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Lista dos órgãos/serviços
responsáveis pela aplicação do Manual de Controlo Interno do IPCA Parte IV – Norma de Controlo Interno
Função/Atribuição Órgão/Serviço
IV.1. Gestão de Pessoal
As consideradas na legislação laboral da função pública: i. Lei n.º 12-A/2008, de 27 de fevereiro; ii. Lei n.º 58/2008, de 11 de setembro; ii. Decreto-lei n.º 207/2009, de 31 de
agosto; iv. outros diplomas
Presidente ou a quem delegue Conselho de Gestão Administrador Diretores das Unidades Orgânicas Diretor dos Serviços de Ação Social (SAS) Divisão de Recursos Humanos
IV.2. Documentos Previsionais
- Elaboração da estrutura do Plano de Atividades Administrador
- Elaboração do Plano de Atividades - Elaboração do Mapa de Pessoal - Elaboração do Orçamento
Serviços Centrais Divisão de Recursos Humanos Divisão Administrativa e Financeira
- Emissão de parecer sobre Plano de Atividades, Mapa de Pessoal; - Emissão de parecer sobre Orçamento
Conselho de Gestão
- Aprovação Plano de Atividades, Mapa de Pessoal e Orçamento Conselho Geral
IV.3. Execução do Orçamento e Contabilidade Orçamental
- Execução dos orçamentos Presidente ou a quem delegue Conselho de Gestão
- Registo contabilístico Divisão Administrativa e Financeira
IV.4. Despesas com Pessoal
- Informação Financeira (cabimento, compromisso, LEO2013) Divisão Administrativa e Financeira
- Verificação de existência de Massa Salarial
Chefe da Divisão Administrativa e Financeira Responsável dos Recursos Humanos
- Autorização de despesa Presidente ou a quem delegue - Autorização de pagamento Vogais do Conselho de Gestão - Processamento Divisão de Recursos Humanos - Validação do processamento GACI -- Pagamento Divisão Administrativa e Financeira
IV.5. Despesas com aquisição ou locação de bens móveis e aquisição de serviços
- Proposta GAGI, Diretor dos SAS e Diretores Unidades Orgânicas
- Informação de Cabimento, Compromisso e LOE2013 Divisão Administrativa e Financeira
- Autorização da adjudicação e ou realização da despesa Presidente ou a quem delegue
- Autorização de pagamento Vogais do Conselho de Gestão
- Validação da despesa Divisão Administrativa e Financeira
GACI - Pagamento Divisão Administrativa e Financeira
IV.6. Despesas com Empreitadas
- Proposta GAGI, Diretor dos SAS e Diretores das Unidades Orgânicas.
- Informação de Cabimento, Compromisso e LOE 2013 Divisão Administrativa e Financeira
- Autorização da adjudicação e ou realização da despesa Presidente ou a quem delegue
- Acompanhamento e controlo Fiscalização da obra e setor de obra Vogais do Conselho de Gestão
- Validação da despesa Divisão Administrativa e Financeira GACI
- Pagamento Divisão Administrativa e Financeira
IV.7. Contratos de Tarefa e Avença
- Proposta GAGI, Diretor dos SAS e Diretores Unidades Orgânicas
- Informação de Cabimento, Compromisso e LOE 2013, Artigo 35.º da Lei 12-A/2008. Divisão Administrativa e Financeira
- Autorização da adjudicação e realização da despesa Presidente ou a quem delegue
- Processamento Gabinete de Apoio à Presidência
- Validação da despesa Divisão Administrativa e Financeira GACI
- Autorização de pagamento Vogais do Conselho de Gestão - Pagamento Divisão Administrativa e Financeira
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IV.8. Despesas por Fundo Maneio
- Pedido de atribuição Serviços e Unidades Orgânicas - Informação de Cabimento, Compromisso e LOE 2013 Divisão Administrativa e Financeira
- Autorização da constituição Presidente
- Constituição – emissão de cheque Setor da Tesouraria
- Realização da despesa Titulares de Fundo Maneio
- Validação dos documentos Divisão Administrativa e Financeira GACI
- Autorização da reconstituição Vogais do Conselho de Gestão
- Reconstituição Setor da Tesouraria
IV.9. Subsídios
- Pedido de atribuição Serviços, Unidades Orgânicas ou outros - Informação de Cabimento, Compromisso e LOE 2013 Divisão Administrativa e Financeira
- Autorização de atribuição do subsídio Presidente
- Validação Divisão Administrativa e Financeira GACI
- Publicitação do subsídio Gabinete de Apoio à Presidência - Autorização de pagamento Vogais do Conselho de Gestão - Pagamento Tesouraria
IV.10 e 11. Operações de Receitas
- Cobrança em numerário Setor tesouraria - Cobrança via multibanco Serviço responsável pela cobrança - Controlo de dívidas a receber e a pagar Divisão Administrativa e Financeira
IV.12. Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso
- Procedimentos necessários à sua aplicação
Presidente ou a quem delegue Conselho de Gestão Responsável da Divisão Administrativa e Financeira
IV.13. Contabilidade Patrimonial
- Contabilização e retenção de IVA - Contabilização e retenção de IRS Independentes
Divisão Administrativa e Financeira
- Retenção de descontos obrigatórios dependentes Divisão de Recursos Humanos
IV.14. Garantias e Cauções
- Arquivo de comprovativos de caução ou de garantia -
Divisão Administrativa e Financeira - Informação sobre existência de caução
- Autorização para o levantamento de caução/garantias Vogais do Conselho de Gestão
IV.15. Prestação de Contas
- Elaboração relatório atividades - Elaboração do relatório de contas
Administrador/Diretores Unidades orgânicas/Diretor dos SAS/Divisão de Recursos Humanos Divisão Administrativa e Financeira
- Parecer sobre os documentos de prestação de contas Conselho de Gestão
Aprovação dos documentos de prestação de contas Conselho Geral
IV.16. Gestão do Património - Gestão do Património Edificado
GAGI - Gestão da Frota - Gestão de Seguros - Inventariação, abate e alienação de bens Divisão Administrativa e Financeira
IV.17. Contabilidade Analítica
- Exercício económico, - Plano de Contas, - Apuramento de Custos e Proveitos, - Custos com pessoal; - Custos de funcionamento; - e outros.
Divisão Administrativa e Financeira
Manual de Controlo Interno do IPCA - 2013
FICHA TÉCNICA
Título: Manual de Controlo Interno do IPCA
Edição: 05.00
Ano: 2013
Autoria: Gabinete de Auditoria e Controlo Interno
Data de aprovação: Fevereiro de 2013
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Preâmbulo
A Portaria n.º 794/2000, de 20 de Setembro, que aprovou o POC - Educação,
estabelece no ponto 2.9 que as entidades contabilísticas obrigadas a utilizar o POC -
Educação “(…) adoptarão um sistema de controlo interno, políticas, métodos, técnicas e
procedimentos de controlo, bem como quaisquer outros a definir pelos respectivos órgãos
de gestão.”
Refere ainda que “(…) o sistema de controlo interno a adoptar pela instituição,
compreende um conjunto de procedimentos tendentes a garantir:
a. A salvaguarda dos activos;
b. O registo e actualização do imobilizado da Entidade;
c. A legalidade e a regularidade das operações;
d. A integralidade e exactidão dos registos contabilísticos;
e. A execução dos planos e políticas superiormente definidos;
f. A eficácia da gestão e a qualidade da informação;
g. A imagem fiel das demonstrações financeiras.”
Para além da definição dos objetivos do controlo interno, o POC - Educação refere
também no seu ponto 2.9.3, que o controlo interno deverá incluir princípios básicos, a
seguir mencionados, que lhe dão consistência:
a) Segregação de funções, de forma a evitar que sejam atribuídas à mesma
pessoa duas ou mais funções concomitantes, com o objetivo de impedir ou
dificultar a prática de erros ou irregularidades ou a sua dissimulação;
b) Controlo das operações, consistindo na verificação ou conferência das
operações, que de acordo com o princípio da segregação de funções deve ser feita
por pessoa (s) diferente (s) que interveio na sua realização ou registo;
c) Definição de autoridade e de responsabilidade, nomeadamente níveis de
autoridade e de responsabilidade em relação a qualquer operação;
d) Pessoal qualificado, competente e responsável, devendo ter habilitações
literárias e técnicas necessárias e a experiencia profissional adequada ao
exercício das funções que lhe são atribuídas;
e) Registo metódico dos factos, devendo ter em conta a observância das regras
contabilísticas aplicáveis e os comprovantes ou documentos justificativos;
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f) Outros princípios: todas as operações devem ser autorizadas; o pessoal de
cada departamento deve ser sujeito a rotações periódicas entre si; todos os
resultados deverão ser adequadamente avaliados e deverá ser facultada
formação permanente ao pessoal.
Em consequência da conjuntura económica portuguesa e implementação de novos
mecanismos para tentar combater a mesma, tem sido implementada com regularidade
novas regras através de publicação em Diário da República e normas internas, pelo
que persiste a necessidade de reformar o atual Manual de Controlo Interno.
Do exposto é aprovado a 5ª versão do Manual de Controlo Interno do Instituto
Politécnico do Cávado e do Ave o qual se rege pelas seguintes normas:
Artigo 1.º
Objetivos e âmbito de aplicação
1. A elaboração do Manual de Controlo Interno - MCI visa dar cumprimento ao
estipulado no ponto 2.9 – “Sistema de Controlo Interno” do POC – Educação, aprovado
pela Portaria n.º 794/2000, de 20 de Setembro, promovendo uma adequada
uniformização dos princípios e procedimentos contabilísticos, com vista a uma correta
administração dos recursos financeiros públicos, segundo critérios da legalidade,
economia, eficiência e eficácia.
2. O presente MCI estabelece as regras gerais que disciplinam todas as operações
relativas à gestão do IPCA e respetivos Serviços e Unidade Orgânicas, nas suas
diversas vertentes, nomeadamente, administrativa, financeira, orçamental,
contabilística, patrimonial, aquisição de bens e serviços, locações e empreitadas.
3. Os dirigentes e responsáveis do IPCA, dos Serviços e das Unidades Orgânicas,
deverão implementar e fazer cumprir as normas definidas no presente MCI.
4. O presente MCI aplica-se aos SAS apesar da sua autonomia financeira,
consagrados nos estatutos do IPCA, devendo, no entanto, ter um Manual de
Procedimentos próprio, conforme estabelecido no artigo 10.º.
Artigo 2.º
Objeto
1. O MCI integra os procedimentos de controlo interno na área de receita, despesa,
operações de tesouraria, cadastro e inventário dos bens, auditoria interna e anexos ao
presente manual, designadamente:
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i. Despesas com pessoal;
ii. Despesas com Locação ou Aquisição de Bens e /ou Serviços;
iii. Despesas com contratos de tarefa e avença;
iv. Despesas com empreitadas;
v. Despesas por fundo de maneio;
vi. Subsídios.
2. São igualmente matérias referidas no presente MCI, os procedimentos de receita,
de registo na contabilidade patrimonial, garantias e cauções, prestação de contas,
gestão do património, contabilidade analítica.
Artigo 3.º
Definição de funções de controlo
Na definição das funções de controlo e na nomeação dos respetivos responsáveis deve
atender-se:
a. À identificação das responsabilidades funcionais;
b. Aos circuitos obrigatórios dos documentos e às respetivas verificações;
c. Ao cumprimento dos princípios da segregação de funções, nomeadamente
para salvaguardar a separação entre o controlo físico e o processamento dos
correspondentes registos.
Artigo 4.º
Identificação funcional dos documentos administrativos
Os documentos escritos que integram processos administrativos, todos os despachos e
informações sobre eles exarados e os documentos do sistema contabilístico devem
sempre identificar os dirigentes, data e demais colaboradores que os subscrevem, bem
como a qualidade em que o fazem, de forma legível, referindo a delegação de
competências sempre que aplicável e relevante fundamentação.
Artigo 5.º
Órgãos e Responsáveis
Por Despacho do Presidente do IPCA são identificados os órgãos e os responsáveis de
cada procedimento referido no MCI.
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Artigo 6.º
Princípios, regras e procedimentos da despesa
1. Devem ser observados os princípios orçamentais, contabilísticos e patrimoniais,
bem como todos os procedimentos contabilísticos estabelecidos no POC - Educação
e demais legislação aplicável.
2. As várias fases da execução orçamental da despesa são definidas no Decreto-Lei n.º
115/92, de 28 de Julho e Lei n.º 8/2012, de 21 de Fevereiro nos seguintes termos:
i. Registo do Cabimento prévio (artigo 13.º, do Decreto-Lei n.º 115/92) – “Para a
assunção de compromissos, devem os serviços e organismos adoptar um registo
de cabimento prévio do qual constem os encargos prováveis.”
ii. Registo do Compromisso (artigo 5.º da Lei 8/2012, de 21 de Fevereiro)
iii. Requisitos Gerais (n.º 1 do artigo 22.º, do Decreto-Lei n.º 115/92) – “A
autorização de despesas fica sujeita à verificação dos seguintes requisitos:
a. Conformidade legal;
b. Regularidade financeira;
c. Economia, eficiência e eficácia”
iv. Processamento (artigo 27.º, do Decreto-Lei n.º 115/92) – “O processamento é a
inclusão em suporte normalizado dos encargos legalmente constituídos, por forma
que se proceda à sua liquidação e pagamento.”
v. Liquidação (artigo 28.º, do Decreto-Lei n.º 115/92) – “Após o processamento, os
serviços e organismos determinarão o montante exato da obrigação que nesse
momento se constitui, a fim de permitir o respetivo pagamento.”
vi. Autorização de pagamento (artigo 29.º, do Decreto-Lei n.º 115/92) – “ 1- A
autorização e a emissão dos meios de pagamento competem ao dirigente do
serviço ou organismo, com possibilidade de as delegar e subdelegar. 2- Dada a
autorização e emitidos os respectivos meios de pagamento, será efectuado
imediatamente o respectivo registo.”
Artigo 7.º
Princípios, regras e procedimentos da receita
Devem ser observados os princípios orçamentais bem como a demais legislação
aplicável nesta matéria, nomeadamente:
i. Verificação da inscrição orçamental (nenhuma receita poderá ser cobrada sem
antes ter sido inscrita no orçamento);
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ii. Liquidação através da emissão da fatura;
iii. Cobrança, emissão de recibo.
Artigo 8.º
Princípios orçamentais
Tendo em vista a elaboração e a execução do orçamento do Instituto, deverão ser
tomados em consideração os seguintes princípios orçamentais:
a. Princípio da anualidade - Os montantes previstos no orçamento são anuais,
coincidindo o ano económico com o ano civil;
b. Princípio da plenitude (unidade e universalidade) - O orçamento é único e
todas as despesas e receitas devem nele ser inscritas, em termos globais;
c. Princípio do equilíbrio - O orçamento prevê os recursos necessários para cobrir
todas as despesas;
d. Princípio da especificação - O orçamento deverá discriminar suficientemente
todas as despesas e receitas;
e. Princípio da não compensação - Todas as despesas e receitas deverão ser
inscritas pela sua importância integral, sem deduções de qualquer natureza;
f. Princípio da não consignação - O produto de quaisquer receitas não pode ser
afeto à cobertura de determinadas despesas.
Artigo 9.º
Princípios contabilísticos
A aplicação dos princípios contabilísticos fundamentais abaixo descritos deve levar à
obtenção de uma imagem verdadeira e adequada da situação financeira, dos
resultados e da execução orçamental do Instituto:
a. Princípio da entidade contabilística - Constitui entidade contabilística todo o
ente público ou de direito privado que esteja obrigado a elaborar e apresentar
contas de acordo com o POC – Educação;
b. Princípio da continuidade - Considera-se que a entidade opera
continuadamente, com duração ilimitada;
c. Princípio da consistência - Considera-se que a entidade não altera as suas
políticas contabilísticas de um exercício para o outro. Se o fizer e a alteração
tiver efeitos materialmente relevantes, esta deve ser referida de acordo com o
anexo às demonstrações financeiras;
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d. Princípio da especialização (ou do acréscimo) - Os proveitos e os custos são
reconhecidos quando obtidos ou incorridos, independentemente do seu
recebimento ou pagamento, devendo incluir-se nas demonstrações financeiras
dos períodos a que respeitem;
e. Princípio do custo histórico - Os registos contabilísticos devem basear-se em
custos de aquisição ou de produção, quer a valores monetários nominais, quer a
valores monetários constantes;
f. Princípio da prudência - Significa que é possível integrar nas contas um grau
de precaução ao fazer as estimativas exigidas em condições de incerteza sem,
contudo, permitir a criação de reservas ocultas ou provisões excessivas ou a
deliberada quantificação de ativos e proveitos por defeito ou de passivos e custos
por excesso;
g. Princípios da materialidade - As demonstrações financeiras devem evidenciar
todos os elementos que sejam relevantes e que possam afetar avaliações ou
decisões pelos utentes interessados;
h. Princípio da não compensação - Como regra geral, não se deverão compensar
saldos de contas ativas com contas passivas (balanço), de contas de custos e
perdas com contas de proveitos e ganhos (demonstração dos resultados) e, em
caso algum, de contas de despesas com contas de receitas (mapas de execução
orçamental).
Artigo 10.º
Serviços de Ação Social
1. Compete ao Diretor dos Serviços de Ação Social, propor ao Presidente do IPCA
normas e procedimentos sobre:
a. Bolsas de estudo;
b. Bolsas e prémios de mérito;
c. Alimentação;
d. Controlo de higiene e qualidade de cantinas e bares;
e. Transporte interno de estudantes;
f. Apoio ao associativismo e atividades desportivas e culturais;
g. Subsídios de Emergência.
2. O Manual de Procedimentos dos SAS é submetido à apreciação do Presidente do
IPCA.
3. Compete ao Diretor dos SAS divulgar pelos estudantes, associações e colocar no
sítio do SAS todas as normas em vigor, bem como em todos os meios de
comunicação institucionais.
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Artigo 11.º
Escolas
1. No âmbito da autonomia administrativa, pedagógica e científica, compete a cada
escola elaborar o seu Manual de Procedimentos sobre:
a. Horários dos docentes e atendimento dos estudantes;
b. Faltas, férias e licenças;
c. Sumários, textos de apoio;
d. Marcação de exames, júris;
e. Gestão de material e de espaços.
2. O Manual de Procedimentos de cada escola é submetido à apreciação do Presidente
do IPCA.
3. Compete ao Diretor de cada escola divulgar pelos estudantes, associações e colocar
no sítio do IPCA todas as normas em vigor.
Artigo 12.º
Responsabilidade Financeira
O artigo 11.º da Lei n.º 8/2012, de 21 fevereiro, que aprova as regras aplicáveis à
assunção de compromissos e aos pagamentos em atraso das entidades públicas,
refere que “ Os titulares de cargos políticos, dirigentes, gestores ou responsáveis pela
contabilidade que assumam compromissos em violação do previsto na presente lei
incorrem em responsabilidade civil, criminal, disciplinar e financeira, sancionatória e ou
reintegratória, nos ternos da lei em vigor.”. Para o efeito, tem responsabilidades
financeiras:
a. O Presidente do IPCA, em todas as autorizações para a realização de
despesas, exceto as autorizações delegadas, nomeadamente as despesas pagas
por Fundo de Maneio;
b. Os responsáveis pelos Fundos de Maneio;
c. Os membros do Conselho de Gestão que autorizam os pagamentos das
despesas;
d. A Chefe da Divisão Administrativa e Financeira na informação do cabimento,
existência de fundo disponível e numeração dos compromissos.
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Artigo 13.º
Violação do Manual de Controlo Interno
Por atos que contrariem o preceituado no presente MCI, respondem, diretamente, os
responsáveis dos serviços por si e pelos seus subordinados, sem prejuízo de posterior
responsabilidade pessoal e disciplinar do autor do ato.
Artigo 14.º
Alterações e casos omissos
1. O presente Manual pode ser alterado por deliberação do Presidente do IPCA,
sempre que razões de eficiência e eficácia o justifiquem, assim como dúvidas de
interpretação e os casos omissos.
2. As alterações ao MCI devem ser divulgadas no dia útil seguinte à sua deliberação.
Artigo 15.º
Entrada em vigor e revogação
O presente manual foi aprovado em reunião do Conselho de Gestão de 4 de fevereiro
de 2013
O Manual de Controlo Interno, entra em vigor no dia seguinte à sua aprovação,
revogando o aprovado em 16 de Maio de 2012.
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Índice
PARTE I – Disposições Gerais .................................................................................................... 19
I. 1. Natureza jurídica ......................................................................................................... 19
I. 2. Estrutura organizacional ............................................................................................. 20
PARTE II – Enquadramento geral do Sistema de Controlo Interno .............................................. 25
II. 1. Justificação ................................................................................................................. 25
II. 2. Controlo interno .......................................................................................................... 26
II. 3. Normas de auditoria .................................................................................................... 27
II. 4. Limitações ................................................................................................................... 27
II. 5. Comissão de Prevenção e Corrupção ............................................................................ 28
PARTE III – Princípios e Regras Orçamentais ............................................................................. 29
III. 1. Princípios orçamentais ................................................................................................ 29
III. 1.2. Instrumentos de Gestão ( artigo 11.º) ........................................................................ 29
III. 1.3. Publicidade ( artigo 12.º) ........................................................................................... 29
III. 2. Regras orçamentais ..................................................................................................... 30
III. 2.1. Execução do orçamento de despesas......................................................................... 30
III. 2.2. Execução do orçamento de receitas........................................................................... 30
III. 2.3. Responsabilidades .................................................................................................... 31
III. 3. Princípios Contabilísticos ............................................................................................ 31
PARTE IV – Norma de Controlo Interno ...................................................................................... 32
IV. 1. Gestão de Pessoal ........................................................................................................ 32
IV. 2. Documentos previsionais ............................................................................................. 32
IV. 2.1. Plano de atividades .................................................................................................. 33
IV. 2.2. Mapa de pessoal ....................................................................................................... 34
IV. 2.3. Orçamento ............................................................................................................... 34
IV. 2.4. Balanço previsional .................................................................................................. 35
IV. 2.5. Demonstração de resultados individual e consolidado .............................................. 35
IV. 2.6. Quadro de avaliação e responsabilização - QUAR ..................................................... 35
IV. 3. Execução do orçamento e contabilidade orçamental ..................................................... 36
IV. 3.1. Regras gerais ........................................................................................................... 36
IV. 3.2. Operações de despesa .............................................................................................. 37
I.V. 4. Despesa com Pessoal ...................................................................................................... 38
IV. 4.1. Objetivo .................................................................................................................... 39
IV. 4.2. Âmbito de aplicação .................................................................................................. 39
IV. 4.3. Legislação ................................................................................................................. 39
IV. 4.4. Princípios gerais ....................................................................................................... 40
IV. 4.5. Procedimentos .......................................................................................................... 40
IV. 4.5.1. Remunerações .................................................................................................... 40
IV. 4.5.2. Redução remuneratória ....................................................................................... 41
IV. 4.5.3. Imposto sobre o rendimento de pessoas singulars (IRS) ....................................... 42
IV. 4.5.4. Fluxograma sobre processo de remunerações ...................................................... 42
IV. 4.5.5. Faltas ................................................................................................................. 45
IV. 4.5.6. Férias ................................................................................................................. 48
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IV. 4.5.7. Proteção Social dos trabalhadores em funções públicas ....................................... 51
IV. 4.5.8. Ajudas de custo .................................................................................................. 54
IV.5. Despesa com Aquisição ou Locação de Bens e Aquisição de Serviços ................................. 61
IV. 5.1. Objetivo .................................................................................................................... 62
IV. 5.2. Âmbito de aplicação .................................................................................................. 62
IV. 5.3. Legislação ................................................................................................................. 62
IV. 5.4. Princípios gerais ....................................................................................................... 62
IV. 5.5. Procedimentos .......................................................................................................... 66
IV. 5.5.1. Critério da escolha do procedimento em função do valor ...................................... 66
IV. 5.5.2. Peças do procedimento ........................................................................................ 67
IV. 5.6. Ajuste direto ............................................................................................................. 67
IV. 5.7. Concurso público -conceito e modalidade ................................................................. 74
IV. 5.8. Contrato ................................................................................................................... 76
IV. 5.9. Procedimentos de Pagamento ................................................................................... 76
IV. 5.10. Exceção às regras de pagamento-regime simplificado (artigo 128.º do CCP) ............. 77
IV.6. Despesa com Empreitadas ................................................................................................ 79
IV. 6.1. Objetivo .................................................................................................................... 80
IV. 6.2. Âmbito de aplicação .................................................................................................. 80
IV. 6.3. Legislação ................................................................................................................. 80
IV. 6.4. Princípios gerais ....................................................................................................... 81
IV. 6.5. Conceito ................................................................................................................... 81
IV. 6.6. Procedimentos pré-contratuais ................................................................................. 82
IV. 6.7. Procedimentos a adotar após celebração do contrato ................................................ 83
IV.7. Contrato de tarefa e Avença .............................................................................................. 87
IV. 7.1. Objetivo .................................................................................................................... 88
IV. 7.2. Âmbito de aplicação .................................................................................................. 88
IV. 7.3. Legislação ................................................................................................................. 88
IV. 7.4. Conceito ................................................................................................................... 88
IV. 7.5. Regras e procedimentos gerais dos contratos de tarefa para atividade docente .......... 89
IV. 7.6. Regras e procedimentos nos contratos de tarefa e avença para outras atividades ...... 94
IV.8. Despesas por Fundo Maneio ............................................................................................. 97
IV. 8.1. Objetivo .................................................................................................................... 98
IV. 8.2. Âmbito de aplicação .................................................................................................. 98
IV. 8.3. Legislação ................................................................................................................. 98
IV. 8.4. Conceito ................................................................................................................... 98
IV. 8.5. Natureza das despesas realizadas e pagas ................................................................ 98
IV. 8.6. Admissibilidade da realização e pagamento de despesas ........................................... 99
IV. 8.7. Fases ...................................................................................................................... 100
IV. 8.7.1. Constituição ...................................................................................................... 100
IV. 8.7.2. Reconstituição .................................................................................................. 101
IV. 8.7.3. Reposição .......................................................................................................... 102
IV. 8.8. Fundo de Emergência ............................................................................................. 102
IV. 8.9. Prestação anual de contas dos Fundos de Maneio ................................................... 102
IV.9. Subsídios ........................................................................................................................ 105
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IV. 9.1. Objetivo da norma .................................................................................................. 106
IV. 9.2. Âmbito de aplicação ................................................................................................ 106
IV. 9.3. Requisitos substanciais .......................................................................................... 106
IV. 9.4. Requisitos formais .................................................................................................. 106
IV. 9.5. Autorização e Publicitação ...................................................................................... 107
IV. 9.6. Procedimentos ........................................................................................................ 107
IV.10. Operações de Receitas ................................................................................................... 108
IV. 10.1. Objetivo ................................................................................................................ 109
IV. 10.2. Serviços que geram receita.................................................................................... 109
IV. 10.3. Meios de cobrança e postos de cobrança ............................................................... 110
IV. 10.4. Tabela de emolumentos ........................................................................................ 111
IV. 10.5. Entrega da Receita................................................................................................ 111
IV. 10.6. Registo contabilístico ............................................................................................ 113
IV. 10.7. Arquivo do processo de arrecadação da receita...................................................... 113
IV. 10.8. Controlo de Receita ............................................................................................... 113
IV.11. Regras gerais de controlo da Tesouraria ........................................................................ 114
IV. 11.1. Funções da Tesouraria ......................................................................................... 115
IV. 11.2. Abono para falhas................................................................................................. 116
IV.12. Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso ............................................................ 117
IV. 12.1. Conceitos ............................................................................................................. 118
Compromissos ............................................................................................................... 118
Compromissos plurianuais ............................................................................................ 119
Passivos......................................................................................................................... 119
Contas a pagar .............................................................................................................. 119
Pagamentos em atraso ................................................................................................... 120
Fonte: Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso, explicada ...................................... 120
Fundos disponíveis ........................................................................................................ 121
IV. 12.2. Contas criadas ..................................................................................................... 121
IV.13.Contabilidade Patrimonial .............................................................................................. 123
IV. 13.1. Princípios gerais ................................................................................................... 124
IV. 13.2. Bancos e caixa ...................................................................................................... 124
IV. 13.3.Dívidas a receber ................................................................................................... 124
IV. 13.4. Dívidas a pagar..................................................................................................... 125
IV. 13.5. Existências ........................................................................................................... 125
IV. 13.6. IVA ....................................................................................................................... 126
IV. 13.7. IRS ....................................................................................................................... 127
IV.14. Garantia e Caução ........................................................................................................ 128
IV. 14.1. Objetivo ................................................................................................................ 129
IV. 14.2. Âmbito de aplicação .............................................................................................. 129
IV. 14.3. Procedimentos ...................................................................................................... 129
IV. 14.4.Garantias e Cauções .............................................................................................. 129
IV. 14.5. Regime aplicável à liberação de cauções ................................................................ 131
IV. 14.6. Regime excecional e temporário aplicável à liberação de cauções (Decreto-lei n.º 190/2012, de 22 de agosto) ................................................................................................ 132
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IV.15. Prestação de Contas ...................................................................................................... 134
IV. 15.1. Objetivo ................................................................................................................ 135
IV. 15.2. Trabalhos de fim de exercício ................................................................................ 135
IV. 15.3. Prestação de Contas ............................................................................................. 136
IV. 15.4. Consolidação de Contas ........................................................................................ 137
IV 15.5. Relatório de Atividades ......................................................................................... 137
IV. 15.6. Relatório de Gestão ............................................................................................... 137
IV.16. Gestão do Património .................................................................................................... 140
IV. 16.1. Objetivo ................................................................................................................ 141
IV. 16.2. Âmbito de aplicação .............................................................................................. 141
IV. 16.3. Princípios gerais ................................................................................................... 141
IV. 16.4. Inventário e cadastro ............................................................................................ 141
IV 16.5. Gestão e manutenção dos edifícios e mobiliário ..................................................... 144
IV. 16.6. Gestão das viaturas .............................................................................................. 144
IV. 16.7. Seguros ................................................................................................................ 147
IV.17. Contabilidade Analítica ................................................................................................. 148
IV. 17.1. Objetivos .............................................................................................................. 149
IV. 17.2. Modelo de contabilidade analítica no IPCA ............................................................ 149
IV. 17.3. Conceitos ............................................................................................................. 150
IV. 17.4. Exercício económico ............................................................................................. 150
IV. 17.5. Plano de contas .................................................................................................... 150
IV. 17.6. Apuramento de custos e proveitos ........................................................................ 151
IV. 17.7. Custos diretos ...................................................................................................... 151
IV. 17.8. Custos com o pessoal ........................................................................................... 151
IV. 17.9. Custos com funcionamento .................................................................................. 152
IV. 17.10. Amortizações do exercício ................................................................................... 152
IV. 17.11. Custos indiretos ................................................................................................. 153
IV. 17.12. Proveitos ............................................................................................................. 153
IV. 17.13.Procedimento de controlo ..................................................................................... 154
IV. 17.14. Regulamento ...................................................................................................... 154
PARTE V – Modelos ................................................................................................................. 155
Ajudas de Custo ................................................................................................................. 156
Boletim itinerário ............................................................................................................... 157
Proposta de contrato de prestação de serviços de formação ................................................. 159
Proposta de Ajudas de Custo para comparticipação de alojamento e deslocações ................ 162
Minuta de contrato de prestação de serviços ....................................................................... 163
Declaração de aceitação dos termos do contrato ................................................................. 168
Ficha de identificação do formador ..................................................................................... 169
Prestação de serviços de formação (autorização de pagamento) ........................................... 170
Constituição de Fundo de Maneio ....................................................................................... 171
Reconstituição/reposição do Fundo de Maneio ................................................................... 172
Constituição do Fundo de Emergência ................................................................................ 173
Manual de Controlo Interno
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Índice de Quadros, Fluxogramas, Tabelas e Figuras
Quadros
Quadro 1 - Órgãos de governo do IPCA .................................................................... 20
Quadro 2 - Órgãos de natureza consultiva do IPCA .................................................. 20
Quadro 3 - Elaboração dos mapas previsionais ........................................................ 33
Quadro 4 - Proposta (levantamento de necessidades) ............................................... 63
Quadro 5 – Valor do procedimento .......................................................................... 66
Quadro 6 - Peças do procedimento (artigo 40.º do CCP) ........................................... 67
Quadro 7 – Modalidades.......................................................................................... 68
Quadro 8 - Definições ........................................................................................... 120
Quadro 9 - Contas criadas .................................................................................... 122
Fluxogramas
Fluxograma 1 – Remunerações ................................................................................ 43
Fluxograma 2 – Faltas ............................................................................................. 46
Fluxograma 3 - Assiduidade .................................................................................... 47
Fluxograma 4 - Marcação de férias .......................................................................... 49
Fluxograma 5 - Alteração de férias .......................................................................... 50
Fluxograma 6 - ADSE (inscrição) ............................................................................. 52
Fluxograma 7 - ADSE (reembolso) ........................................................................... 53
Fluxograma 8 - Pedido de ajudas de custo ............................................................... 56
Fluxograma 9 - Boletim itinerário ............................................................................ 57
Fluxograma 10 -Registos associados ....................................................................... 68
Fluxograma 11 - Procedimentos do regime simplificado ........................................... 70
Fluxograma 12 - Procedimentos regime geral ........................................................... 71
Fluxograma 13 - Regime geral (procedimentos do CCP) ............................................ 72
Fluxograma 14 - Concurso público (procedimentos do CCP) ..................................... 74
Fluxograma 15 - Fatura, fatura-recibo, fatura simplificada/Pagamento .................... 77
Fluxograma 16 - Proposta de contratação ................................................................ 92
Fluxograma 17 – Contrato de prestação de serviços ................................................. 93
Fluxograma 18 - Autorização de pagamento ............................................................ 93
Fluxograma 19 - Pagamento de prestação de serviços .............................................. 94
Fluxograma 20 - Constituição do Fundo de Maneio ............................................... 103
Fluxograma 21 - Reconstituição do Fundo de Maneio ............................................ 104
Fluxograma 22 - Reposição final do Fundo de Maneio ............................................ 104
Fluxograma 23 - Receita ....................................................................................... 112
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Tabelas
Tabela 1 - Valores de ajudas de custo 2013 ............................................................. 59
Tabela 2 - Valores de subsídio de transporte 2013 ................................................... 60
Tabela 3- Indicadores orçamentais ........................................................................ 138
Tabela 4 - Indicadores económicos ........................................................................ 139
Tabela 5 - Indicadores patrimoniais ....................................................................... 139
Tabela 6 - Custos/critérios de imputação .............................................................. 152
Figuras
Figura 1 - Organograma geral do IPCA .................................................................... 21
Figura 2 - Organograma dos Serviços Centrais do IPCA ........................................... 22
Figura 3 - Organograma dos Serviços de Ação Social ............................................... 22
Figura: 4 - Segregação de funções ........................................................................... 44
Figura 5 - Deslocações diárias ................................................................................. 54
Figura 6 - Deslocações por dias sucessivas .............................................................. 55
Figura 7 - Contas a pagar ..................................................................................... 120
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Relação de Siglas
SIGLAS DESIGNAÇÃO
ADSE Proteção Social aos trabalhadores em funções públicas
ANCP Agência Nacional de Compras Públicas, E.P.E.
