livro ebook em posicao de honra

8/6/2019 Livro eBook Em Posicao de Honra

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Uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha

Edição abril/2009

Gerência de Comunicação

Ana Paula Costa

Transcrição:

Else Albuquerque

Copidesque:

Adriana Santos

Revisão:

Marcelo Ferreira

Capa e Diagramação:

Luciano Buchacra



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Introdução

Creio que este é o momento de você perceber

Deus como sendo seu Pai celestial. Aproxime-se dele,lance ora todo sosma, todo medo e tudo aquilo queé contrário à sua identidade de lho dele. O Pai o cha-ma pelo nome, e o que ele mais anseia é sua intimida-de em amor. Quer maior demonstração de amor quealguém se entregar por outro, como oi com Jesus, que

morreu por mim e por você na cruz?! A razão de talsacriício oi uma só: a busca de um Pai amoroso pelaintimidade de um relacionamento também amorosocom seu lho. Assim Jesus orou:

“Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam

também comigo os que deste, para que vejam a minha

glória que me coneriste, porque me amaste antes da



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undação do mundo. Pai justo, o mundo não te conhe-

ceu; eu, porém, te conheci, e também estes compreende-

ram que tu me enviaste. Eu lhes fz conhecer o teu nome

e ainda o arei conhecer, afm de que o amor com que meamaste esteja neles, e eu neles esteja.” (João 17 24-26.)

Que você possa desrutar da leitura desse livro. Emais que isso, da mensagem que ele tem para você: ade que o Pai o quer nos seus braços.

Boa leitura!



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isso, porque aquele sentimento de proteção, aquelesbraços ortes de amor e amparo e aquela palavra quemuitas vezes coloca ronteiras e limites, não existem.

Alguns caminham órãos pela vida, enquanto paraoutros, a orandade os alcança ainda pequenos. Emambos os casos, a situação é muito delicada. Só osque já experimentaram, sabem da dor da oranda-de. Eu vivi essa experiência ainda menino, um ado-lescente de quinze anos. De repente, perdi meu pai,

meu amigo, o meu apoio! Quanta dor, quanta tristeza.Acabaram-se as conversas de homem para homem. E justamente numa ase tão complicada da vida, a ado-lescência, meu paizinho não estava junto a mim parame orientar, para me aconselhar, para me disciplinar.

No nosso país, este sentimento é intenso, pois

atinge a muitas pessoas. Milhões de crianças e ado-lescentes perambulam pelas ruas das cidades. Muitossão órãos de ato e verdade. Outros são “órãos de pais

vivos” , sem amor, sem cuidado, solitários. Para muitos,há uma única possibilidade: a de estarem vivos ama-nhã. Há muitos que caminham apenas na esperan-

ça do amanhã, quando, muitas vezes, esse amanhãnunca chega. Para muitos desses órãos, não existe oamanhã, e o hoje não traz aquele sentimento orte dopresente.

Esse abandono, esse tipo de orandade, pode seravaliado estatisticamente. Na sua amília, em nossa

igreja, podemos saber quantos órãos existem. Mas há



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outro tipo de orandade em que as estatísticas nemsempre apontam a sua existência, a sua realidade: éa orandade espiritual. Há milhões que têm endereço,

casa, história, amília, mas são órãos espiritualmente.Pessoas cujo coração está vazio, completamente ca-rentes de amor, de emoção, de aeto, de aconchego,de amizade. Órãs de solidariedade, de envolvimento.O semblante delas é triste. E normalmente os órãosespirituais são tristes. Esta orandade está presente em

todo e qualquer lugar: tanto nas comunidades chama-das carentes, indo até às mansões. Se conversarmoscom as pessoas que têm pai e mãe, que têm amília, eque azem da vida algo gostoso, nós percebemos queo que dá tempero à vida é exatamente a amília.

