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Incluir terceirizar pensamento Generaliza Paradoxo Sommelier Lei 12467 DESregula” da pasta processo/pensamento Sobre regulamentação de artes marciais e lutas encontramos 29 registros na Câmara dos Deputados - que apresentamos, abaixo; esmaecemos em cinza os arquivados e destacamos os trechos de interesse : Em 17.8.2011 o Deputado Federal Acelino Popó PRB- BA apresentou o Projeto de Lei n° PL 2.051/2011 que “Dispõe sobre a regulamentação da atividade de artes marciais mistas - MMA e dá outras providências: O Congresso Nacional decreta: Art. 1º . É livre o exercício da atividade de Artes Marciais Mistas - MMA em todo território nacional. Reação às tentativas de abafar as artes marciais em geral? E ao intento de vedar transmissões expresso no PL- 05534/2009, ao qual referimos mais adiante? http://cev.org.br/comunidade/ef-esporte/debate/mma-esporte-legitimo-rinha-humana/ MMA: esporte legítimo ou rinha humana? Rinha humana”. Foi assim que o então senador republicano John McCain definiu o Ultimate Fighting Championship (UFC), maior campeonato de MMA (artes marciais mistas, o antigo “vale-tudo”) do mundo. Isto foi em 1996. Desde então, tanto o evento quanto o esporte — que combina modalidades de luta como o jiu-jítsu, boxe, karatê e wrestling — cresceram. As regras e cuidados com os lutadores, também. O nome “vale-tudo” caiu em desuso. Mas a morte de um lutador norte-americano após uma luta em 2010 reacendeu a polêmica: o MMA, afinal, pode ser considerado uma modalidade esportiva legítima? Ou é apenas barbárie? O tópico é polêmico. Para os 250 médicos canadenses que tentaram banir o MMA do país, a resposta é a segunda opção. A morte de Michael Kirkham – a segunda na história do MMA regulamentado – foi tida pelos críticos como a prova de que o esporte é perigoso demais para seus praticantes. Kirkham, que tinha 30 anos, sofreu uma hemorragia cerebral após sua primeira luta profissional e, dois dias depois, foi declarado morto. “O objetivo (do MMA) é ferir e incapacitar seu oponente”, declarou Victor Dirnfield, presidente da Associação Médica do Canadá.” Não deveríamos tolerar este suposto esporte em uma sociedade civilizada”. Michael Kirkham fez sua estreia no MMA na luta que provocou sua morte por hemorragia cerebral Atentas aos riscos excepcionais aos quais seus atletas se submetem, contudo, as grandes organizações vêm adotando critérios de segurança cada vez mais estritos. Lutas supervisionadas, ressonâncias magnéticas após as lutas, suspensões médicas para lutadores que sofreram algum tipo de ferimento, médicos ao lado do ringue, ambulância e testes antidoping são algumas das medidas de segurança adotadas nestes eventos. Da mesma maneira, árbitros são instruídos a terminar o combate imediatamente caso qualquer um dos atletas pareça incapaz de se defender ou sujeito a danos mais severos. De qualquer maneira, os números indicam que o MMA se tornou um fenômeno econômico e midiático. O UFC, hoje avaliado em mais de 1 bilhão de dólares, quebrou seu recorde de vendas de pacotes de Pay per View em 2010, quando o lutador Brock Lesnar atraiu mais de 1.100.000 compradores para suas televisões. Caro leitor, Você considera o MMA um esporte legítimo ou uma espécie de versão humana da rinha de galo? O MMA é um dos esportes que mais cresce no mundo. O que isso nos diz sobre a sociedade moderna? A Associação Médica do Canadá está correta em tentar banir o MMA no país?

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Incluir “terceirizar pensamento Generaliza Paradoxo Sommelier Lei 12467 DESregula” da pasta processo/pensamento

Sobre regulamentação de artes marciais e lutas

encontramos 29 registros na Câmara dos Deputados - que apresentamos, abaixo; esmaecemos em cinza os arquivados e destacamos os trechos de interesse:

Em 17.8.2011 o Deputado Federal Acelino Popó PRB-

BA apresentou o Projeto de Lei n° PL 2.051/2011 que

“Dispõe sobre a regulamentação da atividade de artes marciais mistas - MMA e dá outras providências: O Congresso Nacional decreta:

Art. 1º. É livre o exercício da atividade de Artes Marciais Mistas - MMA em todo território nacional.

Reação às tentativas de abafar as artes marciais em geral? E ao intento de vedar transmissões expresso no PL-05534/2009, ao qual referimos mais adiante?

http://cev.org.br/comunidade/ef-esporte/debate/mma-esporte-legitimo-rinha-humana/ MMA: esporte legítimo ou rinha humana?

“Rinha humana”. Foi assim que o então senador republicano John McCain definiu o Ultimate Fighting Championship (UFC), maior campeonato de MMA (artes marciais mistas, o antigo “vale-tudo”) do mundo. Isto foi em 1996. Desde então, tanto o evento quanto o esporte — que combina modalidades de luta como o jiu-jítsu, boxe, karatê e wrestling — cresceram. As regras e cuidados com os lutadores, também. O nome “vale-tudo” caiu em desuso. Mas a morte de um lutador norte-americano após uma luta em 2010 reacendeu a polêmica: o MMA, afinal, pode ser considerado uma modalidade esportiva legítima? Ou é apenas barbárie?

O tópico é polêmico. Para os 250 médicos canadenses que tentaram banir o MMA do país, a resposta é a segunda opção. A morte de Michael Kirkham – a segunda na história do MMA regulamentado – foi tida pelos críticos como a prova de que o esporte é perigoso demais para seus praticantes. Kirkham, que tinha 30 anos, sofreu uma hemorragia cerebral após sua primeira luta profissional e, dois dias depois, foi declarado morto. “O objetivo (do MMA) é ferir e incapacitar seu oponente”, declarou Victor Dirnfield, presidente da Associação Médica do Canadá.” Não deveríamos tolerar este suposto esporte em uma sociedade civilizada”. Michael Kirkham fez sua estreia no MMA na luta que provocou sua morte por hemorragia cerebral

Atentas aos riscos excepcionais aos quais seus atletas se submetem, contudo, as grandes organizações vêm adotando critérios de segurança cada vez mais estritos. Lutas supervisionadas, ressonâncias magnéticas após as lutas, suspensões médicas para lutadores que sofreram algum tipo de ferimento, médicos ao lado do ringue, ambulância e testes antidoping são algumas das medidas de segurança adotadas nestes eventos. Da mesma maneira, árbitros são instruídos a terminar o combate imediatamente caso qualquer um dos atletas pareça incapaz de se defender ou sujeito a danos mais severos.

De qualquer maneira, os números indicam que o MMA se tornou um fenômeno econômico e midiático. O UFC, hoje avaliado em mais de 1 bilhão de dólares, quebrou seu recorde de vendas de pacotes de Pay per View em 2010, quando o lutador Brock Lesnar atraiu mais de 1.100.000 compradores para suas televisões.

Caro leitor,

Você considera o MMA um esporte legítimo ou uma espécie de versão humana da rinha de galo?

O MMA é um dos esportes que mais cresce no mundo. O que isso nos diz sobre a sociedade moderna?

A Associação Médica do Canadá está correta em tentar banir o MMA no país?

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Art. 2º. A atividade de lutador de Artes Marciais Mistas-

MMA aplica-se a todas as modalidades em que a(sic) artes marciais mistas se manifesta, seja como esporte ou luta.

Parece referir-se ao MMA como se fosse uma espécie de Arte Marcial; contudo, o MMA é uma competição com regras próprias, e não uma Arte Marcial. Todas as técnicas usadas em MMA são oriundas das diversas artes marciais aprendidas pelos lutadores, cujas formações são naquelas modalidades, e não em MMA.

Art. 3º. É livre a atividade de Artes Marciais Mistas - MMA nas modalidades de esporte e luta.

Parágrafo único. As Artes Marciais Mistas - MMA nas modalidades luta e esporte é considerada como atividade física e desportiva, podendo ser exercida na forma lúdica, amadora e profissional. (Pleonasmo, porque a Lei Pelé, já no art. 1º, e parágrafos, informa que o esporte pode ser lúdico ou de alto rendimento, dividindo-se este em amador e profissional.)

