luiz ferreira calafiori bandeira municipal brasÃo de …mastro em rua, praça ou porta, será...

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À medida que um povo conquista novos e dilatados horizontes, em igual proporção aumenta-se-lhe o desejo de firmar sua individualidade, dentro do âmbito interno do País. E, nada melhor do que símbolos bem idealizados para conseguir o objetivo. Aproximávamos do sesquicentenário de fundação e o centenário de elevação à BANDEIRA MUNICIPAL BRASÃO DE ARMAS cidade, e ainda não tínhamos símbolos próprios, permitidos pela Constituição Federal e disciplinados consoante as normas da ciência heráldica. Imbuído de filial amor à terra e possuído do nobre ideal de servi-la com todo o entusiasmo, nos inteiramos nas leis da Heráldica, ciência que regula a criação de estandartes, bandeiras e brasões, e nos consumimos na honorificente tarefa de idealizar os símbolos máximos da gente paraisense. Concurso público foi realizado pelos Poderes Municipais para tal fim uma comissão julgou os 80 trabalhos apresentados. Dr. Luiz Ferreira Calafiori foi declarado vencedor do concurso. Levado o nosso trabalho à apreciação da Egrégia Câmara Municipal, pelo então Vereador Sr. José Colombaroli, foi o mesmo aprovado e transformado em Lei. A Bandeira Municipal foi solenemente inaugurada no decurso das solenidades do dias 25 de agosto de 1968, à Praça Com. João Alves, estando presentes todas as autoridades e grande multidão de povo que a aplaudiu entusiasticamente. Eis a lei que os oficializou: 424 Luiz Ferreira Calafiori

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Page 1: Luiz Ferreira Calafiori BANDEIRA MUNICIPAL BRASÃO DE …mastro em rua, praça ou porta, será colocada ao comprido, isto é, de modo que o lado maior do retângulo esteja em sentido

À medida que um povo conquista novos e dilatados h o r i z o n t e s , e m i g u a l proporção aumenta-se-lhe o d e s e j o d e f i r m a r s u a individualidade, dentro do âmbito interno do País. E, nada melhor do que símbolos b e m i d e a l i z a d o s p a r a conseguir o objetivo.

Aproximávamos do sesquicentenário de fundação e o centenário de elevação à

BANDEIRA MUNICIPAL BRASÃO DE ARMAS

cidade, e ainda não tínhamos símbolos próprios, permitidos pela Constituição Federal e disciplinados consoante as normas da ciência heráldica.

Imbuído de filial amor à terra e possuído do nobre ideal de servi-la com todo o entusiasmo, nos inteiramos nas leis da Heráldica, ciência que regula a criação de estandartes, bandeiras e brasões, e nos consumimos na honorificente tarefa de idealizar os símbolos máximos da gente paraisense. Concurso público foi realizado pelos Poderes Municipais para tal fim uma comissão julgou os 80 trabalhos apresentados. Dr. Luiz Ferreira Calafiori foi declarado vencedor do concurso.

Levado o nosso trabalho à apreciação da Egrégia Câmara Municipal, pelo então Vereador Sr. José Colombaroli, foi o mesmo aprovado e transformado em Lei. A Bandeira Municipal foi solenemente inaugurada no decurso das solenidades do dias 25 de agosto de 1968, à Praça Com. João Alves, estando presentes todas as autoridades e grande multidão de povo que a aplaudiu entusiasticamente.

Eis a lei que os oficializou:

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Page 2: Luiz Ferreira Calafiori BANDEIRA MUNICIPAL BRASÃO DE …mastro em rua, praça ou porta, será colocada ao comprido, isto é, de modo que o lado maior do retângulo esteja em sentido

Dispõe sobre oficialização da Bandeira e o Brasão de Armas do Município de São Sebastião do Paraíso.

A Câmara Municipal de S.S. do Paraíso decreta e o Prefeito Municipal em nome do povo paraisense sanciona a seguinte Lei:

Art. 1º - Ficam adotados como Bandeira e Brasão de Armas do Município de São Sebastião do Paraíso, os trabalhos de autoria do Professor Luiz Ferreira, profundo conhecedor da ciência Heráldica, conforme modelos arquivados e, constando das seguintes características:

a) A Bandeira é esquartelada em Cruz, de conformidade com a tradição de Heráldica Portuguesa. Ao centro traz aplicado o Brasão do Município. As cores da Bandeira são as mesmas constantes do escudo. Os quartéis são de blau (azul).Em um losango branco, central, figura em equilíbrio o Brasão. Partem desse losango faixas vermelhas, dividindo a Bandeira nos citados quartéis.b) Simbolismo da Bandeira O Brasão, ao centro, simboliza o Governo Municipal; o losango onde é aplicado representa a própria cidade sede do

LEI MUNICIPAL Nº. 743

Solenidade de inauguração da Bandeira do MunicípioO autor, Dr. Luiz Ferreira Calafiori, discursando - 25/08/1968

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Município. As faixas que partem desse losango, dividindo a Bandeira em quartéis, simbolizam a irradiação do Poder Municipal a todos os quadrantes do território; os quartéis representam as propriedades rurais existentes no Município.c) O Brasão de Armas tem o formato de escudo clássico flamengo-ibérico azul (blau), ostentando em “Chefe” um capacete de militar romano de ouro (jalde), adornado com plumas escarlates, e sob o mesmo duas setas entrecruzadas de prata (argentum), com as pontas voltadas para os lados superiores do “Chefe”. Em “ponta”, cantonados, dois arcanjos de prata (argentum), de pé, frente a frente, empunhando espadas de ouro (jalde) de pontas chamejantes ao natural, dominam duas colinas estilizadas e coloridas ao natural.Sobre o escudo, uma coroa mural de prata (argentum) de quatro torres ameadas e sua parte cada uma. Como ornamento exterior, dois ramos de café frutificados ao natural, entrecruzados em “ponta”, sobre os mesmos se estende um listel azul (blau) ostentando em letras argentinas (prateadas) o topônimo da cidade-sede “São Sebastião do Paraíso”, ladeados pelos milésimos “1821” e “1873”.d) Ao Brasão de Armas é dado a seguinte justificação:... Escudo flamengo-ibérico... ou arredondado, a relembrar a raça portuguesa, descobridora e colonizadora do Brasil....de blau, isto é, azul, cor emblemática da lealdade, da virtude, que é apanágio das nobres cidades; homenagem ainda, ao céu de nossa cidade.... um capacete de militar romano... duas setas... justa homenagem ao Patrono da cidade, o destemido, intrépido, Capitão Sebastião, Chefe da Guarda Imperial de Deocleciano, morto em holocausto à sua fé.... dois arcanjos... alusão às bíblicas figuras do “Paraíso Terrestre”, individualizantes de nossa toponímia.... duas colinas... referência aos morros do Baú de Santa

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Cruz e Baú de Santa Terezinha, interessantes sentinelas topográficas e periféricas da cidade....coroa mural...segundo a Heráldica, distintivo de cidade em geral....quatro torres ameadas... das quais apenas três se vêem: uma inteira ao centro e meia de cada lado, como estabelecem as leis de perspectiva....dois ramos de café...ornamentos que representam a principal atividade agrícola do Município....um listel...destinado a ostentar o topônimo da cidade sede do Município, bem como a recordar as datas de sua fundação e elevação à Cidade (1821-1873).

Art. 2º - Deverá constar em todos os impressos dos Poderes Públicos Municipais, o Brasão de Armas do Município.Art. 3º - É obrigatória a divulgação em todos os estabelecimentos de Ensino do Município, dos motivos aproveitados na confecção da Bandeira e do Brasão de Armas, bem como é imprescindível a sua presença nos desfiles cívicos em geral.

Art. 4º - Deverá figurar, em evidência, no lugar de honra da Prefeitura Municipal, e na Sala das Sessões da Câmara Municipal, um exemplar do Brasão de Armas.

Art. 5º - Revogadas as disposições em contrário, entrará esta Lei em vigor na data de sua publicação.Prefeitura Municipal de São Sebastião do Paraíso, 15 de março de 1968.

(as) Alípio MumicO Prefeito Municipal

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TÍTULOS HONORÁRIOS E SODALÍCIOS MUNICIPAIS

ORDEM MUNICIPAL DO BRASÃODEC. Nº. 396 de 18/8/1968.

Dispõe sobre a regulamentação da Lei Municipal nº. 743, de 15 de março de 1968, que oficializou o Brasão e a Bandeira do Município e dá outras providências.

O Prefeito Municipal de São Sebastião do Paraíso, Estado de Minas Gerais, usando de suas atribuições legais, resolve regulamentar o uso do Brasão e da Bandeira do Município, da seguinte forma:

Art. 1º - Será o Brasão reproduzido em clichês para timbrar a documentação oficial da municipalidade (executivo e Legislativo) com a representação icnografia das cores, de conformidade com a Convenção Internacional, quando a impressão for feita a uma só cor e à obediência das cores heráldicas, quando a impressão for feita em policromia.

Art. 2º - A confecção de bandeiras municipais só poderá ser feita com ordem expressa do Executivo ou Legislativo Municipal com a autorização por escrito, quando a confecção for feita por conta de terceiros.

Art. 3º - Objetivando a divulgação municipalista, o Brasão da Cidade poderá ser reproduzido em decalcomanias, brasões e fachadas, flâmulas, clichês, distintivos, medalhas e outros materiais, bem como apostos em objetos de arte, desde que, em qualquer reprodução, sejam observados os módulos e as cores heráldicas.

Art. 4º - A Bandeira Municipal poderá ser reproduzida em bandeirolas de papel nas comemorações e efemérides, também obedecendo-se aos módulos e cores.Art. 5º - Em qualquer reprodução feita por conta de terceiros, do Brasão ou da Bandeira, com autorização especial, o

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beneficiário deverá fazer prova da peça reproduzida, com arquivamento de um exemplar na Prefeitura, que exercerá fiscalização da observância dos módulos e cores; a obrigatoriedade de arquivamento não se aplica à bandeira, cuja apresentação for feita depois de confeccionada, somente para efeito de verificação e registro no Livro de Atas próprio.

Art. 6º - De conformidade com as regras heráldicas, em qualquer reprodução, o Brasão deverá conter sete (7) módulos de largura por oito (8) de altura; tomados do escudo, as dimensões serão as mesmas adotadas para a Bandeira, considerando-se nove (9) módulos de altura por treze (13) de comprimento.

Art. 7º - Na Secretaria da Prefeitura será mantido um livro de atas, onde serão registradas todas as bandeiras confeccionadas, quer sejam por conta de terceiros, com autorização especial, determinando-se as datas de inauguração e incineração, nomes dos padrinhos e estabelecimentos, aos quais foram destinadas, ou por conta da Prefeitura, bem como todo e qualquer ato com as mesmas relacionadas.

Art. 8º - Fica, outrossim instituída a Ordem Municipal do Brasão, para comenda àqueles que, de algum modo, hajam merecido e justificado a honraria; (ex-prefeitos, pessoas proeminentes e beneméritas, vultos ilustres, etc). A comenda será constituída por medalha do Brasão, esmaltada em cores e fundida em metal, ouro ou prata, fixada na lapela ou por meio de fita, com as cores municipais: (azul celeste, branco e escarlate ou vermelho).A comenda será acompanhada do respectivo Diploma da Ordem, da qual o Prefeito(a) será, automaticamente, o Grão Mestre.

Art. 9º - A inauguração de uma bandeira será sempre feita em solenidade, com a nomeação de um padrinho e madrinha e bênção especial, seguindo-se o hasteamento com a execução do Hino oficial de Paraíso, sendo o acontecimento registrado

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em ata, conforme estabelece o art. 7º.

Art. 10º - As bandeiras velhas ou rotas serão incineradas em praça pública em solenidade cívica, à qual estarão presentes os seus padrinhos. Ao ser baixado o mastro e incinerada em pira própria, será, neste momento, entoado o Hino de Paraíso, seguindo-se o toque de silêncio. Ao findar-se o ato, será lida a ata da cerimônia de incineração, que deverá ser assinada pelas autoridades presente.

Art. 11º - Não será incinerada, mas recolhida ao Museu Histórico Municipal, a primeira Bandeira Municipal confeccionada.

Art. 12º - As cerimônias deverão ser realizadas a 15 de março de cada ano, data de sua oficialização, levantando-se para tal fim, uma pira em praça pública.

Art. 13º - A Bandeira Municipal deve ser hasteada de sol a sol sendo permitido o seu uso à noite, uma vez que se encontre convenientemente iluminada, normalmente far-se-á o hasteamento às 8 horas o arriamento às 18 horas.

Art. 14º - Será a Bandeira Municipal obrigatoriamente hasteada nos dias de festa e de luto municipal; será, ainda, diariamente hasteada na fachada da Prefeitura, nos dias de expediente; na ausência do Chefe do Executivo Municipal será recolhida; na fachada do Prédio da Câmara Municipal, nos dias de sessão.Art. 15º - Normalmente, a Bandeira Municipal será hasteada em conjunto com a Bandeira Nacional e estará disposta à esquerda desta; quando, também a Estadual for hasteada, estará a Nacional no centro, ladeada pela Municipal à esquerda, e a Estadual à direita, colocando-se a Nacional em plano superior às demais.

Art. 16º - Nos desfiles, a Bandeira Municipal será sempre precedida pelas Bandeiras Nacional e Estadual.

Art. 17º - Em qualquer ocasião que a Bandeira Municipal

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estiver em presença das Bandeiras Nacional e Estadual, deverá sempre, ficar em posição inferior a estas.

Art. 18º - Quando a Bandeira Municipal for distendida e sem o mastro em rua, praça ou porta, será colocada ao comprido, isto é, de modo que o lado maior do retângulo esteja em sentido horizontal e a coroa mural do Brasão esteja voltada para cima.Art. 19º - Quando em funeral, o hasteamento deverá ser o seguinte: inicialmente, ela será levada ao tope do mastro, antes de ser baixada à meia adriça ou meio mastro, e subirá, novamente, ao tope, antes do arriamento; sempre que for conduzida em marcha, até o luto indicado por laço de crepe atado junto à lança.

Art. 20º - Quando distendida sobre o ataúde, no sepultamento de cidadão que tenha direito a esta homenagem, conforme o art. 8º e demais cidadãos que o Prefeito determinar, ficará a tralha do lado da cabeça do morto e a coroa mural do brasão à direita devendo ser retirada por ocasião do sepultamento.

Art. 21º - É proibido o uso da Bandeira para servir de pano de mesa, em solenidade de qualquer tipo.

Art. 22º - É proibido o hasteamento da Bandeira Municipal e locais considerados inconvenientes.

Art. 23º - Revogadas as disposições em contrário, entrará este Decreto em vigor na data de sua publicação.Prefeitura Municipal de São Sebastião do Paraíso, 18 de agosto de 1968.

O Prefeito MunicipalAlípio Mumic

CONFECÇÃO DA PRIMEIRA BANDEIRA

O primeiro exemplar da Bandeira Municipal foi confeccionado pela Exma. Sra. Da. Wanira de Almeida Ferreira Calafiori, ex-Primeira Dama do Município e exímia bordadeira.

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O protótipo, confeccionado em 1968, encontra-se incorporado ao patrimônio do Museu Histórico, depois de ter servido nos desfiles cívicos, hasteado na fachada da Prefeitura e usada nas solenidades.

Conforme competente registro em livro próprio, algumas dezenas de cópias da Bandeira já foram confeccionadas e destinadas às nossas casas de ensino.

MEMBROS DA ORDEM MUNICIPAL DO BRASÃO

Criada pelo Art. 8º do Dec. 396, de 18/8/1868 (Pref. Alípio Mumic) e instituída em 1971, pelo então Prefeito Luiz Ferreira Calafiori, tem por finalidade reconhecer o mérito daqueles que de uma forma ou de outra, muito fizeram pelo engrandecimento do município.

Os Decretos nº. 433, de 23/9/1971 e 466, de 14/10/1972, 543, de 20/7/1976, 769, de 6/10/1981, e outros que tratam do assunto, referem à outorga de “comendas”, às seguintes ilustres pessoas e entidades: São Sebastião (padroeiro), Antônio Antunes, Capitão José Aureliano de Paiva Coutinho, Ten. Cel. Vicente Ferreira Carvalhães Sobrinho, Manoel Borges Campos, Cel. Herculano Cândido de Melo e Souza, Ten. Cel. José Cândido Pinto Ribeiro, Cel. Antônio Pimenta de Pádua, Dr. Francisco Soares Neto, Cel. Francisco Adolfo de Araújo Serra, Manoel Dutra da Silva, Dr. Placidino Brigagão, Cel. José Pimenta de Pádua, Dr. José de Souza Soares, Cel. José Francisco de Paula, Cel. José de Oliveira Rezende, Dr. Paulo Duarte Guedes, Euclides Soares de Vasconcelos, Capitão Emílio Carnevale, Manoel Palma Vieira, Alferes Octávio Peres, Cap. José Honório Vieira Jr., Dr. João de Oliveira Brasil, Dr. José de Oliveira Brandão, Dr. João Batista da Costa e Silva, Júlio Falconi, Com. João Pio de Figueiredo Westin, Alberto Mumic, Dr. Luiz Pimenta Neves, Geraldo Fróes, Dr. Sebastião Pimenta Montans, Argemiro de Pádua, Alípio Mumic, Luiz Ferreira Calafiori, Waldir Marcolini, Dr. João Manbrini Filho, Com. João Alves de Figueiredo Jr., Com. José Honório Vieira, Major Ângelo

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Calafiori, Mons. José Felipe da Silveira, Interv. Dr. Noraldino Lima, Cel. João Batista Teixeira, Francisco Daniel, Dr. Tomaz Catunda, Soc, União Italiana “Giuseppe Garibaldi”, Cel. José Luiz Campos do Amaral, Prof. Ângelo de Souza Nogueira, Prof. Gedor Silveira, Pe. Dr. Aristóteles Aristodemus Benatti, Dr. George A. Nixon, Dr. Lamartini Amaral, Dr. Salvador Grau, Francisco Sales Ferreira Calafiori, Genaro Joele, Fúlvio Guidi, José Cosini, José Marinzeck, João de Paula e Silva, Constantino Soriano, Carlos Mumic, Ten. José Silvério da Silva, Dr. Dario Sales Naves, Afonso Carlos Prado, Alexandre Spósito, Joaquim Antônio Dimas, Carlos Delfante, Geraldo Giubilei, Hercílio Rivelini, José Colombaroli, José Curti, José Fioravanti, José Ferreira dos Reis, Pedro Braghini, Major Sebastião Pimenta Gonçalves, Sebastião Souza Vieira, Vivaldo Gonçalves do Nascimento, Geraldo Caetano Pimenta, José Soares Amaral, Dr. Álvaro Pinto Vilela, Dr. Joaquim Alves Pinto, Dr. José Spósito, Donato Piccirillo, Dr. Gilberto José de Miranda Almeida, Antônio Colombarolli, Madre Tereza Nunes, Madre Maria Luiza Beraldo, Guilherme Giubilei, Guerino Paschoini, Mons. Jeronimo M. Mancini, Dep. Federal Delson Scarano, Prof. Ary de Lima, Dr. Joaquim Ferreira Gonçalves, Prof. Carmo Perrone Naves, Des. Dr. Jorge Fontana, Prof. Tabajara Pedroso, Dr. Olavo Marinho, Cel. João Vilela de Figueiredo Rosa, José Diogo Pereira, Prof. Fábio Simões Vieira, Dr. Benedicto Paulo de Oliveira, Irmã Maria de Lourdes Ferro Costa, Dr. Camilo Colezans de Magalhães, Dr. Mario Pacini e Dr. Jair de Oliveira Soares, Dr. Vaner Bícego, Adalberto Albertino Alves, Dr. Nilton Godinho, Dr. Wilson Lemos de Moraes Jr., Dr. Tácito Marcolini, Dr. Luiz Carlos Bérgamo, Dr. Waltênio Vasconcelos, Dr. José Antônio Marques Pereira de Souza, Dr. Luiz Gonzaga Pimenta, Cel. Walter Albano Fressatti, Cel. Expedito Orsi Pimenta, Prof. Calimério Augusto Soares Neto, Dra. Jesusmara Pedroso Gonçalves Lobo, Dra. Tânia Mara Alcântara G. Andaló, Dr. João Aparecido de Paula, Dr. Francisco Antônio Novelli de Souza, Sr. Afrânio Alves Ferreira, Dr. Wolney de Almeida, Dr. João José Curi, Dr. José

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Guimarães Ferreira, Prof. José Hilton P. Alcântara, Sebastião Henrique Ferreira, Dr. José Francisco C. B. Campos, Dr. José Mário Malaguti, Ana Maria (Guidi) de Souza, Luciano Amaral Soares, João Gilberto Amaral Soares, Dr. José Mário Fontana, Francisco Rezende, Wilson Frade, Paulo César Oliveira, Lair Furtado e Pedro Luiz Cerize Filho, Marilda Petrus Melles.

