lugar ao sol (n.º 3)

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CAMINHOS Barbatanas, óculos e garrafa de oxigénio numa viagem ao fundo do mar com a Subnauta. TêTE-à-TêTE Elsa Pereira numa entrevista sobre estações náuticas. O Espírito do Sol circula desde Maio no Algarve e já tem a fama de ser o primeiro do país a fazer passeios turísticos totalmente ecológicos. Vamos a bordo da história do barco que ajuda o planeta a ficar mais limpo. REPORTAGEM 2009 | NOVEMBRO N.°3 :: REVISTA DO TURISMO DO ALGARVE

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O Espírito do Sol circula desde Maio no Algarve e já tem a fama de ser o primeiro do país a fazer passeios turísticos totalmente ecológicos. Vamos a bordo da história do barco que ajuda o planeta a ficar mais limpo. TêTe-à-TêTe Elsa Pereira numa entrevista sobre estações náuticas. Barbatanas, óculos e garrafa de oxigénio numa viagem ao fundo do mar com a Subnauta. 2009 | noVemBRo n.°3 :: ReVisTa do TuRismo do algaRVe

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Page 1: Lugar ao Sol (n.º 3)

CaminhosBarbatanas, óculos e garrafa de oxigénio numa viagem ao fundo do mar com a Subnauta.

TêTe-à-TêTeElsa Pereira numa entrevista sobre estações náuticas.

O Espírito do Sol circula desde Maio no Algarve e já tem a fama de ser o primeiro do país a fazer passeios turísticos totalmente ecológicos. Vamos a bordo da história do barco que ajuda o planeta a ficar mais limpo.

RepoRTagem

2009 | n o V e m B R o n . °3 : : R e V i s Ta d o T u R i s m o d o a lg a R V e

Page 2: Lugar ao Sol (n.º 3)

editorial

Com 200 quilómetros de costa, a generosidade do Atlântico rico em fauna e flora marítimas, uma topografia oceânica invulgar, inúmeros portos de recreio, marinas com infra- -estruturas de ponta e empresas e organizações especializadas em desportos náuticos, o Algarve reúne as condições ideais para dar um passo em frente.

a renovação dos critérios de desenvolvimento e de promoção do Turismo Náutico é uma questão de estratégia de posicionamento nos mercados do norte da europa, que buscam destinos com as características do nosso.

para que tal objectivo se concretize, o Turismo do algarve propôs-se liderar um projecto conjunto para a estruturação da oferta, ao nível dos serviços e das infra-estruturas relacionadas com os desportos náuticos, baseado na criação de estações náuticas que congreguem num só espaço todo o tipo de actividades possíveis – da vela ao kite-surf, passando pela canoagem, o mergulho, o body-board ou o surf.

Foram igualmente convidados a participar neste projecto os municípios costeiros e a universidade do algarve que, na pessoa de elsa pereira, têm fornecido as linhas de actuação com base na investigação e nos estudos efectuados sobre este subproduto, com especial evidência para a dinâmica de mercado em matéria de comercialização do produto através de centrais de reservas dirigidas sob a orientação de uma estratégia de mercado de interesse comum.

as estações náuticas são noutros países do sul da europa um importante motor de desenvolvimento, de promoção e de fomento da prática desportiva. um exemplo que o algarve quer seguir com igual sucesso.

«Renovar o Turismo náutico é uma questão de estratégia para nos posicionarmos nos mercados do norte da europa»

Turismo Náutico no Algarve:

organizar para renovar

agora era eu Agora somos, estamos e fazemos o que queremos no limite do impossível. É o que propõe a criação colectiva do Chapitô neste espectáculo de teatro visual e musical para todos: dos mais aos menos novos. «Agora era eu» sobe ao palco do Auditório Municipal de Olhão no dia 1 de Dezembro, às 16h00, numa encenação de Rui Rebelo.

Tempo O TEMPO faz um ano. Entre 7 e 12 de Dezembro, a arte é imensa no Teatro Municipal de Portimão. O novo circo e a fotografia abrem a festa que segue com música, teatro infantil e dança também no espaço público envolvente. Mais em www.teatromunicipaldeportimao.pt.

Feira da serra de loulé Os hábitos do interior algarvio mostram-se no artesanato, nos produtos agro-alimentares e nos petiscos em Loulé. A Feira da Serra regressa ao Pavilhão do NERA – ExpoAlgarve e este ano com o «Ciclo do Pão» em exposição. Cem participantes da arte da cerâmica, cestaria, empreita, bordados e doçaria vão encher de tradição os visitantes, entre os dias 11 e 13 de Dezembro.

nuno aiRes pResidenTe do TuRismo do algaRVe

em p

ersp

ectiv

a

03 editorialTURISMO NÁUTICO NO ALGARVE:

