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1 EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS II SEMIPRESENCIAL Educar para formar LÍNGUA PORTUGUESA ENSINO FUNDAMENTAL II CADERNO DE ESTUDO 9ª ETAPA

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EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS II

SEMIPRESENCIAL Educar para formar

LÍNGUA PORTUGUESA

ENSINO FUNDAMENTAL II

CADERNO DE ESTUDO

9ª ETAPA

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PREFEITURA DA CIDADE DE SÃO JOÃO DE MERITI

Dr. João Ferreira Neto

Prefeito

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

Bruno Correa

Secretário

Subsecretária Pedagógica

Rita Barbosa

Subsecretário de Planejamento educacional

Hélio Porto

Superintendente de Educação

Silma Cleris

Coordenadora de Educação

Cristiane Alves

Coordenadora da Educação de Jovens e Adultos

Fabiana de Jesus Maciel

Equipe da Educação de Jovens e Adultos - Semipresencial

Astenea Rocha dos Santos

Eryca Rodrigues Duarte

Ivani Vasconcelos Veiga

Luciane Nobrega Teixeira Arrais

Sandra de Almeida Martins

Sueli Fonseca Correa

Humberto Franco de Araújo

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BEM VINDO!

Caro estudante,

Vamos voltar aos estudos?

Começar uma nova etapa da vida, sempre nos proporciona conhecer outras pessoas,

lugares, histórias e nos oferece a chance de ir além de onde estamos.

Você vai aprender coisas importantes e com certeza terá condições de conhecer e

desenvolver com maior consciência as características em relação ao conhecimento,

aprendizagem e sua formação.

Contamos com seu empenho e participação para que você tenha sucesso.

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APRESENTAÇÃO

Sabemos quanto é difícil para os jovens, adultos e idosos se dedicarem de forma

presencial aos estudos no espaço escolar atualmente, principalmente quando há a

necessidade de trabalhar, ou porque parou de estudar há algum tempo, ou por tantos

outros porquês.

A responsabilidade de estar diariamente em uma escola é, muitas vezes, um obstáculo

para a retomada dos estudos.

Nesse contexto a EJA II Semipresencial se apresenta como uma alternativa para

garantir o direito à educação aos que não conseguem frequentar regularmente a escola,

tendo, assim, a opção de realizar um curso com presença flexível que tem um olhar

sobre as experiências de vida, aprendizagem ao longo da vida e formação.

Para apoiar os estudantes como você ao longo de seu percurso escolar foram

organizados materiais específicos para essa modalidade de ensino.

Os Cadernos do Estudante apresentam textos que abordam e discutem os conteúdos

propostos para cada área do conhecimento e atividades para você por em pratica o seu

conhecimento.

Nesses Cadernos, você ainda terá espaço para registrar suas dúvidas, para que possa

discuti-las com o professor sempre que for a escola.

É com grande satisfação que a Secretaria da Educação de São João de Meriti, apresenta

os Cadernos do Estudante da Educação de Jovens e Adultos II Semipresencial.

Esperamos que você conclua o Ensino Fundamental e, continue estudando e buscando

conhecimentos para seu desenvolvimento, exercício da cidadania e qualificação para o

trabalho. Afinal, o conhecimento é o bem mais valioso que adquirimos na vida.

Bons estudos!

Secretaria Municipal de Educação

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COMO SE APRENDE A ESTUDAR?

Estudar e aprender são atividades que exigem participação ativa, requer disciplina e

dedicação. Portanto fique atento as dicas que com certeza irão potencializar a qualidade

da sua aprendizagem e conhecimento.

Leia. A leitura é uma das principais atividades de estudo. Quando estiver lendo

marque, sublinhe palavras-chave ou frases. É uma excelente estratégia para

focalizar sua atenção;

Crie um tempo diário para se dedicar ao estudo;

Organize seus materiais;

Selecione os assuntos que tem dúvidas;

Utilize todos os seus sentidos para desenvolver sua aprendizagem: assista vídeos

para estimular sua visão e audição, faça desenhos para estimular sua

criatividade, faça notas visuais e esquemas com os pontos principais de cada

conteúdo estudado;

Faça fichamentos, esquemas e anotações.

Quanto mais você estuda, melhor seu cérebro processará as informações. Isso é ótimo

para ampliar sua aprendizagem e transforma-la em conhecimento.

Estudar tem muito a ver com sua vida. Pare de pensar nos estudos como algo separado,

estabeleça relações quanto mais conexões dos assuntos estudados com sua vida maior

será a qualidade da sua aprendizagem.

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SUMÁRIO

Unidade 1 – Sintaxe de concordância, regência e colocação) ..........................................

Unidade 2 – Ortografia: ( emprego dos porquês/ emprego das expressões: cessão,

sessão, seção ou secção/ senão, se não/ ao invés de, em vez de/ ao encontro de, de

encontro a/ acerca de, há cerca de/ a fim de, afim de/ demais, de mais)/ Regras de

acentuação gráfica

( acento agudo/ acento circunflexo )....................................................................................

Unidade 3- Pontuação I( vírgula,ponto, ponto e vírgula e dois pontos)/ Técnica de

Redação: Dissertação( Estrutura do texto dissertativo/ parágrafo dissertativo) .................

Unidade 4- Crase / Pronome Relativo.....................................................................

Unidade 5- Conjunção coordenativa/ Período composto por coordenação/ Oração

coordenada sindética e assindética ....................................................................................

Unidade 6- Pontuação II: (Acento diferencial/ Reticência/ Aspas/ Parênteses/

Travessão), Ortografia: Emprego: há/a, onde/ aonde, mas/mais .......................................

Unidade 7- Dissertação...................................................................................................

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UNIDADE 1

SINTAXE DE CONCORDÂNCIA, REGÊNCIA E

COLOCAÇÃO

CONCORDÂNCIA VERBAL

Observe:

As crianças estão animadas.

Crianças animadas.

No primeiro exemplo, o verbo estar se encontra na terceira pessoa do plural, concordando com o

seu sujeito, as crianças. No segundo exemplo, o adjetivo “animadas” está concordando em

gênero (feminino) e número (plural) com o substantivo a que se refere: crianças. Nesses dois

exemplos, as flexões de pessoa, número e gênero se correspondem.

Concordância é a correspondência de flexão entre dois termos, podendo ser verbal ou nominal.

Ocorre quando o verbo se flexiona para concordar com seu sujeito.

SUJEITO SIMPLES

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Regra Geral

O sujeito sendo simples, com ele concordará o verbo em número e pessoa. Veja os exemplos:

A orquestra tocou uma valsa longa.( 3ª p. Singular )

Os pares que rodeavam a nós dançavam bem.

3ª p. Plural 3ª p. Plural

SUJEITO COMPOSTO

1) Quando o sujeito é composto e anteposto ao verbo, a concordância se faz no plural:

Exemplos: Pai e filho conversavam longamente.

sujeito

2) Nos sujeitos compostos formados por pessoas gramaticais diferentes, a concordância ocorre da

seguinte maneira: a primeira pessoa do plural prevalece sobre a segunda pessoa, que por sua vez,

prevalece sobre a terceira. Veja:

Teus irmãos, tu e eu tomaremos a decisão.

Primeira Pessoa do Plural (Nós)

Tu e teus irmãos tomareis a decisão.

Segunda Pessoa do Plural (Vós)

Pais e filhos precisam respeitar-se.

Terceira Pessoa do Plural (Eles)

Obs.: quando o sujeito é composto, formado por um elemento da segunda pessoa e um da

terceira, é possível empregar o verbo na terceira pessoa do plural. Aceita-se, pois, a frase:

"Tu e teus irmãos tomarão a decisão.".

3) Quando o sujeito é composto e anteposto ao verbo, a concordância se faz no plural:

Exemplos:

Pai e filho conversavam longamente.

Sujeito

Pais e filhos devem conversar com frequência.

Sujeito

4 ) Quando o sujeito for uma expressão de sentido coletivo e o predicativo estiver no plural, o

verbo ser concordará com o predicativo.

Por Exemplo:

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A grande maioria no protesto eram jovens.

O resto foram atitudes imaturas.

VERBO “SER”

A concordância verbal se dá sempre entre o verbo e o sujeito da oração. No caso do verbo ser,

essa concordância pode ocorrer também entre o verbo e o predicativo do sujeito.

O verbo ser concordará com o predicativo do sujeito:

a) Quando o sujeito for representado pelos pronomes - isto, isso, aquilo, tudo, o - e

o predicativo estiver no plural.

Exemplos:

Isso são lembranças inesquecíveis.

Aquilo eram problemas gravíssimos.

O que eu admiro em você são os seus cabelos compridos.

b) Quando o sujeito estiver no singular e se referir a coisas, e o predicativo for um substantivo

no plural.

Exemplos:

Nosso piquenique foram só guloseimas.

Sujeito Predicativo do Sujeito

Sua rotina eram só alegrias.

Sujeito Predicativo do Sujeito

Se o sujeito indicar pessoa, o verbo concorda com esse sujeito.

Por Exemplo:

Gustavo era só decepções.

Minhas alegrias é esta criança.

Obs.: admite-se a concordância no singular quando se deseja fazer prevalecer um elemento

sobre o outro.

Por Exemplo:

A vida é ilusões.

c) Quando o sujeito for pronome interrogativo que ou quem.

Por Exemplo:

Que são esses papéis?

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Quem são aquelas crianças?

d) Como impessoal na indicação de horas, dias e distâncias, o verbo ser concorda com

o numeral.

Exemplos:

É uma hora.

São três da manhã.

Eram 25 de julho quando partimos.

Daqui até a padaria são dois quarteirões.

Saiba que:

Na indicação de dia, o verbo ser admite as seguintes concordâncias:

1) No singular: Concorda com a palavra explícita dia.

Por Exemplo: Hoje é dia quatro de março.

2) No plural: Concorda com o numeral, sem a palavra explícita dia.

Por Exemplo: Hoje são quatro de março.

3) No singular: Concorda com a ideia implícita de dia.

Por Exemplo: Hoje é quatro de março.

e) Quando o sujeito indicar peso, medida, quantidade e for seguido de palavras ou expressões

como pouco, muito, menos de, mais de, etc., o verbo ser fica no singular.

Exemplos:

Cinco quilos de açúcar é mais do que preciso.