APNOR Associação de Politécnicos do Norte
AQ Acordo Quadro
CCP Código dos Contratos Públicos
CET Curso de Especialização Tecnológica
CCISP Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos
CGA Caixa geral de Aposentações
CGD Caixa Geral de Depósitos
CIBE Cadastro e Inventário dos Bens do Estado
CPA Código de Procedimento Administrativo
DA Divisão Académica
DAF Divisão Administrativa e Financeira
DAF-CGF Divisão Administrativa e Financeira – Contabilidade e Gestão Financeira
DGO Direção Geral do Orçamento
DGES Direção Geral do Ensino Superior
DR Diário da República
DRH Divisão de Recursos Humanos
ESG Escola Superior de Gestão
ESPAP Entidade de Serviços Partilhado da Administração Pública, I.P
EST Escola Superior Tecnologia
FM Fundo de Maneio
FU Fiscal Único
FCT Fundação da Ciência e Tecnologia
FSE Fundo Social Europeu
GACI Gabinete de Auditoria e Controlo Interno
GAGI Gabinete de Aprovisionamento e Gestão de Infraestruturas
GAP Gabinete de apoio à Presidência
G3E Gabinete de apoio ao Emprego, Empreendorismo e ligação às Empresas
IGCP-TEI Instituto de Gestão da Tesouraria do Crédito Público -Transferência
Eletrónica Interbancária
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SIGLAS DESIGNAÇÃO
IPCA Instituto Politécnico do Cávado e do Ave
IRS Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares
IVA Imposto sobre o Valor Acrescentado
JOUE Jornal Oficial da União Europeia
LVCR Lei de Vínculos, Carreiras e Remunerações
MEC Ministério da Educação e Ciência
MCI Manual de Controlo Interno
MP Manual de Procedimentos
MCTES Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
OE Orçamento de Estado
PAEF Programa de Assistência Económica e Financeira
PCI Processo de Controlo Interno
PEC Plano de Estabilidade e Crescimento
PIDDAC Plano de Investimento e Despesas de Desenvolvimento da Administração
Central PLC Pedido de Libertação de Crédito
POC Plano Oficial de Contabilidade
POC-EDU Plano Oficial de Contabilidade para o Setor da Educação
PRODEP Programa de Desenvolvimento Educativo para Portugal
PROTEC Programa de Apoio à Formação Avançada de Docentes do Ensino Superior
Politécnico
QUAR Quadro de Avaliação e Responsabilização
RBIDES Registo Biográfico de Docentes do Ensino Superior
RCTFP Regime do Contrato de Trabalho em Funções Públicas
RJIES Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior
SAS Serviços de Ação Social
SC Serviços Centrais
SCI Sistema de Controlo Interno
SIADAP Sistema Integrado de Avaliação do Desempenho da Administração Pública
SIBS Sociedade Interbancária de Serviços
UE União Europeia
UO Unidades Orgânicas
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PARTE I – DISPOSIÇÕES GERAIS
I. 1. Natureza jurídica
O Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA), é uma instituição de ensino
superior público, criada pelo Decreto-Lei n.º 304/94, de 19 de Dezembro, e integra
duas unidades orgânicas de ensino e investigação: a Escola Superior de Gestão (ESG)
e a Escola Superior de Tecnologia (EST).
O IPCA, enquanto instituição de ensino superior, obedece ao disposto no Regime
Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES), aprovado pela Lei n.º 62/2007,
de 10 de Setembro, que regula, designadamente, a sua constituição, atribuições e
organização, o funcionamento e competência dos seus órgãos e, ainda, a tutela e
fiscalização pública do Estado sobre a mesma, no quadro da sua autonomia. Para a
prossecução da sua missão e atribuições, o IPCA dispõe dos meios humanos para o
seu desempenho, incluindo pessoal docente e não docente.
Os seus estatutos definitivos foram homologados pelo Ministro da Ciência, Tecnologia
e Ensino Superior, através da publicação na 2.ª série do Diário da República do
Despacho Normativo n.º 21/2010, de 22 de Julho de 2010, entrando em vigor no dia
seguinte ao da sua publicação.
O IPCA terminou o regime de instalação em 03 de Junho de 2010 com a efetiva
entrada em função do Presidente do IPCA estatutariamente eleito, homologado a 16 de
Maio de 2011, pelo Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, ao abrigo do
disposto na alínea d) do n.º 2 do artigo 27.º do RJIES, publicitado em Diário da
República, 2.ª série, n.º 101, de 25 de Maio de 2011.
Os Serviços de Ação Social do IPCA passaram a ter autonomia financeira desde
01/01/2011, data em que é atribuído a este serviço dotação orçamental autónoma do
IPCA e código de Serviço atribuído pela DGO.
A natureza jurídica e autonomia do IPCA são definidas no artigo 5.º dos seus
estatutos, referindo que o IPCA é uma pessoa coletiva de direito público, goza de
autonomia estatutária, cultural, científica, pedagógica, patrimonial, administrativa,
financeira e disciplinar, nos termos da lei.
Em tudo o que não contrariar o disposto no RJIES e demais leis especiais, o IPCA está
sujeito ao regime aplicável às demais pessoas coletivas de direito público de natureza
administrativa, designadamente a lei quadro dos institutos públicos.
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I. 2. Estrutura organizacional
1. Institucionalmente o IPCA organiza-se nos termos definidos nos seus estatutos,
nomeadamente no seu artigo 13.º, estabelecendo que para a concretização da sua
missão o IPCA organiza-se internamente da seguinte forma:
a. Unidades orgânicas de ensino e de investigação, designadas por escolas;
b. Unidades orgânicas de investigação, não integradas em escolas;
c. Serviços de ação social (SAS);
d. Unidade de ensino à distância;
e. Unidade funcional para os cursos de especialização tecnológica.
2. O IPCA dispõe de órgãos de governo próprio e órgãos de natureza consultiva, nos
termos da lei e dos seus estatutos (artigo 78.º do RJIES e artigo 14.º dos estatutos).
Quadro 1 - Órgãos de governo do IPCA
Órgãos Competências definidas nos
estatutos
Conselho Geral Artigo 16.º
Presidente Artigo 38.º
Conselho de Gestão Artigo 41.º
Quadro 2 - Órgãos de natureza consultiva do IPCA
Órgãos Competências definidas nos
estatutos
Conselho Académico Artigo 43.º
Conselho para avaliação e
qualidade
Artigo 45.º
Provedor estudante Artigo 46.º
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Figura 1 - Organograma geral do IPCA
Fonte: Despacho (PR) nº 98/2012, de 06 de agosto.
3. A estrutura e a organização dos serviços existentes no IPCA, bem como a
articulação das responsabilidades dos serviços com as diferentes unidades orgânicas,
com o objetivo no alcance da sua missão institucional, é aprovado o Regulamento
Orgânico dos Serviços Centrais do IPCA através do Despacho (PR) n.º 99/2012, de 06
de agosto, representado através do seguinte organograma.
Conselho Técnico-Científico
Conselho Pedagógico
Direção
Departamentos Centros de Investigação
ADMINISTRADOR
SERVIÇOS
UNIDADE
FUNCIONAL
PARA CET Escolas
Serviços de Ação
Social
Unidade de Ensino à Distância
Unidades de Investigação não
integradas
Unidade Funcional
Presidência Conselho Académico
Conselho de Avaliação e Qualidade
Provedor do Estudante
Conselho de Gestão
Administrador
Serviços
Conselho Geral
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Figura 2 - Organograma dos Serviços Centrais do IPCA
Fonte: Despacho (PR) nº 99/2012, de 06 de agosto.
4. Os Serviços de Ação Social do IPCA têm por finalidade a execução das políticas de
ação social de modo a proporcionar a todos os estudantes, sobretudo aos socialmente
desfavorecidos, melhores condições de estudo, através de apoios e prestações de
serviços, tais como, alimentação, serviços de saúde, apoio a atividades culturais e
recreativas, entre outros. A estrutura orgânica é representada da seguinte forma:
Figura 3 - Organograma dos Serviços de Ação Social
Presidência
Conselho de
Gestão
Gabinete de Apoio à Presidência
Gabinete de Assessoria Jurídica
Gabinete de Comunicação e Imagem
Gabinete de Auditoria e Controlo Interno
Gabinete para Avaliação
e Qualidade
Gabinete de Relações
Internacionais
G3E s
Divisão Administrativa e Financeira
Divisão de Recursos Humanos
Administrador
Gabinete de aprovisionamento e gestão de
infraestruturas
Biblioteca
Divisão Académica
Gabinete de Sistemas de Informação
Presidente do IPCA
Diretor dos SAS Conselho de Ação Social
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5. São competências do Diretor dos SAS, de acordo com o n.º 1 do artigo 68.º dos
Estatutos do IPCA, a gestão corrente dos serviços.
São ainda competências do Diretor dos SAS:
a. Colaborar com o Presidente do IPCA na elaboração da proposta de orçamento,
do plano de atividades e mapa de pessoal;
b. Colaborar com o Presidente do IPCA na elaboração da proposta da missão e
dos objetivos do serviço no âmbito do SIADAP;
c. Colaborar com o Presidente do IPCA na elaboração do relatório de atividades e
de contas.
O Presidente e o Conselho de Gestão do IPCA poderão delegar no Diretor dos SAS as
competências que considerem adequadas ao melhor funcionamento dos serviços,
nomeadamente:
a. Atribuição de apoios no quadro da ação social escolar:
i. Regras, procedimentos e operações técnicas tendentes a determinar o
cálculo das bolsas de estudo, dos complementos a atribuir aos estudantes
deslocados e não deslocados e a atribuição dos auxílios de emergência
devendo obedecer ao disposto no Regulamento de atribuições de bolsa a
estudantes de estabelecimentos do Ensino Superior Público, nas regras e
procedimentos técnicos para o cálculo de bolsas de estudo da DGES e na
Lei;
ii. Publicitação no sítio da internet do IPCA as referidas regras e
procedimentos;
iii. Elaborar e enviar à DGES as listas mensais dos apoios atribuídos;
iv. Controlar a dotação atribuída pela DGES e informar atempadamente sobre
a previsão de saldo negativo e a consequente necessidade de reforço
orçamental para atribuição de bolsas.
b. Execução dos planos aprovados;
c. Cumprimento das obrigações previstas nos contratos celebrados, no âmbito
das funções da ação social escolar;
d. Elaboração do plano e relatório de atividades;
e. Prestar as informações legalmente exigidas no que diz respeito à execução
orçamental, patrimonial, gestão dos recursos humanos, elaboração do mapa de
pessoal e avaliação do pessoal afeto aos serviços.
6. Face à homologação dos Estatutos do IPCA a 22 de Julho de 2010, os SAS gozam a
partir de 1 de Janeiro de 2011 de autonomia administrativa e financeira, nos termos e
Manual de Controlo Interno
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âmbito definidos por lei e nos Estatutos, sendo a gestão financeira competência do
Conselho de Gestão, de acordo com o n.º 1 e n.º 2 do artigo 65.º dos Estatutos do
IPCA;
7. Os SAS estão sujeitos à fiscalização exercida pelo fiscal único e as suas contas são
consolidadas com as contas do IPCA.
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PARTE II – ENQUADRAMENTO GERAL DO SISTEMA DE CONTROLO
INTERNO
II. 1. Justificação
O regime da Administração Financeira do Estado, instituído pela Lei de Bases de
Contabilidade Publica, Lei n.º 8/90, de 20 de Fevereiro, e legislação complementar,
nomeadamente o Decreto-Lei n.º 155/92 de 28 de Julho, veio estabelecer uma
adequada uniformização dos princípios e procedimentos contabilísticos, com vista a
uma correta administração dos recursos financeiros públicos, segundo critérios da
legalidade, economia, eficiência e eficácia.
Eficiência, relaciona os recursos utilizados com as atividades desenvolvidas, muitas
vezes denominada de produtividade.
A eficácia, traduz-se na comparação dos efeitos face aos objetivos que foram fixados.
No âmbito desta reforma (Decreto-Lei n.º 155/92, de 28 de Julho), consagra-se um
novo sistema de controlo de gestão, definindo-se como formas de controlo da gestão
orçamental as seguintes:
a. Auto–controlo, pelos órgãos competentes dos próprios serviços e organismos;
b. Controlo interno sucessivo e sistemático, da gestão, designadamente através
de auditorias a realizar aos serviços e organismos;
c. Controlo externo, a exercer pelo Tribunal de Contas.
Refere o POC-Educação:
“2.9 — Sistema de controlo interno”
2.9.1 — As entidades contabilísticas obrigadas a utilizar o POC-Educação adoptarão um
sistema de controlo interno que englobe o plano de organização interno, políticas,
métodos, técnicas e procedimentos de controlo, bem como quaisquer outros a definir
pelos respectivos órgãos de gestão.
2.9.2 — O sistema de controlo interno compreende um conjunto de procedimentos
tendentes a garantir:
a) A salvaguarda dos activos;
b) O registo e actualização do imobilizado da entidade;
c) A legalidade e a regularidade das operações;
Manual de Controlo Interno
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d) A integralidade e exactidão dos registos contabilísticos;
e) A execução dos planos e políticas superiormente definidos;
f) A eficácia da gestão e a qualidade da informação;
g) A imagem fiel das demonstrações financeiras.”
II. 2. Controlo interno
O "Sistema de Controlo Interno" representa todas as políticas e procedimentos
(controlos internos) adotados pela gestão de uma entidade que contribuam para a
obtenção dos objetivos da gestão de assegurar, tanto quanto praticável, a condução
ordenada e eficiente da sua atividade, incluindo a aderência às políticas da gestão, a
salvaguarda ativos, a prevenção e deteção de fraude e erros, o rigor e a plenitude dos
registos contabilísticos, o cumprimento das leis e regulamentos e a preparação
tempestiva de informação financeira credível.
O controlo interno é uma forma que pressupõe a existência de um plano e de sistemas
coordenados destinados a prevenir a ocorrência de erros e irregularidades ou a
minimizar as suas consequências e a maximizar o desempenho da entidade na qual se
insere.
O controlo interno compreende o controlo contabilístico e administrativo.
O controlo contabilístico visa garantir a fiabilidade dos registos contabilísticos, facilitar
a revisão das operações financeiras autorizadas pelos responsáveis e a salvaguarda
dos ativos.
O controlo administrativo compreende o controlo hierárquico e dos procedimentos e
registos relacionados com o processo de tomada de decisões e, portanto, com os
planos, políticas e objetivos definidos pelos responsáveis.
A implementação de um sistema de controlo interno numa entidade pressupõe a
existência de dois requisitos prévios inerentes à atividade gestora: a autorização e
registo das operações realizadas.
A autorização das operações pode assumir forma global e específica. A autorização é
global quando é dada para operações de carácter rotineiro, que não envolvam valores
importantes ou não se integrem em situações específicas.
A autorização é específica quando contempla operações sujeitas a tomadas de decisão,
devidas quer à sua própria natureza, quer às implicações legais e financeiras que a
rodeiam.
Manual de Controlo Interno
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O registo contabilístico, simultaneamente meio de prova e meio de controlo, só
constitui um requisito válido do controlo interno quando está apoiado em documento
justificativo probatório, é exato e completo, e satisfaz as normas legais e as regras
contabilísticas aplicáveis.
II. 3. Normas de auditoria
Decorrendo da sua constituição jurídica, o IPCA obriga-se a adotar e respeitar os
princípios e regras padronizadas nacionalmente e internacionalmente em matéria de
auditoria, uma vez que não existe qualquer regulamentação específica para a
Administração Pública.
Deste modo, o IPCA compatibiliza as suas normas e regulamentos internos com as
normas internacionais de auditoria públicas emanadas pela INTOSAI – International
Organization of Supreme Audit Institutions, pela EUROSAI – European Organization of
Supreme Audit Institutions, e pela IFAC – Internatiobnal Federation of Accountants.
Em matéria de normas nacionais de auditoria pública, o IPCA aplica as normas
técnicas de revisão/auditoria (NTRA), que compreendem normas gerais, de trabalho de
campo e de relato, suplementadas e desenvolvidas por diretrizes de revisão/auditoria e
supletivamente aplicáveis as normas e recomendações de auditoria emitidas pela
IFAC.
Em situação de dúvida na interpretação das normas nacionais e/ou internacionais, o
IPCA recorre as normas do Tribunal de Contas inscritas no Manual de Auditoria e de
Procedimentos (volume I).
II. 4. Limitações
A implementação e manutenção de um SCI são uma das mais importantes
responsabilidades do órgão de gestão de qualquer organização. No entanto, a
existência de um sistema de controlo interno, por mais elaborado que seja, não pode
por si só garantir a integridade e exatidão dos registos contabilísticos.
Independentemente de estar bem concebido e funcionar eficazmente, o controlo
interno pode apenas proporcionar uma segurança aceitável à gestão e ao órgão de
gestão em relação à obtenção dos objetivos de controlo interno da entidade. Deste
modo, não é possível através do sistema de controlo interno, garantir a deteção de
todos os erros.
Resultam algumas limitações a ele inerentes, das quais se salientam:
Manual de Controlo Interno
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i. A segregação de funções dificulta, mas pode não evitar o conluio ou a
cumplicidade;
ii. Os poderes de autorização de operações por parte daqueles a quem os mesmos
foram confiados, podem ser usados de forma abusiva ou arbitrária;
iii. A competência e a integridade do pessoal que executa as funções de controlo
podem deteriorar-se por razões internas ou externas, não obstante os cuidados
postos na sua seleção e formação;
iv. A própria direção do organismo pode em muitos casos ultrapassar ou ladear as
técnicas de controlo por si implantadas;
v. Controlo interno tem em vista geralmente operações correntes, não estando
preparado para as transações pouco usuais;
vi. Por último, a própria existência do controlo só se justifica quando a relação
custo/benefício é positiva, isto é, quando o custo de determinado procedimento
não é desproporcionado relativamente aos riscos que visa cobrir.
II. 5. Comissão de Prevenção e Corrupção
Na sequência da criação do Conselho de Prevenção da Corrupção, através da Lei n.º
54/2008, de 4 de setembro, entidade independente que desenvolve a sua atividade no
domínio da prevenção da corrupção e infrações conexas, foi aprovado no IPCA o Plano
de Gestão de Riscos e Infrações Conexas - PGRCIC em 31 de dezembro de 2009, que
se anexa ao MCI.
O PGRCIC do IPCA tem como fundamento os pilares institucionais, abstratos e
concretos, designadamente:
i. Formação e aspetos gerais sobre os participantes envolvidos;
ii. Identificação de ação de prevenção da corrupção e infrações conexas e de
maximização da diminuição dos inerentes riscos das temáticas envolvidas.
Deste modo, foi criada a Comissão de Prevenção de Corrupção - CPC, composta por 4
elementos, através de Despacho (PR).
Manual de Controlo Interno
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PARTE III – PRINCÍPIOS E REGRAS ORÇAMENTAIS
III. 1. Princípios orçamentais
A Lei de Enquadramento Orçamental (Lei n.º 91/2001, de 20 de Agosto) aplica-se ao
orçamento do estado, que inclui os orçamentos dos serviços que não dispõem de
autonomia administrativa e financeira, dos serviços e fundos autónomos e da
segurança social, bem como às correspondentes contas, estabelecendo no seu artigo
1º as disposições gerais e comuns de enquadramento dos orçamentos e contas de todo
o sector público administrativo, regras e os procedimentos relativos à organização,
elaboração, apresentação, discussão, votação, alteração e execução do Orçamento do
Estado, e a correspondente fiscalização e responsabilidade orçamental e as regras
relativas à organização, elaboração, apresentação, discussão e votação das contas do
estado.
A Lei de Enquadramento Orçamental, define os princípios que devem ser cumpridos
na elaboração do Orçamento, nos seus artigos n.os 4.º a 12.º, designadamente:
i. Anualidade (artigo 4.º);
ii. Unidade e universalidade (artigo 5.º);
iii. Não compensação (artigo 6.º);
iv. Não consignação (artigo 7.º);
v. Especificação (artigo 8.º);
vi. Equilíbrio (artigo 9.º);
III. 1.2. Instrumentos de Gestão ( artigo 11.º)
O IPCA está sujeito ao Plano Oficial de Contabilidade Pública para o Sector da
Educação (POC – Educação), empregando igualmente outros instrumentos necessários
à boa gestão e ao controlo do orçamento, nos termos previstos na lei.
III. 1.3. Publicidade ( artigo 12.º)
O IPCA assegura a publicação no sítio do IPCA de todos os documentos que se revelem
necessários para assegurar a adequada divulgação e transparência do seu orçamento
e da sua execução.
Manual de Controlo Interno
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III. 2. Regras orçamentais
III. 2.1. Execução do orçamento de despesas
Na execução do orçamento das despesas devem ser respeitados os seguintes princípios
e regras:
a. Nenhuma despesa poderá ser assumida, autorizada e paga sem que, para
além de ser legal:
i. esteja inscrita em orçamento a dotação adequada e tenha cabimento
orçamental e compromisso;
ii. tenha fundo disponível, de acordo com o disposto na lei n.º8/2012, de 21
de fevereiro.
b. Os créditos orçamentais da despesa constituem o limite máximo a utilizar na
sua realização;
c. As despesas a realizar com a compensação em receitas legalmente
consignadas podem ser autorizadas até ao valor das importâncias cobradas;
d. As despesas deverão ser autorizadas até 31 de Dezembro, terminando o prazo
para o seu pagamento no período complementar de execução orçamental, legal e
anualmente estabelecido;
e. Os encargos regularmente assumidos relativos a anos anteriores serão
satisfeitos de conta das verbas adequadas do orçamento, que estiver em vigor no
momento em que se proceda ao seu pagamento.
No que diz respeito aos momentos da despesa deverá ser cumprida a Norma
Interpretativa n.º 2/2001 da Comissão de Normalização Contabilística da
Administração Pública, publicada no Diário da República, II Série, n.º 125, de 30 de
maio de 2001, através do Aviso n.º 7467/2001 (2ª série).
III. 2.2. Execução do orçamento de receitas
Na execução do orçamento de receitas devem ser respeitados os seguintes princípios e
regras (regime jurídico das receitas):
i. Princípio da legalidade: as receitas são criadas por lei ou obtidas na base da
mesma;
ii. Princípio da renovação anual, que implica uma autorização orçamental anual;
iii. As receitas liquidadas e não cobradas até 31 de Dezembro devem ser
contabilizadas pelas correspondentes rubricas do orçamento do ano em que a
cobrança se efetuar;
iv. Nenhuma receita poderá ser liquidada e arrecadada, se não tiver sido objeto
de inscrição orçamental adequada;
Manual de Controlo Interno
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v. A cobrança das receitas pode ser efetuada para além dos valores inicialmente
previstos no orçamento;
vi. Princípio da não compensação, que implica a inscrição das receitas na sua
totalidade e sem dedução de qualquer espécie;
vii. Princípio da não consignação que proíbe a afetação de determinada receita
para suportar determinada despesa, sem prejuízo de legislação especial.
Deve-se ainda dar cumprimento ao estipulado na norma interpretativo n.º 2/2001 da
Comissão de Normalização Contabilística da Administração Pública, no que diz
respeito à definição dos momentos da receita, ou seja, consideram-se dois momentos:
liquidação (inclui autoliquidação e liquidação prévia) e cobrança.
A liquidação corresponde ao cálculo e apuramento do montante a pagar pelo sujeito
passivo, efetuada pelas entidades que administram a receita, no caso da liquidação
prévia, ou da responsabilidade do devedor, no caso de autoliquidação. A liquidação
está indelevelmente associada à emissão do documento de dívida. Do ponto de vista
patrimonial, corresponde à consagração do direito a receber.
A cobrança dos valores apurados na liquidação correspondente ao ressarcimento da
divida, total ou parcial, através de meios monetários ou outros, pelas entidades
legalmente autorizadas para o efeito.
III. 2.3. Responsabilidades
Compete ao Presidente do IPCA por Despacho identificar os responsáveis de cada
procedimento.
III. 3. Princípios Contabilísticos
A contabilidade do IPCA obedece a princípios contabilísticos, que devem conduzir à
obtenção de uma imagem verdadeira e apropriada da situação financeira, dos
resultados e da execução orçamental da entidade e definidos no POC-Educação:
i. Princípio da entidade contabilística;
ii. Princípio da continuidade;
iii. Princípio da consistência;
iv. Princípio da especialização (ou do acréscimo);
v. Princípio do custo histórico;
vi. Princípio da prudência;
vii. Princípio da materialidade;
viii. Princípio da não compensação.
Manual de Controlo Interno
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PARTE IV – NORMA DE CONTROLO INTERNO
IV. 1. Gestão de Pessoal
As despesas com o pessoal devem seguir as regras consideradas na legislação laboral
para a função pública em geral (LVCR) e, em especial, para a legislação relativa aos
docentes do ensino superior politécnico (ECPDESP), os procedimentos contabilísticos
estabelecidos no POC-Educação e as regras internas do Instituto.
IV. 2. Documentos previsionais
Os documentos previsionais do IPCA, de elaboração anual, são:
i. Plano de atividades (incluindo o dos SAS);
ii. Mapa de pessoal (incluindo o dos SAS);
iii. Orçamento (incluindo o dos SAS);
iv. Balanço previsional individual e consolidado (n+1);
v. Demonstração de resultados previsional individual e consolidado (n+1);
vi. Quadro de Avaliação e Responsabilização (QUAR);
vii. Outros que sejam definidos por Lei ou aprovados pelo órgão competente.
As fases do processo de elaboração dos mapas previsionais e respetivos responsáveis
são os constantes no quadro seguinte:
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Quadro 3 - Elaboração dos mapas previsionais
Fases Responsável Prazos Observação
Elaboração
Administrador do IPCA
Início logo que o IPCA seja informado do Plafond do MEC
Os Diretores das Escolas, Diretor dos Serviços de Ação Social, DAF, DA, DRH e demais unidades, fornecer a informação necessária para a
elaboração em tempo útil dos documentos previsionais.
Diretor dos SAS
Aprovação Órgão Legalmente Competente
Pelo menos 3 dias antes do prazo para envio do Orçamento ao MEC
Conselho Geral
Envio à Tutela Administrador do IPCA No prazo definido
pelo MEC ---------------------------
Colocação no site do IPCA
Administrador do IPCA Prazo máximo de 5
dias após aprovação pelo MEC
Plano de atividades
Mapa de Pessoal
Orçamento
IV. 2.1. Plano de atividades
O plano de atividades é elaborado de acordo com a legislação em vigor,
Decreto-Lei n.º 183/96, de 27 de setembro e com as instruções emitidas pelas
entidades competentes.
Este documento é elaborado pelos Serviços Centrais (coordenado pelo Administrador
do IPCA) com contributos das unidades orgânicas, incluindo os SAS em capítulo
próprio (este elaborado pelo Diretor dos SAS), que devem apresentar todas as
propostas de atividades para o ano civil/económico, acompanhadas pela respetiva
previsão de despesas e de receitas e os recursos humanos necessários.
Compete ao Administrador do IPCA elaborar a estrutura do plano de atividades
devendo a mesma seguir a estrutura do relatório de atividades para efeitos de
posterior análise entre as atividades realizadas e as atividades previstas, que inclui a
seguinte informação:
i. Missão e objetivos estratégicos do IPCA;
ii. Objetivos operacionais;
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iii. Atividades a desenvolver em ensino, investigação e prestação de serviços;
iv. Recursos humanos necessários (pessoal docente, não docente, prestações de
serviços);
v. Recursos materiais necessários (Recursos pedagógicos e científicos; Instalações
e equipamentos; Serviços de apoio);
vi. Recursos Financeiros (orçamento por atividades).
IV. 2.2. Mapa de pessoal
O mapa de pessoal deve acompanhar as propostas de orçamento do IPCA para o ano
n+1, inclui um mapa de pessoal específico para os colaboradores dos SAS em capítulo
autónomo, este aprovado pela entidade competente para a aprovação da proposta de
orçamento.
O recrutamento para novos postos de trabalho no ano n está condicionado à sua
previsão no mapa de pessoal com a respetiva caracterização dos postos de trabalho.
IV. 2.3. Orçamento
O IPCA deverá elaborar dois tipos de orçamentos, orçamento por atividades com
receitas próprias e fontes de financiamento, onde são apresentadas as despesas e
receitas por atividades, nomeadamente mestrados, pós graduações, cursos breves,
organização de conferências, prestação de serviços e orçamento por classificação
económica e fontes de financiamento, onde se apresenta a previsão anual dos
recebimentos e pagamentos do IPCA para o ano económico (conforme exigido pela
Direção Geral do Orçamento - DGO).
A elaboração do orçamento do IPCA, por classificação económica obedece às seguintes
regras:
a. O orçamento deverá fundamentar-se no plano de atividades e no mapa de
pessoal;
b. Despesa com pessoal, o Orçamento rege-se pela LVCR;
c. A prioridade, ao nível da dotação de despesas com pessoal, recai no
pagamento das remunerações do pessoal em exercício de funções e, só após
estar coberta esta rubrica, é que se podem inscrever verbas destinadas à
cobertura dos encargos;
Manual de Controlo Interno
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d. Devem ser seguidas as instruções anuais emitidas por circulares da DGO
(www.dgo.pt);
e. No lado da receita deve ter-se em conta:
i. As verbas atribuídas ao IPCA pelo MEC, correspondentes às dotações do
OE;
ii. As previsões sobre os contratos de investigação científica, de
desenvolvimento tecnológico e/ou de prestação de serviços;
iii. Outras fontes de financiamento externo;
iv. As previsões de receitas próprias, elaboradas com base no plano de
atividades.
f. Devem ser cumpridos os princípios orçamentais definidos na Lei de
Enquadramento Orçamental.
IV. 2.4. Balanço previsional
O balanço previsional do ano n+1 baseia-se:
i. no balanço previsional do ano n;
ii. na demonstração de resultados previsional do ano n+1;
iii. na proposta de orçamento para o ano n+1.
IV. 2.5. Demonstração de resultados individual e consolidado
A demonstração de resultados por natureza previsional do ano n+1 baseia-se:
i. no balanço previsional do ano n;
ii. na demonstração de resultados previsional do ano n;
iii. na proposta de orçamento para o ano n+1.
