livro de bolso do contador

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  • Letra: Joaquim Osrio Duque Estrada

    Msica: Francisco Manuel da Silva

    HINO NACIONAL

  • CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DE SANTA

    CATARINA CRCSC

    Av. Osvaldo Rodrigues Cabral, 1900

    Florianpolis 88.015-710

    Fone: (48) 3027-7000 Fax (48) 3027-7008

    Home Page: www.crcsc.org.br

    @crcscocial

    www.facebook.com.br/crcsantacatarina

    E-mail: [email protected]

    2 Edio

    Tiragem: 10.000 exemplares

    Capa: Ana Cludia Neves Antunes

    Projeto Grco: Horizonte Grca e Editora Ltda.

    Impresso: Premier Indstria Grca e Editora Ltda.

    Normatizao: Danielly da Cunha (CRB-14/793) e

    Leandro Pinheiro (CRB-14/1340)

    Reviso de Redao em Lngua Portuguesa: Maria Terezinha Vieira

    Ficha Catalogrca

    _________________________________________________________

    C755l Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina

    Livro de Bolso do Prossional da Contabilidade /

    Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina.

    2. ed. Florianpolis : CRCSC, 2012.

    107 p.

    1. Contabilidade. 2. Legislao Contbil. I. Ttulo.

    CDU 657

    ________________________________________________________

    Ficha Catalogrca elaborada pelo Bibliotecrio Leandro Pinheiro CRB-14/1340

    Projeto Editorao de Livros 2012/2013

    COMISSO

    Adilson Pagani Ramos

    Cansio Muller

    dio Silveira

    Eli Oliveira de Souza

    Jos Carlos Pero

    Luiz Alberton

    Luiz Felipe Ferreira

    Michele Patrcia Roncalio

    Lindomar Antonio Fabro - Coordenador

    possvel que a legislao no livro tenha sido alterada posteriormente a sua

    impresso. Verique regularmente se no houve alteraes.

  • APRESENTAO

    Para desempenhar bem a sua atividade, o

    prossional da Contabilidade precisa conhecer

    profundamente a legislao que rege a prosso.

    Principalmente porque, nos ltimos anos, esta

    legislao sofreu vrias e importantes alteraes,

    visando adequ-la ao novo momento, extremamente

    favorvel, pelo qual passa a Contabilidade. Nunca

    como hoje, nossa prosso foi to demandada e

    valorizada pela sociedade.

    Por esse motivo, o CRCSC publica a

    segunda edio atualizada do Livro de Bolso do

    Prossional da Contabilidade. O texto aborda desde o

    Decreto-Lei n 9.295, de 27 de maio de 1946, que

    regulamenta a prosso contbil em todo o territrio

    nacional e teve a sua redao alterada pelos artigos

    76 e 77 da Lei n 12.249/10, at as recentes

    resolues do Conselho Federal de Contabilidade,

    que regulamentam o Exame de Sucincia e dispem

    sobre o registro do prossional e das organizaes

    contbeis. O livro tambm traz o Cdigo de tica

    Prossional do Contador, uma leitura imprescindvel

    para quem quer exercer a prosso com tica e

    responsabilidade.

    Boa Leitura,

    Contador Adilson Cordeiro

    Presidente do CRCSC

  • SUMRIO

    INTRODUO .................................................................. 7

    SMBOLOS DA CONTABILIDADE .................................. 12

    LEGISLAO DA PROFISSO CONTBIL.................... 19

    DECRETO LEI N 9.295, de 27 de maio de 1946.........

    Cria o Conselho Federal de Contabilidade, dene as

    atribuies do Contador e do Guarda-livros e d outras

    providncias, alterado pela Lei n 12.249/10, de 11 de

    junho de 2010

    20

    RESOLUO CFC N 560, de 28 de outubro de 1983 ..

    Dispe sobre as prerrogativas prossionais de que trata

    o art. 25 do Decreto-Lei n 9.295, de 27 de maio de 1946

    36

    RESOLUO CFC N 803/96...........................................

    Aprova o Cdigo de tica Prossional do Contador

    CEPC, alterada pela Resoluo CFC n 1.307/10

    48

    RESOLUO CFC N. 1.390/12.......................................

    Dispe sobre o Registro Cadastral das Organizaes

    Contbeis

    63

    RESOLUO CFC N. 1.389/12.......................................

    Dispe sobre o Registro Prossional dos Contadores e

    Tcnicos em Contabilidade

    78

  • RESOLUO CFC N. 1.373/2011...................................

    Regulamenta o Exame de Sucincia como requisito

    para obteno ou restabelecimento de Registro

    Prossional em Conselho Regional de Contabilidade

    (CRC)

    96

    REFERNCIAS .................................................................

    104

  • INTRODUO

    Por princpio, as pessoas devem ter direito

    de exercer qualquer atividade ou prosso. No

    entanto, as transaes realizadas em todas as

    prosses podem afetar bens e valores fundamentais

    ao ser humano e ao meio ambiente. Neste sentido, a

    existncia das prosses regulamentadas possibilita

    garantia aos recebedores de bens ou servios.

    Para exercer determinadas prosses, as

    pessoas precisam estar preparadas, possuindo

    competncias e habilidades que as credenciam para o

    exerccio prossional. Para garantia da existncia

    desses atributos, foram criados Conselhos

    Prossionais, que atuam no sentido de scalizar e

    contribuir para a formao de prossionais melhor

    preparados, a m de atender s mudanas velozes

    que ocorrem na tecnologia de produtos, processos,

    prticas e legislao, em nvel regional, nacional e

    internacional.

    O exerccio prossional deve ser realizado

    com responsabilidade. O prossional deve ser

    credenciado para poder exercer a prosso

    regulamentada, tem a obrigao legal de fazer o seu

    trabalho, obedecendo s normas tcnicas e ticas.

    Por isso, e para isso, deve estar registrado em um

    Conselho Prossional.

    O Conselho Prossional, que regula as

    atividades da Contabilidade, o rgo dotado de f

    pblica, para registrar, credenciar e scalizar o

    trabalho do Contador.

    7

  • O bom prossional, que faz e se conduz

    corretamente, valoriza a prosso e colabora para

    que se tenha uma sociedade mais justa e com isso

    exista mais cidadania. Tambm recomendvel que

    o prossional participe de entidades que fortaleam a

    classe, tais como conselhos, associaes, sindicados

    e federaes, que lutam pelos seus direitos e

    interesses.

    A sociedade, para no ser prejudicada,

    precisa, nos mais diversos setores, contar com rgos

    de scalizao, a m de impedir o exerccio ilegal e a

    existncia de prossionais mal formados, sem

    conhecimento tcnico, tico, etc.

    A prosso contbil regulada pelo

    Conselho Federal de Contabilidade (CFC), por meio

    dos seus 27 Conselhos Regionais.

    O Conselho Regional de Contabilidade de

    Santa Catarina (CRCSC) uma autarquia federal,

    que integra o Sistema CFC/CRCs, criado pelo

    Decreto-Lei n 9.295/46 e alterado pela Lei

    12.249/2010. Tem como atribuies bsicas a

    orientao, o registro e a scalizao do exerccio da

    prosso contbil em Santa Catarina.

    O CRCSC est presente em todas as

    regies do Estado. Possui uma rede de atendimento,

    que inclui a sede em Florianpolis, oito

    macrodelegacias, instaladas em cidades-chave do

    Estado, e trinta e uma delegacias.

    O CRCSC administrado por um Conselho

    Diretor, composto do presidente, 6 vice-presidentes e

    um representante dos Tcnicos em Contabilidade.

    8

  • a) Presidente: compete-lhe a administrao geral

    do conselho, cumprir e fazer cumprir o Regimento

    Interno e as determinaes emanadas do CFC.

    b) Vice-Presidente de Administrao e Finanas:

    auxilia o presidente na gesto administrativa,

    nanceira e o substitui em suas ausncias e

    impedimentos.

    c) Vice-Presidente de Fiscalizao:

    responsvel pela Cmara de Fiscalizao, tica e

    Disciplina, tendo como competncia analisar

    processos de pessoas fsicas, jurdicas e

    organizaes contbeis, alm de determinar

    diligncias necessrias para o seu julgamento;

    decidir, apreciar as denncias escritas e as

    representaes relacionadas com a scalizao do

    exerccio prossional, no tocante s pessoas fsicas,

    jurdicas e organizaes contbeis; determinar a

    instaurao do processo administrativo de scalizao

    e o seu julgamento, submetendo as deliberaes

    homologao do Conselho Pleno.

    d) Vice-Presidente de Registro: responsvel

    pela Cmara de Registro, com a nalidade de

    receber, analisar e julgar todos os pedidos de registro

    dos Tcnicos em Contabilidade, Bacharis em

    Cincias Contbeis, Organizaes (ou empresas)

    Contbeis, assim como os pedidos de alteraes,

    renovaes, baixas, cancelamentos e recursos, com

    observncia ao que determinam as Resolues CFC

    n 1389/12 e 1390/12 do Conselho Federal de

    Contabilidade, submetendo as deliberaes

    homologao do Conselho Pleno.

    e) Vice-Presidente de Controle Interno:

    responsvel pela Cmara de Controle Interno, que

    9

  • tem por nalidade auxiliar no planejamento, controle e

    avaliao da execuo oramentria e nanceira,

    examinar os comprovantes de despesas pagas,

    quanto validade das autorizaes e quitaes

    respectivas; scalizar periodicamente as nanas e os

    registros contbeis, examinando livros e demais

    documentos relativos gesto nanceira; emitir

    parecer sobre os balancetes e Balanos Patrimoniais,

    a serem submetidos ao Conselho Pleno.

    f) Vice-Presidente de Desenvolvimento

    Prossional: responsvel pela Cmara de

    Desenvolvimento Prossional e tem como atribuio

    elaborar, coordenar e executar os projetos, que

    tenham por objetivo o aprimoramento e a reciclagem

    do prossional da contabilidade, elaborando o plano

    de educao continuada, opinando sobre o contedo

    de publicaes tcnicas a serem editadas; propor a

    criao de comisses de apoio, a realizao de

    convnios, cursos e demais eventos de projetos da

    educao continuada, submetendo as deliberaes

    homologao do Conselho Pleno.

    g) Vice-Presidente da Cmara Tcnica:

    responsvel pela Cmara Tcnica, que tem como

    competncia responder s consultas de natureza

    tcnica encaminhadas ao CRC e, se necessrio,

    propor o encaminhamento ao CFC das questes que

    dependem de interpretao, visando unicidade de

    procedimentos em nvel nacional; auxiliar na

    implementao de audincias pblicas promovidas

    pelo CFC, como instrumento de fomento do debate de

    questes normativas, visando ao encaminhamento de

    sugestes ao CFC; subsidiar as Vice-Presidncias em

    assuntos de natureza tcnica, na instruo de

    processos e procedimentos, no que se referir s

    10

  • normas e atividades do exerccio prossional, e

    executar incumbncias que lhe forem delegadas pela

    Presidncia.

    h) Representante dos Tcnicos em

    Contabilidade: participa das reunies do Conselho

    Diretor com direito a voz e voto.

