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ELEMENTOS DE GEOLOGIA

CLARISMAR DE OLIVEIRA CAMPOS

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ELEMENTOS DE GEOLOGIA

CLARISMAR DE OLIVEIRA CAMPOSEngo. Agro. Dr. Professor concursado

PETROLINA, PE JULHO, 2009

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Campos, Clarismar de Oliveira, Elementos de Geologia / Clarismar de Oliveira Campos. Petrolina: [s.n.], 2009.2a.ed. iv, f. : il. Color., grfs., tabs.

1.

Geologia. 2. Rochas. 3. Minerais. I. Campos, Clarismar de Oliveira Campos.

4

Espao e tempo uma descoberta humana, para entender os acontecimentos evolucionistas e a prpria cincia. Para Deus, no existe espao e nem tempo, pois magnificamente Ele , espao e tempo.

No se deve ir atrs de objetivos fceis. preciso buscar o que s pode ser alcanado por meio dos maiores esforos. Se no fosse fsico, acho que seria msico. Eu penso em termos de msica. Vejo minha vida em termos de msica. Albert Einstein (1879-1955) ( Galileu, no 161 ) Estudante, estando no terceiro grau, voc mais criador de texto do que interpretador. Pense nisso.

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APRESENTAO A geologia uma cincia fantstica, pois foi atravs da mesma que a humanidade pde, ao longo do tempo, resistir e desmistificar os preconceitos do surgimento do universo, formao do nosso sistema solar e da gnese da Terra. As observaes astronmicas nos conduzem a pelo menos duas reflexes para os temas da origem do Universo e da matria nele concentrada: Uma viso retrospectiva, onde a observao das feies mais distantes nos leva a informaes de pocas passadas, so as observaes das regies no limite do observvel, que refletem eventos h vrios bilhes de anos. Uma viso comparativa, que possibilita a reconstruo do ciclo de evoluo estelar, visto existir uma grande diversidade de tipologia nas estrelas, em relao sua massa, tamanho, cor, temperatura, idade etc. Sabe-se que a vida de uma estrela muito longa, bilhes de anos, e o grande nmero delas faz com que seja possvel verificar a existncia de muitas delas em diferentes fases de evoluo estelar, desde a sua formao at o seu desaparecimento ou a sua transformao em outro objeto diferente no Universo. Quando perguntamos como foi criado o Universo, uma das respostas mais comum que foi criado por Deus, ora isso o bvio do bvio, o ser estudioso necessita de um embasamento cientfico, de leitura, para colocar em prtica o seu lado crtico criador, para responder a essa pergunta, para tanto, nesta apostila, tanto na parte escrita, como nas sugestes de leitura, o discente poder criar o seu embasamento para responder e esta questo e outras muito interessantes. Para os cientistas realizarem a reconstituio da histria da Terra, eles se

baseiam nos estudos das rochas e dos fsseis. O estudo dos fsseis, isto , dos restos ou vestgios de seres orgnicos vegetais ou animais - que deixaram suas marcas nas rochas sedimentares da crosta terrestre, permite aos estudiosos saber tambm sobre o passado da Terra, para tanto os especialistas criaram uma terminologia apropriada. A paleontologia. Uma das grandes preocupaes da humanidade saber a idade da Terra, esse tema tem acompanhado os cientistas por muitos sculos e a primeira tentativa, foi baseada nas observaes contidas na paleontologia, entretanto, ficava muito emprico visto no possuir uma base cientfica consistente, apesar de ser aceita pelo mundo cientfico. Com o avano da cincia, com o conhecimento sobre a radioatividade, tornou-se possvel a determinao do tempo que leva para darse a transmutao de um elemento em outro, o que se d pela mudana do nmero atmico, com perda de eltrons, mais partculas do prprio ncleo do tomo e energia, sob a forma de radiaes, com esses avanos cientficos, os cientistas podem, hoje, fazer a datao dos principais eventos da Terra. O conhecimento das principais caractersticas do Sol, Lua e da Terra, so importantes para o desvendamento sobre a evoluo da vida e das transformaes por que passou e passa o nosso planeta. A meteorologia uma ferramenta importante para melhor entendermos o nosso planeta, ensina quais aparelhos utilizamos e como tomar os dados, saber conviver com as adversidades muito importante, principalmente no nosso semirido, onde impera a indstria da seca. O autor

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SUMRIOASSUNTOS Apresentao CAPITULO I Noes de geologia, teorias sobre o universo, gnese da terra, paleontologia, processos de datao, astros, movimentos da terra e meteorologia. CAPITULO II Estrutura da terra; processos endgenos e exgenos; tectnica de placas e deriva continental; terremotos / ondas ssmicas; vulces; magma e vulcanismo; produtos vulcnicos; vulcanismo e seus efeitos no meio ambiente; vulcanismo e seus benefcios; formao das montanhas. PGINA 5

7-31

32-57

CAPITULO III Minerais e rochas; estrutura cristalina; principais minerais; argilominerais; importncia do conhecimento; rochas gneas ou magmticas; rochas sedimentares; rochas metamrficas

58-69

CAPITULO IV Solo, fatores de formao do solo, perfil do solo, cassificao brasieira de solos, fraes do solo, atividades das partculas do solo, textura do solo, estrutura do solo, clculos analticos interpretaes. CAPITULO V Excurso, uma prtica pedaggica na aprendizagem

70-79

80-86

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CAPITULO INOES DE GEOLOGIA, TEORIAS SOBRE O UNIVERSO, GNESE DA TERRA, PALEONTOLOGIA, PROCESSOS DE DATAO, ASTROS, MOVIMENTOS DA TERRA E METEOROLOGIA.APRESENTAO Da mesma forma que podemos dividir a nossa vida em etapas, infncia, juventude, maturidade e velhice; a existncia da Terra tambm pode ser dividida em vrios momentos. Quanto a formao da Terra a teoria mais aceita hoje, chamada de acreao, que com o acumulo destas partculas de diversos tamanhos, formaram planetsimos, protoplanetas e planetas. A Terra primitiva era muito quente, devido a liberao de energia cintica durante seu crescimento, decadncia de elementos radioativos em seu interior. O derretimento parcial do interior da Terra permitiu que o ferro e o nquel mais densos ficassem no centro, formando um ncleo metlico. O magma rico em slica subir at a superfcie para formar um oceano de magma. O material restante entre o ncleo e o oceano de magma formou o manto. O oceano de magma teria esfriado para formar uma camada de crosta basltica como est presente em baixo dos oceanos hoje. A crosta continental seria formada depois. Esse perodo chamado de on PrCambriano, compreendendo cerca de 4/5 da histria da Terra. As rochas que restam desse tempo so principalmente cristalinas, isto , formadas diretamente por resfriamento e solidificao do magma e por sedimentos consolidados, que foram submetidos a altas presses e temperaturas, adquirindo consistncia semelhante das rochas cristalinas primitivas. Do ponto de vista geolgico, nesse perodo ocorreu o resfriamento da Terra e os minerais solidificados formaram as primeiras rochas magmticas. No Proterozico, ocorreu a primeira crise de poluio , visto que h aproximadamente 2,2 bilhes de anos atrs, em diversas partes da Terra encontrou-se evidncias da presena de xidos de ferro em paleossolos (solos antigos), onde ocorrem camadas vermelhas que contm xidos de ferro, apontando um aumento razoavelmente rpido nos nveis do oxignio. O oxignio no Arqueano representava menos de 1% dos nveis atuais, mas h aproximadamente 1,8 bilho de anos, os nveis de oxignio aumentaram, atingindo cerca de 10% acima dos nveis atuais. O on Fanerozico, graas aos inmeros tipos de sedimentos que se originaram nas vrias partes do mundo, devido o trabalho das guas, dos ventos, das geleiras e dos prprios seres vivos sobre as rochas do Pr-Cambriano, desgastando-se, transportando-as e redepositando-as em diferentes condies e locais do planeta.

GEOLOGIA DEFINIO Etimologicamente falando a palavra vem do Grego que quer dizer GEO = Terra e LOGOS = pensamento, cincia, em tese a cincia que estuda a Terra. a cincia que estuda a Terra, sua formao, composio, seus processos

8internos, externos e sua evoluo no espao e no tempo. A geologia como cincia, procura decifrar a histria geral da Terra, desde o momento em que se formaram as rochas at o presente, distinguindo-se, para efeito didtico, em Geologia Geral ou Dinmica e Geologia Histrica. Dinmica o estudo da composio, estrutura e dos fenmenos genticos formadores da crosta terrestre, assim como do conjunto geral de fenmenos que agem no somente sobre a superfcie, como tambm em todo o interior do nosso planeta. HISTRICA Estuda e procura datar cronologicamente a evoluo geral, as modificaes estruturais, geogrficas e biolgicas ocorridas na histria da Terra. RAMIFICAES DA GEOLOGIA PETROLOGIA: a cincia das rochas no sentido estrito, constituindo a base das cincias geolgicas, importante porque atravs dos processos de transmutao dos elementos, chega-se a fazer a datao das rochas, composio qumica e cristalografia. PALEONTOLOGIA: descreve e classifica os antigos seres viventes que se encontram nas rochas. ESTRATIGRAFIA: ordena as rochas estratificadas (estratos) sistematizando-as a partir das mais antigas. GEOGRAFIA: a cincia cujos campos de ao esto na superfcie da Terra e seus habitantes. PEDOLOGIA: estudo do solo, formao, perfil, anlises fsica e qumica. a base para os projetos de ocupao da agropecuria, estradas, construes e notadamente para os projetos de irrigao.

UM POUCO DE HISTRIA Observando os depsitos fluviais, Tales de Mileto ( 636-648 a C ) dizia que a gua era o agente formador de toda a Terra. J Anaxmenes ( 480 a C ) dizia ser o ar; Herclito (576-480 a C) dizia que era o fogo. Aristteles (384 322 a C ) afirmava que os terremotos eram produzidos por fortes ventos dentro da Terra, que produziam as erupes vulcnicas, j Sneca ( 2- 63 d C ) dizia que a frico produzida pelos ventos determinaria o aumento da temperatura, inflamando os depsitos de enxofre e outros combustveis originando-se esto os fenmenos vulcnicos. Estrabo (63 a C 20 d C) reconheceu o Vesvio como um vulco dormente, cita em suas obres o afundamento e ressurgimento de ilhas. Caio Plnio Segundo considerado o primeiro mrtir da cincia, pois em 79 d C morreu observando o funcionamento da erupo vulcnica do Vesvio, entretanto foi um perspicaz observador da natureza, escreveu 37 volumes sobre a histria da natureza, sendo que os 5 ltimos volumes foram dedicados ao reino mineral. Avicena ( 979 1073 d C ), mdico rabe, discordou de vrias teorias de Aristteles. Leonardo da Vinci ( 1452 1519 ) em meados do sculo XV, corrige muitas idias, inventa o telescpio, fala sobre o origem correta dos fsseis e do papel da eroso na formao das montanhas e rios. Gergio Agrcola (1494 1555 d C ), mdico, entre os diversos trabalhos geolgicos que publicou destacou-se De re metlica tratado sobre a tcnica da minerao e da mineralogia. Nicolas Steno (1631 1687 ) mdico e eclesistico estudou sobre as rochas, falou sobre a geologia fsica, estratigrafia e tratou da histria geolgica da Terra. Foi o primeiro a apresentar por meio de perfis a evoluo geolgica de uma rea, escreveu um famoso livro De slido inter solidum naturaliter contento, foi o primeiro a verificar a constncia do ngulo formado por faces idnticas dos cristais, formulando a idia do crescimento dos cristais em meio lquido. Buffon (1707 1788 ) influenciado pelos ensinamentos da sagrada escritura,