IV. 2.6. Quadro de avaliação e responsabilização - QUAR
A lei n.º 66-B/2007, de 28 de Dezembro, estabelece o sistema integrado de gestão e
avaliação do desempenho na administração pública (SIADAP) integra, entre outros, o
subsistema de avaliação do desempenho dos serviços da administração Pública
(SIADAP 1).
Manual de Controlo Interno
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A avaliação de desempenho de cada serviço assenta num Quadro de Avaliação e
Responsabilização (QUAR), sujeito a avaliação permanente e atualizado a partir dos
sistemas de informação do serviço, no qual se evidencia:
i. A missão do serviço;
ii. Os objetivos estratégicos plurianuais determinados superiormente;
iii. Os objetivos anualmente fixados e, em regra, hierarquizados;
iv. Os indicadores de desempenho e respetivas fontes de verificação;
v. Os meios disponíveis, sinteticamente referidos;
vi. O grau de realização de resultados obtidos na prossecução de objetivos;
vii. A identificação dos desvios e, sinteticamente, as respetivas causas;
viii. A avaliação final do desempenho do serviço.
IV. 3. Execução do orçamento e contabilidade orçamental
IV. 3.1. Regras gerais
Durante a execução do orçamento devem ser observadas as seguintes regras:
a. As operações de execução do orçamento das receitas e das despesas
obedecem ao princípio da segregação das funções:
i. O responsável pelo registo contabilístico não pode requisitar qualquer
aquisição de bens ou serviços;
ii. O responsável pela DAF e o tesoureiro não podem efetuar as
reconciliações bancárias nem requisitar qualquer aquisição de bens ou
serviços;
iii. O responsável pela DAF e o responsável pela Tesouraria do IPCA não
podem participar em júris de aquisição de bens e serviços;
iv. Quem autoriza a despesa não deve participar na fase de autorização de
pagamento.
b. As disposições necessárias à execução do OE são estabelecidas pelo Governo
por Decreto-Lei de execução orçamental e, em complemento, são emanadas
instruções pela DGO, através de circulares;
c. No âmbito da gestão corrente, cabe ao órgão legalmente competente proceder
às operações de execução orçamental e prática dos atos de autorização de
despesa e de autorização de pagamento, salvo as competências delegadas em
outros órgãos, obrigatoriamente publicados no DR;
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d. A execução dos orçamentos do IPCA é da competência do Presidente, devendo
ser utilizadas prioritariamente as receitas próprias não consignadas por lei para
a cobertura das respetivas despesas;
e. O registo contabilístico das fases da execução da despesa é da
responsabilidade da DAF - Contabilidade e Gestão Financeira.
IV. 3.2. Operações de despesa
São considerados seis grupos de procedimentos de controlo interno (PCI) relativos a
despesas:
a. Despesas com pessoal;
b. Despesas com Locação ou Aquisição de Bens e /ou Serviços;
c. Despesas com contratos de tarefa e avença;
d. Despesas com empreitadas;
e. Despesas por fundo de maneio;
f. Subsídios.
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----------------------------------------------------------------------------------------
I.V.4. Despesa com Pessoal
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IV. 4.1. Objetivo
Estabelecer os procedimentos e os métodos de controlo associados às despesas com
pessoal docente e não docente, designadamente, pagamento de remunerações,
descontos e outros abonos.
IV. 4.2. Âmbito de aplicação
Aplica-se no cabimento e compromisso, processamento, registo e pagamento de
remunerações, outros abonos e respetivos descontos.
IV. 4.3. Legislação
A principal legislação e regulamentação aplicável é:
i. Lei nº 12-A/2008, de 27 de fevereiro, que estabelece os regimes de
vinculação, carreiras e remunerações dos trabalhadores da Administração
Pública (LVCR), com as alterações decorrentes da Lei n.º 64-A/2008, de 31 de
dezembro, Lei n.º 3-B/2010, de 28 de abril, Lei n.º 34/2010, de 02 de setembro,
Lei n.º 55-A/2010, de 31 de dezembro, Lei n.º 64-B/2011, de 30 de dezembro,
Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro e Lei n.º 66/2012, de 31 de dezembro;
ii. Lei n.º 59/2008, de 11 de setembro, relativa ao regime do contrato de
trabalho em funções públicas (RCTFP), com as alterações da Lei n.º 3-B/2010,
de 28 de abril, Decreto-Lei n.º 124/2010, de 17 de novembro, Lei n.º 64-
B/2011, de 30 de dezembro e Lei n.º 66/2012, de 31 de dezembro;
iii. Decreto Regulamentar n.º 14/2008, que estabelece os níveis da tabela
remuneratória única correspondentes às posições remuneratórias das categorias
das carreiras gerais de técnico superior, de assistente técnico e de assistente
operacional;
iv. Lei n.º 110/2009, de 16 de setembro, que aprova o código dos regimes
contributivos do sistema previdencial de segurança social, com a redação dada
pela Lei n.º 119/2009, de 30 de dezembro e pela Lei n.º 64-B/2011, de 30 de
dezembro;
v. Decreto-Lei n.º 207/2009, de 31 de agosto, que aprova o Estatuto da Carreira
do Pessoal Docente do Ensino Superior Politécnico, com as alterações
decorrentes da Lei n.º 7/2010, de 13 de maio;
vi. Regulamentação interna.
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IV. 4.4. Princípios gerais
1. As despesas com pessoal pressupõem os seguintes registos contabilísticos:
a. Cabimento e compromisso dos encargos com o pessoal ao serviço, no início do
exercício ou na data de nova proposta de contratação;
b. Obrigação, na data do processamento das remunerações (através da inserção
das folhas de abonos);
c. Autorização de pagamento, na data em que a ordem de pagamento é
autorizada;
d. Pagamento, na data da transferência bancária.
2. Serão efetuados ajustamentos ao cabimento e compromisso sempre que se
verifique mudança de situação ou rescisão de funcionários
3. Os colaboradores com direito a subsídio de férias, é pago junto com o vencimento
do mês de junho e o subsídio de natal é pago em duodécimos, conforme LOE2013.
4. As horas extraordinárias só poderão ser prestadas com prévia autorização do
Presidente do IPCA, até ao limite máximo legalmente previsto, mediante proposta
fundamentada dos responsáveis dos serviços ou unidades orgânicas.
5. Só pode ser efetuado um processamento extraordinário, mediante autorização
prévia do Presidente do IPCA.
6. A admissão de pessoal docente ou não docente tem efeitos a partir da data referida
em Despacho (PR) e depois de assinado o contrato.
IV. 4.5. Procedimentos
Face à entrada em vigor da Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro, Lei que aprova o
Orçamento de Estado (LOE) para 2013, destacam-se os seguintes aspetos a ter em
atenção nos procedimentos de controlo interno nas despesas com pessoal.
IV. 4.5.1. Remunerações
1. A remuneração base mensal é o montante pecuniário correspondente ao nível
remuneratório, conforme os casos, da posição remuneratória onde o trabalhador se
encontra na categoria de que é titular ou do cargo exercido em comissão de serviço.
2. O direito a remuneração devida por motivo de exercício de funções constitui-se, em
regra, com a aceitação da nomeação, ou ato equiparado, ou, não devendo estes ter
lugar, com o início do exercício efetivo de funções.
3. São componentes da remuneração dos trabalhadores que exerçam funções ao
abrigo de relações jurídicas de emprego publico e composta por:
Manual de Controlo Interno
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a. Remuneração base;
b. Suplementos remuneratórios.
4. O valor da hora normal de trabalho é calculado através da formula (Rb x 12)/(52 x
N) , sendo Rb a remuneração base mensal e N o número de horas da normal duração
semanal do trabalho.
5. A remuneração diária corresponde a 1/30 da remuneração mensal.
IV. 4.5.2. Redução remuneratória
1. Em 2013, mantém -se a redução das remunerações totais ilíquidas mensais, de
valor superior a € 1500, nos seguintes termos:
i. 3,5 % sobre o valor total das remunerações superiores a € 1500 e inferiores a
€ 2000;
ii. 3,5 % sobre o valor de € 2000 acrescido de 16 % sobre o valor da
remuneração total que exceda os € 2000, perfazendo uma taxa global que varia
entre 3,5 % e 10 %, no caso das remunerações iguais ou superiores a € 2000 até
€ 4165;
iii. 10 % sobre o valor total das remunerações superiores a € 4165.
2. Remunerações totais ilíquidas mensais, são as que resultam do valor agregado de
todas as prestações pecuniárias, designadamente remuneração base, subsídios,
suplementos remuneratórios, incluindo emolumentos, gratificações, subvenções,
senhas de presença, abonos, despesas de representação e trabalho suplementar,
extraordinário ou em dias de descanso e feriados.
3. Não são considerados os montantes abonados a título de subsídio de refeição,
ajuda de custo, subsídio de transporte ou o reembolso de despesas e os montantes
pecuniários que tenham natureza de prestação social.
4. Na determinação da taxa de redução, os subsídios de férias e de Natal são
considerados mensalidades autónomas.
5. Nos casos em que da aplicação da redução remuneratória resulte uma
remuneração total ilíquida inferior a € 1500, aplica -se apenas a redução necessária a
assegurar a perceção dos € 1500.
6. Docentes e não docentes em regime de acumulação, com relação jurídica de
emprego público a exercer funções em entidades públicas diferentes do IPCA, prestam,
em cada mês e relativamente ao mês anterior, informação sobre a remuneração
ilíquida auferida, para que a DRH efetue o processamento das remunerações,
gratificações ou outras prestações pecuniárias e apure a taxa de redução mensal
aplicável.
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IV. 4.5.3. Imposto sobre o rendimento de pessoas singulares (IRS)
1. O artigo 186.º da LOE2013 altera o artigo 119.º do Código do Imposto sobre o
rendimento das Pessoas Singulares (CIRS), determinando que as entidades devedoras
de rendimentos de trabalho dependente passam a estar obrigadas a entregar uma
declaração de modelo oficial, até ao dia 10 do mês seguinte relativas ao mês anterior
referente àqueles rendimentos e respetivas retenções de imposto, de contribuições
obrigatórias para regimes de proteção social e subsistemas legais de saúde, bem como
de quotizações sindicais nos termos da Portaria nº 426-C/2012, de 28 de dezembro,
revogado pela Portaria n.º 6/2013, de 10 de janeiro.
2. De acordo com o artigo 187.º da LEO2013, todos os montantes pagos no decurso
do ano de 2013 estarão sujeitos à retenção da sobretaxa (3,5%).
3. A base de incidência para aplicação desta taxa recai no valor do rendimento, depois
de deduzidas as retenções de IRS e as contribuições obrigatórias para regimes de
proteção social e para subsistemas legais de saúde, na parte que excede o valor da
retribuição mínima mensal garantida (RMMG).
4. O RMMG de referência será sempre o montante em vigor em 2013, ou seja, 485€.
Os arredondamentos da sobretaxa são feitos para a unidade de euros inferior.
IV. 4.5.4. Fluxograma sobre processo de remunerações
O processo de remunerações obedece ao fluxograma seguinte:
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Fluxograma 1 – Remunerações
DRH
DRH
Conferência e
assinatura
GACI
Criação de
folhas de
vencimento
Elaboração de
mapas
Existe
correções a
efetuar?
Sim
Não
Autorização de
pagamento
DAF-CGF integração
do processamento
na contabilidade
Pagamento
1 - A DRH elabora mapa de remunerações e outros abonos até ao dia 15 de cada mês, declarando que todos os docentes e não docentes têm contrato assinado ou declaração de aceitação da minuta de contrato.
2 - A DRH confere os mapas de vencimento com o histórico de todos os meses do ano, rubricados e datados.
3 - A DRH cria folhas de vencimentos por tipo de pessoal:
i. Dirigentes e pessoal não docente;
ii. Dirigente e pessoal não docente dos SAS; iii. Pessoal docente de carreira; iv. Pessoal docente convidado ou em mobilidade; v. Pessoal docente em substituição (PROTEC); vi. Monitores; vii. Outros.
4 - O GACI verifica todos os mapas de vencimento e outros abonos, e emite parecer até ao dia 21 de cada mês.
5 - Após parecer positivo do GACI, a DRH envia ao órgão legalmente competente, para autorização de pagamento, até ao dia 22 de cada mês, os elementos abaixo mencionados:
i. Mapa de vencimento, com o histórico de todos os meses do ano;
ii. Mapa de transferência bancária; iii. Mapas de descontos da segurança social e caixa
geral de aposentações; iv. Mapa de descontos facultativos, tais como
sindicatos; v. Outros mapas justificativos dos valores em causa.
6 - O órgão legalmente competente autoriza os pagamentos – vencimentos e descontos - até ao dia 23 de cada mês.
7 - A DAF- CGF, efetua a integração do processamento na contabilidade (fase da obrigação) e ao mesmo tempo
confere o processamento através da folha de féria dos colaboradores (por tipo de pessoal), bem como todos os documentos que lhe deram origem.
8 - Pagamento - valores mensais destinados ao pagamento dos vencimentos e subsídios referentes ao MEC, não poderão sair da Tesouraria Central do Estado antes do dia 23, de acordo com o disposto no Aviso n.º 17030//2012, de 21 de Dezembro:
- No caso do dia indicado coincidir com sábado, domingo
ou feriado, os pagamentos em causa passam para o dia útil imediatamente anterior;
-É proibida, em qualquer situação, a antecipação do pagamento de vencimentos e subsídios.
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As fases do processamento de remunerações e outros abonos obedecem à segregação
de funções, evitando que sejam atribuídas à mesma pessoa duas ou mais funções
concomitantes, com o objetivo de impedir ou dificultar a prática de erros ou
irregularidades ou a sua dissimulação.
Figura: 4 - Segregação de funções
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IV. 4.5.5. Faltas
1. Falta é a ausência do colaborador no local de trabalho, durante o período
compreendido no seu horário de trabalho.
2. O RCTFP fixa um elenco de justificações atendíveis, ou seja, uma lista de situações
típicas que justificam a não comparência ao trabalho. Com exceção das faltas dadas
pelos colaboradores eleitos para as estruturas de representação coletiva, o regime de
faltas é imperativo, ou seja, não podem ser previstos outros tipos de faltas, sendo
insuscetível de modificação por instrumento de regulamentação coletiva de trabalho
ou contrato individual.
3. De acordo com o artigo 76.º da LOE2013 que altera o artigo 29.º do Decreto-Lei n.º
100/1999, de 31 de março, alteram-se as regras de desconto nas faltas por motivo de
doença devidamente comprovada a partir de janeiro de 2013. Assim e conforme o
artigo 76.º da LOE2013:
i. Há lugar a perda total de remuneração, sempre que o trabalhador faltar por
motivo de doença, nos primeiros 3 dias (1, 2 ou 3 dias seguidos ou interpolados);
ii. Sempre que haja uma sucessão de faltas por doença com duração superior a
três dias haverá perda da remuneração base diária nos 3 primeiros dias de
incapacidade temporária e 10% da remuneração base diária nos 27 dias
restantes até ao máximo de 30 dias de incapacidade temporária;
iii. O trabalhador passa a receber a remuneração base por inteiro quando o
período de ausência se prolonga sem interrupção para além dos 30 dias, a partir
do 31º dia;
iv. Nos casos em que as faltas por doença ultrapassem 30 dias seguidos ou
interpolados no mesmo ano civil, descontam antiguidade para efeitos de
carreira;
v. A contagem dos períodos de 3 e 27 dias é interrompida sempre que se verifique
a retoma da prestação de trabalho, ou seja, a retoma da prestação de trabalho
tem como consequência o início da contagem dos períodos de 3 e 27 dias na
próxima situação de falta por doença;
vi. Quanto às faltas por assistência a outros familiares não enquadradas na
assistência a filhos, tem os mesmos efeitos das faltas por doença do próprio;
4. Com a nova redação do n.º 6 do artigo 29.º do Decreto-Lei 100/1999, de 31 de
março, deixou de ser possível a recuperação do vencimento perdido, pelo que o
Despacho n.º 6673/2006, de 23 de março deixou de produzir efeitos a partir de
janeiro de 2013.
5. O controlo de assiduidade do pessoal não docente é competência da Direção de
cada UO.
Manual de Controlo Interno
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6. Refere-se que os procedimentos abaixo identificados atinente a assiduidade do
pessoal não docente, vigoram enquanto o registo se proceder através de livro de ponto.
7. O fluxograma do processo de faltas e assiduidade são os seguintes:
Fluxograma 2 – Faltas´
Falta
RCTFP
Falta
RCTFP
DRHDRH
Verificação/ValidaçãoVerificação/Validação
Notificação do
colaborador
Notificação do
colaborador
Sim
Nã
o
Envio de comprovativo
referente à falta
Envio de comprovativo
referente à falta
Com conhecimento ao
Responsável de Serviço/Diretor
de UO/Diretor dos SAS
Com conhecimento ao
Responsável de Serviço/Diretor
de UO/Diretor dos SAS
Aguarda receção
do original
Aguarda receção
do original
Rececionado
original
Rececionado
original
Notificar colaborador da
falta não justificada
Notificar colaborador da
falta não justificada
Notificar colaborador para
proceder a alterações
Notificar colaborador para
proceder a alterações
correção
Alterações
efetuadas
Alterações
efetuadas
Falta justificadaFalta justificada
1 – As faltas justificadas, quando previsíveis (salvo disposição especial), são obrigatoriamente comunicadas ao dirigente do serviço com antecedência mínima de
cinco dias (n.º 1 do artigo 189.º da RCTFP). Quando imprevisíveis, as faltas justificadas são obrigatoriamente comunicadas logo que possível.
Existe obrigatoriedade de comprovação da doença, mediante apresentação de Certificado de incapacidade temporária para o trabalho por estado de doença.
2 – Funcionário docente ou não docente, envia comprovativo da falta à DRH, da qual dá conhecimento ao responsável de serviço/Diretor da UO/Diretor dos SAS.
3 - A DRH procede à verificação/validação do comprovativo rececionado.
4 – Da análise do documento comprovativo da falta pela DRH, podem suceder três situações:
i. Correção do comprovativo (notificar colaborador para proceder a alterações, indicando o motivo);
ii. Falta não justificada (colaborador é notificado dos motivos pelos quais a falta não foi justificada);
iii. Falta justificada.
5 – Comprovativo da falta é validado pela DRH, esta divisão notifica o colaborador que a falta encontra-se justificada.
6 – Comprovativo enviado via iPortalDoc – após validação pela DRH, esta divisão notifica o colaborador
que aguarda a receção do Certificado de incapacidade original.
Quando rececionado o original do Certificado de incapacidade, a DRH notifica colaborador que a falta encontra-se justificada.
Manual de Controlo Interno
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Fluxograma 3 – Assiduidade do pessoal não docente
Regista entrada ou saída no livro de pontoRegista entrada ou saída no livro de ponto
Análise do registo pelo Responsável de ServiçoAnálise do registo pelo Responsável de Serviço
Tem falhas no registo?Tem falhas no registo?
Informa funcionário por mail ou
telefone
Informa funcionário por mail ou
telefone
SimNão
Verificação/ValidaçãoVerificação/Validação
Envia de registo para DRHEnvia de registo para DRH
Envio de registo Envio de registo
Comunicação do Responsável do ServiçoComunicação do Responsável do Serviço
Está em condições?Está em condições?
Registo sem falhasRegisto sem falhas
Regularização do registoRegularização do registo
DRHDRH
SimNão
Comunicação do Responsável do ServiçoComunicação do Responsável do Serviço
Final do mêsFinal do mês
1 – O funcionário efetua o registo da hora de entrada e
saída ao serviço no livro de ponto.
2 – No final de cada mês, o responsável pelo serviço
analisa o registo efetuado por cada funcionário, podendo
se verificar duas situações:
i. Sem falhas no registo (registo é enviado à DRH);
ii. Com falhas no registo (responsável informa
funcionário por e-mail ou telefone, quando a falha se
encontrar regularizada procede ao envio do registo à
DRH).
3 - A DRH procede à verificação/validação do registo de
assiduidade enviado.
4 – Da análise do registo de assiduidade efetuado pela
DRH, podem suceder duas situações:
i. Registo verificado e validado;
ii. Registo verificado não validado.
5 – Quando o registo é verificado mas não validado pela
DRH, esta divisão solicita a sua regularização. Após
regularização do registo é novamente enviado à DRH,
que procede à sua validação comunicando o responsável
pelo serviço.
6 – Registo verificado e validado, a DRH comunica o
responsável pelo serviço da validação.
Manual de Controlo Interno
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IV. 4.5.6. Férias
1. O RCTFP, dispõe na Administração Pública 25 dias úteis de férias, sendo este
período aumentado progressivamente de acordo com a idade e a antiguidade do
colaborador. O direito a férias:
i. É irrenunciável e, fora dos casos previstos na lei, o seu gozo efetivo não pode
ser substituído, ainda que com o acordo do colaborador;
ii. Reporta-se, em regra, ao trabalho prestado no ano civil anterior;
iii. Não está condicionado à assiduidade ou efetividade e de serviço;
iv. Adquire-se com a celebração do contrato e vence-se, em regra, no dia 1 de
Janeiro de cada ano civil;
v. A remuneração do período de férias corresponde à que o colaborador
receberia se estivesse em serviço efetivo, à exceção do subsídio de refeição;
vi. Além da remuneração do período de férias, o colaborador tem direito a um
subsídio de férias de valor igual a um mês de remuneração base mensal, que
deve ser pago por inteiro no mês de junho de cada ano.
2. De acordo com a Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro (LOE2013) e durante a
vigência do PAEF, como medida excecional de estabilidade orçamental é suspenso o
pagamento do subsídio de férias ou quaisquer prestações correspondentes ao 14.º mês
aos colaboradores cuja remuneração base mensal seja superior a € 1100.
3. Aos colaboradores cuja remuneração base mensal seja igual ou superior a € 600 e
não exceda o valor de € 1100 ficam sujeitas a uma redução no subsídio de férias ou
nas prestações correspondentes ao 14.º mês, auferindo o montante calculado nos
seguintes termos: subsídio/prestações = 1320 – 1,2 × remuneração base mensal.
4. Aos colaboradores cuja remuneração base mensal seja igual ou superior a € 600 e
não exceda o valor de € 1100 ficam sujeitas a uma redução no subsídio de férias ou
nas prestações correspondentes ao 14.º mês, auferindo o montante calculado nos
seguintes termos: subsídio/prestações = 1320 – 1,2 × remuneração base mensal.
5. O descrito nos pontos anteriores abrange todas as prestações, independentemente
da sua designação formal, que, direta ou indiretamente, se reconduzam ao pagamento
do subsídio de férias a que se referem aqueles números, designadamente a título de
adicionais à remuneração mensal.
6. O disposto nos n.os 2. e 3. abrange ainda os contratos de prestação de serviços
celebrados com pessoas singulares ou coletivas, na modalidade de avença, com
pagamentos mensais ao longo do ano, acrescidos de duas prestações de igual
montante.
Manual de Controlo Interno
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7. Por Despacho (PR), anualmente são definidas as regras a atender na formalização
do pedido de férias anual, assim como a identificação dos Dirigentes que as podem
autorizar.
Fluxograma 4 - Marcação de férias
FuncionárioModelo
Levantamento dos dias de
férias dos colaboradores e
envio de modelo - DRH
Preenchimento do
Modelo
Envio do pedido
de férias
Dirigente/Diretor
de Serviço
Para aprovaçãoFuncionário para
correção
Presidente ou
Delegação de
competências
Favorável? SimNão
Notificar
funcionário para
efetuar correções
Notificar
funcionárioDRH
Elaboração de
mapa de férias
Presidente
Homologação
Envio do mapa de
férias para afixação
nos Serviços e UO
1 – A DRH efetua o levantamento dos dias de férias de
todos os funcionários.
2 – DRH envia modelo próprio de marcação de férias,
com a indicação do número de dias a que tem direito, a
todos os funcionários.
3 – O funcionário procede ao preenchimento do modelo e
envia-o ao seu superior hierárquico (Dirigente/Diretor de
Serviço), que procede à sua análise.
4 – Pedidos validados pelo Dirigente/Diretor de Serviço,
são remetidos para o Presidente do IPCA para aprovação
ou para quem este delegar competências.
5 – O Presidente do IPCA ou quem usar de competências
delegadas autorizam ou não autorizam o pedido de
férias. No caso de não autorizar notificam o funcionário
para efetuar correções, caso autorizem, o pedido de
férias autorizado é remetido à DRH.
6 – DRH, elabora mapa de férias até ao dia 15 de abril de
2013, e envia ao Presidente do IPCA para homologação.
Após homologação do mapa de férias, a DRH remete
mapa para que o mesmo seja afixado nos locais de
trabalho dos funcionários entre esta data e 31 de
outubro.
Manual de Controlo Interno
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Fluxograma 5 - Alteração de férias
FuncinárioModelo
Preenchimento do
Modelo
Envio do pedido
de alteração de
férias
Dirigente/Diretor
de Serviço
Para aprovaçãoFuncionário para
correção
Presidente ou
Delegação de
competências
Favorável? SimNão
Notificar
funcionário para
efetuar correções
Notificar
funcionárioDRH
Procede à alteração
de marcação de
férias
1 – Funcionário preenche modelo próprio para efetuar
pedido de alteração de férias.
2 – Pedido de alteração de férias é encaminhado para o
superior hierárquico (Dirigente/Diretor de Serviço), que
procede à sua análise.
3 – O funcionário procede ao preenchimento do modelo e
envia-o ao seu superior hierárquico (Dirigente/Diretor de
Serviço), que procede à sua análise.
4 – Pedidos validados pelo Dirigente/Diretor de Serviço,
são remetidos para o Presidente do IPCA para aprovação
ou para quem este delegar competências.
5 – O Presidente do IPCA ou quem usar de competências
delegadas autorizam ou não autorizam o pedido de
alteração de férias. No caso de o parecer não ser
favorável à alteração solicitada, é notificado o
funcionário para efetuar correções, caso seja parecer
favorável o pedido de férias autorizado é remetido à DRH
e notificado o funcionário.
6 – DRH, procede à alteração da marcação de férias.
Manual de Controlo Interno
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IV. 4.5.7. Proteção Social dos trabalhadores em funções públicas
1. Face ao artigo 79.º da LOE2013, que procede ao aditamento do artigo 6º-B ao
Estatuto da Aposentação, aprovado pelo Decreto-lei nº 498/72, de 9 de dezembro, os
suplementos e prémios passam a constar da base de incidência contributiva para a
CGA e ADSE.
2. O artigo 39.º da LOE2013, mantém o valor do subsídio de refeição em 2013 no
montante de 4,27€, de acordo com o valor fixado na Portaria n.º 1553-D/2008, de 31
de dezembro, alterada pela Portaria n.º 1458/2009, de 31 de dezembro.
3. O subsídio de refeição está isento de contribuição para a CGA e para a Segurança
Social até ao limite estabelecido no Código do Imposto sobre os Rendimentos de
Pessoas Singulares.
4. Nos termos do art.º 47.º -A do Decreto-Lei nº. 118/83 de 25 de fevereiro, aditado
pela Lei nº. 55-A/2010, de 31 de dezembro, a contribuição da Proteção Social dos
trabalhadores em funções públicas (ADSE) da entidade pública, corresponde ao
produto de 2,5% com as remunerações sujeitas a desconto para a Caixa Geral de
Aposentações, ou para a Segurança Social, dos respetivos trabalhadores que sejam
beneficiários titulares da ADSE.
5. A remuneração paga aos beneficiários da ADSE fica sujeita ao desconto de 1,5%.
6. Face às alterações do Decreto-Lei n.º 498/72, de 9 de dezembro (Estatuto da
Aposentação), a partir 01 de janeiro de 2013, conforme o previsto no artigo 79.º do
LOE2013 as contribuições da entidade patronal para a CGA passam a ser as
seguintes:
i. 20% da remuneração sujeita a desconto da quota dos trabalhadores do RPSC;
ii. Alteração da base de incidência
7. Face ao aditamento do artigo 6.º-A ao Decreto-Lei n.º 498/72, de 9 de dezembro a
base de incidência contributiva para a CGA passa a contemplar:
i. Suplementos;
ii. Abono para falhas;
iii. Trabalho extraordinário;
iv. Trabalho noturno;
v. Trabalho em dias de descanso semanal e feriados.
8. A inscrição na ADSE segue o processo descrito no fluxograma seguinte:
Manual de Controlo Interno
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Fluxograma 6 - ADSE (inscrição)
ModeloEntrega modelo
para conferência
nos DRH
DRH inicia processo
sempre que se
regista a entrada de
um novo
colaborador e que
tenha manifestado
esse interesse ou
quando se verifique
alterações na
situação de um
beneficiário.
Envio de pedidos
Aguarda
confirmação da
ADSE
Entrega do
cartão ao
beneficiário
1 – DRH inicia processo sempre que se
regista a entrada de um novo colaborador e
que tenha manifestado esse interesse ou
quando se verifique alterações na situação
de um beneficiário.
A inscrição na ADSE é efetuada no prazo de
seis meses a contar da data de constituição
da primeira de relação jurídica de emprego
público.
2 – DRH envia os pedidos de inscrição para
ADSE.
3 – DRH Aguarda confirmação da inscrição
na ADSE, que é efetuada através da
emissão do cartão de beneficiário do
funcionário.
4 – DRH remete cartão de beneficiário ao
funcionário.
9. Os documentos de pedido de reembolso para ADSE são remetidos à DRH sendo o
reembolso efetuado diretamente para o número de identificação bancária pela ADSE.
O processo obedece ao fluxograma seguinte:
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Fluxograma 7 - ADSE (reembolso)
Comprovativo Envio ao DRH
Validação
Notificar requerer
para proceder a
correções
Alterações
efetuadas
Após receção dos
documentos originais os
DRH procedem à
validação
Não Sim
Notificar
colaborador
Envio de
dados
para ADSE
1 – O beneficiário remete comprovativo da
despesa realizada para reembolso à DRH,
dentro do prazo de seis meses após a
realização da despesa.
2 – DRH analisa os documentos de despesa
enviados, caso os documentos apresentem
incorreções, é notificado o beneficiário para
proceder a correções.
Correções efetuadas, documento é remetido
novamente à DRH para análise.
3 – Após validação dos documentos de
despesa para reembolso a DRH notifica o
beneficiário
4 – DRH envia dados de reembolso e remete-
os para a ADSE.
Manual de Controlo Interno
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IV. 4.5.8. Ajudas de custo
1. É um abono diário concedido a funcionários (docentes e não docentes) do Estado,
quando há necessidade de se deslocarem para realizar atividades em serviço oficial do
IPCA.
2. Conforme artigo 41.º da LEO2013, que procede á alteração do artigo 6.º do Decreto-
Lei n.º 106/1998, de 24 de abril, só há direito ao abono de ajudas de custo nas
deslocações diárias que se realizem para além de 20 km do domicílio necessário e nas
deslocações por dias sucessivos que se realizem para além de 50 km do mesmo
domicílio.
3. O IPCA aplica o regime das ajudas de custo emanado para os funcionários da
administração pública, cujos valores são revistos anualmente por Portaria própria ou
através do Orçamento de Estado para cada ano civil. Estes valores destinam-se a
cobrir despesas com o alojamento e as duas refeições principais, não sendo necessária
a apresentação de documentos de despesa.
4. Quando as deslocações se realizam no país, esse abono é concedido em parcelas:
25% do abono para suportar o encargo com almoço (onde é deduzido o valor do
subsídio de refeição caso se trate de um dia útil); 25% do abono destina-se a suportar
o encargo com o jantar; 50% destina-se a suportar o encargo com alojamento.
5. Nas deslocações diárias (aquelas realizadas num período de 24 horas ou que não
impliquem despesas suplementares) abonam-se as seguintes percentagens de ajudas
de custo:
Figura 5 - Deslocações diárias
25% •Entre as 13h00 e as 14h00
25%
•Entre as 20h00 e as 21h00
50%
•Se implicar alojamento
Manual de Controlo Interno
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6. Nas deslocações por dias sucessivos (que se efetivam num período de tempo
superior a 24 horas) abonam-se as seguintes percentagens de ajudas de custo:
Figura 6 - Deslocações por dias sucessivas
Dia da partida Dia de regresso
7. O pessoal que se desloque ao estrangeiro e no estrangeiro, por motivo de serviço
público, tem direito, em alternativa e de acordo com a sua vontade, a uma das
seguintes prestações:
a. Abono da ajuda de custo diária, em todos os dias da deslocação;
b. Alojamento em estabelecimento hoteleiro de três estrelas, ou equivalente,
acrescido do montante correspondente a 70% da ajuda de custo diária, em todos
os dias da deslocação.
