logun edé é o senhor dos prodígios

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LOGUN EDÉ É O SENHOR DOS PRODÍGIOS Ayabá Osún criou muitas crianças, mas filhos carnais ela so pariu três. Com Oduduwá ela teve a princesa Olosé, com Orunmilá ela teve a feiticeira Parôye e com Erinlé ela teve o guerreiro Logun, que é seu primogênito e herdeiro de toda sua riqueza. Se conta que logun não queria viver a sombra de sua mãe, por isso foi embora da cidade de Ipondá para conquistar seus objetivos pessoais, nisto ele conquistou Ijesá e Edé e foi nomeado LOGUN EDÉ! Mas após muito tempo no trono Ologun decidiu partir e ir morar na casa de Obatalá como seu aprendiz. Nesse periodo onde logun edé esteve ausente suas cidades foram governadas por Osun, que recebeu o Título de "Osún Ayê Edé". Havia um rapaz cego na cidade de Edé que desejava ser um caçador, e por isso todos zombavam dele, dizendo que "se lhe pedissem um papagaio Branco ele caçaria uma codorna vermelha sem saber a diferença". O rapaz queria muito ser um "Odé" e no auge de sua tristeza ele pediu ajuda a seus pais para dar uma grande Oferenda a logun edé, o rei ausente. O cego era pobre e não tinha muito dinheiro, mas tinha um Ofá velho que herdou de seu avô. O cego então apanhou o Ofá e um pote com mel e foi para a floresta sozinho. Ele ali ofereceu a Logun o bem mais precioso que tinha, o Ofá de madeira. Ele rezava e chorava pedindo que Logun edé tirasse a tristesa de seu coração, e então ele sentiu a presença de alguém. Ao levantar sua cabeça ele viu Ologunedé em suas roupas douradas reluzentes. SIM O CEGO VIU, ENXERGOU, fora um prodígio de Logun edé o Feiticeiro. O rapaz não sabia como agradecer, mas Logun lhe disse: "Continue a agir como um cego, haverá daqui a dois dias o festival dos caçadores e você deve participar". Logun devolveu o Ofá de madeira para o rapaz e novamente desapareceu. No dia do Festival todos zombavam ao ver o pobre rapaz que acreditavam estar cego com aquele Ofá velho nas mãos. Mas durante todo o festival eles ficaram pasmos, o tal cego era o mais habil entre todos caçadores e em apenas um dia caçou animais o suficiente para alimentar a cidade inteira. No momento em que o rapaz foi eleito vencedor do festival lhe perguntaram como ele havia recuperado a visão, e ele disse: "MILAGRE DE LOGUN EDÉ". O ex cego ficou rico vendendo suas caças para o povo, e quando o Rei retornou ao trono ele o serviu com muita alegria até a o fim de sua vida. Ase

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Page 1: Logun Edé é o Senhor Dos Prodígios

LOGUN EDÉ É O SENHOR DOS PRODÍGIOS

Ayabá Osún criou muitas crianças, mas filhos carnais ela so pariu três. Com Oduduwá ela teve a princesa Olosé, com Orunmilá ela teve a feiticeira Parôye e com Erinlé ela teve o guerreiro Logun, que é seu primogênito e herdeiro de toda sua riqueza.

Se conta que logun não queria viver a sombra de sua mãe, por isso foi embora da cidade de Ipondá para conquistar seus objetivos pessoais, nisto ele conquistou Ijesá e Edé e foi nomeado LOGUN EDÉ!Mas após muito tempo no trono Ologun decidiu partir e ir morar na casa de Obatalá como seu aprendiz.Nesse periodo onde logun edé esteve ausente suas cidades foram governadas por Osun, que recebeu o Título de "Osún Ayê Edé".

