livro da na'amat brasil “festas judaicas e suas tradições”

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Ano 2012/5772

FESTAS JUDAICASE SUAS TRADIÇÕES

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Dedicatória à Zeldi Oliven

Dedicamos este livro à querida chaverá Zeldi Oliven, uma das fundadoras de NA’AMAT PIONEIRAS BRASIL, que, com seu

exemplo, coragem, dedicação e idealismo, nos fez chegar até aqui, uma Organização forte e crescente.

Na’amat Pioneiras Brasil

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A diretoria da Na’amat Pioneiras Brasil agradece, com ca-rinho,

à Cíntia Moscovich, que nos envaidece, ao assinar o texto de abertura;

à chaverá Lêda Jacobovitz, o seu trabalho de artista plás-tica;

à chaverá Lúbia Zilberknop, a revisão linguística,

e à Mimi Liberow, a assessoria religiosa.

Agradece à querida chaverá Zelda Prikladnicki a sua dedi-cação na elaboração deste livro.

Agradece à nossa secretária Rosi Sadetski a sua grande contribuição no desenvolvimento deste projeto.

Sem o empenho de todas vocês, esta publicação não seria possível!

Muito obrigada!

Todá Rabá!���������

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Um dos aspectos mais caros ao judaísmo, o respeito à tradição é a única explicação possível — pelo menos fora do âmbito da crença religiosa — para se entender como um povo tão perseguido, tão reprimido, tão odiado e tão pouco numeroso, depois de assassinado aos milhões, tenha sobrevivido até este início de século 21.

Este Festas Judaicas e suas Tradições que o leitor tem em mãos, fruto da dedicação, trabalho conjunto, amor e respeito das mulheres da Na’amat Pioneiras Brasil, constitui-se num pre-cioso guia e uma excelente fonte de consulta e pesquisa para ju-deus e não-judeus. Com lindas ilustrações de Lêda Jacobovitz, neste volume ainda foram incluídas brachot (bênçãos) relativas a cada comemoração, bem como receitas típicas da culinária ju-daica asquenazi e sefaradi — algumas compartilhadas inclusive com os judeus orientais —, o que confere ao livro valor docu-mental e de referência ainda maior. A começar pela observância do Shabat, cerimônia que se repete a cada sagrada semana, o povo judeu tem nas datas especiais pontos fortíssimos de refe-rência, mandados de recordação perpétua. Lembrar é um dever, uma mitsvá, como se o esquecimento nos tornasse órfãos de um passado e se esvaziasse uma religião riquíssima em história. O povo judeu é um povo que lembra e que comemora sua ances-tralidade, porque lembrar é bastante mais do que simplesmente não esquecer. Rememorando a saída do Egito rumo à liberdade, toda a grande travessia do deserto, os milagres concedidos, as primícias da terra, a alegria da leitura da Torá, a salvação do ex-termínio na época do rei Assuero e, mais adiante, o extermínio ���������������� �����������������������������������������as festas marcam a trajetória de um povo que resistiu — e que continua resistindo.

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Com a moderníssima diáspora, em que os judeus vivem nos quatro cantos do globo, há o distanciamento da tradicional (e necessária) ligação com a religião e seus ritos. No entanto, confrontados com realidades diversas e estranhas à fé mosaica, o indivíduo volta-se para a chama de sua realidade mais profun-da e mais verdadeira, sentimento que é o ponto de aproximação de todos os judeus do mundo. Nesse sentido, o de preservar a identidade de um povo disperso, as festividades perpetuam va-lores essenciais, que conclamam e recolocam o indivíduo num ��������������������������������������������������������������do D’us único, nos valores da caridade, da justiça, da integrida-de e no apreço à liberdade.

Saudemos este livro, que em boa hora nos vem, a nós, que fazemos parte de um povo que não esquece.

Cíntia Moscovich

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NA’AMAT PIONEIRAS

Mulheres Sem Fronteiras

�������������������� �������������������������"�#��������1921, tem como foco a divisão de responsabilidades, a justiça social e a igualdade de oportunidades para as mulheres. Suas fundadoras, que acreditavam nesses ideais e trabalhavam por eles, acabaram por destacar-se nas suas diversas áreas de atuação, como Golda Meir, ������������������� $�����������%������������������"

As atividades realizadas por Na’amat incluem a construção e ���������������������������&� ��������������������������'������e de escolas agrícolas; o incentivo e ajuda a jovens e mulheres adultas para que frequentem cursos superiores; o atendimento a uma extensa ���� �� ����*��� ���� ��*��� �� ���*����� ������*�����"�+���� ������Na’amat possui centros comunitários e clubes familiares, com o intuito de atender às necessidades de suas comunidades.

Na’amat Pioneiras Brasil foi fundada em 1948, em Porto Ale-���"�������������������������������������������������������6������oferece às mulheres brasileiras desenvolvimento cultural e a autorrea-lização através do trabalho social. O trabalho voluntário é o ponto cen-����������:�����'���������������������������'������� �������-moção de palestras, seminários e cursos, além de eventos e atividades que possibilitam a ajuda a instituições carentes, tais como creches e lares para idosos.

Nossa missão:

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I+�W@V\�?���H?�K�?Q+?�+K�>?+I�Y]�K��

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LUACH

O Luach (calendário judaico) existe há mais de 3300 anos, quando D’us mostrou a Moisés a Lua Nova, no mês de Nissan, duas ��������������������������������*����������������������������y{{|�após a Criação do Mundo.

A partir dessa época, o povo judeu recebeu um calendário especial, diferente dos outros já existentes: é lunissolar – os meses seguem as fases da lua, porém considerando as estações do ano.

Assim sendo, o Calendário Judaico é, ao mesmo tempo, lunar e solar. O mês é sempre lunar. O dia judaico e nossas festas iniciam ao pôr do sol. Para compensar os onze dias anuais de diferença entre o ano lunar e solar, um mês (Adar���~��������������������������|���������{���������������������������������������"���������������������%����judaico tem 13 meses, com o mês anterior a Nissan duplicado (Adar���e Adar ��~����������Nissan ocorra sempre na primavera.

Os meses são: Nissan, Iyar, Sivan, Tamuz, Av, Elul,Tishrei, Cheshvan, Kislev, Tevet, Shvat e Adar I (e Adar II, ocasionalmente).

I����������������

Shabat 18 minutos antes do pôr do sol de cada sexta-feiraRosh Hashaná 01 e 02 de Tishrei Iom Kipur 10 de Tishrei Sucot 15 a 22 de Tishrei Simchat Torá 23 de TishreKristallnacht 09 de novembroChanucá 25 de Kislev a 03 de TevetTu Bishvat 15 de Shvat Purim 14 de Adar Pessach 15 a 22 de Nissan Iom Hashoá 27 de Nissan Iom Hazicaron 04 de Iyar Iom Haatzmaut 05 de Iyar Lag BaÔmer 18 de Iyar Iom Ierushalaim 28 de Iyar Shavuot 06 e 07 de Sivan Tishá Be’Av 09 de AvTu Be’Av 15 de Av

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A CULINÁRIA JUDAICA

������ �� ���� < ��&������`�pelos hábitos e costumes, fazendo um link com as festividades e tradições, para ir sentindo os aromas e sabores da mesa. Algumas receitas de simples preparo foram escolhidas para esta publicação. Existem muitas mais, seja de tradição sefaradi ou askenazi, variando conforme os costumes familiares. Esses pratos deliciam os participantes da celebração, enfeitam a mesa e representam os fatos históricos e religiosos de cada festividade.

A culinária judaica está intimamente ligada à história e às tradições do nosso Povo. Através das migrações, a culinária foi adquirindo diferentes estilos, temperos e variações de acordo com o lugar onde os judeus habitavam, seja na Europa ou no Oriente. Se as festas são para lembrar e comemorar passagens da nossa história, os pratos que ornamentam nossa mesa traduzem a Kashrut (leis dietéticas judaicas). Para o Shabat é costume preparar pratos especiais e saborosos a serem consumidos principalmente frios.

Dentre os alimentos mais difundidos, temos a chalá (pão trançado), que lembra a maná que D’us distribuiu no deserto; o peixe como símbolo de fertilidade; o tsholent (sopa de grãos) que deixa livre a imaginação criativa de quem cozinha, pois os ingredientes variam conforme as regiões; o kuguel (bolo de macarrão), entre outros.

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Em Purim, preparam-se os Oznei Haman (orelhas de Haman), os quais podem ser enviados como presente para os amigos. Já para a festa de Pessach, a culinária judaica se esforçou em criar uma variedade enorme de pratos. Durante oito dias, todas as refeições giram em torno da matzá

(pão ázimo), e não é permitido comer chametz (fermento) em nenhum alimento. O sêder (ritual) reúne a família e os amigos ao redor da mesa. Em Rosh Hashaná, após as orações na sinagoga, é costume comer alimentos que simbolizam a abundância. Em Iom Kipur, faz-se jejum de 25 horas. Na festa de Sucot, as refeições são celebradas dentro da Sucá (cabana).

Algumas características da culinária judaica são difundidas por todas as comunidades, independentemente da localidade habitada. Exemplo disso são os costumes das festas de Rosh Hashaná e Chanucá. As esperanças e desejos de um bom �������������������������������������������come maçã doce e chalá redonda com mel e se evitam pratos mais condimentados. Enquanto na segunda devem-se preparar comidas fritas

em azeite para lembrar o óleo encontrado no Templo e que manteve acesa a menorá (candelabro de sete braços) por oito dias.

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SHABAT

O Eterno criou o céu, a terra e o mar durante seis dias. No sétimo dia, descansou. Este é o dia de Shabat, que é dedicado ao Criador.

É um dia de descanso e inicia 18 minutos antes do pôr do sol de toda sexta-feira, terminando após o anoitecer de sábado.

Neste dia, é proibido todo o trabalho que represente uma intervenção no mundo físico criado por D’us. Por exemplo: acender fogo, cozinhar, trabalhar, dirigir e utilizar dinheiro.

O Shabat oferece um tempo especial, onde você pode sentir que está realmente em paz e feliz consigo mesmo e com todos à sua volta.

