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LOCALIZAÇÃO INDUSTRIAL: UM
ESTUDO DE CASO PARA LOCAÇÃO
ESPACIAL DE UMA UNIDADE DE
ENVASAMENTO DE ÁGUA DE COCO
Thomaz Crespo Paravidino (ISECENSA)
Estefane Pereira Pinto de Souza Manhaes (ISECENSA)
Henrique Rego Monteiro da Hora (ISE/UFF)
Helder Gomes Costa (UFF)
A Teoria da Localização busca propor a escolha racional de um local
ótimo para se alocar uma unidade produtiva. Este problema levou
vários teóricos a discorrer sobre suas formas de responder a este
questionamento como, por exemplo, Alfred WWeber, Von Thunen,
Launhardt, Harold Hotelling e Losch, cujas teorias formam uma
vertente denominada como “Teoria Clássica da Localização”. Outro
grupo de teóricos, como Castelles, Aydalot, Keeble, Perrin e Porter,
constitui os chamados teóricos contemporâneos da localização
industrial. Com o intuito de compreender tais fatores, busca-se à luz da
Teoria Clássica e da Teoria Contemporânea compreender quais
seriam os fatores mais relevantes na macro-localização de uma
unidade de envasamento da água de coco, planta oriunda do sudeste
asiático denominada cientificamente de Cocos nucifera (L.), da família
Arecaceae. A escolha por um local ótimo para este tipo de unidade
produtiva está atrelada a um processo de decisão, marcado por
restrições relacionadas à demanda reprimida do produto e ao excesso
de oferta de matéria prima, além de restrições associadas ao custo
operacional. Segundo dados da Agrianual (2006) o Rio de Janeiro é o
sexto estado brasileiro que apresenta maior produção de coco no país.
Ao observar a divisão deste Estado em Regiões Administrativas, o
Censo Agropecuário de 2006 revela uma acentuada concentração da
produção de coco na região Metropolitana (51%) e Norte Fluminense
(29%), o que influenciou a escolha dos municípios de Itaguaí,
Quissamã, Campos dos Goytacazes, Seropédica e Cachoeiras de
Macacu, cujos dados foram coletados e modelados. Na escolha da
modelagem matemática, optou-se pelo uso do método AHP, pois o
problema de decisão envolve múltiplos critérios conflitantes entre si, o
que requer a hierarquização das alternativas de modo a estabelecer ao
decisor os municípios que apresentam as melhores condições para
receber uma indústria de envasamento de água de coco.
XXXI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual: Desafios da Engenharia de Produção na Consolidação do Brasil no
Cenário Econômico Mundial Belo Horizonte, MG, Brasil, 04 a 07 de outubro de 2011.
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Cenário Econômico Mundial Belo Horizonte, MG, Brasil, 04 a 07 de outubro de 2011.
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Palavras-chaves: Teoria da Localização Industrial, Cocos nucifera,
AHP, análise multicritério.
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1. Introdução
A Localização Industrial é o local onde uma empresa deve instalar suas atividades industriais.
A escolha onde alocar a indústria é de suma importância, pois dependendo de sua localização
poderá lhe acarretar uma série de transtornos e prejuízos ou melhorar seu posicionamento em
relação aos seus rivais.
As indústrias atualmente possuem um grande desafio ao escolher um sítio para alocar suas
unidades produtoras, de bem de consumo duráveis e não-duráveis, uma vez que uma série de
variáveis são importantes para avaliar o local mais adequado. Para Buarque (2004), esta
escolha deverá incorrer em um aumento de produção acompanhada de redução dos custos
operacionais, no entanto, este problema não possui uma solução simples ou um modelo
matemático único e imutável, o que acaba por inspirar a elaboração de modelos que proporem
teorias para explicar o porquê de alguns pontos do globo possuírem uma atividade industrial
mais desenvolvida e outros menos desenvolvidas.
Segundo Montgomery & Porter (1998), as indústrias vêm concentrando-se em localidades que
apresentam vantagens competitivas por (terem) como característica a qualidade do ambiente
para execução de elevados níveis de produtividade para uma área específica de atuação. É
ainda notória a importância da proximidade geográfica entre clientes, fornecedores e rivais
por promover a especialização da atividade e consequentemente a eficiência.