O atual prefeito Prof. Mauro Lúcio da Cunha Zanim, automaticamente está investido no cargo de Grão Mestre desta “Ordem de Mérito”.

MEDALHA DA ORDEM DO MÉRITO MUNICIPAL

A outorga desta comenda compete, privativamente, ao Poder Legislativo Municipal, conforme estabelece a

RESOLUÇÃO Nº. 140, de 22/12/1984

Acrescenta artigo à Resolução nº. 93, de 5/10/1978, que institui o título “Cidadão Benemérito” e dá outras providências.

A Câmara Municipal de São Sebastião do Paraíso, usando de suas atribuições legais, decreta e promulga a seguinte resolução:

Art. 1º - Fica a Resolução nº. 93, de 5/10/78 acrescida do artigo 3º que passa a ter a seguinte redação: Art. 3º - Fica criada a “Ordem do Mérito Municipal”, como prerrogativa do Poder Legislativo para premiar o mérito de pessoas que, comprovadamente, tenham contribuído para o bem estar social, para a elevação intelectual de nossa gente ou para o progresso material do Município, através de outorgas de comendas que contenham o “Brasão do Município” e de expedição de competente título ou diploma.§1º - Todos os vereadores serão membros natos da “Ordem” e o Presidente da Câmara será sempre o seu Grão Mestre, o Vice-Presidente da Câmara, seu substituto, em suas ausências

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ou impedimentos e o Secretário da Câmara, será o Secretário-Chanceler da “Ordem”.§ 2º - Os ex-Vereadores são reconhecidos também membros da “Ordem”, sem direito à “Medalha e ao Diploma”, mas, se requerido, ser-lhe-ão fornecido o respectivo título declaratório somente.§ 3º - A regulamentação da mencionada “Ordem do Mérito Municipal”, dar-se-á mediante decreto legislativo de competência do Presidente da Câmara Municipal.

Art. 2º - Revogadas as disposições em contrário, entrará esta Resolução em vigor na data de sua promulgação.

Sala das Sessões, 23 de fevereiro de 1984José Caproni de Carvalho Presidente

Antônio Augusto Dutra de Castro Vice-PresidenteLuiz Ferreira Calafiori Secretário

DECRETO LEGISLATIVO Nº. 1/94

Regulamenta a Ordem do Mérito Municipal criada pela Resolução nº. 140, de 23 de fevereiro de 1984.

O Presidente da Câmara Municipal de São Sebastião do Paraíso, usando de suas atribuições legais instituídas no Regimento Interno em vigor;

DECRETA

Art. 1º - A outorga da “Medalha da Ordem do Mérito Municipal” constituída do Brasão das Armas do Município, oficializado pela Lei Municipal nº. 743, de 15 de março de 1968, dar-se-á juntamente com o respectivo título declaratório, assinalado pela Mesa da Câmara, em Sessão Solene, especialmente convocada.

Art. 2º - ao Presidente da Câmara e Grão Mestre da “Ordem”, caberá presidir as sessões de outorga de comendas; ao Vice-Presidente da Casa, caberá substituí-lo em suas ausências.Art. 3º - O Secretário da Câmara exercerá o cargo de Secretário-Chanceler da “Ordem”, e, estando ausente à Sessão

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Solene, nomeará o Grão Mestre secretario “ad hoc” para o evento, entre os vereadores presentes.

Art. 4º - Ao iniciar a Sessão Solene, o Presidente e Grão Mestre, após os cumprimentos de praxe, convidará a todos para o canto do Hino de Paraíso, de autoria do Poeta Prof. Ari de Lima, Música de Aniceto Matti.

Art. 5º - A “Medalha da Ordem do Mérito Municipal” constituída do brasão das Armas do Município, será cunhada em metal, esmaltada em suas cores específicas, será afixada e pendente em fita de tafetá de 3 cm de largura por 11 cm de cumprimento, sobre-posta por outra fita vermelha central, com 1 cm de largura por todo o cumprimento; na parte interna haverá um alfinete ou prendedor de lapela para fixação da medalha na vestimenta do agraciado, em seu lado esquerdo, à altura do coração.

Art. 6º - A todo membro da “Ordem” será defeso usar a “Medalha da Ordem” sobre o peito em dias de festas cívicas em geral ou nas sessões Solenes da Câmara, demonstrando decoro e dignidade, vale dizer, trajando paletó e gravata; qualquer outro traje que não seja impróprio.

Art. 7º - Procedimento contumaz contrário à boa reputação de membro da “Ordem” ou o não comparecimento sem motivo justificado à Sessão Solene de outorga, ensejará, exclusão ou anulação de Resolução que concedeu tal honraria, e, consequentemente a declaração de “Persona non grata” à “Ordem”.Art. 8º - Revogam-nas as disposições em contrário, entrando este Decreto em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, 22 de dezembro de 1984José Caproni de Carvalho Presidente

Antônio Augusto Dutra de Castro Vice-PresidenteLuiz Ferreira Calafiori Secretário

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RESOLUÇÃO Nº. 257 de 14/11/90 (Projeto de Lei nº264)

INSTITUI A HONRARIA“DIPLOMA DE MÉRITO” LEGISLATIVO

A Câmara Municipal de São Sebastião do Paraíso, em nome do Povo Paraisense, decreta e promulga a seguinte resolução:

Art. 1º - Fica instituída a honraria “DIPLOMA DE MÉRITO LEGISLATIVO”, a ser conferido a entidades dos mais variados setores, pessoas físicas, jurídicas ou de direito público, profissionais em geral, trabalhadores categorizados ou não, que tenham se destacado por relevantes serviços prestados à comunidade paraisense em qualquer setor de atividade humana.Art. 2º - Mencionada diploma honorífico será outorgado em sessão ordinária, com ou sem festividade complementar, sem ônus para o Poder Legislativo ou para o outorgado.

Art. 3º - Revogadas as disposições em contrário, entrar esta Resolução em vigor na data de sua promulgação.

Sala das Sessões “Pres. Tancredo Neves” 14 de Novembro de 1990.

Ver. Pres. Dr. José Alves CamposVer. Vice-Pres: Dr. Paulo Roberto de Azevedo

Ver. Secret: Antonino José Amorim

MEMBROS DA ORDEM DO MÉRITO MUNICIPAL

Além dos Ex-Vereadores e dos atuais Vereadores, os Srs.: Dr. Geraldo Alvarenga Resende, Antônio Alves Pinto, Dr. João Pio Westin, Jorn. Anibal Deocleciano Borges, Dr. Joaquim Alves Pinto, Dr. Estevan Alves Pinto, Paulo Ruben Vieira Guedes, Cap. Voltaire Silva Machado, José Simão do Nascimento, José Guidi, Lucas Bertucca Filho, Cel. Walter Albano Fressatti, Carmo Paschoini, Francisco Carlos Arantes,

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Mauro Candiani Arantes, Hildeu de Oliveira Silva, Dr. Eugênio Kein Dutra, Dr. Joaquim Ferreira Gonçalves, Afrânio Spósito, Dr. Antônio José Rocha Rezende, Prof. Edyna Maldi Borges, Mirian Lauria Mantovani, Dr. Jacinto Guimarães Ferreira, Sebastião Caetano da Silva, Dra. Jususmara P. Gonçalves Lobo, Wander Vicente Pimenta, Prof. Francisca Mumic de Paula, Sebastião de Souza Vieira, Guilherme Giubilei, Dr. Carmo Elias Andrade Melles, José Diogo Pereira, Dr. José Spósito, João Aureliano da Silva, Dagmar Alves Ferreira, Neuzely Formágio Bérgamo, Denise Borges Fonseca Leite, Miguel Dias, Roberto Garcia, Geraldo Gonzelez, Luzia Rosa Pimenta, Dr. José Carlos Maldi, Antônio Paulo Pannaci, José Gonçalves, Cel. PM Pedroso Ivo de Vasconcelos, 81ª Cia. de Polícia, Cel. PM. José Eustáquio Natal, Dr. José Antônio de Faria, Hercílio de Pádua, Dr. Dorival Moreira Machado, Dr. Orlando de Oliveira Vaz Filho, Dr. Régis Antônio Reis Ferreira, Dr. Ranulfo José Fernandes Vasconcelos, Amadeu Zague, Vicentina de Souza, Moacir Mariano, Cláudio Nóbrega, Sebastião Aécio Pires Lins, Onofre Pereira da Silva, Plínio Valério Tuzzolo, Dr. Gutemberg de Carvalho, José Hilton P. Alcântara, Francisco José Tosin, Hildeu de Oliveira Silva, Étore Cantieri Filho, Orlando Muschioni, Donizete Silva, Benedito Iria Nogueira, Dep. Rêmolo Aloise, Dr. Benedicto Paulo de Oliveira, Dr. Glauco Joaquim Rosa de Figueiredo, José Gomes, Sgto. Donizete Tibúrcio, Antonieta Símaro Campos, Messias Martins Grilo, Dra. Henriette Maria Brigagão Alcântara dos Santos, Sebastião Caetano da Silva, Diméia Malaguti Braghini, Anália Novelini Cauduro, Carolina Margarida São Julião, Prof. Alécio dos Santos Tubaldini, Sálvio Antunes Pereira, Dr. Ailton Rocha de Sillos, Maria de Lourdes Silva, Pe. José Pimenta Couto, João Reliquias, São Bom Jesus da Guardinha, Francisco Daniel das Silva, Quintilina Maria de Jesus, Isabel Leite Rosa, Deputado Federal e Ex-Ministro do Esporte e Turismo Carlos Carmo Andrade Melles, Dep. Agostinho Patrus, Dep. Geraldo Santana, Dep. Romeu Queiroz, Dep. Antônio Felipe Zeitune e Dep. João Leite,

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Geovane Zague, Silvano Zague, Aparecida da Glória Pádua, Tereza Campolongo Tonin, Dr. Vicente C. Montans, José Roberto da Silva, Profª. Lael Neves Keller, Dr. Henry José Brigagão Pinheiro de Alcântara, Cecília Rita Aparecida Guidi Marcolini, Guarda Municipal Feminina, Ternos de Congo e Moçambique, Mariana Queiroz Reis, Dra. Fabíola Queiroz, Dr. Clóvis Resende, João Dias de Castro, Vicentina Ribeiro, Luciano Adílson de Oliveira, Lúcia Helena Reis Oliveira, Com. Geraldo Marcolino da Silva, Tereza Lina do Santos.

CIDADÃOS BENEMÉRITOS

Esta Comenda foi criada pela Câmara Municipal, para outorga a pessoas e entidades que prestaram ou prestam relevantes serviços à comunidade, sublimando o ideal de servir. Fizeram jus e receberam esta honraria:

Alípio Mumic, Dr. Carlos Marcos da Costa, Dr. Márcio Lemos Soares Maia, Gumercindo de Carvalho, Prof. Carmo Perrone Naves, Bartolomé Horácio Tobias Sivori, Epamig (Empresa Benemérita), Dr. João Pimenta da Veiga Filho, Dep. José Neif Jabur, José Paiva Neto, Cel. Célio Faleiros, Dr. Roberto A. P. Melo Carvalho, Nival Andries Pires, Mário Américo, Francisco Bruno, Dr. Zorovando Bícego, Dep. Delson Scarano, Antônio Pavan Capati, Dr. Antônio Carlos P. Martins, Sra. Ana Maria Guidi de Souza, Cronista Social Gilberto Amaral, Dra. Ângela Delete Bellucci, Profª. Josefa Sônia Pereira da Fonseca, Cel. Pedro Sérgio Pinheiro de Alcântara.

CIDADÃOS HONORÁRIOS

Pessoas há que mesmo não tendo nascido em São Sebastião do Paraíso, ao tomar conhecimento de sua existência, de sua importância social, cultural e econômica, muito fizeram por divulgá-la, engrandecê-la e defendê-la, na busca incessante de progresso e melhoria da qualidade de vida para seu povo. Assim, tornaram-se merecedores dessa forma

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de agradecimento do povo paraisense.GALERIA DOS PARAISENSES

AUSENTES EM DESTAQUE (Lista incompleta)

Escrever a história de São Sebastião do Paraíso é registrar cronologicamente e por assunto, os feitos e fatos que lhe dizem respeito, e que de uma forma ou de outra, mereçam destaque.

Dependendo da época em que foram vividos, das circunstâncias em que se desenvolveram e do conceito de seus protagonistas, passam a merecer maior ou relativo valor histórico.

Todo paraisense bem intencionado, a seu tempo e conforme as limitações pessoais, crê que tenha colaborado ou esteja colaborando pela grandeza do torrão natal, pela melhoria da qualidade de vida de seu povo.

Há também aqueles filhos ausentes que, sacrificando a natural inclinação por viver sob o pálio do campanário maior que emoldura a praça principal, parte em busca de horizontes mais amplos além fronteiras municipais. Alguns, mercê de suas inteligências e de sacrifícios mil, se ilustraram nos mais diversos setores de atividade humana, e, como tal, adquiriram cultura e projeção. E, como conseqüência, São Sebastião do Paraíso se vê projetada e enriquecida através desses filhos.

É por isso que aludidos conterrâneos, embora residam em outras cidades, são sempre lembrados e citados como modelos a serem imitados.

Assim, aleatoriamente, mas lastreado no senso de justiça alinhamos \presente lista:

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Dr. Carlos Carmo Andrade Melles Deputado Federal e Ex. Ministro de Estado

do Esporte e Turismo, notável político e líder cooperativista de expressão nacional.

Dr. Rêmolo AloiseDeputado Estadual, Vice-presidente da Assembléia legislativa - MG, médico

brilhante, Presidente do Hospital “Sagrado Coração de Jesus”, empresário bem

sucedido.

Anna Maria Guidi SouzaPresidente da Ass. Benef. “Brazilian Carnival Ball” residente em Toronto

Canadá.

Dr. Benedito Augusto DomingosEx.Vice-Governador do Distrito Federal, ex-Deputado Federal por

Brasília, empresário bem sucedido.

Gilberto AmaralNotável cronista social em Brasília DF.

Dr. João Batista Donizete De SouzaDiretor da Contadoria do Banco Votorantin S.A. São Paulo SP.

Dr. José Marcos ChicaroniVice-Presidente do Banco BNP- PARIBAS São Paulo SP.

Dra. Fabíola QueirózJuiza Federal em Sorocaba/SP

Dr. Luiz Augusto BrunoAdvogado brilhante São Paulo SP.

Prof. Calimério Augusto SoaresCompositor e prof. de música erudita-Uberlândia-MG.

Mário FontanaGrande cronista social Belo Horizonte MG.

Mauro Naves Jr.Repórter esportivo da TV Globo.

Dr. Aguinaldo Guidi Jr.Diretor Financeiro da Caixa Econômica - Brasília.

Prof. Antônio Braz De PáduaFísico Univ. Est. de Londrina-PR.

Flávio Braghini De ResendeEng. Consultor da IBM Los Angeles USA.

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Cirurgião médico Rio de Janeiro.

Dr. Waltênio VasconcelosDermatologista São Paulo.

Dr. Tácito MarcoliniCirurgião Plástico Brasília.

Dr. Márcio Braghini ResendeEng. BNH Curitiba-PR.

Dr. Arnaldo Colósio FilhoDir. Científico do Inst. Agronômico do Paraná Londrina PR.

Dr. Afrânio José Soriano SoaresBiólogo-pesquisador Univ. Est. de Mato Grosso do Sul Dourador MT

Prof. Valéria Maria Ferreira CalafioriDiretora da E. E. Veiga de Miranda Ribeirão Preto SP

Dr. Luciano PeresEng. Sub-chefe DER/MG Passos/MG.

Luciano CalafioriRepórter esportivo do “O Estado de S. Paulo”- Campinas SP.

Francisco ResendeJornalista Belo Horizonte/MG.

Francisco Afonso MouraPres. Ass. dos Aposentados Belo Horizonte.

Joaquim Alves Pinto SobrinhoCampeão mineiro natação BH.

Arlene LimaDiretora da Ass. Lar Betânia Londrina-Pr.

Dra. Tânia Pedroso BalboSuperint. Reg. INSS Divinópolis MG

Prof. Luiz Carlos PaesMatemático Univ. Federal de Campo Grande MT.

Dr. Carlos Magno Amaral VelosoMinist. Trabalho BH

Des. Hyparco De Vasconcelos ImmesiJuiz Trib.Justiça - BH

Dr. Joaquim Ferreira GonçalvesCons. OABMG-BH

Adriano Lizareli PaesRepórter TV Rio Sul Resende RJ.

Dr. Paulo Estevão CruvinelEng. cientista física nuclear da Embrapa Barretos-SP.

Dr. Olavo Resende

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Dr. Lívio Magno Ferreira CalafioriSecret. Ass. Odont. Goiânia GO.

Cel. Walter Albano FressatiPresidente da “SASDE” São Paulo SP.

Tânia Maria Caliari SilvaJornalista da Revista “Reportagem” S. Paulo SP.

Paulo PucciDir. Rádio “A Cidade” Ribeirão Preto SP.

Dr. Luiz Carlos Carvalho MontansDiretor Detran-SP

Lucas Bambozi Da SilveiraCineasta em Londres Inglaterra.

