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Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas Universidade Técnica de Lisboa Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar CFE – CVTOAE Lisboa 4 Projecto Comum(ica) Informa(ção) – Lê-se? Eu leio! Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores Autores Luís Miguel Martins Crespo de Carvalho Maria Amélia A. Pinto de Almeida Vasconcelos Maria de Fátima Jesus Simões Faria de Deus Lisboa, 24 de Outubro de 2009

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Luís Miguel Martins Crespo de Carvalho Maria Amélia A. Pinto de Almeida Vasconcelos Maria de Fátima Jesus Simões Faria de Deus Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas Universidade Técnica de Lisboa Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar Lisboa, 24 de Outubro de 2009 Autores CFE – CVTOAE Lisboa 4 Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar Projecto CFE – CVTOAE Lisboa 4 ii

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Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas Universidade Técnica de Lisboa

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar

CFE – CVTOAE Lisboa 4

Projecto

Comum(ica) Informa(ção) – Lê-se? Eu leio! Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de professores Autores Luís Miguel Martins Crespo de Carvalho Maria Amélia A. Pinto de Almeida Vasconcelos Maria de Fátima Jesus Simões Faria de Deus Lisboa, 24 de Outubro de 2009

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Índice

conteúdos página

Introdução - 1

Enquadramento teórico - 12

Orientações metodológicas - 21

Apresentação e discussão da informação - 49

Conclusão - 81

Referências - 83

Anexos -

Fichas de registo dos documentos -

Registos fotográficos da informação -

Tabelas de análise de dados -

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Introdução

«Nosso cérebro está sendo remodelado para ficar eficiente em buscar informações, mas perde a capacidade de contemplação, reflexão, concentração·»

A escolha do tema que iremos desenvolver no trabalho obedeceu a vários critérios,

tendo em conta a realidade específica das escolas a que pertencemos, embora saibamos de

antemão que a problemática em questão, provavelmente, será comum à maioria dos

Agrupamentos de Escolas/Escolas.

Pertencemos a escolas que obedecem a características substancialmente diferentes,

mas a nossa atenção focalizar-se-á, essencialmente, no Agrupamento de Escolas de

Carcavelos.

Nas sociedades actuais todos temos, certamente, a percepção que a informação é

essencial. No entanto, apesar da importância que ela reveste, a forma como se lida com ela

e os meios utilizados para proceder à sua comunicação e divulgação, muitas vezes, revelam

a ausência de critérios, ou melhor, nem sempre se traduz num processo adequado assente

no rigor, clareza e transparência, possibilitando que os seus principais destinatários tenham

um verdadeiro conhecimento dela.

As escolas como qualquer outra organização, enquanto representação social, não

escapam a esta situação.

Os diversos actores que integram a escola e estão envolvidos neste processo, desde

Professores, Alunos, Funcionários, Pais/Encarregados de Educação e outros membros da

Comunidade Educativa poderão ter consciência desta situação, em diversos momentos e

determinadas situações, mas noutras circunstâncias, provavelmente, não se aperceberão

que algo não chegou ao seu conhecimento em tempo útil.

Como poderemos justificar que a informação não chegue a quem se destina, não

surja da forma mais adequada, ou no tempo certo?

Uma multiplicidade de factores poder-nos-ão ajudar a responder a esta problemática.

Tendo a noção exacta que não somos possuidores da verdade, não queremos deixar

de colocar algumas questões que poderão, de alguma forma, contribuir para uma reflexão.

Será que os responsáveis pela produção da informação recorrem a critérios de

selecção e divulgação?

Haverá, por ventura, interesses que justifiquem que a informação não chegue

atempadamente, ou de forma clara, aos principais destinatários?

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Todos estarão suficientemente atentos, de forma a contactarem com a informação

que é importante e lhes é dirigida?

Haverá um excesso de informação que funciona como um elemento distractor ou

perturbador?

Várias respostas poderiam ser dadas a este problema, que sentimos e julgamos ser

transversal, com o intuito de encontrar soluções.

Outras questões, igualmente pertinentes, poderiam surgir, que de imediato nos

conduziriam a uma nova reflexão.

Na era da informação, com múltiplos dispositivos ao nosso serviço confrontamo-nos

com uma série de questões, para as quais não existem respostas conclusivas.

Estamos perante uma problemática complexa e controversa, que constitui para nós,

um desafio e, simultaneamente, nos seduz, na medida que nos permitirá analisar aspectos

fundamentais que dizem respeito a todos os que trabalham na escola/organização e com ela

se envolvem.

A informação articula-se directamente com a comunicação.

«Comunicação é mais que informação; a informação subsidia, actualiza e nivela o

conhecimento». 1

As pessoas comunicam recorrendo a vários processos que lhes permitam a

recepção das mensagens por parte dos destinatários, promovendo assim, a elaboração da

informação. A relação entre o fluxo da informação e o público-alvo a quem se dirige o

conhecimento tem sido alterada com o tempo, através da utilização das novas tecnologias.

A produção da informação por parte dos emissores e a aceitação pelos receptores é

indispensável para a construção do conhecimento.

Metodologia

Ao longo do trabalho procurámos recolher informação afixada nos diferentes espaços

das escolas e proceder à sua classificação em função de determinados critérios:

Origem;

Conteúdo;

Destinatários;

Legibilidade;

Pertinência;

1 Emílio Odebrecht

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Actualidade;

Tratamento gráfico;

Manuseio;

Relevância;

Localização;

Acessibilidade;

Apreciação global.

Numa primeira fase procedemos à recolha da documentação afixada, através da

utilização da fotografia, no período que coincidiu com o encerramento do ano lectivo de

2008/2009, para, posteriormente, a compararmos com a informação afixada no início do ano

lectivo subsequente.

Essa era a nossa intenção, não concretizada quanto à comparação por

impossibilidade temporal.

Gostaríamos de ter feito um trabalho de campo mais desenvolvido aplicando

questionários aos destinatários da informação, mas não foi possível, dado que de acordo

com as datas previstas para a apresentação do trabalho não haveria tempo.

Por outro lado, a população escolar, sobretudo, a nível dos professores iria sofrer

alterações significativas e os resultados obtidos poderiam, de certa forma, não evidenciarem

a situação real.

Embora tenhamos a noção que a análise de conteúdo da informação é de extrema

relevância, apenas iremos abordá-la numa perspectiva, quiçá, demasiado simplista, mas

considerámos ser preferível recorrer a essa estratégia, do que «ignorá-la» por completo.

O trabalho é composto por quatro partes que passamos a descrever.

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PRIMEIRA PARTE

Tipo de informação; Espaços de afixação da informação; Origem da informação; Destinatários/público-alvo; Qualidade da informação – tratamento gráfico, legibilidade, actualidade,

pertinência.

SEGUNDA PARTE

Fundamentação teórica. Importância da informação e da sua divulgação.

TERCEIRA PARTE

Orientações metodológicas. Levantamento de documentação de informação nos espaços públicos da

escola. QUARTA PARTE

Apresentação e discussão da informação.

Conclusão.

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PRIMEIRA PARTE Tipo de informação

Informação

Produzida a nível interno Produzida a nível externo (Publicidade)

Legislação; Ofícios; Circulares; Ordens de serviço; Convocatórias de reuniões: Conselho Geral, Conselho Pedagógico, Departamentos Curriculares, Conselho de Directores de Turma, Conselhos de Grupos Disciplinares, Conselhos de turma; Conselhos disciplinares, Reunião da Associação de Pais; Avisos; Faxes; Pautas; Actas de reuniões; Horários dos alunos; Horário de atendimento dos Directores de Turma; Horário de funcionamento dos serviços: Serviços Administrativos, Biblioteca, Centro de Recursos, Sala de Estudo, Papelaria, Reprografia, Bar, Refeitório; Informações da Associação de Estudantes; Informação sindical; Preçário dos produtos vendidos no Bar; Ementa do refeitório; Sinalização.

Cartazes publicitários – Editoras, Associações Profissionais; Associações Culturais, Associação de Estudantes, Entidades Económicas, Sindicatos; Folhetos informativos – Editoras, Associações Profissionais, Associações Culturais; Publicidade.

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A informação pode ser escrita, oral ou de carácter iconográfico.

Escrita Oral Iconográfica

Ordens de serviço;

Legislação;

Actas;

Horários;

Regras de funcionamento;

Cartazes;

Panfletos;

Sinalização;

Publicidade, etc.

Conversas;

Entrevistas,

etc.

Sinais;

Imagens;

Grafismos

Espaços de afixação da informação

Sala de Professores

Sala de Funcionários

Serviços Administrativos

Biblioteca

Centro de Recursos

Sala de Estudo

Sala de Alunos

Salas de aula

Associação de Estudantes

Reprografia

Papelaria

Bar

Refeitório

Portaria

Átrio

Corredores

Portas das salas de aula

Locais de afixação da

informação

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Origem da informação

Origem da informação

Ministério da Educação Câmara Municipal Conselho Geral Direcção Conselho Pedagógico Departamentos Curriculares Directores de Turma Coordenadores de Grupos Disciplinares Professores Funcionários Alunos Associação de Pais Sindicatos Editoras Associações Profissionais; Instituições Culturais, Sociais e Económicas

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Destinatários da informação

O público-alvo da informação nem sempre tem a percepção da informação que está

à sua disposição e, muitas vezes, não procede a uma análise do seu conteúdo, o que pode

ter explicações de natureza diversa.

No entanto, esta situação poderá provocar consequências, que deverão ser objecto

de reflexão, de forma a produzirem alterações nos procedimentos adoptados.

A multiplicidade de informação, ou uma divulgação inadequada poderão funcionar

como factores condicionantes e trazerem efeitos nefastos para a Escola/Organização.

Toda a informação contém um determinado conteúdo que vai ser objecto de uma

análise, que corresponde à sua descrição.

A análise de conteúdo traduz-se na resposta a um estímulo que corporiza uma

técnica de investigação sobre o conteúdo da informação e da comunicação. A sua

abordagem pode ser em termos qualitativos e quantitativos.

A utilização dos computadores possibilita maior rigor a nível dos procedimentos

adoptados para a análise da informação.

Actualmente, a generalização dos computadores pessoais traz novos contributos.

Na análise de conteúdo da informação há que ter em consideração o número de

pessoas implicadas na produção da informação, natureza da mensagem e respectiva

comunicação.

Destinatários

Professores Alunos Funcionários Pais/Encarregados de Educação Outros membros da Comunidade Educativa

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Qualidade da informação

A informação implica comunicação, o que conduz à relação entre pessoas de modo a

que chegue ao conhecimento dos outros. A informação pode ser entendida de duas formas,

a nível do conteúdo, qualquer que seja a sua natureza e informação como sinónimo de

conteúdo noticioso, cuja transmissão constitui uma das intenções dos órgãos de

comunicação social.

As novas tecnologias facilitam o processo de comunicação. A mediatização

corresponde a um conjunto de funções que têm como objectivo melhorar as técnicas

utilizadas para garantir a qualidade das comunicações.

A comunicação pode ser directa ou presencial, envolve duas ou três pessoas, não

implica espaços específicos e scripto, constituída pela informação colocada em superfície

com carácter permanente.

Passar uma informação significa supor que alguém não tem conhecimento dela, mas

necessita de ter. Informar implica que algo deva ser ouvido, visto, ou lido.

No entanto, este processo passa, automaticamente, por uma selecção da

informação.

Ser informado é ser orientado por alguém que, antecipadamente, tinha determinados

objectivos.

A passagem de uma informação leva à comunicação e por sua vez ao conhecimento.

Embora haja uma interligação entre a informação e o conhecimento, impõe-se a

selecção da informação e proceder à sua organização,

Há que diferenciar informação e comunicação e comunicação e saber.

A comunicação depende do emissor que a transmite e do receptor que a vai

interpretar, de acordo com as suas capacidades.

Praticar a comunicação é reconhecer a existência de pessoas em acção, é uma

acção comum. A comunicação privilegia os instrumentos que vai utilizar para melhor atingir

as suas finalidades.

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Elementos do discurso Informo

Discurso e linguagens

Suportes

Tipo de documento

Instrumentos;

Equipamentos; Serviços

Scripto

Texto manuscrito ou

impresso;

Texto alfanumérico;

Desenho e pintura;

Gráficos e diagramas;

Fotografia;

Mapa,

Outros códigos de

linguagem escrita

Papel ou equivalente

Outras superfícies.

Película fotográfica

Acetato

Livro, jornal, revistas,

folha, cartaz, letreiro.

Transparência

Sinais de trânsito

Superfícies pintadas ou

gravadas

Gravura, pintura

Fotografia

Diapositivo

Caneta, pincel, buril,

decalque

Máquinas de escrever,

máquinas de compor e

desenhar

Tipografia

Telefax

Telex

Máquina fotográfica

Retroprojector de

diapositivos

Fotocopiadora

Elementos de discurso Audio

Discurso e linguagens

Suportes

Tipo de documento

I Instrumentos; Equipamento;

Serviços

Áudio

Linguagem verbal;

Linguagem vocal;

(canto)

Música;

Ritmo;

Sons ambientes;

Sinais sonoros;

Ruído

Mecânica vinil;

Magnético;

Disco óptico

Disco convencional;

Bobine-audio cassete;

CD-Compacto disco

Microfone;

Leitor, gravador de áudio;

Instrumentos musicais;

Sintetizador,

Telefone;

Radiodifusão;

Emissor/receptor pessoal;

Sinalizador

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Os documentos escritos continuam a ter grande relevância e exigem reflexão. A sua

arquitectura deverá ter como linhas orientadoras critérios de concepção, elaboração e

abordagem.

Actualmente, existem textos electrónicos que apresentam vantagens a nível da sua

consulta, mas os materiais escritos são acessíveis a qualquer utilizador. A informação que

comportam pode ser encontrada rápida e facilmente, não depende da utilização de

equipamento para a sua leitura.

O tratamento gráfico da informação é muito importante. Ao pretender-se que o seu

conteúdo chegue ao público-alvo, de acordo com os objectivos definidos, há que ponderar

nas metodologias mais adequadas, proporcionando a transmissão da mensagem de forma

eficaz e apelativa.

O processo comunicacional passa também pela clareza, actualidade e pertinência da

informação que se procura levar ao conhecimento dos destinatários.

A mensagem tem que ser precisa e concisa para ser compreendida,

independentemente do instrumento utilizado.

Produção de informação em excesso, de difícil acesso, desactualizada e cuja

pertinência seja discutível deverá ser evitada.

Todos nós temos a noção que ao entramos num determinado espaço, seja ele qual

for, e nos depararmos com um excesso de informação, que não foi tratada de forma

criteriosa, olhamos para ela, mas não a «vemos», passou despercebida.

A informação tem que ser percebida e ser considerada pertinente. Necessita de ser

contextualizada.

O tratamento gráfico não deve ser descurado, sobretudo, quando a intenção é tornar

apelativa a informação, de modo que a mensagem seja perceptível e facilmente entendível

pelo público-alvo.

