mostrou queda na qualidade,com 21,3% de ignorados para todo o período, e aumento do percentual de ignora-dos para os casos diagnosticados a partir de 2003 (Tabela 22).

Tabela 22 - Distribuição dos casos de gestantes HIV+ e crianças expostas, segundouso de anti-retroviral durante o parto (campo 53) e ano do diagnóstico, Santa Catarina,1991 a 2005.

n % n % n % n % n %1991 1 100,0 1 100,01992 2 100,0 2 100,01993 3 100,0 3 100,01994 5 83,3 1 16,7 6 100,01995 5 83,3 1 16,7 6 100,01996 11 84,6 2 15,4 13 100,01997 20 87,0 1 4,3 2 8,7 23 100,01998 36 81,8 3 6,8 5 11,4 44 100,01999 57 75,0 5 6,6 2 2,6 12 15,8 76 100,02000 131 77,1 16 9,4 2 1,2 21 12,4 170 100,02001 270 78,0 31 9,0 5 1,4 40 11,6 346 100,02002 302 71,1 43 10,1 6 1,4 74 17,4 425 100,02003 258 69,5 35 9,4 3 0,8 75 20,2 371 100,02004 233 64,9 29 8,1 2 0,6 95 26,5 359 100,02005 44 28,4 12 7,7 2 1,3 97 62,6 155 100,0Total 1378 68,9 174 8,7 23 1,2 425 21,3 2000 100,0

TotalSim Não Não se aplica Ignorado

n % n % n % n % n %1991 1 100,0 1 100,01992 1 50,0 1 50,0 2 100,01993 3 100,0 3 100,01994 2 33,3 3 50,0 1 16,7 6 100,01995 3 50,0 2 33,3 1 16,7 6 100,01996 5 38,5 6 46,2 2 15,4 13 100,01997 7 30,4 13 56,5 1 4,3 2 8,7 23 100,01998 11 25,0 28 63,6 5 11,4 44 100,01999 13 17,1 49 64,5 4 5,3 10 13,2 76 100,02000 43 25,3 106 62,4 2 1,2 19 11,2 170 100,02001 115 33,2 190 54,9 6 1,7 35 10,1 346 100,02002 112 26,4 242 56,9 8 1,9 63 14,8 425 100,02003 96 25,9 202 54,4 7 1,9 66 17,8 371 100,02004 76 21,2 189 52,6 4 1,1 90 25,1 359 100,02005 21 13,5 35 22,6 2 1,3 97 62,6 155 100,0Total 508 25,4 1067 53,4 34 1,7 391 19,6 2000 100,0

Parto vaginal Cesárea Aborto Ignorado Total

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O perfil epidemiológico da AIDS | 75

A freqüência de óbito materno foi baixa (1,0% do total). Muitos casos apre-sentam informação ignorada para este campo, especialmente os casos maisrecentes, diagnosticados em 2004 e 2005 (Tabela 23).

Tabela 23 - Distribuição dos casos de gestantes HIV+ e crianças expostas, segundoóbito materno (campo 54) e ano do diagnóstico, Santa Catarina, 1991 a 2005.

Para a maioria dos casos, a criança nasceu viva (77,6% do total), sendobaixa a freqüência de natimortos (1,8% do total). Mais uma vez, os casos maisrecentes, diagnosticados em 2004 e 2005, apresentam alto percentual de ignora-dos (25,3% em 2004 e 62,6% em 2005 (Tabela 24)). Este alto percentual deignorados em 2005 pode ser devido a alguns casos cujos partos ainda não ocor-reram, não existindo ainda essa informação. Para os casos diagnosticados em2004, esta não pode ser a justificativa para o alto percentual de ignorados, umavez que todas as gestações iniciadas em 2004 já foram ao término.

n % n % n % n %1991 1 100,0 1 100,01992 2 100,0 2 100,01993 3 100,0 3 100,01994 6 100,0 6 100,01995 5 83,3 1 16,7 6 100,01996 11 84,6 2 15,4 13 100,01997 21 91,3 2 8,7 23 100,01998 39 88,6 5 11,4 44 100,01999 1 1,3 63 82,9 12 15,8 76 100,02000 1 0,6 151 88,8 18 10,6 170 100,02001 9 2,6 288 83,2 49 14,2 346 100,02002 3 0,7 359 84,5 63 14,8 425 100,02003 1 0,3 301 81,1 69 18,6 371 100,02004 4 1,1 264 73,5 91 25,3 359 100,02005 1 0,6 55 35,5 99 63,9 155 100,0Total 20 1,0 1569 78,5 411 20,6 2000 100,0

Sim Não Ignorado Total

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76 | O perfil epidemiológico da AIDS

Tabela 24 - Distribuição dos casos de gestantes HIV+ e crianças expostas, segundoinformação sobre o estado vital da criança ao nascimento (campo 55) e ano dodiagnóstico, Santa Catarina, 1991 a 2005.

O início da profilaxia com anti-retroviral na criança ocorreu nas primeiras 24horas após o nascimento, na maioria dos casos (71,8%). Este campo tambémapresenta alto percentual de ignorados para os casos diagnosticados em 2004 e2005 (Tabela 25).

Tabela 25 - Distribuição dos casos de gestantes HIV+ e crianças expostas, segundoinício da profilaxia com anti-retroviral na criança em horas após o nascimento (cam-po 56) e ano do diagnóstico, Santa Catarina, 1991 a 2005.

n % n % n % n % n % n %1991 1 100,0 1 100,01992 2 100,0 2 100,01993 3 100,0 3 100,01994 5 83,3 1 16,7 6 100,01995 5 83,3 1 16,7 6 100,01996 9 69,2 4 30,8 13 100,01997 20 87,0 3 13,0 23 100,01998 35 79,5 1 2,3 2 4,5 1 2,3 5 11,4 44 100,01999 58 76,3 1 1,3 2 2,6 1 1,3 14 18,4 76 100,02000 137 80,6 2 1,2 5 2,9 7 4,1 19 11,2 170 100,02001 288 83,2 4 1,2 8 2,3 8 2,3 38 11,0 346 100,02002 309 72,7 9 2,1 15 3,5 16 3,8 76 17,9 425 100,02003 272 73,3 8 2,2 6 1,6 11 3,0 74 19,9 371 100,02004 241 67,1 8 2,2 4 1,1 6 1,7 100 27,9 359 100,02005 50 32,3 1 0,6 1 0,6 3 1,9 100 64,5 155 100,0Total 1435 71,8 34 1,7 43 2,2 53 2,7 435 21,8 2000 100,0

Nas primeiras 24h Após 24h do nascimento Não se aplica Não realizado Ignorado Total

n % n % n % n % n %1991 1 100,0 1 100,01992 2 100,0 2 100,01993 3 100,0 3 100,01994 6 100,0 6 100,01995 5 83,3 1 16,7 6 100,01996 11 84,6 2 15,4 13 100,01997 20 87,0 3 13,0 23 100,01998 39 88,6 5 11,4 44 100,01999 61 80,3 3 3,9 12 15,8 76 100,02000 149 87,6 4 2,4 2 1,2 15 8,8 170 100,02001 298 86,1 8 2,3 7 2,0 33 9,5 346 100,02002 349 82,1 11 2,6 3 0,7 62 14,6 425 100,02003 291 78,4 5 1,3 5 1,3 70 18,9 371 100,02004 261 72,7 6 1,7 1 0,3 91 25,3 359 100,02005 56 36,1 1 0,6 1 0,6 97 62,6 155 100,0Total 1552 77,6 35 1,8 22 1,1 391 19,6 2000 100,0

TotalViva Natimorto Não se aplica Ignorado

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O perfil epidemiológico da AIDS | 77

Dados da criança

A maioria das crianças (67,3% do total) não recebeu aleitamento materno,conforme preconizado para evitar a transmissão do HIV no período pós-parto. Opercentual de ignorados foi elevado para os casos diagnosticados em 2003, 2004e 2005 (Tabela 26).

Tabela 26 - Distribuição dos casos de gestantes HIV+ e crianças expostas, segundoaleitamento materno (campo 64) e ano do diagnóstico, Santa Catarina, 1991 a 2005.

O tempo total de uso deprofilaxia com anti-retroviraloral na criança, em semanas,foi de 6 semanas, para 46,8%do total. Um pequeno percen-tual de crianças recebeuprofilaxia por menos de 3 se-manas (2,5%) ou 3 a 5semanas (6,2%) e apenas3,0% das crianças não rece-beram profilaxia. Foiobservado alto percentual deignorados para este campo,nos casos diagnosticados apartir de 2003 (Tabela 27).

Tabela 27 - Distribuição dos casos de gestantes HIV+ e crianças expostas, segundotempo total de uso de profilaxia com antiretroviral oral (semanas) (campo 68) e anodo diagnóstico, Santa Catarina, 1991 a 2005.

n % n % n % n %1991 1 100,0 1 100,01992 2 100,0 2 100,01993 3 100,0 3 100,01994 6 100,0 6 100,01995 5 83,3 1 16,7 6 100,01996 10 76,9 3 23,1 13 100,01997 20 87,0 3 13,0 23 100,01998 1 2,3 38 86,4 5 11,4 44 100,01999 62 81,6 14 18,4 76 100,02000 8 4,7 137 80,6 25 14,7 170 100,02001 8 2,3 279 80,6 59 17,1 346 100,02002 17 4,0 318 74,8 90 21,2 425 100,02003 5 1,3 239 64,4 127 34,2 371 100,02004 8 2,2 185 51,5 166 46,2 359 100,02005 5 3,2 40 25,8 110 71,0 155 100,0Total 52 2,6 1345 67,3 603 30,2 2000 100,0

Sim Não Ignorado Total

n % n % n % n % n %1991 1 100,0 1 100,01992 2 100,0 2 100,01993 3 100,0 3 100,01994 1 16,7 3 50,0 2 33,3 6 100,01995 4 66,7 2 33,3 6 100,01996 1 7,7 6 46,2 6 46,2 13 100,01997 1 4,3 2 8,7 15 65,2 5 21,7 23 100,01998 1 2,3 2 4,5 31 70,5 2 4,5 8 18,2 44 100,01999 5 6,6 47 61,8 2 2,6 22 28,9 76 100,02000 2 1,2 13 7,6 113 66,5 7 4,1 35 20,6 170 100,02001 15 4,3 31 9,0 207 59,8 12 3,5 81 23,4 346 100,02002 11 2,6 29 6,8 240 56,5 17 4,0 128 30,1 425 100,02003 8 2,2 27 7,3 136 36,7 11 3,0 189 50,9 371 100,02004 8 2,2 13 3,6 105 29,2 6 1,7 227 63,2 359 100,02005 2 1,3 22 14,2 3 1,9 128 82,6 155 100,0Total 49 2,5 123 6,2 935 46,8 60 3,0 833 41,7 2000 100,0

Menos de 3 de 3 a 5 6 semanas Não usou Ignorado Total

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78 | O perfil epidemiológico da AIDS

Os dados laboratoriais revelam que 42,9% dos casos realizaram o exameda primeira carga viral na criança, 31,6% realizaram o segundo exame de cargaviral e apenas 11,0% realizaram o terceiro exame. A qualidade da informaçãodeste campo pode ser considerada precária, com 53,1% de ignorados para aprimeira carga viral, 63,2% de ignorados para a segunda e 81,3% para a terceira(Tabela 28).

Tabela 28 - Distribuição dos casos de gestantes HIV+ e crianças expostas, segundoexame da carga viral na criança (campos 70, 71 e 72), Santa Catarina, 1991 a 2005.