As Mitsvot do Shabat

O Shabat no lar começa com a bênção das velas quando faltam 18 minutos para o pôr do sol. +������&���������*�����������sua vela, depois acende as suas e pronunciam a bracha:

Baruch Atá Ado-nai, Elo-heinu Melech HaOlam, asher kideshanu bemitsvotav vetsivanu lehadlik ner shel Shabat Kodesh.

Bendito sejas, ó Eterno, nosso D’us, Rei do Universo, que nos santificaste com Teus mandamentos e nos ordenaste acender a

vela do santo Shabat.

Sobre a mesa, uma toalha branca, castiçais, chalot (pães trançados) e o vinho para o kidush (bênção do vinho).

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+����������������&��������������������������*��"

H���������*���

Yessimeich Elo-him K’Sara, Rivka, Rachel v’ Lea.

Que D’us te faça igualar a Sara, Rebeca, Raquel e Lea.

H���������*���

Yessimcha Elo-him K’ Efraim, v’ ch’ Menashe.

Que D’us te faça igualar a Efraim e Menashe.

Para todos:

Yevarechecha Ado-nai Veyishmerecha:Yaer Ado-nai panav eilecha Viychuneca.Yissa Ado-nai panav eilecha veyassem lechá

Shalom.

Que o Eterno te abençoe e te guarde; que Ele faça brilhar Sua face para contigo e te seja clemente; que Ele volte Sua presença

para ti e te conceda paz.

O pai pronuncia o kidush, tendo na mão a taça de vinho. Todos participam dizendo Amén.

Yom hashishi, vayechulu hashamáyim vehaárets vechol tsevaam. Vayechal Elo-him, bayom hashvií, melachtô asher assá, vayishbot bayom hashvií micol melachtô asher assá. Vayevarech Elo-him et yom hashevií, vaycadêsh otô, ki vo shavat micol melachtô,asher

bará Elo-him laassot.

O sexto dia; foram terminados os Céus e a Terra e todo seu exército. D’us terminou, no sétimo dia, a obra que fez, e

descansou no sétimo dia de toda a obra que fez. D’us abençoou o sétimo dia e o santificou, pois nele descansou de toda Sua obra

que D’us criou para o ser humano realizar.

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Baruch Atá Ado-nai, Elo-heinu Melech HaOlam, borei pri hagafen.

Bendito Sejas, ó Eterno,nosso D’us, Rei do Universo, Criador do fruto da vinha.

Baruch Atá Ado-nai, Elo-hênu Mêlech haolam, asher kideshánu bemitsvotav, verátsa bánu, ve’Shabat codshô beahavá uvratson hinchilánu, zicaron lemaassê vereishit; techilá lemicraê côdesh,

zêcher liytsiat Mitsráyim. Ki vánu vachárta, veotánu kidáshta micol haamim, ve’Shabat codshechá, beahavá uvratson hinchaltánu.

Baruch Atá Ado-nai, mecadesh ha’Shabat.

Bendito és Tu, ó Eterno, nosso D’us, Rei do Universo, que nos santificou com Seus mandamentos e em nós achou agrado, e com amor e agrado nos deu Seu santo Shabat, para lembrar

a obra da Criação; pois que ele é o primeiro das sagradas convocações, em recordação da saída do Egito. Porque Tu nos escolheste e nos santificaste dentre todos os povos, e Teu santo Shabat, com amor e agrado, nos deste. Bendito és Tu, ó Eterno,

que santifica o Shabat.

Em seguida, abluem as mãos ritualmente e fazem a bênção sobre a chalá que após é repartida e distribuída entre os presentes.

Baruch Atá Ado-nai, Elo-heinu Melech HaOlam, hamotsi lechem min haaretz.

Bendito Sejas, ó Eterno,nosso D’us, Rei do Universo, que fazes o pão brotar da terra.

Durante o jantar, é costume cantar zmirot (canções) como:

David, Melech Israel, chai vekaiam.

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Shalom aleichem, aleichem shalom.

Paz a vocês, a vocês paz.

Siman tov umazal tov ihie lanu velekol Israel.

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Osse shalom bimromav hu yaasse shalom aleinu V’al Kol Israel veimru.

Que Ele que estabelece paz nas alturas celestes, ��������'�����������������������������"�

Ao anoitecer de sábado, após o aparecimento de no mínimo três estrelas de tamanho médio, faz-se a Havdalá, ritual de despedida do Shabat.

A Havdalá consiste em quatro brachot (bênçãos): sobre o vinho, das especiarias, da luz do fogo e da separação entre o Sagrado e o Temporal. Neste ritual, salientamos e ressaltamos a santidade e o valor do Shabat, com que ele se distingue dos outros dias da semana.

A brachá (benção) pronunciada ao aspirar a fragrância de especiarias tem o poder de revigorar espíritos fragilizados; quando o Shabat termina, junto com ele, é retirada a alma espiritual adicional, e é nessa hora que nosso estado de espírito precisa ser estimulado e revivido.

A bênção do fogo é recitada sobre a luz da vela trançada. Uma das razões dessa oração é a lembrança do fogo que foi aceso por Adão, esfregando duas pedras, quando vivenciou, pela primeira vez, a escuridão que ocorreu na noite do primeiro Shabat.

O Shabat é o dia da harmonia familiar, em que se interrompe o ritmo de nossa vida cotidiana. É um dia de Paz, de Amor entre os

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dias agitados da semana. A família reserva o jantar de Shabat para desfrutar de momentos de um convívio mais tranquilo e mais afetivo.

Cumprimentamo-nos com Shabat Shalom, nesse dia de descanso espiritual.

��� ��� �� Shabat, desejamos a nossos familiares e amigos Shavua Tov (uma boa semana).

CHALÁPão Doce Trançado

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�����������1 colher de sopa de fermento seco1 xícara água morna2 colheres de sopa de açúcar1 colher de chá de sal3 ½ xícara de farinha de trigo1 ovo 1 gema e 2 colheres de leite1 ½ colher de sopa de óleo vegetalSementes de papoula ou gergelim (opcional)

Modo de preparoDissolver o fermento em água morna com uma colher de chá de

açúcar. Numa vasilha, misturar o açúcar restante com o sal e a farinha de trigo. Colocar a mistura de fermento no centro, acrescentar um ovo �����������������*�������������������������"�I������������������������quente, um pouco mais de uma hora. Amassar novamente e dividir a massa em três partes; fazer com elas rolinhos do mesmo tamanho. Unir ����� ����� �� ��� ��������� ���� ����� ���� ������"� I������ ���������em formas untadas com óleo até crescer. Pincelar com a gema de ovo misturada ao leite e espalhar semente de papoula ou semente de gergelim. Levar ao forno médio por 40 minutos para cozinhar.

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ROSH HASHANÁ

Rosh Hashaná é conhecido como o Ano Novo Judaico. Ocorre em �����y������Tishrei. É o início de Iamim Noraím (dez dias de penitência), perío-do de autocrítica espiritual que culmina com o Iom Kipur, considerado o dia em que o Todo-Poderoso julga, individual-mente, os homens e seus atos.

Período das Grandes Festas, época de se fazer o balanço do ano que passou. É tempo de parar para pensar, analisar, conservar as tradições e transmitir esses ensinamentos às gerações mais jovens. É o momento de reforçar o estilo de vida judaico, apoiado no legado da tradição e da religião.

O som do shofar (chifre de carneiro) é, desde os primórdios, um chamado de arrependimento, parte integrante do culto de Rosh Hashaná, onde é entoado mais de cem vezes cada dia.

Rosh Hashaná também é considerado o dia de aniversário da Criação do Mundo, particularmente, o sexto dia: a criação de Adão e Eva. Também é o dia do Akedat Isaac ����������������~������������-ção suprema da fé de Abraão, que vinculou a humanidade ao Criador. I������������+�����������������������*������������������������-������������������������������������������������*����������������"

Em casa, 18 minutos antes do pôr do sol da véspera de Rosh Hashaná���������&���������*��������������� ����������������as suas e pronuncia as bênçãos:

Baruch Atá Ado-nai Elo-heinu Melech HaOlam, asher kideshanu bemitsvotav vetsivanu lehadlik ner shel Iom HaZicaron.

Bendito sejas, ó Eterno, nosso D’us, Rei do Universo, que nos santificaste com Teus mandamentos e nos ordenaste a acender a

vela do Dia da Lembrança.

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Baruch Atá Ado-nai Elo-heinu Melech Haolam Shehecheyanu vekiyemanu vehiguianu lizman hazê.

Bendito és Tu, ó Eterno, nosso D’us, Rei do Universo, que nos deste vida, nos mantiveste e nos fizeste chegar até a presente época.

A família vai à sinagoga acompanhar o serviço religioso.

Ao retornar para casa, a família se reúne ao redor da mesa, coberta com uma toalha branca, dando início ao jantar festivo.

O pai faz o Kidush especial da festa e a bênção do vinho e todos respondem Amén.

Baruch Atá Ado-nai, Elo-heinu Melech HaOlam, borei pri hagafen.

Bendito Sejas, ó Eterno, nosso D’us, Rei do Universo, Criador do fruto da vinha.

Em seguida, recita-se a bênção:

Baruch Atá Ado-nai Elo-heinu Melech Haolam Shehecheyanu vekiyemanu vehiguianu lizman hazé.

Bendito és Tu, ó Eterno, nosso D’us, Rei do Universo, que nos deste a vida, nos mantiveste e nos fizeste chegar até a presente época.

Em seguida, abluem as mãos ritualmente e fazem a bênção sobre a chalá que após é repartida e distribuída entre os presentes.

Baruch Atá Ado-nai, Elo-heinu Melech HaOlam hamotzi lechem min haaretz.

Bendito sejas, ó Eterno, nosso D’us, Rei do Universo que fazes o pão brotar da terra.

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A chalá de Rosh Hashaná é doce e tem o formato redondo que representa a continuidade e a eternidade, já que o círculo não tem �������������������$��������������������������������������������������"

Pedaços de maçã são mergulhados no mel, que simboliza um ano bom e doce, e são distribuídos a todos os presentes, que recitam:

Yehi ratson milfaneicha, shetechadesh aleinu shaná tová u’metuká

Que seja Tua vontade clemente, ó Eterno, nosso D’us, e D’us de nossos antepassados, renovar sobre nós um ano feliz e doce.