Art. 4º. Ficam reconhecidas como profissão as atividades de artes marciais mistas nas modalidades luta e esporte. (Oportuno reconhecer a atividade como uma profissão, contudo, é preciso regulamentá-la...)

Art. 5º. É privativo do lutador profissional de Artes Marciais Mistas - MMA:

(Privativo conflita com “LIVRE”, enfatizado, mais de uma vez, nos artigos anteriores. Ademais, a Liberdade Positiva e de Associação assegurada na Constituição Federal não permite o monopólio pretendido nos incisos, que pretende monopolizar sob a sigla MMA todas as práticas de luta que transcendem ao MMA o qual, frise-se, é uma modalidade de competição, e não um método de aprendizado. Todos os atletas de MMA são formados em diversas modalidades de artes marciais e lutas, e os golpes que utilizam são daquelas, e não do MMA!)

I – o desenvolvimento com jovens, acima de dezoito anos e adultos das atividades esportivas e culturais que compõem a

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prática das Artes Marciais Mistas- MMA em academias;

(Aos 18 anos atinge-se a maioridade, cessando a incidência das normas de proteção do ECA.)

II – ministrar aulas e treinamento especializado em Artes Marciais para atletas de diferentes esportes, instituições ou academias;

(Quer criar um monopólio? Isso contraria a Liberdade Positiva, e de associação, e outras garantias asseguradas na Constituição Federal) III – a instrução acerca dos princípios e regras inerentes às modalidades e estilos das Artes Marciais Mistas – MMA; (Esse dispositivo do projeto viola garantias asseguradas na Constituição Federal, como a liberdade do ensino: Instrutores de artes marciais, de lutas, ou professores de educação física não podem ser impedidos de ensinar, aos seus alunos, as regras do MMA que, frise-se, é uma modalidade de competição, e não um método de aprendizado; todos atletas de MMA são formados em diversas modalidades de artes marciais e lutas, e os golpes que utilizam são daquelas, e não do MMA.)

IV – a avaliação e a supervisão dos praticantes de Artes Marciais Mistas – MMA;

V – o acompanhamento e a supervisão de práticas desportivas de Artes Marciais Mistas e a apresentação de profissionais;

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VI – a elaboração de informes técnicos e científicos nas áreas de atividades físicas e do desporto ligados à Artes Marciais Mistas – MMA.

(Esse dispositivo viola garantias asseguradas na Constituição Federal, como a liberdade de pesquisa científica, pela qual qualquer pesquisador pode elaborar um trabalho, ou atividades profissionais como o jornalismo cujo profissional pode realizar informes sobre uma modalidade de competição.)

Art.6º. Fica a cargo do Poder Executivo a criação dos Conselhos Federal e Regionais de Artes Marciais Mistas - MMA.

(O Conselho Profissional tem natureza de autarquia, submetendo-se a uma série de condições na sua criação, que deve ocorrer por Lei, elaborada pelo Congresso. Se a Lei não cria, com os requisitos mínimos, não pode atribuir ao Poder Executivo tal mister.)

Art.7º. Fica instituído o Dia Nacional das Artes Marciais Mistas – MMA a ser comemorado anualmente no dia 30 de setembro.

(O MMA passaria a ser celebrado no mesmo dia em que se celebra a data das secretárias)

Art. 8º. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

JUSTIFICAÇÃO: As Artes Marciais Mistas ou simplesmente MMA tem sido uma

modalidade esportiva em expansão em todo o mundo e o Brasil já e palco de inúmeros espetáculos de MMA, com milhões de

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aficionados em todo o país. As televisões, quer seja canais abertos, como canais fechados, tem tido milhões de telespectadores, com a geração de milhares e milhares de empregos, quer seja direto ou indireto.

Apesar de tudo isso, não temos ainda a regulamentação dessa modalidade esportiva, que remonta centena de anos atrás.

O pankration, modalidade similar ao atual MMA era um estilo antigo de combate sem arma. Os gregos antigos introduziram esta disciplina nos Jogos Olímpicos em 648 d.C. (sic, há um erro na referência da justificativa, porque o imperador romano proibiu os jogos no ano 397) Algumas exposições públicas de combates ocorreram no fim do século XIX. Representavam estilos diferentes de luta, incluindo jujútsu, luta greco-romana e outras lutas em torneios e desafios na Europa inteira. Depois da Primeira Guerra Mundial, a luta nascia outra vez em duas correntes principais. A primeira corrente era uma competição real; a segunda começou a depender mais na coreografia e nas exposições grandiosas de público que resultou na luta profissional.

As Artes Marciais Mistas modernas têm suas raízes em dois acontecimentos: os acontecimentos de vale-tudo no Brasil, e o shootwrestling japonês. Nesse tempo eles foram mutuamente ligados, mas foram separados.

O vale-tudo começou na terceira década do século XX, quando Carlos Gracie, um dos fundadores da luta marcial brasileira Gracie jiu-jitsu, convidou cada competidor de modalidades de luta diferentes. Isso era chamado de "Desafio do Gracie". Mais tarde, Hélio Gracie e a família Gracie e principalmente, Rickson Gracie, mantiveram este desafio que passaram a se dar como duelos de Vale-tudo sem a presença da mídia.

No Japão, década de 1980, Antonio Inoki, ex-Senador do Parlamento japonês, organizou uma série de lutas de artes marciais mistas. Eram as forças que produziram o shootwrestling e eles, mais tarde, causaram a formação de uma das primeiras organizações japonesas de artes marciais mistas conhecida como shooto. As Artes Marciais Mistas obtiveram grande popularidade nos Estados Unidos em 1993, quando Rorion Gracie e outros sócios criaram o primeiro torneio de UFC.

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Com o sucesso do UFC, os japoneses criaram o Free Style Japan Championship ou Open Free Style Japan em 1994 (eram os dois maiores torneios de MMA do mundo), sendo vencido todas as duas primeiras edições (1995 e 1995) por Rickson Gracie o que era um grande lutador de Vale Tudo do Brasil na década de 1970 e 1980 e que agora fazia também lutas em MMA no Open Japan.

Em 2007 o UFC, berço dos lutadores das Artes Marciais Mistas – MMA, tornou-se maior organização de MMA do planeta. Hoje o UFC tem um preço estimado de mais de 1 bilhão de dólares e domina mais de 90% do mercado mundial de MMA, com centena de lutadores brasileiros, e que no futuro serão milhares e milhares, que precisam de uma legislação para amparar suas carreiras no Brasil.

Ao propor a regulamentação das Artes Marciais Mistas no Brasil estaremos dando oportunidade para que os lutadores de MMA possam ter uma legislação clara e cristalina, conforme outras modalidades esportivas.

Por esse motivo, peço o decisivo apoio dos meus pares para aprovarmos a regulamentação das Artes Marciais Mistas no Brasil.

Sala das Sessões, em 17 de agosto de 2011. ACELINO POPÓ Deputado Federal PRB/BA

O projeto é repleto de boas intenções. Contudo, pretende disciplinar o MMA, sem disciplinar as artes marciais. Seria como pretender criar a profissão de cirurgião plástico antes de regulamentar o exercício da Medicina.

As Artes Marciais e os esportes de luta, s.m.j, devem ser regulamentados antes ou em conjunto com o MMA.

Em 1.9.2011 foi apensado ao PL-07813/2010, detalhado a seguir:

Em 5.10.2010 o Deputado Federal Walter Feldman PSDB-SP apresentou o Projeto de Lei n° PL-07813/2010

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“Regulamenta o exercício da atividade do Profissional em Lutas e Artes Marciais. O Congresso Nacional decreta:

Art. 1º Esta lei regulamenta o exercício da atividade do Profissional em Lutas e Artes Marciais.

Art. 2º É atribuição do Profissional em Lutas e Artes Marciais a difusão de conhecimentos teóricos e práticos de qualquer modalidade de artes marciais, lutas, esportes de contato e esportes de combate, baseados nas milenares filosofias militares orientais e ocidentais.

