luís xiv - rei-sol (2)

273
PALÁCIO REAL DE ST GERMAIN –EN- LAYE- LUÍS XIV NASCEU AQUI NO DIA 5 DE SETEMBRO DE 1638. ESTE PALÁCIO FICA A 19 KM DE PARIS E ACTUALMENTE É O MUSEU NACIONAL DE ARQUEOLOGIA LUÍS XIII E ANA DE ÁUSTRIA FORAM OS PAIS DE LUÍS XIV- ELE NASCEU 20 ANOS DEPOIS DO SEU CASAMENTO !

Upload: beatriz-mariano

Post on 07-Jun-2015

18.185 views

Category:

Business


12 download

TRANSCRIPT

Page 1: Luís XIV - Rei-Sol (2)

PALÁCIO REAL DE ST GERMAIN –EN-LAYE- LUÍS XIV NASCEU AQUI NO DIA 5 DE SETEMBRO DE 1638. ESTE PALÁCIO FICA A 19 KM DE PARIS E ACTUALMENTE É O MUSEU NACIONAL DE ARQUEOLOGIA

LUÍS XIII E ANA DE ÁUSTRIA FORAM OS PAIS DE LUÍS XIV- ELE NASCEU 20 ANOS DEPOIS DO SEU CASAMENTO !

Page 2: Luís XIV - Rei-Sol (2)

LUÍS XIV-O REI-SOL• 1638-1643-1715

LUÍS XIII -1601-1643 ANA DE ÁUSTRIA-1601-1666

PHILIPE, DUQUE DE ORLEÃNS-1640-1701

LUÍS XIV-1638-1715

Page 3: Luís XIV - Rei-Sol (2)

MARIA TERESA DE ÁUSTRIA-1638-1683

LOUISE DE LA VALLIÉRE-1644-1710

MADAME DE MONTESPAN-1640-1707

MADAME DE MAINTENON-1635-1719

Page 4: Luís XIV - Rei-Sol (2)

CASAMENTO DE LUÍS XIV COM MARIA TERESA DE ÁUSTRIA EM 1660

A FRONDA- REVOLTA DA NOBREZA E DO CLERO NA MENORIDADE DE LUÍS XIV, ENTRE 1648 E 1652.AO

LADO LUÍS DE BOURBON, PRÍNCIPE DE CONDÉ, UM DOS LÍDERES DA FRONDA E NOTÁVEL MILITAR

Page 5: Luís XIV - Rei-Sol (2)

LUÍS XIV- O REI-SOLLUÍS XIV como Apolo

A prima do rei como Diana

A rainha Maria Teresa como Juno

O delfim- o filho do rei

Ana de Áustria como Cibele

Monsieur, o irmão do rei

Madame, como Flora

Esta pintura alegórica foi encomendada por Luís XIV ao pintor de corte Jean Nocret em 1665.

Page 6: Luís XIV - Rei-Sol (2)

JÚLIO MAZARINO-1602-1661 JEAN BAPTISTE COLBERT-

1619-1683LOUVOIS-1641-1691

Page 7: Luís XIV - Rei-Sol (2)

VAUBAN-1633-1707

Page 8: Luís XIV - Rei-Sol (2)

MOLIÈRE-1622-1673 E GRAVURA DA PEÇA DE MOLIÈRE O DOENTE IMAGINÁRIO

Page 9: Luís XIV - Rei-Sol (2)

JEAN BAPTISTE LULLY-1632-1687-músico , bailarino e

coreógrafo de enorme talento, trabalhou na corte do rei-sol

em parceria com Molière

Page 10: Luís XIV - Rei-Sol (2)

SAPATO DO SÉCULO XVII- TACÕES ALTOS E VERMELHOS !

Page 11: Luís XIV - Rei-Sol (2)
Page 12: Luís XIV - Rei-Sol (2)

PERUCA

MEIAS DE SEDA

CASACO DE SEDA BORDADO

SAPATO DE TACÃO VERMELHO E VIVELA

Page 13: Luís XIV - Rei-Sol (2)

LUÍS XIV REPRESENTADO COMO UM CONQUISTADOR VITORIOSO

Page 14: Luís XIV - Rei-Sol (2)

TRÊS RETRATOS QUE REPRESENTAM LUÍS XIV NA INFÂNCIA

Page 15: Luís XIV - Rei-Sol (2)

Philipe de Champaigne- A Virgem Maria dá a coroa e o ceptro a Luís XIV- 1643

LUÍS XIV E ANA DE ÁUSTRIA

Page 16: Luís XIV - Rei-Sol (2)
Page 17: Luís XIV - Rei-Sol (2)

LUÍS XIV DESDE JOVEM MOSTROU TER GRANDE GOSTO PELOS DIVERTIMENTOS E PELA CULTURA

Page 18: Luís XIV - Rei-Sol (2)

Antoine Coypel-Apoteose de Luís XIV

HYACINTHE RIGAUD-RETRATO DE LUÍS XIV, 1700

Page 19: Luís XIV - Rei-Sol (2)

EM CIMA-HENRI TESSELIN-LUÍS XIV NA ACADEMIA DAS CIÊNCIAS, 1659AO LADO – LUÍS XIV VITORIOSO EM MAASTRICH- PIERRE MIGNARD, 1673

Page 20: Luís XIV - Rei-Sol (2)

HENRI TESTELIN-RETRATO DE LUÍS XIV COMO PROTECTOR DA ACADEMIA DE PINTURA E ESCULTURA, 1666-68

ENTRADA DO PALÁCIO DE VERSAILLES

Page 21: Luís XIV - Rei-Sol (2)

A CORTE DO REI-SOL• A corte era o conjunto de pessoas que viviam

com o rei.• Com o Absolutismo surgiu a grande corte régia,

onde o rei regulamentava as dependências sociais dos cortesãos através de regras de comportamento e de etiqueta para obediência e culto ao rei, através de cerimónias e rituais específicos.

• Gerou-se um quotidiano ordenado, previsível, onde tudo era simbólico. Na corte todos sabiam e respeitavam o seu papel.

Page 22: Luís XIV - Rei-Sol (2)

• Existiam um conjunto de festas e rituais, num ambiente de fausto-luxo- e de intensa actividade cultural e artística.

• Em troca dos serviços dos cortesãos e da sua total obediência, o rei dava recompensas , como cargos, pensões, doações e favores.

• A corte de Luís XIV era luxuosa, parasita, onde os divertimentos distraíam e ocupavam os cortesãos. Os divertimentos reflectiam o poder e a riqueza do rei absoluto.

Page 23: Luís XIV - Rei-Sol (2)

• Divertimentos da época :• Festas Jogos• Paradas militares comédie-ballet• Ballet de cour-acção dançada sobre poema e

executada pela própria corte• Caçadas• Teatro• Banquetes• Ballets• Óperas• Concertos Musicais

Page 24: Luís XIV - Rei-Sol (2)

• O gosto de Versailles pela encenação do poder e pelo artifício, associavam o teatro à dança- a comédie-ballet- e ao desenvolvimento do ballet de cour, do teatro e da ópera.

• As festas de Versailles são manifestações da grandeza de Luís XIV;

• A corte absolutista materializava uma encenação aparatosa, que procurava a pompa e o artifício.

• Em Versailles eram frequentes as representações de textos dançavéis ou ballet de cour, em que a acção dançada era construída sobre um poema e executada pela própria corte.

Page 25: Luís XIV - Rei-Sol (2)

• O gosto pelo espectáculo encenado levou à :• Construção do Teatro do Palais Royal, que foi o

primeiro teatro francês construído num espaço fechado;

• Surgiu a ópera em Versailles;• Luís XIV e a sua corte cultivaram o gosto por

espectáculos que fundiam a representação e a dança, como a comédie-ballet de Lully e Molière ( Le Bourgeois Gentilhomme );

Page 26: Luís XIV - Rei-Sol (2)

• Desenvolveram-se os estudos das condições técnicas e acústicas dos teatros e salas de espectáculos (ex. a sala de ópera de Versailles era revestida a madeira para ter melhor acústica, isto é , som ). Os cenários tornaram-se mais complexos; belos e com espectaculares efeitos visuais de ilusão e profundidade.

• Desenvolveram-se os efeitos especiais, imitando sons da natureza, animais, água, fogo, tempestades, etc.

Page 27: Luís XIV - Rei-Sol (2)

O TEATRO DO PALAIS ROYAL- O 1º TEATRO FECHADO FRANCÊS

Page 28: Luís XIV - Rei-Sol (2)

O TEATRO DO PALAIS ROYAL• Foi o primeiro modelo de teatro francês num

espaço fechado;• No exterior tinha fachadas de dois andares com

janelas e um corpo central com frontão triangular;• No interior existiam vestíbulos ou entradas,

escadarias, foyers – salões ou salas de espera-com decoração faustosa e a sala de espectáculo. Esta era rectangular, com um palco fundo e grande com uma boca de cena; o subpalco era o armazém e o local onde corriam os trilhos ou charriots sobre os quais se moviam os cenários.

Page 29: Luís XIV - Rei-Sol (2)

• Existiam ainda as galerias, os camarotes e no proscénio, um camarote para o rei e a plateia com lugares sentados à frente e de pé, atrás.

Page 30: Luís XIV - Rei-Sol (2)

• Os cenários eram importantes pois davam a unidade de tempo , acção e de espaço.

• Eram movimentados nos bastidores;• Existiam cenários verticais- três ou quatro de

cada lado, podiam ser 12 !- eram feitos de ripas e telas pintadas. Deslizavam sobre trilhos e tinham perspectivas arrojadas.

• O cenário de fundo era feito de tela de papel ou cartão.

• No palco existiam movéis de cena ricos e complexos.

Page 31: Luís XIV - Rei-Sol (2)

• Existiam vários tipos de cenários :• Praças com arcadas e lojas;• Arcos de triunfo;• Paisagem campestre;• Palácios, Templos, Jardins, Grutas e Florestas;• A água, bruma, gelo e neve.

Page 32: Luís XIV - Rei-Sol (2)

MAQUINARIAS E EFEITOS ESPECIAIS• Existiam dois tipos de máquinas: aquelas que

mudavam os cenários, à vista do público ( com trilhos, alçapões e roldanas ) e máquinas que criavam a ilusão do voo em palco, com a ajuda de cordas.

• Os efeitos especiais imitavam trovões, mar, fontes, vento e o fogo do inferno.