8. No caso de na deslocação se incluir o fornecimento de uma ou de ambas as
refeições diárias, a ajuda de custo será deduzida de 30% por cada uma, não podendo
a ajuda de custo a abonar ser de valor inferior a 20% do montante previsto.
9. O pedido de ajudas de custo e boletim itinerário devem obedecer aos fluxogramas
seguintes:
100% •Até às 13h00
75%
•Depois das 13h00 e até às 21h00
50%
•Depois das 21h00
0% •Até às 13h00
25%
•Depois das 13h00 até às 20h00
50%
•Depois das 20h00
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Fluxograma 8 - Pedido de ajudas de custo
Pedido de inscrição numa ação
de formação, evento ou outro
(modelo preenchido pelo
colaborador), preenchido
obrigatoriamente antes do
evento.
Diretor da Escola/
Administrador
DAF - CGF
favorávelnão favorável
Submissão do
Boletim
Itinerário
Notificação ao
colaborador
Parecer
Não autoriza Autoriza
Presidente do
IPCA
Notificação ao Diretor da
Escola/Administrador,
interessados e DAF
ao colaborador
DAF- CGF
(anulação de
cabimento)
DAF- CGF (registo
do compromisso)
Notificação ao Diretor da
Escola/Administrador,
interessados e DAF
ao colaborador
Cabimento prévio e
informação de existência de
fundo disponível
1 - As despesas decorrentes das
deslocações, em serviço, carecem de
autorização prévia.
2 - Só em casos excecionais deverá ser
permitido o uso de automóvel próprio do
funcionário ou agente ou o recurso ao
automóvel de aluguer, sem prejuízo da
utilização de outro meio de transporte
que se mostre mais conveniente, desde
que em relação a ele esteja fixado o
respetivo abono.
3 - O recurso ao uso de automóvel
próprio, apenas deverá ocorrer em casos
de comprovado interesse dos serviços. A
entidade competente para autorizar, é
sempre o Presidente do Instituto,
podendo as mesmas ser subdelegadas
em outros dirigentes de serviço.
4 - Esta autorização deverá ser sempre
dada por despacho lavrado no modelo de
ajudas de custo. Na eventualidade do ato
ser praticado no exercício de uma
competência delegada, deverá sempre ser
identificado o despacho de delegação.
Manual de Controlo Interno
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Fluxograma 9 - Boletim itinerário
DAF-CGF
GACI
- Verificação dos documentos de despesa para
reembolso
- Verificação do correto preenchimento do BI
- Verificação dos documento que acompanham o BI
(caso exista inconformidade no BI é enviado à origem)
- Registo da obrigação
BI acompanhado de:
- Documentos de despesa de transporte
- Fotocopia dos talões de embarque ou
bilhetes de avião em classe económica
- Certificado de participação em conferências
ou outros
- Outros documentos exigidos na
autorização, como por exemplo comprovativo
de comunicação, ata de júri, etc.
DAF
Tesouraria
conforme
Autorização
de
Pagamento
DAF
Tesouraria
Pagamento
e Registo
A pessoa designada pelo diretor da escola
ou responsável pelo Serviço efetua a
confirmação do conteúdo de todas as
colunas do BI, e que, para além da
assinatura, autentique o documento com
carimbo do serviço, com indicação da
legislação em vigor e n.º de cabimento e
compromisso.
O preenchimento do Boletim Itinerário e seu
envio até ao 10º dia do mês seguinte
n/confome
Colaborador para
proceder a correções,
com conhecimento à
DAF-CGF
Notificação
do
colaborador
DAF, onde ficam
arquivados
Manual de Controlo Interno
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DAF-CGF
GACI
DAF
Tesouraria
conforme
Autorização
de
Pagamento
DAF
Tesouraria
Registo
n/confome
Colaborador para
proceder a correções,
com conhecimento à
DAF-CGF
Pagamento e
notificação do
colaborador
DAF, onde ficam
arquivados
1 - Para ser processado o abono da ajuda de custo
deverá ser apresentado, devidamente preenchido e
assinado.
2 – O funcionário, deve referir antecipadamente,
se pretende apresentar fatura do alojamento (hotel
não superior a 3 estrelas), para que não seja
processada a percentagem correspondente no BI;
3 – A utilização de veículo próprio em deslocações
de serviço, abona-se por regra, o montante
correspondente ao custo das passagens em
transporte coletivo.
4 - Os funcionários (docentes e não docentes) após
a deslocação no país ou no estrangeiro ficam
obrigados a apresentar a documentação
justificativa das despesas realizadas,
acompanhados da autorização superior.
5 - É obrigatório o preenchimento do BI por mês, e
remeter à DAF-CGF até ao 10º dia do mês
seguinte.
6 - É indispensável, que a pessoa designada pelo
Diretor da ESG/EST/SAS ou pelo Responsável
Serviço efetue a confirmação do conteúdo de todas
as colunas, e que, para além da assinatura,
autentique o documento com carimbo do serviço,
bem como a legislação aplicável.
7 - Compete à DAF-CGF verificar os documentos
de despesa apresentados para reembolso, o
correto preenchimento do BI, bem como os
documentos que o acompanham e legislação em
vigor.
8 - Os documentos que acompanham o BI são:
i. Boletim de ajudas de custo, com a autorização
prévia, no qual é visível o número de cabimento
e compromisso;
ii. Fotocópia dos talões de embarque ou bilhetes
de avião em classe económica;
iii. Documentos de despesa de transporte;
iv. Certificado de participação em conferências;
v. Comprovativo do número de Km;
vi. Relatório e outros. que sejam exigidos no ato
de autorização para a realização da despesa.
10. Os valore de ajudas de custo e subsídio de transporte são os seguintes (tabela 1 e
tabela 2):
Manual de Controlo Interno
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Tabela 1 - Valores de ajudas de custo 2013
No País
100% 50,20 €
75% 37,65 €
50% 25,10 €
25% 12,55 €
100% 43,39 €
75% 32,54 €
50% 21,70 €
25% 10,85 €
100% 39,83 €
75% 29,87 €
50% 19,92 €
25% 9,96 €
No Estrangeiro
100% 89,35 €
70% 62,55 €
60% 53,61 €
50% 44,68 €
30% 26,81 €
20% 17,87 €
100% 85,50 €
70% 59,85 €
60% 51,30 €
50% 42,75 €
30% 25,65 €
20% 17,10 €
100% 72,72
70% 50,90 €
60% 43,63 €
50% 36,36 €
30% 21,82 €
20% 14,54 €
Subsídio de Refeição 4,27 €
Superior ao nível 18
(Venc. > € 1.355,96)
Entre o nível 18 e nível 9
(Venc.[ € 892,53 e € 1.355,96])
Entre o nível 18 e nível 9
(Venc.[ € 892,53 e € 1.355,96])
Inferior ao nível 9
(Venc.€ 892,53)
Inferior ao nível 9
(Venc. < € 892,53)
Superior ao nível 18
(Venc. > € 1.355,96)
Manual de Controlo Interno
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Tabela 2 - Valores de subsídio de transporte 2013
Transporte em veículo próprio 0,36 €
Transporte em veículos de serviço público 0,11 €
1 Colaborador 0,34 €
2 Colaboradores 0,14 € cada um
3 ou mais colaboradores0,11 € cada um
Transporte em veículo de aluguer
Deslocações
Quantitativos dos
subsídios de
transporte por km
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----------------------------------------------------------------------------------------
IV.5. Despesa com Locação ou Aquisição de Bens
e/ou Serviços
Manual de Controlo Interno
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IV. 5.1. Objetivo
Estabelecer os procedimentos e os métodos de controlo associados à locação ou
aquisição de bens móveis ou de serviços e o respetivo procedimento de realização da
despesa.
IV. 5.2. Âmbito de aplicação
Aplica-se na locação e na aquisição de bens e serviços.
IV. 5.3. Legislação
A principal legislação e regulamentação aplicável é:
i. Decreto-Lei n.º 155/92, de 28 de julho, que estabelece o regime da
administração financeira do Estado a que se refere a Lei n.º8/90, de 20 de
fevereiro, que aprovou as bases da Contabilidade Pública;
ii. Decreto-Lei nº 18/2008, de 29 de janeiro, que estabelece a disciplina
aplicável à contratação pública e o regime substantivo dos contratos públicos
que revistam a natureza de contrato administrativo (CCP), com as alterações
decorrentes da retificação n.º 18/2008, de 28 de março, Lei n.º 59/2008, de 11
de setembro, Decreto-Lei n.º 223/2009, de 11 de setembro, Decreto-Lei n.º
278/2009, de 2 de outubro, Lei n.º 3/2010, de 27 de abril, Decreto-Lei n.º
131/2010, de 14 de dezembro, Decreto-Lei n.º 40/2011, de 22 de março, Lei n.º
64-B/2011, de 30 de dezembro e Decreto-Lei n.º 149/2012, de 12 de julho.
iii. Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro, que aprova o Orçamento do Estado
para o ano de 2013;
iv. Despacho (PR) n.º7/2013, de 21 de janeiro.
IV. 5.4. Princípios gerais
1. Todos os valores referidos em matéria de locação ou aquisição de bens e serviços e
empreitadas, no presente capítulo não incluem IVA.
2. As despesas relativamente a locação ou aquisição de bens obedecem às regras
consideradas no CCP, LEO2013, aos procedimentos contabilísticos estabelecidos no
POC-Educação e a regras internas do IPCA, designadamente quanto à delegação de
competências e aos limites de valor para autorização.
Manual de Controlo Interno
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3. O órgão competente para autorizar a aquisição e/ou a abertura do procedimento é
o Presidente do IPCA.
4. A escolha do procedimento condiciona o valor do contrato a celebrar, devendo estar
sempre presente a análise dos seguintes elementos:
i. critérios materiais de escolha;
ii. objeto do contrato;
iii. natureza da entidade adjudicante.
5. Qualquer aquisição é precedida de uma proposta com o levantamento de
necessidades dirigida ao Presidente do IPCA, a qual deverá ser
fundamentada/justificada a indispensabilidade em se proceder à aquisição ou
locação.
6. Até € 5000, poderão ser apresentadas propostas, acompanhadas de um único
orçamento, devendo tal facto ser devidamente justificado na proposta.
Quadro 4 - Proposta (levantamento de necessidades)
Origem Responsável Documentos
ESG
Diretor solicita ou dá parecer Proposta
Orçamentos
(nas aquisições inferiores a
€ 1000 basta a
apresentação de 1
orçamento)
EST
SAS Diretor solicita ou dá parecer
Divisão Académica,
Biblioteca, Serviços
Centrais
Responsável pelo serviço
proponente, e parecer do
Administrador do IPCA
7. As locações ou aquisições só podem ser efetuadas após autorização prévia do
Presidente do IPCA e após verificação do cumprimento das normas legais aplicáveis,
Manual de Controlo Interno
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com exceção das aquisições a realizar por Fundo Maneio e das despesas urgentes e
inadiáveis de acordo com o artigo 9.º do Decreto-lei n.º 127/2012, de 21 de junho, que
estabelece as normas legais disciplinadoras dos procedimentos necessários à
aplicação da Lei dos Compromissos.
8. Nenhuma despesa pode ser realizada sem que tenha sido efetuado o seu prévio
cabimento, sendo a cabimentação obrigatoriamente precedida da verificação da
respetiva cobertura na dotação disponível, à exceção das aquisições a realizar por FM
e das despesas urgentes e inadiáveis de acordo com o artigo 9.º do Decreto-lei n.º
127/2012, de 21 de junho.
9. A realização da despesa fica sujeita à verificação dos seguintes requisitos:
i. Conformidade legal;
ii. Regularidade financeira;
iii. Economia, eficiência e eficácia.
10. Por conformidade legal entende-se a prévia existência de lei que autorize a
despesa, dependendo a regularidade financeira da inscrição orçamental,
correspondente cabimento e adequada classificação da despesa.
11. Na realização da despesa ter-se-á em vista a obtenção do máximo rendimento com
o mínimo de dispêndio, tendo em conta a utilidade e prioridade da despesa e o
acréscimo de produtividade daí decorrente.
12. O determinado no artigo 27.º da LEO2013 (redução remuneratória), é aplicável
aos valores pagos por contratos de aquisição de serviços que, em 2013, venham a
renovar -se ou a celebrar -se com idêntico objeto e, ou contraparte de contrato vigente
em 2012,celebrado pelo IPCA.
13. Para efeito de aplicação da redução remuneratória é considerado o valor total do
contrato de aquisição de serviços, exceto no caso das avenças, em que a redução
incide sobre o valor a pagar mensalmente.
14. A redução por agregação prevista no n.º 2 do artigo 27.º da LEO2013, aplica -se
sempre que, em 2013, a mesma contraparte preste mais de um serviço ao mesmo
adquirente.
15. Não estão sujeitas à aplicação da redução remuneratória a celebração ou a
renovação de contratos de aquisição de serviços por órgãos ou serviços adjudicantes
celebrados ao abrigo de acordo quadro.
16. É proibido o fracionamento da despesa com a intenção de a subtrair ao regime
previsto no CCP, nomeadamente no que diz respeito às regras de escolha do
procedimento.
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17. É da competência do Presidente do IPCA designar os membros do júri dos
procedimentos.
18. Não podem integrar como membros dos júris:
i. os membros do Conselho de Gestão do IPCA;
ii. os diretores das unidades orgânicas, Administrador do IPCA e o Diretor dos
SAS;
iii. os membros que integram a Comissão de Prevenção da Corrupção do IPCA;
iv. responsável pela DAF;
v. os colaboradores afetos à Tesouraria;
vi. os colaboradores afetos aos setores de aquisição e de obras do GAGI;
vii. os colaboradores afetos ao GACI.
19. As aquisições de equipamento informático (hardware e software) carecem de
parecer técnico favorável da Divisão de Sistemas de Informação em todas as
aquisições de equipamento e software informático.
20. As aquisições de equipamento eletrónico, mecânico e de laboratórios objeto de
inventariação carecem de parecer técnico do responsável pelo Departamento ou
projeto acompanhado do parecer favorável do Diretor da Escola.
21. É da responsabilidade do setor de aquisições do GAGI a verificação do
cumprimento da legislação, aplicável em matéria de contratação pública.
22. A entrega de bens é efetuado no serviço que propôs a aquisição ou locação, o qual
procede à sua conferência física, qualitativa e quantitativa.
23. A entrega de equipamento informático é efetuada na Divisão de Sistemas de
Informação.
24. A entrega de Bibliografia é efetuada na Biblioteca.
25. A conferência da receção do bem adquirido tem de ser efetuado por pessoa
diferente, de quem propôs a sua aquisição.
26. No ato de entrega de bens duradouros objeto de inventariação, deverá ser
preenchido um auto de receção, salvo para as aquisições de bibliografia e software.
27. Os bens duradouros serão objeto de inventariação, de acordo com as regras do
CIBE, antes da autorização de pagamento.
28. Os procedimentos de locação e aquisição de bens e serviços são realizados nos
termos da legislação em vigor.
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29. A gestão das plataformas eletrónicas de compras e das plataformas de reporte
estatístico são da responsabilidade do setor de aquisições e de obras do GAGI.
30. A aquisição de serviços relativa a formação e seminários em unidades curriculares
obedece a regras próprias, nomeadamente as regras previstas no Despacho (PR) n.º
1/2013, de 3 de janeiro.
31. Independentemente do seu valor, todos os procedimentos de locação e aquisição
de bens e serviços carecem de visto prévio do setor de aquisições do GAGI antes de
serem submetidos à autorização do Presidente do IPCA, onde será verificado o
cumprimento das disposições legais aplicáveis em matéria de contratação pública da
despesa.
IV. 5.5. Procedimentos
IV. 5.5.1. Critério da escolha do procedimento em função do valor
As regras do procedimento são realizadas em função do valor (artigos 19.º, 20.º,21.º e
128.º do CCP) ou em função de critérios materiais (artigos 24.º ao 30.º do CCP). Em
matéria de valores, as regras dos procedimentos mais frequentes no IPCA são:
Quadro 5 – Valor do procedimento
Procedimento Objeto Valor de
despesa*
Ajuste direto
Simplificado Aquisição de bens, serviços ou locação < € 5 000
Geral
Aquisição de bens, serviços ou locação < € 75 000
Empreitada de obras públicas < € 150 000
Concurso público ou
limitado
Sem publicação no JOUE < € 193 000
Com publicação do JOUE3 ≥ € 193 000
* Valores apresentados com IVA excluído
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IV. 5.5.2. Peças do procedimento
As peças dos procedimentos diferem consoante o tipo de procedimento a realizar, não
constitui peça de procedimento o anúncio.
Quadro 6 - Peças do procedimento (artigo 40.º do CCP)
Peças Programa de
procedimentos Convite
Caderno de
encargos
Procedimentos
Ajuste
direto
Simplificado
Geral
Concurso público
IV. 5.6. Ajuste direto
IV. 5.6.1. Conceito e modalidade
O ajuste direto é o procedimento em que a entidade adjudicante, no caso o IPCA,
convida diretamente uma ou várias entidades à sua escolha a apresentar proposta,
podendo com elas negociar aspetos da execução do contrato a celebrar:
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Quadro 7 – Modalidades
Ajuste
direto
Regime simplificado (< a € 5.000)
≤ € 1.000 – consulta a
uma entidade
≥€ 1.001 e ≤ € 5.000 –
consulta a três
entidades.
Regime Geral
Aquisição de bens, serviços ou
locação
( € 5.000 e a € 75.000)
Empreitadas
(< € 150.000)
Convite a pelo menos 3
entidades (salvo em
situações excecionais
devidamente
justificadas)
IV.5.6.2.Princípios gerais
1. Qualquer modalidade de ajuste direto deve iniciar-se com a apresentação de uma
proposta de locação ou aquisição bens e serviços, na qual consta obrigatoriamente:
a. O fundamento legal para a proposta da escolha do procedimento;
b. A indispensabilidade da realização da despesa;
c. O órgão competente para a decisão de contratar e o respetivo fundamento legal;
d. No caso do ajuste direto, regime geral, a proposta das entidades a convidar e a
proposta da constituição do júri.
Fluxograma 10 -Registos contabilísticos associados
Divisão Administrativa e Financeira
Proposta de
aquisição
Requisição
externa
Bens/serviço e
fatura
Pagamento
Cabimento Obrigação
conferência
Autorização de
despesa
Autorização de
pagamento
ProponentePresidente do IPCA
Unidades ou serviços
Vogais do Conselho de Gestão
Compromisso
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2. Na escolha das entidades a convidar devem ser observadas as seguintes regras:
a) Não podem ser convidadas entidades a apresentar propostas para a celebração
de contratos cujo objeto seja constituído por prestações do mesmo tipo ou idênticas
às dos contratos já celebrados com essas entidades no ano económico em curso e
nos dois anos económicos anteriores, quando o preço acumulado seja igual ou
superior a €75 000;
b) Quando à mesma entidade tenha sido adjudicado num mesmo ano económico
através de ajuste direto simplificado, bens ou serviços com o mesmo CPV
(vocabulário comum para os contratos públicos), num valor acumulado igual ou
superior a € 5.000, essa entidade apenas poderá ser consultada a apresentar
proposta quando forem consultadas pelo menos mais duas entidades;
c) Não podem ser convidadas a apresentar propostas entidades que tenham
fornecido bens móveis ou prestado serviços à entidade adjudicante, a título
gratuito, no ano económico em curso ou nos dois anos económicos anteriores,
exceto se o tiverem feito ao abrigo do Estatuto do Mecenato;
d) Não podem ser convidadas a apresentar propostas entidades que tenham, a
qualquer título, prestado, direta ou indiretamente, assessoria ou apoio técnico na
preparação e elaboração das peças do procedimento;
e) No caso de locação ou aquisição de bens e serviços ao abrigo dos acordos
quadros apenas podem ser convidados os operadores económicos habilitados no
acordo quadro.
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Fluxograma 11 - Procedimentos do regime simplificado
Gabinete de
Aprovisionamento e
Gestão de
Infraestruturas
Levantamento da necessidade
Divisão
Administrativa e
Financeira
Presidente do
IPCA
Gabinete de
Apoio à
Presidência
Autoriza
Divisão
Administrativa e
Financeira
Gabinete de
Apoio à
Presidência
N/ autoriza
Divisão
Administrativa e
Financeira
Gabinete de
Aprovisionament
o e Gestão de
Infraestruturas
1 - A proposta com a justificação da
necessidade de locação ou aquisição
de bens móveis e serviços, é elaborada pelo serviço interessado,
acompanhada com pelo menos um
orçamento com a indicação do preço
estimado sem IVA.
Da proposta consta parecer dos
Diretores das Escolas, do Administrador do IPCA e do Diretor
dos SAS, conforme o caso, exceto
quando os mesmos sejam
responsáveis pela apresentação das
propostas;
2 - A proposta é remetida ao setor de aquisições do GAGI.
3 - A proposta é remetida à DAF-CGF
que efetua o registo de cabimento
prévio, informação de fundos
disponíveis e anexa a conta corrente
da entidade a adjudicar, para efeitos de verificação do valor acumulado,
antes da autorização do
procedimento.
Os documentos iniciais do processo
juntamente com a informação da DAF-CGF, são apresentados ao
Presidente do IPCA para autorizar o
respetivo procedimento.
4 – O Presidente escreve um dos
seguintes despachos:
Autorizo;
Não Autorizo;
Proceder a alteração;
5 – Autorizado – GAP notifica o
serviço interessado e envia procedimento à DAF-CGF para
registo de compromisso e emissão da
requisição externa;
Não Autorizado – GAP notifica o
serviço interessado, a DAF para
proceder à anulação do cabimento e remete o processo para o GAGI.
3. O prazo de vigência do ajuste direto simplificado não pode ter a duração superior a
um ano, a contar da decisão de adjudicação, nem pode ser prorrogado e o preço
contratual não é passível de revisão.
4. Independentemente do valor das empreitadas, estas não podem ser realizadas por
ajuste direto simplificado. São consideradas empreitadas as aquisições de bens e
serviços cujo CPV se encontra na divisão 45, identificada pelos dois primeiros
algarismos do código (XX000000-Y).
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Fluxograma 12 - Procedimentos regime geral
Gabinete de
Aprovisionamento
e gestão de
Infraestruturas
Levantamento da necessidade
Divisão
Administrativa e
Financeira
Presidente do
IPCA
Gabinete de Apoio
à Presidência
Autoriza
Gabinete de
Aprovisionamento
e gestão de
Infraestruturas
Gabinete de Apoio
à Presidência
N/ autoriza
Divisão
Administrativa e
Financeira
Gabinete de
Auditoria e
Controlo Interno
Órgão
competente
Gabinete de Apoio
à Presidência
Gabinete de
Aprovisionamento
e gestão de
Infraestruturas
Divisão
Administrativa e
Financeira
Divisão
Administrativa e
Financeira
Gabinete de
Aprovisionamento
e Gestão de
Infraestruturas
1 – A proposta de abertura do procedimento para locação
e/ou aquisição ou de bens e serviços é elaborada pela pessoa/serviço interessado, donde consta a justificação da necessidade, com parecer dos Diretores das Escolas, do Administrador do IPCA e do Diretor dos SAS, conforme o caso, exceto quando os mesmos sejam responsáveis pela apresentação das propostas. Excluem-se as contratações de docentes e investigadores.
A proposta de aquisições é elaborada pelo setor de aquisições do GAGI, sempre que se trate de bens ou
serviços objetos de agregação de necessidades gerais.
2 – A proposta é reencaminhada à DAF-CGF que efetua o registo de cabimento prévio e dá a informação de fundos disponíveis, anexa a conta corrente da entidade a adjudicar, para efeitos de verificação do valor acumulado, antes da autorização do procedimento.
Os documentos iniciais do processo juntamente com a informação da DAF-CGF, são apresentados ao Presidente do IPCA para autorizar a despesa. Se a despesa for autorizada, o GAP envia proposta ao setor de aquisições do GAGI para elaborar as peças do procedimento. Se a despesa não for autorizada o GAP remete proposta à DAF-CGF para anulação do cabimento
3 – O setor de aquisição do GAGI remete processo constituído pela proposta e peças ao Presidente que escreve um dos seguintes despachos:
Autorizo;
Não Autorizo;
Proceder a alteração;
4 – Autorizado – GAP remete o procedimento ao GAGI para efetuar o lançamento do procedimento na plataforma eletrónica (quando aplicável), que após receção do relatório final enviado pelo júri prepara adjudicação e remete à DAF
se necessário efetuar correções aos registos contabilísticos que remete processo para verificação do GACI.
GACI após verificação remete processo ao Presidente do IPCA;
Presidente do IPCA autoriza a adjudicação;
GAP comunica GAGI a decisão do Presidente e notifica
DAF-CGF para efetuar compromisso e emissão e envio da requisição externa quando não houver lugar a redução do contrato a escrito.
DAF -CGF após emissão da requisição externa aguarda a receção da fatura, fatura-recibo ou fatura simplificada.
5 – Não Autorizo – GAP notifica o serviço interessado,
o GAGI e à DAF-CGF para proceder à anulação do
cabimento.
DAF-CGF procede ao arquivo do processo.
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Fluxograma 13 - Regime geral (procedimentos do CCP)
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AJuste Direto
Regime Normal
(art.112.º a 127.º)
Convite c/ caderno encargos a 1 ou + entidades
(art. 115.º e n.º 1 do art. 114.º , pelo menos 3
entidades convidadas nos termos do DL 34/09, art.º
6.º)
Autorização da despesa e de abertura
do procedimento pelo Presidente do
IPCA
Apresentação das
propostas
1 proposta
+ 1 proposta
negociação
Análise da proposta pelos
serviços da entidade
adjudicante
Possibilidade de convidar
o concorrente a melhorar
a sua proposta
(n. 2 do art. 125.º)
Projeto de decisão final (n.º 1
do art.º 125.º)
Análise preliminar das
propostas
Sessão de Negociação
(art.118.º a 120.º)
Versão final propostas (art.
121.º)
Relatório preliminar (art.
122.º)
Audiência Prévia (art.
123.º)
Relatório Final
(art. 124.º)
Adjudicação
Publicitação de ficha em
www.base.gov.pt (art.
127.º)
Apresentação documentos
habilitação
Notificação da decisão de
adjudicação
Outorga do Contrato ( art.º
104.º)
Não
Sim
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IV. 5.7. Concurso público -conceito e modalidade
1. O concurso público é o procedimento a adotar na locação e aquisição de bens e
serviços (regra valor > ou = € 75.000) e empreitadas (valor > ou = € 150.000), sempre
que não seja possível pelos procedimentos de ajuste direto regime geral ou regime
simplificado.
2. São previstas duas modalidades de concurso público no CCP:
i. Normal (disposta nos artigos 130.º a 154.º); e
ii. Urgente (disposta nos artigos 155.º a 161.º), apenas aplicável a contratos de
locação ou de aquisição de bens móveis ou de aquisição de serviços.
3. Os procedimentos do concurso público, são os aplicáveis ao ajuste direto regime
geral descritos no ponto IV.5.5. e resumidos no fluxograma seguinte:
Fluxograma 14 - Concurso público (procedimentos do CCP)
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Concurso PÚblico
(art. 130.º a 154.º)
Autorização da despesa e de abertura
do procedimento pelo órgão
competente
Anúncio DR
(art. 130.º)
Consulta e
fornecimento das
peças do concurso
(art.133.º)
Prazo mínimo
para a
apresentação
das propostas =
art.135.º
Anúncio DR + JOUE
(art. 130.º e art. 131.º)
Consulta e
fornecimento das
peças do concurso
(art.133.º)
Apresentação
das
propostas
Prazo mínimo
para a
apresentação
das propostas =
art.136.º
Apresentação
das
propostas
Publica ̄o da Lista de Concorrentes em plataforma electrnica
utilizada pela entidade adjudicante (n.ᄎ 1 do art.ᄎ 138ᄎ)
no dia imediato ao termo do prazo para apresenta ̄o das propostas
Publicação da Lista de Concorrentes em plataforma eletrónica
utilizada pela entidade adjudicante (n..º 1 do art.138.º)
no dia imediato ao termo do prazo para apresentação das
propostas
Avaliação das propostas
(art 70.º e 139.º)
Negociação
(art. 149.º)
Negociações
(art. 151.º)
Relatório
preliminar
(art.152.º)
Audiência Prévia
(art. 153.º)
Relatório Final
(art.154.º)Adjudicação
Sim
Não
Notificação da decisão
de adjudicação
Apresentação
documentos habilitação
(art. 83.º)
Celebração de Contrato
Publicitação de ficha em
www.base.gov.pt
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IV. 5.8. Contrato
1. Após despacho de adjudicação do procedimento é notificado o adjudicatário para
apresentar os documentos de habilitação, fazer prova da prestação da caução (quando
exigível) e aprovar ou reclamar a minuta de contrato, quando esse for reduzido a
escrito. A não redução a escrito do contrato é substituída pelo envio ao adjudicatário
da requisição externa pela DAF-CGF. Nenhum contrato poderá ser celebrado antes de:
a. Da notificação de adjudicação a todos os concorrentes;
b. Da apresentação e verificação da validade dos documentos de habilitação
submetidos pelo adjudicatário;
c. Da prestação da caução quando essa tiver sido exigida;
d. Da aceitação da minuta do contrato pelo adjudicatário
Salvo indicação em contrário nas peças do procedimento a outorga dos contratos é
efetuada através da disposição pelas partes da assinatura eletrónica.
2. A celebração de quaisquer contratos na sequência de ajuste direto, não celebrados
ao abrigo do artigo 128.º do CCP, é publicitada, pelo GAGI no portal da Internet
dedicado aos contratos públicos através de uma ficha conforme modelo anexo ao CCP.
3. Os contratos celebrados ao abrigo de acordos quadros são igualmente objeto de
registo no SRVI (Sistema de Recolha e Validação de Informação).
4. A publicitação é condição do respetivo contrato independentemente da sua redução
ou não a escrito, nomeadamente para efeitos de quaisquer pagamentos.
IV. 5.9. Procedimentos de Pagamento
A autorização de pagamento e o pagamento devem obedecer ao estabelecido no
fluxograma seguinte:
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Fluxograma 15 - Fatura, fatura-recibo, fatura simplificada/Pagamento
Classificação
Fatura
Fatura-recibo
Fatura
simplificada
Divisão
Administrativa e
Financeira
Validação
pelos serviços
Ofício enviado à
entidadeDAF-CGF
validadop/correção
Aguarda-se
correçãoGACI
Conselho de
Gestão
Registo
contabilistico
DAF
Tesouraria
DAF
Tesouraria
DAF
verificação
Solicita parecer
Autorização de
pagamento
Pagamento
1 – A fatura, fatura-recibo ou fatura simplificada é rececionada, classificada (identificada) pelo setor de atendimento, expediente e arquivo e remetida ao setor da contabilidade e gestão financeira.
2 – A DAF-CGF remete documento para validação ao serviço que propôs a aquisição.
O documento é validado quantitativamente e qualitativamente por pessoa diferente de quem propôs a aquisição e remetido à DAF-CGF.
3 – DAF-CGF verifica processo de despesa:
i. Documento apresenta irregularidades, envia-o para a
entidade proceder à sua correção; ii. Solicita ao setor da tesouraria informação sobre
declaração de não dívida às finanças e segurança social; iii. Informa do valor a reter, atinente a dívida à Segurança
Social e Finanças no caso de existirem e cauções; iv. Publicitação na base gov; v. remete processo para o GACI.
4 – GACI verifica constituição do processo de despesa e envia-o ao setor da tesouraria para remeter para autorização de pagamento.
5 – Tesouraria:
i. Lançamento em Bancos da despesa; ii. Remete processo de despesa para autorização de
pagamento.
6 – Autorização de pagamento é efetuada pelos vogais do Conselho de Gestão do IPCA, na presença dos documentos que deram origem à despesa.
7 – Tesouraria - Pagamento:
i. efetua os procedimentos necessários na aplicação Homebanking, de forma a dar inicio à transferência do valor em pagamento, na ausência de informação que o permita fazer pelo sistema de Homebanking, procede à emissão do respetivo cheque;
ii. junta ao processo o comprovativo do meio de pagamento e remete cópia do comprovativo ao adjudicatário para emissão de recibo quando aplicável;
iii. efetua registo contabilístico;
iv. processo é arquivado sequencialmente por diário de pagamentos na DAF com todos os documentos que conduziram a cada uma das fases da execução orçamental, salvo os contratos reduzidos a escrito que são arquivados pelo GAGI.
IV. 5.10. Exceção às regras de pagamento-regime simplificado (artigo
128.º do CCP)
Em casos devidamente fundamentados, pode o órgão legalmente competente do IPCA
dispensar a apresentação de comprovativos da regularidade da situação contributiva e
fiscal em aquisições de bens e serviços em geral, referentes a pagamentos inferiores a
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€ 5.000, sendo estas, substituídas pela apresentação de uma declaração de honra do
adjudicatário em como tem a sua situação regularizada com as referidas entidades.