9subdividiu a histria geolgica da Terra em 7 grandes pocas. Abraham Werner (1749 1815) e James Hutton (1726 1797 ) so considerados os pais da geologia atual. Werner defendia a corrente Netunista, baseiava-se na histria bblica segundo a qual todas as rochas tinham o seu incio num oceano de guas espessas e turvas que cobriam a superfcie da Terra. As rochas calcrias, granticas e baslticas formaram-se a partir de precipitados qumicos. J Hutton pertencia a corrente Uniformista, contestou a teoria do dilvio, verificou perturbaes de rochas, seqncias de estratos, cortes inclinados etc. Concluiu que todas as rochas se formaram de material levado de outras rochas mais antigas, explicando a formao de todas as rochas. Em resumo, a eroso e o tempo foram os responsveis. Uma frase de Button causou na poca uma grande polmica No encontramos nenhum sinal de um comeo, nenhuma perspectiva de um fim. William Smith (1769 1839), no tendo nada a ver com a briga das correntes Netunista e Uniformista, em trabalhos de canais (canal Somerset) e de vrias UNIVERSO A Astronomia nos ensina que o cosmo formado por incontveis estrelas, planetas, asterides, etc. formando as galxias. Neste mundo inimaginvel observamos que os astros dispem-se de uma maneira ordenada, seguindo hierarquias. As estrelas agrupam-se primeiramente em galxias, cujas dimenses so da ordem de 100.000 anos-luz de forma elptica ou espiral. A estrutura interna das galxias pode conter mais de 100 bilhes de estrelas de todas as dimenses, com incontveis particularidades, podendo citar como exemplo os quasars, objetos com dimenses ao nosso sistema solar, contendo imensa quantidade de energia (possivelmente Rdio) que brilha com grande intensidade. Cada quasars provavelmente o ncleo de uma galxia remota, observa-los significa testemunhar os primeiros tempos do Universo. As galxias podem conter enormes espaos estradas na Inglaterra, descobriu que os sedimentos de cada poca tinham seus fsseis, surgindo de suas pesquisas o primeiro mapa geolgico, com divises estratigrficas baseadas nos fsseis. Eduard Suess (1831 1914 ) esclareceu a histria fsica da crosta e sintetizou a constituio geolgica do globo terrestre na sua imortal obra Das Anttitz der Erde. No fim do sculo passado, duas instituies foram importantes para o desvendamento dos mistrios do nosso planeta, que so: Geological Society of London e Socit Gologique de France, que tinham como finalidade estudar em conjunto os problemas geolgicos e as discusses dos novos dados coletados. O incremento da geologia foi progressivo, continuando a ser at hoje, onde os principais trabalhos so publicadas nas seguintes revistas: Taschenbuch der geologie and geoguoste, Jahrbuch fur mineralogie, Geognosie, Geologie and petrefaktenkunde e The american journal of sciences.

interestelares de baixa densidade, mas tambm regies de densidade extrema, os buracos negros, que podem sugar qualquer matria, em virtude de sua gigantesca fora gravitacional, nem mesmo a luz consegue escapar dos buracos negros. Quem olha para o cu numa noite escura sem o auxlio de um telescpio pode ver at 6 mil estrelas brilhando, parece muito mais no , os astrnomos presumem a existncia de pelo menos 100 bilhes de galxias, cada uma contendo outros inimaginveis 100 bilhes de estrelas, profundamente afastadas no espao e no tempo. Esses astros vo entrando em colapso lentamente como conseqncia de sucessivas exploses csmicas e o material de sua composio acaba se espalhando pelas galxias. O Universo conhecido se encontra projetado num disco de 40 bilhes de anos luz de dimetro, as galxias por sua vez, se agrupam formando os aglomerados, que podem conter algumas dezenas a alguns

10milhares de galxias. A Via Lctea pertence ao Grupo Local, que inclui tambm a galxia de Andrmeda (M 31) e as Nuvens de Magalhes (M 33) ou Nebulosa do Tringulo, com um dimetro de cerca de 150 milhes de anos-luz, estando afastadas da Via Lctea por 2,2 e 2,3 milhes de anos-luz, respectivamente. A nossa Via Lctea uma galxia do tipo espiral, tem cerca de 100 mil anos-luz de dimetro, sendo constituda por 250 bilhes de estrelas.O o nosso Sol est localizado em brao perifrico da galxia, chamado de Orion, com dimetro de 7 mil anos-luz. O Sol se move a 250 quilmetros por segundo e desde que surgiu, at agora, ele deu 23 voltas em torno do centro da Via Lctea A Via Lctea possui tambm um ncleo, onde aparecem os agrupamentos das estrelas jovens. Para compreender o Universo que habitamos, devemos fazer um passeio at os limites do que foi observado pela cincia, podemos ter como ponto de partida o sistema solar, onde esto a Terra e os outros planetas, a partir da, a viagem se d por etapas, em primeiro lugar, a Galxia em que se encontra o Sol e seus planetas e as estrelas e constelaes prximas; em seguida, a Via Lctea, depois o chamado Grupo Local ( o aglomerado de galxias formada pela Via Lctea e suas vizinhas), o Superaglomerado Local a que pertence o Grupo Local e, finalmente, os limites do Universo observvel pelos instrumentos mais sofisticados de medio. As observaes astronmicas nos conduzem a pelo menos duas reflexes para os temas da origem do Universo e da matria nele concentrada: Uma viso retrospectiva, onde a observao das feies mais distantes nos leva informaes de pocas passadas, so as observaes das regies no limite do observvel, que refletem eventos h vrios bilhes de anos. Uma viso comparativa, que possibilita a reconstruo do ciclo de evoluo estelar, visto existir uma grande diversidade de tipologia nas estrelas, em relao sua massa, tamanho, cor temperatura, idade etc. Sabe-se que a vida de uma estrela muito longa, bilhes de anos, e o grande nmero delas faz com que seja possvel verificar a existncia de muitas delas em diferentes fases de evoluo estelar, desde a sua formao at o seu desaparecimento ou a sua transformao em outro objeto diferente no Universo. Para entender a evoluo sobre a evoluo do Universo, devemos recorrer a vrios cientistas em diversas pocas, vejamos como se avanou neste campo: A hiptese de Laplace ( 1796 ) Foi elaborada em 1796, essa teoria foi aprimorada com o tempo, hoje em dia, grande parte dos astrnomos procura unir a teoria de Laplace com o Big-bang, que explica a origem do Universo. Sistema esttico ( 1937 ) Albert Einstein, quando formulou a Teoria da Relatividade, trabalhava com a concepo de que o universo era esttico, ou seja no se expandia, isso levado por suas crenas crists. A teoria era to boa que contrariava matematicamente a concepo errnea de seu criador. As equaes de Einstein apontavam justamente o contrrio. O universo s poderia se expandir, e violentamente. Seus clculos s davam certo levando em conta um universo em movimento. Einstein contornou momentaneamente o problema criando a constante cosmolgica, uma varivel que, encravada nas equaes, conseguia fecha-las para os clculos num universo esttico. Mais tarde Einstein confessou ao fsico George Gamow que a introduo da constante cosmolgica foi o maior erro de sua vida. Sistema aberto ( 1929 ) Quase uma dcada aps a publicao da Teoria da Relatividade, o fsico americano Edwin Hubble (1889-1953) em 1929, props o modelo de universo em expanso. No era preciso uma anti-gravidade para evitar o deslocamento das galxias. Einstein, ento entendeu qual era o problema de suas equaes. A Teoria da Relatividade

11reproduzia as leis do universo com tal clareza que bastou desprezar a constante cosmolgica para que suas regras fizessem sentido outra vez. Hubble inferiu da que um dia as galxias estiveram unidas num nico ponto, surgindo da a idia do Big-Bang, a exploso criadora do universo. Tambm surgiu uma dvida: quando isso ocorreu? Hubble calculou a idade do cosmo em dois bilhes de anos, nmero impossvel pois j se conheciam na poca rochas terrestres com o dobro dessa idade ( o sistema solar tem 4,6 bilhes de anos ). Para descobrir a idade correta, faltava aos astrnomos a tecnologia para medir as distncias e a velocidade de afastamento das galxias. Passados 70 anos, oito anos de trabalho intenso do telescpio espacial Hubble, chegou-se ao resultado. O Big Bang foi h 15 bilhes de anos, anunciaram solenemente na revista Science pesquisadores de universidades dos EUA, da Austrlia e da NASA. To importante quanto essa descoberta foi a constatao de que, em vez de desacelerar, a expanso est acelerando. Conclui-se da que, num futuro remoto, digamos, daqui a meio trilho de anos, mesmo os telescpios mais potentes sero incapazes de focalizar as galxias vizinhas da Via Lctea. A prova do Big bang, s ocorreu em 1965 por Arno Penzias e Robert Wilson do laboratrio Bell (Estados Unidos) Prmio Nobel, 1978 (Radiao de fundo). A descoberta dos rudos remanescentes da grande exploso aconteceu por acaso em 1964, numa montanha do Estado americano de Nova Jersey, os astrnomos Arno Penzias e Robert Wilson passaram a primavera de 1964 tentando medir a intensidade das ondas de rdio emitidas por uma galxia. Dispunham da mais moderna tecnologia da poca, desenvolvida pela empresa telefnica americana Bell, que instalou para a dupla uma potente antena na montanha. A experincia no dava certo devido a um estranho zumbido, de origem no identificada. Durante semanas, Penzias e Wilson tentaram, sem sucesso, isolar a antena do persistente sinal de microondas. Precisavam ter a segurana de que os sinais que captavam vinham todos do espao, mas no conseguiam se livrar do fraco som que no se alterava com a mudana de posio da antena. Aps vrias tentativas, reviso do material, l estava de novo o barulho. Um amigo da dupla sugeriu que se procurasse ajuda da Universidade de Princeton, onde uma equipe de fsicos desenvolvia estudos tericos sobre a universo aps o Big Bang. A evidncia mais forte de que a radiao captada por Penzias e Wilson eram os ecos do Big Bang veio com a medio do comprimento de onda, idntico ao que os cientistas de Princeton haviam calculado para as radiaes da exploso, 15 bilhes de anos atrs. O rudo foi batizado de radiao csmica de fundo. Sistema cclico ( 2002 ) O Universo se destri e se refaz em imploses e exploses separadas por trilhes de anos. Big Bangs (grandes exploses) e Big Crunchs (grandes imploses), essa a teoria de Paul Steinhart (fsico de Princeton) e Neil Turok (matemtico de Cambridge), vejamos como os mesmos esto tratando do assunto. O Universo, tal qual conhecido, vai terminar em um colapso, a causa uma misteriosa energia que hoje est acelerando a expanso do cosmo. Eles propem um novo modelo cosmolgico que derrubaria, de uma vez, a idia de um nico Big Bang e o processo eterno de expanso. Em cosmologia, inflao o que teria feito o Universo se espalhar rapidamente, poucos instantes aps seu surgimento, evitando uma imploso logo aps a exploso inicial. O conceito crucial para a verso mais aceita da teoria do Big Bang, mas Steinhardt e Turok o descartam em seu novo modelo. A nova teoria prope que o Universo seja cclico, ou seja, composto por seqncias interminveis de Big Bangs (grandes exploses) Big Crunchs (grandes imploses), que nunca tiveram um incio e nunca tero um fim. O que impulsiona o Universo rumo expanso em seu novo modelo uma entidade misteriosa chamada de energia escura. O nome vem do fato de os fsicos j saberem, por observao, que ela est l hoje, mas no terem a menor idia do que a produz. A tal energia escura uma pedra no sapato dos defensores do