ORGANIZAR PARA RENOVAR

em perspectivaEVENTOS NA REGIãO

04 tête-à-têteCOM ELSA PEREIRA. A INVESTIGAdORA fALA dAS

ESTAçõES NÁUTICAS E dO ALGARVE dO MAR

06 portefólioO ALGARVE NA LENTE dE SANdRA SANTOS

07 ouvindo...ANTóNIO TEIxEIRA, dO ICNB

08 reportagemO ESPíRITO dO SOL ESTÁ NO ALGARVE. VIAjÁMOS

A BORdO dO PRIMEIRO BARCO SOLAR dO PAíS

10 cá se fazemPOR RICARdO dINIZ

11 caminhosHÁ VESTíGIOS dE NAVIOS E GRANdE

BIOdIVERSIdAdE NO fUNdO dO MAR. MAS fALTA

UM MUSEU, qUE A SUBNAUTA qUER CRIAR

12 radarESTATíSTICAS dO TURISMO ALGARVIO

14 aconteceO qUE SE fAZ NO TURISMO dO ALGARVE

15 trade em notícia diz que disse CITAçõES

ficha

cnic

a

ProPriedade enTidade Regional de TuRismo do algaRVe

Sede aVenida 5 de ouTuBRo, 18-20, 8000-076 FaRo

TelefoneS 289 800 423 / 498 / 438 / 458

fax 289 800 421

SíTio www.TuRismodoalgaRVe.pT

correio elecTrónico [email protected]

direcTor adjunTo nuno aiRes

SubdirecTor assis Coelho

ediTora paTRíCia oliVeiRa

colaboração gaBineTe de ComuniCação e Relações púBliCas, diVisão de esTudos e pRojeCTos, diVisão de maRkeTing (eRTa)

foTografiaaRquiVo eRTa, luís da CRuz (pág. 5), RiCaRdo diniz (pág. 10), Filomena sá pinTo (pág. 11), gRupo hn (pág. 15), dCB design

concePção gráfica e Paginação dCB design

imPreSSão gRáFiCa ComeRCial

Tiragem do número 3 1500 exemplaRes

diSTribuição gRaTuiTa

dePóSiTo legal278349/08

para publicidade contactar: entidade Regional de Turismo do algarveTel: 289 800 490/448e-mail: [email protected]; [email protected].

índice

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Elsa Pereira

É mestra em Gestão do desporto pela faculdade de Motricidade Humana da Universidade Técnica de Lisboa e directora da licenciatura em desporto da Universidade do Algarve. Elsa Pereira propõe mudar a nossa forma de pensar as estações náuticas – aqueles destinos de costa que devem abrir-se à lógica comercial do mar e aos apetites desportivos dos jovens e crianças. E fala sobre o Algarve dando corda ao tempo, porque é «fundamental agir depressa».

que conceito de estação náutica serve ao Algarve? Será semelhante ao do modelo espanhol?

o conceito de estação náutica para o algarve deve ser contextualizado nas características do território. no entanto, penso que tanto o modelo espanhol como o francês apresentam linhas de acção que devem ser analisadas de forma a contribuírem para o enriquecimento do modelo a definir. o modelo espanhol apresenta uma lógica com um enfoque mais comercial que me parece pertinente numa região turística como o algarve. mas no modelo francês denota-se uma lógica fortemente marcada pela promoção e desenvolvimento dos desportos náuticos junto das crianças e jovens, o que a médio/longo prazo se torna mais sustentável a vários níveis. por exemplo, no gosto e nos hábitos de prática desportiva

que aumentam o número de consumidores adultos e nos recursos humanos com experiência, motivados para se tornarem futuros profissionais qualificados.

quantas estações náuticas comporta a região?

Considero que o algarve poderá comportar quatro. os pressupostos em que me baseio são o potencial natural ao nível dos planos de água, o potencial urbano-turístico, a possibilidade da navegabilidade sequencial em diferentes suportes flutuantes ao longo de toda a costa algarvia, os constrangimentos no âmbito do ordenamento do território e da gestão dos recursos hídricos e as distâncias mínimas aconselháveis entre estações náuticas definidas nos modelos já existentes. este conceito é identificativo de um espaço desportivo-turístico com enfoque na oferta de serviços náuticos, permitindo uma ampla e diversificada existência de bases náuticas num espaço territorial alargado.

A oferta deve ser organizada de acordo com as características das áreas territoriais de implementação das estações?

para a organização da oferta deve-se proceder a uma análise dinâmica do território. na minha opinião, o que caracteriza uma

estação náutica é uma oferta diversificada e o algarve, pelas suas características de plano de água e meteorológicas, permite a prática da maioria dos desportos náuticos na quase globalidade do seu território. de facto, existem zonas onde determinada modalidade pode ganhar mais expressão, por exemplo a zona de sagres com a oferta do surf. mas se falarmos do eixo lagos-portimão-silves ou da Ria Formosa, esta diferenciação parece-me um pouco forçada, pois são zonas favoráveis (ou com potenciais equivalentes) à prática de vários desportos náuticos. a zona de Vila Real de santo antónio-alcoutim-Castro marim poderá apresentar maior apetência para a canoagem, mas a vela e o kitesurf terão com certeza uma expressão relevante.

Como podemos adaptar a oferta que já existe a um novo conceito náutico?

para integrar este conceito ao nível do algarve é fundamental que exista uma visão estratégica partilhada, em que os serviços desportivos náuticos sejam identificados como um factor de desenvolvimento regional e façam parte integrante do desenvolvimento do cluster do mar. É necessário colocar este tema na agenda e só através de lideranças inovadoras, pró-

-activas e com competência para a definição de modelos integrados de desenvolvimento e gestão do território será possível avançar para planos de acção que alavanquem a região como um destino náutico. alerto para uma questão que me parece relevante e que se prende com o facto de ser fundamental agir em tempo útil.