Pode-se notar que atualmente a concorrência imposta pelo acirrado cenário mundial faz com
que as empresas busquem incessantemente a liderança do mercado através do pioneirismo do
lançamento de produtos e serviços. Para que as indústrias cheguem ao topo da
competitividade, as empresas devem investir altos valores em Pesquisa & Desenvolvimento,
impulsionar a contratação de mão de obra qualificada, e desenvolver uma estratégia eficaz e
condizente com a realidade (CASTELLS, 1999).
Atualmente, o estudo da Localização Industrial incorpora vantagens tanto para as empresas,
por buscarem maiores competitividade em relação a custo e receita, quanto para os Estados,
que buscam melhores condições e desenvolvimento para as regiões e menores desequilíbrios
regionais (CLEMENTE & COSENZA, 2002).
As Teorias da Localização Industrial estão agrupadas em duas vertentes, uma clássica e outra
contemporânea. A Teoria Clássica procura explicar as atividades sociais, econômicas e suas
localizações em pontos discretos do espaço geográfico, destacando os fatores de repulsão e
atração das atividades. A Teoria Contemporânea agrega, além dos elementos citados pela
Teoria Clássica, os elementos de tempo e espaço e admitem imperfeição na concorrência. Esta
nova visão contribui para explicar, por exemplo, o impacto das inovações tecnológicas, dos
elementos de gestão empresarial, dos gastos e dos níveis de renda sobre o padrão locacional
da produção (BARQUETE, 2002).
O presente estudo concentra-se nas linhas de trabalhos da Teoria da Localização, cujo
objetivo é propor a escolha racional de um local ótimo para se alocar uma unidade produtiva.
A escolha por um local está atrelada à Teoria da Localização que busca discorrer sobre os
principais fatores que impulsionam ou atraem o capital privado a alocar um investimento
produtivo em uma região em detrimento das demais. Este trabalho faz uso do método da
análise hierárquica (SAATY, 1991), ou como é mais conhecido por sua sigla em inglês, AHP,
mas não se ocupa em explicar ou definir seu funcionamento, uma vez que isto já é vastamente
discutido na literatura científica e o formato da comunicação científica não é extenso o
suficiente.
Com o intuito de compreender tais fatores, busca-se à luz da Teoria Clássica e da Teoria
Contemporânea da Localização, compreender quais seriam os fatores mais relevantes na
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macrolocalização de uma unidade de envasamento da água de coco, planta que possui origem
do sudeste asiático denominada Cocos nucifera (L.).
2. Referencial Teórico
2.1 Localização Industrial
Separada em duas fases distintas a “Teoria Clássica da Localização” que apresenta como
principal característica a busca pela minimização dos custos e maximização das receitas e a
“Teoria Contemporânea da Localização” que valoriza as inovações, a flexibilidade, a
competitividade do setor, o investimento em Pesquisa & Desenvolvimento e a busca pela mão
de obra qualificada.
A “Teoria Clássica da Localização” possui como principais precursores Alfred Weber, Von
Thünen, Launhardt, Harold Hotelling e Losch e na “Teoria Contemporânea da Localização”
destacam-se para Castelles, Aydalot, Keeble e Perrin.
2.1.1. Teoria Clássica da Localização
Segundo Clemente & Higachi (2000), o modelo de localização de Alfred Weber foi o mais
representativo dentre outros autores que propõem a minimização dos custos. Weber, ao
explicar sua teoria, começa a estabelecer parâmetros de economia de custo para determinar a
escolha de um local.
Alfred Weber assume que as diferenças dos custos associados às diversas regiões influenciam
na escolha do local, sendo explicado pela ponderação de três fatores básicos: custo de
transporte, custo de mão de obra e a força de aglomeração e desaglomeração (WEBER, 1909
apud CAVALCANTE, 2008).
Ainda segundo Cavalcante (2008), o modelo clássico de Johann Heinrich Von Thünen tem
por objetivo encontrar um local de maximização da renda da terra, levando em consideração o
custo de transporte. O autor propôs que o entorno da cidade onde estiver concentrado o
mercado, a terra seria utilizada para o plantio onde o custo do deslocamento deste produto
fosse o mais alto. Para isso, seria levado em conta o congelamento da produtividade, ou seja,
a produtividade e os demais fatores seriam fixos.