Na segunda noite de Rosh Hashaná, come-se uma fruta recém-colhida que ainda não se saboreou na estação, como símbolo do início de algo promissor, neste caso, o Ano Novo.

Nos dois dias de Rosh Hashaná, a família reza na sinagoga, onde se dá continuidade às leituras de: Salmos, Provérbios, trechos do Cântico dos Cânticos e passagens da Torá, intercaladas por preces e melodias. São consideradas verdadeiras joias de nossa liturgia, entoadas pelos chazanim (cantores litúrgicos). Uma das preces mais comoventes é a chamada B’yom Din (Dia do Julgamento), que faz uma alusão à pequenez do ser humano frente à grandeza divina; fala do julgamento sobre quem há de viver e quem há de morrer; quem há de gozar a paz e prosperidade e a quem aguardam a miséria e o desassossego. É indicado o caminho que conduz à clemência de D’us: Teshuvá (arrependimentos e retorno), Tzedaká (caridade) e ������(orações).

Avinu Malkeinu é a oração que reitera a fé em D’us.

Avinu Malkeinu, Chaneinu Vaaneinu, ki ein banu maassim, assê imanu tzedaká vachessed vehoshienu.

Nosso Pai, nosso Rei, tem graça conosco e atende-nos, eis que carecemos de atos bons. Faze conosco justiça, amor e nos salva.

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Antes do toque do shofar na sinagoga, é despertada a necessidade da comunhão entre irmãos, o retorno à fé e a D’us e a condução de cada indivíduo para um exame de consciência. É o ponto culminante de Rosh Hashaná. O shofar é o instrumento sonoro mais antigo e é usado pelos judeus para expressar alegria, mas serve também para alertar contra os perigos. Os sábios vincularam o shofar �����������=���������@�� ����������������������������"�>�����������tipos de toques do shofar: tekiá (um toque só), shevarim (três toques curtos), teruá (nove toques seguidos) encerrando com tekia gdolá (um toque prolongado).

Antes do toque do shofar, todos devem ouvir a bênção e responder Amén.

Baruch Atá Ado-nai Elo-heinu Melech HaOlam asher kideshanu

bemitzvotav v’tzivanu lishmoá kol Shofar.

Bendito sejas ó Eterno, nosso D’us, Rei do Universo, que nos santificaste com Teus mandamentos e nos ordenaste escutar a

voz do Shofar.

Durante as Grandes Festas, as pessoas se cumprimentam com:

Le Shaná Tová Tikateivu Vetechateimu.

Que sejam inscritos e selados para um ano bom.

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Alimentos simbólicos

É costume preceder a refeição da família com alimentos simbolicamente selecionados. Antes de comer esses alimentos, são recitadas as seguintes preces:

Alho-Poró “Yehi Ratson milefanêcha sheyicaretu oyvêcha vessoneêcha, vechol mevacshê raatênu”.“Possa ser Tua vontade que sejam exterminados Teus inimigos e Teus oponentes e todos aqueles que ����������������`"

Acelga “Yehi Ratson milefanêcha sheyistalecu oyvecha vessoneêcha, vechol mevacshê raatênu”.“Possa ser Tua vontade que sejam removidos Teus inimigos e Teus oponentes e todos aqueles que ����������������`"

Tâmara Costuma-se ingeri-la para que acabem nossos inimigos (em hebraico, yitámu, parecido com tamar).“Yehi Ratson milefanêcha sheyitámu oyvecha vessoneêcha, vechol mevacshê raatênu”.“Possa ser Tua vontade que sejam consumidos Teus inimigos e Teus oponentes e todos aqueles que ����������������`"�

Abóbora, moranga ou cenoura Costuma-se comer cenoura para que os méritos se multipliquem.“Yehi Ratson milefanêcha sheticrá rôa guezar dinênu, veyicareú lefanecha zechuyotênu”.“Possa ser Tua vontade que o decreto ruim de nossa sentença seja rasgado em pedaços, e que nossos ����������&��������������������>�`"�

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Feijão roxinho “Yehi Ratson milefanêcha sheyirbu zechuyotênu”.“Possa ser Tua vontade que nossos méritos se �����������`"

Romã Costuma-se ingerir para que aumentem nossos méritos como os caroços da romã. Há uma explicação que a romã possui 613 caroços - o número das mitsvot da Torá.“Yehi Ratson milefanêcha sheyirbu zechuyotênu carimon”.“Possa ser Tua vontade que nossos méritos cresçam em número como as sementes da romã “.

Peixe“Yehi Ratson milefanêcha shenifrê venirbê cadaguim; vetishgach alan beená pekichá”.<H���������>��� ���������������������������������nos multipliquemos como peixes; e cuida de nós com ����*��������������������`"

Cabeça de carneiro, língua ou peixe com cabeça “Yehi Ratson milefanêcha shenihyê lerosh velô lezanav”.“Possa ser Tua vontade que sejamos como a cabeça �����������������`"

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Não se come nada temperado com vinagre ou raiz forte em Rosh Hashaná para não ter um ano amargo. Nozes também não de-vem ser ingeridas nestes dias. Um dos motivos é porque as nozes pro-vocam pigarro que pode atrapalhar as orações do dia; outro motivo é que o valor numérico da palavra egoz (noz) corresponde ao da palavra chet (pecado) sem o alef (1ª letra do alfabeto hebraico).

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HONEK LEIKACH Bolo de Mel

6:V:�>�H�=:�I��?:K\�\+K\+���

�����������1 e ½ copo de açúcar 1 copo de mel1 copo de chá preto ou café preto2 xícaras de farinha de trigo peneirada1 xícara de chocolate em pó1 colher de sopa de fermento 6 ovos½ copo de óleoRaspa e suco de limão

Modo de preparoBater bem as gemas com o açúcar. Acrescentar o mel, batendo

sempre. Juntar o chá ou café, a farinha misturada com o fermento, o óleo, o chocolate peneirado, as raspas e o suco de limão. Por último, adicionar as claras em neve. Despejar em uma forma untada e enfari-nhada. Colocar em forno pré-aquecido e diminuir a temperatura quan-do estiver quase assado.

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IOM KIPUR

Iom Kipur, conhecido como I�����H�������������������������de Tishrei. É o ponto alto dos dez dias de penitência que iniciam em Rosh Hashaná. É o dia em que o Todo-Poderoso dá seu julgamento, depois de ponderar os atos de cada ser humano no Rosh Hashaná.

Iom Kipur é marcado por meditação, tentativa de aproxima-ção com D’us, e pelo jejum que se inicia na véspera com o pôr do sol e se estende até o anoitecer do dia seguinte.

������������������������������������������������������promessa de não mais incorrer em erros. Mas é também a oportunida-de para cada judeu estender a mão ao próximo, esquecer ofensas e enfrentar o Tribunal de D’us.

Jejuar, no Iom Kipur, é poder concentrar energias nos atos de fé. Jejuar é sentir o sofrimento dos que passam fome e sede por falta de recursos. Na véspera, é servido um jantar leve em família, antes do pôr do sol, em preparação às 25 horas seguintes.

+������&���������*��������������� ������������������������e pronuncia as brachot (bênçãos):

Baruch Atá Ado-nai Elo-heinu Melech HaOlam, asher kideshanu bemitsvotav vetsivanu lehadlik ner shel Iom HaKipurim.

Bendito sejas, ó Eterno, nosso D’us, Rei do Universo, que nos santificaste com Teus mandamentos e nos ordenaste a acender a

vela do Dia do Perdão.

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Baruch Atá Ado-nai Elo-heinu Melech Haolam Shehecheyanu vekiyemanu vehiguianu lizman hazé.

Bendito és Tu, ó Eterno, nosso D’us, Rei do Universo, que nos deste a vida, nos mantiveste e nos fizeste chegar até a presente época.

O pai abençoa a família e seguem à sinagoga acompanhar o serviço religioso do Kol Nidrei.

Kol Nidrei, ve’essarei, ushevuei vacharamei, vekonamei, vekinussei, vechinuyei, de’indarna, udeishtabana udeacharimna, udeassarna al nafshatana. Mi’Yom Kipurim ze, ad Yom Kipurim haba aleinu letova. Bechulhon icharatna vehon, kulhon yehon sharan, shevikin, shevitin,

beteilin umevutalin, la sheririn, vela kayamin. Nidrana la nidrei, ve’essarana la essarei, ushevuatana la shevuot.

Todos os votos de abstinência e de promessa que a nós mesmos impusermos, a partir de hoje até o próximo dia de Expiação, em

momentos de emoção derradeira, perturbados pela dor, pelo impulso, pela paixão, abalados por um perigo ou por uma grave emergência, todos eles sejam perdoados e remidos. Que D’us

nos dispense o Seu perdão paternal, ao procedermos em estado de arrebatamento ou de emoção, incapacitados de averiguar as

consequências dolorosas, infelizes e infaustas.

Concluídas as orações da noite, as pessoas desejam uns aos outros: Gmar Chatimá Tová, uma vez que, de acordo com a tradição, em Iom Kipur, é selada a sentença que, em Rosh Hashaná, D’us ins-��� �����������*����������V� �����Q���������"

I�����������������������������&������������������������-'���"�+�������������������������������������������������������o Al Chet �H����H����~�������������������������I��������&���������Seu julgamento e na esperança de Sua clemência.

Em Iom Kipur������'������������������������Hazkará ou Izkor.

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Cada um recorda dos entes falecidos, assim como os mártires que, no mundo inteiro, defenderam a Justiça e a Paz. Os laços da memória unem a geração viva às gerações passadas, estabelecendo a continui-dade de tradição, sentimento e convicção.

E-l Male Rachamim

E-l male rachamim shochen bameromim, hamtze menucha nechona tachat kanfei hashechina. Bemaalot kedoshim utehorim

kezohar harakia mazhirim, ET nishmat avi mori..., shehalach leolamo [ET nishmat imi morati shehalcha leolama]. Baavur

sheani noder tzedaká bead hazkarat nishmato [nishmata]. Iachen baal harachamim yastirehu [yastireha] beseter kenafav leolamim;

vetzror bitzror hachaim ET nishmato [nishmata] Ado-nai hu nachalato [nachalata] veynuach [vetanuach] beshalom AL mishko

[mishkava], venomar.