Precisamos de criar mais portos e marinas ou de ajustar as infra-estruturas que temos para garantir um melhor aproveitamento turístico?

existem estudos que demonstram a necessidade de criação de mais portos e marinas, mas para o desenvolvimento de estações náuticas será necessário criar e adaptar infra-estruturas específicas.

A falta de legislação (ou a sua inadequação) tem dificultado o desenvolvimento do produto?

penso que esse aspecto não é o obstáculo principal para a criação do produto «estação náutica». apesar de a legislação não ser facilitadora, existe dinâmica no tecido empresarial de algumas zonas do algarve.

do que precisa o Algarve para se assumir como destino náutico?

precisa de estabelecer uma rede de compromissos entre actores públicos e privados.

O que são «as estações náuticas podem definir-se como o destino turístico de costa ou interior no qual se pode realizar todo o tipo de actividades aquáticas com o serviço de alojamento incluído e actividades complementares. as estações náuticas incluem portos desportivos, marinas, empresas especializadas, alojamento e serviços complementares.»

«o algarve permite praticar a maioria dos desportos náuticos»

precisa de elaborar diagnósticos subterritoriais, definir prioridades de acção, criar espaços náutico- -desportivos qualificados, formar recursos humanos de qualidade, desenvolver serviços náuticos associados aos culturais, ambientais, gastronómicos e concertados nos pacotes turísticos. e precisa ainda de desenvolver uma oferta de qualidade e volume com significado para promover a região com uma imagem e notoriedade associadas à náutica atraindo turistas, operadores, agentes turísticos e eventos desportivos náuticos de elevado nível.

Três milhões número de viagens internacionais por ano na europa com motivação no Turismo náutico

Sete milhõesa procura secundária de náutica de recreio é estimada em 7 milhões de viagens por ano

1,15%o Turismo náutico representa 1,15% do total das viagens de lazer realizadas pelos europeus

Alemanha e Escandináviaprincipais mercados emissores de Turismo náutico na europa

In «10 produtos estratégicos para o desenvolvimento do Turismo de portugal – Turismo náutico», Turismo de portugal, 2006

«o algarve pode comportar quatro estações náuticas»

04 : : TêTe- à-TêTe TêTe- à-TêTe : : 05

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Portugal é um país de turismo, situado à beira-mar. É também uma nação antiga, com um passado marítimo ilustre que nos garante lugar destacado na história global da humanidade.

ao longo dos séculos, o litoral português foi visitado sucessivamente por vários povos com origens geográficas diversas. alguns deslocavam-se por mar e traziam consigo embarcações de características distintas, fruto dos seus hábitos e da sua cultura.

do cruzamento dessas múltiplas influências, e do esforço continuado de adaptação às condições locais, resultou um património marítimo riquíssimo, que faz parte do nosso legado cultural. Bem representado na etnografia das comunidades piscatórias, e nas técnicas tradicionais de construção naval, este património não interessa apenas aos estudiosos da história e da arqueologia. nos dias de hoje, constitui um importante recurso turístico.

Conservar e utilizar as nossas embarcações tradicionais, recuperá--las quando se justifique, representa um investimento a prazo na qualidade e na diversificação da nossa oferta turística. Trata-se de manter vivo todo um património que pode ser utilizado por aqueles que gostam das coisas do mar, cidadãos nacionais ou visitantes em busca de novas sensações e de experiências de vida diferentes. para muitos (clientes das empresas

marítimo-turísticas que operam estas embarcações com história), navegar nelas pode ser a melhor parte da sua experiência turística.

Manter viva a história de família

para completar o ambiente, há que preservar na medida do possível o conhecimento e as técnicas dos artífices que as construíram e dos marítimos que as utilizavam na sua faina. Trata-se de manter viva toda uma história de família.

utopia, dirão alguns. não creio. Reparem no merecido êxito das recriações históricas com fins de animação turística. atentem na proliferação das feiras medievais. será que um país conhecido em todo o mundo precisamente pela sua ligação histórica ao mar não tem mais para oferecer no mercado turístico de hoje, valorizando a cultura marítima das suas gentes e os saberes tradicionais?

depois do construído, o natural

até aqui falámos apenas de património marinho construído pelo homem. mas há que ter em conta também o riquíssimo património natural do nosso país.

nos açores, na madeira, no algarve, o mar português é abundante em espécies e diversificado nos seus tipos de habitat naturais. Contudo, não basta confiar na riqueza dos factores biológicos: é preciso gerir e preservar este importante recurso turístico.

o esgotamento sistemático dos pesqueiros, além de comprometer a futura actividade dos pescadores, é fatal para o desenvolvimento das actividades turísticas de mergulho e de observação do meio subaquático. por outro lado, o asseio é fundamental. Todos sabemos que o lixo e a desordem são incompatíveis com turismo de qualidade.