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IV.6. Despesa com Empreitadas
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IV. 6.1. Objetivo
Estabelecer os procedimentos e os métodos de controlo associados a análise de
despesas referentes à execução de obras de construção, reconstrução, ampliação,
alteração, reparação, conservação, limpeza, restauro, adaptação, beneficiação e
demolição de bens imóveis, destinadas a preencher, por si mesmas, uma função
económica ou técnica, executadas por conta do IPCA (dono de obra pública).
São consideradas empreitadas as aquisições de bens e serviços cujo CPV (vocabulário
comum para os contratos públicos) se encontra na divisão 45, identificada pelos dois
primeiros algarismos do código (XX000000-Y).
IV. 6.2. Âmbito de aplicação
Aplica-se a edifícios construídos, a construir ou a reabilitar, arranjos exteriores e
interiores.
IV. 6.3. Legislação
A principal legislação e regulamentação aplicável é:
i. Decreto-Lei n.º 155/92, de 28 de julho, que estabelece o regime da
administração financeira do Estado a que se refere a Lei n.º8/90, de 20 de
fevereiro, que aprovou as bases da Contabilidade Pública;
ii. Decreto-Lei nº 18/2008, de 29 de janeiro, que estabelece a disciplina aplicável
à contratação pública e o regime substantivo dos contratos públicos que
revistam a natureza de contrato administrativo (CCP), com as alterações
decorrentes da retificação n.º 18/2008, de 28 de março, Lei n.º 59/2008, de 11
de setembro, Decreto-Lei n.º 223/2009, de 11 de setembro, Decreto-Lei n.º
278/2009, de 2 de outubro, Lei n.º 3/2010, de 27 de abril, Decreto-Lei n.º
131/2010, de 14 de dezembro, Decreto-Lei n.º 40/2011, de 22 de março, Lei n.º
64-B/2011, de 30 de dezembro e Decreto-Lei n.º 149/2012, de 12 de julho.
iii. Portaria n.º 701-H/2008, de 29 de julho;
iv. Decreto-Lei n.º 6/2004, de 6 de janeiro;
v. Despacho n.º 1592/2004, de 23 de janeiro;
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vi. Despacho n.º 22637/2004, de 12 de outubro;
vii. Portaria n.º 959/2009, de 21 de agosto;
viii. Aviso n.º 3375/2006, de 16 de março;
ix. Aviso n.º 123918/2007, de 18 de julho;
x. Regulamento CE n.º 1177/2009, de 30 de novembro;
xi. Lei n.º 60/2007, de 4 de setembro, que republica o Decreto-lei n.º 555/99, de
16 de dezembro;
xii. Decreto-lei n.º 273/2003, de 29 de outubro.
IV. 6.4. Princípios gerais
1. À formação de contratos de empreitada de obras públicas aplicam-se, com as
necessárias adaptações, o disposto na parte de Despesas com Locação e Aquisição de
Bens e Serviços deste MCI.
2. O objetivo do procedimento de contratação de uma empreitada de obra pública é a
escolha da proposta economicamente mais vantajosa e adequada à sua execução,
num prazo compatível com os objetivos de execução da empreitada, respeitando a
legislação e normativos internos aplicáveis
IV. 6.5. Conceito
Empreitada de obras públicas é “(…)o contrato oneroso que tenha por objeto quer a
execução quer, conjuntamente, a conceção e a execução de uma obra pública que se
enquadre nas subcategorias previstas no regime de ingresso e permanência na
atividade de construção.” (n.º 1 do artigo 343.º do CCP).
Considera-se obra pública o resultado de qualquer trabalhos de construção,
reconstrução, ampliação, alteração ou adaptação, conservação, restauro, reparação,
reabilitação, beneficiação e demolição de bens imóveis, executados por conta do IPCA
(n.º 2 do artigo 343.º do CCP).
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IV. 6.6. Procedimentos pré-contratuais
1. As etapas principais na contratação de uma empreitada, são as seguintes:
Face ao montante da empreitada, antes da conclusão do procedimento pré-contratual
deverá ser salvaguardada a aquisição dos serviços de fiscalização bem como a
aquisição dos serviços de coordenação de segurança e saúde em obra.
2. As especificidades a observar são as seguintes:
a. A escolha do procedimento a adotar no âmbito deste tipo de contrato de
acordo com o critério do valor consta no capítulo Despesas com Locação ou
Aquisição de Bens e /ou Serviços deste MCI;
b. Para efeitos do CCP, “(…) o valor do contrato é o valor máximo do benefício
económico que, em função do procedimento adoptado, pode ser obtido pelo
adjudicatário com a execução de todas as prestações que constituem o seu
objecto, e no caso de um contrato de empreitada de obras públicas, o benefício
inclui ainda o valor dos bens móveis necessários à sua execução e que a entidade
adjudicante ponha à disposição do adjudicatário (…)”;
c. As peças do procedimento de empreitada são: o caderno de encargos e
programa elaborados nos termos do artigo 43.º do CCP:
1. Planeamento da fase de contratação
2.
Seleção do procedimento
3.
Preparação das peças do procedimento
4.
Tramitação do procedimento
5.
Celebração do Contrato
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d. Quando a obra a executar assuma complexidade relevante ou quando sejam
utilizados métodos, técnicas ou materiais de construção inovadores, o projeto de
execução referido no número anterior deve ser objeto de prévia revisão por
pessoa singular ou coletiva devidamente qualificada para a elaboração desse
projeto e distinta do autor do mesmo;
3. Tratando-se de empreitadas que careçam de licenciamento camarário nos termos
definidos no n.º 1 do artigo 7.º da lei n.º 60/2007, de 4 de setembro o GAGI procede
ao pedido de isenção de licenciamento junto da Câmara Municipal de Barcelos, bem
como da emissão do parecer prévio não vinculativo nos termos definidos no n.º 2 do
mesmo artigo. Para efeito deverão ser remetidos pelo setor de obras do GAGI à Câmara
Municipal um requerimento acompanhado de quatro exemplares dos projetos de
arquitetura e especialidades de engenharia em formato digital.
IV. 6.7. Procedimentos a adotar após celebração do contrato
1. Compete ao setor de obras do GAGI a gestão dos processos de empreitada,
nomeadamente:
a. Verificar se o contrato se encontra sujeito a Visto Prévio do Tribunal de
Contas e promover o processo relativo à obtenção do comprovativo da concessão
do Visto;
b. No prazo de 10 dias a contar da data da celebração do contrato de empreitada
ou da concessão de obras públicas, enviar o relatório de contratação ao Instituto
da Construção e do Imobiliário, I. P., de acordo com o modelo aprovado pela
Portaria n.º 701-E/2008, de 28 de julho;
c. Em caso de contratos adicionais, elaborar e remeter uma síntese histórica da
empreitada, bem como uma cópia dos contratos e respetivos adicionais,
anteriormente celebrados;
d. Praticar atos e enviar relatórios relativos ao acompanhamento das
empreitadas, definida no MCI e comunicação às entidades competentes,
conforme previsto no CCP;
2. Compete ao setor de aquisições do GAGI publicar a ficha contendo os elementos
essenciais do contrato de empreitada no portal único da Internet dedicado aos
contratos públicos (www.base.gov.pt), devendo anexar esta ficha ao processo e demais
relatórios necessários ao cumprimento do disposto no CCP e legislação complementar.
3. Marcos temporais da empreitada
Os principais marcos temporais da empreitada são a consignação, receção provisória e
receção definitiva.
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A consignação total da empreitada deve estar concluída no prazo máximo de 30 dias
da data que constar no contrato e formalizada em auto.
A receção provisória destina-se a verificar o cabal cumprimento de todas as obrigações
contratuais, é precedida de vistoria feita pelo DO com o empreiteiro. Normalmente é
realizada por comissão nomeada pelo DO (ou entidade em que este delegue e
formalizada em Auto (artigo 394.º a 396.º do CCP).
A receção definitiva é definida no contrato, destina-se a verificar a funcionalidade
regular da obra e o cabal cumprimento de todas as obrigações contratuais durante o
prazo de garantia. É precedida de vistoria feita pelo DO com o empreiteiro, é
formalizada em Auto (artigo 398.º do CCP).
4. Representação do Dono da Obra (DO)
O Dono da Obra é a entidade por conta de quem a obra é realizada (os atos de direção,
aprovação e modificação unilateral dos contratos são assumidos pelo órgão
competente para a aprovação da despesa ou entidade em que este delegue).
O Dono da Obra no caso do IPCA é o IPCA, mesmo se tratando de obras para os
Serviços de Ação Social.
O representante do Dono da Obra é o Presidente do IPCA, ou a quem este delegar.
Consignação
Receção
provisória
Receção definitiva
Ato pelo qual o dono da obra (DO) faculta ao empreiteiro o acesso aos prédios onde irá decorrer a obra e fornece os elementos necessários ao início dos trabalhos.
Ato pelo qual o DO declara que a obra se
encontra em condições de ser recebida.
Prazo de garantia Prazo durante o qual o empreiteiro é
obrigado a corrigir os defeitos da obra.
Ato pelo qual o DO aceita definitivamente
a obra.
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5. Fiscalização
O Diretor da Fiscalização é a entidade (recursos internos ou externos) nomeada pelo
DO para a fiscalização da execução do contrato.
São funções da fiscalização:
a. Verificar o integral cumprimento do contrato (no que respeita nomeadamente
à qualidade, segurança, modo de execução, preços e prazos de execução),
emitindo as diretrizes necessárias ao efeito, quando necessário;
b. Participar ao DO situações que comprometam o cumprimento do contrato
sempre que as detetar na execução da obra;
c. Cumprir com o previsto no CCP (no que respeita a medições, notificações
relativas ao plano de trabalho e outros);
d. O exercício do poder de fiscalização deve ficar documentado em autos,
relatórios ou livros próprios (Livro de Registo de Obra);
e. O Diretor da Fiscalização da obra não tem poderes de representação do DO
em matéria de modificação, resolução ou revogação do contrato;
f. As decisões que ultrapassem as competências da Fiscalização devem ser
submetidas por esta ao DO.
6. Liquidação da empreitada – Conta final
3.1. O objetivo da conta final da empreitada é:
i. refletir a totalidade dos pagamentos efetuados, e
ii. refletir o acordo do empreiteiro com os pagamentos realizados, permitindo o
fecho da obra.
3.2. São elementos da conta:
i. verbas globais pagas referentes a trabalhos do contrato;
ii. trabalhos a mais e a menos, erros e omissões, revisões de preços, prémios,
sanções, indemnizações;
iii. mapa de trabalhos a mais e a menos, erros e omissões, com indicação dos
preços unitários aplicados;
iv. mapa de trabalhos e valores sobre os quais subsistam reclamações ou
reservas.
3.3. O prazo de elaboração da conta final é
i. dois meses após a primeira revisão de preços ordinária subsequente à receção
provisória;
ii. meses após receção provisória, caso não haja revisão de preços.
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7. Pagamentos – Regras gerais
a. O pagamento ao empreiteiro dos trabalhos incluídos no contrato far-se-á por
medição, no período determinado no contrato, com observância do disposto
nos artigos 387.º e seguintes do CCP;
b. Os autos de medição são elaborados de acordo com o modelo e respetivas
instruções fornecidos pelo diretor de fiscalização da obra;
c. Cada auto de medição deve referir todos os trabalhos constantes do plano de
trabalhos que tenham sido concluídos durante o mês, sendo a sua aprovação
da responsabilidade do diretor de fiscalização da obra;
d. O pagamento relativo a empreitadas e à revisão de preços só será efetuado
depois do auto de medição ter sido visado pelo diretor de fiscalização da obra
e ter sido apresentado o respetivo relatório de acompanhamento da
empreitada.
8. Procedimentos contabilísticos
7.1. As despesas relativas a empreitadas pressupõem os seguintes registos
contabilísticos:
a. Cabimento dos encargos com o pessoal ao serviço, no início do exercício;
b. Compromisso;
c. Obrigação, na data do processamento das remunerações (através da inserção
das folhas de abonos);
d. Autorização de pagamento, na data em que a ordem de pagamento é
autorizada;
e. Pagamento, na data da transferência bancária ou da emissão do cheque
7.2. Às despesas com empreitadas aplica-se o disposto no CCP e legislação
complementar, e os procedimentos previstos em Despesas com Locação ou
Aquisição de Bens e/ou Serviços deste MCI.
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----------------------------------------------------------------------------------------
IV.7. Contrato de Tarefa e Avença
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IV. 7.1. Objetivo
Estabelecer os procedimentos e os métodos de controlo associados aos contratos de
tarefa e avença, designadamente o pagamento de contratos de tarefa ou avença, nos
termos do disposto no artigo 35.º, da LVCR.
IV. 7.2. Âmbito de aplicação
Aplica-se no processo de contratos de tarefa ou avença, incluindo despesas com
formação.
IV. 7.3. Legislação
A principal legislação e regulamentação aplicável é:
i. Decreto-Lei nº 18/2008, de 29 de janeiro, que estabelece a disciplina
aplicável à contratação pública e o regime substantivo dos contratos públicos
que revistam a natureza de contrato administrativo (CCP), com as alterações
decorrentes da retificação n.º 18/2008, de 28 de março, Lei n.º 59/2008, de 11
de setembro, Decreto-Lei n.º 223/2009, de 11 de setembro, Decreto-Lei n.º
278/2009, de 2 de outubro, Lei n.º 3/2010, de 27 de abril, Decreto-Lei n.º
131/2010, de 14 de dezembro, Decreto-Lei n.º 40/2011, de 22 de março, Lei n.º
64-B/2011, de 30 de dezembro e Decreto-Lei n.º 149/2012, de 12 de julho;
ii. Lei n.º 62/2007, de 10 de setembro, que aprova o regime jurídico das
instituições de ensino superior;
iii. Lei n.º 12-A/2008, de 27 de Fevereiro – Estabelece os regimes de vinculação,
de carreiras e de remunerações dos trabalhadores que exercem funções públicas
iv. Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro, que aprova o Orçamento do Estado
para o ano de 2013;
v. Regulamentação interna, nomeadamente o Despacho (PR) n.º 1/2013, de 3 de
janeiro.
IV. 7.4. Conceito
1. Considera-se contrato de tarefa, aquele que tem como objeto a execução de
trabalhos específicos, de natureza excecional, não podendo exceder o termo do prazo
contratual inicialmente estabelecido.
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2. Os prazos máximos dos contratos de tarefa para o exercício de atividade docente,
está definida no Despacho (PR) n.º 3/2013, de 3 de janeiro.
3. Contrato de avença, tem como objeto prestações sucessivas no exercício de
profissão liberal, com retribuição certa mensal, podendo ser feito cessar a todo o
tempo, por qualquer das partes.
IV. 7.5. Regras e procedimentos gerais dos contratos de tarefa para
atividade docente
1. A contratação de pessoal para prestação de serviços em regime diverso do previsto
no ECPDESP apenas é admitida em situações excecionais.
2. Conforme Despacho (PR) n.º 1/2013, considera-se situação excecional, e
consequentemente, possível de contratação em regime de prestação de serviço, o
desenvolvimento das seguintes atividades:
a. Formação em cursos de mestrado, cursos de especialização tecnológica, pós-
graduação, especializações ou cursos breves, desde que cada módulo ou unidade
curricular não tenha duração superior a 3 meses ou a 90 horas;
b. Palestras, seminários, conferências não superiores a 6 horas cada;
c. Apoio técnico nos projetos de simulação, designadamente empresarial e
profissional, desde que um docente a tempo integral do IPCA seja responsável
pela unidade curricular, designadamente a avaliação.
3. A contratação dos formadores referida na alínea a) e carece de parecer favorável do
Conselho Técnico-científico da respetiva Unidade Orgânica.
4. Por regra, os formadores a contratar para lecionar em curso de mestrado, devem
ser titulares do grau de doutor ou do título de especialista.
5. Ao pessoal contratado são aplicáveis as incompatibilidades e impedimentos bem
como descontos e deduções previstos na lei, incluindo a redução prevista na
LEO2013.
6. Por regra, não é admitida a acumulação de contrato de prestação de serviços, em
regime de tarefa, por docentes do IPCA com contrato ao abrigo do ECPDESP, salvo
para a realização de palestras, seminários, conferências ou cursos breves, até ao limite
de 30 horas anuais fora do contrato celebrado como docente.
7. Nas situações referidos no número anterior, as horas dadas por docentes em
exclusividade entram para o “banco de horas”.
8. A contratação de formadores externos, no âmbito de prestação de serviço têm de
ser previamente autorizadas pelo Presidente do IPCA, sendo o valor/hora máximo a
pagar estabelecido no Despacho (PR) n.º 1/2013, de 3 de janeiro.
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9. Em casos devidamente justificados, nomeadamente, prestação de serviços referente
a lecionação de seminários, palestras ou conferências abertas à comunidade será pago
alojamento e despesas de deslocação.
10. As propostas de contratação deverão ser remetidas ao GAPe DAF-CGF, com a
antecedência prévia de 10 dias úteis em relação ao início da prestação de serviços,
devendo ser acompanhadas dos seguintes elementos:
a. Proposta de contratação;
b. Minuta da ata do conselho científico;
c. Minuta do contrato;
d. Declaração de aceitação dos termos do contrato;
e. Curriculum Vitae;
f. Certificado de habilitações;
g. Ficha de identificação do formador;
h. Declaração de não dívida à Segurança Social e Finanças.
11. Os elementos descritos no ponto anterior, com a exceção da alínea a), c), d) e g),
podem ser substituídos por uma declaração do Diretor da Unidade Orgânica,
referenciado que esses documentos se encontram arquivados na respetiva Escola.
12. É dispensada a entrega do Curriculum Vitae nas propostas de contratação de
tarefa e avença quando, em ano em curso e/ou no ano imediatamente anterior, o
formador proposto tiver colaborado com o IPCA e, decorrente dessa colaboração, já
tiver sido apresentado Curriculum Vitae.
13. A apresentação do certificado de habilitações, é dispensado nas seguintes
situações:
a. Formadores que obtiveram o curso no IPCA;
b. Formadores que já entregaram o certificado de habilitações em contratos
anteriores;
c. Formadores com vínculo em outras instituições de ensino superior,
nomeadamente verificação no REBIDES.
14. As propostas de contratação, devem obedecer aos preceitos estabelecidos no
Despacho (PR) n.º1/2013, de 3 de janeiro.
15. A DAF-CGF no prazo de três dias úteis, analisam a proposta:
a. Analisam se está em conformidade com o Despacho (PR) n.º 1/2013, de 3 de
janeiro, documentação exigível, declarações e não dívidas à Segurança Social e
Finanças;
b. Informam a dotação disponível (informação de cabimento);
c. Anexam a conta corrente do prestador de serviços;
d. Informam se a proposta é objeto de redução (OE2013) e fundos disponíveis.
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16. O GAP insere a informação na base de dados e anexam listagem dos contratos de
prestação de serviços relativa à entidade em causa.
17. Às propostas são remetidas ao Presidente do IPCA para autorização.
18. Após autorização da proposta de contratação pelo Presidente, a DAF-CGF efetua o
compromisso.
19. É dispensada autorização para realização da despesa nos casos em que na
proposta de curso já estava identificado o formador e foi anexada a documentação
exigida nos pontos anteriores, nomeadamente ponto 10..
20. Os contratos de tarefa e avença para atividade docente são elaborados pelo GAP.
21. É dispensada a celebração de contrato, nas prestações de serviços relativas a
seminários, palestras e conferências, cabendo a instrução destes processos e o
respetivo arquivo aos Diretores das Unidades Orgânicas, sendo obrigatório o
cabimento, compromisso e autorização prévia para a sua realização, exarada pelo
Presidente do IPCA.
22. O serviço requisitante, no fim da prestação de serviços, envia à DAF-CGF os
respetivos documentos de despesa, verificados pela pessoa designada para o efeito,
acompanhados dos seguintes elementos:
i. Relatório (quando aplicável);
ii. Registos de assiduidade, sumários e elementos de avaliação, podendo ser
substituídos por uma declaração do Diretor da Unidade Orgânica, certificando
que os documentos encontram-se arquivados no respetivo dossier pedagógico;
iii. Formulário para autorização de pagamento, com a confirmação do responsável
pelos DA em como a pauta de avaliação encontra-se naquele serviço.
23. A DAF-CGF analisa os documentos, anexa todo o processo de despesa e remete
processo para o GAP.
24. O GAP analisa o formulário de autorização de pagamento, solicita fatura-recibo e
procede respetivo processamento remetendo todo processo à DAF-CGF.
25. A DAF-CGF efetua o registo contabilístico da fase da obrigação e verificação de
todos os documentos que deram origem à despesa e envia processo ao GACI para
validação.
26. O GACI procede à análise do processo. Após validação, remete-o à DAF-Tesouraria
para efetuar o lançamento da despesa em bancos e conduzir processo para
autorização de pagamento.
27. Os vogais do Conselho de Gestão autorizam o pagamento, assinando no carimbo
“Autorizo o Pagamento” e devolvem o processo à DAF-Tesouraria, para processamento
do pagamento.
28. A Tesouraria após efetuar o pagamento:
a. junta ao processo de despesa o comprovativo do pagamento (cópia do cheque
ou documento justificativo da transferência);
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b. notifica e envia comprovativo do pagamento aos intervenientes no processo,
via e-mail;
c. imprime as notas de pagamento para anexar ao processo e arquiva por diário
e ordem sequencial de pagamento.
29. O processo é arquivado com todos os documentos que conduziram ao registo de
cada uma das fases da execução orçamental na DAF.
30. Não podem ser contratados serviços a quem num mesmo ano económico tenham
sido adjudicados objetos do mesmo tipo ou idênticos através de um procedimento de
ajuste direto simplificado, num valor acumulado igual ou superior a € 5 000.
31. A proposta de contratação, contrato e processo de autorização de pagamento,
devem obedecer aos procedimentos constantes nos fluxogramas seguintes:
Fluxograma 16 - Proposta de contratação
Diretor(a) da Escola
Gabinete de apoio à
Presidência
Divisão Administrativa e
Financeira (DAF)
As propostas de contratação são
encaminhadas ao Presidente, GAP e
DAF, com a antecedência prévia de 10
dias úteis em relação ao início da
prestação de serviços
Estas propostas têm de ser acompanhadas dos
seguintes elementos:
- Proposta de contratação”, donde consta a
concordância da entidade formadora;
- Formulário “Ajudas de custos, deslocações e
estadia” quando aplicável);
- Ficha de Identificação do formador,
- Minuta do Contrato assinada/ e rubricada em (todas
as folhas) pela entidade formadora;
- Orçamento do curso;
- Declarações de não divida à segurança social e
finanças;
- Minuta da ata do conselho científico;
- Curriculum Vitae;
- Certificado de habilitações.
Presidente do IPCA
A DAF-CGF, no prazo de três dias úteis:
- Analisam se está em conformidade com o Despacho
(PR) 1/2013, relativos ao valor hora a pagar;
- Informam a dotação disponível (informação de
cabimento);
- Anexam a conta corrente do prestador de serviços;
- Informam acerca da redução remuneratória LEO2013.
- remetem todo o processo para o Presidente do IPCA
para autorização das despesa
Gabinete de apoio à
PresidenciaAutoriza/
Não Autoriza
Divisão Administrativa
e Financeira (DAF)
Diretor(a) da
Escola
Remete o
processo
Informa da
decisão
Registo do Compromisso
Inserem informação na base
de dados e anexam listagem
dos contratos de prestação de
serviços relativa à entidade em
causa.
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Fluxograma 17 – Contrato de prestação de serviços
DAF
Contabilidade e
Gestão Financeira
Formador DAF-CGFDiretor(a) da
Escola
Após a autorização para contratar, o GAP elabora o
contrato de prestação de serviços, e no prazo de três dias
úteis notifica o formador para assinar o contrato (deve
estar assinado antes do início da prestação de serviços).
Remete o duplicado do contrato assinado por ambas as
partes ao formador.
Informa DAF-CGF e Diretor da Escola que o contrato
encontra-se assinado e arquivado no processo.
Informam o número de
compromisso
Fluxograma 18 - Autorização de pagamento
Gabinete de Auditoria e
Controlo Interno (GACI)
A DAF-CGF, efetua o lançamento da
obrigação, analisa se estão em anexo os
documentos financeiros exigidos
(prestação de serviços autorizada,
contrato assinado por ambas as partes,
declarações de não divida válidas
,formulário de “Prestação de serviços de
formação – autorização de pagamento”
devidamente assinado pelo(a) diretor(a) da
EST/ESG e Responsável DA.
Remete todo o processo para o GACI, para
validação, antes da autorização de
pagamento.
DAF-Tesouraria
Vogais do Conselho
de Gestão
autorizam o
pagamento
validaçãoprocesso
Lançamento em bancos
DAF-Tesouraria
Pagamento
Diretor(a) da Escola
Gabinete de apoio à
Presidência
Divisão Administrativa e
Financeira (DAF-CGF)
No final da prestação de serviços,
é encaminhado o formulário
“Prestação de serviços de
formação – autorização de
pagamento” devidamente
assinado pelo(a) diretor(a) da
EST/ESG e Responsável pela
Divisão AcadémicaO GAP solicita ao formador:
- o documento de despesa, do
qual tem que contar
obrigatoriamente “formação do
curso X, com n.º de cabimento
y e n.º de compromisso z”;
- declarações de não dívida à
Segurança Social e Finanças,
quando desatualizadas.
O GAP após obtenção destes
elementos efetua o
processamento e encaminha
para a DAF.
Remete
o
processo
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Fluxograma 19 - Pagamento de prestação de serviços
DAF
Tesouraria
Formador DAF-CGF
Até ao segundo dia útil após efetuar o
pagamento, a Tesouraria comunica o
formador, via e-mail, indicando o n.º de
cabimento do contrato e anexa o
comprovativo do pagamento.
Até ao segundo útil após efetuar o pagamento, a
DAF-Tesouraria comunica o ato à DAF-CGF,
GAGI e Diretor(a) da Escola
- Efetua o pagamento de todas
as prestações de serviços
autorizadas superiormente até
ao dia seguinte útil da referida
autorização, através do IGCP.
- Efetua o lançamento do
pagamento, até ao segundo dia
útil após a autorização de
pagamento.
- Efetua o arquivo dos processos,
no diário respetivo por ordem
sequencial.
- Arquivo permanece na DAF-
CGF.
GAGIDiretor(a) da
Escola
IV. 7.6. Regras e procedimentos nos contratos de tarefa e avença para
outras atividades
1. A celebração de contrato de tarefa e avença apenas pode ter lugar quando
cumulativamente:
a. Se trate da execução de trabalho não subordinado, para o qual se revele
inconveniente o recurso a qualquer modalidade da relação jurídica de emprego
pública;
b. Seja observado o regime legal da aquisição de serviços;
c. O contratado comprove ter regularizadas as suas obrigações fiscais e com a
segurança social.
2. Considera-se trabalho não subordinado o que, sendo prestado com autonomia, não
se encontre sujeito à disciplina e à direção do IPCA (artigo 35.º da Lei n.º 12-A/2008,
de 27 de fevereiro).
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3. Sem prejuízo da produção plena dos seus efeitos durante o tempo em que tenham
estado em execução, os contratos de prestação de serviços celebrados com violação
dos requisitos previsto nos n.os 2 e 4 do artigo 35.º da Lei n.º 12-A/2008, de 27 de
fevereiro, são nulos.
4. A violação dos números referidos, faz incorrer o seu responsável em
responsabilidade civil, financeira e disciplinar.
5. Compete ao serviço que faz a proposta e aos demais serviços dar cumprimento ao
disposto em Despesas com Locação ou Aquisição de Bens e/ou Serviços e observar o
cumprimento de todos os procedimentos nele estabelecidos, com as necessárias
adaptações, até à fase de autorização da adjudicação e da realização da despesa.
6. As propostas de autorização da adjudicação e da realização da despesa deverão ser
remetidas ao GAGI, com a antecedência prévia mínima de 20 dias úteis em relação ao
início da prestação de serviços, devendo ser acompanhadas dos seguintes elementos:
a. Proposta de aquisição (com justificação da necessidade);
b. Curriculum Vitae;
c. Certificado de habilitações, e/ou certificação legalmente exigida;
d. Declaração de não dívida às Finanças e Segurança Social.
7. É dispensada a entrega do Curriculum Vitae nas propostas de contratação de
tarefa e avença quando, em ano em curso e/ou no ano imediatamente anterior, o
prestador de serviço proposto tiver colaborado com a instituição e, decorrente dessa
colaboração, já tiver sido apresentado Curriculum Vitae.
8. A apresentação do certificado de habilitações prenunciado é dispensada
exclusivamente nas seguintes situações:
i. Obtenção do curso no IPCA;
ii. Certificado de habilitações entregue em contratos anteriores;
iii. Prestadores de serviço, com vínculo em outras instituições de ensino superior,
nomeadamente através de verificação no REBIDES.
9. O GAGI na elaboração da proposta, obedece todos os requisitos inscritos em
Despesas com Locação ou Aquisição de Bens e /ou Serviços, e remete todo o processo
à DAF-CGF.
10. A DAF-Contabilidade e Gestão Financeira:
a. Informam a dotação disponível (informação de cabimento);
b. Anexam a conta corrente do prestador de serviços;
c. informa sobre a aplicabilidade de redução prevista no OE2013;
d. Remete processo para autorização.
11. Às propostas são autorizadas pelo Presidente do IPCA.
12. Após autorização da proposta pelo Presidente a DAF-CGF efetua o registo do
compromisso.
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13. Compete ao GAGI:
i. Notificar o adjudicatário e todos os concorrentes da adjudicação,
acompanhada do relatório final (se aplicável);
ii. Notificar o adjudicatário da minuta do contrato (se aplicável), para aprovação,
e para proceder à entrega dos documentos de habilitação exigidos nas peças do
procedimento a fim de completar o processo de aquisição, nomeadamente,
comprovativos de situação regularizada por dívidas às finanças e segurança
social;
iii. Notificar os outros concorrentes da entrega dos documentos de habilitação (se
aplicável);
iv. Cumprir os procedimentos necessários à outorga do contrato por ambas as
partes, se for o caso;
v. Publicitar a ficha contendo os elementos essenciais do contrato no portal
único da Internet dedicado aos contratos públicos (www.base.gov.pt), devendo
anexar esta ficha ao processo e demais relatórios necessários ao cumprimento
do disposto no CCP e legislação complementar;
vi. Depois do contrato original estar assinado por ambas as partes, deverá o GAP
enviar uma cópia à DAF-CGF e ao serviço requisitante e informar o júri (caso
exista).
14. Os procedimentos que procedem após a assinatura do contrato e antecedem o
pagamento são os descritos nos procedimentos de contratos de tarefa e avença para a
atividade docente.
15. Após informação da DAF-CGF e validação do GACI, a DAF-Tesouraria remete
processo de despesa aos vogais do Conselho de Gestão para autorização de
pagamento.
16. Os vogais do Conselho de Gestão assinam no carimbo “Autorizo o Pagamento” e
devolvem o processo à DAF-Tesouraria, para processamento do pagamento.
17. A DAF-Tesouraria após efetuar o pagamento:
a. junta ao processo de despesa o comprovativo do pagamento (cópia do cheque
ou documento justificativo da transferência);
b. notifica e envia comprovativo do pagamento aos intervenientes no processo,
via e-mail;
c. imprime as notas de pagamento para anexar ao processo;
d. arquiva por ordem sequencial e número de diário de pagamento.
18. O processo é arquivado com todos os documentos que conduziram ao registo de
cada uma das fases da execução orçamental na DAF.
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----------------------------------------------------------------------------------------
IV.8. Despesas por Fundo Maneio
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IV. 8.1. Objetivo
O Fundo de Maneio (FM) tem por objetivo colocar um certo valor monetário inicial ao
dispor de determinado responsável com vínculo ao IPCA e fixar um montante máximo
anual de despesas a realizar e a pagar através de FM, visando fazer face a despesas de
pequeno montante das respetivas unidades orgânicas, serviços ou centros de
investigação.
IV. 8.2. Âmbito de aplicação
Aplica-se no processo de constituição, reconstituição e sua reposição, bem como os
procedimentos e instrumentos a ter em consideração por parte dos respetivos
responsáveis.
IV. 8.3. Legislação
A principal legislação e regulamentação aplicável é:
i. Decreto-Lei n.º 155/92, de 28 de julho, que estabelece o regime da
administração financeira do Estado a que se refere a Lei n.º8/90, de 20 de
fevereiro, que aprovou as bases da Contabilidade Pública;
ii. Decreto-Lei n.º 127/2012, de 21 de junho, contempla as normas legais
disciplinadoras dos procedimentos necessários à aplicação da Lei dos
Compromissos e dos Pagamentos em Atraso, aprovada pela Lei n.º 8/2012, de
21 de fevereiro, e à operacionalização da prestação de informação nela prevista;
iii. Regulamentação interna, nomeadamente Despacho (PR) n.º 3/2013, de 15 de
janeiro.
