lize maria marques moreira da costa o papel da mandala no processo

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  • 8/12/2019 Lize Maria Marques Moreira Da Costa o Papel Da Mandala No Processo

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    UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

    PR-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

    DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS

    PROJETO A VEZ DO MESTRE

    O PAPEL DA MANDALA NO PROCESSO

    TERAPUTICO

    Por

    LIZE MARIA MARQUES MOREIRA DA COSTA

    ORIENTADOR: Prof. Ms. NILSON GUEDES DE FREITAS

    Rio de Janeiro/RJ

    2004

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    UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

    PR-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

    DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS

    PROJETO A VEZ DO MESTRE

    O PAPEL DA MANDALA NO PROCESSO

    TERAPUTICO

    Por

    LIZE MARIA MARQUES MOREIRA DA COSTA

    Rio de Janeiro/RJ

    2004

    Monografia apresentada como

    requisito parcial para concluso dograu de especialista em Arteterapia.

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    DEDICATRIA

    Aos meus filhos, Marina e Diego,

    motivos maiores da minha busca por um

    mundo melhor.

    A todas as pessoas que me admiram,

    me apiam e me permitem encontrar a cada

    dia novos encantos na vida e no mundo.

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    AGRADECIMENTOS

    A Deus, a cima de tudo, por ter

    tornado este meu sonho realidade.

    A amiga e me Yedda por sua fora

    apoio e determinao.

    Ao professor Orientador Ms. Nilson

    Guedes de Freitas,,pela orientao e

    correo.

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    RESUMO

    A presente monografia detm-se a um trabalho realizado por

    profissionais de arteterapia aplicando as mandalas com o objetivo de trabalhar

    o nosso interior de forma criativa. tambm ressaltado que a experincia

    artstica pode intensificar qualquer experincia humana e incrementar a

    consciencializao do sensorial e a sensibilidade esttica. No contexto da

    Arteterapia, a facilitao de tal tomada de conscincia pode ser importante para

    promover a riqueza interior, a vitalidade e a qualidade de vida. Esta experinciatem papel importante na mobilizao das pulses reprimidas e assim facilita

    uma vida psicolgica mais livre. Imagens de transformao e mudana,

    representadas nas criaes artsticas, do expresso funo reparadora no

    decurso do processo teraputico.

    Palavras chaves: criatividade, auto-conhecimento e equilbrio.

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    SUMRIO

    INTRODUO ....................................................................................... 06

    1. ARTETERAPIA ................................................................................ 09

    2. A IMPORTNCIA DA MANDALA NA TEORIA JUNGUIANA .............. 19

    3. A APLICAO DA MANDALA NA ARTETERAPIA ......................... 28

    CONCLUSO ....................................................................................... 35

    BIBLIOGRAFIA ................................................................................. 36

    WEBGRAFIA ..................................................................................... 37

    ANEXOS ........................................................................................... 38

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    INTRODUO

    Verificando que num tempo que o avano tecnolgico nos salta aos

    olhos e nos d um certo conforto, podemos observar que mesmo assim o

    homem no conseguiu evoluir na sua paz de esprito.

    O homem vive buscando um sentido para a sua vida, o conhecimento de

    si mesmo. Com isso pode deparar-se com momentos desagradveis e difceis,

    porm no decorrer dessa busca, com certeza, dependendo de suas escolhas

    nesse processo, pode tambm encontrar momentos de grandeza e pazespiritual.

    Essa busca seria um processo de integrao social, o que ocorre de

    acordo com a idade e a situao vivida no momento, o prprio sofrera

    transformaes.

    As foras opostas causam uma tenso interior, levando-o a um

    desequilbrio, para que encontre o sentido de sua busca.

    Jung mostra atravs de sua obra, que o inconsciente no s reage, ele

    alerta e abre horizontes. A arteterapia um meio de captar e expressar

    imagens do inconsciente, trazendo para expresso material, abrindo assim a

    integrao conscincia.

    Jung vivenciou ao produzir Mandalas, a exteriorizao de suas

    inquietudes, podendo transformar atravs da arte, os caminhos, forma depensar e conquistar resolues mais criativas para as mesmas. Passou isso

    aos seus clientes, levando-os, atravs delas, a um amadurecimento psicolgico

    e mais equilibrado.

    C. G. Jung descobriu que as Mandalas surgem como imagens interiores

    e espontneas, geralmente quando se est vivendo problemas de situaes

    crticas, levando a um caos interior.

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    Mandala, que em snscrito significa crculo, uma imagem circularpadronizada encontrada em todos os elementos da natureza. Essaimagem, que reside nas profundezas da natureza. Essa imagem, quereside nas profundezas da psique humana, organiza o caos interior.

    Esse o modo pelo qual a natureza restaura o equilbrio ou a ordem.

    (Andriete Polonio, Psicloga Clnica, formada na Puc SP. e ElizabeteVieira Rodrigues, Psicloga Clnica, formada na FMU-SP)www.pucsp.br/clinica/boletim.htm

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    1. ARTETERAPIA

    1.1. Histrico da arteterapia

    A Arteterapia tem sua origem na Antroposofia de Rudolf Steiner segundo

    o qual o Homem considerado um ser espiritual constitudo de alma e corpo

    vivo, onde atravs dos elementos (cor, forma, volume, disposio espacial,

    etc.) na terapia artstica, possibilita que a pessoa vivencie os arquticos da

    criao, ou seja, re-conecte-se com as leis que so inerentes a sua natureza,

    com isso, traz um contato com a essncia criadora de cada um.

    Criminalistas e psiquiatras utilizavam a arte, entre 1876 a 1906, para

    diagnstico de doenas mentais. Foi um abalo na viso tradicional da poca,

    devido as motivaes inconscientes que eram trazidas. Freud relaciona a

    comunicao simblica como funo catrtica, nos meados de 1906 a 1913. J

    Decroly, Freinet e Montessori instaura mtodos ativos na pedagogia

    contempornea. Jung comea a utilizar a arte na dcada XX, como parte do

    tratamento psicoterpico; cuja imagens representavam uma simbolizao do

    inconsciente pessoal e muitas vezes, o inconsciente coletivo, decorrente da

    cultura humana nas diversas civilizaes, onde analisou culturas e mitologias.

    O comportamento individual e a manifestao da sociedade no tempo e espao

    eram compreendidas pelas estruturas arquetipicas, elaboradas dentro da

    configurao de imagens e idias anlogas carregadas de emoo em

    diferentes civilizaes. Esse fenmeno com seus smbolos arqutipos, faz

    parte do acervo da humanidade e recebe o nome de inconsciente coletivo.