Para Johann Heinrich (1820 apud CLEMENTE, 2000), os agricultores que ocuparem os anéis
mais próximos dos mercados obterão um lucro bruto por unidade vendida mais elevada. Nas
culturas que se localizam mais afastadas dos centros consumidores, o lucro bruto por unidade
de terra é menor, porém o custo do transporte é inferior, possibilitando assim atingirem o
mercado.
Segundo Pinto (1977), a contribuição de Launhardt cita em seu modelo que um sistema de
transporte desenvolvido traz vantagens para um determinado local através de uma maior
acessibilidade, segurança e rapidez na viagem.
Através de seus estudos, Launhardt (1882 apud PINTO, 1977) desenvolveu a teoria de áreas
de mercado. Para o autor, a simples troca de mercadoria entre a cidade e o país forma o
tráfego local ou de mercado, ao contrário do que acontece na venda por atacado entre as
cidades. No interior de cada cidade, se desenvolveu o centro-mercado ou centro de venda e,
ao redor, é a área de mercado ou de venda.
Harold Hotelling (1929 apud ALBERT; VIEIRA; BAGOLIN, 2007) baseou sua teoria
locacional considerando a localização das empresas em concorrência. Para as firmas
definirem sua localização ótima, as indústrias deveriam levar em consideração o local em que
seus concorrentes estão localizados, melhorando as vantagens competitivas. Para que as
empresas em concorrência alavancassem um posicionamento mais confortável, o mercado
deveria ser estratificado.
Uma aglomeração de indústrias que produzem produtos concorrentes tem como característica
principal a competição, caso esta ocorra não-preço, isto é, quando a competição for para
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adquirir uma maior fatia de mercado e os preços usados para indicar qualidade do produto
(MCCANN, 2002 apud ALBERT; VIEIRA; BAGOLIN, 2007).
August Losch (1939 apud BREITBACH, 1992) criou um modelo de equilíbrio geral, de
modo que todas as áreas de possível localização de um sistema industrial possam se
relacionar. A teoria parte do pressuposto do problema individual de localização, tanto do
produtor como do consumidor, assumindo uma superfície homogênea, na qual as condições
de transporte, custo de produção, distribuição populacional, matéria prima são similares e
deve ser ocupada na totalidade em qualquer ponto.
O ponto geográfico descrito pelo modelo de Losch se constituiu numa área de mercado, na
qual os consumidores possuíam gastos e preferências idênticas, porém os que se instalaram
nas zonas limítrofes serão considerados indiferentes em relação aos vizinhos produtores na
questão de aquisição de bens de consumo (BREITBACH, 1992).
August Losch demonstrou, também, em seus estudos que as áreas produtoras devem assumir
formas geométricas hexagonais, permitindo o melhor acesso dos consumidores e satisfazendo
com menor distância. De forma tal que a localização possa maximizar os lucros dos
produtores e permitir aos consumidores obter seus produtos ao menor preço (BREITBACH,
1992).
Segundo Richardson (1975), uma teoria para ser considerada inteiramente válida deveria
apresentar um modelo padrão que explique a localização da produção, a interdependência
entre os insumos e os produtores, e os padrões de comércio resultantes. Para o autor “mesmo
que admitisse a existência de um certo tipo de equilíbrio, seria difícil prever as conseqüências
da perturbação desse equilíbrio” (RICHARDSON, 1975, p.110).
Segundo Buarque (2004), a melhor localização para uma indústria seria aquela que
proporcionaria um aumento de produtividade e reduziria os custos envolvidos nesta produção.
Ainda segundo o mesmo autor, uma linha produtiva ao se localizar em um ponto geográfico
qualquer se nota que as quantidades de insumos direcionam-se para ela, onde serão
processados e encaminhados para os centros consumidores.
2.1.2. Teoria contemporânea da localização
No final dos anos 60, surgiu a chamada Teoria Contemporânea da Localização Industrial,
tendo como defensor, que mais se destacava, Manuel Castells.