Património fora de água

Fora de água, o litoral português tem igualmente muito património natural para divulgar em termos turísticos. existem falésias, grutas e outras formações geológicas de uma beleza imponente que só conseguimos apreciar na sua plenitude quando observadas pelo lado do mar. há também jogos de luz e sombra, os tons azuis e verdes, a transparência das águas do mar. surgem assim boas oportunidades de trabalho para os marítimos locais e para as suas embarcações na actividade marítimo-turística.

Temos por fim a observação de golfinhos e das aves marinhas, bem como o espectáculo das migrações que em determinadas épocas do ano enchem de vida os nossos estuários.

O turismo ligado ao mar é um produto de futuro mas que se constrói no presente, todos os dias, exigindo conhecimento, amor e perseverança. Para defendermos o nosso património marinho é preciso compreendê-lo, saber dar-lhe valor e ter a coragem de não o degradar.

Turismo à beira-mar

António M. Teixeira

insTiTuTo da ConseRVação da naTuReza e da BiodiVeRsidade

«entre formas e cores, procuram-se osmoses da natureza do sul com os corpos veraneantes... este encontro aconteceu na praia do Beliche, em sagres.»

sandRa sousa sanTos [email protected]

06 : : poRTeFólio ouVindo... : : 07

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espírito do sol É um barco calado, hidrodinâmico e não navega à bolina nem com motor de combustão, mas com a ajuda do sol. o espírito do sol circula desde maio no algarve e já tem a fama de ser o primeiro do país a fazer passeios turísticos totalmente ecológicos. Vamos a bordo da história da embarcação que ajuda o planeta a ficar mais limpo.

Corria o dia internacional do sol (3 de maio) e a Ria Formosa abria pela primeira vez os seus canais ao barco ecológico espírito do sol, movido a energia solar. a explicação do nome é de fácil adivinhação: a travessia da água é feita com a ajuda do grande astro luminoso e com a mais alta tecnologia em propulsão eléctrica. os tradicionais motores de combustão são assim dispensados dos passeios operados pela sunquays, empresa gerida por marisa garcia. para a bióloga marinha, esta foi a oportunidade de aliar a sua formação ao turismo sustentável e de «compatibilizar o sector com a protecção e a valorização ambiental», explica. É uma ideia verde que se enquadra no compromisso da organização das nações unidas de suster a perda de biodiversidade até 2010, através de um conceito que apela

ao seu reconhecimento público pelos cidadãos e pelo sistema económico e empresarial.

para fazer a diferença foi preciso inovar. a sunquays pensou e a s. Construção naval criou – do esforço conjunto surgiu a primeira embarcação solar de portugal para exploração turística e com preocupações ambientais. desenvolvido para alcançar os canais do sistema lagunar da Ria Formosa, o espírito do sol desliza sem vibrações graças aos seus dois motores eléctricos de baixa potência e quase não provoca ondulação, aspecto importante para as espécies que ocupam aquele habitat natural e que com alguma timidez se exibem para turista ver.

aves a «5 nós» a visita começa a uma velocidade cruzeiro entre 3 e 5 nós e pode

atingir no máximo 9 nós. os binóculos são os olhos auxiliares para longas distâncias e são distribuídos logo no início do percurso. abrem-se os ouvidos – agora mais atentos – às explicações que são dadas para não escapar nenhuma ave ou nenhum pormenor a quem está menos treinado na observação aquática. para surpresa de quem viaja, a primeira a aparecer é a garça-real. surge pequena, espetada, indiferente à presença de quem passa. pouco depois, o maçarico-galego. Tem uma coroa preta no cimo da cabeça e um bico curvo e pequeno, que o distingue do maçarico-real. esta ave limícola é substituída de repente no ângulo de visão por uma andorinha--do-mar-anã que tenta a sorte piscatória, para capturar alimento.

a gaivota-do-mediterrâneo, a tarambola-dourada, o maçarico-de--bico direito e as cegonhas em voos

baixos também fazem parte da visita e enchem a vista dos apreciadores. a gaivota-argêntea recebeu o nome pelo aspecto platinado que tem, a rola-do-mar parece ter babete e sapatos cor-de-laranja, o ostraceiro tem traje fino – preto e branco – e patas laranja. estas informações da bióloga avivam o olho que começa a reconhecer as espécies mais comuns da Ria. e depois, claro, há aquelas que não se mostram completas e que estão concentradas na sua faina diária, como as aves das quais só vemos metade por terem o bico longo enterrado no lodo. ou aquelas que são tão minúsculas que se confundem no solo lodoso devido à cor e ao seu tamanho. ou ainda as que nidificam nas dunas e salinas da Ria Formosa e que estão em declínio na europa, caso da andorinha- -do-mar-anã. ela concentra 40 por cento do seu total efectivo nacional neste complexo ecossistema com estatuto de protecção integrada na Rede natura 2000.

num percurso com cerca de duas horas, há outras origens de interesse nas margens. Com a maré vazia, uma planta de sapal inferior permite ver a linha imaginária da água até ao ponto que esta alcança quando cheia. há salinas ao fundo, marisqueiros de cabeça para baixo entretidos na apanha de bivalves e pequenas casas de apoio à actividade da pesca. há a paisagem viva e no meio manchas de «lodo branco», efeito provocado no solo por centenas de conchas ali naturalmente depositadas e esquecidas. e há também a conhecida «Barrinha», abertura de ligação com o oceano atlântico na qual se faz uma

interrupção para mergulhar no Verão ou para apenas descansar e sentir nos pés a areia fria do inverno.