    11

  • SMBOLOS DA CONTABILIDADE

    Para a palavra smbolo existem vrios

    signicados, entre eles o mais usado o elemento

    representativo essencial no processo de

    comunicao. De acordo com um dos signicados

    trazidos pelo Dicionrio Houaiss, smbolo aquilo

    que por um princpio de analogia formal ou de outra

    natureza, substitui ou sugere algo, ou mesmo, aquilo

    que por pura conveno representa ou substitui outra

    coisa, ou ainda, representao convencional de algo,

    emblema, insgnia.

    Do Prof. Dr. Antnio Lopes de S temos a

    seguinte denio: Os smbolos, j armavam

    provrbios antigos, encerram idias e as representam,

    valendo mais que cem palavras.

    Os ideogramas, ainda insubstituveis em

    alguns idiomas, em algumas crenas, continuam

    atravessando os milnios e, em algumas cincias,

    cada vez mais poderosamente se aninham, como nas

    matemticas, para estabelecer uma linguagem

    singular.

    Os smbolos do-nos liberdade de

    pensamento quando visam a representar algo

    demasiadamente abrangente.

    Por tudo o que se pode conhecer de

    Mercrio e do Caduceu, possvel admitir que os

    Contadores tomaram tal simbologia para signicar

    que:

    1 Assumimos o papel de protetores, por

    meio da informao gil e de sua interpretao (por

    analogia com a arte de prever, que era atributo de

    12

  • Mercrio), dando condies para a eccia da

    riqueza.

    2 No vivemos nas evidncias das

    manchetes, mas, no quase anonimato, tomamos

    conhecimento de tudo e estamos em toda parte (toda

    clula social tem um ou muitos prossionais da

    contabilidade), sendo-nos conadas importantes e

    constantes misses (tal como se fazia a Mercrio).

    3 Conseguimos controlar todo o

    comportamento das gestes, por meio de nossos

    mtodos, assim como Mercrio, que, ao colocar seu

    capacete, tornava-se invisvel e controlava as aes

    dos homens, guardando sigilo sobre o que fazia, pelo

    fato de se ocultar materialmente.

    4 Utilizamos em alta dose os recursos

    mentais e intelectuais para dominar uma cincia

    complexa e s plenamente conhecida pelo uso da

    razo, com a mxima energia, com o uso de rara

    inteligncia, mesmo que seja para iniciar nossas

    prticas (tal como a mitologia sugere a vida de

    Mercrio).

    5 Estaremos sempre extremamente

    ocupados, se desejarmos, com procincia, exercer a

    prosso, pois as tarefas mais delicadas e sigilosas

    da administrao nos so conadas (tal como

    acontecia com o ocupadssimo e diligente Mercrio);

    6 A velocidade com que ocorrem as prticas

    na vida das empresas e das instituies requer de

    nossa parte uma presena que nos obriga agilidade

    e vitalidade, tal como o Caduceu a garantia a

    Mercrio, como arauto dos deuses.

    13

  • 14

  • Os pontos ou ncleos de energia,

    denominados chacras, no Oriente, se unidos por

    linhas, tomam a forma das serpentes dispostas no

    Caduceu.

    Tais simbolismos conduzem concepo da

    representatividade da plena ao da energia.

    O Basto uma gurao de um ramo

    vigoroso de loureiro, planta mstica que, segundo os

    gregos, protegia os lares, pois os raios jamais

    atingiam tal planta, alm de ela ter rara virtude

    medicinal e um odor apreciado.

    O louro gerava as coroas que encimavam a

    cabea dos heris. A famosa coroa de louros era o

    smbolo do vitorioso; da a importncia da gurao.

    As Asas que saem do ramo de loureiro so o

    smbolo da velocidade do Deus Mercrio e tambm se

    inserem no seu capacete e, em algumas guras, em

    seus calcanhares.

    Era comum, entre os antigos, tomar como

    simbologia a analogia com as foras da natureza e,

    nesse caso, a asa foi assim considerada.

    Antes dos gregos, os egpcios, em sua

    escrita, seguiam, em muitos de seus smbolos, a

    anidade entre a ideia que queriam expressar e os

    fatos naturais.

    O Deus Mercrio a origem de Mercrio

    provm da mitologia grega, na qual tinha o nome de

    Hermes. deus de rara importncia, por ser lho de

    Jpiter, o mais importante de todos.

    15

  • 16

  • entende compatvel com o que simblico, pois, em

    realidade, as cores, as guras, como associao de

    fatos, esto todas atadas a uma tradio.

    O importante era que se denisse a questo

    e que isso foi feito pelo CFC em respeito tica e a

    uma histria muito prpria.

    Padroeiro da Contabilidade So Mateus

    So Mateus, tambm conhecido como Levi,

    foi um prossional da contabilidade. Atuava na rea

    da Contabilidade Pblica, pois era um rendeiro, isto ,

    um arrendatrio de tributos. O exerccio da sua

    prosso exigia rgidos controles, os quais se

    reetiam na formulao do documentrio contbil, sua

    exibio e sua revelao, alm de escriturar e auditar.

    Posteriormente, dedicou-se a evangelizao

    e deixou grande obra como escritor evangelista. Por

    iniciativa dos colgios de contabilidade italianos, So

    Mateus foi proclamado Celeste Patrono da

    Contabilidade, em 06 de agosto de 1953.

    Datas Comemorativas

    12 de Janeiro

    O Dia do Empresrio Contbil foi institudo em maio

    de 2011 pela Lei 12.387/11. Isso mostra o papel

    importante que desempenha o empresrio contbil

    para as organizaes e toda sociedade.

    17

  • 25 de Abril

    O Dia do Contabilista foi institudo sob a inspirao do

    Senador Joo Lyra, em 25 de abril de 1926, ocasio

    em que proferiu discurso que enalteceu a Classe

    Contbil Brasileira.

    22 de Setembro

    O Dia do Contador, por sua vez, foi institudo no

    ensejo de comemorar a criao do Curso de

    Graduao em Cincias Contbeis pelo Decreto-Lei

    n 7.988, de 22 de setembro de 1945. Em 22 de

    setembro de 1982, comemorou-se, pela primeira vez,

    em Braslia/DF, o Dia do Contador.

    18

  • LEGISLAO DA PROFISSO CONTBIL

    Como complementao da regulamentao

    da prosso contbil existem inmeros dispositivos

    legais, especialmente as resolues, que visam a

    regulamentar matria de interesse comum aos

    prossionais da contabilidade, estabelecendo

    prerrogativas, atribuies, conceitos, orientao e

    disciplina prossional de forma objetiva, tanto no

    aspecto tcnico quanto no tico.

    As resolues so criadas pelo Conselho

    Federal de Contabilidade (CFC) e sofrem alteraes

    ao longo dos anos.

    Desta forma, a Legislao da Prosso

    Contbil incorpora o resultado de um trabalho

    dedicado e competente, constituindo-se numa valiosa

    contribuio e numa fonte segura de pesquisa, para

    melhor compreenso dos instrumentos normativos

    que regulam a prosso.

    Nesse sentido, foram incorporadas,

    anexas, as principais legislaes:

    Decreto-Lei 9.295/46, alterado pela Lei 12.249/10; Resoluo CFC n 560/83; Resoluo CFC n 803/96; Resoluo CFC n 1.390/12; Resoluo CFC n 1.389/12; Resoluo CFC n 1.373/11.

    19

  • Decreto-Lei n. 9.295 de 27 de maio de 1946,

    Alterado pela Lei 12.249 de 11 de junho de

    2010

    Cria o Conselho Federal de Contabilidade,

    dene as atribuies do Contador e do

    Guarda-livros e d outras providncias.

    O Presidente da Repblica, usando da

    atribuio que lhe confere o artigo 180 da

    Constituio, decreta:

    CAPTULO I

    DO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE

    E DOS CONSELHOS REGIONAIS

    Art. 1 Ficam criados o Conselho Federal

    de Contabilidade e os Conselhos Regionais de

    Contabilidade, de acordo com o que preceitua o

    presente Decreto-Lei.

    Art. 2 A scalizao do exerccio da

    prosso contbil, assim entendendo-se os

    prossionais habilitados como contadores e tcnicos

    em contabilidade, ser exercida pelo Conselho

    Federal de Contabilidade e pelos Conselhos

    Regionais de Contabilidade a que se refere o art. 1. art.2 com redao dada pelo art.76 da Lei n 12.249, de 11 de

    junho de 2010

    Art. 3 Ter sua sede no Distrito Federal o

    Conselho Federal de Contabilidade, ao qual cam

    subordinados os Conselhos Regionais.

    Art. 4 (Revogado pelo Decreto-Lei n. 1.040, de 21

    de outubro de 1969, com nova redao dada pela Lei 11.160/05).

    20

  • Art. 5 (Revogado pelo Decreto-Lei n. 1.040, de 21

    de outubro de 1969).

    Pargrafo nico (Revogado pelo Decreto-Lei n.

    1.040, de 21 de outubro de 1969).

    Art. 6 So atribuies do Conselho

    Federal de Contabilidade:

    a) organizar o seu Regimento Interno;

    b) aprovar os Regimentos Internos

    organizados pelos Conselhos Regionais, modicando

    o que se tornar necessrio, a m de manter a

    respectiva unidade de ao;

    c) tomar conhecimento de quaisquer

    dvidas suscitadas nos Conselhos Regionais e dirimi-

    las;

    d) decidir, em ltima instncia, os recursos

    de penalidade imposta pelos Conselhos Regionais;

    e) publicar o relatrio anual de seus

    trabalhos, em que dever gurar a relao de todos

    os prossionais registrados;

    f) regular acerca dos princpios contbeis,

    do Exame de Sucincia, do cadastro de qualicao

    tcnica e dos programas de educao continuada; e

    editar Normas Brasileiras de Contabilidade de

    natureza tcnica e prossional.

    letra f acrescentada pelo art.76 da Lei n. 12.249, de 11 de junho

    de 2010

    Art. 7 Ao Presidente compete, alm da

    direo do Conselho, a suspenso de qualquer

    deciso que o mesmo tome e lhe parea

    inconveniente.

    21

  • Pargrafo nico O ato da suspenso

    vigorar at novo julgamento do caso, para o qual o

    Presidente convocar segunda reunio no prazo de

    quinze dias, a contar de seu ato; e se, no segundo

    julgamento, o Conselho mantiver, por dois teros de

    seus membros, a deciso suspensa, esta entrar em

    vigor imediatamente.

    Art. 8 Constitui renda do Conselho Federal

    de Contabilidade:

    a) 1/5 (um quinto) da renda bruta de cada

    Conselho Regional, nela no se compreendendo

    doaes, legados e subvenes;

    b) doao e legados;

    c) subvenes dos Governos.

    Art. 9 Os Conselhos Regionais de

    Contabilidade sero organizados nos moldes do

    Conselho Federal, cabendo a este xar-lhes o nmero

    de componentes, determinando a forma da eleio

    local para sua composio, inclusive do respectivo

    Presidente. O mandato dos presidentes dos Conselhos de Contabilidade

    disciplinado pelo art. 3 do DL n. 1.040, de outubro de 1969.

