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  • 1. Presidente da RepblicaLuiz Incio Lula da SilvaMinistro das CidadesMarcio Fortes de AlmeidaDiretor do Departamento Nacional de TrnsitoAlfredo Peres da SilvaCoordenadora Geral de Qualificao do Fator Humano no TrnsitoJuciara Rodrigues Dados Internacionais de Catalogao na Publicao CIPBibliotecria responsvel: Thas Moraes CRB-1/1922 Brasil. Departamento Nacional de Trnsito. O carregador de notcias; Uma misso do outro mundo / Texto de Jos Ricardo Moreira e Juciara Rodrigues; Ilustrao de Csar Lobo. Braslia: Ministrio das Cidades, Denatran, 2008. 31, 31 p. : il. color.; 20x20 cm. (Viva o trnsito: participe! histrias para o ensino fundamental, v. 2) Capa de Uma misso do outro mundo. Texto em direes opostas. Coleo composta por trs volumes. 1. Trnsito, Educao. 2. Ensino Fundamental. 3. Literatura infanto-juvenil. I. Rodrigues, Juciara. II. Moreira, Jos Ricardo. III. Lobo, Csar. IV. Ttulo. V. Ttulo: Uma misso do outro mundo.CDU 372.4 (81) totalmente proibida a reproduo total ou parcial deste material sem a prvia autorizao do Departamento Nacional de Trnsito.

2. Esta a histria de um carteiro chamado Pedro. Um carteiro pra l degente boa!Pois bem, a vida do Pedro Carteiro era andar para cima e para baixoentregando correspondncia: carta, cartinha, aviso, telegrama, pacote,revista, conta disso, cobrana daquilo. J estava h uns bons anos naqueleservio. E sempre se surpreendia com a expresso de expectativa domorador quando ele tocava a campainha. Os olhos brilhavam, mesmoque rapidamente, enquanto ele vasculhava o monte de cartas buscando asdaquele endereo.4 3. No final, concluiu que um carteiro entrega muito mais do que papel:entrega novidade, surpresa, revelao. Entrega, enfim, algum tipo denotcia. Pronto, estava resolvido. Pedro se auto-intitulou carregadorde notcia. E cumpria sua obrigao durante todo esse tempo, feliz davida. Notcia boa, notcia ruim, um parabns aqui, um meus psamesacol, e ia levando a vida. J era conhecido de alguns moradores:- Bom dia, Seu Pedro, carta pra mim?- Deixa eu ver, Dona Eullia.... Tem sim. E da sua filha!- Ai, que bom, eu fico numa preocupao danada quando ela vai fazeresses cursos fora do pas.s vezes, at por brincadeira, a correspondncia no era to bem recebida: - Pxa, Pedro, cobrana de novo? Voc podia variar etrazer um aviso de que eu ganhei na loteria, rapaz!-Vou ver se trago da prxima vez, Seu Mrio...Pedro j tinha visto muito sorriso, muita lgrima,muito gesto de espanto no p do porto, entregando suascorrespondncias. E no final das contas, gostava do que faziaporque sabia da importncia do seu trabalho: estabelecer acomunicao entre pessoas distantes, s vezes com um oceanoentre elas, s vezes separadas por algumas poucas quadras. 5 4. Pausa!Comunicao o processo que as pessoas utilizam para transmitir idias,informaes, etc. Para que acontea a comunicao, preciso haver um emissor, que quem formula a mensagem, um receptor, que quem recebe einterpreta a mensagem e, finalmente, a prpria mensagem, que transmitida do emissor para o receptor. Para transmitir sua mensagem, o emissor precisar de um cdigo que seja conhecido do receptor. Nossa lngua, por exemplo, um exemplo decdigo verbal. Mas existem os cdigos no verbais, como os sinais de trnsito, os gestos ou expresses faciais.6 5. Voc acredita que no trnsito as pessoas precisam se comunicar? Por qu? Em que situaes as pessoas se comunicam no trnsito? Quando um motorista liga o pisca-pisca do automvel para avisar que vai fazer uma converso, ele est se comunicando com os outros motoristas e tambm com pedestres, ciclistas, motociclistas. O que pode acontecer se o motorista no se comunicar? O que pode acontecer se as pessoas no se comunicarem no trnsito? No trnsito as pessoas precisam se comunicar o tempo todo! Ler as mensagenstransmitidas pelas placas de sinalizao, pelos gestos e sons dos agentes detrnsito, pelas luzes do semforo.Por falar em semforo: o primeiro semforo instalado no mundo foi na Inglaterra,em 1868. Ele possua somente as cores vermelha e verde. 