Page 33: Luís XIV - Rei-Sol (2)

O APARECIMENTO DA ÓPERA• O gosto pelo espectáculo, pela cenografia, pela

sumptuosidade dos figurantes e a associação de música,dança, canto e teatro, fez surgir a ópera.

A ópera foi inventada em Itália pelo compositor Cláudio Monteverdi, com a ópera Orpheu em 1607.

Em França a ópera foi precedida pelo ballet de cour : acção dançada sobre um poema e executada pela própria corte e pela comédie-ballet. Lully criou a ópera francesa _ cantada em francês e não em italiano-

Page 34: Luís XIV - Rei-Sol (2)

A ÓPERA ORPHEU DE CLÁUDIO MONTEVERDI• A 24 de Fevereiro de 1607 Monteverdi estreou a 1ª ópera

na corte do duque de Mântua, tendo com esta obra criado um novo tipo de espectáculo, cheio de emoção e sentimento.

• Esta ópera conta-nos a história de Orpheu que era casado com a ninfa Eurídice, esta morreu devido à picada de uma cobra. Desesperado , Orpheu desceu até aos infernos à procura de Eurídice. Os senhores dos mortos, Hades e Pérsefone, ficaram tão comovidos pelo amor de Orpheu, que permitiram que ele trouxesse Eurídice do Inferno, com a condição que ele não olhasse para a sua amada até ver a luz do dia. Mas Orpheu não resistiu, olhou para trás e perdeu para sempre Eurídice.

Page 35: Luís XIV - Rei-Sol (2)

ORPHEU E EURÍDICE

CLAUDIO MONTEVERDI E REPRESENTAÇÃO DE ORPHEU TOCANDO A SUA LIRA PARA CONVENCER OS SENHORES DO INFERNO A LIBERTAREM EURÍDICE-

PINTURA DE JEAN RESTOUT, SÉCULO XVIII

Page 36: Luís XIV - Rei-Sol (2)

O PALÁCIO DE VERSAILLES• Este magnífico palácio era como uma cidade

em miniatura, era o cenário, o palco de Luís XIV e da sua corte.

• Admirado e copiado , chegou a ter 10 mil habitantes e simbolizou a monarquia absoluta, entre 1682 e 1789.

• Inicialmente a zona de Versailles era inabitada, só lá existia um pequeno pavilhão de caça usado por Luís XIII.

Page 37: Luís XIV - Rei-Sol (2)

LOUIS LE VAU E JULES HARDOUIN MANSART, OS PRINCIPAIS ARQUITECTOS DE VERSAILLES

Page 38: Luís XIV - Rei-Sol (2)

O PALÁCIO DE VERSAILLES

Page 39: Luís XIV - Rei-Sol (2)
Page 40: Luís XIV - Rei-Sol (2)

CHARLES LE BRUN, PINTOR E DECORADOR DE VERSAILLES

ANDRÉ LE NÔTRE, ARQUITECTO PAISAGISTA DE VERSAILLES

Page 41: Luís XIV - Rei-Sol (2)

O PALÁCIO DE VERSAILLES• Versailles é um palácio barroco pelas

fachadas, jardins, espelhos de água, pavilhões, terraços e decoração interior.

• Versailles é um exemplo de classicismo pela sua regularidade, simetria e harmonia.

Page 42: Luís XIV - Rei-Sol (2)

A ORANGERIE DE VERSAILLES

Page 43: Luís XIV - Rei-Sol (2)
Page 44: Luís XIV - Rei-Sol (2)
Page 45: Luís XIV - Rei-Sol (2)

EM VERSAILLES TEMOS OS JARDINS À FRANCESA; OS ELEMENTOS NATURAIS SÃO COLOCADOS DE ACORDO COM A VONTADE HUMANA COM BASE NUM RIGOROSO PLANO ARQUITECTÓNICO, ONDE PLANTAS, FLORES, LAGOS SE DESENVOLVEM GEOMÉTRICAMENTE. EXISTEM FONTES E GRUTAS ARTIFICIAIS CENOGRÁFICAS

Page 46: Luís XIV - Rei-Sol (2)
Page 47: Luís XIV - Rei-Sol (2)

• O palácio de Versailles estava organizado da seguinte forma :

• A-Rés-do-chão : gabinetes e apartamentos dos príncipes, chanceleres e ministros;

• B-1º andar : no centro os aposentos do rei, a sul, os da rainha, com gabinetes, antecâmaras, salas e pátios;

• C- Ala norte :capela e ópera;• D- Ala sul : aposentos, salões de baile e de

cerimónia.

Page 48: Luís XIV - Rei-Sol (2)

• Situado a 22 km de Paris, Versailles simboliza o poder absoluto de Luís XIV, traduzido numa obra de arte total- todas as artes, arquitectura, escultura, pintura, artes decorativas, jardins, música, dança, teatro, ópera – se conjugam para glorificar o rei.

• Em Versailles todas as artes convergem para a criação de um mundo fantástico e artificial, contribuíndo para a glória do rei-sol.

Page 49: Luís XIV - Rei-Sol (2)
Page 50: Luís XIV - Rei-Sol (2)

A ARTE BARROCA

O Barroco e o Rococó desenvolveram-se na Europa ocidental nos séculos XVII e XVIII , um tempo mais estável , lento, de crises e com um sentido de decadência. A estabilidade está associada às estruturas político-religiosas do Antigo Regime.

Com efeito a igreja católica, abalada pelas dissidências protestantes , procurou reforçar a sua imagem através de uma forte disciplina interna e da centralização dos seus organismos sob a autoridade unificadora do papa.

Page 51: Luís XIV - Rei-Sol (2)

. Nisto consistiram as determinações do Concílio de Trento, iniciador da Contra-Reforma, movimento que pretendia transmitir aos fiéis a imagem de uma

igreja forte, gloriosa, unida e triunfante sobre as heresias e divisões, inabalável na verdade dos seus dogmas doutrinais.A arte foi um dos meios que se serviu para tornar materialmente possível essePoder e essa glória, daí que o estilo barroco tenha tido como berço e centro divulgador a Roma papal da Contra-Reforma.

Em muitos países a igreja católica e as monarquias caminharam de mão dada e utilizaram todos os meios ao seu alcance – literatura, arte, espectáculos...-para passar para o povo o discurso ideológico que as representa e justifica.

Page 52: Luís XIV - Rei-Sol (2)

Assim a produção cultural e artística da época serviu o poder instituído; para isso a Arte Barroca usou principalmente os sentidos; a via mais fácil para atingir amplas camadas analfabetas da sociedade; apelou às emoções e sentimentos; explorou efeitos de surpresa e deslumbramento. Conseguiu-o graças às técnicas do Renascimento italiano mas organizou-as numa linguagem nova; mais dinâmica, dramática, tecnicista e artificial , com grande sentido cénico.

Page 53: Luís XIV - Rei-Sol (2)

A estética barroca teve grande aceitação nos países católicos-Itália,Portugal, Espanha, França, Flandres-e também nos países protestantes como a Alemanha e a Holanda ; esta aceitação e dispersão do Barroco explica-se pela significativa identificação da Arte Barroca com a mentalidade dominante da época. Isto explica a rápida divulgação desta arte, que entrou no gosto dos povos e se transformou numa moda que:

-Passou para a plano religioso, laico e civil.-Adaptou-se a objectivos políticos, sociais e familiares.-Invadiu todas as artes-arquitectura, pintura, escultura, literatura, música, vestuário, artes decorativas, arte das festas.

Page 54: Luís XIV - Rei-Sol (2)

A Arte Barroca procurou ser uma arte-síntese que procurou a globalidadee o sentido de arte total; que faz apelo aos sentidos e à emoção e que se serve de todas as manifestações artísticas e materiais para deslumbrar e cativar.A estética do rococó já corresponde a outra conjuntura histórica; desenvolveu-se na França do rei Luís XV e na Alemanha ao longo do século XVIII e corresponde a uma conjuntura mais próspera, marcada por uma expansão demográfica e económica e por um desenvolvimento técnico-cientifíco e por um forte individualismo das classes burguesas. Os gostos dominantes evoluíram para uma arte mais requintada e elegante que apreciava a beleza, a frivolidade, a sensualidade e o intimismo, tornando-a mais familiar e próxima do homem. À opulência e majestade do Barroco,as elites preferiram uma arte mais privada e natural, apreciadoras da arte de bem viver.

Page 55: Luís XIV - Rei-Sol (2)

A ARQUITECTURA BARROCA:A Arte Barroca dirigia-se ao grande público e destinava-se a persuadir e estimular as emoções pelo movimento curvilíneo, real ou aparente, pela busca do infinito, pelos contrastes e jogos de luz e sombra, pelo teatral e fantástico. Em oposição ao Renascimento, a arquitectura barroca procurou a emoção e a afectividade e o misticismo ligado aos sentidos.A arquitectura barroca nasceu na Roma da Contra-Reforma mas expandiu-se para os países protestantes e até para as colónias europeias da Ásia e América.Dos contactos com antigos e novos gostos e tendências resultou um estilo com uma linguagem original, mais fantasista , mais cénica e de acordo com a imaginação de cada autor. Usando as ordens clássico-renascentistas e a mesma gramática formal, a arquitectura barroca criou príncipios inovadores como:

Page 56: Luís XIV - Rei-Sol (2)

-fim da estacidade e simetria.

-libertação espacial.

-busca de fantasia e movimento.

-antítese entre espaços interiores e exteriores.

Estas características foram conseguidas graças a :-aliança entre arquitectura-pintura-escultura-jardins-jogos de àgua criando efeitos de perspectiva e de ilusão, dando a sensação de movimento e de maior espaço -combinação e abundância de linhas opostas umas às outras.-jogos de claro-escuro graças à construção de massas salientes, reentrantes, sinuosas e lisas.-uso de elementos construtivos como elementos decorativos como por exemplo as colunas torsas.-movimento ascencional do frontão central das fachadas.

Page 57: Luís XIV - Rei-Sol (2)

Todos estes principios provocaram efeitos cenográficos que originaram uma arte grandiosa e monumental.

Os arquitectos mais significativos do barroco foram Carlo Maderno, autor da igreja de Sta.Susana- e ultimou a Basílica de S.Pedro. Seguido de Bernini, autor da igreja de Sto André do Quirinale e de Borromini, autor da igreja de S.Carlos das Quatro-Fontes.