    A forma de eleio para os CRCs est prevista no art. 4 do DL n.

    1.040, de 21 de outubro de 1969, com redao dada pela Lei n.

    5.730, de 8 de novembro de 1971.

    Pargrafo nico O Conselho promover a

    instalao, nos Estados, nos Territrios e nos

    Municpios dos rgos julgados necessrios, podendo

    estender-se a mais de um Estado a ao de qualquer

    deles.

    22

  • Art. 10 So atribuies dos Conselhos

    Regionais:

    a) expedir e registrar a carteira prossional

    prevista no artigo 17; Alnea a com redao dada pela Lei n. 9.710, de 3 de setembro de

    1946.

    b) examinar reclamaes e representaes

    escritas acerca dos servios de registro e das

    infraes dos dispositivos legais vigentes, relativos ao

    exerccio da prosso de contabilista, decidindo a

    respeito;

    c) scalizar o exerccio das prosses de

    contador e guarda-livros, impedindo e punindo as

    infraes, e, bem assim, enviando s autoridades

    competentes minuciosos e documentados relatrios

    sobre fatos que apurarem, e cuja soluo ou

    represso no seja de sua alada;

    d) publicar relatrio anual de seus trabalhos

    e a relao dos prossionais registrados;

    e) elaborar a proposta de seu regimento

    interno, submetendo-o aprovao do

    Conselho Federal de Contabilidade;

    f) representar ao Conselho Federal de

    Contabilidade acerca de novas medidas necessrias,

    para regularidade do servio e para scalizao do

    exerccio das prosses previstas na alnea b, deste

    artigo;

    g) admitir a colaborao das entidades de

    classe nos casos relativos matria das alneas

    anteriores.

    23

  • Art. 11 A renda dos Conselhos Regionais

    ser constituda do seguinte:

    a) 4/5 da taxa de expedio das carteiras prossionais

    estabelecidas no art. 17 e seu pargrafo nico;

    b) 4/5 das multas aplicadas conforme alnea b, do

    artigo anterior;

    c) 4/5 da arrecadao da anuidade prevista no art. 21

    e seus pargrafos;

    d) doaes e legados;

    e) subvenes dos Governos.

    CAPTULO II

    DO REGISTRO DA CARTEIRA PROFISSIONAL

    Art. 12. Os prossionais a que se refere

    este Decreto-Lei somente podero exercer a profisso

    aps a regular concluso do curso de Bacharelado

    em Cincias Contbeis, reconhecido pelo Ministrio

    da Educao, aprovao em Exame de Sucincia e

    registro no Conselho Regional de Contabilidade a que

    estiverem sujeitos. art.12 com redao dada pelo art.76 da Lei n. 12.249, de 11 de

    junho de 2010

    1 O exerccio da prosso, sem o registro a que

    alude este artigo, ser considerado como infrao do

    presente Decreto-lei. anterior pargrafo nico renumerado pela Lei n. 12.249, de 11 de

    junho de 2010

    24

  • 2 Os tcnicos em contabilidade j registrados em

    Conselho Regional de Contabilidade e os que venham

    a faz-lo at 10 de junho de 2015 tm assegurado o

    seu direito ao exerccio da prosso. 2 com redao dada pelo art.76 da Lei n. 12.249, de 11 de junho

    de 2010

    Art. 13 Os prossionais punidos por

    inobservncia do artigo anterior e seu pargrafo nico

    no podero obter o registro sem provar o pagamento

    das multas em que houverem incorrido.

    Art. 14 Se o prossional, registrado em

    qualquer dos Conselhos Regionais de

    Contabilidade, mudar de domiclio, far visar, no

    Conselho Regional a que o novo local dos seus

    trabalhos estiver sujeito, a carteira prossional de que

    trata o art. 17. Considera-se que h mudana, desde

    que o prossional exera qualquer das prosses, no

    novo domiclio, por prazo maior de noventa dias.

    Art. 15 Os indivduos, rmas, sociedades,

    associaes, companhias e empresas em geral, e

    suas liais, que exeram ou explorem, sob qualquer

    forma, servios tcnicos contbeis, ou a seu cargo

    tiverem alguma seco que a tal se destine, somente

    podero executar os respectivos servios depois de

    provarem, perante os Conselhos de Contabilidade,

    que os encarregados da parte tcnica so

    exclusivamente prossionais habilitados e registrados

    na forma da lei.

    Pargrafo nico As substituies dos

    prossionais obrigam nova prova, por parte das

    entidades a que se refere este artigo.

    25

  • Art. 16 O Conselho Federal organizar,

    anualmente, com as alteraes havidas e em ordem

    alfabtica, a relao completa dos registros,

    classicados conforme os ttulos de habilitao e a

    far publicar no Dirio Ocial.

    Art. 17 A todo prossional registrado de

    acordo com este Decreto-Lei ser entregue uma

    carteira prossional, numerada, registrada e visada no

    Conselho Regional respectivo, a qual conter:

    Art. 17, caput, com redao dada pela Lei n. 9.710, de 3 de

    setembro de 1946.

    a) seu nome por extenso;

    b) sua liao;

    c) sua nacionalidade e naturalidade;

    d) a data do seu nascimento;

    e) denominao da escola em que se

    formou ou declarao de sua categoria de

    provisionado;

    f) a data em que foi diplomado ou

    provisionado, bem como, indicao do nmero do

    registro no rgo competente do Departamento

    Nacional de Educao;

    g) a natureza do ttulo ou dos ttulos de sua

    habilitao;

    h) o nmero do registro do Conselho

    Regional respectivo;

    i) sua fotograa de frente e impresso

    dactiloscpica do polegar;

    j) sua assinatura.

    26

  • Pargrafo nico A expedio da carteira

    ca sujeita taxa de Cr$ 30,00 (trinta cruzeiros).

    Art. 18 A carteira prossional substituir o

    diploma ou o ttulo de provisionamento para os efeitos

    legais; servir de carteira de identidade e ter f

    pblica.

    Art. 19 As autoridades federais, estaduais

    e municipais s recebero impostos relativos ao

    exerccio da prosso de contabilista mediante

    exibio da carteira a que se refere o art. 18.

    Art. 20 Todo aquele que, mediante

    anncios, placas, cartes comerciais, ou outros

    meios, se propuser ao exerccio da prosso de

    contabilista, em qualquer de seus ramos, ca sujeito

    s penalidades aplicveis ao exerccio ilegal da

    prosso, se no estiver devidamente registrado.

    Pargrafo nico Para ns de scalizao,

    cam os prossionais obrigados a declarar, em todo e

    qualquer trabalho realizado e nos elementos previstos

    neste artigo, a sua categoria prossional de contador

    ou guarda-livros, bem como o nmero de seu registro

    no Conselho Regional.

    CAPTULO III

    DA ANUIDADE DEVIDA AOS CONSELHOS

    REGIONAIS

    Art. 21 Os prossionais registrados nos

    Conselhos Regionais de Contabilidade so obrigados

    ao pagamento da anuidade.

    27

  • 1 O pagamento da anuidade ser

    efetuado at 31 de maro de cada ano, devendo, no

    primeiro ano de exerccio da prosso, realizar-se por

    ocasio de ser expedida a carteira prossional.

    2 As anuidades pagas aps 31 de maro

    sero acrescidas de multa, juros de mora e

    atualizao monetria, nos termos da legislao

    vigente. 2 com redao dada pelo art.76 da Lei n. 12.249, de 11 de junho

    de 2010

    3 Na xao do valor das anuidades

    devidas ao Conselho Federal e aos Conselhos

    Regionais de Contabilidade, sero observados os

    seguintes limites: 3 com redao dada pelo art.76 da Lei n. 12.249, de 11 de junho

    de 2010

    I - R$ 380,00 (trezentos e oitenta reais),

    para pessoas fsicas;

    II - R$ 950,00 (novecentos e cinquenta

    reais), para pessoas jurdicas.

    4 Os valores xados no 3o deste artigo

    podero ser corrigidos anualmente pelo ndice

    Nacional de Preos ao Consumidor Amplo - IPCA,

    calculado pela Fundao Instituto Brasileiro de

    Geograa e Estatstica - IBGE. 4 com redao dada pelo art.76 da Lei n. 12.249, de 11 de junho

    de 2010

    Art. 22 s empresas ou a quaisquer

    organizaes que explorem ramo dos servios

    contbeis obrigatrio o pagamento de anuidade ao

    Conselho Regional da respectiva jurisdio.

    art.22 com redao dada pelo art.76 da Lei n. 12.249, de 11 de

    junho de 2010

    28

  • 1 A anuidade dever ser paga at o dia

    31 de maro, aplicando-se, aps essa data, a regra

    do 2 do art. 21. 1 com redao dada pelo art.76 da Lei n. 12.249, de 11 de junho

    de 2010

    2 O pagamento da primeira anuidade

    dever ser feito por ocasio da inscrio inicial no

    Conselho Regional.

    Art. 23 O prossional ou a organizao

    contbil que executarem servios contbeis em mais

    de um Estado so obrigados a comunicar

    previamente ao Conselho Regional de Contabilidade

    no qual so registrados o local onde sero

    executados os servios. art.23 com redao dada pelo art.76 da Lei n. 12.249, de 11 de

    junho de 2010

    Art. 24 Somente podero ser admitidos

    execuo de servios pblicos de contabilidade,

    inclusive organizao dos mesmos, por contrato

    particular, sob qualquer modalidade, o prossional ou

    pessoas jurdicas que provem quitao de suas

    anuidades e de outras contribuies a que estejam

    sujeitos.

    CAPTULO IV

    DAS ATRIBUIES PROFISSIONAIS

    Art. 25 So considerados trabalhos

    tcnicos de contabilidade:

    a) organizao e execuo de servios de

    contabilidade em geral;

    29

  • b) escriturao dos livros de contabilidade

    obrigatrios, bem como de todos os necessrios no

    conjunto da organizao contbil e levantamento dos

    respectivos balanos e demonstraes;

    c) percias judiciais ou extrajudiciais,

    reviso de balanos e de contas em geral, vericao

    de haveres, reviso permanente ou peridica de

    escritas, regulaes judiciais ou extrajudiciais de

    avarias grossas ou comuns, assistncia aos

    Conselhos Fiscais das sociedades annimas e

    quaisquer outras atribuies de natureza tcnica

    conferidas por lei aos prossionais de contabilidade.

    Art. 26 Salvo direitos adquiridos ex-vi do

    disposto no art. 2 do Decreto n 21.033, de 8 de

    fevereiro de 1932, as atribuies denidas na alnea c

    do artigo anterior so privativas dos contadores

    diplomados.

