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Livro de resumos do IX Congresso dos Jovens Geocientistas, organizado pelo Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Coimbra.

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IX Congresso dos Jovens Geocientistas

Vamos perguntar à Terra...

LIVRO DE RESUMOS

07 DE MARÇO DE 2014

IX Congresso dos Jovens Geocientistas

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Departamento de Ciências da Terra, Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra

3000-272 Coimbra, Portugal Tel.: 239860500 Fax: 239860501 http://www.uc.pt/cienterra/

TÍTULO

IX Congresso dos Jovens Geocientistas, “Vamos perguntar à Terra...”

AUTORES

Vários

COMISSÃO CIENTÍFICA

Alcides Pereira

Ana Castilho

António Saraiva

Celeste Romualdo Gomes

Elsa Carvalho Gomes

Fernando Carlos Lopes

Lídia Gil Catarino

Luís Vitor Duarte

Maria Manuela Silva

Mário Quinta Ferreira

Pedro Callapez

Pedro Dinis

COMISSÃO ORGANIZADORA

Celeste Romualdo Gomes, Ana Isabel Rola, Pedro Callapez, Lídia Gil

Catarino, Ana Castilho, Elsa Carvalho Gomes, Fernando Carlos Lopes,

Maria Manuela Silva, António Saraiva

EDIÇÃO

Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Coimbra

ISBN

978-989-98914-0-1

IX Congresso dos Jovens Geocientistas

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Departamento de Ciências da Terra, Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra

3000-272 Coimbra, Portugal Tel.: 239860500 Fax: 239860501 http://www.uc.pt/cienterra/

ÍNDICE

O DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA TERRA 6

1. Enquadramento Institucional 6

2. O Ensino e a Investigação no Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Coimbra 7

ORIENTAÇÃO DOS TRABALHOS 8

RESUMOS 12

Agrupamento de Escolas Coimbra Sul 13

Agrupamento de Escolas da Lousã (Escola Básica 2,3 da Lousã) 14

Agrupamento de Escolas da Lousã (Escola Secundária da Lousã) 15

Agrupamento de Escolas de Paço de Arcos 16

Agrupamento de Escolas de Pombal 17

Colégio Rainha Santa Isabel 21

Escola BI/JI Prof. Doutor Ferrer Correia 30

Escola Secundária c/3º Amato Lusitano 32

Escola Secundária c/3º Ciclo D. Dinis (Coimbra) 44

Escola Secundária de D. Duarte 50

Escola Secundária de Viriato 62

Escola Secundária José Falcão 66

Escola Secundária Nuno Álvares 77

Instituto do Juncal 78

Universidade de Coimbra 83

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CONFERÊNCIAS 85

PROGRAMA 86

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DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA TERRA

1. ENQUADRAMENTO INSTITUCIONAL

O Departamento de Ciências da Terra é uma unidade orgânica da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), uma das maiores escolas de Ensino Superior do país. Nesta Faculdade são oferecidas várias dezenas de cursos de 1º, 2º e 3º ciclo, abrangendo perto de 7000 alunos. A FCTUC dispõe de mais de 500 professores, maioritariamente doutorados, que asseguram a qualidade da formação ministrada e exercem atividades de investigação científica no âmbito de unidades de I&D com acreditação internacional.

O Departamento de Ciências da Terra situa-se no Polo I da Universidade de Coimbra, no edifício do Colégio de Jesus. As suas origens remontam à Reforma Pombalina, com a instalação, em 1772, neste mesmo edifício, do Gabinete de História Natural. Solidamente fundado num passado de que se orgulha, o Departamento de Ciências da Terra tem efetuado uma adaptação às exigências do presente, através de uma oferta de formação graduada e pós-graduada que corresponda às necessidades de desenvolvimento do país. Neste sentido, é responsável pelos cursos de 1º ciclo em Geologia e em Geologia com Menor em Biologia, participando ainda na lecionação de diversos outros cursos da FCTUC (Arquitetura, Biologia, com menor ou 50 ects em Geologia, Engenharia Civil e Engenharia do Ambiente), bem como da Faculdade de Letras (Arqueologia) ou inter-Faculdades (Conservação e Restauro). No âmbito da pós-graduação, assegura os Mestrados em Geociências, com áreas de especialização em Recursos Geológicos, Ambiente e Ordenamento do Território e Geologia do Petróleo, em Engenharia Geológica e de Minas, em Ciências da Terra, participando ainda noutros cursos da FCTUC e inter-Faculdades, como são os casos dos mestrados em Ensino de Biologia e Geologia, em Dinâmicas Sociais, Riscos Naturais e Tecnológicos, e em Conservação e Restauro. No que respeita ao grau de doutoramento, o Departamento de Ciências da Terra assegura doutoramentos em Geologia e em Geotecnologias, em diferentes áreas de especialidade, e em Ensino das Ciências, especialidade em Ensino da Geologia. Os seus 28 docentes (todos eles doutorados) distribuem-se por diversos centros de investigação reconhecidos pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (Centro de Geociências, Centro de Geofísica, Centro de Estudos Sociais e Instituto do Mar - Centro Interdisciplinar de Coimbra).

Depois do assinalável sucesso das edições anteriores, é com grande prazer que o Departamento de Ciências da Terra acolhe o IX Congresso dos Jovens Geocientistas. Será uma grata ocasião para partilharmos o fascínio pela descoberta de um planeta tão singular como a Terra, bem como sobre as formas de o preservar para as gerações vindouras – caros Jovens Geocientistas, a palavra é vossa!

O Diretor

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2. O ENSINO E A INVESTIGAÇÃO NO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA TERRA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA

O Departamento de Ciências da Terra é uma Unidade Orgânica da FCTUC que tem por objetivos:

o Fomentar o desenvolvimento e a investigação das Ciências da Terra, - realizar cursos de licenciatura, pós-graduação, formação de professores, mestrado e doutoramento.

o Apoiar a sociedade na resolução de problemas no âmbito da sua área científica. As origens da Licenciatura em Geologia, no Departamento de Ciências

da Terra, remontam à Reforma Pombalina, de 1772, e estão relacionadas com a criação da Faculdade de Filosofia e de Matemática da Universidade de Coimbra. A Licenciatura em Ciências Geológicas foi implementada em 1930 e, em 1964, assumiu a designação de Licenciatura em Geologia.

No ano letivo de 2007/2008 iniciou-se a aplicação da nova estrutura curricular e plano de estudos da Licenciatura em Geologia e do Mestrado em Geociências, de acordo com o Processo de Bolonha.

Todos os cursos do Departamento de Ciências da Terra encontram-se adequados ao modelo de Bolonha, a partir do ano letivo de 2007/2008.

1º Ciclo (6 semestres)

o Licenciatura em Geologia o Licenciatura em Geologia com 50 ects em Biologia o Licenciatura em Geologia com menor* em Biologia. o Licenciatura em Geologia com menor* em Ciências do Espaço. o Licenciatura em Geologia com outro menor* oferecido pela Faculdade de

Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra. * Conjunto coerente de cinco disciplinas de opção de uma determinada área temática.

2º Ciclo (4 semestres)

o Mestrado em Geociências: Áreas de Especialização em Recursos Geológicos, Ambiente e Ordenamento, e Geologia do Petróleo.

o Mestrado em Engenharia Geológica e de Minas. o Mestrado em Ciências da Terra, (na tipologia Mestrado de Formação ao

longo da vida) dirigido essencialmente a professores do Ensino Básico e do Ensino Secundário.

o Mestrado em Ensino de Biologia e Geologia, em parceria com o Departamento de Ciências da Vida da FCTUC.

o Mestrado em Dinâmicas Sociais, Riscos Naturais e Tecnológicos, em parceria com as Faculdades de Letras e de Economia da Universidade de Coimbra.

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o Mestrado em Conservação e Restauro, em parceria com a Faculdade de Letras

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO (2 semestres)

o Curso de Pós-graduação em Dinâmicas Sociais, Riscos Naturais e Tecnológicos, em parceria com as Faculdades de Letras e de Economia da Universidade de Coimbra.

Os ciclos de estudos na área das Geociências conferem competências para:

o Colaborar em estudos de planeamento e ordenamento do território, bem como na avaliação de riscos geológicos (sismos, erupções vulcânicas, deslizamento de terrenos, efeitos de cheias), sua minimização e prevenção;

o Colaborar em estudos de impacto ambiental, na componente geológica; o Colaborar em trabalhos e estudos de avaliação, conservação, divulgação

e valorização do património natural; o Lecionar em diferentes graus de ensino público e privado, nacional e

internacional o Realizar trabalhos de cartografia geológica, hidrogeológica, geotécnica e

de outros temas no âmbito das Geociências; o Realizar trabalhos de prospeção, pesquisa e avaliação de recursos

naturais: água, petróleo, minerais e rochas; o Recolher, analisar, interpretar e comunicar informação geológica para

especialistas e público em geral.

Condições de acesso à Licenciatura em Geologia 12º Ano (Curso Científico – Humanístico de Ciências e Tecnologias) e uma das seguintes provas de ingresso:

o 02 Biologia e Geologia; o 07 Física e Química; o 09 Geografia.

Condições de acesso ao Mestrado em Engenharia Geológica e de Minas Um aluno que planeie prosseguir para o Mestrado em Engenharia Geológica e de Minas deverá candidatar-se ao Mestrado Integrado em Engenharia Civil. No terceiro ano, inscreve-se em cinco disciplinas da área de Engenharia Geológica e de Minas e, findo o terceiro ano, estará em condições de ingressar no Mestrado em Engenharia Geológica e de Minas (que veio substituir os antigos cursos de Engenharia Geológica e de Engenharia de Minas).

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Saídas profissionais na área das Geociências o Autarquias e associações intermunicipais; o Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional; o Empresas especializadas em ambiente e ordenamento do território; o Empresas especializadas em conservação e restauro de materiais

pétreos; o Empresas especializadas em geotecnia; o Empresas de construção civil; o Empresas de exploração de pedreiras; o Empresas mineiras; o Empresas ou serviços de exploração de águas; o Empresas petrolíferas e de gás natural; o Estabelecimentos de ensino (públicos e privados, nacionais e

internacionais). o Grupos empresariais da área do turismo; o Organismos de investigação científica; o Profissão liberal ou PMEs de serviços especializados ou de

consultadoria técnico-científica, geoconservação e/ou geoturismo; o Serviços de Proteção Civil.

Contactos Largo Marquês de Pombal Universidade de Coimbra 3000-272 Coimbra Tel.: 239 860 500 Fax : 239 860 501 eMail: [email protected] Web: www.dct.uc.pt

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ORIENTAÇÃO DOS TRABALHOS

Agrupamento de Escolas Coimbra Sul Armando Rocha Agrupamento de Escolas da Lousã (Escola Básica 2,3 da Lousã) Flora Lobo, Armando Rocha Agrupamento de Escolas da Lousã (Escola Secundária da Lousã) Anabela Correia Agrupamento de Escolas de Paço de Arcos Celestino Coutinho Agrupamento de Escolas de Pombal Estefânia Pires Colégio Rainha Santa Isabel João Oliveira, Hugo Laureano Escola BI/JI Prof. Doutor Ferrer Correia (Senhor da Serra, Miranda do

Corvo) Luísa Fernandes Escola Secundária c/3º Amato Lusitano (Castelo Branco) José Tomé, Rui Duarte

Escola Secundária c/3º Ciclo D. Dinis (Coimbra)

Jorge Delícias Lemos Escola Secundária de D. Duarte (Coimbra) Paulo Magalhães, Maria de Jesus Bento, Carla Marques, Carlos Barata Escola Secundária de Viriato (Viseu) Margarida Morgado Escola Secundária José Falcão (Coimbra) Paula Paiva, Maria Lurdes Prior, Maria Palma, Nuno Milheiro Escola Secundária Nuno Álvares (Castelo Branco) Maria Fátima Pires

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Instituto do Juncal Ana Sílvia Malhado, Cláudio Santos, Jorge Miguel Guilherme

Universidade de Coimbra Elsa Gomes, Ana Castilho

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RESUMOS

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OS FÓSSEIS DA NOSSA ESCOLA

Rogério Amaral; Ana Rita Costa; João Figueiredo; Luís Matos; Ana Luísa Pereira

Agrupamento de Escolas Coimbra Sul Escola Básica 2-3 de Ceira

Estrada Carvalhosas, Ceira, Coimbra

7.ºAno, Turma A/C

Palavras-chave: Fósseis; Paleontologia. A Ciência que estuda os fósseis é a Paleontologia, nome que deriva do grego palaios (antigo), ontos (ser) e logos (tratado). Fósseis (do latim fossilis) são restos de antigos organismos ou as manifestações da sua atividade, que ficaram mais ou menos bem preservados nas rochas. É muito grande a diversidade de organismos que povoaram a Terra nestes últimos milhares de milhões de anos, mas para que um fóssil se forme é necessário que as evidências sofram uma série de transformações químicas e físicas ao longo de um período de tempo. Assim, só se consideram fósseis os vestígios orgânicos com mais de 13.000 anos (idade aproximada da última glaciação do Quaternário - o Würm). Um dos interesses do estudo dos fósseis é permitir conhecer a dimensão temporal da evolução orgânica, ou seja, como têm evoluído as espécies até chegarem às formas recentes, incluindo o Homem. O trabalho que apresentamos insere-se no âmbito do programa curricular de Ciências Naturais do 7º ano e escolaridade: “A Terra conta a sua História – Os fósseis e a sua importância para reconstituição do passado da Terra”. Para elaborar este trabalho partimos da seguinte questão: “Há evidências de fósseis na nossa Escola?” e o objetivos principal: pesquisar no espaço escolar a existência de fósseis. Para desenvolver o tema, recorremos a: 1) pesquisa bibliográfica sobre fósseis no manual escolar e na Internet; 2) pesquisa no recinto escolar da existência de fósseis; e 3) recolha de material fotográfico. Aquando da construção do edifício escolar foram utilizados, nas escadas de acesso ao primeiro piso, calcários do Jurássico médio, classificados como calcirrudito quanto à granulometria, que numa análise em pormenor permitem visualizar em corte transversal a presença de fósseis. Para classificar os fósseis presentes nestes calcários recorreu-se a ajuda de um especialista, tendo sido enviadas fotografias. Encontram-se presentes fósseis de gastrópodes, secções de vários géneros de neríneas (Nerineidae) e de ceritáceos (Procerithiidae, por exemplo), as faunas que normalmente se encontram neste tipo de calcários de origem marinha, perirrecifal. Também se identificaram secções de braquiópodes e de bivalves, embora taxonomicamente indetermináveis com maior detalhe.

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A TERRA, A ESFERA E O URSO BRANCO

Leonardo Duarte, Guilherme Gaspar, Edgar Lima, Renato Simões

Agrupamento de Escolas da Lousã Escola Básica Nº 2 da Lousã

Rua Gil D´Orey, Lousã

9.º Ano, Turma A Palavras-chave: Geociências, Matemática, Geometria A Terra pode ser representada por um modelo simplificado: a esfera. Neste trabalho, considera-se a esfera o conjunto dos pontos do espaço que estão uma distância constante (o raio) de um ponto fixo (o centro). A geometria esférica dedica-se ao estudo destes modelos. Pedro Nunes (Alcácer do Sal, 1502 – Coimbra, 11 de Agosto de 1578) foi um notável Matemático português, na época dos descobrimentos, que se dedicou ao estudo ao estudo da geometria esférica. A descoberta da curva loxodrómica (linha de rumo) foi um dos seus maiores feitos. A sua preocupação em ajudar os navegadores, a seguirem a rota pretendida, levou a que distinguisse duas trajetórias possíveis, para os navios que estivessem em viagem. A descoberta da linha de rumo, para além de representar a trajetória de um navio, em rumo constante, teve um efeito decisivo na visão do mundo. Foi a partir daqui que nasceu a Projeção de Mercator apresentada, em 1569, por gerar de Kremer ou Cremer (1512-1594) (em latim, Gerardus Mercator). Assim, foi possível estudar e preparar as viagens marítimas com antecedência e registar a posição dos navios na superfície do Globo terrestre. Na geometria euclidiana, considera-se o caminho mais curto entre dois pontos como sendo o segmento de reta determinado por eles. Na esfera, o caminho mais curto, entre dois pontos, é dado por um arco de circunferência obtido, intersetando a esfera com um plano contendo o seu centro. Esta circunferência é usualmente designada por círculo máximo. A linha do Equador é um círculo máximo e os meridianos são semicírculos máximos. Os paralelos são círculos menores, paralelos à linha do Equador, sendo este o único paralelo que é simultaneamente um círculo máximo. Na geometria euclidiana, os arcos menores de círculo máximo assumem o papel análogo ao dos segmentos de reta. Assim sendo, a distância entre dois pontos determina-se calculando o comprimento do menor arco de círculo máximo definido pelos dois pontos. Com este trabalho realizámos aprendizagens em Geociências e em Geometria. Para isso, pesquisámos na página da iniciativa do Ano Internacional da Matemática do Planeta Terra 2013 e encontrámos um trabalho muito interessante. Neste sentido, sugerimos a consulta de http://atractor.pt/mat/GeomEsf/saber_urso-1.htm para se perceber o porquê de A TERRA, A ESFERA E O URSO BRANCO.

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O GRANITO DO COENTRAL: O QUE OBSERVÁMOS NO CAMPO E NA SALA DE AULA

Beatriz Antunes, Marisa Ferreira, João Graça, Beatriz Rocha.

Agrupamento de Escolas da Lousã

Escola Secundária c/3º Ciclo da Lousã Rua Dr. Antonino Henriques, Lousã

11.º Ano, Turma A

Palavras-chave: Coentral; Escala de observação; Granito; Mineralogia; Textura. Com este trabalho pretendemos observar e descrever o granito do Coentral em afloramento, no campo, e utilizando amostras de mão, na sala de aula. Este granito enquadra-se no conjunto dos granitoides pré-variscos da Zona Centro Ibérica. O plutonito de Coentral é um pequeno corpo granítico com forma grosseiramente elíptica, alongado segundo a direção N-S e com uma área não superior a 6 km

2. Na realização deste estudo pretendemos atingir os seguintes

objetivos: definir o que são rochas magmáticas plutónicas; caracterizar o granito do Coentral à escala megascópica, macroscópica e mesoscópica descrevendo a sua composição mineralógica, cor, textura e grau de alteração. O projeto compreendeu as seguintes fases: definição do tema a estudar; análise da folha 19-D Coimbra-Lousã da Carta Geológica de Portugal e respetiva notícia explicativa; saída de campo à zona do Coentral para observar o granito in situ e recolher amostras, estudo mesoscópico das amostras recolhidas, e pesquisa de informação, através do acesso à internet. O plutonito de Coentral possui composição mineralógica variável de granodiorito a granito. É um granitoide leucocrata, moscovítico biotítico, com megacristais de feldspato potássico numa matriz granular de grão médio a fino. É constituído por quartzo, feldspato potássico, biotite e moscovite, como minerais principais, possuindo ainda outros minerais acessório e secundários.

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SERRA DE MANGUES - OS DINOSSÁURIOS ANDARAM POR ALI

Tomás Alvim, Sofia Cruz, Luana Gouveia, Carlos Marques

Agrupamento de Escolas de Paço de Arcos

Paço de Arcos

9.º Ano, Grupo de Paleontologia

Palavras-chave: Biodiversidade; Comportamento; Dinossáurios; Icnologia; Jurássico Superior Os dinossáurios apresentam grande potencial para atrair os jovens para a Ciência. A disponibilidade manifestada pelos jovens para a descoberta dos seus vestígios deve ser estimulada. Para além dos restos osteológicos, pegadas e pistas de dinossáurios preservam a evidência direta de comportamentos e constituem a aproximação mais «real» que possuímos destes animais enquanto criaturas vivas. Têm o potencial de serem utilizadas para constringir hipóteses locomotoras, revelando detalhes da dinâmica da progressão, postura, estruturas integumentares, distribuição do peso, anatomia dos membros, dimensões, velocidade,... Em conjunto com as fácies das rochas em que se encontram preservados, permitem reconstituir aspetos dos paleo-habitats preferidos pelos seus autores e constituem uma ferramenta essencial relativamente à caraterização das antigas comunidades e interações presa/predador. Com este projeto pretendemos descrever uma amostra significativa de pegadas de dinossáurios que os alunos do GP da nossa Escola têm vindo a descobrir, desde 2003, num nível de calcário do Jurássico Superior da Serra de Mangues, no flanco oeste do anticlinal diapírico das Caldas da Rainha. Tentamos discriminar entre os autores mais prováveis destes icnitos, inferir as suas dimensões e analisar alguns comportamentos. Pegadas recentemente descobertas mostram que estamos perante registos de uma comunidade de vertebrados muito diversificada, representativa de uma paleocomunidade com saurópodes gigantescos, stegossaurianos, terópodes de dimensões muito variadas e, em número mais reduzido, pequenos ornitópodes.

