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INSTITUTO NACIONAL DE ADMINISTRAÇÃO 2008 Actividades do Conselho Executivo

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2008 INSTITUTO NACIONAL DE ADMINISTRAÇÃO Trabalho realizado por: _____________________________________________________________________________ Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar 1 Sílvio Canovas Martinez Júnior (adaptado) _____________________________________________________________________________ Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar 2

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INSTITUTO NACIONAL DE ADMINISTRAÇÃO

2008

Actividades do Conselho Executivo

_____________________________________________________________________________ Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar

1

Trabalho realizado por:

Augusto Franco Fátima Simões Luís Carvalho Maria Amélia Vasconcelos Maria Paula Tomaz Susana Camilo

_____________________________________________________________________________ Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar

2

Uma boa gestão implica ter consciência da importância da boa

comunicação.

A boa comunicação permite uma melhoria na realização das

actividades e contribui para a integração das equipas, reduzindo erros

e melhorando a produtividade da organização.

Sílvio Canovas Martinez Júnior (adaptado)

_____________________________________________________________________________ Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar

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Índice

Introdução……………………………………………………………….............4 Metodologia…………………………………………………………………………5 Direcção Executiva……………………………………………………………….6 Competências do Conselho Executivo……………………………………..7 Competências do Presidente do Conselho Executivo……………......9 Delegação deCompetências do Director da DRE no Presidente do Conselho Executivo …………………………………………………………….10 Actividades do Conselho Executivo……………………………………….19 Um plano de trabalho do Conselho Executivo…………………………24 A importância da liderança…………………………………………………..34 Conclusões…………………………………………………………………………38 Bibliografia…………………………………………………………………………39

_____________________________________________________________________________ Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar

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Introdução

No âmbito do módulo de Gestão de Recursos Humanos, inserido no Curso de

Valorização Técnica Orientado para a Administração Escolar, o trabalho tem

com intenção fundamental dar a conhecer as Actividades do Conselho

Executivo, que correspondem ao tema central que irá ser desenvolvido, e,

simultaneamente, apresentar a forma de actuação deste órgão de gestão e

administração escolar, tendo em vista o incentivo de boas práticas pedagógicas

que permitam a melhoria dos resultados a alcançar.

Objectivos:

Descrever as actividades do Conselho Executivo, partindo das

competências que lhe estão atribuídas pelo Decreto – Lei. n.º 115-A/98, de 4

de Maio e alteradas pela Lei n.º 24/99, de 22 de Abril;

Referir as actividades delegadas, exclusivamente, no Presidente do

Conselho Executivo pelo Director Regional de Educação, constantes no

Despacho n.º 23731/2006, de 19 de Outubro;

Perspectivar e concretizar um plano de trabalho do Conselho Executivo;

Avaliar a importância e urgência de algumas actividades;

Demonstrar a importância da liderança do Conselho Executivo.

_____________________________________________________________________________ Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar

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Metodologia

Estruturação e planificação do trabalho;

Divisão de tarefas;

Consulta de legislação

Leitura e análise de bibliografia;

Partilha da informação através de correio electrónico, telefone e

reuniões;

Reuniões para análise, discussão e reflexão do trabalho produzido por

todos os elementos que integram o grupo;

Reformulação do trabalho realizado por cada um dos elementos do

grupo de trabalho, para a elaboração do produto final;

_____________________________________________________________________________ Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar

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Direcção Executiva

As funções de Direcção Executiva podem ser exercidas por um órgão colegial

(conselho executivo) ou por um órgão uninominal (director), de acordo com a

opção da escola ou do agrupamento de escolas, a definir no respectivo

regulamento interno.

A Direcção Executiva, é o órgão de administração e gestão da escola nas áreas

pedagógica, cultural, administrativa e financeira.

Para apoio à actividade do Conselho Executivo ou do Director e mediante

proposta destes, a Assembleia de Escola pode autorizar a constituição de

assessorias técnicas e pedagógicas, para as quais serão designados docentes

em exercício de funções na escola

O modelo de referência do nosso trabalho corresponde ao do Conselho

Executivo, composto por um Presidente e dois Vice -Presidentes.

_____________________________________________________________________________ Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar

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Competências do Conselho Executivo

(Decreto-Lei n.º115-A/98 de 4 de Maio – Lei nº 24/99 de 22 de Abril – primeira

rectificação ao Decreto – Lei n.º 115-A/98.)

1 – Ouvido o Conselho Pedagógico, compete à direcção executiva:

a) Submeter à aprovação da Assembleia de Escola o Projecto Educativo

da Escola - PEE;

b) Elaborar e submeter à aprovação da Assembleia de Escola o

Regulamento Interno da escola;

c) Elaborar e submeter à aprovação da Assembleia de Escola as

propostas de celebração de Contratos de Autonomia.

2 - No plano da gestão pedagógica, cultural, administrativa, financeira e

patrimonial, compete à Direcção Executiva, em especial:

a) Definir o regime de funcionamento da escola;

b) Elaborar o projecto de orçamento, de acordo com as linhas orientadoras

definidas pela Assembleia de Escola;

c) Elaborar o Plano Anual de Actividades – PAA e aprovar o respectivo

documento final, de acordo com o parecer vinculativo da Assembleia de

Escola;

d) Elaborar os relatórios periódicos e final de execução do Plano de

Actividades - PAA;

e) Superintender na constituição de turmas e na elaboração dos horários;

f) Distribuir o serviço docente e não docente;

g) Designar os Directores de Turma;

h) Planear e assegurar a execução das actividades no domínio da Acção

Social Escolar;

_____________________________________________________________________________ Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar

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i) Gerir as instalações, espaços e equipamentos, bem como os outros

recursos educativos;

j) Estabelecer protocolos e celebrar acordos de cooperação ou de

associação com outras escolas ou instituições de formação, autarquias e

colectividades;

l) Proceder à selecção e recrutamento de pessoal docente e não docente,

salvaguardando o regime legal de concursos;

m) Exercer as demais competências que lhe forem atribuídas na lei e no

Regulamento Interno.