    A arte era considerada como tratamento mdico pelos Drs. Sta

    Wegmann, Steiner na Sua e Dr. Husseman na Alemanha, em 1925 e 1927.

    Nos Estados Unidos, na dcada de 40, Margareth Naumburg sistematiza a

    arteterapia dando impulso ao uso das artes no processo teraputico, com

    nfase em trabalhos corporais, tendo em vista a emergncia de um pblico

    diferenciado do ps-guerra, suprindo as prticas convencionais existentes.

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    O termo Arte-terapia surge pela primeira vez em 1945 no primeiro livro

    publicado por Adrian Hill, Art us Illnesse (Arte versus Doena). Adrill Hill,

    artista ingls, esteve internado num sanatrio para tratar da tuberculose.

    Durante longo perodo de evoluo da sua doena e reabilitao, numa

    poca em que os recursos para a combater eram escassos, ele passou o

    tempo a pintar. Os mdicos que o assistiam puderam observar uma acelerao

    na sua recuperao e um estado geral de bem estar manifesto. Aps seu

    restabelecimento, eles convidaram-no a regressar para fazer pintura com

    pacientes do sanatrio. Desde esses acontecimentos a Arte-terapia evoluiu

    significativamente, tanto do ponto de vista dos modelos que a caracterizam,das formaes existentes, como dos pases em que reconhecida. Nesta

    poca, a arteterapia j estava sendo difundida na Europa nos hospitais gerais,

    em comits e conferncias, sendo oficializado o curso de graduao e ps-

    graduao em 1980.

    Osrio Cesar, no Brasil, interno do Hospital Juquer no Rio de Janeiro,

    em 1923 comea a desenvolver estudos sobre artes dos alienados. Em 1925

    foi criada a escola livre de artes plsticas nesse hospital. Nise de Oliveira, em

    1946, inclui oficinas de arte na seo de terapia ocupacional no Centro

    Psiquitrico D. Pedro II. Em 1952, criado o Museu do Inconsciente nos atelis

    de pintura e de modelagem, por Nise de Oliveira no Centro Psiquitrico D.

    Pedro II.

    Aconteceu que a produo nesses atelis foi to abundante e revelou-se

    de to grande interesse cientfico e utilidade no tratamento psiquitrico quepintura e modelagem assumiram posio peculiar.

    Por isso surgiu a idia de organizar um Museu que reunisse as obras

    criadas nesses setores de atividades, pois isso facilitava os pesquisadores lhe

    dando condies maiores para o estudo de imagens e smbolos e tambm a

    evoluo de casos clnicos atravs da produo plstica espontnea. Em 28 de

    setembro de 1956 o museu passou a ocupar mais amplas instalaes

    inauguradas com a presena dos ilustres psiquiatras Henry Ey, Paris; Lopez

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    bor, Madrid; e Ramon Sar, Barcelona; que se encontravam no Rio a convite

    da universidade do Brasil. J naquela data, segundo o professor Lopez bor, o

    Museu de Imagens do Inconsciente, reunia uma coleo artstica

    psicopatolgica nica no mundo.

    O Museu no cessou de crescer. Como est diretamente ligado aos

    atelis de pintura e de modelagem, recebe cada dia novos documentos

    plsticos. O Museu um centro vivo de estudos e pesquisa sobre as imagens

    do inconsciente e desde julho de 1968, tem como principal objetivo o

    acompanhamento do processo psictico atravs de imagens apresentadas em

    exposies.

    O mtodo de trabalho usado nesse museu consiste no estudo de sries

    de imagens. Isoladas, parecem sempre indecifrveis. Essas imagens so

    organizadas com sries do mesmo doente, para que o terapeuta possa

    compreender melhor a situao psquica do autor das imagens. Outras

    selees renem temas de incidncia freqente em diversos casos clnicos,

    como mandalas, rituais, metamorfoses, animais fantsticos, etc. O trabalho no

    ateli revela que a pintura no s proporciona esclarecimento para

    compreenso do processo psictico, mas constitui igualmente verdadeiro

    agente teraputico.

    No dia 7 de junho de 1978 Ronald Lauy deixou escrito que o trabalho

    realizado no museu, representa uma contribuio de grande importncia para

    o estudo cientfico do processo psictico.

    Em 1956, Nise da Silveira participa do Congresso em Surique a convite

    de C. G. Jung levando uma enorme quantidade de trabalhos dos internos. Por

    volta de 1970, foi ministrado o primeiro curso de arteterapia na PUC por um

    norte-americano. Nise da Silveira em 1981, escreve seu livro Imagens do

    Inconsciente. O primeiro curso de ps-graduao em arteterapia no Rio de

    Janeiro ocorreu em 1996. Em outubro de 1999, foi crida a Associao de

    Arteterapia no Rio de Janeiro.

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    1.2. O que a arteterapia?

    De acordo com escritos freudianos, as imagens escapam com mais

    facilidade do superego do que as palavras, alojando-se no inconsciente e por

    este motivo o indivduo expressasse melhor de forma no verbal. A

    necessidade da comunicao simblica origina-se como forma de auto-

    conhecimento no tratamento teraputico.

    A arte foi utilizada como recurso na psicopatologia quando Jung utilizou-

    a como atividade integradora da personalidade expressada na criatividade.

    Arte a expresso mais pura que h para a demonstrao do

    inconsciente de cada um. a liberdade de expresso, sensibilidade,

    criatividade, vida. (Jung, 1920)

    1.3. Conceito

    Muitos autores tm definies para a Arteterapia, porm todos acreditama respeito auto-expresso.

    A Arteterapia a arte ilimitada trabalhada juntamente com o processo

    teraputico, por isso especial.

    Ela resgata o potencial criativo do homem, buscando o psique saudvel

    e estimulando a autonomia e transformao interna para restaurao do ser.

    Segundo Philippini (1994), a arte como ferramenta teraputica no Brasil,

    vista por segmentos mais conservadores, com reservas, mas, dentro do

    universo Junguiano, sempre esteve presente, prtica rotineiramente includa

    entre as estratgias teraputicas dos que trabalham com esta abordagem, pois

    durante a vida os indivduos em todo o seu processo de autoconhecimento e

    transformao, so orientados por smbolos. Esses emanam do self, centro de

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    sade, equilbrio e harmonia, significando a totalidade da psique e a essncia

    de cada um.

    Na vida, o self, atravs de seus smbolos, precisa ser reconhecido,compreendido e respeitado.

    O termo Arteterapia inclui qualquer tratamento psicoteraputico que

    utiliza a expresso artstica como, dana, msica, teatro, representao

    plstica, pintura, desenho, gravura, modelagem, mscara, marionetes...