Page 58: Luís XIV - Rei-Sol (2)

A ARQUITECTURA RELIGIOSA:

Foram as grandes igrejas como a basílica de S.Pedro do Vaticano ou a igreja do Gesú em Roma que prepararam as linhas orientadoras da arquitectura barroca.

As plantas são diversificadas e imaginativas como elipses e ovais , trapézios e estrelas mas preferiram-se as plantas de nave única rectangulares e as elíptico-transversais e elíptico-longitudinais.

Page 59: Luís XIV - Rei-Sol (2)

As paredes tanto são côncavas e convexas , ondulantes, correspondendo ao efeito de surpresa e luminosidade. Interiormente-estão cobertas de estuques, pinturas, retábulos e talha dourada, criando a ilusão de um espaço maior e confundindo o tecto com a parede. As coberturas eram em abóbadas sustentadas com paredes e contrafortes exteriores mas a cúpula colossal também foi utilizada pois representa sim-bólicamente o céu; é mais original porque prolonga as paredes Inicialmente as fachadas eram simples como a da igreja de Sta.Susana- na qual o corpo central é rematado por um frontão que acentua a verticalidade. Mas o sentido teatral do Barroco e o desejo de atrair e envolver a população exigiram fachadas mais caprichosas; eram divididas em 3 andares, organizadas de modo côncavo e convexo, originando jogos de movimento e de luz e sombra.

Page 60: Luís XIV - Rei-Sol (2)

O portal principal tinha um janelão superior, decoração vertical e bastante ornamentação- esculturas, frontões, colunas...-A decoração interior devia aumentar o movimento e por isso consiste em pinturas a fresco com linhas ondulantes e serpentinadas, com turbilhões de figuras voadoras e anjos inseridos numa luz celestial, ascendendo ao infinito. Construídas em trompe-l’ oeil, valorizadas pela luz dos janelões, janelas e da cúpula com lanternim, estas composições cresceram ao sabor da imaginação dos pintores. Aos frescos associavam mármores policromados, talha dourada, esculturas, retábulos, telas e orgãos que contribuíram para a profusão de cor e para o prazer dos sentidos.

Page 61: Luís XIV - Rei-Sol (2)

VISTA GERAL SOBRE ROMA- DESTACA-SE A BASÍLICA DE S.PEDRO, MAGNÍFICA, IMPONDO A SUA IMAGEM NA PAISAGEM URBANA. A

CAPITAL DO ESTADO DO VATICANO COMO IMAGEM E SÍMBOLO DE PODER FOI UMA IDEIA BARROCA, DESENVOLVIDA PELO PAPA SISTO V- 1585-1590-

COM O PLANO DE URBANIZAÇÃO DE ROMA

Page 62: Luís XIV - Rei-Sol (2)

VISTA ÁREA DA PRAÇA DE S.PEDRO E RETRATO DE SISTO V.O OBJECTIVO DE SISTO V ERA TRANSFORMAR ROMA NUM INEQUÍVOCO CENTRO

POLÍTICO, ECONÓMICO E SOBRETUDO CULTURAL, DIGNIFICANDO E EXALTANDO O PODER QUE ELA REPRESENTAVA. A CIDADE BARROCA PARTICIPAVA DESSE

ESPECTÁCULO DA VIDA, COM A ABERTURA DE GRANDES PRAÇAS E GRANDES AVENIDAS, DESLUMBRANTES PELA SUA DIMENSÃO E ENCENAÇÃO URBANA.

Page 63: Luís XIV - Rei-Sol (2)
Page 64: Luís XIV - Rei-Sol (2)

REPARE-SE NO ASPECTO CÉNICO DO INTERIOR DA BASÍLICA DE S.PEDRO, NO VATICANO, QUE RECORRE À ARQUITECTURA, ESCULTURA, PINTURA, MOSAICOS, MÁRMORES POLICROMADOS, OURIVESARIA E OUTRAS ARTES DECORATIVAS PARA CONSEGUIR ESTE EFEITO DE LUXO E OPULÊNCIA QUE DELEITA, SUFOCA E CRIA EXPECTAÇÃO. O CONCÍLIO DE TRENTO DEFINIU QUE A ARTE DEVIA SER CLARA, SIMPLES, DIDÁCTICA, REAL, SENSÍVEL E QUE ESTIMULASSE A PIEDADE.

Page 65: Luís XIV - Rei-Sol (2)

Em 1657 Gianlorenzo Bernini começou o Trono de São Pedro, ou Cathedra Petri, uma cobertura em bronze dourado do trono em

madeira do papa, que foi terminada em 1666

Page 66: Luís XIV - Rei-Sol (2)

BASÍLICA E PRAÇA DE S.PEDRO EM ROMA

Page 67: Luís XIV - Rei-Sol (2)

A COLUNATA DE S.PEDRO, CONCEBIDA POR BERNINI, NO

TOPO É RICAMENTE DECORADA COM 140 ESTÁTUAS DE SANTOS,

MÁRTIRES, PAPAS E FUNDADORES DE ORDENS RELIGIOSAS

Page 68: Luís XIV - Rei-Sol (2)

Coluna Salomónica- mais dinâmica que a coluna lisa, teria sido usada no templo de Salomão em Jerusalém.

Page 69: Luís XIV - Rei-Sol (2)

FACHADA E PLANTA DA IGREJA DE SANTO ANDRÉ DO QUIRINAL

Page 70: Luís XIV - Rei-Sol (2)

IGREJA DE SANTO ANDRÉ DO QUIRINAL, GIANLORENZO BERNINI, ROMA, 1658-1678

A FACHADA TEM UM PÓRTICO QUASE SEMICIRCULAR, SUSTENTADO POR DUAS COLUNAS E ENCIMADO POR UM ARCO PROFUNDO E UM FRONTÃO. AQUI TEMOS UMA COMBINAÇÃO

DE LINHAS RECTAS E CURVAS E DE ESPAÇOS CÔNCAVOS E CONVEXOS.

Page 71: Luís XIV - Rei-Sol (2)
Page 72: Luís XIV - Rei-Sol (2)

IGREJA DE SAN CARLO ALLE QUATTRO FONTANE, FRANCESCO BORROMINI, ROMA, 1634-1667-COMPOSIÇÃO, PLANTA E FACHADA INSPIRADAS NO TRIÂNGULO.FACHADA SINUOSA E ONDULANTE COM FORMAS E ELEMENTOS ANTI-CLÁSSICOS.

Page 73: Luís XIV - Rei-Sol (2)
Page 74: Luís XIV - Rei-Sol (2)
Page 75: Luís XIV - Rei-Sol (2)
Page 76: Luís XIV - Rei-Sol (2)

IGREJA DE IL GESÚ, VIGNOLA E GIACOMO DELLA PORTA, ROMA, 1575, 1577- A IGREJA DO GESÚ ESTABELECEU O TIPO DE IGREJA DA CONTRA-REFORMA: NAVE ÚNICA E MAJESTOSA, ESPAÇO AMPLO JUNTO AO ALTAR; NAVES LATERAIS SUBSTITUÍDAS POR CAPELAS. ERA UM TEMPLO LIGADO AO SERMÃO E À DEVOÇÃO COLECTIVA. AQUI, NADA PODIA DISTRAIR DAS PALAVRAS DO ORADOR OU TAPAR A VISÃO DOS RITUAIS FEITOS NO ALTAR-MOR. A FACHADA TEM ELEMENTOS CLÁSSICOS PROPORCIONADOS MAS COMBINADOS DE UMA MANEIRA MUITO POUCO CLÁSSICA.

Page 77: Luís XIV - Rei-Sol (2)

PLANTA E ZONA DO ALTAR-MOR DA IGREJA DO IL GESÚ

Page 78: Luís XIV - Rei-Sol (2)

DETALHES DECORATIVOS DO IL GESÚ-TODAS AS ARTES SE COMBINAM PARA CRIAR EFEITOS VISUAIS ESPECTACULARES E DESLUMBRANTES, CATIVANDO

OS FIÉIS

Page 79: Luís XIV - Rei-Sol (2)

IGREJA DO IL GESÚ- A MAIS IMPORTANTE IGREJA DOS JESUÍTAS; O SEU MODELO FOI MUITO IMITADO NAS IGREJAS DA ÉPOCA.

Page 80: Luís XIV - Rei-Sol (2)

IGREJA DE SANTA INÊS, FRANCESCO BORROMINI, ROMA, 1652-A FACHADA É LARGA COM REENTRÂNCIAS E SALIÊNCIAS, COM DUAS TORRES SINEIRAS E UMA CÚPULA DE TAMBOR ALTO. TODA A FACHADA ESTÁ INTEGRADA NO URBANISMO DA PRAÇA NAVONA

Page 81: Luís XIV - Rei-Sol (2)
Page 82: Luís XIV - Rei-Sol (2)
Page 83: Luís XIV - Rei-Sol (2)

IGREJA DE SANTA SUSANNA, CARLO MADERNO, ROMA,CONCLUÍDA EM 1612

Page 84: Luís XIV - Rei-Sol (2)

IGREJA DE SANTA SUSANNA E DE SÃO LUCAS E MARTINA- ROMA, 1635-1650-PIERO DELLA CORTONA

Page 85: Luís XIV - Rei-Sol (2)

FACHADA E PLANTA DE SÃO LUCAS E SANTA MARTINA

Page 86: Luís XIV - Rei-Sol (2)

FRANCESCO BORROMINI-ORATORIO DEI FILIPPINI,1637-1650, ROMA

Page 87: Luís XIV - Rei-Sol (2)

IGREJA DE SÃO IVO DA SAPIÊNCIA, FRANCESCO BORROMINI, ROMA, 1642-1644

Page 88: Luís XIV - Rei-Sol (2)

CÚPULA E PLANTA DE SÃO IVO DA SAPIÊNCIA- FRANCESCO BORROMINI

Page 89: Luís XIV - Rei-Sol (2)

DETALHE DA TORRE LANTERNA DA IGREJA DE SÃO IVO DA SAPIÊNCIA

Page 90: Luís XIV - Rei-Sol (2)

IGREJA DE SÃO JOÃO DE LATRÃO, FRANCESCO BORROMINI, ROMA, 1646-1650

Page 91: Luís XIV - Rei-Sol (2)

CARLO FONTANA-IGREJA DE SAN MARCELLO AL CORSO, ROMA,1682-1683

Page 92: Luís XIV - Rei-Sol (2)

INTERIOR DA IGREJA DE SAN MARCELO AL CORSO

Page 93: Luís XIV - Rei-Sol (2)

IGREJA DE SANTA MARIA DA VITÓRIA, ROMA, CARLO MADERNO, 1608-1620

Page 94: Luís XIV - Rei-Sol (2)

IGREJA DE SANTA MARIA DA VITÓRIA, CAPELA CORNARO, ROMA, ÊXTASE DE SANTA TERESA DE ÁVILA, GIANLORENZO BERNINI, 1645-1652

Page 95: Luís XIV - Rei-Sol (2)

CÚPULAS DE IGREJAS BARROCAS- DESLUMBRAMENTO E FANTASIA!

