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2ª SÉRIE - ENSINO MÉDIO Atividades Quarentena de Literatura, Gramática, Redação, Inglês, Espanhol, História, Geografia, Filosofia, Sociologia, Química, Biologia, Física, Matemática e Educação Física. 2ª CHAMADA - SIMULADO ON-LINE 1º TRIMESTRE Dia: 26 de Junho de 2020 (sexta-feira) Horário: 8h - 22h

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2ª SÉRIE - ENSINO MÉDIO

AtividadesQuarentena

de

Literatura, Gramática, Redação, Inglês, Espanhol, História,Geografia, Filosofia, Sociologia, Química, Biologia,

Física, Matemática e Educação Física.

2ª CHAMADA - SIMULADO ON-LINE

1º TRIMESTREDia: 26 de Junho de 2020 (sexta-feira)

Horário: 8h - 22h

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2020 – 2ª CHAMADA ON-LINE – 2ª SÉRIE – 1º TRIMESTRE

MATEMÁTICA 1. Construir figuras de diversos tipos, apenas dobrando e cortando papel, sem cola e sem tesoura, é a arte do

origami (ori = dobrar; kami = papel), que tem um significado altamente simbólico no Japão. A base do origami é o conhecimento do mundo por base do tato. Uma jovem resolveu construir um cisne usando técnica do origami, utilizando uma folha de papel de 18cm por 12cm Assim, começou por dobrar a folha conforme a figura abaixo. Após essa primeira dobradura, a medida do segmento AE é:

a) 2 22 cm.

b) 6 3 cm.

c) 12 cm.

d) 6 5 cm.

e) 12 2 cm.

GABARITO: D RESOLUÇÃO:

Desde que AD BC e ,AB DC temos 6cm.DE Portanto, pelo Teorema de Pitágoras, temos

2 2 2 2 2 2AE AD DE AE 12 6

AE 5 36

AE 6 5 cm.

2. Considere a função real de variável real f(x) = 3 – 5 sen (2x + 4). Os valores de máximo e mínimo

são, respectivamente,

a) -2 e 8 b) 8 e -2 c) -1 e 2 d) 2 e -1 e) 8 e 1 GABARITO: B RESOLUÇÃO: Calculando:

f(x) 3 5 sen (2x 4)

f(x) 3 5 8 máxsen (2x 4) 1

f(x) 3 5 2 mín

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3. O município de Mossoró, no estado do Rio Grande do Norte, é o maior produtor de sal marinho do Brasil. Esse sal é transportado, por meio terrestre, até a capital do estado, Natal, que fica a aproximadamente 200km a leste e 150km ao sul da cidade de Mossoró, de acordo com mapa abaixo. Com base em seus conhecimentos de geometria, é correto afirmar que a distância em linha reta entre as cidades de Mossoró e

de Natal, em km, é de:

a) 70 b) 500 c) 450 d) 350 e) 250 GABARITO: E RESOLUÇÃO: Segundo o trajeto temos:

Aplicando teorema de Pitágoras temos:

2 2 2

2

d 150 200

d 22500 40000

d 62500 250 km

4. A pressão arterial é a pressão que o sangue exerce sobre as paredes das artérias. Ela atinge o valor máximo

(pressão sistólica) quando os ventrículos se contraem, e o valor mínimo (pressão diastólica) quando eles estão em repouso. Suponhamos que a variação da pressão arterial (em mmHg) de um cidadão portoalegrense em função do tempo (em segundos) é dada por (ver imagem abaixo). Diante disso, os valores

da pressão diastólica e sistólica, em mmHg, são iguais, respectivamente, a

8P(t) 100 20 cos t .

3

π

a) 60 e 100 b) 60 e 120 c) 80 e 120 d) 80 e 130 e) 90 e 120

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GABARITO: C RESOLUÇÃO:

Sabendo que o valor máximo de 8

cos t3

π é 1 podemos concluir que o valor da pressão diastólica é

100 20 80mmHg. Por outro lado, sendo -1 o valor mínimo de

8cos t ,

3

π segue que o valor da pressão

sistólica é 100 20 ( 1) 120mmHg.

5. Se as medidas de dois dos lados de um triângulo são respectivamente (ver imagem abaixo) e se a medida do

ângulo entre esses lados é 135 graus, então, a medida, em metros, do terceiro lado é

7m e 5 2 m Imagem

a) 12 b) 15 c) 13 d) 14 e) 00

GABARITO: C RESOLUÇÃO: Seja x a medida do terceiro lado. Logo, pela Lei dos Cossenos, encontramos:

2 2 2

2

2

x 7 (5 2) 2 7 5 2 cos135

2x 49 50 2 35 2

2

x 169

x 13.

6. Seja um triângulo inscrito em uma circunferência de raio R. Se esse triângulo tem um ângulo medindo 30⁰,

seu lado oposto a esse ângulo mede:

a) R

2

b) R

c) 2R

d) 2R

3

e) 3R

GABARITO: B RESOLUÇÃO:

Seja a medida do lado do triângulo que é oposto ao ângulo de 30 . Pela Lei dos Senos, tem-se que:

2R R.sen30

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7. João está procurando cercar um terreno triangular que ele comprou no campo. Ele sabe que dois lados desse

terreno medem, respectivamente, 10m e 6m e formam entre si um ângulo de 120⁰. O terreno será cercado

com três voltas de arame farpado. Se o preço do metro do arame custa R$ 5,00, qual será o valor gasto por João com a compra do arame?

Dados:

3sen de 120° =

2

1cos de 120° = -

2

a) R$ 300,00 b) R$ 420,00 c) R$ 450,00 d) R$ 500,00 e) R$ 520,00 GABARITO: C RESOLUÇÃO: Pela lei dos cossenos:

2 2 2 2 21a 10 6 2 10 6 cos 120 a 136 120 a 196 a 14

2

Perímetro 10 6 14 30 m

3 voltas 90 m custo 5 90 450 reais

8. Considerando o triângulo a seguir, o valor de x é:

a) 4 6

b) 2 6

c) 4 3

d) 5 3

e) 6 2

GABARITO: A RESOLUÇÃO:

Aplicando o teorema dos senos no triângulo assinalado e admitindo que 45 , α temos:

x 8 2 3x 8

sen 60 sen 45 2 2

8 3x x 4 6

2

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9. Dado o triângulo ABC e sabendo que o lado a mede 16, o lado b mede 10 e o ângulo formado por esses

lados é 60⁰, qual é o valor do lado C do triângulo?

a) 10 b) 11 c) 12 d) 13 e) 14

GABARITO: E RESOLUÇÃO: Observe que o triângulo não é retângulo. Aplicando a lei dos cossenos em relação ao ângulo C (oposto ao lado procurado), temos:

14196

1961603562

1.320100256

cos)10).(16.(2)10()16(

cos2

2

222

222

c

c

Cc

Cabbac

FÍSICA 10. Considere um gás confinado em um recipiente cilíndrico, de paredes fixas, exceto pela tampa, que é

composta por um êmbolo móvel que exerce uma pressão constante (P) sobre o gás. Caso o gás se expanda

e seu volume sofra um incremento ΔV em função de deslocamento do êmbolo, o trabalho realizado pelo gás é:

a) P - Δ V

b) P + Δ V

c) P/ Δ V

d) (P. Δ V)²

e) P. Δ V

GABARITO: E O trabalho que um gás realiza, ou o que é realizado sobre ele, é representado pela seguinte expressão: W = P.ΔV. 11. Ao fazer uma série de experimentos em laboratório com fluidos, um cientista submete uma mostra gasosa a

três processos expansivos AB, BC e CD, como indicado no diagrama da figura. Analisando essas informações, é correto afirmar que o trabalho realizado nessa expansão é:

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a) maior no processo BC do que nos demais processos. b) maior no processo AB do que nos processos BC e CD somados. c) maior nos processos BC e CD somados do que no processo AB. d) menor no processo BC do que no processo CD. e) menor no processo AB do que no processo CD. GABARITO: C Em um gráfico P x V, a área abaixo da curva representa o trabalho. Como a questão compara entre maior ou menor os trabalhos dos processos, vamos desconsiderar a legenda do gráfico: Tab = 5x2 = 10 Tbc = (2+5)x2/2 = 7 Tcd = 2x2 = 4 Daí: Tbc + Tcd = 7 + 4 = 11 > 10 Portando: (Tbc + Tcd) > Tab. 12. Uma dada massa de gás perfeito realiza uma transformação cíclica ABCA, como está representada no

gráfico Pressão x Volume a seguir. De acordo com as informações do gráfico fornecido, podemos afirmar que:

a) o gás não realiza trabalho no processo BC. b) o processo AB representa uma transformação isocórica. c) em cada ciclo o meio externo realiza trabalho sobre o gás. d) em cada ciclo a variação da energia interna diminui. e) o ciclo completo é adiabático. GABARITO: A O processo BC é isocórico (volume constante, ΔV = 0), com isso:

W = P.ΔV W = P. 0

W = 0 Concluímos que o trabalho é nulo no processo BC. 13. A termodinâmica é responsável por estudar transporte de energia, não se atendo apenas a gases. Na figura

abaixo, pode-se ver a representação de uma lâmpada incandescente. Suponha que o rendimento dessa lâmpada é de 7/%. Se essa lâmpada possui uma potência de 100 [W], significa que, a cada segundo, ela recebe 100[J] de energia para realizar trabalho, que nesse caso é produzir energia luminosa. Assim, a variação da energia interna sofrida por um sistema gasoso é aqui representada pela produção de energia térmica: essa lâmpada esquenta muito. Uma família que usa em sua residência cinco dessas lâmpadas em uma sala que precisa ser bem iluminada (e para isso precisa deixar ligadas as lâmpadas o dia todo), se quiser economizar no valor pago na conta de consumo de energia elétrica sem prejudicar as atividades desenvolvidas na sala em questão, deve:

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a) trocar as lâmpadas por outras de menor potência, assim seu consumo será menor e poderá usá-las por mais tempo.

b) trocar essas lâmpadas por outras mais potentes, assim não precisarão deixa-las muito tempo ligadas. c) substituir essas lâmpadas por outras de maior rendimento, assim podem mantê-las acesas o mesmo tempo e

gastar menos energia. d) substituir as lâmpadas por outras de menor rendimento, assim diminui também a quantidade de

energia perdida. e) diminuir a quantidade de lâmpadas acesas, pode-se retirar duas lâmpadas e reduzir assim o consumo. GABARITO: C O enunciado diz que as condições de iluminação devem ser mantidas, isso inclui o tempo da iluminação durante o dia. Logo não se deve alterar essas condições. Aumentando o rendimento aumenta-se a quantidade de energia elétrica utilizada diminuindo assim a quantidade de energia térmica produzida na perda. Isso é o que prevê a primeira lei da termodinâmica. 14. Na noite do réveillon de 2020, Jussara estava usando uma camisa com o número do ano novo estampado.

Ao visualizá-la através da imagem refletida em um espelho plano, o número do ano em questão observado por Jussara se apresentava da seguinte forma:

a)

b)

c)

d)

e) GABARITO: D A imagem conjugada por um espelho plano é, dentre outras características, enantiomorfa. Comparando com o objeto, a imagem possui inversão horizontal. 15. No dia 20 de junho de 1969, o ser humano caminhou pela primeira vez na superfície lunar. Em uma das fotos

registradas nesse dia, pode-se ver uma imagem direita e menor formada pela superfície convexa do visor do capacete do astronauta Edwin Aldrin, que funciona como um espelho.

De acordo com essas informações, podemos concluir que essa imagem é:

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a) real e o objeto se encontra além do centro de curvatura do espelho. b) virtual e independe da localização do objeto. c) virtual e o objeto se encontra entre o espelho e seu foco principal. d) real e o objeto se encontra entre o espelho e seu foco principal. e) real e independe da localização do objeto. GABARITO: B A imagem de um espelho convexo é sempre menor, direita e virtual sendo o foco principal também virtual, independendo de onde o objeto está colocado. 16. A figura abaixo representa um espelho esférico côncavo E e seus respectivos centro de curvatura C, foco F e

vértice V Um dos infinitos raios luminosos que incidem no espelho tem sua trajetória representada por r, um raio incidente paralelo ao eixo principal (reta horizontal que passa pelos pontos V, F e C). As trajetórias de 1 a 5 se referem a possíveis caminhos seguidos pelo raio luminoso refletido no espelho.

O número que melhor representa a trajetória percorrida pelo raio r após refletir no espelho E é:

a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5 GABARITO: D Raios paralelos ao eixo principal de um espelho côncavo convergem para o foco (F). 17. Decepcionada com o cancelamento dos jogos olímpicos no Japão em 2020 devido à pandemia do COVID-19,

dos quais o Goku seria o mascote, uma aluna otaku e admiradora da física pega sua miniatura do Goku e coloca a 60[cm] de distância de um espelho esférico côncavo de distância focal igual a 30[cm]. Ela exibe a imagem formada como em um show de mágica para seus familiares.

A respeito dessa imagem, pode-se dizer que ela é:

a) direita, virtual e de tamanho igual ao do objeto. b) invertida, real e de tamanho igual ao do objeto. c) direita, virtual e de tamanho maior do que o do objeto. d) invertida, virtual e de tamanho menor do que o do objeto. e) imprópria.

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GABARITO: B Quando o objeto se posiciona no centro de curvatura do espelho, a imagem formada tem as mesmas características do objeto, exceto sua orientação, pois é invertida. Sendo invertida ela é real (e também porque pode ser projetada). O centro de curvatura tem o dobro da distância do foco, nesse caso o dobro de 30[cm], ou seja, o Goku foi posicionado sobre o vértice desse espelho. 18. Se um objeto de 20[cm] de altura for posicionado a 30[cm] de distância de um espelho esférico côncavo de

raio de curvatura igual a 40[cm]. A imagem formada será

a) Maior que 35[cm] e direita. b) Menor que 2m[cm] e invertida. c) Maior que 45[cm] e direita. d) Menor que 60[cm] e direita. e) Maior que 38[cm] e invertida. GABARITO: E (1/f) = (1/p) + (1/p’) (1/p’) = (1/f) – (1/p) (1/p’) = (1/20[cm]) – (1/30[cm])

(1/p’) = (3/60[cm]) – (2/60[cm]) (1/p’) = (1/60[cm]) p’ = 60[cm]

(i/o) = (1p’/p) i = (-p’/p) . o i = (-60[cm]/30[cm]) . 20[cm] i = -40[cm].

O sinal negativo no “i” indica que a imagem é invertida, pois o sinal do “o” é positivo!

QUÍMICA 19. O gás natural (metano) é um combustível utilizado, em usinas termelétricas, na geração de eletricidade, a

partir da energia liberada na combustão.