_____________________________________________________________________________ Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar

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Competências do Presidente do Conselho Executivo

1 – Compete ao Presidente do Conselho Executivo:

a) Representar a escola;

b) Coordenar as actividades decorrentes das competências próprias da

Direcção Executiva;

c) Exercer o poder hierárquico, designadamente em matéria disciplinar, em

relação ao pessoal docente e não docente;

d) Exercer o poder disciplinar em relação aos alunos;

e) Proceder à avaliação do pessoal docente e não docente.

2 – O Presidente do Conselho Executivo pode delegar competências

num dos Vice-Presidentes.

3 – Nas suas faltas ou impedimentos, o Presidente é substituído pelo

adjunto por si indicado.

_____________________________________________________________________________ Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar

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Delegação de competências do Director Regional de

Educação no Presidente do Conselho Executivo

(Despacho n.º 9783/2006, de 17 de Abril Despacho n.º 23731/2006, de 19 de Outubro)

A delegação de competências tem como objectivo reforçar a

autonomia dos órgãos de gestão e administração das escolas/agrupamentos

1 – Área dos recursos humanos:

1.1 Autorizar as nomeações e transferências de educadores de infância e

docentes dos ensinos básico e secundário, na sequência de concurso;

1.2 Proceder à homologação dos contratos administrativos de serviço

docente previstos nos artigos 54º a 59º do Decreto-Lei nº 20/2006, de

31 de Janeiro.

1.3 Proceder à homologação dos contratos de pessoal docente regulados

pela Portaria nº 1046/2004, de 16 de Agosto;

1.4 Outorgar contratos de trabalho para pessoal não docente, mediante

prévia autorização da Direcção Regional de Educação;

1.5 Obter junto do Gabinete de Gestão Financeira do Ministério da

Educação de Lisboa;

1.6 Autorizar a exoneração e a requisição de contratos do pessoal docente

e não docente, nos termos da legislação aplicável;

1.7 Autorizar a prorrogação dos prazos para apresentação dos documentos

exigíveis para a contratação, nos termos do nº 7 da Portaria nº 367/98

de 29 de Junho, com as alterações que lhe foram introduzidas pela

Portaria nº 1046/2004, de 16 de Agosto;

1.8 Homologar as propostas de colocação de docentes não pertencentes

aos quadros para as disciplinas de Educação Moral e Religiosa Católica e

de outras confissões religiosas ou de técnicas especiais;

_____________________________________________________________________________ Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar

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1.9 Conceder licenças sem vencimento até 90 dias ao pessoal docente;

1.10 Autorizar a prestação de serviço docente extraordinário, nos termos do

nº 4 do artigo 83º do Estatuto da Carreira Docente;

1.11 Qualificar como acidente em serviço o sofrido por funcionário ou

agentes, autorizar as respectivas despesas e autorizar a reabertura do

processo em caso de recidiva, agravamento ou recaída, nos termos do

Decreto – Lei nº 503/99, de 20 de Novembro;

1.12 Proceder à gestão do pessoal não docente, incluindo a mobilidade

entre estabelecimentos de ensino do mesmo agrupamento, nos termos

do Decreto – Lei nº 184/2004, de 29 de Julho, sem prejuízo das

competências ao Director – Geral dos Recursos Humanos da Educação e

às autarquias locais.

2 – No âmbito pedagógico:

2.1 Autorizar nos termos do nº 3 do artigo 50º do Decreto-Lei nº

301/93, de 31 de Agosto, o adiamento da primeira matrícula no 1ºciclo

do ensino básico, bem como autorizar, nos termos do despacho

nº173/ME/91, de 3 de Outubro, o ingresso um ano mais cedo no

regime educativo comum de crianças que revelem precocidade global

que o aconselhe;

2.2 Autorizar a constituição e alteração de turmas, obedecendo à rede

definida e desde que não implique acréscimo de despesas;

2.3 Autorizar a integração de alunos em turmas em que o professor é

seu familiar, nos casos em que haja possibilidade de integração em

turma alternativa;

2.4 Autorizar visitas de estudo no País com duração superior a três dias

úteis;

_____________________________________________________________________________ Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar

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2.5 Autorizar a deslocação ao estrangeiro de alunos participantes em

actividades de intercâmbio e de geminação transnacional ou em visita

de estudo, bem como dos professores acompanhantes;

2.6 Desenvolver toda a tramitação processual e decidir sobre a

concessão dos apoios no âmbito da acção social escolar, nos termos da

lei, sempre em observância do manual de procedimentos aprovado pela

Direcção Regional de Educação;

2.7 -Autorizar a dispensa da frequência da língua estrangeira I e ou II

a alunos vindos de sistemas educativos estrangeiros;

2.8 Autorizar as permutas de frequência da disciplina opcional e da

língua estrangeira dos alunos do ensino básico;

2.9 -Autorizar transferências, matrículas, renovações de matrículas ou

inscrições para matrículas de alunos do ensino básico depois de

expirados os prazos legais, nos termos da lei – Despacho conjunto n.º

373/2002;

2.10 Autorizar a 4.ª matrícula no mesmo ano e curso quando a mesma

for permitida nos termos legais.

3 – No âmbito dos recursos materiais:

3.1 Realizar obras de conservação e de manutenção dos edifícios e

infra-estruturas, até ao valor de 4500€, acrescido de IVA à taxa legal

em vigor, com excepção das intervenções que incidam sobre

instalações especiais, designadamente em instalações eléctricas e gás,

desde que não introduzam alterações nas componentes estrutural e de

arquitectura do edifício, e adquirir equipamento escolar, desde que

homologado pelo Ministério da Educação.