Dr. Ricardo Figueiredo SantosMédico Veterinário Belo Horizonte

Cel. Expedido Órci PimentaAdv. Prof. da Univ. Federal/MG Belo Horizonte MG

Henrique Tondinelli FilhoSecret. Munic. Finanças Montes Claros MG

Drª. Rosana Piccirillo Ferreira Médica Geriatra PUC Campinas - SP

Dr. Jose Marcos De PáduaOdontólogo Univ. Fed. Brasília

Dr. Weber de PáduaGeólogo da CPRM-BH

Dr. Cláudio Vieira DutraEng. Químico pesquisador Consultor, ex-presidente da Soc. Bras. de

Geoquímica - BH

Dr. Sebastião do Nascimento PáduaFísico BH

Padre Wilson Antonio MarcianoFormosa do Oeste SP

Claudia Aparecida CostaMissionária presbiteriana na AUSTRIA

Dr. João Lister PereiraAdvogado - Uberaba-MG

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FERIADOS MUNICIPAIS

DIA DO PADROEIRO E DO PARAISENSE AUSENTE

É facultado aos municípios a fixação das datas máximas da comunidade, ou seja: feriados municipais, para exaltação de seu principais acontecimentos histórico-sociais. São eles: 20 de Janeiro: Dia do Padroeiro São Sebastião 25 de Outubro: Fundação de São Sebastião do Paraíso

LEI MUNICIPAL Nº. 2314, DE 16/02/95

“DÁ NOVA REDAÇÃO ÀS LEIS Nºs. 749/68 e 832/71, FIXA OS FERIADOS MUNICIPAIS E TRATA DO DIA

DO PARAISENSE AUSENTE.”

A Câmara Municipal de São Sebastião do Paraíso, em nome do povo paraisense decreta e o Prefeito Municipal, sanciona a seguinte Lei:

Artº 1º - Consolidando o que dispõem as Leis Municipais nº. 749/68 e nº. 932/71, que tratam da fixação dos Feriados Municipais, e, do Dia do Paraisense Ausente, fica estatuído que:A 20 de Janeiro, Dia do Padroeiro São Sebastião, será sempre feriado municipal;B 25 de outubro (1821), data do Aniversário de fundação de São Sebastião do Paraíso, será sempre feriado municipal;C Todo domingo que anteceda o dia 25 de outubro (feriado municipal) ou quando o dia 25 de outubro for domingo, será sempre considerado e comemorado também como sendo o “Dia do Paraisense Ausente”.Artº 2 Revogadas as disposições em contrário, entrará esta Lei em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões “Pres. Tancredo Neves”, 16 de fevereiro de 1995.

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Aproximávamos da efeméride do sesquicentenário de fundação de nossa cidade, isto é, 1971. Assim, com a finalidade de preparar o povo para tal acontecimento, que marcou época no calendário cívico de Paraíso, Luiz Ferreira Calafiori, compôs o poema que Aníbal Deocleciano Borges musicou, e que foi cantado pela 1ª vez no decorrer da “Noite de Gala”, no dia 25 de outubro, aniversário da cidade, no salão nobre do Colégio Paula Frassinetti, pelo mavioso coral daquele estabelecimento de ensino, tendo recebido calorosos aplausos da seleta assistência.

1971 ANO JUBILAR PELA PASSAGEM DO SESQUICENTENÁRIO

(150 ANOS) DE FUNDAÇÃO DE SÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSO

MARCHA DO ANIVERSÁRIO

Pça. Comendador João Alves em festa peloaniversário da cidade - 25 de Outubro

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MARCHA DO ANIVERSÁRIOLetra de Dr. Luiz Ferreira Calafiori

Música de Aníbal Deocleciano Borges

Vem,Vem abraçar ParaísoVem rever estas ruas e praçasE festejar o aniversário...

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Vem,Vem sentir este clima gostosoDa cidade do “Guerreiro Famoso” (São Sebastião)E contemplar os seus ipês...Vem, que ficará enamoradoDeste solo por Deus abençoado.Vem,Festejar centenárioE abraçar este povo que canta (bis)Pelo seu aniversário (bis)

LEI Nº. 927/71Declara Jubilar o Ano de 1971

A Câmara Municipal de São Sebastião do Paraíso decreta e, eu, Prefeito Municipal, sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º - A fim de melhor fixar no tempo e no espaço a efeméride do Sesquicentenário de Fundação de nossa cidade, pela benemérita Família Antunes Maciel, conforme o Termo de Doação, de 25 de outubro de 1821, fica declarado Jubilar o corrente ano de 1971.

Art. 2º - Revogadas as disposições em contrário, entrará esta Lei em vigor na data de sua publicação. Prefeitura Municipal de S. Seb. do Paraíso, 28 de abril de 1971.

O Prefeito Municipal.(as) Luiz Ferreira Calafiori

SESQUICENTENÁRIO DE FUNDAÇÃO

Assim, com grande pompa, de 16 a 25 de outubro de 1971, a comunidade paraisense participou, com vivo entusiasmo e inusitado calor cívico, das festividades, que mereceram época nos anais dos grandes acontecimentos até então comemorados.

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Em pé:

Luiz Ferreira CalafioriRaulfo VasconcelosLucas Bertucca FilhoPascoalina Coelho SouzaAntônio Carlos Pinheiro de AlcântaraHenriette Maria Pinheiro deAlcântara SantosWanderléia MartinsJoão Paulo FélixEliana Mumic FerreiraAbaetê Ari Graziano MachadoEvaristo Souza ScaranoRubens Mariano

José Paes

Sentados:

Terezinha Pimenta Pessoni SobrinhoOlavo BorgesEdyna Maldi BorgesMaria Ofélia Tubaldini ScaranoMiriam Lauria MantovaniConceição Borges FerreiraRoselisa Dramis TubaldiniClaida MarquesWalterce de Paula Grilo

Dezembro/2001

Transcorria o ano de 1986, e o município era considerado próspero e culto, pois nessa época, já havia decorrido 142 anos da criação da primeira escola, 133 anos da criação da Freguesia (paróquia), 113 anos de nossa emancipação política (1º/12/1873), 112 anos da criação da primeira banda de música, 94 anos da instalação da Comarca, 85 anos da fundação do primeiro jornal paraisense, 79 anos do surgimento da primeira escola ginasial e normal, 70 anos da inauguração do primeiro Grupo Escolar e da primeira biblioteca, 69 anos da fundação do primeiro hospital (Sta. Casa), 64 anos da publicação do primeiro livro sobre S. S. do

ACADEMIA PARAISENSE DE CULTURARua Placidino Brigagão, 1637

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Paraíso, 61 anos da criação do Colégio Paula Frassinetti, 57 anos da fundação da antiga Escola de Farmácia e Odontologia, 46 anos do surgimento da primeira emissora de rádio local (Dif. Paraisense), 26 anos da instalação da 35ª Superintendência Regional de Ensino, 21 anos da adoção do Hino Oficial de Paraíso, 18 anos da oficialização da Bandeira Municipal e seu Brasão de Armas e da instituição da Ordem Municipal do Brasão, e da adoção do cognome “Cidade dos Ipês”, e 15 anos da instalação do Museu Histórico Municipal, marcos esses mais que indicativos do apogeu cultural paraisense. Faltava apenas a criação da Academia Paraisense de Cultura. Coube ao Dr. Olavo Borges, ilustre advogado e inspirado poeta, a iniciativa. Reuniu ao redor de si uma plêiade de artistas plásticos, musicistas, literatos, historiadores, cantores, cientistas, pesquisadores, poetas e poetisas, enfim, a fina flor da cultura paraisense, que, unidos pelos mais belos e nobres ideais, fundaram a Academia Paraisense de Cultura, no dia 27 de setembro de 1986. A instauração oficial deu-se aos 30 de maio de 1987, em memorável sodalício realizado no Teatro Municipal, entremeio a seleta programação lítero-musical. O quadro social é composto de membros efetivos (30), sócios beneméritos, honorários e correspondentes.

ACADEMIA PARAISENSE DE CULTURARua Placidino Brigagão, 1637

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30 José Pedro de Alcântara Antônio Carlos P. Alcântara29 Sigmund Freud28 Prof. Mariana do A. Dias Dr. Mauro Alves Ferreira27 Luiz Vicente S. Queiroz Clailda Marques de Paula Rodrigues26 José Soares Amaral Cel. Walter Albano Fressatti25 Honório Arnold Dr.Arley Silva Machado24 Ana Alvarenga Rezende Terezinha P. Pessoni Sobrinho23 Prof. José Emigdio Lima Dr. Ailton Rocha de Sillos22 Prof. Benedito F. Calafiori Dr. Luiz Ferreira Calafiori21 Lineu Gonçalves Brigagão Henriette M.B. Alcântara dos Santos20 Mons. Geraldo Naves Evaristo de Souza Scarano 19 Maestro Heitor Vila Lobos Miriam Lauria Mantovani18 Johann Sebastian Bach Maria O. Tubaldini Scarano17 Jorn. João B. de Moura Conceição Borges Ferreira16 Ambrogiotto Boudone Paschoalina Coelho Souza15 Poeta Manoel Bandeira Roselisa Dramis S. Tubaldini14 Mons. José Felipe Silveira Rubens Mariano13 Dr. Noraldino Lima Abaetê Ary Graziano Machado12 Mon. Jerônimo M. Mancini Eliana Mumic Ferreira11 Prof. Francisco A. Assis Messias Martins Grilo10 Pe. Carlos Scheneê Lucas Bertucca Filho09 Anibal D. Borges08 Ary Barroso Walterce de Paula Grillo07 Prof. Paschoal Ianuzzi Edyna Maldi Borges06 Prof. Joaquim A.C.Pinto05 Carlos Grau04 João Batista Naves03 Antônio Roque Martins José Paes02 Cecília Meireles01 Olavo Bilac Dr. Olavo Borges

CAD.Nº.

PATRONO SÓCIO EFETIVO

SÓCIOS EFETIVOS

Ex-Prefeita Marilda Petrus MellesDr. Ailton Rocha de SillosDr.Vaner Bícego Patrono da Academia

SÓCIOS BENEMÉRITOS

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Angela Maria DuarteAlípio Mumic FilhoAna Maria Guidi SouzaAna Maria de Pádua VieiraAna Paula R. de Souza CalafioriAntonieta Morato CamposAntonio Gonçalves de PáduaBenedito Paulo de OliveiraCarlos Carmo A. Melles Dep. Est.Carmo Perrone Naves Prof.Carmem Andrade MellesCínara Soares VanoneCinira Mumic MagalhãesClarindo Anacleto Pádua NetoDr. Cláudio Vieira DutraDalila Mirhib CruvinelDirce P. Brigagão AlcântaraElizângela de OlivieraEly de Lima Prof.Ércio Antônio Prof.Guelfo Colombo Prof.Ivan Alexandre Menossi Prof.Vicente Inácio DuarteWalter Paschoini

SÓCIOS HONORÁRIOSJoão Paulo FelixJoel Cintra BorgesJosé Antônio NogueiraJosé Salvador EustáquioLaércio Felício da SilvaLívia Caliari Silva OliveiraMarco Antônio TrindadMaria Madalena Pádua Furlan Maria Luiza Coelhode PáduaMaurício Giubieli Dr.Mauro Lúcio da Cunha Zanin Dr.Mons. Hilário PardiniNádia BícegoNelson de Paula DuarteNilce Goldinho Profª.Olga Borges Silva Profª.Pedro Ivo de Vasconcelos Cel.Ricardo de OlivieraRenata Gomes de Lima Profª.Ruan Carlos Maldi BorgesRuth Corsi Profª.Wallace SilvaWanira Almeida Ferreira Calafiori

Fábio Pimenta de Pádua Dr.Hiparco Vasconcellos Inmesi Des.José da Silva Brandão Taquatinga DFJosé Fco. C. Morato Campos Dr.- São Paulo

Expedito Corsi Pimenta Cel.Prof. UberlândiaCalimério Augusto SoaresAntônio Roque Gobbo BHAline Lima Drª. Londrina

Afrânio F. Soriano Soares Prof. Campinas

SÓCIOS CORRESPONDENTES

Maria Izilda F. Feliciano Drª. Campinas

Luiz Guilherme F. CalafioriLuiz Gonzaga Pimenta Dr. BHLucíola Moura Oliveira BH

Moacir Pimenta Pedroso Dr. BHRodolf Ricci Dr. FernandópolisTânia Ap. Pedroso Balbo Dr. DivinópolisValéria Maria F. Calafiori Prof. Ribeirão PretoWaltênio VasconcellosDr. São Paulo

Lívio Magno F. Calafiori Dr. Goiânia

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Eis no céu de Paraíso,Nova estrela a reluzir,Tem a graça de um sorriso,Luz e amor a espargir.Belo templo de cultura,Para as artes cultuar,De mil formas, nas alturas,Sua luz há de brilhar

Estribilho:

Nossa Academia, rosa de setembroFonte de harmonia, luz primordialFogo que alimenta a chama sempre acesa,No culto de beleza que é

HINO DA ACADEMIALetra: Eliana Mumic Ferreira

Música: Calimério Augusto Soares

nosso ideal!

Com o dom de nossas vidasE as bênçãos do Senhor,Nossas almas são unidasÀ cultura, pelo amor.

“Ars una species mille”No Brasão sempre há de ser,Uma luz para encontrar,As mil fontes do saber

Estribilho

Nossa Academia,Rosa de setembro...

BRASÃO DA ACADEMIA

A ACADEMIA PARAISENSE DE CULTURA APC reunida no dia 27 de setembro de 1986, em Assembléia Geral Extraordinária, deliberou oficializar como seu, o belo e sugestivo trabalho heráldico de autoria do notável artista Lucas Bertucca Filho, por expressar com fidelidade, a conceituação do sodalício.

Ao brasão, é dada a seguinte justificação:Sobre o grande escudo de madeira recoberto de couro,

todo cravejado de robustas e salientes tachas, está aplicado o escudo central, encimado por uma águia de porte altivo e em vôo arrebatante, que leva em suas garras o listel com a divisa: “ARS UNA... SPECIES MILLE”, aureolada por 30 estrelas, dispostas harmonicamente em forma de círculo. Como

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ornamentos externos laterais, então dispostos dois ramos de louro entrecruzados em PONTA, que serve de base ao listel que ostenta os dizeres: Academia Paraisense de Cultura.

A harmonia do conjunto agrada à vista e aguça o entendimento quanto à descrição heráldica de suas partes constituintes, como seja:

... GRANDE ESCUDO... de múltipla feição... alusão às origens dos primitivos povoadores do Município de São Sebastião do Paraíso: brasi-portugueses e colonos italianos, espanhóis, franceses e alemães;

...ESCUDO CENTRAL de formato português-francês ou arredondado e terminado em PONTA, na cor azul (blau) que é emblemática da lealdade, e esquartelado em cruz encarnada, tendo em CORAÇÃO, uma CANDEIA, símbolo da sabedoria que vem de Deus, na qual se acham gravadas as letras ALFA e OMEGA, princípio e fim de todas as coisas... centro da cultura universal.

...CRUZ ENCARNADA... significa que procuramos a luz da sabedoria baseada na fé cristã, que tem por finalidade a valorização da pessoa humana, elevando-a para o Bem Supremo que é Deus;

. . .PERGAMINHO.. . no cantão destro do CHEFE...feito em bronze laminado; quer representar o conjunto dos conhecimentos humanos, reunidos nos livros e tratados, resistindo à ação demolidora do tempo e das intempéries;

...LIRA... no cantão sinistro do CHEFE... símbolo da música imortal, da arte por excelência. Colocada exatamente do lado esquerdo, do lado do coração, quer afirmar que a música suscita nobres sentimentos e é considerada suave lenitivo para a alma...

...A PALETA... no cantão destro de PONTA... sobre a qual o gênio da pintura mesclando as cores, retrata as maravilhas da natureza, fixa momentos e situações e dá expansão à imaginação e à fantasia, trazendo para dentro de suas telas... um pouco da mão de Deus...

...A TRAGICOMÉDIA... no cantão sinistro de

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PONTA... duas máscaras simbolizam o teatro... a arte dramática. A máscara alegre sobre a máscara triste, quer afirmar que a existência humana é mais alegre que triste, se vivida com pensamentos positivos e voltados para o alto...

... A ÁGUIA de porte altivo e a cabeça perfilada voltada para a direita e em vôo arrebatante, tendo em suas garras um listel, simboliza a liberdade, as mais nobres aspirações humanas...

...”ARNS UNA... SPECIES MILLE” (A arte é uma só... as espécies mil), esta divisa escrita no listel, significa a harmonia reinante no seio da academia, irmanando escritores literatos, poetas, artistas plásticos, teatrólogos, etc., tendo por escopo a exaltação dos eflúvios culturais...

...TRINTA ESTRELAS em círculo unidas... simbolizam os 30 membros efetivos, quais estrelas do firmamento, a pugnar com as luzes de suas inteligências, visando a elevação cultural da terra paraisense.

Este Brasão muito bem expressa o ideal de todos os “irmãos de alma” da Academia Paraisense de Cultura.

EX-PRESIDENTES: Dr. Olavo Borges, Cel. Walter Albano Fressatti, Prof. Nilce Godinho, Dr. Maurício Giubilei, Dr. Luiz Ferreira Calafiori, Dra. Henriette Maria Brigagão Alcântara dos Santos, Maria Ofélia Tubaldini Scarano. João Paulo Félix, Rubens Mariano, Mírian Lauria Montovani.

Presidente atual: Pascoalina Coelho Souza

PARAÍSO MUSICAL

BANDA MUNICIPAL DE MÚSICA

A notícia que se tem é que a primeira Banda Musical foi organizada na década de 1874, segundo registro fotográfico, onde se vê, entre os componentes o capitão José Aureliano de Paiva Coutinho, 1º Prefeito de São Sebastião do Paraíso, então Presidente da Corporação; o Sr. João Batista Teixeira, então encarregado do “Cartório de Órfãos”, e o Sr. João Braz Naves, cujo filho, João Batista Naves, mais tarde,

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formaria a Banda de Música 502.Outros cidadãos de grande prestígio, atuavam também

na Banda de 1874: o Sr. Francisco Salles Naves, Sr. José Batista Fernandes, genitor do Sr. José Braz Naves, compositor de grandes dotes.

Esta Banda foi substituída pela Corporação formada pelo conhecido Mestre Messias Souto Gouvea.

Antes de 1918, foi formado um conjunto de jovens, que atuava no antigo Cine Paris, integrado por: Hildebrando Nicácio, Sebastião Paraíso Correia, Anselmo Borges Campos Jr., Virgílio da Silva, Jacinto Veloz, José Augusto Naves e Aristóteles Cardoso, havendo rivalidade entre a Banda e o conjunto.

Mais tarde, a maioria dos elementos desse conjunto integraria a Banda de Música 502, fundada no dia 21 de abril de 1918, anexa ao Tiro de Guerra.

Com o falecimento do maestro João Batista Naves, em 1926, assumiu a direção da mesma o Sr. Francisco Penha, sendo que nesta época, foi desmembrada do Tiro de Guerra, conservando, porém, a mesma denominação.

Em 1954, a Banda obteve novos instrumentais, conforme doação feita pela Prefeitura na gestão do Prefeito Geraldo Fróes.

Após a presidência do Sr. Francisco Gil Penha, assumiu sua direção o Sr. Emilio Meucci até 1962.

No entanto, existiam duas Bandas de Música na Cidade, a 502, e a que era dirigida pelo senhor Arthur Pires de Morais, mais tarde vereador. E, ambas, não tinham condições de se apresentar condignamente, pela falta de músicos na cidade.