Uma termelétrica tem uma produção de 2,4 · 10⁹ kJ/hora de energia elétrica. Considerando que a energia térmica liberada na combustão do metano é completamente convertida em energia elétrica, nesse caso, a massa de CO2 lançada na atmosfera será, aproximadamente, igual a:

CH4(g) + 2 O2(g) → CO2(g) + 2 H2O(g) ∆H = - 800kJ/mol a) 3 toneladas/hora. b) 18 toneladas/hora. c) 48 toneladas/hora. d) 132 toneladas/hora. e) 150 toneladas/hora. GABARITO: D COMENTÁRIO: Massa molar do CO2 = 44 g/mol e, de acordo com a equação, a quantidade molar de CO2 formada na liberação de 800kJ de energia foi 1 mol. 800 kJ ---------------- 44 g 2,4.109 kJ ----------- mco2 mCO2 = 132000000 g ou 132 toneladas/h 20. O preparo de uma solução de hidróxido de sódio em água ocorre com desenvolvimento de energia térmica e

consequente aumento de temperatura, indicando tratar-se de um processo a) sem variação de entalpia. b) sem variação de energia livre. c) isotérmico. d) endotérmico. e) exotérmico. GABARITO: E COMENTÁRIO: A dissociação do composto ocorre com a liberação de calor para a vizinhança do sistema, aumentando a temperatura do meio. Liberação de calor é um processo exotérmico.

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21. Ao se sair molhado em local aberto, mesmo em dias quentes, sente-se uma sensação de frio. Esse fenômeno está relacionado com a evaporação da água que, no caso, está em contato com o corpo humano. Essa sensação de frio explica-se corretamente pelo fato de que a evaporação da água é um processo

a) endotérmico e cede calor ao corpo. b) endotérmico e retira calor do corpo. c) exotérmico e cede calor ao corpo. d) exotérmico e retira calor do corpo. e) exotérmico e retira calor do meio ambiente. GABARITO: B COMENTÁRIO: A água entra em processo de evaporação, absorvendo calor do corpo. O calor do corpo, transferido às moléculas de água, aumenta a sua energia cinética, fazendo-a evaporar. Isso implica na diminuição da temperatura corporal, dando a ele a sensação de frio.

22. Considerando o diagrama de entalpia a seguir, a combustão completa (formação de CO₂) de 1,6 kg de metano produzirá, em kJ, uma quantidade de energia equivalente a: Dado: massa molar do metano: 16 g/mol.

a) 2,0 × 10⁵

b) 1,4 × 10⁵

c) 6,1 × 10⁴

d) 5,0 × 10⁵

e) 8,91 × 10⁴

GABARITO: E COMENTÁRIO: Uma reação de combustão completa de um composto orgânico libera gás carbônico. De acordo com o gráfico, a única reação que libera CO2 também libera 891 kJ de energia para 1 mol de metano. 16g de metano ----------- 891 kJ 1600g de metano -------- X X = 89100 kJ ou 8,91 . 10

4 kJ

23. A água é a substância mais abundante em nosso planeta, ocorrendo, nos três estados físicos (sólido, líquido,

gasoso), na litosfera, hidrosfera e atmosfera. Todos os seres vivos são constituídos por grandes porcentagens de água, de modo que, sem ela, a vida, tal qual a conhecemos, não existiria na Terra.

Considerando o gráfico de energia abaixo, que representa a formação da água nos diferentes estados físicos, pode-se afirmar que a:

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a) vaporização da água é um processo endotérmico e por consequência há uma diminuição da energia cinética das sua moléculas.

b) vaporização da água é um processo exotérmico e por consequência há uma diminuição da energia cinética das suas moléculas.

c) solidificação da água é um processo exotérmico e por consequência há uma diminuição da energia cinética das suas moléculas.

d) fusão da água é um processo exotérmico e por consequência há uma diminuição da energia cinética das suas moléculas.

e) condensação da água é um processo exotérmico e por consequência há um aumento da energia cinética das suas moléculas.

GABARITO: C COMENTÁRIO: A vaporização da água é um processo endotérmico, e, por consequência, um aumento da energia cinética das suas moléculas. A fusão da água é um processo endotérmico, e, por consequência, um aumento da energia cinética das suas moléculas. A condensação da água é um processo exotérmico, e, por consequência, uma diminuição da energia cinética das suas moléculas. 24. São processos endotérmicos e exotérmicos, respectivamente, as mudanças de estado: a) fusão e ebulição. b) solidificação e liquefação. c) condensação e sublimação. d) sublimação e solidificação. e) sublimação e fusão. GABARITO: D COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: Fusão, ebulição e sublimação são endotérmicos, pois ocorrem com absorção de calor. Condensação, liquefação, solidificação e ressublimação são exotérmicos, pois ocorrem com liberação de calor.

25. Uma pessoa com febre de 38,5 graus Celsius deve perder cerca de 418 kJ de calor para que sua temperatura corporal volte ao normal (36,5 graus Celsius). Supondo que a única forma de o corpo perder calor seja através da transpiração, a massa de água, em gramas, a ser perdida, para abaixar a febre em 2 graus Celsius é: (Dado: Variação de entalpia = 43,4 kJ por mol (calor de vaporização da água)

a) 9,6 b) 43,4 c) 96,0 d) 17,34 e) 173,4 GABARITO: E COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: Se cada 43,4kJ vaporiza 1 mol de água, e um mol de água pesa 18 g, então, 418 kJ vaporizarão 173,4g de água.

26. Em um texto, encontramos a seguinte frase: “Quando a água funde, ocorre uma reação exotérmica”.

Nessa frase há: a) apenas um erro, porque a água não funde. b) dois erros, porque não se trata de reação química, nem o processo físico é exotérmico. c) apenas um erro, porque não se trata de reação química mas de processo físico. d) apenas um erro, porque a reação química é endotérmica. e) três erros, porque a água não sofre fusão, não ocorre reação química, e o processo físico é endotérmico. GABARITO: B COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: A fusão da água demanda absorção de calor, logo, é endotérmica. A água continua sendo água, ou seja, não houve reação, mas, sim, um processo físico.

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27. Ao se abrir a válvula de um botijão de gás de cozinha, o botijão se resfria intensamente porque:

a) ocorre absorção de luz na expansão do gás. b) ao se contrair, o gás mantém sua temperatura constante. c) a expansão é um processo exotérmico. d) durante a expansão ocorrerão reações químicas com o ferro do botijão, que são endotérmicas. e) durante a expansão as moléculas do gás retiram calor das vizinhanças. GABARITO: E COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: Uma vez que as moléculas passam do estado líquido, no interior do botijão, para o estado gasoso, no exterior, elas precisam absorver calor, pois é um processo de vaporização. Para isso, retiram calor das paredes do botijão.

BIOLOGIA 28. O Sistema digestório é dividido em duas partes, sendo uma delas o tubo digestório, e a outra, os órgãos

anexos. O tubo digestório, por sua vez, é dividido em três partes: alto, médio e baixo. Quais são os órgãos que formam o tubo digestório? a) Faringe, laringe, pulmão, pâncreas e fígado. b) Boca, laringe, faringe, vesícula biliar e apêndice. c) Estômago, intestino delgado, fígado e rim. d) Laringe, estômago, pulmão, rim e fígado. e) Boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado e grosso. GABARITO: E COMENTÁRIO: O tubo digestório é dividido em alto, composto pela boca, faringe e esôfago; o médio, formado pelo estômago e intestino delgado; e baixo, formado pelo intestino grosso. 29. O esôfago é um dos órgãos que atuam no sistema digestório fazendo a ligação da faringe até o estômago.

Considerando seu papel no processo de digestão, o esôfago atua através a) da liberação de ácidos. b) da ação de enzimas diluidoras do alimento. c) do esfíncter que se mantém aberto. d) de movimentos peristálticos. e) da liberação parcial do espaço para passagem do alimento. GABARITO: D COMENTÁRIO: O movimento realizado pelo esôfago é conhecido como peristáltico, o que corresponde às ondas de contrações. O conduto musculoso do esôfago espreme o bolo alimentar recebido e empurra em direção ao estômago. 30. A ingestão de alimentos gordurosos como fastfoods estimula a contração da vesícula biliar. A bile, liberada no:

a) estômago, contém enzimas que digerem proteínas. b) estômago, contém ácidos que facilitam a digestão dos lipídios. c) fígado, contém enzimas que facilitam a digestão de proteínas. d) duodeno, contém enzimas que digerem lipídios. e) duodeno, contém fluidos alcalinos que que emulsificam os lipídios. GABARITO: E COMENTÁRIO: A bile é secretada no duodeno, para emulsificar o lipídio. 31. Um famoso jingle da rede de fastfoods Mc Donald’s diz:

Dois hambúrgueres Alface, queijo, molho especial, Cebola, Picles Num pão com gergelim É o Big Mac (Big Mac)

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Ao ingerir um lanche e isolarmos o pão e a carne (hambúrguer), a digestão a) química do pão inicia-se na boca, com a ação da tripsina, e a da carne inicia-se do duodeno, onde as

proteínas são quebradas com a ação da bile. b) química do pão inicia-se no estômago, onde o amido é quebrado pela ação do suco gástrico, e a da carne

inicia-se na boca, com a ação pepsina. c) química do pão inicia-se na boca, com a ação da pepsina, e a da carne inicia-se no intestino delgado, com a

ação da bile, que é produzida no fígado. d) química do pão e da carne inicia-se no estômago pela ação da bile e da ptialina, respectivamente; a enzima

pepsina, no duodeno, completa a digestão. e) química do pão inicia-se na boca, com a ação da amilase salivar, e a da carne inicia-se no estômago, onde as

proteínas são quebradas pela ação do suco gástrico. GABARITO: E COMENTÁRIO: A digestão química do pão inicia-se na boca, com a ação da amilase salivar, e a da carne inicia-se no estômago, onde as proteínas são quebradas pela ação do suco gástrico. 32. A figura abaixo mostra uma estrutura muito importante do sistema respiratório. São o nome dessa parte do

sistema respiratório e os processos que nela ocorrem:

a) A figura representa os brônquios, estruturas responsáveis por captar o ar atmosférico e transferi-lo para o sangue.

b) A figura ilustra os bronquíolos, estruturas responsáveis por fazer a filtração e o aquecimento do ar inspirado. c) A figura representa os alvéolos pulmonares, local onde ocorre o processo de hematose, ou seja, a passagem

de gás oxigênio para o sangue e de gás carbônico do sangue para os pulmões. d) A figura representa os pulmões, estruturas responsáveis por absorver o gás carbônico do ar atmosférico e

transferi-lo para o sangue através do processo de hematose. e) A figura representa a traqueia, estrutura responsável por absorver o gás carbônico do ar atmosférico e

transferi-lo para o sangue através do processo de hematose. GABARITO C. COMENTÁRIO: A figura representa os alvéolos pulmonares — “bolsas” que apresentam uma parede fina que possibilita a troca gasosa com os capilares. É nessa estrutura que acontece o processo denominado hematose. 33. O sistema respiratório possui como função principal permitir a entrada de oxigênio no nosso corpo e a saída

de gás carbônico. A respeito desse sistema, os nomes das estruturas indicadas pelos números 1, 2 e 3 na figura a seguir são, respectivamente,

a) 1- laringe; 2- traqueia; 3- pulmões. b) 1- traqueia; 2- pulmão; 3- alvéolos. c) 1- traqueia; 2- brônquio; 3- pulmões. d) 1- brônquio; 2- bronquíolo; 3- alvéolos. e) 1- traqueia; 2- brônquio; 3- alvéolos.

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GABARITO: E COMENTÁRIO: As estruturas indicadas são a traqueia (1), brônquio (2) e alvéolos (3). 34. Inspiração e expiração são movimentos respiratórios realizados, respectivamente, para entrada e saída de ar

do nosso corpo. A inspiração é causada pela contração de qual músculo do sistema respiratório? a) Pulmão b) Diafragma c) Epiglote d) Faringe e) Laringe

GABARITO: B COMENTÁRIO: Diafragma. 35. Uma pessoa acometida por uma gripe teve o quadro clínico agravado por uma pneumonia viral que levou à

inflamação pulmonar, com acúmulo de líquido e decorrente obstrução nas unidades funcionais dos pulmões. Nessas circunstâncias, é correto afirmar que ficou prejudicado o acesso do oxigênio à (aos)

a) laringe e à faringe. b) traqueia e aos alvéolos. c) faringe e aos bronquíolos. d) bronquíolos e aos alvéolos. e) brônquios e à traqueia. RESPOSTA: D COMENTÁRIO: Prejudicou a entrada de oxigênio aos bronquíolos e aos alvéolos. 36. Durante uma atividade física intensa, a frequência respiratória do homem aumenta bastante. Sabendo que no

bulbo raquidiano há um centro respiratório (CR) que recebe e processa informações sobre os parâmetros respiratórios, e que a atividade física aumenta a liberação de gás carbônico pelas células musculares, tornando o pH plasmático mais ácido, pode-se concluir que

a) alta concentração de gás carbônico e pH maior que sete excitam o CR. b) baixa concentração de gás carbônico e pH menor que sete inibem o CR. c) alta concentração de gás carbônico e pH menor que sete excitam o CR. d) baixa concentração de gás carbônico e pH maior que sete excitam o CR. e) baixa concentração de gás carbônico e pH acima de oito excitam o CR. RESPOSTA: C COMENTÁRIO: Durante a atividade física, há uma maior produção de CO2 pelas células musculares e consequentemente uma maior acidez do plasma. A tendência do corpo é eliminar esse CO2 rapidamente através do aumento da frequência respiratória. Ou seja, a alta concentração de gás carbônico e o pH menor que 7 (ácido) excitam o centro respiratório (CR) para que a frequência respiratória aumente.

GRAMÁTICA 37. “Não diga isso, QUE É OFENSIVO”

Assinale a alternativa abaixo que apresenta oração de mesmo valor semântico que a em destaque acima, ou seja, que poderia ser classificada da mesma forma: a) O destino é uma questão de escolha, PORTANTO NÃO É ALGO A SE ESPERAR. b) Ele comprou a passagem E PARTIU NO PRIMEIRO TREM. c) Todas as tardes ia ao cinema OU FAZIA PEQUENAS COMPRAS EM LOJAS DA REGIÃO. d) A massagem é sempre bem-vinda, POIS AJUDA NO RELAXAMENTO. e) Não quero sair NEM FAZER QUALQUER ESFORÇO HOJE. GABARITO: D COMENTÁRIO: A oração em destaque tem um sentido explicativo, e a única que expressa a mesma ideia é a oração presente na alternativa D. Na A, o sentido é de conclusão; na B, adição; na C, alternativa; na E, adição.

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38. Mude de atitude e ajude muita gente Separe o lixo e acerte na lata.

Os dois períodos são ligados pela mesma conjunção, e. Que tipo de relação essa conjunção estabelece entre as orações?

a) Adição e oposição, respectivamente. b) Conclusão, nas duas orações. c) Adição, nas duas orações. d) Conclusão na primeira e explicação na segunda. e) Explicação, nas duas orações. GABARITO: C COMENTÁRIO: Nos dois períodos, a conjunção e aparece com a função de unir as orações com um sentido de adição. 39.