Ó D’us cheio de misericórdia, que reinas nas alturas celestiais! Encontra tranquilidade eterna sob a sombra das asas da Tua

onipresença divina, e faze, junto aos santificados e puros, resplandecer, como o brilho do firmamento, a alma querida de meu pai..., filho de... (da minha mãe..., filha de...) que se fora para o Seu mundo, eis que prometo fazer o bem em memória

desta alma querida. Ó D’us misericordioso, Te suplico para que, no paraíso, encontres o descanso eterno, e para todo o sempre a ampare sob as asas da Tua onipresença a fim de que participe da corrente da vida eterna, Tu, D’us, és a herança abençoada desta

alma, que repouse em paz na sepultura.

A leitura da Haftará são trechos dos Profetas onde é abordado o retorno a D’us, que aceita e perdoa a todos, sem distinção de raça e credo, que, com sinceridade, confessam suas faltas e humildemente pedem perdão.

�+��������������*���_���Neilá, culminando com o fechamento dos Portões Celestiais do perdão e da reconciliação, sendo a última oportunidade de invocar a clemência divina. Reza-se mais uma vez o Avinu Malkeinu.

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Avinu Malkeinu, Chaneinu Vaaneinu, ki ein banu maassim, asse imanu tzedaká vachessed vehoshienu.

Nosso Pai, nosso Rei, tem graça conosco e atende-nos, eis que carecemos de atos bons. Faze conosco justiça, amor e nos salva.

Shemá Israel Ado-nai Eloheinu Ado-nai Echad.

�����������������������������������I���"�:����������@�"

Um último toque longo do Shofar termina o serviço religioso, e ���������������������������&���_���

LeShana haba’a be’Yerushalayim

No ano que vem em Jerusalém!

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SUCOT

Sucot acontece cinco dias depois de Iom Kipur, de 15 a 22 de Tishrei. Durante oito dias, a sinago-ga é enfeitada e perfumada com ve-getação natural. Nas casas, costu-ma-se fazer um caramanchão com plantas e frutas. Sucot é conhecida �����<#��������=������`"�������-presentação da Sucá (cabana), um templo improvisado onde os judeus revivem a forma de vida e as habita-ções dos seus antepassados duran-te a longa travessia do deserto até a chegada à Terra Prometida.

��� ����� �� ���� �&��� ���� ��*�� �� ������� ���� ����� �����acende as suas e pronuciam as brachot:

Baruch Atá Ado-nai Elo-heinu Melech HaOlam, asher kideshanu bemitsvotav vetsivanu lehadlik ner shel Iom Tov.

Bendito sejas, ó Eterno, nosso D’us, Rei do Universo, que nos santificaste com Teus pensamentos e nos ordenaste a acender as

velas festivas.

Baruch Atá Ado-nai Elo-heinu Melech Haolam Shehecheyanu vekiyemanu vehiguianu lizman hazê.

Bendito és Tu, ó Eterno, nosso D’us, Rei do Universo, que nos deste vida, nos mantiveste e nos fizeste chegar até a presente época.

Como a Festa de Sucot coincide com a estação das colheitas �����������I����������������������������������������������������uso dos frutos da terra.

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Todas as manhãs, menos no Shabat, é recitada uma bênção sobre as quatro espécies de plantas, cada uma com uma simbologia:

Etrog – cidra – simboliza sustento e aroma. Representa o judeu completo, que estuda a Torá e cumpre as mitsvot

.

Lulav – palmeira – simboliza sustento sem aroma.

Hadas – mirta – simboliza aroma sem sustento

Aravá – salgueiro – simboliza sem sustento e sem aroma.

Juntos, os quatro indicam, com muita clareza, tudo o que foi criado por D’us para o homem; mostram, claramente, tudo o que a natureza deu ao homem para seu bem.

As quatro espécies, ligadas em um só feixe, simbolizam a união. Embora separadamente cada uma delas tenha pouco valor, em conjunto, formam um grupo forte.

������� �%����� ������� ���� ���� ����� ���� �������� ���������para todos aqueles que unem os quatro tipos de espécies e fazem as orações sobre as mesmas. Com exceção do etrog, as outras três espécies ���� ��������� ��� ������ ������� �� ����� �� ����� �������"� K��������os ramos na mão direita e o etrog na mão esquerda, as quatro espécies são agitadas para as seis direções do espaço: nas quatro direções do quadrante, para cima e para baixo. Com isso se está reconhecendo que D’us se encontra em toda parte e que Seu reinado é eterno.

O costume de bater um feixe contra o solo destina-se a atrair a

chuva, suprema bênção sem a qual não haveria fertilidade na terra. O sa-cudir dos galhos, até que as folhas se desprendam, simboliza a esperança de que tudo volte a brotar, de que a natureza e o homem tenham renovado as suas energias e de que a fé em D’us permaneça inabalável.

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SIMCHAT TORÁ

Simchat Torá, no dia 23 de Tishrei, segue a festa de Sucot. Chamada de “Festa da Torá`�� ����coincide com o término da leitura dos Cinco Livros de Moisés que, durante o ano todo, semanalmente, foram lidos em pequenos trechos. São conferidas duas honras especiais: uma pessoa faz a leitura ���������Torá e outra reinicia com as primeiras palavras da Torá.

A Torá vem sendo o guia �� �� �������� ��� ��*��� �� �������durante todas as suas agruras e peregrinações.

Em Simchat Torá, os rolos sagrados são retirados da arca e, com emoção, carregados pela sinagoga em meio a cantos e hakafot (danças), e a cada presente é concedida a graça de abraçar e dançar com a Torá.

É uma época em que as crianças, adultos e idosos extravasam alegria. É a surpresa de descobrir que os membros da congregação sabem rir, cantar e dançar espontaneamente. Eis por que as crianças, ���������������*��������������������� ����*������������������centro, dão vazão ao entusiasmo e transmitem a felicidade de viver.

+������&���������*��������������� ������������������������e pronunciam as brachot:

Baruch Atá Ado-nai Elo-heinu Melech HaOlam, asher kideshanu bemitsvotav vetsivanu lehadlik ner shel Iom Tov.

Bendito sejas, ó Eterno, nosso D’us, Rei do Universo, que nos santificaste com Teus pensamentos e nos ordenaste a acender as velas festivas.

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Baruch Atá Ado-nai Elo-heinu Melech Haolam Shehecheyanu vekiyemanu vehiguianu lizman hazê.

Bendito és Tu, ó Eterno, nosso D’us, Rei do Universo, que nos deste vida, nos mantiveste e nos fizeste chegar até a presente

época.

A família vai à sinagoga acompanhar o serviço religioso. Em casa o pai faz o kidush, a benção Hamotsi na chalá e todos desfrutam de uma refeição festiva.

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KRISTALLNACHT

Kristallnacht (Noite dos Cristais) ocorreu na noite de 09 de novembro de 1938, quando houve atos de violência em diversos ������� �� +�����*�� �� �� ��������� ������ ���� �� ������� ��'����� ���Terceiro Reich. Aconteceram pogroms de destruição de sinagogas, de ��&������*����������������������������������������� ���������������� &����"�:������ <���������=�������`���� ������������� ����resultantes desse episódio de violência racista.

Para o regime, foi a resposta ao assassinato de Ernst Von Rath, um diplomata alemão que, na época, residia em Paris, por Herschel Grynszpan, um judeu polaco, condenado múltiplas vezes à deportação da França. A pedido de Adolf Hitler, Goebbels instiga ��������������� <H���������������K����������+�����`���������������judeus. Heydrich organiza as violências que deviam visar às lojas de judeus e às sinagogas. Numa única noite, 91 judeus foram mortos e aproximadamente 28 mil foram presos e levados para campos de concentração. Também 7500 lojas judaicas e 1600 sinagogas foram reduzidas a escombros.

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As ordens determinavam que os atacantes deviam estar ������� �� �������� �� ��� �� ���� �� �� ������� ��������� ���� ����manobra espontânea de uma população furiosa contra os judeus. Na verdade, as reações da população foram pouco favoráveis, pois os alemães não apreciam que se ataque ou se tome a propriedade alheia. Os incêndios também chocaram uma parte da população, mas não o ��������������&������� ����������������������������"

A alta autoridade nazista cobrou uma multa aos judeus de um bilhão de marcos pelas desordens e prejuízos dos quais eles foram vítimas.

Essa noite marcou o início do Holocausto, que causou a morte ����������*������&����������������������������K�������������Mundial.

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CHANUCÁ

Comemorada de 25 de Kislev a 03 de Tevet.

No dia 25 de Kislev, no ano 165 aec (antes da era comum), Yehuda HaMacabi, perante uma assembleia solene do povo, reconsagrou o Templo de Jerusalém no Monte Sion e acendeu as lâmpadas da grande Menorá. Este momento marcou a reinauguração do Templo que foi semidestruído e profanado pelos gregos.

Yehuda decretou que, a partir daquele dia, e sempre naquela data, todos os anos, os judeus deveriam festejar Chanucá (inauguração) durante oito dias.

Cada família deveria acender uma vela na primeira noite, acrescentando mais uma a cada noite nesse período, assim que as primeiras estrelas aparecessem. Estava assim instituída a Festa das Luzes e consagrado o seu símbolo: a Chanuquiá (candelabro de nove braços). Um dos braços é mais alto que os demais. Neste, acende-se o shamash (servo ou bedel), vela que assume o papel de piloto das outras velas.

Chanucá permite que o povo lembre o triunfo dos seus antepassados, em uma luta pela liberdade e pela identidade judaica, com canções, hinos e bênçãos de exaltação e agradecimentos. A família toda participa no acender da chanuquiá em casa. A mãe desperta �� ���������������*�������������������������� �����"�:���&��� ����deixar as crianças ansiosas, curiosas, vibrando com a comemoração e com a perspectiva de ganhar presentes ou chanucá guelt/dimei (dinheiro),

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seguindo a tradição. Nesta festa, o trabalho é permitido, não interferindo no seu aspecto religioso.

Quando os hasmoneus, o clã sacerdotal dos macabeus, venceram os gregos, deram uma busca no Templo e encontraram somente um jarro de óleo, intocado e não profanado, com o selo do Sumo Sacerdote. A quantidade de óleo era apenas para uma noite de ����������"�W��������������������������������������������������������acesa por mais sete dias.