Três metros de tecido é pouco para fazer seu vestido.

Duas semanas de férias é muito para mim.

f) Quando um dos elementos (sujeito ou predicativo) for pronome pessoal do caso reto, com este

concordará o verbo.

Por Exemplo: No meu setor, eu sou a única mulher.

Aqui os adultos somos nós.

Obs.: sendo ambos os termos (sujeito e predicativo) representados por pronomes pessoais, o

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verbo concorda com o pronome sujeito.

Por Exemplo:

Eu não sou ela.

Ela não é eu.

CONCORDÂNCIA DOS VERBOS IMPESSOAIS –

HAVER, FAZER, ETC.

Qualquer brasileiro sabe que a regra de ouro de nossa sintaxe é a de que todo verbo

concorda com o sujeito da frase. O que devemos fazer, contudo, com aqueles verbos

que não são atribuídos a sujeito algum, os chamados verbos impessoais? O uso culto

prefere deixá-los imobilizados na 3a. pessoa do singular. Felizmente esses verbos

formam um grupo extremamente reduzido:

1. HAVER – Este verbo, quando usado nos sentidos de “existir” ou “ocorrer”, fica

sempre na 3ª do singular (o elemento em destaque é analisado como objeto direto):

CORRETO: EVITE:

Havia dez interessados. * Haviam dez interessados.

Aqui houve alterações. * Aqui houveram alterações.

Haverá sessões contínuas. * Haverão sessões contínuas.

2. FAZER E HAVER indicando TEMPO DECORRIDO)

CORRETO: EVITE:

Faz três meses. * Fazem três meses.

Amanhã fará dois anos. * Amanhã farão dois anos.

Fazia duas horas que esperava. * Faziam duas horas que esperava.

Havia dois dias que não comia. * Haviam dois dias que não comia.

3. FAZER, indicando CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS:

CORRETO: EVITE:

Fez dias belíssimos. * Fizeram dias belíssimos.

Ali fazia 40° à sombra. * Ali faziam 40° à sombra.

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CONCORDÂNCIA NOMINAL

A concordância nominal se baseia na relação entre um substantivo (ou pronome, ou

numeral substantivo) e as palavras que a ele se ligam para caracterizá-lo (artigos,

adjetivos, pronomes adjetivos, numerais adjetivos e particípios). Basicamente, ocupa-se

da relação entre nomes.

A concordância do adjetivo ocorre de acordo com as seguintes regras gerais:

1) O adjetivo concorda em gênero e número quando se refere a um único substantivo.

Por Exemplo:

As mãos trêmulas denunciavam o que sentia.

2) Quando o adjetivo se refere a vários substantivos, a concordância pode variar.

Podemos sistematizar essa flexão nos seguintes casos:

a) Adjetivo anteposto aos substantivos:

- O adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo mais próximo.

Por Exemplo:

Encontramos caídas as roupas e os prendedores.

Encontramos caída a roupa e os prendedores.

Encontramos caído o prendedor e a roupa.

- Caso os substantivos sejam nomes próprios ou de parentesco, o adjetivo deve sempre

concordar no plural.

Por Exemplo:

As adoráveis Fernanda e Cláudia vieram me visitar.

Encontrei os divertidos primos e primas na festa.

b) Adjetivo posposto aos substantivos:

- O adjetivo concorda com o substantivo mais próximo ou com todos eles (assumindo

forma masculino plural se houver substantivo feminino e masculino).

Exemplos:

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A indústria oferece localização e atendimento perfeito.

A indústria oferece atendimento e localização perfeita.

A indústria oferece localização e atendimento perfeitos.

A indústria oferece atendimento e localização perfeitos.

Obs.: Os dois últimos exemplos apresentam maior clareza, pois indicam que o

adjetivo efetivamente se refere aos dois substantivos. Nesses casos, o adjetivo foi

flexionado no plural masculino, que é o gênero predominante quando há

substantivos de gêneros diferentes.

- Se os substantivos possuírem o mesmo gênero, o adjetivo fica no singular ou plural.

Exemplos:

A beleza e a inteligência feminina(s).

O carro e o iate novo(s).

3) Expressões formadas pelo verbo SER + adjetivo:

a) O adjetivo fica no masculino singular, se o substantivo não for acompanhado de

nenhum modificador.

Por Exemplo:

Água é bom para saúde.

Casos Particulares

É proibido - É necessário - É bom - É preciso - É permitido

a) Essas expressões, formadas por um verbo mais um adjetivo, ficam invariáveis se o

substantivo a que se referem possuir sentido genérico (não vier precedido de artigo).

Exemplos:

É proibido entrada de crianças.

Em certos momentos, é necessário atenção.

No verão, melancia é bom.

É preciso cidadania.

Não é permitido saída pelas portas laterais.

anexo - obrigado - mesmo - próprio - incluso - quite

Essas palavras adjetivas concordam em gênero e número com o substantivo ou pronome

a que se referem. Observe:

Seguem anexas as documentações requeridas.

A menina agradeceu: - Muito obrigada.

Muito obrigadas, disseram as senhoras, nós mesmas faremos isso.

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Seguem inclusos os papéis solicitados.

Já lhe paguei o que estava devendo: estamos quites.

Meio - Meia

a) A palavra "meio", quando empregada como adjetivo, concorda normalmente com o

nome a que se refere.

Por Exemplo:

Pedi meia cerveja e meia porção de polentas.

b) Quando empregada como advérbio (modificando um adjetivo) permanece invariável.

Por Exemplo:A noiva está meio nervosa.

TESTE SEU CONHECIMENTO

1. (CESCEM–SP) Já ___ anos, ___ neste local árvores e flores. Hoje, só ___ ervas

daninhas.

(a) fazem, havia, existe

(b) fazem, havia, existe

(c) fazem, haviam, existem

(d) faz, havia, existem

(e) faz, havia, existe

2. A relação de verbos que completam, conveniente e respectivamente, as lacunas dos

períodos abaixo é:

1- Hoje ____ 24 de janeiro.

2- Trinta quilômetros ____ muito.

3- Já ____ uma e vinte.

4- ____ ser duas horas.

3. Complete as lacunas fazendo a concordância nominal com as formas entre parênteses.

a)Vão ____________ ao processo várias fotografias.

b)Ela estava _________ alcoolizada.

c)Vai _____________ a listagem do material à nota fiscal.

d)Ela ___________ falava mal da filha.

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4.Faça a correção da concordância.

a)Eu, tu ele e nossos amigos chegaram ao local.______________________________

b)É cinco horas e vinte minutos.___________________________________________

5.Complete as orações.

a)É _____________ a entrada de estranhos. ( proibido )

b)Muito ______________ respondeu a menininha. ( obrigado )

c)Vão _____________ à carta os meus documentos. ( incluso )

6.Marque com um X a alternativa que completa corretamente a frase.

a)________________ três dias que não vou à escola.

( ) fazem ( ) façamos ( ) faz

b)Eu com meu filho _____________ aqui.

( ) ficaram ( ) ficamos ( ) ficam

7.(Ibmec) Assinale a alternativa que preenche de forma adequada e correta as lacunas

nas frases abaixo, respectivamente.

I - Seguem _____ às cartas minhas poesias para você.

II - Polvo e lula _____ serão servidos no jantar.

III - Para a matrícula, é _____ a documentação pedida.

a)anexa - frescos - necessária

b) anexas - fresca - necessária

c) anexos - frescos - necessários

d) anexas - frescas - necessária

e) anexas - fresco – necessária

8) Em relação à concordância nominal, a ordem que preenche corretamente as lacunas

é:

I. Justiça entre os homens é ...................

II. É ......................... a entrada de pessoas estranhas.

III. A água gelada sempre é .....................

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(a) necessário, proibida, gostosa.

(b) necessária, proibida, gostoso.

(c) necessário, proibida, gostoso.

(d) necessária, proibido, gostoso.

(e) necessário, proibido, gostosa.

UNIDADE 2

ORTOGRAFIA

REGRAS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA

EMPREGO DOS PORQUÊS

Como

empregar

os

porquês.

Forma

Emprego Exemplos

Por que

Em frases interrogativas (diretas

e indiretas)

Em substituição à expressão

"pelo qual" (e suas variações)

Por que ele chorou? (interrogativa

direta)

Digam-me por que ele chorou.

(interrogativa indireta)

Os bairros por que passamos eram

sujos(por que = pelos quais)

Por quê No final de frases Eles estão revoltados por quê?

Ele não veio não sei por quê.

Porque Em frases afirmativas e em

respostas Não fui à festa porque choveu.

Porquê Como substantivo Todos sabem o porquê de seu medo.

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EMPREGO DE ALGUMAS EXPRESSÕES

Na língua portuguesa há muitos termos parecidos, seja no modo de falar ou de escrever.

As palavras sessão, seção e cessão representam um caso que gera muitas dúvidas.

Vamos tentar aqui exemplificar cada uma para melhor entendimento. Contudo, é

importante internalizar o significado de cada uma.

Vejamos:

SESSÃO

Escrita desse modo significa espaço de tempo de uma reunião deliberativa, de um

espetáculo de cinema, teatro, etc. .

Exemplos: A sessão demorou muito a começar, mas o filme valeu a pena.

A sessão terá como objetivo aprovar ou não a nova lei do estudante.

A sessão com o psicólogo durou um pouco mais do que o planejado.

CESSÃO

Escrita desse modo tem um único significado: ceder, ou seja, transferir algo, dar posse

de algo a outrem. Para se lembrar do modo como se escrever lembre-se que “ceder”

começa com “c”.

Exemplos: A cessão de suas terras foi aceita.

Autorizei a cessão dos materiais deste departamento à instituição carente que os

solicitou.

SEÇÃO

Desse modo quer dizer o mesmo que secção, ou seja, do ato ou efeito de repetir.

Significa ainda: divisão de repartição pública, parte de um todo, departamento.

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SENÃO OU SE NÃO...QUAL DEVO USAR?

Veja:

Se não der para você vir, não tem problema.

Caso não dê para você vir, não tem problema.

As duas orações acima não têm o mesmo sentido?

Agora, observe:

O que é isso, senão uma briga?

O que é isso, caso não uma briga?

A substituição feita acima de “senão” por “caso não” foi

insatisfatória, pois não ficou coerente, não tem sentido!

