lúcifer - o mistério de prometeu. muito interessante

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  • 8/4/2019 Lcifer - O Mistrio de Prometeu. MUITO INTERESSANTE

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    Lcifer O mistrio de Prometeu

    O diabo se permitido num livro de cincia empregar esta palavra desacreditada e vulgar o diabo

    se d ao mago e o feiticeiro se d ao diabo. (Eliphas Lvi)

    Lcifer Prometeu, acorrentado na dura rocha da lide cotidiana, sofre com o Abutre do materialismo e

    da vulgaridade que abunda na sociedade.

    Esse Abutre do vulgarismo, da profanidade, da anti-iniciao, corri o fgado desse Tit, que por amor

    essncia humana, roubou o Fogo do Olimpo. O fgado o Calvrio onde crucificamos todos os dias o

    Salvador.

    A figura trgica e rebelde de Prometeu, smbolo da humanidade, constitui um dos mitos gregos mais

    presentes na cultura ocidental. Filho de Jpeto e Clmene ou da nereida sia ou ainda de Trmis,irm de Cronos, segundo outras verses Prometeu pertencia estirpe dos Tits, descendentes de

    Urano e Gaia e inimigos dos deuses olmpicos.

    O poeta Hesodo relatou, em sua Teogonia, como Prometeu roubou o fogo escondido no Olimpo para

    entreg-lo aos homens. Fez do limo da terra um homem e roubou uma fagulha do fogo divino a fim de

    dar-lhe vida. Para castig-lo, Zeus enviou-lhe a bela Pandora, portadora de uma caixa que, ao ser

    aberta, espalharia todos os males sobre a Terra.

    Como Prometeu resistiu aos encantos dessa mensageira, Zeus o

    acorrentou a um penhasco, onde uma guia (em alguns mitos, era um abutre) devorava diariamente

    seu fgado, o qual se reconstitua ao amanhecer. Lendas posteriores narram como Hrcules matou o

    pssaro e libertou Prometeu. Na Grcia, havia altares consagrados ao culto a Prometeu, sobretudo em

    http://esotera.com.br/posteres/http://esotera.com.br/posteres/
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    Atenas. Nas Lampadofrias (festas das lmpadas), reverenciavam-se ao mesmo tempo Prometeu, que

    roubara o fogo do cu, Hefesto, deus do fogo, e Atena, que tinha ensinado o homem a fazer o azeite

    de oliva (ou seja, os elementos necessrios para a prtica da Alquimia. Entenda quem tiver

    entendimento).

    Prometeu Acorrentado a nica parte sobrevivente de uma Trilogia que teria, na ordem deapresentao, Prometeu Acorrentado, Prometeu Libertado e Prometeu Portador do Fogo. O nome do

    drama satrico no conhecido.

    O mito de Prometeu, inseparvel da questo da origem do fogo, situa-se entre os mais antigos e

    universais, pois encontramos seus equivalentes nas mitologias indiana, germnica, cltica, eslava. O

    fogo significava a matria-prima alqumica que originava e fortalecia a inteligncia e a sabedoria,

    fazendo com que os Homens se diferenciassem dos animais (intelectuais). A tragdia teatral Prometeu

    Acorrentado, de squilo, foi a primeira a apresent-lo como um rebelde contra a injustia e a

    onipotncia das foras da natureza, imagem particularmente apreciada pelos poetas romnticos, que

    viram nele a encarnao da liberdade humana, que leva o homem a enfrentar com orgulho seu

    destino. Prometeu significa etimologicamente o que previdente, o que pensa primeiro e depoisage, ao contrrio de seu irmo, Epimeteu, aquele que primeira faz e depois reflete.

    O mito, alm de sua repercusso literria e artstica, tem tambm ressonncia profunda entre os

    pensadores msticos. Simbolizaria o Heri que, para beneficiar a humanidade, sacrifica-se e enfrenta o

    suplcio inexorvel; a grande luta das conquistas iniciticas e da propagao de seus benefcios custa

    de dor e sofrimento.

    O verdadeiro Lcifer Prometico da Doutrina Arcaica , por anttese, edificante e essencialmente

    dignificante, justamente o contrrio do que supem telogos como Des Mousseaux e o Marqus de

    Mirville. , pois, a alegoria da retido, o smbolo extraordinrio e maravilhoso do mais alto sacrifcio

    (Christus-Lcifer dos Gnsticos) e o Deus de Sabedoria sob diversos nomes.

    XOLOTL-LCIFER-PROMETEU UNO COM O LOGOS

    Ministro do Demiurgo Criador e Senhor resplandecente das sete manses do Hades, Sabbath e do

    mundo manifestado, a quem esto encomendadas a Espada e a Balana da Justia Csmica, a lei do

    peso, da medida e do nmero; o Horus, o Brahma, Ahura-Mazda, etc, sempre inefvel.