7 6. Entreviste o carteiro que atende sua residncia. Ateno para no tomar muitotempo, ele ocupadssimo. Se for o caso, divida as perguntas em dois ou maisdias e procure saber:a. Qual meio de transporte ele utiliza?b. Que distncia ele percorre, em mdia, por dia?c. Quais os outros tipos de entrega de correspondncias que existem nasua cidade (servio de moto, sedex, etc.)?d. Que tipo de dificuldades um carteiro enfrenta notrnsito diariamente? 8 7. UM PASSEIO PELA HIS TRIA...Quando havia necessidade de comunicao urgente entre os espaos daColnia (durante o Brasil Colonial), mensageiros particulares chamadospedestres, prprios, positivos ou particulares ofereciam seus servios para levarcorrespondncias. Costumavam cobrar uma fortuna e s quem tinha muitodinheiro podia mandar mensagens.Somente em 1773, com a ligao terrestre do primeiro correio brasileiro,entre Rio de Janeiro e So Paulo, a comunicao postal comeou a fazerparte da vida dos habitantes.Debret.9 8. E a histria, cad?Uma das coisas que o Pedro gostava de fazer era tentar adivinhar poronde tinham andado as cartas que ele entregava. E no bastava olharpara a quantidade de carimbos ou de selos que, no final das contas, somuito parecidos. O que Pedro gostava de fazer, mesmo, era imaginar olongo caminho percorrido por uma cartinha simples, de uma pgina,dessas que custam alguns centavos para postagem. Marclio, o quitandeiro da esquina, por exemplo, era amazonense deCoari. Uma vez por ms recebia carta dos parentes. Quando a carta chegava,ele tinha sempre um comentrio engraado para dizer ao Pedro:- Rapaz, voc no imagina de quantas onas o carteiro de l teve quecorrer para pegar esta carta!Ou ento: - Pedro, quero ver se voc adivinha em qual transporte esta carta viajoumais: barco, avio ou caminho.O Pedro imaginava como seria aquele pedao de Brasil onde o Marclionascera. Com certeza, um Brasil bem diferente daquele com o qual estava10 9. acostumado: cidade grande, trnsito congestionado, pessoas com pressa esem tempo para conversar.Alis, essa histria de falta de tempo acabava servindo de desculpa paramuito mau-humor. Naquela manh, mesmo, Pedro viu um motorista sedescabelar porque um senhor atravessou a faixa de pedestres lentamente.Deu at para ouvir o resmungo:- Isso porque eu sou um motorista consciente. Se fosse outro qualquer,avanava na faixa e no queria nem saber!O pior que o tal motorista reclamava do pedestre, mas estava sem o cintode segurana e o filho, no banco traseiro, ouvia o pai reclamar, pulandosolto dentro do carro. Como entender aquilo? Que falta de respeito!Pedro Carteiro, que ganhava a vida gastando sola de sapato, noconseguia entender como as pessoas conduziam veculos como se aquelafosse a tarefa mais insuportvel do mundo. Ou,ento, como se fosse uma competio feroz,cada um trancado no seu carro e na suaindiferena. Comunicar-se, que bom, ningum queria.11 10. Alis, bom parar um pouquinho para deixar uma coisa bem clara:no trnsito, comunicao no conversa, muito menos pelo telefonecelular, que s faz atrapalhar. s vezes, um sinalcom a mo, para agradecer, pode ser a melhorforma de comunicao. A gentileza nemsempre precisa de palavras. Caminhando para o final da rua e do dia detrabalho, Pedro pensava que o mundo podiaser bem melhor se as pessoas fossem maiseducadas, mais gentis, mais cuidadosas.Se todas as pessoas se respeitassem edessem valor vida, muitas coisas ruinsno aconteceriam, especialmenteno trnsito. 