IV. 8.4. Conceito
O Fundo de Maneio é uma pequena-caixa para pagamentos de baixo montante,
urgentes e inadiáveis cuja movimentação e autorização da despesa é da exclusiva
competência do responsável proposto e aprovado pelo Presidente do IPCA. A sua
utilização tem carácter excecional.
IV. 8.5. Natureza das despesas realizadas e pagas
1. As despesas realizadas e pagas através do FM constituído, para além de se
enquadrarem nos critérios de FM, têm de se enquadrar, quanto à sua natureza, nas
Manual de Controlo Interno
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contas do POC – Educação e especificações que forem fixadas para cada ano
económico na deliberação do órgão competente.
2. É vedada a realização e pagamento despesas através de FM independentemente do
valor, do seguinte tipo de despesas:
i. Ajudas de custo/deslocações e outras despesas com o pessoal;
ii. Prestações de serviços;
iii. Aquisições de bens duradouros sujeitos a inventário, incluindo livros;
iv. Aquisições ao abrigo de Acordo Quadro em vigor (ANCP).
IV. 8.6. Admissibilidade da realização e pagamento de despesas
1. A realização e pagamento das despesas em conta de FM devem cumprir os
seguintes requisitos:
a. Ser de pequeno montante - as despesas de baixo montante são as de valor igual
ou inferior a 100 euros com IVA incluído. Cada despesa por si só não poderá
exceder este montante;
b. Ser autorizada por um responsável;
c. Ser fundamentada, por referência ao motivo porque a despesa foi realizada e
paga;
d. Obter -se o documento válido comprovativo da despesa que inclua todos os
requisitos exigidos face ao Código do CIVA;
e. Manter um registo permanente pelo responsável com FM constituído.
2. Todas as despesas de valor igual ou inferior a 100 euros das unidades orgânicas,
serviços ou centros de investigação com FM, terão obrigatoriamente que ser pagas
pelo FM, desde que se encontrem enquadradas na sua definição, nomeadamente:
i. Despesas com correspondência, que não possam ser incluídas no contrato
(avença);
ii. Despesas com combustível desde que não se enquadrem no contrato
celebrado ao abrigo do acordo quadro (deslocação do motorista no estrangeiro);
iii. Despesas com almoços e jantares;
iv. Despesas com material de manutenção;
v. Despesas com a organização de eventos e reuniões;
vi. Despesas de farmácia;
vii. Despesas com jornais e revistas.
3. Os documentos legais dos comprovativos de despesa são obrigatoriamente “faturas”
acompanhadas de “recibo”, “fatura-recibo” e “fatura simplificada” acompanhada do
Manual de Controlo Interno
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“recibo”, obedecendo os requisitos previstos no Código do IVA. Estes documentos
devem discriminar o tipo e quantidade de bens adquiridos.
4. Os documentos de despesa são obrigatoriamente originais. Nos originais dos
documentos de despesa pagos através de FM será aposto os seguintes elementos:
i. Pago por FM;
ii. A justificação, a data e assinatura de quem efetua a aquisição;
iii. A validação do responsável pelo fundo de maneio, data e assinatura.
5. Nos documentos legais comprovativos de despesa de jantares e almoços é
obrigatório constar:
i. O âmbito;
ii. Número de participantes;
iii. Identificação de cada um dos participantes.
6. Os documentos que suportam a realização e pagamento das despesas em conta de
FM são entregues na DAF-CGF até ao dia 6 (seis) do mês seguinte a que os
movimentos dizem respeito.
IV. 8.7. Fases
IV. 8.7.1. Constituição
1. Anualmente, e no início de cada ano económico com base na legislação em vigor é
constituído o Fundo de Maneio (FM) em nome do responsável, por classificação
económica adequada.
2. Durante o mês de janeiro o Presidente do IPCA, após informação da DAF-CGF,
delibera e informa da autorização de constituição do FM.
3. Após a deliberação de autorização de constituição do FM, o impresso com o
despacho do Presidente do IPCA segue para a DAF-Tesouraria.
4. A DAF - Tesouraria emite o cheque, endossado ao responsável, pelo valor atribuído.
5. O cheque devidamente assinado e autenticado com selo branco segue para o
responsável através de correio interno, que deverá ser levantado de imediato,
constituindo deste modo um valor em caixa, sobre a responsabilidade do seu titular.
6. A DAF - Tesouraria verificando que o cheque se encontra em transito há pelo
menos dois meses deve contactar o portador do mesmo por e-mail reportando a
situação e informando o cancelamento do cheque no prazo de 8 dias úteis após essa
notificação.
7. Será da responsabilidade da DAF-CGF, manter atualizado o dossier documental de
suporte, com os seguintes elementos:
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i. Pedido inicial de constituição e pedidos de reconstituição subsequentes;
ii. Despachos e deliberações;
iii. Registo de devolução de documentos, se as houver;
iv. Outros elementos considerados relevantes.
IV. 8.7.2. Reconstituição
1. O FM é reconstituído de acordo com as necessidades de cada serviço, efetuado
mensalmente com base nas despesas já efetuadas através do seu registo
contabilístico.
2. O FM, até dia 6 do mês seguinte deve ser regularizado mensalmente.
3. A reposição deve ser feita com base no mapa de reposição de FM, acompanhado do
conjunto dos documentos de despesa legais e originais.
4. A DAF - Tesouraria emite o cheque, endossado ao responsável, pelo valor de
reconstituição.
5. O cheque devidamente assinado e autenticado com selo branco segue para o
responsável pelo fundo através de correio interno, que deverá ser levantado e imediato,
constituindo deste modo um valor em caixa, sobre a responsabilidade do seu titular.
6. A DAF - Tesouraria verificando que o cheque se encontra em transito há pelo
menos dois meses deve contactar o portador do mesmo por e-mail reportando a
situação e informando o cancelamento do cheque no prazo de 8 dias úteis após essa
notificação.
7. Princípios relativamente à reconstituição de FM:
a. Todos os pedidos de reconstituição de FM carecem de uma autorização de
pagamento da despesa, que deverá ser dada pelo Conselho de Gestão ou a quem
este órgão delegar;
b. A reconstituição de FM não pode incluir documentos com datas anteriores à
última reconstituição, salvo casos excecionais devidamente justificados e aceites
pelo Presidente do IPCA;
c. Não poderá ser efetuada uma reconstituição periódica de FM superior ao
atribuído inicialmente;
d. Quando o valor de despesa não atinja 30% do montante do FM atribuído, a DAF
- Tesouraria só reconstitui o FM no mês seguinte;
e. Todos os documentos de despesa apresentados pelo responsável do FM, cuja
natureza não se enquadre na sua definição, ou o documento não obedeça às regras
contabilísticas e fiscais em vigor, não serão pagos.
Manual de Controlo Interno
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IV. 8.7.3. Reposição
1. A reposição final de FM ocorre numa das seguintes situações:
i. Valor não gasto e depositado até 22 de Dezembro, devendo o respetivo
comprovativo de depósito, dar entrada na DAF-CGF impreterivelmente 24 horas
depois de efetuado o depósito;
ii. Sempre que deixe de se verificar o fim para que foi constituído;
iii. Sempre que algum dos seus responsáveis não cumpra os normativos
vigentes;
iv. Quando o Presidente do IPCA expressamente o determine
2. O FM final a repor deve ser igual ao FM constituído inicialmente, deduzidos os
documentos de despesa pagos no último mês.
IV. 8.8. Fundo de Emergência
1. Conforme Despacho (PR) n.º 40/2012, de 19 de abril, que aprovou o regulamento
do Fundo de Emergência, em 2013 é novamente constituído o Fundo de Emergência
em nome do Diretor dos SAS, por classificação económica adequada.
2. Mensalmente os SAS remetem à DAF-CGF, os documentos legais dos
comprovativos de despesa que são obrigatoriamente “faturas” acompanhadas de
“recibo”, “fatura-recibo” e “fatura simplificada” acompanhada do “recibo”, obedecendo
os requisitos previstos no Código do IVA. Estes documentos devem discriminar o tipo
de apoio concedido e/ou numero do estudante.
3. A reposição final do Fundo de Emergência realiza-se através de depósito, a efetuar
até 22 de Dezembro, devendo os documentos de despesa e respetivo comprovativo de
depósito, dar entrada na DAF-CGF impreterivelmente até 24 horas úteis depois do
depósito.
IV. 8.9. Prestação anual de contas dos Fundos de Maneio
São elaborados pela DAF-CGF, mapas de FM, conforme modelo apresentado nas
instruções nº 1/2004, de 14/2, do Tribunal de Contas.
Manual de Controlo Interno
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Fluxograma 20 - Constituição do Fundo de Maneio
Indicação do
responsável
Serviços
Parecer da constituição e
indicação do responsável
DAF
Tesouraria
Diretor da Escola/
Administrador
Modelo
Presidente
do IPCAPara correção
Aprova
Emitir cheque ao
responsável pelo
FM
Registo
contabilístico
Divisão Administrativa e
Financeira (DAF-CGF)
Manual de Controlo Interno
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Fluxograma 21 - Reconstituição do Fundo de Maneio
Responsável
pelo FM
DAF-CGF
GACI
Mapa de
Fundo de
Maneio
Mensalmente, até ao
dia 6 do mês seguinte
acompanhado dos
documentos de
despesa
P/correção
Aguarda receção de documentos
originais
DAF
Tesouraria Responsável pelo
FM
P/correção
Autorização de
Pagamento
DAF
Tesouraria
Preparação
do cheque
Registo
contabilístico
DAF-CGF
Fluxograma 22 - Reposição final do Fundo de Maneio
Responsável
pelo FM
DAF-CGF
Documentos de
despesa
Mapa de
reposição
Depósito
bancário
DAF
Tesouraria
entregue na DAF
impreterivelmente 24 horas
depois de efetuado
Manual de Controlo Interno
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IV.9. Subsídios
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IV. 9.1. Objetivo da norma
Estabelecer os métodos de controlo associados à atribuição de apoios financeiros pelo
IPCA, nomeadamente Associação de Estudantes e outros grupos académicos do IPCA.
IV. 9.2. Âmbito de aplicação
Aplica-se à atribuição de apoios financeiros a entidades, visam a melhoria e a
contribuição para o desenvolvimento sustentável da Instituição.
IV. 9.3. Requisitos substanciais
1. São requisitos substancias:
i. Fundamentação no interesse público, conforme o artigo 4.º do Decreto-lei n.º
442/91, de 15 de Novembro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 6/1996, de 31 de
janeiro, formula o princípio da prossecução do interesse público.1;
ii. Respeito pelos princípios da transparência, da concorrência e da
imparcialidade, conforme o artigo 13.º da Lei n.º 18/2003, de 11 de junho 2;
iii. Existência de cabimento e fundo disponível na conta SAS.
2. O Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES), aprovado pela Lei
n.º 62/2007, de 10 de setembro, no seu artigo 21.º, refere que as Instituições de
Ensino Superior devem “estimular actividades artísticas, culturais e científicas e
promover espaços de experimentação e de apoio ao desenvolvimento de competências
extracurriculares, nomeadamente de participação colectiva e social.”.
IV. 9.4. Requisitos formais
Os subsídios a conceder a entidades, deverão revestir a forma de contrato-programa
ou de protocolo, no qual é obrigatório constar:
i. Identificação completa da entidade;
ii. Objetivos;
iii. Finalidades específicas;
1 “Artigo 4.º Princípio da prossecução do interesse público e da protecção dos direitos e interesses dos cidadãos - Compete aos órgãos administrativos prosseguir o interesse público, no respeito pelos direitos e interesses legalmente protegidos dos cidadãos.” 2 “Artigo 13.º Auxílios de Estado - 1 — Os auxílios a empresas concedidos por um Estado ou qualquer outro ente público não devem restringir ou afectar de forma significativa a concorrência no todo ou em parte do mercado. 2 — A pedido de qualquer interessado, a Autoridade pode analisar qualquer auxílio ou projecto de auxílio e formular ao Governo as recomendações que entenda necessárias para eliminar os efeitos negativos desse auxílio sobre a concorrência. 3 — Para efeitos do disposto no presente artigo, não se consideram auxílios as indemnizações compensatórias, qualquer que seja a forma que revistam, concedidas pelo Estado como contrapartida da prestação de um serviço público.
Manual de Controlo Interno
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iv. Modalidades e formas de auxílio (com quantificação da respetiva despesa, que
ao abrigo do disposto no artigo 22.º do Decreto-Lei n.º 155/1992, de 28 de julho,
só poderá ser autorizada quando devidamente inscrita, classificada e
cabimentada);
v. Forma de avaliação dos resultados alcançados (através da apresentação de
um relatório financeiro, atividades desenvolvidas ou de mera informação da
consumação dos objetivos pretendidos).
IV. 9.5. Autorização e Publicitação
Os apoios financeiros a conceder:
a. carecem de autorização do Presidente do IPCA e parecer do diretor dos SAS;
b. são objeto de publicitação, em conformidade com a Lei n.º 26/1994, de 19 de
agosto, pelo serviço a designar pelo Presidente do IPCA e diretor dos SAS;
c. em nenhuma circunstância será autorizado financiamento de atividades já
realizadas.
IV. 9.6. Procedimentos
i. A associação ou outro grupo académico quando solicita um subsídio, este é
obrigatoriamente acompanhado de justificação, atividades a desenvolver,
calendário e orçamento;
ii. O Diretor dos SAS emitem parecer;
iii. O responsável pela DAF-CGF informa da existência ou não de cabimento e
informa se existe fundos disponíveis;
iv. O Presidente do IPCA autoriza/não autoriza a despesa;
v. DAF-CGF efetua compromisso;
vi. O Diretor dos SAS informa a entidade do despacho;
vii. Os pedidos de pagamento são obrigatoriamente acompanhados de relatório e
comprovativos de despesa legalmente aceites.
Manual de Controlo Interno
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IV.10. Operações de Receitas
Manual de Controlo Interno
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IV. 10.1. Objetivo
Estabelecer procedimentos de controlo interno de controlo associados à arrecadação
de receitas.
IV. 10.2. Serviços que geram receita
1. Existem vários serviços do IPCA geradores de receitas, designadamente os que se
apresentam no quadro seguinte onde também se identificam os momentos de
liquidação e cobrança:
UO/serviços Tipo de receita
Momentos
Postos de cobrança
Liquidação Cobrança SIBS ou
numerário
Multibanco
(TPA)
Divisão
Académica
Propinas Data da matrícula Data de pagamento
Delegação
da
Tesouraria
no Campus
Serviços do
IPCA
Taxas de candidaturas;
inscrição/matrícula,
exames, reclamações,
recurso, melhoria nota,
equivalências/creditações;
registo de reconhecimentos
de graus estrangeiros,
multas;
Data da
matrícula/inscrição
e requerimento
Data da
matrícula/inscrição
Certificados/certidões;
diplomas/cartas de curso
Data da
matrícula/inscrição
e requerimento
Data da
matrícula/inscrição
Seguro escolar Data da
matrícula/inscrição
Data da
matrícula/inscrição
Juros de propinas Último dia de cada
mês em dívida Data de pagamento
Biblioteca Multas Data de entrega do
livro
Data de entrega do
livro
Tesouraria
no Campus
Taxas de Candidatura a
Mestrados, Pós-Graduações
e CET’s
Data da candidatura Data da candidatura
Inscrição em Seminários,
Congressos, Palestras,
Conferências e Cursos
livres.
Data da inscrição Data da inscrição
Títulos de transporte Data da aquisição Data da aquisição
Manual de Controlo Interno
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UO/serviços Tipo de receita Momentos
Postos de
cobrança
Centros de
Investigação,
Comissões de
Eventos
Prestações de serviços Documento específico Data da transferência
bancária
Tesouraria SC
Inscrição em Seminários,
Congressos, Palestras,
Conferências
Data da inscrição Data da inscrição
Patrocínios Documento específico Data da transferência
bancária
Serviços
centrais
Provenientes de financiamento:
OE e PIDDAC Data do envio do PLC
Data da transferência
bancária
Provenientes de financiamento:
PROTEC, FCT, FSE e outros
Data aceitação do
projeto
Data da transferência
bancária
Juros Data do movimento Data do movimento
Rendas de concessão de
espaços Contrato
Data da transferência
bancária/cheques
2. Na liquidação é obrigatório a emissão de uma fatura, fatura-recibo.
3. Compete à DAF-CGF:
i. A emissão de fatura ou fatura-recibo ou envio de software fiscalmente aceite
às diferentes unidades ou serviços;
ii. Informar dos serviços que devem liquidar IVA, quando este for legalmente
devido.
4. Compete às unidades ou serviços a liquidação das receitas, nomeadamente cálculo
do valor, data limite de cobrança, informação ao cliente, aluno ou utente. Compete
ainda informar a DAF-CGF o número de documentos emitidos devendo referir:
i. Unidade ou Serviço;
ii. Tipo receita;
iii. Nome do estudante e curso no caso de cobrança de propinas.
IV. 10.3. Meios de cobrança e postos de cobrança
1. Os meios de recebimento utilizados são:
a. Compras e Serviços (pagamentos via SIBS);
b. Multibanco;
Manual de Controlo Interno
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c. Transferência bancária;
d. Numerário;
e. Cheque;
2. Compete aos serviços ou unidades verificar as cobranças efetuadas via SIBS,
multibanco ou transferência bancária.
3. Qualquer pagamento a efetuar, em numerário é obrigatoriamente efetuado na
delegação da tesouraria no campus do IPCA, com a exceção das receitas referenciadas
nos Serviços centrais.
IV. 10.4. Tabela de emolumentos
1. A tabela de emolumentos e taxa a aplicar na arrecadação da receita é aprovada
através de Despacho (PR) anualmente, afixada no site do IPCA.
2. O valor das propinas é fixado pelo órgão legalmente competente, divulgado por
Despacho (PR) e afixados no sítio do IPCA.
3. São fixados pelo Presidente do IPCA:
i. O valor das multas, por proposta do responsável da DA e Biblioteca, de
acordo com a legislação aplicável;
ii. O valor do seguro escolar, por proposta do Diretor dos SAS, de acordo com a
legislação aplicável;
iii. O valor das senhas de refeição, por proposta do Diretor do SAS, de acordo
com a legislação aplicável.
IV. 10.5. Entrega da Receita
1. As unidades ou serviços entregam diariamente e remetem à Tesouraria do campus
guia de receita, acompanhada com lista das cobranças por SIBS, multibanco ou
transferência bancária devendo referir:
i. Unidade ou serviço;
ii. Tipo de receita;
iii. Nome do estudante e curso no caso de cobrança de propinas.
2. A delegação da Tesouraria no Campus do IPCA remete, diariamente, os documentos
relativos à receita cobrada no dia seguinte com o comprovativo do depósito diário do
numerário e do depósito dos cheques, assim como os duplicados dos recibos emitidos,
devendo ainda informar:
i. Unidade ou serviço;
ii. Tipo de receita;
iii. Nome do estudante e curso no caso de cobrança de propinas.
Manual de Controlo Interno
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3. O depósito das receitas cobradas é efetuado diariamente, sendo da
responsabilidade da delegação da Tesouraria no campus do IPCA.
Fluxograma 23 - Receita
Documentos Setor
Guia de Receita rubricada
Recibos
Comprovativos das TB
Registos contabilísticos
Depósito bancário
Guia de Receita
Elaboração de Guia de
Receita,
após o fecho da caixa
Tesouraria do
Campus
DAF – Tesouraria
Verificação e confirmação dos valores
das Guias com os do extracto bancário
Sim
Não
Reclamação ao
responsável e
respetiva retificação
Registo contabilístico no modulo
Tesouraria do programa primavera
software
RO1
Fim do processo
Quando valores
coincidem
Guia de Receita
Rubricada
Recibos
Comprovativos das
TB
Postos de
arrecadação de
receita
DAF
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IV. 10.6. Registo contabilístico
1. A fase de lançamento da receita na aplicação informática envolve duas fases: a
liquidação e a cobrança da receita;
a. A “liquidação da receita” tem subjacente a classificação na contabilidade
orçamental (classificação da receita em rubrica da classificação económica de
receitas), na contabilidade patrimonial e na contabilidade analítica (quando
aplicável). Após a execução desta tarefa, a aplicação informática gera os
movimentos contabilísticos, após a seleção dos respetivos artigos;
b. A execução da tarefa “cobrança de receitas” tem subjacente o registo do
recebimento de fundos de tesouraria. Em função das equivalências com as
contas bancárias e as contas do plano de contas, a aplicação informática gera
automaticamente os movimentos contabilísticos adequados a serem registados
na classe 1 (disponibilidades) e 2 (terceiros), incluindo os movimentos nas
subcontas 25 (devedores pela execução do orçamento).
2. Compete à DAF-CGF o registo contabilístico da receita.
IV. 10.7. Arquivo do processo de arrecadação da receita
O processo físico constituído pelos elementos que deram origem à arrecadação da
receita, bem como os duplicados dos recibos, faturas-recibos são arquivados na DAF-
CGF por diário de receitas e por data de recebimento.
IV. 10.8. Controlo de Receita
1. Compete aos serviços que liquidam as receitas o cumprimento destas normas, e
informar os clientes, alunos e utentes, preferencialmente via e-mail, das dívidas em
atraso.
2. O GACI deve elaborar pelo menos uma auditoria por ano a cada unidade ou
serviços responsável por liquidar receitas.
3. Nos locais de atendimento ao público, onde, habitualmente, se façam cobranças,
deve ser afixada, em local bem visível, a seguinte informação “Por toda e qualquer
importância entregue é obrigatória a exigência do respetivo recibo.”
Manual de Controlo Interno
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IV.11. Regras gerais de controlo da Tesouraria
Manual de Controlo Interno
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IV. 11. Regras gerais de controlo da Tesouraria
IV. 11.1. Funções da Tesouraria
As funções da Tesouraria radicam na salvaguarda dos valores à sua guarda, devendo
ter em atenção no seu controlo:
i. Segregação de funções: adequada segregação, sempre que possível;
ii. Saídas e entradas de valores: todas as saídas e entradas de valores devem
estar devidamente documentadas e serem devidamente contabilizadas;
iii. Movimentos de caixa e pagamentos a dinheiro: reduzido ao indispensável,
privilegiando-se o movimentos por bancos (cheques, transferências, ordens de
pagamento, etc);
iv. Numeração de cheques e transferências: cheques e transferências bancárias
devem ser registados sequencialmente;
v. Contagens físicas: devem ser efetuadas contagens físicas dos valores
disponíveis em cofre, por colaboradores independentes à Tesouraria;
vi. Requisitos de pagamento por cheques: os cheques são nominativos, cruzados,
assinados na presença dos documentos a pagar, aos quais será aposto o
carimbo de PAGO com indicação do meio utilizado;
vii. Cheques não utilizados: devem estar à guarda da Tesouraria, em lugar
seguro;
viii. Cheques nulos: os cheques anulados devem ser arquivados depois de se lhe
destruírem as assinaturas, no caso do mesmo já estar assinado, devendo ser
escrito “ anulado”(a vermelho);
ix. Cheque em trânsito: proceder ao respetivo cancelamento junto do banco
decorridos que sejam seis meses, contados do termo do prazo de apresentação e
regularização contabilística, de acordo com o artigo 52.º da Lei Uniforme do
Cheque. A Tesouraria verificando que um cheque se encontra em transito à pelo
menos três meses deve contatar o portador do mesmo por carta ou e-mail
reportando a situação;
x. Não compensação: os cheques não podem ser compensados com os
recebimentos (recebimentos têm de ser integralmente depositados);
xi. Depósitos: todos os valores recebidos devem ser diariamente e integralmente
depositados, sendo o movimento registado diariamente. Ao talão de depósito
deverão ser anexos cópias dos recibos emitidos ou documento equivalente;
xii. Acesso: o acesso aos meios de pagamento deve ser restrito ao tesoureiro e a
quem mais o órgão legalmente competente designar;
xiii. Encerramento de contas bancárias: sujeita a prévia deliberação do órgão
competente mediante proposta da tesouraria de contas tituladas pela entidade,
Manual de Controlo Interno
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não movimentadas, desde que todos os recebimentos ou reembolsos afetos às
mesmas estejam concluídos
IV. 11.2. Abono para falhas
1. Têm direito a um suplemento remuneratório designado "abono para falhas" os
trabalhadores que manuseiem ou tenham à sua guarda, nas áreas de tesouraria ou
cobrança, valores, numerário, títulos ou documentos, sendo por eles responsáveis.
2. O direito a "abono para falhas" pode ser reconhecido a mais de um trabalhador por
cada órgão ou serviço, quando a atividade de manuseamento ou guarda referida no
primeiro parágrafo abranja diferentes postos de trabalho.
3. Os trabalhadores que têm direito a "abono para falhas", são determinadas por
despacho do Presidente do IPCA.
4. O montante pecuniário do "abono para falhas" é fixado por portaria.
5. O abono para falhas, sendo um suplemento remuneratório, constitui uma das
prestações pecuniárias que integram as remunerações totais ilíquidas mensais
sujeitas a redução remuneratória.
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IV.12. Lei dos Compromissos e Pagamentos em
Atraso
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IV. 12. Lei dos Compromissos e Pagamentos em atraso
A lei dos Compromissos e Pagamentos em atraso (LCPA), aprovada em 21 de fevereiro
de 2012, pela Lei n.º 8/2012, tem como finalidades preventivas e reguladoras,
evidenciando-se os seguintes objetivos:
Estancar a dívida atual de vários organismos públicos, impedindo ou dificultando que
se assumam compromissos quando não existem garantias de seu pagamento a curto
prazo, ou seja num período não superior a 90 dias após a data limite de pagamento;
Diminuir o prazo de pagamento a fornecedores;
Controlar compromissos plurianuais;
Responsabilizar e sancionar os dirigentes, gestores e responsáveis pela contabilidade,
pela inobservância da lei, nomeadamente assumirem compromissos sem fundo
disponível e aumentarem os pagamentos em atraso.
Os procedimentos necessários à aplicação da LCPA, foi aprovada pelo Decreto-Lei n.º
127/2012, de 21 de junho.
IV. 12.1. Conceitos
Compromissos
São as obrigações de efetuar pagamentos a terceiros em contrapartida do fornecimento
de bens e serviços ou da satisfação de outras condições. Os compromissos
consideram-se assumidos quando é executada uma ação formal pela entidade, como
seja a emissão de ordem de compra, nota de encomenda ou documento equivalente,
ou a assinatura de um contrato, acordo ou protocolo, podendo também ter um
carácter permanente e estarem associados a pagamentos durante um período
indeterminado de tempo, nomeadamente, salários, rendas, eletricidade ou pagamentos
de prestações diversas.
Data do compromisso – data da ordem de compra, nota de encomenda, ou documento
equivalente e que deve corresponder à data de registo nos sistemas contabilísticos
locais, que deve ocorrer em regra, pelo menos três meses antes da data prevista de
pagamento, para os compromissos conhecidos nessa data.
Data de vencimento do compromisso – data em que o valor da fatura ou documento
equivalente é exigível.
Manual de Controlo Interno
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Compromissos plurianuais
Nos termos da LCPA, os compromissos plurianuais são aqueles que implicam
pagamentos em anos económicos diferentes.
O Presidente do IPCA, tem competência para assumir compromissos plurianuais
relativos a despesas com pessoal e competência assunção de compromissos
plurianuais que apenas envolvam receitas próprias.
Passivos
São as obrigações presentes da entidade proveniente de acontecimentos passados,
cuja liquidação se espera que resulte num exfluxo de recursos da entidade que
incorporam benefícios económicos. Uma característica essencial de um passivo é a de
que a entidade tenha uma obrigação presente (constituída, por exemplo, com a
entrega de bens com a guia de remessa, contabilizados em receção e conferência - na
ausência destes a fatura; provisões; empréstimos).
Uma obrigação é um dever ou responsabilidade para agir ou executar de certa
maneira e pode ser legalmente imposta como consequência de:
i. Um contrato vinculativo (por meio de termos explícitos ou implícitos);
ii. Legislação;
iii. Requisito estatutário; ou
iv. Outra operação da lei.
Contas a pagar
São o subconjunto dos passivos certos, líquidos e exigíveis.
Contas a pagar que permaneçam nessa situação mais de 90 dias posteriormente à
data de vencimento acordada ou especificada na fatura, contrato, excluindo-se para
efeitos de aplicação LCPA e do Decreto-Lei n.º 127/2012 (n.º 2 do artigo 4.º).
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Figura 7 - Contas a pagar
Fonte: “Manual de procedimentos - Lei dos Compromissos e dos Pagamentos em Atraso (LCPA)” – DGO
Pagamentos em atraso
São as contas a pagar que permaneçam nessa situação mais de 90 dias
posteriormente à data de vencimento acordada ou especificada na fatura, contrato, ou
documentos equivalentes.
Quadro 8 - Definições
Compromissos
Compromissos que
ainda não se
transformaram em
obrigação
Passivos
Contas a pagar
Dívidas ainda não
vencidas
Pagamentos em
atraso
Passivos que ainda
não são obrigações
efetivas ou não são compromissos a
pagar
Passivos que ainda
não são obrigações
efetivas ou não são
compromissos a
pagar
Fonte: Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso, explicada
Manual de Controlo Interno
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Fundos disponíveis
São as verbas disponíveis a muito curto prazo. Os fundos disponíveis incluem, quando
aplicável, e desde que não tenham sido comprometidos ou gastos:
a. A dotação corrigida líquida de cativos, relativa aos três meses seguintes;
b. As transferências ou subsídios com origem no Orçamento do Estado, relativos
aos três meses seguintes;
c. A receita efetiva própria que tenha sido cobrada, ou recebida como
adiantamento;
d. A previsão da receita efetiva própria a cobrar nos três meses seguintes;
e. O produto de empréstimos contraídos nos termos da lei;
f. As transferências ainda não efetuadas decorrentes de programas e projetos
do QREN cujas faturas se encontrem liquidadas e devidamente certificadas ou
validadas;
g. Outros montantes autorizados nos termos do artigo 4.º da Lei dos
Compromissos e Pagamentos em Atraso.
Os fundos disponíveis em qualquer momento, é obtido através da seguinte fórmula:
ou + - -
Conforme Lei dos Compromissos, só podem ser assumidos novos compromissos se
existir fundos disponíveis.
IV. 12.2. Contas criadas
Resultante da leitura do artigo 5.º da LCPA e do Decreto - Lei n.º 127/2012 e das
contas setoriais de contabilidade pública, é necessário criar novas contas que
permitam dar informação:
i. Dos compromissos;
ii. Dos fundos disponíveis, por meses;
iii. Das contas a pagar;
iv. Dos pagamentos em atraso;
v. Das liquidações mensais;
vi. Das dívidas a receber por mês;
vii. Das cobranças mensais.
Receitas que se prevê
cobrar nos próximos 3
meses
Compromissos
assumidos por
pagar
Saldo inicial
de Tesouraria
autorizado
Saldo de Tesouraria
no início do mês
Manual de Controlo Interno
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Enquanto estiverem em vigor os planos setoriais da contabilidade pública e a DGO
não apresentar um conjunto de contas que facilitem o cumprimento das obrigações
contabilísticas definidas na LCPA, o IPCA criou uma conta autónoma unicamente para
o cumprimento da LCPA:
Quadro 9 - Contas criadas
08 – Lei dos compromissos e pagamentos em atraso
081 – Fundos Disponíveis
08101 – janeiro
08102 – fevereiro
08103 – março
…
085 – Pagamentos
08501 – janeiro
08502 – fevereiro
08503 – março
…
082 – Compromissos
08201 – janeiro
08202 – fevereiro
08203 – março
…
086 – Previsão de receitas
08601 – janeiro
08602 – fevereiro
08603 – março
…
083 – Contas a pagar
08301 – janeiro
08302 – fevereiro
08303 – março
…
087 – Liquidações
08701 – janeiro
08702 – fevereiro
08703 – março
…
084 – Pagamentos em atraso
08401 – janeiro
08402 – fevereiro
08403 – março
…
088 – Cobranças
08801 – janeiro
08802 – fevereiro
08803 – março
…
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IV.13.Contabilidade Patrimonial
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IV. 13. Contabilidade Patrimonial
IV. 13.1. Princípios gerais
Todos os documentos contabilísticos são registados pelas contas do plano oficial de
contabilidade pública, POC – Educação, sendo as contas que integram as classes 1 a 5
referentes a contas do balanço, e as classes 6, 7 e 8 às contas de custos, proveitos e
resultados. A classe 9, destina-se ao sistema de Contabilidade Analítica.