Logo, percebemos que “se não” e “senão” NÃO possuem o mesmo significado, uma

vez que não podem ser substituídos pela mesma expressão.

Use “senão” quando puder substituir por “do contrário”, “de outro modo”, “caso

contrário”, “porém”, “a não ser”, “mas sim”, “mas também”.

Veja alguns exemplos:

a) Você tem de comer toda a comida do prato, senão é desperdício. (de outro modo)

b) Se o clima estiver bom você vai, senão não vai. (do contrário)

c) Não lhe resta outra coisa senão pedir perdão. (a não ser)

d) Se não fosse o trânsito, não teria me atrasado. (caso não)

e) Não fui eu se não der certo. (caso não)

EMPREGO “ AO INVÉS” OU “ EM VEZ DE”?

Primeiramente, o termo “invés” é substantivo e variante de “inverso” e significa “lado

oposto”, “avesso". Na expressão “ao invés”, o substantivo “invés” continua com o

mesmo significado, contudo, é utilizada para indicar oposição a algo ou alguma coisa e,

portanto, significa “ao contrário de”. Geralmente vem acompanhada da preposição “de”.

Observe:

A empresa de cobrança ao invés de enviar o boleto, optou pelo débito em conta.

Ao invés de protestar seu nome, conceder-lhe-ei uma nova chance.

O termo “invés” é substantivo e variante de “inverso” e significa “lado oposto”,

“avesso".

Já a expressão “em vez de” é mais empregada com o significado de “em lugar de”,

porém, pode significar “ao invés de”, “ao contrário de”.

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Observe:

A menina assistiu à TV em vez de filme. (não poderá ser usado “ao invés de”, pois não

há oposição de termos).

A professora, em vez de diminuir a nota do aluno, aumentou-a (a expressão “em vez de”

poderia ser substituída por “ao invés de”, pois temos termos contrários “diminuir” e

“aumentou”).

Se “em vez de” pode significar “ao invés de”, como poderemos identificar o emprego

de ambas as expressões?

A expressão de “em vez de” pode ser empregada em múltiplas circunstâncias, desde que

seus significados sejam mantidos. Já “ao invés de” poderá ser aplicada somente quando

há termos que indicam oposição na frase, significando “ao inverso de”.

QUAL O SIGNIFICADO DAS EXPRESSÕES: “ AO

ENCONTRO DE” E “ DE ENCONTRO A”?

As expressões “ao encontro de” e “de encontro a” são diariamente faladas em jornais,

revistas, artigos, em conversas telefônicas, e-mails, dentre outros. Contudo, só não são

mais utilizadas pelas dúvidas constantes que geram no indivíduo: qual está correta?

como empregá-las? qual o significado dessas expressões?

Para não haver mais imprecisão no uso das locuções em questão, devemos nos ater aos

seus significados, mesmo porque possuem sentidos contrários. Vejamos:

Ao encontro de: tem significado de “estar de acordo com”, “em direção a”, “favorável

a”, “para junto de”.

Exemplos: Meu novo trabalho veio ao encontro do que desejava. (Meu novo trabalho

está de acordo com o que desejava.)

Vamos ao encontro de nossa turma. (Vamos para junto de nossa turma)

Essa lei vem ao encontro dos interesses da população. (Essa lei vem a favor, em direção

aos interesses da população)

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De encontro a: tem significado de “contra”, “em oposição a”, “para chocar-se com”.

Exemplos: Esta questão está indo de encontro aos interesses da empresa. (Esta questão

está indo contra os interesses da empresa).

A decisão tomada foi de encontro às reivindicações do sindicato. (A decisão tomada foi

oposta às reivindicações do sindicato).

O jovem dirigiu bêbado e foi de encontro à árvore. (O jovem dirigiu bêbado e chocou-se

com a árvore).

Como podemos perceber, “ao encontro de” tem significado de concordância, de acordo,

enquanto que “de encontro a” exprime significado de discordância, de divergência.

Logo, quando for usar as expressões abordadas acima, observe antes se o que vai ser

dito tem sentido desarmônico ou harmônico.

ACERCA DE / HÁ CERCA DE/ A CERCA DE

Vejamos:

A cerca de, escrito assim, separado, significa “perto de”, “aproximadamente”,

“próximo de”:

a) Brasília fica a cerca de 208 km de Goiânia.

b) O rapaz foi encontrado a cerca de 10 metros do local.

c) Vamos, ela está a cerca de dois passos daqui.

Acerca de tem significado de “a respeito de” ou “sobre”:

a) Estávamos conversando acerca da viagem.

b) Ninguém disse nada acerca do que aconteceu com aquela família.

c) Elas jogam conversas fora acerca de muitas coisas.

Há cerca de por apresentar o verbo “haver” tem sentido de tempo decorrido, logo,

significa “desde aproximadamente”, “faz aproximadamente”:

a) O curso foi lançado há cerca de dois anos.

b) Há cerca de duas semanas que não vejo Maria.

c) Não faço ginástica há cerca de 5 anos.

Não confunda o significado de “a cerca de” com “há cerca de”. O primeiro faz relação

com a distância e o segundo com o tempo. Assim também, sempre quando houver

dúvidas, faça a seguinte averiguação:

1.Tem relação com distância? Se sim, use a cerca de.

2.Tem relação com tempo e pode ser substituído por “faz”? Se sim, use há cerca de.

Veja: Não chove no Nordeste há cerca de dois meses = Não chove no Nordeste faz

aproximadamente dois meses.

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AFIM OU A FIM?

1 - "Afim" é um adjetivo e significa igual, semelhante, parecido.

Suas ideias são afins.

Possuem temperamentos afins; por isso se relacionam tão bem.

2 - "A fim" faz parte da locução "a fim de", que significa para, com o propósito, com o

intuito e indica finalidade:

Fez tudo aquilo a fim de nos convencer de sua inocência.

Apresentou-nos todas as propostas de pagamento a fim de vender os produtos.

DEMAIS OU DE MAIS?

Afinal, qual é a forma correta? Demais ou de mais? Fique atento a essa preciosa dica

ortográfica!

Bom, saiba que existem as duas hipóteses na língua portuguesa e ambas estão corretas.

Contudo, as duas palavras apresentam significados diferentes e costumam causar muita

confusão, sobretudo na hora de escrever. Mas, fique calmo, existe uma maneira prática

de diferenciar as situações nas quais as duas palavrinhas devem ser utilizadas.

A palavra demais é um advérbio, devendo ser empregada para expressar uma ideia de

exagero. Observe os exemplos:

Estou cansada, acho que trabalhei demais.

O aluno gostou demais da leitura do livro.

“Você é linda, mais que demais, você é linda sim” (Caetano Veloso)

De mais é uma locução adverbial que indica uma noção de quantidade, nesse caso, de

maior quantidade, e é o contrário da locução adverbial de menos.

Exemplos:

Comprei comida de mais, suficiente para muitos dias.

Não vejo nada de mais, fique tranquila.

A cozinheira colocou sal de mais na comida.

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ACENTUAÇÃO ORTOGRÁFICA

O acento agudo deixa de existir em alguns poucos casos. Vejamos:

PAROXÍTONAS:

1. Nas palavras paroxítonas ou seja, nos vocábulos cuja tonicidade recai na

penúltima sílaba, os ditongos abertos ei e oi que eram acentuados, não são mais.

Este fato é justificado na existência de oscilação entre a abertura e fechamento

na articulação destas palavras. Assim, alguns termos que hoje se escreve de um

jeito, tomam novos formatos ortográficos, como: assembleia, ideia, jiboia,

proteico, heroico, etc. Já outros, continuam como são: cadeia, cheia, apoio,

baleia, dezoito, etc.

Porém, o acento agudo permanece nas oxítonas (vocábulos cuja tonicidade

incide na última sílaba) e nos monossílabos tônicos com ditongos abertos –éi, -

éu ou oi, seguidos ou não de –s: papéis, herói, remói, anéis, ilhéus, chapéu, etc.

2. Nas palavras paroxítonas com hiatos formados com i e u, sendo que a vogal

anterior a estas fazem parte de um ditongo, ou seja, quando são precedidas de

ditongo. Dessa forma: feiúra passa a ser feiura, baiúca passa a ser baiuca.

Entretanto, as vogais i e u, oxítonas ou paroxítonas, continuam a ser acentuadas

se a vogal que antecede estas não formar ditongo: saída, cafeína, egoísmo, baía,

ciúme, recaída, sanduíche, Piauí, etc.

NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO: ACENTO

CIRCUNFLEXO

Com o acordo ortográfico, o acento circunflexo não será mais usado nas palavras

terminadas em oo.

Da mesma forma, deixa de ser usado o circunflexo na conjugação da terceira pessoa do

plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos crer, dar, ler, ver e seus

derivados.

COMO ERA COMO ESTÁ

crêem creem

dêem deem

lêem leem

vêem veem

descrêem descreem

relêem releem

revêem reveem

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NO ENTANTO, nada muda na acentuação dos verbos ter, vir e seus derivados. Eles

continuam com o acento circunflexo no plural (eles têm, eles vêm) e, no caso dos

derivados, com o acento agudo nas formas que possuem mais de uma sílaba no singular

(ele detém, ele intervém).

TESTE SEU CONHECIMENTO

1.Marque a alternativa cujas palavras completam as lacunas dos períodos a seguir:

________ algumas horas acabou a última ________ do cinema. A __________ dos

ingressos gratuitos pelo shopping ocorreu no dia 5 de janeiro na ____________ de

cosméticos da loja “The Rux”.

(a) A / sessão / secção / cessão.

(b) Há / cessão / seção / sessão.

(c) À / seção / sessão / sessão.

(d) A / sessão / cessão / secção.

(e) Há / sessão / cessão / seção.

2.Complete as frases com afim ou a fim.

a) Os alunos esforçaram-se ___________________ de conseguir a aprovação.

b) Não éramos ____________ daquele tipo de música.

c) A viagem foi realizada _______________ de promover um acordo entre os países.

e) A professora insistiu no silêncio _______________ de iniciar a aula.

3. Assinale a alternativa correta em relação ao bom uso de onde e aonde:

(a) Onde você foi?

(b) Eu moro aonde tem aquela loja azul e branca.

(c) Onde você vai?

(d) Aqueles garotos não sabem onde fica a nova loja.