    Esses elementos so considerados como facilitadores para quem no

    consegue se expressar ou falar de seus conflitos pessoais, levando atravs dosrecursos artsticos uma melhor compreenso de si mesmo, podendo tambm

    trabalhar uma libertao pessoal. Porque atravs da expresso artstica que

    o homem consegue colocar seu verdadeiro self da maneira mais pura e direta

    que possa existir.

    Aquilo que caracteriza a arte-terapia proveniente de trs correntes:

    a) a terico-prtica, como expresso artstica e material de diagnstico,

    semiolgico e de prognstico.

    b) a pragmtica, considerando a arte como instrumento teraputico,

    mesmo reduzindo-se ocupacional e distrao do doente.

    c) a esttica, emergindo do surrealismo e da Arte-Bruda, como

    descoberta quase etnogrfica de criadores considerados fora de normas.

    Existe tambm diversos nveis de interveno, como por exemplo:

    Primeiro nvel - Arte-terapia Integrativa: a proposta est ligada a vrios

    mediadores de expresso, geralmente centrado no aqui e agora de uma

    sesso, sempre atravs de propostas orientadoras.

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    assim facilitado o auto-conhecimento, o desenvolvimento pessoal e a

    inter-relao com os outros (se for interveno grupal) atravs das artes

    plsticas, jogos, expresso corporal e dramtica, de fantoches, da msica da

    escrita livre, etc.

    Segundo nvel - Arte-Psicoterapia Analtica (individual ou em grupo): O

    psicoterapeuta tem uma conduta analtica e um acervo numeroso quanto ao

    manejo das teorias psicanalticas e grupanaltica.

    A Associao Americana de Arteterapeutas (A.A.T.A), define a arte-

    terapia como uma profisso de carter humanstico em que a utilizao de

    mediadores de expresso artstica reflete o processo criativo e as respostas do

    paciente/cliente face sua produo de arte , como reflexo de um

    desenvolvimento pessoal, das aptides, da personalidade, de interesses, de

    preocupaes e conflitos.

    J para a Associao Nacional Australiana de Arteterapia (A.N.A.T.A), a

    Arteterapia como forma de psicoterapia, uma prtica interdisciplinar praticada

    atravs da sade e da medicina, utilizando vrias formas de artes visuais comoo desenho, a pintura, a escultura e a colagem. Alguns terapeutas usam

    fotografia e a tcnica dos tabuleiros de areia. Normalmente baseia-se em

    princpios psicanalticos ou psicodinmicos, mas os terapeutas so livres de

    usar bases tericas em que se sintam vontade.

    1.4. Objetivos

    Uma obra de arte consegue transmitir sentimentos como alegria,

    angstia de maneira muito pessoal, sempre relacionada ao estado de esprito

    do autor no momento da obra.

    A Arteterapia tem como objetivo levar o indivduo a entrar em contato

    com contedos internos, s vezes inconsciente, facilitando assim o processo

    teraputico.

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    A utilizao de recursos artsticos (pincis, cores, papis, argila, cola,

    figuras, desenhos, recortes, ...) tem como finalidade, a mais pura expresso do

    verdadeiro self, no se preocupando com a esttica, e sim com o contedo

    pessoal implcito em cada criao como resultado final.

    A prtica da arteterapia facilita a decifrao do mundo interno, o

    confronto com as imagens que a energia psquica a configura. A compreenso

    destas formas simblicas possibilita o confronto com o inconsciente, e a

    tomada de conscincia de seus contedos.

    Esse processo teraputico se baseia na criao e anlise de sries de

    produes artsticas, que isoladas, podero oferecer dificuldades para serem

    decodificadas. As sries de produes permitiro acompanhar com bastante

    clareza o desdobramento de processos intrapsquicos e identificar temas que

    possuam relao significativa com os casos clnicos em estudos. Essas

    produes como tambm os sonhos, indicam motivos e a existncia de uma

    continuidade no fluxo de imagens do inconsciente. Jung acreditava que os

    sonhos so criaes inconscientes que o consciente muitas vezes consegue

    captar, e que junto ao terapeuta, pode-se buscar sua significao. E que a arte

    com sua finalidade criativa e a energia psquica, consegue transformar-se em

    imagens e pelos smbolos, colocar seus contedos mais internos e profundos.

    1.5. Como pode ajudar a arteterapia

    A Arte-terapia um modelo de psicoterapia em que so utilizados

    mediadores de expresso. Esses mediadores facilitam a expresso desentimentos difceis de verbalizar; estimula a criao e a criatividade; aumenta

    a auto-estima e confiana, desenvolve hbitos saudveis, identifica

    sentimentos e bloqueios na expresso emocional/afetiva e no crescimento,

    abre canais de comunicao e torna a expresso verbal mais acessvel.

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    1.6. A quem se destina?

    destinada para todos que querem aumentar o conhecimento interno de

    si, promovendo uma maior estabilidade emocional! Existem situaes em que a

    Arte-terapia utilizada com terapia, so elas: depresses, esgotamento fsico,

    stress ps-traumtico, perturbaes da personalidade e afetivas, problemas

    ligados a identidade sexual e acompanhamento de grvidas.

    1.7. Trabalho teraputico da Gestalt Terapia

    Os arteterapeutas que trabalham com a gestltica tm como objetivo a

    expanso da conscincia do indivduo atravs da criatividade. Essa expanso

    amplia os recursos internos que cada um possui levando o individuo a traar

    caminhos que possam transformar as dificuldades atravs das artes.

    Para arteterapeutas, a criatividade associada vida. A humanidade

    tem possibilidade de expressar-se atravs de linguagens verbais e no verbais.

    Por isso a arte surge como facilitadora em expressar sentimentos sempalavras, ao desenhar, pintar, ao modelar uma escultura, ao construir uma

    histria ou poesia.

    A transformao do indivduo ocasionada quando ele entra no

    processo de elaborao e reflexo, quando tambm o fazer da arte. Isso cria

    ema maior abertura dando novas direes e diversas formas de comunicao

    nas relaes interpessoais, como tambm profissionais.

    Todo ser humano saudvel e criativo tem como caracterstica a

    capacidade de fluncia, elaborao, flexibilidade, originalidade, imaginao,

    confiana em si mesmo. Essas caractersticas podem ser desenvolvidas no

    trabalho de arteterapia.

    Adultos e crianas tambm so encorajados a usar suas capacidades de

    concentrao, organizao, de selecionar, de sntese, alm do

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    desenvolvimento do olhar atravs de exerccios de apreciao, tanto da

    natureza viva, como de obras de arte, bem como de ciranda.

    Por dar a oportunidade aos indivduos de escolherem seus caminhoscriativos para expressarem suas emoes, a arte terapia Gestaltica apresenta

    um recurso de trabalho muito significante, pois desenvolve a auto-estima e tem

    como caracterstica a preveno de manuteno da sade.