Como pastor de uma igreja com mais de 40 mil

membros, já presenciei inúmeras situações complica-das ao longo do meu ministério. Já chorei com e pe-las minhas ovelhas, mas também já sorri muito, coisasde “paistor” . Cito apenas um caso, o de um irmão quepassou por momentos diíceis na vida amiliar. Ele oraum homem muito extrovertido, alante, mas se tornou

triste e calado por circunstâncias que zeram com queseu casamento chegasse ao m, ao divórcio. Ele dis-se que por algum tempo não tivera noção de que ocasamento havia acabado, pois logo após o divórcio,ora para a Europa e cara lá por vários meses. Somen-te ao retornar para o Brasil, quando desembarcou no

aeroporto, percebeu que não tinha mais um endereço,



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uma residência xa, um lar para reencontrar-se. Comose diz popularmente, naquele instante a “fcha caiu” .Naquela hora, um sentimento terrível tomou conta do

coração dele. Naquele momento, ele percebeu queestava sozinho. Ele não tinha um endereço, não tinhauma casa, não tinha uma amília. Ele não tinha esposa,não tinha mais lho. Ele não tinha um reerencial. Sen-timento de orandade.

Verdadeiramente, a amília é um sonho de Deus. E

Ele entende pereitamente a dor da solidão. Tanto queEle mesmo dissera no início da criação: “Não é bom que

o homem esteja só...” Veja que tremendo! Em toda a Bí-blia, encontramos textos que armam que Deus amae deseja amílias.

Em João 14.18, lemos: “Não vos deixarei órãos, vol-

tarei para vós outros.” Foi o próprio Jesus quem disseratais palavras aos seus discípulos acuados e temerosos,visto que ele em breve não estaria mais com eles emrazão da iminência de sua crucicação. Mas havia apromessa da ressurreição. Daí, ele ter dito: “Não vos

deixarei órãos, voltarei para vós outros.”



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MaIs acErca da orfandadEEspIrItual

Jesus conviveu com um grupo de discípulos portrês anos e meio. Andou com eles, dormiu entre eles,comeu com eles, alou com eles, andaram juntos. To-

dos podiam tocar em Jesus. Até mesmo os conside-rados intocáveis, Jesus tocava. Sujos, velhos, doentes,aqueles que ninguém abraçava. Jesus oerecia perdãoe aconchego. Aquele que ninguém conrontava, Jesusconrontava. Aqueles que eram super protegidos, Je-sus quebrava as barreiras. Quando lemos as Escrituras,

vemos que Jesus tocava nos ariseus que tinham um



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sentimento de segurança natural e religiosa muitogrande. Jesus abalava, de uma orma tremenda, o es-tado de segurança deles exatamente para sacudi-los.

Houve uma ocasião em que Jesus disse para os dis-cípulos: “Eu vou” . E quando Jesus começou a se despe-dir dos seus discípulos, veio como que um manto deorandade sobre eles. De repente, começaram a per-ceber: “Nós vamos fcar órãos” . Jesus então lhes disse:“Não vos deixarei órãos” (João 14.18). Jesus disse: “Não

se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede tambémem mim” (João 14.1). Eles perguntaram: “Que caminho

seguir agora?’ Jesus disse: “Eu sou o caminho, a verdade,

a vida” (João 14.6).Os discípulos estavam muito conusos. Pairava so-

bre eles esse sentimento tão estranho de despedida,

aquele clima de adeus, aquele sentimento ortíssimode ausência, de orandade. E Jesus então percebe esseclima e essa inquietação entre eles e lhes assegura:“Não vos deixarei órãos.”

O sentimento de orandade é insuportável. Jesusestava alando com homens que tinham um reeren-

cial de amília. Pedro tinha seu irmão, João, e aindacasa, esposa, sogra, amília. Tiago tinha seu pai, Ze-bedeu. Pedro e Tiago tinham um reerencial de acon-chego, mas estavam com o sentimento de orandadeespiritual.

A pior orandade é exatamente o sentimento da

ausência do Senhor, ou seja, a orandade de Deus. A



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pior orandade que existe é a orandade espiritual,porque aquele que não consegue se reportar a Deusé órão. É por isso que você encontra pessoas que têm

tudo e são órãs, ou seja, não têm nada. Quando os dis-cípulos entenderam que Jesus era Deus, eles não que-riam perder de orma alguma a presença do Senhor.