    CAPTULO V

    DAS PENALIDADES

    Art. 27 As penalidades tico-disciplinares

    aplicveis por infrao ao exerccio legal da prosso

    so as seguintes: art.27 com redao dada pelo art.76 da Lei n. 12.249, de 11 de

    junho de 2010

    a) multa de 1 (uma) a 10 (dez) vezes o

    valor da anuidade do exerccio em curso aos

    infratores dos arts. 12 e 26 deste Decreto-Lei; alnea a com redao dada pelo art.76 da Lei n. 12.249, de 11 de

    junho de 2010

    b) multa de 1 (uma) a 10 (dez) vezes aos

    prossionais e de 2 (duas) a 20 (vinte) vezes o valor

    30

  • da anuidade do exerccio em curso s empresas ou a

    quaisquer organizaes contbeis, quando se tratar

    de infrao dos arts. 15 e 20 e seus respectivos

    pargrafos; alnea b com redao dada pelo art.76 da Lei n. 12.249, de 11 de

    junho de 2010

    c) multa de 1 (uma) a 5 (cinco) vezes o

    valor da anuidade do exerccio em curso aos

    infratores de dispositivos no mencionados nas

    alneas a e b ou para os quais no haja indicao de

    penalidade especial; alnea c com redao dada pelo art.76 da Lei n. 12.249, de 11 de

    junho de 2010

    d) suspenso do exerccio da prosso,

    pelo perodo de at 2 (dois) anos, aos prossionais

    que, dentro do mbito de sua atuao e no que se

    referir parte tcnica, forem responsveis por

    qualquer falsidade de documentos que assinarem e

    pelas irregularidades de escriturao praticadas no

    sentido de fraudar as rendas pblicas; alnea d com redao dada pelo art.76 da Lei n. 12.249, de 11 de

    junho de 2010

    e) suspenso do exerccio da prosso,

    pelo prazo de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, ao

    prossional com comprovada incapacidade tcnica no

    desempenho de suas funes, a critrio do Conselho

    Regional de Contabilidade a que estiver sujeito,

    facultada, porm, ao interessado a mais ampla

    defesa; alnea e com redao dada pelo art.76 da Lei n. 12.249, de 11 de

    junho de 2010

    f) cassao do exerccio prossional

    quando comprovada incapacidade tcnica de

    natureza grave, crime contra a ordem econmica e

    tributria, produo de falsa prova de qualquer dos

    31

  • requisitos para registro prossional e apropriao

    indevida de valores de clientes conados a sua

    guarda, desde que homologada por 2/3 (dois teros)

    do Plenrio do Tribunal Superior de tica e Disciplina; alnea f com redao dada pelo art.76 da Lei n. 12.249, de 11 de

    junho de 2010

    g) advertncia reservada, censura

    reservada e censura pblica nos casos previstos no

    Cdigo de tica Prossional dos Contabilistas

    elaborado e aprovado pelos Conselhos Federal e

    Regionais de Contabilidade, conforme previso do art.

    10 do Decreto-Lei no 1.040, de 21 de outubro de

    1969. alnea g com redao dada pelo art.76 da Lei n. 12.249, de 11 de

    junho de 2010

    Art. 28 So considerados como exercendo

    ilegalmente a prosso e sujeitos pena estabelecida

    na alnea a do artigo anterior:

    a) os prossionais que desempenharem

    quaisquer das funes especcas na alnea c, do

    artigo 25, sem possurem, devidamente legalizado, o

    ttulo a que se refere o artigo 26 deste Decreto-Lei;

    b) os prossionais que, embora legalmente

    habilitados, no zerem, ou com referncia a eles no

    for feita, a comunicao exigida no artigo 15 e seu

    pargrafo nico.

    Art. 29 O prossional suspenso do

    exerccio da prosso ca obrigado a depositar a

    carteira prossional no Conselho Regional de

    Contabilidade, que tiver aplicado a penalidade, at a

    expirao do prazo de suspenso, sob pena de

    apreenso desse documento.

    32

  • Art. 30 A falta de pagamento de multa

    devidamente conrmada importar, decorridos trinta

    (30) dias da noticao, em suspenso, por noventa

    dias, do prossional ou da organizao que nela tiver

    incorrido.

    Art. 31 As penalidades estabelecidas neste

    Captulo no isentam de outras, em que os infratores

    hajam incorrido, por violao de outras leis.

    Art. 32 Das multas impostas pelos

    Conselhos Regionais poder, dentro do prazo de

    sessenta dias, contados da noticao, ser interposto

    recurso, sem efeito suspensivo, para o Conselho

    Federal de Contabilidade.

    1 No se efetuando amigavelmente o

    pagamento das multas, sero estas cobradas pelo

    executivo scal, na forma da legislao vigente.

    2 Os autos de infrao, depois de

    julgados denitivamente, contra o infrator, constituem

    ttulos de dvida lquida e certa para efeito de

    cobrana a que se refere o pargrafo anterior.

    3 So solidariamente responsveis pelo

    pagamento das multas os infratores e os indivduos,

    rmas, sociedades, companhias, associaes ou

    empresas a cujos servios se achem.

    Art. 33 As penas de suspenso do

    exerccio sero impostas aos prossionais pelos

    Conselhos Regionais, com recurso para o Conselho

    Federal de Contabilidade.

    Art. 34 As multas sero aplicadas no grau

    mximo quando os infratores j tiverem sido

    33

  • condenados, por sentena passada em julgado, em

    virtude da violao de dispositivos legais.

    Art. 35 No caso de reincidncia da mesma

    infrao, praticada dentro do prazo de dois anos, a

    penalidade ser elevada ao dobro da anterior.

    CAPTULO VI

    DISPOSIES GERAIS

    Art. 36 Aos Conselhos Regionais de

    Contabilidade ca cometido o encargo de dirimir

    quaisquer dvidas suscitadas acerca das atribuies

    de que trata o Captulo IV, com recurso suspensivo

    para o Conselho Federal de Contabilidade, a quem

    compete decidir em ltima instncia sobre a matria.

    Art. 36-A Os Conselhos Federal e

    Regionais de Contabilidade apresentaro anualmente

    a prestao de suas contas aos seus registrados. art. 36-A acrescentado pelo art.77 da Lei n. 12.249, de 11 de junho

    de 2010

    Art. 37 A exigncia da carteira prossional

    de que trata o Captulo II somente ser efetivada a

    partir de 180 dias, contados da instalao do

    respectivo Conselho Regional.

    Art. 38 Enquanto no houver associaes

    prossionais ou sindicatos em algumas das regies

    econmicas a que se refere a letra b, do art. 4, a

    designao dos respectivos representantes caber ao

    Delegado Regional do Trabalho, ou ao Diretor do

    Departamento Nacional do Trabalho, conforme a

    jurisdio onde ocorrer a falta.

    34

  • Art. 39 A renovao de um tero dos

    membros do Conselho Federal, a que alude o

    pargrafo nico do artigo 5, far-se- no primeiro

    Conselho mediante sorteio para os dois trinios

    subsequentes. Art. 39 com redao dada pela Lei n. 9.710, de 3 de setembro de

    1946.

    Art. 40 O presente Decreto-Lei entrar em

    vigor trinta (30) dias aps sua publicao no Dirio

    Ocial.

    Art. 41 Revogam-se as disposies em

    contrrio.

    Rio de Janeiro, 27 de maio de 1946.

    EURICO GASPAR DUTRA

    Presidente

    35

  • RESOLUO CFC N 560/83

    Dispe sobre as prerrogativas

    prossionais de que trata o artigo

    25 do Decreto-lei n 9.295, de 27 de

    maio de 1946.

    O CONSELHO FEDERAL DE

    CONTABILIDADE, no exerccio de suas atribuies

    legais e regimentais,

    CONSIDERANDO os termos do Decreto-lei

    n 9.295/46, que em seu artigo 25 estabelece as

    atribuies dos prossionais da Contabilidade, e que

    no 36 declara-o rgo ao qual compete decidir, em

    ltima instncia, as dvidas suscitadas na

    interpretao dessas atribuies;

    CONSIDERANDO a necessidade de uma

    reviso das Resolues CFC nos

    107/58, 115/59 e

    404/75, visando a sua adequao s necessidades de

    um mercado de trabalho dinmico e ao saneamento

    de problemas que se vm apresentando na aplicao

    dessas Resolues;

    CONSIDERANDO que a Contabilidade,

    fundamentando-se em princpios, normas e regras

    estabelecidos a partir do conhecimento abstrato e do

    saber emprico, e no a partir de leis naturais,

    classica-se entre as cincias humanas e, at mais

    especicamente, entre as aplicadas, e que a sua

    condio cientca no pode ser negada, j que

    irrelevante a discusso existente em relao a todas

    36

  • as cincias ditas humanas, sobre se elas so

    cincias no sentido clssico, disciplinas cientcas

    ou similares;

    CONSIDERANDO ser o patrimnio o

    objeto fundamental da Contabilidade, armao que

    encontra apoio generalizado entre os autores,

    chegando alguns a design-la, simplesmente, por

    cincia do patrimnio, cabe observar que o

    substantivo patrimnio deve ser entendido em sua

    acepo mais ampla que abrange todos os aspectos

    quantitativos e qualitativos e suas variaes, em todos

    os tipos de entidades, em todos os tipos de pessoas,

    fsicas ou jurdicas, e que, adotado tal

    posicionamento, a Contabilidade apresentar-se-, nos

    seus alicerces, como teoria de valor, e que at

    mesmo algumas denominaes que parecem

    estranhas para a maioria, como a contabilidade

    ecolgica, encontraro guarida automtica no

    conceito adotado;

    CONSIDERANDO ter a Contabilidade

    formas prprias de expresso e se exprime atravs da

    apreenso, quanticao, registro, relato, anlise e

    reviso de fatos e informaes sobre o patrimnio das

    pessoas e entidades, tanto em termos fsicos quanto

    monetrios;

    CONSIDERANDO no estar cingida ao

    passado a Contabilidade, concordando com a maioria

    dos autores com a existncia da contabilidade

    oramentria ou, mais amplamente, prospectiva,

    concluso importantssima, por conferir um carter

    extraordinariamente dinmico a essa cincia;

    CONSIDERANDO que a Contabilidade visa

    guarda de informaes e ao fornecimento de

    37

  • subsdios para a tomada de decises, alm daquele

    objetivo clssico da guarda de informaes com

    respeito a determinadas formalidades,

    RESOLVE:

    CAPTULO I

    DAS ATRIBUIES PRIVATIVAS DO

    PROFISSIONAL DA CONTABILIDADE

    Art. 1 O exerccio das atividades

    compreendidas na Contabilidade, considerada esta na

    sua plena amplitude e condio de Cincia Aplicada,

    constitui prerrogativa, sem exceo, dos contadores e

    dos tcnicos em contabilidade legalmente habilitados,

    ressalvadas as atribuies privativas dos contadores.

    Art. 2 O prossional da contabilidade pode

    exercer as suas atividades na condio de

    prossional liberal ou autnomo, de empregado regido

    pela CLT, de servidor pblico, de militar, de scio de

    qualquer tipo de sociedade, de diretor ou de

    conselheiro de quaisquer entidades, ou, em qualquer

    outra situao jurdica denida pela legislao,

    exercendo qualquer tipo de funo. Essas funes

    podero ser as de analista, assessor, assistente,

    auditor, interno e externo, conselheiro, consultor,

    controlador de arrecadao, controller, educador,

    escritor ou articulista tcnico, escriturador contbil ou

    scal, executor subordinado, scal de tributos,

    legislador, organizador, perito, pesquisador,

    planejador, professor ou conferencista, redator,

    revisor.