Vera estava estranha. Andava distraída. Falava sozinha. Assinale abaixo a alternativa que apresenta conjunções que poderiam unir adequadamente as orações acima em um único período:

a) e – porque b) pois – e c) e – mas d) logo – pois e) entretanto – que GABARITO: B COMENTÁRIO: Apenas na alternativa B há opções de conectivos que fazem uma ligação entre as orações mantendo seu sentido. O “pois” indica uma explicação para o porquê de Vera estar estranha, enquanto o “e” adiciona uma ideia à outra, o que é adequado, pois ambas orações são explicações para o comportamento de Vera. 40.

“Ao sair do quarto o chão estar coberto de névoa roxa, mas ele ouve vozes saindo do chão, então ele vai até o sótão [...]”. O trecho acima foi retirado de um texto de um aluno de oitavo ano e apresenta problemas de coesão por apresentar um uso inadequado das conjunções. A alternativa abaixo que reescreve o trecho em destaque, de forma coesa e coerente, com o sentido adequado, é:

a) Ao sair do quarto, o chão está coberto de névoa roxa e ele ouve vozes saindo do chão; ele vai até o sótão [...].

b) Ao sair do quarto, o chão está coberto de névoa roxa, contudo ele ouve vozes saindo do chão, portanto ele vai até o sótão [...].

c) Ao sair do quarto, o chão está coberto de névoa roxa que ele ouve vozes saindo do chão, assim ele vai até o sótão [...].

d) Ao sair do quarto, o chão está coberto de névoa roxa, logo ele ouve vozes saindo do chão e ele vai até o sótão [...].

e) Ao sair do quarto, o chão está coberto de névoa roxa, ele ouve vozes saindo do chão, ele vai até o sótão [...]. GABARITO: A COMENTÁRIO: A alternativa A é a única que faz uma relação adequada e coesa entre as orações. O mas do original foi substituído por uma conjunção aditiva para eliminar o falso sentido de oposição que havia antes, enquanto o então foi retirado para eliminar a ideia de conclusão que havia antes e que não fazia sentido, visto que se alguém ouve um barulho vindo do chão não conclui que deve ir procurar algo acima. 41. Nenhum organismo vivo pode existir muito tempo com sanidade sob condições de realidade absoluta; até

cotovias e gafanhotos, supõem alguns, sonham. A Casa da Colina, desprovida de sanidade, se erguia solitária contra os montes, aprisionando as trevas em seu interior; estava desse jeito havia oitenta anos e talvez continuasse por mais oitenta. Lá dentro, paredes continuavam de pé, tijolos se juntavam com perfeição, assoalhos estavam firmes e portas estavam sensatamente fechadas; o silêncio se escorava com equilíbrio na madeira e nas pedras da Casa da Colina, e o que entrasse ali, entrava sozinho. (Shirley Jackson. A assombração da casa da colina.)

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Sobre o uso da pontuação no fragmento em destaque, é correto afirmar que a) a vírgula presente após “cotovias e gafanhotos” está inadequada, pois separa o sujeito do verbo. b) a vírgula após “lá dentro” está sendo utilizada para isolar uma oração subordinada adverbial temporal. c) as vírgulas que isolam o termo “desprovida de sanidade” têm a função de isolar um aposto. d) em “paredes continuavam de pé, tijolos se juntavam com perfeição, assoalhos estavam firmes e portas

estavam sensatamente fechadas”, a pontuação tem a função de separar as quatro orações, que são coordenadas assindéticas.

e) todos os três ponto e vírgulas que aparecem no trecho em destaque poderiam ser retirados, sem trazer qualquer prejuízo ao texto.

GABARITO: C COMENTÁRIO: Uma das funções da vírgula é de isolar um aposto, termo que expressa uma característica do termo que o antecede; desprovida de sanidade desempenha essa função sintática no texto, por isso é separado por vírgulas. 42. Na última fala do segundo quadrinho, a oração “que tá sem emprego” pode ser classificada

sintaticamente como:

a) subordinada substantiva objetiva direta. b) subordinada substantiva completiva nominal. c) coordenada sindética explicativa. d) subordinada adjetiva restritiva. e) subordinada adjetiva explicativa. GABARITO: E COMENTÁRIO: “que tá sem emprego” é uma característica do termo que a antecede, meu [pai], portanto é uma oração subordinada adjetiva. Por ser precedida por uma vírgula, é transformada em uma explicação, por isso é uma oração subordinada adjetiva explicativa. 43.

“[...] até que no terceiro dia ele acordou, desesperado olhou para o braço esquerdo o braço tapado com uma faixa, a fazendeira não estava, ele deixou uma carta que iria embora.” O trecho em destaque, retirado de uma narrativa de um aluno do 7º ano, apresenta problemas de coesão por conta do uso equivocado de pontuação e conectivos, em especial nas duas últimas orações: “ele deixou uma carta que iria embora”. Há um problema com esse trecho, melhor expresso em qual das alternativas a seguir?

a) O que aparece antes de iria embora como um pronome relativo, transformando a segunda oração em uma característica do substantivo carta, deixando o trecho incoerente.

b) O que deveria ter sido substituído por uma conjunção que expressasse a ideia de conclusão, como, por exemplo, portanto.

c) As duas orações deveriam estar aparecendo em ordem inversa, para que o trecho tenha sentido completo. d) As duas orações são subordinadas, porém não existe uma oração principal a qual estejam relacionadas,

criando uma ideia de que ambas estão incompletas. e) As duas orações constituem um período misto, porém e falta de pontuação adequada transforma-as em um

período simples.

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GABARITO: A COMENTÁRIO: A oração que iria embora deveria aparecer como complemento verbal de um verbo como dizendo ou informando, porém aparece com uma construção sintática que a transforma em característica da carta, passando uma ideia de que a carta é quem iria embora.

LITERATURA 44. Leia os textos para a próxima questão:

TEXTO I Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a história, resistiu até o esgotamento completo. Vencido palmo a palmo, na precisão integral do termo, caiu no dia 5, ao entardecer, quando caíram os seus últimos defensores, que todos morreram. Eram quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente cinco mil soldados. (CUNHA, E. Os sertões. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1987.) TEXTO II Na trincheira, no centro do reduto, permaneciam quatro fanáticos sobreviventes do extermínio. Era um velho, coxo por ferimento e usando uniforme da Guarda Católica, um rapaz de 16 a 18 anos, um preto alto e magro, e um caboclo. Ao serem intimados para deporem as armas, investiram com enorme fúria. Assim estava terminada e de maneira tão trágica a sanguinosa guerra, que o banditismo e o fanatismo traziam acesa por longos meses, naquele recanto do território nacional. (SOARES, H. M. A Guerra de Canudos. Rio de Janeiro: Altina, 1902.)

Os relatos do último ato da Guerra de Canudos fazem uso de representações que se perpetuariam na memória construída sobre o conflito. Nesse sentido, cada autor caracterizou a atitude dos sertanejos, respectivamente, como fruto da: a) manipulação e incompetência. b) ignorância e solidariedade. c) hesitação e obstinação. d) esperança e valentia. e) bravura e loucura. GABARITO: E COMENTÁRIO: No primeiro texto, na afirmação “Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a história, resistiu até o esgotamento completo” podemos notar uma conotação de bravura em referência aos sertanejos. Já no segundo texto, na afirmação “que o banditismo e o fanatismo traziam acesa por longos meses” podemos notar uma conotação de loucura em referência aos sertanejos. O texto I, excerto da terceira parte da obra “Os sertões”, de Euclides da Cunha, descreve a luta dos sertanejos que, destemidamente enfrentam a morte, não se rendem e são exterminados de forma sumária. O texto II, de Henrique Macedo Soares, militar na última expedição contra Canudos, descreve o grupo como um bando de fanáticos liderado pelo peregrino Antônio Conselheiro, acreditando que ele poderia libertá-los da situação de extrema pobreza ou garantir-lhes a salvação eterna na outra vida. Assim, cada autor caracterizou a atitude dos sertanejos, respectivamente, como fruto da bravura e loucura, como se afirma em [E]. 45.

O soneto XIII de Via-Láctea, coleção publicada em 1888 no livro Poesias, é o texto mais famoso da antologia, obra de estreia do poeta Olavo Bilac. O texto, cuidadosamente ritmado, suas rimas e a escolha da forma fixa revelam rigor formal e estilístico caros ao movimento parnasiano; o tema do poema, no entanto, entra em colisão com o tema da literatura típica do movimento, tal como concebido no continente europeu. XIII “Ora (direis) ouvir estrelas! Certo Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto, Que, para ouvi-las, muita vez desperto E abro as janelas, pálido de espanto…

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E conversamos toda a noite, enquanto A Via-láctea, como um pálio aberto, Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto, Inda as procuro pelo céu deserto. Direis agora: "Tresloucado amigo! Que conversas com elas? Que sentido Tem o que dizem, quando estão contigo?" E eu vos direi: "Amai para entendê-las! Pois só quem ama pode ter ouvido Capaz de ouvir e de entender estrelas.” (BILAC, Olavo. Antologia: Poesias. Martin Claret, 2002. p. 37-55. Via-Láctea.)

É correto afirmar que a ideia principal do texto a) sustenta que a atividade poética é a única forma de realizar uma compreensão subjetiva do mundo e

da existência. b) expressa a concepção segundo a qual o sentimento amoroso pode ensejar uma atitude de contemplação e

êxtase diante da realidade. c) constrói um diálogo hipotético entre o poeta e alguém para evidenciar uma forma religiosa de

experiência pessoal. d) revela a atitude de sagacidade e de lucidez necessárias ao fazer poético. e) exprime o ponto de vista de valorização do bom senso próprio da vida cotidiana.

GABARITO: B COMENTÁRIO: [A] Incorreto. Não se trata de metapoesia, pois a ideia principal está relacionada ao amor, não ao fazer poético. [B] Correto. A ideia principal do poema é a contemplação e o estado de encantamento do ser humano diante do amor, metaforizados na figura do eu lírico extasiado diante do contato com as estrelas. [C] Incorreto. Há o diálogo hipotético no poema, porém sua finalidade é defender o amor como uma experiência subjetiva e contemplativa. [D] Incorreto. O poema enfatiza a subjetividade ao lidar com questões sentimentais: apenas dessa forma é possível “compreender as estrelas”. [E] Incorreto. O tema principal do poema é o sentimento amoroso, sem se deter a questões cotidianas.

46. Composição de formato fixo, o soneto tornou-se um modelo particularmente ajustado à poesia parnasiana. No

poema de Raimundo Corrêa, abaixo, remete(m) a essa estética: Esbraseia o Ocidente na agonia O sol... Aves em bandos destacados, Por céus de ouro e púrpura raiados, Fogem... Fecha-se a pálpebra do dia... Delineiam-se além da serrania Os vértices de chamas aureolados, E em tudo, em torno, esbatem derramados Uns tons suaves de melancolia. Um mundo de vapores no ar flutua... Como uma informe nódoa avulta e cresce A sombra à proporção que a luz recua. A natureza apática esmaece... Pouco a pouco, entre as árvores, a lua Surge trêmula, trêmula... Anoitece. (CORRÊA, R. Disponível em: www.brasiliana.usp.br. Acesso em: 13 ago. 2017.)

a) as metáforas inspiradas na visão da natureza. b) a ausência de emotividade pelo eu lírico. c) a retórica ornamental desvinculada da realidade. d) o uso da descrição como meio de expressividade. e) o vínculo a temas comuns à Antiguidade Clássica.

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GABARITO: D COMENTÁRIO: O soneto retrata o fim do dia e do cair da noite: "Fecha-se a pálpebra do dia", "avulta e cresce / A sombra à proporção que a luz recua...", "a lua / Surge trêmula, trêmula... Anoitece". Assim, é correta a opção [D], pois o poema de Raimundo Corrêa remete à estética parnasiana, marcadamente descritiva, cuja temática gira em torno da natureza, de elementos da cultura clássica e da descrição de objetos, embora, no caso do autor, com forte traço pessimista e de desilusão, que o aproxima, por vezes, da estética impressionista. 47. Este é o trecho da crônica O vestuário feminino, de Júlia Lopes de Almeida (1862-1934).

É uma esquisitice muito comum entre senhoras intelectuais, envergarem paletó, colete e colarinho de homem, ao apresentarem-se em público, procurando confundir-se, no aspecto físico, com os homens, como se lhes não bastassem as aproximações igualitárias do espírito. Esse desdém da mulher pela mulher faz pensar que: ou as doutoras julgam, como os homens, que a mentalidade da mulher é inferior, e que, sendo elas exceção da grande regra, pertencem mais ao sexo forte, do que do nosso, fragílimo; ou que isso revela apenas pretensão de despretensão. Seja o que for, nem a moral nem a estética ganham nada com isso. Ao contrário; se uma mulher triunfa da má vontade dos homens e das leis, dos preconceitos do meio e da raça, todas as vezes que for chamada ao seu posto de trabalho, com tanta dor, tanta esperança, e tanto susto adquirido, deve ufanar-se em apresentar-se como mulher. Seria isso um desafio? Não; naturalíssimo pareceria a toda a gente que uma mulher se apresentasse em público como todas as outras. [...] Os colarinhos engomados, as camisas de peito chato, dão às mulheres uma linha pouco sinuosa, e contrafeita, porque é disfarçada. [...] Nas cidades, sobre o asfalto das ruas ou o saibro das alamedas, não sabe a gente verdadeiramente para que razão apelar, quando vê, cingidas a corpos femininos, essas toilettes híbridas, compostas de saias de mulher, coletes e paletós de homem... Nem tampouco é fácil de perceber o motivo por que, em vez da fita macia, preferem essas senhoras especar o pescoço num colarinho lustrado a ferro, e duro como um papelão!

Considere as seguintes afirmações sobre o trecho.

I. A crônica, publicada em 1906, registra as exigências que uma sociedade patriarcal impõe a mulheres que circulam no âmbito público.

II. A crônica apresenta um chamado para que mulheres de atuação pública – espaço majoritariamente masculino – mantenham características convencionadas como femininas, em especial no vestuário.

III. A autora, ao falar do vestuário feminino, está tratando também de meio, raça e gênero, temas estruturantes do debate literário no final do século XIX, início do XX.

Quais estão corretas? a) Apenas II. b) Apenas III. c) Apenas I e II. d) Apenas I e III. e) I, II e III.

GABARITO: E COMENTÁRIO: [I] Correta. A autora discorre sobre a vestimenta das mulheres quando em público, discordando do padrão imposto, marcado por coletes e paletós masculinos. [II] Correta. A autora defende que a mulher deve ir à rua com as vestimentas que lhe são próprias. [III] Correta. A autora faz referência ao Determinismo, segundo o qual o homem tem pré-determinado seu comportamento segundo padrões de meio, raça e gênero. Obras contemporâneas naturalistas foram estruturadas do mesmo modo. 48. Este é um poema do português Eugênio de Castro (1869-1944).