Neste caso há que sublinhar a função que os cartazes têm no processo

comunicacional. O cartaz constitui um dos suportes mais importantes do discurso scripto,

pela força que imprime.

Os elementos fundamentais do cartaz são o tema, que contém a ideia fundamental, a

ilustração composta por imagens e o texto que completa a ilustração.

O objectivo do cartaz determina o tipo de linguagem utilizada, mais imperativa, ou

mais informativa.

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Enquadramento teórico

Informação ou comunicação?

A resposta a esta questão é complexa. Informação e Comunicação integram a

mesma realidade, estão interligadas, ou pelo contrário, correspondem a conceitos

diferentes?

A palavra informação tem vários significados, depende do contexto em que é

utilizada.

Etimologicamente informação vem do Latim, «informationem», que significa dar

forma, conceber uma ideia.

O termo informação começou a ser usado com maior frequência a partir dos anos 50

(século XX), para significar notícias, mensagens, conhecimento.

Informação relaciona-se com a qualidade da mensagem que um emissor envia para

os receptores. A informação é sempre sobre algo, que foi comunicado a alguém que tem a

capacidade de compreender a mensagem. Resulta do processamento e da organização de

dados que permitem o conhecimento de quem os recebe. Muitas vezes é vista como um

estímulo que influencia.

A visão da informação como mensagem destacou-se com a publicação de uma

dissertação de Claude Shannon, em 1948, conhecido como o «pai da teoria da informação».

Shannon chamou à medida da informação contida numa mensagem, em oposição à

parte da mensagem que é estritamente previsível, a medida da entropia.

Foi o primeiro a associar os conceitos de entropia e informação. Considerava que

nenhuma mensagem enviada por um emissor chegava sem «ruídos» ao receptor. Os canais

de comunicação provocavam alterações, fazendo com que a mensagem não chegasse de

forma correcta.

A entropia definida por Shannon está relacionada com a entropia definida pelos

físicos Boltzmanne Gibbs, que desenvolveram um trabalho sobre termodinâmica estatística.

A teoria da informação de Shannon é adequada para avaliar a incerteza sobre um

espaço desordenado.

Actualmente, vivemos na "era da informação" ou sociedade da informação,

considerada o advento da "era do conhecimento" ou "sociedade do conhecimento". Nesta

sociedade, a tecnologia da informação, a ciência da informação e a ciência da computação

deram um novo conceito de informação que alterou um pouco o significado que tinha

adquirido ao longo dos tempos.

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Informação é, hoje, um termo com muitos significados, mas podemos generalizar

dizendo que é uma mensagem recebida e entendida. Ela representa o conhecimento

adquirido, é o resultado da organização de dados reconhecidos pela pessoa que os recebe.

«A percepção é a tomada de consciência que fazemos do mundo exterior através da

observação e do conhecimento dos objectos e de tudo o que tenha estimulado os nossos

sentidos».2

Através dos sentidos as mensagens são captadas, mas é o cérebro que as

interpreta.

A nossa percepção varia de acordo com as associações que estabelecermos com as

nossas referências.

Através do que capta pelos sentidos, o Homem pode, hoje, relacionar-se com o

mundo que o envolve. É pelos sentidos que nos ligamos ao mundo. São eles os

responsáveis pelas admiráveis experiências da visão, da audição, do tacto, do paladar e do

cheiro.

Os sentidos representam a nossa primeira defesa contra todas as agressões e, ao

mesmo tempo, ajudam a manter-nos vivos e em comunicação com os outros.

O processo comunicacional, hoje, envolve vários factores, socialmente enraizados.

Os seres humanos são seres sociais. Relacionam-se entre si e com o meio envolvente,

comunicando e utilizando diferentes linguagens. A visão é o sentido que mais contribui para

a percepção daquilo que nos rodeia. Cerca de oitenta por cento do que percepcionamos é

visual: imagens, letras, símbolos, cores e outros elementos que podemos designar por

signos visuais.

Quase um terço da matéria cinzenta do cérebro humano é usado para

encaminhamento da informação visual. O cérebro dá resposta aos estímulos dos sentidos.

Ao receber os estímulos visuais referentes a uma determinada imagem, o nosso cérebro vai

reconhecê-la, dando-nos conta do que sabe sobre ela. Para essa resposta, contribuem

muitos factores, como a própria forma das imagens, a sua relação com o meio onde se

inserem, o conhecimento que temos delas, a nossa cultura, etc. Assim, referimos a seguinte

expressão: ”Os olhos vêem, a mente interpreta.”

A informação tornou-se, nos nossos dias, a mercadoria mais valorizada. Hoje, fala-se

da tecnologia da informação, dos serviços informativos prestados, perante a comunidade,

com grande relevância.

2 Attilo Marcolli

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Por esta razão, diz-se que "O conhecimento é moeda do nosso tempo", e a

velocidade de mudanças é a "taxa de inflação".

Devemos, pois, ter um cuidado especial na escolha da informação que nos é

constantemente oferecida, principalmente a que circula na Internet.

A importância da forma

A forma como a informação é disponibilizada deverá ter em consideração

determinados critérios, cuja relevância não deverá ser subalternizada.

Na conceptualização da forma, a teoria de Gestalt constitui uma referência.

Para a Gestalt há três conceitos fundamentais: o Campo, a Estrutura e a Forma.

Nela são salientadas as qualidades próprias da forma, na medida em que ela

corresponde a um todo e não resulta exclusivamente da soma dos elementos que a

compõem.

«As formas são transponíveis, ou seja, algumas das suas propriedades conservam-

se através de mudanças que afectam de certo modo todas as suas partes».3

O Campo corresponde ao espaço onde surge a informação: sala de professores,

corredores, paredes, armários, etc.

No entanto, o Campo também inclui a noção de tempo, isto é, o Campo tem uma

natureza espácio-temporal.

A Estrutura e a forma são conceitos que estão interligados. A Estrutura permite a

definição de uma forma, independentemente dos elementos que a integram. Com os

mesmos elementos podemos constituir muitas formas.

Às formas contrapõe-se o fundo, o mesmo será dizer, todas as zonas que se

conservam neutras, ou seja, excluídas pela Estrutura. O fundo, como tem características

homogéneas, passa despercebido.

A importância da cor

A percepção da cor varia de acordo com as cores que a rodeiam. A cor depende das

fontes de luz, que pode ser cromática ou acromática. A acção da luz pode destruir certas

cores como o vermelho e o amarelo, o que podemos verificar em cartazes expostos durante

um espaço de tempo prolongado o que não ocorre com a cor azul é resistente.

3 Paul Guillaume

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A cor, embora seja uma das características da forma, tem sido objecto de estudos

científicos.

É um factor muito importante na transmissão de uma mensagem. Além de nos

possibilitar uma informação rica e diversa, provoca-nos uma grande sensação de beleza.

A cor, ao possuir vários significados, deverá ser estudada com rigor. Experiências

fitas vieram demonstrar que a mesma forma pode ser alterada através da cor.

Existem as cores primárias e as secundárias

As cores primárias não podem ser conseguidas por combinação de outras cores,

mas ao combinarem-se entre si dão origem a novas cores. São cores primárias o amarelo, o

vermelho e o azul. As cores secundárias resultam da combinação de cores primárias puras.

O verde resulta da combinação do azul e do amarelo, o violeta resulta da combinação do

vermelho e do azul e o laranja resulta da combinação do vermelho e do amarelo. Não

aparece a cor branca nem preta por serem consideradas a soma de todas as cores e a sua

ausência.

As cores que permitem contraste e harmonia são as que se encontram nos vértices

dos triângulos, embora não apresentem maior contraste.

Normalmente, associam-se as cores a predisposições psicológicas das pessoas que

as visualizam.

Vermelho Dinamismo, entusiasmo, erotismo, violência Verde Tranquilizante e repousante Laranja Estimulante, atrai os indecisos Azul Calmo e um pouco frio Violeta Cor neutra sem um valor preciso

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A Comunicação

Comunicação deriva da palavra latina, «communis», que significa tornar comum,

estabelecer comunhão, participar da comunidade através da troca de informações. Este

conceito poderá ter abordagens diferentes, científica, filosófica e estrutural.

Do ponto de vista sociológico, a comunicação provoca interacção que se reflecte nos

comportamentos, nas relações sociais.

A comunicação significa partilha de elementos ou modos de vida e comportamentos,

devido à existência de um conjunto de normas.

Do ponto de vista psicológico pode ser definida como resposta seleccionada a um

estímulo. A comunicação não é apenas a resposta, mas a relação estabelecida pela

transmissão de estímulos e pela provocação de respostas.

A comunicação constitui um factor de modelação do comportamento de nós pr´prios

e dos outros.

Tudo é comunicação e o termo pode perder um significado preciso. A mesma palavra

é utilizada em diferentes meios para designar realidades heterogéneas.

A pluralidade semântica conduz a uma mais valia. A imprecisão do termo imprime-lhe

flexibilidade.

Neste processo temos presente um emissor, um receptor e um canal de

comunicação. A existência de um código é imprescindível para a passagem da mensagem.

Os canais de comunicação, no entanto, não são inócuos, procuram adequar a

mensagem às suas características.

A evolução tecnológica produziu novas ferramentas que proporcionam uma grande

ajuda no processo comunicacional.

Mensagem

Emissor Canal Receptor

Esquema da comunicação

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A comunicação é um processo horizontal, em que o diálogo é essencial. Os diversos

interlocutores podem emitir e receber mensagens, interpretá-las e reinterpretá-las visando a

construção de um significado.

Neste processo é raro que a mensagem tenha apenas um significado. O emissor

emite e recebe mensagens do seu receptor, ou seja a comunicação é bidireccional.

Frequentemente, a mensagem é recebida, pelo receptor, de forma diferente da

enviada pelo emissor. Esta situação é justificada pela existência de «ruídos» nos canais de

comunicação, o que determina uma grande atenção, da parte do comunicador, para que não

haja deformação no processo comunicacional.

Emissor

Formula Codifica Transmite

Mensagem

Receptor

MensagemTransmite Interpreta

Descodifica

Processo cíclico da comunicação

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Por outro lado, a comunicação entendida com acto de informar ou dar conhecimento

a alguém é mais categorizada e menos mutável. Neste caso, o emissor tem um papel mais

activo, através da selecção da emissão de mensagens, e o receptor transforma-se num ser

passivo ao longo do processo.

Nos sistemas autoritários verifica-se a tendência para a adopção desta forma de

comunicação.

Para melhor percebermos o funcionamento da comunicação, na sua globalidade

impõe-se a sua análise na óptica do conflito.

Em todas as organizações existe uma hierarquização de funções, com diferentes

competências comunicacionais, que origina que a comunicação feita por determinadas

pessoas seja considerada mais importante.

Assim, poderemos concluir que o contexto da comunicação tem uma influência

directa no processo. Quanto mais rígida for a hierarquia, maiores serão os conflitos. O poder

de falar, de decidir e de agir faz com que os outros se limitem, na prática, a cumprir.

Numa comunicação de carácter horizontal, como a que se processa em trabalho de

equipa, a intervenção é possível.

A comunicação e a informação não podem ser analisadas separadamente, no

entanto, existem diferenças. A informação relaciona-se com o conteúdo de uma mensagem

e a comunicação traduz-se na promoção da circulação e da compreensão da informação.

Interferências mediáticas

Media comerciais e de entretenimento

Emissores Receptores

Mensagem

Barreiras psicológicas

Verbalismo

Referências confusas

Fontes de ruído no canal de comunicação

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A informação desenvolve o nosso conhecimento.

O processo comunicacional e informacional deve procurar formas eficientes e

eficazes que correspondam às expectativas dos interlocutores, levando em linha de conta as

suas diferenças.

Análise de conteúdo

A análise de conteúdo deve ser aplicada a todas as formas de comunicação. Uma

leitura pouco atenta corre o risco de não tornar credível a informação emitida. Torna-se

necessário descobrir a estrutura do seu conteúdo, o que se pretende transmitir com as

mensagens e esclarecer os seus elementos que no permitem a compreensão.

«Tudo o que é dito ou escrito é susceptível de ser submetido a uma análise de

conteúdo».4

Existem determinadas regras. Numa primeira fase devemos sistematizar o conjunto

dos tipos de comunicações, de acordo com as pessoas envolvidas na comunicação, a

natureza do código e do suporte da mensagem.

É necessário adoptar um procedimento de carácter investigativo e reflexivo a partir

dos emissores e dos destinatários da comunicação. A análise deverá passar pela

compreensão da mensagem, na sua essência. Não basta fazer uma leitura linear, impõe-se

a análise do significado da mensagem.

Dever-se-ão aplicar operações de natureza analítica, adaptadas aos materiais que

vão ser objecto de análise, visando a sua interpretação correcta.

A prudência e a diplomacia deverão estar subjacentes na análise da informação. A

impulsividade deve evitar-se. O importante é a obtenção de resultados.

Os temas contidos nas diversas formas utilizadas para a produção de informação

carecem de técnicas de análise, a nível qualitativo e quantitativo.

Há que proceder à análise do texto no que concerne a determinados aspectos.

Número total de palavras presentes (ocorrências);

Número total de palavras diferentes (vocabulário);

A relação entre as ocorrências e o vocabulário;

Palavras portadoras de sentido: substantivos, verbos, adjectivos;

Palavras de ligação, artigos, preposições, pronomes, advérbios, conjugações.

O modo e o tempo dos verbos utilizados poderão, também., ser analisados.

A análise qualitativa envolve aspectos sintácticos, a riqueza do vocabulário.

4 P. Henry e S. Moscovici, Badin, Laurence. (2008), Análise de Conteúdo, Edições 70, p.34

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Tratar os materiais implica o recurso à codificação.

«A codificação é o processo pelo qual os dados em bruto são transformados

sistematicamente e agregados em unidades, as quais permitem uma descrição exacta das

características pertinentes do conteúdo».5

A codificação compreende, numa análise quantitativa, a escolha das unidades, a

enumeração e a classificação.

A escolha das unidades corresponde ao registo do que é considerado como unidade

de base, em termos de conteúdo. Geralmente, o tema é considerado a unidade de base de

registo.

A enumeração tem a ver com o modo de contagem.

Toda a análise e conteúdo remete para a análise da própria mensagem, que é o

ponto de partida, que permite o decifrar da sua significação. Constitui um instrumento de

indução para se investigarem as causas a partir dos efeitos.

A análise do discurso faz parte da análise de conteúdo. Existem várias abordagens

sobre esta questão, desde a anglo-saxónica à francesa.

«Qualquer discurso pode ser alinhado nas várias pautas de uma partitura.»6

5 O. R. Holsti, Badin, larence. (2008), Análise de Conteúdo, Edições 70, p. 129 6 Lacan (Badin, larence. (2008), Análise de Conteúdo, Edições 70, p. 274)

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Orientações metodológicas Identificação e caracterização do contexto

O presente trabalho de investigação tem como objecto de análise e avaliação todo o

tipo de documentos afixados em dois locais da escola7, o primeiro diz respeito àquele em

que a circulação da Comunidade Educativa é livre8 e de acesso directo, o outro respeita ao

espaço restrito da sala dos professores.