Em 1971, o então Prefeito Dr. Luiz Ferreira Calafiori, reuniu os músicos remanescentes e criou pelo Dec. 419, de 2/4/1971, a “Banda Municipal de Música”. Adquiriu novos instrumentos e convidou o maestro João Morano, de Jaboticabal, para dirigir a corporação, permanecendo no posto até 1974, quando veio a falecer. Sucedeu-o por pouco tempo os maestros Antônio de Pádua, e Sub-Ten. Francisco Izidoro.

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A partir de 1975 até 1997, a banda esteve sob a batuta do conterrâneo Sr. Geraldo Borges Campos (Lalado).

Todos os domingos, diretamente do coreto da Praça Com. José Honório, a partir das 20 horas, famílias inteiras se entretém nas proximidades do coreto para ouvir e apreciar a Banda , enquanto a criançada excitada pelo ambiente festivo, corre e brinca ao redor do coreto. Esses costumes e tradições dos mais ternos e antigos de nossa cidade, que assim deseja preservar suas raízes artísticas.

Presidentes a partir de 1971: Tácito de Melo Buson, Luiz Tonin, Argemiro de Pádua, Dr. Benedito Paulo de Oliveira, Gilberto de Carvalho, Paulo Panacci, Antonino José Amorim, Luiz Ferreira Calafiori e Antônio Luciano Autran. Presidente atual: José Amadeu da Silva.

O maestro atual é o Prof. Marco Antônio Trindade.

ORQUESTRAS E CONJUNTOS

Nos fins do século XIX, os bailes, quermesses, festas de barraquinhas, retretas na praça, etc. eram animados por Bandas de Música, tão do agrado do povo em geral.

De 1905 até 1910 e mesmo até 1915, a primeira orquestra que se tem notícia atuava no “Cine Bijú” e era dirigida pelo Professor Lanes, até 1928.

Outra orquestra daqueles tempos era dirigida por Luiz Sandoval Braga, e se exibia no Cine “São Sebastião”, ainda no tempo do cinema mudo. Também, naquele tempo existia o conjunto mantido pelos Irmãos Fressatti no Cine “Recreio” (década de 1920/1930).

Com o advento do cinema falado, o maestro Luiz Sandoval Braga organizou a primeira orquestra de jazz de S. S. do Paraíso, denominada “Sete Furos”, cuja duração foi até 1931.

Depois, organizaram um outro conjunto denominado “Nosso Choro”, durou até o ano de 1935.

Na seqüência, Sebastião Sofiati formou uma orquestra no Clube Paraisense. Os demais elementos, organizaram um

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conjunto formado por: Leopoldo Bortoni, Vicente Dias Vieira, Anibal Carina e Geraldo Borges Campos, denominado “Quatro Diabos”, famosíssimo em toda a região. Permaneceu em atividade até 1944.

Pouco tempo depois, Geraldo Borges Campos e Fernando Penha organizaram a primeira grande orquestra: Panamericana, que perdurou até 1960.

Em 1962, um grupo de músicos composto por Jugurta Carvalho Lisboa, José Soriano Soares, Paulo Moura Soares, Geraldo Borges Campos, Célio Porto, Rui Mafra e outros, sob os auspícios do Clube Paraisense contrataram, em Belo Horizonte, o famoso maestro Ophir Mendes, e o baterista Chuca. Organizaram a “Ophir Mendes e sua Orquestra”, que teve curta duração.

Depois, surgiu “Zezinho e seu Conjunto”, também de duração efêmera; sendo que muito dos seus elementos constituíram a seguir, os “Brasões”.

E, assim, sucessivamente, diversos grupos musicais surgiram e vão surgindo sempre, permanecem ativos por algum tempo, fruto dos arroubos da mocidade, tão idealista quanto inconstante. Entretanto, convém salientar que se houvesse maior apoio a esses jovens, tal fato não ocorreria com tanta freqüência.

Em 1977, surgiu o conjunto: “Folha Seca”, integrado por Luiz Antônio Mandim de Oliveira, Múcio Ricardo Caleiro Acerbi e Paulo de Tarso Pucci.

Nessa mesma época surgiu o “Grupo Xamego”, tendo por integrantes: Nelson Duarte, Artur Henrique Cardoso, José Nascimento Lauria e outros.

Mais recentemente, surgiu o Conjunto “Band Aids” liderado pelo Artur Henrique Cardoso.

Como a extinção do Conjunto “Os Brasões” que vinha atuando por mais de 15 anos, houve uma reformulação, surgindo, com força total, o “Grupo Musical Asa Delta”, sob a batuta de Ércio Antônio, atuando com sucesso na cidade e região.

Os grupos de jovens “Ieshuá”, “Jane” e outros na

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atualidade, promovem os mais variados festivais musicais de sabor sacro.

O “Grupo Vozes”, formado por Ércio, Cibele e Jânio, e, a Banda “Scalabase”, coordenada por Agnaldo Paschoali, e Márcio Aurélio, tiveram sua vez no cenário artístico paraisense.

O Grupo Frenesi criado em novembro de 1999, é constituído pelos seguintes jovens: Ronaldo José e Leandro Luiz da Fonseca, Johnn Heberth e Silva, Rodrigo José da Fonseca, Emerson Cunha, Fabiano, Alessandro Marcelino e Eder Gonçalves dos Reis.

CORAIS

CORAL “JESUS, MARIA E JOSÉ”

Este conceituado conjunto de vocalistas cultores da música sacra e do belo canto, fundado em 1980, tem por maestrina a Profª. Miriam Lauria Mantovani, e se apresenta semanalmente com real agrado, na Igreja Matriz de São Sebastião.

OUTROS CORAIS

- Coral Natal de Luz “E. E. Paraisense” Responsável: Prof. Zélia de Lourdes Diogo Malaguti

- Banda Afla Matriz São Sebastião Responsável: Vicente de Souza Neto

- Coral Cavaleiros Consagrados - Responsável: Cássius

-Coral S. José N. S. Sion - Responsável: Geraldo José de Melo

- Coral “Mãe Rainha” - Responsável: Valentim Rinaldi

- Coral Deus é Amor - Responsável: Égem Alisson Tozin

- Coral Alto Astral Responsável: Jussara Borges

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Pedroso- Coral Presbiteriano - Responsável: Sandra/Denise- Coral S. Judas Tadeu - Responsável: Tomásia de

Lima Santos- Coral Stª. Paula Frassinetti - Responsável: Clarindo

Anacleto de Pádua Netto- Coral Verde e Branco E. E. Mª. De Lourdes Dizaró

CAIC Responsável: Márcia Helena de Bello Melles- Coral Girassol E. M. Int. Noraldino de Lima Resp:

Renata Gomes de Lima- Coral Querubim E. M. Campos do Amaral Resp:

Renata Gomes de Lima- Coral E. M. Música Maestro Geraldo Borges

Campos (Lalado) Regente: Marco Antônio Trindade- Coral Infantil Escola Nova - Responsável:Túlio

Carlos da Costa

GRUPOS TEATRAIS

Podemos afirmar que a sociedade paraisense se organizou melhor a partir do ano de 1899, quando tiveram início inúmeras atividades sociais e culturais, incentivadas pelo aparecimento das primeiras companhias de circo - teatro.

Por iniciativa de Alfredo Branco de Oliveira, nasceu um Clube Dramático.

Mais tarde, apareceu o grupo “Teatro Gente Nossa”, dirigido por Gustavo Ferreira Godinho.

Quanto aos dias de glória do Teatro paraisense, temos que ligá-lo à pessoa de Lacordaire Santana (1901 †1949), natural de S. Tomás de Aquino, dramaturgo de renome, professor, poeta e folclorista, membro d Academia Sul Mineira de Letras, de Campanha, MG. Dirigiu com real sucesso, um teatro revista de inegável talento, que dirigiu, entre outras, um teatro-revista, com elementos locais, e que marcou época. Intitulava-se: “Paraíso, minha nega”, encenada

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em 1932, tendo por enredo: civismo, brasilidade e otimismo.Com o surgimento da Ex-Rádio Difusora Paraisense,

em 1940, tivemos as primeiras apresentações de teatro radiofônicos. O Sr. Nicola Carlomagno dirigiu a agremiação “Gente Nossa” (1950/1960).

Naquela época revelaram-se como atores: Aparecida Simões Vieira, Maria Eulina Simões Vieira, Eni Mumic Gobbo, Edna Mumic Silveira, José Badra, Antônio Alves Cabral, Jugurta de Carvalho Lisboa, João de Deus de Lima, e como ponto, Saler Abdo.

Depois, João de Deus de Lima fundou o Teatro Amador Paraisense (1962), entidade reconhecida de utilidade pública, e que apresentou várias peças, Rubens dos Reis Guerra fundou e dirigiu o Grupo Teatral Zé Vicente.

Dentre os autores de peças teatrais, destaca-se João de Deus de Lima, não só pela produção numerosa como também pela inegável qualidade.

Atores: Placidino Brigagão Neto, Claudete Vergani, Gilberto Escobar, Lourdes Pimenta, Antônio Raimundini, Mário Pereira, Marilda Quintano, Noêmia Neves, Sebastião Paschoini, Maria Terezinha Giacchero, Prof. Sebastião Furlan, que liderou o grupo “Libertas”, Ricardo Araújo, Ademir Alves e Marcelo de Oliveira.

OFICINA DE ARTES CÊNICAS“PROF. SEBASTIÃO FURLAN”

A mencionada Oficina de Artes Cênicas, ainda em atividade, foi fundada no dia 19 de junho de 1994, por alunos do Colégio “Paula Frassinetti”, sob a liderança dos jovens Thiago Dyassys Cezarino Santos e Ana Paula Orta, com orientação Artística das Profs.: Edyna Maldi Borges e Kátia Mumic Siqueira, com o objetivo de desenvolver entre a juventude, o conhecimento teatral. Foi escolhido o nome do saudoso teatrólogo “Prof. Sebastião Furlan”, como patrono da instituição.

O teatro promove a desinibição do indivíduo, pois

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trabalha com os sentimentos e traumas da adolescência. Os alunos que freqüentam a Oficina, recebem aulas de laboratório, dinâmica, expressão corporal, voz, espaço cênico, espaço gestual e, por fim, a estréia em palco.

GRUPO TEATRAL “OS BRINCALHÕES”

Foi idealizado, integrado e dirigido pelo idealismo de Ademir Aparecido Alves, manteve-se em atividade de 1986 a 2002. Tinham por público alvo o público juvenil.

GRUPO ARTÍSTICO KIPROCÓ

Um seleto grupo de jovens artistas, liderados pelo genial Danilo Lucas Marcelino, orientação artística das ilustres teatrólogas Profª. Edyna Maldi Borges e Kátia Mumic, faz sucesso em todas as suas apresentações.

Via de regra todo grupo teatral, o principal problema não é de ordem artística, mas a falta de dinheiro para o custeio das despesas normais para renovação de guarda-roupas, painéis, cenários, etc. Daí, suas vidas efêmeras. Nossos jovens dão talentosos...que não lhes falte o necessário apoio moral e material.

TEATRO MUNICIPAL “SEBASTIÃO FURLAN”Anexo ao Paço Municipal Pça. dos Imigrantes, 100

Sua capacidade é de 400 lugares. Desde que foi inaugurado em 1980, vem, o Teatro Municipal, sendo utilizado para a realização de eventos de cunho social, artístico e cultural, em cumprimento à finalidade para qual foi criado.

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CONCURSOS DE BELEZA

MISS PARAÍSO

O costume de se eleger, anualmente a mais bela representante da beleza feminina do lugar, vem de longa data.

Esse gosto pelo estético e pelo belo, sempre mereceu destaque nas chamadas antigas civilizações. Tanto é assim, que os concursos de beleza de Roma, Atenas e Tebas, ficaram famosos.

Aqui entre nós, o primeiro registro sobre o assunto data de 1907, quando um grupo de rapazes daquela época, elegeu a mais bela paraisense, a então senhorita Dª. Iria Moura Pelúcio.

É curioso notar que os bailes daqueles tempos eram realizados nas casas das moças, pois não havia clubes. Então, obtido o consentimento dos pais, a jovem convidava suas amigas e rapazes, para o sábado convencionado. A animação musical ficava por conta dos próprios moços que se juntavam em grupos musicais improvisados.

Chegando o grande dia, ou melhor, a grande noite, iam as moças acompanhadas de seus severos pais. Então, o baile começava, arqui-cerimonioso, regado a cafezinho, biscoitos e bolachas.

De lá para cá houve muitas e substanciais mudanças, e nossas mais belas jovens vêm disputando com o maior entusiasmo tão cobiçado título, através de concorridos concursos, geralmente realizados por ocasião do aniversário da cidade.

Para compor o júri, são convidados “experts” no assunto como: artistas plásticos, colunistas sociais, pessoas tidas como de fino gosto, etc.

Assim, pela ordem, segundo pudemos apurar, representaram com muito charme, elegância, graça e encanto, as expressões máximas da beleza da mulher paraisense, as então gentis senhoritas, hoje respeitáveis damas.

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1923 - Juraci Rodrigues Vieira

1970 - Maria De Lourdes

1958 - Antonieta Siqueira de1936 - Juvenilha Simões Vieira

1972 - Rejane Pimenta Furtado

1934 - Anadyr Borges de Paula

1933 - Lucinda Rodrigues

1969 - Maria Goretti Fróes Guidi,

Ribeiro

1967 - Tânia Mumic

1971 - Maria Augusta de Lima

Oliveira,

Marinzeck Rodrigues

1928 - Rita Borges Libório

Campbell

Cosini

1920 - Edgarda de Carvalho Pelegrini1922 - Maria Aurora da Silveira (Mariinha)

1907 - Iria Moura Pelúcio

2001 - Leidiani Ribeiro

Miss Beleza Negra do Sul

1996 - Alessandra Pereira Santos

1985 - Eliana Salete Ribeiro1990 - Adriana de Oliveira,

1973 - Marilda Petrus Melles1979 - Silvana Queiroz de Souza

1997 - Carolina Corsi dos Reis

1991 - Luciana Adelina Correa

1983 - Mary de Aguiar Custódio

1993 - Eliana de Paula1995 - Daniela Andrade dos

1999 - Vânia Resende1998 - Natália Tavares Duarte

2000 - Juliana Oliveira Sillos

2002 - Cristiane Marcelino

de Minas2003 - Estela Passos2004 - Cassandra Nascimento2005 - Não houve Concurso

OUTROS CONCURSOS DE BELEZA

A fama do charme, da cultura e da beleza da mulher paraisense faz com que nossas jovens sejam convidadas para participar dos mais variados concursos de beleza realizados também fora do Estado de Minas. Em todos esses concursos, felizmente, nossas representantes têm se destacado, numa promoção válida para São Sebastião do Paraíso, graças, também, ao fino gosto do “preparador” de Misses, Sr. Flávio Rodrigues Vieira, que as orienta de como proceder com elegância e charme na passarela e perante a Comissão Julgadora.

Daniela de Almeida Martoni, Miss Agropecuária 93. Ele nice Leite Miss Mulata de Ouro-93.Ana Paula Dizaró Miss Glamour Girl-93. Paula Ângela Onuzik Miss Paraíso 1994. Representou-nos em Passos, no concurso “Miss Agropecuária” Miss

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Agropecuária 93 em nossa cidade Miss Sudoeste de Minas 94 Rainha do Minério MG 94.Giuliane Cristina Fróes- Participou com brilhantismo dos seguintes concursos de beleza: “Garota Verão MG 86”, “Miss Agropecuária de Minas Gerais 89”, “Rainha do Minério de MH-89”, “Rainha do Café de MG 89”, “Rainha do Comércio e Indústria de MG 91 1º lugar”, “Miss Imprensa 92” (em Virgínia-MG., dentre outros concursos.

HOMENAGEM ÀS MÃES“MÃE SÍMBOLO”

Da estreita união entre mãe e filho, nasce a subsiste uma reciprocidade de sentimento amor que os une vida afora e mesmo depois que essa se esvai...

Justificadas são, portanto, todas as homenagens e formas de carinho que filhos agradecidos, vida afora, procuram oferecer às suas mães, independentemente de serem elas jovens ou velhas, letradas ou não, ricas ou pobres, casadas ou solteiras, pois nada disso importa ao filho, que vê em sua mãe, tão somente aquela que o gerou, que cuida dele com desvelo e o prepara para a vida, esquecendo-se ela de si mesma, tendo em vista, unicamente, a felicidade do filho.

A adoção de um dia todo especial, inteiramente dedicado a exaltar as mães, nasceu do exemplo de ANNE JARVIS, em 1907, moradora da cidadezinha de Grafton, no Estado de West Virgínia, Estados Unidos. Anne, perdera sua mãe, a quem muito amava, a 9 de maio de 1906. No ano seguinte, ao comemorar o primeiro aniversário da morte da mãe, portanto, em maio de 1907, Anne lhe prestou sentida homenagem. Mas, ficou, também a pensar nas outras mães já falecidas, que nem sempre tinham um filho que as pudesse visitar no cemitério.

Então, tomou a iniciativa de escrever uma carta ao Governador de seu Estado, Sr. Willian Glassock, sugerindo que organizasse anualmente, uma comemoração especial para as mães, mortas ou vivas.

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O Governador achou boa a idéia e baixou um decreto, já em 1910, instituindo oficialmente '”Dia das Mães”, naquele Estado. E, como homenagem a Anne Jarvis, que tinha levantado a maravilhosa idéia, determinou que as comemorações se dessem no segundo domingo de maio, na data mais próxima do falecimento da mãe de Anne.

Quatro anos depois, em 1914, a comemoração já se estendera a todo o País, e eis que o então Pres. dos EEUU. Wodrow Wilson baixou ato oficializando o “Dia das Mães” em todo o território norte-americano.

Decorrido mais quatro anos, a comemoração chegou ao Brasil: em maio de 1918, pela primeira vez se festejou o “Dia das Mães”, em Porto Alegre-RS.

A partir de então, anualmente passou a ser comemorada, mas sua oficialização em todo o território nacional, só aconteceu no Governo Getúlio Vargas, através do Dec. Lei nº. 21.366, de 5 de maio de 1932.

Em nossa cidade, as comemorações públicas pelo “Dia das Mães”, nasceram da sensibilidade e amor filial dos ilustres conterrâneos: Sr. José Soares Amaral e José Hilton Pinheiro de Alcântara, então Diretor e Gerente da Ex-Rádio Difusora Paraisense respectivamente, que, em abril de 1956, resolveram sensibilizar seus ouvintes e o comércio local, quanto à oportunidade de se homenagear as mães através de uma que servisse de símbolo, pelo número de filhos e

Então, ainda sob o patrocínio da Rádio Difusora Paraisense, em 1959, foi homenageada como “Mãe do Ano de 1959”, D. HELENA RIVELINO BÍCEGO, natural deste município, era filha de Antônio Rivelino e D. Alzira Paschoalino Rivelino, era casada como Sr. João Bícego, mãe de 17 filhos. (Vide Família Bícego).

dedicação à família, dentre outras virtudes.

D. Helena Rivelino Bícego

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Tal movimento transformou-se num estrondoso sucesso, o comércio ofereceu muitíssimos brindes às mães símbolo e, no ano seguinte, a escolhida foi a Srª. EMILIANA FERREIRA DE SOUZA, natural de nossa cidade, era casada com o Sr. Manoel Fagundes de Souza. O casal teve os seguintes filhos: Maria Aparecida, Geny Aparecida, José, Moacyr, Jacy, Aracy, Odair, Jandir, Manoel, Elvira Aparecida, Maria Imaculada, Antônio, João Batista, Maria Helena, Paulo César, Emiliana Aparecida, Luzia Aparecida, Lázara Maria e Pedro.