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DESLIZAMENTOS DE TERRAS NO CONCELHO DE POMBAL

Juliana Alves, Bruna Martins, Inês Rodrigues, Diogo Simões

Agrupamento de Escolas de Pombal

Rua António Fortunato Rocha Quaresma, 3100-484 Pombal

8.º Ano, Turma D Palavras-chave: Deslizamento de terras; Pombal; Risco geológico.

Entende-se por deslizamentos as movimentações em massa de solos ou rochas pela ação gravítica, em que as distâncias relativas entre os elementos movimentados pouco varia, sendo geralmente a água no seu interior um fator facilitador da instabilização. Ao estudarmos as catástrofes naturais e os riscos geológicos a elas associados, nas aulas de Ciências Naturais, identificámos a seguinte questão: Existirá risco de deslizamentos de terras no concelho de Pombal? Para dar resposta a esta questão definiram-se os seguintes objetivos: conhecer os fatores de risco dos deslizamentos de terras e identificar locais de risco no concelho de Pombal. Este estudo foi elaborado em contexto extracurricular, educação não formal, e enquadra-se nas Orientações Curriculares para o 8.º ano de escolaridade, no terceiro tema organizador “Sustentabilidade da Terra – Perturbações do equilíbrio dos ecossistemas”. A metodologia utilizada incluiu pesquisa bibliográfica, leitura e reflexão de textos informativos, leitura e interpretação da Folha n.º 23 A da Carta Geológica de Portugal, na escala 1/50 000. O concelho de Pombal localiza-se na Orla Mesocenozoica. A litologia, estrutura geológica, morfologia das vertentes e a atividade humana são fatores catalisadores destes deslizamentos e, a precipitação intensa ou prolongada, a variação na posição da toalha freática, ou os abalos sísmicos são os seus fatores desencadeantes. A conjugação destes fatores conduziu ao maior deslizamento registado no concelho de Pombal – deslizamento no Sourão, freguesia de Santiago de Litém. De referir ainda, em termos de histórico de ocorrências, o deslizamento registado na década de 70, no lugar da Murzeleira, freguesia de Albergaria-dos-Doze, com o colapso de uma habitação e danos avultados numa outra habitação e anexos. Em suma, a análise da carta de susceptibilidade a movimentos de massa em vertentes, no concelho de Pombal, permite-nos concluir que o concelho apresenta uma susceptibilidade diferenciada, pois a oeste do concelho - nas áreas com menor declive, na ausência de falhas ativas e substrato geológico constituído essencialmente por arenitos, nomeadamente nas freguesias de Carriço e Guia - a susceptibilidade é nula a reduzida. Nas áreas de relevo mais acentuado existentes a este, nordeste e sudeste, delimitadas a oeste pelo rio Arunca e rio Cabrunca e as suas planícies aluvionares, apresentam uma elevada susceptibilidade a deslizamentos, com maior probabilidade de deslizamentos para as freguesias de Abiúl, Santiago de Litém, Redinha, Albergaria dos Doze, São Simão de Litém, Vila Cã, Vermoil e Pombal. Assim é pertinente averiguar a necessidade de estudar taludes, verificar se existem edifícios em risco e limitar novas edificações em locais de risco, promovendo um eficiente planeamento e ordenamento do território do concelho.

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IMPACTES DAS EXPLORAÇÕES DE CALCÁRIO EM SICÓ

Miguel Jardim, Diana Mendes, Patrícia Santos, Alexandre Silva

Agrupamento de Escolas de Pombal Rua António Fortunato Rocha Quaresma, 3100-484 Pombal

8.º Ano, Turma D

Palavras-chave: calcário; extração; impactes; Serra de Sicó. Os recursos minerais não metálicos, mais abundantes na Natureza, do que os recursos minerais metálicos, constituem, para as sociedades modernas, substâncias que, após a sua exploração e transformação, são consideradas como bens de primeira necessidade. Alguns destes minerais são considerados estratégicos para o país, pelo que a sua exploração está pendente da obtenção de uma licença (concessão) a atribuir pelo Estado. No nosso concelho de entre os principais recursos explorados, podemos citar o calcário utilizado para os mais diversos fins. A exploração do calcário e os seus problemas inerentes constituíram o ponto de partida do nosso trabalho. Assim, ao estudarmos os recursos naturais nas aulas de Ciências Naturais e sabendo que na Serra de Sicó existem explorações a céu aberto de calcário surgiu-nos a seguinte questão-problema: Quais os impactes provocados por estas explorações? O objetivo principal da investigação foi conhecer os impactes ambientais provocados pelas pedreiras do nosso concelho. O nosso estudo foi elaborado em contexto extracurricular e a metodologia utilizada incluiu trabalho de pesquisa na Internet e em livros, leitura e reflexão de textos informativos e, por último, uma saída de campo. Na Serra de Sicó existem duas pedreiras de extração de calcário, designadas de pedreira do Barrocal, explorada pela empresa Iberobrita SA, e pedreira de Vila Cã, explorada pela empresa Sicóbrita SA, ocupando a primeira uma área de 35ha e a segunda 28ha. A atividade extrativa deste recurso é problemática, ainda mais porque se debate atualmente uma eventual expansão das duas pedreiras, prevista na proposta de revisão do Plano Diretor Municipal (PDM). O impacto paisagístico é evidente, devido à acumulação de volumes significativos de resíduos e à possível contaminação de solos e aquíferos. Esta última é facilitada pela fissuração do maciço rochoso, muitas vezes adensada pelo uso de explosivos, perfurações e cortes. A acrescentar, que para além deste impacte paisagístico, uma eventual ampliação destas explorações poderá contribuir para o aumento da produção de sedimentos, os quais contribuirão para colmatar a linha de água e, assim, potencializar as cheias na cidade de Pombal. Com vista a um desenvolvimento integrado e sustentável do território do Maciço de Sicó, importa as empresas de exploração terem cuidado em aplicar medidas de recuperação paisagística e de minimização da perturbação nas pedreiras, que visam a integração da área de intervenção do projeto na paisagem natural, em paralelo com o controlo das perturbações induzidas no meio ambiente local, de forma a serem gerados os menores impactes ambientais.

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EROSÃO – MAR INVADE PRAIA DO PEDROGÃO

Sara Fernandes, Joana Moreira, Rafaela Silva, Vanessa Silva

Agrupamento de Escolas de Pombal Rua António Fortunato Rocha Quaresma, 3100-484 Pombal

8.º Ano, Turma D

Palavras-chave: Costa; Erosão; Praia do Pedrogão. A praia do Pedrógão deve o seu nome ao enorme afloramento rochoso que interseta o extenso areal, a sul da vila, que dá pelo mesmo nome vila do Pedrogão. Podemos dividir as praias em Pedrógão Norte, onde se situa a vila e Pedrógão Sul. O areal da praia do Pedrógão Norte é muito maior, pois por vezes a praia do Pedrógão Sul chega a desaparecer devido ao avanço do mar. Sabendo que notícias recentes referem-se à intensa erosão da praia do Pedrogão, propusemo-nos responder à questão: A que se deve a erosão da costa da praia do Pedrogão? Para dar resposta a esta questão definiu-se o seguinte objetivo: identificar os fatores responsáveis pela erosão da costa da Praia do Pedrogão. O nosso estudo foi elaborado em contexto extracurricular, educação não formal, e seguiu a metodologia de trabalho de projeto. Na elaboração do trabalho foram utilizadas estratégias diversas, como: o diálogo e o debate de ideias, como forma de motivação para a investigação; trabalho de pesquisa na Internet e em livros e, por último, fizemos uma saída de campo. No terreno efetuámos o registo fotográfico da região em estudo e inquirimos moradores da área do Pedrogão. São múltiplos os fatores indutores de erosão costeira, embora alguns se devam à intervenção do Homem, pois a maior parte é consequência direta ou indireta de atividades antrópicas. Os fatores responsáveis pela erosão costeira e, consequente, recuo da linha de costa são: 1) subida do nível do mar; 2) diminuição dos afluxos detríticos (devido a retenção nas barragens, dragagens, alterações no regime dos rios, etc.); 3) condições de agitação marítima e 4) maior rigidez do litoral devido à ocupação humana. Concluindo é assim, imprescindível e imperioso proceder, em grande parte dos casos, a um reordenamento da faixa litoral por forma a propiciar um desenvolvimento racional e sustentável desta importante zona do território.

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UM PERCURSO PELO CANHÃO FLUVIOCÁRSICO DE VALE DE POIOS

Diogo Almeida, Gabriela Pereira, Eunice Rodrigues, Ana Serra

Agrupamento de Escolas de Pombal

Rua António Fortunato Rocha Quaresma, 3100-484 Pombal

8.º Ano, Turma D

Palavras-chave: Calcário; Canhão fluviocársico; Vale de Poios. A Serra de Sicó situa-se na Orla Mesocenozoica Ocidental e deve grande parte das suas características morfológicas, paisagísticas e ambientais à presença de rochas calcárias e aos processos de evolução cársica do relevo. A paisagem da Serra de Sicó possui inigualáveis formas cársicas: lapiás, dolinas e canhões. O processo cársico que conduziu à elaboração destas formas e paisagens sui generis é um processo longo e complexo em que o Quaternário apenas representa uma porção muito reduzida do tempo total envolvido. Sabendo que na Serra de Sicó existe esta diversidade de formas cársicas surgiu-nos a seguinte questão problema: O que é um canhão? Como se caracteriza o canhão fluviocársico de Vale de Poios? Para dar resposta a estas questões definiram-se os seguintes objetivos: identificar paisagens geológicas, caracterizar o canhão fluviocársico de Vale de Poios e reconhecer os contributos dos agentes de alteração/erosão na sua formação. O projeto foi elaborado em espaço extracurricular e seguiu a metodologia de trabalho de projeto. Na elaboração do trabalho foram utilizadas estratégias diversas, como: pesquisa de bibliografia e endereços específicos na Internet, leitura e interpretação da Carta Militar de Portugal, folha n.º 262 – Redinha (Pombal), e saída de campo ao canhão de Vale de Poios. Um canhão fluviocársico é um vale profundo e estreito, de vertentes subverticais, com funcionamento hidrológico dependente da posição do aquífero cársico. O canhão de Vale de Poios é um canhão escavado nos calcários do Bajociano (Jurássico Médio) da Serra de Sicó, com uma fauna selvagem pouco comum como: o bufo-real, o peneireiro e o andorinhão-real (Apus melba). Constitui um dos maiores canhões fluviocársicos portugueses e é formado por grandiosas escarpas, que outrora a água escavou e modelou. Carateriza-se por um encaixe da ordem das duas centenas de metros com vertentes, grosseiramente convexas, em resposta à diferenciação litológica e, uma morfologia em que se distinguem setores perfeitamente verticais, por vezes, com alturas de 30 a 40 metros, perfurados por buracas e pequenas lapas que, estão associadas às cascalheiras que cobrem os setores convexos com menos declive. No Vale dos Poios existem vestígios de ocupação humana no período do Paleolítico. Estes vestígios demonstram que o vale serviu de comunicação pré-histórica entre a Serra de Sicó e as planícies do litoral. A inacessibilidade destas paredes rochosas quase verticais faz deste, um local ermo, visitado pelos praticantes de escalada ou por aqueles que, procuram um contato próximo com a Natureza, com a realização de percursos pedestres, como o que realizámos.

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CORRELAÇÕES ESTRATIGRÁFICAS BACIA LUSITANIANA

Francisco Albano, Diana Gonçalves, João Marcelino, Francisca Matos

Colégio da Rainha Santa Isabel

Rua do Brasil nº41, 3030-175 Coimbra

12.º Ano, Turmas A1 e A3

Palavras-chave: Baixo Mondego; Cenomaniano; Formação dos Calcários de Tentúgal; Turoniano. A Bacia Lusitaniana é uma bacia sedimentar que se desenvolveu na Margem Ocidental Ibérica durante parte do Mesozoico. A sua evolução tectono-sedimentar enquadra-se no contexto da fragmentação da Pangeia e consequente abertura do Atlântico Norte. Uma correlação estratigráfica é uma comparação de secções estratigráficas, de um intervalo de tempo semelhante, estabelecendo a equivalência entre os níveis ou superfícies de estratificação reconhecíveis em cada uma delas, com base no seu conteúdo fóssil e fácies. Este trabalho tem como principais objetivos apresentar as diversas correlações existentes entre regiões da Bacia Lusitaniana, tendo em conta processos de litocorrelação, biocorrelação e cronocorrelação; perceber o modo como se relacionam e aprofundar o nosso conhecimento sobre a bacia e em particular sobre a região de Tentúgal que se enquadra na região do Baixo Mondego, ao longo das vertentes da margem direita do vale fluvial que medeia entre Coimbra e Figueira da Foz. Do ponto de vista estratigráfico e paleobiológico, a área localiza-se numa região em que a maioria das unidades aflorantes são constituídas por sucessões de rochas sedimentares de idade cretácica, com destaque para o corpo carbonatado do Cenomaniano-Turoniano (Calcários de Tentúgal). Para a realização deste trabalho foi utilizada informação recolhida, in loco, na Pedreira de Casal de Carecos em Tentúgal, e pesquisas bibliográficas. O grupo concluiu que estas extensas formações carbonatadas da Bacia Lusitaniana se originaram em consequência da grande transgressão marinha do Cenomaniano que levou à inundação da margem continental oeste da Ibéria, e consequente instalação de uma plataforma carbonatada entre as regiões de Aveiro, Lisboa e Coimbra. Os calcários estudados na Pedreira de Casal dos Carecos, em concreto as camadas B,C,D,E e F, registam o apogeu de um dos principais ciclos de sedimentação do Mesozoico português, durante o qual o domínio marinho se estendeu à totalidade da Estremadura e Beira Litoral.

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PALEOGEOGRAFIA TRANSGRESSÃO E REGRESSÃO CENOMANIANA

Francisca Gonçalves, Joana Lourenço, Inês Pinheiro, Elsa Reis Carneiro

Colégio da Rainha Santa Isabel

Rua do Brasil nº41, 3030-175 Coimbra

12.º Ano, Turma A1

Palavras-chave: Cenomaniano; Orla Meso-Cenozoica Ocidental; Paleogeografia; Plataforma carbonatada; Transgressão marinha. Parte da Geologia de Portugal está relacionada à evolução da margem oeste da Ibéria, desde que, há mais de 200 Ma., se começou a formar o proto Atlântico por fraturação da Pangeia. Muitos destes acontecimentos estão registados nas rochas da Orla Meso-Cenozoica Ocidental. Esta unidade atinge mais de 4500m de espessura de rochas carbonatadas e detríticas, marinhas ou continentais, com idades compreendidas entre o Triássico (250 a 200 M.a.) e o Cretácico superior (100 a 66 M.a.), dispostas entre Aveiro e a Arrábida, o litoral e as regiões de Coimbra e Tomar. A sua história geológica relata a evolução sedimentar da Bacia Lusitânica e regista episódios de rifting e variações eustáticas, estas últimas caracterizadas por transgressões em que o mar ocupou áreas outrora emersas. Assim se passou no Cenomaniano (100 a 94 M.a.), quando o nível médio dos oceanos subiu mais de 200 m e a Europa meridional ficou reduzida a um conjunto de ilhas, num mar tropical com recifes de corais e rudistas, designado por Tétis. Neste intervalo ocorreu uma importante transgressão marinha no território português, em que o mar inundou a Beira Litoral e a Estremadura. A paleolinha de costa recuou até próximo de Coimbra, Tomar e Setúbal, e formou-se uma extensa plataforma pouco profunda com sedimentação carbonatada. A fauna marinha era extremamente abundante e diversificada e, por isso, as rochas desta idade são muito fossilíferas, contendo amonites (Vascoceras), gastrópodes (Tylostoma), bivalves (Exogyra) e equinídeos (Hemiaster). Existiam também muitas áreas recifais com rudistas (Caprinula), dispostas entre as regiões de Lisboa e de Leiria. A evolução desta plataforma carbonatada durante o ciclo de transgressão-regressão do Cenomaniano é ilustrada através de esboços paleogeográficos.

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À DESCOBERTA DO BAIXO MONDEGO TECTÓNICA E LITOESTRATIGRAFIA

Carolina Canha, Patrícia Chula, Andreia Mendes

Colégio da Rainha Santa Isabel

Rua do Brasil, n.º 41, 3030-175 Coimbra

12.º Ano, Turma A2

Palavras-chave: Baixo Mondego; Cretácico; Litostratigrafia; Pedreira dos Carecos; Tectónica. Neste trabalho pretendemos relacionar as camadas observadas na Pedreira dos Carecos (Tentúgal) com a litologia da região do Baixo Mondego, associada à Bacia Lusitaniana. A Bacia Lusitaniana é uma bacia sedimentar que se desenvolveu na Margem Ocidental Ibérica (MOI) durante parte do Mesozoico. A sua dinâmica enquadra-se na abertura do Atlântico Norte. Desde o Pérmico, a Ibéria encontrava-se solidária com continente Norte-Americano. A partir do Triásico, por estiramento litosférico progressivo, acabou por ocorrer rotura crustal, e oceanização no final do Cretácico Inferior. A partir do final do Cretácico, com a migração para norte da Placa Litosférica Africana, a Ibéria passou a estar submetida a um regime tectónico compressivo/transpressivo, com consequente reativação inversa das suas estruturas. Estas interações foram responsáveis por uma evolução da MOI, onde se encontra a Bacia Lusitaniana, separada por um relevo estrutural, o horst da Berlenga. Durante o Cretácico Inferior, a Bacia Lusitaniana foi influenciada pelos diferentes episódios de abertura do Atlântico. Deste modo, a sucessão completa dos depósitos deste período encontra-se organizada em ciclos transgressivos-regressivos, apresentando maioritariamente sedimentação com carácter fluvial. Contudo, destaca-se também a existência de um corpo carbonatado de idade Cenomaniana-Turoniana, rico em fósseis de invertebrados marinhos e tradutor de paleoambientes de plataforma carbonatada. Através da visita de campo à pedreira dos Carecos, e após alguma investigação, observámos que a região é constituída por unidades aflorantes com sucessões de rochas sedimentares de idade Cretácica, com destaque para o corpo carbonatado do Cenomaniano-Turoniano, da Orla Meso-Cenozoica Ocidental Portuguesa, marcado em diversos afloramentos da margem direita do Rio Mondego. Em suma, a pedreira é parte integrante da grande plataforma carbonatada que colmata as séries de rifting da Bacia Lusitaniana.

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LITOSTRATIGRAFIA DO CENOMANIANO-TURONIANO DE TENTÚGAL (COIMBRA)

Catarina Costa, Ana Filipa Rato, Maria Inês Rodrigues, Teresa Santos

Colégio da Rainha Santa Isabel

Rua do Brasil, n.º 41, 3030-175 Coimbra

12.º Ano, Turma A2

Palavras-chave: Formação estratigráfica; Fósseis estratigráficos; Litostratigrafia; Regressão marinha; Sequência de litótopos; Transgressão marinha. No âmbito da disciplina de Geologia 12º ano, enquadrado no capítulo “A medida do tempo e a História da Terra” realizámos uma saída de campo à pedreira (recentemente inativada) do Casal do Carecos, na freguesia de Tentúgal, em Coimbra. O trabalho de campo efetuado, centrou-se em conteúdos de litostratigrafia - ramo da estratigrafia que tem por finalidade a descrição e organização sistemática das rochas em unidades básicas (formações), a partir das suas características litológicas (litofácies), organização sequencial, espessura, geometria e relações estratigráficas. Através da litostratigrafia, pretendemos estudar e compreender a evolução geológica de uma dada região, na medida em que as formações constituem registos sedimentares de paleoambientes e da evolução paleogeográfica, durante um determinado intervalo temporal. Neste sentido, procurámos caracterizar detalhadamente os níveis A, B, C, D, E/F, que afloram na região da pedreira (caracterizados por Paul Choffat no século XIX). Por outro lado, procurámos também identificar os fósseis recolhidos, que, por estarem presentes num determinado nível nos ajudam a definir e caraterizar idades e ambientes registados no corpo sedimentar. No entanto, a litostratigrafia só atinge os seus objetivos quando reconstitui a sucessão relativa de acontecimentos ocorridos e registados ao longo do tempo geológico numa dada região. Este foi o nosso principal objetivo ao realizarmos a saída de campo e o posterior trabalho de pesquisa e de síntese, pois através deste, percebemos que do nível A para o nível B, na passagem do Cenomaniano médio para o superior, ocorreu uma transgressão marinha e do nível C (fase máxima da transgressão) para o nível D apercebemo-nos da ocorrência de uma regressão marinha, principalmente através da identificação de fósseis de fácies nestes dois níveis, dado que os diferentes níveis possuem características litológicas muito semelhantes.