Art. 3º A capacitação técnica para o exercício profissional da atividade como Instrutor, Técnico, Professor ou Mestre será obtida por meio de curso de formação promovido por instituições de ensino ou por organizações da sociedade civil representativas desse segmento de atividade, devidamente reconhecidos pelo competente órgão público.

Parágrafo único. Para a certificação do curso de formação a que se refere o caput deste artigo, será exigível o mínimo de vinte e quatro meses ininterruptos de prática da atividade.

Art. 4º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. JUSTIFICAÇÃO

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A regulamentação ora proposta é de sumo interesse público, tendo em vista o risco da má formação do indivíduo que busca a prática e o desenvolvimento de habilidades motoras e cognitivas por meio de técnicas que são utilizadas, inclusive, pelo Exército Brasileiro ou por forças de defesas de outras nações (a exemplo dos Fuzileiros Navais Americanos – USMC e das Forças de Defesa de Israel – IDF ), em situações de combate militar armado e desarmado.

Nesse contexto, a combinação de golpes de diversas artes marciais são sistematizadas com a finalidade de o praticante não apenas moldar seu físico, mas bem formar sua moral e seu caráter; aprender o uso de força responsável e de resposta gradual (aumento gradativo da força em resposta ao oponente), e desenvolver o trabalho em equipe para situações problemas em combate, a habilidade na utilização de armas improvisadas e de técnicas de ações diversas (uso de rifle e de baioneta, silenciamento de sentinelas, etc).

Assim, o ensino das lutas e artes marciais ministrado de forma errônea possui um grande potencial lesivo para a sociedade, ao passo que o profissional devidamente capacitado e bem instruído possui atributos físicos e mentais que o habilitam na arte da defesa.

A origem das artes marciais confunde-se com os primórdios da humanidade, quando o homem das cavernas lutava para se sobressair, para acasalar e para garantir sua sobrevivência e a dos de sua espécie, tribo ou família. Sua fundamentação remonta a Índia, a China e ao Japão milenares, confundindo-se com o desenvolvimento da civilização, quando, logo após o desenvolvimento da onda tecnológica agrícola, alguns começam a acumular riqueza e poder, ensejando o surgimento de cobiça, inveja, e seu corolário, a agressão.

A profissionalização da proteção pessoal, portanto, decorreu da própria necessidade de defesa do dia a dia – os indivíduos passaram a observar animais na natureza e a adaptar suas habilidades de luta. Com base nessas observações e adaptações, surgiu o que hoje conhecemos como artes marciais.

Considerando já não ser tão premente a necessidade de uso dessa arte em guerras, muitas de suas técnicas foram suavizadas, com a imposição de regras específicas que buscam preservar a integridade física do praticante e não mais matar ou mutilar um adversário. Daí desponta o que hoje se pratica como “Esportes de Combate” ou “Esportes de Contato”.

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São diversas as modalidades de artes marciais e esportes de contato ou combate praticadas em todo o mundo: Muay Thai, Boxe, Jiu-Jitsu, Karate, Kung Fú, Judô, Taekwondô, Hapkidô, Kempô, Kendô, Capoeira, Krav Magá, entre outras que têm como objetivo a defesa pessoal em uma situação de risco ou a prática esportiva, sempre enfocando, sobretudo, a formação de caráter do ser humano.

Na competição, o atleta representa sua escola, sua cidade, seu estado e seu país, expressando de forma prática e controlada os conhecimentos adquiridos. Nossos atletas gozam de grande prestígio e respeito mundial, nas modalidades esportivas aqui praticadas.

Além dessa prática ocupacional, as atividades do Profissional em Lutas e Artes Marciais podem ser desenvolvidas na forma de ensino e de preparação técnica. No ensino, o instrutor e o professor transmitem o conhecimento por meio de aulas ministradas a alunos e discípulos, preparando-os para se tornarem instrutores e novos professores e mestres. Na preparação técnica, o técnico difunde a filosofia marcial, o raciocínio estratégico e seus demais conhecimentos para preparar atletas de competição e de alto rendimento.

A despeito das grandes conquistas internacionais de nossos Instrutores, Técnicos, Professores e Mestres, o exercício profissional dessa atividade vem sendo questionado em nosso país, à falta de pertinente legislação regulamentar, e sequer consta da CBO – Classificação Brasileira de Ocupações.

Assim, as características dessa importante ocupação são descritas pela Confederação Brasileira de Esportes de Contato (CONFBEC), ou seja, fora do âmbito estatal, nos seguintes termos: Atendem as expectativas do país no auxílio e norteamento à formação de um cidadão melhor, de jovens, educadores, e pais, na medida em que oferecem disciplina, respeito, humildade, civismo, moral, ética, cidadania, harmonia, condicionamento mental e físico, prestam serviços técnicos especializados, realizam pesquisas, seguindo roteiros e scripts planejados e controlados por graduações.

Mesmo sendo composto por conhecedores e praticantes de diversas idades que normalmente possuem outras atividades remuneradas, o perfil do profissional de artes marciais tem características que são cobradas e desejadas pela maioria das empresas: ensino médio; facilidade de absorção de cultura; grande disciplina pessoal; profunda noção social;

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ênfase na busca de aprimoramento; profunda noção ética; agilidade de raciocínio; raciocínio lógico; grande facilidade de trabalho em equipe; capacidade de liderança e motivação; facilidade de lidar com metas; alto nível de concentração; elevado nível de auto controle; conhecimento aprofundado em análise do ser humano; correta compreensão verbal; conhecimentos básicos e avançados de idiomas; voz agradável; escuta ativa; capacidade de análise de problemas; capacidade de aprendizado complexo; alta tolerância ao estresse; sensibilidade interpessoal; boa argumentação; empatia, etc.

Há importantes núcleos de prática e difusão das artes marciais nos estados de Pernambuco, Bahia, Paraná, Santa Catarina, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Ceará e Goiás, mas a maioria está concentrada no eixo Rio de Janeiro / São Paulo / Minas Gerais. O mercado de trabalho brasileiro absorve jovens a partir de 17 anos, a maioria deles, em início de carreira e recém formados como Instrutores, mas já com uma vasta gama de conhecimentos teóricos, recebidos desde a tenra idade, e de conhecimentos práticos, adquiridos por meio das aulas diárias e das competições.

Independentemente de formação acadêmica, a atividade do Profissional em Lutas e Artes Marciais é uma das grandes formadoras de modelos disciplinares no país, contribuindo para o auto-controle do indivíduo, educando-o e preparando-o para enfrentar as vicissitudes do dia a dia, tanto na vida profissional, como nos relacionamentos pessoais; e fonte de geração de recursos e empregos diretos para os que se formam e se destacam nas diversas modalidade.

Segundo dados da CONFBEC, o setor cresceu 235% no período de 2005 a 2009, em todo o país. São mais de 400.000 trabalhadores, desenvolvendo atividades na área de alguma forma (competindo, ensinando, ministrando treinamentos ou promovendo eventos).

Nos últimos anos, as organizações federativas e confederativas desse segmento profissional emitiram várias normas diretivas referentes à atividade, em busca da melhoria das condições de trabalho. Todavia elas precisam e podem ser homogeneizadas, pois a atividade básica é a mesma, conforme entendem as próprias Confederações.

Isto posto, apresentamos o presente projeto como primeiro passo para trazer para o mundo formal essa arte milenar, que se confunde com a história do próprio homem. A iniciativa enseja a possibilidade de controle

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da atividade, sem nos descurarmos da segurança daqueles que procuram tais ensinamentos.

Certos de estarmos contribuindo para o desenvolvimento seguro de tão importante atividade profissional, esperamos o apoio dos Nobres Colegas desta Casa para aprovação do presente projeto de lei.

Sala das Sessões, em de de 2010. Deputado WALTER FELDMAN 15/3/2011 requerimento 705/2011 Dep. Walter Feldman desarquivamento de proposição.

26/2/2008 Em 5.10.2010 o Deputado Federal Marcelo Itagiba PMDB-RJ apresentou o Projeto de Lei n° PL-02889/2008 “Dispõe sobre a criação do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de Profissionais de Artes Marciais e dá outras providências:

Art. 1º São criados o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Artes Marciais.

