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londrina · dezembro 2012 · ano xiii · n°161

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londrina · dezembro 2012 · ano xiii · n°161†

VIDA EM AÇÃO N°1612

Estimada comunidade, neste natal, meu coração se alegra em ver uma comunidade rica de diversidades, contagiante e perpetrada neste clima natalino de espera pela vinda do Senhor. Nesta ocasião quero refletir com vocês um texto do papa Leão Magno que nos coloca em sintonia com nossa condição de cristão perante o nascimento de Jesus.

Hoje, amados filhos, nasceu o nosso Salvador. Alegremo-nos. Não pode haver tristeza no dia em que nasce a vida; uma vida que, dissipando o temor da morte, enche-nos de alegria com promessa da eternidade.

Ninguém está excluído da participação nesta felicidade. A causa da alegria é comum a todos, porque nosso senhor, vencedor do pecado e da morte, não tendo encontrado ninguém isento de culpa, veio libertar a todos. Exulte o

justo, porque se aproxima da vitória; rejubile o pecador, porque lhe é oferecido o perdão; reanime-se o pagão, porque é chamado à vida.

Quando chegou a plenitude dos tempos, fixada pelos insondáveis desígnios divinos, o Filho de Deus assumiu a natureza do homem para reconciliá-lo com seu criador, de modo que o demônio, autor da morte, fosse vencido pela mesma natureza que antes vencera.

Eis por que, no nascimento do Senhor, os anjos cantam jubilosos: Glória a deus nas alturas; e anunciam: Paz na terra aos homens de boa vontade (Lc 2,14). Eles vêem a Jerusalém celeste ser formada de todas as nações do mundo. Diante dessa obra inexprimível do amor divino, como não devem alegrar-se os homens, em sua pequenez, quando os anjos, em sua grandeza, assim se rejubilam?

Amados filhos, demos graças a Deus Pai, por seu Filho, no Espírito Santo; pois, na imensa misericórdia com que nos amou, compadeceu-se de nós. E quando estávamos mortos por causa das nossas faltas, ele nos deu a vida com Cristo (Ef 2,5) para que fôssemos nele uma nova criação, nova obra de suas mãos.

Despojemo-nos, portanto, do velho homem com seus atos; e tendo sido admitidos a participar do nascimento de Cristo, renunciemos às obras da carne.

Toma consciência, ó cristão, da tua dignidade. E já que participas da natureza divina, não voltes aos erros de antes por um comportamento indigno de tua condição. Lembra-te de que cabeça e de corpo és membro. Recorda-te que foste arrancado do poder das trevas e levado para a luz e o reino de Deus.

Pelo sacramento do batismo te tornaste templo do Espírito Santo. Não expulses com más ações tão grande hóspede, não recaias sob o jugo do demônio, porque o preço de tua salvação é o sangue de cristo.

referência: Sermões de São Leão Magno, papa. lh

VOZ D

O PA

STOR

INFO

RMAÇ

ÕES

pe. joel ribeiro medeiros

EXPEDIENTE

(43) 33390252 | [email protected]

diretorPe. Joel Ribeiro Medeiros

jornalista resp.: Carolina Thomazequipe pastoral da comunicação

design e diagramação

Somma Studiowww.sommastudio.com (41) 30925120 | (43) 99757836

impressão: midiograf · tiragem: 1.500

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Toma consciência, ó crisTão, da Tua

dignidade

DEZEMBRO | 20123

O cristianismo não começa com uma grande ideia ou grande moral, mas, com um encontro, uma experiência, um acontecimento entre a pessoa humana e Jesus Cristo. No princípio está o encontro. Os evangelhos registram grandes e transformantes encontros das pessoas com Jesus. O encontro mexe, toca, transforma, convence. Quando esse encontro é com Jesus, tem características especiais.

Nossa vida é feita de encontros. A 'arte do encontro' é tão fundamental a ponto de podermos dizer: 'Eu sou o que foram meus encontros'. Eu sou mais eu e o outro é mais ele mesmo a partir do encontro. Eis a 'ciência da singularidade': eu me torno eu na relação com um tu. Graças ao encontro o outro é um você, um próximo, um amigo, um companheiro, um parceiro, um familiar, um irmão, não apenas um indivíduo.