Segundo Castells (1999), a facilidade de comunicação entre as empresas de todo o globo vem
proporcionando um modelo de localização cuja característica concentra-se na divisão espacial
internacional do trabalho.
Para entender um pouco sobre a visão de Manuel Castells em relação à localização das
indústrias, segundo Castells (1983, p.31 apud TOLEDO; GUIMARÃES, 2008, p.194) A indústria está cada vez mais liberada com referência a fatores de localização
espacial rígida, tais como matérias-primas ou mercados específicos, enquanto que,
ao contrário, depende cada vez mais de uma mão-de-obra qualificada e do meio
técnico e industrial, através de relações funcionais já estabelecidas. A indústria,
portanto, busca acima de tudo sua inserção no sistema urbano, mais do que sua
localização em relação aos elementos funcionais (matérias-primas, recursos,
escoamentos) que determinaram sua implantação.
Na década de 80, Philippe Aydalot começou a despertar interesse nos grupos europeus com
suas idéias inovadoras, foi através delas que eles passaram a desenvolver seus estudos
teóricos e empíricos sob o desenvolvimento da escolha certa da localidade associada à criação
de novas tecnologias e da construção de novos territórios. A teoria é de que haja algo
localizado em nível regional, o qual permite que a região em questão se sobressaia sobre as
outras, sendo mais dinâmica (ANDRADE, 2007).
Segundo Aydalot (1984 apud BREITBACH, 1992, p. 695), chama-se de foot-losse as
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atividades industriais inovadoras, porque além do custo de transporte ser menor, se trata de
empresas multinacionais que não têm vínculo com nenhum território específico, embora isso
não queira dizer que ela possa ser instalada em qualquer lugar, e sim, que os fatores
abordados na tomada de decisão de sua localidade devem ser diferentes.
A partir do momento que novos "savoir-faire" (paradigma tecnológico) são ajudados ou
contribuídos pela cooperação (paradigma organizacional) por intermédio dos agentes
localizados na mesma região (paradigma territorial), se potencializa o processo de inovação
(ANDRADE, 2007).
Keeble (1981 apud MATOS, 2000) usou como medida de centralidade os modelos
gravitacionais e diz que quanto mais próxima dos grandes centros de produção a região
estiver, mais central ela será. O modelo em questão permite calcular a influência de uma
região sobre outra, e através desse cálculo, avaliar a influência dessas regiões em escalas para
um melhor efeito comparativo. A conclusão a que se chegou é de que sempre que uma
empresa tiver um rendimento superior exercerá uma influência maior sobre as outras com
baixo rendimento.
Segundo Montgomery & Porter (1998), as indústrias vêm concentrando-se em localidades que
apresentam vantagens competitivas por possuírem como característica a qualidade do
ambiente para execução de elevados níveis de produtividade para uma área específica de
atuação.
De acordo com Perrin (1986 apud AMARAL FILHO, 2001), hoje em dia, do ponto de vista
estratégico, a competitividade é muito importante para a sustentabilidade do desenvolvimento
endógeno. A realidade atual mudou, e a competitividade que antes pertencia somente ao
mundo das empresas, passa agora a pertencer ao mundo das regiões também.
Ao demonstrar que o fator polarizante não é o tipo de atividade industrial, e sim a sua
capacidade de evoluir, a sua complexidade e a natureza das tecnologias que incorpora, Perrin
(1983 apud MATOS, 2000) acabou contribuindo para a teoria da polarização, afirmando que
as atividades quaternárias (serviços especializados, investigação, gestão de empresas) podem
gerar polarizações duráveis, enquanto as atividades de fabricação são o oposto das de
transformação (indústria do aço) capazes de criar uma polarização real.
Existem quatro aspectos que em conjunto definem o crescimento, inovação e produtividade de
uma determinada localidade: i) condições de fatores (insumo); ii) contexto para estratégia e
rivalidade; iii) as condições de demanda; e iv) os setores correlativos e de apoio. Esses
fatores, que no conjunto, Montgomery & Porter (1998) denominam de diamante, buscam
explicar porque as empresas situadas em um local são capazes de inovar e aprimorar de forma
constante suas estratégias competitivas.