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BIOESTRATIGRAFIA

Mariana Aguilar, Nuno Almeida, Teresa Araújo, Beatriz Caetano

Colégio da Rainha Santa Isabel

Rua do Brasil, n.º 41, 3030-175 Coimbra

12.º Ano, Turma A2

Palavras-chave: Bioestratigrafia; Biozona; Fósseis; Geologia; Paleontologia. Este trabalho foi realizado no âmbito da disciplina de Geologia do 12.º ano com a finalidade de ser apresentado no IX Congresso dos Jovens Geocientistas da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, que decorrerá no dia 7 de março de 2014. O intuito deste trabalho é, através da observação e descrição de fósseis, inferir aspetos do paleoambiente sedimentar e da idade relativa do registo constituído pela sucessão estratigráfica exposta na pedreira do Casal dos Carecos, situada em Tentúgal (Coimbra). Para além disso, pretendemos identificar os fósseis recolhidos na pedreira e que estão associados a episódios de transgressão e regressão marinhas que ocorreram durante o Cenomaniano. Desta atividade prática ficou evidente que um fóssil é o resto de um ser vivo ou vestígios da sua atividade e que os fenómenos de fossilização são compatíveis com o ambiente de anaerobiose, onde ocorre uma sedimentação rápida e dominada por materiais de grão fino. Para que a chance de fossilizar seja maior, o ser vivo deverá apresentar partes duras na sua constituição. Para a realização deste estudo científico, recorremos à recolha de fósseis (com o auxilio de um mapa geológico e de um martelo de geólogo). Posteriormente, no laboratório, procedemos à sua limpeza, análise, identificação e descrição, tendo como base estudos e artigos sobre paleontologia. Assim, na camada A (sensu Choffat, 1900), constituída por arenitos, não encontrámos qualquer vestígio de fósseis. Durante a transgressão, iniciada no Cenomaniano Médio (correspondente à camada B) e terminada no Cenomaniano Superior (camada D), identificámos diversos fósseis estratigráficos tais como Neolobites vibrayeanus, Mecaster scutiger e Neithea (N.) hispânica, pertencentes à Biozona de amonites definida pelo primeiro destes taxa. Iniciada a regressão marinha (camadas E e F) ocorreu uma diminuição da frequência de fósseis, dada a mudança do ambiente e consequente alteração dos litótipos. Apesar disso, recolhemos alguns exemplares da espécie Tylostoma ovatum. Em suma, a concretização deste trabalho permitiu-nos relacionar o conteúdo fossilífero e litológico da região, enquadrando-o num regime de transgressão marinha.

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PALEOECOLOGIA DO CENOMANIANO-TURONIANO EM TENTÚGAL (COIMBRA)

Diana Alves, Maria Cunha, Carlota Mateus, Joana Reis

Colégio da Rainha Santa Isabel

Rua do Brasil, n.º 41, 3030-175 Coimbra

12.º Ano, Turma A2

Palavras-chave: Biostratigrafia; Fóssil de fácies; Paleoambiente; Paleoecologia; Transgressão/Regressão Marinha. No âmbito da disciplina de geologia do 12º ano, foi realizado um trabalho de campo com o objetivo de aplicar conteúdos conceptuais e procedimentais da disciplina, especificamente de biostratigrafia e reconstituição de paleoambiente. Na pedreira Beiraterra em Tentúgal, observámos sequências descritas por P. Choffat, com elevado conteúdo fossilífero, podendo ser utilizadas na reconstituição da paleoecologia da região. Deste modo, efetuámos a recolha de fósseis de idade cenomano-turoniana, concretamente bivalves, ostreídeos, amonoides e equinídeos. Estes fósseis estão organizados numa ordem gradativa vertical, em relação aos estratos que se inserem, tornando possível a definição de biozonas nos níveis “A” a “F”, aflorantes na região de Tentúgal. Concluímos, portanto, que face à constituição litológica dos níveis, a quantidade e diversidade de fósseis encontrados em zonas com alta componente detrítica é reduzido (níveis “A” e “E/F”); no nível “D” de Choffat, os restos paleontológicos encontram-se fragmentados, dificultando a sua identificação, ao contrário dos níveis “B” e “C”, que apresentam conteúdo fossilífero abundante, sendo este último formado por calcários margosos nodulosos, a que corresponde uma fácies marinha profunda. Reconstituindo os paleoecossistemas do cretácico superior, depreendemos a ocorrência de uma transgressão marinha, seguida, naturalmente, de uma regressão marinha, evidenciada não só pela fácies deduzida da observação dos fósseis, mas também pelos litótipos, atendendo especialmente à sua componente detrítica. Em suma, a observação, recolha e estudo dos materiais geológicos, permitiu-nos a reconstituição da paleoecologia do Cenomano-Turoniano da região de Tentúgal, recorrendo sobretudo a fósseis de fácies.

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GEOLOGIA AMBIENTAL

Daniel Azevedo, Diniz Azevedo, Ricardo Peralta, Ricardo Vieira

Colégio da Rainha Santa Isabel

Rua do Brasil, n.º 41, 3030-175 Coimbra

12.º Ano, Turma A1

Palavras-chave: Ambiente; Contaminação; Geologia; Prevenção. No âmbito da disciplina de Geologia, o nosso grupo tentou estudar o impacto da pedreira do Casal dos Carecos no meio ambiente. Para tal visitámos a pedreira, para identificar os problemas lá presentes. Depois de fazer uma análise e de recolhermos os dados necessários descobrimos que os principais impactos da pedreira são: 1) a poluição do ar através durante a utilização de explosivos que promovem a formação de poeiras e gases nocivos; 2) o aumento da erosão dos terrenos causados pela destruição da cobertura vegetal que diminui a coesão dos solos; 3) a contaminação de redes fluviais e aquíferos devido à presença de águas ácidas formadas devido à lixiviação de metais tóxicos como o zinco, alumínio, cobre e crómio presentes nas escombreiras; 4) a baixa coesão das escombreiras podem provocar deslizamentos de materiais; 5) degradação da paisagem. Alguns destes factos são consequência do abandono das pedreiras no término das explorações mineiras. Este facto ainda contribui para a utilização destes locais como lixeiras. Para solucionar estes problemas, é necessário a implementação de medidas como: a utilização de programas de manutenção de pedreiras, plantação de vegetação nas zonas da pedreira de modo a promover um aumento da coesão dos solos, a impermeabilização das zonas de escombreiras de modo a impedir a lixiviação de minerais tóxicos por parte da água da chuva, implementação de sistemas de redução na emissão de poeiras, armazenamento de materiais poluentes em locais adequados.

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ENCERRAMENTO DE PEDREIRAS: PROBLEMÁTICAS ECONÓMICAS ASSOCIADAS

José Matias Bernardes; Maria Teresa Pinto dos Santos; João Francisco Quelhas;

Maria João Redondo

Colégio da Rainha Santa Isabel Rua do Brasil nº41, 3030-175 COIMBRA

12.º Ano, Turma A2

Palavras-chave: Aplicações; Arenito; Custo; Economia; Geologia. A extração de areias é de grande importância para o desenvolvimento social e económico, mas é também responsável por impactes ambientais negativos, alguns mesmo irreversíveis. Na Pedreira de Casais de Carecos (Tentúgal), atualmente encerrada, era feita a exploração de arenitos com o objetivo de uso de matérias para a construção civil, porém as areias podiam ainda ter outras aplicações económicas, tais como: produção de vidros, pedras de isqueiros, entre outros. Podemos supor que a pedreira terá sido encerrada devido ao facto de atualmente não ser rentável a extração e venda de areia, consequência da crise económica que vivemos, o que fez diminuir a construção de habitações e de obras públicas. Durante o nosso trabalho de campo na pedreira verificámos a presença de vestígios da exploração nomeadamente a presença de escombreiras, charcos de água com cor escura, o que significa provavelmente que água se encontra poluída. Pressupomos que a limpeza por parte da empresa não tenha sido feita devido aos elevados custos desta, pois após pesquisa verificámos que, para aquela área, o custo desta operação poderá ascender aos cinquenta mil euros. Para investigarmos o material explorado usámos martelos para verificar a consistência das rochas, tirámos amostras e fizemos registos fotográficos para observação posterior. Em conclusão, a exploração de areias era feita na camada de arenitos e foi encerrada devido ao custo da sua exploração ser demasiado elevado para a atual fraca procura daquela matéria-prima, o que fazia com que o negócio não fosse rentável.

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APRENDE R GEOLOGIA NO COLÉGIO RAINHA SANTA ISABEL, EM

COIMBRA

Ana Luísa Rocha, Maria Oliveira, António Temido

Colégio da Rainha Santa Isabel

Rua do Brasil, n.º 41, 3030-175 Coimbra

11.º Ano, Turma A2

Palavras-chave: Arenitos do Triásico; Calcários dolomíticos; Materiais de construção; Rochas em afloramento. Com este trabalho pretendemos aprender sobre a Geologia do nosso Colégio e de uma parte de Coimbra. Como métodos: 1) observamos a paisagem (a geomorfologia); 2) as rochas em afloramento; 3) as rochas (materiais) usadas na construção do edifício; 4) fizemos fotografias da paisagem e das rochas e minerais em afloramento. Relativamente à geomorfologia, podemos observar uma perspetiva fabulosa do vale do Mondego, a encosta oposta e o património edificado, incluindo os monumentos. Do lado oposto, afloram também os calcários dolomíticos do Jurássico inferior. No Colégio, podemos observar os calcários dolomíticos nos muros e nas escadas do edifício. Podemos observar também arenitos, amarelados em alguns casos, em afloramento, do Triásico. Como materiais de construção foram usados calcários de Ançã (cujo mineral principal é a calcite, CaCO3) e calcários dolomíticos (cujo mineral principal é a dolomite, MgCa(CO3)2. Também é possível observar os estratos e a sua atitude (direção e pendor ou inclinação), a granulometria das rochas detríticas e a composição das fases das rochas (clastos, matriz e cimento). Os clastos são essencialmente de quartzo (mineral), de quartzito (rocha metamórfica regional, de baixo grau) e feldspato cor-de-rosa, alterado (mineral). A matriz apresenta a mesma composição dos clastos (apenas menor granulometria). O cimento é ferruginoso e, por vezes, dolomítico. A cor vermelha é devida à presença de hematite (Fe2O3) em pigmento. Podemos observar esta cor quando determinamos a risca da hematite. Podemos também relacionar as nossas observações com a História. Podemos, por exemplo, observar Os Conventos de Santa Clara a Velha e a Nova o Convento de Santa a Velha e os seus muros cor de dolomia (construídos por calcários e calcários dolomíticos). Podemos aprender muito de Geologia no átrio e nos muros e escadas do Colégio, dado que resultam da aplicação de recursos geológicos da região. Queremos dedicar este trabalho à nossa Professora de Biologia e Geologia.

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DEGELO DO ÁRTICO: AMEAÇAS E OPORTUNIDADES

Rafael Campos, Mariana Correia, Raquel Lopes, Rita Simões, Pedro Soares

Escola BI/JI Prof. Doutor Ferrer Correia

Rua Fonte dos Castanheiros, Senhor da Serra

9.º Ano, Turma G

Palavras-chave: Aquecimento; Ameaças; Degelo; Metano; Oportunidades. Na sequência da visualização do documentário “Uma verdade Inconveniente” procurámos aprofundar os nossos conhecimentos sobre o degelo do Ártico e as suas principais consequências. Para o efeito realizamos, nas aulas de geografia, pesquisas sobre o tema utilizando recursos bibliográficos e tecnológicos. A variação do volume de gelo no Ártico é, desde 1972, monitorizada via satélite pelo Centro Nacional da Neve e do Gelo dos Estados Unidos (NSIDC). Desde aquele ano, o recuo do gelo marítimo no Ártico já atingiu 50%, cerca de 12% por década, um recuo que se acelerou desde 2007, atingindo o máximo negativo em 2012 devido às temperaturas elevadas do verão no Hemisfério Norte. Apesar de em 2013 o degelo ter sido menor em comparação com o mesmo período do ano anterior, os glaciologistas estimam que estes resultados não indicam uma mudança a longo prazo dado que a maior parte do gelo é fina e mole, em contraste com o espesso banco de gelo do passado. O degelo do ártico constituirá um conjunto de oportunidades, assim como ameaças. De acordo com estudos realizados, verifica-se a libertação de gás metano em milhares de áreas árticas, proveniente de depósitos naturais de gás ou de carvão sob os lagos, o que poderá ter um impacto significativo nas mudanças climáticas globais, dado que o metano é o segundo gás mais causador do efeito estufa. A ocorrerem, estas mudanças poderão abrir depósitos congelados de metano que iriam aquecer ainda mais o planeta. Oceanos mais quentes podem acelerar o degelo da Gronelândia, o que contribuiria para a subida do nível médios das águas do mar e para mudanças na salinidade, que, por sua vez, poderiam alterar as correntes oceânicas que ajudam a controlar o clima. Por outro lado, o degelo facilita o acesso a recursos naturais como o gás e o petróleo, bem como as pescas, incentivando um aumento da atividade humana numa região já ameaçada e com um ecossistema frágil. Perante esta problemática, o Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUA) alertou, em 2013, para o risco de uma exploração desregrada dos recursos naturais do Ártico. O iminente desaparecimento do gelo oceânico no Ártico terá enormes consequências em termos climáticos, ambientais, economicos e sociais.

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TSUNAMIS EM PORTUGAL: UTOPIA OU REALIDADE

Cristiana Carvalho, João Martins, Inês Massa, Beatriz Simões, Bruno Simões,

Mónica Rodrigues

Escola BI/JI Prof. Doutor Ferrer Correia Rua Fonte dos Castanheiros, Senhor da Serra

9.º Ano, Turma G

Palavras-chave: Falha submarina; Litoral; Portugal; Sismo; Tsunami. O litoral português tem sido, recentemente, fustigado por uma intensa agitação marítima, provocando danos em vários pontos da orla costeira. O nosso trabalho surge da necessidade de investigarmos a probabilidade das zonas costeiras portuguesas serem atingidas por um tsunami, como o que ocorreu em 1755, na sequência de um sismo de grande magnitude, e que inundou a baixa de Lisboa. Na costa portuguesa o risco de ocorrência de tsunamis é considerado reduzido. No entanto, ocorreram tsunamis nos anos 60 a.C., 380 d.C., em 1531, em Lisboa, em 1722, em Tavira e em 1755, em Lisboa. Na sua maioria, foram causados por sismos submarinos gerados na complexa fronteira de placas tectónicas que vai desde as ilhas dos açores até ao estreito de Gibraltar. As falhas que podem gerar grandes tsunamis em Portugal e no Atlântico Nordeste são as falhas do Marquês de Pombal (FMP), da Ferradura (FF), do Banco de Portimão (FBP), do Banco de Gorringe (FBG), e a falha da Planície Abissal do Tejo (FPAT). Por sua vez, as áreas costeiras mais expostas às ondas gigantes criadas por um sismo no mar são o Algarve, nomeadamente, Sagres e a Costa Vicentina, a Área Metropolitana de Lisboa e a costa Oeste até Peniche. As consequências da ocorrência, nos dias de hoje, de um tsunami como o de 1755, seriam catastróficas dado que um terço da orla costeira de Portugal Continental está ocupada por portos, habitações, turismo ou indústria, e nela habita cerca de 76 por cento da população portuguesa. Ao longo da realização desta pesquisa, analisámos vários documentos que mencionam que “possibilidade de acontecer um tsunami em Portugal é real". No início de 2014, no âmbito de um projeto europeu, liderado por Portugal, vão ser desenvolvidas ferramentas informáticas de avaliação do risco e para melhorar a identificação dos mecanismos geradores de tsunami na sua origem e as capacidades de deteção e de alerta precoce na região.

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DIFRACÇÃO DE RAIO X E GEOLOGIA FORENSE

Miguel Barneto, João Filipe, Miguel Leitão

Escola Secundária c/3º Ciclo de Amato Lusitano Avenida Pedro Álvares Cabral, 6000-805 Castelo Branco

12.º Ano, CT1

Palavras-chave: Difração de Raios X; Estrutura Mineralógica; Geologia forense; Investigação Criminal; Lei de Bragg; Portugal. Os raios X são radiações eletromagnéticas muito energéticas com um comprimento de onda de aproximadamente 10

-10 metros e frequência na ordem

de 1018

hertz. Para além da capacidade ionizante devido à sua elevada energia, a radiação X tem um elevado poder de penetração. Tem, por isso, grande utilidade na sociedade atual em áreas como medicina, indústria, segurança e na geologia particularmente na identificação estruturas mineralógicas. A difração de raios X (DRX), baseada na Lei de Bragg, é uma técnica que usa a radiação X na identificação de materiais geológicos a partir da sua estrutura cristalina. A geologia forense aplica os conhecimentos geológicos à investigação criminal. Neste ramo da Geologia realizam-se recolha, análise e comparação de materiais geológicos e seus derivados (solos, rochas e minerais) provenientes de peças de vestuário, cadáveres, veículos automóveis, com os existentes no local do crime, possibilitando, assim, associar, ou não, o crime a uma dada localização espacial. A Geologia Forense utiliza a DRX na análise e identificação mineralógica. Em cada local existe uma diferente associação de materiais geológicos, cada um constituído por minerais específicos que possuem estruturas mineralógicas características. A DRX poderá ser usada na identificação de partículas minerais em sedimentos recolhidos comparando-os com amostras de solo, podendo assim identificar lugares essenciais ao desenvolvimento de investigações criminais. Em Portugal, ao contrário de países como a França, Reino Unido e Estados Unidos da América, a geologia forense encontra-se numa fase inicial. Contudo, estão a ser dados os primeiros passos por algumas entidades científicas através do desenvolvimento de alguns projetos, nomeadamente a criação de uma base de dados com as características mineralógicas de sedimentos e solos de Portugal Continental, a aplicar na investigação criminal.

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VARIAÇÃO ANUAL DO ÂNGULO DE INCIDÊNCIA DOS RAIOS SOLARES E O SEU APROVEITAMENTO ENERGÉTICO

Mariana Barata, Rita Ferreira, Inês Lopes

Escola Secundária c/3º Ciclo de Amato Lusitano

Avenida Pedro Álvares Cabral, 6000-085 Castelo Branco

12º Ano, CSE

Palavras-chave: ângulo de incidência; aproveitamento de energia; energia solar; estaca; sombra. Existe uma relação entre o ângulo de incidência (ângulo que a radiação solar faz com a superfície da Terra) e a quantidade de energia solar recebida. O objetivo deste trabalho incide na descoberta dessa relação. É sabido que quanto maior for o ângulo de incidência, maior será a quantidade de energia solar recebida. De forma a obter esta relação, foram efetuadas medições do comprimento da sombra projetada por uma estaca de madeira de 1,05 metros. Estas medições foram realizadas entre o dia 10 de Outubro de 2013 e o dia 20 de Dezembro de 2013, em dia de céu limpo e permitiram, através de uma relação entre o comprimento da sombra projetada pela estaca e a altura da mesma, saber a amplitude do ângulo de incidência. A quantidade de energia solar recebida irá ter um pico máximo entre o Equinócio da primavera e o Equinócio de outono, porque neste período de tempo, os raios solares vão progressivamente atingindo o território português com menor inclinação, pois aquando do Solstício de Junho, os raios solares incidem na perpendicular do trópico de Câncer. Mas também, o facto de os dias terem maior duração afeta a quantidade de energia solar recebida e consequentemente, irá haver maior rendimento na produção de energia solar e no aquecimento das águas.

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OZONO TROPOSFÉRICO EM CASTELO BRANCO

Ana Domingos, Vanessa Gonçalves, Sofia Graça, Maria Vicente

Escola Secundária c/3º Ciclo de Amato Lusitano Avenida Pedro Álvares Cabral, 6000-085 Castelo Branco

9.º Ano, Turma B

Palavras-chave: Castelo Branco; Fluxo de trânsito; Ozono troposférico. Este trabalho é o culminar de um estudo minucioso que exigiu uma investigação teórica e uma reflexão profunda sobre medição do ozono troposférico na Praça Rainha D. Leonor em Castelo Branco. Foram analisados neste trabalho o ozono num espaço de circulação com grande fluxo de tráfego automóvel. A fita química sensível à presença de ozono foi exposta ao ar livre durante uma hora, após o que foi inserida no sensor que procede à sua leitura. Este procedimento decorreu entre as 14:00 e as 15:00 horas do dia 8 de janeiro, por ser a altura do dia em que, geralmente, se atingem as temperaturas mais elevadas. A medição determinou a presença de 21 partes de ozono por bilião de volume (ppbv) o que equivale a 42 µm/m³. De acordo com a legislação, o valor obtido indicia que este poluente não representa, em Castelo Branco, risco para a saúde humana.