Muitas pessoas pensam no inerno apenas comoogo queimando. Isso também é verdade. Mas inernoé ainda ausência de Deus. Inerno é escuridão (Deus

é luz), é morte (Deus é vida), é ogo (Jesus oerece aÁgua da Vida), é tormento (Jesus é paz). Jesus é exa-tamente o oposto do inerno. A ausência da presençado Senhor provoca o inerno. Paulo, alando aos tessa-lonicenses, disse que inerno é ausência de comunhãocom o Senhor, é exílio, é o banimento da presença de

Deus. Parece que, nesse sentido, cada homem e cadamulher nascem com o inerno dentro de si, banido,longe, aastado da comunhão com o Senhor. A Bíbliadiz que enquanto a pessoa não se volta para JesusCristo, enquanto ela não se dá a Jesus, enquanto elanão se apercebe da possibilidade de ser lho de Deus

e se apropria deste direito, por meio de Jesus Cristo,ela vive em um verdadeiro inerno.

Em João 1, verso 12, lemos: “Mas, a todos quantos

o receberam, deu-lhes o poder de serem eitos flhos de

Deus, a saber, aos que creem no seu nome.” O propósitode Deus oi sempre o de sermos uma amília. É uma

realidade: somos lhos de Deus, e isso anula o senti-



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mento da orandade. Mas tão horrível quanto essesentimento de orandade espiritual, é a liação assu-mida como de escravidão.

Há muitas pessoas que vêm para Jesus e dizem:“Eu sou flho de Deus, aceitei Jesus como meu Salvador,

meu nome está no Livro da Vida, aço parte da amília

de Deus” . Mas, irônica e contraditoriamente, eles vivemnão como lhos, mas como escravos. Ou seja, a pessoaaceita o Senhor, crê na obra do Calvário, tem o direito

de chamar Deus de Pai, mas acaba por não conseguirdesrutar da comunhão com Ele, mesmo agora na con-dição de lho, com acesso direto e garantido a Ele. Issoporque não desruta dessa relação. Muitos são lhos,mas não permite que os seus corações sejam livresdas amarras da religião, dos dogmas, dos legalismos,

dos sistemas, das conusões carnais. Embora livres daescravidão, ainda mantêm a mentalidade de escravos.

Mas acerca disso, o próprio apóstolo Paulo escre-vera, em Romanos 8.15 a 17:

“Porque não recebestes o espírito de escravidão, para

viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito

de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai. O pró- prio Espírito testifca com o nosso espírito que somos flhos

de Deus. Ora, se somos flhos, somos também herdeiros,

herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se com ele so-

remos, também com ele seremos glorifcados.”

Paulo nos dá essa compreensão porque parece en-

tender bem que a pior orandade não é tanto a psico-



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lógica, aetiva, emocional, ainda que capazes de erirtão proundo a nossa psique, a nossa alma, gerandoinsegurança, mas a espiritual. É a pessoa não conse-

guir se reportar a Deus como Pai. É não ver, não sentir,não compreender Deus como realmente um Pai. Podeser que essa pessoa tenha recebido de alguém alsasreerências de paternidade, ou até mesmo de Deus, elhe ora dito que Deus é vingativo, distante, autoritá-rio, infexível e inacessível. Ou talvez por essa pessoa

ter tido um relacionamento diícil e sorido com o painatural, agora não consiga perceber Deus como paiamoroso, e isso é inconcebível. Ela não consegue com-preender que pode ter uma relação com o Criador, ain-da que na condição de órãos de pai ou mãe. O que ezcom que eu não osse uma pessoa alienada, revoltada,

em razão da morte de meu pai natural oi exatamenteo meu encontro com o Pai celestial. É a alegria de per-tencer à amília de Deus. E o que dá signicado à nossaexistência é essa compreensão de que a nossa vida éuma relação com o Senhor.

É por isto que o apóstolo Paulo arma:

“Porque não recebestes o espírito de escravidão, paraviverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espí-

rito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai.” O privilégio da nossa liação é exatamente esta

compreensão de Deus como nosso Pai. Nós não vive-mos em senzala, não somos escravizados, não existe

um senhor correndo atrás de nós. A nossa relação com



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o Senhor Deus é uma relação de Pai e lho. Novamen-te, Paulo: “Porque não recebestes o espírito de escravi-

dão, para viverdes, outra vez, atemorizados.”

Fomos adotados na amília de Deus. O espírito quevocê recebeu não oi o de escravidão, não o de medo,o de temor, o de pânico, mas o de adoção. E não hámedo na nossa relação com o Pai.

