LOGÍSTICA E A REALIDADE BRASILEIRAUm breve resumo sobre o atual estado dos meios de transportes de carga no país

Portos Marítimos

O Brasil tem 43 portos marítimos. Ineficiência e burocracia são alguns

fatores que afetam diretamente o nosso desenvolvimento portuário, resultando num quadro que mostra um Brasil que produz, vende, mas não consegue embarcar de forma eficaz seus produtos para o mercado externo.

Portos Secos

A estrutura do porto seco (na verdade, um grande terminal de cargas) opera a movimentação e armazenagem de mercadorias sob controle aduaneiro em ambiente terrestre.

Embora sejam considerados fortes agentes de simplificação, agilidade e economicidade para as empresas importadoras e exportadoras, os portos secos vêm recebendo poucos .

Rodovias

A Pesquisa Rodoviária 2009 da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) mostra que 69% das estradas brasileiras estão em condições péssimas, ruim ou regular para o tráfego. No entanto, na comparação entre 2007 e 2009, houve queda de quase 5% no número de rodovias nessas situações.

Segundo o levantamento, a melhora nas condições das estradas brasileiras - federais, estaduais e concedidas à iniciativa privada - foi de 26,1% para 31% (rodovias avaliadas como ótimas ou boas).

90% das movimentações de pessoas no território nacional ocorrem por rodovias.

Ferrovias

Segundo Rodrigo Vilaça, hoje as ferrovias estão com 26% de participação na matriz brasileira de transportes. Este número vem aumentando desde a concessão para a iniciativa privada, saltando de 18% para 26%.

O trem se apresenta como a grande solução para grandes commodities agrícolas e minerais, volumes com baixo valor agregado e principalmente quando nós estamos tratando da interiorização do Brasil, diz Vilaça.

Acredita-se que até 2020 a participação das ferrovias ultrapasse 28% na matriz de transportes.

Hidrovias

Nosso país conta com 46.000 km de vias fluviais navegáveis. Desse total 45% estão localizadas na região Amazônica.

Em média o preço (em reais) de ton/1.000km das hidrovias é bem menor que dos outros modais mais utilizados (rodovias e ferrovias)

O Brasil é um país dotado de um extenso conjunto de bacias hidrográficas que existe em nosso território e possibilita uma utilização desses recursos no desenvolvimento da nossa infra- estrutura logística.

O PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) prevê investimentos da ordem de 58 bilhões de reais no setor de transportes (incluindo investimentos públicos e privados), desse total aproximadamente 11 bilhões serão investidos no modal hidroviário.

Entretanto, alguns projetos devem ser bem analisados, pois podem causar sérios impactos no meio ambiente, como o que se pretendeu fazer para escoar a produção de soja do cerrado brasileiro pelo rio Paraguai.

Aerovias

Paula Montilha diz que o Brasil possui o Controle de sua Aviação predominantemente militar, tornando o processo de movimentação aérea mais burocrático e menos voltado à uma de suas maiores necessidades: a questão comercial.

Montilha constatou que ainda que o setor do país passa por um momento de crise e necessidade de reestruturação, falta de gerenciamento, deficiências técnicas, etc... Pois houve a subestimação do aumento do tráfego por parte das autoridades.

A autora vê o Transporte Aéreo pode ser o modal do futuro desde que haja a reestruturação do cenário atual da Aviação , medidas de médio e longo prazo, aumento da capacidade de aeroportos e aviões.

Dutovias

Ocupando a 16ª posição no ranking mundial, o Brasil tem malha dutoviária inferior até mesmo a de países com extensão territorial menor, como México (40 mil quilômetros), Argentina (38 mil) e Austrália (32 mil)

Segundo especialistas, houve incrementos, especialmente no caso dos gasodutos, que praticamente dobraram de extensão em relação ao início da década, chegando aos atuais dez mil quilômetros. A expansão foi motivada pelo Plangás, que proporcionou a utilização, em várias regiões do Brasil, de recursos oriundos de novas descobertas e do gás associado na Bacia de Campos, anteriormente queimado nas plataformas.

Outro foco de interesse são os alcoodutos. Existem até o momento três projetos de implantação desses sistemas: o da PMCC, cujo traçado vai de Uberaba (MG) a Paulínia (SP); o CentroSul, que ligará o Mato Grosso ao litoral paulista; e o da Uniduto, de Serrana (SP) a uma monoboia a ser instalada no Guarujá (SP)