    1.8. O que no arteterapia?

    A arteterapia no destinada a dotes artsticos ou quem se interessa e,arte ou que tenha facilidade em outros mediadores de expresso. A grande

    maioria dos pacientes tendo feito em processo teraputico com sucesso, nunca

    tenha pintado, desenhado, tocado instrumentos musicais ou feito teatro.

    Normalmente os artistas utilizam a sua criatividade para retorcer ou reprimir

    material inconsciente, travando o aparecimento das imagens vindas do

    inconsciente e mascarando assim um processo que visa trabalhar os conflitos

    internos.

    Geralmente os arteterapeutas no so professores. At podem ser

    artistas, porm deviam estar calados no conhecimento e formao especfica

    no processo criativo e tudo relacionado ao processo terapeuta. Tambm devia

    ter o seu prprio processo teraputico, para terem uma maior espao e

    autoconhecimento, como tambm superviso e outro profissional qualificado.

    A arte demasiadamente poderosa para se brincar aos terapeutas.Para que esse potencial seja eficaz preciso de treino e qualidades

    profissionais que os arteterapeutas utilizam em sua prtica diria.

    A arteterapia no pode ser vista como uma terapia ocupacional. Em

    tradio tido como conhecimento que a terapia ocupacional trabalha em nvel

    consciente, com o objetivo de desenvolver tcnicas na realizao de objetos,

    usando mtodos mais compatveis com os do ensino.

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    2. A IMPORTNCIA DA MANDALA NA TEORIA

    JUNGUIANA

    Os sentimentos de tdio e apatia que sofrem hoje em dia os habitantes

    das grandes cidades apenas afastado pelos filmes de aventura e

    passatempos. Jung salientou que a nica aventura real que resta ao indivduo

    a explorao da sua prpria inconscincia. O alvo supremo de tal busca a

    formao de um relacionamento harmonioso e equilibrado com o self. A

    mandala circular retrata o equilbrio perfeito.

    2.1. O smbolo do crculo

    O crculo um dos smbolos de maior representatividade e de maior

    poder de significao que j existiu na histria. Associado geralmente ao sol,

    como fonte de vida (luz e calor), aparece nas civilizaes antigas,

    representando o eterno no tempo e no espao.

    No Zen-Budismo, representa a perfeio humana sendo o smbolo da

    total harmonia e iluminao do homem. Na cabala, o crculo inserido num

    quadrado representa a fora do transcendente, oculta na matria; a forma

    conjunta que por si s, expressa a energia divina. Na Babilnia o crculo foi

    dividido em 360 graus, dando origem contagem do tempo, ao relgio ou

    cosmos, como era chamado.

    O centro do crculo representa o ponto primordial de toda criao, o

    ponto que encerra num nvel transcendental, a unidade e a totalidade. ,

    portanto, o ponto que origina a criao, o incio de uma meditao profunda. No

    homem, representa o sexto chakra, o terceiro olho, localizado entre as

    sobrancelhas. a viso interior, introspectiva, que sonda as profundezas do

    prprio centro, da unidade. Quando a noo do tempo se une ao crculo, surge

    a Roda como referncia do destino.

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    No tar, a carta da Roda da Fortuna, uma mandala que representa o

    movimento e a estabilidade, o temporal e o eterno. Quando a roda gira, esses

    opostos atuam juntos. Contudo, a ao da roda nula no centro. Ponto

    evolutivo de mistrio e do repouso, do fim dos renascimentos.

    O crculo (ou esfera) explicado pela Doutora M. L. Von Franzcomo um smbolo do self: ele expressa a totalidade da psiqueem todos os seus aspectos, incluindo o relacionamento entre ohomem e a natureza. No importa se o smbolo do crculo estpresente na adorao primitiva do sol ou na religio moderna,em mitos ou em sonhos. Nas mandalas desenhadas pelosmonges do Tibete, nos planejamentos da cidade ou nosconceitos de esfera dos primeiros astrnomos, ele indicasempre o mais importante aspecto da vida sua extrema eintegral totalizao. (JUNG, 1964:78 )

    O crculo nas artes tem oito raios que exprime a superposio recproca

    das quatro funes da conscincia: consciente, inconsciente, natureza e

    esprito; compreendendo assim a psique. E tambm podem dar lugar a quatro

    outras funes intermedirias que so, sensao, pensamento, sentimento e

    intuio. Por exemplo, o pensamento realado pelo sentimento ou pela

    intuio, ou o sentimento inclinando-se para a sensao.

    Explicando melhor as funes de adaptao possvel entender qual a

    relao ao seu modo de operar na conscincia. As funes de adaptao

    racional so regidas pelo pensamento e sentimento. Esses tm como funo a

    reflexo baseada na razo. Enquanto o pensamento funciona por meio de

    julgamento, o sentimento avalia, pesando o valor de algo.

    J as funes irracionais, a sensao e intuio, funcionam como

    maneira da pessoa perceber o mundo e a si mesma. Por isso, na ndia e noExtremo Oriente o crculo de quatro ou oito raios o padro habitual das

    imagens religiosas, servindo assim como meditao. J no Tibet, as mandalas

    tm seu papel importante, porque significam o cosmos na sua relao com os

    poderes divinos.

    Na meditao oriental, os desenhos geomtricos chamados iantras

    compostos por dois tringulos que se interpenetram, um apontando para cima,

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    e o outro para baixo, expresso como simbolismo psicolgico, a unio dos

    opostos, ou seja, a unio do mundo pessoal e temporal do ego com o mundo

    impessoal e intemporal do no-ego. a unio da alma com Deus.

    Os dois tringulos tm significado simblico parecido com a mandala

    circular. Ela representa a unidade e a totalidade na psique, ou self, fazendo

    parte tanto o consciente quanto o inconsciente.

    2.2. Descrio da mandala e simbologia

    Mandala vem do velho snscrito que significa o centro, o crculomgico mistrio.

    Ela representa o Universo. Foras da natureza abrigam-se nos seu

    centro. Cada mandala cria um campo de poder pelas energias l instaladas.

    Normalmente ela descrita como uma figura geomtrica representada

    por um crculo sobre um quadrado ou vice-versa, mas pode ser tambm

    construda ou desenhada em forma de crculo, um quadrado ou um retngulo,subdividida em quatro ou mltiplos de quatro, de maneira mais ou menos

    regular.

    O mais importante em sua caracterstica que seu traado feito em

    torno do centro, normalmente observando os pontos cardeais e eixos de

    simetria. Porm, seu contorno exterior no forosamente circular, mas d a

    idia de irradiar-se de um centro ou mover-se em direo a ele. Por isso,

    quando uma mandala observada se tem a sensao de que ela se move e

    pulsa.