Em Chanucá, recita-se a bênção das velas, acendendo a Chanuquiá num lugar bem visível, onde possa ser admirada por todos.

Baruch Atá Ado-nai Elo-hênu Mélech haolam asher kideshánu bemitsvotav vetsivánu lehadlic ner Chanucá.

Bendito sejas Tu, Senhor, nosso D’us, Rei do universo, que nos santificaste com Teus mandamentos e nos ordenaste acender a

vela de Chanucá.

Baruch Atá Ado-nai Elo-hênu Mélech haolam sheassá nissim laavotênu bayamim hahem bazeman hazê.

Bendito sejas Tu, Senhor, nosso D’us, Rei do universo, que fizeste milagres para nossos ancestrais, naqueles dias, nessa época.

Na primeira noite, acrescenta-se uma terceira brachá:

Baruch Atá Ado-nai Elo-hênu Mélech haolam shehecheyánu vekiyemánu vehiguiyánu lizman hazê.

Bendito sejas Tu, Senhor, nosso D’us, Rei do universo, que nos deste vida, nos sustentaste e nos fizeste chegar até este dia.

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No primeiro dia, coloca-se na Chanuquiá o shamash e uma vela bem na direita. Acende-se o shamash e com ele acende-se a primeira vela. Nos dias seguintes, a cada dia acrescenta-se mais uma vela na direita do candelabro, até completar oito velas. A cada dia, inicia-se o acendimento das velas, com o shamash, da esquerda para a direita, �������������������"

Enquanto as velas queimam, os presentes são distribuídos, todos comem sufganiot (sonhos) e levivot/latkes (bolinhos de batata). As crianças jogam o dreidel/sevivon (pião de quatro faces), sendo que cada uma traz estampada uma letra hebraica do acróstico Ness Gadol Haia Sham (Um grande milagre aconteceu lá). O importante é a cerimônia diária do acendimento das velas, mantendo assim a tradição de se comemorar Chanucá.

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SUFGANIOTSonhos

=:W�I+�>�H�=+�I��=\+�@=��

�����������2 colheres de sopa de fermento seco4 colheres de sopa de açúcar¾ de xícara de leite morno2 ½ colheres de sopa de farinha de trigo 2 gemas de ovo1 pitada de sal1 colher de chá de canela em pó1 ½ colher de sopa de manteiga (em temperatura ambiente)Óleo para fritarGeleia para o recheio (opcional)Açúcar de confeiteiro para polvilhar

Modo de preparoDissolver o fermento e duas colheres de açúcar no leite.

Peneirar a farinha, fazer um buraco no centro e colocar o leite com o fermento, as gemas, o sal, a canela e o restante de açúcar. Trabalhar a massa muito bem até se tornar macia e elástica. Fazer uma bola e deixar crescer num local abafado, coberto com um pano, por duas horas. Amassar novamente e abrir a massa numa superfície polvilhada com farinha, cortando discos de cinco centímetros de diâmetro por dois centímetros de espessura. Deixar crescer um pouco mais. Fritar em abundante óleo e colocar numa travessa com papel absorvente. Os sufganiot da Festa de Chanucá podem ser recheados com geleia de damasco ou de frutas vermelhas, chocolate ou doce de leite. Após, polvilhar com açúcar de confeiteiro.

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TU B’SHVAT

Tu B’shvat ������������������de Shvat, o dia em que o povo judeu ����������+����� ������� ����"

É costume plantar mudas de árvores nesse dia. O Keren Kayemet V�� ������� ��   V� %� �� ������"�+��longo destes mais de 100 anos, o KKL consolidou-se como um líder global na preservação do meio ambiente, através do plantio de 240 milhões de árvores, construção de mais de 200 reservatórios e açudes, desenvolvimento de mais de 250.000 acres de terra, criação de mais de 1.000 parques, fornecendo

infraestrutura para mais de 1.000 comunidades e trazendo vida ao deserto do Neguev.

O povo judeu na Terra Santa comemora o Tu B’shvat como o ����������� �����������������������������"�����������������������o ponto médio do inverno, quando a força do frio diminui, a maioria das chuvas do ano já caiu e a seiva das árvores começa a subir. Como resultado, os frutos começam a se formar.

:� +��� �� �� ��� �� ����� �� ���������� ���� �� ����������de bênçãos antes e após a degustação de frutos novos da estação, ������������������������������������>������������������������� ���para que se possa recitar a bênção adicional, o Shehecheyanu. Ao provar dos novos frutos e recitar as bênçãos, reconhecemos D’us como o Criador do mundo, da natureza e de tudo nela contido.

Baruch Atá Ado-nai Elo-heinu Melech Haolam Shehecheyanu vekiyemanu vehiguianu lizman hazê.

Bendito és Tu, ó Eterno, nosso D’us, Rei do Universo, que nos deste vida, nos mantiveste e nos fizeste chegar até a presente época.

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Os sete frutos e grãos destacados pela Torá como símbolos da ������������>�����K������������������� ����� ���������������'�������e tâmara.

Trigo - É a base do sustento, necessitando de muito trabalho para crescer, ser colhido e processado.

Cevada - Representa o esforço para nutrir e desenvolver nossa alma.

Uva - Representa nossa adaptação às varias situações, assim como a uva se transforma em vinho e em passas.

Romã - As 613 sementes representam as 613 mitsvot (preceitos judaicos).

Figo - Deve ser colhido assim que amadurece, antes que estrague, e assim devemos ser no cumprimento das mitsvot.

Azeitona - Devemos fornecer nosso melhor, assim como a oliva fornece o azeite.

Tâmara - Está acima das intempéries da vida, exatamente como devemos ser.

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PURIM

No dia 14 de Adar, os judeus comemoram a vitória do bem sobre o mal, lembrando o período de 465 aec, na Babilônia, quando foram ameaçados de extinção por Haman, que era o primeiro-ministro do rei Assuero.

Quando a Pérsia conquistou a Babilônia, e os judeus passaram a ser cidadãos do novo império e súditos leais ao rei dos persas, Haman tramou o extermínio do povo &���"�����������������������������������Assuero (Xerxes). A Festa de Purim é o reconhecimento da libertação dos judeus do decreto de Haman. Costumamos ler a Meguilá Ester (Livro de Ester) na sinagoga, à noite e na manhã seguinte.

Ester, uma jovem judia entre os deportados, se tornou a rainha da Pérsia e, junto com seu primo e tutor Mordechai, revelou o complô contra a vida do rei. O livro conta como Haman procurou liquidar os judeus; como Ester interveio, arriscando a própria vida, assim como o povo judeu se voltou para D’us; como Haman foi enforcado e os judeus autorizados a defender-se. Este livro transmite uma mensagem para toda a humanidade: alerta contra o mal, através do preconceito, da perseguição, do sofrimento e da infelicidade. Ao mesmo tempo, reforça a vitória do bem e a fé em D’us.

Os costumes

Jejum - Costuma-se jejuar na véspera de Purim para relembrar o jejum oferecido a D’us que concedeu a vitória ao povo judeu. Nossos sábios introduziram depois da compilação do Talmud, o chamado <^�&����������`"

Fantasia - Existem dois tipos de milagres: aquele que é óbvio e o que está oculto pela Natureza, não perceptível ao ser humano. O milagre de Purim foi do segundo tipo. É costume usar fantasias em Purim���������������������������'�������������������<��������`�da mão divina.

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Leitura da Meguilá - Deve-se ouvir duas vezes a leitura da Meguilá Ester: uma na noite de Purim, e a outra pela manhã. E, durante a leitura, toda vez que se mencionar o nome de Haman, deve-se fazer barulho, tradicionalmente, com o reco-reco.

Mishloach Manot - É costume enviar para um amigo, através de um mensageiro, dois tipos de alimentos: Oznei Haman (Orelhas de Haman) e frutas ou bebidas.

Matanot Laevionim - Doa-se uma quantia em dinheiro para pelo menos duas pessoas carentes ou numa caixinha de tzedacá.

OZNEI HAMAN Orelhas de Haman

��@+?�+�>�H�=+�I��H@?�W�

�����������

Massa:4 ovos1 xícara de chá de açúcar½ xícara de chá de óleoSuco de um limão5 xícaras de chá de farinha de trigo 2 colheres de sopa de fermento em póEssência de baunilha

Recheio:2 xícaras de chá de geleias Opcional: 1 colher de sopa de canela em pó

Modo de PreparoBater numa tigela os ovos com o açúcar. Acrescentar os

ingredientes restantes e amassar bem até obter uma massa macia. Abrir a massa e cortar círculos. Rechear com a geleia de sua preferência (com ou sem canela em pó) e após beliscar três pontas da circunferência dando o formato de um triângulo. Colocar em assadeira untada e pincelar com gema batida. Assar em forno moderado até dourar.

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PESSACH

Conhecido como “Festa da V������`����Pessach é comemorado entre 15 e 22 de Nissan.

Nessa ocasião, renovamos a lembrança do Êxodo, quando os escravos hebreus, descendentes dos patriarcas, saíram do Egito, libertados por D’us, conduzidos por Moisés. Caminharam por 40 anos em busca da Terra Prometida.

Comemorar o Pessach (passagem) é expressar o amor à liberdade, valor judaico tradicionalmente preservado, fortalecendo os vínculos dos descendentes dispersos do povo que acredita na vitória sobre a �������"�������������������������������<>������������V������`�(Zman Cherutenu).

O antigo povo de pastores e agricultores comemorava, nessa época, a chegada do momento mais festivo da natureza: o início da colheita da cevada e a entrega do Ômer, alegria para este povo, que vivia em íntimo contato com a terra, de onde extraíam a subsistência. Ômer é o nome dado ao primeiro feixe da colheita da cevada, que era oferecido ao Templo Sagrado em Jerusalém.

I��������������������������>������Pessach se tornou uma festa de peregrinação. Os judeus levavam oferendas para Jerusalém e lembravam o sacrifício do cordeiro pascal, tradição no antigo Egito.