Avaliando o resultado da primeira carga viral na criança, apenas para oscasos nos quais o exame foi realizado, pode-se observar que o HIV foi detectávelem 20,2% dos casos que realizaram a primeira carga viral, 15,0% dos que realiza-ram a segunda carga viral e 16,8% do terceiro exame. Para a maioria dos casos,portanto, o resultado foi indetectável, mostrando uma baixa taxa de transmissão.Este campo apresentou qualidade muito boa de preenchimento, com percentualde ignorados em torno de 1,0% (Tabela 29).

Tabela 29 - Distribuição dos casos de gestantes HIV+ e crianças expostas, segundoresultado da carga viral na criança (campos 70, 71 e 72), Santa Catarina, 1991 a2005.

Avaliando o exame da sorologia anti-HIV aos 24 meses, o resultado foi rea-gente em apenas 1,4% dos casos. Entretanto, este campo se mostra poucoconfiável, devido ao alto percentual de ignorados (em torno de 40,0% para oscasos diagnosticados até 2002 e acima de 80,0% para os casos diagnosticadosapós 2003) (Tabela 30).

n % n % n % n %Carga viral (1a) 857 42,9 81 4,1 1062 53,1 2000 100,0Carga viral (2a) 632 31,6 104 5,2 1264 63,2 2000 100,0Carga viral (3a) 220 11,0 155 7,8 1625 81,3 2000 100,0

Sim Não Sem informação Total

n % n % n % n %Carga viral (1a) 173 20,2 666 77,7 18 2,1 857 100,0Carga viral (2a) 95 15,0 530 83,9 7 1,1 632 100,0Carga viral (3a) 37 16,8 180 81,8 3 1,4 220 100,0

Detectável Indetectável Sem informação Total

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O perfil epidemiológico da AIDS | 79

Tabela 30 - Distribuição dos casos de gestantes HIV+ e crianças expostas, segundosorologia anti-HIV aos 24 meses (campo 73), Santa Catarina, 1991 a 2005.

Os dados sobre o encerramento do caso também mostram um percentualbaixo de crianças infectadas (1,7% do total). Entretanto, 12,5% dos casos aindaestão classificados como “em andamento” e 45,8% apresentam esta informaçãoignorada. O percentual de casos com informação ignorada para este campo ébastante elevado (acima de 30,0%) para os casos diagnosticados em 2003, 2004e 2005 (Tabela 31).

Tabela 31 - Distribuição dos casos de gestantes HIV+ e crianças expostas, segundoencerramento do caso (campo 74) e ano do diagnóstico, Santa Catarina, 1991 a2005.

n % n % n % n % n % n % n % n %1991 1 100,0 1 100,01992 2 100,0 2 100,01993 1 33,3 2 66,7 3 100,01994 1 16,7 3 50,0 2 33,3 6 100,01995 1 16,7 3 50,0 2 33,3 6 100,01996 6 46,2 7 53,8 13 100,01997 16 69,6 2 8,7 5 21,7 23 100,01998 1 2,3 24 54,5 2 4,5 4 9,1 13 29,5 44 100,01999 44 57,9 1 1,3 14 18,4 17 22,4 76 100,02000 8 4,7 95 55,9 3 1,8 8 4,7 9 5,3 9 5,3 38 22,4 170 100,02001 6 1,7 193 55,8 5 1,4 24 6,9 9 2,6 35 10,1 74 21,4 346 100,02002 9 2,1 199 46,8 2 0,5 13 3,1 19 4,5 56 13,2 127 29,9 425 100,02003 3 0,8 73 19,7 12 3,2 10 2,7 59 15,9 214 57,7 371 100,02004 3 0,8 9 2,5 3 0,8 8 2,2 50 13,9 286 79,7 359 100,02005 1 0,6 3 1,9 1 0,6 20 12,9 130 83,9 155 100,0Total 33 1,7 671 33,6 10 0,5 63 3,2 59 3,0 249 12,5 915 45,8 2000 100,0

Infectada Não infectada Indeterminada Ignorado TotalPerda de seguimento Óbito Em andamento

n % n % n % n % n %1991 1 100,0 1 100,01992 2 100,0 2 100,01993 1 33,3 2 66,7 3 100,01994 1 16,7 3 50,0 2 33,3 6 100,01995 1 16,7 2 33,3 1 16,7 2 33,3 6 100,01996 6 46,2 7 53,8 13 100,01997 16 69,6 7 30,4 23 100,01998 2 4,5 23 52,3 2 4,5 17 38,6 44 100,01999 45 59,2 31 40,8 76 100,02000 7 4,1 92 54,1 4 2,4 67 39,4 170 100,02001 4 1,2 188 54,3 13 3,8 141 40,8 346 100,02002 8 1,9 181 42,6 15 3,5 221 52,0 425 100,02003 1 0,3 69 18,6 1 0,3 300 80,9 371 100,02004 3 0,8 6 1,7 4 1,1 346 96,4 359 100,02005 1 0,6 154 99,4 155 100,0Total 28 1,4 637 31,9 40 2,0 1295 64,8 2000 100,0

Reagente Não reagente Não realizado Ignorado Total

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80 | O perfil epidemiológico da AIDS

O PERFIL DOS USUÁRIOS DOS CENTROS DETESTAGEM E ACONSELHAMENTO - CTA - 2002 A 2005

O banco de dados dos exames realizados nos CTAs de Santa Catarina con-tinha um total de 61.087 exames, digitados até 25/07/2005. Houve um pequenonúmero de exames realizados em 2000 e 2001, a maioria foi realizada entre 2002e 2004, e o ano de 2005 contém os dados relativos ao primeiro semestre (Tabela1).

Tabela 1 - Número de exames realizados nos CTAs por ano, Santa Catarina, 2000 a2005.

Em relação ao número de exames HIVpositivos, o ano de 2003 foi o de maior volu-me de resultados positivos. A prevalênciamédia, para todo o período, foi de 4,5% deexames positivos. A prevalência parece estardiminuindo, o que pode ser um reflexo damudança no perfil da população que procuraos CTAs (Tabela 2).

Tabela 2 - Número de exames realizados, número de resultados HIV+ e prevalênciade exames positivos nos CTAs por ano, Santa Catarina, 2000 a 2005.

O CTA com maior volume de exames realizados foi o de Joinville, seguidopor Jaraguá do Sul, Balneário Camboriú, Rio do Sul e Itajaí. Em relação ao núme-ro de resultados HIV positivos, o maior volume foi encontrado em Joinville, seguidopor Itajaí e Balneário Camboriú. A prevalência de resultados HIV positivos confir-mados, para todos os CTAs, ficou entre 3,2% e 5,6% no período estudado(desconsiderando o ano de 2000, devido ao pequeno número de exames), comprevalência média, para todo o período, de 4,5%. A análise por CTAs revela que

ANO N %

2000 9 0

2001 541 0,9

2002 15297 25

2003 21812 35,7

2004 17403 28,5

2005 6025 9,9

Total 61087 100

ANO N HIV Prev

2000 9 1 11,1

2001 541 23 4,3

2002 15297 855 5,6

2003 21812 1095 5

2004 17403 551 3,2

2005 6025 203 3,4

Total 61087 2728 4,5

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O perfil epidemiológico da AIDS | 81

as maiores prevalências ocorreram em Itajaí e Joinville, cujas prevalências médi-as, para todo o período, foram de 8,3% e 7,9% respectivamente (quase o dobrodo restante do estado) (Tabela 3a e 3b).

Tabela 3a - Número de exames realizados, número de resultados HIV+ e prevalênciade exames positivos por CTA e ano, Santa Catarina, 2000 a 2005.

Tabela 3b - Número de exames realizados, número de resultados HIV+ e prevalênciade exames positivos por CTA e ano, Santa Catarina, 2000 a 2005.

Características Sóciodemográficas

As características sócio-demográficas (faixa etária, escolaridade, situaçãoprofissional e recorte populacional) da população atendida nos CTAs são apre-sentadas a seguir nas Tabelas 4, 5, 6, e 7.

A faixa etária que mais procura os CTA’s é a de 20 a 29 anos (cerca de 45%das mulheres e 40% dos homens), seguida por 30 a 39 anos (aproximadamente

HIV Prev n HIV Prev n HIV Prev n HIV Prev

Criciúma 1871 28 1,5

Rio do Sul 112 1 0,9 1613 94 5,8 1872 52 2,8

Balneário Camboriú 33 9 27,3 2555 143 5,6 2856 179 6,3

Florianópolis 0 375 11 2,9 939 49 5,2 1285 81 6,3

Blumenau 1 0

Centro de Saúde Bela Vista 19 0 1056 60 5,7

Lages 1614 19 1,2 1519 15 1

Joinville 1 100 3609 297 8,2 4000 387 9,7

Imbituba 447 17 3,8 784 18 2,3

Baguaçu 757 22 2,9 1091 28 2,6

Jaraguá do Sul 571 4 0,7 3064 31 1

Itajaí 2 2 100 2778 206 7,4 1890 206 10,9

Chapecó 414 4 1 396 8 2

Joaçaba 127 2 1,6

Total 1 11,1 541 23 4,3 15297 855 5,6 21812 1095 5

2003

n

2000 2001 2002

8

1

9

n HIV Prev n HIV+ Prev n HIV+ Prev

Criciúma 1871 28 1,5

Rio do Sul 1380 27 2 566 10 1,8 5543 184 3,3

Balneário Camboriú 1508 60 4 6952 391 5,6

Florianópolis 725 43 5,9 99 3 3 3431 187 5,5

Blumenau 19 2 10,5 1697 46 2,7 1717 48 2,8

Centro de Saúde Bela Vista 2215 104 4,7 334 16 4,8 3624 180 5

Lages 1997 21 1,1 107 0 5237 55 1,1

Joinville 3375 209 6,2 1832 116 6,3 12817 1010 7,9

Imbituba 900 16 1,8 325 0 2456 51 2,1

Baguaçu 532 7 1,3 2380 57 2,4

Jaraguá do Sul 3094 15 0,5 475 4 0,8 7204 54 0,7

Itajaí 707 34 4,8 1 0 5378 448 8,3

Chapecó 417 7 1,7 208 2 1 1435 21 1,5

Joaçaba 534 6 1,1 381 6 1,6 1042 14 1,3

Total 17403 551 3,2 6025 203 3,4 61087 2728 4,5

2004 2005 Total

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82 | O perfil epidemiológico da AIDS

23% em ambos os sexos). A prevalência de HIV positivo, entre as mulheres, émais elevada na faixa etária acima de 50 anos, enquanto, nos homens, as preva-lências mais elevadas são encontradas nas faixas etárias de 30 a 39 e 40 a 49anos, diminuindo na faixa etária acima de 50 anos.

Em relação à escolaridade, a maioria das mulheres que procuram os CTAspossui 8 ou mais anos de estudo. O percentual de mulheres com 8 a 11 anos deestudo aumentou, no período estudado, de 36,6% em 2002 para 47,0% em 2005.O mesmo fenômeno se observa no sexo masculino, no qual o percentual de ho-mens com 8 a 11 anos de estudo aumentou de 39,1% em 2002 para 46,8 em2005. As prevalências mais elevadas, entretanto, são encontradas na populaçãode menor escolaridade, especialmente entre aqueles com nenhuma escolarida-de, seguidos por 1 a 3 anos de estudo e 4 a 7 anos de estudo, para as mulheres.Entre os homens, as maiores prevalências também ocorrem entre indivíduos commenos de 7 anos de escolaridade.

Quanto à situação profissional, entre as mulheres as categorias com maiorfreqüência são as mulheres do lar, empregadas (com carteira assinada) e aque-las que trabalham como autônomas. O percentual de mulheres do lar diminuiu de36,1% em 2002 para 26,6% em 2005 e o percentual de mulheres com empregoaumentou de 33,3% em 2002 para 42,5% em 2005. Para os homens, as princi-pais categorias de situação profissional são empregados (com carteira assinada),autônomos e desempregados. O percentual de homens empregados tambémaumentou no período estudado, de 46,7% em 2002 para 55,5% em 2005. A fre-qüência de desempregados é mais elevada no sexo masculino do que no sexofeminino. As maiores prevalências de HIV positivo são observadas para mulheresdesempregadas e aposentadas. No sexo masculino, as prevalências mais eleva-das ocorrem entre homens desempregados e entre aqueles que trabalham comoautônomos.