Os encontros com Jesus como registram os Evangelhos geram atração, fascinação, admiração, assombro, transformação, mas, principalmente encantamento. O Documento de Aparecida enfoca a necessidade que temos hoje de facilitar e realizar um encontro ou reencontro com Jesus Cristo que suscite paixão, enamoramento, reencantamento, aliança, amizade. Eis o que é a porta de entrada para a iniciação cristã.

Um dos temas chaves de teologia do Papa Bento 16 é o da amizade com Jesus. 'A íntima amizade com Jesus é o ponto de referência, do qual tudo depende' ( Jesus de Nazaré, vol. I pag.10). A amizade com Jesus torna a vida grande, livre e bela. Nada temos a perder, mas, tudo a ganhar.

O Documento de Aparecida apresenta sete características do encontro com Jesus. Primeira, é um encontro 'vivo, decisivo, persuasivo'. Cada palavra aqui tem um peso. Trata-se de um encontro pessoal, marcante, vivificante, irradiante, transformante. Certamente, o Menino de Belém nos oferece singular oportunidade para tal experiência.

Segunda: 'um encontro fundante', isto é, tem fundamento, dá segurança, muda o estilo de vida, abre horizontes, provoca rupturas. Gera um novo parto, nova vida, novos critérios, novas atitudes.

Terceira: 'um encontro fascinante', que envolve a mente, o coração, a alma, as emoções, provoca maravilhamento, encantamento, paixão. 'Não há outro tesouro, outra felicidade outra prioridade que Jesus' (Dap 14). Encontramos no seguimento de Jesus a beleza e a alegria de ser cristão.

Quarta: 'um encontro íntimo' que cria vínculo de afetividade e de amizade, que se sustenta com o compromisso e a fidelidade, que consiste na troca de coração, de consciência, de critérios. Ser íntimo é ser confidencial, aberto,

EM D

ESTA

QUE

dom orlando brandes . Arcebispo de Ldna.

confiante, familiar. Em Jesus encontramos um amigo, um irmão que é o Salvador, o Filho de Deus.

Quinta: 'um encontro experimental', portanto Jesus Cristo é alguém, um Tu e não uma teoria, uma ideia, uma doutrina. Realiza-se um envolvimento pessoal cativante e inesquecível, como aconteceu com Paulo Apóstolo: 'Eu fui conquistado por Cristo Jesus' (Fl. 3,12). Este é o fim supremo e todo o resto é perda ou até lixo.

Sexta: 'um encontro fecundo' que não é apenas emoção, não é algo romântico, mas que se expressa no seguimento de Jesus, na conversão, na mudança da vida. Jesus Cristo é então 'encontrado, seguido, amado, adorado, anunciado e comunicado' (Dap 14).

Sétima: 'um encontro potencializador' que desenvolve e reforça nossas potencialidades, abre outras portas, soluções e horizontes, abrindo o coração para o mistério, a graça, a santidade. Cristo dilata e pontecializa nossas aptidões, nossas qualidades e encoraja-nos para a criatividade.

Oitava: 'um encontro fascinante' que mexe, move, atrai empolga, entusiasma. Encontro que suscita ternura e vigor, bondade e coragem, amizade, responsabilidade, doçura e oblação.

Desejo que o Natal seja um experiência de encontro e reencantamento por Jesus Cristo, revigorando nossa esperança, nossa alegria, nossa paz e nossa opção de 'nada antepor a Cristo Jesus'. O Menino de Belém cativou os anjos, Maria, José, os pastores e os magos. Que Ele encontre em nós abertura aceitação, empatia, interesse de amá-lo e segui-lo em vista de uma Igreja atraente e de um mundo melhor.