Barco de babel

as viagens ao longo do curso de água têm uma duração variável de uma hora ou de um dia inteiro. desde o passeio tranquilo, à celebração de um aniversário, a despedidas de solteiros, ao namoro de lua-de-mel ou a uma saída ao pôr-do-sol – o programa é livre a bordo desta embarcação que em seis meses já transportou quase 400 pessoas. portugueses, espanhóis, holandeses, franceses, alemães, irlandeses, escoceses, canadianos, australianos, ingleses, venezuelanos e norte-americanos: todas estas vozes passaram pelo barco de babel que quer desenvolver o turismo de natureza no algarve.

para isso conta com uma relação estreita com o parque natural da Ria Formosa (pnRF). «O parque e a sua política de conservação da natureza e da biodiversidade traduziram-se para nós numa oportunidade de promoção de actividades de recreio e lazer que mantêm os atributos desta área e que são uma via alternativa de desenvolvimento local sustentável», explica marisa garcia.

Com traço próprio e identidade formada, a sunquays já conseguiu a graça do pnRF. espera agora alargá-la

informaçõesO quêpasseios no barco espírito do sol, movido a energia solar

OndeRia Formosa (partidas de Faro e olhão)

quandodurante todo o ano

Capacidadedoze passageiros

ContactosT. 910 801 [email protected]

Ver galeria de fotografias em www.turismodoalgarve.pt

ao público através do pioneirismo e tem para breve novidades que anunciam a sua expansão. mas para já fica a notícia global de que a economia sustentável começa a fazer eco no algarve. gerar riqueza sem destruir o meio ambiente, e sem emitir gases com efeito de estufa para a atmosfera, é visão futurista. e verde. para mais quando a ela se alia a aposta na observação de aves, um nicho do turismo de natureza que levanta voo no destino. os ornitólogos agradecem. e o planeta também.

08 : : RepoRTagem RepoRTagem : : 09

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antes da exploração espacial em versão turística, devemos descobrir a profundeza do oceano e os mistérios da vida marinha. o mesmo é dizer que antes de querermos pisar a lua temos de conquistar o mar, que está mais perto e é «extraordinário», esclarece luís sá Couto. o administrador do centro de mergulho subnauta, em portimão, quer atrair exploradores subaquáticos para o algarve e desenvolver este mercado que gera entre 2,8 e 4,3 milhões de euros por ano no mundo, estima a organização mundial do Turismo. «O objectivo não é trazer craques, mas pessoas que queiram desfrutar de experiências diferentes na região», explica sá Couto.

a subnauta surgiu em 2008 com uma missão simples: reduzir o acto de mergulho ao acto de mergulho, libertando os clientes de todas as preocupações inerentes à modalidade, como a preparação e a deslocação do equipamento. neste centro fazem-se saídas de meio dia (com duas imersões em locais diferentes), saídas semanais liveaboard (três noites a bordo de um multi-casco com pensão completa e o mínimo de oito imersões na costa algarvia), jogos subaquáticos para crianças (flutuar sem peso como um astronauta é um deles) e baptismos (cursos de seis dias para introduzir o leigo na prática do mergulho). de 45 a 500 euros, é possível entrar neste mundo fantástico dos mares, guardados pelo deus mitológico posídon e

Contactos Rua engenheiro josé Bivar edifício scorpiuspraia da Rocha – 8500-806 portimão [email protected]. 93 557 7000

pela sua escolta de peixes e de vida.

do océan à baixa dos tubarõesCom uma visibilidade a 50 metros de profundidade, a costa algarvia guarda muitas atracções para quem nela se aventurar. o ócean – imponente navio francês do século xViii afundado pelos ingleses durante a guerra dos sete anos – deixou vestígios e agora são pólo turístico. os restos do seu esqueleto de madeira, depositado há 250 anos no fundo do oceano, movem as atenções dos turistas do escafandro, na sua maioria portugueses e do norte da europa. a baixa dos tubarões é um percurso em formação e, como o nome indica, servirá para apreciar de perto este peixe de grande porte.

a biodiversidade marinha é imensa. lesmas, esponjas, moreias, chocos, polvos, crustáceos e algas são algumas espécies que enchem a vista, escondida atrás dos óculos, dos turistas que devem ter curso ou certificação para mergulhar. à noite também podem submergir, com a ajuda da luz da lanterna que volta a «pôr em brilho as cores da vida que há de dia e dorme à noite e da noite que traz outro mundo

à conquista do fundo do marsubnauta. a palavra foi criada para expressar uma navegação sem veículo debaixo de água. Fala de uma viagem de corpo no mar, com barbatanas, óculos e garrafa de oxigénio. e fala também do centro de mergulho que quer afundar navios para abrir um museu no algarve.

um oceano de oportunidades

«poucos tratam o mar português por tu»em 1996, após o primeiro ano de universidade, vim à vela para portugal. Foi a minha primeira «grande» viagem e teve um significado muito especial para mim. Rapidamente percebi que a restante tripulação pouco ou nada sabia do «meu» portugal. já não era a primeira vez que sentia isso. Tendo passado mais de metade da minha vida a viver em inglaterra, eua e Caraíbas, habituei-me a uma maioria que acha que portugal fica algures na américa latina. mas há um factor diferenciador que todos conhecem, sem excepção. Trata-se da nossa herança maior, da nossa bênção de deus e da natureza. poucos o tratam por tu – o mar português.