Art. 2º Compete aos Conselhos Federal e Regionais de Artes Marciais coordenar, planejar, programar, supervisionar, dinamizar, organizar, avaliar trabalhos, programas, planos e projetos, bem como prestar serviços de auditoria, consultoria e assessoria, promover treinamentos especializados e a formação de equipes multidisciplinares e interdisciplinares,

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elaborar informes técnicos, artísticos-científicos e pedagógicos na área das artes marciais.

Art. 3º Os primeiros membros efetivos e suplentes do Conselho Federal de Artes Marciais serão eleitos para um mandato de dois anos, em reunião das associações representativas de Profissionais de Artes Marciais, criadas nos termos da Constituição Federal(sic), com personalidade jurídica própria, no prazo de até noventa dias após a promulgação desta Lei.

Parágrafo único. Logo após a instalação do Conselho de que trata o caput, este expedirá as normas de funcionamento e promoverá a instalação de Conselhos Regionais.

Art. 4º A partir da efetiva instalação dos Conselhos Regionais, o exercício das atividades de Artes Marciais será prerrogativa dos profissionais regularmente neles registrados, respeitadas as unidades administrativas de jurisdição.

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Parágrafo único. Terão direito ao registro de que trata o caput, os profissionais que tenham comprovadamente exercido, no Brasil ou no exterior, atividades próprias dos Profissionais de Artes Marciais, nos termos a serem estabelecidos pelo Conselho Federal.

Proposição sujeita à apreciação conclusiva pelas Comissões CTD, CTASP e CCJC (art. 54 e 24-II do RICD) publicado DCD 12.5.09 p.18625 col.2.

Parecer sobre PROJETO DE LEI n. 2.889, de 2008 Dispõe sobre a criação do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de

Profissionais de Artes Marciais e dá outras providências. Autor: Deputado Marcelo Itagiba Relator: Deputado Federal Edgar Moury I - RELATÓRIO O Projeto de Lei nº 2.889, de 2008, propõe a criação do Conselho Federal e dos Conselhos

Regionais de Profissionais de Artes Marciais. Segundo a proposição, caberá às referidas entidades,

entre outras funções, coordenar, planejar, programar e supervisionar atividades relativas às artes

marciais. Os primeiros membros efetivos e suplentes do Conselho Federal serão eleitos para mandato

de dois anos, em reunião das associações representativas de profissionais de artes marciais. Caberá

ao Conselho Federal expedir normas de funcionamento e promover a instalação dos Conselhos

Regionais. A partir da instalação dos Conselhos Regionais, o exercício das atividades de artes

marciais será prerrogativa dos profissionais regularmente registrados. Terão direito ao registro os

profissionais que tenham comprovadamente exercido, no Brasil ou no exterior, atividades próprias de

artes marciais, nos termos estabelecidos pelo Conselho Federal. Não foram oferecidas emendas à

proposição no prazo regimental. II - VOTO DO RELATOR A fiscalização, pelo Poder Público, do exercício de atividades profissionais envolvendo artes

marciais é medida de interesse da coletividade, uma vez que a prestação inadequada de tais

serviços pode colocar em risco a integridade física de seus usuários. Atualmente, em razão de

resolução baixada pelo Conselho Federal de Educação Física (Resolução nº 46/2002), as atividades

em questão encontram-se sob a supervisão daquela entidade, bem como dos Conselhos Regionais de

Educação Física. Todavia, a jurisprudência divide-se quanto ao reconhecimento da validade de tal

norma. Alguns tribunais já decidiram pela legalidade da exigência de inscrição dos profissionais de

artes marciais junto aos Conselhos de Educação Física (TRF 3ª Região, AC 1124375, DJ de

29.11.2006; TRF 5ª Região, AMS 85930, DJ de 07.03.2005). Em outros julgados, no entanto, nos quais a validade da referida resolução não é reconhecida,

entenderam os tribunais que as artes marciais não são atividades próprias do profissional de

educação física e que houve excesso no uso do poder regulamentar pelo Conselho Federal (TRF 2ª

Região, AMS 53397, DJ de 12.03.2007; TRF 3ª Região, AMS 264759, DJ de 25.04.2007). Faltou

mencionar o TRF 4ª Região confirmado pelo STJ: http://www.padilla.adv.br/cref/

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Prof. Padilla UFRGS Direito Desportivo http://www.padilla.adv.br/desportivo/artesmarciais p.14

O projeto ora relatado, uma vez convertido em lei, resolverá essa polêmica, submetendo

corretamente os profissionais de artes marciais à supervisão de entidades de fiscalização específicas. Em face do exposto, nosso voto é pela aprovação do Projeto de Lei nº 2.889, de 2008. Sala da Comissão, em 8 de abril de 2009 Deputado Edgar Moury Relator Apensados PL 6933/2010 ao qual foi apensado o PL 2889/2008 em 15/3/2012. PL 7890/2010 16/3/2011 Designado Relator Deputado Federal Otavio Leite PSDB-RJ e 17/3/2011

reaberto prazo para emendas (5 sessões ordinárias a partir de 18/3/2011 art. 166 RICD)

PL-00050/2007 – Regulamenta as atividades dos profissionais de artes marciais, capoeira, dança, surf, bodyboard, skate, e dá outras providências.

O PL-00050/2007 sob a pretensão de regulamentar as atividades dos profissionais de artes marciais, capoeira, dança, surf, bodyboard, skate, limita-se a afirmar a liberdade do exercício da atividade, e apenas exigiria solicitar aos alunos, no ato de matrícula, atestado médico comprovando “aptidão para o exercício de atividades físicas” e que os profissionais constituam uma “associação, liga, federação ou confederação que tenha o município como área de atuação mínima” entidade dirigente que deveria editar um “código de ética” e “regulamentação para os profissionais que exercerem atividades de ensino”. Contudo, como não prevê sanções, nem prazo para as atividades que prevê, nem uma formatação mínima, não estabelece uma disciplina.

Em 18/04/2012, depois de reapresentado, foi retirado de pauta pelo Relator! Antes disto, a Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados entendeu não ter competência para opinar sobre esse projeto. Contudo, aprovou dois projetos anexados durante a tramitação: O PL 2858/2008 do Deputado Carlos Zarattini (PT-SP), criando o Dia Nacional da Capoeira e do Capoeirista e declarando a capoeira bem de natureza imaterial e, o PL 5.222/2009 da Deputada Lídice da Mata, declarando Manoel dos Reis Machado, o mestre Bimba, patrono da capoeira brasileira, o que pode causar embaraços à aprovação, porque há mais de uma corrente na capoeira.

O Parecer foi publicado no Diário da Câmara dos Deputados, de 22/10/2009, p.58702-58706, e tudo foi para a Comissão de Turismo e Desporto (CTD) onde, em 30/03/2010, foi designado Relator, Dep. Valadares Filho (PSB-SE).

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15/03/2011 Designado Relator, Dep. Fábio Faria (PMN-RN) 16/03/2011 Reabre Prazo p/Emendas ao Projeto Art. 166 RICD (5 sessões

ordinárias a partir de 17/03/2011) 10/05/2011 Apresentação do Parecer do Relator n. 2 CTD, pelo Deputado Fábio

Faria (PMN-RN). 10/05/2011 Parecer Relator Dep.Fábio Faria (PMN-RN) rejeitar este e PL 2858/2008 e aprovar PL 5222/2009 apensados.

12/07/2011 Apresentação do Parecer do Relator n. 3 CTD, pelo Deputado Fábio Faria (PMN-RN).

12/07/2011 Parecer Relator Dep. Fábio Faria (PMN-RN) aprovar este PL 2858/2008 e 5222/2009, apensados, nos termos do substitutivo.

PL-01371/2007 "Acresce parágrafo único ao art. 2º

da Lei nº 9.696, de 1º de set. de 1998". 15/03/2011 Requerimento de Reconstituição de proposição n.