(e) Vivemos em uma sociedade aonde as relações estão cada vez mais frágeis.

5. Complete as sentenças e marque a alternativa certa:

1. Falamos ......................... dos problemas de nossa cidade.

2. O ônibus parou ..........................trinta centímetros da ponte.

3. O trabalhador parou .........................meia hora.

4. Corremos ....................dez quilômetros para chegar no vilarejo.

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(a) há cerca dos – a cerca de – cerca de – acerca de.

(b)cerca dos – há cerca de – acerca de – a cerca de.

( c)acerca dos – a cerca de – há cerca de – cerca de.

(d)a cerca dos – cerca de – acerca de – há cerca de.

(e)a cerca dos – há cerca de – cerca de – acerca de.

Comentado

6. O plural de lê, crê, dê, vê; é, respectivamente:

(a) leem, creem, deem, veem

(b) leem, crêem, dêem, vêm

(c) lêm, crêem, dêem, vêem

(d) lêem, crêm, dêem, vêm

(e) lêem, crêem, dêm, vêem

UNIDADE 3

PONTUAÇÃO GRÁFICA

O texto, pela forma como está na postagem, transmite um sentido que não era o

pretendido pelo usuário da rede social.

Há três problemas nessa postagem: pontuação e emprego de letra. Reescreva-a fazendo

as devidas correções.

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1 – PONTO (.)

Quando utilizar o ponto simples:

a) Para indicar o fim de um período simples, de uma frase com sentido completo.

Nada mais tenho a dizer.

b) Para abreviar:

Sr. (Senhor)

a.C. (antes de Cristo)

num. (numeral)

adj. (adjetivo)

etc. (et cetera)

Significa "e outras coisas". Observe que como já possui o conectivo "e", não é

necessário escrever "e etc.", nem precisa ser precedido por vírgula, embora seja aceito

por alguns gramáticos que argumentam que o termo se tornou um item enumerativo.

Gostamos de tablets, smartphones, notebooks e etc. (Errado)

Gostamos de tablets, smartphones, notebooks etc. (Certo)

Gostamos de tablets, smartphones, notebooks, etc. (Aceito)

Quanto ao uso de reticências com etc. (etc...), devemos optar ou pelo uso do etc., ou

pelo uso das reticências:

Gostamos de tablets, smartphones, notebooks etc... (Errado)

Gostamos de tablets, smartphones, notebooks etc. (Certo)

Gostamos de tablets, smartphones, notebooks... (Certo)

Lembre-se que "etc." refere-se a "e outras coisas", então não use para pessoas, pois

obviamente não são coisas.

2)VÍRGULA (,)

Quando utilizar a vírgula:

Em estruturas específicas.

a) Para separar os nomes dos locais de datas:

Salvador, 11 de julho de 2009.

b) Em correspondências, após a saudação.

Atenciosamente,

Com amor,

c) Para separar o vocativo:

Brasileiro, deixe de se orgulhar dessa sua "esperteza".

d) Para separar o aposto:

O João, brasileiro típico, jogou seu lixo pela janela do carro.

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ATENÇÃO!

OBS: Nunca separe o sujeito do verbo nem o verbo de seu complemento na ordem

direta:

Ela, viu uma forte paixão naqueles olhos. (ERRADO)

e) Antecipação de adjunto adverbial:

Ela viu uma forte paixão naqueles olhos.

Naqueles olhos, ela viu uma forte paixão.

Ela viu, naqueles olhos, uma forte paixão.

f) Para separar conjunção, termo explicativo e termos que servem como

conectivos. (mas, contudo, logo, por exemplo, ou seja, aliás, etc.)

Nós viajaremos para Madrid, aliás, para Barcelona.

g) Para isolar elementos repetidos:

Estou morto, morto de cansado.

Eu vou ficar, ficar com certeza maluco beleza.

A massa, a massa foi amassada.

3)PONTO E VÍRGULA ( ; )

Quando utilizar o ponto e vírgula:

a) Para separar itens:

I – Só a escritura sagrada é veículo de revelação;

II – Só Jesus Cristo salva, mas nenhum outro(a);

III – Só o Espírito Santo nos leva a Deus, só a sua graça;

b) Este sinal de pontuação pode ser usado para evitar o excesso de vírgulas quando

for preciso separar orações coordenadas que já possuem vírgulas:

Ela não comentou nada, apenas olhou nos meus olhos, sentou-se ao meu lado; queria

ficar comigo.

Quando criança, roubava queimado; moço, roubava armado; agora, adulto, político

formado.

c) Para separar antítese.

Muitos querem; poucos podem.

Uns mandam; outros trabalham.

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d) Para dar maior pausa a conjunções adversativas (mas, porém, contudo, todavia,

entretanto, etc.)

O time estava completo; porém, perdeu o jogo.

4) DOIS PONTOS ( : )

Quando utilizar os dois pontos:

a) Para fazer uma citação ou introduzir uma fala:

Dilma foi vaiada porque declarou: “Me impressionou como a tecnologia pode ajudar os

portadores de deficiência”.

O policial disse:

- Mãos para cima!

E ele respondeu:

- Cintura solta, da meia volta, dança kuduro.

b) Para indicar explicação, esclarecimento ou resumo do que foi dito:

- É o país do carnaval, bunda e futebol: é o Brasil. (resumo)

- Lá estava a feliz família: alegres, risonhos, vivendo sua rotina. (explicação)

c) Quando se quer indicar uma enumeração:

- O Brasil não progride porque só lhe interessa: carnaval, bunda e futebol.

d) Em invocações de correspondências:

Prezados Senhores:

Convido-lhes para o meu aniversário dia 30 de Fevereiro.

e) Em citações e referências:

Parafraseando Jesus: nem sempre sua sede será de água, sua fome será de pão, sua

nudez será de roupas e sua prisão será de algemas.

É como diz um provérbio Chinês: "um sábio não diz que sabe, um tolo não sabe o que

diz".

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ESTRUTURA DO TEXTO DISSERTATIVO

O Texto Dissertativo é um tipo de texto argumentativo e opinativo, uma vez que

expõe a opinião sobre determinado assunto ou tema, por meio de uma

argumentação lógica, coerente e coesa.

TEMA é o assunto sobre o qual você irá falar.

TESE é o ponto de vista (opinião) que será defendido ao longo de sua composição.

ARGUMENTOS são os motivos (porquês) pelos quais se defende determinada

opinião. São utilizados para embasar (fortalecer) um ponto de vista (posicionamento).

O texto dissertativo é composto por três partes essenciais:

1ª PARTE - Introdução

É um bom início de texto que desperta no leitor vontade de continuar a lê-lo. Na

introdução é que se define o que será dito, e é nessa parte que o escritor deve mostrar

para o leitor que seu texto merece atenção.

O assunto a ser tratado deve ser apresentado de maneira clara, existem assuntos que

abrem espaço para definições, citações, perguntas, exposição de ponto de vista oposto,

comparações, descrição.

A introdução pode apresentar uma:

- Afirmação geral sobre o assunto

- Consideração do tipo histórico-filosófico

- Citação

- Comparação

- Uma ou mais perguntas

- Narração

Além destes, outras introduções podem ser empregados de acordo com quem escreve.

2ª PARTE - Desenvolvimento

Na dissertação a persuasão aparece de forma explícita, essa se faz presente no

desenvolvimento do texto. É nesse momento que o escritor desenvolve o tema, seja

através de argumentação por citação, comprovação ou raciocínio lógico, tomando sua

posição a respeito do que está sendo discutido.

O conteúdo do desenvolvimento pode ser organizado de diversas maneiras, dependerá

das propostas do texto e das informações disponíveis.

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3ª PARTE- Conclusão:

A conclusão é a parte final do texto, um resumo forte e breve de tudo o que já foi dito,

cabe também a essa parte responder à questão proposta inicialmente, expondo uma

avaliação final do assunto.

O PARÁGRAFO DISSERTATIVO

Numa produção textual cada parágrafo deve ser uma unidade central desenvolvida,

acompanhada por outras, secundárias, às quais se relaciona pelo sentido. Todo parágrafo

deve ser coeso, isto é, deve-se perceber nele uma ideia central – seu tópico frasal.

Observe o trecho do texto abaixo “A arte dos elogios”

A baixa autoestima é vista hoje,como uma espécie de carência de vitaminas emocionais

para crianças e adultos. Preocupados com o desenvolvimento dos seus filhos e com suas

conquistas, alguns pais exageram na hora dos elogios.Criança viciada em elogios se

toma problema na escola. Ela sempre ficará na dependência da aprovação verbal dos

professores. Adulada em excesso e sem motivo, a criança cresce esperando o mesmo de

todas as pessoas.

TESTE SEU CONHECIMENTO

1.Usamos vírgulas para separarmos as expressões, isto é, por exemplo. Coloque as

vírgulas que faltam nas orações.

(a)Este exercício por exemplo é muito fácil.

(b)Venha aqui isto é aproxime-se.

(c)Vimos tudo isto é quase tudo.

(d)Você deve comprar outros materiais por exemplo cadernos e canetas.

(e)O filho de Ana por exemplo é um menino educado.

2.Marque a alternativa correta

a)Em : „ Cidadezinha cheia de graça . . .”

As reticências indicam:

( ) interrupção de frase ( ) pergunta ( ) fim de frase

b)Em: _ Você quer um “ hot-dog”?

As aspas indicam:

( ) enumeração ( ) destaque de palavra estrangeira ( ) diálogo

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c)Em: Ela me perguntou: _ Como vai?

O travessão indica:

( ) pergunta ( ) diálogo ( ) interrupção

d)Em: O homem ( aquele tarado)está preso.

O parênteses foi usado para:

( ) finalizar um parágrafo ( ) introduzir uma fala

( ) separar diferentes itens ( ) para realçar

3. Indique os sinais de pontuação usados para…

( ) Introduzir uma enumeração.

( ) Indicar a suspensão ou interrupção de uma ideia ou pensamento.

( ) Destacar citações e transcrições.

( ) Substituir a vírgula na separação do vocativo.

( ) Finalizar uma frase declarativa com sentido completo.

(a) ponto final.

(b) reticências;

(c) ponto de exclamação;

(d) aspas;

(e) dois pontos;

4 – Sobre as características do texto dissertativo, podemos afirmar que:

( ) Suas principais características são contar uma história ou narrar algum

acontecimento, verídico ou não.