Portanto é no meio escolar que se desenvolve a actividade de investigação.

O espaço onde ocorre o levantamento dos documentos disponíveis, para leitura e para

consulta, desenvolve-se numa escola constituída por seis monoblocos de duplo piso e um

monobloco de piso térreo que se dispõem ao longo de uma galeria coberta, paralela às duas

entradas e descentrada em qualquer dos seus eixos de acesso perpendicular.

Do conjunto destaca-se o pavilhão administrativo9, de costas para a entrada principal e

o pavilhão alunos10 que está defronte ao anterior, onde se identificaram os espaços físicos

que contêm estruturas formais e informais de afixação regular de documentos e de arquivo

de consulta.

Atente-se na planta da escola.

Figura 1

legenda da planta esquemática

A – pavilhão administrativo

D – pavilhão alunos

Planta de implantação da escola sede

entrada principal

7 A escola em referência é a escola sede do Agrupamento de Escolas de Carcavelos, cuja designação oficial é Escola Básica e Secundária de Carcavelos 8 Entenda-se livre na medida em que a entrada na escola está sujeita a identificação por cartão magnético nominal (professores, alunos e funcionários não docentes) e por identificação pessoal e do assunto a tratar, no caso dos encarregados de educação, pais e outros membros da Comunidade Educativa como, por exemplo, os fornecedores habituais de produtos e serviços 9 Identificado como Pavilhão A 10 Identificado como Pavilhão D

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As estruturas informais encontram-se localizadas no pavilhão A, vidros das janelas da

sala de professores e no pavilhão D, vidros das janelas da sala de alunos e Bufete e de uma

segunda sala de alunos/actividades lúdicas11, acedidas no percurso da entrada principal aos

pavilhões centrais, com as respectivas entradas voltadas para a galeria, as quais nos seus

vidros se constituem como mais um espaço informal de afixação.

Estas estruturas informais são exteriores com a excepção de no pavilhão A se

encontrar uma situação de estrutura informal no átrio de entrada para os Serviços de

Administração Escolar, com o aproveitamento dos vidros das portas de acesso para

afixação de informação.

Observe-se o esquema de localização dos mesmos.

Figura 2

legenda da planta esquemática

A – pavilhão administrativo

D – pavilhão alunos

lugares de afixação de informação em espaço livre exterior

Planta de localização dos espaços informais de informação

entrada principal

Deixamos algumas imagens das estruturas informais detectadas.

11 Esta sala lúdica encontra-se, neste ano lectivo de 2009 – 2010, afecta exclusivamente às actividades lectivas, situação decorrente da gestão de espaços de aula e do aumento da relação turmas/alunos

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Figura 3

Vidro da porta de entrada do pavilhão A12

Figura 4

Vidro da porta de entrada para a Secretaria

12 Em anexo pode ser consultado “Registos fotográficos da informação”

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As estruturas formais encontram-se espalhadas pelos átrios de entrada e acessos dos

pavilhões A e D, podendo ser vitrinas expositoras, cavaletes e painéis amovíveis que se

colocam conforme a situação, o contexto e as necessidades.

Estas respeitam ao espaço de circulação livre, mas no espaço de circulação restrita

que é a sala de professores vamos encontrar vitrinas, painéis expositores de cortiça ou

aglomerado de madeira, costas de armários preparados com cortiça, estantes de madeira e

metálicas, biombos, assim como as próprias paredes.

Seguem-se alguns exemplos.

Figura 5

Vitrina expositora no átrio do pavilhão D

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Figura 6

Costas de um armário forrado a corticite na sala de professores

Figura 7

Painel expositor de corticite na sala de professores

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Figura 8

Biombo e armários na entrada principal da sala de professores

Figura 9

Painel expositor de aglomerado de madeira na sala de reuniões

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Há outros espaços da escola onde é habitual haver informação afixada, por exemplo

nos vidros das portas de acesso a cada um dos pavilhões, em algumas vitrinas expositoras

e, actualmente, de cartazes sobre a gripe H1N1 [A] em paredes várias.

Estes espaços encontram-se fora do âmbito do presente trabalho pois não se pretende

identificar os locais onde é afixada informação, que tipo de informação e avaliar o seu

conteúdo e aparato cénico-gráfico.

Outra razão que levou a excluir estes espaços prende-se com o facto de a informação

aqui disponibilizada ser direccionada especificamente aos alunos, logo a maioria dos

membros da Comunidade Educativa não terá a ela acesso, em condições normais de

funcionamento da escola13.

Convém referir que foram ainda excluídos espaços do pavilhão A que, considerados

de circulação livre, alargariam demasiado o âmbito geográfico da investigação e não

reflectiriam, na prática, qualquer incremento significativo de informação para análise, não só

porque não é hábito aí haver senão exposições ocasionais e trânsito com destino à Direcção

da escola, triado no piso térreo por uma assistente operacional.

Pela mesma ordem de razões se excluíram o Refeitório e o Pavilhão Gimnodesportivo.

No âmbito geográfico desta investigação estão contemplados quase todos os serviços

essenciais à Comunidade Educativa, a saber: Direcção, Serviços de Administração Escolar,

central telefónica, Bufete, sala de alunos, sala de professores, Papelaria e Reprografia,

Gabinete Médico e Serviços de Acção Social Escolar.

Identificação e caracterização da informação

Já foi referido que o âmbito do trabalho se reporta ao tratamento da informação, em

suporte físico e disseminada na escola, nos percursos e espaços de acesso livre pela

Comunidade Educativa, nos pavilhões A e D e no caso de um espaço de acesso restrito, a

sala de professores, localizada no pavilhão A, que servirá de contraponto à análise que se

pretende realizar.

Trata-se, portanto, de analisar o documento físico e o contexto de tempo e de

adequação aos públicos-alvo.

Considera-se informação todo e qualquer suporte físico cuja função seja a de

transmitir uma qualquer informação, oficial ou não, em múltiplos formatos.

13 Considera-se “condições normais de funcionamento” as que respeitam ao tempo de actividades lectivas diurnas, apesar de haver actividade nocturna, num período de maior concentração até às 15h25m e com algum decréscimo, pouco significativo, até às 17h05m portanto de ocupação plena

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Dada a diversidade de formatos foi necessário categorizá-los de acordo com um

critério: agrupar os documentos por famílias e definir o âmbito de cada uma delas.

Assim teremos os seguintes onze tipos de documentos, a que atribuímos códigos de

representação.

Figura 10

Tabela do tipo de documentos e códigos de representação

sindical [ s ]arquivador [ arq ]

anúncios [ a ]informação geral [ i ]informação oficial [ io]

carta ofício [ co ]legislação normas [ l ]

cartaz [ c ]

folheto [ f ]

imagem [ im ]

diversos [ d ]

Qual o âmbito de cada uma destes classificadores?

Sindical – documentos resultantes da actividade dos trabalhadores da função

pública, quer por via organizacional quer por via pessoal;

Arquivador – suporte de guarda de documentos disponíveis para consulta no

local de arquivo;

Anúncios – documentos que fornecem um serviço exterior à escola;

Informação geral – documentos que abordam assuntos directamente

relacionados com a vida da escola e o desenvolvimento da profissionalidade de

cada um dos actores da Comunidade Educativa;

Informação oficial – documentos provenientes dos órgãos de gestão e

administração da escola e estruturas coordenadoras das actividades;

Carta ofício – documento formal endereçado a um sujeito, individual ou

colectivo;

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Legislação normas – documento oficial da tutela ou dos órgãos de gestão e

administração da escola;

Cartaz – formato poster;

Folheto – desdobrável;

Imagem – documento visuo-gráfico em forma de desenho, ilustração ou

fotografia;

Diversos – documentos indiferenciados.

Estes classificadores foram estabelecidos após uma análise prévia à informação em

presença.

Recorreu-se ainda a outras formas de categorização dos objectos de acordo com as

características do documento em termos de origem, datação, público-alvo, do local de

exposição e do conteúdo temático.

Figura 11 Tabela das categorias e classificadores dos documentos e códigos de representação

tipologias dos documentosinstrumentos autonomia [ ia ]informação administrativa [ i ]

estatística [ est ]

logótipo [ log ]

anúncios [ al ]avaliação docente [ add ]

humor [ h ]

diversos [ d ]

legislação [ l ]condição estudante [ e ]

actividade sindical [act ]formulários [ for ]acesso superior [ as ]

calendário [ cal ]comunidade educativa [ed ]

normas escola [ n ]

comunidade escolar [ esc ]

divulgação actividades [ da ]

encarregados educação [ ee ]

actas reuniões [ a ]

alunos [ a ]convocatórias [ c ]

professores [ p ]carreira docente [ cd ]

interno [ i ] auxiliares [ aux ] sim [ s ] livre [ l ]formação docente [ f ]

externo [ e ] funcionários [ f ] não [ n ] restrito [ r ]notas alunos [ not ]

origem público-alvo data espaço temática

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Vejamos agora o âmbito de todos estes classificadores.

Quanto à sua origem:

Interno – documento emanado por órgãos de gestão e administração da escola

ou por qualquer outra estrutura interna, em nome individual ou colectivo;

Externo – documento proveniente de qualquer entidade exterior à escola, de

qualquer natureza institucional e fonte.

Quanto ao público-alvo:

Comunidade Educativa – documento dirigido aos membros da Comunidade

Educativa enquanto tal, portanto dirigido a todos os actores do processo

educacional e organizacional, sejam eles internos ou exteriores à escola;

Comunidade Escolar – documento dirigido aos actores do processo

ensino/aprendizagem, do processo administrativo e do processo de governança

organizacional na escola, enquanto utilizadores diários dos serviços educativos

aí prestados;

Encarregados de Educação – documento dirigido aos pais e encarregados de

educação dos alunos da escola, enquanto actores indirectos do processo

ensino/aprendizagem;

Alunos – documento dirigido aos alunos da escola, enquanto actores directos

do processo ensino/aprendizagem;

Auxiliares – documento dirigido aos funcionários públicos da escola,

assistentes operacionais e técnicos, enquanto actores do processo

administrativo e processo de governança organizacional;

Professores – documento dirigido ao corpo especial da função pública, carreira

docente, enquanto actores directos do processo ensino/aprendizagem e do

projecto de desenvolvimento profissional;

Funcionários – documento dirigido aos funcionários públicos da escola,

independentemente da sua categoria e carreira.

Quanto à sua datação:

Sim – documento datado;

Não – documento sem data.

Quanto ao espaço:

Livre – espaço de acesso e circulação aberta à Comunidade Educativa, sem

restrição que não seja a de identificação obrigatória na portaria da escola;

Restrita – espaço de acesso condicionado aos professores e aos assistentes

da escola.

Quanto à sua temática:

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Instrumentos Autonomia – documentos relacionados com o desenvolvimento

dos instrumentos de autonomia da escola, enquadrados no processo de

governança organizacional e no processo educacional;

Informação Administrativa – documentos relativos à relação dos actores da

Comunidade Escolar com um dos órgãos de gestão e administração, a

Direcção, e os Serviços de Administração Escolar;

Estatística – documentos de apresentação de dados e quadros de avaliação

estatística do processo ensino/aprendizagem, do processo de governança

organizacional e de serviços prestados pela escola;

Logótipo – imagem corporativa de organizações e projectos;

Anúncios – documentos relativos à oferta de serviços a prestar no exterior da

escola;

Avaliação Docente – documentos relativos ao desenvolvimento do processo de

avaliação de desempenho docente;

Humor – documentos escritos ou desenhados relativos a situações

humorísticas;

Diversos – documentos indiferenciados e não categorizados;

Legislação – documentos oficiais publicados em Diário da República ou outro

suporte legal;

Condição Estudante – documentos relativos ao desenvolvimento da

profissionalidade de estudante;

Actividade Sindical – documentos relativos ao desenvolvimento da actividade

de representação laboral dos funcionários públicos, quer organizacional quer

individual;

Formulários – documentos relativos a fichas de inscrição numa organização,

actividade ou evento;

Acesso Superior – documentos relativos ao processo de candidatura ao ensino

superior;

Calendário – documentos relativos a marcação de reuniões conjuntas,

cronogramas de tarefas, actividades e projectos e fases do desenvolvimento do

processo administrativo organizacional;

Normas Escola – documentos relativos à prescrição de regras e normas dentro

da Comunidade Escolar emanadas pelos órgãos de gestão e administração da

escola e pelos Serviços de Administração Escolar;

Divulgação Actividades – documentos relativos à publicitação de eventos a

realizar na escola e no exterior e a resultados de competições em que a escola

participou;

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Actas Reuniões – documentos oficiais relativos a actas e súmulas de actas das

reuniões de órgãos de gestão e administração da escola, de reuniões de

projectos e de estruturas intermédias, assim como de reuniões de estruturas de

representação dos funcionários públicos;

Convocatórias – documentos relativos a convocatórias formais de reuniões

destinadas ao desenvolvimento do processo ensino/aprendizagem, do

processo de governança organizacional e dos projectos e actividades do Plano

Anual de Actividades da escola;

Carreira Docente – documentos relativos ao desenvolvimento da

profissionalidade docente, nos seus enquadramentos legal e institucional;

Formação Docente – documentos relativos à publicitação de acções e cursos

de formação de professores, enquadrados na formação contínua e na formação

académica;

Notas Alunos – documentos relativos à classificação dos alunos no

desenvolvimento do processo ensino/aprendizagem.

Para a caracterização da tipologia dos documentos temos, então, 6 categorias e um

total de 45 classificadores.

Para melhor esclarecimento sobre as categorias criadas, se bem que a sua

denominação possa parecer clara, vejamos.

Figura 12

Tabela das categorias dos documentos

tipo documento origem público-alvo data espaço temática

O âmbito de cada uma destas categorias é o seguinte:

Tipo de Documento – qualidade da relação entre o formato e a forma do

documento;

Origem – qualidade relativa à proveniência do documento;

Público-alvo – qualidade relativa à entidade a quem é dirigida a informação do

documento, para além da formalidade do endereçamento;

Data – qualidade relativa à data de emissão do documento;

Espaço – qualidade relativa à localização do documento;

Temática – qualidade relativa ao conteúdo do documento

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Critérios e estratégias de selecção da informação

O âmbito geográfico duma escola com a configuração desta levou a que se fizesse

uma opção inicial que foi a de restringir a selecção da informação, conformada aos

seguintes critérios:

1. Abordar a informação exposta à Comunidade Educativa e contrapor a

informação disponível especificamente a um dos actores dessa mesma

comunidade, os professores;

2. Abordar a informação exposta em espaços de acesso livre à Comunidade

Educativa, restringindo essa abordagem física aos pavilhões A e D nas infra-

estruturas formais de afixação e nas informais;

3. Abordar a informação exposta à Comunidade Educativa no percurso do acesso

principal da escola aos pavilhões A e D, nas estruturas informais;

4. Abordar a informação exposta na sala de professores, nas infra-estruturas

formais e nas informais;

5. Todo o documento afixado e arquivado é objecto de análise,

independentemente da sua qualidade institucional.