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Fonte: Extraído de Montgomery & Porter (1998, p.88)
Figura 1: Determinantes da vantagem nacional
A Teoria Contemporânea agrega, além dos elementos citados pela Teoria Clássica, os
elementos de tempo e espaço e admitem imperfeição na concorrência. Esta nova visão
contribui para explicar, por exemplo, o impacto das inovações tecnológicas, dos elementos de
gestão empresarial, dos gastos e dos níveis de renda sobre o padrão locacional da produção
(BARQUETE 2002).
Os principais fatores de localização industrial que compõem a Teoria Clássica podem ser
resumidos em custo de transporte de matéria prima e produtos acabados, custo de mão de obra
e fatores aglomerativos e desaglomerativos, além desses, outros fatores são apresentados no
Quadro 1. Disponibilidade e custo dos transportes Proximidade e dimensão dos mercados consumidores
Disponibilidade e custo da mão-de-obra Clima da região e qualidade de vida
Disponibilidade e custo de água e energia Disponibilidade e custo de terrenos
Proximidade e suprimento de insumos materiais Topografia
Remoção de esgotos ou resíduos Custo de construção, montagem e manutenção
Fonte: Extraído de Barbieri (1995 apud BARQUETTE, 2002, p.104 )
Quadro 1: Fatores Locacionais Tradicionais
Apesar de a teoria Clássica ser amplamente utilizada, há restrições no uso de sua abordagem.
As análises dos autores contemporâneos procuram entender como algumas regiões têm a
capacidade maior de inovar ou os motivos de algumas tecnologias implantarem e
desenvolverem em determinados locais.
A Teoria Contemporânea ao descrever o comportamento locacional das indústrias busca
atender ao novo modelo de mercado. Dentre estes atributos estão: incentivos fiscais
governamentais, mercados globais, criação de distritos indústrias, proximidade de centros de
ensino e pesquisa, disponibilidade de capital, cultura empreendedora, entre outros, conforme
mostra o Quadro 2. Força de trabalho (aspectos qualitativos) Qualidade de vida
Capital Possibilidade de integração vertical
Base científica local Condições de acesso à informação
Vizinhança a metrópoles e universidade orientadas
para pesquisa (conexão ciência-indústria) Perfil empresarial da comunidade local
Telecomunicações e transportes Atuação de parceiros como setor público,
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associações de classe, instituições ou pessoas etc.
Fonte: Extraído de Baquette (2000 apud BARQUETTE, 2002, p.105)
Quadro 2: Fatores Locacionais Contemporâneos
2.2. A produção de coco
A planta Cocos nucifera L., popularmente chamada de coqueiro, cujo fruto é composta de
uma poupa branca e água é uma palmeira de origem tropical, mais precisamente do sudeste
asiático e que se disseminou por aproximadamente 90 países da região intertropical.
Atualmente a Indonésia é responsável por quase 30% da produção mundial, a produção
brasileira ocupa a quarta posição mundial, sendo responsável por 5,51% da produção mundial,
como pode ser visto na Tabela 1.
Barreto (2003) retrata a hipótese acerca da proliferação do coqueiro no continente americano. A hipótese mais aceita é que o coqueiro tenha se originado no Sudeste Asiático,
principalmente nas ilhas entre os oceanos Índico e Pacífico. Desta região, foi levada
para Índia e em seguida para o leste Africano. Após o descobrimento do Cabo da
Boa Esperança, foi introduzido no oeste africano e daí para as Américas e toda
região tropical do Globo (BARRETO, 2003, p.21).
O cultivo do coqueiro ocorre principalmente no litoral Norte do País, por ser o local onde os
portugueses introduziram o cultivo da planta no país. Atualmente, o cultivo vem se alargando
para as Regiões Norte, Centro-Oeste, parte do Sudeste e Sul inclusive a região semi-árida do
Nordeste.
O estado da Bahia destaca-se como o maior produtor brasileiro, representando 35,20% da
produção nacional, com produtividade de 8.963,70 frutos/ha. Em contrapartida, o estado de
Alagoas possui a menor participação na produção nacional por 2,70%, enquanto que os
Estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro, que fazem parte da região sudeste, contribuem
com 8,17% e 3,54% da produtividade nacional, respectivamente (Figura 1).