Deus não é um patrulheiro das nossas esperanças,dos nossos sonhos. Na parábola do lho pródigo, Jesus

narra a história de um pai cujo um dos dois lhos lheprocurara e dissera: “Pai, eu não quero mais fcar aqui. Dá-

me a minha parte na herança” . Ainda que na condição depai, ele pudesse negar o pedido ou mesmo impedir queseu lho partisse, ele não o ez. O moço tomou a parteda herança que lhe cabia e partiu para longe, vivendo de

orma dissoluta. O outro lho cara em casa.Após o insucesso, o lho mais novo que partira de-

cide voltar. Agora maltrapilho, sujo, sem recurso e sema própria dignidade, a honra, ele retoma o caminho decada, arrependido. E quando esse lho voltava, conor-me está escrito na Bíblia, o pai, ao vê-lo de longe, corre

em sua direção e o abraça. Tomado pela culpa e pelador, ele arma ao pai: “Pai, pequei contra o céu e diante

de ti, não sou digno de ser chamado teu flho, trata-me

como um de seus servos” (Veja Lucas 15.18 e 19).Mas o pai não queria mais um servo, um escravo,

mas o lho. E o que ez o pai? Tirou o seu anel e o colo-

cou no dedo do lho. O anel que este lho antes pos-



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suía de seu pai, ele o havia deseito dele, provavelmen-te vendido. E o anel no dedo era o reconhecimento daposição e do lugar de honra em que ele se encontrava.

E agora arrependido, esse lho reencontra sua posiçãode herdeiro. Suas vestes imundas são trocadas pornovas vestiduras, novas sandálias, e então uma estaé dada pelo próprio pai. “Este meu flho estava morto e

reviveu, estava perdido e oi achado” , oi o que armara,explodindo de elicidade, o pai. Daí, a esta.

O irmão mais velho estava longe, e quando chega-va em casa, percebeu a música, o som de esta, e quissaber o que estava acontecendo. Foi quando o em-pregado lhe respondeu que o motivo de toda aque-la alegria era o volta do seu irmão mais novo, o lhopródigo, perdido. Indignado, o lho mais velho do pai

se recusara a entrar em casa. O pai então se aproximae az o convite: “Venha se alegrar conosco, porque o seu

irmão voltou” . Porém, sua resposta ora ria e distante:“Meu pai, há tantos anos eu te sirvo e o senhor nunca me

deu um cabritinho sequer, para eu me alegrar com os

meus amigos!” Sem bem entender, o pai arma: “Meu

flho, tudo o que eu tenho é seu” .A mentalidade do irmão mais velho do lho pródi-

go provavelmente era a de servo, de escravo, se julgar-mos por sua resposta dada ao pai. “Há tantos anos eu

te sirvo...” Não era tanto uma questão de o pai dar umcabrito ao lho mais novo, mas de o lho mais velho

tomar posse da sua posição como tal.



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A partir dessa ilustração, dessa parábola, podemosrearmar que o sentimento da orandade espiritual éo sentimento que az com que a pessoa se veja como

escravo. Você que já se converteu, que já tem a Jesuscomo seu Salvador, tome posse da sua liação. Tenhaesse entendimento, porque a maioria dos crentes pa-rece caminhar dessa orma, com a atitude do irmão dolho pródigo. Nós somos herdeiros em Cristo. Paulotambém escreve em Romanos 8.16 e 17:

“O próprio Espírito testifca com o nosso espírito quesomos flhos de Deus. Ora, se somos flhos, somos tam-

bém herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com

Cristo; se com ele soremos, também com ele seremos

glorifcados.”

Como já dito, muitas pessoas têm uma diculdade

tremenda de aceitar Deus como Pai, porque não con-seguem azer uma transposição do pai natural para acompreensão de Deus como seu Pai espiritual, já quea lembrança que elas têm do pai é a de alguém rio,duro, hostil, adversário, inimigo, indierente, estúpido,incapaz de qualquer diálogo, que está sempre procu-

rando alguma alha para pisar em cima. Talvez porqueo pai era aquela pessoa que batia na mãe na renteda criança, que não era conável, que prometia e nãocumpria. Aquele pai que não era acolhedor.