IV. 13.2. Bancos e caixa
a. Não é permitido a existência de valores em caixa, expeto Fundo de Maneio;
b. No final de cada ano económico, a DAF-CGF faz a circularização dos saldos
bancários (preparação de um ofício para cada uma das instituições financeiras, as
quais devem ser assinadas por quem tenha poderes suficientes para obrigar a
Entidade);
c. A abertura e encerramento de contas bancárias é sujeita a prévia deliberação do
órgão legalmente competente;
d. Todos os cheques são cruzados;
e. Os cheques são assinados na presença dos respetivos documentos de suporte,
previamente conferidos devendo a primeira pessoa que assina verificar, rubricando, a
concordância do valor e do beneficiário;
f. Os cheques em branco encontram-se à guarda do Tesoureiro em lugar seguro;
g. Os cheques já emitidos mas que, se por qualquer motivo foram anulados,
encontram-se arquivados depois de se lhe destruírem as assinaturas, no caso de o
mesmo já estar assinado;
h. Findo o período de validade dos cheques em trânsito, procede-se ao respetivo
cancelamento junto à instituição bancária, efetuando-se os necessários registos
contabilísticos de regularização;
i. Para controlo das contas bancárias são elaboradas as reconciliações bancárias, por
pessoal à DAF-CGF que não tenham acesso à conta corrente, respeitando, desta forma
a segregação de funções. O modelo adotado é preconizado nas instruções do Tribunal
de Contas;
IV. 13.3.Dívidas a receber
i. O controlo das dívidas a receber é feito mensalmente pela DAF-CGF, e consiste na
confrontação entre o balancete da aplicação da contabilidade e o balancete da
aplicação de gestão de Tesouraria;
Manual de Controlo Interno
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ii. No registo das receitas a contabilização, como proveito do exercício deve ter-se em
conta o princípio da especialização dos exercícios;
iii. Compete à DAF-CGF:
i. Elaborar mensalmente a relação de dívidas (contendo o n.º da fatura, valor
em dívida, nome do devedor, etc.) com base nas diversas faturas e recibos;
ii. Averiguar mensalmente se os saldos introduzidos nas contas dispostas pelo
programa informático de contabilidade, correspondem aos valores determinados
pelo documento elaborado na aplicação de Tesouraria;
iii. Elaborar em janeiro do ano seguinte a circularização de dívidas a receber
(preparação de um ofício para cada um dos clientes selecionados pelo Fiscal
Único, o qual deverá ser acompanhada de um impresso-resposta e de um
envelope devidamente selado);
iv. Com base nas decomposições dos saldos das contas correntes, elaborar,
semestralmente, um balancete por antiguidades, permitindo:
Detetar os clientes que se vão atrasando nos pagamentos;
O planeamento do fluxo de recebimentos a curto prazo;
v. Determinar anualmente o valor de dívidas de cobrança duvidosa e do cálculo
da provisão para cobrança duvidosas e eventuais dívidas incobráveis.
IV. 13.4. Dívidas a pagar
i. O controlo das dívidas a pagar é feito mensalmente pela DAF-CGF, e consiste na
confrontação entre o balancete da aplicação da contabilidade e o balancete da
aplicação de gestão de tesouraria;
ii. Compete à DAF-CGF:
i. Elaborar mensalmente uma relação das dívidas a pagar (contendo o n.º da
fatura, valor em dívida, nome do fornecedor ou outro credor, etc.);
ii. Averiguar mensalmente se os saldos introduzidos nas contas dispostas pelo
programa informático de contabilidade, correspondem aos valores determinados
pelo documento elaborado na aplicação de tesouraria;
iii. Informar o Presidente do IPCA de dívidas superiores a 60 dias.
IV. 13.5. Existências
i. O IPCA deve possuir apenas um stock mínimo de consumíveis de escritório, pelo
que qualquer aquisição deste tipo de bens deve ser registada como um custo;
Manual de Controlo Interno
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ii. No entanto, caso a existência final a 31 de dezembro seja materialmente relevante,
deve efetuar o ajustamento transferindo o custo do exercício para custo diferido
existências (classe 3);
iii. Considera-se materialmente relevante aquisições cujo stock é superior a 30% do
valor total das compras anuais do bem.
IV. 13.6. IVA
i. O IPCA é um sujeito passivo misto porque desenvolve:
i. Operações isentas que não conferem o direito de dedução do imposto (isenção
simples), nomeadamente as referentes à atividade escolar propriamente dita, ou
seja as respeitantes ao ensino;
ii. Operações tributáveis que conferem direito à dedução de imposto,
nomeadamente a prestação de serviços;
ii. A periodicidade para a entrega periódica do IVA depende do enquadramento do
Instituto tendo em conta o limite do volume de negócios:
i. Até 500 000 euros - trimestral;
ii. Superior a 500 000 euros - mensal;
iii. Para efeitos do disposto no número anterior “ volume de negócios” ao valor, com
exclusão do imposto, das transmissões de bens e prestações de serviços efetuadas
pelo IPCA;
iv. O tratamento contabilístico do IVA deverá seguir as instruções emanadas pelas
circulares da DGO;
v. Durante o ano de 2013, a DAF-CGF deverá elaborar um estudo que analise a
possibilidade do IPCA passar para o regime pro-rata.
vi. Compete à DAF-CGF:
i. informar as diferentes unidades ou serviços que liquidam receitas, se a
receita está ou não isenta de IVA;
ii. propor ao órgão legalmente competente a opção pela afetação real ou pelo
pró-rata;
iii. o apuramento do IVA, bem como o preenchimento das declarações
obrigatórias;
vii. O IPCA utiliza obrigatoriamente a conta “IVA SUPORTADO”, transferindo
mensalmente para custos o “IVA SUPORTADO” não dedutível e para “IVA
DEDUTÍVEL” o “IVA SUPORTADO” dedutível.
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IV. 13.7. IRS
i. O IRS dos colaboradores dependentes é processado pela DRH em simultâneo com o
processamento de salário, observando o estipulado na tabela de retenção de IRS
publicada anualmente em DR. É ainda competência da DRH a elaboração e envio
das declarações anuais de rendimento ao pessoal docente e não docente;
ii. O IRS dos colaboradores independentes é retido pela DAF-CGF;
iii. Tem de ser acionada até ao prazo para entrega do imposto retido nos cofres do
Estado, ou seja, até ao dia 20 do mês seguinte, tendo em conta a taxa indicada no
documento legalmente exigido entregue pelo prestador do serviço;
iv. Obrigatoriamente o fornecedor ou prestador de serviço deve declarar o artigo do
código do IRS que o dispense de retenção de IRS, quando aplicável;
v. A declaração anual de rendimentos do trabalho independente é efetuada pela DAF-
CGF;
Manual de Controlo Interno
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IV.14. Garantia e Caução
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IV 14. Garantia e Caução
IV. 14.1. Objetivo
Identificação e registo das operações relativas às garantias e cauções.
IV. 14.2. Âmbito de aplicação
Aplica-se nas operações de tesouraria (Contabilidade Orçamental), de fornecedores e
de Bancos (Contabilidade patrimonial).
IV. 14.3. Procedimentos
São consideradas operações de tesouraria, nomeadamente:
a. Os descontos em abonos;
b. As garantias e cauções recebidas em dinheiro, ou transferidas para uma
conta do IPCA criada para o efeito;
c. Os descontos relativos a Impostos ou Taxas retidas e a entregar ao Estado,
com exceção do IVA;
d. Outras operações de tesouraria.
IV. 14.4.Garantias e Cauções
1. No caso de contratos que impliquem o pagamento de um preço pela entidade
adjudicante, deve ser exigida ao adjudicatário a prestação de uma caução destinada a
garantir a sua celebração, bem como o exato e pontual cumprimento de todas as
obrigações legais e contratuais que assume com essa celebração.
2. É exigível obrigatoriamente a prestação de caução:
a. Quando o preço contratual igual ou superior a € 200 000;
b. Em serviço de Arquitetura e Fiscalização de Obras;
c. Em serviço de exploração de bar e cantina;
d. Em serviço de limpeza, vigilância e contratos de manutenção superiores a 1
ano.
3. Quando, no caso previsto no número anterior, não tenha sido exigida a prestação
de caução, pode a entidade adjudicante, se o considerar conveniente, proceder à
retenção de até 10 % do valor dos pagamentos a efetuar, desde que tal faculdade seja
prevista no caderno de encargos.
Manual de Controlo Interno
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4. O valor da caução é de 5 % do preço contratual.
5. Quando o preço total resultante da proposta adjudicada seja considerado
anormalmente baixo, o valor da caução a prestar pelo adjudicatário é de 10 % do
preço contratual.
6. Quando, em contratos que não impliquem o pagamento de um preço pela entidade
adjudicante, for exigida a prestação de caução, o valor desta não pode ser superior a 2
% do montante correspondente à utilidade económica imediata do contrato para a
entidade adjudicante.
7. As cauções podem ser prestadas mediante depósito em dinheiro ou em títulos, ou
mediante garantia bancária ou seguro caução.
8. Em caso de depósito do montante da caução em conta à ordem do IPCA, o
comprovativo do depósito fica arquivado nos SF, que registará nas contas de ordem e
promoverá a sua liberação nos termos previstos no contrato e no artigo 295.º do CCP.
9. Em caso de entrega de uma Garantia Bancária, que é emitida por uma instituição
financeira (normalmente um banco), e que permite ao IPCA, em caso de
incumprimento do fornecedor exigir junto da instituição financeira o montante da
garantia, o comprovativo da garantia fica arquivado na DAF-CGF, que registará e
promoverá a sua liberação nos termos previstos no contrato e no artigo 295.º do CCP.
10. No caso dos contratos de empreitadas de obras públicas, a DAF-CGF, para reforço
da caução prestada com vista a garantir o exato e pontual cumprimento das
obrigações contratuais, deduzem às importâncias que o empreiteiro tiver a receber em
cada um dos pagamentos parciais previstos o montante correspondente a 5 % desse
pagamento, salvo se o contrato fixar percentagem inferior ou dispensar tal dedução. A
dedução pode ser substituída por títulos emitidos ou garantidos pelo Estado, por
garantia bancária à primeira solicitação ou por seguro--caução, nos mesmos termos
estabelecidos para a caução destinada a garantir o exato e pontual cumprimento das
obrigações contratuais.
11. Os montantes deduzidos são depositados em contas bancárias específicas, com a
identificação de cada contrato de empreitada de obras públicas.
12. As cauções prestadas pelo cocontratante podem ser executadas pelo IPCA,
mediante decisão do Presidente do IPCA, sem necessidade de prévia decisão judicial
ou arbitral, para satisfação de quaisquer importâncias que se mostrem devidas por
força do não cumprimento por aquele das obrigações legais ou contratuais,
designadamente as seguintes:
i. Sanções pecuniárias aplicadas nos termos previstos no contrato;
ii. Prejuízos incorridos pelo IPCA, por força do incumprimento do contrato;
iii. Importâncias fixadas no contrato a título de cláusulas penais.
Manual de Controlo Interno
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IV. 14.5. Regime aplicável à liberação de cauções
1. O regime de liberação das cauções prestadas pelo cocontratante é estabelecido no
contrato, e não pode ser alvo de alterações durante o regime de execução das
prestações contratuais, salvo havendo fundamento de modificação do contrato.
2. Os termos da sua liberação estão vertidos no artigo 295.º do CCP, que pode
originar uma de duas situações:
i. Contratos em que não haja obrigações de correção de defeitos pelo
cocontratante, designadamente obrigações de garantia;
i. São geralmente os contratos de prestação de serviços de limpeza,
segurança ou outros de consultoria técnica, cuja natureza do objeto dos
contratos não implica a obrigação dos cocontratantes de garantirem a
qualidade do objeto da prestação, já que aquelas garantias, a partir da boa
execução das prestações deixam de ter objeto sobre o qual possam recair;
ii. E em que, verificando-se satisfeita a boa execução daqueles serviços, o
contraente público deve promover a liberação da caução nos termos do
número 3 do artigo 295.º, isto é 30 (trinta) dias após o cumprimento de
todas as obrigações do cocontratante.
ii. Contratos em que haja obrigações de correção de defeitos pelo cocontratante,
designadamente obrigações de garantia;
i. Nos contratos de locação, artigo 433.º do CCP, em que salvo diferente
estipulação contratual, se o locatário tiver dado causa a deficiências, cabe
ao locador a obrigação de efetuar os trabalhos e as reparações necessárias
para que o bem locado se mantenha em perfeitas condições de utilização,
porquanto o prazo da manutenção dessa garantia estende-se até à duração
do contrato, devendo o contraente público promover a liberação da caução
nos trinta dias após o cumprimento do contrato;
ii. Nos contratos de aquisição de bens móveis n.º 1 do artigo 444.º, aos
quais se aplica, e na falta de estipulação contratual, o regime relativo à
venda de bens de consumo (conforme artigo 4.º do Decreto-Lei n.º
67/2003, de 8 de abril), devendo o co-contraente promover a liberação da
caução nos termos do n.º 4 do artigo 295.º, isto é, trinta dias contados do
termo do prazo dos dois anos de garantia;
iii. Nos contratos de empreitadas de obras públicas, n.º 1 e n.º 5 do artigo
397.º, em que na falta de estipulação contratual (que em princípio não
pode fixar prazos superiores), a garantia deve vigorar pelo período de dez
anos para defeitos nos elementos estruturais, cinco anos para defeitos em
elementos não estruturais e instalações técnicas e dois anos para defeitos
Manual de Controlo Interno
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nos equipamentos autonomizáveis, devendo ser liberada nos seguintes
termos:
i. Havendo a obrigação de correção de defeitos em prazo superior a
dois anos, 25% no prazo de trinta dias contados do termo do
segundo ano do prazo e os restantes 75% contados do termo de cada
ano adicional do prazo na proporção do tempo decorrido;
ii. Havendo obrigação de correção de defeitos em prazo superior a
cinco anos, 75% contados do termo do quinto ano, e os restantes
25% contados do termo de cada ano adicional do prazo na proporção
do tempo decorrido.
IV. 14.6. Regime excecional e temporário aplicável à liberação de cauções
(Decreto-lei n.º 190/2012, de 22 de agosto)
1. Foi aprovado pelo Decreto-Lei 190/2012, de 22 de agosto, um regime excecional e
temporário de liberação de cauções prestadas para garantia da execução de contratos
de empreitada de obras públicas e do exato e pontual cumprimento de todas as
obrigações legais e contratuais que deles decorrem para o adjudicatário ou co-
contratante.
2. É aplicável apenas aos contratos de empreitada de obras públicas já celebrados ou
a celebrar até 1 de julho de 2016.
3. O co-contraente pode autorizar a liberação das cauções desde que haja decorrido
um ano contado da data de receção provisória da obra.
4. A liberação é feita faseadamente, durante um período de 5 anos:
i. 30% da caução total no 1º ano após receção provisória da obra;
ii. 30% no 2º ano;
iii. 15% no 3º ano;
iv. 15% no 4º ano, e;
v. 10% no 5º ano.
5. Para as empreitadas celebradas ao abrigo do Decreto-Lei n.º 59/1999, de 2 de
março, cujo prazo de garantia esteja em curso, para efeitos de contagem daquele
período, consideram-se os anos completos desde a receção provisória da obra até
27.08.2012, liberando-se a caução que correspondente aos anos que decorreram.
Manual de Controlo Interno
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6. Para as empreitadas celebradas ao abrigo do CCP, cujo prazo de garantia esteja em
curso e em que já se tenha verificado liberação parcial da caução, considerar-se-á o
montante já liberto, fazendo o acerto necessário de modo a respeitar as percentagens
previstas relativas aos anos completos já decorridos.
7. A liberação da caução está condicionada à inexistência de defeitos da obra da
responsabilidade do empreiteiro, salvo se o dono da obra considerar que os defeitos
denunciados, ainda não modificados ou corrigidos, são pouco relevantes e não
justificam a não liberação da caução.
8. O empreiteiro, decorrido um ano da receção provisória da obra, pode requerer a
liberação da caução ao dono da obra, por carta registada com aviso de receção, que
solicite, para esse fim, a realização de uma vistoria a todos os trabalhos da
empreitada.
9. Compete ao dono da obra ordenar a realização daquela vistoria, que deverá ter
lugar nos 30 dias subsequentes à receção daquele pedido, e para a qual deverá
convocar o empreiteiro, também por meio de carta registada com aviso de receção,
sempre com a antecedência mínima de 5 dias da data prevista para a realização
daquela vistoria.
10. A decisão de liberação da caução considera-se autorizada se o dono da obra não
ordenar a realização da vistoria ou não comunicar a sua decisão nos prazos
estabelecidos para tais atos.
Manual de Controlo Interno
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IV.15. Prestação de Contas
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IV. 15. Prestação de contas
IV. 15.1. Objetivo
Identificar e efetuar, adequadamente, os trabalhos de fim de exercício ao nível das
contabilidades orçamental, patrimonial e analítica.
IV. 15.2. Trabalhos de fim de exercício
1. Constituem trabalhos de fim de exercício os que a seguir se indicam:
a. Trabalhos preparatórios de apuramento e regularização das contas;
b. Apuramento dos resultados orçamentais, económicos e financeiros;
c. Elaboração dos documentos de prestação de contas.
2. Considera-se “fim de exercício”:
a. O dia 31 de dezembro de cada ano, para a contabilidade patrimonial;
b. O dia 31 de dezembro acrescido do período complementar, para a
contabilidade orçamental;
c. O dia 31 de agosto para a contabilidade analítica.
3. Constituem trabalhos preparatórios para a elaboração do Balanço, Demonstração
de Resultados e anexos:
a. O inventário geral das existências e o apuramento das existências finais e dos
custos das matérias consumidas e das mercadorias vendidas;
b. O Inventário do imobilizado;
c. O cálculo do montante de provisões e amortizações;
d. As operações relativas ao cumprimento do princípio da especialização dos
exercícios.
4. Nos trabalhos preparatórios referidos no número anterior deve ter-se em conta os
princípios contabilísticos, os critérios de valorimetria e os lançamentos de
regularização enunciados no POC - Educação.
5. Constituem trabalhos para a elaboração dos Mapas da Contabilidade Analítica:
a. Imputação dos custos indiretos;
b. Cálculo das amortizações;
c. Operações relativas ao cumprimento do princípio da especialização dos
exercícios.
Manual de Controlo Interno
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IV. 15.3. Prestação de Contas
1. As contas do IPCA devem ser organizadas e documentadas de acordo com:
i. Os documentos de prestação de contas, mapas e anexos às demonstrações
financeiras conformem os modelos definidos no POC-Educação;
ii. Outros documentos considerados necessários nos termos da resolução do
Tribunal de Contas, n.º 1/2004.
2. O parecer do órgão fiscalizador referido e previsto no nº 3 do artigo 50.º do Decreto-
Lei nº 155/1992, de 28 de julho, deverá ser acompanhado por uma certificação legal
das contas.
3. Os documentos de prestação de contas devem ser um espelho dos atos económicos,
e/ou financeiros passados, deve servir para controlar a gestão e a execução do
orçamento.
4. Os documentos de Prestação de Contas exigidos pelo POC-Educação e pelo
Tribunal de Conta Estes, deverão ser apresentados ao Conselho de Gestão até 31 de
março:
a. O Presidente deve enviar ao Conselho Geral, de acordo com o artigo 16.º dos
Estatutos do IPCA os seguintes documentos, devendo os restantes estar
disponibilizados para consulta:
i. Balanço consolidado;
ii. Controlo orçamental consolidado – Despesa;
iii. Controlo orçamental consolidado – Receita;
iv. Notas ao balanço e demonstração de resultados, consolidado;
v. Indicadores consolidados referidos em 6.5.1.;
vi. Parecer do ROC;
b. Aos organismos ou entidades a quem devam legalmente ser apresentados ou
que tenham competência para os exigir.
4. As contas são remetidas pela DAF-CGF ao Tribunal de Contas até 30 de abril do
ano seguinte àquele a que respeitem.
5. Os documentos referidos anteriormente deverão ser assinados órgão legalmente
competente para a sua apresentação e enviados às entidades competentes em suporte
informático.
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IV. 15.4. Consolidação de Contas
1. Sempre que o IPCA tiver participações financeiras deverá proceder à consolidação
de contas na ótica patrimonial obedecendo às regras estabelecidas pelo POC –
Educação ou seja, Direção Geral do Orçamento e Tribunal de Contas.
2. As contas dos SAS são, na ótica orçamental, apresentadas de forma autónoma e
consolidadas na Contabilidade Patrimonial do IPCA.
IV 15.5. Relatório de Atividades
a. O Relatório de Atividades pretende registar o percurso da atividade anual do IPCA,
descrição da atividade, avaliando os resultados atingidos em relação ao desempenho
planeado, quanto à missão e visão, estratégias, objetivos específicos e quanto à
satisfação de necessidades e expectativas estabelecidas pelo IPCA;
b. Até ao dia 31/11/N, os responsáveis das Unidades Orgânicas, Serviços Centrais e
Serviços de Ação Social, remetem aos Serviços de Apoio à Presidência toda a
informação oportuna, de forma que o Relatório de Atividades do IPCA seja elaborado e
apresentado à comunidade no dia do seu aniversário, sem prejuízo de correções
decorrentes de atividades desenvolvidas até 31/12/N;
c. Caso ocorram alterações dignas de registo após a elaboração do Relatório de
Atividades até á data de 31/12/N, as mesmas deverão ser objeto de correção;
d. Os dados inscritos no Relatório de Atividades, Relatório de Gestão e Balanço Social
referentes a ano anterior são objeto de confrontação e verificação pelo Administrador
do IPCA;
e. O relatório final deve ser apresentado ao conselho de Gestão até 31 de março.
IV. 15.6. Relatório de Gestão
1. No relatório de gestão deve constar a evolução de alguns indicadores,
nomeadamente, os referidos na tabela seguinte:
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Tabela 3- Indicadores orçamentais
* Orçamento Estado + Receitas Próprias (não inclui PIDDAC ou outras despesas consignadas)
Ano n-2 Ano n-1 Ano n
Despesas com pessoal
Despesas totais*
Despesa de capital
Despesas totais
Despesas correntes
Despesas totais
Receitas do OE
Receitas totais
Despesas correntes
N.º de diplomados
Receitas próprias
Receitas totais
Despesas com pessoal
Receitas do OE
Despesas correntes
N.º de alunos matriculados
Receitas de propinas
Receitas totais
Receitas próprias
Receitas próprias
Valor de propinas por cobrar
Valor de propinas cobrado
Valor de bolsas pagas
N.º de alunos bolseiros
N.º de alunos bolseiros
N.º de alunos
Valor de bolsas pago
Valor de propinas
Despesas PIDDAC
Receitas PIDDAC
Despesas QREN
Receitas QREN
Despesas capital PIDDAC
Receitas capital PIDDAC
Dívidas a pagar
Movimento conta 21 e 26
Indicadores Orçamentais
13
14
15
16
17
18
7
8
9
10
11
12
3
2
1
4
5
6
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Tabela 4 - Indicadores económicos
Tabela 5 - Indicadores patrimoniais
2. No Relatório de Gestão deve também constar:
a. Os Mapas da Contabilidade Analítica, previstos no POC-Educação – com a
descrição de custos e proveitos por actividade;
b. O Mapa do CIBE (Cadastro do Inventário dos Bens do Estado).
Ano n-2 Ano n-1 Ano n
Amortizações do exercício
Valor bruto imobilizado
Formecimento e serviços externos
Custos totais
Venda e prestação de serviços
Proveitos totais
Custos com pessoal
Custos totais
Amortizações acumuladas
Valor bruto imobilizado
Indicadores Económicos (DR)
21
20
19
22
23
Ano n-2 Ano n-1 Ano n
Subsídios ao investimento
Investimento total
Indicadores Patrimoniais (Balanço)
24
Ano n-2 Ano n-1 Ano n
Dívidas a pagar
Compromissos assumidos e faturados
Prazo médio de pagamentos
25
Manual de Controlo Interno
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----------------------------------------------------------------------------------------
IV.16. Gestão do Património
Manual de Controlo Interno
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IV. 16. Gestão do património
IV. 16.1. Objetivo
Estabelecer as responsabilidades e os métodos de controlo e inventariação do
Imobilizado do IPCA.
IV. 16.2. Âmbito de aplicação
Aplica-se na aquisição, inventariação, amortização e restantes operações respeitantes
ao imobilizado corpóreo.
IV. 16.3. Princípios gerais
Os princípios gerais de Inventário e Cadastro, nomeadamente, o registo, abatimentos,
reavaliações, cessão, transferências, avaliação de bens móveis, imóveis e veículos, do
Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, obedecem à Portaria nº 671/2000, publicada
em Diário da República – II Série, nº 91 de 17 de abril de 2000, que veio aprovar as
instruções regulamentadoras do CIBE – Cadastro de Inventário dos Bens do Estado,
respetivo classificador geral, bem como os modelos que lhe são anexos.
IV. 16.4. Inventário e cadastro
1. Todas as aquisições de bens duradouros serão efetuadas de acordo com a lei
vigente.
2. Após conferência do serviço requisitante, a DAF-CGF receciona cópia da
autorização de pagamento e cópia da fatura.
3. A conferência da aquisição de equipamento informático é da exclusiva competência
da Divisão de Sistemas de Informação.
4. A conferência de aquisição de Bibliografia é da exclusiva competência da Biblioteca.
5. Identificação do bem
5.1. Para efeitos de inventariação, os bens móveis identificam-se a partir da sua
designação, marca, modelo, e atribuição do respetivo código correspondente do
classificador geral, número de inventário, data e custo de aquisição, custo de
produção ou valor de avaliação.
5.2. Os veículos identificam-se através da matrícula, número de chassi, marca,
modelo, combustível, cilindrada e atribuição do número de inventário, número de
registo, tipo de veículo, ano e custo de aquisição, valor de avaliação.
Manual de Controlo Interno
Página | 142
5.3. Os imóveis identificam-se com a atribuição do número de inventário; distrito,
concelho e freguesia; e, dentro desta morada; confrontações; denominação do imóvel;
domínio (público ou privado) espécie de móvel; natureza dos direitos de utilização;
classificação; caracterização física; ano de construção das edificações; inscrição
matricial; registo na conservatória; custo de aquisição, de construção ou de avaliação.
5.4. Os bens do ativo imobilizado estão individualmente sujeitos a uma ficha de
identificação do bem.
5.5. Na ficha de identificação, inscreve-se toda a informação relevante para a
caracterização do bem, eventuais alterações e outros factos patrimoniais que ocorram
ao longo do período de vida útil de cada bem. Cada ficha tem associado,
sequencialmente um número de inventário.
5.6. O IPCA considera que um bem deve ser capitalizado no imobilizado, quando
cumpre os seguintes critérios:
a. Destino – os bens detidos com continuidade ou permanência que não se
destinam à venda;
b. Durabilidade – a duração dos bens seja superior a um ano;
c. Custo – o valor unitário do bem seja igual ou superior a € 100.
5.7. Consequentemente, por regra podem ser considerados custo, e não imobilizado,
as despesas que, obedeçam cumulativamente aos seguintes requisitos:
a. Valor inferior a € 100,00, salvo se em cumprimento do princípio da
importância relativa, existe várias aquisições do mesmo bem cujo valor global é
superior a € 500 (por exemplo aquisições de várias cadeiras);
b. Durabilidade inferior a um ano.
5.8. Anualmente, deve-se atualizar a informação relativa à localização e estado de
conservação dos bens.
5.9. Qualquer alteração de valor dos bens do ativo imobilizado deve constar nas fichas
de inventário, devidamente especificada (grandes reparações, beneficiações,
valorizações ou desvalorizações extraordinárias, avaliações ou reavaliações).
6. Registo
6.1. Aquando da aquisição de bens de imobilizado corpóreo, deve-se proceder à
introdução dos bens no programa informático, nas fichas respetivas, tendo em conta
as seguintes informações:
a. Classificação: operação que consiste na repartição dos bens por cada classe;
Manual de Controlo Interno
Página | 143
b. Identificação: operação que consiste na identificação das características do
bem;
c. Localização: operação que consiste na localização do bem, por edifício;
d. Avaliação: operação que consiste na atribuição de um valor ao bem.
6.2. Após preenchimento dos campos obrigatórios é atribuído sequencialmente um
número de identificação. De modo a facilitar a identificação do bem é colada no
mesmo, uma etiqueta de código de barras com o respetivo número do bem. Quando
não é possível a colagem da etiqueta no próprio bem, esta deve ser colada na própria
ficha.
6.3. Para cada bem introduzido no programa informático é gerado uma ficha, à qual é
anexada a cópia da fatura do bem.
7. Política de amortização de imobilizado
7.1. Em regra, todos os bens do ativo imobilizado deverão sofrer amortizações
sistemáticas ao longo do seu período de vida útil, traduzindo o desgaste ou a
desvalorização do bem imobilizado, derivado da sua atividade.
7.2. O critério utilizado no IPCA para o cálculo das amortizações é o das quotas
constantes, obedecendo também ao regime duodecimal. Este cálculo obedece às taxas
previstas pela Portaria n.º 671/2000, de 17 de abril, que regulamenta o CIBE.
7.3. Os bens do ativo imobilizado de reduzido valor, ou seja, cujo valor de aquisição do
bem seja inferior a 80% do índice 100 da escala salarial das carreiras do regime geral
do sistema remuneratório da função publica, são totalmente amortizados no primeiro
ano de utilização (31 de dezembro), com a exceção de lotes e grupos de bens iguais.
8. Política de abate
8.1. Qualquer situação em que se verifique o abate, deverá ser previamente
autorizada pelo órgão legalmente competente do IPCA.
8.2. Deve-se proceder ao abate de um bem nas seguintes situações:
a. Alienação;
b. Furtos, incêndios, roubos, comunicados pelo responsável pela utilização do
bem;
c. Destruição, comunicados pelo responsável pela utilização do bem;
d. Cessão, se autorizada pela órgão legalmente competente;
e. Declaração de incapacidade do bem, comunicado pelo responsável do bem;
f. Troca e permuta.
Manual de Controlo Interno
Página | 144
8.3. É da competência do órgão legalmente competente a autorização do abate dos
bens imobilizados ao inventário respetivo, que regulamenta a aquisição, gestão e
alienação dos bens móveis do domínio privado do Estado.
8.4. Os processos de alienação, devem ser todos acompanhados, sejam eles a título
gratuito ou oneroso dos bens móveis e imóveis do IPCA.
8.5. No caso de cedência de bens, a título definitivo, a outras entidades, deverá ser
lavrado um auto de cessão. No caso de cedências temporárias (empréstimos) deve
preencher-se uma ficha de saída.
IV 16.5. Gestão e manutenção dos edifícios e mobiliário
1. A gestão, conservação e manutenção dos edifícios, mobiliário e equipamento, são
da responsabilidade do colaborador afeto a essa atividade, ao qual compete:
i. Informar sobre a necessidade de reparação;
ii. Propor a manutenção;
iii. Propor aquisições.
2. As comunicações de intervenção a realizar são efetuadas no setor de manutenção
do GAGI.
IV. 16.6. Gestão das viaturas
1. As viaturas adquiridas pelo IPCA são objeto de registo e tratamento estatístico no
Sistema de Gestão do Parque de Veículos do Estado (SGPVE) da ESPAP.
2. As viaturas afetas ao IPCA, só podem ser conduzidas por colaboradores habilitados
e posicionados na carreira de motoristas ou outros, nos termos do disposto no n.º 2,
do artigo 1.º e n.º 3 do artigo 2.º, do Decreto-Lei nº 490/1999, de 17 de novembro,
respetivamente, no caso de carência de motoristas no serviço ou, da existência de uma
permissão genérica de condução.
Os colaboradores, devidamente autorizados a conduzir as viaturas do IPCA respondem
civilmente perante terceiros, nos mesmos termos que os motoristas.
A condução de viaturas, não constitui fundamento para atribuição de qualquer
subsídio, abono ou suplemento.
3. As deslocações nas viaturas oficiais do IPCA são registadas em boletim itinerário da
viatura pela pessoa responsável pela sua utilização.