( ) Apresentar informações sobre um objeto ou fato específico, enumerando suas

características através de uma linguagem clara e objetiva.

( ) Tem por finalidade instruir o leitor/interlocutor, por isso o predomínio dos verbos no

infinitivo.

( ) Texto de opinião, no qual as ideias são desenvolvidas com a intenção de convencer o

leitor.

5 - Qual a função do primeiro parágrafo em uma dissertação?

( ) Apresentar o problema e fazer um panorama geral do que será abordado no texto.

( ) Resumir o texto oferecendo uma solução para o problema que será introduzido nos

parágrafos subsequentes.

( ) Continuar o desenvolvimento do texto, abordando temas para que o leitor se

identifique como um eu no mundo.

( ) Introduzir os personagens ao leitor, e a trama que se desenvolverá ao longo da

narrativa.

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Observe a charge.

6.Do ponto de vista da temática, pode inferir que o objetivo da charge acima é:

(a)Mostrar que os hospitais públicos consomem muitos papéis por dia.

(b)Discutir a diferença entre o sistema público de saúde e os particulares.

(c)Incentivar as pessoas, com problemas de saúde, a doarem materiais para os hospitais

públicos.

(d)Informar sobre a ausência de papel nos hospitais públicos.

(e)Criticar o sistema público de saúde.

7.Coloque V ou F, conforme sejam verdadeiras ou falsas as proposições relativas ao

contexto da charge:

( ) A charge não condiz com o contexto social atual de nosso país, uma vez que evidencia

problemas no sistema público de saúde.

( ) O enunciado “O hospital está sem papel” evidencia um dos casos de imoralidade da

saúde pública do Brasil.

( ) O efeito humorístico da charge é realçado pela expressão “Vou escrever a receita na

sua mão” e a imagem como um todo.

A sequência correta é:

a) F V V

b) F F F

c) V V V

d) V F V

e) F F V

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UNIDADE 4

CRASE

PRONOME RELATIVO

A crase é a fusão da preposição “a” com o artigo “a”.

Exemplo: João voltou à cidade natal./ Os documentos foram apresentados às

autoridades.

Dessa forma, não existe crase antes de palavra masculina. Exemplo: Vou a pé./ Andou

a cavalo.

REGRAS PRÁTICAS:

1. Substitua a palavra antes da qual aparece o “a” ou “as” por um termo masculino. Se o

“a” ou “as” se transformarem em “ao” ou “aos”, existe crase; caso contrário, não.

2. No caso de nome geográfico ou de lugar, substitua o “a” ou “as” por “para”. Se o

certo for “para a”, use a crase.

Exemplo: Foi à França (foi para a França).

Pode-se igualmente usar a forma “voltar de”. Se o “de” se transformar em “da”, há

crase. Caso contrário, não há crase.

Exemplo: Retornou à Argentina (voltou da Argentina)./ Foi a Roma (voltou de Roma).

*Para não se esquecer dessa regrinha prática, lembre-se disso:

VOU A, VOLTO DA, ACENTO GRAVE NO A.

VOU A, VOLTO DE, ACENTO GRAVE PRA QUÊ?

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3. A combinação de outras preposições com “a” (para a, na, da, pela, com a) indica se o

“a” ou “as” deve levar o acento grave.

Exemplo: Emprestou o livro à amiga (para a amiga)./ As visitas virão às seis horas

(pelas seis horas)./ Estava às portas da morte (nas portas da morte).

OUTROS USOS DA CRASE:

1. Nas formas àquela(s), àquele(s), àquilo quando o verbo exigir a proposição.

Exemplo: Cheguei àquele lugar (a + aquele)./ Vou àquelas cidades (a + aquelas)./ Não

dê importância àquilo (a + aquilo).

2. Nas indicações de horas, desde que determinadas (zero e meia também se incluem).

Exemplo: Chegou às dez horas./ O aumento entra em vigor à zero hora./ Veio à meia-

noite.

A indeterminação afasta a crase.

Exemplo: Irá a uma hora qualquer.

3. Nas locuções adverbiais, propositivas e conjuntivas, com palavras femininas, tais

como: às pressas, às vezes, à risca, à noite, à direita, à esquerda, à frente, à maneira

de, à moda de, à procura de, à mercê de, à custa de, à medida que, à força de, à espera

de, à proporção que.

Obs.: Algumas locuções adverbiais de tempo iniciadas pela preposição “em” podem ser

iniciadas pela preposição “a”. Nesse caso se usa o acento.

Exemplo: Naquela época tudo era diferente Àquela época tudo era diferente.

USO FACULTATIVO:

1. Antes do possessivo.

Exemplo: Levou a encomenda a/à sua colega./ Faço referência a/à sua firma, e

não a/à nossa.

*Na maior parte dos casos, a crase dá clareza a esse tipo de oração.

Obs.: Pronomes possessivos que antecedem nomes de parentesco rejeitam o uso do

artigo, impedindo a ocorrência da crase.

Exemplo: Refiro-me a sua mãe./ Faço referência a sua prima, e não a nossa avó.

2. Antes de nomes de mulheres.

Exemplo: Declarou-se a/à Joana.

*Em geral, a crase indica que o enunciador é íntimo da pessoa de quem fala. Caso não

haja essa relação de intimidade, não há crase.

Exemplo: Refiro-me a Chiquinha Gonzaga./ Refiro-me à Regina, minha irmã.

3. Com a locução “até a”, antes de palavra feminina.

Exemplo: Foi até a/à porta. Até a/à volta. Fui até a/à farmácia.

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NÃO HÁ CRASE:

1.Antes de palavra masculina.

Exemplo: andar a pé, pagamento a prazo, cheirar a suor, viajar a cavalo, vestir-

se a caráter.

*Exceção: Existe a crase quando se pode subentender uma palavra feminina.

Exemplo: Salto à Luís XV (à moda de)./ Referiu-se à Apollo (à nave Apollo)./ Vou à

Melhoramentos (à editora melhoramentos).

2.Antes de nome de cidade.

Exemplo: Chegou a Brasília./ Irão a Roma este ano.

*Exceção: Há crase quando se atribui uma qualidade à cidade. Exemplo: Referiu-se a

bela Lisboa, à Brasília das mordomias, à Londres do século passado.

3.Antes de verbo.

Exemplo: Passou a ver./ Começou a falar.

4.Antes de substantivos repetidos.

Exemplo: Cara a cara, frente a frente, gota a gota, de ponta a ponta.

5.Antes de “ela”, “esta” e “essa”.

Exemplo: Pediram a ela que saísse./ Dedicou o livro a essa moça.

6. Antes de pronomes que não admitem artigo, tais como: ninguém, alguém, toda, cujo,

cada, tudo, você, alguma, qual, etc. Exemplo: Não entregue isso a ninguém./ Estamos

dispostos a tudo.

7.Antes de formas de tratamento.

Exemplo: Escreverei a Vossa Excelência./ Recomendamos a Vossa Senhoria...

8. Antes de “uma”.

Exemplo: Fui a uma festa.

*Exceção: usa-se crase na locução à uma (ao mesmo tempo); usa-se crase quando

“uma” estiver designando hora: sairá à uma hora.

9. Antes de substantivos no plural que fazem parte de locuções de modo.

Exemplo: Agrediram-se a bofetadas./ A reunião foi a portas fechadas.

*Obs.: se toda a expressão for para o plural, o acendo grave aparece.

Exemplo: Mandei-os às favas./ Fez tudo às escondidas.

10. Antes de nomes de mulheres célebres.

Exemplo: Ele a comparou a Maria Antonieta.

11. Antes de “dona” e “madame”.

Exemplo: Deu o dinheiro a Dona Maria./ Já se acostumou a Madame Angélica.

*Exceção: Há crase se o “dona” ou o “madame” estiverem particularizados.

Exemplo: Referia-se à Dona Flor dos dois maridos.

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12. Antes de numerais.

Exemplo: O número de mortos chegou a dez./ Visitou a cinco hospitais./ Nasceu a 8 de

janeiro.

13. Antes de “distância”, desde que não determinada.

Exemplo: A polícia ficou a distância.

*Mas quando se define a distância, existe crase. Exemplo: A polícia ficou à distância de

seis metros dos manifestantes.

14. Antes de “Terra”, quando esta significa terra firme.

Exemplo: O navio estava chegando a terra.

*Nos demais significados da palavra, usa-se a crase. Exemplo: Voltou à terra natal./ Os

astronautas regressaram à Terra.

15. Antes de “casa”, considerada como lugar onde se mora.

Exemplo: Voltou a casa./ Chegou cedo a casa.

*Se a palavra vier determinada, há a crase. Exemplo: Voltou à casa dos pais./ Fez uma

visita à Casa Branca.

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PRONOME RELATIVO

São pronomes relativos aqueles que representam nomes já mencionados anteriormente e

com os quais se relacionam. Introduzem as orações subordinadas adjetivas.

Por exemplo:O racismo é um sistema que afirma a superioridade de um grupo racial

sobre outros.

(afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros = oração subordinada adjetiva).

O pronome relativo "que" refere-se à palavra "sistema" e introduz uma oração

subordinada. Diz-se que a palavra "sistema" é antecedente do pronome relativo que.

O antecedente do pronome relativo pode ser o pronome demonstrativo o, a, os, as.

Por exemplo: Não sei o que você está querendo dizer.Às vezes, o antecedente do

pronome relativo não vem expresso.

Por exemplo:

Quem casa, quer casa.

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Observe o quadro abaixo:

Quadro dos Pronomes Relativos

Variáveis Invariáveis

Masculino Feminino

o qual

cujo

quanto

os quais

cujos

quantos

a qual

cuja

quanta

as quais

cujas

quantas

quem

que

onde

Note que:

O pronome que é o relativo de mais largo emprego, sendo por isso chamado relativo

universal. Pode ser substituído por o qual, a qual, os quais, as quais, quando seu

antecedente for um substantivo.