12 11. Pausa! Em sua cidade, voc costuma ver muitos motoristas e passageiros sem o cinto de segurana? O que voc pensa sobre pais e mes que no ensinam os filhos a usarem o cinto de segurana? Qual a atitude da sua me e do seu pai? Eles usam o cinto? E voc? Por que to importante usar o cinto de segurana? Voc acredita que difcil encontrar pessoas gentis e cuidadosas no trnsito? Por qu? 13 12. Usar cinto de segurana obrigatrio por lei. O Cdigo de Trnsito Brasileiroestabelece que todos os passageiros devem usar o cinto, tanto nos bancos da frentequanto nos bancos traseiros. O Cdigo de Trnsito Brasileiro tambm diz que crianas menores de dez anoss podem sentar nos bancos traseiros. Crianas pequenas devem ser levadas commuito cuidado, em cadeirinhas especiais e assentos de segurana. Para voc ter idia,uma criana com 25 quilos, sentada no bancotraseiro, sem o cinto de segurana, no momentode uma batida a 50 Km/h, lanada para frentecom o peso igual ao de um filhote de elefante(2,5 toneladas).Acidentes de trnsito (pedestres e passageiros)so a maior causa de mortes entre crianas de0 a 14 anos. Por isso, os pais e as mes nunca,nunca podem deixar seus filhos soltos no carro.Usar cinto de segurana demonstrao deamor pela vida! 14 13. Faa uma pesquisa sobre a importncia do uso do cinto de segurana e criemensagens para os motoristas. Escreva suas mensagens com uma letra bem bonita em folhetos e, com aajuda do(a) professor(a) e de um(a) agente de trnsito, junte sua turma e monteuma blitz educativa na sada da escola pra distribuir os folhetos. Voc e seus colegas faro um trabalho muito importante pela segurana notrnsito! 15 14. UM PASSEIO PELA HISTRIA...O cinto de segurana foi desenvolvido durante a 2 Guerra Mundialpara evitar que pilotos de avio morressem, por serem lanados para forada cabine, nos casos de aterrissagens foradas. Situao muito semelhante, guardadas as devidas propores, ocorriaem casos de coliso e capotamento de veculos: um alto nmero de mortesporque os ocupantes eram lanados para fora dos veculos. Foi com esseobjetivo evitar que os ocupantes fossem lanados para fora dos veculose, por conseguinte, morressem que a indstria automobilstica passoua introduzir em seus produtos, lentamente e, muitas vezes, fora delei, ao longo dos anos 1960 e 1970, uma adaptao daquele mecanismoque a experincia da indstria aeronutica tinha demonstrado seradequadamente eficiente: o cinto de segurana.Fonte: http://www.sarah.br/paginas/prevencao/po/02_04_o_cinto_de_seguranca.pdf 16 15. E a histria, cad?- Abreu, voc colocou o Tonico a venda?Tonico era filho do Abreu, o farmacutico. De vez em quando Pedro vinhacom uma piadinha dessas.- Claro que no, Pedro! De onde voc tirou essa idia?- Daqui, , do cartaz que voc botou em frente farmcia: Tonico empromoo.- tnico, Pedro. Tnico capilar!- T vendo? Por causa de um acentozinho de nada quase vendeu o filho.E l ia o farmacutico corrigir o cartaz enquanto Pedro ria e seguia seucaminho. A mania de corrigir o que estava escrito por a comeou, claro, com a leiturade dezenas de envelopes todo santo dia. Pedro, o carteiro, acabou se tornandoum craque em entender todo tipo de letra, do garrancho mais torto caligrafiamais redondinha. Depois que ficou bom em entender a letra, comeou a prestarateno nos erros. A, do erro no envelope passou para os erros nos letreiros,faixas, cartazes. Quando deu por si, Pedro entendia mais de ortografia do quemuito universitrio! 17 16. De tanto corrigir placa, Pedro comeou a reparar em como a cidade, como tempo, mudava de aparncia. Para pior! Onde antes havia parede limpa,canteiro, jardim, agora havia faixa, cartaz, outdoor. Cada um maior do que ooutro. Ento, o Pedro se pegava pensando: ora, mas quem est na direoprecisa prestar ateno no trnsito. Ento, como que colocam cartaz para todolado? S vai distrair a ateno!.Esses pensamentos no vieram cabea do Pedro de uma hora para outra.Na verdade, foram se juntando, um encaixando no outro, como um grandequebra-cabea. S mesmo o Pedro para perceber tudo o que acontecia nas ruas.Afinal, ele percorria aquele caminho h anos. Quanto mais o tempo passava,mais o cenrio ficava diferente. Edifciosenormes, lojas e mais lojas, muitosveculos, muita gente. O ritmo da cidademudava junto... quanta pressa!Caminhando devagar, Pedro montavaseu quebra-cabea, uma descoberta pordia: carros demais, cartazes demais, pressademais... E de menos, havia alguma coisa?Sim: menos pacincia, menos tempo,menos colaborao, menos solidariedade,menos respeito...18 17. s vezes, Pedro se achava mais velho do que alguns prdios antigos. Afinal, seo mundo estava ficando to impaciente, por que ele continuava assim, tranqilo,arranjando sempre um tempinho para conversar com os destinatrios, comoele chamava os moradores do bairro? O Pedro pensava que talvez j estivesse mesmo na hora de se aposentar. Masera s um pensamento rpido, porque l do fundo do pacote de cartas apareciao envelope: olha s, carta de Blumenau para seu Hanz! Como ser Blumenau?Deve ser uma cidade bonita.E l ia o Pedro viajar novamente...19 18. Pausa!o podeVoc acredita que iss muitos cartazes, outdoors, faixas? Em sua cidade hdestres? Por qu? atrapa lhar motoristas e pedia, as pessoasan do pensa que, a cada o Pedro est certo qu Voc acredita que , menos respeito? Por qu?tm menos pacincia, menos tempoeno: a paisagem, e mais chama a sua at eia pela cidade, o qu Quando voc pass unciadas pelos outd oors? as construes ou as propagandas an acontecem em suanotar as mudanas quedro, voc consegue o nos ltimos tempos? Assim como o Peamaram a sua aten as ch cidade? Quais mudan20 19. Paredes pichadas, ruas cheias de placas de propaganda, chamadas de cartazes,umas por cima das outras, faixas nos postes. Tudo isto responsvel pela poluiovisual. Essa forma de poluio no causa problemas de sade, mas enfeia o ambiente,deixando-o sujo e bem menos repousante, piorando a qualidade de vida. Exemplos disso so: a utilizao da fachada frontal ou lateral de edifcios comoespao publicitrio, a fixao de cartazes imensos que impedem a utilizao de janelas,a instalao de painis digitais em pontos que dispersam a ateno de motoristas epanfletos e cartazes que inundam as ruas em poca de eleio. Um tipo particular de poluio visual a luminosa. primeira vista no parece, masela existe e, em excesso, causa diversos prejuzos. A iluminao dos grandes centrosurbanos feita de qualquer maneira e com desperdcio de energia, esse tipo deiluminao diminui a transparncia da atmosfera, prejudicando a viso do cu noturnoe atrapalhando o sono das pessoas quemoram em frente aos luminosos.Fonte: http://www.ecoviagem.com.br/fique-por-dentro/artigos/meio-ambiente/a-silenciosa-poluicao-visual-1334.asp 21 20. Colete em jornais e revistas imagens que demonstrem que, s vezes, mensagensdemais impedem a comunicao no trnsito. Selecione as melhores imagens e faa ummural bem bacana para ser colado em sua sala de aula. UM PASSEIO PELA HIS TRIA... Em 1883, o cronista alemo Carl Von Koseritz veio ao Brasil evisitou a cidade do Rio de Janeiro. Escreveu muitas coisas que viu emseu dirio, entre elas: alm do copioso movimento das ruas, que na ruado Ouvidor, em dia de semana chega ao tumulto, desperta a ateno doolhar a multido de quiosques enfeitados de bandeirascoloridas e cobertos de cartazes e tabuletas tambmem cores, nos quais se vende caf e bebidas. Em todasas praas e esquinas, do Rio Comprido at Botafogo,existem desses quiosques que contribuem para dar vida das ruas uma nota particularmente colorida.Como podemos ver, h mais de cem anos cartazes etabuletas j poluam as cidades brasileiras!22 21. E a histria, cad?Quanto mais se aproximava o dia da aposentadoria, mais o Pedro pensava noque faria dali por diante. O que ele gostava de fazer mesmo era conversar com aspessoas, se comunicar. Ento, tinha que descobrir uma atividade que tivesse a vercom essa habilidade. Ficar parado no tempo depois de aposentado? Nem pensar! Vai ver que era por isso que Pedro andava reparando em certas pessoas. Ele,to acostumado a cumprimentar os passantes, cada vez mais se espantava com aatitude pouco comunicativa de alguns deles. No trnsito, a impresso era de queos pedestres tornavam-se to fechados que tinham dificuldade em responder ata um aceno de mo., talvez o grande problema da comunicao no trnsito no esteja nasplacas, o Pedro pensava. Alis, o que no faltava era sinalizao avisando o quepodia e o que no podia ser feito no trnsito, embora algumas placas estivessembem maltratadas.Pedro juntou mais uma pea ao quebra-cabea. Comentou com o Zuca,destinatrio de muitos anos: - Sabe, Zuca, eu tenho notado como esta cidade est diferente. Mais apressada,mais impaciente. E sabe o que eu descobri?23 22. - O qu, Pedro?- Que o trnsito o jogo dos contrrios.- Como assim? - Veja voc: numa cidade de trnsito to complicado, s com boa vontadese pode melhorar as coisas. Em vez disso, o que a gente v? Cada um dentrodo seu carro ou andando pela rua como se no tivesse nada a ver com as outraspessoas.- mesmo... E ser que isso vai ficar pior?, perguntou o Zuca.- Bom, a vem a melhor parte. Eu acho que no vai ficar pior. Talvez demoreum pouco para melhorar. Mas que vai melhorar, isso vai!24 23. - Ora, Pedro, e como que voc tem tanta certeza de que o trnsito vaimelhorar? - Por um motivo muito simples: se no melhorar, daqui a pouco ningummais vai conseguir transitar por a! Ou todo mundo aprende a viver junto notrnsito ou ningum mais vai conseguir andar nele, entendeu?- Mais ou menos... - A soluo comunicao, Zuca. As pessoas precisam entender que, paraviverem juntas, precisam estar em sintonia com o lugar e com as outras pessoasque vivem nele. E, para isso, precisam se comunicar, entendeu?- Entendi. Quer dizer que o comeo de tudo passa pela conversa, no ?- Pela comunicao, Zuca. E comunicao muito mais que conversa,principalmente no trnsito. Um aceno de mo j um bom comeo! Mas,mudando de assunto, chegou carta para voc. L de Souza, na Paraba, a terrados dinossauros.O Pedro entregou a carta e foi embora assobiando. Tinha montado mais umpedacinho do quebra-cabea. O Zuca ficou pensando: e, quem sabe as coisasno podem mesmo mudar para melhor? Afinal, tem tanta gente por a igual aoPedro....25 24. Pausa! Pedro cumprimenta as pessoas. E voc? Voc cumprimenta as pessoas quando entra em um elevador, quando senta ao lado de algum no nibus, quando chega na escola? Um sorriso ou um cumprimento pode alegrar o dia de uma pessoa. Voc j pensou nisso? As pessoas precisam entender que, para viverem juntas, precisam estar em sintonia com o lugar e com as outras pessoas que vivem nele. Voc concorda com Pedro? Por qu? Jos Dafrino, Profeta Gentileza.26 25. Em 1996 o Batalho de Polcia de Trnsito de Curitiba (PR) realizou a 1 Pesquisasobre Acidentados, ouvindo mil pessoas que se envolveram em aproximadamente700 acidentes de trnsito. A pesquisa mostrou que perto de 20% das pessoas que se envolveram em acidentesde trnsito na cidade, nos primeiros quatro meses do ano, desconheciam o significadodas placas de sinalizao. Algumas chegaram a dar definies absurdas, como dizer queo indicativo da rea escolar significava sada de cinema ou sada de teatro. Como voc pode ver, quem no entende as mensagens transmitidas pelas placas desinalizao pode provocar acidentes no trnsito. Por isso, pedestres, motoristas, ciclistas,motociclistas precisam estar muito atentos aos sinais de trnsito!Pense nas concluses a que o Pedro Carteiro chegou e redija um texto com suaopinio a respeito do seguinte tema: Para mim, comunicao no trnsito ... 27 26. UM PASSEIO PELA HISTRIA...No final do sculo XVIII foram criados meios de comunicao maisavanados. A telegrafia ajudou muito a comunicao entre as pessoas. A telegrafia a transmisso de mensagens e textos escritos (telegramas) agrandes distncias por meio de um cdigo de sinais (cdigo Morse), atravs dotelgrafo, de fios condutores ou sem fios condutores (radiotelegrafia). A partir da telegrafia tica (sonora) originaram-se os sinais sonoros detrnsito: o apito dos trens, as buzinas dos automveis, os diferentes sonsemitidos pelos agentes de trnsito.28 27. E a histria, cad? Quanto mais o dia da aposentadoria do Pedro se aproximava, mais o bairroficava preocupado. Ser que o Pedro se acostumaria sem seu trabalho? Comoficaria sem as conversas no porto? Sim, porque no ia aparecer apenas paraconversar. Para se sentir um intrometido, tomando o tempo das pessoasocupadas? No fazia o estilo do Pedro. Ento o quitandeiro sugeriu que conseguissem uma atividade para ele. Quealgum o convidasse para scio ou, at mesmo, que ele abrisse um pequenonegcio perto dos amigos. No demorou para que algum tirasse aquela idiada cabea de todos. Ora, Pedro passara a vida caminhando, fazendo amigos paratodo lado, trazendo notcias, contando novidades. Se imaginavam que ele seacostumaria atrs de um balco, podiam tirar o cavalinho da chuva.Algum deu uma idia meio diferente: e se o Pedro passasse uns tempos comcada um dos comerciantes do bairro, aprendendo mais sobre os negcios decada um deles? Assim, sem hora marcada, sem compromisso? Com o tempo,podia tomar gosto por um deles, se aprofundar mais. Afinal, o Pedro era osujeito mais curioso do mundo. 29 28. Emprego daqui, sociedade dali, e o tempo passava sem que ningumdescobrisse a soluo. Enquanto a idia no aparecia, prepararam a festa: bolo,msica, a praa enfeitada, um monte de presentes. Cada um caprichou mais noseu. Pois no que o dia chegou e a tal idia, que bom, nada? A festa aconteceu conforme o previsto. Pedroficou emocionado, recebeu os presentes,agradeceu e... no dia seguinte, nada doPedro; no outro, tambm no; no outro,menos ainda. Todo mundo comeoua ficar preocupado, mas por umarazo diferente. O problema, agora,no era encontrar alguma coisa para oPedro fazer, era encontrar o Pedro! E,por mais que procurassem, ningumconseguia encontrar uma pista sequer. Com o tempo, o pessoal ficoudesconfiado daquela histria. J tinhaat gente dizendo:- Sabe o que eu acho? Acho que o Pedro um ingrato. Sumiu no mundosem avisar para ningum, esqueceu da gente. Um ms depois o quitandeiro recebeu uma carta. Adivinha de quem? Bem, omelhor ler o contedo: 30 29. Caros amigos da Vila Esperana,vale Dou um prmio para quem adivinhar onde estou! No em Coari,olhar o endereo do remetente! Acreditem ou no, estoueiro.no Amazonas, terra do meu amigo Marclio, o quitand saber de Vocs sabem que eu sempre tive curiosidade emdo, essasonde vinham as cartas, o caminho que tinham percorri todos essescoisas todas. Pois agora chegou a hora de conhecercaminhos!me viu. O irmo do Marclio quase caiu para trs quando entregavaEle nunca poderia imaginar que eu era o carteiro quetodas as suas cartas ao irmo.o tioDepois de Coari, vou para Souza, na Paraba, conhecer Blumenau, do Zuca e as pegadas dos dinossauros; de l, vou para terra do Hanz... uantoMeus amigos, o que no falta Brasil para transitar. Enqr para l e isso, aprendo um pouquinho sobre as formas de se viveningum para c. Acreditem em mim: na cidade ou na floresta, vive sem se comunicar. E sem se locomover!Um grande abrao do viajante de sempre,Pedro.31 30. Vire o livro para ler a prxima histria.