3.2 Autorizar o abatimento de bens, equipamentos, mobiliário e

materiais inutilizados, dando conhecimento à DRE.

_____________________________________________________________________________ Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar

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Actividades do Conselho Executivo

1 – Gestão pedagógica

Assegurar a elaboração do Projecto Educativo de Escola - PEE, em

tempo útil, que defina as linhas orientadoras relacionadas com as

características da comunidade educativa e procure a resolução dos problemas

fundamentais;

Elaborar um Plano Anual de actividades – PAA articulado com o PEE

que contenha projectos/actividades que garantam a eficácia na prossecução

dos objectivos fixados;

Realizar relatórios periódicos e finais de análise e avaliação da execução

do PAA;

Elaborar um Plano de Formação da Escola que integre o levantamento

das necessidades de formação do pessoal docente e não docente;

Promover a elaboração do Projecto Curricular de Escola, tendo em

vista o desenvolvimento das aprendizagens significativas e dos contextos em

que elas ocorrem, possibilitando uma organização e gestão curricular de forma

adequada;

Assegurar a constituição de equipas que procedam à realização das

matrículas;

Constituir turmas de acordo com a definição estabelecida pela DRE;

Prestar as informações necessárias aos Coordenadores dos grupos

disciplinares – número de turmas, níveis e ensino, para serem transmitidas a

todos os professores com o objectivo de fazer a distribuição do serviço lectivo;

Proceder à distribuição do serviço docente através da constituição e

equipas pedagógicas que integrem os docentes das diferentes disciplinas, do

ano de escolaridade, de forma a assegurarem o acompanhamento das turmas

ao longo do ciclo de ensino componente lectiva/não lectiva, cargos/ funções,

tendo em conta a optimização dos recursos;

_____________________________________________________________________________ Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar

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Designar e superintender uma equipa de trabalho para a elaboração dos

horários das turmas e dos professores, respeitando os critérios definidos na

legislação e no Conselho Pedagógico;

Atribuir as Direcções de Turma a professores que reúnam as

características adequadas, estabelecidas em Conselho Pedagógico, para o

exercício das competências que lhes estão atribuídas.

Atribuir cargos de coordenação pedagógica aos docentes com maior

experiência;

Disponibilidade e empenho no acompanhamento e resolução dos problemas

dos alunos, mobilizando todos os professores da turma na definição do

Projecto Curricular de Turma, de estratégias comuns de actuação, e

demonstrem capacidade de concretizar uma articulação entre a Escola e os

Encarregados de Educação/Pais;

Designar e supervisionar um grupo de trabalho, que represente a

comunidade educativa, para a elaboração do Regulamento Interno, que

explicite os regimentos dos órgãos de gestão e administração da escola,

direitos e deveres dos docentes, discentes e funcionários e o funcionamento da

escola;

Providenciar a ocupação plena dos tempos lectivos, na ausência

temporária de docentes, através da aprovação de um plano anual de

distribuição de serviço docente, e submetê-lo à Direcção Regional até ao

primeiro dia de aulas do ano lectivo;

Calendarizar reuniões:

Conselhos Pedagógicos;

Direcção Executiva;

Directores de Turma;

Departamentos Curriculares;

Conselhos dos Grupos Disciplinares;

_____________________________________________________________________________ Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar

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Conselhos de Turma - projecto curricular de turma, avaliação;

Conselho Administrativo;

Conselhos de Alunos;

Pessoal não docente;

Encarregados de Educação/Pais.

Zelar pela segurança da escola, promovendo uma cultura de segurança

na comunidade escolar:

Elaborar um plano de prevenção e de emergência;

Verificar a segurança dos equipamentos desportivos e outros – tabelas

de basquetebol, balizas, espaldares, instalação de gás – recorrendo a

entidades devidamente credenciadas para esse efeito;

Integrar no plano anual de actividades acções, que possibilitem a

adopção de medidas de prevenção e saber agir em casos de emergência –

realização de exercícios de evacuação, simulacros;

Contactar a Escola Segura sempre que seja necessário;

Comunicar as ocorrências, em tempo útil, na área da segurança escolar,

utilizando a ficha de comunicação para ser submetida ao Gabinete de

Segurança da Direcção Regional de Educação e ao Gabinete da Secretaria

de Estado da Educação.

Organizar e supervisionar o serviço de exames, nomeando: coordenador

do Secretariado de Exames, Coordenador do ENES, Professores Coadjuvantes

e Professores Vigilantes.

Definir os horários de funcionamento e atendimento dos serviços da

Escola (Secretaria, Bar, Reprografia, Papelaria, Biblioteca, Centro de recursos,

Sala de estudo, etc.);

Requisitar pessoal docente de acordo com a legislação em vigor, para

suprir as necessidades residuais;

Distribuir o serviço dos Auxiliares de Acção Educativa vigilância,

limpeza dos espaços da escola, execução das tarefas que lhe estão atribuídas

_____________________________________________________________________________ Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar

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Reprografia, Papelaria, Bar, atendimento a alunos, Professores,

Encarregados de Educação/outros, tendo em vista a eficácia dos recursos;

Promover um ambiente cordial entre todos os elementos da comunidade

educativa, criando condições que contribuam para a motivação e bem-estar;

Acolher os novos elementos da comunidade educativa (Professores,

Alunos, Funcionários e outros) facilitando a sua integração;

Incentivar a formação de uma Associação de Pais, tendo em vista uma

articulação efectiva e um maior envolvimento com a escola, visando a melhoria

dos resultados;

Promover a participação da comunidade educativa Pais/Encarregados

de Educação e outros elementos da criando condições que possibilitem a sua

representação nos órgãos a que têm acesso Assembleia de Escola,

Conselho Pedagógico;