Em relação ao recorte populacional, mais de 90% das mulheres que procu-ram os CTAs pertencem à população geral, e aproximadamente 4% sãoprofissionais do sexo. No sexo masculino, a principal categoria que busca os CTAstambém é a população geral (aproximadamente 80%), entretanto, também sedestacam aqueles que pertencem à população confinada, homens que fazemsexo com homens, usuários de outras drogas (não injetáveis) e população viven-do com HIV/AIDS. No sexo feminino, as maiores prevalências de HIV positivopodem ser observadas entre usuárias de drogas (injetáveis e não injetáveis), po-pulação vivendo com HIV/AIDS e população confinada. No sexo masculino, asprevalências mais elevadas são encontradas para usuários de drogas (principal-mente injetáveis), população vivendo com HIV/AIDS, homens que fazem sexocom homens e caminhoneiros.

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O perfil epidemiológico da AIDS | 83

Tabela 4 - Características sociodemográficas da população atendida nos CTA’s porsexo, Santa Catarina, 2002.

Faixa etária

N % HIV Prev N % HIV Prev

0 a 9 253 2,3 20 7,9 206 4,6 15 7,310 a 19 2119 19,5 27 1,3 534 12,0 21 3,920 a 29 4821 44,5 118 2,4 1759 39,5 147 8,430 a 39 2405 22,2 107 4,4 1034 23,2 187 18,140 a 49 914 8,4 67 7,3 582 13,1 93 16,050 a 59 247 2,3 20 8,1 224 5,0 22 9,860 a 69 66 0,6 7 10,6 93 2,1 2 2,270 a 79 15 0,1 22 0,5 2 9,180 a 89 2 0,0 1 0,0 0,0Total 10842 100,0 366 3,4 4455 100,0 489 11,0

MASCULINOFEMININO

Escolaridade

N % HIV Prev N % HIV Prev

nenhum 344 3,2 30 8,7 224 5,0 29 12,91 a 3 872 8,0 44 5,0 327 7,3 33 10,14 a 7 4359 40,2 166 3,8 1538 34,5 218 14,28 a 11 3968 36,6 94 2,4 1740 39,1 153 8,812 + 1120 10,3 22 2,0 505 11,3 42 8,3

ignorado 179 1,7 10 5,6 121 2,7 14 11,6Total 10842 100,0 366 3,4 4455 100,0 489 11,0

FEMININO MASCULINO

Situação Profissional

N % HIV Prev N % HIV Prev

autônomo 1227 11,3 43 3,5 778 17,5 104 13,4desempregado 928 8,6 51 5,5 791 17,8 110 13,9

empregado 3607 33,3 99 2,7 2079 46,7 224 10,8estudante 745 6,9 5 0,7 317 7,1 12 3,8

do lar 3918 36,1 144 3,7 53 1,2 1 1,9aposentado 108 1,0 6 5,6 198 4,4 17 8,6

não informado 309 2,9 18 5,8 239 5,4 21 8,8Total 10842 100,0 366 3,4 4455 100,0 489 11,0

FEMININO MASCULINO

Recorte populacional FEMININO

N % HIV Prev N % HIV Prev

População geral 9939 91,7 295 3,0 3615 81,1 320 8,9População confinada 47 0,4 1 2,1 196 4,4 6 3,1

Caminhoneiros 3 0,0 0,0 19 0,4 2 10,5Trabalhadores do sexo 470 4,3 8 1,7 20 0,4 1 5,0

Homens que fazem sexo com homens 8 0,1 1 12,5 171 3,8 44 25,7Usuários de drogas injetáveis (UDI) 8 0,1 4 50,0 61 1,4 22 36,1

Usuários de outras drogas 29 0,3 5 17,2 133 3,0 18 13,5Pessoas vivendo com HIV/AIDS 144 1,3 47 32,6 144 3,2 70 48,6

Portadores de DST 56 0,5 4 7,1 64 1,4 5 7,8Hemofílicos e politransfundidos 6 0,1 0,0 1 0,0 0,0

Profissionais de saúde 130 1,2 1 0,8 26 0,6 0,0Travestis 2 0,0 0,0 5 0,1 1 20,0

Total 10842 100,0 366 3,4 4455 100,0 489 11,0

MASCULINO

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84 | O perfil epidemiológico da AIDS

Tabela 5 - Características sociodemográficas da população atendida nos CTAs porsexo, Santa Catarina, 2003.

Faixa Etária

N % HIV Prev N % HIV Prev

0 a 9 214 1,4 12 5,6 198 3,3 14 7,110 a 19 2963 18,8 36 1,2 656 10,8 14 2,120 a 29 7137 45,4 153 2,1 2497 41,1 176 7,030 a 39 3583 22,8 150 4,2 1458 24,0 243 16,740 a 49 1325 8,4 92 6,9 774 12,7 117 15,150 a 59 389 2,5 32 8,2 326 5,4 28 8,660 a 69 90 0,6 9 10,0 134 2,2 13 9,770 a 79 27 0,2 3 11,1 35 0,6 3 8,680 a 89 3 0,0 0,0 3 0,0 0,0Total 15731 100,0 487 3,1 6081 100,0 608 10,0

MASCULINOFEMININO

Escolaridade

N % HIV Prev N % HIV Prev

nenhum 332 2,1 17 5,1 209 3,4 23 11,01 a 3 1456 9,3 76 5,2 605 9,9 97 16,04 a 7 5227 33,2 198 3,8 1870 30,8 228 12,28 a 11 6896 43,8 148 2,1 2508 41,2 202 8,112 + 1673 10,6 32 1,9 779 12,8 36 4,6ign 147 0,9 16 10,9 110 1,8 22 20,0

Total 15731 100,0 487 3,1 6081 100,0 608 10,0

FEMININO MASCULINO

Situação Profissional

N % HIV Prev N % HIV Prev

autônomo 1818 11,6 61 3,4 1053 17,3 143 13,6desempregado 1104 7,0 55 5,0 1043 17,2 138 13,2

empregado 5769 36,7 150 2,6 3084 50,7 274 8,9estudante 1086 6,9 11 1,0 350 5,8 11 3,1

do lar 5518 35,1 182 3,3 52 0,9 1 1,9aposentado 177 1,1 11 6,2 262 4,3 13 5,0

não informado 259 1,6 17 6,6 237 3,9 28 11,8Total 15731 100,0 487 3,1 6081 100,0 608 10,0

MASCULINOFEMININO

Recorte Populacional

N % HIV Prev N % HIV Prev

População geral 14453 91,9 377 2,6 5086 83,6 372 7,3População confinada 81 0,5 16 19,8 236 3,9 21 8,9

Caminhoneiros 9 0,1 1 11,1 45 0,7 11 24,4Trabalhadores do sexo 718 4,6 13 1,8 37 0,6 12 32,4

Homens que fazem sexo com homens 6 0,0 0,0 219 3,6 61 27,9Usuários de drogas injetáveis (UDI) 10 0,1 2 20,0 63 1,0 26 41,3

Usuários de outras drogas 38 0,2 5 13,2 127 2,1 9 7,1Pessoas vivendo com HIV/AIDS 156 1,0 64 41,0 156 2,6 79 50,6

Portadores de DST 66 0,4 8 12,1 70 1,2 14 20,0Hemofílicos e politransfundidos 2 0,0 0,0 6 0,1 0,0

Profissionais de saúde 191 1,2 1 0,5 31 0,5 0,0Travestis 1 0,0 0,0 5 0,1 3 60,0

Total 15731 100,0 487 3,1 6081 100,0 608 10,0

FEMININO MASCULINO

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O perfil epidemiológico da AIDS | 85

Tabela 6 - Características sociodemográficas da população atendida nos CTAs porsexo, Santa Catarina, 2004.

Faixa etária

N % HIV Prev N % HIV Prev

0 a 9 155 1,3 7 4,5 157 3,0 10 6,410 a 19 2177 17,8 22 1,0 564 10,9 8 1,420 a 29 5457 44,7 91 1,7 2141 41,3 80 3,730 a 39 2871 23,5 81 2,8 1162 22,4 104 9,040 a 49 1042 8,5 41 3,9 719 13,9 65 9,050 a 59 391 3,2 21 5,4 296 5,7 17 5,760 a 69 102 0,8 2 2,0 115 2,2 2 1,770 a 79 19 0,2 0,0 31 0,6 0,080 a 89 1 0,0 0,0 3 0,1 0,0Total 12215 100,0 265 2,2 5188 100,0 286 5,5

FEMININO MASCULINO

Escolaridade

N % HIV Prev N % HIV Prev

nenhum 231 1,9 11 4,8 150 2,9 9 6,01 a 3 883 7,2 22 2,5 374 7,2 26 7,04 a 7 4072 33,3 120 2,9 1569 30,2 101 6,48 a 11 5632 46,1 93 1,7 2357 45,4 116 4,912 + 1307 10,7 16 1,2 651 12,5 31 4,8ign 90 0,7 3 3,3 87 1,7 3 3,4

Total 12215 100,0 265 2,2 5188 100,0 286 5,5

FEMININO MASCULINO

Situação profissional

N % HIV Prev N % HIV Prev

autônomo 1290 10,6 30 2,3 758 14,6 49 6,5desempregado 789 6,5 37 4,7 800 15,4 73 9,1

empregado 4809 39,4 89 1,9 2794 53,9 145 5,2estudante 857 7,0 5 0,6 358 6,9 3 0,8

do lar 4111 33,7 88 2,1 69 1,3 2 2,9aposentado 200 1,6 5 2,5 252 4,9 5 2,0

não informado 159 1,3 11 6,9 157 3,0 9 5,7Total 12215 100,0 265 2,2 5188 100,0 286 5,5

FEMININO MASCULINO

Recorte populacional

N % HIV Prev N % HIV Prev

População geral 11268 92,2 215 1,9 4407 84,9 174 3,9População confinada 66 0,5 5 7,6 251 4,8 16 6,4

Caminhoneiros 1 0,0 0,0 37 0,7 6 16,2Trabalhadores do sexo 498 4,1 13 2,6 18 0,3 2 11,1

Homens que fazem sexo com homens 5 0,0 0,0 174 3,4 43 24,7Usuários de drogas injetáveis (UDI) 7 0,1 0,0 16 0,3 2 12,5

Usuários de outras drogas 30 0,2 0,0 116 2,2 11 9,5Pessoas vivendo com HIV/AIDS 117 1,0 30 25,6 95 1,8 31 32,6

Portadores de DST 48 0,4 2 4,2 40 0,8 1 2,5Hemofílicos e politransfundidos 4 0,0 0,0 4 0,1 0,0

Profissionais de saúde 168 1,4 0,0 26 0,5 0,0Travestis 3 0,0 0,0 4 0,1 0,0

Total 12215 100,0 265 2,2 5188 100,0 286 5,5

FEMININO MASCULINO

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86 | O perfil epidemiológico da AIDS

Tabela 7 - Características sociodemográficas da população atendida nos CTAs porsexo, Santa Catarina, 2005.