Havia um rapaz cego na cidade de Edé que desejava ser um caçador, e por isso todos zombavam dele, dizendo que "se lhe pedissem um papagaio Branco ele caçaria uma codorna vermelha sem saber a diferença". O rapaz queria muito ser um "Odé" e no auge de sua tristeza ele pediu ajuda a seus pais para dar uma grande Oferenda a logun edé, o rei ausente. O cego era pobre e não tinha muito dinheiro, mas tinha um Ofá velho que herdou de seu avô. O cego então apanhou o Ofá e um pote com mel e foi para a floresta sozinho. Ele ali ofereceu a Logun o bem mais precioso que tinha, o Ofá de madeira. Ele rezava e chorava pedindo que Logun edé tirasse a tristesa de seu coração, e então ele sentiu a presença de alguém. Ao levantar sua cabeça ele viu Ologunedé em suas roupas douradas reluzentes. SIM O CEGO VIU, ENXERGOU, fora um prodígio de Logun edé o Feiticeiro.O rapaz não sabia como agradecer, mas Logun lhe disse:"Continue a agir como um cego, haverá daqui a dois dias o festival dos caçadores e você deve participar".

Logun devolveu o Ofá de madeira para o rapaz e novamente desapareceu.

No dia do Festival todos zombavam ao ver o pobre rapaz que acreditavam estar cego com aquele Ofá velho nas mãos. Mas durante todo o festival eles ficaram pasmos, o tal cego era o mais habil entre todos caçadores e em apenas um dia caçou animais o suficiente para alimentar a cidade inteira. No momento em que o rapaz foi eleito vencedor do festival lhe perguntaram como ele havia recuperado a visão, e ele disse:

"MILAGRE DE LOGUN EDÉ".

O ex cego ficou rico vendendo suas caças para o povo, e quando o Rei retornou ao trono ele o serviu com muita alegria até a o fim de sua vida.Ase

O culto de Logun edé é bem difundido na Nigeria em Osogbo, Iwo, Edé, Ijesà e também no Brasil. Na America Central é cultuado como caminho de Erinle sob o nome de "Larô", ou cultuado como uma qualidade de Osun hermafrodita chamada Omó Aladê por sua semelhança com a mesma. Esta lenda se refere a Ologunedé Larô que é o mesmo Logun edé Olokô cultuado no Brasil.Para os SulAmericanos ele é um Orisa masculino, Caçador e Guerreiro, mas vaidoso como sua mãe.

Títulos de logun ede no Brasil:

NIBAÍN-OLOKÔ-ALAPANÃ

Logun não possui qualidades, e sim títulos. Mas se o omo orisa crer que esse título se trata de uma qualidade, não ha problema se ver dessa forma.Títulos de Logun:

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EDÉ L'OKÔ - leva o nome de seu avô Okô, quando se referimos a esse título significa que Logun estáproximo a Esú.

EDÉ N'IBAIN - Se refere ao ar jovial de Logun, sua leveza, quando se referimos a esse título significa que Logun está proximo Oya.

EDÉ ALAPANAN - Se refere ao ar Másculo de Logun, sua Força como Caçador e Guerreiro, quando se referimos a esse título significa queLogun está proximo Erinlé.

Eruwaô logun edé!!!Seré – Xeré – Apetrechos de Aganjú, Àyira e Sàngó.

SÉRÉ

O Xeré é um instrumento musical feito de cobre com a extremidade de forma esférica contendo sementes vegetais. É uma espécie de chocalho, tocado comexclusividade na Religião Tradicional Afro-brasileira para os ancestrais Aganju, Ayirá, Xangô e seus generais (kakanfó). Outrora, o aludido instrumento era uma “apala”, cabaça essa ainda usada nos templos tradicionais da Cultura Religiosa Africana.

A importância e o caráter sagrado do xeré são notados quando o mesmo é trazido do sacrário de Ayirá, do altar de Aganju ou do oratório deXangô para o salão de culto ou para um determinado espaço público destinado às festas públicas. O xeré deve ser trazido envolto num “Aso-ìnura”(axó inurá) e sobre uma almofada ornada simbolicamente sempre com a maior reverência. Antes de ser usado, o xeré é tocado no solo por três vezes consecutivas pelo Bãlè Àyirá(Balé Ayirá) ou Mògbà Sàngó(Mobá Xangô)q

Em alguns templos da Tradição Iorubá, em solo brasileiro, essa concessão também é cedida ao Òtun Oba ao Òsi Oba e à Ìyá Sàngó, que o seguram sempre com a mão direita, não podendo ultrapassar a cabeça com o mesmo, sequer tocá-lo sobre a cabeça de qualquer pessoa.