Se a gura que a pessoa tem do pai é enerma oudistorcida, a pessoa até deseja entender Deus como

Pai, mas não consegue. Esta existência, podemos di-



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zer, sub-cristã, atinge muitos cristãos. Muitas vezes, apessoa vem para o Evangelho, mas com aquela com-preensão de escravidão: “Eu tenho que azer isso, tenho

que entregar o meu dízimo, porque se não, vão me per-seguir, e vou ser amaldiçoado” . Isso é medo, é temor, éescravidão.



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não soMosórfãos

A igreja é e deve ser um lugar aconchegante deamor, de aeto e de carinho. O texto de Romanos 8 éum texto lindíssimo, mas só é possível ter essa com-preensão de nossa liação em Cristo se tivermos al-gumas percepções muito claras acerca do que Deus

deseja que tenhamos.A primeira que gostaria de enatizar é a de Deus

como sendo nosso Pai. Talvez você esteja dizendo: “Mas

isso é óbvio!” . Sim, é óbvio! Mas nunca tropeçamos nasmontanhas, mas nas pedrinhas. O conceito de Deus é tãosimples, mas são poucas as pessoas que vivem realmente

nessa dimensão de Deus como Pai. O que eu estou que-



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rendo, pelo Espírito Santo, é que você veja Deus comoPai. Que você possa crer em seu coração e armar de sipara si: “Deus me transormou, me adotou” .

“Porque não recebestes o espírito de escravidão, paraviverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espí-

rito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai.” (Romanos 8.15.)

A palavra “Aba” é de origem aramaica e signi-ca “paizinho” . Em cada região do nosso país, a nossa

língua tem um sotaque próprio, e existem algumaspalavras que azem parte de um vocabulário regionalmuito próprio. Em espanhol, pai é “padre” . Em italiano,pai é “papa” . Em inglês, é “ather” . Em português nósalamos papai, mas na Bahia alam “painho” .

“Aba” tem essa conotação de “painho” . Não é ape-

nas papai, mas paizinho, algo mais proundo, maisíntimo. O Espírito Santo trouxe essa palavra, essa ex-pressão de intimidade, para nos ensinar que Deusé grande, é poderoso, mas ao mesmo tempo, é tãoacessível, tão próximo que podemos chamá-lo cari-nhosamente de “paizinho” , porque Ele nos deu essa

liberdade. “Aba, Pai” , ou seja, nosso paizinho, nossopainho. Não é aquele conceito apenas teológico deDeus como Pai, mas a vivência com Ele de ato comoPai, quando o seu coração é tomado pela realidade depoder se achegar a Ele como lho. Aqui está o teste-munho: “Porque recebestes o espírito de adoção, basea-

dos no qual clamamos: Aba, Pai.”



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lo. Por que nós pregamos a Palavra? A Bíblia diz que háum mover espiritual, que vamos sendo lavados pelaPalavra. Determinados conceitos, que estão arraiga-

dos, vão sendo retirados, e você vai pautando a suavida pela Palavra. “Sede, pois, imitadores de Deus, como

flhos amados.”



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conclusão

Os lhos imitam os pais. Sempre querem azer as

mesmas coisas que seus pais. Comece a imitar a Deus.A grande diculdade é que muitos acham que nãoconseguem imitar a Deus. Mas é é crer que Deus vaicumprir tudo o que Ele prometeu. Assemelhe-se a Ele,deixe-se transormar à semelhança dele. O “protótipo

de Deus” é a pessoa de Jesus de Nazaré. Jesus é o pro-

jeto de Deus para as nossas vidas.De volta ao ponto. “Ora, se somos flhos, somos

também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com

Cristo.” Se somos lhos, quais os direitos que nos sãodados, não só depois que morrermos, mas aqui, ago-ra? Somos lhos, somos herdeiros. Mas não um herdei-

ro para desrutar das bênçãos apenas no céu, mas aqui



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no presente. E mais que apenas das bênçãos naturais,mas espirituais, como resultado dessa liação nele. So-mos lhos, somos herdeiros de Deus.

Veja o que Paulo disse também em 2 Coríntios, ca-pítulo 4, versículo 15:

“Porque todas as coisas existem por amor de vós,

para que a graça, multiplicando-se, torne abundantes

as ações de graças por meio de muitos, para a glória de

Deus.”