Por exemplo:

O trabalho que eu fiz refere-se à corrupção. (= o qual)

A cantora que acabou de se apresentar é péssima. (= a qual)

Os trabalhos que eu fiz referem-se à corrupção. (= os quais)

As cantoras que se apresentaram eram péssimas. (= as quais)

O qual, os quais, a qual e as quais são exclusivamente pronomes relativos: por

isso, são utilizados didaticamente para verificar se palavras como "que", "quem",

"onde" (que podem ter várias classificações) são pronomes relativos. Todos eles

são usados com referência à pessoa ou coisa por motivo de clareza ou depois de

determinadas preposições:

Por exemplo:

Regressando de São Paulo, visitei o sítio de minha tia, o qual me deixou

encantado. (O uso de que neste caso geraria ambiguidade.)

Essas são as conclusões sobre as quais pairam muitas dúvidas? (Não se poderia

usar que depois de sobre.)

O relativo "que" às vezes equivale a o que, coisa que, e se refere a uma oração.

Por exemplo:

Não chegou a ser padre, mas deixou de ser poeta, que era a sua vocação natural.

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O pronome "cujo" não concorda com o seu antecedente, mas com o

consequente. Equivale a do qual, da qual, dos quais, das quais.

Por exemplo:

Este é o caderno cujas folhas estão rasgadas.

(antecedente)

(consequente)

"Quanto" é pronome relativo quando tem por antecedente um pronome

indefinido: tanto (ou variações) e tudo:

Por exemplo: Emprestei tantos/ quantos foram necessários.

( antecedente ) ( consequente)

O pronome "quem" refere-se a pessoas e vem sempre precedido de preposição.

Por exemplo:

É um professor a quem muito devemos.

(preposição)

"Onde", como pronome relativo, sempre possui antecedente e só pode ser utilizado na indicação de lugar.

Por exemplo: A casa onde morava foi assaltada.

Na indicação de tempo, deve-se empregar quando ou em que.

Por exemplo: Sinto saudades da época em que (quando) morávamos no exterior.

Podem ser utilizadas como pronomes relativos as palavras: - como (= pelo qual)

Por exemplo: Não me parece correto o modo como você agiu semana passada.

- quando (= em que)

Por exemplo: Bons eram os tempos quando podíamos jogar videogame.

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Os pronomes relativos permitem reunir duas orações numa só frase.

Por exemplo: O futebol é um esporte.

O povo gosta muito deste esporte.

O futebol é um esporte de que o povo gosta muito.

Numa série de orações adjetivas coordenadas, pode ocorrer a elipse do relativo que.

Por exemplo: A sala estava cheia de gente que conversava, (que) ria, (que) fumava.

EMPREGO E FUNÇÃO DOS PRONOMES

RELATIVOS

O estudo das orações subordinadas adjetivas está profundamente ligado ao emprego dos

pronomes relativos. Por isso, vamos aprofundar nosso conhecimento acerca desses

pronomes.

1) Pronome Relativo QUE

O pronome relativo "que" é chamado relativo universal, pois seu emprego é

extremamente amplo. Esse pronome pode ser usado para substituir pessoa ou coisa, que

estejam no singular ou no plural. Sintaticamente, o relativo "que" pode desempenhar

várias funções:

a) Sujeito: Eis os artistas que representarão o nosso país.

Substituindo o pronome pelo antecedente, temos:

Eis os artistas.

Os artistas (= que) representarão o nosso país.

Sujeito

Objeto Direto: Trouxe o documento que você pediu.

Substituindo o pronome pelo antecedente, temos:

Trouxe o documento

Você pediu o documento (= que)

Objeto Indireto: Eis o caderno de que preciso.

Substituindo o pronome pelo antecedente, temos:

Eis o caderno.

Preciso do caderno (= de que)

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Complemento Nominal: Estas são as informações de que ele tem necessidade.

Substituindo o pronome pelo antecedente, temos:

Estas são as informações.

Ele tem necessidade das informações (= de que)

Complemento nominal

Predicativo do Sujeito: Você é o professor que muitos querem ser.

Substituindo o pronome pelo antecedente, temos:

Você é o professor.

Muitos querem ser o professor (= que)

Agente da Passiva: Este é o animal por que fui atacado.

Substituindo o pronome pelo antecedente, temos:

Este é o animal.

Fui atacado pelo animal (= por que)

Adjunto Adverbial: O acidente ocorreu no dia em que eles chegaram. (adjunto adverbial

de tempo).

Substituindo o pronome pelo antecedente, temos:

O acidente ocorreu no dia

Eles chegaram no dia. (= em que)

TESTE SEU CONHECIMENTO

1.Faça a correspondência entre o emprego da crase e a regra que justifique esse

emprego.

(a)Vire à direita e depois à esquerda.

(b)Dirigiu-se à casa do pai.

(c)Só voltará às duas horas.

(d)Ofereci à Madalena o meu melhor quadro.

(e)Gosto muito de arroz à grega.

( ) Antes de numeral que indica hora.

( ) Locução com palavra feminina.

( ) Nome feminino de pessoa.

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( ) A palavra casa vem determinada.

( ) Subentendida a expressão à moda de.

2.Tendo como base a frase 1 e a frase 2, assinale a opção correta.

1) Milena deu o livro a minha mãe.

2) Milena deu o livro à minha mãe.

(a) Apenas a frase 1 está correta.

(b) Apenas a frase 2 está correta.

(c) Ambas as frases estão corretas.

3. (TRE - Tribunal Regional Eleitoral) O uso do acento grave (indicativo de crase ou

não) está incorreto em:

(a) Primeiro vou à feira, depois é que vou trabalhar.

(b) Às vezes não podemos fazer o que nos foi ordenado.

(c) Não devemos fazer referências àqueles casos.

(d) Sairemos às cinco da manhã.

(e) Isto não seria útil à ela.

4.Leia:

a) Corrija o pronome demonstrativo “essa” dos dois quadrinhos a cima e justifique sua

resposta :

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

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b)No segundo quadrinho qual palavra fica subentendida?

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

5.Assinale a sequência que complete corretamente as sentenças:

Os turistas foram ao Cristo Redentor, ________ puderam observar a bela paisagem da

cidade.

________ você vai depois do expediente?

Nas metrópoles brasileiras, ________ o trânsito é congestionado, um simples trajeto

pode demorar horas.

Ele conquistou um lugar na empresa ________ ninguém mais chegou.

(a) aonde, aonde, onde e aonde.

(b) onde, aonde, onde e aonde.

(c) aonde, onde, aonde e onde.

(d) onde, onde, onde e aonde.

6.Junte as orações, usando o pronome relativo QUE, QUEM, ONDE, O QUAL ou uma

de suas variações.

a) Partimos num domingo. Nesse domingo fazia muito calor.

______________________________________________________________________

b) Essa é a casa. Nessa casa, será realizada nossa festa.

______________________________________________________________________

c) Aqui está a caixa. Vovó guardou os brinquedos nessa caixa.

______________________________________________________________________

d) Ainda não vi o filme. Todo mundo está comentando esse filme.

______________________________________________________________________

e) Não conheço as pessoas. Você vai fazer uma viagem com essas pessoas.

______________________________________________________________________

f) Vamos conhecer a sala. Nessa sala, será montada uma biblioteca.

______________________________________________________________________

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7. Junte as orações, usando o pronome relativo CUJO ou uma de suas variações.

a) Vou visitar a cidade de Natal. As praias dessa cidade são famosas.

______________________________________________________________________

b) Vamos ver esse filme. O diretor desse filme foi premiado.

______________________________________________________________________

c) Chegou o cirurgião. A equipe dele dará plantão esta noite.

______________________________________________________________________

d) Não conheço esse rapaz. O carro dele foi guinchado ontem.

______________________________________________________________________

e) Este é o artista. Os quadros dele ficarão expostos no museu de arte.

______________________________________________________________________

f) Devemos proteger os pássaros. A beleza deles encanta a todos.

______________________________________________________________________

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UNIDADE 5

CONJUNÇÃO COORDENATIVA

PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO

ORAÇÃO COORDENADA SINDÉTICA E ASSINDÉTICA

De acordo com o tipo de relação que estabelecem, as conjunções podem ser

classificadas em coordenativas e subordinativas. No primeiro caso, os

elementos ligados pela conjunção podem ser isolados um do outro. Esse

isolamento, no entanto, não acarreta perda da unidade de sentido que cada um

dos elementos possui. Já no segundo caso, cada um dos elementos ligados pela

conjunção depende da existência do outro.

CONJUÇÕES COORDENATIVAS

São aquelas que ligam orações de sentido completo e independente ou termos da oração

que têm a mesma função gramatical. Subdividem-se em:

1) Aditivas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de acrescentamento ou

adição. São elas: e, nem (= e não), não só... mas também, não só... como

também, bem como, não só... mas ainda.

Por exemplo:

A sua pesquisa é clara e objetiva.

Ela não só dirigiu a pesquisa como também escreveu o relatório.

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2) Adversativas: ligam duas orações ou palavras, expressando ideia de contraste

ou compensação. São elas:mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no

entanto, não obstante.

Por exemplo:

Tentei chegar mais cedo, porém não consegui.

3) Alternativas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de alternância ou

escolha, indicando fatos que se realizam separadamente. São elas: ou, ou... ou,

ora... ora, já... já, quer... quer, seja... seja, talvez... talvez.

Por exemplo:

Ou escolho agora, ou fico sem presente de aniversário.

4) Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração que expressa ideia de

conclusão ou consequência. São elas: logo, pois (depois do verbo), portanto,

por conseguinte, por isso, assim.

Por exemplo:

Marta estava bem preparada para o teste, portanto não ficou nervosa.

5) Explicativas: ligam a oração anterior a uma oração que a explica, que justifica

a ideia nela contida. São elas: que, porque, pois (antes do verbo), porquanto.

Por exemplo:

Não demore, que o filme já vai começar.

Saiba que:

a) As conjunções "e"," antes", "agora"," quando" são adversativas quando

equivalem a "mas".

Por exemplo:

Carlos fala, e não faz.

O bom educador não proíbe, antes orienta.

Sou muito bom; agora, bobo não sou.

Foram mal na prova, quando poderiam ter ido muito bem.

b) "Senão" é conjunção adversativa quando equivale a "mas sim".

Por exemplo:

Conseguimos vencer não por protecionismo, senão por capacidade.

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c) Das conjunções adversativas, "mas" deve ser empregada sempre no início da oração:

as outras (porém, todavia, contudo, etc.) podem vir no início ou no meio.