MÃOS

Mãos de veludo, mãos de mártir e de santa, o vosso gesto é como um balouçar de palma; o vosso gesto chora, o vosso gesto geme, o vosso gesto canta! Mãos de veludo, mãos de mártir e de santa, rolas à volta da negra torre da minh’alma. Pálidas mãos, que sois como dois lírios doentes, Caridosas Irmãs do hospício da minh’alma, O vosso gesto é como um balouçar de palma, Pálidas mãos, que sois como dois lírios doentes...

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Mãos afiladas, mãos de insigne formosura, Mãos de pérola, mãos cor de velho marfim, Sois dois lenços, ao longe, acenando por mim, Duas velas à flor duma baía escura.

Mimo de carne, mãos magrinhas e graciosas, Dos meus sonhos de amor, quentes e brandos ninhos, Divinas mãos que me heis coroado de espinhos, Mas que depois me haveis coroado de rosas!

Afilhadas do luar, mãos de rainha, Mãos que sois um perpétuo amanhecer, Alegrai, como dois netinhos, o viver Da minha alma, velha avó entrevadinha. (Obras poéticas, 1968.)

Considerando o contexto dos versos “Alegrai, como dois netinhos, o viver / Da minha alma, velha avó entrevadinha.”, compreende-se que eles: a) reforçam o modo negativo como o eu lírico enxerga a si mesmo. b) evidenciam o ressentimento do eu lírico contra os familiares. c) assinalam uma reaproximação do eu lírico com a própria família. d) atestam o esforço do eu lírico de se afastar da imagem obsessiva das mãos. e) reafirmam o otimismo manifestado pelo eu lírico ao longo do poema. GABARITO: A COMENTÁRIO: Nesses versos, o eu lírico associa metaforicamente as mãos a dois netinhos que podem alegrar a sua alma, “velha avó entrevadinha”. Assim, é correta a opção [A], pois expressam o modo negativo como se enxerga a si mesmo. 49. Este é um poema do português Eugênio de Castro (1869-1944).

MÃOS

Mãos de veludo, mãos de mártir e de santa, o vosso gesto é como um balouçar de palma; o vosso gesto chora, o vosso gesto geme, o vosso gesto canta! Mãos de veludo, mãos de mártir e de santa, rolas à volta da negra torre da minh’alma.

Pálidas mãos, que sois como dois lírios doentes, Caridosas Irmãs do hospício da minh’alma, O vosso gesto é como um balouçar de palma, Pálidas mãos, que sois como dois lírios doentes...

Mãos afiladas, mãos de insigne formosura, Mãos de pérola, mãos cor de velho marfim, Sois dois lenços, ao longe, acenando por mim, Duas velas à flor duma baía escura.

Mimo de carne, mãos magrinhas e graciosas, Dos meus sonhos de amor, quentes e brandos ninhos, Divinas mãos que me heis coroado de espinhos, Mas que depois me haveis coroado de rosas! Afilhadas do luar, mãos de rainha, Mãos que sois um perpétuo amanhecer, Alegrai, como dois netinhos, o viver Da minha alma, velha avó entrevadinha. (Obras poéticas, 1968.)

Indique o verso cuja imagem significa “trazer sofrimentos, padecimentos”. a) “O vosso gesto é como um balouçar de palma,” b) “Divinas mãos que me heis coroado de espinhos,” c) “Duas velas à flor duma baía escura.” d) “Mãos de pérola, mãos cor de velho marfim,” e) “Sois dois lenços, ao longe, acenando por mim,”

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GABARITO: B COMENTÁRIO: É correta a opção [B], pois a ideia de sofrimento está associada, no verso, à imagem da coroa de espinhos, símbolo da paixão de Jesus na tradição judaico-cristã. 50.

Euclides fora um dos que deram à nossa história um “estilo”: uma forma de pensar e sentir o país (...) Não casualmente ele conferira lugar especial ao fenômeno da mestiçagem (...) Ele teria descoberto nossa “tendência” à fusão, nossa aptidão para a “domesticação da natureza” e para a religiosidade. A figura do sertanejo como “forte de espírito” por excelência era o símbolo de nossa originalidade completa. (GOMES, Ângela de Castro. História e historiadores. A política cultural do Estado Novo. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1996. p. 195)

O seguinte trecho crítico alude à obra prima de Euclides da Cunha: a) A vasta erudição histórica costuma desviar o leitor do plano central desse grande romance intimista. b) A descrição minuciosa da terra, do homem e da luta situa essa obra literária no nível da cultura científica

e histórica. c) Não se poderia imaginar que um testemunho sobre a vida nos internatos resultasse num romance épico. d) Tomando como modelo a queda da Bastilha, esse romance repercutiu entre nós a destruição de uma etnia. e) Por vezes, o exibicionismo da oratória faz desse discurso histórico uma peça algo enigmática. GABARITO: B COMENTÁRIO: Euclides da Cunha partiu da observação da terra, do sertanejo e da Guerra de Canudos para redigir Os Sertões. Apoiado no pensamento científico por meio das correntes positivista, determinista e evolucionista, o autor expõe a saga dos sertanejos em uma obra referencial até os dias atuais para as Ciências Sociais no Brasil.

REDAÇÃO

51. Na charge em questão, para que se possa alcançar o efeito humorístico pretendido pelo autor, a fala da personagem “Ponto de Exclamação” deve ser interpretada observando-se:

a) a notória diferença de formatos físicos entre os símbolos apresentados. b) a recorrente utilização conjunta desses símbolos para representar a escrita de discursos imorais. c) o fato de a cena se passar em um ambiente típico de bar, local onde mais se utilizam esses símbolos. d) a situação de que, na cena, a exclamação é o único elemento classificado como sinal de pontuação, sendo

todos os outros apenas símbolos gráficos. e) o fato de os sinais de pontuação só serem utilizados em contextos comunicativos que configuram situações

classificadas como “baixaria”. GABARITO: B COMENTÁRIO: Os sinais gráficos contidos na charge são conjuntamente utilizados, na linguagem informal, para representar discursos imorais, que apresentam algum tipo de transgressão a valores éticos e/ou morais.

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52.

O novo dicionário Aurélio, edição escolar, foi lançado na última Bienal do Livro no Rio de Janeiro, em setembro de 2012, e apresenta definições de palavras como “periguete” que significaria “moça ou mulher que, não tendo namorado, demonstra interesse por qualquer um”, enquanto “tuitar” é definido como “postar ou acompanhar algo postado no Twitter”. Termos como bullying, blog e deletar também estão entre os verbetes integrados. Segundo Valéria Zelik, responsável pela edição do manual, “O uso é o que habilita uma palavra a entrar para o dicionário. A língua tem muitas nuances, e o dicionário é um reflexo disso, não o contrário”. As palavras são inseridas no dicionário depois de uma longa pesquisa nos meios de comunicação de massa e em obras literárias e acadêmicas. Quando a palavra ou a expressão é encontrada ela leva em torno de cinco anos de “quarentena”, para que seu uso seja estudado. Afinal quando a expressão é apenas uma gíria da moda, não é necessário adicioná-las do dicionário.

(Disponível em http://www.sempretops.com/estudo/novo-dicionario-escolar-esta-mais-descolado/. Acesso em 12/04/2013.)

Segundo o texto, uma palavra só é passível de ser registrada em manuais linguísticos como os dicionários quando: a) advém de algum estrangeirismo, não possuindo equivalente semântico em nosso idioma, como é o caso do

verbo “tuitar”. b) são palavras apresentadas, ainda que em uma única vez, nos meios de comunicação de massa e em

obras literárias. c) sua utilização torna-se impraticável após um período de “quarentena” que, para os linguistas, dura em torno

de cinco anos. d) há um uso social recorrente do termo, sendo, essa recorrência, comprovada por pesquisas, por meio de

diversas situações comunicativas. e) trata-se de uma expressão considerada “gíria da moda”, que rapidamente é acrescida ao vocábulo idiomático,

a fim de que se possa ampliar seu léxico. GABARITO: D COMENTÁRIO: Conforme apontado no texto, para que novas palavras incorporem o léxico de um idioma, deve haver, antes, uma pesquisa apurada que comprove a pertinência de sua inclusão; “As palavras são inseridas no dicionário depois de uma longa pesquisa nos meios de comunicação de massa e em obras literárias e acadêmicas.”.

53. Machado de Assis notabilizou-se principalmente pelos contos que escreveu. A obra de que faz parte o

fragmento lido, porém, consiste em um gênero textual diferente do conto. Esse gênero é: a) crônica b) novela c) poesia d) conto e) texto teatral GABARITO: C COMENTÁRIO: O texto em destaque apresenta um "eu" que nos passa uma emoção, um estado; centra-se no mundo interior do Poeta apresentando forte carga subjetiva, característica esta de um gênero literário, poesia.

54.

Entre ideia e tecnologia

O grande conceito por trás do Museu da Língua é apresentar o idioma como algo vivo e fundamental para o entendimento do que é ser brasileiro. Se nada nos define com clareza, a forma como falamos o português nas mais diversas situações cotidianas é talvez a melhor expressão da brasilidade. (SCARDOVELI, E. Revista Língua Portuguesa. São Paulo: Segmento, Ano II, n. 6, 2006.)

O texto propõe uma reflexão acerca da língua portuguesa, ressaltando para o leitor a: a) inauguração do museu e o grande investimento em cultura no país. b) importância da língua para a construção da identidade nacional. c) afetividade tão comum ao brasileiro, retratada através da língua. d) relação entre o idioma e as políticas públicas na área de cultura. e) diversidade étnica e linguística existentes no território nacional. GABARITO: B COMENTÁRIO: A língua de um povo é a mais pura expressão de sua nacionalidade, quanto mais pura esta for menos influência de outros povos demonstra ter esta nação. Por esse motivo a língua, em sua forma de uso, influencia na construção da identidade nacional.

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55. AUMENTO DO EFEITO ESTUFA AMEAÇA PLANTAS, DIZ ESTUDO O aumento de dióxido de carbono na atmosfera, resultante do uso de combustíveis fósseis e das queimadas, pode ter consequências calamitosas para o clima mundial, mas também pode afetar diretamente o crescimento das plantas. Cientistas da Universidade de Basel, na Suíça, mostraram que, embora o dióxido de carbono seja essencial para o crescimento dos vegetais, quantidades excessivas desse gás prejudicam a saúde das plantas e têm efeitos incalculáveis na agricultura de vários países. (O Estado de São Paulo, 20 set. 1992, p.32.)

O texto acima possui elementos coesivos que promovem sua manutenção temática. A partir dessa perspectiva, conclui-se que: a) a palavra “mas”, na linha 2, contradiz a afirmação inicial do texto: linhas 1 e 2. b) a palavra “embora”, na linha 4, introduz uma explicação que não encontra complemento no restante do texto. c) as expressões: “consequências calamitosas”, na linha 2, e “efeitos incalculáveis”, na linha 6, reforçam a ideia

que perpassa o texto sobre o perigo do efeito estufa. d) o uso da palavra “cientistas”, na linha 3, é desnecessário para dar credibilidade ao texto, uma vez que se fala

em “estudo” no título do texto. e) a palavra “gás”, na linha 5, refere-se a “combustíveis fósseis” e “queimadas”, nas linhas 1 e 2, reforçando a

ideia de catástrofe. GABARITO: C COMENTÁRIO: As demais alternativas apresentam afirmações incorretas acerca da manutenção temática do texto. O conectivo mas não exprime uma oposição de ideias, o que é afirmado na opção A, mas uma adição à sequenciação anteriormente feita, assim como o conectivo embora introduz uma concessão, ao contrário da explicação que a opção B sugere. Na opção C, no entanto, encontramos uma informação correta, já que as expressões relacionadas retomam o tema central do texto, as consequências do efeito estufa. No entanto, nas opções D e E, novamente encontramos falsas assertivas, já que a expressão cientistas é necessária para efeito de credibilidade da informação, e gás faz referencia não a combustíveis fosseis e queimadas, como sugere a opção E, mas a dióxido de carbono.

56.

Os filhos de Anna eram bons, uma coisa verdadeira e sumarenta. Cresciam, tomavam banho, exigiam para si, malcriados, instantes cada vez mais completos. A cozinha era enfim espaçosa, o fogão enguiçado dava estouros. O calor era forte no apartamento que estavam aos poucos pagando. MAS o vento batendo nas cortinas que ela mesma cortara lembrava-lhe que se quisesse podia parar e enxugar a testa, olhando o calmo horizonte. Como um lavrador. Ela plantara as sementes que tinha na mão, não outras, MAS essas apenas. (LISPECTOR, C. Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.)

A autora emprega por duas vezes o conectivo MAS no fragmento apresentado. Observando aspectos da organização, estruturação e funcionalidade dos elementos que articulam o texto, o conectivo MAS a) expressa o mesmo conteúdo nas duas situações em que aparece no texto. b) quebra a fluidez do texto e prejudica a compreensão, se usado no início da frase. c) ocupa posição fixa, sendo inadequado seu uso na abertura da frase. d) contém uma ideia de sequência temporal que direciona a conclusão do leitor. e) assume funções discursivas distintas nos dois contextos de uso. GABARITO: E COMENTÁRIO: Os dois “mas” contidos no texto possuem significações opostas, já que o primeiro apresenta uma noção de contraste e, o segundo, de adição. Isso nos faz chegar à conclusão de que a resposta correta é a opção A. A opção D, porém, parte do pressuposto de que o conectivo “mas” contém uma noção de temporalidade, o que a torna incorreta, como também são incorretas as opções B e C, por apresentarem uma característica que não é própria desse conectivo, uma vez que ele possui uma posição flexível, podendo, inclusive, estar em início de frase.

57.

O Flamengo começou a partida no ataque, ENQUANTO o Botafogo procurava fazer uma forte marcação no meio campo e tentar lançamentos para Victor Simões, isolado entre os zagueiros rubro-negros. MESMO com mais posse de bola, o time dirigido por Cuca tinha grande dificuldade de chegar à área alvinegra POR CAUSA Do bloqueio montado pelo Botafogo na frente da sua área. NO ENTANTO, na primeira chance rubro-negra, saiu o gol. APÓS cruzamento da direita de Ibson, a zaga alvinegra rebateu a bola de cabeça para o meio da área. Kléberson apareceu na jogada e cabeceou por cima do goleiro Renan. Ronaldo Angelim apareceu nas costas da defesa e empurrou para o fundo da rede quase que em cima da linha: Flamengo 1 a 0. Disponível em: http://momentodofutebol.blogspot.com (adaptado).

