listÃo de portuguÊs para funiversa

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PORTUGUÊS NA FUNIVERSA* *Gabarito ao final de cada prova 1 4 7 10 13 16 19 22 25 28 31 34 37 40 43 46 49 52 Texto I, para responder às questões de 1 a 3. O suprimento de energia elétrica foi um dos sérios problemas que os responsáveis pela construção da Nova Capital da República enfrentaram, desde o início de suas atividades no Planalto Central, em fins de 1956. A região não contava com nenhuma fonte de geração de energia elétrica nas proximidades, e o prazo, imposto pela data fixada para a inauguração da capital — 21 de abril de 1960 —, era relativamente curto para a instalação de uma fonte de energia local, em caráter definitivo. A alternativa existente seria o aproveitamento da energia elétrica da Usina Hidroelétrica de Cachoeira Dourada, das Centrais Elétricas de Goiás S/A-CELG, no Rio Parnaíba, divisa dos estados de Minas Gerais e Goiás, distante quase 400 km de Brasília. Assim, tendo em vista o surgimento da nova Capital do Brasil, as obras foram aceleradas, e a primeira etapa da Usina de Cachoeira Dourada foi inaugurada em janeiro de 1959, com 32 MW e potência final prevista para 434 MW. Entretanto, paralelamente à adoção de providências para o equacionamento do problema de suprimento de energia elétrica da nova Capital após sua inauguração, outras medidas tiveram de ser tomadas pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil — NOVACAP — objetivando à instalação de fontes de energia elétrica necessárias às atividades administrativas desenvolvidas no gigantesco canteiro de obras. Assim sendo, já nos primeiros dias de 1957, a energia elétrica de origem hidráulica era gerada, pela primeira vez, no território do futuro Distrito Federal, pela usina pioneira do Catetinho, de 10 HP, instalada em pequeno afluente do Ribeirão do Gama. Hoje, a Capital Federal conta com a CEB, Companhia Energética de Brasília, que já recebeu vários prêmios. Em novembro de 2009, ela conquistou uma importante vitória em seu esforço pela melhoria no atendimento aos clientes. Venceu o prêmio IASC - Índice Aneel de Satisfação do Consumidor, pela quinta vez. A empresa foi escolhida a melhor distribuidora de energia elétrica do Centro-Oeste, a partir de pesquisa que abrange toda a área de concessão das 63 distribuidoras no Brasil. Na premiação, que ocorreu na sede da Aneel, a CEB foi apontada como uma das cinco melhores distribuidoras de energia elétrica do País. O Índice Aneel de Satisfação do Consumidor para a CEB, de 70,33 pontos, ficou acima da média nacional, de 66,74 pontos. Anteriormente, a Companhia obteve o Prêmio IASC em 2003, 2004, 2006 e 2008. Entre suas importantes iniciativas sociais, destacase o Programa CEB Solidária e Sustentável, um projeto de inserção e reinserção social de crianças, denominado "Gente de Sucesso", que foi implementado em parceria com o Instituto de Integração Social e Promoção da Cidadania — INTEGRA e com a Vara da Infância e da Juventude do Distrito Federal. Internet: <http://www.ceb.com.br> (com adaptações). Acesso em 3/1/2010. QUESTÃO 1. (FUNIVERSA/CEB/ADMINISTRADOR/2010) Assinale a alternativa em que todas as palavras são acentuadas pela mesma razão. (A) “Brasília”, “prêmios”, “vitória”. (B) “elétrica”, “hidráulica”, “responsáveis”. (C) “sérios”, “potência”, “após”. (D) “Goiás”, “já”, “vários”. (E) “Solidária, “área”, “após”. QUESTÃO 2. (FUNIVERSA/CEB/ADMINISTRADOR/2010) Acerca do texto I, assinale a alternativa correta. (A) As ideias do primeiro e as do segundo parágrafos se opõem. (B) O tempo do verbo na linha 10 indica um fato passado em relação a outro, ocorrido também no passado. (C) A expressão “divisa dos estados de Minas Gerais e Goiás” (linha 13) está entre vírgulas por ser um vocativo.

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Page 1: LISTÃO DE PORTUGUÊS PARA FUNIVERSA

PORTUGUÊS NA FUNIVERSA**Gabarito ao final de cada prova

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Texto I, para responder às questões de 1 a 3.O suprimento de energia elétrica foi um dos sérios

problemas que os responsáveis pela construção da NovaCapital da República enfrentaram, desde o início de suasatividades no Planalto Central, em fins de 1956.

A região não contava com nenhuma fonte degeração de energia elétrica nas proximidades, e o prazo,imposto pela data fixada para a inauguração da capital — 21de abril de 1960 —, era relativamente curto para a instalaçãode uma fonte de energia local, em caráter definitivo.

A alternativa existente seria o aproveitamento daenergia elétrica da Usina Hidroelétrica de CachoeiraDourada, das Centrais Elétricas de Goiás S/A-CELG, no RioParnaíba, divisa dos estados de Minas Gerais e Goiás,distante quase 400 km de Brasília. Assim, tendo em vista osurgimento da nova Capital do Brasil, as obras foramaceleradas, e a primeira etapa da Usina de CachoeiraDourada foi inaugurada em janeiro de 1959, com 32 MW epotência final prevista para 434 MW.

Entretanto, paralelamente à adoção de providências para o equacionamento do problema de suprimento de energia elétrica da nova Capital após sua inauguração, outras medidas tiveram de ser tomadas pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil — NOVACAP — objetivando à instalação de fontes de energia elétrica necessárias às atividades administrativas desenvolvidas no gigantesco canteiro de obras. Assim sendo, já nos primeiros dias de 1957, a energia elétrica de origem hidráulica era gerada, pela primeira vez, no território do futuro Distrito Federal, pela usina pioneira do Catetinho, de 10 HP, instalada em pequeno afluente do Ribeirão do Gama.

Hoje, a Capital Federal conta com a CEB,Companhia Energética de Brasília, que já recebeu váriosprêmios. Em novembro de 2009, ela conquistou umaimportante vitória em seu esforço pela melhoria noatendimento aos clientes. Venceu o prêmio IASC - ÍndiceAneel de Satisfação do Consumidor, pela quinta vez. Aempresa foi escolhida a melhor distribuidora de energiaelétrica do Centro-Oeste, a partir de pesquisa que abrangetoda a área de concessão das 63 distribuidoras no Brasil.

Na premiação, que ocorreu na sede da Aneel, aCEB foi apontada como uma das cinco melhoresdistribuidoras de energia elétrica do País. O Índice Aneel deSatisfação do Consumidor para a CEB, de 70,33 pontos,ficou acima da média nacional, de 66,74 pontos.Anteriormente, a Companhia obteve o Prêmio IASC em 2003,2004, 2006 e 2008.

Entre suas importantes iniciativas sociais, destacaseo Programa CEB Solidária e Sustentável, um projeto deinserção e reinserção social de crianças, denominado "Gentede Sucesso", que foi implementado em parceria com oInstituto de Integração Social e Promoção da Cidadania —INTEGRA e com a Vara da Infância e da Juventude doDistrito Federal.

Internet: <http://www.ceb.com.br> (com adaptações). Acesso em 3/1/2010.

QUESTÃO 1. (FUNIVERSA/CEB/ADMINISTRADOR/2010) Assinale a alternativa em que todas as palavras são acentuadas pela mesma razão.(A) “Brasília”, “prêmios”, “vitória”.(B) “elétrica”, “hidráulica”, “responsáveis”.(C) “sérios”, “potência”, “após”.(D) “Goiás”, “já”, “vários”.(E) “Solidária”, “área”, “após”.

QUESTÃO 2. (FUNIVERSA/CEB/ADMINISTRADOR/2010) Acerca do texto I, assinale a alternativa correta.

(A) As ideias do primeiro e as do segundo parágrafos se opõem.(B) O tempo do verbo na linha 10 indica um fato passado em relação a outro, ocorrido também no passado.(C) A expressão “divisa dos estados de Minas Gerais e Goiás” (linha 13) está entre vírgulas por ser um vocativo.(D) O último período do quarto parágrafo (linhas de 26 a 30) apresenta uma contradição em relação ao parágrafo em que se insere.(E) Nas linhas de 33 a 36, encontra-se um argumento que justifica a importância da vitória da CEB.

QUESTÃO 3. (FUNIVERSA/CEB/ADMINISTRADOR/2010) Em cada uma das alternativas a seguir, há uma reescritura de parte do texto I. Assinale aquela em que a reescritura altera o sentido original.(A) Escolheu-se a empresa como a melhor distribuidora de energia elétrica do Centro-Oeste (linhas de 36 a 38).(B) a partir de pesquisa que abrange todas as áreas de concessão de todas as distribuidoras no Brasil (linhas 38 e 39).(C) O suprimento de energia elétrica foi um dos sérios problemas enfrentados pelos responsáveis pela construção da Nova Capital da República (linhas de 1 a 3).(D) o prazo (...) era relativamente curto para a instalação, em caráter definitivo, de uma fonte de energia local (linhas de 6 a 9).(E) paralelamente ao fato de se adotarem providências (linha 19).

QUESTÃO 4. (FUNIVERSA/CEB/ADMINISTRADOR/2010) Julgue os itens a seguir, a respeito da forma de apresentação das seguintes comunicações oficiais: ofício, aviso, memorando, exposição de motivos e mensagem.I A fonte indicada é a do tipo Arial de corpo 12 no texto em geral, 12 nas citações7 e 10 nas notas de rodapé.II O espaçamento entre as linhas deve ser simples.III A numeração das páginas é obrigatória desde a segunda.IV O abuso de elementos de formatação (negrito, itálico, sublinhado, letras maiúsculas, sombreado, sombra, relevo, bordas etc.) deve ser evitado, para preservar a elegância e a sobriedade do documento.V A impressão dos textos deve ser feita na cor preta em papel branco. A colorida fica restrita aos gráficos e ilustrações.A quantidade de itens certos é igual a(A) 1. (B) 2. (C) 3. (D) 4. (E) 5.

Texto II, para responder às questões 5 e 6.

Page 2: LISTÃO DE PORTUGUÊS PARA FUNIVERSA

QUESTÃO 5. (FUNIVERSA/CEB/ADMINISTRADOR/2010) Em cada uma das alternativas a seguir, há uma reescritura de uma parte do texto II. Assinale aquela em que a reescritura mantém a ideia original.(A) A preocupação com o planeta intensificou-se com a crise petroleira, a partir dos anos 1970, pois as questões ambientais começaram a ser tratadas de forma relevante e participativa nos diversos setores socioeconômicos (linhas de 1 a 5).(B) O processo de reciclagem é muito relevante à medida que o lixo recebe o devido destino, retornando à cadeia produtiva (linhas de 8 a 10).(C) Por causa de pesquisas em comunidades de baixa renda de Fortaleza e região metropolitana da capital, a COELCE instalou 62 pontos de coleta no Ceará, para montar a arquitetura do programa (linhas de 21 a 24).(D) O cliente, para participar, assim que procura o posto de coleta ou a associação comunitária, solicita o cartão do Programa Ecoelce (linhas de 25 a 27).(E) Reconhecido pela ONU, o programa tem como vantagens estimular a economia de energia com melhoria da qualidade de vida das comunidades envolvidas, em virtude tanto da diminuição da conta de luz quanto da redução dos resíduos nas vias urbanas (linhas de 33 a 38).

Imagem I, para responder às questões 6 e 7.

Internet: <http:www.casaideal.wordpress.com/reduza-reutilize-recicle/>.Acesso em 3/1/2010.

QUESTÃO 6. (FUNIVERSA/CEB/ADMINISTRADOR/2010) Com relação ao texto II e à imagem I, assinale a alternativa correta.(A) A decomposição do papel é a que tem menor duração, entre os tipos de lixo mostrados na imagem I.(B) A crise do petróleo, há mais de meio século, intensificou a preocupação com o planeta, movimentando a participação dos diversos setores socioeconômicos envolvidos com as questões ambientais.(C) O lixo, se reciclado, retorna à cadeia produtiva, reduzindo o desgaste da natureza.(D) O projeto desenvolvido pela Companhia Energética do Ceará (COELCE) conseguiu, em dois anos, uma economia de energia suficiente para abastecer a residência de oito mil pessoas com consumo médio de 80 kilowatts.hora/mês.(E) A máquina de registro de coleta calcula o volume de resíduos, com informações sobre o tipo de material e peso a ser creditado na conta do cliente.

Texto III, para responder à questão 7.1

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O presidente da Alcicla, Francisco Macedo Neto,executivo que dirige a maior empresa de reciclagem dealumínio da América Latina, localizada em Contagem, naregião metropolitana de Belo Horizonte, MG, afirma que umalata de alumínio demora, em média, 14 dias para sair dasmãos dos consumidores e retornar para as prateleiras dossupermercados, depois de reaproveitada por intermédio dareciclagem.Internet: <http://estrategiaempresarial.wordpress.com/2008/03/03/reciclagemaluminio-

sustentabilidade-e-a-bitributacao-no-brasil/>. Acesso em 3/1/2010.

Imagem II, para responder à questão 7.

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A preocupação com o planeta intensificou-se a partirdos anos 1970, com a crise petroleira, ocasião em que asquestões ambientais começaram a ser tratadas de formarelevante e participativa nos diversos setoressocioeconômicos. Preservar o ambiente e economizar osrecursos naturais tornou-se importante tema de discussão,com ênfase no uso racional, em especial de energia elétrica.

O processo de reciclagem é muito relevante namedida em que o lixo recebe o devido destino, retornando àcadeia produtiva.

Uma economia de 15,3 gigawatts.hora (GWh) emdois anos foi um dos resultados do projeto desenvolvido pelaCompanhia Energética do Ceará (COELCE). O montanteé equivalente ao suprimento de quase oito mil residênciascom perfil de consumo da ordem de 80 kilowatts.hora/mês.

O Programa Ecoelce de troca de resíduos por bônusna conta de luz gerou créditos de R$ 570 mil a 88 mil clientesresponsáveis pelo recolhimento de pouco mais de quatro miltoneladas de lixo reciclável, como vidro, plástico, papel, metale óleo.

A COELCE instalou 62 pontos de coleta no Ceará apartir de pesquisas em comunidades de baixa renda deFortaleza e região metropolitana da capital, para montar aarquitetura do programa.