12Big Bang nico e do chamado Universo inflacionrio. Embora o enigma no derrube a teoria, a verdade que ela nunca previu que essa aberrao existiria. Foi por falta de evidncia definitiva sobre a existncia dessa forma energtica misteriosa que fsicos italianos, com base em anlises do eco do Big Bang (a radiao csmica de fundo), afirmaram h dois anos que o Universo iria se expandir para sempre, por falta de massa para impedir a expanso. A nica fora conhecida capaz de causar um Big Crunch, a gravidade, no seria forte o suficiente para fazer o servio. Atualmente a energia escura est acelerando a expanso csmica, o que corrobora a idia de que o universo nunca acabar numa imploso, mas, dizem os autores, no futuro distante, daqui a trilhes de anos, ela ter o efeito inverso. Para eles, a energia escura esteve atuando desde o incio do atual ciclo do Universo, o nosso Big Bang no teria sido o primeiro, de acordo com eles, aumentando a expanso. Isso aconteceu durante os ltimos 15 CRONOLOGIA DO UNIVERSO INCIO O cosmo era menor que um tomo, toda a matria se resumia a uma esfera um trilho de vezes menor que 1 centmetro. Com 1028 graus Celsius e com 10-38 segundos aparece a 1a fora: a gravidade. Com 1028 graus Celsius e com 10-36 segundos aparece a fora nuclear forte, formando os quarks que vo formar prtons. Com 1028 graus Celsius e com 10-36 e 10-13 segundos surgem os quarks e os anti-quarks que se atacam mutuamente at que os primeiros aniquilem os segundos. Com 1015 graus Celsius e com 10-13 e 10-8 segundos, surgem o eletromagnetismo e a fora nuclear fraca. Da em diante 4 foras se encarregam de governar o universo. bilhes de anos e deve continuar por outros trilhes, at que tudo j tenha sido dissolvido no vcuo. At mesmo os buracos negros, objetos com maior concentrao de massa de que j se teve notcia, acabariam esfarelados pela ao da energia escura. Nesse momento, segundo suas previses matemticas, a energia escura viraria a casaca e passaria a aglutinar os corpos, vez de separa-los. A matria continuaria voltando a se compactar, at se concentrar em um nico ponto. Depois da imploso, um novo Big Bang ocorreria e o ciclo comearia de novo. Parece que temos agora duas possibilidades dispares, escreveu a dupla na concluso de um artigo publicado ontem eletronicamente pela Science (www.sciencex press.or). Um Universo com um incio definido e um Universo feito e refeito para sempre. O rbitro definitivo ser a natureza.

Com 1012 graus Celsius e com 10-8 e 10-4 segundos, formao dos prtons e nutrons, formando o ncleo de tomos. Com 1012 graus Celsius e com 10-4 e 10-3 segundos, os ncleos vencem os antincleos, formando a matria (A DERROTA DA ANTIMATRIA). Entre 1012 e 30.000 graus Celsius e entre 10-2 e 102 segundos, vrios eventos: Liberao dos neutrinos. Sobrevivncia dos eltrons. Sntese dos primeiros elementos. Os nutrons se desintegram em prtons que colidem formando ncleos de hidrognio pesado (Deutrio) e Hlio. Entre 1012 e 30.000 graus Celsius e entre 10-2 e 104 anos. Termina a sntese do hidrognio. Os ncleos de hlio consomem os nutrons. Os prtons que restam formam os ncleos do Hidrognio.

13Entre 30.000 e 270 graus Celsius e entre 104 e 108 anos. Surge um perodo de plasma o fim da radiao. O Universo esfria. Os eltrons so atrados e formam os ncleos dos tomos. Entre 30.000 e 270 graus Celsius e entre 108 e 109 anos. Nascem as galxias e as estrelas. Entre 30.000 e 270 graus Celsius e entre 109 e 1010 anos. o chamado ciclo das estrelas, extino de umas para formar outras e os planetas. Entre 30.000 e 270 graus Celsius e entre 1010 e 1011 anos. Desenvolvimento da Terra ( ltimos 3 bilhes de anos ). Entre 10-10 e 1040 graus Celsius e entre 1011 a 10100 anos. Velhice da Via Lctea Extino das estrelas O fim da Via Lctea Os prtons se desintegram, sobrando s a radiao csmica O fim dos buracos negros (explodem). GNESE Formao da Terra A teoria mais aceita hoje, chamada de acreao (crescimento, acrscimo por justaposio), segundo essa hiptese, a formao de todos os corpos naturais que giram em torno do Sol deu-se por um processo de aglomerao de partculas, dentro de uma espcie de nuvem de poeira e gs que circundava o Sol primitivo, maneira de um grande disco, como os que circundam Saturno e outros planetas ainda hoje. Vejamos o esquema: Poeira csmica corpsculos maiores cogulos blocos ( 1 Km-planetsimos ) protoplanetas planetas Formao e contrao da nebulosa solar original, provavelmente devido a ondas de choque de uma supernova. Formao de um grande disco giratrio com a maior parte de massa na forma de gs de hidrognio concentrada no centro, formando o proto Sol. Formao de partculas de poeira de tamanho e composio discrepantes, acumulo destas partculas em tamanhos maiores e maiores, formando planetsimos, protoplanetas e planetas. Modernamente, aps a descoberta da meia vida dos elementos, ou seja os nveis de Oxignio na Terra teve variaes e isso provocou muitas alteraes nos seres que habitavam a nossa Terra. Hoje existe uma estabilidade de O2 em torno de 21%, devido ao equilbrio entre fotossntese e respirao, entretanto, no passado, a oscilao comeou h 2 bilhes de anos quando o nvel de O2 situava-se em torno de 2%, esse nvel aumentou para 20% h 550 milhes de anos, subindo para 35% h 300 milhes de anos, caiu para 15 % h 250 milhes de anos, voltou a subir para 25% h 100 milhes de anos e hoje est estvel em 21%. Essa tese fantstica ainda, pois desvenda o elo da teoria de Darwin, pois explica as ocorrncias bruscas na evoluo das espcies, pedra no sapato de Darwin, pois a teoria da evoluo explicava que deveria ser lenta e gradual (Sapiens, 2004). At ento a atmosfera era dominada pelo gs carbnico. O Oxignio um destruidor poderoso de compostos orgnicos. Os organismos tiveram que desenvolver mtodos bioqumicos para reter o Oxignio, um destes mtodos foi a respirao aerbica. A Terra primitiva era muito quente, devido a liberao de energia cintica durante seu crescimento, decadncia de elementos radioativos em seu interior e a coliso que formou a Lua. O derretimento parcial do interior da Terra permitiu que o ferro e o nquel mais densos ficassem no centro, formando um ncleo metlico. O magma rico em slica subir at a superfcie para formar um oceano de magma. O material restante entre o ncleo e o oceano de magma formou o manto. O oceano de magma teria esfriado para formar uma camada de crosta basltica como est presente em baixo dos oceanos hoje. A

14crosta continental seria formada depois. A formao de grande parte da atmosfera inicial e dos oceanos foi conseqncia do derretimento parcial e diferenciao da Terra que teria permitido a liberao de combinaes gasosas. Os atuais vulces libertam gases e magma que so trazidos ainda a superfcie, compostos de vapor de gua, CO2 , CO , N2 , H2 e Cloreto de Hidrognio. O vapor de gua teria condensado na atmosfera e as violentas descargas eltricas tornaram possvel a passagem da gua do estado slido para o lquido, formando os oceanos. As violentas descargas eltricas, radiaes ultravioletas, provocaram ruptura das ligaes qumicas, o Hidrognio (elemento mais abundante do cosmo) vai formar Hlio, os ncleos estelares passam a fundir Hlio em Carbono, depois Carbono em Oxignio, e por a vai. Os radicais livres, resultantes da quebra, originaram molculas, dentre as quais os primeiros aminocidos (a.a). As molculas orgnicas foram carreadas, combinaram-se entre si, formando as primeiras protenas, que foram at os mares primitivos. Nos mares, as protenas formaram os coacevados. Choques e reaes qumicas aumentaram a complexidade molecular, chegando a duplicar-se. Estgio da primeira forma viva, capaz de duplicar-se, principal caracterstica dos seres vivos. Segundo os especialistas, esse perodo chamado de on PrCambriano. As rochas que restam desse tempo so principalmente cristalinas, isto , formadas diretamente por resfriamento e solidificao do magma e por sedimentos consolidados, que foram submetidos a altas presses e temperaturas, adquirindo consistncia semelhante das rochas cristalinas primitivas. O panorama terrestre era o seguinte: o manto solidificava-se rapidamente em conseqncia das grandes perdas de calor para o espao atravs da superfcie. Movimentos enrgicos de conveco provocavam ainda freqentes rupturas, exploses, formao de inmeros vulces, derrames de magma sobre grandes reas da superfcie, por cima de rochas j solidificadas. Esses movimentos de conveco, ainda subsistem hoje, s com velocidades centenas de vezes menores: naquela poca, as velocidades de revolvimento desse magma semilquido, altamente viscoso, eram da ordem de alguns metros por ano. O ncleo central, j estava constitudo em 75%. H cerca de 3,8 bilhes de anos, comeavam a formar-se as primeiras placas continentais, constitudas de rochas mais leves flutuando como uma espuma sobre as rochas pesadas do magma. Do ponto de vista geolgico, nesse perodo ocorreu o resfriamento da Terra e os minerais solidificados formaram as primeiras rochas magmticas. Atualmente a rocha mais antiga descoberta uma rocha metamrfica da Formao Acosta do Canad de 3,8 a 4,0 bilhes de anos, embora gros do mineral Zirco, de rochas da Austrlia ocidental foram datadas de 4,1 a 4,2 bilhes de anos. No Arqueano a atmosfera era muito diferente da que respiramos hoje, sendo composta principalmente por metano, amnia e de outros gases que seriam txicos a maioria da vida em nosso planeta. Tambm nessa era, a crosta da terra esfriou e as rochas e placas continentais comearam a se formar. Durante o Arqueano a vida apareceu primeiramente no mundo. Nossos fsseis mais antigos datam de aproximadamente 3,5 bilhes de anos e so constitudos de microfsseis e bactrias. De fato, toda a vida por mais de um bilho de anos era formada essencialmente por bactrias. Surgimento de rochas magmticas e metamrficas. Segundo o professor Kei Sato da USP, os moradores de Brumado, Ba. vivem no lugar mais antigo da Amrica do Sul e um dos mais velhos do mundo. As rochas de seu solo, os granitos usados em suas construes e sobre os quais a populao assentou as fundaes de suas casas solidificaram-se entre 3,8 e 3,5 bilhes de anos. No Proterozico, perodo da histria da Terra que comeou h 2,5 bilhes de anos e terminou por volta de 570 milhes de anos. Muitos dos eventos da histria da Terra e da vida ocorreram durante essa era. Foi nesse intervalo que ocorreu a primeira crise de poluio , visto que h