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O texto, que narra uma parte do jogo final do Campeonato Carioca de futebol, realizado em 2009, contém vários conectivos, sendo que

a) APÓS é conectivo de causa, já que apresenta o motivo de a zaga alvinegra ter rebatido a bola de cabeça. b) ENQUANTO tem um significado alternativo, porque conecta duas opções possíveis para serem aplicadas

no jogo. c) NO ENTANTO tem significado de tempo, porque ordena os fatos observados no jogo em ordem cronológica

de ocorrência. d) MESMO traz ideia de concessão, já que “com mais posse de bola”, ter dificuldade não é algo naturalmente

esperado. e) POR CAUSA DE indica consequência, porque as tentativas de ataque do Flamengo motivaram o Botafogo a

fazer um bloqueio. GABARITO: D COMENTÁRIO: A alternativa D é a única que apresenta um conectivo seguido de sua semântica corretamente analisada. “após”, na opção A, exprime não uma causa, mas uma noção de tempo, assim como “embora”, na opção B, que não indica alternância, como se afirma. Na opção C, o termo “no entanto” indica adversidade, como “por causa de” indica uma causa e não uma consequência. A alternativa correta, portanto, é a D, em que é apresentada a ideia concessiva do termo “mesmo”.

HISTÓRIA 58. No dia do golpe, 9 de novembro, a sucessão dos eventos é fulminante. Os episódios têm início já às 5 horas

da manhã quando as convocações para uma reunião urgente, às 7, são expedidas aos anciãos (excetuados os poucos inclinados ao golpe). Às 6, Talleyrand preparava a carta de demissão do diretor Barras; às 7, um magote de oficiais se acotovela nas portas da casa de Napoleão, que lhes fala da situação difícil do país (...) Na cidade, vendem-se por toda parte panfletos que apresentam Napoleão como o salvador. (Carlos Guilherme Mota. A Revolução Francesa)

O cenário descrito no texto deve ser relacionado com: a) o Período do Terror, ocorrido durante a Revolução Francesa. b) o Grande Medo, processo de violência desencadeado por camponeses, durante a Revolução Francesa. c) o Golpe do 9 Termidor, quando a alta burguesia reassumiu o poder através dos girondinos. d) a implantação da Monarquia hereditária, quando Napoleão se fez proclamar imperador. e) o Golpe do 18 Brumário, quando a burguesia encontra o braço forte armado para consolidar os

seus interesses. GABARITO: E COMENTÁRIO: No dia 09 de Novembro de 1799, ocorreu o denominado Golpe do 18 Brumário na França. Depois de anos de grave crise política, econômica e social, a burguesia apoiou Napoleão que deu um Golpe de Estado destituindo os líderes do Diretório implantando o Consulado. Era o final da Revolução Francesa e o início da Era Napoleônica. 59. Os trechos abaixo tratam do contexto pós-abolição da escravidão no Brasil e nos Estados Unidos.

Nos Estados Unidos a abolição foi incluída na Constituição americana na 13ª Emenda, que definiu: “Não haverá, nos Estados Unidos ou em qualquer lugar sujeito à sua jurisdição, nem escravidão, nem trabalhos forçados, salvo como punição por um crime pelo qual o réu tenha sido devidamente condenado". A expressão "classes perigosas" parece ter surgido na primeira metade do século XIX. A escritora inglesa Mary Carpenter, por exemplo, em estudo da década de 1840 sobre criminalidade e "infância culpada" – o termo do século XIX para nossos "meninos de rua" –, utiliza a expressão claramente no sentido de um grupo social formado à margem da sociedade civil. [...] Vamos encontrar o conceito de classes perigosas como um dos eixos de um importante debate ocorrido na Câmara dos Deputados no Império do Brasil nos meses que se seguiram à lei da abolição da escravidão, em maio de 1888. Preocupados com as consequências da abolição para a organização do trabalho, o que estava em pauta na ocasião era um projeto de lei sobre a repressão à ociosidade. (CHALHOUB, Sidney. Cidade febril: cortiços e epidemias na Corte Imperial. São Paulo: Cia das Letras, 1996. p. 20.)

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Refletindo-se sobre o contexto pós-abolição no Brasil e nos Estados Unidos, é correto afirmar que: a) Nos dois países foram instituídas práticas que demonstram desconfiança e políticas de exclusão da parcela da

população negra que acabara de sair da escravização. b) Os antigos escravizados eram considerados "classes perigosas" porque não queriam trabalhar, voltaram-se

para o crime e queriam viver na ociosidade, ou seja, queriam se aposentar. c) Tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos a população negra foi objeto de políticas de inclusão ao "mundo

civilizado", com programas de moradia, trabalho e saúde pública. d) No Brasil, o governo imperial instituiu políticas que visavam retirar a população negra das fazendas para que

fosse utilizada nas recém-instaladas indústrias da região Sudeste. e) Era proibida, nos Estados Unidos e no Brasil, a adoção de qualquer tipo de trabalho forçado, e os ex-

escravizados tinham segurança e oportunidades de trabalho, como os imigrantes europeus. GABARITO: A COMENTÁRIO: Nos dois países, EUA e Brasil, o fim da escravidão não representou mudanças significativas na vida das pessoas negras. Elas não foram inseridas na sociedade e não foram criadas políticas públicas de inserção social, ou seja, o negro permaneceu à margem. Basta lembrar que nos USA entre 1876 a 1965 a Era Jim Crow estabeleceu a segregação nos espaços públicos para pessoas negras e brancas em alguns estados do Sul. No Brasil, a constituição de 1891 limitou a cidadania: era preciso ser homem alfabetizado para ter direitos políticos. 60. O parlamento britânico aprovou uma lei, em 1835, cujo objetivo era regular o tráfego crescente nas principais

vias no interior da Inglaterra, uma espécie de “código rodoviário”. A lei de 1835 estabeleceu a velocidade máxima de 4 milhas por hora para veículos autopropulsionados. As regras foram revistas pelo parlamento em 1896, quando foi aumentada a velocidade máxima para 10 milhas. Em 1903, novamente elevou-se o limite de velocidade para 20 milhas por hora. Em 1930, aboliu-se o limite de velocidade para carros e motos. (ELIAS, N. Tecnização e civilização. In: ELIAS, N. Escritos e ensaios. Rio de Janeiro: Zahar, 2006 (adaptado).)

O processo descrito alude à necessidade de atualização da legislação conforme a) as transformações tecnológicas. b) a renovação do congresso. c) os interesses políticos. d) o modo de produção. e) a opinião pública. GABARITO: A COMENTÁRIO: Para responder corretamente a questão devemos localizar, pelas datas citadas, que a Inglaterra passou ou estava passando pelo processo da 2ª Revolução Industrial e que tal processo marcou uma grande revolução na fabricação de automóveis a partir da invenção do motor de combustão interna. 61. O mapa abaixo representa a divisão geopolítica europeia no início do século XIX, destacando a estratégia

militar napoleônica conhecida como Bloqueio Continental. A linha de Bloqueio Continental que se estende de Portugal até a Noruega, representada no mapa, revela a intenção francesa de:

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a) integrar a economia europeia, com a isenção das tarifas alfandegárias. b) fortalecer a França, garantindo-lhe a livre circulação pelos portos britânicos. c) desenvolver a economia espanhola, consolidando seu monopólio comercial na Península Ibérica. d) isolar a Grã-Bretanha, impedindo-lhe o acesso a importantes mercados da Europa continental. e) inibir o comércio de escravos oriundos de portos africanos, situados ao norte da Linha do Equador. GABARITO: D COMENTÁRIO: Somente a proposição [D] está correta. A questão remete ao Bloqueio Continental que aconteceu na Era Napoleônica, 1799-1815. A Inglaterra era no início do século XIX a única potência industrial. Napoleão Bonaparte tornou-se imperador da França em 1804 e tinha a ambição de criar um grande império na Europa inspirado no Império Romano. Depois da derrota francesa na Batalha (marítima) de Trafalgar, Napoleão decretou o famoso Bloqueio Continental em 1806 objetivando isolar economicamente a Inglaterra que estava na era industrial e necessitava de matéria-prima e mercador consumidor. Desta forma, a Inglaterra utilizou sua influência sobre Portugal e escoltou a Corte Portuguesa para o Brasil em 1808 provocando a abertura dos portos brasileiros para os produtos ingleses. 62. Todo processo de industrialização é necessariamente doloroso, porque envolve a erosão de padrões de vida

tradicionais. Contudo, na Grã-Bretanha, ele ocorreu com uma violência excepcional, e nunca foi acompanhado por um sentimento de participação nacional num esforço comum. Sua única ideologia foi a dos patrões. O que ocorreu, na realidade, foi uma violência contra a natureza humana. De acordo com uma certa perspectiva, esta violência pode ser considerada como o resultado da ânsia pelo lucro, numa época em que a cobiça dos proprietários dos meios de produção estava livre das antigas restrições e não tinha ainda sido limitada pelos novos instrumentos de controle social. Não foram nem a pobreza, nem a doença os responsáveis pelas mais negras sombras que cobriram os anos da Revolução Industrial, mas sim o próprio trabalho. (Edward P. Thompson. A formação da classe operária inglesa, vol. 2, 1987. Adaptado.)

O texto afirma que a Revolução Industrial a) aumentou os lucros dos capitalistas e gerou a convicção de que era desnecessário criar mecanismos de

defesa e proteção dos trabalhadores. b) provocou forte crescimento da economia britânica e, devido a isso, contou com esforço e apoio plenos de

todos os segmentos da população. c) representou mudanças radicais nas condições de vida e trabalho dos operários e envolveu-os num duro

processo de produção. d) piorou as condições de vida e de trabalho dos operários, mas trouxe o benefício de consolidar a ideia de que o

trabalho enobrece o homem. e) preservou as formas tradicionais de sociabilidade operária, mas aprofundou a miséria e facilitou o

alastramento de epidemias.

GABARITO: C COMENTÁRIO: O autor destaca aspectos sociais da Revolução Industrial, na medida em que promove a separação definitiva entre capital e trabalho e agudiza as distinções sociais. Mais do que um avanço tecnológico, aponta o retrocesso social, na medida em que trabalhadores são submetidos a uma condição de vida e de trabalho marcada pela exploração e pela miséria. 63. A imagem do filme Danton (abaixo), com Robespierre, interpretado pelo ator Wojciech Pszoniak, e Danton,

com os braços abertos, interpretado por Gérard Depardieu, evidencia a diferença de atitude entre os dois personagens da Revolução Francesa. A leitura da imagem e o conhecimento sobre o processo revolucionário na Europa de 1789 autorizam afirmar que os posicionamentos de Danton e Robespierre caracterizavam que:

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a) Danton defendeu as revindicações dos sans-cullotes e, por apoiar a criação de um exército revolucionário, entrou em conflito com Robespierre.

b) Robespierre, de peruca, símbolo da aristocracia do antigo regime, foi o representante dos monarquistas no Comitê de Salvação Pública.

c) Robespierre representou a burguesia francesa, e Danton representou o povo nos debates no Tribunal Revolucionário.

d) Danton tinha origem popular, e Robespierre vinha de uma linhagem nobre, por isso conflitaram em seus ideais sobre a revolução.

e) o filme é uma obra de ficção, por isso é incorreto dizer que houve conflitos entre Robespierre e Danton durante os acontecimentos da Revolução Francesa.

GABARITO: A COMENTÁRIO: A Revolução Francesa geralmente dividida em três fases: a primeira, chamada de burguesa ou moderada; a segunda, popular ou radical e a terceira, de diretório. É na segunda fase que haverá uma radicalização nos ideais revolucionários com a subida dos jacobinos ao poder e a hegemonia dos seus três líderes Danton, Robespierre e Marat. No entanto, com o desenrolar da revolução surgiram desavenças entre os três líderes, que os levaram a destinos trágicos. Marat foi assassinado numa conspiração girondina; Danton foi falsamente acusado por Robespierre e, em um processo fraudulento, condenado a morte; e Robespierre foi guilhotinado com o chamado golpe 9 do Termidor, encerrando, assim, sua fase do terror. 64. A Revolução Francesa foi o modelo clássico de revolução burguesa. No plano político, alçou a burguesia ao

poder; pela profundidade das transformações que causou e pela extensão de sua influência, tornou-se o marco divisório entre o fim da Idade Moderna e o início da Idade Contemporânea. A Revolução Francesa significou

a) o fim do Antigo Regime, a eliminação das práticas feudais e a criação de instituições impulsionadoras do capitalismo.

b) o fim do Antigo Regime, a manutenção de algumas práticas feudais e da sociedade baseada nos três estados, a criação de instituições impulsionadoras do capitalismo.

c) o fim do Antigo Regime, a manutenção dos privilégios da nobreza e a criação de instituições impulsionadoras do feudalismo.

d) a manutenção do Antigo Regime, a eliminação de algumas práticas feudais e a criação de instituições impulsionadoras do capitalismo.

e) o fim do Antigo Regime, a eliminação das práticas feudais, a criação de instituições impulsionadoras do capitalismo e a manutenção do clero e da nobreza como camadas sociais dominantes.

GABARITO: A COMENTÁRIO: Resultados básicos da Revolução Francesa: fim do Antigo Regime, eliminação das práticas feudais e criação de instituições impulsionadoras do capitalismo. 65. Restauração é o nome do regime estabelecido na França durante quinze anos, de 1815 a 1830, mas essa

denominação convém a toda a Europa. Ela é múltipla e se aplica a todos os aspectos da vida social e política. (René Rémond, O século XIX: introdução à história do nosso tempo)

Reconhece-se a Restauração no processo que: a) restituiu o poder aos monarcas europeus alinhados a Napoleão Bonaparte, provocando a generalização da

contrarrevolução na América colonial, que havia sido varrida pelas independências nacionais. b) alçou a Inglaterra à condição da nação mais poderosa do mundo, com capacidade de reverter a proibição do

tráfico de escravos africanos para a América e de defender a recolonização de espaços coloniais espanhóis americanos.

c) restabeleceu as bases do sistema colonial na América e na Ásia, com a recriação de companhias de comércio marcadas pela rigidez metropolitana, além da prática do “mar fechado” e do porto único.

d) permitiu a volta das antigas dinastias ao poder, que o haviam perdido com as guerras napoleônicas, e que criou a Santa Aliança, nascida com o intuito de reprimir movimentos revolucionários.

e) ampliou os direitos trabalhistas em toda a Europa, condição que provocou as revoluções de 1820 e 1830, eventos fundamentais para a retomada dos valores políticos anteriores à Revolução Francesa.

GABARITO: D COMENTÁRIO: Depois da derrota napoleônica, o Congresso de Viena garantiu a formação da Santa Aliança e o processo de Restauração na Europa, num claro processo contrarrevolucionário francês. A Restauração garantiu a volta ao poder das dinastias que haviam sido destituídas por Bonaparte.

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GEOGRAFIA 66. Analise os textos I e II sobre o processo de globalização.