Para participar, o cliente procura o posto de coletaou a associação comunitária e solicita o cartão do ProgramaEcoelce. A cada entrega, o operador do posto registra ovolume de resíduos, com informações sobre o tipo dematerial e peso, e, por meio da máquina de registro decoleta, calcula o bônus a ser creditado na conta do cliente.Os resíduos recebidos são separados e encaminhados paraa indústria de reciclagem.

Reconhecido pela Organização das Nações Unidas(ONU), o programa tem como vantagens estimular aeconomia de energia com melhoria da qualidade de vida dascomunidades envolvidas, tanto pela diminuição da conta deluz quanto pela redução dos resíduos nas vias urbanas.

Alberto B. Gradvohl et alii. Programa Ecoelce de troca de resíduos por bônusna conta de energia. Agência Nacional de Energia Elétrica (Brasil).

In: Revista pesquisa e desenvolvimento da ANEEL, n.º 3,jun./2009, p. 115-6 (com adaptações).

Page 3: LISTÃO DE PORTUGUÊS PARA FUNIVERSA

Internet: <http://estrategiaempresarial.wordpress.com/2008/03/03/reciclagemaluminio-sustentabilidade-e-a-bitributacao-no-brasil/>. Acesso em 3/1/2010.

Imagem III, para responder à questão 7.

Internet: <http://angloambiental.wordpress.com/2009/09/>. Acesso em 3/1/2010.

QUESTÃO 7. (FUNIVERSA/CEB/ADMINISTRADOR/2010) Com base no texto III e nas imagens I, II e III, assinale a alternativa correta.(A) A imagem I demonstra a circularidade do processo de reciclagem de resíduo.(B) A decomposição do alumínio na natureza dura quatro mil anos; já o processo de reciclagem precisa, em média, de apenas 14 dias para fazer uma latinha de alumínio ser colocada à venda para consumo.(C) Apenas países pouco desenvolvidos reciclam latas de alumínio no mundo, pois isso é tarefa para as famílias de baixa renda.(D) A questão da sustentabilidade está presente nas três imagens.(E) No período de 1997 a 2006, houve incessante crescimento em reciclagem de latas no Brasil.

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Texto IV, para responder às questões 8 e 9.Este verão tem sido extremamente quente, e, junto

com o suor, vem a conta de luz. Ar-condicionado, ventilador,geladeira… o consumo de energia aumenta nesta época, etudo o que pudermos fazer para reduzir a conta vale a pena.Até porque estamos muito acostumados ao desperdício e éfácil fazer alguns cortes sem tanto sacrifício. Seguindo osconselhos abaixo, a sua conta de luz irá reduzir rapidamente.

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▪ Abrir a porta da geladeira o tempo todo provoca aumento do consumo. Isso é facilmente resolvido instalando-se uma fechadura com temporizador, semelhante às que existem em cofres de banco. Programe a porta para abrir apenas uma vez no dia. Pegue tudo que precise e feche-a novamente, até o dia seguinte. Caso você não tenha dinheiro para colocar uma dessas fechaduras, existem outras opções mais baratas, como usar um cadeado comum e engolir a chave. Esse método é ótimo, porém não tão regular: a frequência com que você poderá abrir a geladeira irá variar de acordo com o funcionamento do seu intestino. ▪ Vender a geladeira e usar uma caixa de isopor com gelo também é uma opção a ser considerada, embora um pouco mais extrema. Se chegar a esse ponto, prefira simplesmente não colocar mais nada na geladeira, nem água. Assim você não será tentado a abri-la. ▪ Evite ligar o ar-condicionado e o ventilador todo dia. Se você usá-los apenas no quinto domingo de cada mês, já deverá ter um bom refresco. Nos outros dias, prefira soluções mais econômicas, como abanar-se com a ventarola da vovó ou andar de ônibus com ar-condicionado o dia inteiro. ▪ Durante o dia, decore a posição dos móveis. À noite, deixe de acender luzes inutilmente: corredor, sala, banheiro… nada sai do lugar, então você já deveria saber andar em casa no escuro! ▪ Os valores familiares têm sido deixados de lado ultimamente. Modifique seu hábito de ver TV, DVD e usar computadores como lazer doméstico. Em vez disso, passe a reunir a família na sala, em torno da vela acesa, e conversem sobre o dia que tiveram. Contem historinhas para a criançada, ilustrando-as com as sombras na parede. ▪ Aprenda braile. Assim você não precisará acender a luz nem para ler um bom livro ou para escrever uma poesia de amor para a pessoa amada. ▪ Ferro de passar é um dos piores vilões da conta de luz. A necessidade é a mãe da invenção, já diz o ditado. Siga o exemplo dos catadores de latinhas de alumínio, que não possuem sofisticados compactadores de latas: coloque sua roupa em sacolas plásticas e bote-as embaixo da roda de um ônibus.

Internet: <http://newcerrado.com/2009/03/09/como-economizarenergia-

eletrica/> (com adaptações). Acesso em 5/1/2010.

QUESTÃO 8. (FUNIVERSA/CEB/ADMINISTRADOR/2010) O texto IV apresenta conselhos que, se seguidos, eliminariam o uso de alguns equipamentos elétricos. Entre esses equipamentos, não se incluem os(as)(A) geladeiras.(B) equipamentos de iluminação.(C) aparelhos de ar-condicionado.(D) TVs.(E) ferros de passar.

QUESTÃO 9. (FUNIVERSA/CEB/ADMINISTRADOR/2010) A respeito do texto IV, assinale a alternativa incorreta.(A) O texto vai além das causas de gastos de energia no verão e propõe soluções para o ranqüila desperdício de eletricidade em domicílios, na indústria e no comércio.(B) O destinatário do texto pode ser o leitor de classe média que tem condições financeiras para adquirir os eletrodomésticos mencionados no texto, mas que quer reduzir gastos com despesas correntes.(C) O texto pauta-se em algumas crenças e valores de conhecimento geral para propor soluções excêntricas.(D) O texto busca elementos que possam consubstanciar a teoria a ser defendida: reduzir o desperdício é fácil e lucrativo. Para isso, apresenta os elementos que compõem um pano de fundo para a sua proposta: verão, calor, suor, eletrodomésticos, aumento de consumo de energia.(E) O humor e a ironia estão presentes no texto.

Page 4: LISTÃO DE PORTUGUÊS PARA FUNIVERSA

Gabarito:1 2 3 4 5 6 7 8 9A E B D E C D C A

PORTUGUÊS NA FUNIVERSA**Gabarito ao final da prova

Texto I, para responder às questões de 1 a 3.1

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Em uma manhã de inverno em 1978, a assistentesocial Zélia Machado, 49 anos de idade, encontrou um bebêrecém-nascido em um terreno baldio em frente de sua casa,em Curitiba. Era uma menina morena que chorava muito,ainda com o cordão umbilical, embrulhada em uma sacola depapel. Zélia, uma descendente de ucranianos de olhos azuis,levou a criança ao hospital e, ignorando a opinião contráriade parentes e amigos, resolveu adotá-la. “Foi a melhordecisão da minha vida”, diz hoje. Aos dezoito anos, Patrícia,a filha adotiva, está-se preparando para o vestibular e temcom a mãe um relacionamento melhor do que muitos filhosbiológicos em outras famílias. “Às vezes até esqueço que fuiadotada”, conta.

Histórias como essa compõem a primeira grandepesquisa sobre adoção no Brasil, feita pela psicólogaparanaense Lídia Weber em doze estados de diferentesregiões. O estudo, que acaba de ser apresentado no XXVICongresso Internacional de Psicologia, realizado emMontreal, no Canadá, desmente alguns mitos sobre a adoçãono país. Mostra, por exemplo, que a adoção é umaexperiência muito mais ranqüila e gratificante do que seimagina para pais e filhos. “Oitenta e cinco por cento doscasos estudados foram muito bem-sucedidos”, atesta apesquisadora. “Esse resultado desmente a tese de muitospsicólogos e psiquiatras segundo a qual a perda dos paisbiológicos é irreparável e determinante de todos osproblemas nas crianças adotadas.”

In: Veja, 18/9/1996 (com adaptações).

Perfil dos filhos adotivos...

...e dos pais que adotam

64% são brancos. 91% estavam casados naépoca da adoção.

60% são mulheres. 55% não podiam ter filhos.

69% eram recém-nascidosna época da adoção.

45% já tinham filhosbiológicos.

62% nunca tiveram notíciasde seus pais biológicos.

40% têm curso superiorcompleto.

69% sempre souberam queeram adotivos.

50% recebem mais de 1.500reais por mês.

QUESTÃO 1. FUNIVERSA/SEJUS/ADMINISTRADOR/2010) Com base no texto I, assinale a alternativa correta.(A) É correto afirmar que o primeiro parágrafo do texto I apresenta estrutura descritiva.(B) É alto o percentual, em crianças adotadas, de problemas psicológicos irreparáveis, resultantes da perda dos pais biológicos: 85%.(C) Foi a assistente social Zélia Machado a responsável pelos primeiros cuidados com o cordão umbilical do bebê recém-nascido encontrado em um terreno baldio.(D) Existem mitos sobre a adoção no Brasil. Um deles é o de que a criança adotada é problemática porque a perda dos pais biológicos é irreparável.(E) Há registros antigos que comprovam o fato de que os brasileiros consideram a adoção uma experiência tranquila e gratificante.

QUESTÃO 2. (FUNIVERSA/SEJUS/ADMINISTRADOR/2010) Assinale a alternativa que apresenta conclusão da pesquisa não comprovável pela tabela do texto I.(A) Metade das adoções ocorreu em famílias com renda superior a 1.500 reais por mês.(B) A maioria dos adotados eram crianças brancas, recém-nascidas e do sexo feminino.(C) A maioria dos filhos adotados sabia da adoção.(D) Quatro em dez pais adotivos tinham curso superior completo.(E) Trinta e um por cento de casos problemáticos foram aqueles em que os filhos souberam tardiamente que eram adotados ou, pior ainda, por informação de terceiros.

QUESTÃO 3. (FUNIVERSA/SEJUS/ADMINISTRADOR/2010) Em cada alternativa a seguir, é feita uma interpretação de palavra ou expressão do texto I. Assinale aquela que contém interpretação correta, de acordo com a norma culta padrão da língua portuguesa.(A) A expressão “a assistente social” (linhas 1 e 2), caso seja colocada após o substantivo próprio a que se refere, cria, necessariamente, uma falha gramatical.(B) No trecho “de sua casa, em Curitiba” (linhas 3 e 4), a eliminação da vírgula e a substituição da preposição “em” por de mantêm o sentido original da frase.(C) A substituição de “ainda” (linha 5) por ainda que modifica o sentido da frase em que se insere, porque, no original, o vocábulo “ainda” tem valor de tempo e, na reescrita, passa a estabelecer uma relação de oposição, de concessão.(D) Na linha 12, o verbo esquecer está empregado com traços tipicamente coloquiais, pois a forma padrão culta exige que, na frase, ele seja acompanhado de pronome me e preposição de.(E) Na linha 23, o verbo ser, conjugado como “foram”, pode ser empregado também no singular.

Texto II, para responder às questões 4 e 5.1

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Em nosso país, são centenas de milhares decrianças institucionalizadas que aguardam a adoção, umsonho cada vez mais improvável para a maioria delas. Ospoucos casais que se decidem por adotar uma criançaprocuram, invariavelmente, bebês recém-nascidos,preferencialmente brancos, sadios e perfumados.

As crianças maiores, abandonadas, negligenciadasou vitimadas pela violência ou abuso sexual, estão em regracondenadas a crescer dentro de instituições. Ali, por melhorque seja o trabalho desenvolvido, por maiores que sejam osesforços e a generosidade dos que lhes oferecem atenção ecuidado, essas crianças estarão desprovidas do fundamental:carinho e referência familiar.

Conversei, demoradamente, com dezenas delas.Devo dizer que é muito dolorido. Os pequenos te cercam,perguntam se você será o pai delas, disputam o teu colo ou agarupa como que implorando pelo toque físico, te convidampara voltar, te perguntam se você irá passear com elas. MeuDeus!

Ao contrário dos presídios, dos manicômios emesmo das FEBEMs, a sensação, quando da saída dosabrigos, não era de indignação ou revolta, mas, apenas, deuma avassaladora tristeza.

Marcos Rolim. Os filhos da solidão, 12/12/2001.Internet: <www.rolim.com.br> (com adaptações).

QUESTÃO 4. (FUNIVERSA/SEJUS/ADMINISTRADOR/2010) Em cada alternativa a seguir, é feita uma interpretação de palavra ou expressão do texto II. Assinale aquela que contém interpretação correta, de acordo com a significação e a norma culta padrão da língua portuguesa.(A) Os vocábulos “são” (linha 1) e “que” (linha 2) conferem ênfase à informação exposta no período de abertura do texto II.(B) O segundo período do parágrafo inicial do texto II estabelece com o primeiro uma relação de tempo.

Page 5: LISTÃO DE PORTUGUÊS PARA FUNIVERSA

(C) As palavras “país”, “físico” e “presídios” são acentuadas pela mesma razão: o acento recai sobre a vogal “i”.(D) O termo “lhes” (linha 11) pode ser substituído pela expressão à elas, com acento indicativo de crase, pois o pronome elas remete a “crianças”, substantivo feminino utilizado no texto II.(E) O pronome “te” da linha 17 pode ser corretamente substituído por lhe.

QUESTÃO 5. (FUNIVERSA/SEJUS/ADMINISTRADOR/2010) Em cada alternativa a seguir, é feita uma interpretação relativa ao texto II. Assinale aquela que contém interpretação correta, de acordo com a significação e a norma culta padrão da língua portuguesa.(A) A expressão “quando da saída” (linha 21) sofre modificação de sentido, se reescrita como quando eu saía.(B) A palavra FEBEM recebeu marca de plural no texto, sendo grafada “FEBEMs” (linha 21) porque a sigla de uma extinta instituição de assistência social, popularizando-se, passou a atuar na língua portuguesa usada no Brasil como um substantivo comum, sujeito à flexão de plural, como qualquer outro.(C) O texto II é integralmente escrito em registro formal, uma vez que se trata de um conto literário.(D) O texto II explicita os seguintes sentimentos e sensações: abandono, negligência, ansiedade, satisfação, indignação.(E) A última palavra do texto sintetiza o sentimento que o autor costuma ter quando visita presídios, manicômios e abrigos.