Por exemplo:

Ninguém respondeu a pergunta, mas os alunos sabiam a resposta.

Ninguém respondeu a pergunta; os alunos, porém, sabiam a resposta.

d) A palavra "pois", quando é conjunção conclusiva, vem geralmente após um ou mais

termos da oração a que pertence.

Por exemplo:

Você o provocou com essas palavras; não se queixe, pois, de seus ataques.

Quando é conjunção explicativa," pois" vem, geralmente, após um verbo no imperativo

e sempre no início da oração a que pertence.

Por exemplo:

Quando é conjunção explicativa," pois" vem, geralmente, após um verbo no imperativo

e sempre no início da oração a que pertence.

Por exemplo:

Não tenha receio, pois eu a protegerei.

ORAÇÕES COORDENADAS

A classificação em oração coordenada surge quando um determinado período é

composto, sendo formado por duas ou mais orações. Orações coordenadas são orações

que estão ligadas uma à outra apenas pelo sentido, sendo sintaticamente independentes.

Ligam-se através de conjunções ou de vírgulas, podendo ser entendidas separadamente,

sem que se perca o sentido individual de cada oração.

Exemplo: O aluno acordou cedo e começou a estudar.

Sentido individual de cada oração:O aluno acordou cedo.O aluno começou a estudar.

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ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS E

ASSINDÉTICAS

Orações coordenadas assindéticas são orações que não estão ligadas através de

conjunções, mas sim através de uma pausa, normalmente simbolizada pela vírgula.

Exemplo: Meu filho não quer trabalhar, estudar, ser independente.

Orações coordenadas sindéticas são orações que estão ligadas através de conjunções,

chamadas conjunções coordenativas. Mediante as conjunções usadas, as orações

coordenativas sindéticas podem ser classificadas em aditivas, adversativas, alternativas,

conclusivas e explicativas.

Exemplo: Meu filho quer trabalhar e estudar, porque quer ser independente.

TESTE SEU CONHECIMENTO

1.Assinale onde se encontra uma oração coordenada sindética adversativa.

(a)Estava sem ânimo, porém não faltei ao compromisso.

(b)Não ouvia as notícias, nem se importava com elas.

(c)Papai trabalhou bastante, por isso será recompensado.

2. "Não me aguardem, porque não poderei chegar a tempo." Neste período a conjunção

em destaque estabelece uma relação de:

(a) adição

(b) oposição

(c) alternância

(d) explicação

(e) conclusão

3.Em cada uma das questões que seguem ocorre uma conjunção coordenativa grifada.

Indique o tipo de relação estabelecido por tal conjunção, de acordo com o código que

segue.

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(a) relação de adição;

(b) relação de oposição;

(c) relação de alternância;

(d) relação de conclusão;

(e) relação de explicação

( )Não vieram à festa nem telefonaram avisando.

( )Compre um carro, ou ande a pé.

( )Ele deve ser importante, pois todos falam dele.

( )O terreno era árido, mas produzia alimentos para todos.

( )Saiu daqui faz umas duas horas, portanto já dever ter chegado.

4.Classifique as orações sublinhadas em :

( OCA ) oração coordenada assindética ou ( OCS ) oração coordenada sindética

( ) Mamãe foi à loja, comprou um brinquedo e foi embora.

( ) A alegria dá esperança a vida e traz felicidade.

( ) Ela fica calada, não se mexe, mas está infeliz.

( ) Vim, vi e venci.

( ) Vá ao supermercado e compre legumes frescos.

( ) Eu derrubei o embrulho, mas não me apavorei.

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UNIDADE 6 SINAIS DE PONTUAÇÃO II

ORTOGRAFIA

SINAIS DE PONTUAÇÃO

1. RETICÊNCIAS ( ... )

As reticências marcam uma suspensão da frase, devido, muitas vezes a elementos de

natureza emocional. Empregam-se:

- Para indicar continuidade de uma ação ou fato.

Por Exemplo: O tempo passa...

- Para indicar suspensão ou interrupção do pensamento.

Por Exemplo: Vim até aqui achando que...

- Para representar, na escrita, hesitações comuns na língua falada.

Exemplos: "Vamos jantar amanhã?

– Vamos...Não...Pois vamos."

Não quero sobremesa...porque...porque não estou com vontade.

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- Para realçar uma palavra ou expressão.

Por Exemplo:Não há motivo para tanto...mistério.

- Para realizar citações incompletas.

Por Exemplo: O professor pediu que considerássemos esta passagem do hino

brasileiro:

"Deitado eternamente em berço esplêndido..."

- Para deixar o sentido da frase em aberto, permitindo uma interpretação pessoal

do leitor.

Por Exemplo: "Estou certo, disse ele, piscando o olho, que dentro de um ano a

vocação eclesiástica do nosso Bentinho se manifesta clara e decisiva. Há de dar

um padre de mão-cheia. Também, se não vier em um ano..." (Machado de Assis)

2. PARÊNTESES ( )

Os parênteses têm a função de intercalar no texto qualquer indicação que, embora não

pertença propriamente ao discurso, possa esclarecer o assunto. Empregam-se:

- Para separar qualquer indicação de ordem explicativa, comentário ou

reflexão.

Por Exemplo:

Zeugma é uma figura de linguagem que consiste na omissão de

um termo (geralmente um verbo) que já apareceu anteriormente

na frase.

- Para incluir dados informativos sobre bibliografia (autor, ano de

publicação, página etc.)

Por Exemplo:

" O homem nasceu livre, e em toda parte se encontra sob

ferros" (Jean- Jacques Rousseau, Do Contrato Social e outros

escritos. São Paulo, Cultrix, 1968.)

- Para isolar orações intercaladas com verbos declarativos, em substituição

à vírgula e aos travessões.

Por Exemplo:

Afirma-se (não se prova) que é muito comum o recebimento de

propina para que os carros apreendidos sejam liberados sem o

recolhimento das multas.

- Para delimitar o período de vida de uma pessoa.

Por Exemplo:

Carlos Drummond de Andrade (1902 – 1987).

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- Para indicar possibilidades alternativas de leitura.

Por Exemplo:

Prezado(a) usuário(a).

- Para indicar marcações cênicas numa peça de teatro.

Por Exemplo:

Abelardo I - Que fim levou o americano?

João - Decerto caiu no copo de uísque!

Abelardo I - Vou salvá-lo. Até já!

(sai pela direita)

(Oswald de Andrade)

3. TRAVESSÃO ( _ )

O travessão é um traço maior que o hífen e costuma ser empregado:

No discurso direto, para indicar a fala da personagem ou a mudança de

interlocutor nos diálogos.

Por Exemplo: – O que é isso, mãe?

– É o seu presente de aniversário, minha filha.

Para separar expressões ou frases explicativas, intercaladas.

Por Exemplo: "E logo me apresentou à mulher, – uma estimável senhora – e à filha."

(Machado de Assis)

Para destacar algum elemento no interior da frase, servindo muitas vezes para

realçar o aposto.

Por Exemplo: "Junto do leito meus poetas dormem

– O Dante, a Bíblia, Shakespeare e Byron –

Na mesa confundidos." (Álvares de Azevedo)

Para substituir o uso de parênteses, vírgulas e dois-pontos, em alguns casos.

Por Exemplo: "Cruel, obscena, egoísta, imoral, indômita, eternamente selvagem, a arte

é a superioridade humana – acima dos preceitos que se combatem, acima das religiões

que passam, acima da ciência que se corrige; embriaga como a orgia e como o êxtase."

(Raul Pompeia)

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4. ASPAS ( “ “ )

As aspas têm como função destacar uma parte do texto. São empregadas:

Antes e depois de citações ou transcrições textuais.

Por Exemplo: Como disse Machado de Assis: "A melhor definição do amor não vale

um beijo de moça namorada."

Para representar nomes de livros ou legendas.

Por Exemplo: Camões escreveu "Os Lusíadas" no século XVI.

Obs.: para realçar títulos de livros, revistas, jornais, filmes, etc. também podemos

grifar as palavras, conforme o exemplo:

Ontem assisti ao filme Central do Brasil.

Para assinalar estrangeirismos, neologismos, gírias, expressões populares, ironia.

Exemplos: O "lobby" para que se mantenha a autorização de importação de pneus

usados no Brasil está cada vez mais descarado.(Veja)

Com a chegada da polícia, os três suspeitos "se mandaram" rapidamente.

Que "maravilha": Felipe tirou zero na prova!

Para realçar uma palavra ou expressão.

Exemplos: Mariana reagiu impulsivamente e lhe deu um "não".

Quem foi o "inteligente" que fez isso?

Obs.: em trechos que já estiverem entre aspas, se necessário usá-las novamente,

empregam-se aspas simples.

Por Exemplo: "Tinha-me lembrado da definição que José Dias dera deles, 'olhos de

cigana oblíqua e dissimulada'. Eu não sabia o que era oblíqua, mas dissimulada sabia, e

queria ver se podiam chamar assim. Capitu deixou-se fitar e examinar."

(Machado de Assis)

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ORTOGRAFIA

1. A ou Há, qual devo usar?

Para saber se você deve usar “a” ou “há” apresentamos aqui algumas dicas para facilitar

a eliminação de dúvidas a esse respeito:

• Usa-se “há” quando o verbo “haver” é impessoal, tem sentido de “existir” e é

conjugado na terceira pessoa do singular.

Exemplo: Há um modo mais fácil de fazer essa massa de bolo.

Existe um modo mais fácil de fazer essa massa de bolo.

• Ainda como impessoal, o verbo “haver” é utilizado em expressões que indicam tempo

decorrido, assim como o verbo “fazer”.

Exemplos: Há muito tempo não como esse bolo.

Faz muito tempo que não como esse bolo.

Logo, para identificarmos se utilizaremos o “a” ou “há” substituímos por “faz” nas

expressões indicativas de tempo. Se a substituição não alterar o sentido real da frase,

emprega-se “há”.

Exemplos: Há cinco anos não escutava uma música como essa.

Substituindo por faz: Faz cinco anos que não escutava uma música como essa.

• Quando não for possível a conjugação do verbo “haver” nem no sentido de “existir”,

nem de “tempo decorrido”, então, emprega-se “a”.

Exemplos: Daqui a pouco você poderá ir embora.

Estamos a dez minutos de onde você está.