Os 4 primeiros critérios respeitam à acção no âmbito geográfico e físico do espaço da

escola, ao passo que o 5º critério diz respeito à acção de recolha e análise dos documentos

físicos.

Interessa, então, referenciar os espaços onde será efectuada a recolha de informação,

de acordo com os critérios atrás explicitados.

Figura 12a

Planta de localização dos documentos afixados em espaço livre no pavilhão D Planta do pavilhão alunos [ D ] piso 0

legenda da planta esquemática

espaços de afixação públicos

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Figura 12b

Planta de localização dos documentos afixados em espaço livre no pavilhão A

Planta do pavilhão administrativo [ A ] piso 0

legenda da planta esquemática

espaços de afixação públicos

espaços de afixação restritos

Figura 12c

Planta de localização de documentos afixados em espaço restrito do pavilhão A

24/54 24/54 24/54 24/54

24/54

24/54

24/54

24/24

diagrama da sala de professores

estante metálicaazul

estante madeiralivros ponto

noite

estante madeiralivros ponto dia

estante madeiracorreio

espaços de afixação de documentos

entrada principal entrada secundária

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Metodologias de recolha da informação

Em primeiro lugar optou-se por realizar um registo fotográfico da informação afixada

nos espaços seleccionados e esse registo teve lugar no dia 21 de Julho de 2009.

Em segundo lugar elaborou-se uma ficha destinada ao registo individual de cada

documento, numa primeira fase um esboço que foi sendo melhorado até à sua versão final.

Esta ficha contempla na sua estrutura as várias categorias estabelecidas para a sua

classificação formal, os descritores de avaliação e respectivas escalas de qualificação, a

apreciação global do documento e registo de observações.

O trabalho de levantamento e descrição dos documentos foi manual14, cada

documento foi objecto de um registo individual pelo que se contabilizaram 104 documentos

registados.

Convém aqui referir que se considerou documento aquele que, podendo ser

constituído por várias páginas, folhas ou anexos, se poderia referir como uma unidade física,

temática e decorrente de um mesmo acto processual ou administrativo.

Assim vamos encontrar alguns documentos unitários que são expostos com as suas

várias páginas em sequência, são analisados de forma única e, como exemplos, referimos o

caso da lista de manuais adoptados na escola para o ano lectivo de 2009 – 2010 ou o da

lista dos alunos inscritos para o 1º ciclo nas escolas básicas deste agrupamento de escolas.

Para breve apreciação da ficha de registo deixamos dois exemplos da sua evolução.

Figura 13

Ficha de registo de documentos – primeiro esboço Local Tipo Origem Data Destinatário Conteúdo Anexos Público Tratamento

Gráfico Acessibilidade Legibilidade Manuseio Actualidade Apreciação

D/M/A Resumo Alvo Não Sim - = + - = + - = + - = + - = +

14 Em anexo pode ser consultado “Fichas de registo dos documentos”

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Figura 14

Ficha de registo de documentos – versão final15 Local Tipo Origem Data Destinatário Conteúdo Anexos Público Apreciação

global D/M/A Resumo Alvo

Critérios - = +

Observações

Localização Acessibilidade Legibilidade Tratamento gráfico

- = + - = + - = + - = +

Manuseio Actualidade Pertinência Relevância

- = + - = + - = + - = +

Local Tipo Origem Data Destinatário Conteúdo Anexos Público Apreciaçãoglobal

D/M/A Resumo Alvo Critérios

- = + Observações

Localização Acessibilidade Legibilidade Tratamento gráfico

- = + - = + - = + - = +

Manuseio Actualidade Pertinência Relevância

- = + - = + - = + - = +

Local Tipo Origem Data Destinatário Conteúdo Anexos Público Apreciaçãoglobal

D/M/A Resumo Alvo Critérios

- = + Observações

Localização Acessibilidade Legibilidade Tratamento gráfico

- = + - = + - = + - = +

Manuseio Actualidade Pertinência Relevância

- = + - = + - = + - = +

Local Tipo Origem Data Destinatário Conteúdo Anexos Público Apreciaçãoglobal

D/M/A Resumo Alvo Critérios

- = + Observações

Localização Acessibilidade Legibilidade Tratamento gráfico

- = + - = + - = + - = +

Manuseio Actualidade Pertinência Relevância

- = + - = + - = + - = +

A ficha de registo dos documentos está acompanhada da respectiva legenda

descritiva, em rodapé, para que possa ser utilizada não só pelos sujeitos do presente

trabalho mas por qualquer outro sujeito numa situação de análise de informação exposta.

Figura 15 Legenda da ficha de levantamento Local – Salas de professores, de Funcionários, Secretaria, Átrios, Biblioteca e Centro de Recursos; Tipo – Ofício, Ordem de serviço, Informação, Fax, Cartaz, Convocatória, não identificado; Origem – quem mandou ou assinou; Data – dia – mês – ano; Destinatário – primeiro destinatário do documento; Conteúdo – fazer um resumo do conteúdo principal; Anexos – indicar quais, se os houver, por exemplo ficha de inscrição, cronograma, calendário, etc.; Público – a quem se destina a informação; Localização – dentro e fora do campo visual; Acessibilidade – o documento é de fácil acesso para leitura; Legibilidade – o documento é legível em modo normal, sem esforço de maior; Tratamento gráfico – o documento foi objecto de algum tratamento gráfico, ampliado, sublinhado, montado, editado, etc.; Manuseio – o documento ou pasta de informação é utilizável de forma fácil; Actualidade – o documento está em dia com a informação que presta; Pertinência – adequação ao público-alvo; Relevância – do interesse do público-alvo; Apreciação – qualidade do documento no contexto em que se insere, se não se presta a confusão, se não passa despercebido no conjunto, se está enquadrado, etc.

O levantamento e registo manuscrito, em rascunho, dos documentos foi efectuado a

23 de Julho de 2009 estando o documento “Fichas de registos dos documentos” concluído

em Setembro de 2009.

Este levantamento teve em consideração os critérios definidos e as categorias de

agregação de documentos, de que já demos conta em linhas anteriores.

15 Esta ficha não foi a utilizada nos registos manuais que só tinha o correspondente a 3 documentos por página, enquanto a versão final está configurada para o registo de 4 documentos por página

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37

Para a análise dos documentos em termos de apreciação das suas qualidades físicas

formais e das suas qualidades informacionais optou-se por criar um conjunto de categorias

de avaliação agrupadas segundo os critérios:

da análise do documento físico, o suporte16;

da análise do documento informativo, na relação do conteúdo com o público-

alvo em termos de tempo17.

Criou-se um quadro de referência de classificadores para a apreciação dos

documentos para cada categoria.

Na categoria Suporte temos:

1. Localização;

2. Acessibilidade;

3. Legibilidade;

4. Tratamento gráfico;

5. Manuseio.

Na categoria Conteúdo temos:

6. Actualidade;

7. Pertinência;

8. Relevância

A clarificação do conceito de cada um dos classificadores deve ser feita para se obter

um quadro de referenciação global da análise efectuada.

Então temos:

Localização – qualidade do documento que evidencia a integração espacial

dentro ou fora do campo visual do sujeito da acção;

Acessibilidade – qualidade do documento que evidencia a exposição em local

de acesso e circulação com ou sem conflitos;

Legibilidade – qualidade do documento que evidencia a sua leitura e apreensão

de forma regular e sem esforço visual;

Tratamento gráfico – qualidade do documento que evidencia se o mesmo foi

objecto de algum tratamento gráfico, ampliado, sublinhado, montado, editado,

etc.;

Manuseio – qualidade do documento que evidencia se o mesmo é utilizável de

forma fácil e sem conflitos;

Actualidade – qualidade do documento que evidencia que está em dia com a

informação que presta;

16 Categoria adiante designada simplesmente por “Suporte” 17 Categoria adiante designada simplesmente por “Conteúdo”

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Pertinência – qualidade do documento que evidencia a sua adequação ao

público-alvo;

Relevância – qualidade do documento que evidencia o interesse para o

público-alvo;

Apresenta-se um esquema que permite perceber como se apreciou o classificador

localização e, também, o de manuseio.

Figura 15a

Esquema de leitura e de manuseio de documentos

Para a apreciação qualitativa de cada classificador estabeleceu-se uma tabela com 3

valorações que a seguir se apresenta.

Figura 16

Escala de apreciação qualitativa dos documentos18

nível - qualidade inferior à do padrão regularnível = qualidade do padrão regularnível + qualidade superior à do padrão regular

Como se esperava concretizar em tempo uma valoração quantitativa do conjunto das

apreciações efectuadas optou-se por converter a escala qualitativa, por equivalência dos

seus 3 factores, para uma escala numérica que permitiu um tratamento estatístico mais

apurado.

Vejamos a equivalência das tabelas.

18 Considera-se “padrão regular” aquele que se refere ao estado de um documento que é apresentado exposto tal como foi editado e produzido

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Figura 17

Tabela de equivalência das escalas

Escala

qualitativa

Escala

numérica

Nível - 1

Nível = 2

Nível + 3

Para a apreciação dos documentos ser o mais objectiva possível elaborou-se uma

tabela com os descritores respeitantes a cada um dos classificadores das duas categorias.

Assim temos para a categoria Suporte:

Figura 18

Tabela de descritores da categoria Suporte

Critério Valor Descritor

+ Dentro do campo visual com um A4 ao alto ao nível dos olhos, mais um A4 acima e outro abaixo.

= Dentro do limite superior do campo visual. Localização

- Fora do limite inferior do campo visual.

+ Acesso com espaço de circulação de proximidade mínimo de 50 cm e de circulação normal de mais 50 cm.

= Acesso com espaço de circulação de proximidade igual a 50 cm, sem obstáculos de permeio. Acessibilidade

- Acesso com espaço de circulação de proximidade inferior a 50 cm, com ou sem obstáculos.

+ Fácil leitura mesmo fora dos limites do campo visual.

= Leitura regular dentro do campo visual. Legibilidade

- Leitura irregular mesmo dentro dos limites do campo visual.

+ Original ou cópia com tratamento ou realce, ou de boa qualidade de impressão.

= Original ou cópia regular sem qualquer tratamento ou realce. Tratamento gráfico

- Original ou cópia irregular, de fraca qualidade de impressão, com ou sem tratamento ou realce.

+ Facilidade de consulta e leitura ou arquivado e devidamente identificado.

= Consulta e leitura regular ou devidamente arquivado. Manuseio

- Consulta e leitura irregulares ou mal arquivado.

E para a categoria Conteúdo temos:

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Figura 19

Tabela de descritores da categoria Conteúdo

Critério Valor Descritor

+ Prazo legal e antecipando uma regular margem de manobra.

= Prazo legal ou margem de manobra estrita. Actualidade

- Prazo legal sem margem de manobra ou desactualizado.

+ Perfeitamente adequado ao público-alvo.

= Adequado ao público-alvo. Pertinência

- Desadequado ao público-alvo.

+ Do maior interesse para o público-alvo.

= Regular interesse para o público-alvo. Relevância

- Sem interesse da maior para o público-alvo.

No âmbito da apreciação dos documentos, para além dos classificadores ora

apresentados, optou-se por criar um índice de apreciação global que deve reflectir a

qualidade que lhe é atribuída na escala qualitativa.

O seu significado é:

Apreciação – qualidade do documento no contexto em que se insere, se não se

presta a confusão, se não passa despercebido no conjunto, se está

enquadrado, etc.

Esta clarificação pressupõe que a valoração desta apreciação é feita de acordo com a

qualificação realizada em todos os classificadores de um dado documento, de acordo com

os descritores e pretende revelar uma tendência para um dos níveis de qualificação.

Também importa aqui referir que foi levado em conta, quer na apreciação global quer

face aos classificadores da categoria suporte, as características de circulação de pessoas

no espaço em observação para se poder ajuizar dos potenciais focos de conflito no acesso

aos documentos.

Deixamos referenciados os vários focos de conflito detectados.

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Figura 20

Planta de localização de pontos de conflito entre circulação e acesso aos

documentos no pavilhão D

PAVILHÃO D – PISO 0

Sala de aulas

( de recurso )

Bufete

WC-f

WC-m

WC-d

Papelaria

Reprografia

Sala de alunos

circulação livre

lugares de afixação de informação em espaço livre

áreas de conflito

legenda da planta esquemática

Figura 21

Planta de localização de pontos de conflito entre circulação e acesso aos

documentos no pavilhão A

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PAVILHÃO A – PISO 0

Sala de reuniões

Sala de professores

Secretaria

WC-f

WC-m

Sala de informática

circulação livre

circulação de professores

lugares de afixação de informação em espaço livre

áreas de conflito

legenda da planta esquemática

Figura 22

Planta de localização de pontos de conflito entre circulação e acesso aos

documentos na sala de professores

24/54 24/54 24/54 24/54

24/54

24/54

24/54

24/24

diagrama da sala de professores

espaços de afixação de documentos

entrada principal entrada secundária

zonas de conflito

Os critérios assim definidos globalmente em 18 de Julho de 200919 foram objecto de

pequenas afinações descritivas ou de reescrita, concluídas até ao final do mês de Setembro

de 2009.

19 A estrutura não sofreu qualquer alteração após a data de 18 de Julho

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43

No que respeita ao enquadramento das metodologias de recolha de informação, com

base nos documentos expostos na escola, ela está feita.

Recapitulemos os passos dados:

1. Definição do âmbito geográfico e físico para a acção de recolha da informação

com base nos documentos expostos na escola;

2. Definição dos critérios de classificação dos documentos;

3. Definição dos critérios de avaliação dos documentos;

4. Definição do âmbito de apreciação dos documentos;

5. Definição dos descritores de classificação dos documentos;

6. Elaboração da escala de apreciação qualitativa dos descritores de

classificação;

7. Elaboração da ficha de registo do levantamento dos documentos expostos;

8. Realização do registo fotográfico dos documentos expostos;

9. Determinação dos pontos de conflito entre circulação e acesso aos documentos

nos pavilhões A e D;

10. Realização dos registos individuais20 dos documentos expostos de acordo com

os critérios e a ficha de registo individual;

11. Registo de observações ocasionais nos registos individuais dos documentos;

12. Apreciação com a escala qualitativa dos descritores de classificação e efectuar

a apreciação global de cada documento;

13. Elaboração da escala de apreciação quantitativa.

Figura 22a

Exemplo de ficha de registo preenchida

20 Em anexo pode ser consultado “Fichas de registo dos documentos”

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Metodologias de análise da informação

Formatados e editados todos os documentos de apoio e registo, concretizadas as

apreciações formais aos 104 documentos registados, importa agora saber como se

preparou a tarefa de análise estudo estatístico da informação recolhida.