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AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS DE ACIDEZ DA PRECIPITAÇÃO DA BEIRA INTERIOR SUL

José Coelho, Jaime Costa, Gonçalo Fernandez

Escola Secundária c/3º Ciclo de Amato Lusitano

Avenida Pedro Álvares Cabral, 6000-085 Castelo Branco

12.º Ano, CT1 e CT2

Palavras-chave: Beira interior sul; Níveis de acidez; Precipitação. O distrito de Castelo Branco está situado no interior da zona centro de Portugal continental área que, apesar de pouco povoada e com pouca atividade industrial, não está livre da ameaça da poluição. Como tal, propusemo-nos avaliar a acidez da precipitação na Beira Interior Sul. Devido à combustão dos chamados combustíveis fósseis, são libertados gases nocivos para a atmosfera. Devido ao facto de permanecerem mais tempo na atmosfera, reagem com o vapor de água aí presente, dando origem à formação de ácidos, tais como o ácido sulfúrico e o ácido nítrico. Devido à presença destes ácidos, o pH da chuva baixa para valores inferiores a 5,5. Aquando da ocorrência de precipitação, recolhemos uma amostra da mesma num recipiente previamente lavado com água destilada. Em seguida efetuámos a medição do pH, utilizando o sensor. Após realizada a medição, registámos os valores obtidos (pH, temperatura e data). Assim, foi possível verificar que os valores obtidos, durante o mês de dezembro, em Cebolais-de-Cima, assumiram em média valores a rondar os 6.21. Já em Janeiro, provavelmente devido à deslocação de gases nocivos, o pH da chuva atingiu valores de pH mais ácido; 5,34. Em Idanha-a-Nova, os valores nos dois meses de medição, mantiveram-se sempre elevados, mostrando desta forma que os níveis de poluição atmosférica presentes nesta zona não são de caracter elevado.

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AVALIAÇÃO COMPARATIVA DA QUALIDADE DA ÁGUA DO RIO ZÊZERE A MONTANTE DE MANTEIGAS E NA SUA

CONFLUÊNCIA COM O RIO TEJO

Mariana Amaral, Inês Duarte, Ana Gil

Escola Secundária c/3º Ciclo Amato Lusitano Avenida Pedro Álvares Cabral, 6000-085 Castelo Branco

12.º Ano, Turma CT1

Palavras-chave: Análises; Físico-Química; Microbiologia; Qualidade; Zêzere. O Rio Zêzere é o segundo maior rio exclusivamente português. Nasce na Serra da Estrela e conflui com o rio Tejo a oeste de Constância, após um curso de cerca de 200 quilómetros. Este projeto consistiu na realização de uma avaliação comparativa da água do rio Zêzere a montante de Manteigas – próximo da nascente - e na sua confluência com o rio Tejo. Para tal recolhemos duas amostras para posterior análise: uma na nascente, em Manteigas, e outra em Constância, onde se localiza a foz, com material esterilizado. Seguidamente, procedemos à análise de parâmetros microbiológicos e físico-químicos nas amostras de água. Dos parâmetros físico-químicos constam o pH, o alumínio, a dureza total, os nitratos, os nitritos, o ferro, os sulfatos e o manganês; e nos parâmetros microbiológicos determinámos o número de colónias de coliformes totais, coliformes fecais, Escherichia coli e estreptococos fecais. Analisando os resultados podemos concluir que o número de colónias presentes na água recolhida na nascente é menor do que na foz. Por outro lado, nas análises físico-químicas observamos que na foz a maioria dos resultados se encontra mais próximo dos valores máximos do que na nascente. Assim, podemos concluir que na nascente a água se apresenta com valores de poluição biológica significativamente menores do que na foz.

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INFLUÊNCIA DA PAVIMENTAÇÃO E COBERTURA DO SOLO NA VARIAÇÃO TÉRMICA VERIFICADA NO INTERIOR DA CIDADE

DE CASTELO BRANCO

Ana Dias, Sara Marques, Rita Rodrigues

Escola Secundária c/3º Ciclo de Amato Lusitano Avenida Pedro Álvares Cabral, 6000-085 Castelo Branco

12.º Ano, Turmas CT1 e CT2

Palavras-chave: Pavimentação; Temperatura; Variação Térmica. A análise das temperaturas medidas em diferentes pontos da cidade de Castelo Branco foi necessária para se avaliar a possível influência da pavimentação nas variações térmicas em áreas urbanas. A literatura científica informa-nos que a pavimentação, tal como outros fatores, contribui para as variações térmicas no interior de um espaço urbano. Tendo isto em conta, procedemos à realização de medições com o intuito de corroborar ou contrariar esta informação. Os resultados foram obtidos com base em medições feitas diariamente, a diferentes horas do dia, em seis locais da cidade de Castelo Branco com grande afluência. A temperatura foi medida em graus Celsius e a uma altura de 1,50 metros, em relação ao solo. Estas leituras foram feitas em locais com calçada de calcário, granito e betão com coberturas que variam entre a vegetação, espaço aberto e edifícios. A temperatura média obtida após as 94 medições foi de 10,73ºC. Em três dos seis pontos de medição (pontos 1, 2 e 4) a temperatura média foi superior em +0,1ºC, +0,02ºC e +0,27ºC, respetivamente. Relativamente aos pontos 1 e 2, tal poderá resultar de uma maior densidade de construção. No que se refere ao ponto 6 (Avenida Nuno Álvares), parece poder considerar-se que a temperatura média mais baixa poderá resultar da presença de duas densas faixas verdes laterais que tenderão a influenciar os registos, possivelmente em consequência de uma mais intensa evapotranspiração. Não se afigura possível, neste momento, estabelecer relações definitivas entre os tipos e caraterísticas de pavimentos e a variação das temperaturas.

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A IMPORTÂNCIA DA ENERGIA GEOTÉRMICA NO QUADRO DAS ENERGIAS RENOVÁVEIS

Catarina Lopes, Patrícia Martins

Escola Secundária c/3º Ciclo de Amato Lusitano Avenida Pedro Álvares Cabral, 6000-085 Castelo Branco

12ºAno, Turma CSE

Palavras-chave: Energias renováveis; Geotermia; Centrais geotérmicas; Bombas de calor; Produção de eletricidade. A energia geotérmica refere-se ao calor que provém da Terra, mais concretamente do seu interior. Hoje a maior parte da energia elétrica tem origem hídrica, nuclear, eólica ou da queima de combustíveis fósseis, como o carvão. Assume-se que a energia geotérmica possa vir a contribuir no futuro próximo de forma significativa para a produção de energia elétrica. Este trabalho aborda assim este tipo de energia no quadro das energias renováveis em Portugal. A energia geotérmica de baixa entalpia pode ser usada para climatização dos edifícios (temperatura entre 20 e 150ºC), diretamente ou através da utilização das bombas de calor, ou para produção de energia elétrica (temperatura> 150ºC). A sua utilização como recurso renovável, a capacidade de fornecer grandes quantidades de energia elétrica e de forma controlada bem como os reduzidos impactes ambientais negativos associados à sua exploração, tornam esta fonte de energia bastante atrativa. Como aspetos negativos citam-se a emissão de gases dissolvidos nas águas, em especial o sulfídrico, que pode provocar perturbações no Homem, se inalado em concentrações elevadas. No território continental, a sua utilização é principalmente em sistemas de aquecimento, enquanto nos Açores o uso é para produção de energia elétrica.

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CÁLCULO DA PEGADA DE CARBONO DA ESAL

Inês Frade, Francisco Romão, Cláudia Vaz

Escola Secundária c/3º Ciclo de Amato Lusitano Avenida Pedro Álvares Cabral, 6000-085 Castelo Branco

12.º Ano, Turma CSE

Palavras-chave: Automóvel; CO2; Efeito de Estufa; ESAL; Pegada.

A temática do nosso trabalho é a Pegada de Carbono da ESAL. Mais especificamente, a forma como a quantidade de CO2 emitida pelos veículos utilizados pelos alunos, professores e funcionários da ESAL, para as suas deslocações diárias para a escola, pode ter impacto no ambiente e em fenómenos como o efeito de estufa. Neste trabalho pretendemos calcular a quantidade de gramas de CO2 emitidas, por dia e por ano, pelas pessoas da ESAL no modo de transporte mais usado pelas mesmas, bem como mostrar que tal comportamento tem efeitos em fenómenos que afetam a Terra. Realizamos um inquérito a 1/4 dos alunos, 1/2 dos professores e 1/2 dos funcionários da ESAL, para saber o número de pessoas que usavam cada modo de transporte e o número de quilómetros realizados nas deslocações e elaboramos quadros para melhor compreensão dos dados obtidos. Então para calcular a pegada de carbono do uso de automóvel (transporte mais usado) da escola, multiplicamos o número respetivo de quilómetros por 130g (valor por cada quilómetro). Concluímos que por dia a pegada de carbono dos inquiridos é 568360g e por ano letivo é 90937600g de CO2. Estes valores brutais afetam, obviamente o ambiente, provocando um incremento significativo em fenómenos como o efeito de estufa e alterações no ambiente do planeta.

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POTENCIALIDADES DA ENERGIA SOLAR

Miguel Barroso, Margarida Coutinho, Francisco Lopes

Escola Secundária c/3º Ciclo de Amato Lusitano Avenida Pedro Álvares Cabral, 6000-085 Castelo Branco

12.º Ano, Turma CSE

Palavras-chave: Ângulo de Incidência; Energia Solar; Temperatura. Este trabalho tem como objetivo principal, a descoberta das potencialidades da energia solar evidenciando a importância do ângulo com que a radiação solar incide na superfície terrestre, o ângulo de incidência. A energia solar pode ser utilizada tendo como fim a produção de eletricidade ou para fins térmicos. Assim, o aproveitamento pode ser feito usando coletores solares térmicos que absorvem a radiação solar e aquecem a água que circula nos tubos ou os painéis fotovoltaicos que por serem constituídos por células solares, absorvem a radiação solar excitando os fotões que se movimentam, formando desta forma, uma corrente elétrica que poderá ser usada pelos proprietários e vendida à rede, a que não for usada. Para a realização deste estudo, procedeu-se à medição, ao longo do dia, de hora a hora, do comprimento da sombra de uma vara de 1 metro. Na mesma altura, registava-se também a temperatura. Após o registo do comprimento da sombra ao longo do dia, procedeu-se ao cálculo do ângulo de incidência, utilizando os valores do comprimento sombra da vara. Isto permitiu-nos concluir que a uma diminuição do comprimento da sombra da vara, corresponde um aumento do ângulo de incidência. Os valores de temperatura registados têm um comportamento análogo aos do angulo de incidência, ou seja, quando o ângulo de incidência aumenta, a temperatura também aumenta. Isto permite-nos concluir que quanto maior o ângulo de incidência, maior a quantidade de energia recebida na superfície e consequentemente maior será a temperatura.

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ANÁLISE FÍSICA, QUÍMICA E MICROBIOLÓGICA DA ÁGUA DO RIO PONSUL

Inês Claudino, Rodrigo Pombo, Catarina Roque

Escola Secundária c/3º Ciclo de Amato Lusitano Avenida Pedro Álvares Cabral, 6000-085 Castelo Branco

12.º Ano, Turma CT1

Palavras-chave: Água; Análise; Ponsul; Qualidade; Rio. O rio Ponsul localiza-se no distrito de Castelo Branco. A sua nascente situa-se na Serra do Ramiro (Concelho de Idanha-a-Nova - 604 m de altitude) e a sua confluência com a margem direita do rio principal ocorre nas proximidades da localidade de Monte Fidalgo (Concelho de Castelo Branco - 114 m de altitude). Sendo que a sua água percorre um território em que a atividade agrícola é significativa e considerando que as suas águas também se integram nas redes de abastecimento público e de regadio procurámos avaliar variação das características físicas, químicas e bacteriológicas da água do rio Ponsul ao longo do seu percurso. Com a finalidade de se analisar a água que corre no rio dirigimo-nos aos três locais distintos. Analisando os resultados obtidos nas três amostras verificamos que a nível físico-químico os valores das amostras entre a nascente (amostra 1) e a foz (amostra 3) aumentam ao longo do percurso excetuando no ferro e no manganês em que os valores se mantêm iguais. A amostra 2 possui teores de nitratos e cloretos inferiores aos da amostra 1. Em termos microbiológicos a amostra 1 é a que possui menor Coliformes totais sendo que esta bactéria vai aumentando o seu número ao longo do leito do rio, o mesmo não se verifica no Estreptococos fecais e no Coliformes fecais. Estes apresentam níveis mais elevados na amostra 2. Isto poderá ser motivado pelo facto de a amostra 2 ter sido recolhida na Barragem Marechal Carmona onde a água está “parada”.

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O EFEITO DE ESTUFA CÁLCULO DA PEGADA DIÁRIA DE DIOXIDO DE CARBONO

DOS ALUNOS DO 9ºANO

Maria Varanda, Mónica Martins, Vladimir AKimov, Yulia Kondriyeva

Agrupamento de Escolas Amato Lusitano Avenida Pedro Alvares Cabral, 6000-085 Castelo Branco

9.º Ano, Turma A e B

Palavras-chave: Aquecimento; Atmosfera; CO2; Estufa; GEE. Este trabalho aborda o tema do Efeito de Estufa, para o ficar a conhecer melhor, descobrir alguns factos e informar as outras pessoas sobre este fenómeno muito falado hoje em dia. Iremos falar na sua origem, estado e as causas do seu agravamento. Para investigar iremos utilizar as seguintes fontes: Internet e livros. Apresentará os resultados de um estudo que se realizou para calcular a “pegada diária de CO2” dos alunos do 9º ano da Escola Amato Lusitano, Castelo Branco. O estudo constou do tratamento dos resultados obtidos num inquérito que foi realizado a estes alunos. Calculou-se aproximadamente o valor de emissão de CO2 (dióxido de carbono) na atmosfera, por dia e por ano por cada aluno. O CO2 é um dos gases que mais efeito tem no agravamento do efeito de estufa hoje.

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A ATIVIDADE HUMANA E A OCORRÊNCIA DE CHUVAS ÁCIDAS

Ana Barreto, Cristiana Batista, Gonçalo Morgado, Carolina Ramalho

Escola Secundária c/3º Ciclo de Amato Lusitano Avenida Pedro Álvares Cabral, 6000-085 Castelo Branco

9.º Ano, Turmas A e B

Palavras-chave: Chuva Ácida; CO2; pH.

As chuvas ácidas resultam da excessiva concentração atmosférica de compostos ricos em enxofre e azoto, a qual é causada pela emissão de poluentes químicos, que são despejados na atmosfera diariamente. A incidência deste fenómeno acentuou-se após a Revolução Industrial. Na verdade, e como é do conhecimento geral, muitas indústrias e, sobretudo, o setor dos transportes utilizam essencialmente combustíveis de origem fóssil. Estes, após gerarem energia, emitem compostos químicos que, após integrarem reações químicas vão ocasionar a ocorrência das chamadas chuvas ácidas. Com este trabalho, pretendemos aprofundar um dos temas que vamos estudar na disciplina de Geografia, bem como averiguar o valor do pH da chuva que ocorre em Castelo Branco. Como a água da chuva já é naturalmente ácida devido à presença de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, que acaba por se dissolver nas gotículas, apenas se considera estar na presença de chuva ácida, motivada pela atividade humana, quando o seu pH é inferior a 5,6. Pelo facto de os ventos exercerem uma forte influência na circulação atmosférica, na maior parte dos casos nem são as principais áreas poluentes as que são mais afetadas. A elevada acidez da chuva motiva, frequentemente, a degradação de fachadas de edifícios e a corrosão de monumentos e estátuas, sobretudo quando são feitas de calcário. A acidificação dos solos determina uma diminuição de produtividade das plantas o que induz a redução da produção agrícola. A acidificação dos cursos de água e lagos motiva uma degradação, por vezes irreversível, dos ecossistemas aquáticos. No dia 9 de fevereiro de 2014, pelas 17:00 horas procedemos à medição do pH da precipitação que se verificava em Castelo Branco. Utilizando um sensor. A média dos mesmos foi de 7,15. Podemos considerar que, naquele momento, não se registava precipitação ácida na nossa cidade.

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GEOLOGIA DE COIMBRA. AS FORMAÇÕES DE LEMEDE E S. GIÃO

Ana Marques, Carolina Marques, Catarina Martins Adriana Santos

Escola Secundária com 3º Ciclo D. Dinis

Rua da Escola Secundária D. Dinis

12.º Ano, Turma A

Palavras-chave: Unidades Geomorfológicas; Formação; Margas; Calcários; Jurássico Inferior; Amonites. Com este trabalho pretendemos conhecer a geomorfologia e a geologia da região de Coimbra. Esta cidade situa-se no limite ente a Orla Meso-cenozoica e o Maciço Hespérico. Geologicamente estudámos as Formações de Lemede e de S. Gião (Jurássico Inferior; Duarte & Soares, 2002), as quais na região da nossa escola, correspondem aos anteriormente descritos Calcários Margosos do Loreto e Margas e Margo Calcários da Adémia, respetivamente (Soares et al., 1985). A Formação de Lemede é de idade Domeriano Superior – Base do Toarciano, assinalando-se uma sucessão de calcários margosos e micríticos, decimétricos, alternando com margas calcárias cinzentas, centimétricas. Individualiza-se pela componente bioclástica numa sucessão calcária mais grosseira para o topo. É rica em amonóides, belemnites, lamelibrânquios e braquiópodes, e destaca-se a abundância em Pleuroceras solare. A Formação de S. Gião, de idade Toarciano inferior-Toarciano superior, é uma unidade margo-calcária em toda a sua extensão lateral e vertical, subdividindo-se em cinco membros: Membro margo-calcários com fauna de Leptaena; Membro calcários nodulosos em plaquetas; Membro margas e calcários margosos com Hildaítes e Hildoceras; Membro margas e calcários margosos com bioconstruções de espongiários e o Membro Margas e margas calcárias com braquiópodes. Para a realização deste trabalho efetuámos pesquisas bibliográficas em documentos sobre a geomorfologia e geologia da região de Coimbra, utilizámos cartas topográficas da região e a Carta Geológica de Portugal, escala 1: 50 000, folha 19D, Coimbra-Lousã. Foi também muito importante, as saídas de campo, nas quais para além do estudo “in loco” das Formações, recolhemos amostras de rochas e fósseis para posterior análise em laboratório. Pensamos que foi muito importante a realização deste trabalho, pois contribuímos, juntamente com os outros grupos, que estudaram outras zonas de Coimbra, para o aumento dos nossos conhecimentos sobre a geologia da cidade em que vivemos.

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GEOLOGIA E GEOMORFOLGIA DE COIMBRA. AS FORMAÇÕES DE LEMEDE E DE S. GIÃO

Joana Cardoso, Gonçalo Pinto, Rui Rola, Ricardo Teles

Escola Secundária com 3º Ciclo D. Dinis

Rua da Escola Secundária D. Dinis

12.º Ano, Turma A

Palavras-chave: Bacia Lusitânica; Rochas carbonatadas; Formação de Lemede; Formação de S. Gião.

O objetivo deste trabalho centra-se no estudo da geomorfologia e geologia da cidade de Coimbra. Coimbra situa-se na Bacia Lusitanica, bacia sedimentar que se desenvolveu na Margem Ocidental Ibérica (MOI) durante grande parte do Mesozóico, e a sua dinâmica enquadra-se no contexto da fragmentação da Pangeia, nomeadamente da abertura do Atlântico Norte. Esta bacia é marginalizada pelo Maciço Hespérico, também designado por Maciço Antigo ou Soco. Coube ao nosso grupo realizar um estudo sobre uma área em questão, nomeadamente as Formações de Lemede e S. Gião, na região da nossa escola. Assim, estas formações podem ser encontradas no Loreto, Pedrulha e Adémia, tendo sido anteriormente designadas por Soares et al. (1985) como Calcários Margosos do Loreto e Margas e Margo-Calcários da Adémia. A Formação de Lemede é de idade Domeriano Superior – Base do Toarciano. Destaca-se uma sucessão de calcários margosos e micríticos, decimétricos, alternando com margas calcárias cinzentas, centimétricas. É uma unidade rica em amonites, belemnites, lamelibrânquios e braquiópodes. A Formação de S. Gião, de idade Toarciano inferior-Toarciano superior, é uma unidade margo-calcária em toda a sua extensão lateral e vertical, subdividindo-se em cinco membros (Duarte & Soares, 2002): Membro margo-calcários com fauna de Leptaena; Membro calcários nodulosos em plaquetas; Membro margas e calcários margosos com Hildaítes e Hildoceras; Membro margas e calcários margosos com bioconstruções de espongiários e o Membro margas e margas calcárias com braquiópodes. Para a realização deste trabalho efetuámos várias pesquisas bibliográficas em documentos fornecidos pelo nosso professor, e utilizámos a Carta Geológica de Portugal, escala 1: 50 000, folha 19D, Coimbra-Lousã. Foi um trabalho exaustivo, minucioso, mas muito útil para ficarmos a conhecer a geologia da cidade em que vivemos e em especial da área da nossa escola.