Na segunda noite, iniciamos ����� �� ��� (Contagem de Ômer), contando os 49 dias existentes entre Pessach e Shavuot, quando a Torá ����������������� ����������"�

Pessach é o Chag Haaviv (festa da primavera). Sua cerimônia principal é o Sêder (ordem) que acontece no lar, pois é uma festa familiar. É um tempo de mudança das rotinas diárias, criando-se alguns dias antes, uma atmosfera para os festejos.

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Chametz (alimento fermentado) é uma proibição bíblica durante os oito dias de comemoração. Costuma-se doar para não judeus todos os alimentos que não são liberados em Pessach. Substituímos todos os utensílios utilizados na cozinha por outros, reservados exclusivamente para essa ocasião.

A família se reúne para o Sêder, e todos participam seguindo o ritual.

+������&���������*���������������� �������������������suas e pronunciam as seguintes :

Baruch Atá Ado-nai Elo-heinu Melech HaOlam, asher kideshanu bemitsvotav vetsivanu lehadlik ner shel Iom Tov.

Bendito sejas, ó Eterno, nosso D’us, Rei do Universo, que nos santificaste com Teus pensamentos e nos ordenaste a acender as

velas festivas.

Baruch Atá Ado-nai Elo-heinu Melech Haolam Shehecheyanu vekiyemanu vehiguianu lizman hazê.

Bendito és Tu, ó Eterno, nosso D’us, Rei do Universo, que nos deste vida, nos mantiveste e nos fizeste chegar até a presente época.

Ritual do Sêder

Começa a leitura da Hagadá (livro do ritual de Pessach), que deriva do verbo hebraico Lehaguid (contar, passar de geração em geração) a História do Povo Judeu. O livro narra extratos do Livro do Êxodo, intercalado com discussões e opiniões interpretativas do Talmud: a Mishná, a Guemará e o Midrash. Também contém Orações, Salmos e Hinos especiais de Pessach, escritos por litúrgicos medievais, e outras peças acrescentadas posteriormente.

Em frente ao lugar onde deverá sentar-se o chefe da família, é colocada uma keará ��������������������~�������������������símbolos do Sêder que são:

ZroáPedaço de osso do cordeiro ou ovelha, que se coloca na parte

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superior, à direita da bandeja. Esse osso simboliza o poder com que D’us ���������������������������������������������������������>����"

BeitzáOvo cozido, colocado na parte superior, à esquerda da

bandeja, simboliza uma lembrança do sacrifício que se oferecia em cada festividade.

MarorErva amarga, colocada no centro da bandeja, simboliza o

sofrimento dos judeus escravos no Egito. Usa-se raiz forte, verdura mais amarga que alface.

CharossetMistura de nozes, maçã e vinho. Colocada na parte inferior,

à direita da bandeja, representa a argamassa com a qual os judeus ������*� �������������������������������������"

KarpásO salsão, colocado embaixo, à esquerda. Essa verdura,

molhada em vinagre ou água salgada, serve para dar o sabor do Êxodo. Lembra o Ezov (hissopo – tipo de planta perene) com o qual os judeus marcavam, com um pouco de sangue, os batentes de suas casas, antes da praga dos primogênitos.

Chazeret As folhas de escarola (alface romana) não são amargas, mas o

�����������������������*��������������������"�+�������������������escravidão no Egito. Coloca-se abaixo do Maror.

No decorrer do Sêder, cada um desses símbolos é oferecido aos presentes, exceto ao Zroá, em geral, em um pedaço de Matzá (pão ázimo), lembrando o pão que não teve tempo de fermentar na saída do Egito. A Matzá é o grande símbolo dessa Festa.

Num prato, colocam-se três Matzot (plural de Matzá) e cobrem-se com um guardanapo, representando assim a hierarquia do povo judeu: Cohen- Levi- Israel.

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Servem-se as taças de vinho e reserva-se uma para Eliahu HaNavi (o profeta Elias), que é o convidado especial do Sêder. De acordo com a tradição, ele é homenageado nessa noite. É costume beber Arbá Kosot (quatro taças de vinho) no decorrer do Sêder, que representam as quatro promessas de redenção: eu vos levarei, eu vos livrarei, eu vos redimirei e eu vos guardarei.

��� ���������� �� ������ �� ��� ������ �� Sêder, iniciando pelo Kidush (bênção do vinho), que expressa graças pela Festa.

Baruch Atá Ado-nai, Elo-heinu Melech HaOlam, Borê Pri Hagafen

Bendito sejas, ó Eterno, nosso D’us, Rei do Universo, Criador do fruto da vinha

Após, senta-se numa poltrona, reclinando-se em uma almofada a sua esquerda, símbolo do direito à liberdade e ao conforto. Segue-se o Sêder conforme orações e rituais da Hagadá.

O pai segura as três Matzot e a do meio é partida em dois pedaços. O �������� (o maior pedaço da Matzá) é enrolado em um guardanapo e escondido para que as crianças o procurem no ����� �� Sêder. O objetivo é incentivar as crianças a permanecerem acordadas, escutando o relato da Hagadá e participando ativamente da festividade. Quem encontrar o ��������será recompensado. Encerra com canções, como o “Chad Gadya`�� ������������������������������das crianças durante o longo serviço do Sêder. As crianças ouvem a história, cantam e perguntam.

É reiniciada a leitura da Hagadá, e as crianças fazem as quatro perguntas “Má Nishtaná`�� ���� ������� �� ��'��� ��� ��������� ��Pessach:

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1) Má Nishtaná, halailá hazé mechol haleilot? Shebechol haleilot anu ochlim chametz umatzá: halailá hazé kulo matzá?

O que destaca esta noite de todas as noites? Em todas as demais noites, comemos pão fermentado ou matzá: nesta noite,

somente matzá?

2) Shebechol haleilot anu ochlim shear lerakót, halailá hazé maror?

Em todas as demais noites, comemos qualquer espécie de verduras: nesta noite, especialmente, verduras amargas?

3) Shebechol haleilot ein anu matbilin afilu paam echat, halaila hazé shenei feamin?

Em todas as demais noites, não embebemos, em água salgada,nenhuma verdura: nesta noite, o fazemos duas vezes?

4) Shebechol haleilot anu ochlim bein ioshvim ubein messubin, halailá haze culanu messubin?

Em todas as demais noites, jantamos da maneira habitual: nesta noite, jantamos com cerimônia especial?

O pai responde a cada uma delas, narrando sobre a libertação do povo judeu.

Em seguida, fazem-se as brachot sobre a Matzá.

Baruch Atá Ado-nai Elo-heinu Melech HaOlam hamotzi lechem min haaretz.

Bendito sejas, ó Eterno, nosso D’us, Rei do Universo, que colhes o pão da terra.

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Baruch Atá Ado-nai Elo-heinu Melech HaOlam asher kidshanub’mitzvotánu AL achilat matzá.

Bendito sejas, ó Eterno, nosso D’us, Rei do Universo, que santificas nossas vidas com boas ações e nos ordenaste comer matzá.

No decurso dessas narrações, todos os membros da família cantam em conjunto, intercalando hinos e bênçãos. É servido o jantar com pratos típicos judaicos.

����������Sêder, é chegado o momento de procurar o �������. O pai incentiva as crianças a encontrá-lo em troca de presente.

Ao término da leitura da Hagadá, e a título de encerramento do Sêder, costumamos dizer:

LeShaná Habaá B’Yerushalaim.

O próximo ano em Jerusalém.

CHAROSSET Pasta de frutas secas

��@+?�+�>�H�=+�I��H�KK+=\

�����������5 maçãs verdes4 damascos secos3 colheres de sopa de passas de uva8 tâmaras sem caroço3 colheres de sopa de açúcar 3 colheres de sopa de água1 cálice de vinho de Pessach2 colheres de sopa de nozes bem picadas

Modo de preparoRalar as maçãs, juntar todos os demais ingredientes e cozinhar

por mais ou menos 20 minutos em fogo bem baixo, mexendo bem, ���� ����� ��� ���� *��������� �� ������"� ?������� �� ����"� ¢�����quase frio, passar pelo processador, deixando-o granulado. Misturar e acrescentar o vinho e as nozes.

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IOM HASHOÁ

Iom Hashoá (Dia da V��������� ��� Q������� ��Holocausto) ocorre no dia 27 de Nissan.

Em 19 de abril de 1943, |��� �������� ��� ��������� ���tanque e dois carros blindados do exército alemão invadiram o Gueto �� Q���� ���� ���� ����� &�����organizaram um levante sob o ������ <�� ���*��� ������� ������`"�Lutaram 28 dias. Os invasores foram recebidos a granada, mas o exército alemão venceu. No dia 16 de maio, cai a última resistência: explode a Grande Sinagoga. O comandante Stroop informa aos seus superiores que não há mais &��������Q���� ��"

:� ���� ������� ���� �� ���acabou se transformando no início de uma nova luta, da retomada

da dignidade e da preservação de um povo na luta pelo direito a um �����������������������"

Em 1948, foi instituído o Iom Hashoá, marcando o sofrimento pela perseguição nazista e a perda de seis milhões de judeus deixando a marca da lembrança e o compromisso com as futuras gerações.

Mais recentemente, a ONU – Organização das Nações Unidas ������������*�������������������&����������������������������no dia 27 de janeiro.

HOLOCAUSTO, NUNCA MAIS!

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IOM HAZICARON

Iom Hazicaron (Dia da Lembrança dos Soldados Mortos de ������� �� ��� Q������� �� >���������~��� ��� ������� ��������� ��� ������� ��relembra os soldados que morreram �������������%����_������������������de relembrar as vítimas do terrorismo.

Iom Hazicaron é observado no dia 04 de Iyar, no calendário hebraico, e precede a comemoração de Iom Haatzmaut �I������������������������~������������������������Iyar.

��������������������� ����������������������������������muitas cerimônias em respeito aos soldados mortos. A sirene de um minuto é ouvida em todo o país, às 20 horas. Durante a sirene, todos ���&���������������������������������������������������������morreram pela Pátria.

Uma sirene de dois minutos é escutada às onze horas da ���*��������������������������������������������������������"�:����termina com a cerimônia de encerramento do Dia da Lembrança, às 20 horas, no Monte Herzl, na cidade de Jerusalém, onde as bandeiras do ��������������������*���������������������"

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IOM HAATZMAUT

Em 05 de Iyar, festejamos o Dia da �������������������"�

Iom Haatzmaut� �I��� �� ����������~�gira em torno da declaração do estabelecimento �� ������ �� ������� ���� ��������� &������ ��futuro primeiro-ministro, David Ben-Gurion, em 14 de maio de 1948.