Faixa etária

N % HIV Prev N % HIV Prev

0 a 9 46 1,2 2 4,3 54 2,6 1 1,910 a 19 648 16,5 6 0,9 219 10,4 4 1,820 a 29 1634 41,7 25 1,5 813 38,5 30 3,730 a 39 900 23,0 25 2,8 474 22,5 44 9,340 a 49 469 12,0 16 3,4 304 14,4 28 9,250 a 59 156 4,0 9 5,8 163 7,7 9 5,560 a 69 48 1,2 0,0 64 3,0 4 6,370 a 79 13 0,3 0,0 17 0,880 a 89 2 0,1 0,0 1 0,0Total 3916 100,0 83 2,1 2109 100,0 120 5,7

FEMININO MASCULINO

Escolaridade

N % HIV Prev N % HIV Prev

nenhum 69 1,8 5 7,2 56 2,7 1 1,81 a 3 253 6,5 8 3,2 135 6,4 19 14,14 a 7 1375 35,1 36 2,6 634 30,1 44 6,98 a 11 1840 47,0 30 1,6 988 46,8 44 4,512 + 336 8,6 4 1,2 250 11,9 8 3,2ign 43 1,1 46 2,2 4 8,7

Total 3916 100,0 83 2,1 2109 100,0 120 5,7

FEMININO MASCULINO

Situação profissional

N % HIV Prev N % HIV Prev

autônomo 469 12,0 19 4,1 278 13,2 21 7,6desempregado 368 9,4 9 2,4 339 16,1 25 7,4

empregado 1665 42,5 34 2,0 1170 55,5 60 5,1estudante 221 5,6 1 0,5 97 4,6 2 2,1

do lar 1040 26,6 14 1,3 21 1,0 1 4,8aposentado 86 2,2 4 4,7 125 5,9 6 4,8

não informado 67 1,7 2 3,0 79 3,7 5 6,3Total 3916 100,0 83 2,1 2109 100,0 120 5,7

FEMININO MASCULINO

Recorte populacional

N % HIV Prev N % HIV Prev

População geral 3547 90,6 59 1,7 1688 80,0 59 3,5População confinada 44 1,1 1 2,3 148 7,0 7 4,7

Caminhoneiros 1 15 0,7 4 26,7Trabalhadores do sexo 146 3,7 6 4,1 3 0,1

Homens que fazem sexo com homens 88 4,2 25 28,4Usuários de drogas injetáveis (UDI) 1 7 0,3 3 42,9

Usuários de outras drogas 7 0,2 48 2,3 3 6,3Pessoas vivendo com HIV/AIDS 70 1,8 16 22,9 60 2,8 16 26,7

Portadores de DST 19 0,5 29 1,4 3 10,3Hemofílicos e politransfundidos 2 0,1 1 50,0 3 0,1

Profissionais de saúde 79 2,0 20 0,9Travestis 0,0

Total 3916 100,0 83 2,1 2109 100,0 120 5,7

FEMININO MASCULINO

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O perfil epidemiológico da AIDS | 87

Motivo da procura e tipo de exposição

A seguir serão apresentados os dados relativos ao motivo da procura e tipode exposição (Tabelas 8, 9, 10 e 11).

O principal motivo da procura aos CTAs, no sexo feminino, com aproxima-damente 50% em todo o período estudado, é para realização de exame pré-natal.Em seguida, surge exposição à situação de risco, encaminhamento pelo serviçode saúde e desejo de conhecimento sobre o status sorológico. O percentual demulheres que procuram os CTAs para conhecer o próprio status sorológico au-mentou de 6,1% em 2002 para 16,1% em 2005. No sexo masculino, os principaismotivos de procura aos CTAs são: conhecimento do status sorológico, exposiçãoa situação de risco e encaminhamento do serviço de saúde. Houve uma mudançano perfil dos homens que procuram os CTAs, com diminuição do percentual quebusca os CTA’s por exposição à situação de risco (queda de 30,5% em 2002 para21,2% em 2005) e aumento da procura para conhecimento do status sorológico(que aumentou de 14,3% em 2002 para 30,9% em 2005).

As prevalências mais elevadas de HIV positivo no sexo feminino são obser-vadas para as mulheres que procuram os CTAs para conferir resultado anterior,com sintomas relacionados ao HIV, encaminhadas por banco de sangue e enca-minhados por serviços de saúde. Nota-se diminuição da prevalência de HIV positivoentre as mulheres encaminhadas por banco de sangue, de 12,5% em 2002 parazero em 2005. No sexo masculino, as maiores prevalências são encontradas en-tre os que procuram os CTAs para conferir resultado anterior, com sintomasrelacionados ao HIV, encaminhados por serviços de saúde e encaminhados porbanco de sangue. A prevalência entre homens encaminhados por banco de san-gue permaneceu estável de 2002 a 2004 (em torno de 8%) e foi igual a zero em2005.

Em relação ao tipo de exposição, a maioria (aproximadamente 90%) é clas-sificada como tendo exposição sexual, em ambos os sexos. Por outro lado, asprevalências mais elevadas são encontradas entre os usuários de drogas injetá-veis, também em ambos os sexos. A prevalência de HIV positivo entre aquelesque relataram exposição sexual é maior nos homens do que nas mulheres.

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88 | O perfil epidemiológico da AIDS

Tabela 8 - Motivo da procura e tipo de exposição da população atendida nos CTAssegundo sexo, Santa Catarina, 2002

Tabela 9 - Motivo da procura e tipo de exposição da população atendida nos CTAssegundo sexo, Santa Catarina, 2003.

Motivo da procura

N % HIV Prev N % HIV Prev

exposição situação risco 1731 16,0 70 4,0 1360 30,5 109 8,0encaminhado serviço saúde 1301 12,0 68 5,2 832 18,7 92 11,1

encaminhado por banco sangue 8 0,1 1 12,5 13 0,3 1 7,7encaminhado clínicas recuperação 15 0,1 0,0 94 2,1 2 2,1

sintomas relacionados a HIV 40 0,4 7 17,5 53 1,2 16 30,2admissão emprego/forças armadas 15 0,1 0,0 33 0,7 0,0

conhecimento status sorológico 657 6,1 27 4,1 637 14,3 52 8,2exame pré-natal 5369 49,5 58 1,1 49 1,1 1 2,0

conferir resultado anterior 169 1,6 88 52,1 213 4,8 146 68,5janela imunológica 117 1,1 3 2,6 92 2,1 2 2,2

DST 43 0,4 0,0 47 1,1 1 2,1prevenção 1162 10,7 15 1,3 869 19,5 41 4,7

outros 215 2,0 29 13,5 163 3,7 26 16,0Total 10842 100,0 366 3,4 4455 100,0 489 11,0

FEMININO MASCULINO

Tipo de exposição

N % HIV Prev N % HIV Prev

sexual 9141 84,3 322 3,5 3875 87,0 439 11,3transfusão 48 0,4 1 2,1 36 0,8 3 8,3

UDI 3 0,0 1 33,3 30 0,7 12 40,0hemofílico 3 0,0 0,0 1 0,0 0,0

ocupacional 114 1,1 1 0,9 35 0,8 1 2,9vertical 246 2,3 16 6,5 163 3,7 13 8,0não tem 1073 9,9 11 1,0 162 3,6 6 3,7outros 84 0,8 3 3,6 62 1,4 5 8,1

não informado 130 1,2 11 8,5 91 2,0 10 11,0Total 10842 100,0 366 3,4 4455 100,0 489 11,0

FEMININO MASCULINO

Motivo procura

N % HIV Prev N % HIV Prev

exposição situação risco 2548 16,2 105 4,1 1821 29,9 108 5,9encaminhado serviço saúde 1470 9,3 85 5,8 1050 17,3 118 11,2

encaminhado por banco sangue 13 0,1 2 15,4 12 0,2 1 8,3encaminhado clínicas recuperação 15 0,1 1 6,7 65 1,1 6 9,2

sintomas relacionados a HIV 109 0,7 13 11,9 102 1,7 26 25,5admissão emprego/forças armadas 10 0,1 0,0 21 0,3 3 14,3

conhecimento status sorológico 1777 11,3 67 3,8 1449 23,8 81 5,6exame pré-natal 8104 51,5 48 0,6 47 0,8 2 4,3

conferir resultado anterior 332 2,1 137 41,3 317 5,2 189 59,6janela imunológica 128 0,8 1 0,8 119 2,0 1 0,8

DST 56 0,4 1 1,8 64 1,1 5 7,8prevenção 988 6,3 18 1,8 836 13,7 31 3,7

outros 181 1,2 9 5,0 178 2,9 37 20,8Total 15731 100,0 487 3,1 6081 100,0 608 10,0

FEMININO MASCULINO

Page 84: LUIZ HENRIQUE DA SILVEIRA EDUARDO PINHO MOREIRA … · 2014. 12. 12. · LUIZ HENRIQUE DA SILVEIRA EDUARDO PINHO MOREIRA CARMEM EMÍLIA BONFÁ ZANOTTO LESTER PEREIRA WINSTON LUIZ

O perfil epidemiológico da AIDS | 89

Tabela 10 - Motivo da procura e tipo de exposição da população atendida nos CTAssegundo sexo, Santa Catarina, 2004.

Tipo de exposição

N % HIV Prev N % HIV Prev

sexual 14176 90,1 442 3,1 5407 88,9 544 10,1transfusão 58 0,4 3 5,2 30 0,5 1 3,3

UDI 6 0,0 2 33,3 19 0,3 12 63,2hemofílico 4 0,0 0,0 2 0,0 0,0

ocupacional 117 0,7 3 2,6 25 0,4 1 4,0vertical 133 0,8 9 6,8 142 2,3 14 9,9não tem 1005 6,4 17 1,7 249 4,1 14 5,6outros 87 0,6 2 2,3 72 1,2 8 11,1

não informado 145 0,9 9 6,2 135 2,2 14 10,4Total 15731 100,0 487 3,1 6081 100,0 608 10,0

FEMININO MASCULINO

Motivo da procura

N % HIV Prev N % HIV Prev

exposição situação risco 1775 14,5 39 2,2 1444 27,8 65 4,5encaminhado serviço saúde 1213 9,9 36 3,0 913 17,6 56 6,1

encaminhado por banco sangue 9 0,1 0,0 24 0,5 2 8,3encaminhado clínicas recuperação 10 0,1 0,0 55 1,1 2 3,6

sintomas relacionados a HIV 21 0,2 5 23,8 38 0,7 11 28,9admissão emprego/forças armadas 5 0,0 0,0 9 0,2 0,0

conhecimento status sorológico 1911 15,6 50 2,6 1639 31,6 54 3,3exame pré-natal 6098 49,9 30 0,5 42 0,8 0,0

conferir resultado anterior 223 1,8 78 35,0 151 2,9 66 43,7janela imunológica 97 0,8 0,0 76 1,5 1 1,3

DST 49 0,4 2 4,1 73 1,4 0,0prevenção 670 5,5 22 3,3 618 11,9 23 3,7

outros 134 1,1 3 2,2 106 2,0 6 5,7Total 12215 100,0 265 2,2 5188 100,0 286 5,5

FEMININO MASCULINO

Tipo de exposição

N % HIV Prev N % HIV Prev

sexual 10670 87,4 228 2,1 4559 87,9 252 5,5transfusão 63 0,5 3 4,8 44 0,8 0,0

UDI 3 0,0 1 33,3 19 0,4 5 26,3hemofílico 2 0,0 0,0 1 0,0 0,0

ocupacional 73 0,6 1 1,4 16 0,3 0,0vertical 102 0,8 5 4,9 99 1,9 7 7,1não tem 1137 9,3 21 1,8 293 5,6 14 4,8outros 75 0,6 4 5,3 90 1,7 4 4,4

não informado 90 0,7 2 2,2 67 1,3 4 6,0Total 12215 100,0 265 2,2 5188 100,0 286 5,5

FEMININO MASCULINO

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90 | O perfil epidemiológico da AIDS

Tabela 11 - Motivo da procura e tipo de exposição da população atendida nos CTAssegundo sexo, Santa Catarina, 2005

Comportamento sexual - número de parceiros

A seguir serão apresentados os dados relativos ao número e tipo de parcei-ros (Tabelas 12, 13, 14 e 15).