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GEOLOGIA DE COIMBRA. MACIÇO ANTIGO E GRUPO DE SILVES

Alexandre Crespo; André Lourenço; Bruna Pereira; Carla Pinheiro

Escola Secundária com 3º Ciclo D. Dinis

Rua da Escola Secundária D. Dinis

12.º Ano, Turma A

Palavras-chave: Geologia; Geomorfologia; Grupo das Beiras; Cristalofílico; Grupo de Silves Com este trabalho pretendemos conhecer a geologia da região de Coimbra nomeadamente as unidades geológicas do Maciço Antigo, na região sul de Coimbra, e o Grupo de Silves. Para isso realizámos uma saída de campo nas zonas da Portela do Mondego, Ceira, Conraria, Castelo Viegas e Marco dos Pereiros. No primeiro destacam-se o Grupo das Beiras, anteriormente designado por Complexo Xisto-Grauváquico e o Complexo Cristalofílico. O Grupo das Beiras apresenta as Formações do Caneiro e de Boque-Serpins. O Complexo Cristalofílico constitui uma unidade metamórfica, extremamente deformada, datada do Pré-câmbrico. Integrando o Grupo de Silves, temos a Formação da Conraria que terá sido originada no Triásico Superior. É constituída por duas subunidades. A subunidade inferior é constituída por arcoses e subarcoses muito grosseiras, conglomeráticas, imaturas de cor vermelha tijolo. A subunidade superior é constituída por areno-pelitos e pelitos laminados. A Formação de Castelo Viegas assenta sobre a Formação da Conraria. Ter-se-á formado nos finais do Triásico e início do Jurássico, respetivamente, Noriano-Retiano e Hetangiano. Esta formação apresenta 2 subunidades: a subunidade da base, de cor vermelha acastanhada, é constituída por arcoses e subarcoses grosseiras, a subunidade superior apresenta arcosarenitos grosseiros a muito grosseiros, esbranquiçados e/ou amarelados, com manchas vermelhas. A Formação de Pereiros terá sido formada no Jurássico, mais concretamente, no Hetangiano. Apresenta 3 subunidades: Dolomias gresosas com Isocyprina e Promathildia (grés e argilas de Choffat), seguindo-se uma unidade de Grés com Clathopteris meniscoides e por fim Margas e dolomias gresosas. Com este trabalho contribuímos como uma parte do trabalho que a nossa turma efetuou sobre formações geológicas da região de Coimbra.

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GEOLOGIA DE COIMBRA. O MACIÇO ANTIGO E GRUPO DE SILVES

Patrícia Dinis; Íris Fernandes; Rute Figueiredo; Vanessa Oliveira

Escola Secundária com 3º Ciclo D. Dinis Rua da Escola Secundária D. Dinis

12.º Ano, turma A

Palavras-chave: Grupo de Silves; Maciço Antigo; Série Negra. O nosso trabalho consistiu em explorar e interpretar dados sobre o Maciço Antigo na região Sul de Coimbra e o Grupo de Silves. Os nossos objetivos em relação a este trabalho são: conhecer os diferentes tipos de formações; aumentar conhecimentos em relação à geomorfologia de Coimbra. Assim, estudámos o Complexo Cristalofílico na região da Portela/Ceira, do qual se destaca uma unidade metamórfica extremamente deformada. Estudámos em seguida, o Grupo de Silves, começando pela Formação da Conraria, donde se destaca uma subunidade inferior constituída por arcoses e subarcoses muito grosseiras, conglomeráticas, imaturas, de cor vermelha tijolo (cimentação férrica); também se destaca uma subunidade superior constituída por areno-pelitos e pelitos laminados (vermelho violáceo). Posteriormente, estudámos a Formação de Castelo Viegas, constituída por uma subunidade inferior areno-conglomerática (vermelho acastanhados), a que se sobrepõe uma unidade constituída por corpos arcosareniticos grosseiros a muito grosseiros, esbranquiçados e/ou amarelados, com manchas vermelhas e castanhas. Por último, estudámos a Formação de Pereiros, constituída por três subunidades, sendo a primeira constituída por dolomias gresosas com Isocyprina e Promathildia, a segunda por grés com Clathropteris meniscoides (arcosarenitos médios a grosseiros), e a última por margas e dolomias gresosas. As metodologias utilizadas basearam-se na análise de cartas topográficas da região, Carta Geológica de Portugal, escala 1: 50 000, folha 19D, Coimbra-Lousã e artigos científicos da geomorfologia e geologia de Coimbra. Outra vertente do nosso trabalho incidiu em saídas de campo, nas quais efetuámos o estudo das formações em causa, com recolha de amostras para análise macroscópica em laboratório.

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GEOLOGIA DE COIMBRA. AS FORMAÇÕES DE COIMBRA E DE VALE DAS FONTES

Flávia Cunha, Rita Magro, Bruno Malta, Rita Marques

Escola Secundária com 3º Ciclo D. Dinis

Rua da Escola Secundária D. Dinis

12.º Ano, Turma A

Palavras-chave: Camadas de Coimbra s.s., Camadas de S. Miguel, Formação de Vale das Fontes, Paleontologia, Gruta dos Alqueves.

O objetivo do nosso trabalho foi fazer um estudo sobre algumas formações geológicas da região de Coimbra, nomeadamente as Formações de Coimbra e de Vale das Fontes (Duarte & Soares, 2002). Coimbra situa-se no limite do Maciço Marginal de Coimbra e a Orla Meso-Cenozoica Ocidental. As Camadas de Coimbra s.s. são compostas por camadas dolomíticas espessas, alternando com margas centimétricas cinzentas e por cima, por vezes, calcários dolomíticos. É particularmente abundante em fósseis. Estas encontram-se bem expostas na zona da Universidade e também na Rua de Aveiro. As Camadas de S. Miguel, datadas do Lotaringiano (Sinemuriano superior), são constituídas por uma série de calcários e calcários dolomíticos acinzentados e/ou acastanhados, interestratificados com margas cinzentas em estratos de espessura centimétrica. No topo mostra calcários espessos fossilíferos. Há uma grande abundância de amonoides, bivalves e de braquiópodes. A Formação de Vale das Fontes é constituída por margas e margas calcárias decimétricas, que alternam com bancadas de calcário margoso. Existe uma grande diversidade paleontológica, nomeadamente amonites, belemnites, bivalves, crinoides, braquiópodes e gastrópodes. As associações de amonoides permitem datar esta unidade do Carixiano Inferior ao topo do Domeriano Inferior. Em termos geomorfológicos e arqueológicos distingue-se a Gruta dos Alqueves que fica localizada em Santa Clara, mais propriamente nos calcários da Formação de Coimbra, cuja descoberta se deve ao arqueólogo Doutor Santos Rocha, que fez importantes explorações. Entre as descobertas feitas destacam-se vários ossos humanos nomeadamente crânios. A presença de sepulturas leva a crer que poderá ter servido como cemitério para culturas passadas. Foram ainda descobertos utensílios que seriam usados no quotidiano das culturas passadas. Com este trabalho contribuímos para o estudo geológico da região de Coimbra.

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GEOMORFOLOGIA DE COIMBRA. AS FORMAÇÕES DE COIMBRA E DE VALE DAS FONTES

Thomas Almeida, Vasco Lucas, Mónica Machado

Escola Secundária com 3º Ciclo D. Dinis

Rua da Escola Secundária D. Dinis

12.º Ano, Turma A

Palavras-chave: Camadas de Coimbra s.s.; Camadas de S. Miguel; Formação de Vale das Fontes; Triásico; Jurássico Inferior. Neste trabalho abordamos a geologia da região de Coimbra, mais concretamente a Formação de Coimbra, na qual se destacam as Camadas de Coimbra s.s. e as Camadas de São Miguel e a Formação do Vale das Fontes. Os objetivos deste trabalho são: caracterizar as unidades carbonatadas da base do Jurássico da região, assim como os seus principais aspetos geomorfológicos. A região de Coimbra situa-se no limite entre a Orla Meso-cenozoica e o Maciço Antigo. A Formação de Coimbra (Soares et al., 1985) divide-se nas Camadas de Coimbra s.s., as quais têm uma espessura de 60±20 m, e são constituídas por dolomitos e calcários dolomíticos, e nas Camadas de S. Miguel que são formadas por calcários e/ou calcários dolomíticos acinzentados e/ou acastanhados, interestratificados com margas cinzentas em estratos centimétricos. A Formação de Vale das Fontes, constituída essencialmente por margas por vezes grumosas e calcários margosos, tem cerca de 40±10 m de espessura. Estas camadas (de marga e calcário margoso) constituem sequências decimétricas individualizadas em que a componente margosa apresenta espessura sempre superior à componente calcária. Este conjunto, essencialmente margoso, é, particularmente rico em amonites, belemnites, braquiópodes, lamelibrânquios e crinoides. A metodologia utilizada na elaboração do trabalho foi a pesquisa bibliográfica em vários websites, em mapas topográficos, na Carta Geológica de Portugal, escala 1: 50 000, folha 19D, Coimbra-Lousã e em artigos científicos sobre a geologia de Coimbra fornecidos pelo professor, bem como uma saída de campo onde pudemos recolher amostras para estudo. Do que nos foi possível concluir que Coimbra é uma região bastante “rica” em termos geológicos, daí o seu grande interesse para o conhecimento.

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CALCULAR ÁREAS DE CALDEIRAS VULCÂNICAS É FENOMENAL E CONHECER O NOSSO PLANETA É

FUNDAMENTAL

Mafalda Gonçalves, João Mendes

Escola Secundária D. Duarte Agrupamento de Escolas Coimbra Oeste

Rua António Augusto Gonçalves, 3040-901 Coimbra

10.º Ano, Turmas A e B

Palavras-chave: Caldeiras vulcânicas; Geologia; Matemática; Vulcanismo. Com o objetivo de relacionar a geologia – vulcanismo – e a matemática, procurou-se neste trabalho calcular a área de caldeiras vulcânicas. Estas são definidas como estruturas vulcânicas de colapso, localizadas acima da câmara magmática, geralmente de forma circular e de grandes dimensões (diâmetro> 1 Km). Foi realizada pesquisa sobre algumas caldeiras vulcânicas de dimensões diferentes, situadas em países distintos. Depois de se ter selecionado informação sobre cada uma, foram calculadas as suas áreas com recurso a imagens de satélite obtidas através do Google Earth e utilizando as ferramentas de cálculo (software) disponibilizadas pelo site Freemaps. Para esse efeito foram criados polígonos irregulares que delimitassem cada uma das caldeiras. Concluímos que existem caldeiras de variados tamanhos e feitios, formadas em condições, momentos, e modos diferentes, sendo por isso, cada caldeira uma estrutura única e uma das estruturas vulcânicas mais espetaculares e ativas do Planeta Terra.

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ENERGIA DA TERRA

Adriana Abade, Carolina Carvalho, Jéssica Santos, Beatriz Simões

Escola Secundária D. Duarte Agrupamento de Escolas Coimbra Oeste

Rua António Augusto Gonçalves, 3040-901 Coimbra

10.º Ano, Turma B

Palavras-chave: Energia; Magnitude; Sismo; Sumatra; Tsunami. A Indonésia localiza-se sobre uma zona de subducção verificando-se uma grande atividade sísmica. A matemática, ajudou-nos a perceber o quão violentos foram estes sismos, geradores de tsunamis, através do cálculo da energia libertada, magnitude e profundidade do foco sísmico. Com este trabalho, pretendemos perceber se existe alguma relação entre os sismos mais violentos, ocorridos em Sumatra, na Indonésia, nos anos de 2004, 2005 e 2009, apresentando-se as principais características destes sismos. Para tal, realizarmos uma pesquisa aprofundada na internet sobre os três sismos mais violentos ocorridos em Sumatra e calculamos a energia libertada em cada um deles, utilizando a seguinte expressão E=10^(2,4M-1,2). Os sismos de 2004, 2005 e 2009 foram os sismos mais violentos ocorridos em Sumatra, na Indonésia. Os sismos de 2004 e 2005 tiveram o seu epicentro localizado no mar, originando tsunamis que atravessaram o oceano índico e devastaram as zonas costeiras da África oriental. Estes apresentam algumas semelhanças como, por exemplo, a sua localização epicentral, entre as placas Indo-Australiana e Birmânia, que apresentam um movimento convergente oblíquo. Apenas os sismos de 2004 e 2005 originaram um tsunami que tiveram uma localização focal superficial. O sismo de 2009 teve uma localização focal intermédia, pelo que não originou um tsunami. A energia libertada por cada um dos sismos é diferente, estando relacionada com a magnitude registada para cada um dos sismos, ou seja, a magnitude e a energia libertada aquando da ocorrência de um sismo variam na razão direta.

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1755:O GRANDE

Pedro Fadiga, Daniela Lopes, Joana Lopes, Mariana Rodrigues

Escola Secundária D. Duarte

Agrupamento de Escolas Coimbra Oeste Rua António Augusto Gonçalves, 3040-901 Coimbra

10.º Ano, Turma B

Palavras-chave: Epicentro; Intensidade sísmica; Magnitude; Sismologia. O sismo ocorrido no dia 1 de Novembro de 1755 foi um dos sismos mais mortíferos da história, destruindo grande parte da capital portuguesa. A desgraça dividiu-se em três catástrofes: um sismo, um enorme tsunami e incêndios. A discussão da localização e do mecanismo que lhe deu origem é ainda uma questão em aberto, porque até agora nenhuma das soluções propostas explica de forma satisfatória o conjunto de observações verificadas no tsunami. Não se sabe com precisão, qual terá sido o epicentro deste sismo, mas acredita-se que terá sido no Banco de Gorringe. Como é que se deduziu que o epicentro deste sismo terá sido no Banco de Gorringe, quando este sismo ocorreu numa época em que ainda não havia métodos para o saber? Neste trabalho iremos fazer um tratamento estatístico que pretende salientar as diferenças do efeito deste sismo em diversos locais do país, fazendo referência à distância ao epicentro. Pretendemos também, fazer uma comparação da magnitude e do número de mortes deste sismo relativamente a outros sismos de grande importância histórica. De certo modo, iremos tentar responder às seguintes questões: Serão os efeitos causados por sismos independentes da distância ao epicentro? Terá sido este sismo tão catastrófico em comparação com outros ocorridos pelo mundo fora, tanto em termos de magnitude como termos de vítimas mortais?

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NA ONDA SÍSMICA!

Ana Calisto, Catarina Mendes, Luís Simões, Pedro Alves

Escola Secundária D. Duarte Agrupamento de Escolas Coimbra Oeste

Rua António Augusto Gonçalves, 3040-901 Coimbra

10.º Ano, Turma A

Palavras-chave: Rigidez; Materiais; Ondas sísmicas; Velocidade de propagação. As ondas sísmicas são formas de energia que se propagam em todas as direções no interior da terra e à superfície, e ocorrem devido à libertação repentina de energia no foco sísmico. Existem dois tipos de ondas sísmicas, as ondas profundas (P e S) e as ondas superficiais, neste caso, iremos estudar as ondas primárias (P). Existem vários fatores que condicionam o seu comportamento, nomeadamente, a rigidez, a densidade e a incompressibilidade. Quanto maior for a rigidez dos materiais maior será a velocidade que estas irão alcançar, por outro lado, quanto maior a densidade menor a velocidade. Em relação a incompressibilidade, quanto maior for a compressibilidade, maior será a resistência dos materiais à alteração do volume, logo, quanto maior for a incompressibilidade maior será a velocidade das ondas P. Para recolher os dados necessários à realização deste trabalho elaborarmos uma pesquisa na internet, de modo a obter dados relativos à velocidade das ondas P quando se propagam em diferentes tipos de materiais. Verificando-se que o granito, o gneisse e o basalto (que apresenta uma maior densidade que o granito) são materiais rochosos em que as ondas P apresentam uma velocidade mais elevada, enquanto no ar, na água, na argila e na areia, estas ondas apresentam uma velocidade mais baixa. Logo, podemos concluir que as ondas P não apresentam uma velocidade constante, pois esta é influenciada por determinadas características dos materiais, como sejam, a rigidez, a densidade e a incompressibilidade. Concluindo-se também, que os materiais como o granito, o gneisse e o basalto apresentam uma rigidez elevada, daí que as ondas sísmicas P apresentem uma maior velocidade neste tipo de materiais, e uma menor velocidade quando propagam materiais como o ar, a água, a argila e a areia, materiais que apresentam uma menos rigidez.

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QUANDO TUDO DESABA!

Inês Oliveira; Telma Rodrigues; Tatiana Santos

Escola Secundária D. Duarte Agrupamento de Escolas Coimbra Oeste

Rua António Augusto Gonçalves, 3040-901 Coimbra

10.º Ano, Turma B

Palavras-chave: Construção antissísmica; Sismos; Sismologia; Japão; Haiti. Os sismos são fenómenos naturais que têm um grande impacto na população, por isso, o Japão tem investido milhões em desenvolvimento tecnológico e preventivo, encontra-se muito bem preparado para enfrentar os sismos. Por oposição, o Haiti, carateriza-se por apresentar edifícios de má qualidade, pouco resistentes às vibrações sísmicas e uma população pouco preparada para agir perante um sismo, dependendo de ajuda humanitária para recuperar dos mesmos. Com este trabalho pretende-se comparar os danos causados pelo sismo de 11 de março de 2012 ocorrido no Japão (país desenvolvido) com os resultantes do sismo de 12 de janeiro de 2010 ocorrido no Haiti (país em desenvolvimento), com magnitudes semelhante, e analisar a capacidade de recuperação destes dois países face à ocorrência de um sismo. Para tal, efetuou-se uma pesquisa na Internet, para recolher os dados referentes à caracterização destes sismos. Verificando-se que, o sismo ocorrido no Japão, com uma magnitude superior à do sismo que ocorreu no Haiti, provocou um número de mortes muito inferiores ao causado pelo sismo no Haiti (200 000 mortes). Refletindo o excelente sistema de prevenção sísmica existente no Japão, nomeadamente, a existência de redes de deteção de tsunamis, plataformas elevadas em zonas costeiras e de uma população devidamente treinada. E da aplicação tecnológica a infraestruturas, através do equipamento de casas com sensores antissísmicos e da construção antissísmica. O Haiti não tem apostado em medidas preventivas, para minimizar os efeitos dos sismos, e as suas infraestruturas apresentarem uma construção de má qualidade. Conclui-se, que o Japão apresenta uma grande capacidade de enfrentar os sismos e de recuperar dos danos causados e o Haiti não.

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PARA SABERES ONDE SE LOCALIZA UM VULCÃO, A MATEMÁTICA ENTRA EM AÇÃO

João Calé, Joana Ferreira, Ana Francisco, Gabriel Santos

Escola Secundária D. Duarte

Agrupamento de Escolas Coimbra Oeste Rua António Augusto Gonçalves, 3040-901 Coimbra

10.º Ano, Turma B

Palavras-chave: Estatística; Distribuição dos vulcões; Limites das placas; Placas Tectónicas; Vulcão. Quando consideramos a temática da localização dos vulcões, surge a questão: será que a distribuição e a localização dos vulcões é assim tão aleatória quanto pensamos? Ou será que terá uma explicação? Com o tratamento estatístico da distribuição geográfica dos vulcões, no âmbito da disciplina de Geologia e do IX Congresso dos Jovens Geocientistas, iremos responder a estas questões. Em primeiro lugar, e após alguma pesquisa, verificámos que os vulcões se podem localizar em zonas entre placas tectónicas ou no seu interior. Os primeiros formam-se devido ao movimento tectónico das placas, que podem ser convergentes (limites convergentes) ou divergentes (limites divergentes), e à consequente ascensão do magma respetivamente. Os segundos vulcões mencionados correspondem ao vulcanismo intraplaca, que está associado aos hotspots. Para demonstrarmos que esta distribuição não é aleatória, e com o auxílio de uma base de dados (criada pelo Instituto Smithsonian), construímos um gráfico, através do Microsoft Excel, onde é possível observar a distribuição dos vulcões holocénicos ativos em relação às placas onde se situam. Após a sua análise, concluímos que a distribuição dos vulcões não é aleatória pois localizam-se em maior percentagem próximo dos limites convergentes e divergentes e em menor percentagem na própria placa. Também concluímos que existem em maior quantidade vulcões associados a limites convergentes, comprovado pela existência do „‟Anel de fogo do Pacífico‟‟, onde os vulcões se localizam próximo dos limites convergentes. No entanto, este trabalho tem apenas dados dos vulcões descobertos até à atualidade, podendo haver assim vulcões que ainda não tenham sido descobertos (por exemplo, vulcões localizados nos fundos dos oceanos).