Texto III, para responder às questões 6 e 7.1

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A prisão provisória é a principal vilã da superlotação dos presídios brasileiros; porém, segundo relatório divulgado pelo Instituto de Direitos Humanos da International Bar Association, a crise do sistema judiciário vai além desse fato.O país é dono da quarta maior população carcerária domundo. Dos mais de 400 mil presos, 44% estão em regimede prisão provisória. Por outro lado, muitos condenados nãochegam às celas. O Ministério da Justiça estima que há maisde 300 mil mandados de prisão contra condenados nãocumpridos. Para a instituição, só vontade política pode darum fim à crise do Judiciário e desafia CNJ a se manter duro eeficaz. O relatório será apresentado na sexta-feira (26/2) naAssociação dos Advogados de São Paulo (Aasp).

O relatório também acusa o sistema de elitista, pordar privilégios aos mais ricos e estudados, que são aquelesque conseguem pagar os melhores advogados e, assim,garantir uma boa defesa. O mesmo ocorre com os menores,já que todos os detentos da Fundação Casa, por exemplo,têm origem humilde. Estudos também mostram que os juízes estão usando os amplos poderes discricionários, previstos em lei, para decretar a prisão provisória de certas classes de pessoas, em resposta a ansiedades e preconceitos da sociedade acerca de certos tipos de crimes.

A entidade também relata as condições das prisõesjá divulgadas por meio dos mutirões do CNJ e o crescentenúmero de prisões de pessoas acusadas de delitos menorese inocentes. É considerado grave ainda o fato de asdetenções gerarem facções criminosas.

Fabiana Schiavvon. Só vontade política pode dar fim à crise dojudiciário. Internet: <www.conjur.com.br> (com adaptações).

QUESTÃO 6. (FUNIVERSA/SEJUS/ADMINISTRADOR/2010) A palavra “ainda” usada na linha 27 do texto III está empregada com o mesmo sentido na frase(A) Estou preocupado com Jairo: ele ainda não voltou.(B) Você ainda vai ser feliz, tenho certeza.(C) Ninguém acreditou, mas o pássaro ainda voava até aquela hora.(D) A jovem recebeu acusações injustas e, ainda, foi impedida de se explicar.(E) Não tinha muito tempo; ainda assim foi visitar a mãe doente.

QUESTÃO 7. (FUNIVERSA/SEJUS/ADMINISTRADOR/2010) Em cada item a seguir, julgue se a interpretação da frase mantém a ideia original.I Um quarto da população carcerária do mundo está naquele país (linhas 5 e 6).II O Brasil é dono da quarta maior população carcerária do mundo (linhas 5 e 6).III Mais de 175 mil presos brasileiros vivem em regime de prisão provisória (linhas 6 e 7).IV A lei brasileira concede aos juízes amplos poderes discriminatórios para decretar prisões provisórias de infratores pertencentes às classes menos favorecidas economicamente (linhas de 19 a 23). Assinale a alternativa correta.(A) Nenhum item está certo.(B) Apenas um item está certo.(C) Apenas dois itens estão certos.(D) Apenas três itens estão certos.(E) Todos os itens estão certos.

Gabarito: 1 2 3 4 5 6 7D E C A B D C

PORTUGUÊS NA FUNIVERSA**Gabarito ao final da prova

Texto I, para responder às questões de 1 a 3.1

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No que se refere às práticas assistenciais, tem sidocomum a confusão na utilização dos termos assistência eassistencialismo. Essa é uma questão delicada, daí aimportância que se tenha clareza sobre ela, pois, quando setrabalha com a política de assistência social nos espaços emque a intervenção se manifesta pelo caráter emergencial, écomum taxar essa atuação como uma prática assistencialista. Contudo, não se deve equiparar ou confundir ação de emergência com assistencialismo. As ações emergenciais são tão dignas e necessárias quanto as demais ações. O que realmente faz a diferença são os objetivos pelos quais são desenvolvidas.

Apesar de termos legislações que avançaram nosentido do direito social, muitas ações desenvolvidassegundo a ótica dos interesses de dirigentes do Estadotêm-se caracterizado como assistencialistas, ou seja, açõesque não emancipam os usuários, pelo contrário, reforçamsua condição de subalternização perante os serviçosprestados.

Essas ações constituem-se com base na troca defavores, principalmente no que se refere às políticaspartidárias, em que parte da população torna-se receptora de“benefícios” não no sentido do patamar do direito e, sim, naperspectiva da troca votos-favores. Por outro lado, para apopulação dependente dos serviços e dos benefíciostransmitidos por essas políticas de garantia da sobrevivência,não importa com qual intenção tais ações estejam sedesenvolvendo. Na perspectiva de quem não tem o mínimo,o fundamental é não morrer de fome e ver supridas certasnecessidades básicas.

Solange Silva dos Santos Fidelis. Conceito de assistência e assistencialismo.In: 2º Seminário nacional estado e políticas sociais no Brasil. Cascavel: Unioeste,

de 13 a 15 out./2005, p. 1-2 (com adaptações).

QUESTÃO 1. (FUNIVERSA/TERRACAP/ADMINISTRADOR/2010) Com relação às ideias do texto I, assinale a alternativa correta.(A) A confusão na utilização dos termos assistência e assistencialismo está definitivamente desfeita, a partir da divulgação do texto I, pois ele cuida exatamente de elaborar os conceitos teóricos desses termos.(B) A política de assistência social escraviza a população, mantendo-a em posição inferior de dependência.(C) Garantida a sobrevivência da população dependente dos serviços e benefícios transmitidos pelas políticas assistencialistas e

Page 6: LISTÃO DE PORTUGUÊS PARA FUNIVERSA

eleitoreiras, resta descobrir os verdadeiros objetivos dos políticos, para que seja estabelecida a troca de favores.(D) As necessidades básicas de parcela da população brasileira são tão prementes que o assistencialismo passa a ser bem-vindo, sendo encarado como forma possível de garantir a sobrevivência.(E) As ações emergenciais são vis e deixam claros os objetivos mesquinhos segundo os quais são desenvolvidas.

QUESTÃO 2 .(FUNIVERSA/TERRACAP/ADMINISTRADOR/2010) Com base no texto I, assinale a alternativa correta.(A) A frase Essa é uma questão delicada, por isso é importante que se tenha clareza sobre ela é uma reescrita adequada da original registrada nas linhas 3 e 4.(B) No fragmento “o fundamental é não morrer de fome e ver supridas certas necessidades básicas” (linhas 29 e 30), o termo “supridas” poderia ser usado no masculino singular, sem prejuízo gramatical.(C) Na frase “o fundamental é não morrer de fome e ver supridas certas necessidades básicas.” (linhas 29 e 30), os verbos “morrer” e “ver” têm sujeitos diferentes.(D) A frase parte da população torna-se receptora de “benefícios” não somente no sentido do patamar do direito, mas também na perspectiva da troca votos-favores é uma reescrita adequada da original das linhas de 22 a 24.(E) As aspas da linha 23 indicam a interferência de fala de personagem oculto no texto.

QUESTÃO 3. (FUNIVERSA/TERRACAP/ADMINISTRADOR/2010) A respeito de termos e fragmentos do texto I, assinale a alternativa correta.(A) Assistência e assistencialismo são palavras que, por serem formadas por uma parte morfológica comum [assistencia], têm sentido semelhante e, por isso, são classificadas como sinônimos idênticos.(B) O fragmento ações que não lhes emancipam substitui corretamente o original das linhas 16 e 17.(C) O fragmento ações que não emancipam os usuários, pelo contrário, reforçam a condição deles de subalternização perante os serviços prestados substitui corretamente o original das linhas de 16 a 19.(D) O fragmento Referindo-se às práticas assistenciais, era comum a confusão na utilização dos termos assistência e assistencialismo é uma reescrita correta, de acordo com as normas gramaticais, do original das linhas de 1 a 3.(E) No fragmento “Essa é uma questão delicada, daí a importância que se tenha clareza sobre ela, pois, quando se trabalha com a política de assistência social nos espaços” (linhas de 3 a 5), o verbo “trabalha” poderia ser usado no plural, sem prejuízo gramatical.

Texto II, para responder à questão 4.1

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Travestis e transexuais matriculados nas escolasmunicipais de Fortaleza ou cadastrados em projetos sociaisdo município poderão ser agora oficialmente tratados por seunome social no lugar daquele que consta no registro denascimento. Isso é possível com a publicação de duasportarias, uma da Secretaria de Educação e outra daSecretaria de Assistência Social.

A medida garante que, logo no início das aulas, aose apresentar, o aluno tenha respeitada sua vontade de serchamado pelo nome social, informando isso ao professore(ou) ao diretor da escola, que farão a anotação em todos osseus documentos.

“Essa é uma medida de acolhida afetuosa. Afinal, opoder público não tem apenas o dever de dar acesso àescola, mas também o de buscar a permanência do aluno e oseu desenvolvimento. E o nome, muitas vezes, tem sido umempecilho para isso”, disse Martír Silva, consultora jurídicada Secretaria de Educação de Fortaleza.

Internet <http://www.clickpb.com.br/> (com adaptações).

QUESTÃO 4. (FUNIVERSA/TERRACAP/ADMINISTRADOR/2010) Com base no texto II, assinale a alternativa incorreta.(A) O nome social pode ser o adotado pelo indivíduo, por sua própria escolha, em substituição ao de registro de nascimento.(B) A acolhida aos alunos travestis e transexuais nas escolas municipais de Fortaleza é avaliada como afetuosa, porque o poder público, além da obrigação social de dar acesso à escola, deve buscar a permanência do aluno nela.(C) Duas secretarias de estado se uniram para a adoção de medida favorável aos travestis e transexuais matriculados nas escolas municipais de Fortaleza ou cadastrados em projetos sociais do município.(D) Infere-se do texto que a eventual incompatibilidade entre o nome e o corpo de estudantes travestis e transexuais pode, muitas vezes, levar o jovem a deixar a escola.(E) Infere-se do texto que o preconceito contra o diferente está escondido na obscuridade dos sentimentos humanos mais íntimos; por isso, o homem nunca conseguirá se libertar dessa chaga moral.

Texto III, para responder às questões 5 e 6.1

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Já existem vários portais ativos e em crescimentoque disponibilizam para o internauta canais de televisão.O wwitv, por exemplo, oferece atualmente nada menosde 1.827 estações on-line (número de 4 de dezembro,crescendo à razão de duas por dia). São emissoras transmitidas de qualquer país que passe pela nossa mente — e alguns outros de cuja existência sequer desconfiávamos.

Uma visita a qualquer um desses portais deixabastante claro que a televisão, tal como a conhecemos hoje,distribuída pelo ar de forma gratuita, ou por meio de qualquer mecanismo pago de distribuição, está em sérios apuros. Mil batalhas jurídicas poderão acontecer nos próximos anos. Mas frear a distribuição de sinais de TV pela Internet será tão viável quanto impedir que chova. É mais sábio, portanto, examinar como tirar proveito dos benefícios que a chuva possa nos trazer.

Internet: <www.observatoriodaimprensa.com.br> (com adaptações).

QUESTÃO 5. (FUNIVERSA/TERRACAP/ADMINISTRADOR/2010) Acerca da frase “São emissoras transmitidas de qualquer país que passe pela nossa mente — e alguns outros de cuja existência sequer desconfiávamos.” (linhas de 5 a 8), do texto III, assinale a alternativa incorreta.(A) A forma verbal “São” é usada no plural porque concorda com o sujeito implícito “duas por dia” (linha 5).(B) A sequência “de qualquer país” pode ser reescrita, sem perda de sentido, como por seja qual for o país.(C) A forma verbal “passe”, se usada no plural, provocaria mudança inaceitável de sentido, uma vez que remeteria a “emissoras”, e não mais a “país”.(D) A troca da preposição “de”, na segunda ocorrência, por em provocaria uma falha na regência do verbo desconfiar.(E) O travessão foi usado para enfatizar trecho do enunciado. Efeito similar se conseguiria com o uso de negrito, ou, no discurso oral, com entonações enfáticas.

QUESTÃO 6. (FUNIVERSA/TERRACAP/ADMINISTRADOR/2010) A respeito do fragmento “qualquer país que passe pela nossa mente — e alguns outros de cuja existência sequer desconfiávamos.” (linhas de 6 a 8) do texto III, assinale a alternativa incorreta.(A) A conjunção “e” poderia ser substituída, sem perda de sentido, pela locução além de.(B) O advérbio “sequer” pode ser reescrito, opcionalmente, como dois verbetes: se quer, já que ambas são grafias aceitas pela gramática como permutáveis.(C) A forma verbal “desconfiávamos” indica a ideia de tempo passado inacabado.(D) O pronome “cuja” tem valor possessivo, já que equivale a sua.(E) A forma verbal “passe” indica a ideia de possibilidade, um fato incerto de acontecer.

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Texto IV, para responder às questões de 7 a 9.

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Transplante de amorGastrite é uma inflamação do estômago.

Apendicite é uma inflamação do apêndice. Otite é uma inflamação dos ouvidos. Paixonite é uma inflamação do quê? Do coração.

Cada órgão do nosso corpo tem uma função vital eprecisa estar 100% em condições. Ao coração, coube afunção de bombear sangue para o resto do corpo, mas é neleque se depositam também nossos mais nobres sentimentos.Qual é o órgão responsável pela saudade, pela adoração?Quem palpita, quem sofre, quem dispara? O próprio.

Foi pensando nisso que me ocorreu o seguinte: sealguém está com o coração dilacerado nos dois sentidos,biológico e emocional, e por ordens médicas precisa de umnovo, o paciente irá se curar da dor de amor ao receber oórgão transplantado?

Façamos de conta que sim. Você entrou no hospitalcom o coração em frangalhos, literalmente. Além deapaixonado por alguém que não lhe dá a mínima, você estácom as artérias obstruídas e os batimentos devagar quaseparando. A vida se esvai, mas localizaram um doadorcompatível: já para a mesa de cirurgia.

Horas depois, você acorda. Coração novo. Tum-tum, tum-tum, tum-tum. Um espetáculo. O médico lhe dá uma sobrevida de cem anos. Nada mal. Visitas entram e saem do quarto. Até que anunciam o Jorge. Que Jorge? O Jorge, minha filha, o homem que você sempre amou. Eu????

Você não reconhece o Jorge. Acha ele meiobaixinho. Um tom de voz estridente. Usa uma camisa cor-de laranja que não lhe cai bem. Mas foi você mesma que deu aele de aniversário, minha filha. Eu????