Srª. Emiliana Ferreirade Souza

Filhos do casal (Vide Família Moura). D. Maria Barnabé, exerceu

'“Mãe do Ano 1966” a Exma. Sra. MARIA BARNABÉ MARINHO, natural de nossa cidade, nasceu aos 3/5/1891 e faleceu aos 11/7/1973, era filha de Leopoldina Delminda do Carmo, era casada com o Sr. Pedro Marinho, antigo Coletor Federal.

Srª. Maria BarnabéMarinho

Srª. Beatriz FidelisRodrigues

durante 50 anos, vários cargos na a s s o c i a ç ã o r e l i g i o s a

E m 1 9 6 8 , j á n a p r i m e i r a Administração Alípio Mumic, a grande homenageada foi a Sra. BEATRIZ FIDELIS RODRIGUES, natural de nossa cidade, onde nasceu aos 17/2/1926. É filha de Alfredo

“Apostolado da Oração” e era muitíssima caridosa para com os pobres.

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Tendo em vista os motivos acima alinhados, o Poder Executivo Municipal, pelo Dec. nº. 433, de 23/9/1971, condecorou-a com o Grande Colar da Ordem Municipal do Brasão.

D. Beatriz é considerada benfeitora do Posto de Puericultura, pelo muito que fez pela maternidade e pela infância.

Fidelis Marques e D. Rosa Muschioni Marques. É viúva de Osório Rodrigues. (Vide Família Fidelis Marques).

Filhos (Vide Família Alves Ferreira).

1971 Dª . SUZANA MOURA CALAFIORI, natural de nossa cidade, onde nasceu aos 14/3/1904 e faleceu aos 20/6/1976. Era filha de Álvaro Rodrigues Barrocas e Dª. Perciliana Rodrigues Moura. Foi casada com o Prof. Benedito Ferreira Calafiori.

Dª. Suzana MouraCalafiori

Filhos: (Vide Família Alves Ferreira).

1972 Dª. ANTONIA TEREZA SOFFIATTI FERREIRA, natural de nossa cidade, onde nasceu aos 14/9/1909 e faleceu aos 24/7/1982,Era filha de Benevenuto Soffiatti e Dª. Maria Rossi Soffiatti. Era viúva do Sr. Francisco Salles Ferreira Calafiori.

Dª. Antonia TerezaSoffiatti Ferreira

Foi exímia telegrafista postal em Carmo Filhos: Vide Família Alcântara.

1974 Dª. CARMELITA PINHEIRO DE ALCÂNTARA, era natural de Duas Barras, RJ; nasceu aos 21/8/1896 e faleceu aos 19/4/1978. Era filha de Joaquim Halffeld Pinheiro e Dª. Maria Melo Pinheiro. Foi casada com o Sr. João Pedro da Alcântara.

Dª. Carmelita Pinheirode Alcântara

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do Rio Claro, MG, e Secretária do Apostolado da Oração local durante 27 anos.

Vide Família Scarano.

1975 Dª. OTÍLIA BRÁIA SCARANO. Era natural de São Tomás de Aquino, MG, nasceu aos 27/10/1903 e faleceu aos 7/7/1975. Era filha de João Bráia e Dª. Palmira Fioravantti Bráia. Foi casada com o Sr. Roque Scarano.

Dª. Otília Bráia Scarano

Filhos: (Vide Família Ferreira Júlio).

1976 Dª. BÁRBARA FERREIRA GONÇALVES, era natural de nossa cidade, nasceu aos 14/4/1892. Era filha de Joaquim Ferreira Júlio e Dª. Maria Fernandes de Jesus (Dª. Maria Ferreira); foi casada com o Sr. Francisco Gonçalves Barbosa. Dª. Bárbara Ferreira

Gonçalves

Filhos: (Vide Família Mambrini).

(1977 Dª. TEREZA CANDIANI MAMBRINI, natural de nossa cidade, nasceu aos 17/11/1915)-01/11/2002) Era filha de Carlos Candiani e Dª. Alba Pizzato Candiani, era viúva do Sr. João Mambrini.

Dª. Tereza CandianiMambrini

1 9 7 8 D ª . A M B R O Z I N A P I M E N T A

GONÇALVES, era natural de nossa cidade, nasceu aos 7/8/1895 e faleceu aos 25/10/1985. Era filha de Antônio Pimenta

Dª. Ambrozina Pimenta Gonçalves

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Filhos: (Vide Família Marcolini).

1979 Dª. EDITH FERREIRA MARCOLINI, era natural de Monte Santo de Minas, MG. Era filha de Cícero de Paula Ferreira e Dª. Maria de Paula Soares (*6/6/1909). Foi casada com o Sr. Antônio Marcolini.

Filhos: (Vide Família Gonçalves Lopes).

de Pádua Primo e Dª. Cândida Pimenta da Conceição, foi casada com o Sr. Tarcílio Gonçalves Lopes.

Filhos: (Família Rezende).

1980 Dª. MARIA ROCHA RESENDE, era natural de São Joaquim da Barra, SP, (*11/2/1911). Filha de Jônatas da Cruz Rocha e Dª. Arquilina Bárbara de Jesus. Foi casada com Sr. Alvino Xavier de Rezende.

Dª. Maria RochaResende

Filhos (Vide Família Naves).

Foi casada em primeiras núpcias com Augusto Naves e em segundas núpcias com Carlos Marcos de Oliveira.

1981 Dª. BENEDITA MOURA DE OLIVEIRA, era natural de nossa cidade, (*28/4/1903). Era filha de José Rodrigues Moura e Dª. Sebastiana Cândida Marques Moura.

Dª. Benedita Mourade Oliveira

Filhos: (Vide Família Patrício).

1982 Dª. ANGELINA CALAPIETRO PATRÍCIO, era natural de Franca, SP, filha de Antônio Calapietro e Dª. Maria José Cotruva. Foi casada com o Sr. Joaquim Patrício de Oliveira.

Dª. AngelinaCalapietro Patrício

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Filhos: Dr. Wilson Lemos de Moraes Jr., Dr. João Flávio Lemos de Moraes, Maria Lemos de Moraes.

1983 Dª. MARIA DE LOURDES TEIXEIRA DE MORAES, natural de São José da Bela Vista, SP, filha de João Teixeira Mendes e Dª. Florípedes Nogueira Mendes. É casada com o Sr. Wilson Lemos de Moraes.

Dª. Maria de LourdesTeixeira de Moraes

Lecionou durante muitos anos na E.E. Cel. José Cândido.

Filhos: (Vide Família Borges Campos).

1984 Dª. AMBROZINA NAVES CAMPOS (Dª. Inhá), era natural de nossa cidade. Filha de João Batista Naves e Dª. Thereza Perrone Naves. Viúva do Sr. Geraldo Borges Campos (Lalado).

Filhos: Shirley Faria Preto Gomes, Maria Luzia Preto Westin, José Faria Preto, Maria Madalena Preto de

1985 Dª. HERMÍNIA FARIA PRETO, era natural de Monte Santo de Minas, MG. Era filha de Sebastião Ribeiro de Faria e Dª. Rita de Cássia Luz de Faria; foi casada com o Sr. José de Moraes Preto.

Dª. Ambrozina NavesCampos (Dona Inhá)

Dª. HermíniaFaria Preto

1986 Dª. APARÍCIA NASCIMENTO LAURIA, era natural desta cidade. Era filha de Antônio Caetano do Nascimento

Oliveira, Blandino Moraes Preto, Rosária Preto Mafra, Maria Rita de Cássia Preto Miranda, Sandra Preto Regazzini e Dalco de Moraes Preto.

Dª. Aparícia Nascimento Lauria

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Primo e Dª. Cândida Pimenta da Conceição. Descendência: Vide Família Lauria. Era viúva do Sr. Caetano Lauria.

1987 Dª. MARIA ROCHA NAVES, Foi casada com o Sr. José Braz, Naves. Filhos: Irene Naves Dal Santo, Hélio Braz Naves, Maria Zélia Naves Simões da Costa. João Pessoa Naves, Dr. José Rocha Naves e Dr. Paulo dos Reis Naves.

Dª. Maria Rocha Naves1988 Dª. DINORÁ N A V E S D E

Filhos: Ildeu de Oliveira da Silva, Maria Zélia Oliveira Sillos, Carlos Roberto de Oliveira, Marilene de Oliveira Carvalho, Maria Abadia de Oliveira Diogo, Maria

OLIVEIRA, filha de Vitório Stefani e Dª. Maria Naves Stefani. Viúva do Sr. José de Oliveira da Silva.

Dª. Dinorá Navesde Oliveira

Lúcia de Oliveira Sillos, Maria Auxiliadora de Oliveira Diogo e Daniele de Oliveira Silva.

Filhos: Ana Maria Celeste de Oliveira, Rosa, Inah Barbosa de Oliveira Cantieri, Arnaldo Barbosa de Oliveira Neto, Sônia Barbosa de Oliveira Negrão, Maria de Fátima Barbosa de Oliveira de Pádua,

1989 Dª. EUNICE BARBOSA DE OLIVEIRA, filha do Dr. Arnaldo Barbosa de Oliveira e Dª. Ana Cândida de Souza Oliveira. É natural de Nepomuceno, MG, viúva do Sr. Rui Barbosa de Oliveira.

Dª. Eunice Barbosade Oliveira

José Ruy Barbosa de Oliveira Soares e Ana Lúcia Barbosa de Oliveira.

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Filhos: Maria Imaculada Martins, Paula Elizabeth Martins, Paulo Salviano Martins, Olavo Martins, Mara Martins, José Alexandre Martins, Tomaz Martins, Israel Martins e Juliana Martins.

1990 Dª. TEREZINHA DO CARMO MARTINS, viúva do Sr. Paulo Zózimo Carvalhaes Martins.

Dª. Terezinha doCarmo Martins

Filhos: Prof. Meiga Amaral Mafra, Armando Campos do Amaral Sobrinho, Prof. Cyrene Amaral Coimbra, Cícero Campos do Amaral, Luiz Carlos Campos

1991 Dª . MARCELA CAPEL AMARAL, filha de João Pedro Capel e Dª. Apolônia Padilha Capel. Viúva do Sr. Amaraldino Campos do Amaral.

1992 Não houve eleição para a escolha da “Mãe Símbolo” deste ano.

do Amaral Roberto Campos do Amaral, Neusa Campos do Amaral Fagundes, João Antônio Campos do Amaral e Dinomar Campos do Amaral.

Dª. Marcela CapelAmaral

Filhos: Maria de Fátima Bueno de Oliveira, Dnioráh Aparecida Bueno Dias, Dr. Fernando Antônio Bueno, Adriano José Bueno, Luiz Henrique Bueno, Paula

1993 Dª. LIORAH CARNEVALE BUENO, natural de nossa cidade, filha do Dr. Hercílio Carnevale e Dª. Dinorah Soares Carnevale. Viúva do Sr. Francisco Bueno.

Maria Bueno, Patrícia Maria Bueno Novaes, Pedro Bueno e Valéria Maria das Graças Bueno.

Dª. LiorahCarnevale Bueno

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Filhos: Dr. Luiz Guilherme Ferreira Calafiori, Belª Valéria Maria Ferreira Calafiori, Dr. Lino Fernando Ferreira Calafiori, Belª Wanira Suzana Ferreira Calafiori, Dr. Lívio Magno Ferreira

1994 Dª. WANIRA DE ALMEIDA FERREIRA CALAFIORI, natural de Itamogi, MG, é filha de Lourenço Bezerra de Almeida e Dª. Gercina Silva de Almeida. Casada com o Dr. Luiz Ferreira Calafiori.

Filhos: Sônia Maria Mumic, Solange Mumic Silva, Sandra Porto Mumic, Vânia Porto Mumic, Dr. Edilberto Mumic Filho, Adriano Porto Mumic e Esther

1995 CESARINA PORTO MUMIC, filha de Marcílio Porto, casada com o Sr. Edilberto Mumic.

Calafiori e Dr. Lucas Eduardo Ferreira Calafiori,

Dª. Wanira de AlmeidaFerreira Calafiori

Cesarina Porto Mumic

São seus filhos: Dra. Marli Helena de Aguiar Sillos. Dr. Marcos Antônio Caetano de Aguiar. Dra. Márcia de Aguiar. Maura Inês de Aguiar Zaparolli. Márcio José de Aguiar. Dra. Margaly Aparecida de Aguiar Vita. Marcel Henrique de Aguiar. Mariza Cristina de Aguiar e Dr. Marlon César de Aguiar.

1996 Dª. VALORICE DA SILVA AGUIAR, natural desta cidade. Casada com o Sr. José Caetano de Aguiar.

Porto Mumic.

Dª. Valorice daSilva Aguiar

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São seus filhos: Dr. Henry José Brigagão Pinheiro de Alcântara, Dra. Henriette Maria Brigagão Alcântara dos Santos. Dr. Gender José Brigagão Pinheiro de Alcântara, Pedro Sérgio Brigagão Pinheiro de Alcântara, Giedre Maria Brigagão Alcântara Martins Amorim e Antônio Carlos Brigagão de Alcântara.

1997 PROFª. DIRCE PEDROSO BRIGAGÃO ALCÂNTARA, natural desta cidade. Casada com o Sr. Antônio Carlos Pinheiro de Alcântara.

Profª. Dirce PedrosoBrigagão Alcântara

São seus filhos: Jairo Ferreira de Menezes. Jader Ferreira de Menezes. Jaime Ferreira de Menezes. Javert Ferreira de Menezes. Jair Ferreira de Menezes e Luzia Menezes Maldi.

1998 Dª. LUZIA ANDREOLI MENEZES, natural de Jaboticabal, SP. Casada com o Sr. Procópio Ferreira de Menezes.

Dª. Luzia AndreoliMenezes

São seus filhos: Francisco Carlos de Carvalho. Gilberto de Carvalho. Hélvia de Carvalho. Valquíria de Carvalho. Wellington de Carvalho. Josimar de Carvalho. Joseane de Carvallho, João Carlos de Carvalho, Rogeri de Carvalho e Letuza de Carvalho.

1999 Dª. MARIA APARECIDA DE CARVALHO, natural desta cidade. Viúva do Sr. José Carlos de Carvalho.

Dª. Maria Aparecidade Carvalho

São seus filhos: Celso Aparecido Dutra, Dr. José Carlos Dutra,

2000 Dª. ALICE TUBALDINI DUTRA, natural desta cidade. Viúva do Sr. Pedro Dutra Júnior.

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Desde 2002 não se realiza mais concurso para a escolha da “Mãe Símbolo” anual. No “Dia das Mães” o Departamento Municipal de Cultura promove um evento artístico cultural no sentido de homenagear coletivamente todas as mães.

ELIANA MUMIC FERREIRA (austríaca).JACY YARA OLIVEIRA ELIAS (síria) eGESSI MARIA BARNARDINO (africana),MARLENE VARELLA MARINZECK (portuguesa),SEBASTIANA DRAMIS BARBOSA (italiana),

2001 Inovando, a Ex-Prefeita Municipal Dª. Marilda Petrus Melles, desejando tornar as homenagens do Dia das Mães mais abrangente, resolveu homenagear não uma, mas várias mães, representando, cada uma delas uma etnia, das várias que compõe a comunidade paraisense. Assim foram homenageadas as Sras.:

Dr. Pedro Antônio Dutra, Dr. Paulo Roberto Dutra, Dr. Luiz Cláudio Dutra.

DIA DOS PAIS

Vemos no “Decálogo”, a importância que Deus atribui à paternidade e à maternidade consciente. Tanto é assim que o IV Mandamento nos diz: “Honrar pai e mãe”.

Fiel a esse preceito divino, o coração humano se inclina para tributar grande afeto não só à mãe, mas ao pai também, porquanto, mormente nos dias que passam, os pais são verdadeiros heróis no anonimato de suas múltiplas funções de mantenedores de suas famílias, de co-educadores, orientadores e guardiãs de seus filhos. Portanto, merecem receber o reconhecimento de suas famílias e da sociedade.

Assim, o costume de se homenagear os pais anualmente, no segundo domingo de agosto, vai ganhando espaço no calendário afetivo de nossas famílias, a exemplo do que ocorre noutros lugares.

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SÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSOFONTE INESGOTÁVEL DE INSPIRAÇÃO!

Alguém já afirmou e com muita propriedade: “Todo poeta tem o direito de cantar sua terra”. Realmente, como é belo o amor que a gente sente pelo torrão natal.

Se assim não fora, o que seria desses anônimos e perdidos rincões espalhados por esse Brasil afora. No entanto, por certo, todos eles têm seus poetas e admiradores e lhes são dedicadas páginas de doce enlevo por seus filhos tangidos para as grandes cidades, à procura de emprego e oportunidade. No entanto, quando a saudade aperta, soluçam e cantam, relembrando as “belezas” da terra distante.

Como é forte o amor pelo torrão natal... por mais que o tempo passe, por mais que a distância dele nos separe, jamais nos esqueceremos dos sinos da Igreja Matriz... das ruas limpas e bem cuidadas... da formosura de seus dourados ipês... do aroma de seus verdejantes cafezais... da beleza e graça de suas moças donzelas... da operosidade de seu hospitaleiro povo... a serrania distante ...o céu cor de anil... a religiosidade de seu povo...a congada....o Natal multicolorido ...

Assim, reunimos, algumas poesias, apenas algumas das muitas que por certo Paraíso serviu de inspiração, tal qual vaticinou seu primeiro poeta, o Capitão Antônio Soares Coelho, naquela tarde de outubro, quando afirmou: - “Compadre Antônio Antunes, ISTO AQUI É UM PARAÍSO!”

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No coração de nossa Paraísovemos florir tradicionais ipês!Somente no jardim existem três,dos quais cada um, sadio, ali se aferra.

Embora ardente sol lhes faça guerrae o vento os aborreça muita vez,parecem eles colossais buquês,cada qual do matiz que na alma encerra:

NA “CIDADE DOS IPÊS”

um, cobre-se de flores amarelas;outro, de roxo claro é que floresce,e do outro níveas são as flores belas.

E sobre jovens a vibrar de almejos,das flores ditas uma chuva descecobrindo e perfumando quantos beijos!...

José Paes

“Só depois que a gente partee busca terras distantesque se vê o diamantea jóia que se perdeu!.(Gabriel Amaral)Por muitas terras e rios,Por muitas matas e serras,Por gente que não conheço,Por motivos idealista,Estou longe da terra que nasci.Já não vejo aquele céu tão azul,Tão majestoso em seu esplendor,Tão inigualável em seu infinito.Já não mais converso com as estrelas,Porque longe da minha terraElas não me respondem...

PARAISENSE AUSENTETânia Aparecida Pedroso Baldo

Já não mais medito,Pois aquela paz do anoitecerJá não existe.Já não canto mais,A última nota de uma melodia,Perdeu-se na serenata de um “adeus”.Estou longe do “Paraíso”Estou longe da terra em que nasciEstou longe do meu céu, das estrelasEstou longe do meu larEstou longe de mim,Porque já não sou eu mais que vivo,É a saudade que vive em mim.