Page 96: Luís XIV - Rei-Sol (2)

FRESCOS DE IGREJAS BARROCAS

Page 97: Luís XIV - Rei-Sol (2)

ANDREA POZZO- FRESCO ALEGÓRICO REPRESENTANDO O TRIUNFO DE SANTO INÁCIO DE LOYOLA, 1691-94, ROMA

Personagens esvoaçantes

Cenário arquitectónico fingido

Panejamentos insuflados

Arquitectura em trompe l-oeil

Violentos contrastes de luz e cor

Page 98: Luís XIV - Rei-Sol (2)

A DESCIDA DO ESPÍRITO SANTO-DAMIAN ASAM

Page 99: Luís XIV - Rei-Sol (2)

PIETRO DA CORTONA-O TRIUNFO DA DIVINA PROVIDÊNCIA

Page 100: Luís XIV - Rei-Sol (2)

ANNIBALE CARRACI- FRESCOS DO PALÁCIO FARNESE EM ROMA, 1600

Page 101: Luís XIV - Rei-Sol (2)
Page 102: Luís XIV - Rei-Sol (2)
Page 103: Luís XIV - Rei-Sol (2)

• .

PEÇAS DE ARTE SACRA, LIGADAS À LITURGIA: NAVETA, CÁLICES, INCENSÓRIO, MITRA E ESTOLA

Page 104: Luís XIV - Rei-Sol (2)

ORGÃOS BARROCOS

Page 105: Luís XIV - Rei-Sol (2)

CÁLICE, CUSTÓDIAS,ÂMBULA E BÁCULO

Page 107: Luís XIV - Rei-Sol (2)

PROCISSÃO RELIGIOSA CATÓLICA

Page 108: Luís XIV - Rei-Sol (2)

ANTÓNIO VIVALDI E JOÃO SEBASTIÃO BACH FORAM DOIS DOS MAIS GENIAIS MÚSICOS DO BARROCO QUE CRIARAM MÚSICA SACRA

Page 109: Luís XIV - Rei-Sol (2)

BALTAZAR LONGHENA, IGREJA DE SANTA MARIA DA SAÚDE, 1631, VENEZA

Page 110: Luís XIV - Rei-Sol (2)

FISCHER VON ERLACH, IGREJA DE S.CARLOS BORROMEO, 1761, VIENA. A FACHADA E A CÚPULA SÃO SEMELHANTES ÀS DA IGREJA DE SANTA INÊS DE FRANCESCO BORROMINI;AS TORRES SINEIRAS SÃO SUBSTITUÍDAS POR DUAS COLUNAS SEMELHANTES ÁS DE TRAJANO.

Page 111: Luís XIV - Rei-Sol (2)
Page 112: Luís XIV - Rei-Sol (2)

A ARQUITECTURA CIVIL BARROCALimitou-se aos palácios e villas de reis, pontífices , nobres e alta burguesia. O grande exemplo de palácio barroco foi o palácio de Versalhes nos arredores de Paris. Exteriormente os palácios barrocos estavam relacionados com o meio envolvente, a paisagem, a rua e os jardins.

A planta era em U ou em H , isto é, em duplo U, um para a frente e outro para as traseiras. A parte mais importante do palácio era a fachada. Pilastras colossais ligavam o rés-do-chão ao andar nobre e ao 2º andar. O corpo central e a porta continham a maior decoração. Interiormente o andar nobre tinha ao centro um grande salão; ligando os diferentes andares havia galerias e escadarias; estas eram exageradamente importantes com 2 lanços simétricos e com uma decoração teatral que era o complemento das festas.

Page 113: Luís XIV - Rei-Sol (2)

As villas continuaram a ter uma estreita ligação com a natureza. O terreno era escolhido com cuidado, valorizada a orientação solar e os jardins tornaram-se cada vez mais arquitecturais, ligando escadarias, terraços e decorados com estátuas, fontes e lagos artificiais – ver figura 12 da página 36 do manual- eram ainda enriquecidos com bosques, grutas artificiais , pavilhões e labirintos.

O jardim era organizado 2º um eixo principal longitudinal no prolongamento do eixo central do palácio, dando a sensação de espaço infinito; depois era subdividido simetricamente, 2º um esquema de linhas transversais e radiais; este tipo de jardim é conhecido como jardim à francesa.

Page 114: Luís XIV - Rei-Sol (2)

UMA DAS INÚMERAS FONTES DO PALÁCIO DE VERSAILLES

Page 115: Luís XIV - Rei-Sol (2)

• Fonte de Apolo em versaillesÁGUA, LUZ, MOVIMENTO, TRANSPARÊNCIA, DESLUMBRAMENTO

Page 116: Luís XIV - Rei-Sol (2)

DETALHES DO JARDIM DE VERSAILLES- FONTE DE LATONA- ninfa da mitologia clássica, mãe de Diana

Page 117: Luís XIV - Rei-Sol (2)

PALÁCIO DE VERSAILLES SEGUNDO GRAVURA DA ÉPOCA

Page 118: Luís XIV - Rei-Sol (2)
Page 119: Luís XIV - Rei-Sol (2)
Page 120: Luís XIV - Rei-Sol (2)

JARDINS E PALÁCIO BARROCO DE VAUX-LE-VICOMTE

Page 121: Luís XIV - Rei-Sol (2)
Page 122: Luís XIV - Rei-Sol (2)

PALÁCIO DO BELVEDERE, VIENA, ÁUSTRIA, Hildebrandt, 1714-1722

Page 123: Luís XIV - Rei-Sol (2)

PALÁCIO CARIGNANO, GUARINO GUARINI, TURIM, ITÁLIA, 1678- Feito exclusivamente de tijolo, tem um movimento horizontal composto pelas saliências e reentrâncias dos panos murais e pelos frisos, e um movimento vertical dado pelas molduras das janelas

Page 124: Luís XIV - Rei-Sol (2)

VILLA DORIA PAMPHILI, ALESSANDRO ALGARDI , c. 1650, ROMA

Page 125: Luís XIV - Rei-Sol (2)

DETALHES DOS JARDINS DA VILLA DORIA PAMPHILI, c. 1650, ROMA

Page 126: Luís XIV - Rei-Sol (2)

PALÁCIO DE CAÇA STUPINIGI, FILIPPI JUVARA, TURIM, 1729-1733

A DELICIOSA CURIOSIDADE DO VEADO QUE DECORA O TOPO DA

CÚPULA

Page 127: Luís XIV - Rei-Sol (2)

ESTE PALÁCIO-PAVILHÃO DE CAÇA FOI CONSTRUÍDO NUM TERRENO PLANO E TEM UMA PLANTA COM VÁRIAS FORMAS E DE GRANDES DIMENSÕES. A CONSTRUÇÃO É BAIXA E DE FORMAS SIMPLES, LEMBRANDO UMA MOLDURA OU CENÁRIO TEATRAL PERFEITAMENTE

HARMONIZADO COM A PAISAGEM E O JARDIM. NO CENTRO DO PALÁCIO SITUA-SE O SALÃO DE FESTAS QUE É ELÍPTICO E SE DESENVOLVE EM FORMA DE ESCADARIA.

Page 128: Luís XIV - Rei-Sol (2)

VISTA ÁEREA DO PALÁCIO STUPINIGI E DETALHE DO SALÃO DE FESTAS

Page 131: Luís XIV - Rei-Sol (2)

El Real Sítio de San Lorenzo de El Escorial é um grande complexo (inclui palácio, mosteiro, museu e biblioteca) localizado em San Lorenzo de El Escorial, município situado 45 km a Noroeste de Madrid, na Comunidade de Madrid (Espanha).

Situado junto ao monte Abantos, na Serra de Guadarrama, este monumental complexo foi mandado construir pelo rei Filipe II da Espanha para comemorar a vitória na Batalha de San Quintín, em 10 de Agosto de 1557, sobre as tropas de Henrique II, rei de França, e para servir de lugar de enterro dos restos mortais de seus pais, o Imperador Carlos I e Isabel de Portugal, assim como dos seus próprios e dos seus sucessores.A planta do edifício, com as suas torres, recorda a forma de uma grelha, pelo que tradicionalmente se diz que se fez assim em honra a São Lourenço, martirizado em Roma no suplício da grelha e cuja festividade se celebra a 10 de Agosto, dia da Batalha de San Quintín. Daí o nome do conjunto e da localidade criada à volta deste.

Page 132: Luís XIV - Rei-Sol (2)

CARLO RAINALDI, PIAZZA DEL POPOLO, ROMA, 1784-1816

AS IGREJAS DE SANTA MARIA DEI MIRACOLI E DE SANTA MARIA IN MONTESANTO INICIARAM A SUA CONSTRUÇÃO EM 1658.