Seu coração ignorou o tal de Jorge. O mesmo Jorgeque quase te levou à loucura, o mesmo Jorge que fez vocêpassar noites insones, que fez você encher uma piscinaolímpica de lágrimas. Em compensação, aquele enfermeiroali é bem gracinha. Tem um sorriso cativante. E uma mãoque é uma pluma, você nem sentiu a aplicação da anestesia.Bacana este cara. Quem é? O namorado da menina a quempertencia seu coração. Tum-tum, tum-tum, tum-tum.

Transplantes de amor. Garanto que fariam muitomais sucesso que a safena.

Martha Medeiros. Non-Stop. Porto Alegre: L & PM, 2001, p. 43.

QUESTÃO 7. (FUNIVERSA/TERRACAP/ADMINISTRADOR/2010) A respeito do texto IV, assinale a alternativa incorreta.(A) As palavras “Gastrite”, “Apendicite”, “Otite” e “Paixonite”, usadas no primeiro parágrafo do texto, são formadas pelo mesmo processo de derivação: a sufixal. Nessas palavras, usou-se o sufixo -ite, que indica inflamação.(B) A palavra “quê”, na frase “Paixonite é uma inflamação do quê? ”(linha 3) aparece acentuada porque está inserida em uma pergunta.(C) A expressão “Do coração.” (linha 3) constitui-se, no contexto textual, uma frase nominal, que confere ao texto maior agilidade e leveza de estrutura sintática.(D) A expressão “em condições” (linha 5), segundo a gramática da língua portuguesa, exige umcomplemento que integre o seu sentido. Porém, no texto, a ausência desse complemento não promoveu prejuízo para a compreensão da informação.(E) A vírgula da frase “Ao coração, coube a função de bombear sangue para o resto do corpo” (linhas 5 e 6) justifica-se pelo deslocamento do termo “Ao coração”, com finalidade estilística de criar ênfase.

QUESTÃO 8. (FUNIVERSA/TERRACAP/ADMINISTRADOR/2010) Com relação ao texto IV, assinale a alternativa incorreta.

(A) A repetição do pronome na frase da linha 9 “Quem palpita, quem sofre, quem dispara?” cria destaque e certo suspense na informação.(B) A resposta “O próprio.” (linha 9), dada às perguntas feitas anteriormente, omite o nome (coração) ao qual se refere o adjetivo, o que valoriza enfaticamente o termo “próprio”.(C) O advérbio “sim” (linha 15) tem seu significado explicado nas informações do parágrafo em que se insere.(D) O pronome “Você” (linha 15) é empregado na frase como forma de indeterminar o agente da ação, traço característico da oralidade brasileira. Assim, “Você entrou no hospital” (linha 15) corresponde a Entrou-se no hospital.(E) A sequência “a mínima” (linha 17), à qual falta o nome importância, faz do qualificativo “mínima” o núcleo, o foco da informação.

QUESTÃO 9. (FUNIVERSA/TERRACAP/ADMINISTRADOR/2010) Ainda com relação ao texto IV, assinale a alternativa incorreta.(A) A seguinte reescritura do trecho das linhas 19 e 20 está gramaticalmente correta: localizaram um doador compatível; portanto, vá urgente para a mesa de cirurgia. Porém, ela perde em qualidade para a original, mais sintética e mais expressiva.(B) Onomatopeia é uma figura de linguagem que consiste na formação de palavras pela imitação de sons e ruídos. Nas linhas 21, 22 e 37, aparece um exemplo dessa figura. Na primeira entrada, ela deixa entrever a ideia de que o coração passou a funcionar no novo peito. Já, na segunda, há a sugestão de que o coração da antiga dona dispara no reconhecimento do namorado.(C) No trecho “Até que anunciam o Jorge. Que Jorge? O Jorge, minha filha, o homem que você sempre amou. Eu????” (linhas 24 e 25), aparece um diálogo com apresentação gráfica inusitada.(D) Com base nos fragmentos “Acha ele meio baixinho.” (linhas 26 e 27), “Seu coração ignorou o tal de Jorge.” (linha 30), “Em compensação, aquele enfermeiro ali é bem gracinha.” (linhas 33 e 34), “Bacana este cara.” (linha 36) e “O namorado da menina a quem pertencia seu coração.” (linhas 36 e 37) é correto afirmar que o texto é inteiramente construído com construções próprias de linguagem informal, sem nenhuma preocupação com a formalidade da língua escrita padrão.(E) Muito comum na fala cotidiana, a hipérbole, figura de linguagem que consiste em exagerar intencionalmente uma ideia com a finalidade de torná-la mais expressiva, é exemplificada no penúltimo parágrafo do texto.

Gabarito:1 2 3 4 5 6 7 8 9D A C E A B B C D

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*Gabarito ao final da provaTexto I, para responder às questões de 1 a 5.1

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Na história da humanidade, a formação de grandescomunidades, com a sobrecarga do meio natural que elaimplica, priva cada vez mais os seres humanos de seuacesso livre aos recursos de subsistência de que elesnecessitam e recai, necessariamente, sobre a sociedadeenquanto sistema de convivência, a tarefa(responsabilidade) de proporcioná-los. Essa tarefa(responsabilidade) é frequentemente negada com algumargumento que põe o ser individual como contrário ao sersocial. Isso é falacioso. A natureza é, para o ser humano, oreino de Deus, o âmbito em que encontra à mão tudo aquilode que necessita, se convive adequadamente nela. Para oser humano moderno, a sociedade é a natureza, o reino deDeus, que deve configurar o âmbito em que encontrar à mãotudo o que gera seu bem estar como resultado de seuconviver nela. Isso, em geral, não ocorre, impedido pelaalienação que o apego e o desejo de posse geram,alienação essa que transforma tudo, as coisas, as idéias, os

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sentimentos, a verdade, em bens adquiríveis, gerando umprocesso que priva o outro do que deveria estar, para ele ouela, à mão, como resultado de seu mero ser e fazer social.No apego, no desejo de posse, negamos o outro e criamoscom ele ou ela um mundo que nos nega.

Os problemas sociais são sempre problemasculturais porque têm a ver com os mundos que construímosna convivência. Por isso, a solução de qualquer problemasocial sempre pertence ao domínio da ética, isto é, aodomínio da seriedade na ação frente a cada circunstânciaque parte da aceitação da legitimidade de todo ser humano,de todo outro, em suas semelhanças e diferenças. É aconduta dos seres humanos, cegos entre si mesmos e aomundo na defesa da negação do outro, o que tem feito dopresente humano o que ele é. A saída, entretanto, estásempre à mão, porque, apesar da nossa decadência, todossabemos que vivemos o mundo que vivemos, porquesocialmente não queremos viver outro.

Humberto Maturana. A ontologia da realidade. Belo Horizonte:UFMG, 2002, p. 207-8 (com adaptações).

QUESTÃO 1. (FUNIVERSA/ADASA/ADVOGADO/2009) Com base no texto I, é correto afirmar que(A) a sociedade provê o indivíduo de suas necessidades, não gerando, assim, nenhuma desarmonia entre o social e o natural.(B) tanto a natureza quanto a sociedade garantem, no estágio atual da humanidade, os meios de subsistência dos seres humanos.(C) Deus é, para o autor, o salvador da natureza e da sociedade.(D) os problemas sociais são frutos da privação do ser humano daquilo que deveria estar à mão tanto na natureza quanto na sociedade.(E) a solução para esse desequilíbrio natureza-sociedadeindivíduo é antes um acordo social do que um problema cultural.

QUESTÃO 2. (FUNIVERSA/ADASA/ADVOGADO/2009) Pode-se inferir do texto que(A) não há relação entre natureza e sociedade.(B) os problemas sociais são fruto da conduta do homem diante do outro.(C) o ser individual é contrário ao ser social.(D) é natural que a sociedade tenha que suprir o ser humano com aquilo que lhe falta na natureza.(E) apesar de querermos viver outro mundo, isto é impossível no estágio atual da humanidade.

QUESTÃO 3. (FUNIVERSA/ADASA/ADVOGADO/2009) O trecho “É a conduta dos seres humanos, cegos entre si mesmos e ao mundo na defesa da negação do outro, o que tem feito do presente humano o que ele é.” (linhas de 30 a 33) pode ser reescrito, sem que haja alteração de sentido, da seguinte forma:(A) É o agir humano, cego ao outro e ao mundo na negação de outro mundo, o que faz do presente o que ele é.(B) É o mal inerente ao homem, que o torna cego em relação ao próximo e ao mundo, que faz do presente o que ele é.(C) É a maneira de agir do homem, alienado ao negar o outro seja na forma do semelhante ou na forma do mundo, que faz do presente o que ele é.(D) É a forma de agir dos homens que se tornam cegos para com os outros e para com o mundo que faz deste mundo o que ele é.(E) É a conduta da humanidade, cega entre si e ao mundo por negar o outro, o que torna o homem mau como o presente em que ele vive.

QUESTÃO 4. (FUNIVERSA/ADASA/ADVOGADO/2009) Quanto às relações de coesão e coerência textual, pode-se afirmar que(A) o pronome “ela” (linha 2) refere-se a “humanidade” (linha 1).(B) o pronome demonstrativo “Isso’ (linha 10) tem como referência anafórica o termo “ser social” (linhas 9 e 10) do período anterior.(C) a locução conjuntiva “Por isso” (linha 26) tem valor causal.(D) o pronome “ele” (linha 33) refere-se à ideia do homem.

(E) o termo “nela” (linha 12) refere-se a “natureza” (linha 10).

QUESTÃO 5. (FUNIVERSA/ADASA/ADVOGADO/2009) Em relação ao texto I, assinale a alternativa incorreta.(A) O sujeito do verbo “recai” (linha 5) é “a formação de grandes comunidades” (linhas 1 e 2).(B) O sintagma nominal “o âmbito em que encontra à mão tudo aquilo de que necessita” (linhas 11 e 12) funciona como aposto do termo “o reino de Deus” (linhas 10 e 11).(C) O sintagma nominal “o que tem feito do presente humano o que ele é” (linhas 32 e 33) funciona como predicativo do sujeito do termo “a conduta dos seres humanos” (linhas 30 e 31).(D) No sintagma nominal “o que tem feito do presente humano o que ele é” (linhas 32 e 33), o pronome demonstrativo “o” (1ª ocorrência) é o núcleo do predicativo do sujeito.(E) No sintagma nominal “o que tem feito do presente humano o que ele é” (linhas 32 e 33), o pronome demonstrativo “o” (2ª ocorrência) é o núcleo do objeto direto “o que ele é” (linha 33).

Gabarito:1 2 3 4 5D B * E A

PORTUGUÊS NA FUNIVERSA**Gabarito ao final da prova

Texto I, para responder às questões 1 e 2.

Cidadezinha qualquer

Casas entre bananeirasmulheres entre laranjeiras

pomar amor cantar.

Um homem vai devagar.Um cachorro vai devagar.

Um burro vai devagar.

Devagar... as janelas olham.Eta vida besta, meu Deus.

Carlos Drummond de Andrade. Reunião, 10.ª ed.Rio de Janeiro: José Olympio, 1980, p. 17.

QUESTÃO 1. 1. (FUNIVERSA/IPHAN/ANALISTA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO/2009) Com base no texto I, assinale a alternativa incorreta.(A) Para o autor, em uma visão integral, porém dinâmica da cidade, a ausência de artigos na primeira estrofe do texto reflete a similaridade conceitual estabelecida entre os substantivos.(B) A fusão dos elementos humanos à paisagem natural, em uma visão panorâmica, ratifica a ausência de artigos na primeira estrofe.(C) Ao longo do texto, quase não há inserção de adjetivos, dado o fato de a dinamicidade do texto não promover espaço para o detalhamento.(D) O emprego da pontuação ao longo do texto sugere ausência de conhecimento sintático, promovendo lentidão e morosidade na leitura.(E) É empregada a sinonímia de estruturação sintática e lexical na segunda estrofe.

QUESTÃO 2. 2. (FUNIVERSA/IPHAN/ANALISTA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO/2009) Com base no texto I, assinale a alternativa incorreta.(A) Se, ao penúltimo verso, for dada a seguinte redação: Devagar... às janelas olham ter-se-á modificação semântica da estrutura textual.(B) A variação da abordagem semântica na estrutura sintática do texto tornou-o incoeso e inacessível ao leitor.

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(C) Nenhum atributo é legado aos substantivos da segunda estrofe, porém, apesar desta característica, é perceptível a introdução de movimentação espacial.(D) No texto, é possível verificar a ocorrência de artigo indefinido.(E) No trecho “Devagar... as janelas olham.”, foi empregada a personificação, processo que humaniza objetos.

Texto II, para responder às questões 3 e 4.

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Com o ouvido no passado

“As palavras voam, os escritos permanecem”, diz-se noOcidente. O senhor pode explicar como a tradição oraltem legitimidade para exprimir a história das culturasafricanas?Essa citação, procedente dos romanos, contribuiu para forjar a opinião segundo a qual uma fonte oral não merece crédito.Ora, os povos da oralidade são portadores de uma culturacuja fecundidade é semelhante à dos povos da escrita. Emvez de transmitir seja lá o que for e de qualquer maneira, atradição oral é uma palavra organizada, elaborada,estruturada, um imenso acervo de conhecimentos adquiridos pela coletividade, segundo cânones bem determinados. Tais conhecimentos são, portanto, reproduzidos com uma metodologia rigorosa. Existem, também, especialistas da palavra cujo papel consiste em conservar e transmitir os eventos do passado: trata-se dos griôs. Na África Ocidental, encontramos aldeias inteiras de griôs, como Keyla, no Mali, com cerca de 500 habitantes. São como escolas da palavra, onde a história de suas linhagens é ensinada às crianças, desde os 7 anos, seguindo uma pedagogia com base na memorização. Esta faculdade é reativada pelo ritmo do canto ou dos instrumentos de música, como o tamani, o koni e o khalam. As palavras do griô são “hieróglifos falados”, dizia meu amigo burquinense Joseph Ki-Zerbo.

Qual é o papel do griô na sociedade atual?Na África de hoje em dia, o modelo ocidental de ensinofacilita a passagem da cultura oral para a cultura escrita.Temos de reconhecer que as escolas de tradição oralperdem sua força em matéria de transmissão. Todavia, noseio da comunidade, o griô continua desempenhando seupapel conforme a sua casta socioprofissional: assim, ele é ooficiante em todas as cerimônias.