Texto I O que chamamos de globalização hoje em dia é o resultado no momento atual de um processo que se iniciou com a conquista das Américas e a expansão dominadora do Ocidente europeu sobre o planeta. A primeira modernização no princípio do século XVI é a globalização dos micróbios, porque os micróbios europeus, como a tuberculose e outras enfermidades chegaram às Américas ao longo dos anos. Porém, os micróbios americanos, como os da sífilis, chegaram à Europa. Esta é a primeira unificação mundial danosa para todos. (MORIN, E. As duas globalizações. Porto Alegre: Sulina, 2002, p. 39.)

Texto II O primeiro semestre do ano de 2009 foi marcado pela dispersão de um novo vírus. O H1N1, responsável pela doença que foi popularmente batizada de Gripe Suína (tendo também recebido as alcunhas de Gripe Mexicana e gripe A), em virtude da linhagem responsável pelo surto atual ter surgido em criação de porcos e reunir genes de vírus que infectam suínos, aves e humanos. A Organização Mundial de Saúde declarou que o planeta estava enfrentando uma pandemia, devido à transmissão intercomunitária do vírus e à expansão geográfica dos casos. (LESSA, A. Globalização das doenças. Conhecimento Prático. Geografia, n.27, São Paulo: Escala Educacional, 2009, p. 46. Adaptado.)

A análise comparada dos textos I e II conduz à seguinte conclusão: a) Os Textos I e II abordam temáticas díspares, ao se referirem a doenças provocadas por agentes

patológicos distintos. b) O segundo texto atualiza o primeiro, ao especificar nova expansão das enfermidades. c) O primeiro texto contradiz o segundo, ao utilizar uma escala geográfica mais restrita. d) O primeiro texto retifica o segundo, ao mencionar os nomes científicos das doenças. e) O segundo texto desconsidera o primeiro, ao responsabilizar a Organização Mundial da Saúde pela pandemia.

GABARITO: B A alternativa [B] está correta porque os dois textos fazem menção à episódios de pandemia, sendo o primeiro no contexto do século XVI e o segundo, no século XXI. As alternativas incorretas são: [A], porque os textos abordam um único tema; [C], porque os textos consolidam o tema e o contexto global da pandemia; [D] e [E], porque os textos reproduzem o mesmo tema em momentos históricos diferentes. 67. “O ano de 2016 se encaminha para ser o mais letal para os refugiados – pelo menos 4.700 morreram

afogados tentando chegar à Europa, a esmagadora maioria na rota entre Líbia e Itália. No ano passado inteiro, foram 3.771. O total de refugiados no mundo também é recorde – 21,3 milhões de pessoas tiveram de sair de seus países, fugindo de guerras ou perseguição, segundo dados do Acnur, a agência da ONU para refugiados. Outros 40,8 milhões são os chamados deslocados internos, ou seja, foram obrigados a sair de suas casas e se reassentaram dentro dos próprios países”. (Fonte: Folha de S. Paulo. Domingo, 18 de dezembro de 2016. Caderno Cenários 2017.)

O acontecimento noticiado representa um tipo de deslocamento geográfico da população, marcado a) por uma migração que envolve questões ecológicas ou de degradação ambiental, em que as comunidades

migrantes não têm possibilidade de se adaptar a certas áreas onde as condições naturais são adversas e, por isso, se deslocam para outras regiões ou países.

b) pelo nomadismo, deslocamento populacional por meio do qual certos grupos humanos estão sempre em movimento, buscando reiteradas vezes se desterritorializar.

c) por uma mobilidade que implica o deslocamento compulsório, cada vez maior, de pessoas, destituídas de seus direitos civis em função de conflitos políticos.

d) pela migração por motivos econômicos, coordenada por grupos humanos mal remunerados, que buscam, em outras regiões ou países, ganhos pela diferença de poder aquisitivo da moeda.

e) pela migração de transumância, que implica num movimento cíclico de longa duração motivado por causas, exclusivamente, geopolíticas

GABARITO: C O deslocamento mencionado indica o fluxo de refugiados cuja mobilidade se dá em razão da perseguição política, étnica ou religiosa sem serem protegidos por seu Estado. As alternativas seguintes são incorretas porque a causa não é ambiental ou econômica e não se caracteriza como nomadismo.

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68. “A migração entre regiões do país perdeu intensidade na última década, e estados do Nordeste, além de reter população, começaram a receber de volta os que deixaram seus estados rumo ao centro-sul do país. É o que diz um levantamento divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (15) com base em dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) 2009 e dos Censos realizados em 2000 e 2010. […]” (G1, 15 jul. 2011. Adaptado.)

De acordo com o trecho da reportagem acima, podemos concluir que: a) as migrações internas massificaram-se no Brasil. b) houve uma redução das migrações intrarregionais. c) as migrações inter-regionais inverteram seu fluxo original. d) os deslocamentos intrarregionais foram substituídos pelos inter-regionais. e) acontece, atualmente, uma inversão do êxodo rural brasileiro.

GABARITO: C As migrações internas dividem-se em inter-regionais (entre regiões) e intrarregionais (dentro de um mesmo estado ou região). No caso da migração de retorno, comentada pela reportagem, percebe-se uma inversão do fluxo original das migrações inter-regionais do sudeste para o nordeste.

69.

UM MUNDO DE MUROS: AS BARREIRAS QUE NOS DIVIDEM

Um mundo cada vez mais interconectado tem erguido muros e cercas para bloquear aqueles que considera indesejáveis. Das 17 barreiras físicas existentes em 2001 passamos para 70 hoje. Alguns separam fronteiras. Outros dividem a mesma população. Alguns freiam refugiados. Outros escondem a pobreza. Ou o medo. Ou a guerra. Ou a desigualdade. Ou a mudança climática. (Adaptado de arte.folha.uol.com.br, 27/02/2017.)

Os objetivos prioritários para a construção das barreiras físicas apresentadas nos mapas 1 e 2 abaixo são, respectivamente,

a) estratégia militar e política demográfica. b) rivalidade étnica e polarização ideológica. c) antagonismo comercial e restrição religiosa. d) isolamento econômico e segurança ambiental. e) aversão aos estrangeiros e rivalidade comercial GABARITO: A Os mapas 1 e 2 indicam respectivamente a área de beligerância da Coreia do Norte e as fronteiras associadas aos fluxos de imigrantes e refugiados. As alternativas incorretas são: [B] e [C], porque entre os coreanos há oposição militar e ideológica e não étnica ou comercial e, entre os europeus há contenção de imigrantes e não polarização ideológica ou restrição religiosa; [D], porque a fronteira nas Coreias é de cunho militar e não econômica, enquanto na Europa não há a questão ambiental no ingresso dos estrangeiros.

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70.

O mundo nunca teve tanta gente morando fora do país de origem. A ONU (Organização das Nações Unidas)

avalia que existem atualmente 160 milhões de migrantes, pessoas vivendo fora do seu país [...].

(Disponível em: <http://www.bbc.com/mundo/noticias/2015/05/150529_finde_migracion_graficos_vj_aw> <http://www.bbc.com/portuguese/especial/migrantes/migrantes.sh tml> Acesso em: 5 de fev. 2016.) Excetuando-se os casos de guerras e (ou) perseguições políticas, a dinâmica populacional descrita tem como origem predominante as nações:

a) cuja economia é incapaz de absorver a força de trabalho. b) que passaram por grandes catástrofes naturais. c) cujo crescimento populacional é descontrolado. d) que possuem baixa produção agrícola. e) que possuem crescimento natural negativo. GABARITO: A A principal causa das migrações é a estagnação econômica que reduz ou elimina as perspectivas profissionais e financeiras da população de países subdesenvolvidos. Estão incorretas as alternativas seguintes porque catástrofes naturais, crescimento populacional ou baixa produção agrícola não se constituem como causa dos deslocamentos. 71. A chegada dos haitianos em território brasileiro começou em 2011 e tornou-se maciça no início de 2012,

sendo noticiada pelos principais meios de comunicação do país. Em alguns municípios acreanos, próximos à fronteira, esses imigrantes se refugiaram em busca de

a) atender a uma demanda de imigração seletiva, com formação universitária nas áreas de engenharia e arquitetura.

b) suprir a necessidade de profissionais na área da saúde, devido às experiências adquiridas em missões internacionais.

c) melhorar as condições de vida e de trabalho devido à situação de precariedade vivida pela população no seu país de origem.

d) atender a uma demanda de mão de obra para o trabalho no campo, implementando novas técnicas agrícolas. e) fugir da perseguição político-religiosa devido às diferenças do tratamento entre os grupos étnicos quanto à

exploração fiscal.

GABARITO: C Os haitianos buscam trabalho e melhores condições de vida, haja vista que seu país de origem, além de apresentar um baixo IDH, foi massacrado por um grande terremoto nos últimos anos. Estão incorretas as alternativas: [A], porque os imigrantes com formação universitária tem se originado de países europeus e Estados Unidos; [B], porque os profissionais de saúde que o Brasil recebeu fazem parte de um convênio com Cuba; [D], porque o setor agropecuário brasileiro não absorve mão de obra em razão de sua modernização; [E], porque os haitianos fogem da miséria e não de diferenças político-religiosas.

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72. No período indicado no mapa a seguir, destaca-se a:

a) forte migração para o sertão nordestino motivado por uma nova corrida do ouro. b) migração de nordestinos para São Paulo motivada pela expansão da soja. c) atração de migrantes sulistas para o sertão nordestino para atuar na fruticultura. d) forte migração de retorno de nordestinos. e) migração de vários pontos do país para a Amazônia motivada pela mineração. GABARITO: D Entre 2000 e 2010, observa-se um importante fluxo da região Sudeste para a região Nordeste em decorrência de investimentos no território nordestino (descentralização industrial, turismo, infraestrutura, agricultura irrigada e geração de empregos) e também do crescimento da migração de retorno, ou seja, nordestinos retornando para a sua região. Esta dinâmica reflete o maior crescimento econômico e baixo desemprego durante o período.

FILOSOFIA 73. Acompanhando a intenção da burguesia renascentista de ampliar seu domínio sobre a natureza e sobre o

espaço geográfico, através da pesquisa científica e da invenção tecnológica, os cientistas também iriam se atirar nessa aventura, tentando conquistar a forma, o movimento, o espaço, a luz, a cor e mesmo a expressão e o sentimento. (SEVCENKO, N. O Renascimento. Campinas: Unicamp, 1984.)

O texto apresenta um espírito de época (Renascimento) que afetou também a produção artística, marcada pela constante relação entre: a) Fé e misticismo b) Ciência e natureza. c) Comércio e cultura d) Economia e política e) Astronomia e religião. GABARITO: B O homem, a obra mais perfeita do Criador, era capaz de compreender, modificar e até dominar a natureza. O pensamento humanista provocou uma reforma no ensino das universidades, com a introdução de disciplinas como poesia, história e filosofia. 74. “Em si mesmo, o homem não é bom nem mau, mas, de fato, tende a ser mau. Consequentemente, o político

não deve confiar no aspecto positivo do homem, mas, sim, constatar o seu aspecto negativo e agir em consequência disso. Assim, não hesitará em ser temido e a tomar as medidas necessárias para tornar-se temível. Claro, o ideal seria o de ser ao mesmo tempo amado e temido. Mas essas duas coisas são muito difíceis de ser conciliadas e, assim, deve fazer a escolha mais funcional para o governo eficaz do Estado.”

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Considerando a filosofia renascentista, o pensamento descrito anteriormente deve-se a: a) Nicolau Maquiavel. b) Erasmo de Roterdã. c) Miguel de Cervantes. d) Michel de Montaigne. e) René Descartes GABARITO: A O nome Maquiavel recebeu o termo “maquiavélico” como associação, que carrega com ele o significado de astúcia, falsidade e má-fé. Isso ocorreu pois Maquiavel foi caracterizado como uma ameaça às bases morais da vida política, porém, é importante ressaltar que Maquiavel nunca foi maquiavélico, e não representa o pensamento humanista que ele pregava. 75. […] a condição dos homens fora da sociedade civil (condição esta que podemos adequadamente chamar de

estado de natureza) nada mais é do que uma simples guerra de todos contra todos na qual todos os homens têm igual direito a todas as coisas; […]. (HOBBES, Thomas. Do Cidadão. Campinas: Martins Fontes, 1992.)

De acordo com o trecho acima e com o pensamento de Hobbes, a) o estado de natureza se confunde com o estado de guerra, pois ambos são uma condição original da

existência humana. b) o direito dos homens a todas as coisas está desvinculado da guerra de todos contra todos. c) é necessário que a condição humana seja analisada sempre como se os homens vivessem em sociedade. d) não há vínculo entre o estado de natureza e a sociedade civil. e) elaborou, por oposição aos Estados absolutistas, a teoria do governo representativo. GABARITO: A Em sua interpretação esta situação seria uma guerra de todos contra todos (Bellum omnium contra omnes), pois na ausência de uma comunidade política, todos os indivíduos teriam licença para possuir toda e qualquer coisa, sem limites estabelecidos, mesmo quanto aos frutos de seu próprio trabalho, e não havendo restrições, exerceriam suas paixões e desejos. 76.

“A soberania não pode ser representada pela mesma razão por que não pode ser alienada, consiste essencialmente na vontade geral e a vontade absolutamente não se representa. (…). Os deputados do povo não são nem podem ser seus representantes; não passam de comissários seus, nada podendo concluir definitivamente. É nula toda lei que o povo diretamente não ratificar; em absoluto, não é lei.” (ROSSEAU, J.J. Do Contrato social, São Paulo, Abril Cultural, 1973, livro III, cap. XV, p. 108-109)

Rousseau preconiza como soberano o: a) Parlamento. b) Monarca. c) Povo. d) Imperador. e) Estado. GABARITO: C Rousseau pode ser considerado como um pensador da democracia devido ao seu pensamento original e corajoso acerca do tema da soberania popular. O governo é encarregado da execução das leis, isso é correto, mas o soberano se encarrega de sua confecção e validação. Ora, o soberano não é outro que o povo. 77. Considere o texto abaixo, do filósofo John Locke (1623- 1704), extraído da obra Sobre o Governo Civil.

“Se o homem em estado de natureza está tão livre quanto se disse, se é senhor absoluto de sua pessoa e bens (...), sem estar sujeito a quem quer que seja, por que abandonará sua liberdade? Por que (...) se sujeitará ao domínio e controle de algum outro poder? Ao que é evidente responder que, embora em estado de natureza tenha esse direito, o seu gozo é muito incerto (...), a fruição da propriedade que tem nesse estado é muito arriscada e muito insegura; e não é sem razão que procura e está disposto a formar com outros uma sociedade (...) para a preservação mútua de suas vidas, liberdades e bens, a que chamo pelo nome geral de – propriedade”. (Apud FENTON, Edwin. 32 problemas na história universal. São Paulo: Edart, 1974, p. 90-1.)