    Essas funes podero ser exercidas em

    cargos como os de chefe, subchefe, diretor,

    responsvel, encarregado, supervisor,

    38

  • superintendente, gerente, subgerente, de todas as

    unidades administrativas onde se processem servios

    contbeis. Quanto titulao, poder ser de contador,

    contador de custos, contador departamental, contador

    de lial, contador fazendrio, contador scal, contador

    geral, contador industrial, contador patrimonial,

    contador pblico, contador revisor, contador seccional

    ou setorial, contadoria, tcnico em contabilidade,

    departamento, setor, ou outras semelhantes,

    expressando o seu trabalho atravs de aulas,

    balancetes, balanos, clculos e suas memrias,

    certicados, conferncias, demonstraes, laudos

    periciais, judiciais e extrajudiciais, levantamentos,

    livros ou teses cientcas, livros ou folhas ou chas

    escriturados, mapas ou planilhas preenchidas, papis

    de trabalho, pareceres, planos de organizao ou

    reorganizao, com textos, organogramas,

    uxogramas, cronogramas e outros recursos tcnicos

    semelhantes, prestaes de contas, projetos,

    relatrios, e todas as demais formas de expresso, de

    acordo com as circunstncias.

    Art. 3 So atribuies privativas dos

    prossionais da contabilidade:

    1) avaliao de acervos patrimoniais e

    vericao de haveres e obrigaes, para

    quaisquer nalidades, inclusive de natureza

    scal;

    2) avaliao dos fundos de comrcio;

    3) apurao do valor patrimonial de

    participaes, quotas ou aes;

    4) reavaliaes e medio dos efeitos das

    variaes do poder aquisitivo da moeda sobre o

    39

  • patrimnio e o resultado peridico de quaisquer

    entidades;

    5) apurao de haveres e avaliao de direitos

    e obrigaes, do acervo patrimonial de

    quaisquer entidades, em vista de liquidao,

    fuso, ciso, expropriao no interesse pblico,

    transformao ou incorporao dessas

    entidades, bem como em razo de entrada,

    retirada, excluso ou falecimento de scios,

    quotistas ou acionistas;

    6) concepo dos planos de determinao das

    taxas de depreciao e exausto dos bens

    materiais e dos de amortizao dos valores

    imateriais, inclusive de valores diferidos;

    7) iplantao e aplicao dos planos de

    depreciao, amortizao e diferimento, bem

    como de correes monetrias e reavaliaes;

    8) regulaes judiciais ou extrajudiciais, de

    avarias grossas ou comuns;

    9) escriturao regular, ocial ou no, de todos

    os fatos relativos aos patrimnios e s variaes

    patrimoniais das entidades, por quaisquer

    mtodos, tcnicas ou processos;

    10) classicao dos fatos para registros

    contbeis, por qualquer processo, inclusive

    computao eletrnica, e respectiva validao

    dos registros e demonstraes;

    11) abertura e encerramento de escritas

    contbeis;

    12) execuo dos servios de escriturao em

    todas as modalidades especcas, conhecidas

    40

  • por denominaes que informam sobre o ramo

    de atividade, como contabilidade bancria,

    contabilidade comercial, contabilidade de

    condomnio, contabilidade industrial,

    contabilidade imobiliria, contabilidade

    macroeconmica, contabilidade de seguros,

    contabilidade de servios, contabilidade pblica,

    contabilidade hospitalar, contabilidade agrcola,

    contabilidade pastoril, contabilidade das

    entidades de ns ideais, contabilidade de

    transportes, e outras;

    13) controle de formalizao, guarda,

    manuteno ou destruio de livros e outros

    meios de registro contbil, bem como dos

    documentos relativos vida patrimonial;

    14) elaborao de balancetes e de

    demonstraes do movimento por contas ou

    grupos de contas, de forma analtica ou sinttica;

    15) levantamento de balanos de qualquer tipo

    ou natureza e para quaisquer nalidades, como

    balanos patrimoniais, balanos de resultados,

    balanos de resultados acumulados, balanos

    de origens e aplicaes de recursos, balanos

    de fundos, balanos nanceiros, balanos de

    capitais, e outros;

    16) traduo, em moeda nacional, das

    demonstraes contbeis originalmente em

    moeda estrangeira e vice-versa;

    17) integrao de balanos, inclusive

    consolidaes, tambm de subsidirias do

    exterior;

    41

  • 18) apurao, clculo e registro de custos, em

    qualquer sistema ou concepo: custeio por

    absoro global, total ou parcial; custeio direto,

    marginal ou varivel; custeio por centro de

    responsabilidade com valores reais,

    normalizados ou padronizados, histricos ou

    projetados, com registros em partidas dobradas

    ou simples, chas, mapas, planilhas, folhas

    simples ou formulrios contnuos, com

    processamento manual, mecnico,

    computadorizado ou outro qualquer, para todas

    as nalidades, desde a avaliao de estoques

    at a tomada de deciso sobre a forma mais

    econmica sobre como, onde, quando e o que

    produzir e vender;

    19) anlise de custos e despesas, em qualquer

    modalidade, em relao a quaisquer funes

    como a produo, administrao, distribuio,

    transporte, comercializao, exportao,

    publicidade, e outras, bem como a anlise com

    vistas racionalizao das operaes e do uso

    de equipamentos e materiais, e ainda a

    otimizao do resultado diante do grau de

    ocupao ou do volume de operaes;

    20) controle, avaliao e estudo da gesto

    econmica, nanceira e patrimonial das

    empresas e demais entidades;

    21) anlise de custos com vistas ao

    estabelecimento dos preos de venda de

    mercadorias, produtos ou servios, bem como

    de tarifas nos servios pblicos, e a

    comprovao dos reexos dos aumentos de

    custos nos preos de venda, diante de rgos

    governamentais;

    42

  • 22) anlise de balanos;

    23) anlise do comportamento das receitas;

    24) avaliao do desempenho das entidades e

    exame das causas de insolvncia ou

    incapacidade de gerao de resultado;

    25) estudo sobre a destinao do resultado e

    clculo do lucro por ao ou outra unidade de

    capital investido;

    26) determinao de capacidade econmico-

    nanceira das entidades, inclusive nos conitos

    trabalhistas e de tarifa;

    27) elaborao de oramentos de qualquer tipo,

    tais como econmicos, nanceiros, patrimoniais

    e de investimentos;

    28) programao oramentria e nanceira, e

    acompanhamento da execuo de oramentos-

    programa, tanto na parte fsica quanto na

    monetria;

    29) anlise das variaes oramentrias;

    30) conciliaes de contas;

    31) organizao dos processos de prestao de

    contas das entidades e rgos da administrao

    pblica federal, estadual, municipal, dos

    territrios federais e do Distrito Federal, das

    autarquias, sociedades de economia mista,

    empresas pblicas e fundaes de direito

    pblico, a serem julgadas pelos Tribunais,

    Conselhos de Contas ou rgos similares;

    43

  • 32) revises de balanos, contas ou quaisquer

    demonstraes ou registros contbeis;

    33) auditoria interna e operacional;

    34) auditoria externa independente;

    35) percias contbeis, judiciais e extrajudiciais;

    36) scalizao tributria que requeira exame

    ou interpretao de peas contbeis de qualquer

    natureza;

    37) organizao dos servios contbeis quanto

    concepo, planejamento e estrutura material,

    bem como o estabelecimento de uxogramas de

    processamento, cronogramas, organogramas,

    modelos de formulrios e similares;

    38) planicao das contas, com a descrio

    das suas funes e do funcionamento dos

    servios contbeis;

    39) organizao e operao dos sistemas de

    controle interno;

    40) organizao e operao dos sistemas de

    controle patrimonial, inclusive quanto

    existncia e localizao fsica dos bens;

    41) organizao e operao dos sistemas de

    controle de materiais, matrias-primas,

    mercadorias e produtos semifabricados e

    prontos, bem como dos servios em andamento;

    42) assistncia aos conselhos scais das

    entidades, notadamente das sociedades por

    aes;

    44

  • 43) assistncia aos comissrios nas

    concordatas, aos sndicos nas falncias, e aos

    liquidantes de qualquer massa ou acervo

    patrimonial;

    44) magistrio das disciplinas compreendidas

    na Contabilidade, em qualquer nvel de ensino,

    inclusive no de ps-graduao;

    45) participao em bancas de exame e em

    comisses julgadoras de concursos, onde sejam

    aferidos conhecimentos relativos

    Contabilidade;

    46) estabelecimento dos princpios e normas

    tcnicas de Contabilidade;

    47) declarao de Imposto de Renda, pessoa

    jurdica;

    48) demais atividades inerentes s Cincias

    Contbeis e suas aplicaes.

    1 So atribuies privativas dos

    contadores, observado o disposto no 2, as

    enunciadas neste artigo, sob os nmeros 1, 2, 3, 4, 5,

    6, 8, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 29, 30, 32, 33, 34,

    35, 36, 42, 43, alm dos 44 e 45, quando se referirem

    a nvel superior.

    O item 31 foi excludo do 1 pela Resoluo CFC n 898, de 22 de

    fevereiro de 2001.

    2 Os servios mencionados neste artigo

    sob os nmeros 5, 6, 22, 25 e 30 somente podero

    ser executados pelos Tcnicos em Contabilidade da

    qual sejam titulares.

    Art. 4 O contabilista dever apor sua

    assinatura, categoria prossional e nmero de registro

    45

  • no CRC respectivo, em todo e qualquer trabalho

    realizado.

    CAPTULO II

    DAS ATIVIDADES COMPARTILHADAS

    Art. 5 Consideram-se atividades

    compartilhadas aquelas cujo exerccio prerrogativa

    tambm de outras prosses, entre as quais:

    1) elaborao de planos tcnicos de nanciamento e

    amortizao de emprstimos, includos no campo da

    matemtica nanceira;

    2) elaborao de projetos e estudos sobre operaes

    nanceiras e qualquer natureza, inclusive de

    debntures, leasing e lease-back;

    3) execuo de tarefas no setor nanceiro, tanto na

    rea pblica quanto privada;

    4) elaborao e implantao de planos de

    organizao ou reorganizao;

    5) organizao de escritrios e almoxarifados;

    6) organizao de quadros administrativos;

    7) estudos sobre a natureza e os meios de compra e

    venda de mercadorias e produtos, bem como o

    exerccio das atividades compreendidas sob os ttulos

    de mercadologia e tcnicas comerciais ou

    merceologia;

    8) concepo, redao e encaminhamento, ao

    Registro Pblico, de contratos, alteraes contratuais,

    atas, estatutos e outros atos das sociedades civis e

    comerciais;

    46

  • 9) assessoria scal;

    10) planejamento tributrio;

    11) elaborao de clculos, anlises e interpretao

    de amostragens aleatrias ou probabilsticas;

    12) elaborao e anlise de projetos, inclusive

    quanto viabilidade econmica;

    13) anlise de circulao de rgos de imprensa e

    aferio das pesquisas de opinio pblica;

    14) pesquisas operacionais;

    15) processamento de dados;

    16) anlise de sistemas de seguros e de fundos de

    benefcios;

    17) assistncia aos rgos administrativos das

    entidades;

    18) exerccio de quaisquer funes administrativas;

    19) elaborao de oramentos macroeconmicos.