Será possível chamá-lo de historiador?Graças aos conhecimentos legados por seus antepassados,o griô dispõe de um corpus que constitui a narrativa de base.Segundo as circunstâncias, porém, ele pode limitar suatransmissão a um episódio ou a um resumo. Pode, também,acrescentar conhecimentos adquiridos pessoalmente ao falar com as pessoas, durante suas viagens. Essas supressões e aditamentos não alteram de modo algum a validade histórica da narrativa transmitida de geração em geração por serem claramente indicados em seu relato. À medida que procede à narração, o griô vai ponderando seus elementos. Pode-se dizer que ele assume o papel de historiador se admitirmos que a história é sempre um reordenamento dos fatos proposto pelo historiador.

Em entrevista a Monique Couratier (UNESCO), o historiador guineano Djibril Tamsir Niane mostra que os arquivos escritos não são as únicas formas de se fundamentar a História; a tradição oral também pode fazê-lo.

Correio da UNESCO 2009, n.º 8. Internet:<http://typo38.unesco.org/pt/cour-08-2009/cour-08-2009-4.html> (com adaptações). Acesso em 18/10/2009.

QUESTÃO 3. 3. (FUNIVERSA/IPHAN/ANALISTA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO/2009) Quanto às informações do texto II, assinale a alternativa correta.(A) O historiador guineano cita um pensamento dos antigos romanos para justificar que uma fonte oral não merece crédito.(B) Na moderna África, desapareceu o griô, suplantado pelo modelo ocidental de ensino na transmissão da cultura.(C) A história de um povo é tradicionalmente transmitida com neutralidade, independentemente da visão do historiador.(D) A tradição oral pode transmitir conhecimentos de forma sistematizada.(E) As palavras do griô são “hieróglifos falados” (linha 23) porque são enigmáticas, de difícil interpretação.

QUESTÃO 4. 4. (FUNIVERSA/IPHAN/ANALISTA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO/2009) Observando a norma culta escrita da Língua Portuguesa, assinale a alternativa correta.(A) O acento indicativo de crase em “semelhante à dos povos da escrita” (linha 8) pode ser eliminado, pois é opcional.(B) Na linha 15, o termo “cujo” refere-se a “palavra”.(C) O termo “onde” (linha 19) pode ser substituído por na qual.(D) O termo “lo” (linha 33) refere-se a “papel” (linha 31).(E) A forma verbal “é” (linha 45) pode ser substituída por seja.

Texto III, para responder às questões 5 e 6.

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Um avião para ParisAí um dia você toma um avião para Paris, a lazer ou

a trabalho, em um voo da Air France, em que a comida e abebida têm a obrigação de oferecer a melhor experiênciagastronômica de bordo do mundo, e o avião mergulha para amorte no meio do Oceano Atlântico. Sem que você perceba,ou possa fazer qualquer coisa a respeito, sua vida acabou.Em uma bola de fogo ou nos 4.000 metros de águacongelante abaixo de você naquele mar sem fim. Você, quetinha acabado de conseguir dormir na poltrona ou de colocaros fones de ouvido para assistir ao primeiro filme da noite oude saborear uma segunda taça de vinho tinto com ocobertorzinho do avião sobre os joelhos. Talvez você tenhatido tempo de ter a consciência do fim, de que tudo terminava ali. Talvez você nem tenha tido a chance de se dar conta disso. Fim.

Tudo que ia pela sua cabeça desaparece do mundosem deixar vestígios. Como se jamais tivesse existido. Seusplanos de trocar de emprego ou de expandir os negócios.Seu amor imenso pelos filhos e sua tremenda incapacidadede expressar esse amor. Seu medo da velhice, suaspreocupações em relação à aposentadoria. Sua insegurançaem relação ao seu real talento, às chances de sobrevivênciade suas competências nesse mundo que troca de regras acada seis meses. Seu receio de que sua mulher, de cujaafeição você depende mais do que imagina, um dia o deixe.Ou pior: que permaneça com você infeliz, tendo deixado deamá-lo. Seus sonhos de trocar de casa, sua torcida para queseu time faça uma boa temporada, o tesão que você sentepela ascensorista com ar triste. Suas noites de insônia, essasinusite que você está desenvolvendo, suas saudades docigarro. Os planos de voltar à academia, a grandecontabilidade (nem sempre com saldo positivo) dos amores edos ódios que você angariou e destilou pela vida, as dezenasde pequenos problemas cotidianos que você tinha anotadona agenda para resolver assim que tivesse tempo. Bastou umsegundo para que tudo isso fosse desligado. Para que todoesse universo pessoal que tantas vezes lhe pesoutoneladas tenha se apagado. Como uma lâmpada que acabae não volta a acender mais. Fim.

Então, aproveite bem o seu dia. Extraia dele todosos bons sentimentos possíveis. Não deixe nada para depois.Diga o que tem para dizer. Demonstre. Seja você mesmo.Não guarde lixo dentro de casa. Não cultive amarguras e

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sofrimentos. Prefira o sorriso. Dê risada de tudo, de simesmo. Não adie alegrias nem contentamentos nem saboresbons. Seja feliz. Hoje. Amanhã é uma ilusão. Ontem é umalembrança. No fundo, só existe o hoje.

Ricardo Lacerda. In: Exame, 4/6/2009 (com adaptações).

QUESTÃO 5. (FUNIVERSA/IPHAN/ANALISTA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO/2009) Quanto às informações do texto III, assinale a alternativa correta.(A) O texto apresenta uma narrativa vivida por uma personagem real.(B) Sabendo que há uma ideia atribuída ao poeta romano Horácio: carpe dien, popularmente traduzida para colha o dia ou aproveite o momento, é correto concluir que o texto defende essa ideia.(C) O texto comprova as previsões de final dos tempos e do Dia do Juízo, defendida por cientistas e religiosos.(D) Na linha 26, a palavra “infeliz” refere-se exclusivamente a “você”.(E) O último parágrafo do texto utiliza uma linguagem emotiva, que pode ser comprovada especialmente na opção pela subjetividade voltada para o narrador.

QUESTÃO 6. (FUNIVERSA/IPHAN/ANALISTA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO/2009) Observando a norma culta, julgue os itens de I a VI e assinale a alternativa correta.I A expressão “assim que” (linha 35) sugere a ideia de modo: a forma como alguém resolveria seus problemas.II A expressão “com ar triste” (linha 29) remete ao sujeito “você” (linha 28).III O autor abre o texto com um termo da linguagem comum do dia a dia que costuma dar continuidade a algo que vinha sendo dito, o que leva o leitor a interpretar o texto como parte de uma conversa.IV As informações do segundo parágrafo são explicações que desenvolvem a ideia do termo “Tudo”, usado no início (linha 16) e retomado no final do referido parágrafo (linha 39).V A palavra “ascensorista” (linha 29) pertence à família de “acender” (linha 39), isto é, ambas têm raiz comum.VI As palavras “gastronômica” (linha 4) e “Atlântico” (linha 5) são acentuadas pela mesma razão.(A) Estão certos apenas os itens I, II e V.(B) Estão certos apenas os itens II, III e V.(C) Estão certos apenas os itens III, IV e VI.(D) Estão certos apenas os itens I, III e VI.(E) Estão certos apenas os itens IV, V e VI.

Gabarito:1 2 3 4 5 6D B D E B C

PORTUGUÊS NA FUNIVERSA**Gabarito ao final da prova

Texto I, para responder às questões de 1 a 4 e 7.

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Reintegração socialAs ações de reintegração social podem ser definidas

como um conjunto de intervenções técnicas, políticas egerenciais levadas a efeito durante e após o cumprimento depenas ou medidas de segurança, no intuito de criar interfacesde aproximação entre Estado, comunidade e as pessoasbeneficiárias, como forma de lhes ampliar a resiliência ereduzir a vulnerabilidade frente ao sistema penal.

Partindo-se desse entendimento, vê-se que um bom“tratamento penal” não pode residir apenas na abstenção daviolência física ou na garantia de boas condições para acustódia do indivíduo, em se tratando de pena privativa deliberdade: deve, antes disso, consistir em um processo de superação de uma história de conflitos, por meio da promoção dos seus direitos e da recomposição dos seusvínculos com a sociedade, visando criar condições para a

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sua autodeterminação responsável.Na conformação atual das práticas gerenciais do

Depen, considera-se que os projetos na área de Reintegração Social devem estar posicionados entre alguns eixos básicos: ▪ Formação educacional e profissional dos apenados,internados e egressos do sistema penitenciário nacional,que diz respeito ao processo pelo qual se procura associar aelevação da escolaridade e a educação profissional, com oacesso ao trabalho e à geração de renda, de maneira apreparar o beneficiário para ingresso no mundo do trabalhoapós o cumprimento da pena privativa de liberdade,principalmente no que concerne à capacitação das mulheresem privação de liberdade. ▪ Assistência ao preso, ao internado, ao egresso e aos seus dependentes, que faz referência a um movimento de promoção dos direitos dos apenados, internados, egressos,dependentes e familiares, criando condições para que estespossam exercer a sua autonomia. Esse processo deve sermediado pela inclusão dos beneficiários na agenda daspolíticas de governo e pelo apoio a ações de instituiçõespúblicas e privadas, de caráter permanente, que tenhamcomo objetivo prestar atendimento aos beneficiários, naforma e nos limites da lei: material, jurídica, educacional,social, religiosa e principalmente à saúde ao egresso, após aedição do Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário.

Internet: <http://portal.mj.gov.br> (com adaptações).

QUESTÃO 1. (FUNIVERSA/SEJUS/ATENDENTE DE REINTEGRAÇÃO SOCIAL/2010) Acerca das ações de reintegração, assinale a alternativa em desacordo com o primeiro parágrafo do texto I.(A) Essas ações visam integrar pessoas que cumpriram penas à comunidade por meio de medidas políticas e gerenciais.(B) Elas correspondem a estratégias utilizadas para auxiliar na regeneração de apenados.(C) Essas ações prescindem da participação do Estado, da comunidade e das pessoas beneficiárias para se efetivarem.(D) Tais ações visam capacitar os sujeitos que se encontram na prisão para superarem o comportamento inadequado à convivência social.(E) São ações integradas, metodológica e politicamente, que visam ao resgate do cidadão infrator.

QUESTÃO 2. (FUNIVERSA/SEJUS/ATENDENTE DE REINTEGRAÇÃO SOCIAL/2010) Nas alternativas a seguir, são apresentadas reescrituras de trechos do segundo parágrafo do texto I. Assinale aquela em que se preserva o sentido do trecho original.(A) Um tratamento eficaz da pena não pode dispensar a agressão física ou a garantia de uma permanência prolongada do indivíduo por um certo tempo privado de sua liberdade.(B) A abstenção da violência física e a garantia de boas condições para a custódia do indivíduo correspondem a um bom “tratamento penal”.(C) Em se tratando de pena privativa de liberdade, um bom “tratamento penal” não é garantido pela falta de violência física ou pela boa guarda do detento na prisão.(D) Um bom “tratamento penal” resiste a um processo de superação de uma história de conflitos.(E) Um bom “tratamento penal” supõe a superação dos conflitos da história, promovendo direitos e recompondo os vínculos da sociedade, para que o sujeito se torne mais responsável.

QUESTÃO 3. (FUNIVERSA/SEJUS/ATENDENTE DE REINTEGRAÇÃO SOCIAL/2010) A expressão “pelo qual” (linha 22) refere-se a(A) formação educacional.(B) formação educacional e profissional dos apenados.(C) sistema penitenciário nacional.(D) processo.(E) acesso ao trabalho.

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QUESTÃO 4. (FUNIVERSA/SEJUS/ATENDENTE DE REINTEGRAÇÃO SOCIAL/2010) Assinale a alternativa que contenha apenas palavras acentuadas pela aplicação da mesma regra de acentuação gráfica.(A) “Assistência”, “públicas”, “após”(B) “políticas”, “referência”, “jurídica”(C) “caráter”, “saúde”, “após”(D) “jurídica”, “responsável”, “públicas”(E) “referência”, “beneficiários”, “indivíduo”

Texto II, para responder às questões 5 e 7.

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Pesquisa mostra perfilO mapeamento nacional das medidas

socioeducativas em meio aberto, realizado pela SecretariaEspecial dos Direitos Humanos e o Instituto Latino-americanodas Nações Unidas para a Prevenção do Delito e Tratamentodo Delinquente (ILANUD) no último ano, identificou algumascaracterísticas do perfil dos adolescentes que cumpriammedidas socioeducativas no país. Segundo dadospreliminares, 92% desses adolescentes são do sexomasculino; 46% possuem entre 17 e 18 anos; 54% têm nívelfundamental de ensino (só 4,9% possuem ensino médio) e amaioria cometeu algum ato infracional contra o patrimônio,preponderantemente roubo (roubo + furto: 55% do total).

Internet: <http://www.tribunadonorte.com.br> (com adaptações).

QUESTÃO 5. (FUNIVERSA/SEJUS/ATENDENTE DE REINTEGRAÇÃO SOCIAL/2010) A expressão “no último ano” (linha 5) refere-se à palavra ou expressão(A) “mapeamento nacional das medidas socioeducativas” (linhas 1 e 2).(B) “realizado” (linha 2).(C) “Secretaria Especial dos Direitos Humanos” (linhas 2 e 3).(D) “Instituto Latino-americano das Nações Unidas” (linhas 3 e 4).(E) “Tratamento do Delinquente” (linhas 4 e 5).

Texto III, para responder às questões 6 e 7.1

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A violência é um fenômeno que vem se acentuandono mundo contemporâneo. No Brasil, o aumento da violênciapraticada pelos jovens, principalmente com o avanço donúmero de meninos infratores, vem provocandopreocupações em todos os níveis da sociedade. Este estudode caráter quanti-qualitativo, realizado no Centro EducacionalCardeal Aloísio Lorscheider (CECAL), com adolescentes quecometeram homicídio ou latrocínio na cidade deFortaleza – CE, apresenta a triangulação como norte dacoleta de dados. Foi realizada uma pesquisa documental nosprontuários de 42 adolescentes, entrevistas etnográficas comseis jovens internos e três funcionários da Instituição, alémda observação participante. Os resultados mostram que osadolescentes são induzidos ao encontro da marginalidadepela desestrutura familiar, dos quais quase a metade (48%)vem de famílias com pais separados; pela baixaescolaridade, quando a maioria (81%) é excluída do sistemaeducacional; pela entrada precoce no mundo do trabalho,pois 83% dos adolescentes já tinham experiência laborativaantes de cometer o ato infracional e pelo uso de drogaslícitas e ilícitas por 97,6% dos meninos. No atual sistema,após entrar no mundo infracional e de proferida a sentençade internação, passam a vivenciar a violência dentro docentro educacional, que não os profissionaliza, não os tornalivres da dependência química, e onde inexistem programasque os reintegrem saudavelmente e os acompanhem após odesligamento. A conclusão é que, para que se promova umareintegração social saudável do menino que já matou, éfundamental um olhar sensível sobre a sua passagem pelacriminalidade e uma avaliação crítica sobre a metodologia econteúdo das intervenções nos centros educacionais:promovendo mudanças profundas no sistema atual, fazendovaler políticas que valorizem a vida, fortalecendo vínculos,solidificando relacionamentos e empoderando o jovem

cidadão para recomeçar uma nova vida plena e saudáveldepois do cometimento do ato infracional.