    O centro das mandalas considerado o espao de Deus ou o mago da

    psique, que o psiclogo Carl G. Jung chamou de Jung chamou de self.

    Desenhar ou colorir mandalas uma maneira de trabalhar nosso

    universo interior de forma criativa. uma atividade que ajuda a reunir energias

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    dispersas e melhora a concentrao. Nela no representando uma estranha

    realidade, e sim, um mundo iluminado que sempre existiu que revelado

    quando manchas da raiva, apego e ignorncia so transformados.

    Paradoxalmente estes mundos iluminados so construdos das mesmas

    energias que ns, em nossa viso dualstica, percebemos como raiva, apego, e

    ignorncia, mas no estado iluminado inabalvel, so vistos como fora,

    compaixo e sabedoria.

    Cada mandala diferente entre si e em virtude de suas caractersticas.

    tambm um poderoso agente facilitador para a meditao e experincias

    psquicas. Em certos casos, cumpre ainda um papel teraputico. Diferentestipos destes crculos foram transmitidos de gerao em gerao, em vrias

    culturas, porm, as tcnicas e acervos hindus e tibetanos foram os mais

    pesquisados e explorados pelos psiclogos e terapeutas ocidentais.

    Ainda, seu traado exige, muitas vezes, o cumprimento de um ritual. No

    somente a confeco com tambm a leitura de uma mandala necessitam de

    muita concentrao e abstrao dirigidas e entrega espontnea para que a

    experincia seja de fato produtiva. Uma msica calma e relaxante, um incenso

    e a entoao de um mantra so importantes para garantir o ambiente mstico e

    religioso de quem confecciona a sua mandala.

    O material utilizado, suas cores e distribuio sobre uma superfcie, que

    pode ser tecido, madeira, areia, papel, ou mesmo pedra, seguem um

    planejamento que em que cada etapa tem uma motivao e efeitos mgicos.

    No entanto, diversos modelos de mandalas, sem o antigo componentereligioso, so constantemente produzidas. Mas todas elas, em virtude de suas

    caractersticas de cor e forma, geram os mesmos resultados, permitindo que o

    indivduo deixe o seu inconsciente vagar livremente e obtenha paz, harmonia e

    serenidade.

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    2.3. Um caminho em direo ao centro

    A evoluo do homem constante. As vibraes energticas do ser

    humano atuam em vrios nveis e direes, se inter-relacionando com as

    demais energias externas. Do cruzamento de todos esses fluxos energticos

    tecido o destino de cada um de ns.

    O homem pode e deve atuar sempre de maneira positiva na vida,

    atravs da qualidade dos seus pensamentos, palavras e aes, aumentando

    sua capacidade energtica.

    Dessa maneira est colaborando para a formao de uma sociedade

    mais harmoniosa, que resultar na evoluo espiritual da humanidade.

    O autoconhecimento o caminho para o equilbrio das energias

    pessoais, que nos permite agir em sintonia nas diversas esferas de existncia e

    com o universo.

    Toda busca no caminho da espiritualidade uma tentativa de recuperaro equilbrio. E a simbologia, seja atravs da arte ou da religio, sempre esteve

    presente na vida do homem, levando-o transcendncia do raciocnio lgico

    para o desabrochar do conhecimento intuitivo.

    Criada como instrumento de meditao, a mandala aparece em todas as

    religies. Constitudas por crculos compostos de elementos geomtricos,

    simblicos e de cores, a mandala representa a interao do macro e micro

    cosmos.

    Os conceitos relacionados com a criao de uma mandala no so

    muito claros para o homem ocidental. O modo de pensar, sentir e viver dos

    povos orientais esto mais voltados para a magia, ou para a no necessidade

    de justificar e provar suas aes racionalmente com relao ao universo e ao

    tempo.

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    Mandala, assim como os mantras atravs da imagem, e os mantras

    atravs do som so instrumentos utilizados por esses povos com o intuito de

    atingir de forma mais imediata um estado de conscincia mais amplo.

    No campo da psicologia, so analisados todos esses cdigos e smbolos

    que emergem dos pacientes. Para estudar essas mandalas, existem tcnicas

    de interpretao e anlise.

    C.G. Jung, criador da Psicologia Analtica, ao estudar as mandalas

    orientais e sua utilizao como instrumento de culto e meditao, passou a

    desenh-la, descobrindo o efeito da cura que elas exerciam sobre ele mesmo.

    Durante a primeira Guerra Mundial, Jung prestou servio militartrabalhando como mdico do exrcito suo. Entre 1918 e1919, todas as manhs ele fazia um desenho de uma mandalanum caderno para expressar seu estado emocional. Baseadonessas imagens podia observar, a cada dia, as transformaespsquicas que nele se operavam. S aos poucos ele foipercebendo o significado da mandala: formao transformao, eis a atividade eterna do eterno sentido. Asmandalas representam a totalidade em ao. Correspondem natureza micro-csmica da psique. (JUNG, 1975:173-4)

    Vrias referncias tambm fornecidas pela analista Junguiana Marie-

    Louise sobre o simbolismo da mandala. Ela ressaltava a roda de doze raios, a

    flor de ltus, a idade de ouro, Cristo cercado dos smbolos dos quatro

    evangelistas, o Jardim do den divididos em quatro partes e a esfera.

    Jung observou o surgimento de mandalas na produoinconsciente - os sonhos e fantasias, bem como o efeito que

    eles produziam em vrios de seus pacientes. Numa srie dequatrocentos sonhos de uma de seus pacientes, a mandalaapareceu na forma de smbolos de quaternidade nada menosdo que setenta e uma vezes. Todas as imagens simbolizandoDeus interior.(GRINBERG, 2003:155)

    Vrias referncias tambm fornecidas pela analista Junguiana Marie-

    Louise sobre o simbolismo da mandala. Ela ressaltava a roda de doze raios, a

    flor de ltus, a idade de ouro, Cristo cercado dos smbolos dos quatro

    evangelistas, o Jardim do den divididos em quatro partes e a esfera.