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Considerado um dos fundadores do pensamento liberal, Locke, no texto, examina os motivos que levam os indivíduos a saírem do “estado de natureza”, fundando a chamada “sociedade política” (o Estado). O conceito de propriedade está no centro desses motivos, sendo considerada como a) uma concessão estatal. b) o resultado de uma democracia direta. c) o exercício do poder absoluto do Estado. d) inexistente no estado natural. e) um direito natural a ser protegido pelo estado. GABARITO: E Conquanto Locke tenha delineado o estado de natureza como um ambiente de paz, igualdade e coexistência de liberdades, ele não estava imune a algumas perturbações na sua ordem harmônica, pois poderiam ocorrer violações aos direitos das pessoas. Não havia, nesse estágio, o necessário amparo e segurança tendentes a salvaguardar o direito à propriedade de transgressões pelos outros indivíduos. Assim é que se evidenciou a necessidade do estabelecimento do contrato social para conter os inconvenientes do estado de natureza. 78. Thomas Hobbes acreditava que o “homem era o lobo do homem”, o que significa que a) o homem, assim como os lobos, relacionavam-se em alcateias, formando uma hierarquia em que o objetivo

comum era a obtenção de alimento. b) o ser humano passou a ver na figura do lobo um espelho de suas atividades sociais, de forma que, em

algumas sociedades, o lobo ainda é uma figura simbólica. c) o homem é capaz de agir como predador de sua própria espécie, podendo ser cruel, vingativo e mau quando

lhe fosse conveniente em seu estado de natureza. d) a amizade entre os seres humanos era comparável à relação próxima que os lobos possuem em uma alcateia. e) o homem é o melhor amigo dos lobos, e tem seu ideal de sociedade baseado neles, como inspiração de paz. GABARITO: C Thomas Hobbes acreditava que o homem era naturalmente “mau”, bárbaro e egoísta. Em seu estado de natureza, o ser humano estaria sempre disposto a sacrificar o bem-estar do próximo em nome de suas vontades. Daí surgiria o incentivo para o estabelecimento de um contrato social, em que todos se submeteriam a um Estado maior que garantiria a salvaguarda dos direitos básicos, como a vida.

SOCIOLOGIA 79. Penso, pois, que o Carnaval põe o Brasil de ponta cabeça. Num país onde a liberdade é privilégio de uns

poucos e é sempre lida por seu lado legal e cívico, a festa abre nossa vida a uma liberdade sensual, nisso que o mundo burguês chama de libertinagem. Dando livre passagem ao corpo, o Carnaval destitui posicionamentos sociais fixos e rígidos, permitindo a “fantasia”, que inventa novas identidades e da uma enorme elasticidade a todos os papéis sociais reguladores. (DAMATTA, R. O que o Carnaval diz do Brasil. Disponível em: http://revistaepoca.globo.com. Acesso em: 29 fev. 2012.)

Ressaltando os seus aspectos simbólicos, a abordagem apresentada associa o carnaval ao(à) a) inversão de regras e rotinas estabelecidas. b) reprodução das hierarquias de poder existentes. c) submissão das classes populares ao poder das elites. d) proibição da expressão coletiva dos anseios de cada grupo. e) consagração dos aspectos autoritários da sociedade brasileira. GABARITO: A COMENTÁRIOS: A festa é vista como uma inversão dos valores cotidianos e por uma liberdade que não se tem nos dias comuns, assim, o autor vê o carnaval como uma expressão brasileira legítima (carnaval, liberdade, sociedade, Brasil, cultura, brasileira.).

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80. O cartum abaixo, de Caulos, faz uma crítica social. A figura destacada está em oposição às outras e representa a

a) a opressão das minorias sociais. b) carência de recursos tecnológicos. c) falta de liberdade de expressão. d) defesa da qualificação profissional. e) reação ao controle do pensamento coletivo. GABARITO: E COMENTÁRIOS: Nesta questão, é dado um cartum e é pedido que se responda o que representa a figura em destaque. Logo na primeira frase do enunciado a questão já dá uma dica: trata-se de uma crítica social. Reunindo estes pequenos conteúdos dados e inserindo-os no âmbito social já é possível inferir que as figuras iguais apresentam um sintoma em comum. Além de serem iguais, são movidos a corda (pra quem nasceu no século XXI ou nos últimos suspiros do sec. XX talvez não esteja exatamente familiarizado com esta criação. Basicamente, quando se dá corda em um brinquedo eles fazem movimentos repetitivos e robóticos para se locomover). Apenas um elemento parece se locomover na direção contrária, não precisando de corda para isso, além de ter uma cor diferenciada, o que nos leva a pensar que é este indivíduo quem está rompendo com o padrão daquela sociedade, descolando-se da massificação do comportamento. Este indivíduo rompeu um padrão vigente. Portanto, este cartum critica nossa sociedade, que se mostra cada vez mais pragmática e rígida. Desta maneira, o vocábulo “reação” se encaixa perfeitamente na definição da atitude do elemento em destaque, já que ele está no contrafluxo dos seus semelhantes, não precisando de nenhum controle – representado pela corda. 81. O rapaz que pretende se casar não nasceu com esse imperativo. Ele foi insuflado pela sociedade, reforçado

pelas incontáveis pressões de histórias de família, educação, moral, religião, dos meios de comunicação e da publicidade. Em outras palavras, o casamento não é um instinto, e sim uma instituição. (BERGER, P. Perspectivas sociológicas: uma visão humanística. Petrópolis: Vozes, 1986 (adaptado).)

O casamento, conforme é tratado no texto, possui como característica o(a) a) ordenamento das relações sociais. b) consolidação da igualdade sexual. c) conservação dos direitos naturais. d) superação das tradições culturais. e) questionamento dos valores cristãos. GABARITO: A COMENTÁRIOS: O casamento, da forma que é tratado no texto, é entendido como uma instituição social, ou seja, trata-se de um ordenamento das relações sociais. Isso quer dizer que não é por uma escolha livre e espontânea que, em geral, surge o desejo pelo casamento. Pelo contrário, há uma pressão social para que o casamento seja visto como a escolha “natural”, como algo ao qual estamos destinados.

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82. Somos seres sociais e dependemos da convivência humana para nos realizarmos como humanos. Mas, também possuímos nossa individualidade. Na construção da nossa individualidade, o papel exercido pelo processo de socialização:

a) é importante para a inserção do indivíduo na cultura, por meio dos costumes dos hábitos, saberes tradições

que são ensinados pelas instituições sociais que servem de base para a vida em sociedade. b) nas sociedades tradicionais permitem que as pessoas possam escolher variações nos seus estilos de vida,

roupa, gostos e preferências, mas somente se pertenciam aos grupos sociais mais abastados. c) determina a transmissão de conhecimentos sociais, de regras, comportamentos, respeito e atitudes corretas

para as crianças que acontece de maneira exclusiva no espaço da escola e de modo unilateral do professor para a criança.

d) são leis e regras sociais existentes fora da consciência individual, pairam como que acima de todos, formando uma consciência coletiva que a todos permeia.

e) na grande maioria das sociedades não possui regras que regulamentam as relações, sociais, políticas, culturais, religiosas, sexuais e etc.,; no entanto, onde elas existem, são praticamente as mesmas.

GABARITO: A COMENTÁRIOS: A vida em sociedade é construída a partir das relações estabelecidas entre os membros dessa sociedade. Isso só é possível através da socialização. A socialização é um processo que implica interação social, entre o indivíduo que está a ser socializado e a sociedade que o envolve. Este processo tem inicio na primeira infância e prolonga-se ao longo da vida, denominando-se de socialização primária a que ocorre na primeira infância e socialização secundária a que ocorre a partir da fase da adolescência. Essa construção também depende das instituições sociais que além de participar da organização da sociedade, a instituição social é toda forma ou estrutura social estabelecida, constituída, sedimentada na sociedade e com caráter normativo – ou seja, ela define regras (normas) e exerce formas de controle social. Contudo, por mais normativa e regulara que a socialização e as instituições sociais pareçam demonstrar, ela não estabelecem relações sociais estáticas, permanentes e/ou imutáveis. 83. Todas as culturas apresentam uma tendência de considerar seus hábitos, costumes e valores como sendo

superiores ou melhores que os demais grupos sociais. O que os outros fazem é incorreto, não é civilizado, é atrasado, repugnante, ignorância, entre outras afirmações que caracterizam um prejulgamento. Essa tendência de os indivíduos de uma determinada sociedade considerarem sua cultura como superior às demais denominamos “etnocentrismo”. (DIAS, Reginaldo. Introdução à sociologia. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005 (Adaptado))

O etnocentrismo é a prática recorrente nas sociedades humanas, e um de seus maiores problemas é a a) aceitação da heterogeneidade. b) propagação do interculturalismo. c) consolidação da diversidade. d) comportamentos sectaristas. e) construção de alteridades. GABARITO: D COMENTÁRIOS: O etnocentrismo promove comportamentos condenáveis, como racismo, estereotipação, estigmatização, preconceitos, xenofobia, atitudes sectárias, ambos nutridos de pressuposições, ódio, fanatismos, etc. As demais alternativas se relacionam com os comportamentos contrários ao etnocentrismo.

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84. As primeiras ações acerca do patrimônio histórico no Brasil datam da década de 1930, com a criação do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), em 1937. Nesse período, o conceito que norteou a política de patrimônio limitou-se aos monumentos arquitetônicos relacionados ao passado brasileiro e vinculava-se aos ideais modernistas de conhecer, compreender e recriar o Brasil por meio da valorização da tradição. (SANTOS, G. Poder e patrimônio histórico: possibilidades de diálogo entre educação histórica e educação patrimonial no ensino médio. EntreVer, n. 2, jan.-jun. 2012.)

Considerando o contexto mencionado, a criação dessa política patrimonial objetivou a a) consolidação da historiografia oficial. b) definição do mercado cultural. c) afirmação da identidade nacional. d) divulgação de sítios arqueológicos. e) universalização de saberes museológicos. GABARITO: C COMENTÁRIOS: Ações como a criação de institutos sobre história e outras ciências humanas pelos governos diversas vezes tem o objetivo de formar uma espécie de “conhecimento oficial” que é passado nas escolas a fim da formação dos cidadãos.

INGLÊS 85. Identifique a única alternativa correta, considerando a inversão adverbial.

"Seldom ___________ the guitar."

a) he plays b) does he play c) he doesn't play d) he does play e) he did play

GABARITO: B 86. Identifique a única alternativa correta, considerando a inversão adverbial.

“Only once a day___________ home.”

a) we can speak b) we speak c) we cannot speak d) we don’t can speak e) can we speak GABARITO: E 87. Identifique a única alternativa correta, considerando a inversão adverbial.

a) Not only they learn the song, they know it by heart. b) Never I will forgive you for what you said. c) Under no circumstances he will admit that he had made a mistake. d) Hardly ever does he miss his soccer practices. e) Only by crying loud the baby could get her attention. GABARITO: D 88. Young Nina and her grandmother are having a conversation:

“Grandma, how long have you and Grandpa been married?”, asked Nina. “We’ve been married for fi fty years,” Grandma replied. “That is so wonderful,” exclaimed Nina. “And I bet in all that time, you never once thought about divorce, right?” “Right, Nina. Divorce, never. Murder, lots of times.”

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Na piada, a frase: “We’ve been married for fifty years” significa que os avós de Nina:

a) viveram juntos por cinquenta anos. b) eram casados há cinquenta anos atrás. c) estão casados há cinquenta anos. d) casaram-se por um longo tempo. e) Foram casados por quinze anos. GABARITO: C 89. “Becoming an exchange student is an exciting way to enhance your life by living in another country. Being an

exchange student does not require your family to host a student in your house while you are away”. (Source: <http://wep.org.au/info/student-exchange-intro>.)

O leitor desse texto está provavelmente interessado em:

a) fazer um curso no exterior b) trocar de profissão c) visitar seu país natal d) se tornar um bom anfitrião e) Trocar dinheiro GABARITO: A 90. A personagem abaixo considera que:

- BESIDES WHICH, I AM ALWAYS COOL, EVEN-

TEMPERED AND FULLY IN CONTROL OF MY ANGER…

a) controla sua fome. b) às vezes está calmo. c) controla completamente sua ira. d) raramente controla sua angústia. e) é uma pessoa controladora. GABARITO: C

EDUCAÇÃO FÍSICA 91. Fazendo uma análise da charge, verifica-se que ela retrata um comportamento recorrente nos dias atuais: a

insatisfação das pessoas com o peso. No entanto, do ponto de vista orgânico, o peso corporal se torna um problema à saúde quando:

a) estimula a adesão à dieta. b) acomete o funcionamento metabólico. c) aumenta conforme a idade. d) expressa a inatividade da pessoa. e) provoca modificações na aparência.

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GABARITO: B COMENTÁRIO: O peso corporal é capaz de se tornar um problema à saúde a partir do momento em que torna-se um desencadeador de reações que prejudiquem o funcionamento metabólico correto. Geralmente, associa-se a uma maior resistência a insulina, que pode gerar o diabetes, assim como complicações arteriais, como a aterosclerose, que se traduz em um depósito de gorduras nas paredes das artérias. 92.

SAÚDE Afinal, abrindo um jornal, lendo uma revista ou assistindo à TV, insistentes são os apelos feitos em prol da atividade física. A mídia não descansa; quer vender roupas esportivas, propagandas de academias, tênis, aparelhos de ginástica e musculação, vitaminas, dietas... uma relação infindável de materiais, equipamentos e produtos alimentares que, por trás de toda essa “parafernália”, impõe um discurso do convencimento e do desejo de um corpo belo, saudável e, em sua grande maioria, de melhor saúde. (RODRIGUES,L. H.; GALVÃO, Z. Educação Física na escola: implicações para a prática pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.)

Em razão da influência da mídia no comportamento das pessoas, no que diz respeito ao padrão de corpo exigido, podem ocorrer mudanças de hábitos corporais. A esse respeito, infere-se do texto que é necessário: a) reconhecer o que é indicado pela mídia como referência para alcançar o objetivo de ter um corpo belo

e saudável. b) valorizar o discurso da mídia, entendendo-o como incentivo à prática da atividade física, para o culto do

corpo perfeito. c) diferenciar as práticas corporais veiculadas pela mídia daquelas praticadas no dia a dia, considerando a

saúde e a integridade corporal. d) atender aos apelos midiáticos em prol da prática exacerbada de exercícios físicos, como garantia de beleza. e) identificar os materiais, equipamentos e produtos alimentares como o caminho para atingir o padrão de corpo

idealizado pela mídia. GABARITO: C COMENTÁRIO: O texto faz uma crítica sobre como a mídia lidar com o corpo dos telespectadores, que a todo momento, tentam comercializar produtos voltados para a estética. A mídia não tem uma preocupação com a saúde do consumidor, apenas quer persuadi-los a comprar produtos e serviços para que cheguem ao corpo ideal. Essa crítica é muito comum por parte de indivíduos que acreditam que a mídia tem o poder de persuasão sobre as pessoas, pois por meio de anúncios publicitários e propagandas tenta vender um negócio. 93.