Internet: <http://biblioteca.universia.net>.

QUESTÃO 6. (FUNIVERSA/SEJUS/ATENDENTE DE REINTEGRAÇÃO SOCIAL/2010) De acordo com o texto III, tomando como referência o padrão culto da língua portuguesa, assinale a alternativa correta.(A) O trecho entre vírgulas nas linhas 6 e 7 assim está pontuado porque corresponde a uma expressão causal.(B) A desestrutura familiar, a baixa escolaridade, a entrada precoce no mundo do trabalho e o uso de drogas lícitas e ilícitas são os agentes da indução à marginalidade.(C) No trecho das linhas de 10 a 14, encontra-se predominância da tipologia textual dissertativa.(D) O sujeito do verbo “passam” (linha 23) é “resultados” (linha 13).(E) A palavra “a” (linha 29) não acata crase, sobretudo em decorrência da palavra que a procede, o pronome possessivo “sua”.

QUESTÃO 7. (FUNIVERSA/SEJUS/ATENDENTE DE REINTEGRAÇÃO SOCIAL/2010) Assinale a alternativa que não apresenta associação entre informações e conteúdos presentes nos textos I, II e III.(A) Não há uma cronologia coerente para a leitura desses textos, de modo que se consiga estabelecer uma relação do geral para o particular, e vice-versa, quanto à questão da reintegração social.(B) Enquanto o texto I apresenta o conceito de reintegração social, os textos II e III esclarecem o fenômeno da delinquência juvenil no Brasil.(C) Enquanto o texto II apresenta o perfil do menor infrator, o texto III apresenta as principais causas que o levam a cometer infrações.(D) Enquanto o texto III apresenta uma pesquisa a respeito da realidade da violência praticada por jovens brasileiros, o texto I pondera acerca das condições para que a reintegração social se efetive verdadeiramente.(E) A realidade apresentada nos textos II e III corresponde a uma particularidade do grande universo de sujeitos mostrados no texto I.

Gabarito:1 2 3 4 5 6 7B A D A C E C

PORTUGUÊS NA FUNIVERSA**Gabarito ao final da prova

Texto I, para responder às questões de 1 a 4.1

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A União Europeia inaugurou um novo patamar deintegração política e econômica no globo. A cooperação entreseus países permitiria à região fazer frente a outraspotências, como os Estados Unidos e o Japão, e, assim,assegurar o bem-estar social e a segurança de suapopulação. Com o passar dos anos, o bloco incorporounações menos desenvolvidas do continente e instituiu umamoeda única, o euro, que atraiu investidores e chegou aameaçar o domínio do dólar como reserva internacional devalor. Mas a crise financeira mundial fez emergir asfragilidades na estrutura econômica de algumas nações dobloco. À medida que a turbulência dos mercados seacentuou, veio à tona a irresponsabilidade fiscal de algunspaíses, sobretudo a Grécia. Diante do risco de que o deficitcrescente no orçamento grego pudesse contaminar outroseuropeus com situação fiscal semelhante e pôr em xeque aconfiabilidade do bloco, líderes regionais reuniram-se àspressas na semana passada. Ao fim do encontro, chegou-sea um acordo para ajudar a Grécia. Ainda que não tenha sidofeita menção formal a um resgate financeiro, a reunião serviupara acalmar o temor dos investidores internacionais.

A condição para que os gregos recebam a ajuda éque eles apresentem um plano de ajuste orçamentário. Foi oque fez o ministro de finanças, George Papaconstantinou,que propôs enxugar os gastos e reduzir o deficit fiscal para3% do PIB, como determina o Tratado de Maastricht. Hoje, o

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rombo no orçamento é de 13% do PIB, um dos índices maiselevados do planeta. As medidas de ajuste incluem ocongelamento dos salários dos servidores públicos e oaumento da idade mínima para aposentadoria. Levar asreformas adiante terá um custo político: na semana passada,as ruas de Atenas foram tomadas por manifestantes, e osfuncionários públicos entraram em greve. Afirma CarlosLangoni, da Fundação Getúlio Vargas: “Economias pequenasse beneficiaram com a adoção do euro, mas tiveram deabdicar do controle de sua política monetária, que fica acargo do Banco Central Europeu. Em um momento de crise,não podem aumentar os juros ou desvalorizar a sua moeda,o que dificulta a recuperação.”

In: Veja, 17/2/2010, p. 57 (com adaptações).

QUESTÃO 1. (FUNIVERSA/SEJUS/TEC ADM/2010) Com relação às ideias do texto I, assinale a alternativa correta.(A) A cooperação entre os países da União Europeia permitiria que cada país estivesse à frente de potências como os Estados Unidos e o Japão.(B) A instituição de moeda única, o euro, provocou duas situações: a aproximação de investidores e a ameaça da predominância da moeda americana como reserva internacional de valor.(C) A crise financeira mundial recente provocou abalos na economia das nações que integram o bloco, em especial na da Grécia.(D) Por apresentar receitas superiores às despesas, a Grécia, como país-membro da União Europeia, abalou a confiabilidade no bloco.(E) Líderes regionais do bloco europeu entraram em consenso na ajuda à Grécia, o que, de imediato, atrairá novos investidores internacionais.

QUESTÃO 2. (FUNIVERSA/SEJUS/TEC ADM/2010) Ainda com relação ao texto I, assinale a alternativa correta.(A) O ministro de finanças grego, George Papaconstantinou, cumpriu o necessário para que a Grécia recebesse ajuda, isto é, propôs plano de adequação orçamentária, em que se previa diminuir gastos.(B) Atualmente, o deficit orçamentário equivale a 13% do produto interno bruto do país, o que corresponde ao índice mais elevado do planeta.(C) Para conter a crise no orçamento, o governo terá, entre outras ações, de reduzir os salários dos servidores públicos e rever os requisitos para concessão de aposentadoria.(D) Revoltada com o rombo no orçamento, a população ocupou as ruas da capital grega e conclamou os servidores públicos a entrar em greve.(E) Na opinião de especialistas, a crise na Grécia deve-se à sua adesão à União Europeia, pois o país entregou o controle de sua política monetária ao Banco Central Europeu, que deixou de aumentar os juros.

QUESTÃO 3. (FUNIVERSA/SEJUS/TEC ADM/2010) Cada uma das alternativas a seguir apresenta reescritura de fragmento do texto I. Assinale aquela em que a reescritura mantém a ideia original.(A) A União Europeia lançou um novo andar para a integração política e econômica no globo (linhas 1 e 2).(B) A cooperação entre seus países faria que a região esbarrasse em outras potências, como os Estados Unidos e o Japão (linhas de 2 a 4).(C) A crise, contudo, trouxe à tona a solidez da economia de certos países que integram a União Europeia (linhas de 10 a 12).(D) Diante do risco de que o deficit crescente no orçamento grego pudesse influenciar outros países europeus que apresentam situação fiscal similar e comprometer a confiabilidade da União Europeia, líderes regionais encontraram-se às pressas na semana passada (linhas de 14 a 18).(E) Ainda que não tenha sido discutida uma solução financeira, o encontro teve como objetivo reduzir o medo dos investidores internacionais (linhas de 19 a 21).

QUESTÃO 4. (FUNIVERSA/SEJUS/TEC ADM/2010) Cada uma das alternativas a seguir apresenta reescritura de fragmento do texto I. Assinale aquela em que a reescritura não apresenta erro de pontuação.(A) A cooperação entre seus países, permitiria à região fazer frente a outras potências, como os Estados Unidos e o Japão, e assim, assegurar o bem-estar social e a segurança da população (linhas de 2 a 6).(B) Com o passar dos anos o bloco incorporou nações menos desenvolvidas do continente; e instituiu uma moeda única — o euro que atraiu investidores e chegou a ameaçar o domínio do dólar como reserva internacional de valor (linhas de 6 a 10).(C) Mas, a crise financeira mundial fez emergir as fragilidades na estrutura econômica de algumas nações do bloco: à medida que, a turbulência dos mercados se acentuou, veio à tona airresponsabilidade fiscal de alguns países, sobretudo a Grécia (linhas de 10 a 14).(D) Diante do risco de que o deficit crescente no orçamento grego pudesse contaminar outros europeus com situação fiscal semelhante e pôr em xeque a confiabilidade do bloco, líderes regionais reuniram-se, às pressas, na semana passada (linhas de 14 a 18).(E) Levar as reformas adiante terá um custo político. Na semana passada, as ruas de Atenas, foram tomadas por manifestantes e os funcionários públicos entraram em greve (linhas de 30 a 33).

Texto II, para responder às questões de 5 a 7.1

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A verdadeira consolidação do Direito Internacionaldos Direitos Humanos surge em meados do século XX, emdecorrência da Segunda Guerra Mundial. Nas palavras deThomas Buergenthal: “O moderno Direito Internacional dosDireitos Humanos é um fenômeno do pós-guerra. Seudesenvolvimento pode ser atribuído às monstruosasviolações de direitos humanos da era Hitler e à crença de queparte dessas violações poderia ser prevenida se um efetivosistema de proteção internacional de direitos humanosexistisse.”

A internacionalização dos direitos humanos constitui,assim, um movimento extremamente recente na história,surgido a partir do pós-guerra, como resposta às atrocidadese aos horrores cometidos durante o nazismo. Apresentando oEstado como o grande violador de direitos humanos, a EraHitler foi marcada pela lógica da destruição e dadescartabilidade da pessoa humana, o que resultou noextermínio de onze milhões de pessoas. O legado donazismo foi condicionar a titularidade de direitos, ou seja, acondição de sujeito de direitos à pertinência a determinadaraça — a raça pura ariana. No dizer de Ignacy Sachs, oséculo XX foi marcado por duas guerras mundiais e pelohorror absoluto do genocídio concebido como projeto políticoe industrial.

No momento em que os seres humanos se tornamsupérfluos e descartáveis, no momento em que vige a lógicada destruição, em que cruelmente se abole o valor da pessoahumana, torna-se necessária a reconstrução dos direitoshumanos, como paradigma ético capaz de restaurar a lógicado razoável. A barbárie do totalitarismo significou a rupturado paradigma dos direitos humanos, por meio da negação dovalor da pessoa humana como valor-fonte do direito. Diantedessa ruptura, emerge a necessidade de reconstruir osdireitos humanos, como referencial e paradigma ético queaproxime o direito da moral. Nesse cenário, o maior direitopassa a ser, adotando a terminologia de Hannah Arendt, odireito a ter direitos, ou seja, o direito a ser sujeito de direitos.

Flávia Piovesan. Direito constitucional internacional e osdireitos humanos. Saraiva, 2007 (com adaptações).

QUESTÃO 5. (FUNIVERSA/SEJUS/TEC ADM/2010) Com relação às ideias do texto II, assinale a alternativa correta.

Page 13: LISTÃO DE PORTUGUÊS PARA FUNIVERSA

(A) O Direito Internacional dos Direitos Humanos nasce por volta da década de 50 do século XX, como resultado da Segunda Guerra Mundial.(B) Como decorrência das práticas empregadas por seu regime, Hitler defendeu a internacionalização dos direitos humanos.(C) O estudo aprofundado da história revela que, na verdade, era o Estado o responsável pelas constantes violações aos direitos humanos, e não o regime nazista, cuja criação e difusão se devem a um de seus grandes expoentes, Hitler.(D) Para os nazistas, somente tinham direitos — sejam direitos humanos ou quaisquer outros — os indivíduos pertencentes à raça ariana.(E) Apenas duas guerras marcaram o século XX, mas elas foram suficientes para incutir no ser humano a absoluta repulsa ao genocídio.

QUESTÃO 6. (FUNIVERSA/SEJUS/TEC ADM/2010) Ainda com relação ao texto II, assinale a alternativa correta.(A) A reconstrução dos direitos humanos apenas se faz necessária a partir do momento em que o homem se torna supérfluo e descartável, isto é, quando ele deixa de ter valor.(B) É possível que o homem restabeleça a lógica do razoável a partir da reconstrução dos direitos humanos.(C) O totalitarismo não chega a negar o valor da pessoa humana, mas ele é capaz de romper com o que se defende na área dos direitos humanos.(D) Após a era nazista, a humanidade, naturalmente, deparou-se com os direitos humanos reconstruídos.(E) Para Hannah Arendt, o indivíduo tem direito a ser propiciador de direitos.

QUESTÃO 7. (FUNIVERSA/SEJUS/TEC ADM/2010) Cada uma das alternativas a seguir apresenta reescritura de fragmento do texto II. Assinale aquela em que a reescritura apresenta erro relacionado ao emprego ou à ausência do sinal indicativo de crase.(A) Seu desenvolvimento pode ser atribuído a violações de direitos humanos (linhas de 5 a 7).(B) O legado do nazismo foi condicionar a titularidade de direitos aquele que pertencesse à raça ariana (linhas de 18 a 21).(C) pelo horror absoluto à exterminação (linhas 22 e 23).(D) a ruptura do paradigma deve-se à barbárie do totalitarismo (linhas 30 e 31).(E) é necessária a reconstrução dos direitos humanos (linhas 33 e 34).

Gabarito:1 2 3 4 5 6 7* A D D D B B

PORTUGUÊS NA FUNIVERSA**Gabarito ao final da prova

Texto I, para responder às questões de 1 a 4.

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A solidão dividida em blocosHá cinquenta anos, a cidade artificial procura

encontrar uma identidade que lhe seja natural. "Nósqueremos ação! Acabar com o tédio de Brasília, essa jovemcidade morta! Agitar é a palavra do dia, da hora, do mês!",gritava Renato Russo, com todas as exclamações possíveis,no fim dos anos 70, quando era voz e baixo da banda punkAborto Elétrico. Em meio à burocracia oficial, o rock ocupou oespaço urbano, os parques, as superquadras de Lucio Costa,cresceu e apareceu. Foi a primeira manifestação culturalcoletiva a dizer ao país que a cidade existia fora da Praçados Três Poderes e que, além disso, estava viva.