35,2
0%
12,1
7%
11,8
9%
9,37
%
8,17
%
6,23
%
4,08
%
3,54
%
3,50
%
2,70
%
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
40,00%
Participação por estado
Bahia
Pará
Ceará
Pernanbuco
Espírito Santo
Sergipe
Rio Grande do Norte
Rio de Janeiro
Paraíba
Alagoas
Fonte: Baseado em Agrianual, 2006
Figura 3: Participação percentual dos estados brasileiros na produção de coco, 2006
Tabela 1: Participação percentual dos países da região intertropical na produção de coco, 2006
PAÍS PRODUÇÃO (T) ÁREA COLHIDA (HÁ) PARTICIPAÇÃO (%)
Indonésia 16.300.000 2.670.000 29,62%
Filipinas 14.500.000 3.300.000 26,35%
Índia 9.500.000 1.860.000 17,26%
Brasil 3.033.830 280.859 5,51%
Sri Lanka 1.950.000 447.000 3,54%
Tailândia 1.500.000 343.000 2,73%
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México 959.000 148.000 1,74%
Vietnã 940.000 147.000 1,71%
Malásia 710.000 179.000 1,29%
Papua Nova Guiné 650.000 180.000 1,18%
Outros 4.994.694 1.270.997 9,08%
Mundo 55.037.524 10.825.856 100,00%
Fonte: FAO, 2006.
2.3. Aspecto de comercialização e mercados de coco
O mercado de coco vem ganhando espaço significativo nos últimos anos com o aumento do
consumo de água de coco e o crescimento do engarrafamento, passando a concorrer
diretamente no mercado com refrigerantes e isotônicos. Fontenele (2005) retrata que, segundo
a Associação Brasileira dos Produtores de Coco (ASBRACOCO), o consumo de água de coco
é de 1,4% de todo líquido consumido; Estimam-se 10 bilhões de litros/ano.
Mesmo com o crescente consumo, nos meses mais frios do ano há retração da
comercialização. Segundo Ferreira, Warwick & Siqueira (1997), os meses de maior consumo,
entre setembro e fevereiro, o estado do Rio Grande do Norte exporta para outras regiões cerca
de 150 a 200 mil cocos-verdes mensalmente. Nos meses restantes, a comercialização cai para
30 a 40 mil unidades/mês. 3. Material & Métodos
3.1. Classificação da Pesquisa
Com base na classificação da pesquisa, o estudo caracteriza-se como exploratório, visando
gerar um melhor entendimento do problema e torná-lo explícito (SILVA & MENEZES,
2001). Em relação aos procedimentos técnicos, utiliza-se uma pesquisa bibliográfica para o
desenvolvimento da fundamentação teórica e de estudo de caso para aplicação do método
escolhido (GIL, 2002).
3.2. Procedimentos Técnicos
Para o presente estudo, são utilizadas para o desenvolvimento do modelo as etapas a)
definição das alternativas; b) definição dos critérios; c) Definição dos pesos dos critérios; d)
levantamento dos cursos; e) hierarquização do modelo; f) construção da matriz de prioridades;
a) Alternativas de localização:
1. Itaguaí;
2. Quissamã;
3. Campos dos Goytacazes;
4. Seropédica;
5. Cachoeiras de Macacu.
Para a escolha dos municípios foram levados em consideração os principais representantes do
estado do Rio de Janeiro em produção de pés de coco. No presente estudo, a cidade do Rio de
Janeiro, apesar de ter grande relevância neste aspecto, não foi levada em consideração, pois
não apresenta grandes áreas rurais para o desenvolvimento de tal taxa.
b) Identificação e seleção dos atributos de localização
Para elaboração desta tarefa, utilizaram-se dois autores/metodologias como parâmetro -
Método de Análise Hierárquico (AHP) e definição para os critérios (BARQUETTE, 2002).
Desta forma, os atributos selecionados para essa pesquisa são os apresentados no Quadro 3: Critérios clássicos Critérios modernos
Distância Média até o principal centro consumidor; Escolaridade Média da População;
Salário Médio do Pessoal Ocupado na Indústria de
Transformação;
Órgãos responsáveis pela pesquisa para melhoria do
Produto;
Disponibilidade e custo da água; Universidades (número);
Esgoto; Instituições de Ensino Técnico e Tecnológico;
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Custo de energia Luz; Número de Médicos (mil habitantes);
Custo da Embalagem; Taxa de Mortalidade Infantil.