Em relação ao número de parceiros, observa-se comportamento bastantediverso comparando-se homens e mulheres. Enquanto entre as mulheres queprocuram os CTAs, a maioria relata 1 parceiro no último ano (entre 71% e 73% acada ano) ou, no máximo, 2 a 4 parceiros (cerca de 14% a cada ano), os homensrelatam com menor freqüência 1 parceiro (cerca de 40% a cada ano) e relatam,com freqüência bem maior, 2 a 4 parceiros (cerca de 34%) e 5 a 10 parceiros(aproximadamente 10% a cada ano). Parece não haver aumento da prevalênciade HIV positivo conforme aumenta o número de parceiros, no sexo feminino (aprevalência fica oscilando em torno de 3%, mesmo entre mulheres que relatammais de 50 parceiros no último ano). O mesmo não se observa no sexo masculi-

Motivo da procura

N % HIV Prev N % HIV Prev

exposição situação risco 580 14,8 14 2,4 448 21,2 11 2,5encaminhado serviço saúde 416 10,6 14 3,4 454 21,5 36 7,9

encaminhado por banco sangue 4 0,1 0,0 8 0,4encaminhado clínicas recuperação 3 0,1 0,0 30 1,4 2 6,7

sintomas relacionados a HIV 7 0,2 0,0 11 0,5 3 27,3admissão emprego/forças armadas 0,0 0,0

conhecimento status sorológico 630 16,1 15 2,4 652 30,9 19 2,9exame pré-natal 1651 42,2 11 0,7 3 0,1

conferir resultado anterior 80 2,0 23 28,8 85 4,0 39 45,9janela imunológica 39 1,0 0,0 33 1,6 0,0

DST 6 0,2 0,0 31 1,5 1 3,2prevenção 403 10,3 4 1,0 285 13,5 5 1,8

outros 97 2,5 2 2,1 69 3,3 4 5,8Total 3916 100,0 83 2,1 2109 100,0 120 5,7

FEMININO MASCULINO

Tipo de exposição

N % HIV Prev N % HIV Prev

sexual 3577 91,3 78 2,2 1941 92,0 116 6,0transfusão 21 0,5 2 9,5 13 0,6 0,0

UDI 2 0,1hemofílico 0,0

ocupacional 29 0,7 15 0,7vertical 44 1,1 3 6,8 35 1,7 2 5,7não tem 180 4,6 46 2,2outros 28 0,7 14 0,7

não informado 37 0,9 43 2,0 2 4,7Total 3916 100,0 83 2,1 2109 100,0 120 5,7

FEMININO MASCULINO

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O perfil epidemiológico da AIDS | 91

no, no qual a prevalência é maior para os indivíduos que relatam número de par-ceiros acima de 50.

Quanto ao tipo de parceiro, a maioria, em ambos os sexos, relata parceirodo sexo oposto. Entre as mulheres esse percentual é maior (cerca de 94%), en-quanto que entre a população masculina existe uma freqüência um pouco maiorde relato de parceiro do mesmo sexo. A prevalência de HIV positivo se alterapouco, entre as mulheres, segundo o tipo de parceiro. Em compensação, entre oshomens, nota-se prevalência mais elevada para aqueles com parceiros de ambosos sexos e também para os que relatam parceiro do mesmo sexo.

Tabela 12 - Número e tipos de parceiros da população atendida nos CTAs segundosexo, Santa Catarina, 2002.

Tabela 13 - Número e tipos de parceiros da população atendida nos CTAs segundosexo, Santa Catarina, 2003.

Número do parceiros

N % HIV Prev N % HIV Prev

nenhum 706 6,5 47 6,7 392 8,8 50 12,81 7761 71,6 239 3,1 1852 41,6 206 11,1

2 a 4 1419 13,1 44 3,1 1320 29,6 124 9,45 a 10 188 1,7 3 1,6 462 10,4 62 13,411 a 50 165 1,5 8 4,8 179 4,0 9 5,051 a 100 119 1,1 2 1,7 18 0,4 0,0

+100 208 1,9 4 1,9 20 0,4 4 20,0ignorado 276 2,5 19 6,9 212 4,8 34 16,0

Total 10842 100,0 366 3,4 4455 100,0 489 11,0

FEMININO MASCULINO

Tipo de parceiro

N % HIV Prev N % HIV Prev

homem 10101 93,2 325 3,2 450 10,1 70 15,6mulher 186 1,7 3 1,6 3530 79,2 353 10,0

homem e mulher 79 0,7 1 1,3 92 2,1 32 34,8não se aplica 348 3,2 26 7,5 278 6,2 18 6,5

sem informação 128 1,2 11 8,6 105 2,4 16 15,2Total 10842 100,0 366 3,4 4455 100,0 489 11,0

FEMININO MASCULINO

Número de parceiros

N % HIV Prev N % HIV Prev

nenhum 708 4,5 44 6,2 418 6,9 60 14,41 11528 73,3 342 3,0 2551 42,0 278 10,9

2 a 4 2185 13,9 62 2,8 2010 33,1 169 8,45 a 10 305 1,9 9 3,0 627 10,3 48 7,711 a 50 278 1,8 7 2,5 255 4,2 17 6,751 a 100 207 1,3 1 0,5 22 0,4 4 18,2

+100 304 1,9 5 1,6 21 0,3 5 23,8ignorado 216 1,4 17 7,9 177 2,9 27 15,3

Total 15731 100,0 487 3,1 6081 100,0 608 10,0

FEMININO MASCULINO

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92 | O perfil epidemiológico da AIDS

Tabela 14 - Número e tipos de parceiros da população atendida nos CTAs segundosexo, Santa Catarina, 2004.

Tabela 15 - Número e tipos de parceiros da população atendida nos CTAs segundosexo, Santa Catarina, 2005.

Tipo de parceiro

N % HIV Prev N % HIV Prev

homem 11595 94,9 247 2,1 468 9,0 61 13,0mulher 223 1,8 3 1,3 4302 82,9 208 4,8

homem e mulher 65 0,5 4 6,2 107 2,1 5 4,7não se aplica 248 2,0 8 3,2 220 4,2 9 4,1

sem informação 84 0,7 3 3,6 91 1,8 3 3,3Total 12215 100,0 265 2,2 5188 100,0 286 5,5

FEMININO MASCULINO

Número de parceiros

N % HIV Prev N % HIV Prev

nenhum 215 5,5 9 4,2 124 5,9 8 6,51 2785 71,1 50 1,8 862 40,9 54 6,3

2 a 4 636 16,2 16 2,5 724 34,3 41 5,75 a 10 67 1,7 1 1,5 238 11,3 6 2,511 a 50 41 1,0 3 7,3 77 3,7 3 3,951 a 100 32 0,8 9 0,4 2 22,2

+100 70 1,8 2 2,9 3 0,1ignorado 70 1,8 2 2,9 72 3,4 6 8,3

Total 3916 100,0 83 2,1 2109 100,0 120 5,7

FEMININO MASCULINO

Número de parceiros

N % HIV Prev N % HIV Prev

nenhum 529 4,3 23 4,3 373 7,2 22 5,91 8938 73,2 182 2,0 2049 39,5 141 6,9

2 a 4 1807 14,8 33 1,8 1825 35,2 78 4,35 a 10 249 2,0 6 2,4 561 10,8 25 4,511 a 50 242 2,0 8 3,3 226 4,4 14 6,251 a 100 128 1,0 5 3,9 21 0,4 2 9,5

+100 174 1,4 3 1,7 15 0,3 0,0ignorado 148 1,2 5 3,4 118 2,3 4 3,4

Total 12215 100,0 265 2,2 5188 100,0 286 5,5

FEMININO MASCULINO

Tipo de parceiros

N % HIV Prev N % HIV Prev

homem 14897 94,7 452 3,0 578 9,5 101 17,5mulher 279 1,8 12 4,3 4976 81,8 432 8,7

homem e mulher 107 0,7 1 0,9 151 2,5 34 22,5não se aplica 313 2,0 12 3,8 263 4,3 23 8,7

sem informação 135 0,9 10 7,4 113 1,9 18 15,9Total 15731 100,0 487 3,1 6081 100,0 608 10,0

FEMININO MASCULINO

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O perfil epidemiológico da AIDS | 93

Comportamento sexual com parceiro fixo

Os dados relativos ao comportamento sexual com parceiro fixo são apre-sentados nas Tabelas 16, 17, 18 e 19.

O uso de preservativo com parceiro fixo foi pouco freqüente entre as mulhe-res; apenas cerca de 10% relatou usar o preservativo sempre, a maioria (cerca de53% a cada ano) não usa o preservativo nunca, e aproximadamente 25% relata-ram usá-lo às vezes. Entre os homens, existe uma freqüência um pouco maior deuso do preservativo sempre (cerca de 15%) e menor relato de não usá-lo nunca,mas a freqüência de “não se aplica” é mais elevada, possivelmente pelo maiornúmero de homens que não possuem parceiro fixo. A prevalência de HIV positivofoi ligeiramente maior entre as pessoas que relataram usar sempre o preservativocom o parceiro fixo, tanto em homens como em mulheres, mostrando que, possi-velmente, esta não deve ser a forma de transmissão principal nesse grupo.

A maioria das mulheres relatou que não usou preservativo na última relaçãocom parceiro fixo (cerca de 75% a cada ano) e apenas 11% relatou que sim. Entreos homens, a freqüência de uso do preservativo na última relação com parceirofixo foi maior (aproximadamente 18%), sendo bem menor a freqüência dos quenão usaram (em torno de 53%). A prevalência de HIV positivo foi maior entreaqueles que relataram uso de preservativo na última relação com parceiro fixo,tanto em homens como entre as mulheres.

O principal motivo pelo qual homens e mulheres relataram que não usampreservativo com o parceiro fixo é a confiança no parceiro. Outro motivo bastanterelatado por ambos os sexos é porque não gostam do preservativo. As prevalên-cias mais elevadas de HIV positivo foram identificadas entre aqueles que relataramnão usar preservativo com parceiro fixo porque confiam no parceiro, acharam queo parceiro não tinha HIV, acharam que não iam pegar, estavam sob efeito dedrogas/álcool e parceiro não aceita.

Em relação ao risco do parceiro fixo, a maioria das mulheres (em torno de55% a cada ano) relatou que o parceiro não possuía risco. Entre as que relataramrisco do parceiro fixo, o mais comum foi passado sexual ou relação extraconjugal(confirmada ou suspeita). Nos homens, a maioria também negou conhecimentosobre risco do parceiro fixo, e, entre aqueles que responderam afirmativamente, omais comum foi passado sexual e HIV. As prevalências de HIV positivo mais ele-

Tipo de parceiros

N % HIV Prev N % HIV Prev

homem 3667 93,6 78 2,1 125 5,9 23 18,4mulher 69 1,8 1804 85,5 82 4,5

homem e mulher 10 0,3 40 1,9 9 22,5não se aplica 124 3,2 5 4,0 88 4,2 1 1,1

sem informação 46 1,2 52 2,5 5 9,6Total 3916 100,0 83 2,1 2109 100,0 120 5,7

FEMININO MASCULINO

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94 | O perfil epidemiológico da AIDS

vadas, entre as mulheres, foram observadas entre aquelas cujos parceiros fixossão HIV positivo (aproximadamente 25%) ou usuários de drogas injetáveis (apro-ximadamente 15%). No sexo masculino, as maiores prevalências foram observadasentre aqueles cujos parceiros fixos são HIV positivos, usuários de drogas injetá-veis e homo/bissexuais. A prevalência entre os homens cujos parceiros são HIVpositivos diminuiu de 38,2% em 2002 para 22,6% em 2005, e, entre os homenscujos parceiros são usuários de drogas injetáveis, diminuiu de 40% em 2002 parazero em 2005. Entre os homens com parceiros homo/bissexuais, a prevalênciaficou em torno de 25% de 2002 a 2004 e foi igual a zero em 2005.