Desenvolver estratégias de monitorização e avaliação do funcionamento

da escola tendo em conta:

Resultados escolares dos alunos;

Evolução dos resultados escolares;

Cumprimento dos programas das diferentes disciplinas

2 – Gestão financeira/administrativa

Elaborar o projecto de orçamento anual de Escola e levá-lo à aprovação

do Conselho Administrativo, de acordo com as linhas definidas pela Assembleia

de Escola;

Autorizar a realização de despesas e o respectivo pagamento, fiscalizar a

cobrança de receitas e verificar a legalidade da gestão financeira da escola;

Elaborar o relatório das contas de gerência;

_____________________________________________________________________________ Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar

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Administrar a acção social escolar - seguro escolar, auxílios económicos

bolsas de mérito; transporte escolar, atribuição e empréstimo de manuais

escolares;

Gerir as instalações, espaços e equipamentos;

Controlar os consumos de água, electricidade, gás e telefones;

Gerir os gastos de todos os materiais utilizados na escola – material

didáctico, produtos de limpeza e outros;

4 - Gestão Cultural

Estabelecer parcerias/protocolos com a Autarquia, Instituições de

carácter económico, social e cultural –, Universidades, Instituições

Desportivas, Centros de Saúde, Instituições Bancárias, Bombeiros, outros;

Promover a organização de conferências, colóquios, debates, lançamento

de livros, exposições, permitindo aos alunos analisar, debater e reflectir sobre

diversos temas, incentivando a valorização e diversificação das suas

aprendizagens;

Dinamizar / apoiar visitas de estudo;

Promover o intercâmbio entre escolas, a nível nacional, ou internacional;

Apoiar projectos dos alunos de carácter cultural – jornal de escola/turma,

grupos de teatro, clubes temáticos, ou outras actividades que permitam o seu

enriquecimento.

5 – Gestão Patrimonial

Conservar e melhorar os espaços da Escola;

Proceder às reparações necessárias, que sejam da competência da

Direcção Executiva;

Gerir os bens móveis;

_____________________________________________________________________________ Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar

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Registar a aquisição de todos os bens – bens consumíveis, material

didáctico, computadores, fotocopiadoras, equipamento desportivo, bens para o

Bar e Refeitório).

Assegurar a organização e a actualização do arquivo;

Proceder à inventariação do património da escola.

_____________________________________________________________________________ Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar

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Actividades do Presidente do Conselho Executivo

Aplicar medidas disciplinares a Alunos, Professores e Pessoal não

docente;

Proceder à avaliação dos Professores e Pessoal não docente, de acordo

com a legislação, diagnosticado necessidades de formação;

Contratar professores, mediante autorização da Direcção Regional de

Educação e publicitação do concurso, nos termos da lei;

Contratar funcionários, administrativos e auxiliares de acção educativa,

mediante autorização da Direcção Regional de Educação e publicitação do

concurso, nos termos da lei, e realizar uma entrevista aos candidatos

seleccionados;

Autorizar visitas de estudo ao estrangeiro e actividades de intercâmbio;

Autorizar a prestação de auxílios económicos no âmbito da Acção Social

Escolar;

Caracterizar um acidente em serviço;

Todas as outras actividades decorrentes da delegação de competências

do Director Regional de Educação.

O Conselho Executivo, sendo um dos órgãos de gestão e administração da

escola tem, necessariamente, de planificar as actividades que são da sua

competência e dinamizar a comunidade educativa, demonstrando eficácia na

gestão dos seus recursos, quer humanos ou materiais.

Assim, torna-se necessário identificar as actividades que são importantes e as

que são urgentes.

A categorização das tarefas a desenvolver é fundamental.

Tudo o que não é importante, nem urgente deve ser evitado, para que não se

verifique um desvio da atenção para o que é verdadeiramente importante.

_____________________________________________________________________________ Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar

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Deve-se evitar que as tarefas importantes se transformem em urgentes,

procurando fazer uma avaliação do seu impacto.

O Conselho Executivo terá maior eficácia e sucesso, na medida em que tiver a

capacidade de estabelecer prioridades nas suas tarefas e no tempo que vai ser

aplicado na sua execução.

Para proceder a uma hierarquização há que ter a noção da diferença entre o

importante e o urgente.

As tarefas importantes são as que ajudam a atingir os objectivos, estão

orientadas para os resultados a melhoria do processo ensino/aprendizagem,

competências, metodologias, resultados, tendo como linha de orientação uma

escola para o sucesso e a noção da oportunidade.

As tarefas importantes, nem sempre, têm uma data estipulada para serem

executadas, o que conduz à tendência para prestar mais atenção ao que é

urgente, em prejuízo daquilo que é importante.

Potenciam a melhoria dos métodos, inovações, a tomada de acções que evitem

problemas, aumentando a qualidade e a produtividade.

Se pensarmos no caso concreto da escola, que corresponde a um organização,

em que o cumprimento dos objectivos fixados e a melhoria dos resultados

constituem, em grande parte, a sua missão, a promoção do sucesso escolar. O

ensino inclusivo e o abandono escolar, embora sejam de extrema importância,

não têm, contudo, um prazo definido.

As tarefas urgentes são facilmente identificáveis, exigem uma atenção

imediata, são visíveis, requerem acção, têm que ser cumpridas de imediato,

ocupando uma parte do tempo.

Diariamente, são executadas tarefas, que poderão ser consideradas de «gestão

corrente» – atendimento a Alunos, Professores, Pessoal não Docente,

Encarregados de Educação/Pais; resolução de problemas; redacção de ofícios,

consulta de e mails, ou outras, que implicam tempo e podem relegar para

segundo plano o que é importante, originando o seu adiamento.

_____________________________________________________________________________ Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar

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«Os clientes» de uma escola são, por excelência, os Alunos, nos quais se

deve centrar toda a atenção.