Na década de 80 do século XX, Legião Urbana,Capital Inicial, Plebe Rude, Detrito Federal e outros grupos,de nomes antes esquisitos e hoje nacionalmente sonoros,bagunçaram o coreto de um lugar exageradamente

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controlado, recém-desembarcado de uma ditadura militarpróxima demais no tempo e no espaço. Depois de vinte anosde sufoco, no período pós-1964, e já com a chegada daanistia, Brasília respirou aliviada, e seus filhos – poucos desangue, muitos adotivos – puderam afirmar sem medo, mascom ironia e autocrítica: "Somos os filhos da revolução,somos burgueses sem religião, somos o futuro da nação,Geração Coca-Cola", também nas palavras do onipresenteRenato Russo.

O atormentado líder da Legião Urbana, nascido em1960 como Brasília – mas na Velhacap, o Rio –, inventououtro mundo para animar a adolescência brasiliense.Transformou o cotidiano aborrecido em poesia. Algo diferentedo que, no Rio de Janeiro, fizeram João Gilberto, Tom eVinicius com a bossa nova, no fim dos anos 50, retratomusical do prazer de viver à beira-mar, trilha sonora do bemestar.

O movimento candango, no grito e em acordestambém dissonantes, resumiu a vontade que cerca a históriada cultura na capital federal: apagar traços da ocupaçãomilitar, escapar da comodidade das repartições públicas,amenizar a pecha de lugar de corrupção e bandalheira, deendereços sem alma, formados por letras e números. "SQSou SOS?", eis a questão resumida pelo poeta Nicolas Behr,representante brasiliense da chamada turma do mimeógrafo,de bar em bar vendendo seus livrinhos. Poucas cidades nopaís produziram uma juventude tão crítica e irônica emrelação ao cotidiano – e isso é saudável.

Sérgio de Sá. Internet: <http://veja.abril.com.br/especiais/brasilia>(com adaptações). Acesso em 28/1/2010.

QUESTÃO 1. (FUNIVERSA/TERRACAP/TECNICO ADMINISTRATIVO/2010) A partir da leitura do texto I, é correto afirmar que Brasília(A) tem sua identidade influenciada pelas manifestações musicais a partir da década de 70 do século XX.(B) é um lugar cuja cultura não apresenta originalidade, portanto não possui identidade cultural.(C) construiu, ao longo de cinquenta anos, por meio da sua produção artístico-cultural, uma identidade artificial.(D) é uma cidade muito conservadora devido ao controle rígido praticado durante a ditadura militar.(E) construiu sua identidade cultural adotando costumes de estrangeiros e imigrantes.

QUESTÃO 2. (FUNIVERSA/TERRACAP/TECNICO ADMINISTRATIVO/2010) No trecho: “Em meio à burocracia oficial, o rock ocupou o espaço urbano, os parques, as superquadras de Lucio Costa, cresceu e apareceu.” (linhas de 7 a 9), o uso do sinal indicativo de crase é(A) facultativo, pois antecipa palavra feminina seguida de adjetivo masculino.(B) inadequado, pois não indica contração.(C) proibido, porque não se admite crase antes de substantivos abstratos.(D) obrigatório, pois indica uma vogal átona representada por um artigo.(E) adequado, pois representa a contração da preposição a e do artigo definido feminino a.

QUESTÃO 3. (FUNIVERSA/TERRACAP/TECNICO ADMINISTRATIVO/2010) Considerando os aspectos gramaticais e semânticos do texto I, assinale a alternativa correta.(A) Os verbos “cresceu” e “apareceu”, na linha 9, deveriam vir flexionados no plural para concordar com seus referentes, “os parques” e “as superquadras”, ambos na linha 8.(B) A palavra “que” pode ser substituída por o(a) qual em todas as ocorrências do primeiro parágrafo.

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(C) O último período do primeiro parágrafo refere-se à manifestação da “banda punk Aborto Elétrico” (linhas 6 e 7), também retomada pela palavra “rock” (linha 7).(D) A expressão “bagunçaram o coreto” (linha 15) foi usada no sentido denotativo e poderia ser substituída por desorganizaram o coreto sem alteração semântica ou sintática.(E) No último parágrafo, as palavras “crítica”, “irônica” e “saudável” têm o acento gráfico justificado pela mesma regra.

QUESTÃO 4. (FUNIVERSA/TERRACAP/TECNICO ADMINISTRATIVO/2010) Acerca das relações estabelecidas entre os termos e entre as orações que compõem o texto I, assinale a alternativa incorreta.(A) Os verbos crescer e aparecer (linha 9) formam uma construção própria da linguagem informal.(B) O verbo “Agitar” (linha 4), se substituído pelo substantivo agitação, criaria uma frase inaceitável na linguagem padrão.(C) As orações “que a cidade existia fora da Praça dos Três Poderes” (linhas 10 e 11) e “que, além disso, estava viva” (linha 11) completam o sentido do verbo “dizer” (linha 10).(D) A oração “vendendo seus livrinhos” (linha 41) poderia ser substituída por para vender seus livrinhos sem alteração semântica ou sintática.(E) Em “para animar a adolescência brasiliense” (linha 27), sobressai o valor semântico de finalidade.

Texto II, para responder às questões de 5 a 8.

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EcossimplicidadeO que se opõe à nossa cultura de excessos e

complicações é a vivência da simplicidade, a mais humanade todas as virtudes, presente em todas as demais.

A simplicidade exige uma atitude de anticultura, poisvivemos enredados em todo tipo de produtos e depropagandas. A simplicidade nos desperta para viverconsoante nossas necessidades básicas. Se todosperseguissem esse preceito, a Terra seria suficiente paratodos. Bem dizia Gandhi: “temos que aprender a viver maissimplesmente para que os outros simplesmente possamviver”.

A simplicidade sempre foi criadora de excelênciaespiritual e de liberdade interior. Henry David Thoreau(+1862), que viveu dois anos em sua cabana na floresta juntoa Walden Pond, atendendo estritamente às necessidadesvitais, recomenda incessantemente em seu famosolivro-testemunho: Walden ou a vida na floresta: “simplicidade,simplicidade, simplicidade”. Atesta que a simplicidadesempre foi o apanágio de todos os sábios e santos. De fato,extremamente simples eram Buda, Jesus, Francisco deAssis, Gandhi, Chico Mendes entre outros.

Como hoje tocamos já nos limites da Terra, sequisermos continuar a viver sobre ela, precisamos seguir oevangelho da ecossimplicidade, bem resumida nos três“erres” propostos pela Carta da Terra: “reduzir, reutilizar ereciclar” tudo o que usamos e consumimos.

Trata-se de fazer uma opção pela simplicidadevoluntária, que é um verdadeiro caminho espiritual. Estaecossimplicidade vive de fé, de esperança e de amor.

Leonardo Boff. Internet: <http://www.leonardoboff.com/>(com adaptações). Acesso em 26/1/2010.

QUESTÃO 5. (FUNIVERSA/TERRACAP/TECNICO ADMINISTRATIVO/2010) Das frases abaixo, assinale a que melhor sintetiza a tese do texto II.(A) Viver a simplicidade, a mais humana de todas as virtudes e presente nas demais, opõe-se à nossa cultura de excessos e complicações.(B) Viver simplesmente a mais humana de todas as virtudes que está presente nas demais se opõe à nossa cultura de excessos e complicações.

(C) Viver a simplicidade, a mais humana de todas as virtudes, opõe-se à nossa complicada cultura de excessos, presente nas demais.(D) Viver simplesmente, essa é a virtude humana que mais se opõe à nossa complicada e excessiva cultura, presente nas demais.(E) Viver simplesmente a cultura presente nas demais e a mais humana de todas as virtudes opõe-se à nossa complicação excessiva.

QUESTÃO 6. (FUNIVERSA/TERRACAP/TECNICO ADMINISTRATIVO/2010) A palavra “apanágio” (linha 19), sem alteração de sentido para o texto II, pode ser substituída por(A) segurança.(B) paliativo.(C) função.(D) privilégio.(E) sorte.

QUESTÃO 7. (FUNIVERSA/TERRACAP/TECNICO ADMINISTRATIVO/2010) Considerando os aspectos morfossintáticos do texto II, assinale a alternativa correta.(A) Em “Trata-se de fazer” (linha 27) tem-se um pronome responsável por apresentar a frase na voz passiva.(B) O acento indicativo de crase na primeira linha do texto é facultativo.(C) O acento indicativo de crase presente na linha 15 é exigência da palavra “estritamente”.(D) A partícula “se” presente na primeira linha apresenta a mesma função que a presente na linha 22.(E) A palavra “consoante” (linha 7) pertence à classe dos adjetivos, tanto que pode ser substituída corretamente por concordante.

QUESTÃO 8. (FUNIVERSA/TERRACAP/TECNICO ADMINISTRATIVO/2010) Depreende-se do texto II que(A) a simplicidade é a mais duradoura de todas as virtudes.(B) a simplicidade é a única virtude humana.(C) a simplicidade é resumida pelo evangelho dos três “erres”.(D) reduzir, reutilizar e reciclar são atitudes que substituem a capacidade de ser simples.(E) reduzir, reutilizar e reciclar são atitudes que expandem a capacidade de ser simples.

Texto III, para responder às questões de 9 a 12.

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O português de todas as origens,o modo de falar da capital

O sotaque não é carioca. Mesmo assim, o erre écarregado. Não é nordestino, mas, ao ser contrariado, obrasiliense imediatamente dispara um "ôxe". Brasília tem ounão tem sotaque, afinal? Sim e não. Stella Bortoni, doutoraem linguística e organizadora do livro O Falar Candango, aser publicado pela Editora Universidade de Brasília em 2010,explica: "A marca do dialeto do Distrito Federal é justamentea falta de marcas. A mistura faz com que os sotaques dasdiferentes regiões do país percam muito de suapeculiaridade".

Mas o tempo impõe marcas, e já é possívelpercebê-las. Para Ana Vellasco, também da Universidade deBrasília, o modo de falar candango fica evidente na melodia."Não se fala tão cantado quanto no Nordeste. As pronúnciasdo ‘t’ e do ‘d’ se aproximam do modo como o carioca fala,mas o ‘s’ é à mineira", diz. O "português candango" já temsuas expressões únicas. Só em Brasília se anda de cameloou de baú. A arquitetura, mandatória, também ajuda a criarum glossário de termos brasilienses. Afinal, onde mais sedirige por uma tesourinha?

Gustavo Nogueira Ribeiro. Internet: <http://veja.abril.com.br/especiais/brasilia/> (com adaptações). Acesso em 28/1/2010.

PEQUENO GLOSSÁRIOBaú: ônibus; Camelo: bicicletaTesourinha: conjunto de retornos em um cruzamento em formato de trevo

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QUESTÃO 9. (FUNIVERSA/TERRACAP/TECNICO ADMINISTRATIVO/2010) Considerando a discussão iniciada no texto III, é correto afirmar que(A) é unânime a ideia de que os brasilienses não possuem nenhuma marca linguística de regionalidade na sua fala, pois está geograficamente situado em uma zona neutra.(B) os sotaques dos falares carioca e mineiro misturaram-se e originaram o falar do brasiliense, o que se explica pela maioria de imigrantes da região Sudeste do país.(C) é impossível reconhecer, na fala de brasilienses, a ocorrência de palavras tipicamente nordestinas ou da região Norte do país.(D) as gírias conhecidas em Brasília, como a palavra “camelo”, são oriundas de pessoas sem cultura que desconhecem a língua portuguesa falada no Brasil.(E) é difícil negar que a população brasiliense já tenha um sotaque próprio, mesmo considerando que haja, no falar da população, uma mistura de vários falares.

QUESTÃO 10. (FUNIVERSA/TERRACAP/TECNICO ADMINISTRATIVO/2010) A partir da análise morfossintática da frase “Só em Brasília se anda de camelo ou de baú” (linhas 17 e 18), assinale a alternativa correta.(A) Em Brasília, a maioria das pessoas caminham sozinhas.(B) As palavras “camelo” e “baú” são utilizadas em seu sentido literal e referem-se a meios de transporte utilizados em regiões desérticas.(C) Brasília é o sujeito da oração, pois protagoniza a frase.(D) A partícula “se” indica a indeterminação do sujeito da frase.(E) As expressões “de camelo” e “de baú” transmitem idéia de lugar.

QUESTÃO 11. (FUNIVERSA/TERRACAP/TECNICO ADMINISTRATIVO/2010) Ao se analisar a frase “Não é nordestino, mas, ao ser contrariado, o brasiliense imediatamente dispara um ‘ôxe’.” (linhas 2 e 3), é correto afirmar que(A) o sujeito do verbo “é” é inexistente.(B) o sujeito referente a “ser contrariado” é simples e está alocado de acordo com a ordem direta da oração.(C) as expressões verbais “é”, “ser contrariado” e “dispara” possuem o mesmo sujeito.(D) a expressão “ôxe” está entre parênteses por ser um neologismo muito conhecido no Brasil.(E) o sujeito da oração “Não é nordestino (...)” pode ser recuperado na primeira oração do texto.

QUESTÃO 12. (FUNIVERSA/TERRACAP/TECNICO ADMINISTRATIVO/2010) Ao final do texto III, é apresentado um glossário. A presença desse tipo de informação no texto(A) caracteriza o desconhecimento dos brasilienses a respeito do falar típico de Brasília.(B) exemplifica a existência de palavras cujo significado em Brasília é bastante específico.(C) demonstra a pobreza vocabular de pessoas que vivem em Brasília.(D) defende, a partir de exemplos, a criação de um dialeto próprio de candangos.(E) descreve o fenômeno linguístico que culminou com o surgimento de um vocabulário próprio.

Gabarito:1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12A E C B A D B C E D E B

PORTUGUÊS NA FUNIVERSA**Gabarito ao final da prova

Texto I, para responder às questões de 1 a 4.

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Planeta azulA vida e a natureza sempre a mercê da poluiçãoInverte as estações do ano, faz calor no inverno e frio no verãoOs peixes morrendo nos rios, estão se extinguindo espécies animais,E tudo que se planta colhe,O tempo retribui o mal que a gente faz.

Onde a chuva caía, quase todo dia, já não chove nada,O sol abrasador rachando os leitos dos rios secos, sem um pingo d´águaQuanto ao futuro inseguro será assim de Norte a Sul.A Terra nua semelhante à Lua, o que será desse planeta azul?O que será desse planeta azul?