Tabela 16 - Comportamento sexual com parceiro fixo na população atendida nosCTAs segundo sexo, Santa Catarina, 2002.

Uso preservativo parceiro fixo

N % HIV Prev N % HIV Prevsempre 1145 10,6 38 3,3 712 16,0 88 12,4nunca 5671 52,3 206 3,6 1796 40,3 176 9,8

às vezes 2693 24,8 60 2,2 714 16,0 80 11,2não se aplica 1183 10,9 45 3,8 1117 25,1 120 10,7

sem informação 150 1,4 17 11,3 116 2,6 25 21,6Total 10842 100,0 366 3,4 4455 100,0 489 11,0

FEMININO MASCULINO

Uso preservativo última relação parceiro fixo

N % HIV Prev N % HIV Prev

sim 1278 11,8 47 3,7 772 17,3 96 12,4não 7779 71,7 244 3,1 2253 50,6 223 9,9

não se lembra 133 1,2 3 2,3 26 0,6 3 11,5não se aplica 1327 12,2 49 3,7 1212 27,2 131 10,8não informado 325 3,0 23 7,1 192 4,3 36 18,8

Total 10842 100,0 366 3,4 4455 100,0 489 11,0

FEMININO MASCULINO

Motivo não usa preservativo parceiro fixo

N % HIV Prev N % HIV Prev

não gostar 990 9,1 33 3,3 589 13,2 71 12,1não acredita na eficácia 22 0,2 1 4,5 9 0,2 1 11,1

não sabe usar 24 0,2 2 8,3 16 0,4 0,0parceiro não aceita 813 7,5 30 3,7 33 0,7 2 6,1

não dispunha no momento 342 3,2 15 4,4 96 2,2 10 10,4confia no parceiro 4088 37,7 127 3,1 1210 27,2 101 8,3

uso de drogas/álcool 16 0,1 3 18,8 26 0,6 7 26,9não consegue negociar 167 1,5 0,0 7 0,2 0,0

achou que o outro não tinha HIV 54 0,5 4 7,4 19 0,4 3 15,8acha que não vai pegar 43 0,4 3 7,0 21 0,5 5 23,8

negociou não usar preservativo 321 3,0 0,0 40 0,9 3 7,5não tinha consciência 245 2,3 13 5,3 91 2,0 12 13,2

não tem condições de comprar 8 0,1 1 12,5 2 0,0 0,0não deu tempo/tesão 64 0,6 0,0 26 0,6 2 7,7

desejo de ter filho 371 3,4 3 0,8 30 0,7 2 6,7tamanho do preservativo pq/gd 9 0,1 0,0 3 0,1 0,0

disfunção sexual 10 0,1 0,0 2 0,0 0,0estupro/violência 2 0,0 0,0 1 0,0 0,0

outros 336 3,1 12 3,6 90 2,0 10 11,1não se aplica 2684 24,8 107 4,0 2044 45,9 249 12,2não informado 233 2,1 12 5,2 100 2,2 11 11,0

Total 10842 100,0 366 3,4 4455 100,0 489 11,0

FEMININO MASCULINO

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O perfil epidemiológico da AIDS | 95

Tabela 17 - Comportamento sexual com parceiro fixo na população atendida nosCTAs segundo sexo, Santa Catarina, 2003.

Risco parceiro fixo

N % HIV Prev N % HIV Prev

relação extraconjugal 566 5,2 17 3,0 90 2,0 5 5,6homo/bissexualidade 24 0,2 1 4,2 27 0,6 7 25,9

transfundido 18 0,2 1 5,6 6 0,1 0,0UDI 47 0,4 5 10,6 15 0,3 6 40,0

uso outras drogas 88 0,8 4 4,5 8 0,2 0,0HIV 253 2,3 58 22,9 191 4,3 73 38,2

desconfia relação extraconjugal 531 4,9 16 3,0 78 1,8 4 5,1passado sexual 942 8,7 22 2,3 271 6,1 29 10,7não possui risco 5674 52,3 110 1,9 2002 44,9 143 7,1

DST 50 0,5 3 6,0 10 0,2 1 10,0não sabe 709 6,5 38 5,4 193 4,3 36 18,7

outros 124 1,1 10 8,1 58 1,3 9 15,5não se aplica 1411 13,0 60 4,3 1267 28,4 144 11,4

sem informação 405 3,7 21 5,2 239 5,4 32 13,4Total 10842 100,0 366 3,4 4455 100,0 489 11,0

FEMININO MASCULINO

Uso preservativo parceiro fixo

N % HIV Prev N % HIV Prev

sempre 1478 9,4 62 4,2 907 14,9 100 11,0nunca 8286 52,7 265 3,2 2443 40,2 252 10,3

às vezes 4277 27,2 93 2,2 1232 20,3 106 8,6não se aplica 1528 9,7 56 3,7 1380 22,7 133 9,6

sem informação 162 1,0 11 6,8 119 2,0 17 14,3Total 15731 100,0 487 3,1 6081 100,0 608 10,0

MASCULINOFEMININO

Uso preservativo última relação parceiro fixo

N % HIV Prev N % HIV Prev

sim 1736 11,0 76 4,4 1029 16,9 113 11,0não 11896 75,6 317 2,7 3301 54,3 307 9,3

não se lembra 80 0,5 1 1,3 34 0,6 1 2,9não se aplica 1855 11,8 81 4,4 1594 26,2 168 10,5não informado 164 1,0 12 7,3 123 2,0 19 15,4

Total 15731 100,0 487 3,1 6081 100,0 608 10,0

FEMININO MASCULINO

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96 | O perfil epidemiológico da AIDS

Tabela 18 - Comportamento sexual com parceiro fixo na população atendida nosCTAs segundo sexo, Santa Catarina, 2004.

Uso preservativo parceiro fixo

N % HIV Prev N % HIV Prev

sempre 1125 9,2 45 4,0 762 14,7 46 6,0nunca 6522 53,4 151 2,3 2047 39,5 116 5,7

às vezes 3239 26,5 26 0,8 1056 20,4 52 4,9não se aplica 1222 10,0 40 3,3 1236 23,8 69 5,6

sem informação 107 0,9 3 2,8 87 1,7 3 3,4Total 12215 100,0 265 2,2 5188 100,0 286 5,5

FEMININO MASCULINO

Risco parceiro fixo

N % HIV Prev N % HIV Prev

relação extraconjugal 893 5,7 24 2,7 143 2,4 14 9,8homo/bissexualidade 43 0,3 1 2,3 34 0,6 9 26,5

transfundido 19 0,1 0,0 12 0,2 3 25,0UDI 66 0,4 10 15,2 6 0,1 2 33,3

uso outras drogas 135 0,9 14 10,4 11 0,2 0,0HIV 350 2,2 93 26,6 256 4,2 95 37,1

desconfia relação extraconjugal 562 3,6 16 2,8 47 0,8 2 4,3passado sexual 811 5,2 30 3,7 212 3,5 22 10,4não possui risco 8952 56,9 131 1,5 3080 50,6 195 6,3

DST 73 0,5 5 6,8 26 0,4 5 19,2não sabe 1394 8,9 56 4,0 366 6,0 51 13,9

outros 212 1,3 10 4,7 64 1,1 9 14,1não se aplica 1919 12,2 82 4,3 1630 26,8 172 10,6

sem informação 302 1,9 15 5,0 194 3,2 29 14,9Total 15731 100,0 487 3,1 6081 100,0 608 10,0

FEMININO MASCULINO

Motivo não usa preservativo parceiro fixo

N % HIV Prev N % HIV Prev

não gostar 1406 8,9 28 2,0 600 9,9 53 8,8não acredita na eficácia 37 0,2 1 2,7 12 0,2 2 16,7

não sabe usar 41 0,3 0,0 6 0,1 0,0parceiro não aceita 1446 9,2 46 3,2 93 1,5 15 16,1

não dispunha no momento 362 2,3 5 1,4 117 1,9 11 9,4confia no parceiro 5544 35,2 161 2,9 1927 31,7 163 8,5

uso de drogas/álcool 29 0,2 2 6,9 25 0,4 3 12,0não consegue negociar 162 1,0 2 1,2 6 0,1 0,0

achou que o outro não tinha HIV 80 0,5 9 11,3 34 0,6 9 26,5acha que não vai pegar 305 1,9 9 3,0 62 1,0 8 12,9

negociou não usar preservativo 310 2,0 8 2,6 102 1,7 12 11,8não tinha consciência 606 3,9 33 5,4 184 3,0 30 16,3

não tem condições de comprar 18 0,1 0,0 1 0,0 0,0não deu tempo/tesão 120 0,8 1 0,8 47 0,8 2 4,3

desejo de ter filho 912 5,8 7 0,8 75 1,2 1 1,3tamanho do preservativo pq/gd 6 0,0 0,0 2 0,0 0,0

disfunção sexual 16 0,1 0,0 7 0,1 1 14,3estupro/violência 5 0,0 0,0 1 0,0 0,0

outros 804 5,1 16 2,0 163 2,7 11 6,7não se aplica 3473 22,1 155 4,5 2599 42,7 287 11,0não informado 49 0,3 4 8,2 18 0,3 0,0

Total 15731 100,0 487 3,1 6081 100,0 608 10,0

FEMININO MASCULINO

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O perfil epidemiológico da AIDS | 97

Motivo não usa preservativo parceiro fixo

N % HIV Prev N % HIV Prev

não gostar 941 7,7 15 1,6 393 7,6 21 5,3não acredita na eficácia 9 0,1 1 11,1 7 0,1 3 42,9

não sabe usar 15 0,1 0,0 8 0,2 0,0parceiro não aceita 1007 8,2 16 1,6 61 1,2 0,0

não dispunha no momento 240 2,0 2 0,8 75 1,4 2 2,7confia no parceiro 4596 37,6 105 2,3 1909 36,8 91 4,8

uso de drogas/álcool 25 0,2 0,0 29 0,6 3 10,3não consegue negociar 64 0,5 0,0 8 0,2 2 25,0

achou que o outro não tinha HIV 45 0,4 4 8,9 20 0,4 2 10,0acha que não vai pegar 269 2,2 1 0,4 47 0,9 1 2,1

negociou não usar preservativo 438 3,6 2 0,5 89 1,7 7 7,9não tinha consciência 351 2,9 10 2,8 97 1,9 14 14,4

não tem condições de comprar 10 0,1 1 10,0 3 0,1 0,0não deu tempo/tesão 109 0,9 2 1,8 53 1,0 2 3,8

desejo de ter filho 943 7,7 6 0,6 73 1,4 1 1,4tamanho do preservativo pq/gd 11 0,1 0,0 3 0,1 0,0

disfunção sexual 12 0,1 0,0 6 0,1 2 33,3estupro/violência 5 0,0 0,0 2 0,0 0,0

outros 540 4,4 6 1,1 155 3,0 12 7,7não se aplica 2557 20,9 93 3,6 2128 41,0 122 5,7não informado 28 0,2 1 3,6 22 0,4 1 4,5

Total 12215 100,0 265 2,2 5188 100,0 286 5,5

FEMININO MASCULINO

Uso preservativo última relação parceiro fixo

N % HIV Prev N % HIV Prev

sim 1346 11,0 43 3,2 939 18,1 59 6,3não 9308 76,2 174 1,9 2780 53,6 148 5,3

não se lembra 66 0,5 1 1,5 20 0,4 2 10,0não se aplica 1388 11,4 44 3,2 1369 26,4 76 5,6não informado 107 0,9 3 2,8 80 1,5 1 1,3

Total 12215 100,0 265 2,2 5188 100,0 286 5,5

FEMININO MASCULINO

Risco parceiro fixo

N % HIV Prev N % HIV Prev

relação extraconjugal 675 5,5 17 2,5 110 2,1 3 2,7homo/bissexualidade 35 0,3 1 2,9 22 0,4 5 22,7

transfundido 19 0,2 1 5,3 10 0,2 1 10,0UDI 31 0,3 4 12,9 1 0,0 0,0

uso outras drogas 98 0,8 3 3,1 11 0,2 1 9,1HIV 212 1,7 60 28,3 185 3,6 58 31,4

desconfia relação extraconjugal 470 3,8 7 1,5 50 1,0 2 4,0passado sexual 947 7,8 25 2,6 224 4,3 18 8,0não possui risco 6861 56,2 81 1,2 2642 50,9 87 3,3

DST 56 0,5 0,0 40 0,8 0,0não sabe 1088 8,9 22 2,0 323 6,2 32 9,9

outros 114 0,9 4 3,5 67 1,3 3 4,5não se aplica 1439 11,8 36 2,5 1303 25,1 63 4,8

sem informação 170 1,4 4 2,4 200 3,9 13 6,5Total 12215 100,0 265 2,2 5188 100,0 286 5,5

FEMININO MASCULINO

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98 | O perfil epidemiológico da AIDS

Tabela 19 - Comportamento sexual com parceiro fixo na população atendida nosCTAs segundo sexo, Santa Catarina, 2005.