No entanto, estes condicionalismos não excluem a necessidade, cada vez mais

premente, de adoptar procedimentos que visem a melhoria dos resultados que

se pretendem obter, incentivando e monitorizando as boas práticas

pedagógicas e procurando a optimização dos seus recursos.

A hierarquização de actividades em função da sua importância e urgência nem

sempre é possível.

O funcionamento de uma escola apresenta determinadas particularidades, que

a diferenciam de uma empresa onde se questionam, constantemente, níveis de

produção e de produtividade.

As Escolas reflectem realidades diversas, consoante os níveis de ensino

ministrados, corpo docente e discente, funcionários, recursos, localização ou

outras.

Contudo, o Conselho Executivo deve ter a noção que determinadas

actividades, pela sua natureza, são importantes e urgentes, exigindo uma

actuação imediata.

Tudo que envolva questões de segurança, saúde da população escolar,

violência é muito importante e urgente.

A conjugação de esforços tem que existir para que os problemas possam ser

solucionados em tempo útil.

Outras actividades podem ser planificadas a curto, médio, ou longo prazo, mas

não deixam de ser consideradas importantes.

O importante é exercer uma gestão eficaz, evitando situações que dificultem o

funcionamento da organização e impeçam a verdadeira missão da Escola,

desperdiçando tempo com questões que não são importantes nem urgentes.

_____________________________________________________________________________ Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar

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Tarefas importantes Tarefas importantes/Não urgentes

Projecto Educativo de Escola vPEE;

Plano Anual de Actividades PAA;

Regulamento Interno RI;

Projecto Curricular de Escola PCE;

Organização de equipas com as competências

adequadas à execução das tarefas que lhes são

atribuídas;

Atribuição de cargos;

Segurança;

Distribuição do serviço docente e não docente;

Formação;

Orçamento.

Consulta de legislação/circulares;

Promoção da participação da Comunidade

Educativa;

Reuniões com Encarregados de Educação/Pais;

Formação de uma Associação de Pais;

Calendarização de reuniões;

Determinadas reuniões;

Realização de protocolos/parcerias;

Tarefas Urgentes Tarefas Não Importantes/Não Urgentes

Resolução de problemas disciplinares;

Acidentes escolares;

Actos de agressão e violência;

Alguns telefonemas;

Requisição de professores;

Assegurar a ocupação plena dos temos lectivos

Respostas a e mails;

Redacção de ofícios;

Resposta a determinados requerimentos

Calendarização de algumas reuniões;

Telefonemas irrelevantes;

Consulta de determinados e mails;

Consulta de correio não importante;

_____________________________________________________________________________ Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar

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Na tabela exemplificámos algumas das tarefas importantes, urgentes,

importantes e não urgentes e não importantes nem urgentes.

O objectivo essencial desta exemplificação prende-se com a necessidade e

importância da existência de uma agenda de trabalho, que o Conselho

Executivo deverá elaborar, de forma a racionalizar a gestão do tempo.

No entanto, poderão ocorrer situações inesperadas que levam à alteração e

não cumprimento do que, inicialmente, estava previsto, mas a capacidade de

gestão, também, passa por encontrar as respostas adequadas às diferentes

situações, que possibilitem um bom funcionamento da Organização.

_____________________________________________________________________________ Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar

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Plano de trabalho do Conselho Executivo

Actividades quotidianas:

Consulta do correio electrónico e do portal do Ministério da Educação

para tomar conhecimento das informações enviadas, ofícios, diplomas legais;

Despachar assuntos pendentes;

Proceder à substituição de professores que faltem e não tenham

comunicado antecipadamente;

Adoptar os procedimentos necessários quando um funcionário falta ao

serviço, sem ter comunicado previamente;

Percorrer os espaços da escola para mais facilmente poder identificar

problemas;

Analisar e despachar requerimentos;

Atender Professores, Alunos, Funcionários, Encarregados de

Educação/Pais;

Atender telefonemas dos serviços do Ministério da Educação, ou outros

que sejam considerados importantes ou urgentes;

Redigir ofícios;

Enviar e mails.

_____________________________________________________________________________ Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar

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Plano de actividades do Conselho Executivo ao longo de uma semana

2ª Feira 3ª Feira 4ª Feira 5ª Feira 6ª Feira

Manhã

Consulta do correio

electrónico;

Providenciar a

substituição de

professores que não

previram faltar;

Consultar o portal do

ME;

Despachar

requerimentos;

Atender Alunos,

Professores,

Funcionários;

Consultar o Diário da

República;

Atender telefonemas.

Consulta do correio

electrónico;

Providenciar a

substituição de

professores que

não previram

faltar;

Despachar

requerimentos;

Atender Alunos,

Professores,

Funcionários;

Consultar o Diário

da República;

República;

Atender

telefonemas.

Consulta do correio

electrónico;

Providenciar a

substituição de

professores que

não previram

faltar;

Despachar

requerimentos;

Atender Alunos,

Professores,

Funcionários;

Consultar o

Diário da

República;

Atender

telefonemas.

Consulta do correio

electrónico;

Providenciar a

substituição de

professores que não

previram faltar;

Despachar

requerimentos;

Atender Alunos,

Professores,

Funcionários;

Ida a uma sala de aula

a pedido do professor

para resolver um

problema de

indisciplina;.

Consulta do correio

electrónico;

Providenciar a

substituição de

professores que

não previram

faltar;

Despachar

requerimentos;

Atender Alunos,

Professores,

Funcionários;

Consultar o

Diário da

República;

Atender

telefonemas.

Tarde

Reunião do Presidente

do Conselho

Executivo com o Júri

Nacional de Exames;

Apreciação

De um processo de

natureza disciplinar;

Consulta do correio.

Reunião da

Direcção

Executiva;

Reunião com um

Encarregado de

Educação;

Reunião do

Conselho

Administrativo.