Page 133: Luís XIV - Rei-Sol (2)

PIAZZA DI SPAGNA, ROMA

Page 134: Luís XIV - Rei-Sol (2)

PRAÇA DE ESPANHA COM A IGREJA DA TRINDADE DO MONTE, A

ESCADARIA MONUMENTAL E A FONTE DA BARCA DE BERNINI

Page 135: Luís XIV - Rei-Sol (2)
Page 136: Luís XIV - Rei-Sol (2)
Page 137: Luís XIV - Rei-Sol (2)
Page 138: Luís XIV - Rei-Sol (2)

FONTE DAS ABELHAS, BERNINI, 1644

FONTE DO TRITÃO DE BERNINI DE1642 E FONTE DE TREVI-NICOLA SALVI,1762

Page 139: Luís XIV - Rei-Sol (2)

GIANLORENZO BERNINI- FONTE DO TRITÃO, ROMA

Page 140: Luís XIV - Rei-Sol (2)

FONTE DE TREVI

Page 141: Luís XIV - Rei-Sol (2)
Page 142: Luís XIV - Rei-Sol (2)
Page 143: Luís XIV - Rei-Sol (2)
Page 144: Luís XIV - Rei-Sol (2)

PIAZZA NAVONA, COM A FONTE DOS QUATRO RIOS E A FACHADA DA IGREJA DE SANTA INÊS DE BORROMINI

Page 145: Luís XIV - Rei-Sol (2)

FONTE DOS QUATRO RIOS, GIANLORENZO BERNINI, PIAZZA NAVONA, ROMA, 1648-1651

Page 146: Luís XIV - Rei-Sol (2)

Encomendada pelo papa Inocêncio X Pamphili, esta magnífica fonte tem o brasão do papa, com a pomba e o ramo de oliveira, que decoram a formação rochosa piramidal , suporte de um obelisco egípcio. Bernini projectou a fonte gastando dinheiro de impopulares impostos. Os grandes rios conhecidos na época estão representados- Ganges, Danúbio, Nilo e Rio da Prata- são simbolizados por quatro gigantes. A cabeça coberta do rio Nilo simboliza o desconhecimento, então, do local exacto da sua nascente mas existe que a lenda que esta característica mostraria o desagrado de Bernini ter tão próxima a igreja de Santa Inês- do seu rival Borromini- e a figura do rio da Prata, agachada e de braços levantados mostraria o medo que Bernini teria que a igreja de Santa Inês se desmoronasse.

Page 147: Luís XIV - Rei-Sol (2)

SÃO

ASSIM ERA A ARTE DO MAIOR ARTISTA DO BARROCO ROMANO: BERNINI. ENTRE ANIMAIS, PLANTAS, JORROS DE ÁGUA E ESCARPAS ROCHOSAS, EXULTAM OS CORPOS MUSCULADOS E TENSOS DAS GIGANTESCAS DIVINDADES FLUVIAIS. MOVIMENTO, EXUBERÂNCIA, DRAMA SÃO ATRIBUTOS DA PLÁSTICA DE BERNINI.

Page 148: Luís XIV - Rei-Sol (2)
Page 149: Luís XIV - Rei-Sol (2)

PIAZZA DELLA MINERVA, ROMA, OBELISCO DE BERNINI,1667.O elefante era um animal a que se associavam as virtudes cristãs da

força, inteligência e compaixão. Na base ou soco do pedestal a

inscrição em latim indica-nos “É verdadeiramente um espírito

robusto que sustenta uma sabedoria sólida .”

Page 150: Luís XIV - Rei-Sol (2)

SOCO OU PEDESTAL COM INSCRIÇÃO LATINA

Page 151: Luís XIV - Rei-Sol (2)

O URBANISMO:O Barroco valorizou as cidades com ruas e avenidas rectas, praças largas, fontes extravagantes, jardins luxuriantes, palácios com fachadas e escadarias ritmadas e revela a preocupação em criar zonas monumentais que permitissem o espectáculo barroco- casamento, morte, procissões...-A esta ideia barroca juntou-se a teoria absolutista que criou um novo tipo de cidade- um espaço planeado ao pormenor e com rigor da qual Roma foi o exemplo , pois aplicou-se ao poder real e ao poder do papa; criaram-se várias praças circulares ou rectangulares dominadas por um ou vários monumentos- igrejas, palácio, jardins e fontes. As fontes são o elemento preferido do urbanismo barroco: São ornamentadas com figuras mitológicas e jogos de água, em cascata ou repuxos.

Page 152: Luís XIV - Rei-Sol (2)

GRAND PLACE DE BRUXELAS, BÉLGICA

Page 153: Luís XIV - Rei-Sol (2)

GRANDE PLACE EM BRUXELAS- As belas casas que rodeiam a praça pelas guildas ou ricas corporações da cidade

Page 154: Luís XIV - Rei-Sol (2)
Page 155: Luís XIV - Rei-Sol (2)

FISCHER VON ERLACH, BIBLIOTECA DO PALÁCIO REAL DO OFBURG, VIENA, ÁUSTRIA, 1722

Page 156: Luís XIV - Rei-Sol (2)
Page 157: Luís XIV - Rei-Sol (2)
Page 158: Luís XIV - Rei-Sol (2)

A ESCULTURA BARROCA

A escultura foi talvez a arte mais praticada e difundida na época do barroco. Associada à arquitectura ou à pintura, colocada isoladamente em praças e jardins ou sobre os mais variados objectos, ela invadiu tudo, en-contrando-se em todo o lado. Esta proliferação da escultura explica-se pela sua adaptação a interiores e exteriores e pelas suas capacidades plásticas- forte modelação de volumes, criação de texturas, contrastes entre cheios-vazios ; luz-sombra ; macio-rugoso; capacidade de movimentação , expressividade e cenografia das composições que tão bem concretizaram os objectivos da arte barroca-comunicação através dos sentidos e emoções; provocação da surpresa e deslumbramento que apelavam à participação afectiva do público com vista a uma fácil e eficaz transmissão de ideias e conceitos. A arte barroca foi, então , simbólica e didáctica.

Page 159: Luís XIV - Rei-Sol (2)

Estes objectivos estiveram presentes nos grandes encomendadores da época- A igreja – empenhada na transmissão da fé e dos dogmas e querendo reforçar a sua imagem espiritual-os monarcas- interessados na manifesta-ção pública do seu poder e da sua força e na divulgação da ordem ideológica que os fundamenta ; as famílias mais ricas da aristocracia e bur-guesia que começavam a manifestar individualismo e gosto pelo quotidiano.A expressão técnico-formal da escultura barroca , idealizada em Itália por génios como Bernini , define-se por estas características:

Page 160: Luís XIV - Rei-Sol (2)

-Rigor da execução técnica- no desbastar , cinzelar e modelar até ao virtuosismo, fazendo-os emancipar por completo do bloco de material onde tiravam as figuras, possibilitando a criação de composições livres e abertas que juntavam peças de blocos diferentes.

-Perfeição das formas anatómicas com proporções mais esguias, modeladas com pormenores de realismo e naturalismo.

-Exploração das capacidades expressivas conseguida pela acentuação dos gestos, posições, expressões faciais e corporais visando a dramaticidade dos conteúdos.

-Preferência por posições de movimento, de instável equilíbrio, serpentinadas em sentido ascendente.

-Utilização de panejamentos volumosos, agitados e descompostos favorecendo o contraste das texturas e os violentos jogos de luz-sombra- -Composições livres e soltas organizadas 2º esquemas complexos que interligavam personagens em acção , como num instante fotográfico.

-Sentido cénico das obras com preocupação com o enquadramento em que iriam ser colocadas. O espaço a que a obra se destinava era sempre equacionado pelo escultor que , por vezes , o reconstruía e organizava como se de um cenário se tratasse para valorizar a leitura da sua obra - Veja-se o exemplo da obra de Bernini , o Êxtase de Sta. Teresa de Ávila.

Page 161: Luís XIV - Rei-Sol (2)

A escultura barroca fez-se dos mais variados materiais- mármores, pedra, bronze, ouro e prata, marfim , estuques, madeiras e cartão- e dividiu-se em 2 categorias:-escultura monumental , que se destinava a ornamentar ou completar a arquitectura;-escultura independente de caracter alegórico, honorífico ou comemorativo.A escultura ornamental foi o complemento ideal da arquitectura barroca para rematar as construções ou para as decorar; utilizando relevos e a escultura de vulto redondo. Os relevos tinham uma função

Page 162: Luís XIV - Rei-Sol (2)

decorativa, descritiva e narrativa. Tinham uma gramática decorativa composta por- volutas, brasões, vasos, troféus, fogaréus...decorando frontões, frisos e janelas.A escultura de vulto redondo tinha funções decorativas, estruturais, honorí-ficas, alegóricas ou simbólicas. Era colocada em nichos, fachadas e pare-des interiores; formando filas horizontais sob parapeitos de pontes e áticos de edifícios , em escadarias e colunatas e até em muros de jardins Usaram-se também estátuas-colunas susten- tando tectos e entablamentos Por último misturam estatuária, relevos e elementos arquitectónicos, confundindo as 2 artes- ver o Baldaquino de S.Pedro - púlpitos, retábulos e mausoléus-

Page 163: Luís XIV - Rei-Sol (2)

A escultura independente foi muito praticada sob a forma de monumentos comemorativos, honoríficos ou simbólicos, figuras alegóricas, retratos , tú-mulos, passos processionais e fontes. As temáticas escultóricas preferidas foram: as vidas de Santos e Mártires , a Sagrada Família e a Imaculada Conceição, temas da vida e paixão de Cristo , temas da doutrina como O Triunfo da Eucaristia e das Virtudes Cristãs e temas de valorização da figura do Papa.Esta nova iconografia foi rápidamente adoptada à escultura laica . Aqui os temas preferidos eram : retratos individuais de reis e outras figuras públicas com carácter honorífico e propagandístico. O retrato individual é tratado com realismo e expressividade. Também temos mausoléus e figuras ou grupos alegóricos-

Page 164: Luís XIV - Rei-Sol (2)

DAVID, GIANLORENZO BERNINI, ROMA, 1623. Esculpido em tamanho natural, em David , Bernini captou o momento exacto em que o profeta e rei de Israel se prepara para matar Golias. As composições de Bernini, abertas e dinâmicas, são marcadas por um exagerado expressionismo, libertando-se para o exterior e convocando o espectador a partilhar o pathos da acção.