Em primeiro lugar registe-se a necessidade de criar uma base de dados a compilar

toda a informação manualmente registada e isto foi feito com recurso ao programa Excel do

Microsoft Office 2003.

Atente-se nos exemplos gráficos da estrutura da base de dados.

Figura 23

Tabela de registo dos documentos e classificadores do suporte e do conteúdo ordem

documento localização acessibilidade legibilidade tratamento gráfico manuseio actualidade pertinência relevância

1 2 2 3 2 3 3 32 2 2 2 2 3 3 33 2 2 2 2 2 2 24 3 3 2 2 3 3 35 3 3 2 2 3 3 36 3 3 3 3 2 2 27 3 3 3 2 3 3 38 2 2 2 2 2 2 29 2 2 3 2 3 3 3

10 3 3 2 2 3 3 311 3 3 2 2 3 3 312 3 3 2 2 3 3 313 3 3 2 2 3 3 314 3 3 2 2 3 3 315 3 3 2 2 3 3 316 3 3 2 2 3 3 317 3 3 2 2 3 3 318 3 3 2 2 3 3 319 3 3 2 3 3 3 320 3 3 2 2 2 3 321 3 3 2 2 3 3 322 3 2 2 2 3 3 323 3 2 2 2 3 3 3

Figura 24

Tabela de registo dos documentos e classificação por categorias

tipo documento origem público-alvo data espaço temática

1 io i esc s l da2 io i esc s l n3 io i esc n l i4 l e esc s l l5 io e esc s l i6 io i esc s l i7 io i esc n l i8 io i esc n l i9 io i a n l i10 io i esc n l cal11 io i a s l n12 io e a n l e13 io i esc n l cal14 io e a n l n15 io e a n l cal16 io i a n l as17 io i esc s l not18 io i esc s l not19 io i ed s l e20 io i esc s l not21 io i esc s l not22 io i a n l n23 l e esc s l n

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45

De notar que a transposição para formato electrónico dos dados de registo obrigou,

por questões de natureza de tratamento estatístico e gráfico da informação, a converter as

apreciações qualitativas, produzidas nos classificadores e na apreciação global, para a

escala numérica já referida.

Isto pode ser constatado na fig. 23.

Já na fig. 24 se pode verificar que os documentos foram referenciados pelos seus

códigos de representação, de acordo com os classificadores de cada categoria.

Por manipulação de dados foram extraídas tabelas representativas21 das situações

que se analisaram e que são objecto de apresentação gráfica para exemplificação.

Figura 25

Tabela de distribuição dos documentos por níveis de qualificação localização acessibilidade legibilidade ratamento gráfic manuseio actualidade pertinência relevância

nível - 3 39 10 1 9 17 3 6nível = 63 42 62 69 14 40 54 55nível + 38 23 22 24 0 40 47 43

Figura 26

Tabela de distribuição percentual dos documentos por níveis de qualificação

total 104 104 94 94 23 97 104 104

nível - 2,88% 37,50% 10,64% 1,06% 39,13% 17,53% 2,88% 5,77%

nível = 60,58% 40,38% 65,96% 73,40% 60,87% 41,24% 51,92% 52,88%

nível + 36,54% 22,12% 23,40% 25,53% 0,00% 41,24% 45,19% 41,35%

Figura 27

Tabela de distribuição dos documentos pelos classificadores da categoria público-

alvo

comunidade educativa 3comunidade escolar 39encarregados educação 0

alunos 9

professores 53auxiliares 0

funcionários 0

21 Em anexo pode ser consultado “Tabelas de análise de dados”

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Assim foram quantificados dados relativos a:

Quantidade de documentos registados;

Classificações numéricas dos descritores das categorias suporte e conteúdo;

Quantidade de classificações por escalão de todos os descritores das

categorias suporte e conteúdo;

Quantidade de documentos por categoria e classificadores quanto às

tipologias.

Os dados foram objecto de tratamento estatístico na sua forma gráfica e deles se

apresenta um exemplo.

Figura 28

Gráfico do número de documentos por nível de qualificação para o descritor

localização

descritor localização número de documentos classificados por nível

3

63

38 nível -

nível =

nível +

Na medida em que se criaram duas categorias para a avaliação do documento, a de

suporte e a de conteúdo estabeleceu-se a necessidade extrair as médias22 das

classificações de cada descritor e determinar a média correspondente às médias dos

descritores de cada categoria, por documento.

Vejamos uns exemplos.

22 Estamos a referirmo-nos à utilização da média aritmética dos valores em presença

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Figura 29

Tabela das médias de cada descritor

médias 2,34 1,85 2,13 2,24 1,61 2,24 2,42 2,36localização acessibilidade legibilidade ratamento gráfic manuseio actualidade pertinência relevância

Figura 30

Tabela das médias das categorias suporte e conteúdo e média global

média suporte

média conteúdo

média global

2,12 2,34 2,21

Figura 31

Tabela das médias das categorias suporte e conteúdo e média global, por

documento média

suportemédia

conteúdomédia global

2,25 3,00 2,57 12,00 3,00 2,43 22,00 2,00 2,00 32,50 3,00 2,71 42,50 3,00 2,71 53,00 2,00 2,57 62,75 3,00 2,86 72,00 2,00 2,00 82,25 3,00 2,57 92,50 3,00 2,71 102,50 3,00 2,71 112,50 3,00 2,71 122,50 3,00 2,71 132,50 3,00 2,71 142,50 3,00 2,71 152,50 3,00 2,71 162,50 3,00 2,71 172,50 3,00 2,71 182,75 3,00 2,86 192,50 2,67 2,57 202,50 3,00 2,71 212,25 3,00 2,57 222,25 3,00 2,57 23

Foram estabelecidos 3 intervalos correspondentes à escala em uso de modo a que se

pudesse distribuir as várias médias por cada um dos escalões, assim temos o intervalo de

[1;1,67] para o nível – (qualificação má), o intervalo ]1,67;2,34[ para o nível = (qualificação

regular) e o intervalo [2,34;3] para o nível + (qualificação boa).

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48

Na sequência dos dados relativos às médias estabeleceram-se os diferenciais

correspondentes aos desvios da média de cada descritor para a média da categoria

respectiva e para a média global.

Foram calculados os desvios acumulados nas médias dos descritores na média do

suporte e na média do conteúdo, tal como se procedeu ao cálculo do desvio acumulado

pelos descritores na formação da média global.

Determinou-se o desvio para a média global de cada uma das médias das categorias

suporte e conteúdo.

Veja-se o quadro síntese.

Figura 32

Tabela de quantificação dos desvios observados localização acessibilidade legibilidade tratamento

gráfico manuseio actualidade pertinência relevância média suporte

média conteúdo

média global

médias 2,34 1,85 2,13 2,24 1,61 2,24 2,42 2,36 2,12 2,34 2,21variação para média do suporte 0,22 -0,27 0,01 0,13 -0,51 -0,10 0,09 0,02variação para a média global 0,13 -0,36 -0,08 0,04 -0,60 0,03 0,22 0,15desvio acumulado do suporte -0,43 desvio da média global -0,09 0,13desvio acumulado do conteúdo 0,01desvio acumulado do global -0,48

A manipulação de dados permitiu extrair tabelas que nos levaram à comparação e

quantificação de situações que se pretendiam observar.

Saber por exemplo23:

A distribuição no espaço livre dos documentos classificados pela categoria

temática;

A determinação da variedade de documentos na categoria tipo em espaços

livre e restrito;

Verificar a relação entre a quantidade de documentos e a distribuição pala

categoria público-alvo;

Comparar as distribuições e quantificações no espaço livre e no espaço restrito;

Comparar a variedade da categoria temática nos espaços livre e restrito;

Verificar a incidência do tipo informação oficial em espaços livre e restrito;

Verificar a origem do tipo informação oficial em espaços livre e restrito;

Quantificar os documentos datados e não datados;

Comparar a incidência dos documentos com origem interna e externa;

Comparar os desvios das médias dos classificadores para a média global das

categorias e para a média global.

Este é então o caminho que prosseguimos para a recolha da informação.

23 A descrição não pretende ser exaustiva, é mais uma carta de intenções que está condicionada pelo tempo disponível para a concretização da análise multivariada

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49

Apresentação e discussão da informação

A primeira constatação a fazer é a de que foram analisados 104 documentos unitários,

não tendo sido contabilizado o total de páginas expostas para visualização e para consulta,

que obviamente são muitas mais.

Análise respeitante ao espaço livre da escola

Como se optou por fazer um levantamento em dois tipos de espaços, um com

circulação livre e o outro com circulação condicionada, verificamos uma distribuição

equilibrada dos documentos por ambos os espaços, a saber:

Figura 33

Gráfico de distribuição dos documentos pelos espaços livre e restrito

distribuição dos documentos pelos espaços livre e restrito

32

72

livre

restrito

Esta situação objectiva que 30,8 % dos documentos estão no espaço livre da escola e

levanta uma pergunta para a qual a resposta não é evidente.

Porque razão a quantidade de documentos expostos no espaço livre é

substancialmente menor que no espaço da sala de professores?

Estamos no período de final do ano lectivo, com as actividades lectivas regulares já

terminadas vai para quatro semanas e, tendo havido movimentos que respeitam à afixação

de documentos respeitantes ao processo ensino/aprendizagem – as pautas com as

classificações dos exames 2009, primeira fase foram expostas, tal não justifica este

diferencial.

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Então por o porquê destes números?

Em primeiro lugar o espaço com infra-estruturas para exposição de informação com

acesso pela Comunidade Educativa localiza-se no pavilhão D, em que todo o átrio do piso

térreo está forrado de vitrinas expositoras.

Queira-se ou não este é o centro vital para a disseminação da informação a expor.

Podemos juntar a esta capacidade uma vitrina expositora no átrio do pavilhão A que

pouco acrescenta em termos de área e uma pequena vitrina na entrada do mesmo pavilhão.

Será a capacidade instalada a suficiente?

A resposta é não, se nos ativermos a situações de maior movimento informativo como

acontece no princípio e final de cada período escolar e se levarmos em conta que a

quantidade e a qualidade da informação a expor não é objecto, regularmente de um projecto

de comunicação devidamente estruturado.

Esta é a realidade de uma escola, esta escola.

O facto de se questionar a pertinência de um plano de comunicação subjaz à

observação preliminar efectuada aos espaços e documentos afixados que demonstram que

se expõe porque é preciso expor, com poucos ou nenhuns critérios a presidir ao acto

expositivo com a excepção feita ao espaço livre e disponível na ocasião.

E bastas vezes isto acontece, independentemente do espaço próprio para tal.

A regra obedece a um princípio não definido formalmente, que resulta da prática

habitual na escola, a de que toda a fixação de documentos em massa se processa

ocupando as vitrinas situadas à esquerda da entrada do pavilhão D.

Existirão outras pequenas regras, como por exemplo a de que a vitrina colocada de

frente para a entrada do pavilhão D respeita a assuntos dos cursos nocturnos.

Se nos tivéssemos abalançado a estudar as áreas de exposição, o que não era nosso

propósito, teríamos chegado a um valor próximo dos 80 % de área dedicada aos assuntos

dos cursos diurnos considerando que há ocupação máxima da restante área pelos cursos

nocturnos se considerarmos, em especial, períodos específicos dos ciclos avaliativos

objecto de exibição massiva de documentos.

Essa realidade é verificável no levantamento fotográfico então realizado.

Dos documentos expostos no espaço livre temos 25 com origem interna (78,1 %)24, 23

destinados à Comunidade Escolar (68,8 %) e só 9 destinados especificamente a alunos

(28,1 %), com pouca variedade de tipo de documentos já que temos 29 como informação

oficial (90,6 %) e 19 documentos não datados (59,4 %).

24 Todas as referências a percentagens são feitas considerando que os factores em análise sejam superiores ou somem mais de 50 %

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Figura 34

Tabela dos documentos expostos em espaço livre tipo documento origem público-alvo data espaço temática

1 io i esc s l da2 io i esc s l n3 io i esc n l i4 l e esc s l l5 io e esc s l i6 io i esc s l i7 io i esc n l i8 io i esc n l i9 io i a n l i10 io i esc n l cal11 io i a s l n12 io e a n l e13 io i esc n l cal14 io e a n l n15 io e a n l cal16 io i a n l as17 io i esc s l not18 io i esc s l not19 io i ed s l e20 io i esc s l not21 io i esc s l not22 io i a n l n23 l e esc s l n24 l e esc s l n25 io i esc n l e26 io i a n l e27 io i esc s l not28 io i esc s l i29 io i a s l i

102 io i esc s l i103 io i esc s l i104 io i esc s l i

Como se vai perceber adiante numa comparação com o que acontece na sala de

professores, aqui verificamos que há poucos tipos de documentos, que maioritariamente

têm proveniência interna e que se destinam a um público-alvo específico, a Comunidade

Escolar.

Já quanto à temática encontramos uma maior variedade de classificadores, que se

distribuem irregularmente por 8 classificadores de onde se destacam com 4 documentos

para a condição estudante (12,5 %), 5 para notas alunos (15,6 %) 6 para normas escola

(18,8 %) e 11 em informação administrativa (34,4 %).

Estes quatro classificadores representam 81,3 % do total dos documentos expostos

em espaço livre, em que a informação administrativa é superior a 1/3.

Parece notar-se uma discrepância entre o facto de os documentos se dirigirem

essencialmente à Comunidade Escolar e termos mais que 1/3 a serem informação

administrativa, sendo que tal situação se justifica com a afixação das pautas com os

resultados dos exames nacionais que, objectivamente, interessam aos alunos, aos

encarregados de educação, aos professores e, porque não, aos funcionários que

directamente mais contactam com os alunos.

De notar que se verificasse a afixação dos resultados escolares no final de um período

lectivo a situação seria exactamente a descrita, com pequenas variações nas distribuições

obtidas.

Em tempos intermédios de um período lectivo, situação que não é a correspondente à

do presente estudo, haverá menor número de documentos expostos com uma distribuição

mais equilibrada quanto à temática.

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A afirmação baseia-se na experiência e vivência do quotidiano do espaço escolar.

Já agora ocorre perguntar como é possível haver um só documento que respeita à

divulgação de actividades quando, presume-se, o desenvolvimento do plano anual de

actividades contempla maioritariamente acções dirigidas aos alunos e para os alunos.

E não há documentos especialmente dirigidos aos encarregados de educação?

Estranho, dir-se-á.

No entanto na escola não funciona uma associação de pais e encarregados de

educação25, situação que não justifica tal ausência significativa.

Aliás, não é hábito surgirem documentos expostos e orientados para tal público.

Não há resposta cabal mas podemos adiantar que, a espaços, vão sendo afixados

documentos dando conta de algumas acções ou resultados mas não o é de forma

sistemática.