.

Conselho

Pedagógico;

Atendimento de um

Encarregados de

Educação.

Consulta do correio.

Entrevista para

seleccionar um

funcionário Auxiliar

de Acção

Educativa;

Consulta do

correio.

Introdução de

manuais escolares

adoptados, no sítio do

DGIDC;

Calendarização de

reuniões:

Departamentos

Curriculares;

Directores de Turma;

Conselhos de grupo;

Consulta do correio.

_____________________________________________________________________________ Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar

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No quadro apresentado, além das tarefas de gestão diária, referimos outras

que obedecem a uma planificação Entrevista para selecção de um

funcionário Auxiliar de Acção Educativa e uma reunião de Conselho

Pedagógico.

Entrevista para admissão de um Funcionário Auxiliar de Acção

Educativa

A realização de uma entrevista faz parte do processo de selecção e de

admissão.

A entrevista deve ser planificada e partir da definição de um guião, integrando

as questões consideradas fundamentais, de forma a permitir um melhor

conhecimento do funcionário para a execução das tarefas que irá

desempenhar.

Identificação das tarefas a desempenhar

Limpar salas de aula, corredores, instalações sanitárias e outros espaços;

Exercer uma vigilância adequada nos espaços que lhe estão afectos;

Transportar o material necessário para as salas de aula;

Estabelecer uma boa relação com todos os elementos da comunidade

educativa – Professores, Alunos, Funcionários, Encarregados de Educação ou

outros;

Dar resposta a situações/problemas, procedendo a um encaminhamento

adequado.

Competências inerentes às tarefas

A nível das competências torna-se necessário fazer a distinção entre as

competências específicas e as competências gerais.

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Competências

Gerais

Específicas

Disponibilidade;

Adaptabilidade;

Reconhecimento dos pontos

fracos, procurando a sua correcção;

Flexibilidade;

Espírito de equipa;

Motivação;

Empenho;

Responsabilidade;

Respeita as diferenças de

opinião;

Interesse em actualizar-se e

aperfeiçoar-se profissionalmente.

Eficácia no desempenho das

tarefas a executar;

Utilização adequada dos

materiais a utilizados;

Atenção ao que ocorre nos

espaços da escola;

Adopção de atitudes correctas

perante situações, que exijam uma

actuação imediata – conflitos entre

alunos, actos de violência, entrada de

elementos estranhos na escola;

Correcção no atendimento

prestado a todos os elementos da

comunidade educativa;

Cumprimento das regras do

serviço.

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Fases da entrevista

Preparação – definição de um guião;

Recepção do entrevistado – acolhimento de modo a estabelecer um bom

ambiente;

Início da entrevista – recolha de informação de carácter biográfico e

profissional,

Decurso da entrevista para registo de informação relevante de acordo

com os objectivos definidos e tarefas a executar;

Fecho - agradecimento e informações sobre o decurso do processo.

Guião para uma entrevista

Aspectos a considerar:

Conhecer aspectos de carácter biográfico e profissional – disponibilidade

de horário, número de empregos, razões que conduziram à saída, ou mudança

de emprego, último emprego;

Saber as funções desempenhadas nos outros locais de trabalho;

Descrever situações profissionais, positivas e negativas, de forma a

perceber como foi feita a sua gestão;

Caracterizar as tarefas que vai desempenhar;

Saber se possui alguma informação sobre o local de trabalho a que se

candidata;

Verificar a facilidade de comunicação e expressão oral;

Identificar traços de personalidade – iniciativa, atenção, ou outros;

Avaliar a apresentação;

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Prestar atenção àquilo que não foi verbalizado – postura expressão

facial, gestos, movimentos;

Detectar factores que possam dificultar a execução das tarefas a

desempenhar;

Saber as motivações que levaram o candidato a concorrer àquele lugar;

Interesses do candidato;

Prestar informação clara e responder às perguntas do candidato;

Ter uma visão global do candidato;

Registar informações e interpretações dos factos.

O entrevistador deverá ter uma grelha de observação onde serão

registados os dados considerados importantes, para o desempenho da

função, que lhe permitirá escalonar os candidatos e proceder à

selecção

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Funcionário Auxiliar de Acção Educativa

Data: Observador:

Nome Currículo Dados

Profissionais

anteriores

Informações

Sobre o

cargo que vai

desempenhar

Aptidões

Para as

tarefas

Disponibilidade

Adaptabilidade

Observações

Ponderação

Avaliação

Elaboração de um relatório final com as conclusões das entrevistas, que

permitam diferenciar os candidatos;

Seriação dos candidatos;

Selecção do candidato;

Comunicação, por escrito, a cada um dos entrevistados do resultado;

Grelha de observação

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Quando se admite um funcionário é necessário proceder à sua integração

Socialização organizacional - aprendizagem mais rápida das regras,

valores, serviços, funcionamento da Escola, necessária a um bom desempenho

e cumprimento dos objectivos

Reunião do Conselho Pedagógico

Todas as reuniões correspondem a um processo que obedece a regras:

Convocatória;

Data;

Hora e local da reunião;

Ordem de trabalhos;

Assinatura de quem convoca a reunião.

A convocatória tem que ser feita com 48 h. de antecedência e ser afixada num

local visível, de forma a que todos os elementos que têm lugar nesse Órgão de

Gestão e Administração possam tomar conhecimento.

Os Alunos, representantes dos Pais/Encarregados de Educação também devem

ser informados, pelos meios mais adequados, criando, assim as condições que

assegurem que na reunião estejam todos os membros presentes.

Esta fase do processo corresponde à preparação da reunião.

A reunião é presidida pelo presidente do Conselho Pedagógico, que ao abrir a

sessão deve criar um ambiente acolhedor, procurando a integração de todos os

membros, incluindo os mais passivos, promovendo o contributo de todos com

apresentação de ideias, propostas e sugestões.