    LCIFER-XOLOTL, o duplo de Quetzalcoatl, o Guardio da Porta e das chaves do Lumisial, para que

    nele no penetrem seno os ungidos que possuem o segredo de Hermes.

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    Aqueles que amaldioam imprudentemente o LCIFER nuatle sublevam-se contra o REFLEXO

    CSMICO DO LOGOS, anatemizam o DEUS vivo manifestado na matria e abjuram a sempre

    incompreensvel sabedoria, que se revela por igual nos contrrios de luz e trevas.

    A glria de Sat a sombra de Adonai e o Trono de Sat o escabelo do Senhor. Semelhana,

    parecena, similitude: sol e sombra, dia e noite, lei dos contrrios.Dois so os exrcitos do Logos ou Demiurgo Arquiteto do Universo: nos mbitos sublimes, as

    aguerridas hostes de MIGUEL e, no abismo do mundo manifestado, as legies de Sat.

    Os dois so, evidentemente, o imanifestado e o manifestado, o virginal e o cado na gerao animal.

    Mas, sem dvida alguma, somente sobre Sat recai a vergonha da gerao, jamais sobre o Logos;

    aquele perdeu seu elevado estado virginal de Kummara quando comeu o fruto proibido. Com a

    Ressurreio Esotrica, o Lcifer nuatle reconquista o estado virginal de Kummara.

    A Pedra angular da Grande Obra o Lcifer nuatle. Sobre esta Pedra Mestra, situada pelos sbios no

    fundo mesmo de nosso sistema sexual, o Grande Rabi Jesus edificou sua Igreja.

    MEFISTFELES NA BBLIA GOETHIANA

    Inmeros msticos iluminados, como Samael Aun Weor, vem na obra de Goethe a mo inconfundvelde um Iniciado esclarecido, e percebem plenamente o grande significado csmico nela contido.

    Devemos entender que a histria de Fausto um mito to antigo quanto a humanidade. Goethe

    apresentou-a envolta numa verdadeira luz mstica, iluminando um dos maiores problemas da Filosofia,

    o Mito do Salvatur Salvandus travestido como O Tentador, o Insuflador da Rebeldia Interior contra o

    Adormecimento e a ingenuidade irresponsvel da Essncia humana. Esse Tentador representado

    pelo Diabo, chamado nessa obra de Mefistfeles.

    Na monumental e absolutamente prospectiva obra de Goethe, Mefistfeles diz a Fausto: Com essa

    dose no corpo, logo vs Helena de Tria em qualquer mulher. Fausto, I, 2603-4. Nesse momento,

    Fausto estava paralisado pela fascinao da imagem de Helena refletida em um espelho. Em uma desuas cartas a C.G. Jung , Freud cita Mefistfeles, dizendo: Sinto-me como aquele que v Helena em

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    toda mulher ! Helena de Tria, para Goethe, o Iniciado alemo, seria a representao arquetpica de

    nossa Alma Gmea, nossa Amada Imortal como a chamava Beethoven. Mas, afinal, quem seria

    Mefistfeles?

    A histria de Fausto bem conhecida: O Dr. Fausto um velho cientista que sacrificou toda a sua vida

    em nome da cincia e da pureza de sua alma. Mefistfeles aposta com Deus que consegue atra-lopara o seu lado. Deus permite que a experincia seja feita. Mefistfeles conhece bem sua presa:

    Fausto est cansado e alquebrado, insatisfeito com as coisas que realizou e sente que, na verdade,

    perdeu tempo, sacrificando sua mocidade, sua sade e sua riqueza. Provavelmente morrer pobre e

    desconhecido sem nunca ter amado. Na prtica, no muito difcil aceitar um pacto proposto por

    Mefistfeles: este lhe dar a juventude perdida, dinheiro e o amor de uma mulher. Em troca, Fausto

    lhe dar sua alma. Com o pacto selado, Fausto conhece e se apaixona por Margarida, cuja alma

    tambm estar em perigo.

    Fausto a obra da vida inteira de Goethe. Comeou a ser escrita em 1774, a primeira parte foi

    publicada em 1808; a segunda somente foi concluda em 1832, pouco antes da morte do autor.

    Resumo de uma poca e prova da genialidade de Goethe, Fausto faz parte do patrimnio cultural dahumanidade.

    Enquanto o Livro de J designa Sat como sendo um dos Filhos de Deus, o mito de Fausto fala de

    Lcifer como estando presente tambm na convocao que ocorre no captulo inicial da histria. Dele

    vem a nota salvadora de dissonncia que forma um contraste na harmonia celestial e, como a luz mais

    brilhante provoca a sombra mais densa, a voz de Lcifer reala a beleza do canto celestial.