o algarve tem sido pioneiro na sua relação com o mar, cedo investindo em formas de o comunicar e rentabilizar. o mar é uma tela harmoniosa mas complexa, um palco com diferentes protagonistas. o equilíbrio entre todos os stake-holders é um desafio constante e requer sensibilidade e rigor. uma eficaz política marítima europeia começa com importantes gestos locais sustentáveis, visionários até.

de portugal espera-se a liderança, o profissionalismo e a coragem de outrora. em anos recentes tenho assistido a momentos importantes, dirigidos por homens e mulheres que nem sempre

Ricardo DinizemBaixadoR euRopeu dos oCeanos

compreendem as ligações entre os vários elementos, mas sentem que é por ali que têm de seguir.

Recordo, por exemplo, o convite à equipa dos veleiros aBn amRo para vir treinar no algarve. o lançamento do seu primeiro veleiro foi em portimão. enquanto assistia ao quebrar da garrafa de champanhe na proa do impressionante veleiro, sabia que aquele simples gesto acabara de colocar portimão e o algarve num palco ainda mais vasto, possivelmente o maior de todos – o dos oceanos. aquele momento foi visto na web por milhões de pessoas! a aposta superou-se a si mesma, muito em especial quando essa mesma equipa ganhou a Volvo ocean Race, a mais importante regata tripulada de volta ao mundo.

o algarve é hoje palco de uma série de eventos desportivos de topo, fruto de muito trabalho, investimento e visão. Com óptimas infra-estruturas, nomeadamente marinas ao mais alto nível, o algarve tem sabido receber e entreter. Foi com grande orgulho que vi portimão e o algarve viabilizarem – e darem vida – à primeira regata de volta ao mundo à vela a começar e a acabar em portugal.

a primeira edição foi uma boa experiência para um novo conceito, um novo tipo de veleiro. agora estamos a preparar a segunda edição, que será maior e melhor. Como presidente e co-fundador da portugal ocean Race acredito que o destino

para fora», explica sá Couto.

afundar naviosuma fragata, uma corveta, um navio de patrulha oceânico e um navio hidrográfico. quatro navios que fazem parte do megaprojecto de museu da marinha de guerra portuguesa que a subnauta, em parceria com a empresa ocean matters, está a tentar implementar no algarve. o que os envolvidos querem é afundar as embarcações a duas milhas da costa de portimão e a 30 metros de profundidade, criando infra-estruturas de apoio a este nicho na região. neste momento, a subnauta aguarda a cedência dos navios pelo ministério da defesa e só depois poderá abrir o primeiro museu subaquático do país. até lá, distrai-se com o projecto de um guia que está em fase final de preparação e que identifica 50 locais com potencial para o mergulho.

deste grande evento continuará, de alguma forma, ligado ao algarve. e assim, de portugal para o mundo num oceano de oportunidades, um gesto de cada vez, comunica-se uma região, um país, um grande povo.

«Foi com orgulho que vi o algarve viabilizar a primeira regata de volta ao mundo à vela a começar e a acabar em portugal»

Caminhos : : 1110 : : Cá se Fazem

Page 7: Lugar ao Sol (n.º 3)

Turismo mundial em quebraO sector do turismo a nível mundial deverá terminar o ano com quebras na actividade entre os quatro e os seis por cento, revela a Organização Mundial de Turismo (OMT).

estes valores apresentam, no entanto, uma melhoria face à diminuição em cerca de oito por cento nos primeiros quatro meses do ano, traduzida em 247 milhões de viagens turísticas nos diversos destinos mundiais, face aos 269 milhões do mesmo período de 2008.

segundo avança a omT, esta tendência de abrandamento da actividade turística do primeiro quadrimestre vai manter-se. Contudo, espera-se uma recuperação no segundo semestre que permitirá acabar o ano com um decréscimo de cinco por cento.

a europa é uma das regiões mais afectadas, tendo assinalado de janeiro a abril de 2009 um decréscimo de 10,4 por cento no número de chegadas internacionais, prevendo--se uma quebra entre os 5 e os 8 por cento para o total do ano.

decreto-Lei n.º 228/2009, de 14 de Setembroprocede à primeira alteração ao decreto-lei n.º 39/2008, de 7 de março, que aprova o regime jurídico de instalação, exploração e funcionamento dos empreendimentos turísticos.

Portaria n.º 651/2009, de 12 de junho define o código de conduta e o logótipo de identificação a adoptar pelas empresas de animação turística e pelos operadores marítimo-turísticos que exerçam actividades reconhecidas como turismo de natureza.

a saber

quase 190 mil visitantes nos postosOs postos de turismo do Algarve receberam cerca de 188 mil visitantes no primeiro semestre de 2009. Abril foi o mês com mais movimento (44 367 pessoas), consequência do efeito da Páscoa que ocorreu nesse mês.

em comparação com o mesmo período do ano anterior, houve um decréscimo no número de visitantes das 21 estruturas de atendimento turístico (-15,8%), em parte justificado pelo encerramento para obras do posto do Carvoeiro.

quanto ao atendimento prestado no primeiro semestre de 2009, a informação turística presencial representou novamente a maior fatia (93,6%). a venda de produtos regionais e de merchandising da marca «algarve» foram responsáveis por 4,1 por cento do total dos atendimentos.

decreto-Lei n.º 108/2009, de 15 de Maioestabelece as condições de acesso e de exercício da actividade das empresas de animação turística e dos operadores marítimo-turísticos.