15aproximadamente 2,2 bilhes de anos atrs, em diversas partes da Terra encontrou-se evidncias da presena de xidos de ferro em paleossolos ( solos primitivos antigos ), onde ocorrem camadas vermelhas que contm xidos de ferro, apontando um aumento razoavelmente rpido nos nveis do oxignio. O oxignio no Arqueano representava menos de 1% dos nveis atuais, mas h aproximadamente 1,8 bilho de anos, os nveis de oxignio aumentaram, atingindo cerca de 10% acima dos nveis atuais. Acredita-se que esse aumento tenha decorrido do surgimento dos primeiros seres fotossintetizantes, cuja atividade biolgica pode ter contribudo para esse evento. Com os achados arqueolgicos das liblulas gigantes (meio metro de envergadura) em Bolsover, Inglaterra e atravs de outros experimentos com animais, o cientista Robert Berner, da Universidade de Yale (livro Oxygen-The molecule that made the world, Nick Lane, Oxford University Press, Reino Unido, 2002 ), provocou uma revoluo ao defender sua tese de qmentares, formao dos escudos cristalinos (Brasileiro e Guiano ). Formao das jazidas e minerais metlicos. Formao das Serra do Mar e da Mantiqueira. O on Fanerozico o mais recente, sendo representado por uma vasta gama de registro fssil. tambm o intervalo no qual nos encontramos agora. Quase todo o conhecimento paleontolgico provm deste bloco. O Fanerozico representa um perodo relativamente breve, em relao idade da Terra e do universo, de pouco mais de meio bilho de anos. Constitui a idade da vida animal e multicelular na Terra. Durante este perodo de tempo organismos multicelulares deixaram um registro fssil detalhado e construram complexos ecossistemas e construram complexos ecossistemas e diversificadas espcies. O termo Fanerozico geralmente aplicado para o Paleozico, Mesozico e Cenozico. Isto contrasta com o Pr-Cambriano que durou muito mais tempo, mas foi caracterizado por micro-organismos que geralmente no deixaram fsseis. Com a descoberta no Pr-Cambriano superior (Vendiano / Ediacariano) de formas de vida complexas o termo Fanerozico perdeu muito de seu significado, mas ainda pode ser usado para definir o perodo do desenvolvimento e evoluo dos grupos como artrpodes, moluscos, vertebrados, etc. Neste on, torna-se muito mais fcil reconhecer as diferentes eras, subdivididas em diferentes perodos, graas aos inmeros tipos de sedimentos que se originaram nas vrias partes do mundo, devido o trabalho das guas, dos ventos, das geleiras e dos prprios seres vivos sobre as rochas do Pr-Cambriano, desgastando-se, transportando-as e redepositando-as em diferentes condies e locais do planeta. Os fsseis encontrados em cada um desses sedimentos permitem no s caracterizar sua formao como tambm estabelecer sua idade aproximada. PALEONTOLOGIA Da mesma forma que podemos dividir a nossa vida em etapas, infncia, juventude, maturidade e velhice; a existncia da Terra tambm pode ser dividida em vrios momentos. Para tanto os especialistas criaram uma terminologia apropriada. A paleontologia ( do grego palais = antigo, ontos = ser e logos = estudo ) a cincia que estuda os fsseis. Para os cientistas realizarem a reconstituio da histria da Terra, eles se baseiam nos estudos das rochas e dos fsseis. O estudo dos fsseis, isto , dos restos ou vestgios de seres orgnicos (vegetais ou animais) que deixaram suas marcas nas rochas sedimentares da crosta terrestre, permite aos estudiosos saber tambm sobre o passado da Terra. Por exemplo, as espcies animais e vegetais que existiram em pocas passadas e as variaes do clima, pois cada animal ou vegetal apresenta um tipo de estrutura para cada tipo de clima. Hoje, modernamente, aps a descoberta da meia vida dos elementos, ou seja dos processos de transmutao, possvel fazer-se a

16datao atravs do C 14 , bem como atravs da meia vida do Urnio, servindo assim como ferramenta para datao das rochas e minerais que existem na Terra. Para um maior entendimento, criou-se unidades de Convencionou-se subdividir a histria da Terra em dois grandes blocos temporais, conhecidos como ons. ON PR-CAMBRIANO O mais antigo, o on Pr-Cambriano, que representa o perodo no qual o nosso planeta se forma, assim como tambm compreende a origem da vida. tambm o mais longo, ocupando aproximadamente 90% da histria geolgica. No entanto, dadas as caractersticas desse intervalo, o registro extremamente raro e fragmentado, seja porque os fsseis teriam sido destrudos em conseqncia dos fenmenos vulcnicos e qumicos muito intensos. Esse bloco , por isso, denominado Azico e compreende cerca de 4/5 da histria da Terra. As rochas que restam desse tempo so principalmente cristalinas, isto , formadas diretamente por resfriamento e solidificao do magma e por sedimentos consolidados, que foram submetidos a altas presses e temperaturas, adquirindo consistncia semelhante das rochas cristalinas primitivas. Esse on, estende-se desde a formao da Terra at cerca de 570 milhes de anos. H cerca de 4,3 bilhes de anos, o panorama terrestre era o seguinte: o manto solidificava-se rapidamente em conseqncia das grandes perdas de calor para o espao atravs da superfcie. Movimentos enrgicos de conveco provocavam ainda freqentes rupturas, exploses, formao de inmeros vulces, derrames de magma sobre grandes reas da superfcie, por cima de rochas j solidificadas. Esses movimentos de conveco, ainda subsistem hoje, s com velocidades centenas de vezes menores: naquela poca, as velocidades de revolvimento desse magma semilquido, altamente viscoso, eram da ordem de alguns metros por ano. O ncleo central, j estava constitudo em 75%. H cerca de 3,8 intervalo de tempo para se determinar as diferentes fases da histria geolgica de nosso planeta.

bilhes de anos, comeavam a formar-se as primeiras placas continentais, constitudas de rochas mais leves flutuando como uma espuma sobre as rochas pesadas do magma. ON FANEROZICO O on Fanerozico o mais recente, sendo representado por uma vasta gama de registro fssil. tambm o intervalo no qual nos encontramos agora. Quase todo o conhecimento paleontolgico provm deste bloco. O Fanerozico representa um perodo relativamente breve, em relao idade da Terra e do universo, de pouco mais de meio bilho de anos. Constitui a idade da vida animal e multicelular na Terra. Durante este perodo de tempo organismos multicelulares deixaram um registro fssil detalhado e construram complexos ecossistemas e construram complexos ecossistemas e diversificadas espcies. O termo Fanerozico geralmente aplicado para o Paleozico, Mesozico e Cenozico. Isto contrasta com o Pr-Cambriano que durou muito mais tempo, mas foi caracterizado por micro-organismos que geralmente no deixaram fsseis. Com a descoberta no Pr-Cambriano superior (Vendiano / Ediacariano) de formas de vida complexas o termo Fanerozico perdeu muito de seu significado, mas ainda pode ser usado para definir o perodo do desenvolvimento e evoluo dos grupos como artrpodes, moluscos, vertebrados, etc. Neste on, torna-se muito mais fcil reconhecer as diferentes eras, subdivididas em diferentes perodos, graas aos inmeros tipos de sedimentos que se originaram nas vrias partes do mundo, devido o trabalho das guas, dos ventos, das geleiras e dos prprios seres vivos sobre as rochas do Pr-Cambriano, desgastando-se, transportando-as e

17redepositando-as em diferentes condies e locais do planeta. Os fsseis encontrados em cada um desses sedimentos permitem no s caracterizar sua formao como tambm estabelecer sua idade aproximada. ERAS HADEANA Formao e contrao da nebulosa solar original, provavelmente devido a ondas de choque de uma supernova. Formao de um grande disco giratrio com a maior parte de massa na forma de gs de hidrognio concentrada no centro, formando o proto Sol. Formao de partculas de poeira de tamanho e composio discrepantes, acumulo destas partculas em tamanhos maiores e maiores, formando planetsimos. A Terra primitiva era muito quente, devido a liberao de energia cintica durante seu crescimento, decadncia de elementos radioativos em seu interior e a coliso que formou a Lua. O derretimento parcial do interior da Terra permitiu que o ferro e o nquel mais densos ficassem no centro, formando um ncleo metlico. O magma rico em slica subir at a superfcie para formar um oceano de magma. O material restante entre o ncleo e o oceano de magma formou o manto. O oceano de magma teria esfriado para formar uma camada de crosta basltica como est presente em baixo dos oceanos hoje. A crosta continental seria formada depois. A formao de grande parte da atmosfera inicial e dos oceanos foi conseqncia do derretimento parcial e diferenciao da Terra que teria permitido a liberao de combinaes gasosas. Os atuais vulces libertam gases e magma que so trazidos ainda a superfcie, compostos de vapor de gua, CO2 , CO , N2 , H2 e Cloreto de Hidrognio. O vapor de gua teria condensado na atmosfera e as violentas descargas eltricas tornaram possvel a passagem da gua do estado slido para o lquido, formando os oceanos. As violentas descargas eltricas, radiaes ultravioletas, provocaram ruptura das ligaes qumicas, o Hidrognio ( elemento mais abundante do cosmo ) vai formar Hlio, os ncleos estelares passam a fundir Hlio em Carbono, depois Carbono em Oxignio, e por a vai. Os radicais livres, resultantes da quebra, originaram molculas, dentre as quais os primeiros aminocidos ( a a ). As molculas orgnicas foram carreadas, combinaram-se entre si, formando as primeiras protenas, que foram at os mares primitivos. Nos mares, as protenas formaram os coacevados. Choques e reaes qumicas aumentaram a complexidade molecular, chegando a duplicar-se. Estgio da primeira forma viva, capaz de duplicar-se, principal caracterstica dos seres vivos. Do ponto de vista geolgico, nesse perodo ocorreu o resfriamento da Terra e os minerais solidificados formaram as primeiras rochas magmticas. Atualmente a rocha mais antiga descoberta uma rocha metamrfica da Formao Acosta do Canad de 3,8 a 4,0 bilhes de anos, embora gros do mineral zirco, de rochas da Austrlia ocidental foram datadas de 4,1 a 4,2 bilhes de anos. ARQUEANA OU ARQUEOZICA A atmosfera era muito diferente da que respiramos hoje, sendo composta principalmente por metano, amnia e de outros gases que seriam txicos a maioria da vida em nosso planeta. Tambm nessa era, a crosta da terra esfriou e as rochas e placas continentais comearam a se formar. Durante o Arqueano a vida apareceu primeiramente no mundo. Nossos fsseis mais antigos datam de aproximadamente 3,5 bilhes de anos e so constitudos de microfsseis e bactrias. De fato, toda a vida por mais de um bilho de anos era formada essencialmente por bactrias. Surgimento de rochas magmticas e metamrficas. Segundo o professor Kei Sato da USP, os moradores de Brumado, Ba. vivem no lugar mais antigo da Amrica do Sul e um dos mais velhos do mundo. As rochas de seu solo, os granitos usados em suas construes e sobre os quais a populao assentou as fundaes de suas casas solidificaram-se entre 3,8 e 3,5 bilhes de anos.

18vertebrados, plantas vasculares e a formao do supercontinente Pangia. A Terra girava mais rpido do que hoje, assim os dias eram mais curtos. A Lua estava mais prxima, significando mars mais fortes. O Paleozico Inferior viu os continentes agrupados ao redor do equador, com a Gondwana vagando pelo sul, lentamente e a Sibria, Laurntia e a Bltica convergirem nos trpicos. O Paleozico Inferior era mais frio, culminando na grande idade do gelo do Ordoviciano. O Siluriano viu climas tropicais e mares rasos e mornos. Durante o Paleozico Superior, a temperatura novamente abaixou e a idade do gelo no Carbonfero-Permiano marcou a maioria de Gondwana debaixo de pesadas camadas de gelo. A vida mudou muito durante o Paleozico, de algas para florestas, de protocordados para protomamferos. Basicamente pode-se dizer que o Paleozico Inferior foi dominado por invertebrados, enquanto o meio terrestre permaneceu quase totalmente estril. O Paleozico Mdio viu e elevao estranhos peixes placodermos, as primeira plantas terrestres e insetos. Enquanto o Paleozico Superior viu o desenvolvimento de grandes florestas de rvores que produziam esporos, habitadas por uma fauna rica de artrpodes, anfbios e rpteis. O Paleozico testemunhou vrias crises na histria da vida. No Cambriano Inferior, no Ordoviciano e no Devoniano Superior. Mas a pior extino foi a que marcou o fim da Era Paleozica, que foi a grande extino Permiana, a maior catstrofe da histria da vida. Destaques Cambriano : Fungos, bactrias Ordoviciano: Peixes Siluriano: Plantas Devoniano: Plantas vasculares, insetos, anfbios Carbonfero: Gimnospermas, helboros, rpteis, domnio dos anfbios Permiano: Desaparecem os helboros, primeiros rpteis, expanso dos rpteis.