Viagens paraSANTUÁRIOS MARIANOS

PORTUGAL (Fátima)ESPANHA (S. Tiago de Compustela)

França (N.Sra. Lourdes)

Natal: encontro e reencantamento

VIDA EM AÇÃO N°1614

CANT

INHO

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Para os que têm fé, Natal é a chegada feliz de Deus que vem a nosso encontro para nos fazer irmãos e nos ensinar os caminhos do bem. Veio na frieza da noite para acender em nós o fogo do amor e nos fazer irmãos. Veio pobre para nos dar a riqueza de Deus. Os anjos iluminaram a noite e trouxeram a mensagem do céu: “Nasceu hoje para vós o Salvador” (Lc 2, 10). Isto era o Natal…

Infelizmente hoje o Natal é festa comercial: vende-se muito e desperta-se a necessidade de comprar. A festa atual é do comércio. Perdeu-se o clima da reunião da família, em que as crianças se alegravam com seus pequenos presentes: bolas, bonecas, carrinhos. Tudo simples e familiar, recordando a chegada de Deus-Menino nos braços de Maria.

Entre as cenas tão lindas da chegada de Jesus, de que São Lucas nos dá noticia, uma tem especial sentido para as pessoas idosas. A lei mosaica determinava que o primogênito recém-nascido fosse levado ao templo de Jerusalém para ser resgatado por um casal de pombos. José e Maria levaram o Menino ao templo, cumprindo o preceito da lei antiga.

Ali, no momento da oferta, estava providencialmente presente um ancião a quem Deus prometera que haveria de contemplar, na altura de seus vividos anos, o esperado

"Nasceu hoje para vós o Salvador" (Lc 2, 10)

paulo francisco tardivo

Salvador da humanidade. Por isto tomou nos braços cansados o Menino de quarenta dias e louvou a Deus por terem seus olhos tido a alegria de contemplar o rosto d’Aquele que era esperado já há séculos.

Sob a brancura dos cabelos, olhos úmidos de alegria incontida, os braços se erguem com a Criança e dos lábios brota o hino de ação de graças: “Agora podes deixar partir este teu servo porque meus olhos já cansados puderam contemplar nesta Criança a salvação que vem de Deus”.

É assim que se espera o Natal e assim que se celebra esta festa. É no encontro com o Salvador que sentimos a felicidade de nossa vida. Natal é festa de amor para todos: para os velhos cansados da vida, há um reconforto de esperança; para os adultos, a certeza da presença de Deus que veio para ficar conosco; para os jovens, uma ocasião para escolher certo o rumo de seus passos; para as acrianças e aos que ainda vão nascer a alegria de ter Deus bem perto de suas vidas inocentes.

Restabelecer, pois a verdade do Natal. Na afobação das compras, não perder o sentido real da festa da chegada de Deus entre nós. Moços e velhos, crianças e adultos, temos de preparar-nos para este encontro de salvação, de alegria e de graça com o Menino que nos foi dado na noite de Belém.

DEZEMBRO | 20125

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VIDÊ

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No dia 25 de dezembro, celebramos o Natal de Jesus com muita festas, comidas, presentes, reunimos parentes e amigos para desejarmos um feliz Natal. Lojas com enfeites, ofertas e possibilidades de compras, enfim, um forte aspecto comercial.

Mas o que significa tudo isso para nós cristãos? Na verdade, temos que celebrar o Natal como um tempo de aprofundar, contemplar e assimilar o mistério da Encarnação de Jesus. Contudo, podemos celebrar o Natal, com a preocupação de resgatar seu verdadeiro sentido, e a Igreja segue alguns ritos de preparação e espera, chamado advento.

O Advento, é uma preparação honrosa, como se faz em grandes festividades, como, por exemplo, o Natal. E a Igreja instituiu um período de preparação, proporcionando os meios

O ideal para nós cristãos, seria comemorar o Natal, lembrando o verdadeiro motivo do Natal através de preces e orações, viver o advento significa acreditar que estamos no mundo mas não somos do mundo. Somos de Cristo e por isso

márcia monteiro sanches souza

naTaL: tempo de conversãopara os cristãos se purificarem e celebrar o Natal dignamente. Este período de preparação é propício para a nossa reflexão interior, arrepender-se dos pecados e confessá-los, são atos para o cuidado e preparação, pois não recebemos visitas com a casa bagunçada, principalmente, Jesus Cristo.