Uso preservativo parceiro fixo

N % HIV Prev N % HIV Prev

sempre 428 10,9 15 3,5 321 15,2 21 6,5nunca 1906 48,7 39 2,0 811 38,5 53 6,5

às vezes 1139 29,1 18 1,6 440 20,9 19 4,3não se aplica 379 9,7 11 2,9 481 22,8 21 4,4

sem informação 64 1,6 56 2,7 6 10,7Total 3916 100,0 83 2,1 2109 100,0 120 5,7

FEMININO MASCULINO

Uso preservativo última relação parceiro fixo

N % HIV Prev N % HIV Prev

sim 507 12,9 14 2,8 395 18,7 30 7,6não 2902 74,1 54 1,9 1136 53,9 62 5,5

não se lembra 11 0,3 7 0,3não se aplica 437 11,2 14 3,2 519 24,6 23 4,4não informado 59 1,5 1 1,7 52 2,5 5 9,6

Total 3916 100,0 83 2,1 2109 100,0 120 5,7

FEMININO MASCULINO

Motivo não usa preservativo parceiro fixo

N % HIV Prev N % HIV Prev

não gostar 278 7,1 5 1,8 143 6,8 9 6,3não acredita na eficácia 7 0,2 1

não sabe usar 6 0,2 3 0,1parceiro não aceita 305 7,8 6 2,0 24 1,1 3 12,5

não dispunha no momento 71 1,8 32 1,5confia no parceiro 1635 41,8 36 2,2 843 40,0 44 5,2

uso de drogas/álcool 3 0,1 4 0,2 1 25,0não consegue negociar 8 0,2 2 0,1

achou que o outro não tinha HIV 15 0,4 2 13,3 5 0,2acha que não vai pegar 44 1,1 12 0,6

negociou não usar preservativo 63 1,6 1 1,6 21 1,0 3 14,3não tinha consciência 124 3,2 2 1,6 56 2,7 9 16,1

não tem condições de comprar 2 0,1não deu tempo/tesão 24 0,6 11 0,5

desejo de ter filho 272 6,9 2 0,7 28 1,3 1 3,6tamanho do preservativo pq/gd 1 1 100,0 0,0

disfunção sexual 3 0,1 3 0,1estupro/violência 2 0,1

outros 149 3,8 38 1,8 1 2,6não se aplica 898 22,9 28 3,1 875 41,5 48 5,5não informado 6 0,2 8 0,4 1 12,5

Total 3916 100,0 83 2,1 2109 100,0 120 5,7

FEMININO MASCULINO

Page 94: LUIZ HENRIQUE DA SILVEIRA EDUARDO PINHO MOREIRA … · 2014. 12. 12. · LUIZ HENRIQUE DA SILVEIRA EDUARDO PINHO MOREIRA CARMEM EMÍLIA BONFÁ ZANOTTO LESTER PEREIRA WINSTON LUIZ

O perfil epidemiológico da AIDS | 99

Comportamento sexual com parceiro não fixo

A seguir serão apresentados os dados relativos ao comportamento sexualcom parceiro não fixo (Tabelas 20, 21, 22 e 23). Em relação ao uso de preserva-tivo com parceiro não fixo, a maioria das mulheres (cerca de 75%) foi classificadacomo “não se aplica” porque não possuem parceiro não fixo. Das 25% restantes,aproximadamente 10% relatou que sempre usa o preservativo, correspondendo acerca de 40% das mulheres que têm parceiro não fixo. Entre os homens, o per-centual de “não se aplica” caiu de 47,7% em 2002 para 34,6% em 2005, mostrandoum aumento da freqüência de parceiros não fixos. A freqüência de uso constantede preservativo foi semelhante à encontrada nas mulheres (cerca de 40% doshomens com parceiro não fixo). A prevalência de HIV positivo foi maior entre aspessoas que relataram não usar nunca o preservativo com parceiro não fixo, emambos os sexos.

A freqüência relatada de uso do preservativo na última relação com parceironão fixo foi semelhante à encontrada na pergunta anterior (uso de preservativocom parceiro não fixo, em geral), para as mulheres. Entre os homens, essa fre-qüência foi mais elevada (aproximadamente 50% dos homens, com parceiro nãofixo, relataram uso de preservativo na última relação). A prevalência de HIV posi-tivo foi maior entre as pessoas que relataram não se lembrar se usaram ou não opreservativo na última relação com parceiro não fixo, em ambos os sexos.

Em relação ao motivo pelo qual não usam preservativo com parceiro nãofixo, a maioria das mulheres (aproximadamente 90%) foi classificada como “nãose aplica”. Entre as que declararam algum motivo, o mais comum foi porque con-fiam no parceiro. Para os homens, o percentual classificado como “não se aplica”foi menor, e os motivos mais relatados foram: confiança no(a) parceiro(a), uso dedrogas/álcool, preservativo não disponível no momento e porque não gostam de

Risco parceiro fixo

N % HIV Prev N % HIV Prev

relação extraconjugal 199 5,1 4 2,0 35 1,7 3 8,6homo/bissexualidade 12 0,3 7 0,3

transfundido 3 0,1 3 0,1UDI 6 0,2 1 16,7

uso outras drogas 21 0,5 1 4,8 2 0,1HIV 93 2,4 24 25,8 62 2,9 14 22,6

desconfia relação extraconjugal 107 2,7 11 0,5passado sexual 297 7,6 3 1,0 105 5,0 10 9,5não possui risco 2107 53,8 27 1,3 1075 51,0 43 4,0

DST 16 0,4 3 0,1não sabe 539 13,8 11 2,0 216 10,2 22 10,2

outros 21 0,5 14 0,7não se aplica 406 10,4 11 2,7 444 21,1 19 4,3

sem informação 89 2,3 1 1,1 132 6,3 9 6,8Total 3916 100,0 83 2,1 2109 100,0 120 5,7

FEMININO MASCULINO

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100 | O perfil epidemiológico da AIDS

usar preservativo. A prevalência de HIV positivo foi mais elevada entre as mulhe-res que relataram não usar preservativo com parceiro não fixo devido à confiançano parceiro, achar que o outro não tinha HIV, uso de drogas/álcool, preservativonão disponível no momento e desejo de ter filho. Entre os homens, as maioresprevalências foram observadas para aqueles que acharam que não iam pegar,acharam que o outro não tinha HIV, não gostam de usar preservativo, uso dedrogas/álcool, e preservativo não disponível no momento.

Tabela 20 - Comportamento sexual com parceiro não fixo na população atendidanos CTAs segundo sexo, Santa Catarina, 2002.

Uso preservativo parceiro não fixo

N % HIV Prev N % HIV Prev

sempre 1114 10,3 20 1,8 938 21,1 84 9,0nunca 535 4,9 33 6,2 479 10,8 69 14,4

às vezes 488 4,5 17 3,5 694 15,6 65 9,4não se aplica 8065 74,4 258 3,2 2126 47,7 234 11,0não informado 640 5,9 38 5,9 218 4,9 37 17,0

Total 10842 100,0 366 3,4 4455 100,0 489 11,0

FEMININO MASCULINO

Uso preservativo última relação parceiro não fixo

N % HIV Prev N % HIV Prev

sim 1099 10,1 25 2,3 1037 23,3 84 8,1não 824 7,6 39 4,7 908 20,4 110 12,1

não se lembra 50 0,5 3 6,0 44 1,0 11 25,0não se aplica 8235 76,0 262 3,2 2219 49,8 246 11,1não informado 634 5,8 37 5,8 247 5,5 38 15,4

Total 10842 100,0 366 3,4 4455 100,0 489 11,0

FEMININO MASCULINO

Motivo não usa preservativo parceiro não fixo

N % HIV Prev N % HIV Prev

não gostar 134 1,2 6 4,5 280 6,3 39 13,9não acredita na eficácia 5 0,0 0,0 8 0,2 1 12,5

não sabe usar 6 0,1 1 16,7 15 0,3parceiro não aceita 71 0,7 7 9,9 9 0,2

não dispunha no momento 142 1,3 7 4,9 220 4,9 15 6,8confia no parceiro 221 2,0 9 4,1 160 3,6 15 9,4

uso de drogas/álcool 17 0,2 0,0 124 2,8 23 18,5não consegue negociar 17 0,2 0,0 3 0,1

achou que o outro não tinha HIV 14 0,1 1 7,1 23 0,5 6 26,1acha que não vai pegar 13 0,1 1 7,7 29 0,7 7 24,1

negociou não usar preservativo 17 0,2 0,0 5 0,1 1 20,0não tinha consciência 87 0,8 6 6,9 76 1,7 11 14,5

não tem condições de comprar 3 0,0 0,0 4 0,1não deu tempo/tesão 23 0,2 0,0 36 0,8 2 5,6

desejo de ter filho 4 0,0 0,0 1 0,0tamanho do preservativo pq/gd 1 0,0 0,0 2 0,0

disfunção sexual 2 0,0 0,0 1 0,0estupro/violência 3 0,0 0,0 0,0

outros 52 0,5 4 7,7 65 1,5 7 10,8não se aplica 9984 92,1 323 3,2 3365 75,5 358 10,6não informado 26 0,2 1 3,8 29 0,7 4 13,8

Total 10842 100,0 366 3,4 4455 100,0 489 11,0

FEMININO MASCULINO

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O perfil epidemiológico da AIDS | 101

Tabela 21 - Comportamento sexual com parceiro não fixo na população atendidanos CTA’s segundo sexo, Santa Catarina, 2003.

Tabela 22 - Comportamento sexual com parceiro não fixo na população atendidanos CTAs segundo sexo, Santa Catarina, 2004.