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Quem vai de São Paulo e MinasAté chegar a Abadia,que “S” tão grande faz...É o “S” da saudadeque se escreve solidãoÉ o “S” com que se iniciaA minha quer ida São Sebastião...Lá nas montanhas de MinasEstendida na colina

Distante de sua terra...Não sei o que tem Paraíso...Que mistério a diviniza?Se é o clima... ou o povo seu.Só depois que a gente parteE busca a terra distanteÉ que se vê o diamanteDa jóia que se perdeu.Tenho fé que ainda um dia,Hei de voltar com alegria,Para rever novamente

O “S” DA SAUDADE

Dr. Gabriel do Amaral DiasComo um lençol a corarTem a graça e a singelezaTem a doçura e a belezaDa donzela a cismarCasas em fitas estendidas,M u i t o l o n g a s , m u i compridas,Que Deus lançou lá na serra,para amarrar na amizade,os que vivem na saudade,

Do jeito que ali deixeiMinha casa para abrigoMeus companheiros e amigosE tudo que ali amei.Quero rever as campinas,Aquele céu de purpurina,Aquela enorme lua cheiaQue nasce calma no Oriente:Tão grande como a saudadeQue toda a nossa alma invadePrá morar dentro da gente...

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Congado!Festa do presentefesta do passado!...Que veio lá de longe, de além marpara em nossa terra vir morar,sem mesmo ter alguém para dizercomo foi que essa festa começoue porque, até hoje ela durou,se a Igreja velha, do Rosário, antiga,há muito, por terra já tombou!Não mais bimbalha o sino barulhento,desafinado, todo enferrugento,

FESTA DO CONGADOProf. Edmeè Amaral Dias Gonçalves

na torre azul, bem colonial.E o galo de metal, empertigadoque acompanhou a festa do Congadojaz por terra cumprindo o seu fanal.Dança Congadeiro!Repica tua caixa, teu pandeiro,machuca bem o piso do terreiro,e torna o teu cantar mais dolente!Balouça no ar as fitas coloridas,resto de tradições, de lendas tão vividas.

ÚLTIMO ADEUSProf. Ary de Lima

Bom dia, minha terra, linda namoradadesta saudade infinda e cruel que em mim existe.Quanto sofro por ti, na minha caminhada,numa ausência fatal que o peito não resiste!Se me ponho a buscar-te, assim emolduradana paisagem de luz desta existência triste,minh'alma não suporta a dor angustiadae só mágoas e pranto o meu olhar assiste!Eu quisera esquecer, porém, por mais que façapara apagar de mim teu mundo de bonança,tua saudade quando mais e mais me abraça!Eterno condenado a esse viver suicida,eu nada mais almejo a não ser a esperançade chegar ao meu fim, cantando a tua vida!

Tudo que há em ti dentro de mim palpita!Brilha em mim o teu sol, abrindo madrugadas,e se acaso tua voz aos meus ouvidos gritaé para recordar venturas não tombadas!

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Tenho por ti, no peito, um céu onde se agitao mistério do amor que acende as alvoradasdessa corrida louca, santa e até bendita,que faço ao te lembrar, nas minhas caminhadas!Estamos juntos, minha terra! Essa distância que tão longe nos deixa,a sós, tão desunidos, sucumbe na certeza doce da esperança:Se não posso viver nos risos do teu chão, bem sei que meu adeus irá aos teus ouvidos, na derradeira prece do meu coração!

Vem companheiro, eu vou te mostrarminha cidade, esta jóia sem parengastada no solo de Minas,a receber todas bênçãos divinas!Seu céu azul é um puro cristal,seu chão é rico de frutos e flores!Vem, companheiro vem ver que esplendores,jamais hás de ver uma jóia igual!

Alvissareira, soberba bisão,difícil ver outras coisas tão belas:os cafeeiros, lindos paralelos,são monges rezando na verde amplidão!

Inda não veio a gentil PrimaveraParece um sonho, uma santa quimera!o áureo ipê já floresce, ideal,e o manacá, a acácia real!Há tantas flores, há tanto perfumea se estender na pureza do ar!Vem, companheiro, vem ver o meu

CONVITE“Todos cantam sua terra, também vou cantar a minha”.

(Casemiro de Abreu)Ely de Lima

lar

Em São Sebastião do Paraísohá sempre alegria em todo sorriso!Seu povo capaz, vivendo em pazà luz deste sol, à luz do luareu sei, companheiro, tu vais invejar!Contempla agora só esta riqueza,uma das fontes da sua grandeza:extensos campos cor de esmeraldaque vão até dos montes à fralda;

Em São Sebastião do ParaísoHá sempre alegria em todo sorriso!Nos campos gerais nossos cafezais,à luz deste sol, à luz do luar,eu sei, companheiro, tu vais invejar!

encanto e beleza constantes resume!Em São Sebastião do Paraísohá sempre alegria em todo sorriso!E os jovens amando, crianças brincandoà luz deste sol, à luz do luar,eu sei, companheiro, tu vais invejar!

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Quem visita nossa cidade por ocasião do Natal, tem oportunidade de verificar que a celebração dos festejos natalinos, tem na Congada o seu ponto alto, já que a sua realização polariza as atenções de toda a comunidade. É que a Congada constitui um traço social que vem desde a fundação da cidade, nos idos de 1821 até a atualidade, sem nenhuma interrupção.

Essa manifestação popular foi introduzida pelos africanos destinados ao trabalho nas lavouras de café, já no início da segunda metade do Século XIX.

Os escravos aqui trazidos, procedentes do antigo Congo, Costa dos Escravos, da Costa do Ouro, de Angola e Moçambique, trouxeram além da força de seus possantes braços, sua música, conhecimentos sobre medicina, sua decantada arte culinária, suas crenças e manifestações religiosas. Dessas, a Congada ou o Congado, merece destaque especial.

A Congada tem suas raízes nas cerimônias de coroação dos reis que os africanos elegiam periodicamente, bem como no culto de louvação aos seus santos padroeiros. Nossa Senhora do Rosário, São Benedito e Santa Efigênia, culto esse introduzido pelos Padres Missionários portugueses, que levaram seus ensinamentos à mística África. Para melhor empreenderem seu apostolado, imisquiram nas danças pagãs

CONGADA

Terno de Congo - Desfiles noturnosPça. Com. José Honório

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dos negros essa devoção, trazendo-os para a religião católica. Daí a Congada que conhecemos, possuir um sabor todo religioso.

Os seus chefes máximos são: Suas Majestades o “Rei Congo” e a “Rainha Conga”, escolhidos pelo Vigário e pelos congadeiros, que antigamente eram membros natos da “Confraria de Nossa Senhora do Rosário”. E existem outros: O Vice-Rei, Vice-Rainha, Princesas, Guardas de Honra, “Meirinhos”, “Mesários”, Capitães de ternos de Congo e de Moçambique.

Comandam os “ternos”, um Capitão, que por sinal é sempre muito respeitado, o 2º, 3º e 4º Capitães. Um “Terno” é formado por 20,. 40, 60, 80, 150, 200 ou mais figurantes, incluindo-se adultos, jovens, moçoilas e crianças.

Os dançantes congadeiros se vestem com roupas vistosas, coloridas, usam chapéu de palha profusamente enfeitado de longas e coloridas fitas de tecidos multicoloridos e brilhantes. Envolvem a cintura com larga faixa de papelão recoberto de pano. Um ou outro “Terno” se apresenta descalço. Seus principais instrumentos são: de percussão “caixa” (de madeira com tampos de couro curtido), violas, pandeiros, reco-reco, sanfona, violino, etc.

O “Capitão” empunha, solene, seu bastão de comando (de madeira torneada, enfeitado com fitas de pano e encimado por uma cruz), postando-se à frente de uma das quatro filas de dançantes tendo à frente os vice-capitães.

Os “Ternos” são precedidos por um elemento chamado “porta bandeira”, que é uma estampa, em papel ou pano, tipo estandarte, seguro por uma haste de madeira, de um dos santos protetores do “congado”: Nossa Senhora do Rosário, São Benedito, Santa Efigênia, São Domingos, Santa Catarina e São Jerônimo.

Os “Ternos” de “Moçambique”, que é uma variação da Congada, são também chefiados por um “capitão”, igualmente respeitado por seus comandados e pelo povo em geral. Diferem eles dos congadeiros, principalmente pelos trajes; sobre a camisa de tecido vistoso e brilhante e sobre a

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calça, geralmente branca, vestem um saiote de tecido de cor viva; na cabeça, um gorro de papelão recoberto de pano e enfeitado com guizos de metal ou espelhinhos. Os “ternos” de Moçambique são formados por 40 a 100 figurantes, dispostos em alas de ambos os sexos.

Seus instrumentos preferidos são: Uma grande “caixa de marcação”, violas, bandolim, reco-reco, etc, completam sua enfeitada indumentária que, como os congadeiros, têm inspirado poetas e artistas plásticos.

Pessoas devotas de todas as camadas sociais, fazem promessas de se vestir de “rei” ou “rainha”, em honra aos santos padroeiros. Então, com antecedência, comunicam “Capitão” do terno de sua preferência, a intenção de cumprir sua promessa. No dia e hora combinados, aguardam à porta de suas residências, a “chegada” do “Terno” que os conduzem à Igreja Matriz de São Sebastião. Aporta da Igreja Matriz, os dançantes cantam para o “coroado/a, e, este/a nesse momento oferece uma “dádiva”, entregue ao Capitão ou ao “bandeireiro”.

No decurso do trajeto, que vai de casa do “coroado” à Igreja, os congadeiros e Moçambiqueiros, cantam e dançam, numa cadência sincopada, rítmica, que dá gosto apreciar, e, não é sem motivo que nossa cidade recebe por ocasião das Festas Natalinas, grande número de visitantes e de paraisenses residentes noutras regiões, que, atendendo à voz do coração, ao acendrado amor à terra natal, à tradição que a todos irmana, aqui retornam para assistir a festa do coração... a Congada, que é vivida do dia 26 ao dia 30 de dezembro. A partir das 20:00 hs. em todas as noites, são realizados grandes desfiles em que tomam parte todos os “ternos” da cidade além de outros ternos convidados da região.

A Praça da Matriz (Com. José Honório) e ruas adjacentes se tornam impotentes para abrigar a multidão de espectadores que se comprimem a fim de melhor apreciar os grandes desfiles; arquibancadas metálicas são armadas para o povo, palanque para às Autoridades, Rei e Rainha do Congo, cabines para TV, etc..

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Os Poderes Públicos Municipais, compreendendo o alto significado desta tradicional festa, em boa hora oficializaram-na através da Lei Municipal nº. 497, de 4/11/1960 e, uma via pública foi denominada em 1971, “Rua dos Congadeiros”; o “Monumento ao Congadeiro”, obra do escultor Johann Musil, foi erigido em 1972, à praça defronte à Igreja (nova) de Nossa Senhora do Rosário, na Vila Mariana.

O berço dessa dança profano-religiosa, só poderia ser a exótica África colonial, de onde procederam milhares e milhares de sofridos escravos, que supriram a falta de braço para o trabalho no Brasil de antanho.

Com a difusão generalizada e altamente compensativa da escravidão negra na Europa e suas possessões, recorreu-se ao possante e dócil braço negro, enviando-se à África os repulsivos navios negreiros, de maldita memória, e Portugal já em 1443, importava escravos. Entretanto, tal comércio começou a decrescer depois da vigência das leis do “Ventre Livre”, 1871; do “Sexagenário”, 1885 e da “Lei Áurea”, 13/5/1888, quando a escravidão foi extinta por completo.

Os escravos que os fazendeiros do Município adquiriam eram destinados à derrubada de matas e ao plantio de café e, muitos desses senhores, permitiam que seus subordinados cantassem sua saudade, cultuassem suas crenças de origem... deixando que organizassem “ternos de Congo”.

O primeiro “Rei Congo” que se tem notícia no município, foi o escravo Vicente Indelécio. Outro grande incentivador da Congada foi Antônio da Costa. Além de Vicente Indelécio, foram “Reis Congo”, os Srs. Lizandro, Cristiano Gonçalves, até 1918; José Francisco Cascas, até 1920; Graciano de Oliveira, até 1928; Luiz de Almeida, até 1930; Vicente Fortunato, até 1932; José Fortunato, até 1950; João Delfino, até 1969; Francisco Silvestre de Paula, (Chico Risada) até 1981. Sebastião Basílio, José Simão até 1990 e Francisco Silvestre de Paula Filho. Os atuais Reis Congo são o Sr. Sebastião Eurípedes e Páscoa e Artulino Duarte.

Já figuraram como “Rainha Conga”, as Sras. Dª. Ana

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Rosa, Dª. Delmira Rosa, Dª. Hortência Graciano, Dª. Bárbara Fortunato, Dª. Tereza Fortunato e Dª. Maria Pereira.

Atual “Rainha Conga”: Perpétua Antonia Maria de Jesus e Genuita Pereira de Paula

Princesas: Rosa de Fátima Camargo Paschoa e Maria Aparecida de Jesus Ivo.

Vice-Reis: Srs. Liberato, João Zeferino, Antônio da Venda, Osório Coelho da Silva, João Delfino e José Simão do Nascimento.

Foram Meirinhos: Étro de Oliveira e Antônio Pedro Ferreira.

A antiga Igreja de Nossa Senhora do Rosário construída antes de 1853, era um dos primitivos templos de nossa cidade e estava erguido no local onde hoje está situada a Biblioteca Municipal Prof. Alencar, à Praça Cel. João Batista Teixeira. Infelizmente a referida igreja demolida no dia 15 de junho de 1952, a fim de, naquele “largo” fosse construída a primeira estação rodoviária, onde hoje está situada a Biblioteca Municipal, além do edifício do Correio Central.

Posteriormente, construiu-se a nova Igreja de Nossa Senhora do Rosário, na Vila Mariana, à Praça Cel. Antônio Rodrigues, que foi solenemente consagrada no dia 18 de abril de 1976, e onde as imagens dos santos padroeiros da Congada até o ano de 2005 são depositadas, e a cada dia 26 de dezembro, são trazidas para a Igreja Matriz de São Sebastião.

Os mais antigos “Ternos” de Congo que se tem notícia foram os dos Capitães: Vicente Indelécio, João Soares, Antônio Soares, João “Bicudo” (da fazenda Itaguaba), Joaquim Bernardes, Chico Barreto, Pedro Ananias, José Maciel, Bertoldo, Joaquim Magro, Jerônimo Preto, Severino de Almeida, Emílio Ferreira, Antônio Torquato, José Anastácio, Geraldo Anastácio, Claudemiro Firmino da Silva, Osório Coelho, Francisco Preto, José Seleiro, Zeferino, Benedito Coelho, Tio Basílio, Zé Gasolina, Laércio Calixto, Francisco Silvestre de Paula (Chico Risada), Alfeu Fidélis, João Graciano, Benedito Ananias, Jerônimo (da Guardinha), Benedito Simão (da Guardinha), N. S. do Rosário do Capitão

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Chiquito Risada.Quanto aos antigos “ternos” de Moçambique

destacamos: José Calixto (que se vestia com penas de peru), Francisco Pedro, Abrão, Antônio Caixeiro, Banquelinho, José Pedrinho, Sebastião Vieira, Camboteiro, Dominguinho, Luiz Rocha e Hercílio Diamante.

Ocuparam o cargo de “Tesoureiro-mesário” da Irmandade de N. Sra. do Rosário: os Srs. Cel. João Batista Teixeira, Ananias Alves Ferreira, Alferes Antônio Ananias Alves Ferreira, Prof. Benedito Ferreira Calafiori, Sebastião Mendonça e atualmente Antônio Anicésio Mendonça. Auxiliares: Dª. Terezinha de Jesus Mendonça Lovo e José Bertolini.

Os ensaios de Congo e dos ternos de Moçambique, são realizados de setembro a dezembro, nas casas dos capitães ou nas respectivas sedes,; geralmente aos sábados à noite e são bastante concorridos.

Oficialmente, o Congado ou Congada tem início no dia 8 de dezembro por volta das 16 horas, diante da Igreja Matriz, com a presença do Pároco da Paróquia de São Sebastião, do “Rei Congo”, da “Rainha Conga”, de todos os “Ternos”.

Grande multidão de povo, se aglomera para presenciar a “subida” das bandeiras dos santos padroeiros, que são colocadas na ponta de seus respectivos que são fixados ao lado da Matriz, entremeio a dança, cantos, espocar de fogos e euforia popular, encerrando-se essa primeira parte., para recomeçar no dia 26 de dezembro e prosseguir até o dia 30, culminando com a realização de grande desfile na mencionada praça, que se torna pequena para acolher a multidão que se aglomera para aplaudir congadeiros e Moçambiqueiros, que se esmeram nessa última apresentação de encerramento de congada.

No primeiro dia do ano, lá pelas 16 horas, todos os “ternos” se reúnem para as despedidas, isto é, para a “descida” das bandeiras de seus mastros. Uma após outra, são retirados os mastros, sob aclamação dos dançantes que fazem vibrar

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com emoção, com suas cantorias e instrumentos, a compacta massa humana de aficionados da Congada.

A seguir, as “bandeiras” com as efígies dos Santos Padroeiros, são conduzidas pelos ternos em formação, às casas de pessoas que disputam a honra de guardá-las até o próximo 8 de dezembro, para reinicio de mais uma festa do Congado, centenária tradição paraisense.

Como já afirmamos, entre nós é bastante difundido o costume de se vestir de “rei” ou de “rainha” por ocasião da Congada, tanto é assim que pessoas de todas as camadas sociais, inclusive das mais abastadas, se vestem sem nenhum respeito humano, envergando capa de seda real (azul para o sexo masculino e branco ou rosa para o sexo feminino), tendo na cabeça uma coroa, geralmente de papelão recoberta de tecido ou pintada, artisticamente ornamentada.

O “coroado” se faz acompanhar de um “guarda” (geralmente pessoa da família, homem ou mulher), que empunhando um guarda-chuva ou sombrinha, cobre o “coroado(a)”, à guisa do pálio.

Assim, aparelhados, o “coroado” e seu “guarda”, recebe a visita do terno que o conduz até à Igreja Matriz, onde vai cumprir sua promessa, aos pés da imagem do Santo preferido. Diante da porta principal da Matriz o “terno” se abre em alas e o “coroado” e seu “guarda” caminham entre alas, voltam-se para o “terno” e ficam ouvindo o canto de despedida dos dançantes, ocasião em que, furtivamente, entrega a sua oferta ao “Capitão”. Então, ele e seus companheiros, agradecem e se retiram, cantando.

É deveras interessante o encontro de dois “ternos”, reverentes, cerimoniosos, se entreolham, se reverenciam e, dançando cantam:

Boa tarde Capitãoe também ao batalhãoaqui fica a saudaçãodeste simples batalhão...

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Em nossas observações colhemos mais alguns versos que sempre são cantados:“Me ajude companheironesta hora de alegria:Os seis santos do NatalQue vão ser os nossos guias”.

Me ajude companheironesta hora tão contritoquem vai ser o nosso “guia”É o Senhor São Benedito...

Encontrei Nossa Senhoralá na beira do riolavando os paninhosdo seu bento Filho.

CORO

Ê, Ê, Ê...Ê, Ê, Ê...