No dia 29 de novembro de 1947, o diplomata brasileiro Oswaldo Aranha presidiu a histórica sessão da Assembleia Geral das Nações @������ ���� ���� ����� �� �������� �� ������ �� ������"� :� ��%�������� I���������� �� ���������������� �� ������ �� ������� �������� ��fato de ele existir em virtude de nosso direito natural e histórico. O parágrafo termina com as palavras de Ben-Gurion em que ele declara �����������������������������^�������>�������������"�

Ben-Gurion foi um dos líderes políticos do movimento do Sionismo Trabalhista durante os 15 anos anteriores à criação do �������� ����������������K��������>�����*�����*� ������ ���������tendência dominante dentro da Organização Sionista Mundial. Ben-�����������������������������������������������������������������e tornou-se primeiro-ministro, um cargo que ocuparia até 1963, com uma interrupção entre 1953 e 1955.

Ben-Gurion durante a Declaração de Independência do Estado de Israel.

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“É direito natural do povo judeu, como qualquer outro povo, controlar seu próprio destino em seu Estado soberano”.

Declaração da Independência em 14/5/1948

�������� ���� ����� �� ����� ������ �� ��� ������ ������� ��independente, abriga o Povo Judeu com mais de 5000 anos de história.

De um lado, a emoção de pisar o mesmo solo onde caminharam o patriarca Abraão, o rei David e os profetas. De outro, a curiosidade em conhecer melhor esses pioneiros que transformaram os desertos em terras férteis. Também se desenvolveram em diversos campos ����� ����*���������������_���������������������������������aperfeiçoamento tecnológico, nas criações artísticas e culturais, na organização política e social, nas estratégias para tirar seus irmãos de regimes arbitrários e levá-los para a sua terra e em missões consideradas impossíveis.

¢�������������£������������������������������������'��������

suas conquistas e perdas, com guerras e paz, com exemplos de vida e �������������� ����������������� � �����"���� ������������������sua longa história, recebeu vários nomes: “Eretz Israel`� �>����� ��������~�� <Sion`� ���� ��� ������� �� ^��������~�� <>����� H�������`� ��<>�����K����`"������������^������������>���+ � ����\��������W�����das Oliveiras, de Tiberíades, de Safed, de Akko, de Massada, de Tzfat ���������"��� ����������������{������������{|�� ���� �������������H%��������^�������������������"���������������������������������¤����������������¥�����������������:�������W���"

:� ������ �� ������� ���������_��� ���� �� ���� �� �������do país em benefício de todos os seus habitantes. Está baseado ��� ��������� &������� �� �'�� ����� �� ����� ����� �������� �� ������"�Assegura completa igualdade de direitos sociais e políticos a todos os habitantes, independente da consciência, língua, educação e cultura. X�����������������������������������������������������������������da Carta das Nações Unidas.

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:� \���� ��������� �� �������� Hatikva�� ��������� <��������`"�����������������������������\��'� ������� ������������� ��������em homenagem à fundação da colônia sionista Petach Tikvá (A Porta da Esperança), intitulado Tikvatenu (Nossa Esperança). Tikavatenu ganhou melodia em 1882, quando Samuel Cohen, um colono de ?��*���V��>'������� �������������������\��'������"�I��������������� %��������������������������������������������������*�������� ���������������"�+�������� �����������'��������*��������������������������{������������{|����������������������������������¦������������������������������������������������������������&%�com a letra atual.

Kol od balevav penima

Nefesh Yehoudi homia

Oulefatei mizrach kadima

+¤������>����������

Od lo avdah tikvateinou

Hatikva bat schnot alpaïm

Lhiot am chofshi be artseinou

Erets Tsion ve’Yeroushalaïm

Od lo avdah tikvateinou

Hatikva bat schnot alpaïm

Lhiot am choshi be artseinou

Erets Tsion ve’Yeroushalaïm

Enquanto no profundo do coração

Palpitar uma alma judaica,

E na direção do Oriente

O olhar voltar-se a Sion,

Nossa esperança ainda não estará

perdida,

Esperança de dois mil anos:

De ser um povo livre em nossa terra,

A terra de Sion e Jerusalém.

De ser um povo livre em nossa terra,

A terra de Sion e Jerusalém.

Hatikva Esperança

Hino Nacional de Israel

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LAG BAOMER

A festa de Lag BaÔmer é uma ����� ��� ���� ��� �� <=�������� ��Ômer`�������������������������'����������������������y�������Pessach. Ocorre no dia 18 de Iyar. Recorda não só a luta de Bar Kochba e dos discípulos de Rabi Akiva contra os romanos, como também a epidemia que matou muitos de seus alunos.

Lag BaÔmer festeja a interrupção dessa terrível epidemia. Durante a contagem do Ômer�� ���� ������� �� ������ �� �������� ���sinal de luto, e a realização de festas. Em Lag BaÔmer, são realizados ��������������������������_���������������*�����������������de Bar Kochba. À noite, costuma-se acender uma grande fogueira. No dia anterior, visita-se o túmulo do mestre Shimon Bar Yochai����������"

Algumas famílias judias costumam cortar os cabelos de seus ��*��� ��� ���� �� ������ ��������� ����� ������ ���� �� �� ���������� ��Opsherenish (corte de cabelos). A partir de então, considera-se que a criança inicia uma nova etapa de sua vida, no judaísmo. Após o ����������������<��������������`������������������������������par de tsitsit (franjas) e kipá (solidéu), enquanto as meninas começam a acender suas velas de Shabat. Nessa ocasião, introduz-se a criança ao estudo da Torá, com balas e mel, para que sempre associe este ato com algo doce e prazeroso.

Em Meron, onde está sepultado o Rabi Shimon Bar Yochai, a cada Lag BaÔmer, acontecem centenas de cerimônias de corte de cabelo. Ter seu opsherenish, no local onde Rabi Simon Bar Yochai teve ����������������������������������� ��*������������������������"

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IOM IERUSHALAIM

No dia 28 de Iyar, é ���������� �� ������������ ��Ierushalaim (Jerusalém). Os judeus se orgulham de Jerusalém e também a consideram como sua capital, por concentrar lá seu centro de decisões políticas e diplomáticas. Por esse motivo, judeus do mundo inteiro

��������������������������������������������������������������junho de 1967. E as festas são marcadas sempre pelas lembranças de uma história que começou em 1003 aec, quando o rei David fez de Jerusalém a capital de seu reino. Depois vieram as invasões, e Jerusalém foi dominada por diferentes povos e etnias.

A Cidade da Paz, Ierushalaim (ir = cidade / shalom = paz) representa mais do que um ideal da humanidade. Representa a concretização da convivência de grupos étnicos e religiosos diversos num mesmo solo, sagrado para judeus, cristãos e muçulmanos. +���������������������������������"

Durante todos esses séculos, os judeus recuperaram sua ���������������������"�=���������������������������������������̂ ������������������������� �"�W��������� ������������������do Estado abrangia apenas a parte ocidental e sudoeste. Finalmente, ���������^������������������������������� �����������������&�������� ������� �� ��� ����"� +�� ���������� ���� � ����� �� ����� ���������������������������=����Q��*�������������������������������������reintegrado à capital. Ao comemorar essa conquista, Jerusalém mostra ao mundo o seu desenvolvimento, a preservação de seus monumentos, os lugares históricos e suas modernas construções, dignas dos novos tempos. Jerusalém é a eterna capital religiosa do povo judeu.

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SHAVUOT

Shavuot, um dos mais festivos dias do calendário hebraico, marca o momento sublime da religião: a entrega da Torá. Celebrada nos dias 06 e 07 do mês de Sivan, Shavuot (Festa das Semanas) ocorre exatamente sete semanas depois de Pessach, quando os Hebreus se livraram da escravidão no Egito. Shavuot ������ ������� �� ����� �� �����

Haômer (contagem do Ômer), o início do período de colheita das frutas. É conhecida também como Chag Hakatzir (Festa da Colheita) ou Chag Habikurim (Festa dos Primeiros Frutos).

Há mais de 3000 anos, depois de deixar o Egito na noite de Pessach, os judeus caminharam durante 49 dias, quando acamparam ao pé do Monte Sinai, no deserto.

Foi lá mesmo que D’us se dirigiu ao seu Povo e fez a grande revelação. Moisés, líder dos hebreus, recebia no topo do monte, grafados em duas tábuas de pedra, os Dez Mandamentos, que constituíram a essência da Torá e da ética judaica.

As Tábuas da Lei proclamam:

1.Eu sou o Senhor, teu D’us, que te libertou da terra do Egito, da casa da escravidão.

2.Não terás outros deuses diante de Minha presença. Não farás para ti imagem de escultura nem nada semelhante. Não te prostrarás diante deles nem os servirás.

3.Não jurarás pelo nome do Senhor, teu D’us, em juramento vão, pois D’us não absolverá ninguém que use Seu nome em juramento em vão.

4.Lembra-te do dia de Shabat�������������%_��"�H�������������deverás trabalhar e cumprir todas as tuas tarefas, mas o sétimo dia é Shabat de teu D’us; não deves fazer nenhum trabalho.

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5.Honrarás teu pai e tua mãe, para que se prolonguem teus dias sobre a terra.

6.Não matarás.

7.Não cometerás adultério.

8.Não furtarás.

9.Não darás falso testemunho contra teu próximo.

10. Não cobiçarás a casa de teu próximo, nem a mulher de teu próximo e seu servo, sua serva, seus animais.

Os Dez Mandamentos compõem os princípios fundamentais da fé judaica. Deram força para que Moisés e seu Povo continuassem a marcha até a Terra Prometida, ao longo de 40 anos pelo deserto. Os valores divinos passados aos judeus no Monte Sinai foram transmitidos de geração para geração e hoje são incorporados por toda a humanidade civilizada.