702/2011, pela Comissão de Turismo e Desporto, que: "Solicita reconstituição do PL 1.371/2007 de autoria da Senhora Deputada Alice Portugal"

17/03/2011 Reaberto Prazo p/Emendas ao Projeto art. 166 RICD (5 sessões ordinárias a partir de 18/03/2011)

PL-01607/2007 - Acrescenta

parágrafo único ao art. 2º da Lei nº 9.696, de 1º de setembro de 1998. - 31/01/2011 Arquivado nos termos do Artigo 105 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. 16/02/2011 Desarquivado nos termos do Artigo 105 do RICD, em conformidade com o despacho exarado no REQ-227/2011

PL-05534/2009 - Veda a

transmissão de lutas marciais pelas emissoras de televisão na

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forma que especifica e dá outras providências. - 31/01/2011 16/2/2011 REQ 418/2011 Dep. José Mentor solicita o desarquivamento. 21.3.2012 Aprovado requerimento de Sibá Machado e Emiliano José realizar Audiência Pública para discutir.

PL-06933/2010 - Dispõe sobre a regulamentação da profissão de instrutor de artes marciais.

- 31/01/2011 Arquivado nos termos do Artigo 105 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. 16/02/2011 Desarquivado nos termos do Artigo 105 do RICD, em conformidade com o despacho exarado no REQ-218/2011

6/5/2011 Apense-se a este(a) o(a) PL-1127/2011 (Do Dep. Chico Alencar) dispõe sobre a regulamentação da profissão de instrutor de artes marciais.

Art. 1º Esta Lei profissionaliza o instrutor de arte marcial, regulamentando esta profissão, seus direitos e deveres, incluindo o piso salarial e demais direitos trabalhistas.

Art. 2º Será considerado um profissional todo faixa preta que apresentar um certificado

de instrutor, monitor, professor ou 1° dan, emitido por uma federação ou associação devidamente registrada, respeitando a autonomia que compete a cada entidade.

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Art. 3º Caberá às federações e associações a criação do código de ética dos profissionais

e fiscalizar o período mínimo de 2 anos e meio de prática comprovados com certificações da entidade para que o profissional receba o certificado de instrutor de artes marciais.

Art 4º São criados o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Artes Marciais, aos

quais compete fiscalizar e apoiar a profissão de artes marciais.

JUSTIFICATIVA Este projeto foi originalmente apresentado pela Deputada Luciana

Genro (PSOL/RS), em março de 2010 (PL 6933/2010), e foi arquivado no início de 2011 em razão da mudança de legislatura, sem sua apreciação pelas comissões respectivas. Dados os nobres propósitos do projeto, estou reapresentando-o, de modo a permitir a sua discussão pelo Parlamento.

Atualmente, as artes marciais são procuradas não apenas pela modalidade em si, mas

também por outros motivos como condicionamento físico, coordenação motora, inserção no meio social, e ainda por recomendação médica.

Com a proliferação de academias de artes marciais, temos hoje a importância da qualificação dos professores e seus direitos mediante sua categoria profissional.

Portanto, este projeto de lei vem a atender a estas reivindicações dos profissionais de artes marciais.

Sala das Sessões, em de fevereiro de 2011 Chico Alencar Deputado Federal PSOL/RJ

Da Regulamentação da Profissão. As Artes Marciais quase foram disciplinadas no Estado do Rio Grande do

Sul. Quase, e por duas vezes!

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Lei Estadual RS n° 8.785, de 28.12.1988, disciplinaria o funcionamento e fiscalização de academias, clubes ou locais de ensino ou prática de quaisquer modalidades de luta corporal ou “Artes Marciais”.

Entraria em vigor quando regulamentada pelo Executivo, o que jamais aconteceu.

Editada durante o Governo PEDRO SIMON, foi conseqüência de um episódio lamentável, conhecido como caso Alex Thomaz, jovem brutalmente assassinado.

Em balneário do Litoral Norte, um bando de adolescentes da "Gang da Praça da Matriz" abusou de casal que passava, derrubou um franzino rapaz e, prensando-o contra uma mureta de ferro, chutaram sua cabeça até o matar. O fato foi equivocadamente noticiado pela imprensa como se tivesse sido "...morto a golpes de karate".

Os envolvidos jamais haviam entrado em uma academia de artes marciais! Ao contrário do que pensou o jornalista autor do título da matéria, as artes

marciais formam pacificadores, conforme artigo que publicamos na última Fighter online, leia também em: http://www.padilla.adv.br/desportivo/artesmarciais

Ilustra o paradoxo das artes marciais a iniciativa parlamentar, recomendando, ao MEC, incluir sua disciplina no currículo do ensino público:

Câmara dos Deputados, 1ª Secretaria, INC-5680/2009 do Deputado Federal Ilderlei Cordeiro PPS/AC em 10.11.2009 sugeriu ao Ministério da Educação a inclusão na grade

complementar do currículo dos ensinos fundamental e médio das escolas públicas, a disciplina "Artes Marciais e Defesa Pessoal" com a seguinte justificativa: O Brasil conta

nos dias atuais com milhares de academias e cursos de prática e formação de instrutores das chamadas artes marciais, que

cumprem um papel fundamental: preparar física e psicologicamente o cidadão e a cidadã para o dia a dia e o enfrentamento de

situações de risco e stress elevado. Mas não é só isso. Existe uma profunda disciplina de conteúdo moral, ético e

filosófico que sustenta as formas de defesa pessoal, objetivamente centradas em movimentos, ações e reações

físicas, mas também relacionadas com a paz interior, com a solução de conflitos e com o julgamento correto

perante situações críticas. Vários estudos já comprovaram a validade das artes marciais, a partir

da Capoeira ou do Tai Chi Chuan, na formação física e na modelação de determinadas características

pessoais do indivíduo, como a determinação, a superação de limites, o convívio em grupo, a capacidade de

concentração, a assimilação de derrotas etc. Trata-se, portanto, de um processo educativo cuja introdução

nas fases iniciais de formação do indivíduo assume alto significado. Por outro lado, sabe-se que nos dias de

hoje, perante um quadro de violência assustador, é importante que nossas crianças e jovens aprendam a se

portar preventivamente ou, se for obrigado, a reagir eficientemente em defesa da própria vida e da de

terceiros. Muitas vítimas de assalto, por exemplo, acabam sofrendo lesões perigosas ou até mesmo morrendo

não porque não sejam fortes ou incapazes de se defender fisicamente, mas simplesmente porque

psicologicamente não estavam preparadas psicologicamente e treinadas para lidar com uma situação

emergencial do tipo que sofreram. Em vista disso, a introdução da disciplina de Artes Marciais e Defesa

Pessoal na grade curricular dos sistemas de ensino fundamental e médio se constituirá importante foco

educativo e estratégia reveladora de talentos e vocações esportivas extremamente benéficas para a sociedade.

Neste sentido pode-se esperar o aparecimento de atletas de alto rendimento, em nível olímpico, resgatando de grupos sociais de

baixa renda um grande número de jovens que não podem arcar com os custos de uma boa formação atlética.

Subsidiariamente, a medida proposta poderá significar a geração de emprego para um número altamente significativo

de profissionais da área. Esta questão apresentei em forma de Projeto de Lei que recebeu, infelizmente, parecer

contrário, em vista de que, nos termos do relator “a obrigatoriedade fere o princípio da gestão democrática do ensino público e o

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espírito descentralizador que a Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB conceberam para

a educação brasileira. A par disso a Constituição Federal e a LDB determinam o regime de colaboração entre os entes federados

nas questões de política educacional e autonomia dos sistemas de ensino.” Em outro momento, afirma o relator: Por isso as

instâncias apropriadas para definir as prioridades curriculares são o sistema de ensino e a própria escola. Sendo assim,

dirijo a este Ministério a sugestão de que examine, na condição de órgão superior do sistema nacional de ensino, a possibilidade

de fazer fluir para os estados e municípios orientação no sentido de adoção dessa disciplina. Despacho mandou publicar e encaminhar ao MEC. Em 24.3.2010 a 1ª Secretaria recebeu Aviso nº 165-CCivil, Casa Civil da Presidência da República, Ofício 132, de 1.3.2010, do Ministério da Educação.

Segue texto da Lei Estadual RS n° 8.785, de 28.12.1988: “Disciplina o funcionamento

e a fiscalização de academias, clubes e demais locais onde se ensine ou se pratique quaisquer modalidades de luta

corporal, genericamente denominadas "ARTES MARCIAIS".

