análise do caso do livro de bolso

Análise do caso do livro de bolso

Planejamento de gestão editorialProf. Dr. Guilherme Carvalho

O LIVRO DE BOLSO

“Assim como a pintura de cavalete institucionalizou a pintura, assim a tipografia quebrou o monopólio das bibliotecas é desejo muito natural de se ter

facilmente livros à disposição, e livros de formato cômodo e portáteis, mas adverte que esse caráter

portátil muito contribuiu para o novo culto do individualismo”.

Marshall McLuhan


O LIVRO DE BOLSO Portabilidade e facilidade de “sentar” na mão Largura acaba também sendo responsável

pela leiturabilidade (ou legibilidade) Livros com mancha de texto de no máximo

90 mm de largura Tipos de 8 a 10 pontos tipográficos,

garantem maior legibilidade


O LIVRO DE BOLSO paperback (o livro brochado, ou brochura)

hardcover (o livro encadernado, ou em capa dura)

disseminação do mass market paperback, acabou criando um público leitor e consumidor nos EUA e na Europa

Brasil: tentativas de se editar esse tipo de livro


O LIVRO DE BOLSO mass market paperbacks?

Serviços prestados pelo livro: satisfazem a certos propósitos culturais que não são prontamente satisfeitos por nenhum outro meio.

Livros e democracia: experiência comum do significado fundamental da civilização ocidental.

Quanto ao público de massa: ‘massa’ possui o nível baixo de inteligência e um gosto barato; por uniformidade, a mesmice insôssa que provém da ilusão de que existe apenas um público de massa.


O LIVRO DE BOLSO

Comparação com outros mass media: a deterioração de veículos como a televisão, cujo desenvolvimento deformou e aviltou seu significado ajudaram no crescimento e interesse do livro.

Indústria do livro brochado: tem como desafio provar que o público de massa não é um público inferior e é capaz de digerir algo mais que a chamada subliteratura e que esse público é pequeno.

Função do editor: se os editores de livros brochados forem capazes de contribuir para o objetivo de levá-los a milhões de leitores a baixo preço, sem sacrificar, nesse processo, a rija independência e a diversidade de pensamento ou a rica variedade que os livros sempre significaram, estarão participando de uma alentadora e significativa revolução cultural.


HISTÓRICO Fundada por Ivan Gomes Pinheiro

Machado e Paulo Almeida Lima, em 1974. Líder no mercado de livro de bolso no

Brasil. Segue o padrão internacional de

metragem 11 cm X 18 cm. Popularização da leitura de obras

notáveis, através de livros baratos e de qualidade editorial.

Distribuição em todo o país.


HISTÓRICO De 2002 a 2010, mais 1.000

títulos publicados 30 milhões de unidades vendidas Tiragem média de 2.000

exemplares Primeiro livro: Rango (Edgar

Vasquez)



Ivan Pinheiro Machado, Paulo de Almeida Lima e Edgar Vasquez


HISTÓRICO

Em 1979, Cuca Fundida, de Woody Allen

O Analista de Bagé, de Luis Fernando Veríssimo, em 1981 (best seller)

Moacyr Scliar, Josué Guimarães, Mário Quintana, Millôr Fernandes


HISTÓRICO

• Crise nos anos 1990

• Consultor inglês, Ken Baxter

• Em 1998, a Editora Ediouro fez uma proposta de compra da L&PM.

• Novo modelo de publicação (inspirado nos livros europeus de bolso)


ESTRATÉGIA DE MERCADO

• Livro é um bem relativamente barato

• Pode ser produzido em pequenas escalas

• Podem circular através de suportes diferenciados, como os capa duras ou os pockets.

• Consumidores de livros leem em função de seus tempos livres

• Acesso à leitura precisa ser ágil (e acessível economicamente)



• a editora vende 130 mil exemplares por mês, comparado à média de 25 mil da década anterior.

• Coleção: Balzac, Simenon, Fernando Pessoa, Agatha Christie, entre outros.

• A coleção L&PM Pocket Plus, obras clássicas, como a de Eça de Queiroz e Camões (R$ 8,00).

• 2009, L&PM Pocket Encyclopaedia, publicação de uma centena de livros de referência, todos eles inéditos.



• O modo de impressão dos livros de bolso fez com que ele chegasse ao consumo final, em média, 60% mais barato do que os livros Convencionais.

• Comércio de livros em lugares até então não convencionais: padarias, farmácias, bancas de revistas e supermercados.

• Grandes campanhas publicitárias.

• Contato pessoal direto de Ivan e Lima com distribuidores-chave do setor nas mais diversas localidades.



• Investiu intensamente em branding (logo readaptada)



• Especialização do composto de marketing se comparado ao período inicial da editora.

• Planejamento estratégico a fim de realizar um marketing integrado entre preço, ponto de venda, produto e publicidade.


NOVAS TECNOLOGIAS

• Nas décadas anteriores, a distribuição de livros fora do Rio Grande do Sul era um processo extremamente custoso.

• Dezesseis funcionários, dois carros e um escritório em São Paulo possibilidade de impressão por demanda.

• Pela internet é possível gerenciar toda a logística nacional.


NOVAS TECNOLOGIAS

• Empresa concentra seus esforços de publicidade em seu próprio site equipe especializada em tecnologias digitais e comunicação via internet.

• blog, twitter, redes sociais e webtv.

• Autores e demais personalidades da área cedem entrevistas sobre variadas obras e temas.

• Site da L&PM recebe mais de 150 mil acessos por mês.


NOVAS TECNOLOGIAS

• Digitalização de parte acervo para disponibilização no site.

http://www.lpm.com.br

http://www.lpm.com.br/


Banca Mercado - Curitiba - PR

Família Farinha - Curitiba - PRAv. Nossa Senhora da Luz, 2.345 - Jardim Social

Livraria La Selva - Curitiba - PRAeroporto Internacional Afonso Pena

Saint Germain Panificadora e Confeitaria - Curitiba - PRLoja 1 - Alameda Princesa Izabel, 1.347 – Bigorrilho

Saint Germain Panificadora e Confeitaria - Curitiba - PRLoja 2 - Av. Visconde de Guarapuava, 4.882 - Batel


OLIVEIRA, Lívio Lima de. O livro de preço acessível no Brasil: o caso da coleção L&PM Pocket. Dissertação de

mestrado apresentada à Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. São Paulo : 2002.

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