Page 165: Luís XIV - Rei-Sol (2)
Page 166: Luís XIV - Rei-Sol (2)
Page 167: Luís XIV - Rei-Sol (2)

GIANLORENZO BERNINI, APOLO E DAFNE, 1625, MÁRMORE, 2,43 METROS

Page 168: Luís XIV - Rei-Sol (2)
Page 169: Luís XIV - Rei-Sol (2)
Page 170: Luís XIV - Rei-Sol (2)
Page 171: Luís XIV - Rei-Sol (2)
Page 172: Luís XIV - Rei-Sol (2)
Page 173: Luís XIV - Rei-Sol (2)

VEJAM-SE AS PROFUNDAS SEMELHANÇAS ENTRE A ESCULTURA MANEIRISTA E A ESCULTURA BARROCA: GIANBOLOGNA- O RAPTO DAS SABINAS E BERNINI-

PLUTÃO E PROSÉRPINA

Page 174: Luís XIV - Rei-Sol (2)
Page 175: Luís XIV - Rei-Sol (2)
Page 176: Luís XIV - Rei-Sol (2)
Page 177: Luís XIV - Rei-Sol (2)
Page 178: Luís XIV - Rei-Sol (2)
Page 179: Luís XIV - Rei-Sol (2)
Page 180: Luís XIV - Rei-Sol (2)
Page 181: Luís XIV - Rei-Sol (2)

BEATA LUDOVICA ALBERTONI, GIANLORENZO BERNINI, ROMA, IGREJA DE SAN FRANCESCO IN RIPA, MÁRMORE, 1671-1674

Page 182: Luís XIV - Rei-Sol (2)
Page 183: Luís XIV - Rei-Sol (2)
Page 184: Luís XIV - Rei-Sol (2)

A escultura do Barroco e de Bernini pretendeu atrair os fiéis e estimular a piedade e o culto, segundo os princípios tridentinos.Temática (exemplos):• temas relacionados com a Bíblia (a figura de Cristo, a Sagrada Família);• temas marianos;• temas relacionados com a vida e o culto dos santos;• representação do êxtase místico.Expressão técnico-formal (exemplos):• expressividade exacerbada pelo dramatismo do movimento;• modelação agitada dos volumes;• contraste luz/sombra;• contraste das texturas (liso/rugoso).Intencionalidade (exemplos):• captação da atenção do espectador pela expressão do «pathos»;• estímulo à piedade e ao culto;• interiorização dos dogmas religiosos;• elevação do espírito.

Page 185: Luís XIV - Rei-Sol (2)

A PINTURA BARROCA

A Pintura Barroca nasceu em Itália e procurou captar, pela emoção, a fé das multidões. Por isso , a pintura barroca visou a surpresa, o encantamento numa verdadeira encenação, num espectáculo onde as várias artes se misturavam.

A pintura barroca é deslumbrante, surpreendente, cénica e espectacular.

Sofreu influências de Miguel Ângelo- Capela Sistina- Anibale Carracci e Caravaggio.

A pintura barroca caracteriza-se também pelo irracional, exuberante, contrastante, dramático e fantasioso. Os seus ambientes são majestosos, grandiosos, esmagadores e mostram o poder da Igreja- especialmente os frescos-.

Page 186: Luís XIV - Rei-Sol (2)

• Existem dois tipos de pintura barroca :• -a pintura mural e de tectos;• -a pintura móvel sobre tela.

• A Pintura Barroca móvel teve várias tendências :• -O Classicismo dos Carracci, de Nicolas Poussin e de

Claude Lorrain;• -O Naturalismo de Caravaggio e de Ribera;• -O realismo dos pintores do Norte da Europa, como

Rembrandt e Vermeer.

Page 187: Luís XIV - Rei-Sol (2)

ANNIBALE CARRACCI- VÉNUS E ADÓNIS

Page 188: Luís XIV - Rei-Sol (2)

ANNIBALE CARRACCI-VÉNUS COM SÁTIRO E CUPIDO

Page 189: Luís XIV - Rei-Sol (2)

NICOLAS POUSSIN- ARCÁDIA

Page 190: Luís XIV - Rei-Sol (2)

CLAUDE LORRAIN-O REGRESSO DE ULISSES À PÁTRIA

Page 191: Luís XIV - Rei-Sol (2)

JOSÉ RIBERA-S.PAULO EREMITA,1640

CARAVAGGIO- DAVID

O NATURALISMO NA PINTURA BARROCA- corrente artística que defende uma representação realística, afastada da idealização

Page 192: Luís XIV - Rei-Sol (2)

O REALISMO DA PINTURA DOS PAÍSES BAIXOS : VERMEER- A LEITEIRA E REMBRANDT- RETRATO DE HENDRICKJE STOFFELS BANHANDO-SE

Page 193: Luís XIV - Rei-Sol (2)

• A Pintura Barroca do século XVII foi muito variada e heterogénia; provando a variedade cultural, estética e social de cada região e as diversas formações e sensibilidades de cada artista.

• Temáticas da Pintura Barroca :• Religiosa• Profana/ Mitológica• Retrato• Paisagem• Cenas de género ( quotidiano )• Natureza -Morta

Page 194: Luís XIV - Rei-Sol (2)

TEMÁTICAS DA PINTURA BARROCA : RELIGIOSA, PROFANA/ MITOLÓGICA E RETRATO

Page 195: Luís XIV - Rei-Sol (2)

TEMÁTICAS DA PINTURA BARROCA: PAISAGEM, CENAS DE GÉNERO E NATUREZA-MORTA

Page 196: Luís XIV - Rei-Sol (2)

A composição da pintura barroca foi conseguida com :

a- representação do momento da acção, dando primazia ao acontecimento e à acção.

b- forma aberta, onde o espaço se define em movimentos de dentro para fora, grandes oblíquas, rectas ou curvas.

c- sobreposição de formas.

d- formas dinâmicas e sinuosas.

e- linha do horizonte abaixo do normal.

f- união plástica da luz-sombra e da cor.

g- luz rasante.e cor pura e cálida – quente-

h- cor pura e cálida.

Page 197: Luís XIV - Rei-Sol (2)

Foi em Itália que se iniciou a pintura barroca de cavalete, sendo o artista mais inovador Caravaggio. No entanto, é na Flandres que encontramos outro grande pintor barroco, Pieter Paul Rubens.Outros pintores flamengos de nomeada foram Jordaens e Van Dyck. Na Holanda merecem destaque os pintores William Heda e Jan de Heem , Vermeer, Van Ruisdael, Frans Hals e Rembrandt .Em Espanha destacam-se os pintores Diego Velázquez, Zurbarán e Murillo. Em França destacam-se Georges de la Tour e os clássicos Nicolas Poussin e Claude Lorrain

Page 198: Luís XIV - Rei-Sol (2)

MICHELANGELO MERISI, DITO CARAVAGGIO, A VOCAÇÃO DE S.MATEUS, 1599-1600- REPRESENTAÇÃO DO MOMENTO MAIS DRAMÁTICO DA ACÇÃO

Page 199: Luís XIV - Rei-Sol (2)

PIETER PAUL RUBENS- O RAPTO DAS FILHAS DE LEUCIPO- FORMA ABERTA COM MOVIMENTOS E IMPULSOS DE DENTRO PARA FORA

Page 200: Luís XIV - Rei-Sol (2)

CARAVAGGIO-O MARTÍRIO DE S.MATEUS- A SOBREPOSIÇÃO DE FORMAS NA PINTURA

BARROCA

Page 201: Luís XIV - Rei-Sol (2)

PIETER PAUL RUBENS- A DEPOSIÇÃO DA CRUZ

LINHA DO HORIZONTE BAIXA

SOBREPOSIÇÃO DE FORMAS

LUZ RASANTE

CONSTRASTES DE LUZ E DE COR

Page 202: Luís XIV - Rei-Sol (2)

NESTAS TRÊS OBRAS DE REMBRANDT PODEMOS CONSTATAR A UTILIZAÇÃO DE UMA COR PURA, CÁLIDA, PERSUASIVA, INCISIVA E FORTE; QUE CAPTA E SENSIBILIZA O ESPECTADOR ATRAVÉS DOS SENTIDOS

Page 203: Luís XIV - Rei-Sol (2)

• PARA SABER MAIS SOBRE A ARTE E PINTURA BARROCAS , RECOMENDO OS FILMES:

REMBRANDT JAN VERMEER CARAVAGGIO

Page 204: Luís XIV - Rei-Sol (2)

• MICHELANGELO MERISI, DITO CARAVAGGIO-1571-1610• Nascido perto de Milão, veio com 21 anos para Roma.

Boémio, agressivo e marginal, capta a atenção do cardeal Francesco del Monte, que se interessa pelo seu estilo revolucionário e original.

• Caravaggio cria uma intensidade dramática através da luz contrastante, de detalhes realistas, integrando o homem comum em cenas religiosas, criando uma igual espiritualidade quer em cenas religiosas, quer em cenas quotidianas.

• Após matar um homem , abandonou Roma, vindo a morrer de malária em 1610, em Porto Ercole.

• Influenciou enormemente os artistas posteriores- daí a expressão de caravagismo- referindo-se à inspiração no quotidiano e à luz violenta e contrastante, quase obscura- _ Tenebrismo- das suas composições.

Page 205: Luís XIV - Rei-Sol (2)

NO ANO DE 2010, CELEBRANDO OS 400 ANOS DA MORTE DE CARAVAGGIO, REALIZOU-SE EM ROMA A MAIOR EXPOSIÇÃO DESTE ARTISTA, QUE TEVE MILHARES DE VISITANTES. FOI SÓ EM 2010 QUE SE ENCONTROU O TÚMULO E OS RESTOS MORTAIS DO GENIAL PINTOR, NUMA PEQUENA IGREJA EM PORTO ERCOLE, PERTO DE ROMA.

Page 206: Luís XIV - Rei-Sol (2)

• PIETER PAUL RUBENS- 1577-1640• Foi um dos mais notáveis pintores da Contra-Reforma, grande

pintor do Barroco, com uma obra muito extensa.• Trabalhou para os Jesuítas, para os governadores flamengos

católicos e várias cortes europeias – Filipe IV de Espanha, Luís XIII de França, Carlos I de Inglaterra-

• Rubens desenvolveu uma pintura exuberante, colorida, alegre, sensual , acessível a todos os públicos, o que terá levado , quer a Igreja, quer os reis católicos a verem nele o intérprete ideal da sua ideologia triunfante e persuasiva.

• Foi muito influenciado pela pintura italiana- Ticiano e Caravaggio-• Realizou obras de diversas temáticas- alegorias, religião, cenas de

caça e de género, retratos.• Foi o 1º pintor a pintar para si próprio, pelo puro prazer de pintar.

Page 207: Luís XIV - Rei-Sol (2)

• DIEGO VELÁSQUEZ- 1599-1660• Influenciado pelo Naturalismo, Velásquez introduziu na

pintura de temática religiosa uma interpretação realista, como também abordou temas do quotidiano e ambientes populares.

• Em 1624 vem para Madrid, onde o seu genial talento o levou a ser pintor de corte.

• Foi influenciado por Ticiano, Rubens- originando uma paleta mais luminosa e colorida.