O rio que desce as encostas, já quase sem vida, parece que choraNo triste lamento das águas, ao ver devastadas a fauna e a floraÉ tempo de pensar no verde, regar a semente que ainda não nasceu,Deixar em paz a Amazônia, preservar a vida, estar de bem com Deus.

Rio Negro e Solimões.

QUESTÃO 1. (FUNIVERSA/ADASA/TEC REGULAÇÃO/2009) Do texto I é possível inferir que(A) a vida e a natureza estão sempre à disposição da poluição.(B) as consequências da degradação são sentidas em todo o planeta.(C) a inversão das estações do ano foi promovida pela natureza.(D) o tempo não responde pelo mal que recebe.(E) o sol é tão quente quanto uma brasa.

QUESTÃO 2. (FUNIVERSA/ADASA/TEC REGULAÇÃO/2009) No trecho “Onde a chuva caía, quase todo dia, já não chove nada”, a expressão sublinhada desempenha a função de sintática de(A) objeto direto.(B) complemento nominal.(C) conectivo conjuntivo.(D) adjunto adnominal.(E) adjunto adverbial.

QUESTÃO 3. (FUNIVERSA/ADASA/TEC REGULAÇÃO/2009) O sujeito do verbo “parece”, no verso 11, é(A) “as encostas”.(B) “a vida”.(C) “O rio”.(D) “o lamento das águas”.(E) “o triste lamento”.

QUESTÃO 4. (FUNIVERSA/ADASA/TEC REGULAÇÃO/2009) Observando a significação das palavras, no contexto, pode-se afirmar que(A) na expressão “Os peixes morrendo nos rios” (verso 3), entende-se que a causa da morte fora afogamento .(B) na interrogativa “O que será desse planeta azul?” (verso 10), está subtendida a necessidade imediata da mudança de cor do planeta.(C) a Lua será habitada, apesar da semelhança com a Terra.(D) em “será assim de Norte a Sul” (verso 8), infere-se que a natureza pedirá socorro em qualquer lugar do planeta.(E) o futuro será seguro para os moradores do Leste e Oeste.

Texto II, para responder às questões de 5 a 8.

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Projeto Brasil da ÁguasA segunda campanha do Projeto Brasil das Águas

foi realizada pela região Centro-Oeste em novembro.Testemunhamos que muitos rios sofrem de sérios problemasde assoreamento, rios outrora cristalinos agora são rios de

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areia. Mas também encontramos muitos outros aindatransparentes, como o Juruena e o Arraias, e visitamos umararidade, o rio Cristalino, perto de Alta Floresta (MT), aindaintacto do começo (na Serra do Cachimbo) ao fim(desemboca no rio Teles Pires).

Cientes da preocupação dos índios do ParqueIndígena do Xingu quanto à qualidade da água que bebem,várias coletas foram feitas nos rios e em lagos do parque.Ouvimos os comentários ansiosos dos caciques Aritana(Yawalapiti) e Kotoky (Kamayurá) a respeito doassoreamento e da deterioração dessas águas, algo quepercebem pela diminuição da quantidade de peixes. Nobre éa preocupação demonstrada por eles, visando ao bem-estardas futuras gerações; não pensando apenas na geraçãopresente.

No oeste do estado de Mato Grosso, descobrimosrios belíssimos, como o Juruena, Papagaio e Buriti, faixasazuis atravessando matas e cerrados intactos, descendo dasnascentes em áreas ainda não tomadas pela soja, naChapada dos Parecis. Brilhavam pequenas praiasconvidativas. Bancos de areia submersa traçando desenhosondulados por baixo das águas transparentes. Corredeirasalegres, cachoeiras escondidas e uma vegetação nativaainda intacta. No dia em que voamos de Alta Floresta paraVilhena (RO), a tentação era grande demais. Fizemos pit stoppara almoçar em uma praia deserta colada a uma ilha verdeem pleno Juruena. Só nós dois e, na areia, as pegadas dascapivaras.

Decolando de Cuiabá no dia 16 de novembro, rumoao Araguaia, houve um incidente que deixou o Talha-mar naChapada dos Guimarães. Ele vai ficar alguns meses fora deserviço, mas o projeto não parou. O Brasil das Águascontinua. Já adotamos e adaptamos o Talha-marzinho.

Felizmente, nenhuma gota das amostras colhidasdurante a viagem perdeu-se durante o incidente na Chapada:tudo foi entregue aos cientistas-parceiros para análise. Hoje,podemos anunciar que 17% do projeto já está realizado!

Gérard e Margi Moss. Internet: <http://www.brasildasaguas.com.br/brasil_das_aguas/centro_oeste> (com adaptações).

QUESTÃO 5. (FUNIVERSA/ADASA/TEC REGULAÇÃO/2009) De acordo com as ideias apresentadas no texto II, assinale a alternativa correta.(A) Pelo contexto é possível concluir que Talha-mar é o nome da embarcação marítima utilizada como transporte no dia 16 de novembro.(B) Percebe-se no texto a intenção dos autores em narrar os acontecimentos.(C) No trecho “Ouvimos os comentários ansiosos dos caciques” (linha 13), os índios descrevem a situação para evidenciar a preocupação com as águas.(D) A evidência de faixas azuis atravessando matas e cerrados é relacionada a cordões de isolamento para a proteção de áreas já depredadas.(E) Os cordões azuis são encontrados com mais frequência em regiões onde há rios.

QUESTÃO 6. (FUNIVERSA/ADASA/TEC REGULAÇÃO/2009) Assinale a alternativa em que o termo sublinhado desempenha a função a ele relacionada.(A) “A segunda campanha do Projeto Brasil das Águas” (linha 1) – objeto direto.(B) “Mas também encontramos muitos outros” (linha 5) – conectivo prepositivo.(C) “várias coletas foram feitas” (linha 12) – sujeito paciente.(D) “Cientes da preocupação dos índios” (linha 10) – adjunto adnominal.(E) “houve um incidente” (linha 34) – sujeito.

QUESTÃO 7. (FUNIVERSA/ADASA/TEC REGULAÇÃO/2009) Quanto ao trecho “Bancos de areia submersa traçando desenhos ondulados por baixo das águas transparentes.” (linhas 25 e 26), assinale a alternativa que apresenta termos exercendo a mesma função sintática.(A) “submersa” – “transparentes”(B) “ondulados” – “traçando”(C) “de areia” – “desenhos”(D) “por baixo” – “Bancos”(E) “de areia” – “das águas”

QUESTÃO 8. (FUNIVERSA/ADASA/TEC REGULAÇÃO/2009) Acerca da expressão destacada em “Fizemos um pit stop para almoçar em uma praia deserta” (linhas 29 e 30), é correto afirmar que(A) é evidente e exagerado o uso de palavras estrangeiras, pois o texto foi escrito por estrangeiros.(B) foi utilizado o estrangeirismo, uso de construções com palavras estrangeiras.(C) a língua estrangeira é predominante nos textos brasileiros.(D) a expressão estrangeira poderia ser substituída pela expressão brasileira “uma vaquinha”, ato de recolher dinheiro entre os presentes para custear algo, sem acarretar prejuízo semântico para o texto.(E) a expressão em estudo já foi introduzida no vocabulário da língua portuguesa, portanto não deve ser considerada como estrangeirismo.

Gabarito:1 2 3 4 5 6 7 8B * C D B C A B

PORTUGUÊS NA FUNIVERSA**Gabarito ao final da prova

Texto I, para responder às questões de 1 a 4.1

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De uma hora para outra, pessoas iam dormir e nãoacordavam mais. Se você desse uma chacoalhada, ela atédespertava. Aí comia alguma coisa, ia ao banheiro, massempre se arrastando pela casa, cansada como se tivessepassado dois dias sem dormir. Então, ia para a cama denovo. Talvez para um sono sem fim. Esse sono mais do quemórbido matou 5 milhões de pessoas. Depois, sumiu semdeixar vestígio nenhum. Até hoje, ninguém sabe que vírus oubactéria causou aquilo. Foi uma das pandemias maisviolentas da história da humanidade. E fora ter levado umnome (encefalite letárgica ou inflamação no cérebro quedeixa a pessoa pregada, em português claro), a doençacontinuou envolta em mistério. Apavorante. Mesmo assim, apraga quase não chamou a atenção. É que logo depoissurgiu um vírus bem pior: o H1N1.

Em 25 semanas, esse vírus matou mais gente doque 25 anos de AIDS. No começo, não parecia grande coisa.Quase todo mundo que pegava a gripe acabava sarando. Oproblema: uma hora tinha tanta gente infectada que a taxa demortalidade, de 2,5%, foi o bastante para transformar meioplaneta em um inferno. Escavadeiras passaram a abrir valaspara enterrar montes de corpos, embrulhados em lençóis.Chegou uma hora em que parentes das vítimas deixavam oscorpos na rua para serem recolhidos. Uma em cada 36pessoas do mundo acabou morta.

Era a gripe espanhola, causada por uma versãomais letal desse mesmo vírus de hoje, o influenza H1N1. Elasó agiu entre 1918 e 1919, mas foi o suficiente para matar 50milhões em um mundo com 1,8 bilhão de habitantes. Mais doque o dobro de mortos nos quatro anos da Primeira GuerraMundial.

Alexandre Versignassi & Barbara Axt. Os verdadeiros donos do mundo.In: Superinteressante, ed. 268, ago./2009, p.52-4 (com adaptações).

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QUESTÃO 1. (FUNIVERSA/HFA/ASSISTENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2009) Quanto às informações do texto I, assinale a alternativa correta.(A) A gripe espanhola gerava mortes sem dor, pois as pessoas morriam dormindo.(B) As epidemias e as pandemias do século XX promoveram drástica redução da humanidade terrestre.(C) O influenza H1N1 é um novo vírus, desconhecido pela ciência, por isso ainda sem controle.(D) O sono provocado pela encefalite letárgica, embora letal, era salutar, suave e restaurador.(E) O vírus da gripe espanhola teve ação menos devastadora que o da gripe suína, até o momento.

QUESTÃO 2. (FUNIVERSA/HFA/ASSISTENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2009) Assinale a alternativa que apresenta o trecho do texto I que está de acordo com os padrões da norma culta escrita da Língua Portuguesa.(A) “Se você desse uma chacoalhada, ela até despertava.” (linhas 2 e 3)(B) “Aí comia alguma coisa” (linha 3)(C) “ia ao banheiro, mas sempre se arrastando pela casa” (linhas 3 e 4)(D) “No começo, não parecia grande coisa.” (linha 17)(E) “uma hora tinha tanta gente infectada que” (linha 19)

QUESTÃO 3. (FUNIVERSA/HFA/ASSISTENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2009) Assinale a alternativa em que a reescritura de parte do texto I modifica a ideia original do texto.(A) Frequentemente, pessoas iam dormir e não acordavam mais. (linhas 1 e 2)(B) Caso você desse uma chacoalhada, ela até despertava. (linhas 2 e 3)(C) Ia ao banheiro, no entanto sempre se arrastando pela casa. (linhas 3 e 4)(D) Ainda assim, a praga quase não chamou a atenção. (linhas 13 e 14)(E) Pois logo depois surgiu um vírus bem pior: o H1N1. (linhas 14 e 15)

QUESTÃO 4. (FUNIVERSA/HFA/ASSISTENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2009) O trecho “Em 25 semanas, esse vírus matou mais gente do que 25 anos de AIDS.” (linhas 16 e 17) pode ser reescrito, sem que haja alteração de sentido nem incorreção gramatical, da seguinte forma:(A) Nas últimas 25 semanas, o H1N1 matou mais gente que a AIDS.(B) Em 25 anos, a AIDS matou mais gente do que esse vírus em 25 semanas.(C) Esse vírus, durante 25 semanas, matou mais do que a AIDS mata.(D) O H1N1 matou, em 25 semanas, mais gente que a AIDS em 25 anos.(E) Esse vírus, o H1N1, matou mais do que a AIDS em 25 semanas.

QUESTÃO 5

(FUNIVERSA/HFA/ASSISTENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2009) Com base no texto acima e nos seus conhecimentos correlatos, assinale a alternativa correta.(A) O autor constrói o texto sem fazer uso da linguagem verbal.(B) O texto retrata uma situação vivida pelos brasileiros há décadas.(C) Há elementos no texto que mostram que a CPMF será recriada.(D) Pode-se inferir do texto que nada foi feito para que a CPMF permanecesse.(E) O sentido global do texto só se faz com o cruzamento da linguagem verbal e da visual.

Texto II, para responder às questões 6 e 7.

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Demitir faz mal à saúdeAs demissões recordes nas companhias americanas

devido à crise fizeram vítimas inusitadas ― os própriosexecutivos de recursos humanos. Pesquisa do periódicoindustrial Workforce Management com 372 profissionaisrevela que 48% deles conduziram ao menos três rodadas dedemissões nos últimos meses ― uma situação inédita emsua carreira. Como resultado, 73% admitiram mudanças emsua rotina provocadas pelo aumento do estresse e daansiedade.

QUESTÃO 6. (FUNIVERSA/HFA/ASSISTENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2009) Infere-se do texto II que(A) as demissões fazem mais mal para quem demite que para quem é demitido.(B) muitos executivos de RH nos Estados Unidos foram vítimas da crise mundial deste ano.(C) cerca de metade dos executivos de RH nos Estados Unidos tiveram a rotina alterada devido ao estresse e à ansiedade.(D) as demissões nas companhias americanas sempre foram excessivas.(E) os executivos de RH nos Estados Unidos tiveram de fazer as demissões de uma única vez.

Page 18: LISTÃO DE PORTUGUÊS PARA FUNIVERSA

QUESTÃO 7. (FUNIVERSA/HFA/ASSISTENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2009) Quanto aos aspectos gramaticais e semânticos do texto II, assinale a alternativa incorreta.(A) Nas linhas 2 e 3, a expressão “os próprios executivos de recursos humanos” é aposto de “vítimas inusitadas”.(B) Não haverá incorreção gramatical, caso o travessão da linha 2 seja substituído por vírgula.(C) A sílaba tônica da palavra “recordes” (linha 1) é a penúltima, assim como ocorre na palavra “executivos” (linha 3).(D) O uso da crase em “à crise” (linha 2) deve-se ao fato de ser uma locução adverbial feminina.(E) A oração “que 48% deles conduziram ao menos três rodadas de demissões” (linhas 5 e 6) apresenta a mesma função sintática que o termo “mudanças” (linha 7).

Gabarito:1 2 3 4 5 6 7B C A D E B D