PEDRO SIMON, Governador do Estado do Rio Grande do Sul. Faço saber, em cumprimento ao disposto no artigo

66, item IV, da Constituição do Estado, que a Assembléia Legislativa decretou e eu sanciono e promulgo a Lei seguinte:

Art. 1º - O funcionamento de academias, clubes, departamentos e demais locais onde se ensine ou se

pratique quaisquer modalidades de luta corporal, genericamente denominadas "Artes Marciais", só será permitido mediante alvarás ou atestados fornecidos pelas Secretaria da Segurança Pública, Secretaria da Saúde e Secretaria da Educação, nos termos desta Lei.

§ 1º - Só poderão lecionar ou praticar quaisquer modalidades de luta corporal professores, instrutores,

alunos ou atletas cadastrados nas respectivas federações esportivas e que sejam portadores de atestado de

bons antecedentes criminais com validade não superior a um ano, fornecidos pela Secretaria da Segurança.

§ 2º - Só poderão lecionar ou praticar quaisquer modalidades de luta corporal professores, instrutores,

alunos ou atletas que possuam atestado de higidez física e mental conferido por autoridade médica reconhecida

e/ou abonado pela Secretaria da Saúde.

§ 3º - Só poderão lecionar quaisquer modalidades de luta corporal professores ou instrutores de reconhecido

saber, autorizados pela Secretaria da Educação, que ouvirá uma das federações esportivas envolvidas sobre a

habilidade técnica e didática do pretendente.

Art. 2º - A fiscalização das exigências ora instituídas será exercida pelo Conselho Regional de Desportos,

através das federações esportivas a que estejam subordinadas as diferentes "Artes Marciais", com o apoio

da Secretaria da Segurança, que interditará ou proibirá a atividade dos faltosos. Art. 3º - O Poder Executivo regulamentará a presente Lei dentro de 90 dias após a

sua publicação. Art. 4º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 5º - Revogam-se as disposições em contrário.

Essa Lei caducou, por não ter havido a necessária regulamentação no tempo que a própria Lei previra...

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Catorze anos depois, outra Lei Estadual, RS n° 11.721, de 8.1.2002, disciplinou clubes, academias e estabelecimentos que ministrem atividades de ginástica. Também disciplinaria o ensino de lutas, musculação, artes marciais, esportes e demais atividades fisico-desportivo-recreativas, não tivesse caducado por falta de tempestivo regramento:

Com respeito às artes marciais e lutas, previa uma regulamentação, em 90 dias, a qual jamais aconteceu. Nesse aspecto, também caducou... Segue texto: Faço

saber, em cumprimento ao disposto no artigo 82, inciso IV, da Constituição do Estado, que a Assembléia

Legislativa aprovou e eu sanciono e promulgo a Lei seguinte Art. 1º - Esta Lei se aplica às academias, clubes desportivos ou recreativos e outros estabelecimentos que

ministrem atividades de ginástica, lutas, musculação, artes marciais, esportes e demais atividades fisico-

desportivo-recreativas ou similares, em funcionamento no Estado do Rio Grande do Sul.

Art. 2º - As pessoas jurídicas mencionadas no artigo anterior, para que possam funcionar regularmente,

devem manter em tempo integral:

I - profissionais de Educação Física, devidamente registrados no Conselho Regional de Educação Física do

Estado do Rio Grande do Sul, sendo um deles o responsável técnico, em seus quadros;

II - certificado de registro no Conselho Regional de Educação Física do Estado do Rio Grande do Sul;

§ 1º - Para os efeitos desta lei, o profissional de Educação Física é reconhecido igualmente como

profissional da área de saúde. § 2º - Nos estabelecimentos onde sejam oferecidas as atividades de artes marciais e luta, o

orientador, preferencialmente, deverá ser credenciado por sua respectiva entidade estadual, legalmente instituída.

Art. 3º - O Governo do Estado, através de seu órgão competente, elaborará, em conjunto com o

Conselho Regional de Educação Física do Estado do Rio Grande do Sul, normas regulamentadoras e

supervisoras à aplicação desta lei, num prazo não superior a 90 (noventa) dias.

Art. 4º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 5º - Revogam-se as disposições em contrário. PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 08 de janeiro de

2002. Qual a dificuldade do Governo do Estado, leia-se do Poder Executivo? Em duas oportunidades, em 1988 e 2002, não conseguiu, disciplinar

o ensino das Artes Marciais, mesmo dispondo de 90 dias! Porque? Há muitas pessoas bem intencionadas na área esportiva, e todos, em geral,

acreditam estar fazendo o que podem de melhor. Contudo, é raro encontrar quem perceba a tremenda complexidade do

assunto, e quem faz ou tenta fazer algo, termina sendo envolvido por outros aspectos, ou pelos lobistas das corporações, focados em tirar vantagem...

Assim, a regulamentação não se realiza como um efeito danoso da cultura da superficialidade, na medida em que faltam informações adequadas, são raras as pessoas capazes de lidar com tanta informação sobre um tema tão importante a tratar.

Então, está na hora de nos organizarmos.

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A dificuldade para regulamentar está em ser preciso reunir pessoas que entendam, e que entendam muito, muito mesmo, de direito - para não cometer alguma bobagem jurídica; de direito desportivo - para harmonizar o plano jurídico com os princípios de direito desportivo; e sobretudo de artes marciais e de esportes de luta e de suas respectivas organizações – E com MUITO BOM SENSO!

Todos percebem que esporte está em alta: Brasil transforma-se no centro geográfico do esporte mundial: Teremos Jogos Militares Mundiais em 2011, Copa de Futebol em 2014, e Jogos

Olímpicos em 2016. Está na hora de debruçar-nos sobre o tema a fim de preparar um

projeto decente e com legitimidade. PL-6933/2010 Autor: Luciana Genro - PSOL/RS. Data de apresentação: 10/3/2010.

Ementa: Dispõe sobre a regulamentação da profissão de instrutor de artes marciais. Não traz novidade, com respeito aos demais projetos, que já estavam tramitando no Congresso. Havia vários quando foi apresentado. Contudo, misturou trechos de propostas um pouco antagônicas e incompatíveis e sofre de certa ambigüidade. Permite exercer a profissão tendo mero “diploma”, emitido por qualquer federação, "devidamente registrada". Ora, basta duas pessoas formalizarem uma ata e um estatuto, criando uma federação, e registrando tais documentos no Cartório de Pessoas Jurídicas, e poderão passar a “vender” diplomas... Ou seja, a regra desse projeto absolutamente nada regulamenta, nem soluciona coisa alguma!

O projeto também “cria” um Conselho, do nada, sem esclarecer como isso aconteceria!

Ora, para criar um Conselho Disciplinador de uma Profissão, a Lei que o cria deve dispor sobre como é estruturado.

O texto também se contradiz. Se houver um Conselho de Disciplina da Profissão, o exercício dependerá de inscrição. Contudo, paradoxalmente, o projeto autoriza o exercício da atividade para quem dispuser apenas de diploma de “federação”, ou seja, uma regra esvazia o efeito da outra.

Levamos essa situação ao conhecimento da Deputada, a qual foi muito atenta e receptiva, colocando-nos em contato com o grupo que elaborou aquele projeto e solicitou que elaborássemos um Projeto com maior cuidado. Respondemos que retomaríamos o assunto após o levantamento de mais dados após as eleições.

Em 16.11.2010, requerimento 7445 da Comissão de Turismo e Desporto: "...nos termos do

art.142 e 143, II, b, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, a apensação ao Projeto de

Lei n. 7813/10 Apensado(a) ao(a): PL-2889/2008. Situação: CCP: Aguardando Apensação; CTD: Tramitando em

Conjunto.