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Quem dirige uma reunião, necessita de definir estratégias e metodologias que

possibilitem a concretização dos objectivos definidos, evitando uma má gestão

do tempo de forma a torná-la produtiva e eficaz.

Geralmente, no início da reunião são prestadas informações, embora, possam

existir pontos prévios, mas quem conduz a reunião, normalmente, assume um

papel directivo, evitando desvios em relação aos pontos que constam da

ordem de trabalhos.

A utilização de uma comunicação clara, precisa, esclarecedora e objectiva,

propicia a ausência de intervenções desnecessárias, o que não significa que

não possam ser feitas propostas/ sugestões diferentes,

Dever-se-á proceder-se à análise, reflexão e discussão das questões que são

colocadas, o que permitirá uma participação maior e, provavelmente, um

enriquecimento, mas deverão ser evitadas interrupções que não acrescentam

nenhuma mais valia à reunião.

Esta atitude não significa, que quem orienta a reunião não valorize todas as

intervenções.

Sempre que seje necessário fazera uma interrupção, esta deverá ser feita de

forma correcta, não utilizando comportamentos que denotem agressividade,

mas há que centrar a reunião no que é importante.

Prolongar uma reunião, a maior parte das vezes, revela incapacidade daqueles

que a conduzem, pois o arrastar das situações que são postas à discussão

retiram – lhe proficiência

Numa reunião são tomadas deliberações, que terão de ser divulgadas,

utilizando os meios adequados, para que possam ser conhecidas e cumpridas

por todos os membros da comunidade educativa.

No final da reunião poder-se-á elaborar uma minuta, mas é necessário

elaborar uma acta que terá de ser lida e aprovada, nos termos da lei.

Da acta deve constar:

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Ordem de trabalhos;

Data;

Local;

Descrição do que foi analisado;

Propostas/ sugestões apresentadas;

Deliberações tomadas;

Lista de presenças;

Relação das faltas;

Assinaturas do Presidente e do Secretário.

Não apresentámos nenhuma ordem de trabalhos específica porque nos

pareceu mais importante a forma de conduzir a reunião e não o seu conteúdo.

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A importância da liderança

O Conselho Executivo, ao estar à frente da Organização, que corresponde

à Escola, deve assumir uma liderança eficaz que conjuga factores pessoais,

grupais e situacionais.

O Conselho Executivo tem que ter uma Visão da Escola, dos seus pontos

fortes, das suas debilidades, das suas potencialidades, gerir as suas

competências, valorizando os conhecimentos de todos os colaboradores, para

que, mais facilmente, se atinjam as metas fixadas e a melhoria dos resultados.

A Visão relaciona-se com o que se pretende ao longo do tempo, por isso

envolve objectivos organizacionais, em que os Órgãos de Gestão têm uma

acção fundamental, pois deverão mobilizar toda a comunidade educativa.

A Escola tem uma Missão que corresponde ao papel que tem na sociedade, o

que pretende ser, o que conduz à procura de uma boa imagem.

Uma boa liderança pressupõe a capacidade de prever os acontecimentos,

aproveitar as oportunidades, ter vontade de exercer o poder e tomar decisões.

A eficácia está ligada às decisões, à escolha das pessoas adequadas para o

exercício dos cargos e funções que lhes são atribuídos., tendo como base

linhas orientadoras, partilha de informação, estruturação das tarefas,

facilitadoras da consecução dos objectivos e da melhoria dos resultados.

A liderança traduz-se na acção para a obtenção de resultados favoráveis, na

dinamização dos grupos, na adopção de atitudes convergentes, praticando, em

simultâneo controlo e influência.

A Direcção de uma Escola deve promover um ambiente de simpatia,

demonstrar abertura de espírito, orientar, aconselhar, motivar, reduzir a

distância em relação aos seus colaboradores, o que não significa que não

tenha que controlar e tomar decisões, adequadas às situações.

A liderança está associada à capacidade de levar os outros a fazer melhor, ou

de forma diferente.

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O líder tem que transmitir confiança, ser persuasivo, perspicaz, activo,

intuitivo, demonstrar equilíbrio emocional.

O Conselho Executivo deve exercer influência e conseguir a adesão.

Os membros que o integram devem ser assertivos, demonstrar adaptabilidade,

disponibilidade, auto – confiança, sociabilidade e flexibilidade.

A informação deve ser credível e persuasiva. N

Na liderança, o processo de comunicação é fundamental, o que faz com que as

reuniões assumam um carácter de extrema importância.

Quando os colaboradores revelam um nível elevado de eficiência, o líder

poder-lhe-á dar mais liberdade na tomada de decisões.

A liderança conduz à partilha do poder, à delegação.

A delegação de competências, embora implique a transferência de

determinados poderes, não significa abdicação.

Deverá ser feita em pessoas de confiança, estando subjacente um clima de

comunicação e apoio, de forma clara, precisa, aproveitando as motivações

pessoais dos grupos, procedendo aos ajustamentos necessários.

A conjugação de esforços permite a melhoria e conduz a um maior

envolvimento de todos os membros da comunidade educativa, traduzindo-se

num benefício para a Escola.

A formulação de juízos de valor deve ser evitada.

Partir de ideias, previamente formulados, sem terem qualquer sustentabilidade

constitui uma prática errada e pode originar atitudes desajustadas, que podem

induzir à desmotivação.

É essencial saber ouvir, respeitar as opiniões dos outros, regular as

divergências e as confrontações, aceitar as reclamações

Contudo, a tomada de decisão é imprescindível. É necessário passar à acção.

Até há pouco tempo, os que exerciam funções de direcção, administração,

organização e planeamento centravam em si a liderança.