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RESPIRAÇÃO CINZENTA

Ana Carolina Durães, Cecília Santos, Daniel Meira, Joana Frias

Escola Secundária D. Duarte Agrupamento de Escolas Coimbra Oeste

Rua António Augusto Gonçalves, 3040-901 Coimbra

10.º Ano, Turma A

Palavras-chave: Atmosfera; Cinzas Vulcânicas; Erupção Vulcânica; Fotossíntese; Troposfera. Com este trabalho pretendemos descobrir a quantidade necessária de cinzas vulcânicas para criar uma nuvem com 0,5 km de espessura, a uma altitude de 10 km (valores referentes às médias das nuvens atmosféricas) e conhecer as consequências de uma atmosfera coberta de cinzas. Começámos por calcular o volume das esferas A (raio da Terra mais 10 Km) e B (raio da Terra mais 10,5 Km). Posteriormente calculámos o volume da nuvem de cinzas através da subtração dos volumes das esferas (VB – VA). Partindo do princípio que diferentes vulcões expelem diferentes quantidades de cinza vulcânica, escolhemos para este trabalho a erupção de 1980 do vulcão Monte de Santa Helena e a erupção de Yellowstone, acerca de 2,2 milhões de anos (a maior erupção de sempre). Sabendo o volume de cinzas vulcânicas expelidas por estas erupções, calculámos que eram necessários, respetivamente 236 363 636 e 104 000 erupções semelhantes e pouco espaçadas no tempo para preencher a troposfera. De salientar que é possível uma nuvem da mesma espessura com um menor volume de cinzas (nuvem menos compacta). As implicações incluem a dificuldades em realizar fotossíntese devido a uma menor penetração dos raios solares. Sabendo que as plantas ocupam o primeiro nível trófico nas cadeias alimentares é fácil concluir que estas, ao desaparecerem, iriam criar um desequilíbrio nas cadeias alimentares começando pela morte dos herbívoros e consequente morte dos carnívoros. Em conclusão se a troposfera fosse ocupada por cinzas vulcânicas é fácil de concluir que iriam ocorrer uma extinção em massa de seres vivos, como aliás já terá sucedido no passado.

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CABERÁ UM GATO?

Jéssica Dias, Filipa Jahnke, Maria Roque

Escola Secundária D. Duarte Agrupamento de Escolas Coimbra Oeste

Rua António Augusto Gonçalves, 3040-901 Coimbra

10º Ano, Turma A Palavras-chave: Eratóstenes; Gato; Geologia; Matemática; Raio da Terra. Como se sabe, o raio do planeta Terra é 6400 km, tendo sido calculado pela primeira vez no Egito pelo matemático Eratóstenes, o que faz com que o comprimento da linha do Equador seja 2π x 6400 km. Suponhamos que temos à disposição uma corda com 2π x 6400 km, que vamos sobrepor à linha do Equador. Como é evidente, o ajuste é perfeito. A esta longa corda vamos juntar apenas 1 metro de corda. Essa nova corda, quando colocada à volta a linha do Equador, produz uma pequena folga. Entre a linha do Equador e a corda haverá espaço suficiente para que um gato possa passar por essa folga? Para uma melhor compreensão, tanto da pergunta colocada, como do processo pelo qual a resolvemos, criámos uma maquete que não necessitou de muitos recursos, visto que o objetivo era a sua compreensão e não tanto o seu aspeto visual. Com o auxílio de cálculos matemáticos, pudemos concluir que a folga existente entre as duas cordas seria de 16 cm, sendo possível a passagem de um gato nessa “abertura”. Seguindo o mesmo processo, determinámos também qual teria que ser a quantidade mínima de corda a acrescentar à linha do Equador para ter o mesmo efeito. Chegámos à conclusão que o valor mínimo a acrescentar à corda correspondente à linha do Equador seria de 20 cm.

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CALCULAR ÁREAS DE CALDEIRAS VULCÂNICAS É FENOMENAL, E CONHECER O NOSSO PLANETA É

FUNDAMENTAL

Mafalda Gonçalves, João Mendes

Escola Secundária D. Duarte Agrupamento de Escolas Coimbra Oeste

Rua António Augusto Gonçalves, 3040-901 Coimbra

10.º Ano, Turmas A e B

Palavras-chave: Caldeiras vulcânicas; Geologia; Matemática; Vulcanismo. Com o objetivo de relacionar a geologia – vulcanismo – e a matemática, procurou-se neste trabalho calcular a área de caldeiras vulcânicas. Estas são definidas como estruturas vulcânicas de colapso, localizadas acima da câmara magmática, geralmente de forma circular e de grandes dimensões (diâmetro> 1 Km). Foi realizada pesquisa sobre algumas caldeiras vulcânicas de dimensões diferentes, situadas em países distintos. Depois de se ter selecionado informação sobre cada uma, foram calculadas as suas áreas com recurso a imagens de satélite obtidas através do Google Earth e utilizando as ferramentas de cálculo (software) disponibilizadas pelo site Freemaps. Para esse efeito foram criados polígonos irregulares que delimitassem cada uma das caldeiras. Concluímos que existem caldeiras de variados tamanhos e feitios, formadas em condições, momentos, e modos diferentes, sendo por isso, cada caldeira uma estrutura única e uma das estruturas vulcânicas mais espetaculares e ativas do Planeta Terra.

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JANELAS DO INTERIOR DA TERRA

Inês Barreto, Joana Fabião, Patrícia Silva

Escola Secundária D. Duarte Agrupamento de Escolas Coimbra Oeste

Rua António Augusto Gonçalves, 3040-901 Coimbra

10.º Ano, Turma A

Palavras-chave: Estratovulcão; Placas Tectónicas; Vulcanologia; Vulcões. Com este trabalho pretendemos dar resposta às seguintes questões “Qual o tipo de vulcões predominante?” “Qual a sua localização referente às placas tectónicas?”. Temos ainda como objetivo envolver a matemática através do tratamento estatístico dos tipos de vulcões, estando enquadrado nos conteúdos programáticos do tema III de geologia do 10º ano. Para obter resposta a todas estas questões, inicialmente, investigámos sobre alguns tipos de vulcões existentes, as suas características, localização e as razões pelas quais existiam vários tipos de cones vulcânicos. De seguida, tratámos estatisticamente a informação facultada pelo professor e recorremos a um programa de Excel, tendo-se concluído que o tipo de vulcão mais predominante é o estratovulcão localizado nos limites de convergência entre placas continentais-oceânicas e continentais-continentais.

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OS GIGANTES DO SISTEMA SOLAR VULCÕES

Mariana Albino; Luís Oliveira

Escola Secundária D. Duarte

Agrupamento de Escolas Coimbra Oeste Rua António Augusto Gonçalves, 3040-901 Coimbra

10º Ano, Turma A

Palavras-chave: Altura; Área; Hotspot; Placas Tectónicas; Vulcanologia. Haverá um limite para o tamanho dos vulcões?! No âmbito da Vulcanologia, o objetivo deste trabalho é relacionar as proporções dos maiores vulcões (em área e altura) da Terra e do restante Sistema Solar. Os vulcões que ocupam maior área são o Alba Mons (Marte) e o Tamu Massif (Terra). Os que têm maior altura são o Olympus Mons (Marte) e o Mauna Kea (Terra). Após pesquisa em várias fontes sobre o tema, foi possível conhecer as dimensões aproximadas destes vulcões, seguindo-se uma procura por mais informações além das medidas. Descobrimos, por exemplo, que o que possibilitou a incrível altura de 25km do Olympus Mons foi o facto da crusta de Marte não se mover como a da Terra, o que significa que o hotspot se encontra sempre no mesmo local, assim como a gravidade de Marte ser menor que a da Terra. Já uma curiosidade acerca do Tamu Massif é que este tem uma área tão vasta para um vulcão terrestre que, no início do seu estudo, achava-se que era uma cordilheira de vulcões e não um único vulcão. O método utilizado foi a regra de três simples, de modo a calcular as proporções entre os vulcões. Relativamente aos que ocupam maior área, foi possível concluir, através destes cálculos, que a área que o Alba Mons ocupa é cerca de 579% maior que a área ocupada pelo Tamu Massif. Relativamente aos vulcões mais altos concluímos, através dos cálculos, que o ponto mais alto do Olympus Mons é cerca de 245% maior que o ponto mais alto do Mauna Kea.

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QUARTZO, COM CONTA, PESO E MEDIDA

Francisco Fernandes, João Pimentel

Escola Secundária D. Duarte Agrupamento de Escolas Coimbra Oeste

Rua António Augusto Gonçalves, 3040-901 Coimbra

11.º Ano, Turma B Palavras-chave: Efeito piezoelétrico; Geologia; Mineral; Quartzo. O quartzo é um dos minerais mais abundantes na crosta terrestre, pertencente à classe dos silicatos. Pretendemos, com este trabalho, conhecer as propriedades que permitem que este seja usado em instrumentos de medição precisa, como os relógios. Para melhor conhecimento deste mineral, a Geologia serve-se dos conhecimentos de outras ciências como a Física e a Matemática. Para a realização deste trabalho, recorremos à pesquisa na internet e à consulta bibliográfica referente às suas propriedades, em especial às piezoelétricas. O quartzo quando submetido a uma força mecânica gera uma corrente elétrica designada por efeito piezoelétrico. Este efeito também ocorre no sentido inverso: a alteração de um campo elétrico provoca uma tensão mecânica nos cristais. O relógio possui uma pilha, que fornece energia elétrica a um circuito. Este circuito faz com que um cristal de quartzo, talhado de forma precisa, vibre 32.768 vezes por segundo. A vibração é detetada pelo circuito e transformada numa corrente alternada de 1 hertz, que alimenta um motor que faz movimentar os ponteiros do relógio.

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MUSEU DO QUARTZO REQUALIFICAÇÃO VS. CULTURA CIENTÍFICA

Sónia Costa, Sandrinha Cunha, Cecília Lobo, Daniela Marques, Ana Raquel

Sebastião

Escola Secundária de Viriato Estrada Velha de Abraveses, 3511-951 Viseu

12.º Ano, Turma C

Palavras-chave: Mineralogia; Monte de Santa Luzia; Museu do Quartzo; Requalificação; Cultura científica O Museu do Quartzo é o único museu da Europa dedicado a apenas um mineral. A construção deste museu surgiu da necessidade de requalificar uma antiga exploração de quartzo no Monte de Santa Luzia (Viseu). Trata-se de um museu muito moderno que apresenta três tipos de exposições: exposição permanente, relativa à formação do filão de quartzo, às características mineralógicas do mineral, à apresentação de uma coleção de minerais de quartzo de todo o mundo e às suas utilizações desde a antiguidade até à atualidade; exposições temporárias, com temáticas diversas; e exposição intitulada: “Casa à escala real”, onde estão identificados os minerais que constituem cada elemento da casa. No âmbito da disciplina de Geologia (12º ano), e durante a lecionação do subtema: “Reabilitação e exploração de antigas explorações mineiras”, decidimos elaborar um trabalho que permitisse dar a conhecer o Museu do Quartzo. Para a realização deste trabalho efetuámos uma visita ao museu, analisámos desdobráveis fornecidos pela diretora do museu e procedemos a pesquisas na Internet. A realização deste trabalho permitiu-nos concluir que foi possível requalificar o espaço de uma antiga exploração mineira, que se encontrava abandonada e que causava elevados impactos ambientais e paisagísticos, e nele desenvolver um projeto inovador que promove a realização de atividades educativas diversificadas permitindo contribuir para incremento da cultura científica dos seus visitantes. Podemos concluir que a construção do Museu do Quartzo permitiu conciliar a requalificação dos espaços de uma antiga pedreira com a criação de um importante espaço de divulgação científica e cultural na cidade de Viseu.

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DINÂMICA FLUVIAL DO RIO PAVIA: ALGUMAS EVIDÊNCIAS

Luciano Ferreira, Francisco Freitas, Henrique Marques, Pedro Santos, Mariana Silva

Escola Secundária de Viriato

Estrada Velha de Abraveses, 3511-951 Viseu

12.º Ano, Turma C

Palavras-chave: Contexto geológico; Dinâmica fluvial; Granulometria; Rio Pavia; Sedimentos Neste trabalho, o objeto em estudo foi o Rio Pavia, que atravessa a cidade de Viseu, percorrendo uma distância de 39 km, para depois desaguar no rio Dão. Na sua bacia hidrográfica encontramos rochas de natureza granítica e rochas metamórficas, distribuídas de forma desigual numa área de 219 km

2. No âmbito

da disciplina de Geologia (12º ano de escolaridade), e no decorrer da lecionação dos subtemas “Exploração e modificação dos solos” e ”Exploração e contaminação das águas”, decidimos elaborar um trabalho que permitisse compreender o modo como a dinâmica fluvial do rio Pavia altera as características dos sedimentos ao longo do seu percurso. Na realização deste trabalho recorremos à análise da carta geológica da região; à seleção de três paragens (próximo da nascente, na cidade e junto da foz); à realização de uma saída de campo para recolha de amostras e registo fotográfico; à preparação e crivagem dos sedimentos; à sua pesagem e classificação. Procedemos ao tratamento dos dados obtidos, à construção de gráficos e à elaboração das conclusões finais. Pudemos concluir que ao longo do rio Pavia (da nascente até à foz) os sedimentos vão apresentando uma granulometria cada vez menor, um grau de arredondamento e de polimento cada vez maior e um aumento do nível calibração. Constatámos, ainda, que os sedimentos recolhidos em cada paragem são condicionados pelo contexto geológico da região, na medida em que a bacia hidrográfica do rio Pavia é caracterizada por possuir, maioritariamente, granito porfiroide de duas micas e mais próximo da nascente ocorrem alguns afloramentos de xistos do Complexo Xisto-Grauváquico. Apesar do rio Pavia não ser um rio de grande expressão no território nacional possui uma dinâmica fluvial própria, que ao longo do ser percurso vai alterando as características dos sedimentos que transporta.

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PERCURSO GEOLÓGICO PELA ECOPISTA DE VISEU

Mariana Duarte, José Leitão, Diogo Portela, Ana Patrícia Rodrigues, Ana Cristina Rodrigues, Diogo Simões

Escola Secundária de Viriato

Estrada Velha de Abraveses, 3511-951 Viseu

12.º Ano, Turma C Palavras-chave: Ecopista; Interação pedagógica; Percurso geológico; Recursos geológicos; Saída de campo A ecopista de Viseu foi construída na antiga linha ferroviária que ligava Santa Comba Dão a Viseu. Nela é possível observar extraordinárias paisagens enriquecidas pela diversidade do património geológico, biológico, cultural e histórico. Nela existem excelentes afloramentos, aspetos geológicos diversificados e diversas utilizações dos recursos geológicos. Na disciplina de Geologia (12º ano), aquando da abordagem do Tema 3 – “A Terra ontem, hoje e amanhã”, decidimos estabelecer uma interação pedagógica com os alunos do 7º ano, desenvolvendo uma atividade de campo que permitisse dar a conhecer a geologia da ecopista. Realizámos uma saída de campo preparatória e analisámos a carta geológica da região. Selecionámos as paragens e para elas concebemos atividades diversificadas que integram um guia de campo, procurando respostas para a questão orientadora: Que fatores contribuem para a alteração dos afloramentos existentes na ecopista de Viseu? Por fim, concebemos um pedypaper que permitisse terminar a saída de campo aplicando os conhecimentos adquiridos. A interação pedagógica estabelecida colocou-nos novos desafios, como alunos do ensino secundário que somos. Consideramos que podemos ser o elo de ligação entre os alunos do ensino básico e os professores de Ciências, contribuindo para que estes incrementem a realização de atividades de campo. Estas podem ajudar os alunos a compreenderem melhor os conteúdos programáticos de Ciências e a exercerem uma cidadania responsável, no respeito pela proteção da natureza e na valorização do património geológico.

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UTILIZAÇÃO DE RECURSOS GEOLÓGICOS NO RECINTO ESCOLAR

Pedro Coelho, Inês Correia, Bárbara Monteiro, Ana Isabel Rodrigues, Inês

Rodrigues, Joana Silva

Escola Secundária de Viriato Estrada Velha de Abraveses, 3511-951 Viseu

12.º Ano, Turma C

Palavras-chave: “Consciência geológica”; Geologia; Recinto Escolar; Recursos geológicos; Sensibilização. Os recursos geológicos são bens do Planeta Terra, existentes na crosta terrestre, que podem ser usados pelo Homem para seu benefício. A utilização que atualmente é feita dos recursos geológicos pode influenciar a saúde humana, a segurança, o bem-estar e a economia. A sensibilização para a importância dos recursos geológicos devia ser valorizada no contexto educativo. A utilização dos recursos geológicos no recinto escolar é muito significativa, basta na sala de aula observarmos paredes, janelas, quadros, entre outros. Atualmente a nossa comunidade educativa assiste à substituição das coberturas de amianto por outro tipo de materiais não prejudiciais para a saúde. Na disciplina de Geologia (12º ano), durante a lecionação do subtema “Exploração de minerais e de materiais de construção e ornamentais” decidimos elaborar um trabalho que permitisse sensibilizar a comunidade educativa para a importância dos recursos geológicos no recinto escolar. Construímos um questionário que aplicámos a uma amostra de alunos, funcionários e professores da escola, com o objetivo de avaliar a sua “consciência geológica”. O tratamento dos dados permitiu-nos constatar que a maioria dos inquiridos desconhece a utilidade dos recursos geológicos no dia-a-dia. De modo a consciencializarmos a comunidade escolar para esta temática, decorámos uma sala com etiquetas onde colocámos a composição mineralógica de cada constituinte da mesma. Pretendemos, também, construir um guia de campo que permita efetuar uma visita geológica no recinto escolar, dando a conhecer à comunidade educativa as diferentes utilizações dos recursos geológicos. Deste modo, pretendemos que a comunidade educativa seja consciencializada para a importância dos recursos geológicos no dia-a-dia e para a necessidade da sua preservação.

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NEM TUDO O QUE PARECE É!

João Gonçalo, Duarte Rodrigues, David Veríssimo

Escola Secundária José Falcão Av. D. Afonso Henriques, 3001-654 Coimbra

11.º Ano, Turma 2

Palavras-chave: Cristalografia; Malhas elementares; Mineralogia; Teoria reticular. Este trabalho consistiu no estudo comparativo da forma externa e interna de dois tipos distintos de formas cristalográficas, o prisma e o cubo e a bipirâmide e o octaedro, tendo em conta as relações entre os eixos cristalográficos e os ângulos axiais. Procurou-se, desta forma, responder à questão problema “Será que as semelhanças externas entre os sólidos traduzem as semelhanças internas?”. Para tal começou-se a pesquisar em livros científicos e em sites online, reuniu-se e resumiu-se a informação e, posteriormente, construíram-se os modelos representativos dos dois conjuntos de formas cristalográficas e estudaram-se os sólidos em função dos parâmetros da rede cristalina: eixos da célula unitária e os ângulos que as suas faces formam entre si. Verificámos que dentro de um mesmo sistema cristalográfico os ângulos internos e os eixos são os mesmos embora as formas externas possam ser diferentes. Deste modo, concluiu-se que “Nem tudo o que parece é!". A construção de modelos permite analisar, de forma dinâmica, a forma exterior que, numa primeira observação, pode enganar. Conclui-se ainda que o estudo da estrutura cristalina engloba, não só a forma externa e os parâmetros da célula unitária, mas também as operações e os elementos de simetria que caracterizam os diferentes sistema cristalográficos.

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A’ SIMETRIA DA BELEZA

Vasco Costa, António Medeiros, Alexandra de Sousa

Escola Secundária José Falcão Av. D. Afonso Henriques, 3001-654 Coimbra

11.º Ano, Turma 2

Palavras-chave: Beleza, Cristalografia; Geologia; Mineralogia; Simetria.