    Art. 6 Esta Resoluo entra em vigor na

    data de sua publicao, revogadas as Resolues nos

    107/58, 115/59 e 404/75.

    Rio de Janeiro, 28 de outubro de 1983.

    JOO VERNER JUENEMANN

    Presidente

    47

  • RESOLUO CFC N 803/96

    Alterada pela Resoluo CFC n 1.307/10

    Aprova o Cdigo de tica Prossional do

    Contador CEPC

    O CONSELHO FEDERAL DE

    CONTABILIDADE, no exerccio de suas atribuies

    legais e regimentais,

    CONSIDERANDO que o Cdigo de tica

    Prossional do Contador aprovado em 1970,

    representou o alcance de uma meta que se tornou marcante no campo do exerccio prossional;

    CONSIDERANDO que, decorridos 26 (vinte

    e seis) anos de vigncia do Cdigo de tica Prossional

    do Contador, a intensicao do relacionamento do

    Contador com a sociedade e com o prprio grupo

    prossional exige uma atualizao dos conceitos ticos

    na rea da atividade contbil;

    CONSIDERANDO que, nos ltimos 5 (cinco)

    anos, o Conselho Federal de Contabilidade vem

    colhendo sugestes dos diversos segmentos da

    comunidade contbil a m de aprimorar os princpios do

    Cdigo de tica Prossional do Contador CEPC;

    48

  • CONSIDERANDO que os integrantes da

    Cmara de tica do Conselho Federal de

    Contabilidade, aps um profundo estudo de todas as

    sugestes remetidas ao rgo federal, apresentou

    uma redao nal,

    RESOLVE:

    Art. 1 Fica aprovado o anexo Cdigo de

    tica Prossional do Contador.

    Art. 2 Fica revogada a Resoluo CFC n

    290/70.

    Art. 3 A presente Resoluo entra em

    vigor na data de sua aprovao.

    Braslia, 10 de outubro de 1996.

    Contador JOS MARIA MARTINS MENDES

    Presidente

    49

  • CDIGO DE TICA PROFISSIONAL DO

    CONTADOR

    CAPTULO I

    DO OBJETIVO

    Art. 1 Este Cdigo de tica Prossional

    tem por objetivo xar a forma pela qual se devem

    conduzir os Prossionais da Contabilidade, quando no

    exerccio prossional e nos assuntos relacionados

    prosso e classe. (Redao alterada pela Resoluo CFC n 1.307/10, de 09/12/2010)

    CAPTULO II

    DOS DEVERES E DAS PROIBIES

    Art. 2 So deveres do Prossional da

    Contabilidade: (Redao alterada pela Resoluo CFC n 1.307/10, de 09/12/2010)

    I exercer a prosso com zelo, diligncia,

    honestidade e capacidade tcnica, observada toda a

    legislao vigente, em especial aos Princpios de

    Contabilidade e as Normas Brasileiras de

    Contabilidade, e resguardados os interesses de seus

    clientes e/ou empregadores, sem prejuzo da

    dignidade e independncia prossionais; (Redao alterada pela Resoluo CFC n 1.307/10, de 09/12/2010)

    II guardar sigilo sobre o que souber em

    razo do exerccio prossional lcito, inclusive no

    mbito do servio pblico, ressalvados os casos

    previstos em lei ou quando solicitado por autoridades

    competentes, entre estas os Conselhos Regionais de

    Contabilidade;

    50

  • III zelar pela sua competncia exclusiva

    na orientao tcnica dos servios a seu cargo;

    IV comunicar, desde logo, ao cliente ou

    empregador, em documento reservado, eventual

    circunstncia adversa que possa inuir na deciso

    daquele que lhe formular consulta ou lhe conar

    trabalho, estendendo-se a obrigao a scios e

    executores;

    V inteirar-se de todas as circunstncias,

    antes de emitir opinio sobre qualquer caso;

    VI renunciar s funes que exerce, logo

    que se positive falta de conana por parte do cliente

    ou empregador, a quem dever noticar com trinta

    dias de antecedncia, zelando, contudo, para que os

    interesse dos mesmos no sejam prejudicados,

    evitando declaraes pblicas sobre os motivos da

    renncia;

    VII se substitudo em suas funes,

    informar ao substituto sobre fatos que devam chegar

    ao conhecimento desse, a m de habilit-lo para o

    bom desempenho das funes a serem exercidas;

    VIII manifestar, a qualquer tempo, a

    existncia de impedimento para o exerccio da

    prosso;

    IX ser solidrio com os movimentos de

    defesa da dignidade prossional, seja propugnando

    por remunerao condigna, seja zelando por

    condies de trabalho compatveis com o exerccio

    tico-prossional da Contabilidade e seu

    aprimoramento tcnico.

    51

  • X cumprir os Programas Obrigatrios de

    Educao Continuada estabelecidos pelo CFC;

    (Criado pelo Art. 5, da Resoluo CFC n 1.307/10, de 09/12/2010)

    XI comunicar, ao CRC, a mudana de

    seu domiclio ou endereo e da organizao contbil

    de sua responsabilidade, bem como a ocorrncia de

    outros fatos necessrios ao controle e scalizao

    prossional. (Criado pelo Art. 6, da Resoluo CFC n 1.307/10, de 09/12/2010)

    XII auxiliar a scalizao do exerccio

    prossional. (Criado pelo Art. 7, da Resoluo CFC n 1.307/10, de 09/12/2010)

    Art. 3 No desempenho de suas funes,

    vedado ao Prossional da Contabilidade: (Redao alterada pela Resoluo CFC n 1.307/10, de 09/12/2010)

    I anunciar, em qualquer modalidade ou

    veculo de comunicao, contedo que resulte na

    diminuio do colega, da Organizao Contbil ou da

    classe, em detrimento aos demais, sendo sempre

    admitida a indicao de ttulos, especializaes,

    servios oferecidos, trabalhos realizados e relao de

    clientes; (Redao alterada pela Resoluo CFC n 1.307/10, de 09/12/2010)

    II assumir, direta ou indiretamente,

    servios de qualquer natureza, com prejuzo moral ou

    desprestgio para a classe;

    III auferir qualquer provento em funo do

    exerccio prossional que no decorra exclusivamente

    de sua prtica lcita;

    IV assinar documentos ou peas

    contbeis elaborados por outrem, alheio sua

    orientao, superviso e scalizao;

    52

  • V exercer a prosso, quando impedido,

    ou facilitar, por qualquer meio, o seu exerccio aos

    no habilitados ou impedidos;

    VI manter Organizao Contbil sob

    forma no autorizada pela legislao pertinente;

    VII valer-se de agenciador de servios,

    mediante participao desse nos honorrios a

    receber;

    VIII concorrer para a realizao de ato

    contrrio legislao ou destinado a fraud-la ou

    praticar, no exerccio da prosso, ato denido como

    crime ou contraveno;

    IX solicitar ou receber do cliente ou

    empregador qualquer vantagem que saiba para

    aplicao ilcita;

    X prejudicar, culposa ou dolosamente,

    interesse conado a sua responsabilidade

    prossional;

    XI recusar-se a prestar contas de

    quantias que lhe forem, comprovadamente, conadas;

    XII reter abusivamente livros, papis ou

    documentos, comprovadamente conados sua

    guarda;

    XIII aconselhar o cliente ou o empregador

    contra disposies expressas em lei ou contra os

    Princpios de Contabilidade e as Normas Brasileiras

    de Contabilidade editadas pelo Conselho Federal de

    Contabilidade; (Redao alterada pela Resoluo CFC n 1.307/10, de 09/12/2010)

    53

  • XIV exercer atividade ou ligar o seu nome

    a empreendimentos com nalidades ilcitas;

    XV revelar negociao condenciada

    pelo cliente ou empregador para acordo ou transao

    que, comprovadamente, tenha tido conhecimento;

    XVI emitir referncia que identique o

    cliente ou empregador, com quebra de sigilo

    prossional, em publicao em que haja meno a

    trabalho que tenha realizado ou orientado, salvo

    quando autorizado por eles;

    XVII iludir ou tentar iludir a boa-f de

    cliente, empregador ou de terceiros, alterando ou

    deturpando o exato teor de documentos, bem como

    fornecendo falsas informaes ou elaborando peas

    contbeis inidneas;

    XVIII no cumprir, no prazo estabelecido,

    determinao dos Conselhos Regionais de

    Contabilidade, depois de regularmente noticado;

    XIX intitular-se com categoria prossional

    que no possua, na prosso contbil;

    XX executar trabalhos tcnicos contbeis

    sem observncia dos Princpios de Contabilidade e

    das Normas Brasileiras de Contabilidade editadas

    pelo Conselho Federal de Contabilidade; (Redao alterada pela Resoluo CFC n 1.307/10, de 09/12/2010)

    XXI renunciar liberdade prossional,

    devendo evitar quaisquer restries ou imposies

    que possam prejudicar a eccia e correo de seu

    trabalho;

    54

  • XXII publicar ou distribuir, em seu nome,

    trabalho cientco ou tcnico do qual no tenha

    participado;

    XXIII apropriar-se indevidamente de

    valores conados a sua guarda; (Criado pelo Art. 12, da Resoluo CFC n 1.307/10, de 09/12/2010)

    XXIV exercer a prosso demonstrando

    comprovada incapacidade tcnica.

    (Criado pelo Art. 13, da Resoluo CFC n 1.307/10, de 09/12/2010)

    XXV deixar de apresentar documentos e

    informaes quando solicitado pela scalizao dos

    Conselhos Regionais.

    (Criado pelo Art. 14, da Resoluo CFC n 1.307/10, de 09/12/2010)

    Art. 4 O Prossional da Contabilidade

    poder publicar relatrio, parecer ou trabalho tcnico-

    prossional, assinado e sob sua responsabilidade. (Redao alterada pela Resoluo CFC n 1.307/10, de 09/12/2010)

    Art. 5 O Contador, quando perito,

    assistente tcnico, auditor ou rbitro, dever:

    I recusar sua indicao quando

    reconhea no se achar capacitado em face da

    especializao requerida;

    II abster-se de interpretaes

    tendenciosas sobre a matria que constitui objeto de

    percia, mantendo absoluta independncia moral e

    tcnica na elaborao do respectivo laudo;

    III abster-se de expender argumentos ou

    dar a conhecer sua convico pessoal sobre os

    direitos de quaisquer das partes interessadas, ou da

    justia da causa em que estiver servindo, mantendo

    seu laudo no mbito tcnico e limitado aos quesitos

    propostos;

    55

  • IV considerar com imparcialidade o

    pensamento exposto em laudo submetido sua

    apreciao;

    V mencionar obrigatoriamente fatos que

    conhea e repute em condies de exercer efeito

    sobre peas contbeis objeto de seu trabalho,

    respeitado o disposto no inciso II do art. 2;

    VI abster-se de dar parecer ou emitir

    opinio sem estar sucientemente informado e

    munido de documentos;

    VII assinalar equvocos ou divergncias

    que encontrar no que concerne aplicao dos

    Princpios de Contabilidade e Normas Brasileiras de

    Contabilidade editadas pelo CFC; (Redao alterada pela Resoluo CFC n 1.307/10, de 09/12/2010)

    VIII considerar-se impedido para emitir

    parecer ou elaborar laudos sobre peas contbeis,

    observando as restries contidas nas Normas

    Brasileiras de Contabilidade editadas pelo Conselho

    Federal de Contabilidade;

    IX atender Fiscalizao dos Conselhos

    Regionais de Contabilidade e Conselho Federal de

    Contabilidade no sentido de colocar disposio

    desses, sempre que solicitado, papis de trabalho,

    relatrios e outros documentos que deram origem e

    orientaram a execuo do seu trabalho.