Portaria n.º 358/2009, de 06 de Abril estabelece os requisitos dos equipamentos de uso comum dos empreendimentos turísticos.

decreto-Lei n.º 77/2009, de 01 de Abril procede à terceira alteração ao decreto-lei n.º 354/86, de 23

de outubro, que estabelece normas relativas ao exercício da indústria de aluguer de veículos automóveis sem condutor.

Portaria n.º 261/2009, de 12 de Março define os critérios e procedimentos para o reconhecimento, pelo instituto da Conservação da natureza e da Biodiversidade, (iCnB, i.p.), de empreendimentos de turismo de natureza.

2008

40.000

60.000

20.000

30.000

50.000

10.000

0

2009

Fonte: postos de turismo e recepção da sede do Turismo do algarve

Registo de atendimento dos Postos de Turismo1.º semestre de 2008/ 2009, variações homólogas mensais

Turistas portugueses podem atenuar o efeito da crise os dados disponibilizados até ao momento pelo instituto nacional de estatística confirmam uma desaceleração da actividade turística em portugal no corrente ano, embora os decréscimos menos acentuados nos principais indicadores no mês de agosto indiciem sinais de recuperação da procura turística.

nos primeiros oito meses de 2009, os estabelecimentos hoteleiros nacionais apresentaram uma evolução negativa de 3,9 por cento no número de hóspedes, de 6,6 por cento nas dormidas e de 10,5 por cento nos proveitos totais.

o desempenho da região do algarve neste período foi igualmente negativo. assinalaram-se quebras no número de dormidas (-8,8%), de hóspedes (-6,3%) e nos proveitos totais dos estabelecimentos hoteleiros (-12,4%).

o Verão no barómetro a terceira edição do Barómetro Turismo do algarve corroborou as previsões menos optimistas para o sector do turismo, uma vez que o painel de 63 peritos perspectivou um Verão pior para o turismo nacional e regional, comparativamente a 2008.

Relativamente à evolução dos principais mercados emissores para o algarve, o mercado interno foi o único a reunir uma previsão positiva. no sentido descendente, o painel apontou os mercados inglês, irlandês, alemão e espanhol. o mercado holandês, segundo os peritos, deveria manter-se estável.

Tendências de consumo Face à conjuntura económica internacional, o painel de inquiridos identificou as «estadas mais curtas», a «pesquisa de ofertas especiais» e as «férias no próprio país de residência» como as principais alterações nos hábitos de consumo de viagens turísticas.

o aumento da procura de packages all inclusive, turismo doméstico e de maior proximidade e cruzeiros foram, igualmente, algumas das expectativas para o Verão de 2009, apontadas pelo Turismo de portugal no documento «análise da actividade Turística – Verão de 2009».

Crescimento das chegadas turísticas internacionais

Fonte: organização mundial de Turismo

2007 20092008

Ano Ano jan - Abr1º. semestreprojecções para o ano2º. semestre

Mundo

(valores reais) (valores reais) (valores reais)(valores reais) (valores reais)

6,1% 1,9% -8,4%6,0% -6% a -4%-1,3%

4,2% 0,1% -10,4%3,4% -8% a -5%-2,5%Europa

em 2008, de acordo com os dados da omT, o crescimento do turismo mundial ficou-se pelos 2 por cento, devido essencialmente ao comportamento positivo do primeiro semestre (+6% comparativamente ao mesmo período de 2007). na segunda metade do

ano, a tendência mudou e assistiu-se a uma ligeira retracção no número de chegadas internacionais (-1,3%), resultados que reflectem o impacto da crise económica e financeira mundial, agravada em algumas regiões pelas preocupações relacionadas com o surto do vírus da gripe a.

recordar 2008na europa verificou-se uma certa estabilidade em 2008, em comparação com o ano anterior (+0,1%), tendo, no entanto, apresentado um decréscimo de 2,5 por cento nas chegadas de turistas internacionais no segundo semestre.