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Ementa: Dispõe sobre a regulamentação da profissão de instrutor de artes marciais. Indexação: Regulamentação,

profissão, instrutor, professor, artes marciais, piso salarial, direitos, deveres, limite mínimo, prática desportiva, criação,

conselho federal, conselho regional, código de ética. Data 10/3/2010 PLENÁRIO (PLEN) Apresentação do Projeto de Lei pela Deputada Luciana Genro (PSOL-RS).(íntegra) 24/3/2010 Mesa Diretora da Câmara dos Deputados (MESA) Apense-se ao PL-2889/2008. Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões - Art. 24 II Regime de

Tramitação: Ordinária (íntegra) 25/3/2010 COORDENAÇÃO DE COMISSÕES PERMANENTES (CCP) Encaminhada à publicação. Publicação Inicial no DCD de 26/3/2010. 16/11/2010 PLENÁRIO (PLEN) Apresentação do Requerimento n. 7445/2010, pela Comissão de Turismo e Desporto, que: "Requer, nos termos do

artigo 142 e 143, II, "b", do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, a apensação do Projeto de Lei n. 7813/10 ao Projeto

de Lei n. 6933/10 PL-5534/2009 CTD Autoria Deputado José Mentor PT/SP apresentado 2/7/2009 Ementa:

Veda a transmissão de lutas marciais pelas emissoras de televisão na forma que especifica e dá outras providências. Despachado (Art. 54 RICD), proposição sujeita à apreciação conclusiva pelas Comissões, Art. 24 II regime de tramitação ordinária, às Comissões de Turismo e Desporto; Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática e Constituição e Justiça e de Cidadania. Comissão de Turismo e Desporto, em reunião ordinária de 16 de junho de 2010, rejeitou, nos termos do Parecer do Relator, Deputado Fábio Faria, de ser mais violento que as lutas cercear a liberdade.

REQ-6/2009 PL452904 PL452904 Autor: Ilderlei Cordeiro -

PPS/AC. Data de apresentação: 8/9/2009 Ementa: Requer realização de uma audiência pública para discutir no âmbito da Comissão Especial do Estatuto da Juventude, a introdução na grade curricular dos ensinos fundamental e médio, da disciplina "artes marciais e defesa pessoal".

PL-4254/2008 MESA Arquivada Autor: Ilderlei Cordeiro - PPS/AC. Data de apresentação: 10/11/2008

Ementa: Inclui, na grade complementar do currículo dos ensinos fundamental e médio das escolas públicas, a disciplina "Artes Marciais e Defesa Pessoal".

Despacho: Às Comissões de Educação e Cultura e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD) - Art. 24, II Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões - Art. 24 II Regime de Tramitação: Ordinária

PL-3575/2008 CFT Aguardando Parecer Autor: Izalci - PSDB/DF. Data de apresentação:

17/6/2008 Ementa: Acrescenta parágrafos ao art. 4º da Lei nº 11.345, de 14 de setembro de 2006, alterado pela Lei nº 11.505, de 18 de julho de 2007. Estende às micro e pequenas empresas dedicadas às atividades de cursos e escolas livres o benefício do parcelamento dos débitos fiscais e previdenciários dados aos Clubes de Futebol. Despacho: Às Comissões de Finanças e Tributação (Mérito e Art. 54, RICD) e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD) - Art. 24, II Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões - Art. 24 II Regime de Tramitação: Ordinária

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21.3.2012 Designado Relator, Dep. Jerônimo Goergen (PP-RS) PL-1607/2007 CTD Tramitando em conjunto apensado ao PL-1371/2007 abaixo Autor:

Rodrigo Rollemberg - PSB/DF. Data de apresentação: 12/7/2007 Ementa: Acrescenta parágrafo único ao art. 2º da Lei nº 9.696, de 1º de setembro de 1998. Explicação: Determina que não estão sujeitos à fiscalização dos Conselhos Regionais de Educação Física os profissionais de dança, artes marciais, ioga e capoeira, seus instrutores, professores e academias.

PL-1371/2007 CTD Aguardando Parecer (em conjunto com anterior) Autor: Alice Portugal -

PCdoB/BA. Data de apresentação: 19/6/2007 Ementa: "Acrescenta parágrafo único ao art. 2º da Lei nº 9.696, de 1º de setembro de 1998". Explicação: Determina que não estão sujeitos à fiscalização dos Conselhos Regionais de Educação Física os profissionais de dança, artes marciais e ioga, capoeira e método pilates, seus instrutores, professores e academias.

Despacho: Às Comissões de Educação e Cultura; Turismo e Desporto; Trabalho, de Administração e Serviço Público e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD) - Art. 24, II Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões - Art. 24 II Regime de Tramitação: Ordinária

PL-50/2007 CTD Aguardando Designação de Relator - comentado acima Autor: Neilton Mulim - PR/RJ. Data de apresentação: 6/2/2007

Ementa: Regulamenta as atividades dos profissionais de artes marciais, capoeira, dança, surf, bodyboard, skate, e dá outras providências.

Despacho: Às Comissões de Educação e Cultura; Turismo e Desporto; Trabalho, de Administração e Serviço Público e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD) - Art. 24, II Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões - Art. 24 II Regime de Tramitação: Ordinária

PL-7054/2006 MESA Arquivada Autor: Moreira Franco - PMDB/RJ. Data de apresentação: 17/5/2006

Ementa: Regulamenta as atividades dos profissionais de artes marciais, capoeira, dança, surf, bodyboard, skate, e dá outras providências.

Despacho: Às Comissões de Turismo e Desporto; Trabalho, de Administração e Serviço Público e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD) Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões - Art. 24 II Regime de Tramitação: Ordinária

PL-6242/2005 MESA Arquivada Autor: Sandra Rosado - PSB/RN. Data de apresentação: 23/11/2005

Ementa: Dispõe sobre o registro, em órgãos de segurança pública, de professores e alunos de estabelecimentos de artes marciais.

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Despacho: Às Comissões de Turismo e Desporto; Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado e Constituição e Justiça e de Cidadania (Mérito e Art. 54, RICD) Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário Regime de Tramitação: Ordinária

REQ-81/2005 CTD CTD Arquivada Autor: André Figueiredo - PDT/CE. Data de apresentação: 15/3/2005

Ementa: Solicita a realização de audiência pública para subsidiar a discussão do Projeto de Lei 7.370, de 2003, que "acrescenta parágrafo único ao art. 2º da Lei 9.696, de 1º de setembro de 1998", excepcionando da fiscalização dos conselhos de educação física os profissionais de danças, artes marciais e ioga, seus instrutores, professores e academias.

PL-3282/2004 MESA Arquivada Autor: Julio Lopes - PP/RJ. Data de apresentação: 31/3/2004

Ementa: Altera a redação dos artigos 121, 129 e 288 do Código Penal, para inserir as majorantes de pena que menciona e dá outras providências. Explicação: Aumenta as penas para os crimes de homicídio qualificado, homicídio culposo, lesão corporal culposa e formação de quadrilha quando o agressor for impelido por motivo de discriminação, se for praticante de artes marciais ou se envolver em brigas em ambientes fechados de diversões públicas e de lazer. Altera o Decreto - Lei nº 2.848, de 1940.

Despacho: À Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. DCD 13 04 04 pág 15574 col 02.

REQ-78/2004 CTD CTD Arquivada Autor: Josué Bengtson - PTB/PA e outros. Data de apresentação: 11/11/2004

Ementa: Solicita a realização de audiência pública para subsidiar o parecer ao Projeto de Lei 7.370, de 2003, que "acrescenta parágrafo único ao art. 2º da Lei 9.696, de 1º de setembro de 1998", excepcionando da fiscalização dos conselhos de educação física os profissionais de danças, artes marciais e yoga, seus instrutores, professores e academias.

REQ-41/2003 CECD => PL-7370/2002 MESA Arquivada Autor: Gilmar Machado - PT/MG. Data de apresentação: 14/5/2003

Ementa: Solicita a realização de audiência pública para subsidiar o parecer ao Projeto de Lei 7.370, de 2003, que "acrescenta parágrafo único ao art. 2º da Lei 9.696, de 1º de setembro de 1998", excepcionando da fiscalização dos conselhos de educação física os profissionais de danças, artes marciais e yoga, seus instrutores, professores e academias.

REQ-1/2003 CTD CTD Arquivada Autor: Gilmar Machado - PT/MG. Data de apresentação: 25/8/2003

Ementa: Requer a realização de audiência pública para subsidiar o parecer ao Projeto de Lei nº 7.370, de 2002, que "acrescenta parágrafo único ao art. 2º da Lei 9.696, de 1º de setembro de 1998",

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Prof. Padilla UFRGS Direito Desportivo http://www.padilla.adv.br/desportivo/artesmarciais p.25

excepcionando da fiscalização dos conselhos de educação física os profissionais de danças, artes marciais e yoga, seus instrutores, professores e academias.