PROTEROZICA o perodo da histria da Terra que comeou h 2,5 bilhes de anos e terminou por volta de 570 milhes de anos. Muitos dos eventos da histria da Terra e da vida ocorreram durante essa era. Foi nesse intervalo que ocorreu a primeira crise de poluio , visto que h aproximadamente 2,2 bilhes de anos atrs, em diversas partes da Terra encontrou-se evidncias da presena de xidos de ferro em paleossolos ( solos primitivos antigos ), onde ocorrem camadas vermelhas que contm xidos de ferro, apontando um aumento razoavelmente rpido nos nveis do oxignio. O oxignio no Arqueano representava menos de 1% dos nveis atuais, mas h aproximadamente 1,8 bilho de anos, os nveis de oxignio aumentaram, atingindo cerca de 10% acima dos nveis atuais. Acredita-se que esse aumento tenha decorrido do surgimento dos primeiros seres fotossintetizantes, cuja atividade biolgica pode ter contribudo para esse evento. At ento a atmosfera era dominada pelo gs carbnico. O Oxignio um destruidor poderoso de compostos orgnicos. Os organismos tiveram que desenvolver mtodos bioqumicos para reter o Oxignio, um destes mtodos foi a respirao aerbica. No campo da geologia destaca-se a formao das primeiras rochas sedimentares, formao dos escudos cristalinos ( Brasileiro e Guiano ). Formao das jazidas e minerais metlicos. Formao das Serra do Mar e da Mantiqueira. PALEOZICA O Paleozico engloba um intervalo de tempo entre 570 e 280 milhes de anos atrs, sendo dividido em seis perodos (Cambriano, Ordoviciano, Siluriano, Devoniano, Carbonfero e Permiano). Os cerca de 300 milhes de anos da era Paleozica viram muitos eventos importantes, inclusive o desenvolvimento da maioria dos grupos de invertebrados, a conquista da vida terrestre, a evoluo dos

19No campo geolgico destaca-se o desenvolvimento do processo de sedimentao e formao de bacias sedimentares e formao de jazidas carbonferas. No Brasil, destaca-se a formao de bacias sedimentares e a formao das jazidas carbonferas do Sul. Cambriano / Ordoviciano : Formao Kaleteur, Gorotire, Cubencraqum, Ja, Jaibara, Araras, Bodoquena. Srie Uatum, Rio Fresco, Itaja, Camaqu, Maric e Corumb. Siluriano : Srie Trombetas, So Francisco ou Bambui, Vaza Barris, Jacadigo. Formao do Rio Pardo e Iap. Devoniano: Srie Paran. Formao da Serra Grande, Pimenteiras, Cabeas, Longa, Tombador. Grupo Maecuru e Curu. Carbonfero: Srie Tubaro e Aquidauana. Formao Piau, Montte Alegre, Nova Olinda e Itaituba. Permiano: Srie Estncia e Passa Dois. Formao de Pedra do Fogo e Sepetuba MESOZICO A Era Mesozica durou mais de 160 milhes de anos, tendo englobado 3 grandes perodos : Trissico, Jurssico e Cretceo. Durante este tempo, muitas formas modernas de plantas, invertebrados e peixes evoluram. O Trssico viu o aparecimento de muitos grupos de invertebrados modernos, e em terra os rpteis arcossauros substituram os terapsideos e rpteis mamaliformes. Nos oceanos ictiossauros ficaram to grandes quanto baleias. O Jurssico viu a primeira grande diversificao dos dinossauros. Os mamferos eram minsculos. Plantas como samambaias, cicas e conferas caracterizaram a paisagem. O perodo Cretceo viu o surgimento das plantas com flores, pssaros verdadeiros, uma diversificao dos peixes e o aparecimento de tipos novos de dinossauros. O clima esfriou e dinossauros evoluram em continentes diferentes. Em terra, dinossauros eram os animais dominantes, enquanto os oceanos foram povoados por rpteis marinhos e os pterossauros dominaram os ares. O clima mundial era quente e tropical, com mares rasos que cobriam muitas massas continentais. No comeo do Mesozico, todos os continentes do mundo estavam unidos no supercontinente Pangia, no qual se quebrou em Laursia no norte e Gondwana ao Sul. No final da era a maior parte dos continentes j tinham se separado na forma atual. O final do Mesozico foi marcado por um grande evento de extino em massa, possivelmente derivado de um grande cataclisma global. Dinossauros, Pterossauros e diversos grupos de invertebrados, entre outros, desapareceram do planeta. Do ponto de vista geolgico, intensa atividade vulcnica era verificada, incio da separao dos continentes, formao do petrleo e formao de bacias sedimentares. Caracterizou-se pelos derrames baslticos na Regio Sul, formando um planalto arenito-basltico. No Trissico tivemos as Formaes Roraima, Sucunduri, Prainha, Motuca Sambaiba e a Sries Perecis e So Bento. No Jurssico tivemos as Formaes de Uberaba e Caiu. J no Cretceo tivemos a formao da Srie Acre, Itanajuri, Rio do Peixe, Araripe, Sergipe, Alagoas, Bahia, Jatub, Urucula, Santa Teda. Formao dos Grupos Apodi, Cod, Graja, Serra Negra, Iguat, Itamarac, Gramame, Estiva, Itapicuru, Japoat, Bauru e Algodes. CENOZICO Durante os mais de 70 milhes de anos da Era Cenozica o mundo assumiu sua forma moderna. A maioria dos invertebrados, peixes, rpteis modernos j existiam, mas mamferos, pssaros, protozorios e ainda plantas com flores evoluram e se desenvolveram durante este perodo de

20forma nunca vista. A Era Cenozica dividida em dois perodos muito desiguais, o Tercirio (que compe quase todo o Cenozico) e o Quaternrio que ocupa somente os ltimos dois milhes de anos. Durante o Cenozico a fragmentao das massas de terra continental que iniciou no Mesozico continuou at sua configurao atual. O clima mundial era tropical morno em seu incio, semelhante ao encontrado no Mesozico. Esse primeiro intervalo viu a diversificao de muitos mamferos e pssaros. A maioria dos continentes estavam isolados atravs de mares rasos, e linhagens diferentes de mamferos evoluram em cada um, mamferos estes que ainda incluram muitas formas gigantes semelhante aos rinocerantes atuais, os uintatrios da sia e Amrica do Norte, brontotrios e arsinotrios africanos. Haviam enormes pssaros carnvoros no voadores, os diatrymdeos da Laursia e o Sul com os forusracdeos. Todos estes animais viviam em florestas tropicais. Os crocodilianos sobreviveram aos dinossauros e a extino do Cretceo. Nos mares apareceram as primeiras baleias dentadas arcaicas. Protistas marinhos (foraminferos) do tamanho de lentilhas evoluram durante o Eoceno. Bivalves e moluscos gastrpodes eram basicamente os mesmos at hoje. Os nautilides experimentaram a ltima radiao evolutiva moderada no Tercirio. Formas transitivas ancestrais de cefalpodes modernos evoluram. Equinodermos, corais, briozorios, insetos e esponjas eram basicamente modernos. Formigas eram at mesmo mais numerosas do que hoje. A partir da segunda metade do Tercirio um esfriamento drstico no clima da Terra fator marcante, possivelmente causado pela ascenso do Himalaia. Durante o perodo Quaternrio o clima frio continuou resultando numa srie de idades do gelo com perodos mornos. Evoluem mamferos modernos e plantas com flores, como tambm muitos mamferos estranhos. O evento mais surpreendente foi o surgimento e ascenso das gramneas. Isto conduziu evoluo de animais adaptados a vida nas savanas e pradarias. Os cavalos e animais de pasto conquistaram uma histria de sucesso durante esse perodo. Ainda havia, porm muitos animais de floresta.Os mastodontes viveram em todos os continentes menos na Austrlia. Muitos mamferos estranhos, litoptenos, notoungulatos, boriaendeos evoluram em isolamento na Amrica do Sul antes de uma ponte de terra que permitiu uma invaso das formas do norte. Em quanto isso surgem os primeiros homindeos nas savanas da frica, os australopitecneos. Os oceanos estavam habitados por baleias modernas que tinham substitudo as baleias dentadas arcaicas. O perodo Quaternrio viu a flora e a fauna de insetos ser essencialmente moderna. Contudo muitos tipos de mamferos extintos ainda existiam, e geralmente de grande porte, tendo sobrevivido at a ltima glaciao do Pleistoceno. O final dessa poca marcado pelo ltimo grande evento de extino antes do incio de nossa era. A chamada megafauna pleistocnica desapareceu, dando lugar formas modernas conhecidas. Do ponto de vista geolgico nessa era houve a formao das Cordilheiras atuais: Alpes, Andes, Himalaia, Rochosas (Tercirio). Intensas glaciaes na Amrica do Norte, chegando at a regio dos Grandes Lagos. No Brasil houve a formao das bacias sedimentares tercirias e quaternrias (Pantanal, Amaznica etc). Atividade vulcnica e formao de ilhas vulcnicas (Arquiplago de Fernando de Noronha, Ilha de Trindade etc.). Formao de Boa vista, aluvies, terraos fluviais, mangues, recifes de corais, recifes de arenito, dunas, restingas. No Tercirio tivemos a Formao Barreiras, Pebas, Pu, Pirabas, Manaus, Rio Branco, Ramon, Alter do Cho, Serra do Martins, Camassari e Itabora.

21ON > ERA > PERODO > POCA > IDADE ESCALA ( ANOS ) 11.000 1.500.000 12.000.000 28.000.000 40.000.000 60.000.000 75.000.000 145.000.000 185.000.000 220.000.000 280.000.000 315.000.000 345.000.000 395.000.000 440.000.000 500.000.000 570.000.000 1.000.000.000 1.800.000.000 2.500.000.000 3.300.000.000 4.000.000.000 5.000.000.000

ON O N F A N E R O Z I C O ON PRCAM BRIA NO

ERAS

PERODOS Quaternria Terciria

CENOZICA

POCAS Holoceno ( Neoltico ) Pleistoceno ( Paleoltico ) Plioceno Mioceno Oligoceno Eoceno Paleoceno

MESOZICA

Cretceo Jurssico Trissico Permiano Carbonfero Devoniano Siluriano Ordoviciano Cambriano

PALEOZICA

Superior Inferior

PROTEROZICA

ARQUEANA OU ARQUEOZICA AZICA OU HADEANA

Superior Mdia Inferior Superior Inferior

PROCESSOS DE DATAO Uma das grandes preocupaes da humanidade saber a idade da Terra, esse tema tem acompanhado os cientistas por muitos sculos e a primeira tentativa, foi baseada nas observaes contidas na paleontologia, entretanto, ficava muito emprico visto no possuir uma base cientfica consistente, apesar de ser aceita pelo mundo cientfico. Para se ter uma idia, os Hindus consideram a Terra como eterna. Em 1654 um arcebispo Irlands calculou, baseando-se em dados bblicos, a idade da Terra de 4.004 anos a. C, tendo a Terra se formado no dia 26 de outubro, as 9 horas. A desmistificao desse assunto deu-se pela abnegao de muitos cientistas ao longo do tempo, como Bacquerel em 1896 que utilizando sulfato duplo de potssio e uranila, conseguiu a impresso

de chapas fotogrficas. O casal Marie e Pierre Curie em 1898, utilizando sais de Urnio verificaram a propriedade de impresso de chapas fotogrficas, dando incio assim ao processo da fotografia, esse casal verificou ainda que as impureza do Urnio eram mais radiativas que o prprio Urnio, o Polnio era 400 vezes mais radioativo que o Urnio e que o Rdio era 900 vezes superior temperatura do meio ambiente e tornava-se azulado. Por no se ter conhecimento dos males da radiatividade, naquela poca, e por no se trabalhar com proteo, o casal veio a falecer de cncer. Com o avano da cincia, com o conhecimento sobre a radioatividade, tornou-se possvel a determinao do tempo que leva para dar-se a transmutao de um elemento em outro, o que se d pela mudana do nmero atmico, com perda de