• As suas estadias em Itália fizeram-no contactar com a pintura de nú, com a representação das emoções através dos gestos e a assimilação da correcta construção do espaço pictórico.

Page 208: Luís XIV - Rei-Sol (2)

• REMBRANDT-1606-1669• Nasceu na Holanda protestante, onde a sociedade era

dominada por instituições civis e por uma rica e culta burguesia.

• A austeridade da Igreja Protestante e a proibição da decoração das igrejas favoreceu, na pintura holandesa do século XVII, a encomenda de pequenos quadros de retrato, paisagem, marinhas, vistas urbanas, naturezas-mortas e de cenas de interiores domésticos que decoravam as casas da rica burguesia.

• Rembrandt instalou-se em Amesterdão com 19 anos, onde obteve grande sucesso como retratista, apesar de receber encomendas de paisagens, cenas de género, cenas biblícas ou mitológicas.

Page 209: Luís XIV - Rei-Sol (2)

• Atraído pela luz de Caravaggio, a sua pintura reflecte sobre o ser humano, numa obra profundamente introspectiva.

• Desenvolveu um notável virtuosismo técnico na manipulação da luz, do claro-escuro e da cor em suaves tonalidades.

• Rembrandt constrói atmosferas densas e de profundidade psicológica.

• Prodigioso desenhador e gravador, Rembrandt terminou os seus dias falido e na miséria.

Page 210: Luís XIV - Rei-Sol (2)

• JAN VERMEER-1632-1675• Natural da cidade holandesa de Delft, este pintor contribuiu

para a Idade de Ouro da pintura holandesa.• Aparentemente simples, a maioria dos seus trabalhos

consistem em típicos interiores de casas holandesas, com figuras isoladas ocupadas em tarefas quotidianas.

• A tranquilidade e equilíbrio devem-se às qualidades plásticas da luz; uma luz misteriosa, natural e serena. É essa luz suave, quente e doce que dá o caracter intimista aos seus quadros, evocando bem-estar.

• A pintura de Vermeer traduz uma meditação sobre o mundo e as coisas, transportando para a tela uma visão poética da luz e das cores.

Page 211: Luís XIV - Rei-Sol (2)

O Barroco francês• À medida que a actividade artística foi ganhando prestígio social e

cultural, no reinado de Luís XIV fundaram-se as academias de arte: eram associações particulares de artistas e eruditos onde se praticava o desenho de modelo e se discutiam as questões artísticas.

• No âmbito da sua política absolutista sobre o Estado e a sociedade, Luís XIV pretendeu igualmente estabelecer normas para a arte e a arquitectura, de modo a fixar a mensagem que estas deviam reproduzir sobre o poder do rei.

• Assim , foi criada a Academia Real de Pintura e Escultura; aqui os valores do Classicismo predominaram e durante a direcção de Charles Le Brun adoptou-se um rigoroso currículo baseado no estudo das obras-primas da Antiguidade Clássica.

Page 212: Luís XIV - Rei-Sol (2)

• Mas a excessiva austeridade do ensino nesta academia motivou divergências, opondo os partidários do desenho aos da cor. Liderados por Nicolas Poussin, os conservadores privilegiavam o desenho por este se dirigir à razão e ser apenas acessível aos eruditos;

• Os mais liberais, influenciados por Rubens, davam preferência à cor, mais conforme à Natureza e dirigida aos sentidos.

Page 213: Luís XIV - Rei-Sol (2)

O BARROCO EM PORTUGAL• Surge tardiamente em Portugal• Grande desenvolvimento do Barroco no

reinado de D.João V – 1706-1750-

Page 214: Luís XIV - Rei-Sol (2)

• D.João V reinou na 1ª metade do século XVIII, numa conjuntura altamente favorável, do ponto de vista político, económico e cultural ;

Senhor de grandes recursos económicos, D.João V encetou uma importante política cultural , que o engrandeceu e prestigiou.

• Fontes da riqueza de D.João V :• O comércio do tabaco, do sal, do açúcar

brasileiro, do vinho e a descoberta de minas de ouro e pedras preciosas, de cujo comércio, D.João V cobrava uma quinta parte.

Page 215: Luís XIV - Rei-Sol (2)

D. JOÃO V E DONA MARIA ANA DE ÁUSTRIA. CASARAM EM LISBOA EM 1708, NUMA CERIMÓNIA MARCADA PELO LUXO, POMPA, ESPLENDOR E CERIMONIAL. NUNCA OS LISBOETAS TINHAM ASSISTIDO A UM CASAMENTO REAL TÃO RICO E MAGNÍFICO.

Page 216: Luís XIV - Rei-Sol (2)

A PRINCESA D.MARIA BÁRBARA E O REI D. JOSÉ, DOIS DOS SEIS FILHOS DE D. JOÃO V

Page 217: Luís XIV - Rei-Sol (2)

D.JOÃO V, DOMENICO SCARLATTI – GRANDE MÚSICO ITALIANO QUE TRABALHOU PARA D.JOÃO V E O FAMOSO COCHE DOS OCEANOS, UTILIZADO NUMA DAS SUMPTUOSAS EMBAIXADAS DE D. JOÃO V

Page 218: Luís XIV - Rei-Sol (2)

GASPAR FERREIRA , 1717-1728- BIBLIOTECA JOANINA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA

Page 219: Luís XIV - Rei-Sol (2)

A BELEZA E O LUXO DA BIBLIOTECA JOANINA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA

Page 220: Luís XIV - Rei-Sol (2)
Page 221: Luís XIV - Rei-Sol (2)
Page 222: Luís XIV - Rei-Sol (2)

A CAPELA DE S.JOÃO BATISTA NA IGREJA DE S.ROQUE

Page 223: Luís XIV - Rei-Sol (2)

TOCHEIRO MONUMENTAL, ROMA, 1749, PRATA E BRONZE DOURADOS

RELICÁRIO DE SÃO PRÓSPERO, CARLO GUARNIERI, 1744-1750, PRATA DOURADA

Page 224: Luís XIV - Rei-Sol (2)

IGREJA DE SANTO ANTÓNIO DOS PORTUGUESES EM ROMA, 1744

Page 225: Luís XIV - Rei-Sol (2)

IGREJA DO MENINO DE DEUS- 1711

Page 226: Luís XIV - Rei-Sol (2)

A igreja tem estilo conventual, barroco, tendo sido construída por altura do reinado de D. João V (1711). Foi projectada pelo arquitecto João Antunes.Foi concluída por João Frederico Ludovice. No local havia já um hospital denominado de Mantelatos da Ordem Terceira de São Francisco de Xabregas, que continha uma imagem milagrosa do Menino Jesus.O rei D. João V, ao ouvir os relatos dos milagres, resolveu erguer um templo, alguns meses antes do nascimento do seu primeiro filho.A igreja tem semelhanças com a Igreja de Santa Engrácia, situada no Campo de Santa Clara. Possui, no interior, uma capela-mor e oito capelas. Outros elementos incluem altares de talha dourada, pintura de tecto e duas estátuas. Possui também azulejos com temas religiosos.O pórtico apresenta colunas coríntias.

Page 227: Luís XIV - Rei-Sol (2)
Page 228: Luís XIV - Rei-Sol (2)

O Real Edifício de Mafra (século XVIII), símbolo da afirmação do poder centralizado de D. João V, envolve, além dopalácio, a basílica e o convento. Iniciou a construção em 1717, foi consagrado em 1730 e concluído em 1737, tal só foi possível graças ao empenho pessoal do rei e do seu arquitecto João Frederico Ludovice- Ludwig- e à contratação de milhares de trabalhadores e é possível identificar, nos elementos arquitectónicos, as seguintes influências:• os torreões cobertos por cúpulas bolbosas, que mostram traços da influência barroca alemã e austríaca;• o frontão triangular na fachada da basílica, de influência clássica;• a grande cúpula (zimbório) da basílica, que segue o modelo renascentista da Basílica de S. Pedro;• o edifício de três andares, segundo a matriz do palácio barroco;• os janelões com a presença de elementos das ordens clássicas – pilastras e frontões.

Page 229: Luís XIV - Rei-Sol (2)

ORGANIZAÇÃO DO PALÁCIO EM TRÊS ANDARES, INFLUENCIADO PELOS PALÁCIOS BARROCOS

Page 230: Luís XIV - Rei-Sol (2)

FRONTÃO TRIANGULAR E PILASTRAS

• os janelões com a presença de elementos das ordens clássicas – pilastras e frontões.

Page 231: Luís XIV - Rei-Sol (2)

os torreões cobertos por cúpulas bolbosas, que mostram traços da influência barroca alemã e austríaca;

Page 232: Luís XIV - Rei-Sol (2)

A CÚPULA DA BASÍLICA DE MAFRA É SEMELHANTE Á CÚPULA DE S.PEDRO,

NO VATICANO

Page 233: Luís XIV - Rei-Sol (2)
Page 234: Luís XIV - Rei-Sol (2)

A GALILÉ OU ENTRADA MONUMENTAL DA BASÍLICA DE MAFRA RICAMENTE DECORADAS COM ESTÁTUAS BARROCAS ITALIANAS

Page 235: Luís XIV - Rei-Sol (2)

Os Carrilhões- sinos- encomendados por D.JoãoV na Holanda , são considerados como os melhores do mundo. Tocam valsas e contradanças. Têm em conjunto 92 sinos e pesam cerca de 217 toneladas

Page 236: Luís XIV - Rei-Sol (2)

VISTA AÉREA DO CONVENTO DE MAFRA

Page 237: Luís XIV - Rei-Sol (2)

A BIBLIOTECA DO CONVENTO DE MAFRA

Page 238: Luís XIV - Rei-Sol (2)

PARA SABER MAIS SOBRE O REINADO DE D.JOÃO V E A CONSTRUÇÃO DO CONVENTO DE MAFRA RECOMENDO A LEITURA DO LIVRO DE JOSÉ SARAMAGO O MEMORIAL DO CONVENTO

Page 239: Luís XIV - Rei-Sol (2)

A ARTE DO BARROCO E DO ROCOCÓ EM PORTUGAL O Barroco português durou cerca de dois séculos, finais do século XVII e século XVIII, definindo-se primeiramente como um prolongamento de um Maneirismo tardio. Concretizou-se em igrejas rectangulares, de fachadas simples e regulares, com duas torres e simplicidade decorativa, com excepção do altar-mor. O século XVII viveu entre duas tendências : as dos edifícios de planta rectangular e simples e a das construções centradas e mais decoradas interiormente, que prenunciam já o Barroco Pleno.