A tendência actual assenta num maior envolvimento de todos os intervenientes

na Organização. Escola

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Cada vez mais, o grupo adquire maior importância, devido à necessidade de se

constituírem equipas orientadas para a obtenção da melhoria dos resultados.

Para se conseguir a excelência e alcançar as metas fixadas, a orientação é

essencial.

A Escola necessita de competências para poder acompanhar as mudanças e

atingir o sucesso espírito empreendedor, responsabilidade, inovação,

trabalho de equipa, liderança e ética.

Há que aumentar o conhecimento, ser crítico, ter a capacidade de identificar

problemas.

Ter competências não é suficiente. As competências têm que ser reconhecidas.

As competências individuais devem estar articuladas com as competências

organizacionais., permitindo distinguir as escolas e torná-las mais

competitivas.

O PEE, PAA, PCE E RI são os principais instrumentos de autonomia de uma

escola e conferem-lhe uma identidade.

A liderança é fundamental, mas deve ser participativa. Quem exerce a

liderança deve reconhecer que todos trabalham para a melhoria da qualidade,

produzem mudanças, assumem riscos e têm responsabilidades.

Deve existir «feedback» do desempenho.

O trabalho em equipa proporciona a participação e os seus objectivos têm que

estar em consonância com os objectivos organizacionais, o que implica a

constituição de equipas adequadas, cuja composição é da responsabilidade dos

que têm o poder, ou seja dos Órgãos de Gestão e Administração da

Escola, tendo como objectivo a sua eficácia.

Os Órgãos de Gestão de uma escola deverão fomentar o trabalho em equipa

«empowerment», promovendo a avaliação do trabalho desempenhado

pela equipa e a auto – avaliação para a melhoria constante da Escola.

Todos devem ser treinados para trabalharem em equipa, analisarem

problemas, assumirem responsabilidades, participarem em reuniões,

colocarem questões.

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Os membros do Conselho Executivo devem funcionar como «coaches», na

medida em que devem informar, orientar, aconselhar, e estimular todos os

elementos da comunidade educativa.

O «Coach» pode incentivar e melhorar o desempenho, o desenvolvimento das

capacidades.

A qualidade e os resultados são melhores, quando se verifica o envolvimento

de todos, que contribuem para um objectivo comum, ou seja uma Escola de

Excelência.

Liderar equipas exige determinados requisitos, essenciais para a sua eficácia.

Há que definir de forma clara, objectivos, distribuir funções, resolver

problemas, avaliar o seu desempenho.

O líder actual deve proporcionar aos membros das suas equipas de trabalho a

mudança, para serem mais competitivos, estarem abertos a novos desafios,

procurarem constantemente uma renovação.

Cada pessoa deve ser responsável por criar as suas oportunidades de

aprendizagem para se valorizar e contribuir para a melhoria da qualidade da

Escola

Isto não exclui a importância e necessidade de uma liderança forte, que tome

decisões, ou seja, passe à acção para bem de toda a comunidade educativa,

indo ao encontro das expectativas de todos, sobretudo dos que devem

constituir o centro da atenção da Escola Os Alunos.

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Conclusões

O trabalho realizado contribuiu para a nossa valorização profissional e pessoal.

Levou-nos à análise e reflexão sobre questões fundamentais na organização,

gestão e funcionamento de uma escola, em que o Conselho Executivo assume

um papel determinante e acaba por ser o reflexo da escola.

De certa forma, é responsável pela criação de uma identidade, que contribui

para a diferenciar das outras e torná-la mais apelativa, quer a nível da

qualidade que procura atingir, quer a nível do próprio ambiente que pretende

desenvolver, de forma a que toda a comunidade educativa se sinta satisfeita e

vá de encontro às expectativas.

Apesar de sermos de escolas diferentes e distantes umas das outras,

conseguimos organizarmo-nos de forma eficiente, graças à motivação e

empenho manifestado por todos os elementos que integram o grupo

Provavelmente, o tema desenvolvido pode ser considerado de cariz,

essencialmente, teórico, mas a sua natureza., assim o impôs.

As competências do Conselho Executivo, na sua maioria, traduzem-se em

tarefas, o que explica a inclusão de aspectos descritos na própria legislação,

que serviu de suporte ao trabalho.

Assim, constitui também um desafio, para o qual tivemos que encontrar

respostas, imprimindo – lhe algum pragmatismo, através dos planos de acção

que procurámos explicitar.

Embora tenha contribuído para um acréscimo do trabalho que cada um de nós

tem de desenvolver nas escolas, numa época em que a nossa disponibilidade

tem de ser total e somos solicitados/motivados a adquirir formação específica,

devido às grandes alterações operadas no processo educativo, conseguimos

mobilizar-nos e pensamos ter dado o melhor de cada um de nós. Indo de

encontro ao que nos foi proposto

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Bibliografia

Chiavenato, Iddalbeto, Gerenciando com as Pessoas, Rio de Janeiro: Elsevier

2005 - Editora Campus.

Parreira, Artur, Liderança – Tecnologia da Eficácia para o Desenvolvimento de

Pessoas e Grupos, Lisboa, 1996, Edições Universitárias lusófonas.

Legislação

Despacho nº. 9776, de 4 de Maio de 2006;

Despacho n.º 23731/2006 de 19 de Outubro - Delegação de competências atribuídas aos Presidentes dos Conselhos Executivos pelo Director Regional de Educação;

Despacho nº 13599/2006, de 7 de Junho de 2006 – Estabelece regras e orientações na elaboração do horário semanal de trabalho do pessoal docente;

Lei n.º 24/99 de 22 de Abril – Primeira alteração ao Decreto-Lei nº

115-A/98, de 4 de Maio; Decreto-Lei n.º 115-A/98 de 4 de Maio – Aprova o regime de

Autonomia, Administração e Gestão dos estabelecimentos da Educação pré-escolar e dos Ensinos Básico e Secundário.

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