Custo da Tampa; -
Custo do rótulo -
Preço do Coco; -
Quadro 3 Lista de critérios. Fonte: Elaboração Própria.
c) Pesos aos critérios
Na escolha da oferta dos fatores dos critérios para a instalação da empresa de envasamento de
água de coco, atribuíram-se os seguintes conceitos: 1 Igual importância As duas atividades contribuem igualmente para o objetivo.
3 Importância pequena de uma
sobre a outra A experiência e o juízo favorecem uma atividade em relação à outra.
5 Importância grande ou essencial A experiência ou juízo favorece fortemente uma atividade em relação
à outra.
7 Importância muito grande ou
demonstrada
Uma atividade é muito fortemente favorecida em relação à outra.
Pode ser demonstrada na prática.
9 Importância absoluta A evidência favorece uma atividade em relação à outra, com o mais
alto grau de segurança.
2, 4,
6, 8 Valores intermediários
Quando se procura uma condição de compromisso entre duas
definições.
Fonte: Extraído de Gomes (2004)
Quadro 4: Escala fundamental de Saaty (1991)
d) Levantamento de custos
Para uma análise detalhada dos critérios atribuídos, utilizou-se os valores expressos nas
Tabelas 2 e 3.
Municípios
Distância
Média até
o
principal
centro
consumid
or (km) ¹
Salário
Médio do
Pessoal
Ocupado na
Indústria de
Transformaç
ão ²
Custo de Serviços Básico Custo de Insumos Materiais
Água
(R$/m³)
³
Esgoto
(R$/m³) 4
Luz
(kwh) 5
Embalagem 6
Tampa 7
Rótulo 8 Preço do Coco
9
1. Itaguaí 74,00 581,88 2,99 2,99 0,42 280,00 38,00 37,00 R$ 600,00
2. Quissamã 242,00 581,88 2,16 2,16 0,39 300,00 40,00 30,00 R$ 450,00
3. Campos dos
Goytacazes 284,00 581,88 2,38 2,57 0,40 300,00 40,00 30,00 R$ 470,00
4. Seropédica 76,00 581,88 2,81 2,81 0,35 280,00 38,00 37,00 R$ 580,00
5. Cachoeiras de
Macacu 103,00 581,88 2,48 - 0,39 300,00 39,00 34,00 R$ 550,00
Fontes: Emsampa (2010); Ampla (2010); Portal Brasil (2010); Light (2010); SNIS (2008) e informações da
própria empresa estudada.
Tabela 2: Coleta de dados – Teoria Clássica
1. Distância entre as cidades e o principal centro
consumidor do estado;
2. Salário mínimo das cidades do estado do Rio de
Janeiro;
3. Tarifa de água;
4. Tarifa de esgoto;
5. Tarifa de luz;
6. Preço de mil embalagens;
7. Preço de mil tampas;
8. Preço de mil rótulos;
9. Preço de mil cocos.
Municípios
Escolaridade
Média da
População ¹
Órgãos
responsáveis pela
pesquisa para
melhoria do
Produto ²
Conexão Ciência Indústria Qualidade de Vida
Universidades
(número) ³
Instituições de
Ensino Técnico
e Tecnológico 4
Número de
Médicos
(mil
habitantes) 5
Taxa de
Mortalidade
Infantil 6
1. Itaguaí 0,185% 2 3 2 0,695 15,32
2. Quissamã 0,022% 1 3 1 0,000 14,08
3. Campos dos Goytacazes 1,551% 1 22 4 1,900 20,62
4. Seropédica 0,118% 1 2 0 0,137 7,01
5. Cachoeiras de Macacu 0,083% 1 0 0 0,144 14,08
Fontes: E-MEC (2010); DATASUS (2008) e diversas não documentadas.