PL-7370/2002 MESA Arquivada Autor: Luiz Antonio Fleury - PTB/SP. Data de apresentação: 21/11/2002

Ementa: Acrescenta parágrafo único ao art. 2º da Lei 9.696, de 1º de setembro de 1998. Explicação: Dispõe que não estão sujeitos à fiscalização dos Conselhos Regionais de Educação Física os profissionais de dança, artes marciais e ioga.

Despacho: Às Comissões de Educação e Cultura; Turismo e Desporto; Trabalho, de Administração e Serviço Público e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD) - Art. 24, II

PL-6339/2002 MESA Arquivada Autor: José Carlos Coutinho. Data de apresentação: 19/3/2002

Ementa: Obriga a presença de médico nas academias de ginástica. Musculação, artes marciais e congêneres, no seu horário de funcionamento.

Despacho: Despacho à CECD, CSSF e CCJR (Artigo 54 do RI) - Artigo 24, II. PL-3291/2000 MESA Arquivada Autor: De Velasco - PSL/SP. Data de apresentação: 27/6/2000

Ementa: Dispõe sobre o registro de professores e alunos de academias de artes marciais nos órgãos de segurança pública. Explicação: Estabelece critérios para o registro de professores e alunos de academias de artes marciais, maiores de dezesseis anos, junto aos orgãos de segurança pública.

Despacho: Despacho à CECD, CSPCCOVN e CCJR. (Novo despacho). PL-1182/1999 MESA Arquivada Autor: Alcione Athayde - PPB/RJ. Data de apresentação: 15/6/1999

Ementa: Dispõe sobre o ensino, o aprendizado e a prática de artes marciais e lutas em academias e estabelecimentos congêneres.

Despacho: DESPACHO INICIAL A CECD E CCJR. PL-585/1999 MESA Arquivada Autor: Regis Cavalcante - PPS/AL. Data de apresentação: 8/4/1999

Ementa: Dispõe sobre a exigência de exame psicológico para professores e alunos de modalidades esportivas sob a denominação de artes marciais e dá outras providências.

Despacho: DESPACHO A CECD, CREDN E CCJR (ARTIGO 54) - ARTIGO 24, II. (NOVO DESPACHO). DCD 10 03 00 PAG 10695 COL 01.

PL-3976/1997 Autor: TUGA ANGERAMI - PSDB/SP.

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Prof. Padilla UFRGS Direito Desportivo http://www.padilla.adv.br/desportivo/artesmarciais p.26

Data de apresentação: 9/12/1997 Ementa: Dispõe sobre a exigência de exame psicológico para professores e alunos de modalidade esportivas de artes marciais.

PL-3802/1989 Autor: FRANCISCO ROLLEMBERG - PMDB/SE. Data de apresentação: 7/12/1988

Ementa: DISPÕE SOBRE O ENSINO DAS MODALIDADES ESPORTIVAS DE LUTAS E DISCIPLINA SUA PRATICA EM CLUBES, ACADEMIAS E ESTABELECIMENTOS CONGENERES. Explicação: CONSTITUINDO MODALIDADE ESPORTIVA DE LUTAS AS ARTES MARCIAIS JUDO, KARATE, TAEKWONDO, AIKIDO, KENDO, KEMPO, KYOKUSKIN-OYAMA, BEM COMO AS LUTAS DE CAPOEIRA, BOXE, LIVRE E GRECO-ROMANA).

SBT-1 CEC => PL-50/2007 Autor: Jorginho Maluly - DEM/SP. Data de apresentação: 10/6/2009

Ementa: Regulamenta as atividades dos profissionais de artes marciais, capoeira, dança, surf, bodyboard, skate, e dá outras providências.

SBT-1 CFT => PLP-2/2007 Autor: José Pimentel - PT/CE. Data de apresentação: 27/5/2008

Ementa: Altera a Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. Explicação: Define regras para tributação do Microeemprendedor Individual - MEI. Inclui ou reorganiza nas Tabelas de Partilha do Simples Nacional , a partir de 2009, as seguintes atividades: escolas técnicas, profissionais e de ensino médio, de línguas estrangeiras, de artes, cursos técnicos de pilotagem, preparatórios para concursos, gerenciais e escolas livres; serviços de usinagem, solda, tratamento e revestimento em metais; laboratórios de análises clínicas ou de patologia clínica; serviços de tomografia, diagnósticos médicos por imagem, registros gráficos e métodos óticos, bem como ressonância magnética; serviços de prótese em geral; atividades de fisioterapia; academias de dança, de capoeira, de ioga e de artes marciais; academias de atividades físicas, desportivas, de natação e escolas de esportes; elaboração de programas de computadores e jogos eletrônicos desenvolvidos em estabelecimento do optante; licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação; planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas, realizados em estabelecimento do optante; provedores de acesso a redes de computadores; escritórios de serviços contábeis; construção de imóveis e obras de engenharia em geral, inclusive sob a forma de subempreitada, execução de projetos e serviços de paisagismo, bem como decoração de interiores; corretagem de seguros; agências de publicidade e assessorias de imprensa; serviços de tradução; representação comercial. Altera a Lei nº 10.406, de 2002, e a Lei Complementar nº 116, de 2003.

SBT-1 CTD => PL-50/2007 Autor: Valadares Filho - PSB/SE. Data de apresentação: 22/8/2007

Ementa: Dispõe sobre o reconhecimento e regulamenta as atividades dos profissionais de artes marciais, capoeira, dança, surf, bodyboard, skate, e dá outras providências

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Prof. Padilla UFRGS Direito Desportivo http://www.padilla.adv.br/desportivo/artesmarciais p.27

Em São Paulo, quando vereador, Eder Jofre apresentou um Projeto de Lei Municipal. No Rio de Janeiro, quando Governador MARCELLO ALENCAR, foi editada a Lei nº 3008, de

9.7.1998. “Dispõe sobre a obrigatoriedade de habilitação e registro em FEDERAÇÃO DESPORTIVA REGULAR dos professores de artes marciais da forma que menciona.” O GOVERNADOR

DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, Faço saber que a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º - Fica obrigatório o registro em Entidade de Administração Estadual de Desporto, tipificada como Federação Desportiva, de todo o praticante de atividade desportiva conceituada como arte marcial que se dedique à ministração de aulas ou treinamento de alunos.

Art. 2º - VETADO

Art. 3º - O descumprimento ao disposto na presente lei acarretará à entidade infratora: a) multa de 50 UFERJ’s; b) na reincidência, multa de 200 UFERJ’s; c) VETADO

d) VETADO

Art. 4º - A fiscalização do cumprimento desta Lei será feita por representantes designados para este fim, das Secretarias de Estado de Educação, de Saúde, de Esporte e de Segurança Pública.

Art. 5º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Podemos conectar o Direito, através de um Teoria Geral dos Processos,

com o "Processo de Pensamento e de Comunicação" e resgatar a efetividade da

Cultura e obter paz social com a Justiça - estimulando a cultura e educação

para o livre pensar?

Confira um resumo da tese em:

www.padilla.adv.br/processo/pensamento/etica

Atenciosamente,

Professor PADILLA

Luiz Roberto Nuñes Padilla

http://lattes.cnpq.br/3168948157129653 ----- Original Message -----

From: Jeter Bertoletti

Sent: Tuesday, December 21, 2010 7:25 PM

Subject: Re: ...propondo, ao iniciar novo ano, refletirmos sobre as

manipulaçõe$ das Corporaçõe$...

Prezado Mestre PADilla

Tua inteligência e cultura se nivela somente aos grandes pensadores e

realizadores que se destacaram no primeiríssimo mundo. Por aqui, no momento,

é extremamente difícil encontrarmos pessoas com essa tua firmeza e

constância de pensamento. Felizes são aqueles que te ouvem. A seguir vou

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Prof. Padilla UFRGS Direito Desportivo http://www.padilla.adv.br/desportivo/artesmarciais p.28

enviar-te um e-mail, que creio ser importante para diferenciar o pobre do

rico.

Desejo a ti e familiares toda a sorte de realizações e sucessos no ANO NOVO

com muita felicidade neste NATAL.

Um abração.

Jeter