A coroa do advento simboliza a eternidade, e suas cores representam a esperança e a vida, e é composta de quatro velas acendidas a cada domingo, que nos recorda a luz que ilumina o mundo, do amor de Deus que nos envolve e a esperança em nossa vida.

Colhemos alguns depoimentos de jovens da Capela Mãe da Divina Providência e Grupo Sedecias para saber como está sendo esta espera para eles.

maria clara Pupim . “Natal é tempo de alegria, tempo de renovar a nossa fé. Permitir que Deus nasça em nossos corações através do Menino Jesus e sermos um pouquinho como Ele. É tempo de solidariedade e amor, mas, penso eu, que não deveria ser comemorado apenas no dia 25 de dezembro e sim todos os dias. Essa celebração deve fazer parte do nosso essencial - como o alimento que deve alimentar a fé - 25 é uma data simbólica na qual comemoramos o Nascimento de Cristo, mas o real significado é aceitarmos que Jesus nasça em nós todos os dias e que sempre confessemos a nossa fé em Cristo. Deixar que o Natal aconteça todos os dias na vida de um cristão é estar constantemente alimentando a própria fé.”

Luís Felipe rogel . “Bom, basicamente o nascimento de Jesus e sempre comemoro com minha família.”

gabriela sanches . “Significa renovação da fé, comemorar o nascimento do menino Jesus, junto com a família que é o maior símbolo natalino. Além do advento que nos prepara para a comemoração, nos mostra, também, a luz, o amor fraterno e união. ”

Lenardo sanches . “O Natal significa que, após 2000 mil anos, Jesus vive e continua ajudando e livrando as pessoas do mal. E não deve ser comemorado apenas em dezembro e sim o ano inteiro, tendo Jesus como nosso melhor amigo.”

esperamos seu retorno. “O que a gente espera é que o Natal, que é a comemoração de um aniversário, não seja comemorado sem o aniversariante. Natal sem a figura de Jesus fica completamente vazio.” (Bevilacqua).

VIDA EM AÇÃO N°161

os símbolos de natal

6FO

RMAÇ

ÃO

O homem não vive sem sinais e símbolos. Seu pensar, seu conhecer, seu expressar o real e o espiritual é realizado através de símbolos. Ele transforma tudo em símbolos para ser enten-dido pelos outros. Assim a língua falada e escrita e as artes nas suas diversas expressões (pintura, escultura, música, dança...) são os símbolos mais comuns. O homem se expressa simboli-camente também através da fé e da cultura, e o natal é uma expressão de fé e de cultura. Conheça melhor a grandeza dos significados dos símbolos do Natal:

arvore de natal • No mundo, milhões de famílias celebram o Natal ao redor de uma árvore. A árvore, símbolo da vida, é uma tradição mais antiga do que o próprio Cristianismo, e não é exclusiva de uma só religião. Muito antes de existir o Natal, os egípcios traziam galhos verdes de palmeiras para dentro de suas casas no dia mais curto do ano em dezembro como um símbolo de triunfo da vida sobre a morte. Já o costume de ornamentar a árvore pode ter surgido do hábito que os druidas tinham de decorar velhos carvalhos com maçãs douradas para as festivi-dades deste mesmo dia do ano .A primeira referência a uma " Árvore de Natal" é do século xvi. Na Alemanha, famílias ricas e pobres decoravam árvores com papel colorido, frutas e doces. Logo, a árvore de Natal passou a ser popular em todo mundo.

Pinheiro • É a única árvore que não perde suas folhas durante o ano todo. Permanece sempre viva e verde. Foi usado pela primeira vez pela rainha da Inglaterra Elizabete e por ocasião do dia 25 de Dezembro, quando oferecia uma grande festa e recebia muitos presentes. Não podendo recebê-los todos pes-soalmente pediu que fossem depositados em baixo de uma árvore no jardim. Origina-se daí, igualmente, o costume de-positar os presentes em baixo da árvore. Árvore verde também

trás a esperança, a alegria e a vida nova. O verde constante do pinheiro, a vida permanente e plena que Jesus Cristo aparece.