E como é que estamos quanto à classificação das categorias?

Na categoria suporte obtivemos os seguintes valores:

Figura 35

Tabela de distribuição das classificações dos descritores por níveis e média de

cada descritor, na categoria suporte

localização acessibilidade legibilidade tratamento gráfico manuseio

nível - 0 0 0 0 0nível = 9 13 25 30 0nível + 23 19 7 2 0

média 2,72 2,59 2,22 2,06 #DIV/0!

Ressalta logo à vista desarmada que no espaço livre da escola não há documentos

para manuseio, ou seja, destinados a consulta em local apropriado para tal.

Aqui levanta-se uma questão pertinente, que não é objecto deste estudo, que pode ser

respondida a partir da experiência acumulada e se refere ao facto de o centro de recursos

da escola não estar habilitado a dar resposta a este tipo de situações, não só porque não

foram previstas como se tornariam talvez pesadas para as condições físicas do espaço

onde funciona.

E na sala de alunos há condições para que isso aconteça, ainda que de modo

informal.

25 Em tempos foi instituída uma associação que entretanto não tem funcionado de forma regular desde 2007, daqui resultando que os representantes dos pais e encarregados de educação nos órgãos de gestão e administração se faça por via de eleição entre os representantes daqueles em cada uma das turmas do ensino regular diurno

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Não existem é condições de infra-estruturas de apoio a arquivo documental dinâmico

para os fluxos informacionais e de apoio em recursos humanos, questão que será abordada

quando nos referirmos à sala de professores e à sua gestão de informação.

Não há, igualmente, documentos classificados no nível -, o que é significativo.

Por um lado temos, de acordo com as distribuições anteriormente referidas, o facto de

estarmos perante documentos que resultam de um processo ou procedimento

administrativo, editados e expostos como tal, por outro lado temos de reafirmar que a infra-

estruturação do átrio do pavilhão D concorre, em muito, para este resultado.

Realça-se que é o classificador localização que em conjugação com o classificador

acessibilidade que objectiva a qualidade acima da média, já no patamar inferior do intervalo

da qualificação boa, pois se nos ativermos à legibilidade e ao tratamento gráfico a

qualificação é meramente regular.

Temos 71,8 % de qualificação boa no classificador localização e 59,4 % no

classificador acessibilidade e quanto à qualificação média obtivemos 78,1 % no classificador

legibilidade e 93,8 % no de tratamento gráfico.

A distribuição das médias dos documentos pelas classes de qualificação e a média

global do classificador suporte podem ser consultadas na figura abaixo.

Figura 35a

Tabela de distribuição das médias dos documentos por níveis e média global na

categoria suporte

nível -nível =nível +

média

média suporte

01319

2,40

Considera-se que não há homogeneidade na classificação média da categoria suporte

pois temos 59,4 % de qualificação boa e isto é o reflexo da exposição de informação tal

como foi editada e produzida, mesmo levando em linha de conta que há documentos que

são reproduções fotocopiadas de originais.

Na categoria conteúdo temos:

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Figura 36

Tabela de distribuição das classificações dos descritores por níveis e média de

cada descritor, na categoria conteúdo

actualidade pertinência relevância

nível -nível =nível +

média

1 1 14 3 327 28 28

2,81 2,84 2,84

A primeira nota vai para o facto de termos um documento classificado com nível – para

o qual talvez tenhamos sido demasiados severos pois trata-se de um horário de uma turma

de um curso nocturno, do ano lectivo corrente.

A questão colocou-se pois, quando se qualificou o documento, considerou-se a

extemporaneidade de exposição na data em que foi registado, isto é, a sua actualidade é

negativa dado as actividades lectivas já estarem concluídas há muito, pelo menos duas

semanas e quanto à pertinência ela repercute-se em função da oportunidade com o tempo,

sucedendo o mesmo com a relevância.

Este é o único caso, em espaço livre, que parece levantar mais dúvidas pois quando

abordámos a sala de professores deparámo-nos com várias situações e elas foram

dirimidas com maior senso, apesar das dúvidas suscitadas.

A qualificação boa é apanágio da categoria conteúdo pois temos 84,4 % no

classificador actualidade e 87,5 nos restantes dois classificadores, levando a média de cada

um deles para o patamar intermédio do intervalo de nível +.

Temos, assim, uma classe homogénea de classificações boas nesta categoria, ao

contrário do que acontece na categoria suporte.

Ocorre-nos que a localização maioritária no pavilhão D dos documentos em espaço

livre ajude a média de análise dos factores intrínsecos do suporte físico, enquadrados no

campo visual sem excepção, a contrabalançar a média da categoria suporte projectando-a

para o tal limiar superior do segundo intervalo, mesmo considerando as classificações

medianas dos factores que se prendem com a análise visuo-comunicacional do documento.

O mesmo não sucede com a análise da categoria conteúdo que parece enquadrar

muito bem o âmbito dos documentos para o público a que se destina, ou seja, estão no

tempo certo com temas de aceitação focalizada.

Quanto às distribuições das médias dos documentos e à média da categoria conteúdo

temos:

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Figura 37

Tabela de distribuição das médias dos documentos por níveis e média global na

categoria conteúdo

nível -nível =nível +

média

média conteúdo

1328

2,83

Obtivemos uma classificação no intervalo superior com uma distribuição acentuada, de

87,5 %, no nível +.

Marca-se assim a diferença entre a qualidade visuo-gráfica mediana com um nível

superior da qualidade informacional dos documentos.

Análise respeitante ao espaço restrito da escola

Percebemos que os documentos expostos na sala de professores, em número de 72,

representam 69,2 % do total dos registos.

Portanto em muito maior número do que seria expectável acontecer se comparado

com o espaço de divulgação pública, até porque o número de professores, a rondar os 150,

é cerca de 8 vezes menos que o dos alunos, por exemplo.

Se fossemos a considerar esta proporção a quantidade de documentos que deveriam

estar expostos nos espaços livres teria de ser na ordem inversa da distribuição determinada.

Haverá mais ou menos selecção de documentos a expor no espaço livre da escola?

Haverá restrições do ponto de vista financeiro que obviem a maior exposição de

informação no espaço público?

Estas e outras questões já atrás colocadas não são para serem respondidas aqui pois

saem do âmbito do trabalho, no entanto devem ser objecto de reflexão em ocasião

oportuna.

A questão de enquadramento do trabalho de levantamento que se colocou para o

espaço livre sobre o período em que foi realizado o levantamento fotográfico e o registo

individual dos documentos é agora retomada noutros termos.

O final do ano lectivo não proporciona grandes movimentações nos documentos

expostos e não é habitual haver uma “limpeza” nesta altura, logo os documentos registados

não são uma novidade.

Eis os documentos analisados.

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Figura 38

Tabela de documentos expostos em espaço restrito

tipo documento origem público-alvo data espaço temática

30 i e p n r for31 io i ed s r ia32 l i ed n r ia33 i i p n r add34 i i esc n r n35 l e p s r l36 l e p s r l37 l e esc s r l38 io i esc s r a39 io i p n r cd40 io e p n r f41 io e p n r f42 i e p s r da43 i i p n r add44 c e p s r da45 c e p n r f46 d i p n r h47 c i esc n r da48 im i p n r h49 d i p n r h50 c e esc n r da51 a e esc n r da52 co e p s r da53 io i p n r da54 io i p s r c55 i e esc n r da56 i i esc n r da57 io i p n r da58 co e p n r da59 co i p s r da60 d i p n r d61 im i esc n r da62 im i esc n r log63 arq i p n r act64 arq i esc n r ia65 arq i p n r f66 arq i p n r d67 arq i esc n r n68 arq i p n r l69 arq i p n r act70 arq i p n r act71 arq i esc s r est72 arq i p n r add73 im e p n r log74 im e p n r log75 im e p n r log76 s e p n r for77 s e p n r for78 s e p n r f79 c e p n r for80 io e p n r f81 i e p n r cd82 c e p n r add83 f e p n r act84 io e p s r act85 io e p n r for86 io e p n r for87 c e p n r act88 c e p n r add89 io e p s r al90 io e p s r da91 i e p s r f92 f e p n r act93 io e p n r for94 c i esc n r i95 io i esc s r cal96 im i p n r i97 a e p n r al98 io i esc n r i99 c e p s r f

100 c e esc n r da101 c e p n r da

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A primeira constatação é de que temos somente 17 documentos datados, o que

implica termos 76,4 % de documentos sem data e isto não é bom sinal se atendermos a que

nestes se encontram tipos de documentos oficiais, 1 de legislação normas, 1 de carta ofício

e 10 de informação oficial, segundo os classificadores, o que representa 16,7 % do total.

Considere-se que existem 33 (45,8 %) documentos com proveniência interna.

Registamos 9 arquivadores, 12,5 % do total, e a apreciação formal que deles se fez

não é abonatória para o espírito que presidiu à sua institucionalização, ou seja, há um

arquivador que está em conformidade com o objectivo com que foi criado pois é uma

resenha das estatística do aproveitamento escolar dos alunos dos cursos diurnos, datado de

2008, e organizado por secções ciclos, anos de escolaridade e turmas, com as médias das

disciplinas.

Os restantes 8 arquivadores, 11,1 % do total, não são praticamente manuseados em

termos de actualização e de organização o que diz bem do estado da gestão de informação

que se faz (produz) na escola.

Novamente a questão de haver ou não um plano de comunicação e gestão da

informação na escola.

A ela retomaremos mais tarde.

Todos os tipos de documentos estão representados na sala de professores, ao

contrário do que acontece no espaço livre da escola.

A informação oficial surge com 17 documentos que correspondem a 23,6 %, 12 de

informação geral que significam 16,7 %, 10 arquivadores que valem 13,9 % e 7 imagem

correspondem a 9,72 %.

O principal destinatário da informação são os professores com 53 documentos que

representam 73,6 % do total, no entanto é de salientar que o destinatário Comunidade

Escolar tem 17 documentos e eles são 23,6 % do total.

Este pormenor é relevante se considerarmos que no espaço livre obtivemos

referências a 22 documentos com o mesmo destinatário e temos referida uma percentagem

significativa deles que não é do conhecimento público.

Mais um mau sinal.

Já quanto à temática observada nos documentos obtivemos referências a 18 de 21

classificadores, muito mais do que aconteceu no espaço livre da escola e nota-se uma igual

concentração em quatro classificadores que não são, expectavelmente, os mesmos.

Temos então 16 documentos no classificador divulgação actividades que representam

23,5 % do total, 8 no classificador formação docente (11,8 %) 7 em formulário e actividade

sindical (10,3 % cada).

Aqui temos que fazer notar o facto de 23,5 % destes documentos destinados à

divulgação de actividades na escola se encontrar enclausurado em espaço restrito, ao

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contrário do que seria de esperar pois só registámos 1 documento assim classificado em

espaço livre.

É evidente que nem todos os documentos são destinados à Comunidade Escolar,

contabilizámos 7, o que significa 9,72 %, já que a maioria, 9 documentos (12,5 %), está

destinada aos professores.

De qualquer modo não é uma situação normal.

E que resultados obtivemos nas categorias suporte e conteúdo?

Vejamos.

Primeiro a categoria suporte.

Figura 39

Tabela de distribuição das classificações dos descritores por níveis e média de

cada descritor, na categoria suporte

localização acessibilidade legibilidade tratamento gráfico manuseio

nível - 3 39 10 1 9nível = 54 29 37 39 14nível + 15 4 15 22 0

média 2,17 1,51 2,08 2,34 1,61

A primeira constatação é a de que há dois classificadores com uma média global no

patamar superior do intervalo de nível -.

Um deles, o do manuseio, respeita a 10 arquivadores, 2 folhetos, 1 informação oficial

que corresponde ao exemplar de consulta do projecto Educativo do Agrupamento de

Escolas e outros, que estando afixados desordenadamente, são penalizados em termos de

consulta normal.

Quanto aos arquivadores temos a referir que 40 % deles não estão organizados senão

pela ordem de entrada de documentos, relacionados com a formação docente, legislação o

que neste caso é mau sinal, Assembleia de Escola e Conselho Pedagógico e outro de

actividade sindical, e 20% estão vazios, um de assuntos diversos e outro, espante-se,

relativo a actividade sindical, pelos vistos inexpressiva.

Devidamente organizados estão 30 %, relativos ao Regulamento Interno da escola, o

que é natural, o de estatística relativo aos resultados dos alunos em 2008 e um com toda a

informação relacionada com a avaliação de desempenho docente, tema candente durante

todo o ano lectivo, portanto pleno de oportunidade e relevância para o público-alvo

Aqui estão considerados somente 23 documentos susceptíveis de consulta dos quais

14 (60,8 %) estão qualificados no nível =, não havendo registo de algum no nível +.

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Considerando o classificador acessibilidade já detectamos um conjunto de problemas

que estão intimamente ligados ao espaço físico da sala e à disposição dos equipamentos no

mesmo.

Há problemas que foram objecto de um estudo de requalificação e ordenamento deste

espaço e que não resolveram coisa nenhuma26.

Veja-se o esquema já apresentado sobre os pontos de conflito na sala de professores,

para se perceber o âmago do problema.

Só um projecto de raiz pode solucionar a gestão dos pontos de conflito, ademais

considerando que há uma afluência na sala em picos de horas, os intervalos das aulas, que

pode chegar a 50 % do efectivo dos professores.

Esta questão coloca-se com a mesma pertinência como que se coloca a da fraca

adequação física do espaço livre de exposição informativa, com recurso, em excesso, a

estruturas informais de apoio aos documentos, conforme já foi ilustrado nos registos

fotográficos.

Daí que encontremos na acessibilidade 39 (54,2 %) documentos adstritos ao nível – e

só 4 (5,6 %) ao nível +.

No classificador localização registamos 54 (75 %) documentos no nível = e 15

(20,8 %) no nível +, a puxar a média para cima tal como se verifica no classificador

tratamento gráfico onde estão 39 (62,9 %) no nível = e 29 (35,5 %) no nível +.

No da legibilidade a distribuição é mais harmónica à curva de Gauss onde 37 (51,4 %)

documentos estão num nível médio e os outros distribuem-se por 20,8 % no nível + e os

restantes 13,8 % no nível -.

Quanto à categoria suporte obtivemos os seguintes resultados.

Figura 40

Tabela de distribuição das classificações dos descritores por níveis e média de

cada descritor, na categoria suporte

actualidade pertinência relevância

nível -nível =nível +

média

16 2 536 51 5213 19 15

1,95 2,24 2,14

26 O projecto foi apresentado em Julho de 2008 mas só teve consequências na reorganização da sala de professores, pelo que a pretensão de dinamizar um projecto de gestão da informação não foi acolhida por quem de direito

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A primeira observação vai para o classificador actualidade que apresenta uma

distribuição gaussiana com as seguintes percentagens 24,6 %, 55,4 % e 20 % do nível

inferior ao superior.