    O TENTADOR, DO LIVRO DE JEntre pensamentos e vises noturnas, quando cai sobre os homens o sono profundo, sobrevieram-me

    o espanto e o temor, e todos os meus ossos estremeceram. Um esprito passou por diante de mim, e

    fez-me arrepiar os cabelos do corpo. Parou ele, mas no consegui discernir sua aparncia. Um vulto

    estava diante dos meus olhos, e ouvi uma voz abafada: Pode o homem mortal ser mais justo do que

    Deus? Pode o homem ser mais puro do que seu criador? (J 33:12-18)

    O Livro de J tem sido chamado de poema dramtico de uma histria pica. Os captulos 1 e 2 so

    um prlogo que descreve o cenrio da histria. Satans, o Tentador, apresenta-se ao Senhor, junto

    com os filhos de Deus, e desafia a piedade de J, dizendo: Porventura, teme J a Deus debalde? Vai

    mais longe e sugere que se J perdesse tudo o que possua, amaldioaria a Deus. Deus d permisso

    a Satans para provar a f que tinha J, privando-o de sua riqueza, de sua famlia e, finalmente, de

    sua sade. Mesmo assim, em tudo isso no pecou J com os seus lbios. O que se questiona sobre

    o verdadeiro significado dessa visita do Diabo a Deus. Se esse Diabo do Livro de J fosse o nimigo porexcelncia, por que Deus o receberia juntamente com os outros Anjos do Cu? Portanto, conclumos

    que o Tentador um smbolo referente ao Diabo Tentador, reflexo da Divindade.

    Leiamos mais sobre o mito do Profeta J. Esse profeta, ento, visitado por trs amigos Elifaz,

    Bildad e Zofar, os quais, luz do gnosticismo, so a representao dos 3 Traidores Psicolgicos que

    vemos em todos os mitos iniciticos, que ficam impressionados pela deplorvel condio de J, e

    permanecem sentados com J durante sete dias sem dizer uma s palavra.

    A maior parte do livro composta por trs dilogos entre J e Zofar, seguidos pelo desafio de Eli a

    J. Os quatro homens tentam responder pergunta: Por que sofre J? Elifaz, argumentando a partir

    da sua experincia, declara que J sofre porque pecou. Argumenta que aqueles que pecam sopunidos. Como J est sofrendo, obviamente pecou. Bildad, sustentando sua autoridade na tradio,

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    sugere que J um hipcrita. Tambm ele faz a inferncia de que se os problemas vieram, ento J

    deve ter pecado. Se fores puro e reto, certamente, logo despertar por ti. Zofar condena J por

    verbosidade, presuno e pecaminosidade, concluindo que J est recebendo menos do que merece:

    Pelo que sabe Deus exige de ti menos do que merece a tua iniquidade.

    Os trs homens chegam basicamente mesma concluso: o sofrimento consequncia direta dopecado, e a iniquidade sempre punida. Argumentam que possvel avaliar o favor ou desfavor de

    Deus a algum pela prosperidade ou adversidade material. Assumem erroneamente que o povo pode

    compreender os caminhos de Deus sem levar em conta o fato de que as bnos e a retribuio divina

    podem ir alm da vida presente.

    Na sua resposta aos seu amigos, J reafirma a sua inocncia, dizendo que a experincia prova que

    tanto o justo como o injusto sofrem, e ambos desfrutam momentos de prosperidade. Lamenta o seu

    estado deplorvel e as sua tremendas perdas, expressando a sua tristeza em relao a eles por

    acusarem-no em lugar de trazer-lhe consolo. Depois que os trs amigos terminam, um jovem,

    chamado Eli, confronta-se com J, que prefere no responder suas acusaes. O argumento de Eli

    pode ser resumido desta maneira: Deus maior do que qualquer ser humano, isso significa quenenhuma pessoa tenha o direito ou autoridade de exigir uma explicao dele. Argumenta que o ser

    humano no consegue entender algumas coisas que Deus faz.

    Ao mesmo tempo, Eli sugere que Deus ir falar se ouvirmos. A sua nfase est na atitude do

    sofredor, ou seja, uma atitude de humildade levar Deus a intervir. Essa a essncia da sua

    mensagem: em vez de aprender com o seu sofrimento, J demonstra a mesma atitude dos mpios

    para com Deus, e esta a razo pela qual ainda est sofrendo aflio. O apelo de Eli a J : 1. ter f

    verdadeira em Deus, em vez de ficar pedindo explicao; 2. mudar a sua atitude para uma atitude de

    humildade.

    No se deve concluir que todas as objees dos amigos de J representem tudo o que se pensava deDeus durante aquela poca. Na medida em que a revelao da natureza de Deus foi se fazendo

    conhecida atravs da histria e das Escrituras, descobrimos que algumas dessas opinies eram

    incompletas. Evidentemente, isso no faz com que o texto seja menos inspirado, antes nos d um

    relato inspirado pelo ES dos incidentes como realmente aconteceram.

    Quando os quatro concluram, Deus respondeu a J de dentro de um redemoinho. A resposta de deus

    no uma explicao dos sofrimentos de J, mas, atravs de uma srie de perguntas, Deus procura

    tornar J mais humilde.

    O BAFOMETO DOS TEMPLRIOS

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    Uma das imagens de mais forte presena no universo ocultista de nossa poca, por vezes

    erroneamente interpretada como uma rebuscada representao do diabo catlico, recebe o nome de

    Baphomet. Todavia, apesar de muito ter sido especulado sobre o lendrio dolo dos Templrios, pouca

    informao confivel existe a respeito desta enigmtica figura. Da vm as inevitveis questes: o que

    de fato esta imagem significa e qual a sua origem? Alm disso, o que ela hoje representa dentro das

    Cincias Arcanas? H algum culto atualmente celebrado cujos fundamentos estejam calcados neste

    Mistrio?

    Em 1307 uma srie de acusaes daria incio a cruel perseguio imposta pelo Papa Clemente V

    (Arcebispo de Bordus, Beltro de Got) e pelo Rei de Frana Felipe IV, mais conhecido como Felipe o

    Belo, contra a Ordem dos Cavaleiros do Templo, tambm chamada de Ordem dos Pobres Cavaleiros

    de Cristo, ou, simplesmente, Templrios. O processo inquisitorial movido contra os Templrios foi

    encerrado em 12 de setembro de 1314, quando da execuo do Gro-Mestre da Ordem do Templo,

    Jacques de Molay, juntamente com outros dois Cavaleiros, todos queimados pelas chamas da

    Inquisio.

    No longo rol de acusaes estavam: a negao de Cristo, recusa de sacramentos, quebra de sigilo dosCaptulos e enriquecimento, apostasia, alm de prticas obscenas e sodomia. O conjunto das

    acusaes montaria um quadro claro do que foi denominado de desvirtuao dos princpios do

    cristianismo, os quais teriam sido substitudos por uma heterodoxia doutrinria de procedncia

    oriental, sobremodo islmica.

    No entanto, dentre as inmeras acusaes movidas contra os Templrios, uma ganharia especial

    notoriedade, pois indicava adorao a um tipo de dolo, algo diablico, entendido como um smbolo

    mstico utilizado pelos acusados em seus supostos nefastos rituais. Na poca das acusaes,

    costumava-se dizer que em cerimnias secretas, os Templrios veneravam um desconhecido demnio,

    que aparecia sob a forma de um gato, um crnio ou uma cabea com trs rostos. Na acusao,embora seja feita meno a adorao de uma cabea, um crnio, ou de um dolo com trs faces,

    nada mencionado, especificamente, sobre a denominao Baphomet.

    De onde, ento, teria surgido o termo? No se sabe com preciso onde surgiu o termo Baphomet.

    Uma das possveis origens, entretanto, atribuda a pesquisa do arquelogo austraco Baro Joseph

    Von Hammer-Prgstall, um no simpatizante do ideal Templrio, que em 1816 escrevera um tratado

    sobre os alegados mistrios dos Templrios e de Baphomet, sugerindo que a expresso proviria da

    unio de dois vocbulos gregos, Baphee Metis, significando Batismo de Sabedoria. A partir desta

    conjectura, Von Hammer especula a respeito da possibilidade da existncia de Rituais de Iniciao,

    onde haveria a admisso, seja aos mistrios seja aos segredos cultuados pela Ordem do Templo.

    Segundo Von Hammer, de acordo com suas descobertas, os dolos Templrios se tratavam de

    degeneraes de dolos gnsticos valentinianos, sendo que, de todos eles, o mais imponente formava

    uma estranha figura de um homem velho e barbudo, de solene aspecto faranico. Um trao bem

    marcante de todas as figuras era a forte presena de caracteres de hermafroditismo ou androginia,

    traos que, ainda de acordo com a descrio de Von Hammer, endossariam cabalmente as acusaes

    de perverso movidas pelo clero contra os Templrios. Desta descrio aparece outra referncia que

    muito diz sobre o mistrio que cerca o nome Baphomet: ela aponta para a imagem de um homem

    velho, o qual seria adorado pelos Templrios. Este homem velho possua as mesmas caractersticas

    de Priapus, aquele criado antes que tudo existisse. Contudo, a mesma imagem, por vezes

    aparecendo com armas cruzadas sobre o peito, sugere proximidade com o Deus egpcio Osris,

    havendo at quem afirme ser Osris o verdadeiro Baphomet dos Templrios.

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    Seguindo a mesma lgica e pensamento de que o vocbulo Baphomet teria vindo da Grcia Antiga,

    tambm existe a hiptese de que sua procedncia esteja na conjuno das palavras Baphe e

    Metros, algo como Batismo da Me. Por sua vez, a partir deste raciocnio, surge uma outra

    proposio poucas vezes mencionada nos estudos sobre Baphomet, a qual aponta ser Baphe e

    Metros uma corruptela de Behemot, um fantstico ser bblico de origens hebrias. Esta teoria

    importante, visto Behemot ser citado (e por vezes traduzido) como uma grande fmea de Hipoptamo

    que habitava as guas do rio Nilo, sendo uma das representaes da Grande Me, esposa do Deus

    Seth.

    Na concepo egpcia dos Deuses, a fmea do Hipoptamo faz uma espcie de contra-parte do

    Crocodilo (Typhon), da mesma forma pela qual existem os bblicos Behemot e Leviathan.

    De acordo com o pesquisador Raspe, outra definio que ganha importncia, principalmente na

    abordagem dos cultos que atualmente so rendidos a Baphomet, mostra o suposto dolo dos

    Templrios como uma frmula oriunda das doutrinas Gnsticas de Basilides. Neste sentido as palavras

    anteriormente apresentadas, que originaram o termo Baphomet, seriam Baphee Metios. Assim,

    teramos a expresso Tintura de Sabedoria, ou o j apresentado Batismo deSabedoria, como osignificado de Baphomet.

    Considerando que a palavra Baphomet possua razes rabes, especula-se tambm que ela seja a

    corruptela deAbufihmat(ou aindaBufihmat, como pronunciado na Espanha), expresso moura para

    Pai do Entendimento ou Cabea do Conhecimento. Se nos lembrarmos das acusaes movidas

    contra os Templrios, de que eles adoravam uma Cabea, veremos nesta hiptese algo plausvel de

    ser aceito. Apesar de todas as aluses at aqui feitas, a figura de Baphomet que se tornou mais

    famosa, servindo de principal referncia para os ocultistas atuais, mesmo aquela cunhada no sculo

    19 pelo abade Alfonse Louis Constant, mais conhecido pelo nome Eliphas Levi Zahed, ou simplesmente

    Eliphas Levi.De acordo com a descrio do abade, publicada pela primeira vez em 1854, a imagem de Baphomet, o

    Bode de Mendes ou ainda o Bode do Sabbath, feita do seguinte modo: Figura pantestica e mgica

    do absoluto. O facho colocado entre os dois chifres representa a inteligncia equilibrante do ternrio; a

    cabea de bode, cabea sinttica, que rene alguns caracteres do co, do touro e do burro, representa

    a responsabilidade s da matria e a expiao, nos corpos, dos pecados corporais.

    As mos so humanas para mostrar a santidade do trabalho; fazem o sinal do esoterismo em cima e

    em baixo, para recomendar o mistrio aos iniciados e mostram dois crescentes lunares, um branco

    que est em cima, o outro preto que est em baixo, para explicar as relaes do bem e do mal, da

    misericrdia e da justia. A parte baixa do corpo est coberta, imagem dos mistrios da gerao

    universal, expressa somente pelo smbolo do caduceu.

    O ventre do bode escamado e deve ser colorido em verde; o semicrculo que est em cima deve ser

    azul; as pernas, que sobem at o peito devem ser de diversas cores. O bode tem peito de mulher e,

    assim s traz da humanidade os sinais da maternidade e do trabalho, isto , os sinais redentores. Na

    sua fronte e em baixo do facho, vemos o signo do microcosmo ou pentagrama de ponta para cima,

    smbolo da inteligncia humana, que colocado assim, em baixo do facho, faz da chama deste uma

    imagem da revelao divina.

    Este panteus deve ter por assento um cubo, e para estrado quer uma bola s, quer uma bola e um

    escabelo triangular. Devido eficincia de sua ideao, Levi propositalmente faz com que se acredite

    que exatamente essa forma de Baphomet era a presente na celebrao dos Antigos Mistrios.

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    A figura emblemtica do Bode de Mendes, de Eliphas Levi, como vemos no incio deste texto do site

    GnosisOnline, foi uma das primeiras, seno a primeira, que associou o bode ao dolo Templrio.

    muito provvel, dada a condio de sacerdote catlico do Abade Alfonse Louis Constant, que a

    imagem Bblica do sacrifcio do Bode Expiatrio tenha lhe servido de inspirao.

    O bode no Egito, entretanto, no possua um significado religioso grande, exceto por este cultosacrificial, promovido na cidade de Mendes. Da a denominao escolhida por Levi, o Bode de Mendes.

    Porm, significativo mencionar que o bode, do mesmo modo como atribudo ao carneiro, sempre foi

    smbolo de fertilidade, de libido e fora vital. Contudo, enquanto o carneiro assume caractersticas

    solares, o bode se relaciona s lunares. Em outras palavras, costume relacionar carneiros, ou

    cordeiros, como smbolos de aspectos considerados positivos das divindades, enquanto que aos

    bodes estariam reservados os negativos.

    Assim, se naquele convencionou-se associar uma imagem de pureza, vida e santidade, neste so

    associados luxria, sacrifcio e perverso. Em ambos os casos, contudo, importante salientar que

    tanto o carneiro quanto o bode so claros smbolos de divindades solares, sendo que no primeiro tem-

    se a exaltao da Divindade, enquanto no segundo a expiao e morte do Deus.

    As inscries SOLVE ET COAGULA da imagem de Eliphas Levi so outro claro exemplo do enfoque

    dualista de seu Baphomet. Originalmente presentes nos antebraos do Hermafrodita de Khunrath,

    esses dois preceitos misteriosos mostram que o Andrgino domina completamente o mundo

    elementar, agindo sobre a natureza, de modo inteiramente onipotente. As inscries so dois plos

    que marcam o ciclo solar de Vida, composta de Gerao, Nascimento e Morte, para depois haver uma

    nova Gerao que dar continuidade ao interminvel ciclo da Vida.

    A essa propriedade de transformao, ou melhor, ao elemento que permite esta transformao, os

    Mestres deram o nome de Mercrio Filosofal, ou gua dos Sbios, a mesma Tintura de Sabedoria, da

    qual falava o gnstico Basilides ainda no sculo 2.

    A imagem do Baphomet de Eliphas Levi, enfim, a representao emblemtica deste Mercrio

    Filosofal ou do Andrgino Primordial. Tambm de Eliphas Levi vem outra curiosa explanao sobre a

    origem do nome Baphomet, que se tornou voga nos dias de hoje. Segundo o erudito Abade, esta

    palavra era a forma cifrada de se dizer Tem Ohpab, uma espcie de acrstico inverso de Baphomet,

    que formaria a sentena inicitica Templi Omnium Hominum Pacis Abbas.

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    Pergunta:Por que muitos estudantes gnsticos temem a CARTA 15 do

    TAR? Por que ali o DIABO, ou TIPHN BAFOMETO, est representado com seios, como se fossetambm ANDRGINO?

    Samael Aun Weor: Bem, falemos um pouco sobre a carta 15 do Tar. Sinto prazer em falar de dita

    lmina No sei por que as gentes julgam to mal a Tiphn Bafometo. Sem embargo, os gnsticos

    jamais ignoram aquela frase que diz: Eu creio no Mistrio do Bafometo e do Abraxas.

    A Carta 15 do Tar (o Diabo) profundamente significativa. Recordemos que se acha depois das

    Cartas 13 e 14. Inquestionavelmente, a 13 corresponde morte do mim mesmo, do si mesmo, do

    ego. Indubitavelmente, a Carta 14 nos fala dessa Temperana, dessa CASTIDADE, dessa Perfeio que

    resulta da morte do ego. Depois vem a 15, que corresponde inevitavelmente ao ANDRGINO

    PRIMIGNIO, ao Mistrio do Bafometo e do Abraxas, ao DIABO (palavra, esta ltima, que algohorroriza s gentes piedosas, porm que constitui algo extraordinrio para o Sbio).

    Na Catedral de Notre Dame de Paris aparece um corvo. Ele mira, fixamente, at o rinco do Templo,

    para esse lugar onde se encontra a Pedrazinha Angular, a PEDRA MESTRA, a Pedra da Verdade. Tal

    pedra tem uma forma, sim, terrvel, com cornos que horrorizam: O DIABO (pavor de muitos pseudo-

    esoteristas e pseudo-ocultistas) Os Alquimistas medievais dizem: Queima teus livros e branqueia o

    Lato

    Por que o Corvo Negro mira em direo ao Diabo? Porque devemos morrer em si mesmos, porque

    necessrio que desintegremos os elementos inumanos que levamos dentro. urgente que os

    reduzamos a cinzas, a poeira csmica. Assim ser como podremos branquear o lato, esse Lato ou

    Cobre, representado na Estrela da Manh. J sabemos todos, com inteira claridade, que em um dia

    no muito distante, aquele Luzeiro Vespertino se chamava tambm Lcifer, o Fazedor de Luz.

    O MITO EGPCIO DE SETH

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    A Lenda de Osris um dos mais antigos e importantes mitos no Egito e na religio egpcia. O mito

    define a posio de Osris como Senhor dos Mortos e do Submundo e o direito de Hrus (e de todos os

    faras) ao trono. Tambm exibe os poderes e deveres de outros deuses e o seu grande adversrio,

    Seth. Com a generosa idade desta lenda e escassez de verses completas, mostrada aqui uma

    verso criada por David C. Scott, a partir de passagens de vrios documentos e fontes.

    Nos tempos distantes, na Era Dourada quando os Deuses andavam sobre a terra com os humanos;

    naqueles antigos dias, Osris, o bisneto de R, sentava-se no Trono dos Deuses, reinando sobre o

    mundo assim como R o fez sobre os Deuses. Ele foi o primeiro Fara, e sis, a primeira Rainha. Eles

    reinaram por muitos Ens juntos, pois o mundo ainda era jovem e a Velha Morte no era to severa

    quanto hoje.

    Seus mtodos eram justos e perfeitos, e garantiram que Maat permanecesse em equilbrio, fazendocom que a Lei fosse mantida.

    E assim, Maat sorriu para o mundo. Todas as pessoas louvaram Osris e sis, e a paz reinou sobre

    todos, pois esta foi a Era Dourada. Mas, ainda assim, havia um problema. O orgulhoso Seth, o nobre e

    Soberbo Seth, irmo de Osris. Ele, que defendeu a Carruagem do Sol das garras de Apep (ou Apopi),

    o Destruidor, ps a desordem em seu corao. Ele cobiava o Trono de Osris. Ele cobiava sis. Ele

    cobiava o poder sobre o mundo e desejava tir-lo de seu irmo. Em sua mente sombria, ele formulou

    um plano para assassinar Osris e dele tirar tudo. Ele construiu uma caixa e inscreveu em sua

    superfcie um malfico encanto que iria acorrentar e aprisionar qualquer um que entrasse.

    Seth levou a caixa para o grande banquete dos Deuses. Esperou at que Osris ficasse embriagado,desafiando-o para um teste de fora. Cada um deles iria entrar na caixa e tentar, atravs da fora, sair

    de dentro. Osris, confiante em seu poder, porm frgil em sua mente por causa da bebida, entrou na

    caixa. Seth rapidamente despejou chumbo derretido na caixa. Osris tentou escapar, mas a magia

    perversa o segurou indefeso, levando-o morte. Seth ergueu a caixa e lanou-a no rio Nilo. A caixa

    desapareceu levada pelas guas.

    Seth reivindicou o Trono de Osris para si e demandou que sis se tornasse sua Rainha. Nenhum dos

    outros deuses se atreveu a impedir Seth, pois ele havia matado Osris e poderia facilmente fazer o

    mesmo a eles. O grande R deu suas costas e lamentou. Ele no se ops a Seth.

    Essa foi a Era de Trevas. Seth era tudo que seu irmo no era. Cruel e desalmado, no se importandocom o equilbrio de Maat ou com os humanos, filhos dos Deuses. A guerra dividiu o Egito, e tudo

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    estava sem lei enquanto Seth governava. Em vo os egpcios choravam para R, pois seu corao

    estava endurecido pela mgoa que no o deixava escutar os apelos.

    Somente sis, a abenoada Me Divina sis, lembrou-se dos humanos. Somente ela no temia Seth.

    Ela procurou por todo o Nilo pela caixa contendo seu amando marido. Finalmente ela a achou, presa

    em um ramo de tamareira que havia se tornado uma grande rvore, pois o poder de Osris aindaestava ativo, mesmo que ele estivesse morto. Ela abriu a caixa e limpou o corpo sem vida de Osris.

    Ela carregou a caixa de volta para o Egito e a colocou na casa dos Deuses. sis transformou-se em um

    pssaro e voou sobre o corpo de Osris, cantando uma cano de lamento. Ela rezou por ele e lanou

    um encanto. O esprito de Osris atendeu suas preces e tomou o corpo de sis. Da comunho espiritual

    que aconteceu, sis concebeu um filho cujo destino seria vingar o seu pai. Ela batizou a criana de

    Hrus, o que tudo v, e a escondeu numa remota ilha, longe dos olhos de seu tio Seth.

    Ela, ento, foi ao encontro a Thoth, o sbio Thoth, que conhece todos os segredos, e implorou por sua

    ajuda. Ela pediu por uma magia que pudesse trazer Osris de volta vida. Thoth, Senhor do

    conhecimento, procurou atravs de sua magia. Ele sabia que o esprito de Osris havia deixado seu

    corpo e estava perdido. Para restaurar Osris, Thoth deveria recri-lo, assim seu esprito iriareconhecer e tomar novamente o seu corpo. Thoth e sis juntos criaram o Ritual da Vida, o qual iria

    permitir que os humanos vivessem para sempre aps a morte. Mas antes que Thoth pudesse pr em

    ao sua magia, o cruel Seth descobriu seus planos. Ele roubou o corpo de Osris e o esquartejou,

    espalhando seus pedaos pelo Egito. Ele estava certo de que Osris jamais renasceria.

    Ainda assim, sis no caiu em desespero. Ela implorou pela ajuda de sua irm Nftis, para gui-la e

    ajud-la a encontrar os pedaos de Osris. Por muito tempo elas procuraram, trazendo cada pedao

    para Thoth para que ele pudesse realizar sua mgica. Quando todos os pedaos estavam reunidos,

    Thoth procurou Anbis, Senhor dos Mortos. Anbis costurou os pedaos, lavou as entranhas de Osris,

    embalsamou-o em linho e realizou o Ritual da Vida. Quando a boca de Osris abriu-se, seu espritoentrou em seu corpo e ele ganhou vida novamente.

    Mas, nada que foi morto uma vez, nem mesmo um Deus, poderia viver novamente na terra dos vivos.

    Osris foi para Duat, o Mundo Subterrneo. Anbis cedeu o trono a Osris e ele se tornou o Senhor dos

    Mortos. Ali, ele aplicava o julgamento das almas dos mortos. Condenava os justos Terra Abenoada

    do alm-vida, mas os pecaminosos eram condenados a ser devorados pelo demnio Ammut (os

    Mundos Infernos).

    Quando Seth descobriu que Osris estava vivo novamente, ficou enfurecido. Mas sua ira amenizou-se,

    pois sabia que Osris no poderia jamais retornar terra dos vivos. Sem Osris, Seth acreditava que iria

    sentar no Trono dos Deuses por toda a eternidade. Mas, em sua ilha, Hrus atingiu a fora da

    maturidade. Seth enviou muitas serpentes e demnios (os diversos agregados psicolgicos) para

    matar Hrus, mas este derrotou a todos. Quando estava pronto, sua me sis deu a ele grande magia

    para usar contra Seth, e Thoth deu a ele um punhal mgica.

    Hrus procurou Seth e o desafiou pelo trono. Seth e Hrus lutaram por muitos dias, mas, no final,

    Hrus derrotou Seth e o castrou. Mas Hrus, piedoso, no tirou a vida de Seth, pois se derramasse o

    sangue de seu tio no o faria melhor do que ele. Seth manteve seu ttulo no trono, e Hrus

    pronunciou-se como filho de Osris. Os deuses iniciaram uma luta entre eles, os que apoiavam Hrus e

    aqueles que apoiavam Seth. Banebdjetet saltou no meio do conflito e demandou que os Deuses

    terminassem com a luta pacificamente ou ento Maat entraria em desequilbrio. Ele ordenou que os

    Deuses buscassem o conselho de Neith. Esta, ntima da guerra mas sbia em conselho, pronunciou

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    que Hrus era o herdeiro por direito do Trono dos Deuses. Hrus lanou Seth para as Trevas, onde ele

    vive at hoje.

    E assim, Hrus cuida dos humanos enquanto vive, guia os passos do Fara enquanto vive, e seu pai

    Osris cuida dos humanos no alm-vida. E assim, os Deuses esto em paz. E assim Seth, o Condenado,

    eternamente tenta sua vingana, lutando contra Hrus conseqentemente. Quando Hrus vence, Maatest segura e o mundo permanece em paz. Quando Seth vence, o mundo entra em redemoinho. Mas

    os humanos sabem que tempos obscuros no duram para sempre, e que os raios brilhantes de Hrus

    iro novamente resplandecer sobre eles.

    No Final dos Tempos, Hrus e Seth lutaro uma ltima vez pelo mundo. Hrus ir derrotar Seth para

    sempre e Osris poder retornar a este mundo. Neste dia, conhecidos pelos Hierofantes egpcios como

    o Dia do Despertar, todas as tumbas sero abertas e os justos que morreram ganharo a vida

    novamente, e toda tristeza e sofrimento iro terminar para todo o sempre.

    Poema Sobre O Arcano 15 (A Paixo)

    A temvel hora sexta congelameus frgeis ossos de pavor

    Em mim mesmo encontro a fera

    que devo embater com todo ardor

    No espelho a imagem reflete

    inocente, o monstro que sou

    Naveguei muito para o leste,

    mas minha mente me guiou

    Ah, na grande treva do palco

    de ensaio infinito onde sou atormeu lato brilha bem fraco, limp-lo

    irei do lodo e do negror

    Do caminho de duas estradas

    agora dolorida me voltou a noo

    Nos dois fogos vejo a palha

    em um queimar-se, em outro no

    Vermelhas rosas vejo a resplandecer

    no infinito, nas covas da colina distante

    Nas serras sombrias onde no havia viver

    jardim mavioso nasce de instante em instante

    Baphometo dos mistrios velados,

    dos templrios que de ti se embeberam

    Me entregue as flores douradas dos prados

    passo a passo, pelas dores que as antecederam

    O colossal deus dos vales sombrios

    assim se ergue em sutil majestade

    semeando espinhos pelos caminhos

    para criar fortes ps e de ao a vontade

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    Tanto tempo errei nas aulas da vida!

    Em frgeis laos caa, em buracos vrios

    descia a procurar estrelas, sucumbia

    ante o doce sabor do pecado

    Quem vem pela estrada afora da montanhasolitria, onde em correntes Prometeu mora?

    Hrcules, heri legendrio por suas faanhas

    que vem em fortes passos para a ti liberar agora