22eltrons, mais partculas do prprio ncleo do tomo e energia, sob a forma de radiaes. Um fato importante que as condies de alta temperatura e presso, no modificam o ritmo da transformao. O processo ficou conhecido como meia vida de um certo elemento. O princpio o seguinte: tanto faz que se parta inicialmente de um grama ou de alguns quilos de um elemento que se inicie no seu processo de desintegrao, porque os tomos se vo desintegrando em todas as partes do corpo inicial, ter ele o peso que tiver. A frmula utilizada tem como base: URNIO ( U ) estvel CHUMBO (Pb ) estvel 7,6 bilhes de anos Medindo-se a quantidade de Chumbo j formada e a quantidade residual de Urnio presente, obtm-se a idade em anos, pela seguinte frmula: Gramas de Pb x 7,6 bilhes = idade Gramas de U Exemplos com istopos: Um istopo do Urnio de peso atmico igual a 238, transforma-se em Chumbo de peso atmico 206, mais Hlio. A meia vida deste Urnio de 4,6 x 109 anos, decorrido este tempo, restar apenas a metade dos tomos de Urnio do nmero original, enquanto o resto se transformou. Em outras palavras, ou nmeros. 1 grama de 238U depois de 4,6 . 109 anos 0,5g U ; 0,43 g Pb e 0,07 g He. Depois de 2 x 4,6 x 109 anos ; 0,25 g U ; 0,65 g Pb e 0,10 He. Potssio Argnio, Istopo do Potssio (peso atmico 40) Argnio 40 a meia vida de 1,3 bilho de anos. Rubdio Estrncio (87Rb 87 Sr) 50 bilhes de anos. Trio Chumbo (232Th 208 Pb) 13,9 bilhes de anos. Samrio Neodmio 6,54 trilhes de anos. Com base nestes clculos, admite-se que as rochas mais antigas foram formadas h 4,2 bilhes de anos e que a Terra possui uma idade de 4,6 bilhes de anos. Para as determinaes arqueolgicas orgnicas at 30.000 anos , utilizado um istopo radioativo de Carbono de peso atmico 14. O C12 considerado um carbono estvel com uma meia vida aproximada de 5.730 anos. Hoje, por ser um processo perigoso, trabalhoso e meia vida curta, prefere-se trabalhar com os mtodos inorgnicos, acima mencionados. Podemos citar algumas determinaes, j feitas no Brasil: Brumado ( Ba ) 3,8 a 3,5 bilhes de anos; Rochas baslticas reas do Brasil Meridional 120 a 130 milhes de anos (Cretceo); Macio Alcalino Poos de Caldas 60 a 80 milhes de anos; Macio Itatiaia 65 milhes de anos; Fernando de Noronha 11,8 milhes de anos, Trindade 3,3 milhes de anos O SOL , A LUA , A TERRA O SOL Devido sua proximidade com a Terra, a luz solar leva 8 minutos e 30 segundos para chegar Terra, enquanto a luz da estrela mais prxima, Centauro, leva quatro anos. O Sol uma estrela em torno do qual giram os planetas Mercrio, Vnus, Terra, Marte, Jpiter, Saturno, Urano, Netuno e Pluto e os demais componentes do sistema solar, asterides, satlites, cometas e meteorides. classificado na astronomia como uma estrela an da srie principal de tipo espectral G2 V, sendo formado h 4,6 bilhes de anos a partir do colapso de uma

23imensa nuvem de gs e poeira. O dimetro do Sol de 1.392.000 Km, 109 vezes maior que o da Terra e sua massa excede em aproximadamente 330.000 vezes a do globo terrestre. A fora gravitacional registrada superfcie do astro 28 vezes maior do que a da superfcie terrestre, um corpo que pesa 10 Kg na Terra, no Sol pesaria 280Kg. O Sol uma fonte de calor, luz e da prpria vida na Terra, o Sol composto por 90 % de Hidrognio e 9% de Hlio, os elementos restantes so principalmente carbono, nitrognio, oxignio, magnsio, silcio e ferro. A energia solar tem origem nas reaes nucleares que ocorrem de forma constante no interior do astro, a principal dessas reaes a que transforma Hidrognio em Hlio, sob calor intenso, 4 ncleos de Hidrognio, 4 prtons, colidem e fundem-se para formar um ncleo de Hlio. A cada segundo, o Sol converte em energia cinco milhes de toneladas de matria, poro desprezvel de sua massa total. Com forma esfrica e ligeiramente achatado nos plos, o Sol formado por uma massa gasosa de temperatura extremamente elevada, calcula-se que na superfcie seja de 5.700 o C e no interior deve ultrapassar 15.000.000 o C, por sua natureza gasosa ,possui uma densidade mdia de 1,41 g/cm3 . O Sol executa um movimento de rotao muito lento em torno de um eixo imaginrio, inclinado 70 15 em relao ao plano de sua rbita, por ser gasoso, apresenta diversas velocidades de rotao em suas diferentes latitudes, um giro completo dura 25 dias terrestres no equador e 36 dias nos plos. O Sol apresenta tambm um movimento de translao em torno do centro da Via Lctea, que completa em 225 milhes de anos, velocidade de 216 Km/s, ao deslocar-se pelo espao, a estrela arrasta consigo todo o sistema planetrio em direo a um ponto na constelao de Lira. A regio exterior do Sol, denominada comumente de atmosfera, que composta das seguintes camadas sucessivas e superpostas: fotosfera, cromosfera e coroa. A evoluo do Sol deve seguir a da maioria das estrelas, acredita-se que ele continuar a brilhar por mais 5 bilhes de anos, quando o hidrognio de seu interior se esgotar, a combusto nuclear comear a ocorrer em camadas cada vez mais externas, nessa fase a luminosidade se intensificar e o astro aumentar de tamanho em funo da dilatao de seu ncleo, com o que se tornar uma estrela gigante vermelha, estima-se que nesse estgio, sua superfcie alcanar a rbita de Vnus, ou at mesmo a da Terra; depois dessa fase o astro comeara a se contrair at se transformar numa an branca, estrela com as dimenses da Terra. Esgotada toda sua energia, entrar em seu estgio final de evoluo, como uma an negra. O Sol indispensvel para a existncia da vida no nosso planeta, sem o calor e a luz solar no haveria nenhuma forma de vida na Terra, o calor do Sol fornece a energia indispensvel para a vida vegetal, pois est diretamente relacionado ao maior fenmeno do globo terrestre, a fotossntese, sem essa energia no existiria toda a cadeia alimentar do nosso planeta. Dos 100% da energia solar que chega ao nosso planeta, 19% absorvido pela atmosfera, 34% refletido para o espao e 47% absorvido pelas rochas, solos e guas. Desses 47%, 66% irradiado novamente para o espao, aps cumprir os papis de aquecimento do globo e fornecimento de energia para os diversos processos transformativos da Terra. A energia que vem do Sol, contribui tambm para a formao dos ventos, evaporao das guas, as variaes da temperatura do ar e outros fenmenos que ocorrem na superfcie terrestre. A LUA Depois do Sol o astro que mais influncia exerce sobre a organizao dos povos, visto que devido a seus movimentos surgiram duas importantes medidas de tempo: a semana e o ms. A Lua o nico satlite natural da Terra, e acompanha o nosso planeta em seu deslocamento em torno do Sol, possui um dimetro de 3.476 Km., massa de 7,343.1025g , estando distante da Terra entre 363.000 a 406.000 Km. Com mdia de 384.000 Km. o nico satlite no sistema solar, que possui massa solar superior a

241%. A Lua como a Terra, executa dois movimentos simultneos, o primeiro de translao, onde descreve uma rbita elptica em torno da Terra, onde os pontos mximos de aproximao e afastamento dos dois corpos recebem os nomes de perigeu e apogeu, respectivamente. O movimento de translao realizado em 27 dias, 7 horas e 43 minutos. O segundo movimento, de rotao, executado no mesmo intervalo de tempo, por essa coincidncia, a Lua tem sempre a mesma face voltada para a Terra. A rbita lunar oblqua em relao elipse que a Terra descreve em torno do Sol, com isso impede seu alinhamento exato com esse astro. O alinhamento Lua-Sol s ocorre quando se cruzam ambas as rbitas de translao e provoca eclipses do Sol, em fase de lua nova e lua cheia. Um fato de extrema importncia quanto ao movimento de translao, que em cada ms a face da Lua gira aproximadamente 8 0 direita e esquerda, com relao ao seu eixo central, isso porque o plano do equador lunar forma um ngulo aproximado de 6 0 40` com o plano da rbita. A superfcie lunar est diretamente exposta aos raios X e ultravioleta, procedentes do Sol, essas radiaes no afetam sua conformao, entretanto, podem provocar alteraes em suas propriedades pticas, essa informao importante fonte de pesquisa pois remontam histria primitiva do sistema Terra-Lua. Enquanto descreve sua rbita elptica em torno da Terra, a Lua pode ser vista da Terra sob diferentes aparncias, que denominamos de fases, e isso devido o satlite ser um corpo no-luminoso, ou seja reflete a luz solar com ngulos de incidncia variveis; num dado momento, o Sol ilumina apenas a metade da superfcie da Lua, a outra metade permanece escura e no pode refletir luz. No incio do ciclo lunar, o satlite se encontra aproximadamente entre o Sol e a Terra e seu lado noturno se volta para o planeta, a fase da lua nova; prosseguindo seu percurso, a poro iluminada alcana a metade do disco lunar, dando-se a fase de quarto crescente; na terceira fase, a lua cheia, toda a face voltada para a Terra reflete a luz do Sol, a regio iluminada se reduz gradualmente no quarto minguante, at o reincio do ciclo, como a lua nova. Em relao ao Sol, o ciclo lunar d origem a um perodo sindico ( compreendido entre duas conjunes sucessivas do Sol e da Lua ) de 29 dias, 12 horas e 44 minutos, como a rbita lunar excntrica, a durao do ms sindico no constante, variando em cerca de 13 horas. Do ponto de vista geolgico, a Lua exerce uma funo importante para com a Terra, devido aos movimentos das mars, o nvel das guas dos oceanos e mares da Terra se modifica em funo da situao da Lua no firmamento, ocasionando um movimento lento e contnuo de modelagem do nosso planeta, classificado de epirogentico. A origem do fenmeno a atrao gravitacional que a Lua exerce sobre as guas, de maneira que, quando o satlite se encontra no ponto de maior altura na abbada celeste, atrai os oceanos e provoca a mar alta ou preamar; quando se encontra no horizonte, d-se a situao contrria e as guas se afastam do litoral, caracterizando a mar baixa. A TERRA Uma caracterstica marcante da Terra a presena da gua na forma lquida, essencial no s para a vida dos animais, bem como para os vegetais, alm de que para os processos geolgicos de intemperismo, eroso, transporte e deposio, que moldam o nosso planeta. O Planeta Terra o terceiro do sistema solar em ordem de distncia do Sol e o quinto em tamanho. Pode ser descrita como uma esfera dotada de uma crosta rochosa, litosfera, parcialmente recoberta de gua, hidrosfera, e envolvida por uma camada gasosa a atmosfera. O interior do planeta dividido em camadas alternadas, slida e pastosa, sendo: manto, ncleo externo e ncleo central. A fora centrfuga de seu movimento de rotao em torno do prprio eixo torna a Terra mais volumosa no equador e achatada nos plos. Seu eixo de rotao apresenta uma inclinao de 23 0 27 30 em relao ao plano da eclptica. A rea total da Terra de aproximadamente 509.600.000 Km2 , sendo que 29% so