4. Condução da viatura:
a. Os condutores das viaturas deverão respeitar, rigorosamente, o Código da
Estrada e demais legislação em vigor;
Manual de Controlo Interno
Página | 145
b. Os condutores das viaturas são responsáveis pelas infrações ao Código da
Estrada e demais legislação em vigor, cometidas no exercício da condução,
nomeadamente pelo pagamento de coimas;
c. Aos condutores das viaturas, compete as diligências necessárias para que,
quando as viaturas não tenham dispositivo de via verde, os pagamentos desses
serviços sejam efetuados nos prazos legais previstos. Sempre que o IPCA for
notificado por ter cometido uma contraordenação por falta de pagamento de
portagem será da exclusiva responsabilidade do condutor o pagamento da coima
e dos custos administrativos;
d. Os condutores das viaturas aos quais foram aplicadas sanções inibitórias de
conduzir, ou foram sujeitos a proibição médica de o fazer, deverão de imediato,
comunicar esse facto ao seu superior hierárquico;
e. O condutor é responsável pela viatura competindo-lhe, nomeadamente:
i. Zelar pelo cumprimento dos planos de revisão e de lubrificação;
ii. Zelar pela boa conservação da viatura, promovendo a sua lavagem
exterior e limpeza interior sempre que necessário;
iii. Verificar se a viatura tem a documentação e acessórios necessários para
poder circular;
iv. Participar, de imediato, ao seu superior hierárquico qualquer dano,
anomalia ou falta de componentes detetada;
v. Antes de iniciar a condução verificar o nível do óleo, da água e a pressão
dos pneus;
f. Acidente - entende-se por acidente qualquer ocorrência com uma viatura
oficial do IPCA de que resultem danos materiais e/ou corporais:
i. Compete ao GAGI a averiguação detalhada dos acidentes na prossecução
dos seguintes objetivos:
- Minimizar custos;
- Obter indemnizações;
- Atribuir responsabilidade civil;
- Comunicar o sinistro e enviar declaração amigável, propor companhia
de seguros dando conhecimento ao Administrador do IPCA;
- Detetar indícios de responsabilidade disciplinar e propor à
consideração superior a abertura de inquérito;
- Prevenir a ocorrência de futuros acidentes;
ii. Os condutores devem prestar toda a colaboração necessária para o
apuramento dos factos;
iii. Em caso de acidente deverá sempre o condutor da viatura ter o seguinte
procedimento e desde que não seja possível a intervenção das autoridades:
Manual de Controlo Interno
Página | 146
- Preenchimento no local do acidente da declaração amigável de
acidente automóvel, com o outro interveniente, o duplicado desta deve
ser entregue no mais breve curto espaço de tempo ao superior
hierárquico, nunca podendo ultrapassar as 48 horas;
- Obtenção no momento e no local do acidente de dados dos
intervenientes e todos os elementos necessários ao completo
preenchimento dos documentos citados nas alíneas anteriores, bem
como identificação de testemunhas;
iv. O condutor da viatura deverá solicitar a intervenção dos representantes
da autoridade com caráter obrigatório nas situações abaixo discriminadas:
- O terceiro não apresente documentos da sua identificação, da viatura
ou da Companhia de Seguros;
- O terceiro se ponha em fuga sem se identificar, devendo ser logo
anotados todos os dados que permitam a sua posterior identificação,
nomeadamente a matrícula do seu veículo;
- O terceiro manifeste comportamento perturbado pelo álcool ou por
qualquer outra razão anómala;
- O terceiro não queira assinar a declaração amigável de acidente
automóvel (por não concordar com a sua responsabilidade, caso seja
este o caso).
g. Quando é detetada uma avaria deve ser prestada informação pelo condutor
da viatura ao GAGI;
h. Se o veículo puder continuar a circular sem agravamento dos danos ou
perigosidade para a condução, o GAGI comunicará a situação ao Administrador
do IPCA de modo a ser programada a intervenção de reparação para um dia
próximo, devendo ser informado o condutor;
i. Se a viatura não puder deslocar-se à garagem em razão da avaria, deverá o
seu condutor informar o GAGI que comunicará a situação ao Administrador do
IPCA, para que, com a maior brevidade, seja avisada a garagem que promoverá o
seu reboque;
j. No caso de ocorrer o furto de uma viatura, ou de qualquer acessório, deve o
seu condutor no momento participar de imediato ao superior hierárquico por
telefone, confirmando posteriormente por escrito com relatório circunstanciado
de que conste o dia, a hora, o local, identificação de testemunhas e outros dados
que possam contribuir para o esclarecimento dos factos;
5. A gestão das viaturas obedece ao regulamento em vigor, aprovado por Despacho
PR.
Manual de Controlo Interno
Página | 147
IV. 16.7. Seguros
a. Ao abrigo das disposições conjugadas do artigo 109.º, 110.º e 111.º, n.º 3, do
RJIES, a competência para autorizar a realização de despesas com a aquisição de
seguros de bens móveis, desde que cobertas por receitas próprias, incluindo seguro de
“danos próprios” com viaturas oficiais, é do Presidente do IPCA;
b. O IPCA sendo uma entidade vinculada à ANCP, não pode celebrar nenhum contrato
de bens ou serviços aos quais a ANCP tenha um AQ em vigor, inclusivamente
aquisição de seguros de veículos;
c. Compete ao GAGI comunicar qualquer acidente havido com a viatura ao
Administrador do IPCA e remeter a respetiva declaração amigável à Companhia de
Seguros;
Manual de Controlo Interno
Página | 148
----------------------------------------------------------------------------------------
IV.17. Contabilidade Analítica
Manual de Controlo Interno
Página | 149
IV. 17.Contabilidade Analítica
IV. 17.1. Objetivos
Segundo a Portaria de criação do POC – Educação, a contabilidade analítica tem como
objetivos a obtenção do valor dos custos dos serviços públicos que tem como
contraprestação um preço, uma taxa ou uma propina de forma a fundamentar esse
valor exigido ao utilizador desses serviços públicos.
Assim, a contabilidade analítica do IPCA tem como objetivos específicos:
a. Calcular o custo dos serviços internos, o custo por curso, unidade curricular
e estudante, o custo de cada projeto de investigação e o custo de outras
atividades internas, bem como da prestação de serviços a comunidade;
b. Calcular os custos, proveitos e resultados de atividades, produtos ou serviços
suportados integralmente pelo comprador (por exemplo um serviço especializado
a comunidade externa da entidade);
c. Apoiar a adoção de decisões sobre a entrega a unidades externas da produção
de bens ou prestação de serviços;
d. Justificar a aplicação de receitas provenientes de atividades externas e
destinadas a uma atividade específica;
e. Valorizar os ativos circulantes destinados a venda e os ativos fixos produzidos
pela entidade, para efeitos de registo na Contabilidade Patrimonial;
f. Analisar a eficiência na utilização dos recursos financeiros públicos, obtendo-
se informação se os objetivos previstos foram alcançados e quais os desvios
entre os custos previsionais e os custos reais, bem como entre os proveitos
previsionais e os proveitos reais para o caso das atividades;
g. Proporcionar informação adequada que permita elaborar indicadores de
eficiência, eficácia e economia, a incluir no relatório de gestão;
h. Proporcionar informação adequada que permita a elaboração do Mapa de
Demonstração de custos por funções ou atividades, bem como os outros quadros
apresentados no ponto 8.4 “notas sobre a contabilidade analítica” do anexo as
demonstrações financeiras.
IV. 17.2. Modelo de contabilidade analítica no IPCA
a. O IPCA utiliza a contabilidade analítica, por atividades (Sistema ABC);
b. Compete à DAF-CGF apresentar anualmente a lista das atividades principais e
auxiliares.
Manual de Controlo Interno
Página | 150
IV. 17.3. Conceitos
i. Custos diretos – são custos imputados diretamente a uma determinada atividade;
ii. Custos indiretos – são comuns a várias atividades, não podendo deste modo ser
imputados a uma única atividade;
iii. Atividades intermédias ou auxiliares – são os serviços ou tarefas de apoio a
concretização dos objetivos finais da entidade, tais como os serviços centrais,
serviços académicos, biblioteca, etc;
iv. Atividades finais ou principais – são as que constituem os outputs da Instituição e
que se agrupam em ensino, investigação e serviços.
IV. 17.4. Exercício económico
a. Conforme o POC-Educação, no ponto 2.8.5, o exercício económico é o do ano letivo
ou escolar, devendo no entanto permitir informação dos custos e proveitos de
atividades, produtos ou serviços com duração não coincidente com o exercício
económico;
b. Para efeitos da contabilidade analítica o ano letivo decorre de 1 de setembro de n a
31 de agosto de n+1;
c. Compete à DAF-CGF:
i. Obter o valor inicial dos custos por atividades não concluídas;
ii. Imputar mensalmente às atividades as amortizações de bens móveis e
imóveis, bem como os custos com férias, subsídio de férias e de natal e seguros
anuais.
IV. 17.5. Plano de contas
a. Compete à DAF-CGF apresentar a 1 de setembro de cada ano, alterações a efetuar
ao plano de contas da classe 9;
b. O plano de contas da classe 9 pode ser ajustado e atualizado sempre que se
justifique, nomeadamente sempre que haja reestruturação dos serviços ou sempre que
forem criadas novas atividades;
c. A cada atividade é atribuída uma conta analítica desagregada por cinco tipos de
custos:
i. Pessoal docente;
Manual de Controlo Interno
Página | 151
ii. Pessoal não docente;
iii. Funcionamento;
iv. Amortizações;
v. Outros.
d. Além desta desagregação, devem as contas ser desagregadas por anos
letivos/edições/projetos, nas atividades cuja duração é superior a 12 meses;
e. No caso das licenciaturas deve ser apurado o custo por disciplina ou unidade
curricular, utilizando folha de cálculo excel para o efeito.
IV. 17.6. Apuramento de custos e proveitos
a. Os custos dos bens para venda, dos serviços prestados e das atividades,
corresponde ao apuramento dos custos e dos proveitos;
b. Os custos não incorporados deverão ser transferidos para a demonstração de
resultados.
IV. 17.7. Custos diretos
Após a confirmação das faturas, estas dão entrada na DAF-CGF para o seu registo
contabilístico, passando deste modo pela pessoa responsável pela contabilidade
analítica, que procede à sua análise e dá a informação de qual ou quais contas
analíticas a imputar.
IV. 17.8. Custos com o pessoal
a. Na aplicação dos recursos humanos a cada colaborador é associada uma conta
analítica;
b. Mensalmente após o processamento dos vencimentos, na aplicação da DRH,
procede-se à exportação do lançamento para a contabilidade e simultaneamente o
lançamento é refletido nas contas da analítica;~
c. Os custos com pessoal não docente são imputados diretamente ao serviço a que
está afeto que corresponde normalmente a uma atividade auxiliar;
d. Os custos com pessoal docente são imputados conforme atividade desenvolvida por
cada docente, devendo ser apresentada uma proposta no início do ano ou no início da
celebração do contrato, obedecendo às seguintes regras:
Manual de Controlo Interno
Página | 152
i. Os custos com pessoal docente a tempo parcial ou sem exclusividade devem ser
imputados diretamente às disciplinas ou unidades curriculares que leciona ou vai
lecionar;
ii. Os custos com pessoal docente em exclusividade devem ser imputados em função
da atividade proposta e tendo em conta a percentagem da atividade de ensino,
investigação e gestão definidas na avaliação anual do docente.
IV. 17.9. Custos com funcionamento
a. Os custos relativos a funcionamento, suportados por contratos anuais e
adjudicações de serviços pontuais, são normalmente comuns a diversas atividades a
que respeitam;
b. Compete à DAF-CGF identificar no início do ano os vários custos de funcionamento
e sua imputação devendo utilizar-se os seguintes critérios:
Tabela 6 - Custos/critérios de imputação
Custos Critério de imputação
Eletricidade % Área
Água % Área
Gás % Área
Limpeza % Área
Comunicações
N.º de pessoas afetas a cada
serviço
Vigilância % Área
Outros A definir anualmente
IV. 17.10. Amortizações do exercício
a. No momento do registo do bem na aplicação do património deve estar associada
uma conta analítica referente à atividade a que está o bem afeto;
Manual de Controlo Interno
Página | 153
b. O cálculo das amortizações é efetuado mensalmente, na aplicação do património
exportado para a contabilidade no respetivo lançamento contabilístico. Aquando a
exportação das amortizações para o lançamento contabilístico na contabilidade é
simultaneamente refletido o valor das amortizações por analíticas.
IV. 17.11. Custos indiretos
a. Conforme previsto no ponto 2.8.3 do POC-Educação entende-se que o número de
horas de cada atividade em relação ao total de horas de trabalho do exercício
económico deve ser a base principal de repartição dos custos indiretos;
b. No final do ano letivo, e de modo a preencher os mapas finais (POC-EDU-8.4) deve
proceder-se à distribuição dos custos das atividades auxiliares e custos indiretos pelas
diversas atividades principais utilizadoras desses recursos, devendo ser previamente
elaborado um mapa sobre os critérios de repartição dos custos indiretos;
c. Para a imputação dos Custos indiretos utilizam-se as seguintes fórmulas:
Repartição dos Custos Indiretos
N.º de Horas de cada Atividade
Total de Horas Atividade do IPCA
Repartição dos Custos Indiretos pelas
disciplinas ou unidades curriculares
N.º de alunos de cada disciplina
Total de Alunos do IPCA
IV. 17.12. Proveitos
Os proveitos diretos são lançados em simultâneo com o registo contabilístico da
receita. A cada artigo da receita, definido na aplicação de tesouraria, define-se a conta
analítica respetiva.
Manual de Controlo Interno
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IV. 17.13.Procedimento de controlo
Mensalmente o responsável pela contabilidade analítica deve proceder à emissão de
extratos por analíticas e conferir através dos documentos os lançamentos nas contas
da classe 9.
IV. 17.14. Regulamento
Os procedimentos de controlo interno estabelecidos no presente capítulo são
complementados com o regulamento em vigor, aprovado por Despacho PR.
Manual de Controlo Interno
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----------------------------------------------------------------------------------------
PARTE V – MODELOS
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Ajudas de Custo
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Boletim itinerário
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Proposta de contrato de prestação de serviços de formação
PROPOSTA DE CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PARA FORMAÇÃO
Escola Superior de Gestão Escola Superior de Tecnologia
IDENTIFICAÇÃO DO CONTRATO
Não foi ultrapassado com a contraparte o montante anual de 5.000€ X
E (colocar um “x” no que se aplica)
Ação de formação não ultrapassa as 90 horas/ano
A UC a lecionar não tem duração superior a 3 meses
Palestra, Seminário, conferência ou curso breve com duração ≥ 5 horas
DESCRIÇÃO DO CONTRATO
(colocar um “x” no que se aplica)
MODALIDADE Tarefa
CONTRAPARTE Pessoa singular
Pessoa coletiva
Sociedades unipessoais
OBJETO DO CONTRATO Formação
IDENTIFICAÇÃO DA CONTRAPARTE3
Nome do formador:_____________________________________________________________________________
Ex-colaborador do IPCA: Sim/Não
Cônjuge de ex-colaborador do IPCA: Sim/Não
Parente ou afim em linha reta ou até 2.º grau da linha colateral de ex-colaborador do IPCA: Sim/Não
Pessoa que viva em economia comum com ex-colaborador do IPCA: Sim/Não
Docente com contrato ao abrigo do ECDESP: Sim/Não
DESCRIÇÃO DO OBJETO DO CONTRATO
Os docentes da Escola Superior de Gestão (ESG) ou Escola Superior de Tecnologia (EST) têm uma carga
letiva completa. A ESG/EST vai lecionar cursos de especialização tecnológica/mestrado/outro, existindo
a necessidade da contratação da prestação de serviços no regime de tarefa para lecionar parte das
unidades curriculares.
O presente contrato tem como objeto a prestação de serviços para a lecionação de ações de
formação em unidade curricular com (indicar o número) horas. O trabalho a executar tem natureza
autónoma e o recurso à aquisição da prestação de serviços justifica-se pelo facto de ser menos oneroso
do que o recurso à aquisição de serviço docente através do regime de contrato de trabalho em
funções públicas nos termos do ECPDESP.
O presente contrato não tem duração superior a 3 meses ou superior a 90 horas de formação.
3 Estes campos são de preenchimento obrigatório pelo que deverá ser assinalada a situação concreta
Manual de Controlo Interno
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IDENTIFICAÇÃO DA AÇÃO DE FORMAÇÃO
(caso se aplique)
Curso e Edição Unidade Curricular Horas
totais
Local da
prestação
serviço
PERÍODO DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO
Início: __/__/______ Termo: __/___/______
ESCOLHA DO PROCEDIMENTO
A escolha do procedimento da formação do contrato, nos termos do Código dos Contratos Públicos
(CCP), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de Janeiro, será o ajuste direto, regime simplificado,
uma vez que a prestação de serviço é inferior a 5.000,00€, nos termos dos artigos 17.º, 18.º, 20.º, n.º 1 al.
a), 128.º e 129.º do CCP.
VALOR DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO
Valor da prestação sem
IVA:_______________________€
Valor do
IVA:_________________€
Valor total com IVA:_______________€
Valor máximo das deslocações e alojamento a pagar: _____________________________€
Valor total a pagar:_________________________€
(ANEXOS DECLARAÇÃO (1)
Minuta/Parecer da Ata do CTC
Currículo do Prestador de Serviços
Minuta Contrato
Certificado de Habilitações
Declaração de aceitação da minuta de contrato
Ficha de identificação do formador
Declaro que os documentos referidos nas
alíneas a), b) e d) se encontram arquivados nos
na Escola Superior de
_______________________________________
O Diretor da ESG/EST
_______________________ Em substituição da apresentação dos documentos referidos
nas alíneas a), b) e d).
Barcelos, _____________de _______________de 20 ,
O Diretor da ESG/EST
Manual de Controlo Interno
Página | 161
DIVISÃO ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA
Número de Cabimento
Informação financeira
AUTORIZAÇÃO DO PRESIDENTE DO IPCA
Aprovado em / /2013
O Presidente do IPCA
_______________________________
(João Baptista da Costa Carvalho)
Manual de Controlo Interno
Página | 162
Proposta de Ajudas de Custo para comparticipação de
alojamento e deslocações
PRESTAÇÃO DE SERVIÇO
PROPOSTA DE AJUDAS DE CUSTO PARA COMPARTICIPAÇÃO DE DESPESAS DE ALOJAMENTO E DESLOCAÇÕES
Escola Superior de Gestão Escola Superior de Tecnologia
Nome do Prestador de Serviços:
Local da Prestação:
Cronograma:
Unidade Curricular: Curso: Data da Prestação:
Custos estimados:
Deslocação: Transporte Público ou equivalente € _________________
Alojamento: Valor: ________________ dias x _____________ € _________________
TOTAL € _________________
Data: ________ / ________ / ________ Serviços Administrativos:
________________________________________
Autorização prévia para comparticipação de despesas de alojamento e/ou deslocação em transporte público ou equivalente:
Justificação: (Director/a de Escola)
Apoio Proposto: € __________________
Data: ______ / ______ / 20___
Assinatura _____________________
Informação de Cabimento (Divisão Administrativa e Financeira)
Despacho (Presidente ou competências delegadas)
Data: ______ / ______ / 20___
Assinatura ______________________
Data: ______ / ______ / 20___
Assinatura ______________________
A p
reen
ch
er
pela
Es
co
la
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Minuta de contrato de prestação de serviços
MINUTA DE CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
(Cabimento n.º_________)
Aos ___ dias de ______ de 20__,
Entre
Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, com o número de identificação fiscal 503
494 933, com sede na Av. Dr. Sidónio Pais, n.º222, 4750-333 Barcelos, representado
pelo seu Presidente, Prof. Doutor João Baptista da Costa Carvalho portador do Bilhete
de Identidade n.º 3455865, emitido em 25 de Janeiro de 2006, pelos Serviços de
Identificação Civil de Braga, nomeado pelo Despacho n.º 20557/2006 (2.ª série),
Diário da República, de 10 de Outubro e adiante designado por Primeiro Outorgante,
e
(nome), portador do bilhete de identidade n.º , emitido em __/__/____ pelos Serviços
de Identificação de ______, residente _____, contribuinte fiscal n.º ________, adiante
designado como Segundo Outorgante
Considerando
a) A decisão de adjudicação de _/__/___, proferida por _______________________
(órgão competente);
b) O subsequente ato de aprovação da minuta do contrato que ocorreu em
__/__/___, praticado por _____________________________ (órgão competente), de for o
caso;
c) A despesa inerente ao contrato será satisfeita por dotação orçamental na
rubrica_____( Se for com despesa em mais de um ano económico é necessário
acautelar o disposto nos artigos 96.º, n.º1, al. h), do Código dos Contratos Públicos e
artigo 22.º, do D.L. n.º 197/99).
É celebrado o presente contrato, livremente e de boa fé, para prestação de serviços em
regime de tarefa ao abrigo do artigo 35.º da Lei n.º 12-A/2008, de 27 de Fevereiro e do
disposto no Código dos Contratos Públicos (conjugados com o Despacho n.º__________,
no caso de formação), que se rege pelas seguintes cláusulas:
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CLÁUSULA 1ª
(Objeto)
1 - O presente contrato tem por objeto a prestação, pelo segundo outorgante, da sua
atividade ________________, no âmbito ______________________(em caso de formação,
identificar Curso e especificar que o registo de entrada em funcionamento foi feito
através do Despacho n.º (2.ª série), publicado no Diário da República de ____(dia) de
____(mês), nos termos do plano, em anexo, que faz parte integrante do presente
contrato).
2 - O presente contrato não confere a qualidade de trabalhador que exerce funções
públicas.
CLÁUSULA 2ª
(Duração e Vigência)
1- A prestação referida na cláusula anterior tem a duração de _______________(número)
horas/meses, decorrendo no local e nas datas a indicar pelo primeiro outorgante ao
segundo outorgante, produzindo efeitos desde ___ /___/____ e até ___/___/____, para o
início e termo da prestação, respetivamente.
2 - Qualquer dos outorgantes poderá, no entanto, resolver o presente contrato por
incumprimento de alguma das cláusulas contratuais imputável ao outro outorgante,
nos termos gerais de direito, salvaguardando-se, porém, o disposto na cláusula 7ª.
CLÁUSULA 3ª
(Responsabilidade na execução do contrato)
1 - No âmbito da execução do presente contrato, incumbe ao primeiro outorgante:
a) Colocar à disposição do segundo outorgante os meios necessários à concretização
das atividades para que foi contratado;
b) O pagamento da contraprestação monetária devida ao segundo outorgante pela
realização da atividade.
2– O segundo outorgante realizará a sua prestação de serviços, assegurando na sua
execução zelo, dedicação e boa colaboração com o primeiro outorgante (e com os
formandos, no caso da formação), nomeadamente, ao nível da:
____________________________
(No caso da formação:
a) Lecionação das (número) horas de formação, de acordo com o horário estipulado;
b) Elaboração de material de apoio pedagógico à lecionação da referida formação;
c) Preparação e implementação de elementos que permitam avaliar os formandos.
No caso do exercício de outra atividade, descrever outras obrigações do adjudicatário)
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CLÁUSULA 4ª
(Coordenação)
A coordenação da execução do presente contrato de prestação de serviços será
assegurada pelo __________(nome), ________________(cargo) _____________________
(Serviço ou Escola) do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave.
CLÁUSULA 5ª
(Custos e Condições de Pagamento)
1 – O primeiro outorgante obriga-se a pagar ao segundo outorgante, pela aquisição de
serviços objeto do presente contrato, o valor de _________€ (Por extenso), a que acresce
IVA à taxa legal em vigor, nas seguintes condições ______________________________ .
2 – O pagamento deverá obedecer ao disposto no art.º 19 da Lei n.º 55-A/2010, de 31
de Dezembro, alterada pela Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro, referente a
aplicação da redução remuneratória, nos seguintes termos:
a) 3,5 % sobre o valor total das remunerações superiores a (euro) 1500 e inferiores a
(euro) 2000;
b) 3,5 % sobre o valor de (euro) 2000 acrescido de 16 % sobre o valor da remuneração
total que exceda os (euro) 2000, perfazendo uma taxa global que varia entre 3,5 % e
10 %, no caso das remunerações iguais ou superiores a (euro) 2000 até (euro) 4165;
c) 10 % sobre o valor total das remunerações superiores a (euro) 4165.
3 - O local da prestação de serviço é em _______________ e o preço referido no número
anterior já inclui todas as deslocações e ajudas de custo.
4 – O pagamento referido no número anterior deve efetivar-se no final da prestação de
serviço e após a entrega de cópia dos seguintes documentos:
(No caso da formação:
a) Registo de assiduidade;
b) Sumários;
c) Elementos de avaliação;
d) Declaração de não dívida às Finanças e Segurança Social atualizadas.
No caso do exercício de outra atividade, apresentar relatório das atividades
desenvolvidas).
5 - A emissão da fatura-recibo deverá mencionar no campo “descrição” o n.º de
cabimento atribuído pela Divisão Administrativa e Financeira do IPCA.
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CLÁUSULA 6ª (Propriedade)
Os resultados e trabalhos dos serviços prestados, objeto do presente contrato,
considerar-se-ão, em todo o seu conteúdo, propriedade do primeiro outorgante.
CLÁUSULA 7ª
(Dever de Sigilo)
O segundo outorgante fica vinculado pelo dever de sigilo relativamente às informações
de que venha a ter conhecimento no âmbito da prestação dos serviços.
CLÁUSULA 8ª
(Resolução de Conflitos)
1 - Os outorgantes comprometem-se a resolver entre si, quaisquer dúvidas, lacunas
ou dificuldades de interpretação que possam resultar da execução do presente
contrato.
2 – No caso de não ser possível, os outorgantes estipulam o foro do lugar da sede do
primeiro outorgante em caso de litígio resultante deste contrato.
CLÁUSULA 9ª
(Pareceres e Autorizações)
1. O presente contrato foi proposto pelo Diretor da Escola Superior de _____ e a sua
celebração obedeceu às regras de contratação previstas na Lei e no Despacho (PR)
n.º 1/2013, de 3 de janeiro e teve parecer favorável do Conselho Técnico-científico
da Escola Superior de ______________ datado de __/__/201_.
2. Conforme informação da Divisão Administrativa e Financeira do IPCA, o presente
contrato tem o cabimento orçamental n.º ______________ e compromisso n.º
______________________ e não excede os fundos disponíveis referidos na alínea f) do
artigo 3.º da Lei n.º 8/2012, de 21 de Fevereiro.
Os outorgantes aceitam o presente contrato, com todas as suas condições, das quais
tomaram conhecimento e a cujo cumprimento se obrigam nos termos nele expressos.
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O presente contrato é redigido em duplicado, em ________ folhas, ficando cada
outorgante na posse de um exemplar.
Pelo Primeiro Outorgante
_______________________________
João Baptista da Costa Carvalho
Segundo Outorgante
_________________________________
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Declaração de aceitação dos termos do contrato
Declaração de aceitação dos termos do contrato
Nome do docente/formador4, _____________________, declara para os devidos efeitos
legais que aceita os termos do contrato de prestação de serviço em regime de
tarefa/contrato de prestação de serviço docente nos termos do ECDESP5 que lhe foi
apresentado pela Escola Superior de ________________, do Instituto Politécnico do
Cávado e do Ave para lecionar a Unidade Curricular de ______________________ no
período de ___________ a __________________ no curso_________________________________.
_______, ____ de _______ de 20___
O Formador
____________________________________
4 Selecionar o tipo de contrato a celebrar. Pode ser substituída pela apresentação de um outro documento (e-mail) a confirmar a aceitação dos termos de contratação propostos
5 Selecionar o tipo de contrato a celebrar antes de enviar ao prestador de serviço/docente a contratar
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Ficha de identificação do formador
(Anexo III)
Identificação do Formador/Conferencista
Formador
Externo EST ESG
Nome: Nacionalidade: Habilitações Literárias
Endereço:
BI/CC Data de emissão Serviços de Identificação de Validade
NIF Nº Segurança Social Data de Nascimento
Telm: E-mail
Entidade Empregadora: Categoria Profissional:
Curso
Tipo Contrato
X Prestação Serviço Formação
Serviço passivo de IVA: Retenção de IRS: Apresentação de:
Sim taxa Sim taxa Recibo Verde
Não Não Acto Isolado
Outro: Qual?
Modalidade de pagamento: Cheque
Transferência bancária
NIB:
Nota:
FICHA IDENTIFICAÇÃO FORMADOR
Telef.
/ /
Não se aplica
U.C./Sem.N.º horas
Não se aplica
% %
Elementos necessários para se proceder ao pagamento da remuneração:
Observações
1 - entrega nos Serviços da Escola dos elementos ficha curricular da uc; registo assiduidade; registo de sumários; elementos de avaliação, inclusivé pautas, que fazem parte do dossier
pedagógico da uc
2 - apresentação de declarações não dividas, actualizadas, à segurança social e finanças
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Prestação de serviços de formação (autorização de pagamento)
Escola Superior de Gestão Escola Superior de Tecnologia
CET Mestrado Curso de Pós-Graduação
Nom e
Data de In ício / / Data de Fim / /
de / / / /
Form ador In terno Form ador Externo
de / / / /
Dec laração
a) Cópia do registo de assiduidade
b) Cópia dos sumários
c) Cópia dos elementos de avaliação (enunciados de testes, pautas de avaliação)
d) Outros documentos julgados pertinentes para constar do processo da prestação de serviços
Diretor da ESG/EST: ____________________________
Confirmo que as pautas de avaliação foram rececionadas nos Serviços Académicos
Data : / / Responsável pelos Serv iços Académicos :
Processo em condições de autorização de pagamento.
Processo não se encontra em condições de autorização de pagamento pelo seguinte motivo:
Data : / / Responsável pelo GACI:
Nome do Formador
Unidade Curricular/Formação
N.º Total de Horas
C - Identif icação do Formador
F - Gabinete de Auditor ia e Controlo Interno
E - Serv iços Académicos
Local de Funcionam ento
até
D - Diretor da Escola
Valido a informação supra e declaro que se encontram arquivados no dossier pedagógico da unidade curricular os seguintes documentos:
Prestação de Serviços de Formação (autorização de pagamento)
atéN.º Total de Horas Lecionadas
A - Identif icação da Ação
B - Identif icação da Unidade Cur r icular /Formação
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Constituição de Fundo de Maneio
Constituição de Fundo de Maneio
Exmo. Senhor
Presidente do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave
Nome:
Escola / Serviço:
Vem por este meio solicitar a V. Exa. a constituição do fundo de maneio para o ano de
2013, no montante de ________ euros, conforme regulamento, para fazer face a
pequenas despesas de carácter urgente e inadiável.
O responsável do fundo de maneio é ____________________________________________,
com a categoria: _________________________________.
O tipo de despesas máximas a pagar pelo Fundo de Maneio, por mês é a seguinte:
Classificação económica Tipo de despesa Valor
02.02.09.FO (comunicações) Correspondência
02.01.02.(combustíveis e lubrificantes) Combustível (apenas para o motorista)
02.01.05.(alimentação) Almoços/Jantares
02.01.17.(ferramentas e utensílios) Material de Manutenção
02.01.21. (outros bens)
Eventos/Reuniões
Farmácia
Jornais/Revistas
Total
O Responsável pelo Serviço,
Data: / / Assinatura: __________________________________________________
Autorização do Presidente do IPCA
Data __/__/____
Assinatura: ________________________________
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Reconstituição/reposição do Fundo de Maneio
Mapa de reconstituição/reposição do Fundo de Maneio
Escola / Serviço: _________________________________________Montante Atribuído:
_________ euros
Mês: _________________ de _____
Dia/Mês Nº
Documento
Despesas Justificação da despesa
Âmbito Almoços/jantares
Designação Descritivo Valor [€] N.º Identificação
Total (B)
Montante Existente (A) Total da Despesa (A) Saldo Final (A-B)
Data:
___/___/____
____________€ Data:
___/___/____
____________€ Data:
___/___/____
____________€
O Responsável Fundo Maneio,
Data: ___/___/____ Assinatura:____________________________________
Divisão Administrativa e Financeira
Contabilidade Tesouraria
Validação
Em: ___/___/____
Reconstituição
Em: ___/___/____ Valor ____________€
Por:
Cheque n.º ___________________________
Banco ________________________________
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Constituição do Fundo de Emergência
Constituição de Fundo de Emergência
Exmo. Senhor
Presidente do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave
Nome:
Serviços de Ação Social
Vem por este meio solicitar a V. Exa. a constituição do fundo de emergência para o
ano de 2013, no montante mensal de ________ euros, conforme regulamento, para
fazer face a pequenas despesas de carácter urgente e inadiável.
O responsável do fundo de emergência é ____________________________________________,
com a categoria: _________________________________.
O tipo de despesas máximas a pagar pelo Fundo de Emergência, por mês é a seguinte:
Classificação económica Tipo de despesa Valor
02.01.05.(alimentação) Alimentação
02.01.20.(material de educação) Reprografia, papelaria e livraria
02.02.13.(alojamento e transporte) Alojamento
Transporte
02.01.21. (outros bens) Saúde
Total
O Responsável pelo Serviço,
Data: / / Assinatura: __________________________________________________
Autorização do Presidente do IPCA
Data __/__/____
Assinatura: ________________________________