    CAPTULO III

    DO VALOR DOS SERVIOS PROFISSIONAIS

    Art. 6 O Prossional da Contabilidade

    deve xar previamente o valor dos servios, por

    56

  • contrato escrito, considerados os elementos

    seguintes:

    (Redao alterada pela Resoluo CFC n 1.307/10, de 09/12/2010)

    I a relevncia, o vulto, a complexidade e

    a diculdade do servio a executar;

    II o tempo que ser consumido para a

    realizao do trabalho;

    III a possibilidade de car impedido da

    realizao de outros servios;

    IV o resultado lcito favorvel que para o

    contratante advir com o servio prestado;

    V a peculiaridade de tratar-se de cliente

    eventual, habitual ou permanente;

    VI o local em que o servio ser

    prestado.

    Art. 7 O Prossional da Contabilidade

    poder transferir o contrato de servios a seu cargo a

    outro prossional, com a anuncia do cliente, sempre

    por escrito, de acordo com as normas expedidas pelo

    Conselho Federal de Contabilidade. (Redao alterada pela Resoluo CFC n 1.307/10, de 09/12/2010)

    Pargrafo nico O Prossional da

    Contabilidade poder transferir parcialmente a

    execuo dos servios a seu cargo a outro

    prossional, mantendo sempre como sua a

    responsabilidade tcnica. (Redao alterada pela Resoluo CFC n 1.307/10, de 09/12/2010)

    Art. 8 vedado ao Prossional da

    Contabilidade oferecer ou disputar servios

    prossionais mediante aviltamento de honorrios ou

    em concorrncia desleal. (Redao alterada pela Resoluo CFC n 1.307/10, de 09/12/2010)

    57

  • CAPTULO IV

    DOS DEVERES EM RELAO AOS COLEGAS E

    CLASSE

    Art. 9 A conduta do Prossional da

    Contabilidade com relao aos colegas deve ser

    pautada nos princpios de considerao, respeito,

    apreo e solidariedade, em consonncia com os

    postulados de harmonia da classe.

    (Redao alterada pela Resoluo CFC n 1.307/10, de 09/12/2010)

    Pargrafo nico O esprito de

    solidariedade, mesmo na condio de empregado,

    no induz nem justica a participao ou conivncia

    com o erro ou com os atos infringentes de normas

    ticas ou legais que regem o exerccio da prosso.

    Art. 10 O Prossional da Contabilidade

    deve, em relao aos colegas, observar as seguintes

    normas de conduta:

    (Redao alterada pela Resoluo CFC n 1.307/10, de 09/12/2010)

    I abster-se de fazer referncias

    prejudiciais ou de qualquer modo desabonadoras;

    II abster-se da aceitao de encargo

    prossional em substituio a colega que dele tenha

    desistido para preservar a dignidade ou os interesses

    da prosso ou da classe, desde que permaneam as

    mesmas condies que ditaram o referido

    procedimento;

    III jamais apropriar-se de trabalhos,

    iniciativas ou de solues encontradas por colegas,

    que deles no tenha participado, apresentando-os

    como prprios;

    58

  • IV evitar desentendimentos com o colega

    a que vier a substituir no exerccio prossional.

    Art. 11 O Prossional da Contabilidade

    deve, com relao classe, observar as seguintes

    normas de conduta: (Redao alterada pela Resoluo CFC n 1.307/10, de 09/12/2010)

    I prestar seu concurso moral, intelectual e

    material, salvo circunstncias especiais que

    justiquem a sua recusa;

    II zelar pelo prestgio da classe, pela

    dignidade prossional e pelo aperfeioamento de suas

    instituies;

    III aceitar o desempenho de cargo de

    dirigente nas entidades de classe, admitindo-se a

    justa recusa;

    IV acatar as resolues votadas pela

    classe contbil, inclusive quanto a honorrios

    prossionais;

    V zelar pelo cumprimento deste Cdigo;

    VI no formular juzos depreciativos

    sobre a classe contbil;

    VII representar perante os rgos

    competentes sobre irregularidades comprovadamente

    ocorridas na administrao de entidade da classe

    contbil;

    VIII jamais utilizar-se de posio ocupada

    na direo de entidades de classe em benefcio

    prprio ou para proveito pessoal.

    59

  • CAPTULO V

    DAS PENALIDADES

    Art. 12 A transgresso de preceito deste

    Cdigo constitui infrao tica, sancionada, segundo

    a gravidade, com a aplicao de uma das seguintes

    penalidades:

    I advertncia reservada;

    II censura reservada;

    III censura pblica.

    1 Na aplicao das sanes ticas,

    podem ser consideradas como atenuantes: (Redao alterada pela Resoluo CFC n 1.307/10, de 09/12/2010)

    I ao desenvolvida em defesa de

    prerrogativa prossional;

    (Redao alterada pela Resoluo CFC n 1.307/10, de 09/12/2010)

    II ausncia de punio tica anterior; (Redao alterada pela Resoluo CFC n 1.307/10, de 09/12/2010)

    III prestao de relevantes servios

    Contabilidade.

    (Redao alterada pela Resoluo CFC n 1.307/10, de 09/12/2010)

    2 Na aplicao das sanes ticas,

    podem ser consideradas como agravantes: (Criado pelo Art. 25, da Resoluo CFC n 1.307/10, de 09/12/2010)

    I Ao cometida que resulte em ato que

    denigra publicamente a imagem do Prossional da

    Contabilidade; (Criado pelo Art. 25, da Resoluo CFC n 1.307/10, de 09/12/2010)

    II punio tica anterior transitada em

    julgado.

    (Criado pelo Art. 25, da Resoluo CFC n 1.307/10, de 09/12/2010)

    60

  • Art. 13 O julgamento das questes

    relacionadas transgresso de preceitos do Cdigo

    de tica incumbe, originariamente, aos Conselhos

    Regionais de Contabilidade, que funcionaro como

    Tribunais Regionais de tica e Disciplina, facultado

    recurso dotado de efeito suspensivo, interposto no

    prazo de quinze dias para o Conselho Federal de

    Contabilidade em sua condio de Tribunal Superior

    de tica e Disciplina. (Redao alterada pela Resoluo CFC n 950, de 29 de novembro

    de 2002)

    1 O recurso voluntrio somente ser

    encaminhado ao Tribunal Superior de tica e

    Disciplina se o Tribunal Regional de tica e Disciplina

    respectivo mantiver ou reformar parcialmente a

    deciso.

    (Redao alterada pela Resoluo CFC n 950, de 29 de novembro

    de 2002)

    2 Na hiptese do inciso III do art. 12, o

    Tribunal Regional de tica e Disciplina dever

    recorrer ex ofcio de sua prpria deciso (aplicao

    de pena de Censura Pblica). (Redao alterada pela Resoluo CFC n 950, de 29 de novembro

    de 2002)

    3 Quando se tratar de denncia, o

    Conselho Regional de Contabilidade comunicar ao

    denunciante a instaurao do processo at trinta dias

    aps esgotado o prazo de defesa. (Renumerado pela Resoluo CFC n 819, de 20 de novembro de

    1997)

    Art. 14 O Prossional da Contabilidade

    poder requerer desagravo pblico ao Conselho

    Regional de Contabilidade, quando atingido, pblica e

    injustamente, no exerccio de sua prosso. (Redao alterada pela Resoluo CFC n 1.307/10, de 09/12/2010)

    61

  • CAPTULO VI

    DAS DISPOSIES GERAIS

    (Criado pelo Art. 27, da Resoluo CFC n 1.307/10, de 09/12/2010)

    Art. 15 Este Cdigo de tica Prossional

    se aplica aos Contadores e Tcnicos em

    Contabilidade regidos pelo Decreto-Lei n. 9.295/46,

    alterado pela Lei n. 12.249/10.

    (Criado pelo Art. 28, da Resoluo CFC n 1.307/10, de 09/12/2010)

    62

  • RESOLUO CFC N. 1.390/12

    Dispe sobre o Registro Cadastral das

    Organizaes Contbeis.

    O CONSELHO FEDERAL DE

    CONTABILIDADE, no exerccio de suas atribuies

    legais e regimentais,

    RESOLVE:

    CAPTULO I

    DISPOSIES PRELIMINARES

    Art. 1 As Organizaes Contbeis que

    exploram servios contbeis so obrigadas a obter o

    Registro Cadastral no Conselho Regional de

    Contabilidade da jurisdio da sua sede, sem o que

    no podero iniciar suas atividades.

    Pargrafo nico Para efeito do disposto

    nesta Resoluo, considera-se:

    I Registro Cadastral Denitivo: o

    concedido pelo CRC da jurisdio na qual se encontra

    localizada a sede da requerente;

    II Registro Cadastral Transferido: o

    concedido pelo CRC da jurisdio da nova sede da

    requerente; e

    III Registro Cadastral de Filial: o

    concedido pelo CRC para que a requerente que

    possua Registro Cadastral Denitivo ou Transferido

    63

  • possa se estabelecer em localidade diversa daquela

    onde se encontra a sua matriz.

    Art. 2 O Registro Cadastral compreender

    as seguintes categorias:

    1 De Responsabilidade Individual:

    I do Escritrio Individual;

    II do Microempreendedor Individual;

    III do Empresrio Individual; e

    IV da Empresa Individual de Responsabi-

    lidade Limitada.

    2 De Responsabilidade Coletiva:

    I da Sociedade Simples Pura Limitada ou

    Ilimitada; e

    II da Sociedade Empresria Limitada.