Meu São BeneditoBençoai esse bom povo,

Muito boas festas,Bom ano novo...”

CORO

Ê, Ê, Ê...Ê, Ê, Ê...

“A filha do rei,Parece a flor do dia,P'ra uns dá tristeza,P'ra outros alegria...

CORO

Ê, Ê, Ê...Ê, Ê, Ê...

“Oh, rei do Congo,Eu vim te buscar.Em nome de Deus,Eu vou te levar...”

No encerramento da festa do Congado, quando se faz a entrega da última “bandeira” defronte a casa da “madrinha”, os congadeiros se despedem do povo que os acompanha na entrega, cantando: Adeus cidade, adeus Maranhão, Adeus povo bom de São Sebastião. Eu agora vou remando contra a maré meu amigo, adeus, adeus... até prô ano que vêm se Deus quiser...

E, assim, religiosamente, ano após ano, de geração em geração, tudo isso se repete: ensaio de setembro a dezembro... 8 de dezembro “subida das Bandeiras”... 26 a 30 de dezembro, congadeiros e moçambiqueiros enfeitados, alegrando, movimentando a cidade... 1º de janeiro, “entrega” das “bandeiras”,... último ato de despedida... até o ano que vem...

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TERNOS DE CONGO DA ATUALIDADE

XAMBÁSede: Rua Pedro Bueno, 609

UNIÃOSede: Rua Antônio Costa Bairro N. S. Aparecida

IPIRANGASede: Av. Wenceslau Brás, 1651

BELA VISTASede: Rua Sassafrás

SABIÁSede: Rua Sales Naves, 255

CANÁRIOS PARAISENSESede: R. Djanira A. Zague, 273

ANJOS DE SÃO BENEDITOSede: R. Irene Dramis, 20 Veneza II

ANGOLASede: R. Maria José Paula, 145CAÇULAS PARAISENSES

TERNOS DE MOÇAMBIQUE DA ATUALIDADE

ARTULINO DUARTESede: Av. Wenceslau Brás, 1888

MENSAGEIROS DE SÃO BENEDITO

DIAMANTESede: R. Antônio Costa, 24

UNIÃO DE SÃO BENEDITO

FILHOS DE SÃO BENEDITOSede: Rua Vitaliano Rossi, 15

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SANTOS DUMONTSede: R. Dr. Luiz Sanches Lemos

Nª SRª. DO ROSÁRIOSede: Tv. Ananias Alves Ferreira, 195 Hélio Silva

ZAMBIÊ DE ANGOLA

CORTE REAL DO CONGADO ATUAL

Rei do Congo: Sebastião Eurípedes de Páscoa e Artulino DuarteRainha Conga: Perpétua Antônia Maria de JesusRainha Conga: Genuíta Pereira de PaulaPrincesa: Rosa de Fátima Camargo Paschoa e Maria Aparecida de Jesus IvoMesários: Terezinha de Jesus Mendonça LovoFrancisco Mendonça Vieira José Bertolino.

O Culto às tradições é uma constante no dia-a-dia do ser humano. Todos os povos têm suas tradições enraizadas nos usos, costumes, crenças, lendas, expressões lingüísticas, danças, vestimentas, culinária, etc. Dentre as manifestações que acontecem em nosso País, durante o solstício de verão, isto é, entre 21 de dezembro até 20 de março, afora o Natal de

FOLIA DE SANTOS REIS

Festival de Companhias de Santos ReisPraça dos Imigrantes

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Cristo, sobressai-se a chamada “FOLIA DE REIS”, também de caráter eminentemente religioso.

É comemorada logo após o Natal, e se estende até o dia 6 de janeiro, consagrado à Epifania do Senhor ou dia de “Santos Reis”. Esses “Magos”, vindos do Oriente e guiados por uma estrela de luz refulgente, encontraram, após longa e singular jornada, o Menino Deus, que nascera no dia 25 de dezembro, reclinado numa manjedoura, no interior de uma das grutas então existentes nas proximidades da cidade de Belém, na Judéia. Os Magos encontraram o Filho de Deus encarnado, em companhia de sua Mãe, a Virgem Maria e de São José. Vendo-O, adoraram-No e ofereceram-Lhe ouro, incenso e mirra, porque reconheceram nEle o Salvador do Mundo.

Por essas bandas dos Estados de Minas Gerais e de São Paulo, existem muitíssimas “Companhias de Reis”, dado ao profundo sentido de religiosidade de mineiros e paulistas.

Mencionadas Companhias são compostas de 15 a 20 pessoas, entre rapazes e pessoas adultas. Esses bandos percorrem bairros da periferia de vilas e cidades, sítios e fazendas cantando e louvando o nascimento do Menino Jesus.

Nessas andanças, costumam receber “esmolas” ou contribuições por parte de moradores d casas visitadas. Essas “esmolas” servem para custear a aquisição e/ou reparos de instrumentos musicais, para ocorrer parte das despesas da tradicional mesa de doces montada na casa do festeiro, no dia da festa (06 de janeiro). Dela participam todas as pessoas presentes, quando da chegada da Companhia e após a reza do Terço, e da escolha dos novos festeiros para o próximo ano.

A Companhia se reveste de caráter sagrado, pois os foliões se consideram representantes dos Reis Magos, que peregrinaram à procura do local onde nascera Jesus, o Filho de Deus Encarnado. Daí, tais visitas se revestirem de um ritual todo especial, pleno de reverências, principalmente quando há presépio armado na casa visitada.

Em suas cantorias, os versos abordam os temas: Anunciação de Nossa Senhora, Nascimento de Jesus, Estrela Guia, Viagem e Adoração pelos Reis Magos, Ofertório,

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Agradecimento, e Despedida.A presença de “palhaços” (alferes), nas Folias de Reis,

não lhes tira o caráter sagrado do peditório. Mas, de certa forma, os “alferes” ofuscam o brilho e o caráter religioso das Folias. Por outro lado, afirmam que eles devem assim proceder, porque são espiões do Rei Herodes, são satanases, e como tal, devem semear a cizânia. São chamados, ainda de: “guarda da companhia”, “mocorengo” ou “marengo” ou “morongo”. Algumas companhias se apresentam com dois “alferes” e outras com três.

INSTRUMENTOS USADOS PELAS COMPANHIAS

Os principais são: “Caixas” de percussão, que eles próprios confeccionam. “Rebeca”, ou seja: violino com quatro cordas de tripa e sonoridade fanhosa, que se toca apoioando-o na altura do coração ou do ombro esquerdo, mas sempre com a parte superior do arco voltada para baixo. Além desses utilizam viola, violão, cavaquinho, sanfona, pandeiro ou adufo, reco-reco, bandolim, e vez ou outra, aparece até flautista.

UM POUCO MAIS DE HISTÓRIA

Desde os primórdios da religião cristã, comemora-se a festa do nascimento de Jesus Cristo, dando-se a tão magno acontecimento, o destaque especial, que foi regulamentado no ano de 138, pelo Papa São Telésforo. Mas, foi o Papa Júlio I, que no ano 376, fixou-lhe a data de 25 de dezembro.

A Epifania, que quer dizer: “amanhecer da luz do dia”, que é uma festa coletiva de vários fatos da vida de Jesus, também não tinha data certa, até que a Igreja resolveu fixá-la no dia 6 de janeiro, com o caráter de ser comemorada a divindade de Cristo, ante as evidências dos textos sagrados, as profecias de Isaias, a viagem e a adoração dos Magos vindos do Oriente, à procura do Menino deus, guiados que foram por seus conhecimentos das Escrituras e pela “Estrela-Guia”.

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Segundo os mais acertados cálculos dos sábios historiógrafos, a Virgem Maria nasceu em Sefero, distante três léguas de Nazaré, no dia 8 de setembro, num sábado, do ano 5134 da criação do mundo e 2942 do dilúvio universal.

A Virgem Maria, foi apresentada no templo, quando tinha 3 anos, 2 meses e 13 dias, num dia 21 de novembro, sábado.

Apesar de ter feito voto de perpétua castidade, segundo os Estatutos do Templo, as virgens votadas ao Senhor, deveriam, aos 15 anos, sair do Templo, casadas. Ela teve, então, aviso do céu que seu propósito fora aceito por Deus e que fizesse o que os sacerdotes ordenassem. São José também tinha feito voto de castidade e também a ele, antes dos desponsórios, o Espírito de Deus o animara em seu sublime propósito. Assim, como afirma o douto Souza de Macedo: “Com que ânimo, com que espírito se deram as mãos, na cerimônia de casamento, a pudicíssima Virgem, resignada em Deus e a humildade de S. José, aceitando-a por “Senhora”! Após o casamento, comunicaram uns aos outros seus intentos e os respectivos votos de estado virginal, que com grande alegria, os ratificaram e os renovaram.

A Anunciação do Anjo a Maria, que ela seria a Mãe do Salvador, deu-se depois de seis meses e dezessete dias de estar a Virgem casada. Saudou-a com a saudação que nunca tinha sido feita a mulher alguma, ou seja: “Ave, cheia de graça”... Com o seu: “Faça-se, conforme a vontade de Deus”, ela tornou possível a salvação do mundo decaído pelo pecado original. E quem poderá explicar o mistério divino da Encarnação do Verbo de Deus? Só o profeta Isaias para falar deste mistério, foi arrebatado ao céu, acima dos Anjos, onde diante do Trono do Altíssimo, um Serafim lhe purificou a boca, a fim de que pudesse profetizar a respeito. Como poderá um simples mortal compreender tão importante mistério? Humilhemo-nos ante a sabedoria e o poder do Senhor!

Morava Sta. Isabel com seu marido S. Zacarias (um dos 24 sacerdotes que serviam no templo), em Hebron, cidade situada nas montanhas de Judá, distante 32 léguas de Nazaré.

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A celebração da Epifania ou manifestação de Cristo ao mundo, através da Adoração dos Magos.

Tudo indica que, deve ter ocorrido no século III, por volta do ano 361.

Segundo a tradição, os Magos descendiam de Job, que outrora viveu na região da cordilheira do Cáucaso, na Ásia Setentrional. Um dos discípulos de Balaão (Livro dos Números, 22), que fizera seu apostolado lá, anunciou a profecia feita por seu mestre: “Um astro sai de Jacó, um cetro levanta-se de Israel, que fratura a cabeça de Moab, o crânio desta raça guerreira”. Num. 24-17. Tal profecia causou profunda impressão naquele povo. Então, numa montanha bem alta, construíram uma torre, onde sábios e astrônomos passaram a viver e a pesquisar os astros, com o objetivo principal de descobrir o aparecimento da “estrela de Jacó”. Tudo era observado e anotado, para, depois ser anunciado ao povo.

NOSSAS COMPANHIAS DE REIS

Assim como a Congada, normalmente são realizados “Encontros de Companhias de Reis”, do município e da região. Nessas apresentações em que se mostram e cantam, geralmente no coreto da Pça. Com. José Honório,ou na Praça dos Imigrantes em princípios do mês de janeiro, comparecem até 20 ou mais “Folias de Reis”, numa seqüência com duração de várias horas.

O público gosta e comparece, aprecia e aplaude os foliões de Santos Reis.

Atualmente, existe cerca de 20 Companhias em nosso município. As principais são: da Fazenda Marques, Faz. Morro Alto, Guardinha, Faz. Pimentas, Faz. Pedroso e Faz. Chapadão, dentre outras.

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ALGUNS VERSOS CANTANDO AS “PROFECIAS” DO NASCIMENTO DO MENINO JESUS

VISITANDO UMA CASA

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DIANTE DE UM PRESÉPIO

“Bendito e louvado sejaquando aqui chegamos,Deus Menino na lapinhafoi o primeiro que encontramos.

Bendito e louvado sejanesta hora de alegriaavistei Jesus Menino,São José e a Virgem Maria.

Bendito e louvado seja,O Menino Jesus nasceu.Pois o galo já cantoue o sino no céu bateu.Vou saudar o galo bento,que cantou naquela hora.

Cantou: Jesus nasceu,Filho de Nossa Senhora.

Deus salve este galoque cantou o nascimento.Nossa Senhora abençoouesse bendito galo bento.

Deus salve a rapozinha,que foi fazer sua caridade.Nossa Senhora abençooupor ver sua boa vontade.

Deus salve o Anjo da Glóriaque a corneta já tocouAnunciando o nascimento

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Do menino Salvador.

Salve as flores e o matinhoque nasce rente à terra.Que fique sempre verdinhoconservando a primavera.

Vamos saudar o seu presépioTudo tão belo e preparado.Enfeitados com lindas conchinhasDas águas azuis do mar salgado.

Abençoado seja a mãoque enfeitou esta lapinhaHá de ter Nossa SenhoraPrá sempre sua madrinha.

Já saudei o seu presépiotudo saudei no geralmente.O senhor, sua bela famíliae todos aqui presentes.

Deus Salve os Reis Magosque chegaram por derradeiroPrá visitar o Deus Meninochegando lá fora os primeiros.

Vou saudar seu presépiodá licença, meu senhor.Prá saudar o Deus Meninonosso santo Salvador.

São José e Santa Mariaviemos aqui prá visitar.O Salvador, o Deus MeninoQue a Folia quer adorar.

O galo do céu cantouos da terra cantaram também.Nasceu Jesus Meninona lapinha de Belém.Já chegou toda criaçãovamos ver o que aconteceu.

vou fazer o sinal da cruz.Deus Menino nos ajudePara sempre, amém, Jesus!”

Nasceu Jesus Meninona lapinha tão agreste.

Salve a vaca e a burricaque bafejou o Deus Menino.Nossa Senhora abençooucom seus poderes divinos.

Deus salve o carneirinhoquando Nossa Senhora deu à luz.Profetizou o nascimentoEm Belém nasceu Jesus.

Já chegamos em visitacom muito gosto e alegriavamos beijar o Deus MeninoFilho da Virgem Maria.

Salve as flores e o matinhoE os três Reis do OrienteSaudamos todas as figurasSaudamos, tudo, geralmente.

Deus Menino na lapinhacom seu colchãozinho dourado,coberto com lindo mantorecortado e com bordado.

Abençoada seja a mãoque acendeu esta luz.Há de ser sempre ajudadoe abençoado por Jesus.

Já saudei o seu presépionesta hora de alegria.Também saudo o meu senhore sua bela família.

Este é o derradeiro verso

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RETORNO DA COMPANHIA À CASA DO FESTEIRO6 DE JANEIRO

No dia 6 de janeiro, a partir do meio-dia e até lá pelas 14 horas, retorna a Companhia de seu giro de visitas pelos sítios e fazendas da redondeza, à casa de onde saíra dias atrás, isto é, à casa do festeiro. O momento da “chegada” da Companhia é muito interessante e é aguardado com interesse e muito carinho, pela pequena multidão de pessoas de todas as idades e condição social, do bairro ou dos lugares mais diversos, que se aglomera na casa do festeiro, que a todos recebe com muita satisfação.

São erguidos “toldos” ou “áreas cobertas”, utilizando-se bambu ou pau roliço, e cobertura com plástico, coqueiro, ou outro tipo de cobertura, sob o qual arma-se uma enorme mesa tosca, a fim de ser servido aos presentes, farta mesa de doces, depois da chegada da Companhia, rezado o terço ou celebrada missa, e escolhido o novo casal de festeiros para o ano vindouro.

A cantoria, o som dos instrumentos musicais, e foguetes espocando nos ares anunciam a chegada da Companhia. Então as atenções se voltam para os foliões que, precedidos pelo “Bandeireiro”, passam diante do 1º arco onde o casal festeiro, devidamente coroado os aguarda.O “Embaixador” canta cumprimentando os festeiros e narra o giro de visitas da Companhia; faz menção às ofertas recebidas que se encontram com o “Capitão” ou “Gerente” e pede permissão para desatar a corrente que liga as hastes do primeiro arco, cantando:

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Fizemos as visitas com os Três Reis SantosSábios e santos Reis lá do Oriente,Preciso de sua licença, meu festeiroPrá arrebentar e cortar esta corrente.

Nós recebemos esta bandeirano dia 1º de janeiroAgora pedimos ao “Bandeireiro”.que a devolva ao festeiro.

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Neste momento, o “Bandeireiro” passa às mãos do festeiro aquele “pano sagrado”. Este, geralmente, se ajoelha para recebê-lo. Está cumprida a sua promessa. A seguir o “Embaixador” canta:

Na chegada de nossa CompanhiaO meu festeiro se ajoelhou.Já cumpriu sua promessa

Para os três Reis Santos, sim senhor!Você já pode se levantarJá cumpriu sua promessa.

A Companhia dos Três ReisNão pode andar com pressa.

Sua promessa, Sr. festeiroQue aquela hora se ajoelhou;Foi direta lá pro céu!O Senhor aceitou e abençoou.

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Os donos da casa convidam, a seguir, as pessoas presentes para que se sirvam da farta mesa doces, disposta e à vista de todos. E, assim, ano após ano, esta tradição é revivida em todos os seus detalhes e fascínio, por esse Brasil afora...

CARNAVAL

Milhões de pessoas no mundo todo comemoram o carnaval. Em muitos lugares, vincula-se a festa à proximidade da Páscoa. Em ou t ro s , à chegada da primavera.

A r a i z d e s t a f e s t i v i d a d e s u rg i u h á milhares de anos, ligada aos rituais de fertilidade e de mudança das es tações climáticas. Muitos estudiosos a associam à Lupercália romana, um festival criado para celebrar a chegada da p r i m a v e r a q u e s e

Sra. Railda Braga Petrus1ª Rainha do Carnaval Paraisense

Março de 1949

transformou num período de orgias e de lutas de gladiadores.

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A Lupercália foi considerada pecaminosa pelos primeiros cristãos, mas os dirigentes maiores da Igreja não conseguiram erradicá-la. O jeito foi transformar os costumes pagãos em festivais e programá-los para antes da Quaresma, o período de 40 dias de jejuns e ritos solenes que precede a Páscoa.

Em nenhum lugar do mundo o carnaval alcançou tanta importância quanto no Brasil. No Rio, a festa criou uma indústria que funciona durante o ano inteiro. Escolas e blocos contam com profissionais em tempo integral contadores, desenhistas, assessores de imprensa, diretores artísticos e auxiliares. O carnaval movimenta milhões de reais.

O carnaval carioca nem sempre foi tão grande. Durante séculos, a festa foi predominantemente religiosa, com pequenas procissões em vários pontos da cidade. No século passado, os bailes de máscaras e os luxuosos trajes da sociedade européia passaram a atrair a elite carioca. A primeira escola de samba surgiu numa favela em 1928. A partir da década de 30, o carnaval começou a adquirir a sua forma atual.

Aqui em Paraíso, ele chegou com mais entusiasmo a partir da década de 1930, com o fausto proporcionado pela gigantesca produção de café, que gerou prosperidade e requinte, não só nas altas esferas de nossa sociedade, mas nas demais camadas que dela faziam parte.

Conta-se que ficaram famosos os não muito inocentes “limões de cheiro”, isto é, limões preparados dos quais se extraiam o suco e se introduziam no limão água perfumada. Tais limões eram sorrateiramente atirados nas pessoas, por jovens traquinas, à guisa de brincadeira, nos dias de carnaval, não faltando serpentina, confete e lança-perfume francesa, que corria solta. Bastava ter dinheiro para comprá-la. Os melhores bailes eram realizados na antiga “Sociedade Italiana” e, anos depois, no “Clube Paraisense”.