Todas as coisas que existem oram criadas poramor a nós. É por isso que você vive no sobrenatural.Somos lhos e somos herdeiros de Deus, co-herdeiroscom Cristo Jesus. Vejamos agora 1 Coríntios, capítulo3, versos 21, 22 e 23: “Portanto, ninguém se glorie nos

homens; porque tudo é vosso: seja Paulo, seja Apolo, seja

Ceas, seja o mundo, seja a vida, seja a morte, sejam ascoisas presentes, sejam as uturas, tudo é vosso, e vós, de

Cristo, e Cristo, de Deus.” Ou seja, o mundo, o cosmo,tudo o que existe, pertence a Deus. Diz a Palavra: “Por-

que, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos,

para o Senhor morremos. Quer, pois, vivamos ou morra-

mos, somos do Senhor” (Romanos 14.8). A morte nãoé uma perda, pois vamos encontrar ace a ace com oPai.

O que a Palavra do Senhor nos proclama nestemomento? Exatamente esta verdade: “Porque não re-

cebestes o espírito de escravidão.” Nosso vínculo com o

Senhor é um vínculo de amor.



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“Recebemos o espírito de adoção, baseados no qual

clamamos: Aba, Pai. O próprio Espírito testifca com o

nosso espírito dizendo que somos flhos de Deus. Ora,

se somos flhos, somos também herdeiros, herdeiros deDeus e co-herdeiros com Cristo; se com ele soremos,

também com ele seremos glorifcados.”

Que coisa linda! Não somos mais órãos. Há umDeus que é Pai. Que tal se hoje você deixar de lado oestado de escravidão, assumindo a posição de lho,

para viver uma liberdade responsável diante do Se-nhor? Este é o momento para você vir e azer parteda amília de Deus, sendo adotado como lho. Bastareceber a Jesus. A Bíblia diz: “Mas, a todos quantos o re-

ceberam, deu-lhes o poder de serem eitos flhos de Deus,

a saber, os que creem no seu nome” (João 1.12).

Você pode vir para ser lho de Deus, para azer par-te da amília dele. Mas a única maneira é recebendoa Jesus Cristo no seu coração como seu Senhor e seuSalvador. É uma escolha. Só depende de você. Escolhaentão ser lho.

Que Deus lhe abençoe!

Pr. Márcio Valadão



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JEsus tE aMa E QuEr VocÊ!

1º PASSO: Deus o ama e tem um plano mara-vilhoso para sua vida. “Porque Deus amou o mun-

do de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para

que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vidaeterna.“ (Jo 3.16.)

2º PASSO: O Homem é pecador e estáseparado de Deus. “Pois todos pecaram e care-

cem da glória de Deus.“ (Rm 3.23b.)



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3º PASSO: Jesus é a resposta de Deus,para o confito do homem. “Respondeu-lhe Je-

sus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; nin-guém vem ao Pai senão por mim.“ (Jo 14.6.)

4º PASSO: É preciso receber a Jesus emnosso coração. “Mas, a todos quantos o rece-

beram, deu-lhes o poder de serem eitos flhos

de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome.“ (Jo 1.12a). “Se, com tua boca, conessares Jesus

como Senhor e, em teu coração, creres que Deus

o ressuscitou dentre os mortos, será salvo. Porque

com o coração se crê para justiça e com a boca

se conessa a respeito da salvação.” (Rm 10.9-10.)

5º PASSO: Você gostaria de receber aCristo em seu coração? Faça essa oração dedecisão em voz alta:

“Senhor Jesus eu preciso de Ti, conesso-te o

meu pecado de estar longe dos teus caminhos.

Abro a porta do meu coração e te recebo comomeu único Salvador e Senhor. Te agradeço por-

que me aceita assim como eu sou e perdoa o meu

pecado. Eu desejo estar sempre dentro dos teus

planos para minha vida, amém” .



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6º PASSO: Procure uma igreja evangélicapróxima à sua casa.

Nós estamos reunidos na Igreja Batista daLagoinha, à rua Manoel Macedo, 360, bairroSão Cristóvão, Belo Horizonte, MG.

Nossa igreja está pronta para lhe acompa-nhar neste momento tão importante da suavida.

Nossos principais cultos são realizados aosdomingos, nos horários de 10h, 15h e 18h ho-ras.

Ficaremos elizes com sua visita!



Uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha

Gerência de Comunicação

Rua Manoel Macedo, 360 - São Cristóvão

CEP 31110-440 - Belo Horizonte - MG

www.lagoinha.com

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