Uso preservativo parceiro não fixo

N % HIV Prev N % HIV Prev

sempre 1591 10,1 35 2,2 1213 19,9 93 7,7nunca 757 4,8 43 5,7 693 11,4 74 10,7

às vezes 866 5,5 34 3,9 1040 17,1 93 8,9não se aplica 12119 77,0 348 2,9 2898 47,7 311 10,7não informado 398 2,5 27 6,8 237 3,9 37 15,6

Total 15731 100,0 487 3,1 6081 100,0 608 10,0

FEMININO MASCULINO

Uso preservativo última relação parceiro não fixo

N % HIV Prev N % HIV Prev

sim 1691 10,7 37 2,2 1426 23,5 108 7,6não 1279 8,1 69 5,4 1356 22,3 137 10,1

não se lembra 81 0,5 5 6,2 73 1,2 12 16,4não se aplica 12337 78,4 354 2,9 3042 50,0 322 10,6não informado 343 2,2 22 6,4 184 3,0 29 15,8

Total 15731 100,0 487 3,1 6081 100,0 608 10,0

FEMININO MASCULINO

Motivo não usa preservativo parceiro não fixo

N % HIV Prev N % HIV Prev

não gostar 171 1,1 7 4,1 311 5,1 27 8,7não acredita na eficácia 13 0,1 12 0,2 4 33,3

não sabe usar 9 0,1 12 0,2parceiro não aceita 168 1,1 11 6,5 22 0,4 3 13,6

não dispunha no momento 164 1,0 4 2,4 260 4,3 20 7,7confia no parceiro 364 2,3 13 3,6 301 4,9 25 8,3

uso de drogas/álcool 58 0,4 6 10,3 187 3,1 17 9,1não consegue negociar 15 0,1 2

achou que o outro não tinha HIV 29 0,2 1 3,4 57 0,9 7 12,3acha que não vai pegar 26 0,2 35 0,6 5 14,3

negociou não usar preservativo 12 0,1 10 0,2 2 20,0não tinha consciência 219 1,4 13 5,9 188 3,1 28 14,9

não tem condições de comprar 3 0,0não deu tempo/tesão 77 0,5 5 6,5 97 1,6 5 5,2

desejo de ter filho 10 0,1 2 20,0 2tamanho do preservativo pq/gd 1 0,0 3

disfunção sexual 1 0,0 3estupro/violência 20 0,1

outros 112 0,7 8 7,1 122 2,0 9 7,4não se aplica 14248 90,6 416 2,9 4437 73,0 452 10,2não informado 11 0,1 1 9,1 20 0,3 4 20,0

Total 15731 100,0 487 3,1 6081 100,0 608 10,0

FEMININO MASCULINO

Uso preservativo parceiro não fixo

N % HIV Prev N % HIV Prev

sempre 1283 10,5 24 1,9 1204 23,2 50 4,2nunca 697 5,7 24 3,4 709 13,7 47 6,6

às vezes 768 6,3 20 2,6 1069 20,6 59 5,5não se aplica 9237 75,6 192 2,1 2089 40,3 123 5,9não informado 230 1,9 5 2,2 117 2,3 7 6,0

Total 12215 100,0 265 2,2 5188 100,0 286 5,5

FEMININO MASCULINO

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102 | O perfil epidemiológico da AIDS

Tabela 23 - Comportamento sexual com parceiro não fixo na população atendidanos CTAs segundo sexo, Santa Catarina, 2005.

Uso preservativo parceiro não fixo

N % HIV Prev N % HIV Prev

sempre 472 12,1 12 2,5 531 25,2 21 4,0nunca 293 7,5 14 4,8 275 13,0 26 9,5

às vezes 297 7,6 12 4,0 498 23,6 38 7,6não se aplica 2712 69,3 43 1,6 730 34,6 29 4,0não informado 142 3,6 2 1,4 75 3,6 6 8,0

Total 3916 100,0 83 2,1 2109 100,0 120 5,7

FEMININO MASCULINO

Uso preservativo última relação parceiro não fixo

N % HIV Prev N % HIV Prev

sim 561 14,3 15 2,7 709 33,6 34 4,8não 464 11,8 21 4,5 553 26,2 47 8,5

não se lembra 22 0,6 2 9,1 30 1,4 3 10,0não se aplica 2726 69,6 44 1,6 743 35,2 30 4,0não informado 143 3,7 1 0,7 74 3,5 6 8,1

Total 3916 100,0 83 2,1 2109 100,0 120 5,7

FEMININO MASCULINO

Uso preservativo última relação parceiro não fixo

N % HIV Prev N % HIV Prev

sim 1448 11,9 34 2,3 1490 28,7 66 4,4não 1166 9,5 34 2,9 1372 26,4 86 6,3

não se lembra 52 0,4 1 1,9 48 0,9 3 6,3não se aplica 9318 76,3 192 2,1 2164 41,7 124 5,7não informado 231 1,9 4 1,7 114 2,2 7 6,1

Total 12215 100,0 265 2,2 5188 100,0 286 5,5

FEMININO MASCULINO

Motivo não usa preservativo parceiro não fixo

N % HIV Prev N % HIV Prev

não gostar 122 1,0 2 1,6 286 5,5 15 5,2não acredita na eficácia 6 0,0 6 0,1 0,0

não sabe usar 8 0,1 1 12,5 7 0,1 1 14,3parceiro não aceita 130 1,1 4 3,1 17 0,3

não dispunha no momento 128 1,0 301 5,8 17 5,6confia no parceiro 404 3,3 13 3,2 344 6,6 24 7,0

uso de drogas/álcool 50 0,4 190 3,7 11 5,8não consegue negociar 18 0,1 2 0,0

achou que o outro não tinha HIV 29 0,2 2 6,9 60 1,2 3 5,0acha que não vai pegar 11 0,1 31 0,6 4 12,9

negociou não usar preservativo 19 0,2 7 0,1não tinha consciência 208 1,7 7 3,4 202 3,9 12 5,9

não tem condições de comprar 0,0 0,0não deu tempo/tesão 52 0,4 114 2,2 6 5,3

desejo de ter filho 23 0,2 1 4,3 1 0,0tamanho do preservativo pq/gd 2 0,0 1 0,0

disfunção sexual 2 0,0 12 0,2 1 8,3estupro/violência 26 0,2 2 7,7 3 0,1

outros 133 1,1 4 3,0 104 2,0 5 4,8não se aplica 10819 88,6 221 2,0 3459 66,7 183 5,3não informado 25 0,2 8 32,0 41 0,8 4 9,8

Total 12215 100,0 265 2,2 5188 100,0 286 5,5

FEMININO MASCULINO

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O perfil epidemiológico da AIDS | 103

Compartilhamento de seringas

O relato de compartilhamento de seringas ocorreu em menos de 0,5% dasmulheres. Nos homens, esse percentual diminuiu de 1,3% em 2002 para 0,5%em 2005. A prevalência de HIV positivo foi maior entre aqueles que referiramcompartilhamento de seringas, em ambos os sexos (Tabelas 24, 25, 26 e 27).

Tabela 24 - Relato de compartilhamento de seringas na população atendida nosCTA’s segundo sexo e prevalências de HIV positivo, Santa Catarina, 2002.

Tabela 25 – Relato de compartilhamento de seringas na população atendida nosCTA’s segundo sexo e prevalências de HIV positivo, Santa Catarina, 2003

Motivo não usa preservativo parceiro não fixo

N % HIV Prev N % HIV Prev

não gostar 53 1,4 1 1,9 117 5,5 9 7,7não acredita na eficácia 5 0,1 2 0,1

não sabe usar 2 0,1 4 0,2parceiro não aceita 39 1,0 1 2,6 7 0,3 3 42,9

não dispunha no momento 36 0,9 1 2,8 140 6,6 6 4,3confia no parceiro 266 6,8 17 6,4 209 9,9 17 8,1

uso de drogas/álcool 18 0,5 2 11,1 68 3,2 2 2,9não consegue negociar 5 0,1 1

achou que o outro não tinha HIV 1 13 0,6acha que não vai pegar 2 0,1 9 0,4 2 22,2

negociou não usar preservativo 4 0,1 5 0,2não tinha consciência 76 1,9 4 5,3 116 5,5 22 19,0

não tem condições de comprar 1 2 0,1não deu tempo/tesão 20 0,5 35 1,7

desejo de ter filho 3 0,1tamanho do preservativo pq/gd 1

disfunção sexual 1estupro/violência 10 0,3

outros 36 0,9 28 1,3 2 7,1não se aplica 3334 85,1 57 1,7 1346 63,8 57 4,2não informado 5 0,1 5 0,2

Total 3916 100,0 83 2,1 2109 100,0 120 5,7

FEMININO MASCULINO

Compartilhamento de seringas

N % HIV Prev N % HIV Prev

sim 29 0,3 4 13,8 59 1,3 22 37,3não 5592 51,6 170 3,0 1512 33,9 178 11,8

não lembra 20 0,2 1 5,0 15 0,3 1 6,7não se aplica 5068 46,7 176 3,5 2788 62,6 279 10,0não informado 133 1,2 15 11,3 81 1,8 9 11,1

Total 10842 100,0 366 3,4 4455 100,0 489 11,0

FEMININO MASCULINO

Compartilhamento de seringas

N % HIV Prev N % HIV Prev

sim 81 0,5 7 8,6 96 1,6 39 40,6não 5884 37,4 165 2,8 1638 26,9 170 10,4

não lembra 7 0,0 0,0 4 0,1 2 50,0não se aplica 9642 61,3 303 3,1 4255 70,0 380 8,9não informado 117 0,7 12 10,3 88 1,4 17 19,3

Total 15731 100,0 487 3,1 6081 100,0 608 10,0

FEMININO MASCULINO

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104 | O perfil epidemiológico da AIDS

Tabela 26 - Relato de compartilhamento de seringas na população atendida nosCTA’s segundo sexo e prevalências de HIV positivo, Santa Catarina, 2004.

Tabela 27 - Relato de compartilhamento de seringas na população atendida nosCTA’s segundo sexo e prevalências de HIV positivo, Santa Catarina, 2005.

Compartilhamento de seringas

N % HIV Prev N % HIV Prev

sim 33 0,3 0,0 35 0,7 5 14,3não 5256 43,0 104 2,0 1413 27,2 89 6,3

não lembra 7 0,1 0,0 1 0,0 0,0não se aplica 6851 56,1 161 2,4 3696 71,2 191 5,2não informado 68 0,6 0,0 43 0,8 1 2,3

Total 12215 100,0 265 2,2 5188 100,0 286 5,5

FEMININO MASCULINO

Compartilhamento de seringas

N % HIV Prev N % HIV Prev

sim 7 0,2 11 0,5 2 18,2não 1295 33,1 22 1,7 451 21,4 22 4,9

não lembra 2 0,1não se aplica 2574 65,7 61 2,4 1600 75,9 91 5,7não informado 38 1,0 47 2,2 5 10,6

Total 3916 100,0 83 2,1 2109 100,0 120 5,7

FEMININO MASCULINO

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O perfil epidemiológico da AIDS | 105

REFERÊNCIAS

PEIXOTO, H. (2002). O Sistema de Informação sobre Mortalidade e o padrão demortalidade por AIDS em Santa Catarina: limites e possibilidades de análi-se. Relatório, Coordenação Estadual de DST/AIDS, SES/SC.

OLIVEIRA, O. V. (2001) Situação epidemiológica da aids em Santa Catarina.Boletim Epidemiológico DST/AIDS, Florianópolis, Nº 1, jan-out, 2001.

Todos os dados utilizados como fonte na elaboração dos gráficos e tabelas dotópico: O Perfil da Epidemia de Aids no Estado de Santa Catarina (1984 a 2005)foram extraídos dos bancos de dados do SINANW - Sistema de Informações deAgravos de Notificação.

Todos os dados utilizados como fonte na elaboração dos gráficos e tabelas dotópico: O Perfil da Mortalidade por Aids em Santa Catarina (1986 a 2005) foramextraídos dos bancos de dados do SIM – Sistema de Informações de Mortalidade.

Todos os dados utilizados como fonte na elaboração dos gráficos e tabelas dotópico: O Perfil Epidemiológico dos casos de HIV notificados em gestantes noEstado de Santa Catarina (1984 a 2005) foram extraídos dos bancos de dados doSINANW - Sistema de Informações de Agravos de Notificação.

Todos os dados utilizados como fonte na elaboração dos gráficos e tabelas dotópico: O Perfil dos Usuários dos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTAs)no Estado de Santa Catarina (1984 a 2005) foram extraídos dos bancos de dadosdo SIS-CTA – Sistema de Informações dos CTAs.

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Composição e Impressão

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