Bolas coloridas que enfeitam as árvores • Simbolizam os frutos da "árvore vida" ou seja, Jesus Cristo.

o Presépio • Um dos símbolos mais comuns no Natal dos país-es católicos é a reprodução do cenário onde Jesus Cristo nasceu: uma manjedoura, animais, pastores, os três reis magos, Maria, José e o Menino Jesus. O costume de montar presépios surgiu com São Francisco de Assis, que pediu a um homem chamado Giovanni Villita que criasse o primeiro presépio para visualizar, sensibilizar, facilitar a meditação da mensagem evangélica, do, conteúdo, do mistério de Jesus Cristo que nasce na pobreza, na simplicidade.São Francisco, então, celebrou uma missa em frente deste presépio, inspirando devoção a todos que o assistiam.

a guirlanda ou coroa do advento • Em muitas paróquias, a Coroa de Advento é colocada ao lado do altar e utilizada durante as celebrações. Ela lembra a caminhada rumo ao Natal que che-ga. A coroa é feita com ramos verdes de pinheiro ou cipreste, en-volvido em fitas vermelhas. Nesses ramos são colocadas 4 velas, podendo ser de cores variadas ou seguir a tradição litúrgica da cor roxa, própria do tempo do Advento. As velas são acesas, grad-ualmente, a cada semana, nas celebrações dominicais, marcando o percurso feito pela comunidade até o Natal. Com o tempo, a coroa deixou de ser somente um símbolo litúrgico e passou a en-feitar as portas das casas, lembrando que o Natal está chegando.

o cartão de natal • A prática de enviar cartões de Natal sur-giu na Inglaterra no ano de 1843. Em 1849 os primeiros cartões populares de Natal começaram a ser vendidos por um artista inglês chamado William Egly. Os cartões são símbolos do inter-relacionamento do homem. O ser humano é comunicação, é relacionamento. A dimensão dialogal, de comunhão, de empatia vem expresso pela palavra escrita. Ao falarmos em palavra, nos vem à mente o prólogo do evangelho de São João: Cristo é o Ver-bo, a Palavra criadora, unificadora e salvadora de Deus (Jo 1,1-5).

DEZEMBRO | 20127

FORM

AÇÃO

pascom

os presentes • Existem muitas origens para este símbolo. Uma delas conta que São Nicolau, um anônimo benfeitor, presenteava as pessoas no período natalino. Outra tradição mais antiga, lem-bra os três reis magos que presentearam Jesus. O dia e o motivo de dar e receber presentes varia de país para país. A origem dos presentes por ocasião do final do ano tem origem pagã e que a tradição cristã foi aos poucos assimilando. Os romanos, há mais de 1500 anos, tinham o costume de enviar presentes aos amigos no início do ano novo. Tal hábito coincidia aos festejos ao deus Janus (um deus bifronte, que olhava para o ano que terminava e para o que começava) e, talvez as origens do nosso reveillon e outras comemorações de fim de ano. Esta festa complementava a festa do sol (25 de dezembro).Com o crescimento do cristian-ismo essas festas foram ganhando sentido cristão: Cristo é o Sol que ilumina o caminho dos homens; Ele é o Senhor da História; é o grande presente de Deus à humanidade. Dar presente é uma maneira muito palpável de demonstrar a solidariedade e bon-dade humana em dar sem interesse de receber. É vivenciar de maneira simples e ínfima a imensa e infinita bondade de Deus.

canções de natal • A Igreja católica sempre deu muita im-portância para o valor da música. As primeiras canções natalinas datam do século iv e são cantadas até hoje na véspera de Natal.

a comida • O Natal significa comida na maior parte do mun-do cristão. O simbolismo que o alimento tem na mesa no dia de Natal vem das sociedades antigas que passavam muita fome e encontravam em algum tipo de carne - o mais importante prato - uma forma de referenciar à Deus e à Jesus. Geralmente era servido porco, ganso - mais tarde substituído por peru, e peixe. Uma série de bolos e massas são preparados somente para o Natal e são conhecidos por todo mundo.