25slidos, e o restante so ocupados por oceanos, mares, logos e rios. A densidade mdia da Terra de 5,5 g/cm3 , possui um volume de 1,08 bilho de Km3 e massa de 6 sextilhes de toneladas ( 6.1027 g ). O campo gravitacional da Terra se manifesta como uma fora que atua sobre um corpo livre em repouso e faz com que ele se desloque na direo do centro do planeta. A gravidade da Terra no tem valor fixo, ocorrendo variaes de acordo com a latitude, em virtude da imperfeita esfericidade do planeta e do movimento de rotao. A acelerao mdia da gravidade ao nvel do mar de 980 cm/s2 , mas esse valor pode variar de 978 cm/s2 na linha do equador at 983 cm/s2 nos plos, como a gravidade normalmente no medida ao nvel do mar, necessrio fazer redues em seu valor medida que aumenta a altitude. A fora gravitacional da Terra mantm a Lua em rbita ao redor do planeta e tambm produz mars lunares, deformaes que se manifestam na forma de protuberncias na superfcie lunar. Devido ao seu magnetismo, a Terra se comporta como um gigantesco m cujos plos diferem em poucos graus dos plos geogrficos. A existncia desse campo magntico pode ser facilmente comprovada pela orientao que ele exerce sobre as agulhas imantadas, mais de 90% do campo magntico terrestre gerado pela eletricidade existente no ncleo externo, evidncias indicam que em intervalos de tempo ( centenas de milhares de anos ), a direo do dipolo se inverte, ou seja, o norte se transforma em sul. O campo magntico da Terra se estende por uma rea do espao, chamada de magnetosfera, comeando por cerca de 140 Km da superfcie terrestre, nessa rea o planeta, captura partculas eletricamente carregadas ( eltrons e prtons de alta energia), provenientes do Sol. Se no existisse a magnetosfera, as partculas bombardeariam a superfcie do planeta e destruiriam a vida. As altas concentraes dessas partculas capturadas nessa rea, formam os cintures de radiao de Van Allen, que exercem importante papel em vrios fenmenos geofsicos, como por exemplo as auroras polares. MOVIMENTOS DA TERRA J foram identificados mais 30 movimentos, e medidos, entretanto os mais conhecidos so o de rotao e translao. Vejamos alguns exemplos: ROTAO O movimento de rotao, no sentido OesteLeste, o que se realiza ao redor de um eixo que atravessa os plos, o giro que o nosso planeta faz ao redor de si mesmo. Uma rotao completa da Terra dura 23 horas 56 minutos e 4 segundos e causa a sucesso dos dias e das noites. A velocidade de 1.667 Km por hora. O eixo terrestre fica ligeiramente inclinado 23 0 27` 30``. Os dias, as noites e os diferentes horrios (fusos horrios), so conseqncia desse movimento. TRANSLAO Tambm chamado de orbital ou de revoluo, o que a Terra executa ao redor do Sol, no perodo de um ano sideral, ou 365 dias mais 5 horas, 48 minutos, aproximadamente. o giro que a Terra realiza ao redor do Sol, seguindo uma rbita elptica, velocidade mdia de 106.920 Km por hora. A principal conseqncia do movimento de translao ( e da inclinao do eixo da Terra ) so as estaes do ano: Primavera, Vero, Outono e Inverno. Alm disso, por sobrar 5 horas e 48 minutos, ao final de 4 anos, teremos 24 horas, que corresponde a um dia, gerando de 4 em 4 anos, o ano bissexto, em fevereiro. As estaes do ano distribuem-se em pocas diferentes nos dois hemisfrios. De 21 de dezembro a 20 de maro, Inverno no hemisfrio norte e Vero no hemisfrio sul; de 21 de maro a 20 de junho, Primavera no hemisfrio norte e Outono no hemisfrio sul; de 21 de junho a 22 de setembro, Vero no hemisfrio norte e Inverno no hemisfrio sul e de 23 de setembro a 20 de dezembro, Outono no hemisfrio norte e Primavera no hemisfrio sul. Equincio e Solstcio, so as datas do incio de cada estao. Equincio significa dia e

26noites iguais, os raios solares ficam perpenticulares linha do equador, iluminando igualmente os dois hemisfrios. O Solstcio significa dia e noite desiguais. O movimento de translao a origem do movimento aparente do Sol, de Oeste para Leste, no plano da eclptica. PRECESSO DOS EQUINCIOS Foi descoberto por Hiparco no sculo II a. C a explicao do fenmeno s surgiu, porm no sculo XVII, foi quando Isaac Newton demonstrou que o Sol e a Lua exercem, sobre as regies equatoriais da Terra, uma atrao em virtude da qual o eixo do planeta, na rotao, descreve um movimento cnico ( como o de um pio ). Esse movimento ocorre a uma velocidade de 50 segundos por ano e se completa em aproximadamente 26.000 anos. A precesso dos Equincios provoca alterao nas coordenadas das estrelas e na durao das estaes. NUTAO Foi descoberto no sculo XVIII, por James Bradley e consiste numa leve oscilao do eixo terrestre em torno de sua posio mdia, o que se traduz numa irregularidade no movimento de precesso dos equincios. A nutao causada por alteraes na relao entre o plano orbital da Lua e o da Terra, que levam a uma variao da influncia da Lua sobre a precesso dos equincios. Essa oscilao se completa em aproximadamente 18 anos e 7 messe. DESLOCAMENTO PARA O PEX A Terra e todo o sistema solar, executa um movimento de translao para um ponto da esfera celeste denominado pex, que fica entre as constelaes de Hrcules e da Lira. O movimento tem uma velocidade aproximada de 20 Km/ segundo, em conseqncia, as estrelas pertencentes s constelaes de Hercules e Lira parecem afastar-se radialmente a partir do pex. VARIAO ORBITAL DA EXCENTRICIDADE VARIAO ECLPTICA DA OBLIQUIDADE DA

Movimento de balano que o eixo da Terra faz, chegando a um mximo de 24 0 e mnimo de 220 . Hoje o eixo da Terra est inclinado 230 27` em relao ao eixo da aclptica, decrescendo 47`por sculo.

O movimento de revoluo da Terra s vezes mais achatado e outras vezes mais circular. H 108 mil anos, era 3 vezes mais achatado do que hoje. DESLOCAMENTO PSIDES DA LINHA DAS

A rotao da linha das apsides, no sentido direto, isto , de Oeste para Este. MOVIMENTO HELIOCNTRICO OU REAL Kepler descobriu que os planetas descrevem rbitas elpticas. Os planetas exercem uns sobre os outros atraes que vo refletir em perturbaes, descrevendo rbitas no constantes. MOVIMENTOS TECTNICAS DAS PLACAS

Estes blocos movimentam-se constantemente, seus limites no coincidem com os dos continentes. As regies de formao de cordilheiras e enorme concentrao de vulces representam os lugares de coliso, seccionamento das placas, devido a seu deslocamento horizontal. MOVIMENTOS VIBRATRIOS So movimentos oriundos naturalmente do interior da Terra, ocasionado pelas altas temperaturas, presses, movimentos orogenticos e epirogenticos.

27MOVIMENTO DE REVOLUO Movimento que a Lua faz em torno da Terra, tem durao de 27 dias 7 horas e 43 minutos, provoca as fases da Lua e das mars. MOVIMENTO DA ATMOSFERA (VERTICAIS E HORIZONTAIS) Os ventos representam a circulao constante da atmosfera, o vento o ar em movimento, o deslocamento contnuo do ar na superfcie terrestre. So as diferenas de presso atmosfrica que explicam esse movimento, que ocorre na horizontal e vertical. MOVIMENTO DAS GUAS OCENICAS Os oceanos e os mares esto em movimento, pois os ventos provocam as ondas que podem chegar at 10 m de altura, podem provocar maremotos que podem atingir de 15 m a 800 Km/hora. As mars, a cada dia dois movimentos refluxo e fluxo so observados na Terra, alm disso as correntes martimas so uma realidade nos oceanos. Outros movimentos, tambm so importantes tais como: translao galtica, distanciamento do centro do big bang, movimento surondular, perturbao orbital, movimento de deslocamento do perilio e aflio, movimentos dos plos geogrficos, deslocamento do centro da gravidade do Sol, perturbaes planetrias etc. METEOROLOGIA O AR O ar uma mistura de diversos gases, sendo que os mais importantes so oxignio, hidrognio, e tambm pequenas quantidades de argnio e dixido de carbono e uma certa proporo de vapor de gua. O ar forma a camada gasosa do nosso planeta que recebe o nome de atmosfera, na atmosfera ocorre uma srie de fenmenos e perturbaes denominadas de meteoros e o estudo desses fenmenos denominado de meteorologia. H sempre uma certa quantidade de vapor de gua na atmosfera, ele invisvel, mais as vezes pode condensar-se em forma de gotas microscpicas ou em forma de pequenos cristais de gelo, assim que as nuvens so formadas, as pequenas gotas de gua ficam suspensas devido seu pouco peso. Quando uma massa de ar saturado de umidade se dirige para uma zona de baixa presso a gua no consegue se manter em forma de gs e suas gotas se condensam formando as nuvens, uma maneira muito comum da formao das nuvens mais quase imperceptvel, pois um O ar tem peso e portanto exerce uma presso, isso facilmente comprovado pois devido a ela a gua desse tubo ( conforme mostra no filme ) no desce enquanto o tcnico no destampar a parte superior, mas se for destampado o nvel da gua desce. Para se equilibrar a presso atmosfrica a altura do tubo de ensaio deveria ser de 10 m. Se no lugar da gua se utilizasse um lquido mais pesado, como o mercrio, seria suficiente 760 mm. Qualquer variao da presso atmosfrica modificaria o nvel de mercrio. Para medir a presso atmosfrica e suas variaes preciso colocar ao lado do tubo uma escala graduada, esse aparelho denominado de barmetro. No alto das montanhas a presso atmosfrica menor pois a camada de ar menos espessa, porm a presso atmosfrica varia tambm com a temperatura e com a umidade. Na terra h zonas quentes, frias, midas e secas, por isso a presso atmosfrica diferente nos vrios lugares, tambm pode variar de um dia para outro, por isso que existem zonas de baixa presso chamadas de ciclones e zonas de alta presso chamadas de anticiclones, o ar tem tendncia de se deslocar das zonas de alta presso para zonas de baixa presso, assim que o vento produzido. A direo do vento pode ser verificada atravs das valetas e a velocidade pelos anemmetros, ambos podem variar com a altitude. Para se estudar essas variaes utiliza-se sondas especiais em forma de globo e as mudanas de direo so observadas na medida em que ela sobe.

28processo muito lento. Essa cena ( do filme ) nos mostra uma formao de nuvens em uma zona em que uma brusca baixa da presso atmosfrica. As nuvens mais altas costumam estar a 8 ou 10.000 m de altitude, l a temperatura muito baixa e as gotas de gua se solidificam, essas nuvens so denominadas cirros e so formadas por pequenos cristais de gelo, as nuvens podem esconder o Sol, total ou parcialmente, em meteorologia importante saber quanto tempo o Sol brilhou durante o dia, para isso se utiliza um aparelho chamado de heliometro, a bola de cristal condensa os raios solares e queima um papel preto colocado abaixo, as linhas no papel indicam as horas de sol. Quando as nuvens se renem em grandes massas o cu fica nublado, essas nuvens so chamadas nimbos, quando as gotculas que formam as nuvens aumentam de dimetro e ultrapassam 7 centsimos de mm no conseguem se sustentar e caem, ao se chocarem essas gotas aumentam em volume e gotas maiores se formam, a chuva comea assim. As vezes as gotas de gua atravessam camadas muito frias da atmosfera ento se congelam e formam granizo, ou chuva de pedra em linguagem popular. A neve formada por pequenos cristais de gelo procedentes das nuvens e que no derreteram porque a atmosfera no passou de O0C de temperatura. A chuva fundamental para a vida e precisa tambm se medir a quantidade de gua que cai sobre cada regio, para isso se utiliza dos pluvimetros, os automticos registram em um grfico a quantidade de gua precipitada, embora os resultados costumam ser dados em litros por metro quadrado mais prtico expressa-los em mm. Os observatrios meteorolgicos analisam outros dados interessantes referente ao problema como por exemplo o grau de umidade atmosfrica e a temperatura mxima e mnima de cada dia. A ATMOSFERA A atmosfera ou o ar, um composto gasoso, uma soma de vrios gases que envolve o globo terrestre. At fins do Sculo XVII, pensou-se que o ar era formado de um nico elemento, s a partir do Sculo XX foi estudada com preciso at 100 Km de altitude, onde se descobriu que o ar composto de vrios gases: 78 % de Nitrognio 21 % de Oxignio 1 % de Argnio e outros gases Possui 0,033% de gs carbnico, poeira e vapor de gua, que varia conforme a evaporao das guas de superfcie rios, lagos e oceanos e da evapotranspirao dos vegetais. COMPONENTES MAIS IMPORTANTES Os componentes mais importantes do ar mais importantes para os seres vivos so o oxignio e o gs carbnico. OXIGNIO (O2) Na formao da Terra, a cerca de 4,6 bilhes de anos a atmosfera era composta basicamente de metano, amnia, vapor d` gua e hidrognio. O oxignio surgiu mais tarde, a 2,4 bilhes de anos, at ento s existiam os organismos chamados ANAERBIOS ( no necessitam de oxignio ), para eles o oxignio era nocivo, acontece que esses organismos primitivos a partir de um certo momento passaram a desenvolver o processo de FOTOSSNTESE, nesse processo, os seres chamados AUTTROFOS produzem seus alimentos a custa de energia solar, gs carbnico e da gua. O melhor exemplo de seres auttrofos o das plantas, s elas possuem a clorofila, que permite que se alimentem e produzam oxignio, da mesma forma que faziam os organismos primitivos. A medida que foi se formando o oxignio atmosfrico, os seres primitivos desenvolveram mecanismos contra a ao letal desse gs, esses novos seres preparados para viver na presena de oxignio passaram ento a utiliza-lo para sua sobrevivncia, nascem assim os seres AERBIOS ( respiram o oxignio ). O