Temos, portanto uma percentagem significativa de documentos desactualizados ou

não conformes às de um qualquer acontecimento.

Os outros dois classificadores apresentam uma distribuição centrada no nível = a

tender para o superior, com 70,8 % e 26,4 % no de pertinência e 72,2 % e 20,8 % no de

relevância.

No seu conjunto considera-se uma marcada concentração no nível = quanto às

distribuições e o que leva a que as médias se encontrem no patamar intermédio do intervalo

de qualificação regular.

Temos então documentos actualizados e adequados ao público-alvo, maioritariamente

os professores.

Façamos agora uma comparação entre as médias obtidas nas duas categorias em

espaço livre e espaço restrito.

Figura 41

Gráfico de comparação das médias dos descritores da categoria suporte, em

espaço livre e restrito

comparação das médias dos descritores da categoria suporte, em espaço livre e restrito

2,72

2,59

2,22

2,06

0,00

2,17

1,51

2,08

2,34

1,61

0,00 1,00 2,00 3,00

localização

acessibilidade

legibilidade

tratamento gráfico

manuseio

média suporte restritomédia suporte livre

Verifica-se de imediato que só num classificador do espaço restrito se obtém uma

média superior à do espaço restrito, o do tratamento gráfico, que encontra explicação no

facto de haver expostos 12 cartazes (16,7 %) e 7 imagens (9,72 %), portanto documentos

que foram objecto de edição gráfica específica.

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Esta situação não se verificou no espaço livre, conforme já registámos.

O classificador manuseio não tem elementos de comparação pois no espaço livre não

há documentos de consulta.

Nos restantes classificadores o espaço livre leva vantagem pouco significativa no de

legibilidade, mas a diferença acentua-se nos de acessibilidade e localização.

O equilíbrio nas médias de legibilidade explica-se pelo facto de a maioria dos

documentos expostos ser o resultado da edição e produção regular de um qualquer

documento escrito, com algumas excepções.

Mesmo considerando o factor cartazes, imagens e os arquivadores que não foram

objectos de classificação neste domínio, a média do espaço restrito é inferior à do espaço

livre.

Voltamos ao problema de conflitos na sala de professores o que objectivou

classificações mais baixas em variados documentos por questões que se prendem com

obstáculos e problemas de acessibilidade, diminuindo a acuidade no campo visual.

Figura 42

Gráfico de comparação das médias dos descritores da categoria conteúdo, em

espaço livre e restrito

comparação das médias dos descritores da categoria conteúdo, em espaço livre e restrito

2,81

2,84

2,84

1,95

2,24

2,14

0,00 1,00 2,00 3,00

actualidade

pertinência

relevância

média conteúdo restritomédia conteúdo livre

Na categoria conteúdo a vantagem na comparação vai toda para o espaço livre nos

três classificadores com vantagens significativas e que já foram explicadas.

A maior concentração temática e menor variedade de tipo de documentos expostos no

espaço livre é uma das explicações, a que acresce o facto de 71,8 % destes estar

direccionada à Comunidade Educativa e Comunidade Escolar.

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Mostra uma maior coerência de conjunto dos documentos expostos no espaço livre da

escola.

Alguns elementos da análise de conjunto

Uma das preocupações que se nos colocou aquando do levantamento e registo dos

documentos foi o de sabermos quantos deles estão ou não datados, não só este pormenor é

importante como também o de perceber se a prática da escola é a de assinar, identificando

a proveniência.

Figura 43

Gráfico dos documentos datados e não datados

datação número de documentos com e sem data

36

68

simnão

Logo se verifica que há 80,9 % de documentos não datados e que só 19, 1 % estão

em espaço livre, o que por um lado é bom sinal pois estamos perante uma exibição pública.

No entanto não deixamos de salientar que grande parte deste correspondem a actos

relacionados com o processo ensino/aprendizagem e a classificação dos alunos nos seus

exames nacionais ou em provas internas, ou seja, estamos a falar de pautas que,

necessariamente, estão assinadas e datadas.

A proveniência da maior parte dos documentos que não estão assinados é

subentendida, melhor, presumida.

Esta situação não abona a favor das boas práticas que deviam ser apanágio da escola

até por se considerar que muitos dos documentos têm origem interna, 55,8 %, que a maioria

deles está na sala de professores e que resultam de necessidades decorrentes do processo

de gestão organizacional.

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Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de

professores

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar

CFE – CVTOAE Lisboa 4

63

Figura 44

Gráfico de documentos segundo a origem

origem dos documentos número de documentos por origem

58

46interno externo

Figura 45

Tabela de identificação dos documentos não datados em espaço livre

tipo documento origem público-alvo data espaço temática

3 io i esc n l i7 io i esc n l i8 io i esc n l i9 io i a n l i10 io i esc n l cal12 io e a n l e13 io i esc n l cal14 io e a n l n15 io e a n l cal16 io i a n l as22 io i a n l n25 io i esc n l e26 io i a n l e

A não datação em espaço livre corresponde a documentos do classificador informação

oficial (100 %) e são maioritariamente de origem interna 76,9 %, referentes a 3 do

classificador calendário, a 1 do de normas escola e a 4 do de informação administrativa.

Já no espaço restrito a situação é mais variada pois não se espera a datação dos

arquivadores e das imagens expostas que são 42,4 % do total de 33 documentos com

proveniência interna.

Isto reforça o que já foi dito sobre as boas práticas na escola e não nos parece que a

questão seja despicienda, não só porque não se reflecte como exemplo na Comunidade

Educativa como não possibilita o controlo formal para se poder trabalhar com indicadores de

desempenho na escola, não que eles já existam mas porque se prevê a necessidade de

com eles vir a trabalhar.

Confira-se a tabela seguinte.

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Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de

professores

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar

CFE – CVTOAE Lisboa 4

64

Figura 46

Tabela de identificação dos documentos não datados em espaço restrito

tipo documento origem público-alvo data espaço temática

30 i e p n r for32 l i ed n r ia33 i i p n r add34 i i esc n r n39 io i p n r cd40 io e p n r f41 io e p n r f43 i i p n r add45 c e p n r f46 d i p n r h47 c i esc n r da48 im i p n r h49 d i p n r h50 c e esc n r da51 a e esc n r da53 io i p n r da55 i e esc n r da56 i i esc n r da57 io i p n r da58 co e p n r da60 d i p n r d61 im i esc n r da62 im i esc n r log63 arq i p n r act64 arq i esc n r ia65 arq i p n r f66 arq i p n r d67 arq i esc n r n68 arq i p n r l69 arq i p n r act70 arq i p n r act72 arq i p n r add73 im e p n r log74 im e p n r log75 im e p n r log76 s e p n r for77 s e p n r for78 s e p n r f79 c e p n r for80 io e p n r f81 i e p n r cd82 c e p n r add83 f e p n r act85 io e p n r for86 io e p n r for87 c e p n r act88 c e p n r add92 f e p n r act93 io e p n r for94 c i esc n r i96 im i p n r i97 a e p n r al98 io i esc n r i

100 c e esc n r da101 c e p n r da

A distribuição global dos documentos pelos classificadores da categoria tipo

documento mostra uma concentração no da informação oficial o que representa 44,2 % do

total, vindo o sindical com 11,5 %, o arquivador com 9,6 % e o informação geral com 8,7 %.

Do classificador informação oficial temos 36,9 % no espaço livre da escola o que é

manifestamente pouco dadas as características do documento e temos que considerar que

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Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de

professores

Curso de Formação Especializada Curso de Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar

CFE – CVTOAE Lisboa 4

65

47,8 % do total se destina à Comunidade Escolar, apesar de só 6,5 % se encontrar em

espaço restrito.

Os quatro classificadores referidos, 36,3 % do total dos mesmos, representam mais de

50 % da informação em 11 classificadores, logo a distribuição não é homogénea.

Figura 47

Gráfico de distribuição dos documentos pelos classificadores da categoria tipo

documento

tipo de documentos número de documentos por tipologia

3 102

9

46

37

122 7 3

sindicalarquivadoranúnciosinformação geralinformação oficialcarta ofíciolegislação normascartazfolhetoimagemdiversos

O público-alvo dos documentos está dividido por 7 classificadores e detectámos que

dois deles não têm documentos registados, auxiliares e funcionários, que a distribuição é

desigual e concentrada em dois deles, professores com 53 (51 %) e Comunidade Escolar

com 39 (37,5 %), a que acresce o do alunos com 9 (8,6 %).

Assim se compreende que haja mais documentos registados na sala de professores

do que no espaço livre da escola e bem fizemos notar que existem 17 documentos (16,3 %)

que estando em espaço restrito deveriam estar expostos em espaço público pois são

dirigidos à Comunidade Escolar, tal como acontece com outros 2 (1,9 %) que o são à

Comunidade Educativa.

Atente-se no gráfico seguinte.

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Projecto Estudo dos suportes de informação afixados nos espaços comuns da escola e na sala de

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66

Figura 48

Gráfico de distribuição dos documentos pelos classificadores da categoria público-

alvo

público alvo número de documentos por destinatário

339

09

53

00 comunidade educativacomunidade escolarencarregados educaçãoalunosprofessoresauxiliaresfuncionários

Quanto à distribuição na categoria temática verificamos que temos dois classificadores

com 17 documentos no de divulgação actividades (16,3 %) e 14 no de informação

administrativa, sendo que só 1 de divulgação actividades está exposto em espaço livre e

que 8 (47,1 %) se dirigem à Comunidade Escolar e estão em espaço restrito.

Ao passo que dos 14 de informação administrativa só 3 (21,4 %) estão em espaço

restrito mas 2 deles (66,7 %) deveriam estar em espaço público, pois são dirigidos à

Comunidade Escolar.

A distribuição nos restantes classificadores já é mais homogénea e não encontramos

um que não tenha pelo menos um documento registado, o que diz bem da variedade

temática, bastante mais vincada na sala de professores como já referimos.

Confira-se no gráfico a seguir apresentado.

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67

Figura 49

Gráfico de distribuição dos documentos pelos classificadores da categoria temática

tipo de conteúdo número de documentos pelos classificadores temática

3 141 42

532

547714

8

17

1128 5

instrumentos autonomia

informação administrativa

estatística

logótipo

anúncios

avaliação docente

humor

diversos

legislação

condição estudante

actividade sindical

formulários

acesso superior

calendário

normas escola

divulgação actividades

actas reuniões

convocatórias

carreira docente

formação

notas alunos

Quanto às médias globais dos descritores das categoria suporte e conteúdo o que é

que temos?

Vejamos os gráficos seguintes.

Eles só vêm reforçar muitas das afirmações feitas sobre a apreciação produzida à

informação exposta, quer em espaço público quer no espaço restrito a sala de professores.

Quanto à categoria suporte.

Encontramos o classificador localização com uma média no limiar inferior do intervalo

de qualificação boa fruto do desempenho dos documentos expostos no espaço livre, a do

tratamento gráfico no limiar superior do intervalo de qualificação regular e as restantes

médias encontram-se no na média do intervalo de qualificação regular.

O desempenho dos documentos expostos na sala de professores é o maior

responsável pelos valores mais baixos verificados nos classificadores manuseio,

acessibilidade e legibilidade.

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68

Figura 50

Gráfico das médias globais dos descritores da categoria suporte

classificação dos suportes média das classificações por descritor

2,34

1,85

2,13

2,24

1,61

0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00

localização

acessibilidade

legibilidade

tratamento gráfico

manuseio

E na categoria conteúdo?

Encontramos médias no limiar inferior do intervalo do nível de qualificação boa fruto do

melhor desempenho dos documentos expostos no espaço livre da escola, situação já

referida atrás.

Veja-se o gráfico seguinte.

Figura 51

Gráfico das médias globais dos descritores da categoria conteúdo

classificação do conteúdo média das classificações por descritor

2,24

2,42

2,36

0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00

actualidade

pertinência

relevância

As distribuições das classificações médias também podem ser observadas nos

gráficos abaixo.

Elas reforçam muito do que já foi dito até ao momento.

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69

Figura 52

Gráfico de distribuição das classificações médias dos documentos pelos níveis de

qualificação, na categoria suporte

descritores do suporte número de documentos por nível em cada descritor

3

39

10

1

9

63

42

62

69

14

38

23

22

24

0

0 20 40 60 80 100 120

localização

acessibilidade

legibilidade

tratamento gráfico

manuseio

nível -nível =nível +

Figura 53

Gráfico de distribuição das classificações médias dos documentos pelos níveis de

qualificação, na categoria conteúdo

descritores do conteúdo número de documentos por nível em cada descritor

17

3

6

40

54

55

40

47

43

0 20 40 60 80 100 120

actualidade

pertinência

relevância

nível -nível =nível +

É de destacar a quantidade de médias no nível de qualificação má no classificador

acessibilidade 39 que representa um valor de 37,5 % e a de 17 no classificador actualidade

que vale 16,3 %, fruto das classificações registadas nos documentos expostos na sala de

professores.

As restantes distribuições concentram-se mais no nível de qualificação regular na

categoria suporte ao passo que há um relativo equilíbrio nas distribuição entre a qualificação

regular e a boa na categoria conteúdo, aqui fruto das médias alcançadas pelos documentos

expostos em espaço livre.

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70

E as médias globais das categorias suporte e conteúdo e respectivas distribuições

pelos níveis de qualificação?

Atente-se nos gráficos seguintes.

Figura 54

Gráfico de comparação das médias das categorias com a média de apreciação

global

comparação das classificações médias classificações médias por classe e apreciação global

2,12

2,34

2,21

0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00

média suporte

média conteúdo

média global

Figura 55

Gráfico de distribuição das médias parcelares e global pelos níveis de qualificação

apreciação parcelar e global número de documentos por nível de classificação

16

17

7

59

43

56

29

44

41

0 20 40 60 80 100 120

média suporte

média conteúdo

média global

nível -nível =nível +

A média da categoria suporte, de todos os documentos, está no patamar superior do

intervalo médio do nível de qualificação regular, tal como acontece com a média de

apreciação global de todos os documentos.

Já a média da categoria suporte está no limiar inferior do intervalo do nível de

qualificação boa.

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71

Frutos de desempenhos diferentes, pois o espaço livre valorou a média conteúdo e o

espaço restrito condicionou a média suporte, assim como a média de apreciação global.

Como estamos a falar de médias verifiquemos os desvios encontrados nas suas várias

hipóteses.