a estrela • A estrela na sociedade humana esteve sempre li-gada como "bússolas naturais" das pessoas. Hoje os aparelhos de navegação evoluíram de tal forma que as estrelas se tornaram apenas ornamentos no céu, objeto de estudo. Contudo durante milhares de anos eram elas as responsáveis em guiar os navega-

dores pelos mares e os viajantes pelos desertos. Eram elas que in-dicavam a direção, o sentido, o porto seguro. A estrela guiou os três reis magros Baltazar, Gaspar, Melchíor - desde o oriente até local onde nasceu Jesus para que pudessem presenteá-lo com ouro, incenso e mirra, é lembrada hoje pelo enfeite que é colo-cado no topo da árvore de Natal. E Jesus Cristo é a Estrela Guia da humanidade. Ele é o caminho, o Sentido, a Verdade e a Vida.

os magos • "Eis que uns magos chegaram do Oriente a Jerusalém perguntando: 'onde está o rei dos Judeus, que acaba de nascer? ... viemos adorá-lo, '... Eis que a estrela que tinham visto no Oriente, ia-lhes à frente até parar sobre o lugar onde estava o menino ... e o adoraram. Abriram seus cofres e lhe ofereceram ouro, incenso e mirra"(Mt 2,1-12). Não eram reis e sim sábios, estudiosos, mas o que isto importa? A mensagem é mais forte que esse detalhe. Esta narração tão plástica e viva, enriquecida posteriormente com as-pectos lendários, como o nome dos três (Melchior, Gaspar e Bal-tazar), traz duas grandes mensagens teológicas: a. Cristo não veio apenas para os Judeus, mas para redimir toda a humanidade, Ele é o polo para o qual convergem todas as raças; b. A segunda grande mensagem está relacionada aos presentes oferecidos pelos magos: ouro, incenso e mirra. O evangelista Mateus expressa por esses símbolos a fé vivenciada pelos primeiros cristãos: Cristo é Rei dos Reis (daí o ouro), é filho Deus (o incenso) encarnado (a mirra).

a vela • Por milhares de anos, até a descoberta da energia elétrica há 100 anos, a vela, a lamparina ou lampião a óleo, as tochas foram as fontes de luz nas trevas noturnas. A minús-cula chama afugentava as trevas, a escuridão dando segurança e calor. Por isso na antigüidade alguns povos chegaram a cultuar o fogo como divindade. Jesus Cristo é a luz que ilumina nosso caminho: "Eu sou a luz do mundo, quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida" ( Jo 8,12). E "vós sois a luz do mundo ... não se acende uma candeia para se pôr debaixo de uma vasilha, mas num candelabro para que ilumine todos os da casa. É assim que deve brilha vossa luz" (mt 5,14-16).

VIDA EM AÇÃO N°1618

ESPA

ÇO V

IDA

No dia 30 de Dezembro comemoramos a festa da Sagrada Família. É de Nazaré, a escola em que se começa a compreender a vida de Jesus, é a escola em que se inicia o conhecimento do Evangelho. Aqui se aprende a observar, a escutar, a meditar e a penetrar o significado tão profundo e misterioso desta manifestação do Filho de Deus, tão simples, tão humilde e tão bela. Talvez se aprenda também, quase sem dar por isso, a imitá-la.

Aqui se aprende o método e o caminho que nos permitirá compreender facilmente quem é Cristo. Aqui se descobre a importância do ambiente que rodeou a sua vida, durante a sua permanência no meio de nós: os lugares, os tempos, os costumes, a linguagem, as práticas religiosas, tudo o que serviu a Jesus para Se revelar ao mundo. Aqui tudo fala, tudo tem sentido. Aqui, nesta escola, se compreende a necessidade de ter uma disciplina espiritual, se queremos seguir os ensinamentos do Evangelho e ser discípulos de Cristo. Quanto desejaríamos voltar a ser crianças e acudir a esta humilde e sublime escola de Nazaré! Quanto desejaríamos começar de novo, junto de Maria, a adquirir a verdadeira ciência da vida e a superior sabedoria das verdades divinas!