    3 Para efeito do disposto nesta

    Resoluo, consideram-se Organizaes Contbeis

    de Responsabilidade Individual:

    I Escritrio Individual: assim caracteriza-

    do, quando o prossional da Contabilidade, embora

    sem personicao jurdica, execute suas atividades

    em local prprio, com empregado(s), e

    independentemente do nmero de empresas ou

    servios sob sua responsabilidade;

    II Microempreendedor Individual: pessoa

    fsica, prossional da Contabilidade que execute suas

    atividades independentemente do local e do nmero

    de empresas ou servios sob sua responsabilidade,

    64

  • de acordo com as Leis Complementares n. 123/06 e

    128/08;

    III Empresrio Individual: pessoa fsica,

    prossional da Contabilidade que execute suas

    atividades independentemente do local e do nmero

    de empresas ou servios sob sua responsabilidade,

    de acordo com a Lei n. 10.406/02; e

    IV Empresa Individual de Responsabi-

    lidade Limitada: pessoa jurdica unipessoal,

    prossional da Contabilidade que execute suas

    atividades independentemente do local e do nmero

    de empresas ou servios sob sua responsabilidade,

    de acordo com a Lei n. 12.441/11.

    4 Para efeito do disposto nesta

    Resoluo, consideram-se Organizaes Contbeis

    de Responsabilidade Coletiva:

    I da Sociedade Simples Pura Limitada ou

    Ilimitada: pessoa jurdica constituda por prossionais

    da Contabilidade, sob a forma de sociedade de

    responsabilidade limitada ou ilimitada, que execute,

    exclusivamente, atividades contbeis, vedada

    qualquer forma, caracterstica, prticas mercantis e de

    atos de comrcio; e

    II da Sociedade Empresria de Respon-

    sabilidade Limitada: pessoa jurdica constituda sob a

    forma de sociedade de responsabilidade limitada, que

    execute atividades contbeis, com sua constituio

    registrada na Junta Comercial.

    Art. 3 As Organizaes Contbeis sero

    integradas por contadores e tcnicos em

    contabilidade, sendo permitida a associao com

    prossionais de outras prosses regulamentadas,

    65

  • desde que estejam registrados nos respectivos

    rgos de scalizao, buscando-se a reciprocidade

    dessas prosses.

    1 Na associao prevista no caput deste

    artigo, ser sempre do Contador e do Tcnico em

    Contabilidade a responsabilidade tcnica dos servios

    que lhes forem privativos, devendo constar do

    contrato a discriminao das atribuies tcnicas de

    cada um dos scios.

    2 Somente ser concedido Registro

    Cadastral para a associao prevista no caput deste

    artigo quando:

    I todos os scios estiverem devidamente

    registrados nos respectivos conselhos de scalizao

    de prosses regulamentadas;

    II tiver entre seus objetivos atividade

    contbil; e

    III os scios Contadores ou tcnicos em

    Contabilidade forem detentores da maioria do capital

    social.

    3 A pessoa jurdica poder participar de

    sociedade contbil desde que possua Registro

    Cadastral ativo e regular em Conselho Regional de

    Contabilidade.

    4 permitida a participao de scio

    que no gure como responsvel tcnico da

    sociedade contbil, na condio de scio-quotista,

    desde que seja Contador ou Tcnico em

    Contabilidade ou de outra prosso regulamentada,

    devidamente registrado no respectivo conselho de

    scalizao e que, no mnimo, um dos scios

    66

  • Contadores ou dos tcnicos em Contabilidade gure

    como responsvel tcnico.

    5 permitido que os prossionais da

    contabilidade, empregados ou contratados, gurem

    como responsveis tcnicos por Organizao

    Contbil, desde que, no ato do requerimento do

    registro cadastral, essa situao seja comprovada por

    meio de contrato na Carteira de Trabalho e

    Previdncia Social (CTPS), ou contrato celebrado

    entre as partes, e declarao de responsabilidade

    tcnica assinada pelos interessados.

    Art. 4 Somente ser admitido o Registro

    Cadastral de Organizao Contbil cujos titular,

    scios e responsveis tcnicos estiverem em situao

    regular no Conselho Regional de Contabilidade e no

    pleno gozo de suas prerrogativas prossionais.

    Pargrafo nico Havendo dbito em nome

    do titular, dos scios ou dos responsveis tcnicos da

    Organizao Contbil ou de qualquer outra a que

    esteja vinculado, somente ser admitido o Registro

    Cadastral quando regularizada a situao.

    CAPTULO II

    SEO I

    DO REGISTRO CADASTRAL DEFINITIVO

    Art. 5 Para a obteno do Registro

    Cadastral Denitivo, o interessado dever encaminhar

    requerimento, aps a comprovao de recolhimento

    de taxas e anuidade, instrudo com:

    I no caso de Escritrio Individual:

    67

  • a) requerimento; e

    b) comprovante de endereo recente do

    ms corrente ou ms anterior data da solicitao do

    registro cadastral.

    II no caso de Organizaes Contbeis de

    Responsabilidade Individual:

    a) comprovante de inscrio no Cadastro

    Nacional da Pessoa Jurdica (CNPJ); e

    b) uma via original do ato constitutivo

    e/ou alteraes devidamente registrados no rgo

    competente.

    III no caso de Organizaes Contbeis de

    Responsabilidade Coletiva:

    a) comprovante de inscrio no Cadastro

    Nacional da Pessoa Jurdica (CNPJ);

    b) uma via original do contrato social

    e/ou alteraes devidamente registrados no rgo

    competente;

    c) original e cpia, que ser autenticada

    pelo CRC, de documento de identidade ocial, carto

    do Cadastro de Pessoa Fsica (CPF), comprovante de

    registro no respectivo conselho de classe dos scios

    no Contadores ou tcnicos em Contabilidade.

    Pargrafo nico A Organizao Contbil

    que tenha por domiclio endereo residencial dever,

    no requerimento de Registro Cadastral, autorizar a

    entrada da scalizao do CRC em suas

    dependncias.

    68

  • Art. 6 Os atos constitutivos da

    Organizao Contbil devero ser averbados no CRC

    da respectiva jurisdio.

    1 Havendo substituio dos scios, dos

    responsveis tcnicos, bem como eventuais

    alteraes contratuais devero ser averbadas no

    CRC.

    2 vedado Organizao Contbil o

    uso de rma, denominao, razo social ou nome de

    fantasia inadequados categoria prossional e

    prerrogativas de seus scios.

    Art. 7 Concedido o Registro Cadastral, o

    Conselho Regional de Contabilidade expedir o

    respectivo Alvar.

    Pargrafo nico O Alvar ser expedido

    sem nus, inclusive nas renovaes.

    Art. 8 O Alvar de Organizao Contbil

    ter validade at 31 de maro do ano seguinte sua

    expedio, devendo ser renovado, anualmente, at a

    referida data, desde que a Organizao Contbil e

    seu titular ou scios e responsveis tcnicos estejam

    regulares no CRC.

    1 Se o titular ou qualquer dos scios

    possuir Registro Provisrio, ou se for estrangeiro com

    visto temporrio, a vigncia do Alvar ser limitada ao

    prazo de validade do respectivo Registro Prossional

    ou do visto.

    2 O CRC disponibilizar a opo de

    obter o Alvar pela internet, condicionado sua

    regularidade.

    69

  • SEO II

    DO REGISTRO CADASTRAL TRANSFERIDO

    Art. 9 O pedido de Registro Cadastral

    Transferido ser protocolado no CRC da nova sede

    da Organizao Contbil, que dever encaminhar

    requerimento, aps a comprovao de recolhimento

    de taxas e anuidade proporcional, se houver, instrudo

    com:

    I no caso de Escritrio Individual:

    a) comprovao de registro cadastral no

    CRC de origem;

    II no caso de Organizaes Contbeis de

    Responsabilidade Individual:

    a) comprovao de registro cadastral no

    CRC de origem;

    b) comprovante de inscrio no Cadastro

    Nacional da Pessoa Jurdica (CNPJ); e

    c) cpia do requerimento de empresrio

    e/ou alteraes devidamente registrados no rgo

    competente.

    III no caso de Organizaes Contbeis de

    Responsabilidade Coletiva:

    a) comprovao de registro cadastral no

    CRC de origem;

    b) comprovante de inscrio no Cadastro

    Nacional da Pessoa Jurdica (CNPJ); e

    70

  • c) uma via original do contrato social e/ou

    alteraes devidamente registrados no rgo

    competente.

    Art. 10 O CRC da nova jurisdio solicitar

    ao CRC anterior informaes cadastrais e de

    regularidade, inclusive dos responsveis tcnicos,

    tanto da Organizao Contbil quanto do titular ou

    dos scios.

    Art. 11 A transferncia somente ser

    concedida quando a Organizao Contbil e seu

    titular ou scios estiverem regulares no CRC.

    Art. 12 Concedida a transferncia, o CRC

    de destino comunicar ao CRC da jurisdio anterior.

    SEO III

    DA COMUNICAO PARA A EXECUO DE

    SERVIO EM OUTRA JURISDIO

    Art. 13 Para a execuo de servios em

    jurisdio diversa daquela onde a Organizao

    Contbil possui seu registro cadastral, obrigatria a

    comunicao prvia ao CRC de destino.

    Pargrafo nico A comunicao deve ser

    feita de forma eletrnica, por intermdio do site do

    CRC de origem.

    SEO IV

    DO REGISTRO CADASTRAL DE FILIAL

    Art. 14 O Registro Cadastral de Filial ser

    concedido Organizao Contbil mediante

    requerimento ao CRC da respectiva jurisdio,

    contendo o nome do titular, dos scios e dos

    71

  • responsveis tcnicos pela lial, aplicando-se as

    mesmas disposies do Art. 9 quanto

    documentao.

    Pargrafo nico Somente ser deferido o

    Registro Cadastral de Filial quando a Organizao

    Contbil, seus scios e responsveis tcnicos

    estiverem em situao regular no CRC.

    Art. 15 Havendo substituio dos

    responsveis tcnicos pela lial dever o fato ser

    averbado no CRC de origem e da lial.

    CAPTULO III

    DO CANCELAMENTO DO REGISTRO CADASTRAL

    Art. 16 O cancelamento do Registro

    Cadastral o ato de encerramento denitivo das

    atividades e ocorrer nos casos de:

    I falecimento ou cassao do registro

    prossional do titular de Organizaes Contbeis de

    Responsabilidade Individual;

    II encerramento de atividade mediante

    cancelamento do CNPJ; e

    III cessao da atividade de Organizao

    Contbil de Responsabilidade Coletiva.

    1 No caso de Organizaes Contbeis

    de Responsabilidade Individual:

    a) mediante abertura de processo por

    iniciativa do CRC, em caso de falecimento ou

    cassao;

    b) requerimento e comprovante de

    encerramento da atividade para o Escritrio Individual;

    72

  • c) requerimento de cancelamento

    devidamente registrado no rgo competente para os

    demais casos; e

    d) alterao contratual que ateste o

    encerramento das atividades contbeis.

    2 No caso de Organizaes Contbeis

    de Responsabilidade Coletiva:

    a) mediante abertura de processo por

    iniciativa do CRC, em caso de falecimento ou

    cassao de todos os scios;

    b) em caso de vacncia de responsvel

    tcnico e de o(s) scio(s) remanescente(s) no

    recompuser(em) o novo scio no prazo de 180 (cento

    e oitenta) dias, mediante comprovao de noticao

    e cincia dos demais scios; e

    c) Distrato Social ou requerimento de

    cancelamento devidamente registrado no rgo

    competente.

    Art. 17 A anuidade ser devida,

    proporciona