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Roadshow algarveas sensações do algarve foram em roadshow até ao porto, aveiro, Viseu e guimarães de 16 a 19 de novembro. em cada cidade realizou-se um workshop com os profissionais do sector num espaço privilegiado para o negócio. depois da acção seguiu-se um jantar oferecido pelo Turismo do algarve ao trade, entidades locais e imprensa, com sorteio de prémios no final.

sabores algarvios em santarémo algarve regressou à Casa do Campino, em santarém, para mostrar alguns dos pratos mais emblemáticos da sua cozinha tradicional. Trinta de outubro foi o dia da região na 29.ª edição de um evento dedicado aos prazeres da mesa: o Festival nacional de gastronomia de santarém. no cortejo de sabores regionais – preparados pelo restaurante «a Charrete», de monchique – provaram-se bolos de torresmos, lombo de porco em banha corada, lulas recheadas à monchique, feijão com couve e bolo de amêndoa e gila. na ementa reservou-se ainda espaço para o pudim de mel e para o medronho à serra de monchique. o festival da capital ribatejana terminou a 8 de novembro.

hotéis lançam «Vilamoura meetings»os hotéis de cinco estrelas hilton Vilamoura, Tivoli marina Vilamoura, Tivoli Victoria e The lake spa Resort lançaram a marca «Vilamoura meetings» para promover a região como um destino de congressos e eventos. o objectivo é transportar a marca para o mercado europeu – Reino unido, alemanha e Bélgica estão entre as prioridades – para potenciar o segmento mi (meeting industry) na região algarvia. os hotéis propõem uma oferta agregada de 1300 quartos, 12 restaurantes e 10 bares, 22 salas de reuniões e um centro de congressos com capacidade para acolher 1300 pessoas.

promontório com novo aspectoo promontório de sagres, em Vila do Bispo, vai ter um novo aspecto depois da requalificação de oito milhões de euros que deverá terminar em 2010. até lá, a fortaleza – monumento mais visitado do algarve, recebendo 500 mil turistas nacionais e estrangeiros por ano – e o seu torreão central serão reabilitados. os edifícios projectados nos anos 90 serão adaptados para centro expositivo sobre sagres e os descobrimentos, o conjunto monumental da fortaleza terá iluminação técnica de valorização, os percursos pedonais em toda a extensão do promontório serão arranjados e sinalizados e a praça de armas e o exterior da igreja de nossa senhora da graça serão recuperados. a intervenção de fundo, financiada pelo Turismo de portugal, pela direcção Regional de Cultura do algarve e pela Comissão de Coordenação e desenvolvimento Regional do algarve, apoia ainda a exposição «novos Ventos», que mostra até Fevereiro de 2010 a evolução dos instrumentos de navegação desde o século xV até aos dias de hoje.

grupo hn desce ao algarve quinta da Ria é o nome do mais recente projecto do grupo hn que assinala a sua entrada no sector do turismo residencial e o início da sua expansão nacional, antes confinada ao grande porto. o investimento totaliza 150 milhões de euros e irá erguer um resort de 22,5 hectares em alvor. Com inauguração prevista para o primeiro semestre de 2011, o quinta da Ria terá um hotel de cinco estrelas, villas, apartamentos e townhouses de luxo, spa com healthclub e espaços de lazer.

«quiosque» do algarveo «quiosque» do algarve continua em itinerância em sete centros comerciais de lisboa e do norte do país para promover a imagem do destino junto dos portugueses. este conceito é inovador e tira partido do espaço, no qual circulam centenas de pessoas, para divulgar o maior destino de férias nacional. o pequeno «quiosque» consiste num balcão de atendimento com plasma no qual se distribui material informativo do algarve. desde março, o módulo já passou por lisboa, porto (gaia), Braga, guimarães, Viseu e aveiro, numa acção que tem um custo global de 100 mil euros e que termina em novembro.

diz que disse«sei que [o algarve] é um local turístico, bom para férias, cheio de praias»joss Stone, artista soul britânica, entrevistada pela agência Lusa

«a crise está a influenciar mais a escolha de férias dos portugueses do que a gripe»josé Manuel ferraz, director-geral da Abreu, in Weekend Económico

«para se assumir a promoção interna e externa deve haver sintonia, complementaridade e definição estratégica. este desiderato só é possível se concentrarmos estes adjectivos numa só entidade»Melchior Moreira, presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal, in Barómetro Academia do Turismo n.º 29

«quem vem ao algarve vai ter de passar pela quinta de marim»Tito Rosa, presidente do Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade, ao anunciar à agência Lusa a criação de um centro de visitação da natureza

algarve na primeira ligaa marca algarve continua a correr os relvados dos estádios nacionais no dorso das camisolas dos jogadores do olhanense. os próximos jogos são a 29 de novembro e 6 de dezembro, contra o Vitória de guimarães e o marítimo. Recorde-se que o Turismo do algarve patrocina em 100 mil euros a equipa algarvia que alinha esta época na primeira liga de Futebol.

novo turismodoalgarve.pt

o sítio oficial do Turismo do algarve tem um novo endereço e uma imagem mais moderna semelhante à do visitalgarve.pt. desde o dia 26 de outubro que a entidade está mais nova e com outras funcionalidades na internet, entre elas os menus apoio ao investidor e galeria, com imagens gratuitas do algarve para download. no Centro de documentação e informação é possível consultar o catálogo com o acervo bibliográfico da entidade e o Twitter encontra um atalho no novo sítio, alojado em www.turismodoalgarve.pt. as publicações promocionais do algarve podem agora ser descarregadas neste site institucional e quem quiser encontrar contactos úteis de alojamento e serviços tem uma nova ferramenta de pesquisa para usar.

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Já começaram ospreparativos

para o maior congressonacional do turismo

Inscrições Abertas

Sessões de Trabalho“Turismo: Vencer em Concorrência”“Qualificar para Vencer”“Repensar a Distribuição”“Vendas: A Essência do Êxito”Sessão B2BForum Portugal