OBESIDADE CAUSA DOENÇA A obesidade tornou-se uma epidemia global, segundo a Organização Mundial da Saúde, ligada à Organização das Nações Unidas. O problema vem atingindo um número cada vez maior de pessoas em todo o mundo, e entre as principais causas desse crescimento estão o modo de vida sedentário e a má alimentação. Segundo um médico especialista em cirurgia de redução de estômago, a taxa de mortalidade entre homens obesos de 25 a 40 anos é 12 vezes maior quando comparada à taxa de mortalidade entre indivíduos de peso normal. O excesso de peso e de gordura no corpo desencadeia e piora problemas de saúde que poderiam ser evitados. Em alguns casos, a boa notícia é que a perda de peso leva à cura, como no caso da asma, mas em outros, como o infarto, não há solução. (FERREIRA, T. Disponível em: http://revistaepoca.globo.com. Acesso em: 2 ago. 2012 (adaptado).) O texto apresenta uma reflexão sobre saúde e aponta o excesso de peso e de gordura corporal dos indivíduos como um problema, relacionando-o ao:

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a) padrão estético, pois o modelo de beleza dominante na sociedade requer corpos magros. b) equilíbrio psíquico da população, pois esse quadro interfere na autoestima das pessoas. c) quadro clínico da população, pois a obesidade é um fator de risco para o surgimento de diversas

doenças crônicas. d) preconceito contra a pessoa obesa, pois ela sofre discriminação em diversos espaços sociais. e) desempenho na realização das atividades cotidianas, pois a obesidade interfere na performance. GABARITO: C COMENTÁRIO: A obesidade é um fator de risco para várias doenças dentre as quais podemos citar: câncer,

hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, doenças cerebrovasculares, apneia do sono, osteoartrite e diabetes Melittus tipo dois.

94. A concepção de Saúde, no modelo atual de qualidade de vida, é o resultado das condições de alimentação, habitação, educação, renda, trabalho, transporte, lazer, serviços médicos e acesso à atividade física regular. Quanto ao acesso à atividade física, um dos elementos essenciais é a aptidão física, entendida como a capacidade de a pessoa utilizar seu corpo — incluindo músculos, esqueleto, coração, enfim, todas as partes, de forma eficiente em suas atividades cotidianas; logo, quando se avalia a saúde de uma pessoa, a aptidão física deve ser levada em conta.

A partir desse contexto, considera-se que uma pessoa tem boa aptidão física quando:

a) apresenta uma postura regular. b) pode se exercitar por períodos curtos de tempo. c) pode executar suas atividades do dia a dia com vigor, atenção e uma fadiga de moderada a intensa. d) pode exercer atividades físicas no final do dia, mas suas reservas de energia são insuficientes para

atividades intelectuais. e) pode desenvolver as atividades físicas do dia-a-dia, independentemente de sua idade. GABARITO: E COMENTÁRIO: A opção correta ratifica o que afirma o texto quando diz que “um dos elementos essenciais (da

atividade física) é a aptidão física, entendida como a capacidade de a pessoa utilizar seu corpo de forma eficiente em suas atividades cotidianas.” A aptidão física, portanto, é um importante fator para se considerar a saúde de uma pessoa, independentemente de sua idade. 95. Quando a Organização Mundial de Saúde (OMS) foi criada, pouco após o fim da Segunda Guerra Mundial,

havia uma preocupação em traçar uma definição positiva de saúde, que incluiria fatores como alimentação, qualidade do sono, atividade física, acesso ao sistema de saúde etc. O "bem-estar social" da definição veio de uma preocupação com a devastação causada pela guerra, assim como de um otimismo em relação à paz mundial. E a definição mais difundida – com implicações legais, sociais e econômicas dos estados de saúde e doença – é a definição encontrada no preâmbulo da Constituição da OMS: Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças.

De acordo com o texto, a má qualidade do sono pode ser um fator preponderante na aquisição de doenças. A alteração do sono por longos períodos altera o metabolismo do corpo, surgindo doenças como:

a) hipertensão e doenças coronárias. b) alterações do humor e asma. c) artrite e fibromialgia. d) osteoporose e colesterol alto. e) mal de Parkinson e Alzheimer.

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GABARITO: A COMENTÁRIO: Afetar a qualidade do sono por períodos longos pode levar a consequências mais graves, como

hipertensão, doenças coronárias, infarto, AVC e alterações do humor: “As pessoas apresentam irritabilidade intensa por coisas banais, sem condições de resolver pequenos problemas familiares, pessoais ou profissionais”. A longo prazo, pode levar à depressão, a alterações da libido e à impotência sexual.

ESPANHOL 96. Com relação à charge, assinale a alternativa correta.

a) Com a idade, as pessoas deixam de praticar atividades físicas e se dedicam à leitura. b) O desinteresse pela leitura e por atividades culturais, no cotidiano, se apresenta com o passar dos anos. c) Há um exagero na atitude do homem, que se mostra excessivamente voltado para os esportes. d) Há uma crítica à atitude consumista das mulheres. e) Há uma representação negativa de valores socioeconômicos em relação à leitura e aos esportes. GABARITO: C 97.

El 34 (Alejandro Zambra) Los profesores nos llamaban por el número de lista, por lo que sólo sabíamos los nombres de los compañeros más cercanos. Lo digo como disculpa: ni siquiera conozco el nombre de mi personaje. Pero recuerdo con precisión al 34 y creo que él también me recordaría. En ese tiempo yo era el 45. Gracias a la inicial de mi apellido gozaba de una identidad más firme que los demás. Todavía siento familiaridad con ese número. Era bueno ser el último, el 45. Era mucho mejor que ser, por ejemplo, el 15 o el 27. Lo primero que recuerdo del 34 es que a veces comía zanahorias a la hora del recreo. Su madre las pelaba y acomodaba armoniosamente en un pequeño tupperware, que él abría desmontando con cautela las esquinas superiores. Medía la dosis exacta de fuerza como si practicara un arte dificilísimo. Pero más importante que su gusto por las zanahorias era su condición de repitente, el único del curso. Para nosotros repetir de curso era un hecho vergonzante. En nuestras cortas vidas nunca habíamos estado cerca de esa clase de fracasos. Teníamos once o doce años, acabábamos de ingresar al Instituto Nacional, el colegio más prestigioso de Chile, y nuestros expedientes eran, por tanto, intachables. Pero ahí estaba el 34: su presencia demostraba que el fracaso era posible, que era incluso llevadero, porque él lucía su estigma con naturalidad, como si estuviera, en el fondo, contento de repasar las mismas materias. Usted es cara conocida, le decía a veces algún profesor, socarronamente, y el 34 respondía con gentileza: sí señor, soy repitente, el único repitente del curso. Pero estoy seguro de que este año será mejor para mí. El comportamiento del 34 contradecía por completo la conducta natural de los repitentes. Se supone que los repitentes son hoscos y se integran a destiempo y de malas ganas al contexto de su nuevo curso, pero el 34 se mostraba siempre dispuesto a compartir con nosotros en igualdad de condiciones. No padecía ese arraigo al pasado que hace de los repitentes tipos infelices o melancólicos, a la siga perpetua de sus compañeros del año anterior, o en batalla incesante contra los supuestos culpables de su situación.

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Temblábamos cada vez que el 34 daba mutras, en clases, de su innegable inteligencia. Pero no alardeaba, al contrario, solamente intervenía para proponer nuevos puntos de vista o señalar su opinión sobre temas complejos. Decía cosas que no salían en los libros y nosotros lo admirábamos por eso, pero admirarlo era una forma de cavar la propia tumba: si había fracasado alguien tan listo, con mayor razón fracasaríamos nosotros. Conjeturábamos, entonces, a sus espaldas, los verdaderos motivos de su repitencia: inventábamos enrevesados conflictos familiares o enfermedades muy largas y penosas, pero en el fondo sabíamos que el fracaso del 34 era estrictamente académico. Sabíamos que su fracaso sería, mañana, el nuestro. (Disponible en: http://www.literalmagazine.com/english_post/el-34/)

La presencia del 34 enseña al narrador que a) la amabilidad es la principal virtud de un repitiente. b) la frustración se hace presente en algún momento de la vida. c) el llevarse bien con los profesores es fundamental. d) los estigmas recibidos en clase son insuperables. e) la familiaridad con un repitente es vergonzante. GABARITO: B 98.

El 34 (Alejandro Zambra) Los profesores nos llamaban por el número de lista, por lo que sólo sabíamos los nombres de los compañeros más cercanos. Lo digo como disculpa: ni siquiera conozco el nombre de mi personaje. Pero recuerdo con precisión al 34 y creo que él también me recordaría. En ese tiempo yo era el 45. Gracias a la inicial de mi apellido gozaba de una identidad más firme que los demás. Todavía siento familiaridad con ese número. Era bueno ser el último, el 45. Era mucho mejor que ser, por ejemplo, el 15 o el 27. Lo primero que recuerdo del 34 es que a veces comía zanahorias a la hora del recreo. Su madre las pelaba y acomodaba armoniosamente en un pequeño tupperware, que él abría desmontando con cautela las esquinas superiores. Medía la dosis exacta de fuerza como si practicara un arte dificilísimo. Pero más importante que su gusto por las zanahorias era su condición de repitente, el único del curso. Para nosotros repetir de curso era un hecho vergonzante. En nuestras cortas vidas nunca habíamos estado cerca de esa clase de fracasos. Teníamos once o doce años, acabábamos de ingresar al Instituto Nacional, el colegio más prestigioso de Chile, y nuestros expedientes eran, por tanto, intachables. Pero ahí estaba el 34: su presencia demostraba que el fracaso era posible, que era incluso llevadero, porque él lucía su estigma con naturalidad, como si estuviera, en el fondo, contento de repasar las mismas materias. Usted es cara conocida, le decía a veces algún profesor, socarronamente, y el 34 respondía con gentileza: sí señor, soy repitente, el único repitente del curso. Pero estoy seguro de que este año será mejor para mí. El comportamiento del 34 contradecía por completo la conducta natural de los repitentes. Se supone que los repitentes son hoscos y se integran a destiempo y de malas ganas al contexto de su nuevo curso, pero el 34 se mostraba siempre dispuesto a compartir con nosotros en igualdad de condiciones. No padecía ese arraigo al pasado que hace de los repitentes tipos infelices o melancólicos, a la siga perpetua de sus compañeros del año anterior, o en batalla incesante contra los supuestos culpables de su situación. Temblábamos cada vez que el 34 daba muestras, en clases, de su innegable inteligencia. Pero no alardeaba, al contrario, solamente intervenía para proponer nuevos puntos de vista o señalar su opinión sobre temas complejos. Decía cosas que no salían en los libros y nosotros lo admirábamos por eso, pero admirarlo era una forma de cavar la propia tumba: si había fracasado alguien tan listo, con mayor razón fracasaríamos nosotros. Conjeturábamos, entonces, a sus espaldas, los verdaderos motivos de su repitencia: inventábamos enrevesados conflictos familiares o enfermedades muy largas y penosas, pero en el fondo sabíamos que el fracaso del 34 era estrictamente académico. Sabíamos que su fracaso sería, mañana, el nuestro. (Disponible en: http://www.literalmagazine.com/english_post/el-34/)

La existencia de un repitente en el colegio parecía improbable ya que a) recién habían empezado el curso. b) todos aún eran muy jóvenes. c) el expediente académico era bajo. d) procedían de Institutos reconocidos. e) se trataba de una escuela acreditada. GABARITO: E

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99.

El 34 (Alejandro Zambra) Los profesores nos llamaban por el número de lista, por lo que sólo sabíamos los nombres de los compañeros más cercanos. Lo digo como disculpa: ni siquiera conozco el nombre de mi personaje. Pero recuerdo con precisión al 34 y creo que él también me recordaría. En ese tiempo yo era el 45. Gracias a la inicial de mi apellido gozaba de una identidad más firme que los demás. Todavía siento familiaridad con ese número. Era bueno ser el último, el 45. Era mucho mejor que ser, por ejemplo, el 15 o el 27. Lo primero que recuerdo del 34 es que a veces comía zanahorias a la hora del recreo. Su madre las pelaba y acomodaba armoniosamente en un pequeño tupperware, que él abría desmontando con cautela las esquinas superiores. Medía la dosis exacta de fuerza como si practicara un arte dificilísimo. Pero más importante que su gusto por las zanahorias era su condición de repitente, el único del curso. Para nosotros repetir de curso era un hecho vergonzante. En nuestras cortas vidas nunca habíamos estado cerca de esa clase de fracasos. Teníamos once o doce años, acabábamos de ingresar al Instituto Nacional, el colegio más prestigioso de Chile, y nuestros expedientes eran, por tanto, intachables. Pero ahí estaba el 34: su presencia demostraba que el fracaso era posible, que era incluso llevadero, porque él lucía su estigma con naturalidad, como si estuviera, en el fondo, contento de repasar las mismas materias. Usted es cara conocida, le decía a veces algún profesor, socarronamente, y el 34 respondía con gentileza: sí señor, soy repitente, el único repitente del curso. Pero estoy seguro de que este año será mejor para mí. El comportamiento del 34 contradecía por completo la conducta natural de los repitentes. Se supone que los repitentes son hoscos y se integran a destiempo y de malas ganas al contexto de su nuevo curso, pero el 34 se mostraba siempre dispuesto a compartir con nosotros en igualdad de condiciones. No padecía ese arraigo al pasado que hace de los repitentes tipos infelices o melancólicos, a la siga perpetua de sus compañeros del año anterior, o en batalla incesante contra los supuestos culpables de su situación. Temblábamos cada vez que el 34 daba muestras, en clases, de su innegable inteligencia. Pero no alardeaba, al contrario, solamente intervenía para proponer nuevos puntos de vista o señalar su opinión sobre temas complejos. Decía cosas que no salían en los libros y nosotros lo admirábamos por eso, pero admirarlo era una forma de cavar la propia tumba: si había fracasado alguien tan listo, con mayor razón fracasaríamos nosotros. Conjeturábamos, entonces, a sus espaldas, los verdaderos motivos de su repitencia: inventábamos enrevesados conflictos familiares o enfermedades muy largas y penosas, pero en el fondo sabíamos que el fracaso del 34 era estrictamente académico. Sabíamos que su fracaso sería, mañana, el nuestro. (Disponible en: http://www.literalmagazine.com/english_post/el-34/)

La costumbre de llamar a los compañeros de clase por su número de lista reflejaba a) la intimidad y amistad existente entre los estudiantes. b) el prestigio que alcanzaba quien era el último. c) la identidad que asumían con el número asignado. d) la desconsideración de los profesores. e) el excesivo número de alumnos por clase. GABARITO: C 100. Completando los huecos correctamente, la cuestión correcta será:

¿______ sabes ______ está _______ padre? a) tu – donde – tu. b) tú – adonde – tú. c) tú – adónde – tu. d) tú– donde – tu. e) tú – dónde – tu. GABARITO: E

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