Na ausência dos componentes da Egbé Àyirá ou Egbé Sàngó, esta função fica ao encargo do Aborè-nlá Àse ouBàbáaláàse. Pode ser tocado ocasionalmente por outros descendentes do Axé que já tenham tomado posto à circunspeção do Sumo Sacerdote ou Sacerdotisa do Axé.

Entre os apetrechos ou símbolos destinados aos ancestrais Ayirá e Xangô, existem o “oxê” e o “ajerê” que dizem representar, de forma simplificada, um ser mitológico carregando uma tocha acessa sobre a cabeça, remetendo-nos, de certa forma, às histórias que narram a trajetória desse ancestral e suas experiências com o fogo. Existe também a “labá” , que, segundo os mitos do ancestral Xangô, era o local onde o mesmo guardava seus “èdùn-àrá” .

ESCLARECIMENTOS

Segundo os nagôs igbomina, os ancestrais Àyirá,Aganjú e Sàngósão os únicos neste tópico que trazem nas mãos o “irùkèrè”.

O “oxê” de Àyirá possui somente um gume, tendo no cabo do mesmo uma serpente enrolada ou a cabeça de um carneiro. Essa representação nos leva a sua origem e permanência em Nupê,sua terra natal. É comum vermos o ancestral Ayirá, quando da sua possessão, dançar o “alujá”, ostentanto o “Oxê” em sua mão direita, ao oposto de seu irmão Xangô e de Aganju, seu sobrinho neto, que, quando da sua possessão, dança o “aluja” ostentanto o “Oxê” em sua mão esquerda. Há de se esclarecer que, durante a dança, o “irùkèrè“ de Aganjú, de Àyirá e de Xangô fica aos cuidados dos seus sacerdotes.

Da mesma forma, é comum vermos o ancestral Sàngó, ao dançar o “alujá”, fazer uso de sua mão esquerda imitando o lançar do “èdùn-àrá”, após retirá-lo da “Làbà”, que traz atravessada ao tórax e colocada ao seu lado direito.

Segundo outras vertentes religiosas, o ancestral Aganjú puxa o “alujá”ajoelhado.

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Os kakanfò (generais) de Sàngó, cultuados no Brasil, carregam em cada uma das mãos um “Osé” de dois gumes e puxam o “alujá”com os dois braços.

Somente os ancestrais Aganjú, Àyirá e Sàngó possuem o hábito de dançarem o “alujá” ajoelhados.

Segundo a Tradição Nagô, o som do Xeré imita o ruído da chuva. (Essa referência é pertinente ao ancestral Ayirá.).

Em terras da África, a apala é tocada para quase todos os ancestrais e orixás. .

Generais.

Cabaça de pescoço alongado.

Incluam-se os Kakanfo.

Toalha.

Governador ou Chefe Geral da Confraria do ancestral Àyirá.

Sacerdote do Culto a Xangô.

1º Ministro. Aquele que fica ao lado direito do Rei.

2º Ministro. Aquele que fica ao lado esquerdo do Rei.

Na Tradição Nagô Igbomina, a Ìyá Xangô é a única pessoa do sexo feminino autorizada a fazer uso do Xeré.

Confraria de Àyirá.

Confraria de Xangô. .

Sumo sacerdote de uma determinada confraria.

Pai que detém poder na confraria.

Machado de um só gume que é pertinente ao ancestral Àyirá. De dois gumes pertinente ao ancestral Xangô.

Cuscuzeira. Vasilhame feito de barro, cheio de furos, dentro do qual se coloca carvão em brasa.

Espécie de bolsa ou sacola de couro pertinente ao ancestral Xangô. Possui forma retangular e ornamentada com desenhos simbólicos.

Machados neolíticos, isto é, pedras do raio que Xangô lança sobre a terra durante as tempestades.

Ornamento feito com a crina de cavalo, usado pelos reis em sinal de ostentação e poder.

Àfònjá, Gbarú e Ogodó.

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