Mas estamos aqui apenas de passagem e temos de renunciar ao desejo de continuar nesta casa o estudo, nunca terminado, do conhecimento do Evangelho. No entanto, não partiremos deste lugar sem termos recolhido, quase furtivamente, algumas breves lições de Nazaré.

Em primeiro lugar, uma lição de silêncio. Oh se renascesse em nós o amor do silêncio, esse admirável e indispensável hábito do espírito, tão necessário para nós, que nos vemos assaltados por tanto ruído, tanto estrépito e tantos clamores, na agitada e tumultuosa vida do nosso tempo. Silêncio de Nazaré, ensina-nos o recolhimento, a interioridade, a disposição para escutar as boas inspirações e as palavras dos verdadeiros mestres. Ensina-nos a necessidade e o valor de uma conveniente formação, do estudo, da meditação, da vida

o exemplo de nazaré

pascom

pessoal e interior, da oração que só Deus vê.Uma lição de vida familiar. Que Nazaré nos ensine o que

é a família, a sua comunhão de amor, a sua austera e simples beleza, o seu caráter sagrado e inviolável; aprendamos de Nazaré como é preciosa e insubstituível a educação familiar e como é fundamental e incomparável a sua função no plano social.

Uma lição de trabalho. Nazaré, a casa do Filho do carpinteiro! Aqui desejaríamos compreender e celebrar a lei, severa mas redentora, do trabalho humano; restabelecer a consciência da sua dignidade, de modo que todos a sentissem; recordar aqui, sob este teto, que o trabalho não pode ser um fim

em si mesmo, mas que a sua liberdade e dignidade se fundamentam não só em motivos

econômicos, mas também naquelas realidades que o orientam para um

fim mais nobre. Daqui, finalmente, queremos saudar os trabalhadores

de todo o mundo e mostrar-lhes o seu grande Modelo, o seu Irmão divino, o Profeta de todas as causas justas que lhes dizem respeito, Cristo Nosso Senhor.

João Paulo ii, na Carta dirigida à família, por ocasião

do Ano Internacional da Família, 1994, escreve: “A

Sagrada Família é a primeira de tantas outras famílias santas. O

Concílio recordou que a santidade é a vocação universal dos batizados (lg

40). Como no passado, também na nossa época não faltam testemunhas do "evangelho da

família", mesmo que não sejam conhecidas nem proclamadas santas pela Igreja... A Sagrada Família, imagem modelo de toda a família humana, ajude cada um a caminhar no espírito de Nazaré; ajude cada núcleo familiar a aprofundar a própria missão civil e eclesial, mediante a escuta da Palavra de Deus, a oração e a partilha fraterna da vida! Maria, Mãe do amor formoso, e José, Guarda e Redentor, nos acompanhem a todos com a sua incessante proteção.”

Sagrada Família de Nazaré, rogai por nós!

DEZEMBRO | 20129

pascom

ser Padre é...

VIDA EM AÇÃO N°16110

Expondo seus trabalhos realizados, as Pastorais da Paróquia realizaram a ii Feira das Pastorais, na festa de Cristo Rei, quando se celebra o dia do leigo! Muito obrigado a todos os cristãos leigos da Paróquia engajados no trabalho de evangelização!

EM FO

CO Feira das Pastorais 2012

Rua Guadalajara, 296 Tel: 3321-2823

DADO

DO A

MOR

1. Sexta-feira meu pai deu dinheiro para eu comprar lanche na escola. Quando fui comprar o lanche, percebi que minha amiga estava sem lanche e com muita fome. Como não tinha sobrado dinheiro, gastei um pouco da minha mesada para comprar o lanche para minha amiga.

catequizanda: Moriah Francisquini

2. Um colega da minha sala pisou na bola comigo, fiquei muito triste e quando cheguei em casa joguei o dado três vezes e nas três saiu “amar o inimigo”, entendi que era Deus falando isto para mim e logo a dor passou. Dias depois consegui fazer um ato de amor para este colega. catequizanda: Lucas Pires Feliciano

jacinta

atitudes cristãsde catequizandos

DEZEMBRO | 201211

EM FO

CO

capela mae da divina Providência recebe encontro regional

novena de natal obrigado!

atlético Paraense faz doação de camisa autografada para a Paróquia

Em destaque, a primeira reunião que a capela Mãe da Divina Providência sede espaço para a arquidiocese realizar reunião do caso especial Pastoral Familiar do Regional Sul ii.