Tabela 3: Coleta de dados – Teoria Contemporânea
1. Porcentagem de pessoas com nível superior completo no Estado do Rio de Janeiro;
2. Foram consideradas as cidades que possuem órgãos do Embrapa e Emater;
3. Quantidade de universidades por cidade;
4. Foram consideradas as cidades que possuem instituições do IFF (Instituto Federal Fluminense), Senai, Senac e Senat;
5. Quantidade de médicos para cada 1000 habitantes;
6. Mortalidade infantil por mil nascidos vivos.
e) Hierarquia dos critérios
Para o desenvolvimento desta pesquisa, tomou-se como base a seguinte hierarquia de critérios
para problema de decisão:
Fonte: Extraído do programa Expert Choice 11.
Figura 2: Hierarquia dos Critérios
f) Construção da matriz
Para a construção da matriz modelo, o decisor inicialmente utilizou o peso dos critérios,
segundo a escala fundamental de Saaty (1991), posteriormente obteve os resultados, segundo
o programa Expert Choice, versão 11.
4. Resultados & Discussão
A escolha por um local ótimo para este tipo de unidade produtiva está atrelada a um processo
de decisão, marcado por restrições relacionadas à demanda reprimida do produto e ao excesso
de oferta da matéria prima, além de restrições associadas ao custo operacional. Segundo
Porter, alguns locais acabam por apresentar maior competitividade e são escolhidas pelo
capital privado para receber investimentos produtivos.
4.1.Apresentação dos resultados
As extensas matrizes geradas pela aplicação do método de análise hierárquica (AHP) são
omitidas por este trabalho, por não ser seu objetivo explorar o método, e sim seus resultados.
Na Tabela 4 é apresentado o vetor de prioridades que relaciona os municípios que fazem parte
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do conjunto de alternativas viáveis em relação ao foco “Localizar Fábrica”. Não foram
observados inconsistências nos julgamentos que comprometessem o resultado, tanto dos
critérios relacionados ao foco, quanto das alternativas relacionadas com os critérios. Municípios
Foco 1 2 3 4 5
1 Localizar Fábrica 0,217 0,196 0,218 0,206 0,163
Fonte: Elaborado pelos autores
Tabela 4: Resultado Final – Prioridade Média Global (PMG).
Percebe-se que o município indicado pela legenda 3, Campos dos Goytacazes (em hachura na
Tabela 4), possui a maior fatia da distribuição, 21,80%. E deve ser escolhido como local mais
adequado para a instalação da nova fábrica de envase de água de coco. Este resultado é
seguido, em ordem, pelos municípios de 1. Itaguaí, 4. Seropédica, 2. Quissamã e 5. Cachoeira
de Macacu.
5. Conclusão
5.1. Quanto aos Objetivos
O objetivo declarado pelo trabalho é o de escolher uma localização ótima para uma nova
fábrica de envasamento de água de coco. A escolha dos critérios condensando as duas escolas
de localização industrial, a contemporânea e a clássica, utilizando as técnicas já amplamente
discutidas e utilizadas pela literatura científica do AHP, implementadas pelos autores desta
pesquisa, e avaliadas com o auxílio de dados de bases oficiais validam os resultados e são
suficientes para definir os objetivos como alcançados.
5.2 Quanto ao trabalho realizado
O resultado remete que, apesar da cidade de Campos dos Goytacazes ser o principal foco para
a implantação deste tipo de indústria, o município apresenta pouca diferença entre as cidades
de Itaguaí e Seropédica. Os demais municípios, Quissamã e Cachoeira de Macacu, necessitam
de alguns investimentos para ser em atrativos a esta atividade.
A mínima diferença entre as alternativas destaca o fator decisivo da escola moderna, que
coloca o município de Campos como primeira opção. Claramente é a cidade, entre as
alternativas, que oferece a melhor estrutura de vida para seus habitantes.
É importante ressaltar que este problema não é fictício, e tratou realmente de uma expansão
de uma empresa, que possuía dúvidas quanto à localização de uma nova fábrica, e este estudo
corroborou com a impressão intuitiva do decisor, em que o município de Campos dos
Goytacazes é a melhor opção.
Como Trabalhos futuros, é possível refazer a análise ao longo do tempo, para verificar se a
decisão se mostra robusta ao longo dos anos. O modelo aponta que hoje a decisão correta é o
município de Campos, mas não é possível prever se esta decisão ainda será a correta daqui a 5
anos, por exemplo. O modelo não prevê esta mutabilidade.
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