Importante: Não se usa “Há muitos anos atrás”, pois é redundante, pleonasmo. Não é

necessário colocar “atrás”, uma vez que o verbo “haver” está no sentido de tempo

decorrido.

2. Como saber quando é correto usar onde e aonde?

Ambos são advérbios usados para indicar lugares, porém a preposição a de aonde indica

que essa palavra deve ser usada somente quando estiver relacionada a verbos que pedem

tal preposição e a orações que sugerem movimento. Isso ocorre em "Aonde você vai?" -

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já que quem vai sempre irá a algum lugar - e "Aonde ele está me levando?", pois quem

leva tem de levar alguém ou algo a um lugar. Para conferir se o uso está correto, basta

substituir aonde por para onde: "Para onde você vai? "Onde deve ser relacionado a

situações que fazem referência a um lugar e quando a ideia de movimento não está

presente. Por exemplo: "O bairro onde você mora é perigoso" e "Não conheço a cidade

onde minha mãe nasceu".

Mesmo sabendo essas regularidades, é importante atentar para mais um

detalhe. Onde somente deve ser empregado para designar locais físicos, ou seja, não

pode ser usado em situações como "Ele conta piadas onde a vítima é sempre um

português". Nesse caso, o correto é usar em que.

3. Mas ou mais?

A palavra “mas” atua como uma conjunção coordenada adversativa, devendo ser

utilizada em situações que indicam oposição, sentido contrário. Vejamos, pois:

Esforcei-me bastante, mas não obtive o resultado necessário.

Já o vocábulo “mais” se classifica como pronome indefinido ou

advérbio de intensidade, opondo-se, geralmente, a “menos”.

Observemos:

Ele escolheu a camiseta mais cara da loja.

ACENTO DIFERENCIAL

Novo acordo ortográfico: acento diferencial

O acento diferencial é utilizado para permitir a identificação mais fácil de palavras

homófonas, ou seja, que têm a mesma pronúncia. Atualmente, usamos o acento

diferencial - agudo ou circunflexo - em vocábulos como para (forma verbal), a fim de

não confundir com para (a preposição), entre vários outros exemplos.

• Com a entrada em vigor do acordo, o acento diferencial não será mais usado nesse

caso e também nos que estão a seguir:

• péla (do verbo pelar) e pela (a união da preposição com o artigo);

• pólo (o substantivo) e polo (a união antiga e popular de por e lo);

• pélo (do verbo pelar) e pêlo (o substantivo);

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• pêra (o substantivo) e péra (o substantivo arcaico que significa pedra), em oposição

a pera (a preposição arcaica que significa para).

NO ENTANTO........

duas palavras obrigatoriamente continuarão recebendo o acento diferencial:

• pôr (verbo) mantém o circunflexo para que não seja confundido com a preposição

por;

• pôde (o verbo conjugado no passado) também mantém o circunflexo para que não haja

confusão com pode (o mesmo verbo conjugado no presente).

Observação: já em fôrma/forma, o acento é facultativo.

TESTE SEU CONHECIMENTO

1.Preencha as lacunas com HÁ ou A.

a) A loja fica _________ pouco quilômetros daqui.

b) _________instantes li sobre o Natal.

c) Eles não vão à loja porque ________ mais de dois dias a mercadoria acabou.

d) _________ três dias que todos se preparam para a festa do Natal.

2.Complete as frases com os sinais de pontuação corretos.

a)Você gosta de melancia__

b) Muitos parabéns__

c) Estamos esperando por você há duas horas__

d) As horas passavam__

3. Indique em qual frase o uso da vírgula está incorreto.

a) Paula Marques, a professora mais exigente da escola, foi homenageada pelos alunos.

b) Cansado da vida que tinha, Rodrigo decidiu que estava na hora de recomeçar.

c) D. Helena e Sr. Paulo, são os melhores funcionários da empresa.

d) Amanhã chegam meus primos preferidos, meus companheiros de infância, meus

melhores amigos.

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4. Indique os sinais de pontuação usados para…

a) Introduzir uma enumeração.

b) Indicar a suspensão ou interrupção de uma ideia ou pensamento.

c) Destacar citações e transcrições.

d) Substituir a vírgula na separação do vocativo.

e) Finalizar uma frase declarativa com sentido completo.

UNIDADE 7

TEXTO DISSERTATIVO

O Texto Dissertativo é um tipo de texto argumentativo e opinativo, uma vez que

expõe a opinião sobre determinado assunto ou tema, por meio de uma argumentação

lógica, coerente e coesa.

Vamos entender melhor esse assunto. O tema é fornecido na proposta de

redação, direcionando a escrita de meu texto; já a tese é particular, é a minha

ideia, o meu ponto de vista a ser defendido.

TEMA: “DENÚNCIAS, ESCÂNDALOS, CASOS ILÍCITOS NA ADMINISTRAÇÃO

PÚBLICA, CORRUPÇÃO E IMPUNIDADE... ISSO É O QUE OCORRE NO

BRASIL HOJE.”

Uma nova ordem

Nunca foi tão importante no País uma cruzada pela moralidade. As denúncias que se

sucedem, os escândalos que se multiplicam, os casos ilícitos que ocorrem em diversos

níveis da administração pública exibem, de forma veemente, a profunda crise moral por

que passa o País.

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O povo se afasta cada vez mais dos políticos, como se estes fossem símbolos de todos

os males. As instituições normativas, que fundamentam o sistema democrático, caem

em descrédito. Os governantes, eleitos pela expressão do voto, também engrossam a

caldeira da descrença e, frágeis, acabam comprometendo seus programas de gestão.

Para complicar, ainda estamos no meio de uma recessão que tem jogado milhares de

trabalhadores na rua, ampliando os bolsões de insatisfação e amargura.

Não é de estranhar que parcelas imensas do eleitorado, em protesto contra o que veem e

sentem, procurem manifestar sua posição com o voto nulo, a abstenção ou o voto em

branco. Convenhamos, nenhuma democracia floresce dessa maneira.

A atitude de inércia e apatia dos homens que têm responsabilidade pública os condenará

ao castigo da história. É possível fazer-se algo, de imediato, que possa acender uma

pequena chama de esperança.

O Brasil dos grandes valores, das grandes ideias, da fé e da crença, da esperança e do

futuro necessita, urgentemente da ação solidária, tanto das autoridades quanto do

cidadão comum, para instaurar uma nova ordem na ética e na moral.

Carlos Apolinário, adaptado

TÍTULO

1)O título é a síntese do tema

Se o nome de um livro ou de um filme deve entregar um pouco do que será tratado

naquela obra, com o título da redação é a mesma coisa: ele deve sintetizar o que o leitor

vai encontrar ao longo do texto. Além disso, um título bem trabalhado pode fazer o

corretor notar que você entendeu perfeitamente a proposta. Por isso, use a simplicidade

e faça um título em que o tema fique claro

2) Nada de frases longas.

3)O verbo é opcional

4) Ponto final, letras maiúsculas, linha em branco

– Pode usar ponto no fim da frase? O título normalmente não tem ponto, mas, se

for uma oração, você pode usar o ponto final. Se for uma expressão sem verbo, não.

– Devo usar letra maiúscula em todas as palavras? Não. Escreva o título como se

estivesse escrevendo uma frase normal, usando a maiúscula apenas em palavras que a

exijam, como nomes próprios.

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– Devo pular uma linha depois do título? Depende. Pular a linha deixa o texto

esteticamente melhor – mais bonito, digamos. Mas não é obrigatório, especialmente se o

limite de linhas for pequeno.

TESTE SEU CONHECIMENTO

Leia os textos abaixo e responda.

Desmatar não vale a pena

Desmatar é ruim, mas traz crescimento econômico. Isso é o que fizeram você acreditar

durante muito tempo. A realidade é bem diferente. O modelo de ocupação predominante

na Amazônia é baseado na exploração madeireira predatória e na conversão de terras

para agropecuária. É o que eu chamo de “boom-colapso”: nos primeiros anos da

atividade econômica baseada nesse modelo, ocorre um rápido e efêmero crescimento

(o boom). Mas, em seguida, vem um declínio significativo em renda, emprego e

arrecadação de tributos (o colapso). A situação de quem era pobre fica ainda pior.

Esse modelo é nefasto em todos os sentidos. O avanço da fronteira na Amazônia é

marcado pelo desmatamento, pela degradação dos recursos naturais e, se não bastasse

tudo isso, pela violência rural.

Em pouco mais de três décadas, o desmatamento passou de 0,5% do território da

floresta original para quase 18% do território, em 2008. Além disso, áreas extensas de

florestas sofreram degradação pela atividade madeireira predatória e devido a incêndios

florestais.

VERÍSSIMO, Beto. Galileu. set. 2009. Fragmento.

1) Nesse texto, o autor discorda de qual tese?

(a) “Desmatar é ruim, mas traz crescimento econômico.”. ( . 1)

(b)“É o que eu chamo de “boom-colapso”: nos primeiros...”. ( . 4)

(c)“A situação de quem era pobre fica ainda pior.”. ( . 7)

(d) “Esse modelo é nefasto em todos os sentidos.”. ( . 8)

(e)“O avanço da fronteira na Amazônia é marcado...”. ( . 8-9).

Leia o texto e responda a questão abaixo.

RECEITAS DA VOVÓ

Lembra aquela receita que só sua mãe ou sua avó sabem fazer? Pois saiba que, além de

gostoso, esse prato é parte importante da cultura brasileira. E verdade. Os cadernos de

receita são registros culturais. Primeiro, porque resgatam antigas tradições, seja

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familiares ou étnicas. Além disso, mostram como se fala ou se falava em determinada

região. E ainda servem como passagem do tempo, chaves para alcançarmos memórias

emocionais que a gente nem sabia que tinha (se você se lembrou do prato que sua avó

ou sua mãe fazia, você sabe do que eu estou falando).

http://vidasimples.abril.com.br

2.A tese defendida pelo autor do texto é de que as receitas culinárias

(a) fazem com que lembremos da nossa infância.

(b) indicam o modo de falar em determinada região.

(c) resgatam nossas tradições familiares e étnicas.

(d) são as que só nossas mães ou avós conhecem.

(e) são uma parte importante da cultura brasileira.

3)Use de sua criatividade criando um novo TÍTULO para os textos das questões um e

dois.