A Pascom da Paróquia são Vicente de Paulo

agradece a todos os Patrocinadores do Jornal

Vida em Ação pela parceria firmada. Graças

ao apoio destas empresas se torna possível

mensalmente a entrega de 1.500 exemplares do jornal

a toda a comunidade paroquial. Deus vos

Abençoe, feliz Natal e um Ano Novo cheio de Paz e

Realizações!!!

Foram mais de 100 grupos que neste ano de 2012 se reuniram para a novena de Natal em nossa Paróquia, momentos oportunos para se preparar para a chegada do Menino Jesus. Em destaque o grupo de Reflexão Sagrada Família, condomínio Vale do Arvoredo.

A diretoria do Atlético Paraense em visita a Londrina aproveitaram para fazer uma doação de uma camisa autografada em prol da construção da Capela Mãe da Divina Providência e demais projetos sociais. Será realizado um leilão para angariar fundos. Muito obrigado ao Atlético Paraense pela bela iniciativa.

VIDA EM AÇÃO N°16112

CANT

INHO

DA

MAD

RE

natal, o Deus conosco. Um Deus que se fez criança e que assumindo nossa condição humana continua conosco, através do tempo, dentro da história.

natal, não é apenas um fato histórico, acontecido num longínquo passado. Natal é o Cristo vivo de agora, no irmão. Natal continuará acontecendo hoje e sempre.

natal, com seu clima de Paz, de Amor, de Esperança, é sempre uma tomada de consciência, um tempo de reflexão e de conversão.

A cada Natal que chega um sorriso de esperança renasce no rosto e no coração da humanidade

Sempre é Natal no coração daquele que canta a manifestação do amor humanitário de nosso Deus.

Em cada gesto de bondade que esboçamos, em cada sorriso que distribuímos, em cada favor que prestamos, em cada perdão que concedemos, Cristo torna a nascer, hoje e sempre.

O presépio, mudo mas eloqüente, nos mobiliza, num eterno lembrete: “glória a deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade”.

O Cristo continua nascendo espiritualmente no coração de todos os homens e mulheres de boa vontade.

O Natal é sempre um fascinante acontecimento. Ele traz

irmã aparecida de lourdes arado

naTaL É esPeranÇa. naTaL É PaZ. naTaL É amor.

à todos uma mensagem a mais sublime: mensagem da Fé, da Esperança, do Amor, da alegria e das bênçãos espirituais.

O Natal é a grande festa da Divina Presença, dentro da História da salvação. Deus se incorporou a família humana para que ela se associe a vida trinitária, no mistério da contemplação de um amor eterno que é a própria essên-cia de Deus. Vindo aos homens na forma a mais humilde, de uma criança, Cristo nos aponta o caminho seguro para o céu.

O Verbo de Deus continua a querer nascer em cada dia da nossa vida. É preciso situar-nos interiormente diante do Verbo feito carne na manjedoura de Belém. Deixar-nos tocar pelo mistério de amor e de ternura que o Pai nos revela no Deus-Menino; unir-nos aos Pastores, no seu entusiasmo e acompanhar os Anjos no seu hino de louvor: “Gloria a Deus nas Alturas”.

Diante do mistério do Amor-Ternura do Natal, renovemos e consolidemos o desejo de ser portadores de atitudes e gestos de amor, paz e fraternidade a todos os que nos rodeiam.

Jesus, o Verbo do Pai, Criador e Senhor do Universo, deverá encontrar a porta aberta dos nossos corações, para continuar a nascer em nosso mundo, hoje.

Mensagens da Serva de Deus Madre Leônia por ocasião do Natal: