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Grupo de autores elaborou este Módulo de Ensino sobre Mercado de Capitais. Uma ferramenta útil no estudo e ensino da disciplina.

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  • Curso de Bacharelado em Administrao

    Universidade Federal do Par

    Mercado de Capitais

    Prof. Jos Thadeu Paulo Henriques [email protected]

    Fevereiro 2013

  • 2

    Sumrio O Sistema Financeiro Brasileiro ..................................................................................... 5

    1.1 Consideraes sobre Mercado de Capitais .................................................. 7

    1.2 A Evoluo do Sistema Financeiro Brasileiro ........................................... 10

    1.3 O Atual Sistema Financeiro Brasileiro ......................................................... 14

    As Instituies Financeiras e Suas Finalidades ...................................................... 17

    2.1 rgos Normativos ........................................................................................... 19

    2.2 Entidades supervisoras do sistema .............................................................. 20

    2.3 Instituies operadoras do sistema ............................................................. 24

    Instituies financeiras bancrias ou monetrias ......................................... 25

    Instituies Financeiras no Bancrias ............................................................ 27

    Outros intermedirios financeiros e administradores de recursos de terceiros ......................................................................................................................... 30

    2.4 Agentes Financeiros Especiais ........................................................................ 37

    2.5 Entidades de Auto Regulao ......................................................................... 43

    Entidades Auxiliares do Sistema Financeiro Brasileiro ........................................ 44

    3.1 O que o Sistema de Pagamentos Brasileiro - SPB ............................. 46

    Canais de Distribuio ..................................................................................................... 50

    4.1 Canais de Distribuio ....................................................................................... 52

    Mercados Financeiros ....................................................................................................... 55

    5.1 Classificao dos Mercados Financeiros ..................................................... 58

    Mercado Interbancrio ............................................................................................. 59

    Mercado Interbancrio de Reais .......................................................................... 60

    Mercado de Juros ....................................................................................................... 61

    Mercado a termo ........................................................................................................ 61

    Mercados Futuros ....................................................................................................... 61

    Mercado de Opes ................................................................................................... 63

    Mercado de Derivativos ........................................................................................... 64

    Mercado de Aes ...................................................................................................... 65

    Mercado Futuro de Aes ....................................................................................... 69

    Ttulos Pblicos e Privados do Mercado .................................................................... 71

    6.1 Ttulos de Captao........................................................................................... 73

    6.2 Ttulos Pblicos Federais .................................................................................. 74

    Riscos inerentes as Notas do Tesouro Nacional............................................. 77

    6.3 Ttulos Privados .................................................................................................... 79

    Certificado de Depsito Bancrio CDB ........................................................... 79

  • 3

    Certificado de Depsito Interfinanceiro - CDI ................................................ 83

    Letra Hipotecria ........................................................................................................ 85

    Debntures ................................................................................................................... 87

    6.4 Tributao dos Ttulos de Renda Fixa Pblicos ou Privados ........... 91

    6.5 Aes ........................................................................................................................ 92

    6.6 Ttulos de Financiamento .............................................................................. 108

    Operaes de Hot Money ...................................................................................... 108

    Capital de Giro .......................................................................................................... 109

    Crdito Direto ao Consumidor ............................................................................ 110

    Crdito Imobilirio E Poupana .......................................................................... 110

    Crdito Rural ............................................................................................................ 111

    Cartes de Crdito ................................................................................................... 112

    Leasing ......................................................................................................................... 113

    Repasses Internos - BNDES ................................................................................ 114

    Indicadores Econmicos e Financeiros .................................................................... 116

    7.1 Principais Indicadores Econmicos e Financeiros ................................. 119

    7.2 ndices de Inflao ........................................................................................... 121

    7.3 Instrumentos de Poltica Monetria ........................................................... 124

    7.4 Taxa de Juros ...................................................................................................... 135

    Riscos do Mercado ........................................................................................................... 139

    8.1 O que Risco? .................................................................................................... 141

    8.2 O que Retorno? .............................................................................................. 141

    8.3 A Evoluo da Gesto do Risco .................................................................... 142

    8.4 Riscos de Crdito ............................................................................................... 145

    8.5 Risco de Mercado .............................................................................................. 153

  • 4

    Apresentao Caros alunos,

    Vocs tm em mos uma grande oportunidade de aprofundar a

    vossa qualificao, atravs da utilizao das tecnologias de aprendizagem

    virtual.

    Neste material no existe verdade absoluta. Tudo est passvel de

    discusso e certamente originar diversos pontos de vista.

    Enquanto aluno, sinta-se a vontade para questionar, criticar e

    apresentar suas interpretaes, mas no se esquea de que o primeiro

    passo para fazer isso consistentemente conhecer os autores e textos

    que tratam do tema. Assim, antes de tudo, estude os materiais

    disponveis na plataforma e, na medida do possvel, aqueles mais que

    iremos sugerir. Alguns necessariamente devero ser lidos.

    O fato de ser um mdulo de modalidade distncia no significa

    que no haja exigncias ou que se pode postergar o estudo para um

    perodo indefinido. Caso se proceda assim, o mdulo estar

    comprometido. Estamos numa ps-graduao. Apesar de curta ela

    representa um novo nvel, inclusive quanto s exigncias.

    No estamos aqui para reprovar ningum, nem tampouco para

    aprovar quem no apresente esforo e desempenho mnimo para tal. O

    sucesso depende principalmente do esforo pessoal do discente. Cabe-

    nos, professor, tutores, coordenadores e apoio administrativo auxili-lo

    para que voc alcance o melhor desempenho possvel. Seu sucesso

    tambm o nosso sucesso.

    Conte conosco em todos os momentos do curso. Boa sorte!

    Jos Thadeu Paulo Henriques

    Professor da disciplina

  • 5

    UNIDADE

    1

    O Sistema Financeiro

    Brasileiro

  • 6

    Objetivos

    Nesta unidade voc vai conhecer a evoluo

    e a estrutura do Sistema Financeiro da

    forma como utilizamos hoje. Vai conhecer as

    instituies que fazem parte desse sistema e

    suas principais finalidades e a diviso

    (segmentao) dos mercados financeiros

  • 7

    1.1 Consideraes sobre Mercado de Capitais

    O desenvolvimento econmico sustentvel depende da expanso

    contnua da capacidade de produo. Esta expanso funo, por sua

    vez, de investimentos em capital e recursos humanos. Esses

    investimentos funcionam quando produzem dois efeitos: acumulao do

    capital produtivo e aumento da produtividade (do capital e da mo de

    obra). O crescimento se acelera quando os investimentos so direcionados

    para as melhores alternativas, isto , aquelas que apresentam os maiores

    retornos econmicos e sociais.

    Os investimentos e a forma como so realizados esto, portanto, na

    raiz do processo de desenvolvimento econmico e social. A poupana, que

    viabiliza os investimentos, outro componente essencial do processo. E a

    eficincia na utilizao da poupana crucial, pois ela determina o custo

    do investimento. A melhor conjugao de todos esses fatores gera o

    crculo virtuoso do desenvolvimento, que permite sociedade desfrutar de

    nveis crescentes de bem estar e de reduo da pobreza.

    Todos os pases desenvolvidos ou em acelerado processo de

    desenvolvimento ostentam elevadas taxas de poupana, alta eficincia na

    sua intermediao ou uma combinao dessas duas virtudes.

    O crescimento econmico est associado, assim, a elementos

    incentivadores da formao de poupana e de sua intermediao eficiente,

    que a torne acessvel para quem quer investir.

    Nas ltimas dcadas, vrios pases asiticos saram de uma situao

    de pobreza e misria e se tornaram naes industrializadas. Esses pases

    se destacaram por altssimas taxas de poupana.

    O desenvolvimento da Europa e particularmente dos Estados Unidos

    a partir do final do sculo passado foi impulsionado por uma continuada

    eficincia na intermediao de poupanas.

  • 8

    Esse desenvolvimento dificilmente teria ocorrido sem um sofisticado

    mercado financeiro e de capitais. Um dos fatores que explicam o maior

    perodo de prosperidade da economia americana a existncia de um

    mercado de capitais com vigor e flexibilidade para financiar a nova

    economia.

    Existem trs caminhos para associar a poupana ao investimento.

    (1) o autofinanciamento, em que as empresas geram internamente seus

    prprios recursos; (2) o governo, quando financia certas atividades

    usando a arrecadao de tributos ou a imposio de mecanismos

    compulsrios de poupana; e (3) o financiamento via mercado financeiro e

    de capitais. O primeiro o mais simples e primitivo; o segundo limitado

    e sujeito a distores; o terceiro comprovadamente o mais eficiente.

    Nenhum mercado de capitais aqui entendido como abrangendo o

    mercado acionrio e as operaes com instrumentos de dvida cresceu

    satisfatoriamente sem a institucionalizao da poupana.

    O veculo desse processo so os investidores institucionais: os

    fundos de penso, os fundos mtuos e as seguradoras. Esses investidores

    gerenciam massas considerveis de recursos, que financiam a compra de

    aes e de papis de dvida emitidos pelos indivduos e pelas empresas.

    Os investidores institucionais tm avanado na esteira das

    transformaes sociais e do enriquecimento das famlias. Estas passam a

    ter maiores excedentes de consumo e a demandar alternativas confiveis

    para aplicar suas poupanas, que garantam o longo prazo incluindo a

    aposentadoria e a proteo do patrimnio contra certos eventos,

    proporcionem liquidez e ofeream retornos razoveis.

    A funo primordial dos mercados financeiros aproximar os dois

    agentes do mercado: o poupador, que tem excesso de recursos, mas no

    tem oportunidade de investi-los em atividades produtivas, e o tomador,

    que est na situao inversa. Desse modo, os mercados viabilizam o

    aproveitamento das oportunidades em toda a economia. Promovem,

    assim, um aumento geral da produtividade, da eficincia e do bem estar

  • 9

    da sociedade.

    O mercado de capitais e, especificamente, o mercado acionrio,

    permite a diluio do risco de novos investimentos. Constitui um incentivo

    inovao, uma das maiores fontes de desenvolvimento econmico. O

    mercado acionrio promove a democratizao e a socializao do capital.

    Pulveriza a propriedade das empresas entre pequenos poupadores,

    diretamente ou atravs de fundos mtuos e fundos de penso.

    O mercado de capitais proporciona aumento da eficincia. Quando

    uma empresa assume compromissos de longo prazo com terceiros,

    partilha seus riscos com um grande nmero de investidores. Obriga-se a

    fornecer informaes detalhadas sobre seu desempenho. Os investidores

    acompanham a atividade da empresa, identificam falhas e premiam

    acertos. A empresa tende a procurar alternativas que proporcionem os

    melhores retornos para os seus acionistas. O objetivo passa a ser o

    melhor resultado econmico e no interesses especficos de seus

    controladores ou de faces. Essa funo do mercado de capitais assume

    uma maior importncia nos casos de sucesso ou de conflitos nas

    empresas familiares. Nas crises, a sada dos descontentes ser faz via

    mercado de capitais, evitando disputas que podem destruir a empresa.

    medida que o mercado de capitais se amplia e se sofistica, a

    funo de identificar as melhores e piores empresas passa para os

    investidores institucionais, que dispem de equipes tcnicas com

    capacidade para obter e analisar informaes e direcionar o capital para

    as melhores aplicaes. Desenvolvem-se empresas e instituies

    especializadas em buscar dados, analisar, classificar riscos e manter o

    mercado informado.

    Outra caracterstica atual do sistema financeiro a globalizao, que

    se ampliou a partir dos anos 80 com os avanos na tecnologia de

    informao. O desenvolvimento das telecomunicaes e da informtica

    possibilitou a execuo rpida e segura de ordens de transferncia de

    dinheiro e a gesto mais eficiente dos recursos. A liberalizao e a

  • 10

    modernizao dos mercados propiciaram a estruturao de operaes

    financeiras globais, o crescimento dos derivativos e uma exploso de

    produtos financeiros que reduziram custos, ampliaram fontes de

    financiamento e melhoraram a administrao dos riscos.

    O processo de maior integrao do sistema financeiro mundial

    prossegue com a Internet. Estudos recentes indicam que a participao de

    operaes do sistema financeiro realizadas por meio eletrnico tende a

    dobrar, para a maioria dos servios, nos prximos dois anos. A queda

    dramtica dos custos das transaes e a eliminao da distncia nas

    comunicaes sero fatores determinantes no papel que a Internet ter no

    sistema.

    Fonte: Site da Bovespa

    Adaptao do artigo o mercado de capitais e o desenvolvimento e os entraves que se

    encontra o Brasil elaborado pelos economistas: Malson da Nbrega, Gustavo Loyola, Ernesto Moreira Guedes Filho e Denise de Pasqual

    1.2 A Evoluo do Sistema Financeiro Brasileiro

    O mercado financeiro brasileiro apresenta intenso uso de tecnologia

    e produtos com alta complexidade.

    O mercado financeiro brasileiro vem realizando ao longo dos ltimos

    anos pesados investimentos em tecnologia, em decorrncia da sua

    capitalizao, durante o perodo inflacionrio e em funo da amplitude

    geogrfica do pas, e hoje o Brasil considerado referncia entre os pases

    emergentes e at mesmo entre os pases mais avanados em

    desenvolvimento.

    Os grandes bancos brasileiros, a partir da dcada de 1980 tm

    realizado relevantes investimentos em seus parques tecnolgicos,

    interligando suas agncias no pas. Esses investimentos em grande parte

    aconteceram pela capitalizao dos bancos no perodo inflacionrio.

  • 11

    Com o processo de globalizao e estabilizao e abertura da

    economia local, o mercado financeiro brasileiro hoje se apresenta mais

    solido e tem passado por transformaes significativas para o

    fortalecimento do mercado de capitais local.

    Uma dessas modificaes, ainda recente, a reestruturao do

    Sistema de Pagamentos Brasileiro SPB que objetiva a reduo do risco

    de liquidao de transaes e a transferncia de certos riscos de crdito

    de socorro a instituies financeiras que ainda pertencem Banco Central

    para instituies provadas.

    Medidas como essa s so possveis em ambientes econmicos mais

    estveis com o adequado controle do quadro inflacionrio mediante

    polticas econmica e fiscal que propicie estabilidade e confiana, fatores

    esses fundamentais para o fortalecimento do mercado de capitais local,

    imprescindveis para a menor dependncia de recursos externos e

    consequentemente, maiores imunizao contra os efeitos das crises em

    outros pases.

    Osias Brito enfoca que a atual estrutura do sistema financeiro

    nacional possui caractersticas peculiares, oriundas de sua prpria

    formao histrica.

    Ao trmino da Segunda Guerra Mundial, em decorrncia das

    modificaes observadas na atividade econmica, o governo brasileiro

    ressentiu-se da necessidade da criao de um rgo especfico que

    assumisse as questes normativas de carter monetrio e creditcio, at

    ento desempenhadas pelo Banco do Brasil. Foi criada assim, em 1945, a

    Superintendncia da Moeda e do Crdito- SUMOC, que exerceu a

    superviso e o controle do mercado monetrio, dividindo com o Banco do

    Brasil as demais funes executivas de autoridade monetria, em perodo

    que se estende por quase duas dcadas.

    Ao longo desse tempo, a estrutura econmica do pas passou por

    profunda transformao, sobressaindo, como fator dinmico o processo de

    substituio de importaes.

    O financiamento desse processo foi realizado inicialmente com

  • 12

    capitais nacionais e/ ou estrangeiros com estimulo de incentivos fiscais e

    cambiais. A complementao do capital necessria foi processada por

    meio do fornecimento de crditos de longo prazo pelo Banco do Brasil e

    pelo BNDE e mais tarde veio a ganhar o S de social e passou e se

    chamar BNDES.

    A partir de 1964, iniciou-se uma nova fase que representou marco

    importante sobre as questes relacionadas a estrutura do sistema

    financeiro nacional: defendeu-se a tese de que a soluo mais

    conveniente para o pas seria a criao de um Banco Central.

    As modificaes introduzidas com o advento da Lei n 4.595, de

    31.12.1964, podem ser consideradas um verdadeira reforma bancria.

    Entretanto no tocante criao do Banco Central, no se deixou de

    atentar para as peculiaridades da situao brasileira, cogitando-se de

    forma especial, sobre o papel que deveria passar a desempenhar o Banco

    do Brasil, sobretudo em razo de sua importante participao na poltica

    creditcia do governo federal. A referida lei ao reestruturar o sistema

    financeiro nacional, estabeleceu normas reguladoras do sistema, definiu

    suas caractersticas principais, instituies componentes e reas

    especficas de atuao. Embora vrias leis, estabelecidas posteriormente,

    tenham introduzido alteraes nas particularidades e nas funes do

    sistema financeiro, sua estrutura institucional bsica permanente foi

    definida na Lei n 4.595.

    Em sntese, segundo o autor, a evoluo histrica do sistema

    financeiro nacional pode ser dividida em quatro fases:

    Da famlia real a Primeira Guerra Mundial (1808 1914)

    Da Primeira Guerra Mundial at a Segunda Guerra Mundial

    (1914-1945)

    Aps a Segunda Guerra Mundial at a Reforma Financeira

    (1945 1964)

    Da Reforma Financeira at hoje (1964 - nossos dias)

    Os principais eventos da primeira fase foram:

    Abertura dos portos, com acordos comerciais diretamente

  • 13

    entre as partes envolvidas;

    Criao do Banco do Brasil

    Em decorrncia do comrcio internacional, permisso para

    instalao de bancos estrangeiros no pas.

    Os principais eventos da segunda fase foram:

    Criao de inspetoria geral de bancos;

    Criao da cmara de compensao em 1921;

    Fortalecimento dos critrios e normas para a atividade de

    intermediao financeira, com o consequente crescimento da

    atividade bancria no pas.

    Os principais eventos da terceira fase foram:

    Criao da Superintendncia da Moeda e do Crdito (SUMOC),

    com a funo de superviso e controle do mercado monetrio,

    dividindo com o Banco do Brasil as demais funes executivas

    de autoridade monetria, esse perodo se estendeu por quase

    duas dcadas.

    Criao do Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e

    Social (BNDES)

    Substituio de importao, processo financiado

    principalmente pelo BNDES.

    Os principais eventos da quarta fase foram:

    Lei n 4.595, de 31.12.1964 reforma bancria;

    Criao de um Banco Central

    Organizao do Sistema Financeiro Nacional, sendo composto por

    Banco Central do Brasil, Conselho Monetrio Nacional, Banco do

    Brasil e demais instituies financeiras pblicas e privadas.

    Lei n 4.728 lei de regulamentao do mercado de capitais

    Em 21.09.1988, estabelecimento dos bancos mltiplos,

    consolidando diversas atividades financeiras sob uma nica

    entidade jurdica, por meio da resoluo 1.524/1988;

  • 14

    1.3 O Atual Sistema Financeiro Brasileiro

    Neste tpico sero mostrados o sistema financeiro nacional e suas

    principais atribuies. As instituies financeiras e os mercados

    financeiros.

    O Sistema Financeiro Nacional primordial para o funcionamento da

    economia do pas, em qualquer movimentao de compra, venda ou troca

    de mercadorias ou servios, haja uma operao de natureza monetria,

    envolvendo algum intermedirio financeiro.

    Qualquer fato econmico, seja eles de transformao, circulao ou

    consumo, suficiente para gerar movimentao do mercado financeiro.

    Por isso, fundamental a estabilidade do sistema que interliga essas

    operaes, para a segurana das relaes entre os agentes econmicos.

  • 15

    Estrutura do Sistema Financeiro Nacional

    A estrutura atual do Sistema Financeiro Nacional pode ser dividida em:

    (1) rgos normativos, e fiscalizadores do sistema.

    Conselho Monetrio Nacional e suas Comisses Consultivas;

    (2) Entidades supervisoras do sistema:

    Banco Central e,

    Comisso de Valores Mobilirios

    (3) Instituies operadoras do sistema

    Instituies financeiras bancrias

    Instituies financeiras no bancrias

    Outros intermedirios financeiros administradores de recursos de

    terceiros

    Conselho Monetrio Nacional - CMN

    rgos Normativos

    Entidades Supervisoras

    Instituies

    Operadoras do Sistema

    Banco Central do Brasil

    Comisso de Valores

    Mobilirios - CVM

    Entidade de Auto-Regulao

    Instituies Financeiras

    Bancrias

    Instituies Financeiras

    no Bancrias

    Outros Intermedirios

    Financeiros e

    Administradores de

    Recursos de Terceiros

    Associao Nacional dos Bancos de Investimentos AMBIMA

    Bolsa de Mercadorias e

    Futuros

    Bolsas de Valores

  • 16

    Bolsa de valores

    Bolsa de mercadorias e futuros

    (4) rgos regulamentadores.

    A Associao Nacional dos Bancos de Investimentos AMBIMA

    uma entidade de representao do segmento das instituies financeiras

    que operam no mercado de capitais. Seus associados so, basicamente,

    os bancos de investimento e os bancos mltiplos com carteira de

    investimento.

  • 17

    UNIDADE

    2

    As Instituies Financeiras e Suas

    Finalidades

  • 18

    Objetivos

    Nesta unidade voc vai conhecer a estrutura

    do atual Sistema Financeiro Brasileiro, as

    instituies normativas, as instituies

    supervisoras de operadoras do sistema, bem

    como sua agncia reguladora.

  • 19

    O Sistema Financeiro composto de instituies que impem

    normas ao sistemas, outras que auxiliam na aplicao dessas normas

    alm de operara o sistema, entidades que apenas operam o sistema e

    instituies de autorregulamentao. Veremos a seguir as principais

    finalidades de cada um dessas instituies.

    2.1 rgos Normativos

    Conselho Monetrio Nacional CMN

    O Conselho Monetrio Nacional (CMN), institudo pela Lei 4.595 de

    31 de dezembro de 1964, o rgo responsvel por expedir diretrizes

    gerais para o bom funcionamento do SFN. A Medida Provisria n54, de

    06/94, que criou o Plano real, simplificou a composio do CMN,

    caracterizando o seu perfil monetrio, que passou a ser integrado pelos

    seguintes membros:

    Presidente do Banco Central

    Presidente da CVM

    Secretrio do Tesouro Nacional e de Poltica Econmica do Ministrio

    da Fazenda

    Diretores de Poltica Monetria, de Assuntos Internacionais e de

    Normas e Organizao do Sistema Financeiro, todos do Banco

    Central do Brasil.

    O CMN a entidade superior do sistema financeiro, sendo de sua

    competncia:

    Autorizar emisses de papel-moeda

  • 20

    Fixar diretrizes e normas da poltica fiscal e operaes com ttulos

    pblicos

    Disciplinar o crdito em todas as suas modalidades

    Regular a constituio e funcionamento e a fiscalizao das

    instituies financeiras, bem como a aplicao das penalidades

    previstas na Lei n 4.595/1964.

    Determinar os recolhimentos compulsrios;

    Regular e estabelecer normas para as operaes de redescontos e

    cmbio;

    Disciplinar as atividades das Bolsas de valores, corretoras e demais

    componentes do sistema de distribuio.

    Aprovar o oramento monetrio feito pelo Banco Central do Brasil

    As comisses consultivas funcionam como suporte ao Conselho

    Monetrio Nacional, as mais importantes so:

    Comisso Bancria

    Comisso de Mercado de Capitais

    Comisso de Crdito Rural

    Comisso de Crdito Industrial

    2.2 Entidades supervisoras do sistema

    Banco Central do Brasil BC ou Bacen

    a entidade criada para atuar como rgo executivo central do

    sistema financeiro cabendo-lhe a responsabilidade de cumprir e fazer

    cumprir as disposies que regulam o funcionamento do sistema e as

    normas expedidas pela CMN.

    A misso do Banco Central do Brasil assegurar a estabilidade do

  • 21

    poder de compra da moeda e a solidez do sistema financeiro nacional.

    Dentre as suas atribuies esto:

    Autorizar o funcionamento e fiscalizar as instituies financeiras;

    Efetuar operaes de compra e venda de ttulos pblicos federais;

    Receber recolhimentos compulsrios e voluntrios das instituies

    financeiras.

    Realizar operaes de redesconto e emprstimo s instituies

    financeiras.

    Exercer o controle de crdito e da movimentao de capitais

    estrangeiros.

    Emitir moeda. O BACEN, seguindo deliberao do Conselho

    Monetrio nacional, emite papel-moeda e moeda metlica.

    Em resumo por meio do BC que o Estado intervm diretamente no

    sistema financeiro e, indiretamente, na economia.

    Em pases como Alemanha, Japo e Estados Unidos, o modelo -

    clssico do Banco Central independente, ou seja, seus diretores so

    designados pelo Congresso, eleitos com um mandato fixo, renovvel. No

    h subordinao ao Tesouro. Ele atua como verdadeiro guardio da

    moeda nacional, garantindo a pujana e o equilbrio do mercado financeiro

    e da economia, protegendo o seu valor, impedindo que os gastos do

    Governo sejam bancados pela emisso de dinheiro, fator de

    desvalorizao da moeda. um quarto poder, alm do executivo do

    Legislativo e do Judicirio.

    Porque to importante para um pas um Banco

    Central independente?

  • 22

    Um Banco central independente administrado por um conselho que

    envolve o governo e a sociedade como um todo. No modelo brasileiro o

    Banco Central est sob o comando do governo. Para explicar melhor,

    vejamos um exemplo recente, onde a presidente tentou utilizar

    indevidamente as reservas internacionais do Banco Central Argentino. O

    presidente do banco foi contra e ela o demitiu. A justia do pas decidiu

    pelo retorno do presidente, pois em um pas onde o BC independente o

    mandatrio do pas no tem poder para demitir o presidente do Banco

    Central. Isso oferece mais segurana ao mercado local e internacio0nal,

    pois as polticas adotadas no podem ser mudadas pela vontade poltica

    do presidente.

    Comisso de Valores Mobilirios

    A comisso de Valores Mobilirios CVM foi criada pela Lei n 6.385

    em 07/12/76, que ficou conhecida como Lei da CVM, pois at aquela data,

    faltava uma entidade que observasse a regulao e fiscalizao do

    mercado de capitais, espacialmente no que se refere s sociedades de

    capital aberto.

    A Lei n 10.303, editada em 30/10/2001, mais popularmente

    conhecida como a Nova Lei das S/A, consolidou e alterou os dispositivos

    da Leis n 6.404 de 15/12/76 Lei das Sociedades por Aes, e da Lei da

    CVM, e das pequenas modificaes, anteriormente, em ambas

    introduzidas, pela Lei n 9.457 de 15/05/97.

    Os poderes fiscalizatrios e disciplinador da CVM foram ampliados

    para incluir as Bolsas de Mercadorias e Futuros, as entidades do mercado

    de balco organizado e as entidades de compensao e liquidao de

    operaes com valores mobilirios que, da mesma forma que as Bolsas de

    Valores, como rgos auxiliares da Comisso de Valores Mobilirios.

  • 23

    responsvel por regulamentar, desenvolver, controlar e fiscalizar o

    mercado de valores mobilirios do pas, promovendo medidas

    incentivadoras para a canalizao da poupana ao mercado de capitais.

    emisso e distribuio de valores mobilirios no mercado;

    a negociao e intermediao no mercado de valores mobilirios;

    a organizao, o funcionamento e as operaes das Bolsas de

    Valores;

    a organizao, o funcionamento e as operaes da Bolsas de

    Mercadorias e Futuros;

    a administrao de carteiras e a custdia de valores mobilirios;

    a auditoria das companhias abertas;

    os servios de consultor e analista de valores mobilirios.

    A medida provisria 8 de 31/10/2001 que entre outras decises

    caracterizou a CVM como:

    Entidade autrquica em regime especial, vinculada ao Ministrio da

    Fazenda, com personalidade jurdica e patrimnio prprios, dotada de

    autoridade administrativa independente, ausncia de subordinao

    hierrquica, mandato fixo e estabilidade de seus dirigentes, e autonomia

    financeira e oramentria.

    O que um valor mobilirio?

    Representa um investimento realizado em dinheiro, com intuito de

    lucro, ofertado ao pblico e sobre o qual este no possui controle direto.

    Redefiniram-se os valores mobilirios sujeitos ao regime da nova Lei, (Lei

    das Sociedades por Aes) como sendo:

    as aes, debntures e bnus de subscrio;

    os certificados de depsito de valores mobilirios;

  • 24

    as cdulas de debntures;

    as cotas de fundos de investimento em valores mobilirios ou clubes

    de investimento em quaisquer ativos ;

    as notas comerciais;

    os contratos futuros, de opes e outros derivativos, cujos ativos

    subjacentes sejam ativos mobilirios;

    outros contratos derivativos, independentemente dos ativos

    subjacentes;e,

    quando ofertados publicamente, quaisquer outros ttulos ou contrato

    de investimento coletivo, que gerem direito de participao, de

    parceria ou de remunerao, inclusive resultante de prestao de

    servios, cujos rendimentos advm do esforo do empreendedor ou

    de terceiros.

    Conselho de Seguros Privados

    O Conselho de Seguros Privados regulamenta e acompanha as

    companhias seguradoras, inclusive no compartilhamento de riscos.

    2.3 Instituies operadoras do sistema

    As instituies que fazem o sistema funcionar so:

    Instituies financeiras bancrias ou monetrias

    Instituies financeiras no bancrias

    Outros intermedirios financeiros e Administradores de recursos de terceiros

  • 25

    Instituies financeiras bancrias ou monetrias

    So aquelas a quem se permite a criao de moeda por meio do

    recebimento de depsitos vista (moeda escritural). Operam basicamente

    com ativos financeiros monetrios que representam os meios de

    pagamento da economia (dinheiro em poder di pblico mais depsito

    vista dos bancos).

    As principais instituies financeiras bancrias ou monetrias so:

    Bancos Mltiplos;

    Bancos Comerciais

    Bancos de Investimentos;

    Bancos Estaduais de Desenvolvimento

    Bancos cooperativos

    Cooperativas de crdito

    Bancos Mltiplos

    Os bancos mltiplos surgiram atravs da Resoluo n 1.524/88, de

    21.09.1988, emitida pelo BC por deciso do CMN, a fim de racionalizar a

    administrao das instituies financeiras, permite que bancos comerciais,

    bancos de investimento, bancos de desenvolvimento, sociedades de

    crdito imobilirio, sociedades de crdito, financiamento e investimento

    (financeiras, como so conhecidas), organizarem-se em uma nica

    instituio financeiras, com personalidade jurdica prpria e, portanto,

    com um nico balano, um nico caixa e, consequentemente, significativa

    reduo de custos. Em termos prticos, mantm as mesmas funes da

    cada instituio em separado, com s vantagens de contabilizar as

    operaes como uma nica instituio.

    Com o advento do Banco Mltiplo, o sistema de cartas-patentes foi

  • 26

    extinto, o que levou a criao de novos bancos, empresas como a Ford,

    GM e outras criaram seus prprios bancos, aumentando a concorrncia e

    em consequncia a necessidade de reviso da estrutura operacional dos

    bancos.

    As carteiras de um banco mltiplo envolvem:

    carteira comercial (regulamentao dos BC),

    carteira de investimento (regulamentao dos BI),

    carteira de crdito imobilirio (regulamentao das SCI),

    carteira de aceite (regulamentao da SCFI) e

    carteira de desenvolvimento (regulamentao dos BD), exclusiva

    para bancos pblicos

    carteira de leasing. Criada a partir 1994, quando da adeso ao

    Acordo de Basilia.

    Para configurar a existncia do banco mltiplo, ele deve possuir pelo

    menos, duas das carteiras mencionadas, sendo obrigatoriamente, uma

    delas comercial ou de investimento.

    Bancos Comerciais

    De acordo com o MNI, seu objetivo precpuo proporcionar o

    suprimento oportuno e adequado dos recursos necessrios para financiar,

    a curto e mdio prazo, o comrcio, a indstria, as empresas prestadoras

    de servios e as pessoas fsicas e terceiros em geral.

    A captao de depsito vista (conta corrente) atividade tpica do

    banco comercial

    Os bancos comerciais podem tambm captar depsitos a prazo

    (CDB, Letra Hipotecria, etc.).

  • 27

    Bancos Estaduais de Desenvolvimento

    Os bancos estaduais de desenvolvimento incluem-se em um

    conjunto de instituies financeiras controladas pelos governos estaduais

    e destinados ao fornecimento de crdito e mdio e longo prazo s

    empresas localizadas nos respectivos estados. Normalmente operam com

    repasse do Governo Federal.

    Bancos Cooperativos

    O Banco Central deu autorizao para que as cooperativas de

    crdito abrissem seus prprios bancos comerciais, podendo fazer tudo o

    que qualquer outro banco comercial j faz.

    Cooperativas de Crdito

    As cooperativas de crdito atuam basicamente no setor primrio da

    economia, com o objetivo de permitir uma melhor comercializao de

    produtos rurais e criar facilidades para o escoamento das safras agrcolas

    para centros consumidores, destacando que os usurios finais de crdito

    que concedem so sempre cooperados.

    Instituies Financeiras no Bancrias

    So instituies que captam recursos atravs da emisso de ttulos para

    emprestar e portanto, realizam intermediao de moeda. Essas

    instituies trabalham com ativos no monetrios tais como: aes, letras

    de cmbio, certificados de depsitos bancrios, debntures,

    As principais instituies financeiras no bancrias so:

  • 28

    Bancos de Investimento

    Sociedades de Crdito Financiamento e Investimento

    Sociedades de Arrendamento Mercantil

    Bancos de Investimento

    Foram criados para canalizar recursos de mdio e longo prazo para

    suprimento de capital fixo ou de giro das empresas.

    Seu objetivo maior o de dilatar o prazo das operaes de

    emprstimos e financiamentos, sobretudo para fortalecer o processo de

    capitalizao das empresas, atravs da compra de mquinas e

    equipamentos e da subscrio de debntures e aes.

    No podem manter contas correntes e captam recursos pela

    emisso de CDB e RDB, atravs de capitao e repasses de recursos de

    origem interna ou externa ou pela venda de cotas de fundos de

    investimentos por eles administrados.

    Sociedades de Crdito, Financiamento e Investimento

    Financeiras

    So entidades que realizam operaes de crdito de curto mdio e

    longo prazos.

    As Sociedades de Crdito (Financeiras)

    So entidades que tem como principal funo o financiamento de

    bens de consumo durveis por meio do credirio ou crdito direto ao

    consumidor.

    No podem manter contas correntes, e os seus instrumentos de

  • 29

    capitao restringem-se colocao de letras de cmbio (LC), que so

    ttulos de crdito sacados pelos financiados e aceitos pelas financeiras

    para colocao junto ao pblico.

    Sociedades de Crdito ao Microempreendedor

    Foram criadas atravs do MP 1.958-26 de 06/01/200 com o objetivo

    de prover um modelo de financiamento sem assistencialismo, que atenda

    com um mnimo de burocracia a grande parcela da populao que no

    tem acesso ao sistema bancrio tradicional e, posteriormente,

    regulamentadas pela Resoluo n 2.784 de 26/07/2001 do BC.

    So constitudas na forma de companhias fechadas nos termos da

    Lei n 6.404 de 15/12/76 e de legislao posterior, ou na forma de

    sociedades por quotas de responsabilidades limitada sendo vedado ao

    setor pblico a participao societria direta ou indireta em seu capital.

    Elas podem conceder financiamentos e prestar garantias a pessoas fsicas,

    com o objetivo de viabilizar empreendimentos de natureza profissional,

    comercial ou industrial, de pequeno porte, e a pessoas jurdicas

    classificadas como microempresas.

    As SCM podem realizar as seguintes operaes:

    Obter repasses de emprstimos que tenham como origem recursos

    de instituies financeiras nacionais e estrangeiras, de fundos

    oficiais, ou de entidades nacionais e estrangeiras voltadas para

    aes de fomento e desenvolvimento, a includas as OSCIP.

    Aplicar as disponibilidades de caixa no mercado financeiro; e,

    Ceder crditos, inclusive s campanhas securitrias.

    Sociedades de Arrendamento Mercantil (Leasing)

    As operaes de leasing foram regulamentadas pelo CMN atravs da

  • 30

    Lei n 6.099, de 09/1974, e a integrao das sociedades arrendadoras ao

    Sistema Financeiro Nacional se deu atravs da Resoluo n 351, de

    1975.

    Essas sociedades possibilitam a empresa auferir lucros sem

    necessariamente adquirir o equipamento, apenas com a sua utilizao,

    mediante o pagamento do que se assemelha a uma locao, onde o

    cliente, ao final do contrato, pode renov-la ou adquirir o equipamento

    pelo valor residual fixado no contrato ou de devolve-lo a empresa.

    As empresas de leasing normalmente captam recursos de longo prazo, por

    exemplo, atravs de emisso de debntures, sem um prazo fixo de

    resgate, e suas caractersticas podem ser bem diferenciadas, sendo

    corrigidas por diferentes ndices, inclusive por clusula cambial.

    Outros intermedirios financeiros e administradores de

    recursos de terceiros

    Companhias Hipotecrias CH

    A Resoluo n 2.122 de 30/11/94 do BC estabeleceu as regras para

    a constituio e o funcionamento das Companhias Hipotecrias, que

    devem ser constitudas sob a forma de sociedade annima. A constituio

    e o funcionamento das CH dependem de autorizao do BC

    As companhias Hipotecrias tm por objeto social:

    Conceder financiamentos destinados a produo reforma ou

    comercializao de imveis residenciais ou comerciais e lotes

    urbanos:

    Comprar, vender e refinanciar crditos hipotecrios prprios ou de

  • 31

    terceiros;

    Administrar crditos hipotecrios prprios ou de terceiros;

    Administrar fundos de investimentos imobilirio, desde que

    autorizada pela Comisso de Valores Mobilirios CVM

    Repassar recursos destinados ao financiamento da produo ou da

    aquisio de imveis residenciais; e,

    Realizar outras operaes que venham a ser expressamente

    autorizadas pelo BC

    facultado s Companhias Hipotecrias

    Emitir letras hipotecrias e cdulas hipotecrias, conforme

    autorizao do BC;

    Emitir debntures;

    Obter emprstimos e financiamentos no Pas e no exterior; e,

    Realizar outras formas de capitao de recursos que venham a

    ser expressamente autorizadas pelo BC

    vedada as CH manter aplicaes no ativo permanente que excedam a

    60% do seu valor de PL

    Sociedades de Crdito Imobilirio

    A Resoluo n 2.735 de 28/06/2000 do BC estabeleceu que as

    sociedades de crdito imobilirio so instituies financeiras integrantes

    do sistema Financeiro Nacional, especializadas em operaes de

    financiamento imobilirio e, constitudas sob a forma de sociedade

    annima

    As sociedades de crdito imobilirio facultado, alm da realizao

    das atividades inerentes a consecuo de seus objetivos, operar em todas

    as modalidades admitidas nas normas relativas ao direcionamento dos

    recursos captados em depsitos de poupana.

  • 32

    As sociedades de crdito imobilirio podem empregar em suas atividades,

    alm de recursos prprios, os provenientes de:

    depsito de poupana

    letras hipotecrias

    letras imobilirias

    repasses de financiamentos contrados no Pas, inclusive

    provenientes de fundos nacionais;

    emprstimos e refinanciamentos contrados no exterior, inclusive os

    provenientes de repasses e refinanciamento de recursos externos;

    depsitos interfinanceiros, nos termos da regulamentao em vigor;

    e,

    outras formas de capitao de recursos, autorizados pelo BC

    Associaes de Poupana e Emprstimos

    Suas cartas patentes foram emitidas pelo extinto BNH, com base no

    dispositivo da Lei n 4.380/64, que previu a criao, no mbito do SFH, de

    fundaes, cooperativas e outras formas associativas para a construo

    ou aquisio da casa prpria sem finalidade de lucro.

    As operaes so constitudas basicamente por financiamento

    imobilirio. As operaes passivas so constitudas basicamente por

    cadernetas de poupana que neste caso, remuneram com os juros como

    se dividendos fossem.

    As Seguradoras

    A Lei da Reforma Bancria, Lei n 4.595, de 31/12/64, que

    reformulou o Sistema Financeiro Nacional, enquadrou as seguradoras

    como instituies financeiras, subordinando-as a novas disposies legais,

  • 33

    sem, contudo, introduzir modificaes de profundidade na legislao

    especfica aplicvel a atividade.

    As seguradoras so orientadas pelo BC quanto aos limites de

    aplicao de suas reservas tcnicas nos mercados de renda fixa e renda

    varivel.

    Conselho de Previdncia Complementar

    O Conselho de Previdncia Complementar regulamenta e monitora

    as entidades de aposentadoria privadas.

    Entidades Abertas e Fechadas de Previdncia Complementar

    So instituies restritas a determinado grupo de contribuintes ou

    no, com o objetivo de valorizao de seu patrimnio, para garantir a

    complementao da aposentadoria e, por esta razo orientadas, a aplicar

    parte de suas reservas tcnicas no mercado financeiro de capitais.

    Bolsa de valores e BM&F Bolsa de Mercadorias e Futuros

    As bolsas de valores e a BM&F, agora juntas, so associaes

    privadas civis, sem finalidade lucrativa, com o objetivo de manter

    ambiente adequado ao encontro de seus membros e a realizao, entre

    eles, de transaes de compra e venda de ttulos e valores mobilirios, em

    mercado livre e aberto, especialmente organizado e fiscalizado por seus

    membros e pela Comisso de Valores mobilirios.

    A Bolsa de Valores de So Paulo uma entidade autorreguladora

    que opera sob a superviso da Comisso de Valores Mobilirios CVM

  • 34

    O quadro social da BOVESPA integrado por sociedades corretoras que

    podem operar no Sistema Eletrnico de Negociao Mega Bolsa.

    Na BOVESPA, so regularmente negociados:

    Aes de companhias abertas;

    Opes sobre aes;

    Direitos e recibos de subscrio;

    Bnus de subscrio;

    Cotas de fundos de investimento fechados;

    Debntures e notas promissrias.

    A bolsa de mercadorias e futuros so associaes privadas civis,

    sem finalidade lucrativa, com o objetivo de efetuar o registro, a

    compensao e a liquidao, fsica e financeira, das operaes realizadas

    em prego ou em sistema eletrnico.

    Para tanto devem desenvolver, organizar e operacionalizar um

    mercado de derivativos livre e transparente, que proporcione aos agentes

    econmicos a oportunidade de efetuarem operaes de hedging

    (proteo) ante flutuaes de preo de ndices, taxas de juros, moedas,

    metais, commodities agropecurias, bem como de todo e qualquer

    instrumento ou varivel macroeconmica cuja incerteza de preo no

    futuro possa influenciar negativamente suas atividades.

    Possuem autonomia financeira, patrimonial e administrativa e so

    fiscalizadas pela Comisso de Valores mobilirios. (CVM)

    Sociedades Corretoras de Ttulos e Valores Mobilirios

    As sociedades corretoras so instituies financeiras constitudas como

    sociedades annimas ou sociedades limitadas, que tm como

  • 35

    responsabilidade promover de forma segura e eficiente a liquidez das

    transaes do sistema tendo como atividades principais:

    Estas instituies operam no mercado com a compra, venda e

    distribuio de ttulos e valores mobilirios (inclusive ouro) por conta de

    terceiros. Elas fazem a intermediao com as bolsas de valores e de

    mercadorias. Sua constituio depende de autorizao do BC, e o

    exerccio de sua atividade depende de autorizao da CVM e, como tal:

    operam nos recintos das bolsas de valores e de mercadorias:

    efetuam lanamentos pblicos de aes

    administram carteiras e custodiam valores mobilirios instituem,

    organizam e administram fundos de investimento;

    operam no mercado aberto; e,

    realizam a intermediao de operaes de cmbio

    Fundos Mtuos de Investimento

    So constitudos sob forma de condomnio aberto ou fechado e

    representam a reunio de recursos de poupana, destinados aplicao

    em carteira diversificada de ttulos e/ou valores mobilirios, com o

    objetivo de propiciar aos seus condminos valorizao de cotas, a um

    custo global mais baixo, ao mesmo tempo que tais recursos se constituem

    em fonte de recursos para investimento em capital permanente das

    empresas.

    Sociedades Distribuidoras de Ttulos e Valores Mobilirios

    Regulamentadas pela Resoluo n 76 de 22 de Novembro de 1967 -

    BACEN, so sociedades annimas, sociedades limitadas ou firmas

  • 36

    individuais que tm como funes principais:

    As atividades bsicas das distribuidoras so constitudas de:

    instituir, organizar e administrar carteiras de valores mobilirios

    e/ou fundos de

    investimento;

    operar e intermediar no mercado aberto;

    operar e intermediar nas bolsas de valores somente atravs de

    corretoras

    habilitadas;

    efetuar operaes de underwritting, isolada ou em consrcio de

    emisso de ttulos e valores mobilirios para revenda.

    Intermediao da colocao de emisses de capital no mercado.

    Nesse mercado atuam os Agentes Autnomos de

    Investimentos, que so pessoas fsicas credenciadas pelo BI,

    Financeiras, CCVM e DTVM, que, sem vnculo empregatcio e em carter

    individual, exercem, por conta das instituies credenciadas, a colocao

    de ttulos e valores mobilirios, cotas de fundos de investimento e outras

    atividades de intermediao autorizadas pelo BC.

    Por serem instituies financeiras, tanto as corretoras quanto as

    Distribuidoras so supervisionadas pelo Banco Central do Brasil. Algumas

    de suas atividades (por exemplo administrao de fundos de

    investimento)so supervisionadas pela CVM. No caso das Corretoras de

    Valores, as operaes em Bolsas tambm so fiscalizadas pela CVM.

  • 37

    2.4 Agentes Financeiros Especiais

    Banco do Brasil

    Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social DNDES

    Caixas Econmicas Federal e Estaduais

    Instituies Federais de Fomento Regional

    Banco do Brasil

    O Banco do Brasil hoje um conglomerado financeiro muito

    parecido com um banco mltiplo, entretanto o Banco do Brasil o rgo

    executor da poltica crediticia e financeira do governo brasileiro,

    principalmente o crdito rural, o que lhe d status de autoridade

    financeira.

    As principais funes do Banco do Brasil so:

    desempenhar as funes de rgo auxiliar da poltica de crdito do

    governo federal;

    realizar os pagamentos e suprimentos necessrios execuo do

    Oramento Geral da Unio;

    executar os servios de compensao de cheques e outros papeis;

    financiar atividades industriais e rurais,

    captar depostos de poupana com direcionamento dos recursos

    para o crdito rural;

    participar como intermedirio financeiro nas operaes de

    negociao das dvidas de estados e municpios com o governo

    federal.

    Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social BNDES

  • 38

    a instituio responsvel pela poltica de investimentos de longo

    prazo do Governo federal, sendo a principal instituio financeira de

    fomento do pas; tendo como objetivos bsicos;

    impulsionar o desenvolvimento econmico e social do Pas;

    fortalecer o setor empresarial nacional;

    atenuar os desequilbrios regionais, criando novos plos de

    produo;

    promover o desenvolvimento integrado das atividades agrcolas,

    industriais e de servios; e,

    promover o crescimento e a diversificao das exportaes

    Para a consecuo desses objetivos, conta com um conjunto de

    fundos e programas especiais de fomento. Aps o Plano Collor; o BNDES

    ficou encarregado de gerir todo o processo de pri9vatizao das empresas

    estatais.

    O BNDES o principal agente do Governo para financiamentos de

    mdio e longo prazos aos setores primrio, secundrio e tercirio.

    Como prestador de servios, o DNDES oferece financiamento e

    prestao de garantias a empresas, participaes societrias, garantia de

    subscrio de valores mobilirios e financiamentos a acionistas para

    aumento de capital de empresas e financiamento a pessoas fsicas para

    aquisio de equipamentos agrcolas.

    O Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social

    BNDES, se organiza da seguinte s maneira:

    BNDES, instituio holding

    Finame Agncia Especial de Financiamento Industrial

    BNDES Participaes S?A - BANDESPAR

  • 39

    O BNDES holding controla as demais instituies, mas tambm atua

    nos grandes projetos da seguinte maneira:

    Diretamente por meio da alocao de recursos ou prestao de

    garantias a empreendimentos ou operaes de grande porte.

    Indiretamente por meio de repasses de recursos para seus

    agentes financeiros, principalmente em iniciativas de alcance local,

    geralmente de micro, pequenas e mdias empresas.

    Em consrcio participando em conjunto com os seus agentes

    financeiros objetivando minimizar riscos e diversificar fontes de

    recursos para projetos apoiados.

    Finame Agncia Especial de Financiamento Industrial, voltada

    para o financiamento

    mquinas e equipamentos industriais a empresa nacionais. As formas de

    atuao do Finame so:

    Programa automtico apoio de mquinas e equipamentos de

    produo em srie.

    Programa especial apoio aquisio de mquinas e equipamentos

    de maior valor, destinados a projetos de grande porte, fabricados

    por encomenda;

    Programa agrcola apoio a aquisio de mquinas e equipamentos

    voltados para a produo agropecuria e agroindustrial;

    Finamex apoio a indstrias brasileiras exportadoras de mquinas e

    equipamentos, inclusive mediante financiamento pr-embarque.

  • 40

    O BNDES Participaes S?A BANDESPAR, tem por objetivo

    principal promover a capitalizao da empresas nacional por meio de

    participao acionrias. Ao invs de conceder financiamentos, o

    BNDESPAR adquire aes das empresas, injetando recursos prprios ( que

    no se constitui dvida) para financiar seus investimentos. Aps a

    consolidao do investimento, o banco pe venda as aes adquiridas.

    Outras formas de atuao do BNDESPAR so as garantias oferecidas

    no lanamento pblico de novas aes (underwritting) e financiamento

    para que os acionistas venham a subscrever o aumento de capital da

    empresa.

    Os fundos utilizados pelo BNDES na sua poltica de financiamentos,

    so oriundos das seguintes fontes:

    Fundo de Amparo ao Trabalhador FAT na proporo de no

    mnimo 40% de sua arrecadao;

    Fundo de participao PIS PASEP: a partir da promulgao da

    Constituio Federal, em 05.10.1988, no h mais participao na

    arrecadao e entrada de recursos novos provenientes desse fundo.

    Captao de recursos no mercado externo, representados pela

    contratao de linhas de crdito de organismos financeiros

    internacionais por meio de lanamentos de ttulos.

    As operaes do sistema BNDES so realizadas tambm por

    intermdio de instituies financeiras, que operam na qualidade de

    agentes financeiros autorizados, como os bancos comerciais, os bancos de

    investimentos, de desenvolvimento, as sociedades de crdito, de

    financiamento e de investimento e os bancos mltiplos.

    Caixas Econmicas

  • 41

    As Caixas Econmicas tm como objetivos principais a capitao de

    economias populares para fomento aquisio de casa prpria, a

    concesso de emprstimos e financiamentos de programas de assistncia

    social e a atuao como rgo executor de poltica de crdito

    governamental.

    Especificamente a atuao da Caixa Econmica Federal, realiza as

    seguintes funes:

    Receber depsitos a qualquer ttulo, em especial os da economia

    popular, com o propsito de incentivar o hbito da poupana;

    Prestar servios bancrios de qualquer natureza;

    Administrar com exclusividade os servios das loterias federais, nos

    termos da legislao especfica;

    Exercer o monoplio das operaes de penhor civil, com carter

    permanente e contnuo;

    Realizar quaisquer operaes e atividades negociadas nos mercados

    financeiros internos e externos;

    Efetuar operaes de subscrio, aquisio e distribuio de aes,

    obrigaes e quais quer outros ttulos ou valores mobilirios no

    mercado de capitais para investimentos ou revenda;

    Atuar como agente operador e principal arrecadador do Fundo de

    Garantia por Tempo de Servio FGTS

    Agente pagador do seguro-desemprego

    Efetuar os servios de arrecadao, controle e contribuies,

    distribuio de resultados, saques de cotas e administrao dos

    recursos do Fundo de Participao do Programa de Integrao Social

    PIS, observando as determinaes do Conselho Diretor do Fundo

    PIS PASEP.

    Efetuar e recepo das Relaes Anuais e Informaes Sociais

    Rais em conjunto com o Banco do Brasil S/A.

    Conceder emprstimos e financiamentos de natureza social, em

  • 42

    consonncia com a poltica do governo federal, observando as

    condies de retornos, que pelo menos se igualem ao custo de

    capitao dos recursos.

    Operara no setor habitacional como sociedade de crdito imobilirio,

    com o objetivo de facilitar e promover aquisio da casa prpria,

    especialmente pelas classes de menor renda da populao.

    Bancos de Fomento Regional

    As principais instituies de fomento regional so o Banco do

    nordeste BNB e o Banco da Amaznia BASA.

    Agncias de Fomento ou Desenvolvimento AF

    A Resolues n 2.828 de 30/03/2001 do BC estabelece que a

    constituio e o funcionamento de agncias de fomento sob o controle

    acionrio de unidade da Federao, cujo objeto social a concesso de

    financiamento de capital fixo e de giro associado a projetos no Pas,

    dependem de autorizao do BC.

    So constitudas na forma de sociedade annima de capital fechado

    nos termos da Lei n 6.404, de 15?12/76. cada unidade da federao s

    pode constituir uma agncia de fomento, no podem ser transformadas

    em qualquer outro tipo de instituio integrante do SFN.

    As agncias de fomento somente podem praticar operaes de repasse

    de recursos capitados no Pas e no exterior originrios de:

    fundos constitucionais;

    oramento federal, estaduais e municipais; e,

    organismos e ionstituie4s financeiras nacionais e internacionais de

    desenvolvimento

  • 43

    2.5 Entidades de Auto Regulao

    Associao Nacional dos Bancos de investimentos- AMBIMA

    uma entidade de representao do segmento das instituies

    financeiras que operam no mercado de capitais. Seus associados so,

    basicamente, os bancos de investimento e os bancos mltiplos com

    carteira de investimento.

    A AMBIMA procura criar procedimentos que permitam a auto regulao do

    mercado, os quais, depois de aprovados, devem ser seguidos por todos os

    associados.

    Os principais Cdigos de Auto Regulao da AMBIMA so:

    Auto regulao dos fundos de investimento

    Auto regulao do programa de Certificao Continuada

    Auto Regulao de Ofertas pblicas de Ttulos e valores Mobilirios

  • 44

    UNIDADE

    3

    Entidades Auxiliares do Sistema

    Financeiro Brasileiro

  • 45

    Objetivos

    Nesta unidade voc vai conhecer a estrutura e o

    funcionamento do Sistema de Pagamentos Brasileiro e

    seus principais subsistemas que juntos processam

    todas as operaes de custdia e liquidao das

    operaes realizadas diariamente no pas.

  • 46

    3.1 O que o Sistema de Pagamentos Brasileiro -

    SPB

    Sistema de pagamentos o conjunto de procedimentos, regras,

    instrumentos e sistemas operacionais integrados usados para transferir

    recursos do pagador para o recebedor e, com isso, encerrar uma

    obrigao.

    O objetivo principal da reestruturao do SPB - Sistema de

    Pagamentos Brasileiro foi melhorar os controles de riscos no Sistema

    Financeiro Nacional, reduzindo o risco sistmico, antes assumido pelo

    Banco Central do Brasil e demais participantes do sistema de pagamentos,

    as instituies financeiras.

    O Sistema de Pagamentos compreende as entidades participantes

    do Sistema Financeiro Nacional (bancos, clearing houses, corretoras,

    etc.), os subsistemas, os procedimentos relacionados com a transferncia

    de recursos e de outros ativos financeiros, bem como o processamento, a

    compensao e a liquidao de pagamentos em qualquer de suas formas,

    como cheques, DOC, boletos, etc.

    A principal mudana para os clientes dos Bancos foi a criao de

    mais uma opo de transferncia de recursos. Os clientes podem utilizar a

    TED (Transferncia Eletrnica Disponvel) para transferir recursos de sua

    conta corrente para uma conta corrente em outro banco, como alternativa

    s atuais formas de transferncia como cheques ou DOCs.

    Transferncias realizadas por meio da TED permitem que os

  • 47

    recursos fiquem disponveis para uso pelo recebedor, no mesmo dia,

    assim que o banco destinatrio receber a mensagem de transferncia.

    A nova opo oferece maior segurana e agilidade em relao aos

    cheques e DOCs, que continuam a ser processados normalmente no atual

    Sistema de Compensao.

    Vamos falar dos Sistemas de Liquidao e Custdia existentes,

    tambm conhecidos como CLearings ou Clearing Houses, responsveis por

    essa funo.

    SELIC - Sistema Especial de Liquidao e Custdia

    Criada em 1979 pela ANDIMA, em parceria com o Banco Central, o

    SELIC um sistema eletrnico que processa o registro, a custdia e a

    liquidao financeira das operaes realizadas com ttulos pblicos

    federais, garantindo a segurana agilidade e transparncia nos negcios.

    O objetivo deste sistema controlar a liquidar financeiramente as

    operaes de compra e venda de ttulos pblicos federais e manter a sua

    custdia fsica e escritural.

    O SELIC depositrio central dos ttulos emitidos pelo Tesouro nacional,

    dentre eles as Letras LFT, LTN, e as Notas NTN-B,C,D e F e, nessa

    condio, processa a emisso, o resgate, o pagamento dos juros e a

    custdia desses ttulos.

    Cmara de Custdia e Liquidao - CETIP

    A CETIP - Cmara de Custdia e Liquidao uma das maiores

    empresas de, custdia e de liquidao financeira da Amrica Latina. Sem

  • 48

    fins lucrativos, foi criada em conjunto pelas instituies financeiras e o

    Banco Central, em maro de 1986, para garantir mais segurana e

    agilidade s operaes do mercado financeiro brasileiro.

    Hoje, a CETIP oferece o suporte necessrio a toda a cadeia de

    operaes, prestando servios integrados de custdia, negociao

    eletrnica, registro de negcios e liquidao financeira.

    A custdia escritural, feita atravs do registro eletrnico na conta

    aberta em nome do titular, onde so depositados os ativos por ele

    adquiridos. Isso uma garantia de que os ativos existem, esto

    registrados em nome do legtimo proprietrio e podem ser controlados de

    forma segregada. A CETIP no assume, em momento algum, risco de

    crdito dos emissores dos diversos ttulos ali registrados.

    A segurana da informao determinante para garantir a

    confiabilidade dos servios prestados e a integridade da prpria CETIP, de

    seus participantes e dos mercados atendidos.

    Em outras palavras a garantia de que os ttulos existem, esto

    registrados em nome do proprietrio e podem ser controlados de forma

    segregada. So custodiados na CETIP, principalmente: CDB, LH, CDI,

    Swaps, Debntures e Comercial Papers.

    Cia Brasileira de Liquidao e Custdia- CBLC

    A CBLC atua como Contra parte Central para todos os Agentes de

    Compensao.A principal funo de uma Contraparte Central (CCP) ,

    colocando-se entre todos os compradores e vendedores, assumir o risco

    das contra partes entre o fechamento do negcio e sua liquidao. Para

    tanto, as principais atividades de uma contraparte central (CCP) englobam

    o clculo, o controle e a mitigao dos riscos inerentes ao seu papel, que

    garantir a liquidao de todos os negcios. A CBLC torna-se contra parte

    central no momento em que a operao fechada.

  • 49

    Embora a CBLC possa custodiar diversos ttulos e valores

    mobilirios, os principais valores mobilirios custodiados na CBLC so as

    aes de companhias abertas. A CBLC embora custodie outros ativos,

    mais conhecida por custodiar as aes negociadas na BOVESPA. e do

    programa CPA10: CDB, Debnture, Letra Hipotecria, Swap.

    Atualmente, a CBLC a responsvel pela liquidao de operaes de

    todo o mercado brasileiro de aes, respondendo pela guarda de 100%

    das aes do mercado nacional..

    Antes da CBLC, todas as liquidaes financeiras eram realizadas em

    cheque, sujeitos compensao. Essa forma de liquidao trazia demora

    e riscos para as transaes financeiras.

    Outras cmaras de liquidao componentes do SPB so:

    Compe: Servio de Compensao de Cheques e outros papis

    Central: Compensao e Liquidao

    Cmara BM&F Cmbio

    Cmara BM&F Derivativos

  • 50

    UNIDADE

    4

    Canais de Distribuio

  • 51

    Objetivos

    Nesta unidade voc vai entender

    como as pessoas e as empresa se

    comunicam com o Mercado de

    Capitais. Vai saber como os

    produtos e servios financeiros so

    ofertados aos participantes do

    mercado, dentre eles os investidores

    e usurios de servios financeiros

  • 52

    As instituies financeiras ao longo das ltimas dcadas se tornaram

    verdadeiros supermercados de produtos e servios financeiros que so

    colocados a disposio do pblico investidos atravs de canais de

    distribuio mostrados a seguir.

    4.1 Canais de Distribuio

    Os principais canais de distribuio dos produtos e servios

    financeiros so:

    corretoras de valores mobilirios,

    distribuidoras de ttulos e valores mobilirios,

    rede de agncias bancrias,

    internet (home broker),

    servios de Call Center e,

    banco eletrnico.

    Corretoras de Ttulos e Valores Mobilirios

    As corretoras de valores so as instituies financeiras mais

    procuradas pelos investidores para acessar o mercado de aes, porque

    so as nicas instituies financeiras do mercado autorizadas a atuar

    dentro do ambiente das Bolsas de Valores.

    O investidor deve conhecer bem a corretora que vai escolher para a

  • 53

    intermediao de seus negcios. Pode consultar a CVM, que o rgo

    Federal que fiscaliza o mercado de valores mobilirios, e/ou buscar

    informaes sobre a condio financeira da corretora e suas

    caractersticas, como ranking na Bovespa, tipo de clientes, cdigo de

    tica, etc.

    Distribuidora de Ttulos e Valores Mobilirios - DTVM

    So instituies que fazem a intermediao de aes e outros ttulos

    no mercado primrio, colocando-os venda para o pblico. Como

    instituio auxiliar do Sistema Financeiro Nacional, tem como objetivo

    intermediar operaes com Ttulos e valores mobilirios, por exemplo:

    papis de Renda Fixa, Aes e Debntures. As operaes de compra e

    venda de aes, quando negociadas em Bolsa, sero sempre conduzidas

    por uma Corretora de Valores.

    Rede de Agncias Bancrias

    As agncias bancrias, normalmente, apenas orientam o cliente

    interessado em investir do mercado de aes a contatar a equipe da

    Corretora de Valores, ou ainda, a utilizar a internet home broker) para

    transmitir suas ordens de compra e venda de aes.

    A Internet (home broker)

    De forma semelhante aos servios de Home Banking, oferecidos

    pela rede bancria, os Home Brokers das corretoras esto interligados aos

    sistemas da BOVESPA e permitem que o investidor envie,

    automaticamente, atravs da Internet, ordens de compra e venda de

    aes. Deve antes fazer o cadastramento junto Corretora de Valores e

    conhecer suas condies de preo e eventuais restries de execuo de

    ordens.

  • 54

    Call Center

    responsvel pelo atendimento aos clientes no tocante aos

    esclarecimentos de dvidas, possibilidades de movimentaes financeiras,

    recepo e encaminhamentos das reclamaes dos clientes.

    Banco Eletrnico

    O banco eletrnico permite que sejam realizadas movimentaes

    financeiras, verificao de extratos e saldos, contratao de servios,

    como, pagamento de conta e outros

    Com relao aos produtos e servios oferecidos nesse grande

    supermercado de produtos e servios financeiros encontramos:

    Ttulos pblicos federais

    Produtos que visam a captao de recursos

    Produtos que visam financiamento de bens, capital de giro e

    servios

    Operaes em reais denominadas em moeda estrangeira Comrcio

    exterior

    Produtos derivativos

    Produtos que visam a reduo de riscos de negcios

    Administrao de Recursos de Terceiros Fundos e Previdncia

    Prestao de Servios

  • 55

    UNIDADE

    5

    Mercados Financeiros

  • 56

    Objetivos

    Nesta unidade voc vai conhecer o

    funcionamento dos Mercados

    Financeiros os principais Ttulos

    Financeiros que so negociados nesse

    mercado, os indicadores financeiros e

    econmicos que servem de parmetros

    para as decises de investimentos e os

    riscos que correm os investidores ao

    realizarem operaes financeiras

  • 57

    Os mercados financeiros propiciam um frum no qual fornecedores e tomadores de recursos financeiros podem fazer negcios diretamente.

    As empresas que necessitam de recursos de fontes externas podem obt-los de trs diferentes formas:

    1. atravs da instituio financeira que capta a poupana e a transfere

    para aqueles que necessitam de recursos.

    2. atravs dos mercados financeiros, espaos organizados nos quais os fornecedores e tomadores de recursos fazem transaes.

    3. atravs da colocao privada, emisso de aes e ttulos de divida para

    investidores no mercado.

    As Instituies financeiras so intermedirios que canalizam a poupana de indivduos, negcios e governos para emprstimos e

    investimentos. Muitas instituies financeiras juros sobre o montante de

    recursos depositado; outras prestam servios em troca de uma taxa. Algumas instituies financeiras aceitam depsitos dos clientes e

    emprestam esse dinheiro para outros clientes; outras investem as economias em ativos rentveis, tais como imveis ou aes e ttulos; e

    algumas fazem os dois. O governo exige que as instituies financeiras operem de acordo com linhas de conduta regulamentadas.

    Os principais participantes em transaes financeiras envolvidos na atividade de fornecer e tomar recursos so indivduos, empresas e

    governos.

    Os indivduos no apenas fornecem recursos para instituies financeiras, mas tambm demandam recursos delas na forma de

    emprstimos. No entanto os indivduos enquanto grupos, so os

    fornecedores de liquidez para as instituies financeiras: eles poupam mais dinheiro do que tomam emprestado recursos em instituies

    financeiras, principalmente em contas correntes, em bancos comerciais. As empresas tomam emprestado recursos dessas instituies. Como

    grupo,empresas so demandantes de recursos: elas tomam mais dinheiro emprestado do que poupam.

    As empresas tambm depositam parte de seus recursos em instituies financeiras, principalmente em contas correntes, em bancos

    comerciais. As empresas tomam emprestado recursos dessas instituies. Como grupo, empresas so demandantes de recursos: elas tomam mais

  • 58

    dinheiro emprestado do que poupam.

    . Os governos mantm depsitos de recursos temporariamente

    ociosos e alguns pagamentos de impostos e da Providncia Social em bancos comerciais. Eles no tomam emprestado recursos diretamente de

    instituies financeiras, mas atravs de seus ttulos de dvida. O governo

    tambm tipicamente demandante de liquidez de fundos: ele toma mais emprestado do que poupa. Todos j devem ter ouvido falar do dficit no

    oramento do governo federal.

    As principais instituies financeiras da economia brasileira so os bancos comerciais, associaes de poupana e emprstimo,

    cooperativas de crdito, companhias de seguros, fundos de penso. Essas instituies captam poupana de indivduos, empresas e governos, que

    dispem de recursos ociosos e repassam para indivduos e empresas que precisam de recursos. Esto relacionadas, no item anterior que trata do

    Sistema Financeiro Nacional.

    5.1 Classificao dos Mercados Financeiros

    A classificao dos mercados financeiros seundo Osias Brito

    a seguinte:

    Mercado interbancrio Mercado de ttulos Pblicos Federais

    Mercado interbancrio de reais Mercado de juros Mercado a termo

    Mercados futuros Mercado de opes

    Mercado de derivativos Mercado de aes Mercado futuro de aes

  • 59

    Mercado Interbancrio

    O Mercado Interbancrio privativo dos bancos e dos brokers.

    Caracteriza-se pela intermediao financeira a poupadores e

    vendedores de moeda de forma geral, atuando tambm como canas de

    distribuio de ttulos, utilizado como lastro do dinheiro transacionado.

    Mercado de Ttulos Pblicos Federais

    O Mercado de Ttulos Pblicos Federais materializado atravs do Open

    Market que o mercado secundrio de ttulos pblicos (o mercado

    primrio desses ttulos realizado por leiles do Banco Central) . O acerto

    financeiro se d na conta Reserva Bancria que mantida por cada

    instituio junto ao Banco Central.

    No mercado primrio os ttulos so colocados pela primeira vez e

    essa colocao gera capitao de recursos financeiros para o Tesouro

    Nacional.

    No mercado secundrio, o titulo pblico transacionado entre

    investidores no mercado e no gera capitao de recursos financeiros para

    o Tesouro Nacional.

    Por exemplo:

    O Banco Central ao executar a poltica monetria no mercado

    aberto, realiza compra e venda de ttulos pblicos no mercado secundrio.

    A importncia do mercado secundrio oferecer liquidez aos

    investidores. Um mercado secundrio desenvolvido permitir ao investidor

    vender (ou comprar) ttulos a qualquer momento.

  • 60

    Os bancos utilizam-se do open market por meio de operaes

    overnight para administrar diariamente o seu caixa, comprando e

    vendendo ttulos pblicos federais. Os ttulos adquiridos passam a compor

    as carteiras prprias da instituies financeiras.

    O Banco ventral utiliza esse mercado como parmetro para a

    formao do custo do dinheiro e para gerenciamento da liquidez da

    economia.

    Os negcios tem liquidao imediata e so realizados e liquidados

    atravs do sistema SELIC que est sob a responsabilidade do Banco

    Central. Os operadores das instituies envolvidas, ops acertarem os

    negcios envolvendo os ttulos pblicos, liquidam as operaes via STR

    (sistema de transferncia de recursos), no SELlC. O sistema transfere,

    ento, o registro do ttulo para a instituio financeira compradora,

    acertando o efeito financeiro na conta reserva bancria.

    Mercado Interbancrio de Reais

    No Mercado Interbancrio de Reais as instituies financeiras realizam

    suas operaes com ttulos privados, utilizando principalmente o CDI

    (certificado de depsito interfinanceiro). O custo do dinheiro muito

    prximo ao custo dos recursos over.

    Pode-se afirmar com isso que o open market um instrumento de

    poltica monetria, influenciando a formao da taxa de juros.

  • 61

    Mercado de Juros

    O Mercado de Juros envolve o estabelecimento das relaes entre a taxa

    de juros presente, constituindo um elo fundamental entre o mercado

    financeiro e o setor produtivo da economia. Coloca em equilbrio

    poupadores e investidores.

    Mercado a termo

    O Mercado a Termo o comprador tem o direto de adquirir o ativo objeto

    (ao) por um preo acertado entre as partes, e o vendedor tem a

    obrigao de entregar o contrato na data correta e com o preo definido.

    O contrato a termo geralmente negociado no mercado de balco e

    Bolsas. As operaes, em geral, concentram-se no prazo de 30 dias.

    As operaes a termo so formalizadas em contratos especficos,

    emitidos e registrados na Bolsa:

    Mercados Futuros

    O Mercado Futuro tm como objetivo bsico prover a proteo aos

    agentes econmicos, com relao s variaes nos preos de seus

    produtos e investimentos em ativos financeiros.

    Para seu funcionamento, os representantes dos compradores e dos

  • 62

    vendedores se renem em um recinto especfico, nas Bolsas, negociando

    contratos, fazendo com que as contrapartes (hedgers, especuladores e

    arbitradores) permaneam no anonimato.

    Os contratos futuros, so padronizados: preos, quantidade e prazo

    de liquidao so especficos. Qualquer uma das partes pode liquidar seu

    contrato antes do prazo, revertendo sua posio.

    As Bolsas garantem que as obrigaes assumidas no contrato entre

    as partes sejam honradas, na hiptese de inadimplncia de uma das

    partes. Para controlar, a Bolsa ajusta ao mercado todas as posies de

    futuros, determinando uma margem de garantia para a cobertura

    eventual inadimplncia de uma das partes. Devido s garantias exigidas

    pela Bolsa, h maior liquidez do que no mercado a termo.

    Os participantes dos mercados futuros so: Hedger, Operaes de

    Hedge, Especulador.

    O Hedger tem o objetivo de se proteger contra oscilaes de

    preo, suas principais caractersticas so:

    tem interesse no ativo spot;

    geralmente, transacionam-se grandes volumes;

    apresenta atuao pouco freqente;

    costuma manter a posio.

    As Operaes de Hedge tem como principais participantes:

    instituies financeiras

    exportadores

    importadores

    empresas devedoras em moeda estrangeira

    fundos de penso

    fundos de renda fixa

  • 63

    fundos de renda varivel

    O Especulador tem o objetivo de obter ganhos em decorrncia de

    oscilaes nos preos. O especulador proporciona liquidez ao mercado em

    funo de sua constante atuao. Suas principais caractersticas so:

    geralmente no tem posio ou interesse no ativo spot;

    transaciona pequenos volumes

    tem atuao freqente

    geralmente mantm posio por perodo longo

    No Brasil as operaes mais realizadas nos mercados futuros so:

    ndices de aes, taxa de juros, dlar, ouro e commodities (boi,

    bezerro, caf, algodo, soja, acar)

    Mercado de Opes

    O Mercado de Opes se classifica em:

    opes de compra e,

    opes de venda.

    A opo de compra um contrato que permite adquirir, da parte

    lanadora da opo, determinada poro de um ativo objeto, sendo o

    preo previamente acertado em contrato no inicio da operao. A

    aquisio pode ocorrer a qualquer momento at o vencimento da

    operao.

    O ativo objeto de uma operao de opo no precisa ser

    negociado em Bolsa, desde que as partes concordem com as suas

  • 64

    caractersticas.

    O que significa um ativo objeto?

    o ativo fsico com base no qual so realizadas as operaes de

    mercado a termo e mercado futuro.

    A opo de venda tambm formalizada por meio de um contrato,

    possibilitando ao comprador vender poro de um ativo objeto por um

    determinado preo de exerccio, at o vencimento do contrato.

    O Brasil regulamenta as opes pelo modelo americano, onde o

    comprador de uma opo tem o direto de exerc-la no perodo

    compreendido entre a compra da opo e o vencimento do contrato. O

    modelo europeu , o direito de exercer a opo se d apenas no final do

    contrato.

    O Mercado de Derivativos: o termo derivativos geralmente

    utilizado para determinar instrumentos financeiros que derivam ou

    dependem do valor de outro ativo. Os derivativos so divididos em

    operaes de financiamento, arbitragem e especulao.

    Os derivativos so geralmente transacionados tendo como base o

    valor nacional, ou seja o valor que representa o total global objeto da

    negociao, sendo o efeito no resultado de uma variao de preo, taxa

    ou ndice sobre esse montante.

    Mercado de Derivativos

    O termo derivativos geralmente utilizado para determinar instrumentos financeiros que derivam ou dependem de valor de outro

  • 65

    ativo. So divididos em operaes de financiamento, arbitragem e especulao.

    Os derivativos so geralmente transacionados tendo como base o

    valor nocional, ou seja o valor que representa o total global objeto da negociao, sendo efeito no resultado uma variao de preo, taxa ou

    ndice sobre esse montante.

    Dinmica dos mercados de derivativos

    Etapa 1: o comprador ou vendedor de um contrato autorizam as

    corretoras, com as quais operam, a concretizar suas ordens de derivativos.

    Etapa 2: as corretoras orientam seus operadores no prego da Bolsa,

    autorizado-os a executar as ordens de seus clientes.

    Etapa 3: realizada a operao de compra e de venda, a informao passada a Cmara de Liquidao e as corretoras informam aos clientes a

    realizao da venda do contrato realizado no mercado futuro. Etapa 4: assim que a operao fechada por intermdio da corretora, os

    clientes depositam margens de garantia dos contratos futuros negociados

    na Cmara de Liquidao.

    Etapa 5; a partir desse momento todas as condies de liquidao e obrigaes dos clientes perante a Cmara de Liquidao passam a ser

    exercidas, incluindo-se a contabilizao das operaes.

    Mercado de Aes

    O Mercado de aes a relao o financeira criada por instituies e

    acordos que permite que fornecedores e demandantes de recursos a longo

    prazo recursos com vencimentos maior que um ano - faam suas

    transaes.

    O mercado de aes formado pelas vrias bolsas de valores que

    geram um frum para transaes de ttulos de dvidas e aes. O bom

    funcionamento do mercado de capitais importante para o crescimento

  • 66

    dos a longo prazo dos negcios.

    As Bolsas de Valores so associaes civis sem fins lucrativos que

    tm por objetivo promover um local adequado e manter nesse local as

    condies fsicas e tecnolgicas mnimas, a fim de permitir as transaes

    de compra e venda de ttulos e valores mobilirios de forma organizada e

    transparente. As bolsas so fiscalizadas pela autoridade monetria e em

    especial pela Comisso de Valores Mobilirios (CVM) que uma autarquia

    especial, vinculada ao Ministrio da Fazenda, cuja principal funo

    fiscalizar e normatizar o mercado de valores mobilirios para evitar

    irregularidades.

    A bolsa de valores possui grande autonomia sobre questes de sua

    responsabilidade, ou seja, ela que determina as regras que regero o

    mercado, a forma como as operaes so realizadas, os procedimentos,

    etc. Suas funes bsicas so:

    organizar o mercado para negociao das aes nelas registradas;

    divulgar as informaes sobre os negcios realizados;

    fiscalizar os negcios realizados no prego;

    proporcionar liquidez e transparncia para negociao e formao de

    preos.

    Atravs das bolsas de valores procura-se estimular a poupana interna,

    pelo investimento em aes de empresas que, assim, podero obter

    recursos que viabilizem sua expanso e desenvolvimento.

    A legislao atual outorga as bolsas a negociarem ttulos e valores

    mobilirios de emisso ou co-responsabilidade de companhias abertas,

    registrados na CVM, assim como opes de compra e venda sobre aes

    de companhias abertas, debntures (conversveis ou simples) e

    commercial papers registrados para colocao pblica. Direitos e ndices

    referentes s aes negociadas, alm de recibos de depsitos de aes,

  • 67

    quotas de fundos ou clubes de investimento, tambm so negociados nas

    bolsas mediante autorizao do Conselho de Administrao ou por

    solicitao das bolsas CVM.

    Os componentes do Mercado de Aes so:

    Comprador

    Vendedor

    Corretora

    Prego da Bolsa de Valores

    Dinmica do mercado de aes

    Etapa 1: Comprador e vendedor de aes informam s corretoras por

    meio das quais atuam, para realizarem ordens de compra ou venda de

    aes.

    Etapa 2: As corretoras orientam seus operadores no prego da Bolsa de

    Valores para executarem as ordens de cada um de seus clientes.

    Etapa 3: Realizada a operao de compra ou de venda, a informao

    transmitida a Cmara de Liquidao (CBLC). As corretoras informam seus

    clientes sobre a realizao do negcio e os custos envolvidos na operao.

    Etapa 4: A partir desse momento, todas as condies de liquidao e

    obrigao dos clientes perante a Cmara de Liquidao passam a ser

    exercidas, incluindo a contabilizao das operaes.

    Ordens de compra e venda na Bolsa de Valores

    Na realidade o comprador ou vendedor se comunica com uma

    corretora de valores que funciona nas dependncias da Bolsa de Valores.

    Pode ser diretamente com a corretora ou atravs de um Agente Autnomo

    de Investimentos que credenciado pela CVM para operara nesse

    mercado. Os tipos de ordens so:

  • 68

    Ordem de mercado: quando o investidos especifica corretora a

    quantidade e as caractersticas dos ttulos que deseja comprar ou vender.

    Ordem limitada: quando o investidos estabelece o preo mximo ou

    mnimo pelo qual se dispe a comprara ou vender determinada ao.

    Neste caso a ordem s ser cumprida nas condies que o investidor

    exigir.

    Ordem casada: quando o investidor determina uma ordem de compra de

    um ttulo e uma de venda de outro devendo ambas serem

    simultaneamente executadas.

    Ordem de financiamento: quando o investi