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    Neste sentido, a mandala foi utilizada como modelo de divindade e do

    cosmos pelos cientistas naturais e tambm grandes matemticos,

    principalmente tendo como objetivo o princpio ordenado do caos. Mais

    recentemente, a mandala refletiu-se no modelo do tomo de Neils Bohr e

    Water Boehm, que sugeriram a esfera infinita com o centro onipresente como

    modelo estrutural do eltron, observa VON FRANZ (1992 a: 124)

    A essa imagem da esfera devemos a frase da filosofia hermtica e do

    misticismo cristo: Deus uma esfera espiritual cujo centro est em toda parte

    e cuja periferia no est em parte alguma. (VON FRANZ, 1992 a: 119)

    Jung descobriu, ao investigar o uso das mandalas tibetanas, nas

    tradies budistas, eram derivadas dos dogmas Lamacos. O significado no

    particular na doutrina dos lamas ou Lamasmo, porque so representaes

    exteriores. Para os Lamas, a verdadeira mandala sempre uma imagem

    interior gradualmente construda pela imaginao ativa nos momentos que o

    desequilbrio psquico est perturbado, ou quando um pensamento no pode

    ser encontrado e deve ser procurado porque no est contido na doutrina

    sagrada.

    2.4. As mandalas no Budismo Tibetano

    Como so de grande instrumento de culto, as mandalas tibetanas

    geralmente contm, em seu centro, uma figura do mais alto valor, como por

    exemplo, Shiva ou Budha.

    A mandala tambm utilizada como instrumento teraputico, pelos

    chams indgenas da Amrica e aborgines da Austrlia que, nos tempos

    atuais, as gravam e desenham em areia colorida.

    Monges tibetanos criam essas imagens arqutipicas para nos lembrar o

    ciclo de vida e morte. No Tibet, o processo de se criar uma mandala to

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    importante quanto a mandala em si. Levam-se anos de preparao e

    treinamento para se ganhar a habilidade e conhecimento apropriado para pintar

    uma mandala. Mesmo quando est apta para pintar, aonde feita uma

    meditao de trs dias antes que se d a primeira pincelada.

    Existem mandalas no budismo que representam transmutao de

    foras demonacas e fortalezas csmicas.

    2.5. Mandalas no ocidente

    Existe tambm uma tradio de crculos de cura no Ocidente. Umsimbolismo poderoso pode ser observado nas pinturas nativas do ndio

    Americano, nas rodas medicinais e escudos de guerra. As rodas medicinais

    representam universo, mudana, vida, morte, nascimento e aprendizagem. O

    grande crculo a hospedaria de nossos corpos, de nossas mentes e nossos

    coraes. Apesar de existir muitos paralelos com as mandalas Tibetanas, os

    nativos Americanos nunca usaram a palavra para descrever seus prprios

    crculos sagrados.

    Na Europa, as mandalas hermticas, apesar de desenhadas

    linearmente, podem ser tambm circulares.

    Simbolismo da Alquimia, Kabbalah, geometria e numerologia possuem

    um papel importante na criao e desenho destas.

    A arquitetura das catedrais gticas nos mostram um outro caminho paraa iluminao; os vitrais rosceos foram construdos nos tempos de praga e

    guerra. Como mandalas, eles eram construdos para ser um smbolo de

    iluminao do esprito humano.

    Foi Jung que chamou a ateno para esses desenhos circulares

    percebido por ele enquanto estudava a religio Ocidental. Ele percebeu que

    seus clientes experienciavam estas imagens circulares como movimentos em

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    direo a um crescimento psicolgico, expressando a idia de um refgio

    seguro, de reconciliao interna e inteireza.

    Jung reconheceu que figuras arqutipicas (smbolos universais) devrias culturas podiam ser identificados nesta expresso espontnea do

    inconsciente.

    2.6. Mandala csmica

    Existem trs tipos de mandalas: as do culto, as de meditao e as

    teraputicas.

    Elas se diferenciam em funo do seu uso e finalidade, mas tambm

    segundo o estado de conscincia do indivduo no momento de sua criao, isto

    , estado de culto, estado de meditao, de cura teraputica e de expanso de

    conscincia como instrumento de auto-conhecimento e transformao interior.

    Gilles Guattan foi quem denominou a mandala csmica como uma

    representao csmica da conscincia da criao.

    Quando se cria uma mandala csmica precisa-se estar eu um estado

    visionrio, este a pessoa se torna canal de conscincia universal, onde Jung

    chama de arqutipo), porque representa a parte herdada da psique coletiva.

    A mandala csmica representa a ordem e a harmonia existentes no

    universo e durante o trabalho o psiquismo da pessoa se reestrutura

    internamente, unificando-se na dualidade.

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    3. A APLICAO DA MANDALA NA ARTETERAPIA

    Normalmente, toda tcnica de meditao visa, afinal, a mesma coisa,

    o mesmo centro. h, contudo, muitos processos diferentes com tambm

    inmeras mandalas, mas s existe um centro. Do mesmo modo que no

    existem mandalas certas ou erradas de meditao, no h tambm tcnicas

    certas ou erradas de meditao. Nenhuma discusso a esse respeito chegaria

    a tocar o essencial, seria apenas uma distrao para o intelecto.

    Na palavra concentrao h duas chaves que nos revelam do que

    se trata: a centralizao (processo cujo objetivo o centro) e, concntrico

    (junto, mutuamente sintonizado). Urna pedra atirada na gua produz crculos

    concntricos.

    A concentrao est, portanto, duplamente ligada mandala. Basta

    tornar-se receptivo mandala e contempl-la para que o processo deconcentrao comece por si mesmo. H mandalas diferentes, e tambm

    caminhos diferentes para o centro, mas todos esto unidos pelo princpio nico

    do centro. Pensando no labirinto: nele necessrio procurar o caminho,

    literaralmente falando, com os sentidos. Por outro lado, a maioria das

    mandalas, e, sobretudo os iantras tibetanos, conduzem diretamente ao centro.

    Enquanto nas rosceas ocidentais esse impulso inconsciente para o centro,

    dado pela estrutura, pretende apoiar-se ainda, atravs do raciocnio, nas

    figuras que narram histrias, o Oriente de maneira geral, confia, sobretudo na

    energia presente no modelo.

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    3.1. Trabalhos teraputicos realizados com a mandala.

    A chamada mandala tridimensional tem um importante e prtico

    instrumento da familiarizao com o smbolo dos smbolos. Assim como ocorre

    com as mandalas planas, as tridimensionais possibilitam tambm nosso auto-

    conhecimento, desde que saibamos colocar toda nossa ateno, concentrao

    e termos uma postura de meditao quando manipulamos a mesma. Na ndia,

    este tipo de mandala foi encontrado como um instrumento com a mesma

    finalidade do rosrio. Em nosso continente estas mandalas tambm chegaram

    e comecem a integrar trabalhos teraputicos com resultados animadores,

    principalmente na rea do alcoolismo e da drogadico. Como a maiordificuldade do viciado justamente entrar em contato com qualquer coisa,

    principalmente consigo mesmo, devido sua necessidade de buscar a

    alienao, a mandala tridimensional deve ser utilizada como estmulo ao

    despertar do interesse de reestruturao vivencial. O carter integrador da

    mandala faz nascer a proposta de cada um construir sua pea, o que faz com

    que expressem forte necessidade de desenvolverem uma nova estrutura de

    vida. E esta organizao nada mais do que o processo de autoconhecimentomandlico.