29oxignio possibilita um grande aproveitamento da energia contida na matria orgnica que o alimento desses seres, isso vai possibilitar uma grande evoluo. Dessa forma a vida pde evoluir para suas formas mais complexas e superiores os seres HETERTROFOS que dependem dos AUTTROFOS para sobreviver. Os AUTTROFOS produzem oxignio quando se alimentam, os HETERTROFOS produzem gs carbnico ao respirar. O gs carbnico necessrio para a vida dos AUTTROFOS e assim por diante, criando a nossa atmosfera como ela hoje, alm dos seres vivos que se desenvolveram dentro dela. Alm disso o oxignio tem outra funo importante, nas partes mais altas da atmosfera transformase em Oznio ( O3 ), um gs semelhante a ele. O Oznio tem a qualidade de impedir que as radiaes ultra violetas ( UV) vindas do espao atinjam a Terra. Como esses raios so muitos nocivos vida, a formao de uma camada de oznio no alto da atmosfera promove o desenvolvimento de inmeros seres. GS CARBNICO O gs carbnico completa a ao do oxignio, os processos de respirao dos seres vivos queimam os nutrientes liberando gs carbnico, gua e calor. Quem realiza esse trabalho so os seres hetertrofos. O gs carbnico volta para os seres autrtofos que o utilizam no seu processo alimentar, liberando o oxignio na FOTOSSNTESE. A palavra fotossntese pode ento ser definida como a produo de oxignio a partir da luz e do gs carbnico. O gs carbnico tambm contribui para o equilbrio da temperatura da Terra, ele forma uma camada que deixa entrar as radiaes infra vermelhas ( raios infra vermelhos ) do Sol, mas no deixa que elas retornem ao espao, aquecendo a Terra e tornando possvel a vida. DIVISO DA ATMOSFERA Divide-se em camadas com caractersticas e funes diferentes, so as seguintes: TROPOSFERA ( + 12 Km ) a primeira camada e vai at a altura de 12 Km. Nessa faixa onde ocorre os fenmenos de formao da chuva, nuvens e ventos. Ocorre as correntes de ar, tanto horizontal como vertical. Relativamente pequena, sua parte superior muito fria, com temperatura abaixo de 500C, onde caracteriza-se pelo pico das montanhas com gelo e as neves perpetuas. composta de oxignio, gs carbnico, nitrognio, hlio etc. nessa camada que circula os avies. ESTROTOSFERA ( + 12 a 80 Km ) A caracterstica marcante que o ar apresenta movimentos horizontais em estratos. Vale a pena frisar que a camada de oznio ( O3 ), protege os seres biolgicos da Terra dos raios ultra violetas. composta de Oznio, Hlio, pouco Oxignio e Hidrognio. IONOSFERA (+ 80 a 600 Km) Encontra pequenas quantidades de Hidrognio, Hlio e Nitrognio, onde seus tomos so eletrizados pela ao dos raios ultra violetas procedentes do Sol. Esses tomos eletrizados recebem o nome de ons de onde veio o nome dessa camada. nessa camada onde ocorre a difuso de ondas de rdio. EXOSFERA ( + 600 a 1.600 Km ) a camada mais alta, tambm chamada de Espao, nos protege contra os meteoritos, pois quando entram em contato com os gases da ionosfera se tornam incandescentes, reduzindo-se a p, caindo sobre a

30Terra. Essa camada composta de Hidrognio. nessa camada que circula os satlites artificiais. A GUA ( H2 O ) Ao conjunto de guas chamamos de hidrosfera, que visto pelo lado de fora, o Planeta Terra, deveria se chamar GUA, com algumas ilhas de terra firme , pois cerca de 2/3 da sua superfcie so dominados pelos oceanos, os plos e suas vizinhanas so cobertos pelas guas slidas das geleiras. A pequena quantidade de gua restante divide-se entre a atmosfera na forma de nuvens e vapor, o sub-solo os rios e lagos. Calcula-se em cerca de 1.350.000.000 Km3 o volume total de gua na Terra. DISTRIBUIO DA GUA NA TERRA (%) OCEANOS ................................. 97,57 GELEIRAS .....................................1,81 GUAS SUBTERRNEAS.............0,61 RIOS E LAGOS ...........................0,014 ATMOSFERA (nuvens e vapor)...0,001 PONTOS FORTES Nesta unidade o aluno(a) dever dominar: Como calcular um ano-luz Como calcular a transformao do Hidrognio em Hlio Como se forma a chuva e clculos de pluviosidade Conceituar a hiptese de Laplace, a descoberta de Edwin Hubble, o erro de Albert Einstein e a nova teoria de Paul Steinhart. Definio de geologia ( histrica e dinmica ) Movimentos da Terra ( dominar no mnimo 5 ) Fazer uma bibliografia correta (livro ) Teoria da acreao Formao da Terra ( Gnese) on pr-cmbriano on Fanerozico Diviso da atmosfera Processos de datao GUA SALGADA .........................99,38 GUA DOCE ................................0,62 A gua a substncia mais abundante na biosfera, o solvente natural, sendo encontrada no estado slido, nas geleiras; lquido nos rios, lagos e oceanos e gasoso na atmosfera; isso depende da temperatura, do calor e da energia fornecida pelo Sol. A gua est em constante movimento na biosfera, esse movimento chama-se ciclo da gua. A gua aquecida pelo Sol evapora-se, passando atmosfera, o vapor se resfria e se condensa formando nuvens, a gua ento devolvida `superfcie da Terra, na forma de chuvas, neblinas, neve ou granizo. No solo parte da gua infiltra-se pelo terreno, sendo ento absorvida pelas razes das plantas, outra parte escorre para abastecer rios, lagos e mares. As plantas por sua vez transpiram, liberando gua em forma de vapor atravs das folhas, esse fenmeno chama-se EVAPOTRANSPIRAO e tudo comea novamente, num ciclo interminvel.

Como se formam os elementos qumicos Como se formaram as estrelas Como se formaram os planetas do sistema solar Qual a idade da Terra e do Sistema Solar PARA MAIOR ENRIQUECIMENTO INTELECTUAL O aluno(a) dever consultar, fazer resumo, sntese das seguintes bibliografias complementares: HAWKING, Stephen. O universo numa casca de noz. So Paulo.: Mandarim. 2001. 215 p. il. ISBN 85-354-0231-4. VENEZIANO, G. O enigma sobre o incio do tempo. Scientific American Brasil, So Paulo: Ediouro, n. 25, p.40-49, 2004 (junho)

31CAPOZZOLI, U. No corao quente do cosmos. Scientific American Brasil, So Paulo: Ediouro, n. 1, p.28-29, 2002 (Dezembro). CALDWELL, R.R.; KAMIONKOWSKI, M. Ecos do big bang. Scientific American Brasil, So Paulo: Ediouro, n. 1, p.30-37, 2002 (Dezembro). BENNETT, C. L.: HINSHAW, G. F.; PAGE, L. Uma nova cartografia. Scientific American Brasil, So Paulo: Ediouro, n. 1, p.38-39, 2002 (Dezembro). OSTRIKER, J. P.; STEINHARDT. O Universo quintessencial. Scientific American Brasil, So Paulo: Ediouro, n. 1, p.40-49, 2002 (Dezembro). PEEBLES, P. J. E. O sentido da moderna cosmologa. Scientific American Brasil, So Paulo: Ediouro, n. 1, p.50-51, 2002 (Dezembro). MAGUEIJO, J. Um plano B para o cosmos. Scientific American Brasil, So Paulo: Ediouro, n. 1, p.52-53, 2002 (Dezembro). HOLTZ, A. As melhores respostas da cincia para as perguntas mais fundamentais que existem. Sapiens, So Paulo; n.1, p.24-31. 2004 (Setembro). Procurar filosofar sobre as questes: Qual a idade do Universo Qual o futuro do Sistema Solar, e do prprio Universo Quem somos De onde viemos Para onde vamos

BIBLIOGRAFIA BRANCO, S. M.; BRANCO,F. C. A deriva dos continentes. 3a ed. So Paulo: Moderna, 2004. 111p. il. ISBN: 85-1604185-9. BURGIERMAN, D. R.; GRECO, A. A era dos gigantes. Sapiens, So Paulo; n. 1, p 51-53. 2004 (Setembro). DIEGUEZ, F. Muito alm do Big Bang. Super interessante, So Paulo; n. 7, ano 15, p 55-61. 2001(Julho). ENCICLOPEDIA Delta Larousse. Rio de Janeiro: Editora Delta. 1964. 2 a ed. 15v. JENNY, H. Factors of soil formation. New York: McGraw-Hill, 1941. 281p. LEINZ, V ; AMARAL, S. E. Geologia Geral. 11a ed. So Paulo: Nacional, 1989. 391p. il. LONGAIR, M. S. As origens de nosso universo: Estudo sobre a origem e evoluo de nosso universo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1994. 150p. ISBN: 857110-248-8. MOON, Peter. As idades do Brasil. So Paulo. Isto . No 1514. 07.10.98. 84-85p. NOGUEIRA, S. Big Bang evento cclico, afirmam fsicos. http://www.uol.com.br/fsp/ciencia/fe2604200 201.htm acessado em 26.04.2002. POPP, J. H. Geologia Geral. 5a ed. Rio de Janeiro, RJ.: LTC, 1998. 376p. il. VENEZIANO, G. O enigma sobre o incio do tempo. Scientific American Brasil, So Paulo: Ediouro, n. 25, p.40-49, 2004 (junho)

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CAPITULO IIESTRUTURA DA TERRA; PROCESSOS ENDGENOS E EXGENOS; TECTNICA DE PLACAS E DERIVA CONTINENTAL; TERREMOTOS / ONDAS SSMICAS; VULCES; MAGMA E VULCANISMO; PRODUTOS VULCNICOS; VULCANISMO E SEUS EFEITOS NO MEIO AMBIENTE; VULCANISMO E SEUS BENEFCIOS; FORMAO DAS MONTANHAS.APRESENTAO A crosta perfaz 0,7% da massa total da Terra, composta de rochas relativamente leves, como o granito que contm feldspato, quartzo (Silcio), mica e alumnio. a sede dos fenmenos geolgicos relacionados dinmica interna. O manto constitudo de rochas bem mais pesadas, como os basaltos, predominando o magnsio, ferro e silcio. O ncleo, muito mais pesado, sendo constitudo quase que exclusivamente de ferro. Quando medimos a velocidade de propagao das ondas ssmicas atravs da crosta, estas podem chegar a aproximadamente 6,0 Km/ s, chegando a 7,0 Km/s na poro inferior, onde se inicia o basalto. Entre 30 e 40 Km de profundidade, embaixo dos continentes, encontra-se uma camada de descontinuidade, tambm chamada de camada de Mohorovicic (Moho), sendo o trmino da crosta e incio do manto. O manto dividido em duas partes: Manto superior e Manto inferior. O Manto superior possui uma profundidade de 670 Km e a velocidade das ondas ssmicas de aproximadamente 8,1 Km/s. Ao final existe uma brusca elevao da velocidade das ondas, passando a 13,7 Km/s, mantendo-se at os 2.890 K