Naqueles velhos tempos, o “Rei Momo” também; era o Sr. Paulo Osias de Sillos, foi o primeiro dessa alegre dinastia. As crônicas da época registram como alegres pierrôs e

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apaixonantes colombinas os Srs. Napoleão Joele, Benedito e Luizinho Resende, Jorge e Elias Silva, Augusto Correia, Paschoal Albanez, José Paiva, Dr. Hercílio Carnevale, João Gomes Marcondes, Vilobaldo Dantas, Lugarda Caleiro, Ruth Cosini, Beatriz Vilela, dentre outros. Na década de 1940/50, o “Rei Momo” foi o Sr. José Lemos. Convém registrar o seguinte: Naquele tempo existia a Cia. Mogiana de Estradas de Ferro, que transportava passageiros por essa região. Então, no sábado de carnaval, o “Rei Momo” ia com o seu séquito até a estação da Fazenda Ipoméia e aguardava o trem, que chegava aqui às 20:18h. Quando o trem apitava na estação, o povo já estava esperando sua Majestade o Rei Momo. Era uma explosão de alegria e espocar de fogos de artifício. O cortejo formado por automóveis conversíveis apinhados de gente grã-fina, se dirigia a Praça da Matriz e ficava contornando-a. O povão ficava postado nos passeios da praça, enquanto que os ocupantes dos automóveis se divertiam em atirar serpentina, confete, lança-perfume, no povo, entremeio a muita batucada e fazendo buzinaço.

De 1950/60, o carnaval foi ficando cada vez mais popular e tomando outra feição, ou seja, foram surgindo os primeiros grandes blocos carnavalescos e com ele seus grandes animadores, os Srs. Gilberto de Carvalho, Adolfo Pereira, Elzio Bérgamo e Luiz Montaldi.

Posteriormente, apareceram outros “blocos” mais sofisticados como: “Bafo da Onça”, “Os Velhinhos Transviados”, “Iaúca”, “El Dorado”, “Os Bruxos”, “Os Tratões”, “Os Piranhas”, “As Kokotinhas”, dentre outros que ficaram gravados na saudade...

Mais recentemente temos a considerar as escolas de samba: “Mocidade Independente Pérola Negra”, dirigida pelo entusiasmo contagiante de Carlos Gonçalves (Carlinhos Margarida), “Escola de Samba Minas de Ouro”, presidida pela batalhadora e genial Lucy Meire Maldi e, “Escola de Samba Unidos do Alto”, presidida pelo tradicional folião João Francisco de Souza, o popular "borracha”, Escola de Samba “Mocidade Alegre”.

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A Sra.Railda Braga Petrus foi a primeira Rainha do Carnaval paraisense, tendo sido coroada no dia 1º /3/1949.Rei Momo 2006: Lucimar Nicolini Lopes (Quinho)Rainha do Carnaval 2006: Paula Andressa da Silva Cassaroli Rainha Mirim 2006: Sabrina Bogas PimentaPres. da Ass. Folclórica das Escolas de Samba de S. S. Paraíso: Waldemar Francisco

BIBLIOTECA DOS ESCRITORES PARAISENSESAnexa à Casa da Cultura

Sentimos justificado orgulho toda vez que um paraisense lança um livro de sua autoria. É que o surgimento de novo livro, reflete não só o esforço intelectual coroado de êxito de seu autor, como enriquece a Biblioteca dos Escritores Paraisenses, o que sempre reflete positivamente na conceituação intelectual de São Sebastião do Paraíso, criada e mantida anexa a Casa da Cultura, o que sempre reflete positivamente na conceituação intelectual de São Sebastião do Paraíso, como celeiro de obras técnicas e/ou literárias. O acervo da Biblioteca dos Escritores Paraisenses acima referida é composto por quase 200 obras. O público tem acesso a tais livros mediante solicitação à Direção da Casa da Cultura.

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ONTEM E HOJEPARAISENSES NA ALTA POLÍTICA

- Deputado Federal José Luiz Campos do Amaral Jr. (1899) Eleito, mas não tomou posse.

Abaixo, relacionamos aqueles que, representando-nos, ou representando outras cidades ou Estados, escreveram páginas memoráveis, como líderes políticos de grande valor, dentre outros:

É ponto pacífico que todas as decisões que beneficiem ou prejudiquem o povo, são decisões tomadas por políticos em nome do povo. E, dentre os filhos desta terra, tem surgido líderes inteligentes e bons de voto, que através de suas atuações bem representaram São Sebastião do Paraíso até em âmbito nacional.

- Deputado Federal Prof. Ary de Lima, pelo Estado do Paraná.- Deputado Federal Dr. Paulo Pimenta Montans e Dep. Estadual pelo Estado do Paraná, Secret. de Estado da Agricultura, pelo Paraná e Prefeito Municipal de Cornélio Procópio - PR.

- Deputado Federal Delson Scarano, em duas legislaturas, Dep. Estadual em três legislaturas anteriores, membro das O.I.C. e Diretor da Ruralminas.

- Deputado Estadual Dr. Augusto Batista de Figueiredo em três legislaturas sucessivas.

- Interventor Estadual (Governador) Dr. Noraldino Lima, nomeado pelo Pres. Getúlio Vargas. Foi ainda Deputado Federal, Deputado Estadual, Secretário de Estado da Educação e Cultura e Pres. da Academia Mineira de Letras.

- Deputado Estadual José Luiz Campos do Amaral Jr. (1903) Eleito e reeleito.- Deputado Estadual Dr. José de Souza Soares Assumiu a vaga surgida com o falecimento do Dep. Cel. Elias Teotônio Batista (1917/1918).

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- Vereador Paulo Rui de Oliveira Pres. da Câmara Municipal da Capital de São Paulo.- Vereador João Aparecido de Paula Vereador à Câmara Municipal de São Paulo, capital.

- Deputado Estadual e 1º Vice-Presidente da Assembléia Legislativa de Minas Gerais Rêmolo Aloise (na atualidade).

- Deputado Federal e Ex-Ministro de Esporte Carlos Carmo Andrade Melles (na atualidade).

- Deputado Federal Sebastião Curió Rodrigues de Moura, pelo Estado do Pará, e, Prefeito Municipal de Curionópolis - PA.- Deputado Federal Benedito Domingos, pelo Distrito Federal.

O Professor Nixon foi diretor, de 1922 até 1930. Depois foram Diretores os professores Tabajara Pedroso e o Dr. Lamartine Amaral. Sob a direção deste último o Ginásio Paraisense passou a ser reconhecido oficialmente, através do Decreto nº. 21.376, de 9 de maio de 1932.

Devido à transferência do Revmo. Padre Benatti para Andradas em 04/03/1913, o Ginásio passou a ser mantido pela Câmara Municipal, sob a direção do farmacêutico José Ribas Toledo Duarte. De 1914 até 1922, dirigiu-o o professor Georges Aluysios Nixon, em cuja gestão o Município construiu o primeiro prédio do Ginásio, ou seja, a ala interna atual da E. E. Paraisense, à Av. Mons. Mancini.

A 7 de outubro de 1906, o Pe. Dr. Aristóteles Aristodemus Benatti organizou um estabelecimento de ensino secundário modelo, ou seja, O Ginásio Paraisense. Foi decisivo o apoio do ilustre Dr. José Bento de Assis, então promotor de Justiça da Comarca.

PIONEIRO NA REGIÃOANTIGO GINÁSIO PARAISENSE

ESCOLAS QUE NÃO EXISTEM MAIS

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No ano seguinte, eles resolveram oferecer ao então Pároco e Diretor, Mons. Mancini, o curso técnico. Assim foi criada a Escola Técnica de Comércio “São Sebastião”, com os cursos Básicos Comercial e Técnico em Contabilidade. Através da cobrança de módicas mensalidades por parte dos alunos, logrou-se possibilitar jovens oriundos das classes mais modestas da comunidade pudessem também estudar, pois naqueles tempos não havia ensino oficial gratuito. Dessa forma o ensino médio foi se popularizando gradativamente, até que em 1989, mediante contrato de comodato firmado entre a Mitra Diocesana e a Prefeitura Municipal, mencionada escola passou para a responsabilidade da Municipalidade. Devido à criação de cursos de computação junto a E. E. Clóvis Salgado, a Escola Técnica de Comércio de São Sebastião passou a ser deficitária. Por essa razão a Prefeitura a extinguiu

Dr. Dr. Placidino Brigagão, 1257

Na década de 1940, o ensino médio, na época, se resumia na existência do então Ginásio Paraisense (para estudantes masculinos) e Colégio Paula Frassinetti (para o sexo feminino). As irmãs Dorotéias, mantenedoras do “Paula Frassinetti”, requereram e instalaram, em 1947, o curso Técnico em contabilidade anexo ao referido Colégio.

“SÃO SEBASTIÃO”ESCOLA TÉCNICA DE COMÉRCIO

Depois do Dr. Lamartine Amaral, que se afastou em 1940, assumiu a direção o Dr. Pedro de Souza e Silva, tendo passado em fevereiro de 1944 a direção ao Instituto dos Irmãos das Escolas Cristãs, ou sejam Irmãos Lassalistas, até 1957. Na seqüência foram Diretores, o Padre Vicca e finalmente Monsenhor Jerônimo Madureira Mancini, que o transferiu para a Rua Dr. Placidino Brigagão, no mesmo prédio onde funcionava a extinta Escola Técnica de Comércio São Sebastião. O antigo Ginásio foi transformado em Colégio Paraisense, com os cursos Ginasial e Científico. Suas atividades foram encerradas em 1982.

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ESCOLA DE FARMÁCIA E ODONTOLOGIA

Conseguida essa autorização-prévia, seus alunos dos cursos de farmácia e odontologia freqüentaram as aulas e concluíram seus estudos normalmente até 1939, quando, foi negada autorização definitiva de funcionamento, confome parecer exarado pela Comissão de Inspeção Federal, composta pelos Drs. João Ladeira de Senna, Agenor Lopes

em 1998.

DE S. S. DO PARAÍSO

Foi declarado que o seu “Patrimônio” seria de 50:000$000 (cinqüenta contos de réis), a ser integralizado, além do prédio estadual da antiga cadeia-forum, doado à entidade pelo então governador Dr. Antônio Carlos de Andrada.

Mencionado estabelecimento de ensino superior iniciou suas atividades em 20/04/1929, sob a denominação inicial de “Curso Livre de Pharmacia e Odontologia”, sendo Diretor: Dr. Lamartine Amaral (Cirurgião Dentista) Vice-Diretor: Farm. Raymundo Calafiori e Secretáro: Farm. Antônio Amaral, sociedade educacional de quotas de responsabilidade limitada, sob o regime estadual instituído pelo Dec. 9146. de 11/09/1929, referendado pela Lei nº. 1154, de 6/9/1930.

Mencionada Escola funcionou normalmente com dois cursos Farmácia e Odontologia até o ano de 1931, quando o Ministro da Educação Dr. Francisco Campos, reformulou o ensino no País, proibiu as escolas livres e estaduais de funcionarem no País, permitindo o funcionamento do Ensino Superior, exclusivamente sob fiscalização federal (Dec. 19850, de 11/04/1931).

Extinta, pois, por força de lei federal a autorização para funcionamento estadual, assumiu a direção da mesma por delegação dos sócios-quotistas, o Dr. Salvador Grau, que passou a pleitear autorização-prévia federal de funcionamento.

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Secretário Fam. Carlos Grau.20/02/1937 a 20/12/1939 Dr. Geraldo Virgílio do Santos19/02/1934 a 20/02/1937 D. Paulo Reis

Cançado e Jurandir Lodi.

1929 a 22/11/1932 Dr. Lamartine Amaral22/11/1932 a 19/02/1934 Dr. Salvador Grau

Exerceram função de Diretor:

Uma das exigências da Comissão Fedeal de Inspeção e que não foam cumpidas por parte da Sociedade mantenedora da mencionada Escola, dizia respeito a não integralização dos cinqüenta contos de reis, por constituição de seu “Patrimônio”, exigência legal de fundamental importância.

Baseado nesse relatório, o Conselho Nacional de Educação declarou extinta a Escola de Pharmacia e Odontologia de São Sebastião do Paraíso em 1940. Seus alunos foam absorvidos pelas faculdades cogêneres de Ribeirão Preto e Alfenas (esta em funcionamento mdesde 1914).

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BIBLIOGRAFIA

Instituto de Estudo Genealógico São Paulo, SP.Arquivo Público Mineiro Belo Horizonte MGMuseu Histórico Municipal “Napoleão Joele” São Sebastião do Paraíso, MG.Almanack Sul Mineiro Bernardo Saturnino da Veiga 1874 e 1884 Ouro Preto MG.Arquivos da Paróquia Município de Jacuí, MG.Arquivo Público Municipal Pref. de São Sebastião do Paraíso MG.Arquivo da Câmara Municipal de S.S. do Paraíso, MG.“São Sebastião do Paraíso e sua História” Dr. José de Souza Soares, 1945.“Enciclopédia dos Municípios Brasileiros” - Jurandir Pires Ferreira 1959.Documentos do 3º e 4º Distrito de Imigração, Lavras, MG.Arquivo Cúria Metropolitana de São Paulo.Cidade da Campanha Monsenhor José do Patrocínio LefortParóquias Paulistas do Sul de Minas José Guimarães (Ouro Fino).Na Luz Perpétua João Baptista Lehmann 1935.Manual do Juiz de Paz Wilson Veado.História Geral do Brasil Fco. Adolfo de Varnhagen Visc. de Porto Seguro.História da Civilização Mineira Dr. Diogo de Vasconcellos.Sebastião Tadeu dos Santos Trabalhos Técnicos. Arquivo da Paróquia de S. Sebastião.Arquivo da Paróquia de N.S. da Abadia.Arquivo da Paróquia de Guardinha.Minas Gerais Roberto Capri Belo Horizonte 1916.Guia do Sul de Minas João Matzner 1950.Revista do Centenário Manoel W. Oliveira S. Romaz de Aquino.O Capitão Diogo Garcia da Cruz Ricardo Gumbleton Daunt.Suplemento ilustrado D'O Liberal 1943 S.S. Paraíso.Cartório Registro Civil de S. S. Paraíso.

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Todos os Jornais editados em nossa cidade testemunhas oculares dos principais acontecimentos comunitários.Collectanea Francisco Brasiliense Neves 1925.História do Brasil Hélio Vianna.História do Brasil Rocha Pombo.Os Sertões Euclides da Cunha.A Guerra dos Canudos Dr. Aristides Milton.Manual do Devoto Editora Santuário Aparecida SP 1976.Manual de Companhias de Reis Luiz F. Calafiori Jaime Ant. Souzas. S. Paraíso Histórias e Tradições 1ª, 2ª e 3ª edições Luiz F. CalafioriA Freguesia de N. Sra. Senhora da Assumpção do Cabo Verde Adilson de Carvalho

Reconhecemos ter sido de grande valia a colaboração de pessoas idosas, que fornecendo-nos pistas, fotos e relembrando fatos e detalhes, muito contribuíram para a melhor abordagem dos assuntos aqui ventilados.Na impossibilidade de citar seus ilustres nomes, consignamos aqui nossos melhores agradecimentos tantos quantos nos auxiliaram nessa e nas edições anteriores.

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PALAVRAS FINAIS

Esgotada a terceira edição deste livro, vez por outra somos procurados por pessoas de todas as camadas sociais, que gostariam de possuí-lo.

Na impossibilidade de atendê-las, passamos a arquitetar a idéia de reeditá-lo, o que só foi possível graças apoio que recebemos e que constam na página “Agradecimentos”, o que possibilitou a presente edição, pois reconheceram ser de grande valia a atualização dos dados históricos do município, como fonte segura de informação.

Assim, coroando redobradas e exaustivas pesquisas, chegamos ao final desta quarta edição. Se pecamos pela forma e imperfeição de disposição, pedimos excusas, mas procuramos não nos desviar da linha mediana que traçamos, no afã de descrever fatos e relacionar personagens, pura e simplesmente, sem a ninguém procurar julgar, pois ao leitor caberá tal papel.

Procuramos condensar páginas douradas da vida comunitária, citando fatos e protagonistas, a fim de que não caiam no esquecimento e permaneçam vivos na memória do povo. E mais, possam servir de incentivo a novos feitos e redobradas conquistas, tendo por base a grandeza maior de São Sebastião do Paraíso.

Em suas mãos, portanto, mais este fruto de nosso incontido ideal de servir. Bendito aquele que, possuído pelo mesmo ideal, se disponha também a pesquisar, anotar, escrever, reescrever, publicar e republicar esse repositório dedicado à “Cidade dos Ipês”, à sua gente, á sua história e tradições, já que a vida continua... e a História é dinâmica!

O autor.

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Agradecimentos DedicatóriaMapas s/ localização de S. S. ParaísoNo mapa de Minas GeraisHinos (Nacional, de Minas Geraise de S. S. do Paraíso)Padroeiro São SebastiãoOração a São SebastiãoConsiderações históricasOs três primeiros municípios mineirosPadroadoOuro em JacuíO giro do Governador Luiz DiogoJacuí (1814) um grande municípioFamília AntunesCartas de SesmariasDoação de “Patrimônio”Criação do Curato de S. S. ParaísoO povoado é elevado à vilaCriação do Município de São Sebastião do ParaísoLegislativo ParaisensePoder Executivo MunicipalPoder Judiciário41ª Subseção da OABÓrgãos Militares e de Segurança Pública48ª Delegacia Regional de Segurança PúblicaEscotismoVida Religiosa:

Religião CatólicaIgrejas EvangélicasComunidade Espírita

Lojas MaçônicasGuardinha e sua HistóriaInfluências Étnicas:

O elemento negroContribuição baiana

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0710121314212224272939424550515476

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ÍNDICE

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Clima, fauna e floraHidrografiaO comércio História econômicaAtividades IndustriaisCafeiculturaPecuáriaPólo curtumeiroEstabelecimentos bancáriosÓrgãos públicos de arrecadaçãoCooperativasSindicatosAssociações de ClasseGrandes edifíciosAssistência Técnica e PesquisasInstituto da PrevidênciaÁgua, luz, telefone, esgotos e serviços à comunidadeAssistência médico-hospitalar e odontológicaAssistência e Promoção SocialClubes de ServiçoMeios de Comunicação:

Emissoras de rádio e televisãoJornais de ontem e atuais

Transporte terrestre e aéreoTurismo, lazer e esporteCalendário de festividades e eventosDados estatísticos Passados e atualidadeEducação e CulturaBibliotecas, museus e monumentosSímbolos municipais, Ordens de Mérito,Cidadania Honorária e Feriados MunicipaisParaisenses ausentes em destaque na atualidadeAcademia Paraisense de CulturaParaíso musical

Imigração européia e asiáticaGeografia HistóricaSituação e Limites Âmbito GeográficoSuperfície, população e Divisão Distrital

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235243244249250253256258262264265266267268277280290291294295301308319

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Grupos teatraisConcursos de beleza Miss Paraíso“Mães símbolo”Dia dos PaisParaíso... fonte inesgotável de inspiraçãoCongadaFolia de ReisCarnavalRepresentantes políticos do passadoEscolas que não existem maisBibliografiaPalavras finaisÍndice

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