    Construir uma mandala tridimensional ou plana uma forma de se fazer

    a leitura de smbolos e a partir deles conhecer nossas prprias deficincias. A

    mandala tridimensional um excelente recurso teraputico, pois pode auxiliar a

    recuperar nossa motricidade, desbloquear a transmisso dos nossos sonhos e

    podermos a partir dai avali-los e entender-nos melhor. A estrutura da mandala

    tridimensional reafirma seu poder Integrador: o nmero nove, contido nela nos

    remete sabedoria-esotrica do retorno unidade. Quer dizer, a numerologia

    tambm est presente na sua interpretao e, movimentao esotrica. O

    homem dos tempos atuais, tocado pela extrema beleza que emana de seus

    olhos - que no deixam de ser uma mandala - busca constantemente e cada

    vez mais um impulso para a transformao do seu interior a partir da

    meditao atravs da mandala como um convite ao reencontro com sua

    unidade divina h muito esquecida.

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    3.2. O papel do arteterapeuta no processo da mandala.

    A arteterapia no tem como base teraputica a palavra. Porm, ao

    trmino da mandala, a palavra dever ser retomada pela autora. Porque ao

    vivenciar experincias internas, acredita-se que a paciente tenha condies de

    identificar as suas experincias subjetivas mais profundas. Assim alcanado

    o objetivo do terapeuta que levar a figura feminina a se expressar, identificar,

    configurar, materializar, e se possvel relatar conflitos, frustraes, afetos e

    toda ordem de sentimentos conflitivos. Se o ser humano tem sua totalidade,

    no possvel que o terapeuta esquea o seu papel que o de facilitador no

    processo de transformao desse ser.

    O processo arteteraputico ento um trajeto, marcado porsmbolos, que assinalam e informam sobre estgios da jornadada individualizao de cada um. Por individualizao entenda-se a rdua tarefa de tornar-se um indivduo (aquele que no sedivide face s presses externas) e que assim procura viverplenamente, integrando seus talentos, s suas feridas e faltaspsquicas. Trata-se de um processo preferencialmente epredominantemente no verbal. (PHILIPPINI, 1998:7)

    As mandalas deveriam ser realizadas sem travas ou bloqueios. O

    terapeuta no deve passar nenhuma noo de esttica e sim o desenvolver da

    criatividade como uma brincadeira. O papel do arteterapeuta no contexto da

    brincadeira ser levar o paciente a manter o centro da sua imaginao e

    criatividade durante a produo da mandala.

    3.3. Valor dos materiais

    O estudo detalhado do material muito importante em arteterapia. Cada

    um em particular, tem propriedades que mobilizam emoes e sentimentos de

    maneiras diversificadas a cada indivduo.

    necessrio que o terapeuta analise o valor teraputico do material

    para cada cliente, pois podem penetrar de maneira mais rpida e em particular

    nos conflitos internos e inconscientes do indivduo.

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    1 Desenho da mandala

    Podem ser utilizados o giz de cera, pastel a leo, pastel seco, lpis de

    cor, lpis de cor aquarelado, hidrocor, carvo e lpis grafite. Todos tmsignificado teraputicos semelhantes.

    No desenho, a coordenao motora fina bastante trabalhada, portanto

    o controle essencial, no s o motor, mas principalmente intelectual. A

    ateno, a concentrao e o contato com a realidade so explorados.

    O desenho de cpia de uma mandala, enfoca a ateno na realidade

    exterior, e indicado nas mulheres que fantasiam, sonham, obrigando-as aperceber e reproduzir a realidade tal qual ela . A imensa dificuldade que

    encontram em reproduzir, no s o medo de errar, a prpria dificuldade de

    dar direcionamento em sua vida. indicado para mulheres dispersas,

    sonhadoras e confusas.

    No desenho livre das mandalas as mulheres entram em contato com sua

    realidade interna, deixando fluir contedos que estejam a ponto de emergir.

    2 Pintura nas mandalas

    Quando a pintura flui, fluem ali, emoes e sentimentos. A esfera afetivo

    emocional est mais abrangente, pois as pinceladas lembram o fluxo

    respiratrio, a vida. As tintas geralmente utilizadas so: guache, aquarela, leo,

    acrlica e nanquim.

    A tinta guache exige maior controle de movimentos, libera emoes e

    incentiva a imaginao.

    A aquarela, devido a sua leveza, e o uso obrigatrio da gua, mobiliza

    ainda mais o lado afetivo. Contra indicada para deprimidas.

    A tinta leo, recomendada para mulheres com depresso, pois

    possibilita maior equilbrio da situao.

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    O nanquim, quando puro de fcil controle, mas exige agilidade e

    sensibilidade. Quando usado com gua, mais fluda, exigindo muito mais

    habilidade, ateno e concentrao.

    Quanto mais concentrao, mais auto-conhecimento e mais

    autoconfiana.

    Com a pintura, trabalha-se a estruturao e a rea afetiva e emocional,

    chegando ao equilbrio das emoes. E quanto mais diluda for a tinta mais

    emocional o resultado.

    3.4. Cores e seus significados na arteterapia e sua utilizao

    nas mandalas

    As cores so vibraes de luz que viajam pelo universo. Todos os seres

    captam essas vibraes, sendo que o homem as decodifica como cores

    atravs da sua percepo visual, mas seu principal canal de captao

    chamado de chakra. Ao todo so sete (7) embora existam algumas correntes

    que consideram mais pontos energticos, e cada um est predisposto uma

    cor especificamente.

    Todas as cores, isto , as vibraes luminosas so importantes para a

    vitalidade do ser humano e, a princpio todos sabemos usufruir dos seus

    benefcios. Isto , quando, por algum motivo, entramos em desequilbrio

    energtico podemos ser instintivamente atrados por uma cor, ou repeli-la, se

    for o caso.

    Naturalmente isso depende da sensibilidade e da relao que tivermos

    com elas.

    Ao traar uma mandala a mente naturalmente convidada a divagar

    sobre esse smbolo.

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    Depois de alguns minutos olhando para uma mandala, h uma sensao

    de que ela parece se movimentar. a energia circulando!

    Geralmente mulheres maiores de vinte e um anos comeam a colorir defora para dentro, pois esto voltadas mais para o externo.

    Para encontrar a direo na hora de colorir, deve-se acompanhar o

    contorno externo em direo ao centro e vice-versa. A direo cria a ordem.