Este trabalho insere-se no tema Cristalografia e pretende desenvolver um estudo sobre a simetria dos minerais e a sua relação com a beleza. Será a simetria um indicador de beleza? Foram delineados alguns objetivos orientadores do trabalho, e entre eles, a compreensão dos conceitos de simetria, de operações de simetria e de elementos de simetria. Posteriormente, foram desenvolvidos modelos 3D, representativos desses mesmos elementos de simetria, na classe holoédrica do sistema cúbico. Estes modelos tinham como propósito exemplificar e ajudar a compreender os princípios da simetria de uma forma mais dinâmica. Após a introdução dos conceitos procurou-se concretizar o objetivo final, com vista a responder à questão-problema, e relacionar a simetria com a beleza. Uma

vez que o tema da Mineralogia se insere no programa do 11º ano, este trabalho

foi uma pequena introdução ao estudo de conceitos que serão aprendidos mais tarde, nomeadamente sobre cristais, estrutura cristalina e simetria. A elaboração deste trabalho compreendeu essencialmente quatro etapas: a pesquisa bibliográfica (livros científicos e sites online) sobre simetria nos minerais; pesquisa bibliográfica sobre beleza; construção e fotografia dos modelos e, por último, elaboração do póster e resumo. Após o estudo da simetria e da beleza, por exemplo a beleza facial, concluiu-se que a simetria não dá, só por si, beleza a um objeto. No entanto, conjuntamente com a cor, textura e dimensão, a simetria tem um papel importante no apelo estético, sendo considerada na espécie humana, um indicador de beleza. Por outro lado, a assimetria também é

considerada um indicador de beleza rara e, como “a beleza está aos olhos de

quem vê, concluiu-se que na beleza não há regras fixas.

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COIMBRA “EM VERTENTES!”

Inês Carneiro, Inês Matos, Bárbara Ribeiro

Escola Secundária José Falcão Avenida Dom Afonso Henriques, 3001-654 Coimbra

11.º Ano, Turma 2

Palavras-chave: Coimbra; Geologia; Ocupação Antrópica; Riscos geológicos; Zonas de Vertente. Devido ao enorme crescimento demográfico verificado nos últimos anos, o Homem é levado a ocupar zonas potencialmente perigosas. Atendendo a que risco geológico corresponde à probabilidade de um acontecimento perigoso ocorrer, associado a fenómenos geológicos, o estudo e conhecimento da Geologia permite-nos prever esses mesmos acontecimentos e prevenir ao máximo a sua ocorrência. Desta forma, os assuntos analisados neste trabalho são a ocupação antrópica e problemas de ordenamento com destaque para a construção de infraestruturas em zonas de vertente. Estas zonas caracterizam-se por ter um declive mais ou menos acentuado, encontrando-se muito expostas à ação intensa e rápida dos processos erosivos e de instabilização. A escolha deste tema para investigação foi devido ao facto de estar incluído no programa de 11º ano, e também devido ao interesse que este nos suscitou. Para que pudéssemos aprender mais sobre este tema recorremos a pesquisa em livros (manuais escolares), na Internet (sites portugueses), e à análise do caso de estudo em Coimbra, que ocorreu no ano de 2000 na Avenida Elísio de Moura, com consequências muito negativas. Com este trabalho concluímos que os estudos geológicos dos terrenos são de grande importância porque nos permitem determinar o risco geológico. Estes conhecimentos aliados ao ordenamento do território são essenciais para a segurança da população, adotando medidas de prevenção que podem ser determinantes para a vida do Homem.

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A MATEMÁTICA FOI À PRAIA

Filipa Amorim, Carolina Costa

Escola Secundária José Falcão Avenida D. Afonso Henriques, 3001-654 Coimbra

11.º Ano, Turma 2

Palavras-chave: Geologia; Matemática; Recuo da linha de costa; Riscos Geológicos; Zonas Costeiras. No âmbito da disciplina de Biologia e Geologia foi-nos proposta a execução de um trabalho sobre zonas costeiras que tem como objetivos analisar a ocupação antrópica, compreender as consequências que a erosão nas praias, em particular da Figueira da Foz, causa da dinâmica costeira e que problemas que acarreta para o Homem. De início realizámos trabalho de pesquisa para conhecer e compreender os conceitos associados a zonas costeiras e à ocupação antrópica. Após a recolha dos conceitos básicos que na nossa opinião eram relevantes para o trabalho, partimos para a análise de um caso concreto da Figueira da Foz, no qual calculámos o recuo da linha de costa de 2006 para 2009. Para tal foram divididas duas imagens, (uma de 2006 e outra de 2009), em sectores, e através de uma regra de três simples chegou-se ao recuo da linha de costa em metros recorrendo à escala. Foi também feito o cálculo do recuo médio ao ano, podendo assim inferir como estaria a linha de costa no ano de 2015 permitido assim discutir as implicações que isso traria no futuro. Concluiu-se que o Homem tem vindo a ocupar zonas de risco geológico que põem em risco a sua segurança e que para colmatar alguns dos efeitos da erosão são construídas estruturas como esporões que além de apenas representarem soluções temporárias, criam novos problemas que carecem de novas soluções. Em suma o Homem deve refletir antes de ocupar zonas que representem risco geológico, privilegiando uma ocupação ordeira de acordo com o ordenamento do território

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CORRENTES DE CONVECÇÃO E PONTOS QUENTES

Ruben Fonseca, Teresa Freitas, Carmo Miguéis, Marta Oliveira

Escola Secundária José Falcão Avenida Dom Afonso Henriques, 3001-654 Coimbra

12.º Ano, Turma 3

Palavras-chave: Convecção; Magma; Núcleo; Intraplaca; Ponto quente. Associado a processos de vulcanismo intraplaca, em determinadas zonas da

litosfera ocorre fusão de rochas, que na “forma” de plumas térmicas, originam

pontos quentes ou “hotspot”.Também se verificam movimentos no manto,

desencadeados pelo fato de o magma não possuir uma temperatura homogénea. Os materiais próximos do núcleo, mais quentes e menos densos, ascendem em direção a crosta, enquanto os materiais próximos da crosta, mais

frios e mais densos “descem” em direção ao núcleo, constituindo assim uma

corrente circular de material, designada corrente de convecção. Com o seu estudo podemos retirar informações sobre a estrutura e constituição do manto, assim como da relação entre estas e a mobilidade das placas litosférica. A existência de plumas térmicas e pontos quentes justifica a presença de arcos de ilhas intraplaca, como por exemplo as ilhas do arquipélago do Havai. O magma expelido nestes pontos quentes tem origem nas zonas da fronteira com o núcleo, apresentando um teor de ferro superior ao do magma mantélico. Por outro lado, noutras zonas da litosfera verifica-se alastramento e rotura da placa litosférica com a respetiva formação de rífte. Pela teoria da tectónica de placas, pode justificar-se esta mobilidade pela ascensão do material rochoso do manto, sobreaquecido por transferência do calor. O método utilizado no presente trabalho foi a pesquisa na internet, designadamente, em sites específicos relativos ao tema. Concluímos que a Terra pode ser realmente considerada uma máquina, tendo como seu motor o manto, onde se geram as gigantescas correntes de convecção, com ramos ascendentes e descendentes, que possibilitam o movimento das placas tectónicas e o desenvolvimento de pontos quentes.

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ISOSTASIA SOBE E DESCE, PORQUÊ?

Inês Alegre, Carolina Araújo, Catarina Ferreira, Beatriz Prósperi, Laura Santos

Escola Secundária José Falcão

Avenida Dom Afonso Henriques, 3001-654 Coimbra

12.º Ano, Turma 3

Palavras-chave: Glaciação; Isostasia; Litosfera; Princípio de Arquimedes; Sedimentação. O equilíbrio isostático (balanço gravitacional permanente entre a litosfera e a astenosfera) é um conteúdo programático da disciplina de geologia do 12º ano. No nosso trabalho abordamos os vários mecanismos de ajustamento da litosfera de acordo com o tipo de alteração do equilíbrio isostático, tendo em conta os estudos realizados como é o caso do princípio de Arquimedes e dos dados da gravimetria. Este trabalho tem por objetivo responder à questão colocada, ou seja, explicar a origem dos movimentos verticais da litosfera. Para a sua realização, consultámos o manual adotado e a informação fornecida pela professora durante as aulas em que abordamos esta temática. Concluímos que, caso ocorra erosão/degelo, com consequente diminuição da quantidade de materiais nas camadas superiores da crusta, dá-se um levantamento da litosfera; por outro lado, vai ocorrer um afundamento da mesma, se houver um aumento da quantidade de sedimentos/gelo. Os ciclos de gelo/degelo e de sedimentação/erosão, são, assim, processos que vão promover o ajustamento da litosfera, por movimentos verticais da mesma, de modo a ser atingido o nível de compensação isostática.

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OS VESTÍGIOS GLACIARES EM PORTUGAL

Beatriz Duarte, Patrícia Ferreira, Maria Machado

Escola Secundária José Falcão Avenida Dom Afonso Henriques, 3001-654 Coimbra

12.º Ano, Turma 3

Palavras-chave: Glaciações; Portugal; Quaternário; Vestígios Glaciares; Würm. Entre aproximadamente 80 mil e 12 mil anos atrás, a Terra foi afetada por um período mais frio que o atual, a Última Glaciação, conhecida como Würm. Em Portugal são conhecidos vestígios desta glaciação, havendo duas explicações possíveis para este facto: primeiro, a glaciação de Würm ter apagado os vestígios de glaciações anteriores e segundo, as glaciações anteriores ao Quaternário não terem afetado o nosso território. Foi objetivo deste trabalho identificar locais em Portugal que apresentam vestígios de glaciares, nomeadamente vales, circos, blocos erráticos e outros. Algumas montanhas portuguesas, como as serras da Estrela, Peneda e Gerês, mostram efeitos das glaciações (erosão glaciária e também sedimentos depositados pelos glaciares). Por se tratar de altitudes e latitudes relativamente baixas, as condições para a formação e manutenção dos glaciares não persistiram no tempo, como nas montanhas mais altas e latitudes mais elevadas da Europa. Pensa-se, por exemplo, que os vestígios de glaciares na serra da Estrela possam estar relacionados com o pico máximo da última glaciação, datado de 18 a 20 mil anos, durante o qual as temperaturas médias terão atingido valores médios de 10º C abaixo das atuais favorecendo a acumulação de gelo.

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ÁGUAS SUBTERRÂNEAS E INFLUÊNCIA ANTRÓPICA

Diogo Ferreira, Nuno Santos, José Serôdio

Escola Secundária José Falcão Avenida Dom Afonso Henriques, 3001-654 Coimbra

12.º Ano, Turma 3

Palavras-chave: Atividade antrópica; Contaminação; Hidrogeologia. A água doce é um dos recursos naturais mais importante para o Homem, mas o aumento do consumo e a contaminação das reservas são problemas graves que terão de ser geridos e ultrapassados. Embora a água seja um recurso abundante, está a ser explorada a níveis elevados e usada para diversos fins. Neste trabalho pretendemos abordar os diferentes tipos de contaminação das águas subterrâneas e descobrir de que modo a atividade do homem tem influência nessa mesma contaminação. As águas subterrâneas resultam da acumulação de água em quantidade suficiente para ser explorada nos espaços vazios de formações geológicas - aquíferos. Existem dois tipos de aquíferos de acordo com a pressão da água, aquífero livre e aquífero confinado. No primeiro caso, o aquífero localiza-se numa formação geológica permeável, superficial ou subsuperficial, limitada na base por uma camada impermeável e cujo nível da água coincide com o limite superior do aquífero e está à pressão atmosférica. No segundo, o aquífero é limitado no topo e na base por formações impermeáveis e a pressão da água no seu interior é superior à pressão atmosférica. As águas subterrâneas podem ser contaminadas quando se introduzem no meio ambiente elementos nocivos à saúde humana; como microrganismos, substâncias tóxicas orgânicas e inorgânicas ou radioativas. Existem diferentes tipos de contaminantes: urbanos, domésticos, agrícolas, industriais, que podem constituir um problema se não houver cuidado com a proteção deste recurso natural. Assim, torna-se imperativa a sensibilização da sociedade para a importância em de preservar a qualidade das águas subterrâneas no sentido de promover a saúde pública.

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RECONSTRUÇÃO DE PALEOCLIMAS COM BASE NO REGISTO GEOLÓGICO

Rui Fernandes, João Ferreiro, Gustavo Oliveira

Escola Secundária José Falcão

Avenida Dom Afonso Henriques, 3001-654 Coimbra

12.º Ano, Turma 3

Palavras-chave: Glaciações; Geologia; Paleoclimas. Este trabalho teve como objetivo identificar os potenciais usos do estudo do registo geológico em relação aos paleoclimas e ao futuro da espécie humana como nós a conhecemos. Com base nos registos sedimentares, que permitem a reconstrução da história da terra, é possível identificar períodos glaciários (períodos frios) e períodos interglaciários (períodos mais quentes). Visto que estes acontecimentos ocorrem de forma cíclica é possível relacionar os acontecimentos passados com o nosso futuro. Nos últimos 15 milhões de anos temos assistido a alterações nos valores médios de temperatura por vezes com descidas acentuadas. No entanto, dado verificar-se um aumento das emissões de CO2, associado ao efeito de estufa, é de prever uma subida da temperatura média. Assim, estudos e previsões nesta temática poderão permitir um controle de comportamentos, e decisões assertivas para uma melhor sustentabilidade da espécie humana e da biosfera.

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MUDANÇAS AMBIENTAIS E O HOMEM NO PASSADO. QUE FUTURO?

Hugo Agante, Patrícia Girão, Maria Silva, Teresa Silva, Hugo Tellechea

Escola Secundária José Falcão

Avenida Dom Afonso Henriques, 3001-654 Coimbra

12.º Ano, Turma 3

Palavras-chave: Glaciações; Paleoclimas; Paleoclimatologia; Variações Climáticas. Desde os tempos mais remotos até à atualidade, a Terra tem sido alvo de diversas variações climáticas bastante importantes e significativas, as quais a paleoclimatologia se encarrega de estudar. O objetivo do nosso trabalho é compreender as alterações climáticas que ocorreram no passado, de modo a poder responder à pergunta “Que acontecerá no futuro?”. O estudo das rochas e dos seres vivos, que habitaram uma determinada área durante um dado momento da história do nosso planeta, permite a reconstrução de paleoambientes. A história da Terra foi dividida em dois períodos, dependendo das temperaturas registadas e ainda da influência destas na distribuição dos glaciares e do nível médio do oceano, existindo períodos glaciários e períodos interglaciários. Os glaciares são massas de gelo originadas à superfície do planeta Terra que, devido a diversos fenómenos como a acumulação, compactação e ainda a recristalização da neve, se movimentam, ou já se movimentaram no passado. Existem três tipos de glaciares: o de Vale, o Piedmont e o Continental. Nesta pesquisa os materiais utilizados foram computador, livros e manuais escolares. Iniciámos o trabalho recorrendo a uma pesquisa detalhada sobre o tema, procedendo de seguida a uma esquematização. Após analisarmos os vários tipos de glaciares e as alterações que causam ao nível do relevo, sabendo ainda que estes resultam de alterações climáticas e que são cíclicos, podemos concluir que os seus vestígios permitem reconstruir paleoclimas e, possivelmente, prever que o mesmo poderá acontecer no futuro.

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MUDANÇAS AMBIENTAIS E A EVOLUÇÃO DO HOMEM

Joana Benedito, Maria Chão, Bárbara Gil, Mariana Gomes

Escola Secundária José Falcão Avenida Dom Afonso Henriques, 3001-654 Coimbra

12.º Ano, Turma 3

Palavras-chave: Alterações Climáticas; Antropologia; Evolução; Geologia; Hominídeos. As alterações climáticas que ocorreram durante o Pleistocénico influenciaram fortemente a evolução dos hominídeos. Estes fatores introduziram novas pressões seletivas que levaram à evolução de umas espécies e à extinção de outras. As alterações climáticas estão enquadradas na alternância cíclica dos períodos glaciares e interglaciares e, a menor escala, dos interestádios climáticos, demonstrando que o contexto geológico e sua interação com os fenómenos climáticos e ciclos astronómicos condicionam a evolução dos ecossistemas terrestres e a biogeografia dos organismos. Os hominídeos revelaram uma maior adaptação fisiológica a estas mudanças, tendo desenvolvido novas ferramentas que permitiram a sobrevivência do grupo num espaço físico em constante mudança. A espécie humana, da qual somos descendentes, soube resistir às condições ambientais, por vezes extremas, aprendendo a cooperar e a inovar nas técnicas de caça e recoleção de

alimentos. O objetivo deste trabalho é responder à pergunta “Como ocorreu a

evolução dos hominídeos e quais as influências das variações climáticas?”.

Para isso, é necessário compreender de que forma se organizou a evolução destes seres, relacionar estas alterações com as mudanças ambientais que decorreram ao longo da pré-história e, por fim, perceber de que forma é que estes fatores influenciaram as migrações das espécies do género Homo. Após uma investigação detalhada sobre esta temática chegamos a algumas conclusões. Uma série de hipóteses relacionam as modificações causadas pelas alterações climáticas com a especiação dos hominídeos durante os últimos milhões de anos, com destaque para o desenvolvimento do bipedismo, aumento da capacidade craniana, adaptação comportamental, migrações para diversos continentes e inovações culturais.

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COMER EM PENHA GARCIA E MORRER EM AROUCA

Miguel Duarte, João Guilherme

Escola secundária Nuno Álvares Castelo Branco

11.º Ano, Turma D

Palavras-chave: Geoparque de Arouca; Geoparque Naturtejo; Geoturismo; Icnofósseis; Trilobites. As trilobites são uma das mais bem-sucedidas classes de artrópodes marinhos de toda a evolução biológica. Tendo surgido na “explosão de vida” do início do Câmbrico (542 milhões de anos – M.a.), viveram durante toda a Era Paleozoica (542-251 M.a.), tendo atingindo o seu auge no decorrer do Ordovícico (488-443 M.a.). Constituem um dos grupos taxonómicos de invertebrados com maior longevidade no quadro do registo fóssil (viveram durante cerca de 300 M.a.) sendo também um dos que apresenta maior diversidade de formas, embora circunscritas a um padrão morfológico típico, que envolve um corpo segmentado com uma região cefálica (céfalo), um conjunto central de anéis torácicos (tórax) e uma região posterior (pigídeo). Há dois geoparques portugueses nos quais o registo fóssil de trilobites é particularmente rico - Arouca e Naturtejo – situados em espaços onde urge a revitalização económica e demográfica. Os espécimes fósseis de trilobites conservados em Arouca correspondem, para algumas espécies, aos maiores exemplares mundiais. Os icnofósseis existentes em Penha Garcia (Naturtejo) correspondem às marcas do deslocamento das trilobites pelos sedimentos presentes no fundo oceânico, as quais ficaram preservadas nos quartzitos que se formaram a partir dos sedimentos arenosos. Considerando que a evolução dos fluxos turísticos tenderá crescentemente a privilegiar espaços que também potenciem o seu património paleontológico, pretendemos demonstrar a possibilidade e as vantagens inerentes a um trabalho complementar entre estas duas instituições.

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TALASSOTERAPIA: TERAPIA COM ÁGUA SALGADA DO CANHÃO SUBMARINO DA NAZARÉ

Marta Carvalho, Nélia Ferreira, Patrícia Ferreira

Instituto Educativo do Juncal

Rua Santo António, 2480-852 Juncal

11.º Ano, Turma A

Palavras-chave: Água salgada; Canhão submarino; Mineralização; Talassoterapia; Upwelling. A instalação de um centro de Talassoterapia no areal da Nazaré tem suscitado a curiosidade dos habitantes locais e de quem visita a vila. Assim, surgiu a motivação para investigar as potencialidades da talassoterapia e o seu desenvolvimento na Nazaré. O nosso trabalho tem como principais objetivos conhecer os princípios da talassoterapia, caracterizar a água do mar da Nazaré, identificar as condições naturais que tornam a água do mar excecional para tratamentos e analisar o potencial da praia da Nazaré para a instalação de centros de Talassoterapia. Desde os finais do século XIX, a Nazaré ficou famosa pelos seus banhos quentes salgados e que faziam parte das temporadas balneares da sociedade da época. Por isso, a utilização de água do mar para fins terapêuticos tem historial na Nazaré e, embora se tenha perdido no tempo, a tradição está a ser recuperada baseando-se em novos critérios de qualidade aliados às novas tecnologias. A investigação foi iniciada com a pesquisa bibliográfica e, posteriormente, com uma visita ao centro Thalasso-Nazaré, onde foram obtidas mais informações. A talassoterapia baseia-se na utilização de matérias-primas naturais, como a água do mar, algas e lamas marinhas, e no ar marítimo para tratar doenças da civilização, sendo também aplicada ao nível da estética e do relaxamento. Após análise de toda a informação, pudemos concluir que a Nazaré apresenta excelentes condições para o desenvolvimento de infraestruturas de Talassoterapia como um mar de influência Atlântica com forte ondulação/corrente, existência de um canhão submarino que permite fenómenos de upwelling e a recolha, a poucos metros da costa, de águas frias extremamente mineralizadas e muitos turistas para usufruírem destas excelentes condições naturais.