A história da Torá (instrução, apontamento, lei) começa em Shavuot, com a revelação divina dos Dez Mandamentos. Mas ela engloba outras 613 mitsvot (preceitos). Os preceitos positivos somam 248, número de órgãos do corpo humano. Os outros 365 preceitos negativos, que não devemos praticar, equivalem ao número de vasos sanguíneos do homem.

A obra central do judaísmo é composta por duas partes: a Lei Escrita e a Lei Oral. A Lei Escrita contém os cinco livros de Moisés: Bereshit/Gênese, que narra a criação do mundo; Shemot/Êxodo, que aborda o período de escravidão dos judeus e a fuga do Egito; Vaicrá/Levítico, que apresenta os aspectos básicos sobre as regras de cashrut e a sistematização do ministério sacerdotal; Bamidbar/Números, com a narrativa da saga dos judeus no deserto, e Devarim/Deuteronômio, onde estão compilados os últimos discursos de Moisés.

A Lei Oral esclarece a Lei Escrita. Antes de ser transcrita, era transmitida boca a boca, de geração em geração.

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Costumes

Em Shavuot é costume enfeitar as casas e sinagogas com �������������������*����������������������������*�����������������dos primeiros frutos. A decoração especial também faz lembrar a �������������������W�����K������ �������������?� �������I� ���"�Durante as orações, lê-se na Torá o trecho referente à entrega dos Dez Mandamentos.

No segundo dia de festa, há a leitura do Livro de Ruth, narrando a dedicação de uma jovem moabita que abraçou o judaísmo com todo o coração. A história transcorre na época da colheita, justamente em Shavuot. Ruth era ancestral do rei David, cujo falecimento ocorreu nesta data. O Livro de Ruth relembra os velhos tempos do nosso povo e alguns de seus costumes. A história de Ruth é uma das mais bonitas de toda a literatura. Descreve a amizade, o amor e a dedicação de duas mulheres, Ruth e Noemi. Exalta a lealdade à própria família. Essa �������������������������*������������������������������������que uns têm pelos outros. E também a sólida lealdade do homem para com D’us. Enquanto viverem, os homens vibrarão com as palavras de ?��*���� �¥ ������*���������"

“Não me instes para que te deixe, E volte e não te siga: Porque aonde quer que fores, irei eu; Onde quer que pousares, pousarei eu;

O teu povo será meu povo,E o teu D’us, o meu D’us...”

��� ������������&���������*����������������� ����������acende as suas e pronunciam as seguintes brachot:

Baruch Atá Ado-nai Elo-heinu Melech HaOlam, asher kideshanu bemitsvotav vetsivanu lehadlik ner shel Iom Tov.

Bendito sejas, ó Eterno, nosso D’us, Rei do Universo, que nos santificaste com Teus pensamentos e nos ordenaste a acender as

velas festivas.

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Baruch Atá Ado-nai Elo-heinu Melech Haolam Shehecheyanu vekiyemanu vehiguianu lizman hazê.

Bendito és Tu, ó Eterno, nosso D’us, Rei do Universo, que nos deste vida, nos mantiveste e nos fizeste chegar até a presente época.

Em seguida, o pai faz o Kidush (bênção do vinho), que expressa graças pela festa.

Baruch Atá Ado-nai, Elo-heinu Melech HaOlam, borei pri hagafen.

Bendito sejas, ó Eterno, nosso D’us, Rei do Universo, Criador do fruto da vinha.

Baruch Atá Ado-nai, Elo-hê-nu Mêlech haolam, asher bachar bánu micol am, verômemánu micól lashon, vekideshánu bemitsvotav,

vatitên lanu A-do-nai Elo-hê-nu beahavá moadim lesimchá, chaguim uzmanim lessasson, êt yom chag hashavuot haze, vêt yom tov mikrá

côdesh haze, zman matán Toratêinu mikrá côdesh zêcher litsiat Mitsráyim. Ki vánu vachárta, veotánu ki-dáshta micol haamim, umoadê

codshechá be-simchá uvê-sasson hinchaltánu. Baruch Atá Ado-nai, mecadesh Israel ve-hazmanim.

Bendito sejas, ó Eterno,nosso D’us, Rei do Universo, que nos elegeste entre todos os povos e que nos elevaste entre todas as nações e nos

santificaste com os Teus Mandamentos e nos deste, Senhor,nosso D’us, com amor, datas para alegria, festas e datas para júbilo, este dia

de festa de Shavuot, a época em que nos deste a Torá.

Baruch Atá Ado-nai, Elo-hê-nu Mêlech haolam, shehecheiánu ve-kimánu ve-higuiánu lizman hazê.

Bendito és Tu, ó Eterno, nosso D’us, Rei do Universo, que nos deste vida, nos mantiveste e nos fizeste chegar até a presente época.

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BLINTZESPanquecas

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Blintzes são delicadas panquecas enroladas ou em forma de trouxinha, com recheios variados.

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Panquecas1 xícara de farinha de trigo1 ¼ xícara de leite xícara de água1 ovo½ colher de chá de sal1 colher de sopa de óleo Óleo para untar a frigideira

Recheio500g ricota fresca250g cream cheeseAçúcar a gostoCasca ralada de 1 ½ limão3 gemas de ovo Essência de baunilha100g passas de uvas brancas embebidas no rum2 a 3 colheres de sopa de manteiga sem salAçúcar de confeiteiro para polvilhar (opcional)

Modo de preparoMisturar o leite com a água e colocar farinha de trigo aos

poucos. Juntar o ovo, sal e óleo. Deixar descansar durante uma hora. Esquentar uma frigideira antiaderente de 20 centímetros de diâmetro e pincelar com óleo. Jogar e espalhar uma concha pequena de massa, preenchendo toda a superfície do fundo. Quando a panqueca começar a dourar, virar. Proceder assim, até terminar toda a massa. Misturar os ingredientes do recheio, menos as passas, e passar rapidamente pelo processador. Acrescentar as passas. Rechear e ir formando os blintzes. Polvilhar com o açúcar de confeiteiro e servir. Rende 12 porções.

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TISHA BE’AV

Tisha Be’Av (09 do mês de Av) é a culminação de um período de três semanas que se inicia com o jejum em 17 de Tamuz. São muitos e tristes os fatos que aconteceram nessa mesma data, em diferentes épocas da nossa história.

O primeiro registro dessa data marca o término do falecimentos de muitos judeus no deserto, quando a primeira geração guiada por Moisés foi proibida de entrar na Terra Prometida. D’us puniu os judeus e os obrigou a permanecer no deserto por 40 anos, no período conhecido como o Êxodo.

Alguns séculos mais tarde, o Templo que o Rei Salomão ���������� �� ���� ����� �� �� +���� K������� �� >����� K������ ��� ��destruído pelos babilônios. Assim começa o primeiro exílio dos judeus na Babilônia. Após 490 anos, os romanos destroem o Templo Sagrado ���������� Av.

Alguns estudiosos entendem que as sucessivas tragédias que acometeram o povo judeu, sempre na mesma data, e que têm suas origens nas quedas dos Templos, foram as que deram inicio à vida dos &���������%����"� ��������������<���������`����>��������������ensinamentos da Torá, a fonte da espiritualidade.

O infortúnio de Tisha Be’Av volta a aparecer em 1290, quando �������¨�������������������������������������������&�������

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país. Em 1492, em Tisha Be’Av, repete-se o ato de expulsão, agora �������*������������������������*������������=�������"�>������a Primeira Guerra Mundial começa em Tisha Be’Av, em 1914; o que é visto como um prelúdio do que, 25 anos depois, seria o início da Segunda Guerra Mundial.

O Holocausto começa em 09 de Av, em 31 de julho de 1941, no momento em que Hermann Goering assina o trágico decreto da exterminação dos judeus. É também em 09 de Av, em 1942, que o ����������������������������������������������������Q���� ���������aos campos de concentração, onde seriam exterminadas nas câmaras de gás.

Quando Menachem Begin ocupava o cargo de primeiro ministro

�������������������������������������������������������"�H��������_�*�������������������������� ��������������������������W���������Holocausto. E o rabino respondeu que não seria necessário estabelecer um dia especial quando nós já temos, no calendário, Tisha Be’Av.

Foi em 09 de Av que um atentado, com carro-bomba, matou 96 pessoas e feriu 156 em Buenos Aires, Argentina, atingindo judeus �� ���� &����"� :� �� �� ���� �� +"W"�"+"� �+����������� W������ ���������_Argentina),em pleno centro da cidade,em 18 de julho de 1994.

Em Tisha Be’Av, costuma-se jejuar e não demonstrar vaidade.

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TU BE’AV

Tu Be’Av (15 de Av) é uma data do calendário judaico considerada das mais ale-gres pelo Talmud.

As moças solteiras iam para os cam-pos e os moços solteiros também iam lá para achar sua noiva. Todas as moças deviam estar com roupas brancas e emprestadas. Dessa forma, tanto a princesa como a jovem mais humilde ������������� ������"� ������������� �����������������'�������������ciúmes e rivalidades.

Na data de Tu Be’Av, foram revogados dois decretos que im-pediam o povo de casar com diferentes tribos. Um decreto era sobre ��*�������*����������������������������������������������������fora de sua tribo para que esta não perdesse terras. E o outro foi a proibição de casarem-se com membros da tribo de Benjamim, após um ato de atrocidade causado por alguns elementos dessa tribo, o que ocorreu no período dos Juízes. Assim, diz a Mishná, que esta data foi ������ �� ������ shiduchim (casamentos), uniões matrimoniais e a reconstruir relacionamentos.

Tu Be’Av ��������*����� <:�I�����+���`"��������������maior das alegrias também é atingida quando há perdão pelos peca-dos e maior aproximação com D‘us. E também quando há respeito, �����������������������������������H� ����������"

Nota: Neste livro foram omitidas as rezas em hebraico por não se tratar de um livro de rezas onde o nome de D’us aparece por inteiro.

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Este livro foi idealizado por Na’amat Pioneiras Brasil na gestão 2011-2013

Presidente: Céres Maltz Bin

Q���_����������^������ ����>�����

1ª Secretária: Adelina Naiditch 2ª Secretária: Elka Kreischmann

1ª Tesoureira: Zelda Prikladnicki2ª Tesoureira: Reina Banon Rubin

Céres, Zelda, Joceli, Reina, Adelina e Elka