Figura 56

Tabelas de desvios das médias e de desvios acumulados localização acessibilidade legibilidade tratamento

gráfico manuseio actualidade pertinência relevância média suporte

média conteúdo

média global

médias 2,34 1,85 2,13 2,24 1,61 2,24 2,42 2,36 2,12 2,34 2,21variação para média do suporte 0,22 -0,27 0,01 0,13 -0,51 -0,10 0,09 0,02variação para a média global 0,13 -0,36 -0,08 0,04 -0,60 0,03 0,22 0,15desvio acumulado do suporte -0,43 desvio da média global -0,09 0,13desvio acumulado do conteúdo 0,01desvio acumulado do global -0,48

Figura 57

Gráfico dos desvios dos descritores da categoria suporte para a média global

suporte

classificação do suporte desvio dos descritores para a média da classificações

0,22

-0,27

0,010,13

-0,51-0,60-0,50-0,40-0,30-0,20-0,100,000,100,200,300,40

localização acessibilidade legibilidade tratamento gráfico

Figura 58

Gráfico dos desvios dos descritores da categoria conteúdo para a média global

conteúdo

classificação do conteúdo desvio dos descritores para a média de classificações

-0,10

0,09

0,02

-0,15

-0,10

-0,05

0,00

0,05

0,10

0,15

actualidade pertinência

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Figura 59

Gráfico dos desvios da média dos descritores para a média de apreciação global

apreciação global desvio dos descritores para a média global

-0,36

-0,08

0,150,22

0,03

-0,60

0,040,13

-0,70-0,60-0,50-0,40-0,30-0,20-0,100,000,100,200,30

localização acessibilidade legibilidade tratamento manuseio actualidade relevância pertinência gráfico

Figura 60

Variações dos desvios acumulados dos descritores para as médias das categoria

suporte e conteúdo e para a média de apreciação global

desvios acumulados das médias dos descritores para as médias parcelares e global

-0,43

0,01

-0,48

-0,60 -0,50 -0,40 -0,30 -0,20 -0,10 0,00 0,10méd

ia g

loba

l m

édia

con

teúd

o m

édia

sup

orte

Todos estes desvios encontram explicação em muitas das conclusões que atrás foram

sendo produzidas e que agora são reforçadas em termos de imagem.

Não há muitos comentários a fazer.

Vamos agora apresentar uma leitura gráfica das comparações das médias das

categorias suporte e conteúdo, dos espaços livre e restrito para as médias de cada

categoria e para a média de apreciação global.

Em espaço livre.

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Figura 61

Gráfico de comparação da média dos descritores da categoria suporte em espaço

livre para a média global da categoria suporte

comparação da média dos descritores em espaço livre com a média geral, da categoria suporte

2,72

2,59

2,22

2,06

0,00

2,34

1,85

2,13

2,24

1,61

0,00 1,00 2,00 3,00

localização

acessibilidade

legibilidade

tratamento gráfico

manuseio

média descritores geralmédia descritores livre

Figura 62

Gráfico de comparação da média dos descritores da categoria conteúdo em

espaço livre para a média global da categoria suporte

comparação da média dos descritores em espaço livre com a média geral, da categoria conteúdo

2,81

2,84

2,84

2,24

2,42

2,36

0,00 1,00 2,00 3,00

actualidade

pertinência

relevância

média descritores geralmédia descritores conteúdo

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74

Figura 63

Gráfico de comparação das médias das categorias suporte e conteúdo e média

global em espaço livre com as médias globais

comparação das médias de suporte, conteúdo e geral em espaço livre com as médias gerais globais

2,40

2,83

2,58

2,12

2,34

2,21

0,00 1,00 2,00 3,00

média suporte

média conteúdo

média global

médias geralmédias livre

Figura 64

Gráfico de comparação da média dos descritores da categoria suporte em espaço

restrito para a média global da categoria suporte

comparação da média dos descritores em espaço restrito com a média geral, na categoria suporte

2,17

1,51

2,08

2,34

1,61

2,34

1,85

2,13

2,24

1,61

0,00 1,00 2,00 3,00

localização

acessibilidade

legibilidade

tratamento gráfico

manuseio

médias descritores geralmédia descritores restrito

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75

Figura 65

Gráfico de comparação da média dos descritores da categoria suporte em espaço

restrito para a média global da categoria conteúdo

comparação da média dos descritores em espaço restrito com a média geral, na categoria conteúdo

1,95

2,24

2,14

2,24

2,42

2,36

0,00 1,00 2,00 3,00

actualidade

pertinência

relevância

média descritores geralmédia descritores conteúdo

Figura 66

Gráfico de comparação das médias das categorias suporte e conteúdo e média

global em espaço restrito com as médias globais

comparação das médias de suporte, conteúdo e geral em espaço restrito com as médias gerais globais

1,99

2,12

2,04

2,12

2,34

2,21

0,00 1,00 2,00 3,00

média suporte

média conteúdo

média global

médias geralmédias restrito

Finalmente deixamos uma leitura gráfica das comparações possíveis entre as médias

das categorias suporte e conteúdo considerando os documentos expostos em espaço livre e

em espaço restrito.

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76

Figura 67

Gráfico de comparação das médias dos descritores da categoria suporte em

espaços livre e restrito

comparação das médias dos descritores da categoria suporte, em espaço livre e restrito

2,72

2,59

2,22

2,06

0,00

2,17

1,51

2,08

2,34

1,61

0,00 1,00 2,00 3,00

localização

acessibilidade

legibilidade

tratamento gráfico

manuseio

média suporte restritomédia suporte livre

Figura 68

Gráfico de comparação das médias dos descritores da categoria conteúdo em

espaços livre e restrito

comparação das médias dos descritores da categoria conteúdo, em espaço livre e restrito

2,81

2,84

2,84

1,95

2,24

2,14

0,00 1,00 2,00 3,00

actualidade

pertinência

relevância

média conteúdo restritomédia conteúdo livre

Encontramo-nos novamente na situação de deixar claras afirmações já produzidas e

que graficamente confirmam as assumpções.

Passemos a outras análises finas e vamos abordar a categoria temática e verificar o

que acontece com a distribuição de alguns documentos.

Atentemos no classificador divulgação actividades.

Temos 17 documentos registados e detectámos 7 (41,2 %) dirigidos à Comunidade

Escolar mas que estão expostos em espaço restrito, o que não deveria acontecer e destes

há 3 (17,6 %) que são de origem exterior.

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77

No entanto não podemos deixar de frisar que nestes documentos não há um que se

diga ter importância relevante para obrigar a que estivesse exposto em espaço público.

Apenas mais uma confirmação do muito que já foi sugerido sobre o dito plano de

gestão da informação na escola e a falta dela.

Figura 69

Tabela de documentos de temática divulgação actividades

tipo documento origem público alvo data espaço temática

1 io i esc s l da42 i e p s r da44 c e p s r da47 c i esc n r da50 c e esc n r da51 a e esc n r da52 co e p s r da53 io i p n r da55 i e esc n r da56 i i esc n r da57 io i p n r da58 co e p n r da59 co i p s r da61 im i esc n r da90 io e p s r da

100 c e esc n r da101 c e p n r da

Vejamos agora o classificador informação administrativa.

Temos 14 documentos registados e somente 3 (21,4 %) estão na sala de professores

e 2 deles (66,7 %) estão deslocados, ou seja, estão dirigidos à Comunidade Escolar e são

do tipo cartaz e informação oficial, pelo que deveriam estar em espaço público.

Figura 70

Tabela de documentos de temática informação administrativa

tipo documento origem público alvo data espaço temática

3 io i esc n l i5 io e esc s l i6 io i esc s l i7 io i esc n l i8 io i esc n l i9 io i a n l i28 io i esc s l i29 io i a s l i94 c i esc n r i96 im i p n r i98 io i esc n r i

102 io i esc s l i103 io i esc s l i104 io i esc s l i

Atentemos agora no classificador normas escola.

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professores

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78

São 8 os documentos registados sendo 2 deles (25 %) expostos em espaço restrito

mas estando dirigidos à Comunidade Escolar estão em local errado, contrariam aquilo que

seria expectável, a exposição pública e ambos são de origem interna.

Até porque um desses documentos é uma análise estatística aos resultados escolares

dos alunos no final do ano lectivo de 2008.

E no classificador instrumentos autonomia?

Figura 71

Tabela de documentos de temática instrumentos autonomia

tipo documento origem público alvo data espaço temática

31 io i ed s r ia32 l i ed n r ia64 arq i esc n r ia

São 3 os documentos e temos 1 (33,3 %) dirigido à Comunidade Educativa e outros 2

(66,7 %) dirigidos à Comunidade Escolar, todos em espaço restrito quando deveria ser o

contrário, portanto exposição pública, ademais considerando o conteúdo dos mesmos que

versa tão só o Projecto Educativo do Agrupamento de Escolas e o Regulamento Interno do

Agrupamento de Escolas e este é um duplicado, um em arquivador e o outro em modo de

consulta exposta.

Desta apresentação e discussão da informação recolhida e tratada não nos foi

possível abordar todas as vertentes previstas, nomeadamente uma que teria bastante

interesse sobre o ponto de vista da apreciação, documento a documento, à luz da Teoria da

Gestalt.

Isto era outro trabalho e a produzir em condições diversas das presentes.

Dar-nos-ia uma perspectiva da relação do observador com a forma e a cor, no

contexto de leitura e apreensão da informação em suporte escrito e gráfico.

No entanto ficou-se com uma panorâmica global sobre o contexto de afixação de

documentos em espaço público e restrito e tirámos algumas conclusões.

As principais conclusões prendem-se com o facto de ser perceptível a não existência

de um plano de comunicação na escola.

Se se pode afirmar que a gestão dos fluxos de informação é feita de forma aleatória e

dependente da necessidade do momento, verificou-se que o tratamento expositivo da maior

parte dos documentos não obedece a qualquer tipo de regras, salvo raríssimas excepções.

Vejamos então quais as conclusões relacionadas com o espaço expositivo.

O espaço livre, espaço público de exposição documental da escola, está infra-

estruturado para tal função no pavilhão D e no átrio de entrada do pavilhão A mas não está

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professores

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dimensionado para os fluxos de informação que ocorrem em períodos específicos dos

trimestres lectivos.

Não nos esqueçamos que esta escola tem uma concepção com cerca de trinta anos e

à época não era expectável que a gestão de informação pudesse ser um núcleo central da

actuação da escola, para além das necessidades formais que decorrem do processo

ensino/aprendizagem e com o processo de gestão organizacional, mesmo não nos

preocupando muito com as questões de accountability.

Do mesmo modo podemos considerar que a sala de professores tem uma infra-

estrutura de suporte à informação mas que padece dos mesmos defeitos apontados ao

espaço livre, a que acresce o facto de os equipamentos disponíveis na organização do

espaço serem um factor de conflito quando estamos a considerar a circulação de pessoas,

nomeadamente em picos de fluxos que ocorrem nos intervalos das aulas.

Não se pode dizer que as áreas de circulação nos dois espaços seja a mais adequada

à gestão de percursos diversos como a saída e entrada nos pavilhões e a consulta de

informação ou o acesso aos serviços que a escola presta, principalmente no pavilhão D.

A sala de professores deveria ser objecto de um projecto de requalificação.

O local para afixar determinado documento não está pré-determinado, surge na maior

parte das vezes em função do espaço disponível.

Afixa-se sem cuidar muitas vezes do aspecto formal e estético do contexto, tanto faz

estar direito como de esguelha, como se fixa com dois pionés ou com um, ou mais, como se

isso não fizesse diferença no conjunto.

São mais as atitudes implícitas e não estudadas que prejudicam a avaliação que se

faça à informação exposta.

Claro que não é neutra a atitude de informar nem a maneira de informar, mas um

mínimo de regras ajudaria a tornear um problema de qualidade informacional, se

considerarmos o suporte e a adequação de conteúdos aos públicos-alvo.

Também sabemos que informação é poder.

E podemos ilustrar com um pequeno exemplo daquilo que é uma boa prática mas mal

dirigida – o centro de recursos da escola publica mensalmente uma estatística das

frequências de requisição de livros para todos os anos dos 2º e 3º ciclos e secundário e

afixa-a na sala de professores.

A questão que se coloca é: são ou não os alunos, e por via indirecta os encarregados

de educação, o público-alvo desta publicação?

Então porquê na sala de professores?

Este exemplo ilustra muito do que é a prática normal na escola (será em todas?).

Uma proposta que poderia ser feita à escola era a de encontrar um parceria que

colocasse na galeria da escola uns quatro ou cinco expositores de exterior, como aqueles

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que a JCDecaux tem espalhados por vários pontos da cidade de Lisboa, para

descongestionar os acessos do pavilhão administrativo e o dos alunos.

Este era um primeiro passo e talvez não muito oneroso e complicado, que ajudaria a

descongestionar os pontos de conflito de circulação e acesso no espaço público.

O segundo passo passaria por criar um grupo de gestão dos fluxos de informação que

para além de fixar normas específicas relativas ao local e acto de afixar documentos, tivesse

responsabilidade na actualização e limpeza dos espaços.

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Conclusão

Este trabalho permitiu-nos analisar e aprofundar os nossos conhecimentos sobre a

informação, apesar de não termos abordado todos o aspectos, não por que não fossem, por

nós, considerados importantes, mas porque a nossa atenção focalizou-se, por excelência,

na informação, que normalmente, aparece nas escolas e a forma como se lida com ela, de

acordo com descritores explicitados no trabalho.

Por outro lado, chegámos a determinadas conclusões, das quais destacamos as

seguintes:

A informação conduz à comunicação. Não basta informar, é preciso comunicar

a informação e recorrer aos mecanismos mais adequados, consoante o tipo de

informação que se quer transmitir e os seus destinatários;

A informação tem um valor polissémico;

A comunicação estabelece uma relação de proximidade, provoca interacção;

A informação manipulada condiciona a opinião dos receptores;

Em cada acto de comunicação existe um conjunto de circunstâncias, de

carácter físico ou sensorial que determina a qualidade da informação;

A informação deve ser comunicada, deve ter uma fonte e um destino distintos

no espaço e no tempo, onde se forma o elo que os une e que constitui o canal

de comunicação. Para que a mensagem circule é necessário reduzi-la a sinais

adequados a essa transmissão, ou seja à codificação.

Por outro lado colocamos algumas questões que, na nossa opinião, deveriam

merecer a atenção dos que têm maior responsabilidade nas escolas/organizações no que

respeita à informação e comunicação.

Será que documentos que constituem a identidade da escola, como o Projecto

Educativo, Projecto Curricular de Escola e Regulamento Interno, não deveriam estar

acessíveis aos elementos da comunidade escolar e a alguns membros da comunidade

educativa?

De acordo com os critérios, geralmente utilizados, a informação não assumirá um

carácter redutor?

Documentação, pouco pertinente, ou desactualizada não deveria ser devidamente

arquivada?

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Provavelmente, nas escolas impunha-se que alguém assumisse funções nestes

domínios, evitando que existisse um sentimento generalizado, que se traduz na ideia de que

existe informação, mas não colocada à disposição dos principais destinatários de forma

criteriosa.

Finalmente, apesar de constituirmos um grupo, queremos referir o trabalho

minucioso do Luís, que revelou um extremo cuidado na forma com tratou a informação, quer

através das fotografias, quer pelos tratamentos gráfico e estatístico dos dados recolhidos, o

que constitui, sem dúvida, uma mais-valia reconhecida pelos outros elementos do grupo.

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