Page 240: Luís XIV - Rei-Sol (2)

A partir do final do século XVII e especialmente no reinado de D.João V sentiu-se uma revitalização artística no país; o rei apoiou a construção de edifícios religiosos e civis, encomendou livros, tratados e desenhos e mesmo a decoração interior de capelas e convidou para trabalharem em Portugal artistas italianos, franceses e alemães. Assim o Barroco português foi uma mistura de elementos nacionais e de influências barrocas internacionais.

As características nacionais e regionais caracterizam-se pela decoração interior em talha dourada e pela sobriedade estrutural e pela discreta procura de movimento. A arquitectura religiosa joanina começa com a construção do Mosteiro- palácio-Igreja de Mafra de João Frederico Ludovice.

Page 241: Luís XIV - Rei-Sol (2)

O Barroco português também se desenvolveu no norte, com Nicolau Nasoni. Entretanto o Rococó , de influência alemã, faz a sua aparição em Portugal, entrando pelo norte, fixando-se em Braga, Minho e Douro. Quanto à arquitectura religiosa podemos dizer que existiram dois centros no norte- Porto e Braga e no sul Lisboa, Queluz e Alto Alentejo.

Na arquitectura civil destacam-se os palácios e os solares, de forma em U, com dois andares, envolvendo um pátio, com escadarias, jardins à italiana com fontes e uma delicada decoração.

Page 242: Luís XIV - Rei-Sol (2)

A ESCULTURA

A escultura barroca teve grande sucesso em Portugal, podendo até distinguir dois períodos : no século XVII, marcada pelas Guerras da Restauração e o século XVIII marcada pelo reinado de D.João V, com o Absolutismo e a chegada do ouro brasileiro.

No primeiro período foram marcantes as influências espanholas , enquanto que no segundo período predominaram as francesas e italianas através de encomendas e obras importadas. Os escultores realizaram duas tipologias : estatuária independente ou de vulto pleno e os baixos e altos-relevos decorativos integrados na talha dourada.

Page 243: Luís XIV - Rei-Sol (2)

No século XVII a estatuária independente caiu em decadência, restrigindo-se a encomendas de igrejas e conventos, a produção era quase artesanal e o programa iconográfico tornou-se homogénio e controlado pela ideologia da Contra-Reforma. As figuras eram realizadas em madeira e barro, com ingenuidade e expressividade. Foi preciso esperar pelas obras de Mafra para voltar a desenvolver-se a escultura de vulto pleno, associada à plástica barroca de influência berniniana, mais cara e erudita. Foi também com a escola de Mafra que se iniciou a escultura rococó em Portugal concretizada por escultores como Machado de Castro, autor da estátua equestre de D.José e de originais figurinhas de barro dos seus famosos presépios.

Page 244: Luís XIV - Rei-Sol (2)

A PINTURA A pintura barroca despontou tardiamente em Portugal, nos séculos XVII e XVIII, atingindo a plenitude no reinado de D.João V. Teve inicialmente influências espanholas e mais tarde italianas, na representação naturalista da luz e da sombra à maneira de Caravaggio. Foi uma pintura de grande variedade temática : temas religiosos, retrato régio ou de nobres e naturezas-mortas. Estas duas temáticas tiveram grande incremento por via da preferência coleccionista dos nobres. A pintura Rococó não teve a importância da pintura joanina, mas foi uma arte que preparou as novas gerações, distribuiu-se pelas três temáticas e tipologias do Barroco, com particular destaque para a pintura de retábulos, de tectos e de retratos. Reflectiu algumas influências do Barroco e alguns modelos do Rococó francês.

Page 245: Luís XIV - Rei-Sol (2)

ESCULTURA E PINTURA BARROCA EM PORTUGAL

• A escultura barroca só se afirmou plenamente no século XVIII, devido ao impulso do estaleiro de Mafra, já que no século XVII a produção se limitou a obras religiosas influenciadas pela Contra-Reforma.

• Foi na escola de Mafra que emergiu Machado de Castro, a figura mais destacada da escultura portuguesa.

• Mas seria na talha dourada, associada ao azulejo, que a plástica barroca atingiria o seu expoente máximo : aplicado em retábulos, altares, coros e tectos, a talha forrou de ouro as igrejas.

Page 246: Luís XIV - Rei-Sol (2)

• A talha teve três fases de desenvolvimento: • O Estilo Nacional, de carácter plástico e

escultórico;• O estilo Joanino , com exuberante decoração

de gosto italianizante;• O Período Rococó, caracterizado pela

introdução da decoração e temática rocaille.

Page 247: Luís XIV - Rei-Sol (2)

IGREJA DE S.LOURENÇO DE ALMANSIL, ALGARVE

Page 248: Luís XIV - Rei-Sol (2)

IGREJA DE S.LOURENÇO DE ALMANSIL, ALGARVE

Page 249: Luís XIV - Rei-Sol (2)

IGREJA DE S.BENTO DA VITÓRIA

Page 250: Luís XIV - Rei-Sol (2)

IGREJA DA MADRE DE DEUS , LISBOA

Page 251: Luís XIV - Rei-Sol (2)

IGREJA DE SANTO ANTÓNIO, LAGOS, ALGARVE

Page 252: Luís XIV - Rei-Sol (2)

IGREJA DE S.FRANCISCO NO PORTO- O ESPLENDOR E A RIQUEZA DA TALHA DOURADA

Page 253: Luís XIV - Rei-Sol (2)

COLUNAS SALOMÓNICAS DECORADAS COM UVAS E VIDEIRAS

ÁRVORE DE JESSÉ

Page 254: Luís XIV - Rei-Sol (2)

MOSTEIRO DE JESUS EM AVEIRO- DESTACA-SE A ICONOGRAFIA DE CRISTO NA CRUZ

Page 255: Luís XIV - Rei-Sol (2)

ORGÃOS DA SÉ DE BRAGA

ORGÃOS BARROCOS DA SÉ DE BRAGA

Page 256: Luís XIV - Rei-Sol (2)

COMO SE FAZIA A TALHA DOURADA ?

Page 257: Luís XIV - Rei-Sol (2)

O AZULEJO

OS AZULEJOS HOLANDESES DE CROMATISMO AZUL E BRANCO INFLUENCIARAM FORTEMENTE A PRODUÇÃO DE AZULEJOS EM PORTUGAL.

Page 258: Luís XIV - Rei-Sol (2)

AZULEJOS E CERÂMICAS HOLANDESAS DOS SÉCULOS XVII E

XVIII

Page 259: Luís XIV - Rei-Sol (2)

O AZULEJO EM PORTUGAL

O azulejo contribuiu para a riqueza e a exuberância da decoração barroca e rococó;• predominância do azul e do branco, por influência holandesa;• aplicação do azulejo no revestimento de grandes paredes, quer no exterior (jardins palacianos), quer no interior dosedifícios religiosos e civis (altares, salas, escadarias);• utilização do azulejo na forma narrativa (histórias ou cenas contadas em perspectiva);• temática religiosa (cenas bíblicas, vidas de Cristo, da Virgem e dos Santos) e profana (cenas mitológicas, doquotidiano, da vida da corte).

Page 260: Luís XIV - Rei-Sol (2)

PALÁCIO DA MITRA, SANTO ANTÃO DO TOJAL

Page 261: Luís XIV - Rei-Sol (2)

PALÁCIO DO CORREIO-MOR, LOURES

Page 262: Luís XIV - Rei-Sol (2)

AZULEJOS DO SÉCULO XVIII DO PALÁCIO PIMENTA EM LISBOAO DETALHE DELICIOSO DA FIGURA DE CONVITE

Page 263: Luís XIV - Rei-Sol (2)
Page 264: Luís XIV - Rei-Sol (2)
Page 265: Luís XIV - Rei-Sol (2)
Page 266: Luís XIV - Rei-Sol (2)

AZULEJO PORTUGUÊS DO SÉCULO XVIII- TEMÁTICA RELIGIOSA- A FUGA PARA O EGIPTO

Page 267: Luís XIV - Rei-Sol (2)
Page 268: Luís XIV - Rei-Sol (2)

O PALÁCIO DO MARQUÊS DE POMBAL - OEIRAS

Page 269: Luís XIV - Rei-Sol (2)
Page 270: Luís XIV - Rei-Sol (2)

Oficina de Bartolomeu Antunes (?), Lisboa: pormenor de painel com cena galante,enquadrada por pilastra e anjinho atlante, c. 1725-1735. Antiga casa nobre, Rua de S. Paulo, Lisboa,

Page 271: Luís XIV - Rei-Sol (2)

O BARROCO NO BRASIL- ACULTURAÇÃO E MISCIGENAÇÃO

• Após a descoberta do Brasil em 1500 por Pedro Álvares Cabral, iniciou-se a exploração do litoral e décadas depois, a colonização.

• O reduzido número de habitantes para um território tão vasto, fez com que os portugueses povoassem o Brasil com escravos negros da costa africana.

• Este facto originou no Brasil uma grande mistura racial : europeus, africanos e índios.

• Tendo um importante papel neste processo, as ordens religiosas- Jesuítas, Franciscanos, Beneditinos e Carmelitas- desenvolveram a evangelização dos índigenas, correspondendo com a maior iniciativa de edificação, nos séculos XVI e XVII.

Page 272: Luís XIV - Rei-Sol (2)

• Beneficiando de um período de paz e prosperidade económica baseada no ouro de Minas Gerais, o século XVIII assiste ao apogeu artístico e cultural do Brasil.

• A expulsão dos Jesuítas, em 1759, trás novidades à arte religiosa, a cargo de associações leigas, quer a nível da encomenda, quer na produção, onde predominam mestiços nascidos no Brasil.

• Estes artistas, mais independentes, assimilaram melhor as novas tendências artísticas.

Page 273: Luís XIV - Rei-Sol (2)

• Realizam belas igrejas com volumes mais dinâmicos e de exuberância decorativa dos interiores em talha, justificando a expressão de “ igrejas forradas a ouro “.

• Pertencem já ao Rococó, no final do século XVIII, as manifestações mais originais da arte colonial brasileira, onde se salienta o génio do escultor, arquitecto e ornamentista, António Francisco Lisboa- 1738-1814- , o Aleijadinho, o principal artista colonial brasileiro.