    Para se escolher as cores, se tm duas alternativas: ou deixa a intuio

    escolher as que esto mais de acordo com o estado de esprito da pessoa e

    tentar decifrar a partir disso ou escolher a cor que corresponde emoo quegostaria de induzir a refletir sobre isso tambm.

    Se a figura feminina comear a pintar e sentir sono no deve preocupar-

    se, provavelmente estava muito tensa e est comeando a relaxar.

    Se quiser realmente descobrir mais sobre seu mundo interior, no se

    deve preocupar tanto com cores e formas. Viajar com elas e deixar que elas

    sejam seus guias.

    Algum motivo existe para que esteja combinando certos tons e figuras,

    que podem no ter nada a ver com a esttica.

    Pintar mandalas mais que um exerccio esttico. A escolha das cores

    fala de quem pinta.

    Para compreender o que as cores dizem, o melhor deixar levar porelas e ao terminar a mandala ler o seu significado, pois ter que optar entre

    vrios e isso parte do trabalho de afinar a sensibilidade. Assim, teremos o

    quadro de como est a alma.

    Algumas misturas de tons tm conotaes psicolgicas precisas ou

    chama ateno sobre temas que inquietam.

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    3.5. As cores e suas significaes

    Amarelo Luz, sol, alegria, entendimento, liberao, crescimento, sabedoria,

    fantasia, anseio de liberdade. Inveja e superficialidade.

    Azul Calma, paz, serenidade, segurana. Tdio, paralisao, ingenuidade e

    vazio.

    Branco Pureza, perfeio, virtude, liberao, instinto para os negcios, amor

    pela verdade. Perfeccionismo, tendncia abstrao e frieza.

    Laranja Energia, otimismo, ambio, atividade, valor, confiana em si mesmo.

    Necessidade de prestgio e frivolidade.

    Preto e cinza Renovao, dignidade, mudana, retorno. Responsabilidade,

    desempenho, morte, desespero, tristeza, perda, medo, ameaa e obscuridade.

    Vermelho Amor, paixo, sensualidade, fora, resistncia, independncia,

    conquista. Impulsividade, raiva e dio.

    Rosa Busca do prazer, elegncia, abnegao, domnio da agressividade,

    carinho, suavidade, discrio. Inibio, ignorncia da realidade e

    sentimentalismo.

    Verde Equilbrio, crescimento, esperana, perseverana, fora de vontade,

    cura, integridade, bem-estar, tenacidade, prestgio. Falta de sinceridade,

    ambio e poder.

    Violeta Misticismo, magia, espiritualidade, transformao, inspirao. Pena,

    renncia e melanclica.

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    CONCLUSO

    Analisando os dados pretritos, conclui-se que a Arteterapia no serve

    para fazer diagnsticos atravs da produo artstica de mandalas, serve para

    abrir portas, para aumentar o espao opcional, para desbloquear conflitos

    internos que so fonte de sofrimento, para desenvolver a criatividade e a

    capacidade de comunicao, num enquadramento teraputico, individual ou

    grupal. evidente que existem traos de personalidade e sinais de patologia

    que se manifestam de forma mais ou menos velada, atravs da expresso

    mediada, mas isso s faz realmente sentido num processo acompanhado como

    um todo. Aquilo que se manifesta hoje pode deixar de se manifestar amanh e

    isso no sentido psicodinmico deve afastar a rotulao fcil e estigmatizante.

    Como foi colocado no terceiro captulo o objetivo das mandalas na

    arteterapia, sob a viso Junguiana, de promover apoio e instrumento

    apropriados, para que a energia psquica forme smbolos em variadas

    produes e atravs destas retrate a psique em mltiplos estgios, cooperando

    para percepo, entendimento e mudanas de estados afetivos tumultuados,beneficiando a construo e o desenvolvimento da individualidade.

    Durante a pesquisa encontrei algumas citaes a serem pesquisadas

    como:

    Na brincadeira de roda como mandala, o dar-se as mospossibilita um contato, uma experimentao ttil do outro numainterao corporal que promove a permuta de energias eameniza a solido entre os participantes. Estes esto naquelemomento, mesmo que inconscientemente (...) neutralizandojuntos o advento de um estado mandalar (...). (MILLLECO,1987:81)

    Jung afirma que as mandalas podem ser danadas. Ora, se as

    mandalas, num sentido geral, estruturam o que ocorre na psique

    proporcionam a concentrao e a meditao expressam a idia de refugio

    seguro e de reconciliao interior compensam a desordem e a confuso

    psquica estas caractersticas tambm se aplicam s rodas danadas ( e

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    cantadas). Desta maneira, cada participante da roda, estaria compartilhando

    com os demais do estado proporcionado pela mandala-viva da qual ele prprio

    parte integrante.

    O ndio vive no crculo, orientado para o centro. No fim dacerimnia da mandala de areia, ele se senta no centro docrculo e encantado pelo xam, (...). Nesse momento, o paj,transfere a mandala para o paciente, pondo as mosumedecidas sobre a areia da mandala e em seguida, sobre ocorpo daquele que est sentado no centro.(...) (RDIGERDAHLKE, 1995:202)

    Nessa citao percebe-se a grande semelhana com os diversos

    exerccios de terapia grupal, nos quais um dos participantes tambmpermanece no meio recebendo, de um modo ou de outro, a energia de toda a

    mandala.

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    BIBLIOGRAFIA

    Arte Terapia. Coleo Imagens da Transformao. Rio de Janeiro: Clinica

    Pomar, nov. 2000, 7 v.

    __________. Coleo Imagens da Transformao. Rio de Janeiro: Clinica

    Pomar, nov. 2001, 8 v.

    DAHLKE, Rdiger. Mandalas. So Paulo: Pensamento, 1995.

    GRINBERG, Luiz Paulo. Jung: o homem criativo. So Paulo: FTD, 2003.

    JUNG, Carl G. O homem e seus smbolos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,

    1964.

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    WEBGRAFIA

    POLONIO, Andriete e RODRIGUES, Elizabete Vieira. A busca no sentido da

    vida. http: // www.pucsp.br/clinica/boletim.htm. out/1999.

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    FOLHA DE AVALIAO

    UNIVERSIDADE CNDIDO MENDESInstituto de Pesquisa Scio-Pedaggicas

    Ps-Graduao Latu Sensu

    Ttulo da Monografia:

    O PAPEL DA MANDALA NO PROCESSO TERAPUTICO

    Data da Entrega: ________________________

    Avaliado por ____________________________________ Grau ___________

    Rio de Janeiro, _____ de ____________ de 2004

    _______________________________________

    Coordenador do Curso

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    ANEXO