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RECIFES ARTIFICIAS: NOVOS ECOSSITEMAS À BEIRA DO CANHÃO SUBMARINO DA NAZARÉ

Beatriz Beato, Beatriz Ferraria, Adriana Moura, Rita Nogueira, João Rodrigues,

Carlos Silva

Instituto Educativo do Juncal Rua Santo António, 2480-852 Juncal

11.º Ano, Turma B

Palavras-chave: Canhão submarino; Hidrodinâmica; Recifes artificiais; Recursos pesqueiros; Upwelling. A instalação de recifes artificiais, em setembro de 2009, ao largo da enseada da Nazaré tem suscitado a curiosidade dos habitantes locais e de quem tem conhecimento desta ocorrência, tendo, assim, surgido a motivação para investigar as potencialidades destes recifes. Os principais objetivos deste trabalho foram conhecer os princípios subjacentes à instalação de recifes artificiais, caracterizar a plataforma continental da Nazaré, analisar o potencial dessa plataforma para a instalação de recifes e conhecer o seu impacto ambiental. Os recifes artificiais consistem em estruturas colocadas propositadamente no fundo do mar para serem colonizadas pela comunidade biológica que vive no meio aquático. A plataforma continental adjacente à Nazaré, entre a foz do rio Alcoa e o canhão submarino, foi o local escolhido para fundear 1365 unidades de betão ocas em forma de cubo. O objetivo prende-se não só com o aumento dos recursos para pesca comercial e desportiva mas também para a promoção do turismo aquático. Para desenvolver o nosso trabalho iniciamos a investigação através de pesquisa bibliográfica e, posteriormente, fomos recebidos na Câmara Municipal da Nazaré, onde nos foram fornecidas mais informações. Após a análise de toda a informação, pudemos concluir que a Nazaré apresenta excelentes condições para a instalação de recifes artificiais, como a foz do rio Alcoa, que constitui uma fonte de matéria orgânica importante, o canhão submarino, que permite o upwelling de águas altamente mineralizadas, e a plataforma continental que constitui um local aplanado e de pequena profundidade. Se por um lado a instalação de recifes artificiais pode levar ao aumento da quantidade e diversidade de espécies piscícolas, por outro pode ter impactos negativos na alteração das cadeias alimentares. Na hidrodinâmica local também poderão ocorrer impactos negativos como alterações na linha de costa pela ação do transporte, erosão e sedimentação promovidas pelas correntes marinhas.

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MINA DO AZECHE – PRIMEIRA EXTRAÇÃO DE HIDROCARBONETOS EM PORTUGAL?

Lara Almeida, Leandro Cordeiro, Tiago Mimoso, Rita Trindade, Afonso Vazão

Instituto Educativo do Juncal

Rua Santo António, 2480-852 Juncal

10.º Ano, Turma B

Palavras-chave: Asfalto; Hidrocarbonetos; Mina; Património; Petróleo. Desde os primórdios da Humanidade que o Homem teve necessidade de explorar os recursos que a Terra e os seus subsistemas lhe proporcionaram. A sociedade atual está inteiramente dependente de um recurso geológico não renovável, o petróleo, cuja exploração tem tido implicações em todos os subsistemas terrestres. Em Portugal as condições geológicas que permitiram a génese e retenção de hidrocarbonetos, como o petróleo, tornaram possível a sua exploração. O presente trabalho centrou-se no estudo do registo da primeira extração de hidrocarbonetos em Portugal, que se realizou na Mina do Azeche (1843-1930), localizada junto à praia de Vale de Paredes, no concelho de Alcobaça e que, na altura, passou a constituir um novo tipo de indústria, sem que se tivesse a noção da real importância desse recurso geológico. Nessa zona, a existência dessa exploração mineira também se reflete no topónimo do pequeno povoado atualmente existente, Mina. O trabalho consistiu num levantamento bibliográfico inicial, numa caracterização geológica do local e numa saída de campo para identificação dos vestígios do património existente. Na região em estudo, desde a praia da Mina (a norte) até à praia do Vale Furado (a sul), numa extensão de 2km, são visíveis afloramentos do Cretácico Inferior e Superior (65 a 145 milhões de anos) e Terciário. No local da Mina do Azeche foram identificados sedimentos betuminosos, conjuntamente com arenitos e conglomerados. A realização do trabalho permitiu constatar a existência de um património histórico relacionado com o início da exploração de hidrocarbonetos em Portugal, os quais serviram, essencialmente, para aplicação no asfaltamento de ruas de Lisboa.

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VESTÍGIOS DE UMA PRAIA JURÁSSICA NO CONCELHO DE PORTO DE MÓS

Eduarda Carreira, Sandrina Rodrigues, Rita Silvério,

Carolina Sousa, Rafaela Sousa

Instituto Educativo do Juncal Rua Santo António, 2480-852 Juncal

10.º Ano, Turma A

Palavras-chave: Calcário; Equinodermes; Jurássico; Maciço Calcário Estremenho; Paleontologia. Tendo como ponto de partida os conteúdos de Geologia do 10.º ano, “As rochas, arquivos que relatam a história da Terra”; “A medida do tempo e a idade da Terra” e “Os princípios básicos do raciocínio geológico” e sabendo da existência de uma pedreira abandonada onde foi encontrado um interessante conjunto de fósseis, o trabalho centrou-se numa pesquisa sobre o tipo de organismos encontrados e as particulares condições de fossilização. Para a concretização do trabalho foi efetuada uma pesquisa bibliográfica, seguida de uma saída de campo à Pedreira da Ladeira (freguesia de S. Bento, concelho de Porto de Mós, distrito de Leiria), com o objetivo de efetuar um levantamento do património paleontológico em estudo. Foi possível encontrar um conjunto de fósseis de três grupos de equinodermes, nomeadamente Asteroidea (estrelas-do-mar), Echinoidea (ouriços-do-mar) e Crinoidea (lírios-do-mar); marcas de ondulação (ripple marks) e prováveis pegadas de dinossauro. Os fósseis encontrados no Maciço Calcário Estremenho são do Jurássico Médio (170-166M.a.) e permitem aplicar o Princípio das Causas Atuais, pelo que na altura da sua formação o ambiente seria aquático marinho e pouco profundo. O local em estudo revelou-se bastante interessante pelo seu potencial fossilífero e sedimentológico, o qual permitiu efetuar uma relação entre os conteúdos teóricos abordados na disciplina de Biologia e Geologia e um aspeto real relacionado com a geodiversidade da região onde se enquadra a escola. A área estudada poderia, no futuro, incluir um circuito pedestre e painéis explicativos dos processos de fossilização e dos fósseis encontrados, uma mais-valia para a interpretação e valorização da geodiversidade da região. No entanto, mais tarde, foram noticiados aspetos relacionados com a remoção de muitos dos fósseis identificados, o que se considerou uma delapidação do património local, na medida em que o vasto património paleontológico do concelho poderia integrar um geomonumento ou um geossítio, com impacto no geoturismo local.

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FÓRNEA - UM ANFITEATRO GEOLÓGICO

Luís Paulo, Rui Parrilha, Simão Virgílio

Instituto Educativo do Juncal Rua Santo António, 2480-852 Juncal

12.º Ano, Turma A

Palavras-chave: Geologia; Geomorfologia; Maciço Calcário Estremenho; Modelado cásico. A Fórnea localiza-se na aldeia de Alcaria, concelho de Porto de Mós, distrito de Leiria, inserido na unidade morfoestrutural do Maciço Calcário Estremenho. O Maciço Calcário Estremenho está localizado a cerca de 20 Km do Oceano Atlântico e possui uma altitude máxima de 680 m. As características desta região levaram à sua proteção em 1979, constituindo-se o Parque Nacional das Serras de Aire e Candeeiros. Do ponto de vista morfológico, podem distinguir-se no Maciço Calcário Estremenho do PNSAC, quatro subunidades – a Serra dos Candeeiros a Oeste, o Planalto de Santo António ao Centro e Sul, o Planalto de S. Mamede e a Serra de Aire, a Norte e Este respetivamente. O Anfiteatro natural da Fórnea tem, na sua origem e modelado, fatores complexos, de natureza cársica, estando dependentes de processos estruturais (litológicos e tectónicos), contribuindo para o modelado os fenómenos de erosão que remontam a períodos mais frios que o atual. Também os lapiás, considerados formas cársicas de dimensão mais reduzida, são os que melhor evidenciam a existência de processos de dissolução à superfície, combinados com a ação dos seres vivos. A Fórnea situa-se no Planalto de Sto. António, e daí podemos observar as unidades geomorfológicas: Polje de Alvados e Planalto de S. Mamede e a Serra de Aires. Esta, na escala do tempo geológico, insere-se no Mesozoico, sendo os seus constituintes geológicos principais maioritariamente do período Jurássico Inferior. Á semelhança da maior parte da Orla Meso-Cenozoica, as unidades do Liásico médio e superior mostram, nesta região, uma espessa acumulação margo-calcária (cerca de 220 m). Esta acumulação margo-calcária corresponde a um conjunto alternante de margas calcárias de calcários margosos, mais micríticos para o topo, onde as margas estão praticamente

ausentes.As unidades apresentam grande abundância de rinconelídeos,

bivalves endobentónicos, bivalves, e amonites.

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“PROJETO MINERAL X”: FLUORITE

Ana Luís, Daniela Silva, João Silva

Universidade de Coimbra Faculdade de Ciências e Tecnologias Departamento de Ciências da Terra

Licenciatura em Geologia

Palavras-chave: Fluorite; Mineral; Mineralogia; Projeto; Propriedades físicas. Este trabalho foi realizado no âmbito do “Projeto Mineral X”, desenvolvido nas aulas práticas da disciplina de Mineralogia, do 1º ano da Licenciatura em Geologia, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC). Tem como objetivo a descrição e classificação de um exemplar de um mineral pertencente à coleção didática do Laboratório de Petrografia do Departamento de Ciências da Terra (DCT). Com base nas propriedades físicas determinadas foi elaborado um relatório com as características desse mineral e com a sua identificação. A fluorite é um mineral cujo nome deriva do latim fluere, que significa fluir, devido ao seu baixo ponto de fusão (1360 °C), relativamente a outros minerais semelhantes. Devido a esta característica é bastante utilizado em metalurgia como fundente, isto é, para reduzir os pontos de fusão de metais ou minerais. Este mineral está presente em alguns tipos de rochas ígneas e sedimentares. Com a realização deste projeto está implícito o uso de métodos expeditos de identificação de minerais, utilizados nas aulas práticas. A dureza relativa foi identificada através de comparação com a escala de Mohs e a densidade relativa foi determinada com a balança de Jolly. Foi ainda efetuada a projeção estereográfica de um cristal de fluorite. A fluorite apresenta cor violeta, a sua risca é branca e o brilho é vítreo. Quanto à diafaneidade é transparente, a sua dureza é 4 e a densidade relativa é 3,18. A fluorite apresenta fluorescência azul. Pode ser triboluminescente, ou seja, irradia luz visível quando sujeita a pressão, esmagamento ou atrito e, também, termoluminescente, porque emana luz visível devido ao aquecimento abaixo do ponto de incandescência.

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“PROJETO MINERAL X”: GOETHITE

Daryl Bento, João Neves, Daniela Reis

Universidade de Coimbra Faculdade de Ciências e Tecnologia Departamento de Ciências da Terra

Licenciatura em Geologia

Palavras-chave: Mineral; Mineralogia; Propriedades físicas; Propriedades químicas; Sistemática. O “Projeto Mineral X” insere-se no âmbito da disciplina de Mineralogia, do 1.º ano da Licenciatura em Geologia, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra. Este projeto de estudo tem como objetivo a classificação de um mineral, inicialmente desconhecido, identificado pela letra X, com base na análise das suas propriedades físicas e químicas. Um mineral é um sólido homogéneo, natural, com uma composição química definida e um arranjo atómico altamente ordenado, sendo, normalmente, formado por processos inorgânicos (International Mineralogical Association, 2014). Insere-se no âmbito da Mineralogia o estudo dos processos geológicos ligados à génese dos minerais, as suas propriedades, estrutura, nomenclatura e sistemática. De forma a classificar o mineral X, foram analisadas as propriedades físicas: 1) cor, 2) risca, 3) brilho, 4) diafaneidade, 5) dureza relativa, 6) densidade relativa, 7) hábito, 8) clivagem e fratura, 9) outras propriedades, como magnetismo e odor. Estas propriedades foram determinadas recorrendo a métodos e testes de identificação de minerais utilizados nas aulas práticas de Mineralogia, tais como a escala de Mohs (usada para determinar a dureza relativa) e a balança de Jolly (usada para determinar a densidade relativa). Concluiu-se que o mineral X representava uma amostra de goethite. Uma vez identificado o mineral procedeu-se à sua classificação, segundo Dana e segundo Nickel-Strunz. Por fim, investigaram-se outros tópicos relacionados com a goethite, como: 1) fórmula química, 2) sistema cristalográfico, 3) ocorrência em Portugal, entre outros. Com este projeto, pudemos aprofundar e aplicar os conceitos lecionados nas aulas teóricas e práticas da disciplina de Mineralogia.

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CONFERÊNCIAS

No âmbito do IX Congresso dos Jovens Geocientistas serão proferidas três

conferências no âmbito das Geociências, demonstrando a importância deste

campo de conhecimento no passado, no presente e no futuro.

1. “Cristais que são tesouros – Do manto da Terra a símbolo de poder e

riqueza”.

Conferencista: Prof. Doutor Manuel Maria Godinho (Professor

Catedrático Aposentado, Departamento de Ciências da Terra, Faculdade

de Ciências e Tecnologia, Universidade de Coimbra).

2. “Matemática e Geologia - alguns exemplos”

Conferencista: Prof. Doutor Jaime Carvalho e Silva (Professor

Associado, c/ Agregação, Departamento de Matemática, Faculdade de

Ciências e Tecnologia. Universidade de Coimbra).

Resumo da Conferência

Serão passados em revista, de forma breve e informal, alguns temas

de Geologia que têm merecido um tratamento matemático sofisticado,

com a criação de modelos matemáticos que têm permitido análises

mais precisas, uma melhor compreensão de certos fenómenos e

ensaios de previsão científica. Alguns exemplos focados estarão

relacionados com os tsunamis, os tremores de terra, a estrutura do

interior da Terra, as avalanches, a estrutura dos planetas do sistema

solar e a deteção remota. Muitos destes temas foram objeto de

renovado interesse com a atividade internacional da "Matemática do

Planeta Terra".

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XI CONGRESSO DOS JOVENS GEOCIENTISTAS

VAMOS PERGUNTAR À TERRA...

No Ano Internacional da Matemática do Planeta Terra (2013) E No Ano Internacional da Cristalografia (2014)

Organização: Departamento de Ciências da Terra Faculdade de Ciências e Tecnologia Universidade de Coimbra

PROGRAMA DO DIA 07 DE MARÇO DE 2014 AUDITÓRIO DO EDIFÍCIO CENTRAL DA FCTUC (PÓLO II)

08:30 – Receção e entrega de documentação

09:00 – Sessão de Abertura do IX Congresso dos Jovens Geocientistas “Vamos perguntar

à Terra...”

09:30 – Conferência, por Manuel Maria Godinho, Professor Catedrático Aposentado,

Departamento de Ciências da Terra, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade de

Coimbra: Cristais que são tesouros – Do manto da Terra a símbolo de poder e

riqueza

Apresentações orais (10:00 - 11:00)

10:00 – Caberá um gato?

Filipa Jahnke, Jéssica Dias, Maria Inês Roque

Escola Secundária D. Duarte (Coimbra)

10:10 – Bioestratigrafia da pedreira do Casal dos Carecos

Mariana Aguilar, Nuno Almeida, Teresa Araújo, Beatriz Caetano

Colégio Rainha Santa Isabel (Coimbra)

10:20 – Geologia de Coimbra

Ana Carolina Ferraz, Bruno Malta, Ana Carolina Marques e Carla Pinheiro

Escola Secundária D. Dinis (Coimbra)

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10:30h às 11:00h - Intervalo e Sessão de Pósteres (11:00 – 11:30)

11:00 – 11:30 – Conferência, por Jaime Carvalho e Silva, Professor Associado, c/

Agregação, Departamento de Matemática, Faculdade de Ciências e Tecnologia.

Universidade de Coimbra: Matemática e Geologia - alguns exemplos

Apresentações orais (11:30 – 12:00)

11:30 – Paleoecologia do Cenomaniano-Turoniano em Tentúgal (Coimbra)

Diana Alves, Maria Cunha, Carlota Mateus, Joana Reis

Colégio da Rainha Santa Isabel (Coimbra)

11:40 – Isostasia- sobe e desce, porquê?

Inês Alegre; Carolina Araújo; Catarina Ferreira; Beatriz Prósperi; Laura Santos.

Escola Secundária José Falcão

11:50 – Um percurso pelo canhão fluviocársico de Vale de Poios

Diogo Almeida; Gabriela Pereira; Eunice Rodrigues; Ana Serra

Agrupamento de Escolas de Pombal (3º Ciclo do Ensino Básico)

12:00 – Coimbra em Vertentes

Inês Carneiro; Inês Matos; Bárbara Ribeiro

Escola Secundária José Falcão

12:10 – Serra de Mangues - Os dinossáurios andaram por ali

Tomás Alvim, Sofia Cruz, Luana Gouveia e Carlos Marques

Agrupamento de Escolas de Paço de Arcos

12:20 – Para saberes onde se localiza um vulcão, a matemática entra em ação.

João Calé; Joana Ferreira; Ana Francisco; Gabriel Santos

Escola Secundária D. Duarte (Coimbra)

Almoço livre (12:30 – 14:00)

14:00 – Recifes artificiais: Novos ecossistemas à beira do canhão submarino da

Nazaré

Adriana Moura; Beatriz Beato; Beatriz Ferraria; Carlos Silva; Rita Nogueira

Instituto do Juncal

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14:10 – Dinâmicas Geológicas em Viseu: olhares cruzados de jovens geocientistas

do 12º ano

Sandrina Cunha; Mariana Duarte; Bárbara Monteiro e Pedro Santos

Escola Secundária de Viriato

14:20 – Avaliação comparativa da qualidade da água do rio Zêzere a montante de

Manteigas e na sua confluência com o rio Tejo

Mariana Amaral, Inês Duarte, Ana Gil

Escola Secundária c/3º ciclo de Amato Lusitano

14:30 – Quando tudo desaba!

Inês Oliveira; Tatiana Santos; Telma Rodrigues

Escola Secundária D. Duarte (Coimbra)

14:40 – Ordenamento do Território e a Matemática aqui tão perto

Nuno M. Oliveira, Paula Paiva, Mário Q. Ferreira, Celeste R. Gomes

15:10 – Vulcanologia e Matemática: Uma erupção de números

Carlos A. Barata, Paulo Magalhães, Maria M.V. Silva, Celeste R. Gomes

15: 30 – Os números dos sismos

Carla S. Marques, Paulo Magalhães, Fernando C. Lopes, Celeste R. Gomes

15: 50 – O IX Congresso dos Jovens Geocientistas: Vamos perguntar à Terra no Ano

Internacional da Cristalografia

Celeste R. Gomes, Elsa C. Gomes

O X Congresso dos Jovens Geocientistas: Vamos perguntar à Terra no Ano

Internacional da Cristalografia (2014) e no Ano Internacional da Luz (2015)

Celeste R. Gomes, Ana I. Rola, Ana Castilho, Elsa C. Gomes, Fernando C. Lopes, Maria

M.V. Silva, António L. Saraiva, Alcides Pereira

Sessão de Pósteres (16:10 – 16:30)

16:30 – Sessão de encerramento

Comissão Organizadora

Celeste R. Gomes, Ana I. Rola, Ana Castilho, Elsa C. Gomes, Fernando C. Lopes, Maria

M.V. Silva, António L. Saraiva.